Boletim Agropecuário do Estado do Pará 2015

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BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015

Fapespa Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará

SEDAP

Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca


GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ Simão Robison Oliveira Jatene Governador do Estado do Pará

José da Cruz Marinho Vice-Governador do Estado do Pará

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA, EDUCAÇÃO TÉCNICA E TECNOLÓGICA - SECTEC Alex Fiúza de Melo Secretário de Estado de Ciência, Educação Técnica e Tecnológica

Fapespa Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará

Travessa Nove de Janeiro, 1686 - São Brás CEP. 66.060-575 - Belém - Pará - Brasil Fone: 55 XX 91 3323-2550 www.fapespa.pa.gov.br

Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará - Fapespa

Eduardo José Monteiro da Costa Diretor-Presidente Alberto Cardoso Arruda Diretor Científico Geovana Raiol Pires Diretora de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural Maria Glaucia Moreira Diretora de Estatística, Tecnologia e Gestão da Informação Andrea dos Santos Coelho Diretora de Pesquisas e Estudos Ambientais Marco Antônio Barbosa da Costa Diretor Administrativo Eduardo Alberto da Silva Lima Diretor de Planejamento, Orçamento e Finanças Natália do Socorro Santos Raiol Diretora Interina de Operações Técnicas


GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ Simão Robison Oliveira Jatene Governador do Estado do Pará

José da Cruz Marinho Vice-Governador do Estado do Pará

SECRETARIA DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUÁRIO E DA PESCA - SEDAP Hildegardo de Figueiredo Nunes Secretário do Estado do Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca Eliana França dos Santos Zacca Secretária Adjunta do Estado do Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca

Ana Paula de Lima Sandoval Bezerra Diretoria Administrativa e Financeira Sálvio Carlos Freire da Silva Diretoria de Desenvolvimento Agroflorestal Luiz Pinto de Oliveira Diretoria de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Local Ediano de Souza Sandes Diretoria de Desenvolvimento de Pesca e Aquicultura Carla Ledo Reis João Ulisses Barata da Silva - ESTATÍSTICO Neydson Maccarty Silva da Silva – GEOPROCESSAMENTO Núcleo de Planejamento


EXPEDIENTE Publicação Oficial: © 2015 Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará – Fapespa Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. 1ª edição - 2015 Elaboração, edição e distribuição Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará – Fapespa Endereço: Tv. Nove de Janeiro, 1686, entre Av. Gentil Bittencourt e Av. Conselheiro Furtado. Bairro: São Braz – Belém – PA, CEP: 66.060-575 Fone: (91) 3323 2550 Disponível em: www.fapespa.pa.gov.br Diretor-Presidente Eduardo José Monteiro da Costa Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural - Fapespa Geovana Raiol Pires Coordenadoria de Núcleo de Estudos Sociais - Fapespa Edson da Silva e Silva Equipe Técnica - Fapespa David Costa Correia Silva Marcelo Santos Chaves Secretário - SEDAP Hildegardo de Figueiredo Nunes Secretária Adjunta - SEDAP Eliana França dos Santos Zacca Equipe Técnica - SEDAP João Ulisses Barata da Silva Neydson Maccarty Silva da Silva – geoprocessamento Produção Editorial Helen da Silva Barata Juliana Cardoso Saldanha Paulo Henrique da Rocha Cunha Wagner Santos Revisão Wagner Santos Normalização Anderson Alberto Saldanha Tavares Angela Cristina Nascimento Silva Jacqueline Queiroz Carneiro Bolsista Edilene do Socorro Ribeiro Pinto Joyse Tatiane Souza dos Santos Marcelo Monteiro Lopes Diagramação Cantarely Costa


Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação F981b

Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará Boletim Agropecuário do Estado do Pará 2015. Belém, nº 1, julho 2015. 38 f.: il. 1. Agricultura - Pará 2. Pecuária - Pará. 3. Importações - Pará. I. FAPESPA. II. Título CDD. 338.1098115


BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015 APRESENTAÇÃO:

A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (Fapespa) e a Secretaria de

Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), por meio de cooperação técnica, elaboram o inédito Boletim Agropecuário do Estado do Pará 2015, que ora tornamos público, com os principais resultados do setor.

A principal diretriz norteadora deste esforço institucional conjunto foi a de instrumentalizar o debate,

o processo de formulação, monitoramento e avaliação de políticas públicas, e o exercício de um efetivo controle social, no âmbito das políticas afetas ao desenvolvimento do setor agropecuário do estado do Pará.

Convém destacar que este Boletim, que se propõe a ser produzido anualmente, foi realizado

com base nos resultados das pesquisas Produção Agrícola Municipal (PAM) e Produção da Pecuária Municipal (PPM), conduzidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao ano de 2013. Com o objetivo de melhor ratificar a análise desses indicadores, são observadas outras informações relacionadas ao Setor Agropecuário, tais como: vacinação, exportação, desempenho no mercado de trabalho, produção de origem animal, crédito rural, PIB etc.

Eduardo José Monteiro da Costa Diretor-Presidente da FAPESPA Hildegardo de Figueiredo Nunes Secretário da SEDAP

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BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Efetivo bovino (em cabeças) do Brasil e das dez unidades federativas de maior rebanho em 2013 ...................................................................................................................................................................10 Tabela 2 - Municípios com maiores rebanhos bovinos (em cabeças) no Pará, 2013.................................13 Tabela 3 - Municípios com maiores rebanhos bubalinos (em cabeças) no Pará, 2013..............................14 Tabela 4 - Rebanhos de Galináceos no Brasil, Norte e Pará, 2004/2013..................................................16 Tabela 5 - Municípios Paraenses com os Maiores Rebanhos de Galináceos, 2013..................................16 Tabela 6 - Rebanhos de Ovinos, Equinos, Codornas, Caprino e Suínos no estado do Pará, 2004-2013.....16 Tabela 7 - Lavoura Permanente no estado do Pará: quantidade produzida, área colhida, valor da produção e rendimento médio, 2012-2013*...................................................................................................................24 Tabela 8 - Participação dos municípios no total produzido na lavoura permanente do estado do Pará, 2013...... ...................................................................................................................................................................24 Tabela 9 - Lavoura temporária no estado do Pará: quantidade produzida, área colhida e rendimento médio, 2012-2013*................................................................................................................................................30 Tabela 10 - Participação dos municípios na lavoura temporária do estado do Pará, 2013.........................30 Tabela 11 - Pessoas ocupadas na agropecuária por atividade principal no Pará em 2013 .....................32 Tabela 12 - Empregos formais com carteira assinada na agropecuária no Pará, 2013.............................33 Tabela 13 - Principais municípios paraenses beneficiados com o Crédito Rural, 2013.............................34 Tabela 14 - Principais municípios paraenses beneficiados com o Crédito Rural via PRONAF, 2013.............36

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BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Participação das maiores lavouras em valor (%), 2013..........................................................18 Gráfico 2 - Participação das maiores lavouras em produção (%), 2013...................................................19 Gráfico 3 - Participação das maiores lavouras em área colhida (%), 2013..............................................19 Gráfico 4 - Participação dos municípios com as Maiores Produções de Banana do Pará, 2013................20 Gráfico 5 - Participação dos municípios com as Maiores Produções de Cacau do Pará, 2013........................21 Gráfico 6 - Participação dos municípios com as Maiores Produções de Dendê do Pará, 2013...................22 Gráfico 7 - Participação dos municípios com as Maiores Produções de Pimenta-do-reino do Pará, 2013..... ...................................................................................................................................................................23 Gráfico 8 - Participação dos municípios com as Maiores Produções de Coco-da-Baía do Pará, 2013........ ..................................................................................................................................................................23 Gráfico 9 - Participação dos municípios com as Maiores Produções de Mandioca do Pará, 2013............ ..................................................................................................................................................................26 Gráfico 10 - Participação dos municípios com as Maiores Produções de Cana-de-açúcar do Pará, 2013..... ...................................................................................................................................................................26 Gráfico 11 - Participação dos municípios com as Maiores Produções de Milho do Pará, 2013...............27 Gráfico 12 - Participação dos municípios com as Maiores Produções de Soja do Pará, 2013....................28 Gráfico 13 - Participação dos municípios com as Maiores Produções de Abacaxi do Pará, 2013..............28 Gráfico 14 - Participação dos municípios com as Maiores Produções de Arroz do Pará, 2013...................29 Gráfico 15 - Distribuição dos Recursos do PRONAF porAtividade no Pará, 2004-2013....................................35

LISTA DE MAPAS Mapa 1 - Comparação da produção bovina por RI entre os anos de 2003 e 2013.....................................12 Mapa 2 - Rebanho Bovino por Município, 2003/2013................................................................................13 Mapa 3 - Quantidade Produzida (t) na Lavoura Permanente no estado do Pará, 2013.............................25 Mapa 4 - Lavoura Temporária no estado do Pará......................................................................................31

