Clipping no divã bruna machado

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NO DIVÃ


UM BATE­ PAPO COM A JOVEM ESCRITORA BRUNA MACHADO

A jovem escritora Bruna Machado A escritora Bruna Machado é estudante de Letras

(Português ­

Hebraico/UFRJ) e lançou seu primeiro livro “O Caso de Joseph Stuart” em Março de 2015, pela editora Multifoco. Confira o bate­ papo! Como a literatura entrou em sua vida? A literatura sempre esteve presente na minha vida. Lembro­me de quando era criança com 6 – 9 anos e todos os dias, na volta da escola, passava com o meu pai em uma banca de jornal para comprar uma revistinha ou em quadrinhos ou de colorir que vinha com histórias. Se eu for responder como a literatura entrou em minha vida profissional, diria que com 15 anos. Foi no 2o ano do Ensino Médio que descobri que eu poderia escrever não apenas textos, mas livro. Quais os primeiros livros que você lembra ter lido?


Olha, não tenho uma memória tão boa assim rs, mas quando fiz 6 anos, ganhei o livro mais fofo do mundo, que se chama Minnie’n me. É um livro personalizado e nele a personagem principal, no caso eu, passa um dia inteiro com a Minnie. Sim, eu já passeei com a Minnie sem nem mesmo ter ido para a Disney! Mas pensando nos primeiro livros, não que eu li, mas que me marcaram, posso citar: Estrelas tortas, do Walcyr Carrasco e Tudo aquilo que nunca foi dito, do Marc Levy. Quais os escritores que te inspiram? Não saberia dizer todos os que direta ou indiretamente me inspiram/ inspiraram, mas posso deixar uma pequena lista: Jojo Moyes, Marc Levy, Drummond e com certeza, Sir. Arthur Conan Doyle, que mesmo não tendo lido um Sherlock Holmes inteiro, não tem como não amá­lo. Acrescento minhaadmiração pela Thalita Rebouças, Maurício de Souza e Nicolas Sparks (meus autores da infância e adolescência). Qual o incentivo dado por seus pais para que você prosseguisse com seu sonho? Apesar de não ter feito o estágio complementar, sou formada como técnica em química e até meu último ano pretendia seguir com a carreira. Nunca fui muito de pensar em sonho e até meus 16 anos não tinha um sonho concreto, se isso fizer sentido. Mudei minha mente praticamente de um dia para o outro (embora já andasse por um tempo indecisa), mas mesmo assim, quando contei à minha mãe e a meus avós sobre minha escolha de mudança de profissão e sobre o fato de eu estar escrevendo um livro, eles me apoiaram 100%, o que foi o ápice para eu ver que eu tinha sim um sonho: ser uma letrada.


Nos conte um pouco sobre seu livro O Caso de Joseph Stuart? Escrevi Joseph entre Janeiro e Julho de 2015, apenas três meses após a morte de meu pai. Dediquei o livro a ele, pois acho que tem muito dele no livro. A história se passa em Woodstoock, interior de Oxford, na Inglaterra.Joseph, um médico ambicioso e “chefe” de uma das famílias mais importantes do país é encontrado morto no dia do casamento de sua filha mais nova. A narrativa gira em torno do motivo do crime e o que realmente aconteceu com o personagem principal, que já começa morto no primeiro capítulo. O livro funciona com uma espécie de flashbacks, sempre ligando o presente com o passado. A principal moral da história é a importância da família, deixando algumas perguntas no ar: O que devemos fazer em um momento tão difícil como a morte? E quão importante a família pode ser para nós? Confira a Sinopse: Melanie tinha tudo para aquele ser o melhor dia de sua vida, exceto por um motivo: seu pai – Joseph Stuart – é tido como morto no dia em que ela vai se casar. E, apesar de tudo indicar o contrário, uma suspeita de assassinato se confirma. Meses antes, a notícia de que a cura da AIDS logo seria descoberta agita a imprensa e o mercado empresarial, e Joseph se vê prestes a marcar a história da Medicina. Poderá a morte apagar um nome como o de Stuart? Que segredos guarda essa poderosa família? Com personagens envolventes e uma narrativa humana, O caso de Joseph Stuart é uma história intrigante de ambição e amor.


