UM BATE- PAPO COM A PSICÓLOGA E ESCRITORA ANA NUNES
A escritora Ana Nunes e Um Tanto de Coisas para falar
Ana Nunes é psicóloga e escritora. Ela escreve sobre tudo, sobre um tanto de coisas. A escritora mistura sonhos com receitas. Confira Como
o você
percebeu
bate que
seu
destino
papo! era
ser
escritora?
Na realidade eu não percebi nada (Risos.). Não pensei em destino, muito menos que seria escritora. Nem me sinto uma escritora, pra falar a verdade, me vejo como uma pessoa que pensa em voz alta e com os dedos num teclado.
Quais eram seus passatempos que te levaram a querer escrever um livro e publicá-lo? Bom, eu já tinha muitas crônicas escritas e uma aceitação bacana de um público mais bacana ainda. Como estava grávida, em casa e prestes a ganhar minha filha, decidi organizar esses textos – que dou o nome carinhoso de Receita –, escrevi mais alguns e enviei para análise da Editora Penalux. Quando tudo deu certo nem acreditei! Fiquei muito feliz! O passatempo era pensar demais na vida! (Risos.) De onde vem sua fonte de inspiração? São inspirados em você ou outras pessoas? Minha fonte de inspiração está no mundo. Eu acredito que tenho um olhar diferenciado pras coisas, sabe? Eu consigo ver cor em tudo e luz também. Também me inspiro em histórias que ouço, em pessoas que conheço e naquelas que não conheço, mas que, por algum motivo que só o universo sabe dizer, acabam se abrindo comigo. No
início,
que
tipo
de
escritor/livro
te
influenciou?
E
agora?
Eu sempre li muito romance, mas a grande parte da minha leitura é mais técnica, voltada para minha profissão, que é a psicologia. São vários escritores importantes que passaram por minha estante e que estão lá. Influência talvez não seja a palavra ideal. As pessoas não me influenciam, elas me inspiram. Uma delas foi o Caio Fernando Abreu e a escritora e compositora mineira Fernanda Mello. Qual de suas obras é sua favorita? Porque? O que ele significa para você? (Como
só
tenho
um
Quantos
livro
publicado
livros
Até
o
Fale
um
momento pouco
não
vejo
você só
do
um, seu
o livro
porque
responder,
já
ok?!)
publicou?
“Um
Tanto
de
Coisas”!
"Um
Tanto
de
Coisas"?
Nesse meu primeiro e, por enquanto, único livro, eu quis reunir algumas das crônicas reflexivas que já havia escrito há algum tempo. A ideia central do livro, e talvez até seja sua essência, é a liberdade! A busca pelo amor próprio, pela permissão, pelo respeito às escolhas que tomamos e às que não queremos tomar, fazem parte dessa liberdade que “Um Tanto de Coisas” traz. E é isso que me faz vibrar com ele, sabe? E isso que faz dele esse tanto de coisas que me emociona. A verdade é que eu gostaria de escrever “Um Tanto de Coisas Parte II”, só pra sentir com o sabor das receitas dele mais uma vez (Risos). O que é mais nítido para você quando está estruturando uma história: os sentimentos e características dos personagens ou o enredo em si? Tudo isso! Minha escrita não traz personagens em si, quem lê é o personagem principal, daí os sentimentos, os detalhes e o enredo são fundamentais pra que qualquer um se encontre.
Como você costuma se organizar para definir suas histórias, ou elas acabam surgindo enquanto vai escrevendo? Eu penso em uma palavra ou frase, começo a colocar no papel e quando percebo preciso de mais espaço pra caber o restante das palavras que vieram me fazer companhia (risos). Você tem algum ritual para escrever? Algum horário preferido?Escrevo em qualquer lugar a qualquer hora, as palavras me escolhem e a única coisa que faço é procurar um papel ou abrir uma nota no celular. Não tenho ritual pra nada! De ritual já basta a vida! Escrever um livro por si só demanda um repertório de vida e leitura aliado a criatividade? Com toda certeza! Escrever um texto requer tudo, imagina um livro. Eu não sou fera nos assuntos da alma, mas gosta de ver as pessoas com a alma tranquila. Penso nas coisas que gostaria de não ter e em como eu gostaria de fazer, lembro de alguma música, de alguns trechos de conversas e tenho crônica nas mãos. Como você se sente ao ver suas postagens em blogs citados no seu livro? Fico extremamente feliz! Me emociono muito, principalmente quando citam meu nome ao final das postagens ou trechos. É difícil até descrever, mas é como se uma tarefa estivesse cumprida. Como foi que você pensou nos processos de publicação do seu livro? Qual forma de publicação você acha que dá mais chances para escritores que estão começando? Você usou essa forma pra você? Acaba que não lucramos muito, mesmo fazendo noventa por cento do trabalho. Eu encomendei uma remessa de livros e paguei noventa por cento do total deles, ou seja, “lucrei” dez por cento. O que pode ser feito é vender o livro por um valor um pouco mais alto, por exemplo: se o livro custa R$30,00 pela editora, com o autor é R$35,00. Já é alguma coisa, pouco, mas é alguma coisa. Não fiz assim, porque só depois que vi uma amiga fazendo que pensei no quão interessante era!!
Maiores Informações Fan Page: www.facebook.com/aquelaananunes Por Flávia Almas Jornalista