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BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015 SUMÁRIO

1 PRODUÇÃO PECUÁRIA NO ESTADO DO PARÁ..................................................................................10 2. PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO ESTADO DO PARÁ...............................................................................18 2.1 LAVOURAPERMANENTE....................................................................................................................19 2.2 LAVOURATEMPORÁRIA.....................................................................................................................25 3 MERCADO DE TRABALHO AGROPECUÁRIO DO PARÁ...................................................................32 4 CRÉDITO RURAL....................................................................................................................................34 REFERÊNCIA ...........................................................................................................................................37

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BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015 1 PRODUÇÃO PECUÁRIA NO ESTADO DO PARÁ

O estado do Pará possui o principal rebanho da Região Norte do Brasil, com destaque para

a bovideocultura1, contando também com a criação de aves, suínos, equinos, ovinos e caprinos. A relevância da pecuária na matriz econômica paraense está expressa na sua participação de 54% do PIB2 do setor primário. Entre os ramos produtivos do setor agropecuário, a bovinocultura paraense é destaque por registrar o 5º maior efetivo do país, superior a 19 milhões de cabeças, segundo o IBGE, ou de mais de 22 milhões, consoante dados da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARÁ), o que o tornaria o 3º maior rebanho do Brasil. Este cenário ainda favorece o desenvolvimento de dois grandes segmentos: o da carne e o do leite.

A pujança da pecuária paraense pode ser demonstrada pelo seu desempenho nos últimos dez

anos (2004 a 2013), período em que o efetivo bovino paraense cresceu acima da média nacional. Nesse intervalo, enquanto o rebanho brasileiro obteve variação de 8,29%, o Pará apresentou crescimento de 43,27%, resultado superior até mesmo ao verificado nos estados com maior efetivo bovino: Mato Grosso (15,36%), Minas Gerais (16,06%), Goiás (6,95%) e Mato Grosso do Sul (-15,76%). Quando focalizado o biênio 2012/2013, o rebanho paraense registrou um incremento de cerca de 3%, em oposição às variações negativas de Mato Grosso (-1,20%), Goiás (-2,11%) e Mato Grosso do Sul (-2,10%), e à baixa expansão de Minas Gerais (0,98%) (Tabela 1). O efetivo bovino paraense, em 2013, representava 9,05% do nacional, mas evidenciando tendência ascendente desta participação, tendo em vista que os principais estados produtores vêm registrando taxas negativas ou reduzidas de crescimento. De fato, no biênio 2012/2013, entre os dez maiores estados produtores, apenas a Bahia registrou taxa de incremento superior à do Pará, sendo, entretanto, seu rebanho quase 50% inferior. A perspectiva de o Pará vir a superar Mato Grosso

BOLETIM AGROPECUÁRIO DO

do Sul é bastante plausível, uma vez que, nos últimosDO trêsPARÁ anos, 2015 este estado tem apresentado ESTADO taxas negativas de crescimento, registrando, inclusive, em 2013, redução de seu estoque bovino em 2,10%, enquanto o Pará teve o seu expandido em 3,01%, conforme já mencionado. Tabela 1 - Efetivo bovino (em cabeças) do Brasil e das dez unidades federativas de

Tabela 1 - Efetivo bovino (em cabeças) do Brasil e das dez unidades maior rebanho em 2013 federativas de maior rebanho em 2013

Ano

Brasil e Unidade da Federação Brasil

2013

Part.(%)

2013/2012

2013

211.279.082

211.764.292

0,23

100,00

Mato Grosso

28.740.802

28.395.205

-1,20

13,41

Minas Gerais

23.965.914

24.201.256

0,98

11,43

Goiás

22.045.776

21.580.398

-2,11

10,19

Mato Grosso do Sul

21.498.382

21.047.274

-2,10

9,94

Pará

18.605.051

19.165.028

3,01

9,05

Rio Grande do Sul

14.140.654

14.037.367

-0,73

6,63

Rondônia

12.218.437

12.329.971

0,91

5,82

São Paulo

10.757.383

10.486.750

-2,52

4,95

Bahia

10.250.975

10.828.409

5,63

5,11

9.413.937

9.395.313

-0,20

4,44

10º Paraná Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015. Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015. 2

2012

Var.(%)

Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015

1 Trata-se do rebanho bovino e bubalino. Participação do setor primário no PIB paraense: 54% pecuária, 29% agricultura e 17% outros (silvicultura, exploração florestal e pesca).

Este desempenho positivo é decorrente, sobretudo, do processo de modernização

tecnológica que vem sendo impresso, nos últimos anos, à pecuária paraense, consubstanciado

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BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015

Este desempenho positivo é decorrente, sobretudo, do processo de modernização tecnoló-

gica que vem sendo impresso, nos últimos anos, à pecuária paraense, consubstanciado na introdução de novos sistemas de produção (pastejo rotacionado, integração lavoura/pecuária/floresta), no melhoramento de pastagens, na melhoria genética e sanitária do rebanho, e na preocupação com o bem-estar animal, resultando na geração de produtos de alta performance e no aumento de produtividade, o que tem contribuído para conter o avanço sobre áreas de florestas primárias e promover a liberação de áreas para a agricultura.

A evolução da pecuária bovina do estado está relacionada a alguns fatores de competitivi-

dade, dentre os quais destacam-se: a disponibilidade de terras a preços mais baixos do que em outras regiões do país; o clima favorável às pastagens, ideal para o desenvolvimento de capim e de forrageiras; o melhoramento genético e sanitário dos animais; a qualidade da carne produzida, fruto da alimentação exclusivamente a pasto dos animais (boi verde), o que lhe confere características organolépticas peculiares. Além disso, a conquista do status de Certificação Internacional de Área Livre de Aftosa com vacinação vem propiciando ao estado o acesso a novos mercados, tanto nacional como internacional.

Vale ressaltar, por outro lado, que o crescimento da pecuária vem sendo efetivado mediante

o adensamento tecnológico do sistema de produção, permitindo o aumento da capacidade de suporte (quantidade de unidade animal/ha) e a consequente redução da área destinada a pastagens. Com efeito, em 2008, as pastagens ocupavam uma área de 14.636.724 ha, equivalente a 11,73% do território estadual, e, quatro anos depois, em 2012, essa área era de 13.691.658 ha, ou 10,97% da área total do Pará (TERRACLASS, 2012).

O Mapa 1 retrata a distribuição e a concentração espacial do rebanho paraense nos anos 11


BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015 de 2003 e 2013. Além das Regiões de Integração BOLETIM do Araguaia, Carajás, Xingu e Rio Capim, que se AGROPECUÁRIO destacavam pela elevada produção em 2003, passaram também a ter DO proeminência, 2013, as RI PARÁ em 2015 DO ESTADO do Tapajós, Baixo Amazonas e Tucuruí.

Mapa 1 – Comparação da produção bovina por RI entre os anos de 2003 e

Mapa 1 – Comparação da produção bovina por RI entre os anos de 2013 2003 e 2013

Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015.

Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015. Elaboração: Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015. FAPESPA/SEDAP, 2015.

A pecuária está presente em todos os municípios paraenses, constituindo, em 53 deles, a ativi-

dade econômica dominante. Tabela 2 apresenta dez municípios de maior destaque A pecuária está Apresente em todos os os municípios paraenses, constituindo, emna53produção deles, pecuária,a que, juntos, respondem por 81% A daTabela produção total do estado. O municípiodede São destaque Félix do Xingu atividade econômica dominante. 2 apresenta os dez municípios maior

desponta como o de maior rebanho bovino do Pará (2.282.445 cabeças, correspondendo a 11,91% do

na produção pecuária, que, juntos, respondem por 81% da produção total do estado. O

rebanho estadual) (IBGE, 2013) e também entre os municípios brasileiros. Chama-se atenção para o fato

município de São Félix do Xingu desponta como o de maior rebanho bovino do Pará

de que Novo Repartimento, 2º colocado no ranking estadual, possui um rebanho equivalente a 37% ao

(2.282.445 cabeças, correspondendo a 11,91% do rebanho estadual) (IBGE, 2013) e também

daquele município (855 mil cabeças), representando 4,46% do efetivo estadual.

entre os municípios brasileiros. Chama-se atenção paraense, para o fatoa de que Novo apresentada Repartimento, 2º muEm dez anos de avanço da pecuária no território centralidade pelos

colocado ranking estadual, rebanho equivalente a 37% ao daquele município nicípios de São no Félix do Xingu, Água possui Azul doum Norte e Xinguara, em 2003, estende-se para os municípios de Altamira e Novo Progresso, em 2013, no oeste paraense. (855 mil cabeças), representando 4,46% do efetivo estadual.