Quando escreve, faz pensando em algum público em específico? De certa forma. Não posso dizer que antes de começar a escrever penso que quero atingir o público x ou y, mas a partir do momento que escrevo, tento presentear o meu leitor e minha história com o melhor que posso oferecer no momento, o que faz com que, às vezes, a escrita fique muito focada em somente um público. Não é comum escritores com a sua idade. Momento em que os jovens estão preocupados com outras atividades. O que seus amigos comentam? Meus amigos me dão total apoio. Acho muito legal o modo como eles tratam o fato de eu escrever. No princípio fiquei tímida e com receio de falar “Olha, estou escrevendo um livro. Quer ver?”, pois não imaginaria que a resposta deles seria “Claro que sim. Nossa, que legal, tenho uma amiga escritora!”. É tão triste quando ouço que é chato ler ou “não sei pra que tenho aula de literatura”. Acho que os jovens, também me incluindo nisso (já que tenho apenas 18 anos) tem muitas facilidades com toda essa tecnologia que nos é disponibilizada e muitos entretenimentos que acabam fazendo com que a literatura, uma das principais características de nossa cultura, fique em segundo plano. De onde vem sua inspiração? Fale um pouco sobre o processo de construção dos personagens do seu livro e como brotam as frases e pensamentos. Boa pergunta! Acho que é uma das coisas que quando me perguntam não sei responder. Comecei a escrever meu primeiro livro em uma aula de química no Ensino Médio, mas nisso eu tenho certeza: Não foram as ligações covalente e


iônica que me inspiraram. Com Joseph foi diferente, fiquei um ano inteiro escrevendo somente textos pequenos e então pensei, “Será que ainda consigo escrever um livro?”, e aí está Joseph, acho que a resposta foi positiva, né!? rs. Mas para não deixar a pergunta no vazio, acho que minha inspiração vem de tudo e todos. Eu posso olhar para um casal na rua ou um pássaro cantando em uma árvore e pensar “Isso pode funcionar na história”, e aí eu adapto na escrita o que sinto em relação ao que estou vendo. Com referência ao processo criativo, posso dizer que preciso de silêncio, o silêncio é uma das minhas peças­chaves e não, isso não é um ponto positivo. Como eu gostaria de conseguir escrever com uma música ao fundo! Já na construção, posso dizer (agora) que uso muito da minha vida nos meus personagens. Uma vez uma de minhas primas me perguntou: “Bruna, eu deveria me identificar com algum personagem no livro?” e eu respondi que não, mas quando parei para pensar vi que sim, ela deveria se identificar. Quantos livros em média você lê por ano? Costuma ler um livro por vez ou vários em paralelo? Tenho vergonha de falar que ano passado só li 5 livros, mas não, minha média não é essa! Acho que posso dizer que leio entre 10 e 12 por ano. Isso acontece, por que não consigo trair um livro lendo outro ao mesmo tempo, sem contar que ainda preciso de um tempo pós­livro, para eu poder me recuperar totalmente, principalmente se forem autores estilo Nicholas Sparks, que adoram matar os melhores personagens. Quais as redes sociais que você possui? Cite­ as!


Não tenho muitas redes sociais. O Twitter nunca foi muito meu amigo e desde que criei o Instagram não consigo mais me lembrar da senha. Então, podem falar comigo basicamente pelo Facebook, tanto o pessoal quanto o do livro. Aqui vão eles: Pessoal: ​ www.facebook.com/brunavcm Livro: ​ www.facebook.com/ocasodejosephstuart Tenho também um canal no Youtube: www.youtube.com/channel/UCggsInLuKxCZX3Av4XmpoWg Quais os projetos futuros? Não quero ficar parada, na verdade, apaixonei­ me tanto pela escrita e pelo mundo literário que pretendo ficar nele até quando puder. Tenho como primeiro projeto, terminar meu primeiro livro (revisá­ lo e consertá­ lo), já que Joseph mesmo sendo o segundo a ser escrito foi o primeiro totalmente finalizado. Como segundo projeto, escrever meu terceiro livro e quem sabe quarto, quinto, sexto… E assim, cada vez mais, respirar literatura.


Maiores Informações Fan Page: facebook.com/ocasodejosephstuart Por Flávia Almas Jornalista






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