Em dez anos de avanço da pecuária no território paraense, a centralidade apresentada pelos municípios de São Félix do Xingu, Água Azul do Norte e Xinguara, em 2003, estende-se para os municípios de Altamira e Novo Progresso, em 2013, no oeste paraense.

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BOLETIM AGROPECUÁRIO DOAGROPECUÁRIO PARÁ 2015 DO ESTADO BOLETIM BOLETIM DOAGROPECUÁRIO ESTADO DO PARÁ 2015

Tabela 2 - Municípios com maiores rebanhos bovinos (em cabeças) Pará, 2013 DO PARÁno 2015 DO ESTADO Cabeçasbovinos Tabela 2 - Municípios com maiores rebanhos bovinos cabeças) Tabela 2 - Municípios com (em maiores rebanhos Municípios no Pará, 2013

Var. no (%) (em cabeças) Pará, Part. 2013 (% ) 13/12 2013 2012 2013 Cabeças Var. (%) Part. (% ) 18.605.051 19.165.02813/12 3,01 2013 100 2012 2013 2.143.760 2.282.445 3,01 6,47 100 11,91 18.605.051 19.165.028 2.143.760 2.282.445 791.795 855.319 6,47 8,02 11,91 4,46 791.795 855.319 749.278 821.185 8,02 9,60 4,46 4,28 749.278 821.185 9,60 4,28 668.541 711.028 6,36 6,36 3,71 3,71 668.541 711.028 660.000 705.000 6,82 6,82 3,68 3,68 660.000 705.000

Municípios Pará 1º São Félix do Xingu Pará 1º São Félix do Xingu 2º Novo Repartimento 2º Novo 3º Cumaru do Repartimento Norte 3º Cumaru do Norte 4º Altamira 4º Altamira 5º Marabá 5º Marabá Santana Santana do do 6º 6º Araguaia Araguaia 7º Novo Progresso 7º Novo Progresso Água Azul do 8º Água Azul Norte do 8º Norte Santa Maria das 9º Barreiras Santa Maria das 9º 10º Pacajá Barreiras Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015. 10º Pacajá

613.152 613.152

663.655 663.655 8,24

8,24 3,46

3,46

687.142 687.142

632.521

632.521-7,95-7,95 3,30

3,30

564.582

2,95

556.735

564.582

1,41

478.639

498.664

4,18

556.735 478.639 432.578

1,41

498.66413,84 4,18 492.442

2,95 2,60 2,57

2,60

432.578 Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 492.442 13,84 2,57 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015

Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015.

Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015.

Mapa 2 - Rebanho Bovino por Município, 2003/2013 Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015. Mapa 2 - Rebanho Bovino2por Município, 2003/2013 Mapa - Rebanho Bovino

por Município, 2003/2013

Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015.

Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015.

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Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015.

Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015. Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015. Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015.

Com relação ao rebanho bubalino, o Pará lidera o ranking nacional com um efetivo de 507.882

cabeças, em 2013, equivalente a 38,12% da produção brasileira, quantidade 11,85% maior em12 relação ao ano de 2012 (Tabela 3). Os principais municípios produtores são Chaves (28,41%), Soure (23,64%), Cachoeira do Arari (7,38%) e Almeirim (6,53%), que, juntos, concentram 66% desse rebanho no estado. 13


brasileira, quantidade 11,85% maior em relação ao ano de 2012 (Tabela 3). Os principais municípios produtores são Chaves BOLETIM (28,41%), Soure (23,64%), AGROPECUÁRIO Cachoeira do Arari (7,38%) e Almeirim (6,53%), que, concentram DOjuntos, ESTADO DO66% PARÁ

2015

desse rebanho no estado. Tabela 3 - Municípios com3maiores rebanhoscom bubalinos (em cabeças) Tabela - Municípios maiores rebanhos no Pará, 2013

Municípios Pará

Cabeças 2012

2013

Var. (%) Part.(%) 13/12

2013

454.079 507.882

11,85

100

Chaves

88.360 144.288

63,3

28,41

Soure

71.993 120.039

66,74

23,64

Cachoeira do Arari

36.456

37.507

2,88

7,38

Almeirim

46.537

33.185

-28,69

6,53

Prainha

32.834

28.426

-13,43

5,6

Ponta de Pedras

21.334

27.393

28,4

5,39

Santa Cruz do Arari

13.794

13.800

0,04

2,72

Muaná

13.579

12.649

-6,85

2,49

Porto de Moz

42.907

10.190

-76,25

2,01

Santarém

10.739

9.971

-7,15

1,96

Demais municípios

74.854

69.754

-6,81

13,73

Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015.

bubalinos (em cabeças) no Pará, 2013

Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015

Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015.

Nos últimos dez anos, a produção bubalina paraense apresentou dois momentos distintos. No

primeiro, entre 2003 e 2006, o baixo interesse comercial pela carne de búfalo marcou uma trajetória Nos últimos dez anos, a produção bubalina paraense apresentou dois momentos

decrescente do rebanho. No segundo, o avanço de estudos mostrando os benefícios nutricionais da distintos. No primeiro, 2003 euma 2006,retomada o baixo interesse comercial pela de búfalo carne bubalina iniciou, a partir entre de 2007, do crescimento da carne produção, em virtude do

marcou trajetóriade decrescente rebanho. “Baby No segundo, o avanço de estudos mostrando maior interesse nouma consumo carne dodochamado Búfalo”, categoria de carne proveniente do

os benefícios da carne de 2007, uma retomada do abate de animais entre nutricionais 18 e 24 meses de bubalina vida. O iniciou, Pará éa opartir estado que apresenta o melhor desemcrescimento da produção, em virtude do maior interesse no consumo de carne do chamado penho nesse tipo de abate.

Búfalo”, categoria de carnee proveniente do abate dede animais entre 18 e 24 meses de Com“Baby o crescimento da produção da comercialização búfalos, expandiu-se, também, a fisca-

vida. O Pará é o estado apresenta o melhor tipo de abate. lização e o controle sanitário da que espécie. Com efeito,desempenho o índice denesse vacinação do rebanho, em 2013, atingiu

97,21% somente na ilha do Marajó, maior reduto de criação de bubalinos com 62% do total do estado Com o crescimento da produção e da comercialização de búfalos, expandiu-se, (IDESP, 2012; ADEPARÁ, 2012; ADEPARÁ, 2013).

também, a fiscalização e o controle sanitário da espécie. Com efeito, o índice de vacinação do

O potencial produtivo da pecuária paraense tem atraído a implantação de plantas frigoríficas para 13

o estado, hoje em número de 35 (20 com Serviço de Inspeção Federal - SIF e 15 com Serviço de Inspeção Estadual - SIE), que processam cerca de 4,2 milhões de animais/ano, considerando-se um índice de desfrute anual em torno de 20%. Do total de carne produzida, 25% destina-se ao consumo interno, sendo o restante comercializado para outras Unidades da Federação, principalmente da Região Nordeste, e mercado internacional.

No segmento da pecuária de leite, onde predominam pequenos criadores, mostram-se tam-

bém crescentes as unidades de processamento, hoje em número de 40 laticínios produzindo queijos, iogurtes etc.

Segundo dados da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará – FAEPA, os investimentos re-

alizados na produção primária da pecuária ascendem a R$ 150 bilhões, gerando um faturamento médio anual de R$ 12,5 bilhões e ocupação direta de cerca de 353 mil pessoas, contingente correspondente a 44% da população economicamente ativa do meio rural, estimativas que se elevam para aproximadamente 753 mil de pessoas quando considerados empregos diretos e indiretos na pecuária. 14


BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015

EXPORTAÇÃO DE GADO, CARNE E DERIVADOS A economia paraense vem mostrando bom desempenho na exportação de gado, carne e derivados. Um nicho de mercado que vem sendo liderado pelo Pará é o da exportação do boi vivo, atividade iniciada, timidamente, em 2006, quando efetuou a exportação de 95.385 cabeças para o Líbano, ascendendo, em 2013, para 616 mil cabeças, constituindo-se o mais importante produto na pauta estadual de exportação, após o minério. A Tabela A apresenta a exportação de boi vivo, carne e derivados por valor e peso. No ano de 2003, a quantidade exportada de boi vivo e de carnes e derivados foram, respectivamente, de 945.700 quilos e 1,2 milhão de quilo, enquanto em 2013 o volume elevou-se para mais de 83 milhões de quilos de carnes e derivados e quase 319 milhões de kg de boi vivo. Tabela A - Exportação Paraense de Boi Vivo, Carne e Derivados, 2003/2013

Fonte: MDIC/Aliceweb, 2015

Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015

Os avanços nesse segmento revelam um dado interessante na configuração da indústria de carne no Estado. Em 2002, existiam basicamente dois frigoríficos que exportavam carne bovina, ao passo que, em 2013, esse número subiu para 12. O efeito valorativo proporcionado pela indústria de carne ajuda a fortalecer a cadeia produtiva da pecuária bovina no Pará, concentrada, predominantemente, na região sul e sudeste paraense.

15


BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015 BOLETIM AGROPECUÁRIO

Em que pese a importância dos rebanhos bovinos e bubalinos na produção pecuária, a população DO ESTADO DO PARÁ 2015 de aves no Pará, em especial de galináceos, alcançou números consideráveis em 2013, com um rebanho Gallus conhecidosOs como galos, galinhas, frangas, frangos, pintos,Gallus pintainhas (IBGE, estimado em mais degallus, 13 milhões. galináceos referem-se à espécie gallus, conhecidos como BOLETIM AGROPECUÁRIO 2015). A Tabela 4 apresenta esse rebanho para o Brasil, Região Norte e estado do Pará, nos galos, galinhas, frangas, frangos, pintos, pintainhas (IBGE, 2015). A Tabela 4 apresenta esse rebanho DO ESTADO DO PARÁ 2015 anos de Norte 2004 e 2013. para o Brasil, Região e estado do Pará, nos anos de 2004 e 2013. Gallus gallus, conhecidos comodegalos, galinhas, frangas, frangos, pintainhas (IBGE, Tabela 4 - Rebanhos Galináceos no Brasil, Norte e Pará,pintos, 2004/2013

Tabela 4 - Rebanhos de Galináceos no Brasil, Norte e Pará, 2004/2013

2015). A Tabela 4 apresenta esse rebanho para o Brasil, Região Norte e estado do Pará, nos Item

anos de 2004 e 2013.

2004

Geográfico

2013

Variação (%)

Brasil 32,24 Tabela 4 - Rebanhos 944.298.348 de Galináceos no1.248.785.538 Brasil, Norte e Pará, 2004/2013 Norte

Item Pará

27.972.184

29.664.246

12.875.016

13.081.808

2004 Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015. Geográfico

2013

6,05 1,61

Variação (%)

Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015

Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015. Brasil 944.298.348

1.248.785.538 32,246% na Região Norte e 1,6% A evolução da criação de galináceos em 10 anos foi de 32% no Brasil, Norte paraense o maior 27.972.184 6,05 no Pará, sendo o rebanho do Norte do 29.664.246 país. A Tabela 5 apresenta os 10 municípios com A evolução da criação de galináceos em 10 anos foi de 32% no Brasil, 6% na Região Pará 12.875.016 13.081.808 1,61 maiores rebanhos, que, juntos, acumulam mais de 60% do rebanho galináceo paraense, com a maior parNorte e 1,6% no Pará, sendo o rebanho paraense o maior do Norte do país. A Tabela 5 Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015. cela concentrada em Santa Isabel, que registrou mais de 3 milhões de animais, 23,72% do total, seguido apresenta os 10 municípios com maiores rebanhos, que, juntos, acumulam mais de 60% do Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015. por Santarém, com mais de 1 milhão (7,92%) e Benevides, com mais de 980 mil (7,5%). rebanho galináceo paraense, com a maior parcela concentrada em Santa Isabel, que registrou

mais de 3 milhões de animais, 23,72% do total, seguido por Santarém, com mais de 1 milhão

Tabela 5 - MunicípiosTabela Paraenses os MaioresParaenses Rebanhos de Gali5 - com Municípios com os Maiores náceos, 2013 (7,92%) e Benevides, com mais de 980 mil (7,5%).

Rebanhos de Galináceos, 2013

Municípios Quantidade Proporção (%) Tabela 5 - Municípios Paraenses com os Maiores Rebanhos de Galináceos, 2013 Santa Isabel do Pará 3.103.500 23,72 Municípios Santarém

Quantidade (%) 1.035.989 Proporção 7,92

Santa Isabel do Pará

3.103.500

23,72

1.035.989

7,92

Benevides

980.630

7,50

Igarapé-Açu

898.400

6,87

Marituba

395.000

3,02

347.800 350.000

2,66 2,68

Benevides

980.630

Santarém

Igarapé-Açu

898.400

Marituba

395.000

Curuçá

380.000

São Francisco do Pará Curuçá

Santa Bárbara do São Francisco do Pará Pará

350.000 380.000

6,87 3,02 2,90

2,68 2,90

Castanhal Santa Bárbara do Pará

301.400 347.800

2,30 2,66

Castanhal Vigia

301.400 298.000

2,30 2,28

Vigia IBGE/SIDRA/PPM, 2015.298.000 BOLETIM Fonte:

7,50

2,28 AGROPECUÁRIO

Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015 Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015. DO Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015.ESTADO DO PARÁ 2015

Além dos rebanhos deElaboração: maior representatividade, FAPESPA/SEDAP, 2015. já mencionados, a agropecuária paraense conta Alémrebanhos dos rebanhos maiorrepresentatividade, representatividade, já já mencionados, a agropecuária Além dos de de maior mencionados, a agropecuária

também com outros efetivos, a exemplo do rebanho suíno, que, em 2013, registrou mais de 542 mil cabeconta também com outros efetivos, a exemplo do rebanho suíno, que, em 2013, paraenseparaense conta também com outros efetivos, a exemplo do rebanho suíno, que, em 2013,

ças; equino (284 mil); e ovino (193 mil)cabeças; (Tabela 6).(284 mil); e ovino (193 mil) (Tabela 6). registrou mais de 542 mil equino

registrou mais de 542 mil cabeças; equino (284 mil); e ovino (193 mil) (Tabela 6).

16

Tabela 6 - Rebanhos de Ovinos, Equinos, Codornas, Caprino e Suínos no estado do

Tabela 6 - Rebanhos de Ovinos, Equinos, Codornas, Caprino e Suínos Pará, de 2004-2013 Tabela 6 - Rebanhos Ovinos, Equinos, no estado do Pará, 2004-2013

Pará, 2004-2013 Rebanho Ovino

Rebanho Equino

Ovino

Codornas Caprino Suíno

2004 178.400

2004

282.835

178.400

43.758

Codornas, Caprino e Suínos no estado do 2013 193.427

2013

284.437

193.427

Variação (%) 8,42 Variação (%) 0,57

8,42

36.170

-17,34

78.714

55.664

-29,28

1.043.464

542.746

-47,99

16

Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015. Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015 Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015.

PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL (BOX - Fundo com foto de leite e mel)

16


BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015

PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL

Os produtos de origem animal referem-se ao conjunto de alimentos originados direta ou indiretamente de animais. Nesse grupo estão o mel, leite e ovos entre outros. No ano de 2013, em todo o Brasil, esse tipo de produção alcançou o valor de R$ 41.387.797 (IBGE, 2015). Na Região Norte, destacam-se o mel, leite e ovos de galinha e de codorna, os quais registraram, em 2013, um valor total de R$ 1.867.042,00 (IBGE, 2015). A Região Norte produziu, em 2013, 933.706 kg de mel de abelha, 1.846.419 litros de leite, enquanto a produção de ovos de galinha e de codorna foi, respectivamente, de 123.687 e 1.564 dúzias. A análise entre os estados do Norte revela que o Pará é o maior produtor de leite (539.490 litros), de mel (5.445 kg), e de ovos de codorna (555 mil dúzias); além de ser o segundo maior produtor de ovos de galinha (28.425 mil dúzias), precedido pelo Amazonas (IBGE, 2015). A representatividade da economia leiteira do Pará é demonstrada pelo valor da produção, que alcançou cifras superiores a 450 milhões de reais. Contudo, após 2006, o comportamento da produção leiteira passou a apresentar tendência de declínio (-7,8%). Entre os municípios com maiores produções de lácteos no Estado, em 2013, destacaram-se: Água Azul do Norte (28.125 milhões de litros), Piçarra (24.195) e São Félix do Xingu (22.138) (IBGE, 2015). A produção de alguns produtos de origem animal envolve diferentes portes de produtores ou cooperativas, sendo fundamental o apoio governamental para o progresso do setor e consolidação da estrutura produtiva.

17


BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015 2. PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO ESTADO DO PARÁ

A área cultivada no estado do Pará, em 2013, atingiu 1.149.309 ha, gerando uma produção

de mais de 9,1 milhões de toneladas, com valor estimado em torno de R$ 5,4 bilhões, representando cerca de 27% do PIB agropecuário do estado.

Em relação a 2012, esses números configuram um desempenho bastante positivo, uma vez

que a área cultivada teve um incremento de 6,3% (aproximadamente, 68 mil hectares), a quantidade produzida, de 4,4%; e o valor da produção, de 39,6%. Todavia, esse resultado não significou melhoria na produção agrícola como um todo, mas, sim, de um número reduzido de culturas.

De fato, ao se decompor o valor da produção agrícola estadual, verifica-se que 8 (oito)

produtos respondem por 89% daquele resultado, cada um com características de produção e dinâmicas bastante diferenciadas, a saber (Gráfico 1): mandioca (40,6%), soja (9,2%), banana (7,6%), pimenta-do-reino (6,7%), milho (6,6%), cacau (6,2%), dendê (4,9%), abacaxi (4,9%), Arroz (2,4%). Com relação a essas culturas, o Pará desponta como maior produtor nacional de mandioca, pimenta-do-reino, abacaxi e dendê; o 2º de cacau e o 5º de banana. Gráfico 1 - Participação das maiores lavouras em valor (%), 2013 Mandioca

40,62

Soja

9,20

Banana

7,58

Pimenta-do-reino

6,72

Milho

6,56

Cacau

6,20

Abacaxi

4,85

Dendê

4,84

Arroz

Total em 2013: R$ 5,4 Bilhões

2,39

Outros

11,03 0,00

5,00

10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 45,00

Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015

Corroborando com o destaque dado a algumas culturas no que tange ao valor, o mesmo

ocorre quando se observa a quantidade produzida e área colhida com pequenas alternâncias. Dessa forma, o Gráfico 2 mostra como as mais de 9,1 milhões de toneladas de produtos agrícolas paraenses foram particionadas em 2013, sendo a mandioca a principal cultura, com mais de 48% do total, seguida pelo dendê (10,81%) e pela cana-de-açúcar (9,72%). No que diz respeito ao total da área colhida (ha), o Gráfico 3 ilustra que foram destinados mais de um milhão de hectares para produção agrícola, dos quais a mandioca, milho e soja obtiveram maior participação percentual com 26,32%, 19,24% e 16,52%, respectivamente.

18


BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015 Gráfico 2 - Participação das maiores lavouras em produção (%), 2013

Mandioca

50,83

Dendê

11,44

Cana-de-açúcar

10,28

Milho

6,75

Banana

6,44

Soja

5,57

Arroz

2,26

Laranja

2,17

Melancia

1,29

Outras

2,96 0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015 Gráfico 3 - Participação das maiores lavouras em área colhida (%), 2013

Mandioca Milho Soja Cacau Arroz Dendê Feijão Banana Coco-da-baía Pimenta-do-reino Cana-de-açúcar Outros 0,00

1,83 1,21 1,19

4,72 3,80 3,77

5,00

16,43

8,41 7,93

26,17

19,13

Total em 2013: 1,1 Milhão (ha)

5,42 10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015

2.1 LAVOURA PERMANENTE

As culturas ou lavouras permanentes compreendem plantios agrícolas de longa duração,

de modo que, após a colheita, não necessitam de um novo plantio, produzindo por vários períodos consecutivos (IBGE, 2015). Nesse segmento, o estado do Pará registrou, em 2013, uma produção de 2.028.221 t, equivalente a 22,3% do volume total estadual, com crescimento de 2,46% em comparação ao ano de 2012 (1.985.291 t). O aumento da quantidade produzida decorreu, preponderantemente, de ganhos de produtividade, posto que, em 2013, a área colhida (250.356 ha) apresentou redução de 1% em relação ao ano de 2012 (262.855 ha). Entretanto, o desempenho das culturas que integram esse segmento foi bastante diferenciado, com apenas três dentre as de maiores produções apresentando variação positiva em termos de área e quantidade produzida - limão, cacau e banana - possuindo a primeira, contudo, pouca representatividade na produção agrícola estadual.

Nesse contexto, assume destaque o cacau e a banana, que apresentaram variação de 18,47% e

7,10%, respectivamente, na quantidade produzida, e de 10,09% e 5,14% na área colhida (Tabela 7). A banana desponta como o produto de maior valor de produção no grupo das lavouras permanentes, embora possua a 3ª maior área cultivada (18,1%). A expansão dessa cultura, em grande parte, está associada à da cacauicultura, pois seus plantios, no estado, são efetuados 19


BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015 predominantemente de forma consorciada, visto ser a bananeira utilizada para sombreamento da cultura do cacau. Com uma área colhida de 43.510 ha e uma produção de 585.943 t, o Pará é o 5º maior produtor de banana do país, participando com 8,5% do total nacional.

Apesar da característica de expansão já mencionada, a produção de banana ainda é

significativamente dispersa no Pará, conforme pode ser visualizado no Gráfico 4, de modo que os dez municípios de maiores lavouras somam 57,18% da produção dessa cultura no estado. Novo Repartimento é o maior produtor (12,20%), seguido por Medicilândia (7,65%) e Altamira (7,54%), os dois últimos citados localizados no Xingu, região de predominância do cultivoDO de cacau. BOLETIM AGROPECUÁRIO

ESTADO DO PARÁ 2015 Gráfico 4 - Participação dos municípios com as 10 Maiores Produções de Banana do Pará,

Gráfico 4 - Participação dos municípios com as Maiores Produções de 2013 Banana do Pará, 2013 Novo Repartimento

12,20

Medicilândia

7,65

Altamira

7,54

Trairão

5,73

Uruará

5,43

Placas

4,52

Rurópolis

4,04

São Geraldo do Araguaia

3,89

Anapu

3,11

Tucuruí

3,07 0,00

Fonte: IBGE/SIDRA/PAM, 2015.

57,18%

2,00

4,00

Total em 2013: 585.943 mil frutos

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015. Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015

No que tange ao cacau, o Pará, com uma área colhida de 97.176 ha, a maior do grupo das

No que tange ao cacau, o Pará, com uma área colhida de 97.176 ha, a maior do grupo das lavouras permanentes, e uma produção de 79.727 t de amêndoas, é a 2ª maior lavoura em

lavouras permanentes, e uma produção de 79.727 t de amêndoas, é a 2ª maior lavoura em produção, produção, contribuindo com 31% da safra nacional. O cultivo é efetuado basicamente por

contribuindo com 31%produtores, da safraestabelecidos nacional.predominantemente O cultivo é efetuado por pequenos produtores, pequenos em solosbasicamente de média a alta fertilidade,

estabelecidossendo predominantemente em das solos de média a altaprincipalmente fertilidade, sendo a cacauicultura paraense uma mais competitivas do mundo, quando se a cacauicultura a produtividade média do (870mundo, kg/ha) e oprincipalmente baixo custo de produção (US$ se 1.000.00/t) da paraense umaconsidera das mais competitivas quando considera a produtividade 3

, zona que concentra 67% da produção lavoura,e observados no Território da Transamazônica média (870 kg/ha) o baixo custo de produção (US$ 1.000.00/t) da lavoura, observados no Território estadual.

da Transamazônica3, zona que concentra 67% da produção estadual.

O Gráfico 5 os apresenta os 10 municípios as maioresproduções produções de de cacau no estado, O Gráfico 5 apresenta 10 municípios comcom as maiores cacau no estado, verificandoverificando-se que a produção é relativamente concentrada na Região de Integração do Xingu,

se que a produção é relativamente concentrada na Região de Integração do Xingu, com destaque para com destaque para Medicilândia, que, em 2013, deteve quase 40% do total estadual, seguida por

Medicilândia, que, em 2013, deteve quase 40% do total estadual, seguida por Uruará (10,89%) e Placas Uruará (10,89%) e Placas (8,35%). Só esses três municípios registraram 58,64% da produção

(8,35%). Só esses três municípios registraram 58,64% da produção cacaueira paraense. cacaueira paraense.

3

Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Uruará, Placas, Rurópolis, Vitória do Xingu, Senador José Porfírio e Pacajá, perfazendo um total de 240.297 km2.

21

Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Uruará, Placas, Rurópolis, Vitória do Xingu, Senador José Porfírio e Pacajá, perfazendo um total de 240.297 km2.

3

20


BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015 Gráfico 5 - Participação dos municípios com as Maiores Produções de Cacau do Pará, 2013

Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015

A excelente performance da cacauicultura, que vem se expandindo em todas as regiões

do estado, tem sua explicação no fato de que, em 2011, o Governo do Estado do Pará, através da extinta Secretaria de Agricultura, definiu esse segmento como um dos prioritários da política agrícola estadual e elaborou, em parceria com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), o Programa Estadual de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Cacau. A execução do referido programa é apoiada pelo Fundo de Apoio à Cacauicultura do Estado do Pará (FUNCACAU), constituído por recursos oriundos da comercialização do cacau.

O FUNCACAU tem possibilitado o desenvolvimento de ações fundamentais para a expansão,

modernização e consolidação da cacauicultura no estado do Pará. Investimentos na produção e distribuição de sementes híbridas de cacau têm-se constituído no principal item de fomento, de modo a propiciar a expansão da área cultivada. De igual modo, investimentos em capacitação de técnicos e produtores em tecnologias sustentáveis de produção têm sido priorizados, visto ser requisito fundamental para a elevação do nível tecnológico e da produtividade das lavouras. Outros focos do programa podem ser destacados: apoio ao cooperativismo, contemplando ações direcionadas à organização de produtores, da produção, da comercialização e agregação de valor ao produto, mediante incentivo a pequenas e médias unidades industriais. Complementarmente, a realização e participação de produtores em feiras locais, nacionais e internacionais constituem estratégia para estimular a capacitação, o desenvolvimento tecnológico e a realização de negócios no segmento da cacauicultura, buscando dar visibilidade à produção paraense. Mais recentemente, ênfase especial vem sendo dada à melhoria da qualidade das amêndoas e à verticalização da produção, especialmente de chocolates premium. O dendê manteve-se, em 2013, com a maior produção entre as culturas permanentes, com 1.040.538 t, correspondente a 51% do total, tendo variado a produção em 0,6%, a despeito de a área colhida ter sofrido retração de 7,35% em relação ao ano anterior (Tabela 7). Esse desempenho pouco favorável está relacionado à queda do preço do petróleo no mercado internacional, ocasionando, também, a redução do preço do óleo de palma, haja vista a correlação de preços existente entre ambos os produtos.

A criação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), através da lei nº

11.097, de 13/01/2005, que estabelece a obrigatoriedade da adição de progressivo percentual de 21


BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015 biodiesel ao óleo diesel oriundo do petróleo, abriu novas perspectivas para a cultura da palma de óleo no Pará. Tanto assim é que, entre 2005/2013, a produção de dendê teve um incremento de 39%, figurando o Pará como o grande produtor nacional, gerando 83% da produção brasileira.

São vários os fatores que favorecem esse quadro, destacando-se o fato de o Pará possuir

cerca de 10,5% de seu território, ou seja, cerca de 13,1 milhões de hectares, propícios para o cultivo de dendê, de acordo com o Zoneamento Agroecológico e de Risco Climático realizado pela EMBRAPA / Centro Nacional de Pesquisas e Solos, que estão situados em área já alterada, dispensando, por conseguinte, o desmatamento de novas áreas. Além disso, a infraestrutura disponível e em fase de implantação; a larga experiência dos produtores com a cultura da palma, acumulada em mais quatro décadas; conjugada à capacidade total de aproveitamento de todos os seus produtos e subprodutos e às perspectivas favoráveis de mercado tornam essa cultura uma importante alternativa de investimento.

A produção de palma de dendê no Pará conta com condições edafoclimáticas, legislação que

incentiva e o apoio de entidades públicas e privadas com apoio técnico e financeiro. Nesse sentido, destaca-se o município de Tailândia como o maior produtor no estado (38,93%), seguido pelo Acará (16,82%) e Moju (13,57%), que, juntos, perfizeram 62,39% do total da produção dessa lavoura no Pará. Gráfico 6 - Participação dos municípios com as Maiores Produções de Dendê do Pará, 2013

Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015

A produção paraense de dendê é efetuada com a integração de contingente significativo de

pequenos agricultores familiares, que passaram a se inserir em uma cultura de mercado e, dessa forma, puderam elevar o seu nível de renda. A área plantada de dendê compreende três polos de produção (Tocantins, Rio Caeté e Guamá), envolvendo 9 (nove) municípios: Moju, Tailândia, ToméAçu, Bonito, Acará, Igarapé-Açu, Santo Antônio do Tauá, Santa Isabel do Pará e Castanhal. A pimenta-do-reino é outra importante cultura da lavoura permanente, representando o 2º maior valor e o 4º da produção agrícola estadual, além de se destacar com a maior produção no âmbito nacional. No período 2012-2013, a área colhida teve uma variação negativa de 7,15%, repercutindo na queda da quantidade produzida em 4,28% (Tabela 7). Ainda assim, a pimenta-do-reino foi o segundo produto agrícola de maior valor exportado pelo Estado em 2013, superado apenas pela soja.

O fato é que esse produto, por ser uma commodity, tem seu preço estabelecido no mercado

internacional, e a expansão/retração da produção guarda relação direta com as oscilações de preços. Por outro lado, a cultura da pimenta-do-reino, no Pará, teve uma grande retração com o 22


BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015 aparecimento da fusariose, doença que causou a morte de pimenteiras e reduziu o ciclo produtivo da cultura de 20 anos para 6 a 8 anos. Mais recentemente, a dificuldade de obtenção de madeira certificada, exigência da legislação ambiental, para ser utilizada como tutor, tem se constituído, também, em óbice ao crescimento da cultura.

A produção paraense de pimenta-do-reino em 2013 foi de 30.885 toneladas. O Gráfico 5

apresenta os dez maiores municípios produtores dessa cultura (55,47%), observando-se um plantio mais disperso no território paraense, sendo Igarapé-Açu e Tomé-Açu os que registraram as maiores produções (12,36% e 10,36%, respectivamente). Gráfico 7 - Participação dos municípios com as Maiores Produções de Pimenta-do-reino do Pará, 2013

Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015

O coco-da-baía, no conjunto das lavouras permanentes, é a 5ª maior em valor da produção (8, 67%), registrando, em 2013, uma área cultivada de 21.092 ha, com produção de 214.859 mil frutos, números esses declinantes em relação a 2012. O Pará participa com 11% da produção nacional, posicionando-se em 3º lugar no ranking dos estados produtores. O município de Moju é o principal produtor paraense (34,91%) e, também, o 3º município maior produtor do Brasil, apresentando a particularidade de sediar a maior plantação contínua de coqueiros do País, com 19 mil hectares e 800 mil pés. Entretanto, a cultura do coco está presente em mais de 100 municípios do Pará e o Gráfico 8 traz os dez municípios maiores produtores do estado. Gráfico 8 - Participação dos municípios com as Maiores Produções de Coco-da-Baía do Pará, 2013

Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015

23


BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015

A Tabela 7 contempla as principais culturas da lavoura permanente no estado do Pará, apresentando: BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015

quantidade produzida (t), área colhida (ha), valor da produção (R$) e rendimento (R$/ha). Tabela 7 - Lavoura Permanente no estado do Pará: quantidade produzida, área colhida, valor da produção e rendimento médio, 2012-

Tabela 7 - Lavoura Permanente no estado do Pará: quantidade produ2013* valor da produção e rendimento médio, 2012-2013* zida, área colhida,

Valor da produção (mil reais)

Rendimento médio qtd/ha

2012

2013

2012

0

1.497.527

1.580.198

5,52

8,26

8,46

2,45

54.475

-7,35

294.813

263.285

-10,69

17,59

19,10

8,57

41.384

43.510

5,14

297.469

411.926

38,48

13,22

13,47

1,87

-7,15

23.584

21.092

-10,57

97.802

106.284

8,67

9,81

10,19

3,82

197.766

-0,03

11.943

11.851

-0,77

81.191

95.607

17,76

16,56

16,69

0,74

67.299

79.727

18,47

88.267

97.176

10,09

331.857

336.848

1,5

0,76

0,82

7,61

Limão (t)

23.112

32.131

39,02

1.353

1.854

37,03

12.914

28.326

119,35

17,08

17,33

1,46

Pimenta-do-reino (t)

32.267

30.885

-4,28

15.022

13.948

-7,15

374.167

365.334

-2,36

2,15

2,21

3,09

Maracujá (t)

26.837

20.786

-22,55

2.581

1.933

-25,11

32.932

26.348

-19,99

10,40

10,75

3,42

Mamão (t)

19.692

19.266

-2,16

1.243

1.151

-7,4

20.143

18.878

-6,28

15,84

16,74

5,66

Café (em grão) Total (t)

10.011

5.930

-40,77

10.249

6.377

-37,78

33.479

19.827

-40,78

0,98

0,93

-4,8

Goiaba (t)

6.462

2.944

-54,44

365

173

-52,6

4740,56

2591

-45,34

17,70

17,02

-3,88

Borracha (látex coagulado) (t)

2.613

2.052

-21,47

2.333

1.878

-19,5

5.567

3.276

-41,15

1,12

1,09

-2,44

Castanha de caju (t)

2.890

1.668

-42,28

3.285

3.064

-6,73

2.935

1.732

-40,98

0,88

0,54

-38,12

Urucum (semente) (t)

2.254

1.536

-31,85

2.156

0,96

-7,94

Tangerina (t)

1.466

1.524

3,96

101

14,94

2,94

Lavoura Permanente

Quantidade produzida 2012

2013

Total **

1.974.194

2.022.696

Dendê (cacho de coco) (t)

1.034.361

Banana (cacho) (t)

Área colhida (Hectares)

Var. (%)

2012

2013

2,46

239.077

239.088

1.040.538

0,6

58.795

547.098

585.943

7,1

Coco-da-baía (mil frutos)

231.400

214.859

Laranja (t)

197.832

Cacau (em amêndoa) (t)

Fonte: IBGE/SIDRA/PAM, 2015. Elaboração: FAPESPA/SEDAP, Quando2015. observado

Var. (%)

BOLETIM DO 1.596 -25,97 AGROPECUÁRIO 4.396 4.562 3,78 1,05 102 0,99 923,49 79,54 14,51 DO PARÁ1658 2015 ESTADO

2013

Var. (%)

Fonte: IBGE/SIDRA/PAM, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015.

o plantio de todas as lavouras permanentes, o município paraense *Para este boletim foram consideradas as produções acimadede mil toneladas.

**Não inclui coco-da-baía (mil frutos)

*Para este boletim foram consideradas as produções acima de mil toneladas.

Var. (%)

maior produção agrícola em 2013 foi Tailândia, que respondeu por 20% do total produzido no

**Não inclui coco-da-baía (mil frutos) Quando observado

o plantio de todas as lavouras permanentes, o município paraense de

estado, com destaque para o dendê como principal cultivo do município com 99% de

maior produção agrícola em 2013 foi Tailândia, que respondeu por 20% do total produzido no estado, participação na lavoura permanente municipal, produção que equivale a 40% do dendê cultivado

com destaque para o dendê como principal cultivo do município com 99% de participação na lavoura no Pará. A Tabela 8 apresenta os dez municípios com as maiores produções no estado e a

permanente municipal, produção que equivale a 40% do dendê cultivado no Pará. A Tabela 8 apresenta27 participação que cada um dispõe.

os dez municípios com as maiores produções no estado e a participação que cada um dispõe. Tabelados 8 - municípios Participação dosproduzido municípios no total Tabela 8 - Participação no total na lavoura permanente do estado do Pará, 2013 do Pará, 2013 estado Estado/Municípios

Produção (t)

Part. (%)

Pará

2.029.757

100

Tailândia

405.954

20,00

Acará

178.534

8,80

Moju

153.285

7,55

Capitão Poço

149.886

7,38

Bonito

84.235

4,15

Medicilândia

82.615

4,07

Novo Repartimento

75.696

3,75

Tomé-Açu

57.486

2,83

Igarapé-Açu

53.042

2,61

50.602

2,49

10º Altamira Fonte: PAM/IBGE, 2015.

produzido na lavoura permanente do

Elaboração: FAPESPA, 2015.

Fonte: IBGE/PAM, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015.

A distribuição do total da produção da lavoura permanente para todos os municípios paraenses

pode ser observada Mapa 3,do evidenciando as participações dos municípios daos RImunicípios Tocantins (Tailândia, A no distribuição total da produção da lavoura permanente para todos

Acará e Moju), tendopode o dendê e o coconocomo RI do Xingu (Medicilândia, paraenses ser observada Mapaas 3, principais evidenciandoculturas; as participações dos municípios da RI Altamira e Tocantins (Tailândia, Acará e Moju), tendo o dendê e o coco como as principais culturas; RI do Xingu (Medicilândia, Altamira e Uruará) e do Tapajós (Novo Repartimento), sendo o cacau o

24


BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015 Uruará) e do Tapajós (Novo Repartimento), sendo o cacau o maior cultivo; além do nordeste do estado

BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015

(Capitão Poço, Bonito, Tomé-Açu e Igarapé-Açu), destacando-se o plantio de laranja e pimenta-do-reino. Mapa 3 – Quantidade Produzida (t) na Lavoura Permanente no estado do Pará, 2013 Mapa 3 – Quantidade Produzida (t) na Lavoura

Fonte: IBGE/SIDRA/PAM, 2015.

Permanente no estado do Pará, 2013

Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015. Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015.

Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015.

2.2 LAVOURA TEMPORÁRIA

2.2 LAVOURA TEMPORÁRIA As culturas ou lavouras temporárias abrangem as áreas para o plantio de culturas de curta

duração (via de regra, menor que um ano) e que normalmente necessitam de novo plantio após cada As culturas ou lavouras temporárias abrangem as áreas para o plantio de culturas de curta colheita (IBGE, 2015). Essas culturas são as mais representativas no conjunto da produção agrícola duração (via de regra, menor que um ano) e que normalmente necessitam de novo plantio após paraense, respondendo, em 2013, por 77% da área cultivada (888.463 ha), 78% da quantidade cada colheita (IBGE, 2015). Essas culturas são as mais representativas no conjunto da produção produzida (7.064.691 ha) e 69% do valor da produção (R$ 3,7 bilhões). Esses resultados superaram agrícola paraense, respondendo, em 2013, por 77% da área cultivada (888.463 ha), 78% da os verificados em 2012, apresentando variação positiva de 8,50%, 5,09% e 55,32%, respectivamente. quantidade produzida (7.064.691 ha) e 69% do valor da produção (R$ 3,7 bilhões). Esses Vale ressaltar, contudo, que a evolução registrada decorreu mais da expansão da área cultivada do resultados superaram os verificados em 2012, apresentando variação positiva de 8,50%, 5,09% e que do aumento de produtividade, visto que o rendimento médio foi negativo (-2,68%).

55,32%, respectivamente. Vale ressaltar, contudo, evolução registradade decorreu da Nesse contexto, a mandioca sobressai nãoque só acomo a cultura maior mais destaque neste expansão da área 65,4% cultivadada do quantidade que do aumento de produtividade, visto o rendimento médiona lavoura grupo, compreendendo produzida e 59,2% do que valor da produção foi mas negativo (-2,68%). temporária, também se destaca na produção agrícola estadual, credenciando o Pará como maior

produtor nacional. A proeminência da cultura da não mandioca relacionada hábitoneste alimentar da Nesse contexto, a mandioca sobressai só comoestá a cultura de maior ao destaque população, fazendo-se presente emdatodas as regiões doeEstado, grande parte, grupo, compreendendo 65,4% quantidade produzida 59,2% dosendo valor daexplorada, produção naem lavoura por agricultores familiares.

29

A quantidade produzida de mandioca no Pará, nos últimos anos, tem se mantido praticamente

estável, com crescimento médio de 0,4% ao ano, entre 2009 e 2013, o que pode ser explicado por fatores como o baixo nível tecnológico do sistema de produção, a redução da mão de obra familiar 25


BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015 face à opção dos jovens por atividades não agrícolas, e o deslocamento de produtores para outras culturas de maior rentabilidade.

A cultura da mandioca é pulverizada em todo o território estadual. Em 2013, os quatro

principais municípios produtores foram o Acará (6,58%), Santarém (6,30%), Oriximiná (5,19%) e Alenquer (4,22%); e considerando-se os dez maiores, esses corresponderam a 40,52% dos mais de quatro milhões de toneladas produzidas no Pará (Gráfico 9). Gráfico 9 - Participação dos municípios com as Maiores Produções de Mandioca do Pará, 2013

Fonte: IBGE/SIDRA/PAM, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015

A cana-de-açúcar figura como a 2ª maior produção entre as lavouras temporárias (935.020 t), proveniente de uma área colhida de 13.801 ha, contribuindo, entretanto, com apenas 2,7% do valor total de produção. Ressalta-se que no período 2012-2013, a área colhida manteve-se praticamente estável, com uma variação de apenas 3,26%, enquanto a quantidade produzida sofreu um incremento de 24,61%, significando uma variação positiva de 20,67% no rendimento médio.

Vale frisar, que a expansão dessa cultura no estado sofre restrições, por força do Decreto

Federal nº 6.961, de 17/07/2009, que proibiu o plantio da cana-de-açúcar nos biomas Amazônia e Pantanal. Desse modo, a produção dessa cultura no estado está concentrada no município de Ulianópolis (95,19%). Gráfico 10 - Participação dos municípios com as Maiores Produções de Cana-de-açúcar do Pará, 2013

Fonte: IBGE/SIDRA/PAM, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015

As culturas de milho (613.546 t) e soja (506.347 t) ocupam, respectivamente, o 3º e 4º lugar

em termos de volume de produção das culturas temporárias, e vêm ganhando destaque no Estado, a ponto de a soja já constituir o 2º maior valor da produção agrícola paraense e o milho, o 5º. Entre 26


BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015 2012 e 2013, a soja expandiu a área plantada em 58,54% e a quantidade produzida em 35,61%, mostrando tendência de crescimento.

O avanço da produção de grãos no Pará envolve, especialmente, áreas antropizadas de

pastagens, sendo sua expansão favorecida por dois fatores principais. O primeiro diz respeito às condições edafoclimáticas e à posição geográfica do Estado, que conformam vantagens competitivas excepcionais. Com efeito, são citados como pontos fortes do Estado para a produção de grãos os seguintes: a) chuvas regulares e grande incidência de luz; b) solos de qualidade com alta fertilidade; c) condições de produzir com segurança duas safras anuais; d) existência de áreas antropizadas de pastagens, que são pouco exigentes no uso de calcário e adubo; d) a maior proximidade do mercado internacional, que confere uma valorização de 10% no preço da soja paraense em relação à de outras regiões do País, devido à redução do custo de transporte.

O segundo fator refere-se a vantagens infraestruturais e a externalidades geradas pelos

investimentos na logística do Estado que, quando estiver totalmente consolidada, permitirá uma significativa redução do custo de transportes e, consequentemente, o aumento da competitividade desses produtos no mercado internacional.

Nesse contexto, o asfaltamento da BR-163 (Cuiabá-Santarém) e da BR-230 (Transamazônica);

a viabilização da hidrovia Araguaia-Tocantins; a ampliação do Porto de Santarém; a implantação do Terminal Portuário de Outeiro (que deverá ser o maior porto graneleiro do Brasil) e de novos terminais no porto de Vila do Conde, em Barcarena, deverão inverter o curso da logística de escoamento da produção agrícola nacional, deslocando-a para a Região Norte, mais particularmente para o Estado do Pará.

A área de produção de soja e milho abrange três polos: nordeste, sul/sudeste e oeste paraense.

Esse cultivo ocorre duas vezes ao ano e, entre as safras dessa commodity, é feito o plantio do milho, de maneira que a produção das duas lavouras pode ser realizada alternadamente. No Pará verificase que a cultura do milho é mais presente nos municípios do que a da soja, pois enquanto o primeiro está presente em mais de 100 municípios, a soja consta em apenas 22.

O Gráfico 11 apresenta a produção de milho no Pará, com Dom Eliseu sendo o principal

produtor (10,68%), seguido de Paragominas (7,17%) e São Félix do Xingu (6,16%). A concentração da soja é maior, de modo que três municípios abrangem mais de 60% da produção estadual (Gráfico 12), sendo que Paragominas, com pouco mais de 24%, foi o que mais produziu em 2013, seguido por Santana do Araguaia (20,92%) e Ulianópolis (15,95%). Gráfico 11 - Participação dos municípios com as Maiores Produções de Milho do Pará, 2013

Fonte: IBGE/SIDRA/PAM, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015

27


BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015 Gráfico 12 - Participação dos municípios com as Maiores Produções de Soja do Pará, 2013

Fonte: IBGE/SIDRA/PAM, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015

O Estado do Pará é o principal produtor nacional de abacaxi, com uma produção de 320

milhões de frutos e uma área plantada de 10.777 hectares. Isso se deve, basicamente, a alguns fatores; entre os quais, destacam-se: (i) condições edafoclimáticas favoráveis ao desenvolvimento da cultura; (ii) grande disponibilidade de áreas apropriadas ao cultivo do abacaxizeiro; e (iii) produtividade média superior à nacional. Outro ponto relevante para a abacaxicultura paraense diz respeito ao período anual da safra que se concentra entre os meses de agosto a novembro e que coincide com a entressafra de outras regiões produtoras do país.

A cultura é cultivada em quase todo o estado, com destaque para a mesorregião Sudeste,

responsável por 85% da produção estadual. No ranking estadual, destacam-se como maiores produtores (Gráfico 13) os municípios de Floresta do Araguaia (76,45%), Conceição do Araguaia (8,42%) e Salvaterra (3,12%). Floresta do Araguaia é o maior produtor nacional e apresenta a maior indústria de suco concentrado da fruta do Brasil com capacidade de 4 mil toneladas/mês, exportando para os países da União Europeia, Estados Unidos e MERCOSUL. Gráfico 13 - Participação dos municípios com as Maiores Produções de Abacaxi do Pará, 2013

Fonte: IBGE/SIDRA/PAM, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015

Na distribuição da produção, Salvaterra destina cerca de 90% do seu cultivo pra o abastecimento

de Belém e Região Metropolitana, enquanto que a produção dos municípios de Floresta do Araguaia e Conceição do Araguaia é quase que totalmente exportada para outras regiões do país.

Não obstante esta grande produção, ainda existe necessidade de fomentar boas práticas

de cultivo, visando o incremento da tecnologia, controle de pragas e doenças e racionalidade na 28


BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015 utilização de agrotóxicos com respeito ao meio ambiente. Neste viés, grandes avanços foram alcançados com a difusão da Produção Integrada no estado.

A Produção Integrada de Abacaxi4 no estado do Pará foi iniciada no ano de 2006 com a

realização de um diagnóstico sobre a cultura por especialistas da Embrapa Fruticultura e Mandioca. Neste ano e no seguinte foram realizadas capacitações em alguns municípios líderes na produção da cultura. Com base no diagnóstico, foi desenvolvido no período de 2008 a 2011 o projeto de “Transferência e Difusão da Produção Integrada de Abacaxi no Estado do Pará”, uma parceria da Secretaria de Estado de Agricultura do Pará (atual SEDAP), Superintendência Federal de Agricultura no Pará (SEPDAGPA/SFA/MAPA), Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARÁ), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (EMATER-PA) e prefeituras municipais. Em 2015 estará sendo celebrado um novo convênio entre a SEDAP e MAPA para a continuidade do projeto de transferência e difusão da PI de abacaxi no Pará. O arroz, em 2013, teve uma produção de 205.358 t para uma área plantada de 91.549 ha, apresentando, contudo, variação negativa em relação a 2012, da ordem de 2,83% e 6,81%, respectivamente. Do ponto de vista econômico, participa com 3,8% no valor da produção das culturas temporárias e 2,4% no que se refere ao valor da produção agrícola estadual.

No Pará, predomina a produção de arroz de sequeiro, cultivado em áreas de terra firme,

registrando-se, também, pequenas dimensões de plantio em várzea, efetuado por pequenos produtores ribeirinhos. Entretanto, desde 2011, foi iniciado o plantio, em larga escala, de arroz irrigado no município de Cachoeira do Arari, no Arquipélago do Marajó, compreendendo uma área de 12 mil hectares, dos quais já se encontram implantados 3,5 mil hectares, gerando duas safras anuais, cuja produção está sendo comercializada no mercado local.

A produção de arroz no Pará em 2013 foi a sexta maior do país, com destaque para a produção

do município de Ulianópolis (17,88%), seguido por Cachoeira do Arari (8,33%) e Paragominas (8,03%), que juntos acumulam 34,24% do cultivo estadual. Gráfico 14 - Participação dos municípios com as Maiores Produções de Arroz do Pará, 2013

Fonte: IBGE/SIDRA/PAM, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015

4 A Produção Integrada de Frutas é um sistema que emprega tecnologias que permitem a aplicação de boas práticas agrícolas e a obtenção de alimentos seguros, isentos de resíduos de agrotóxicos. É realizado o controle de todo o processo produtivo com o monitoramento e rastreabilidade de todas as etapas, desde a produção até o consumidor final. Essas práticas culturais, por limitarem o uso de energia e de insumos, permitem diminuir o custo de produção.

29


BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015

A Tabela 9 contempla as principais culturas da lavoura temporária no estado do Pará, apresentando:

BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015

quantidade produzida (t), área colhida (ha), valor da produção (R$) e rendimento (R$/ha).

Tabela 9 - Lavoura temporária no estado do Pará: quantidade produziTabela 9 - Lavoura temporária no estado do Pará: quantidade produzida, área colhida e rendimento médio, 2012-2013* da, área colhida e rendimento médio, 2012-2013* Quantidade produzida

Área colhida (Hectares)

Lavoura temporária 2012

2013

Var (%)

2012

Var (%)

Rendimento médio qtd/ha

(Mil Reais - nominal) 2012

2013

Var (%)

2012

2013

Var (%)

Total (em toneladas) *

6.722.287 7.040.324

4,73

807.864 869.401

7,62

2.158.064 3.457.817

60,23

8,32

8,1

-2,68

Mandioca (t)

4.617.543 4.621.692

0,09

301.364

302.300

0,31

1.187.507 2.208.029

85,94

15,32

15,29

-0,22

Cana-de-açúcar (t)

750.378

935.020

24,61

13.365

13.801

3,26

53.004

94.267

77,85

56,15

67,75

20,67

Milho (em grão) (t)

604.799

613.546

1,45

215.935

220.962

2,33

309.222

356.781

15,38

2,8

2,78

-0,86

Soja (em grão) (t)

373.398

506.347

35,61

119.686

189.746

58,54

353.454

499.807

41,41

3,12

2,67

-14,46

Abacaxi (mil frutos)

317.127

320.478

1,06

10.605

10.777

1,62

241.898

263.636

8,99

29,9

29,74

-0,56

Arroz (em casca) (t)

211.335

205.358

-2,83

98.242

91.549

-6,81

108.920

130.111

19,46

2,15

2,24

4,28

Melancia (t)

117.707

117.410

-0,25

5.177

5.223

0,89

56.134

81.232

44,71

22,74

22,48

-1,13

Feijão (em grão) (t)

35.512

30.737

-13,45

51.555

43.941

-14,77

66.845

65.493

-2,02

0,69

0,7

1,55

Tomate (t)

10.007

9.055

-9,51

412

370

-10,19

20362

20164

-0,97

24,29

24,47

0,76

Malva (fibra) (t)

1.608

1.159

-27,92

2.128

1.509

-29,09

2.616

1.933

-26,11

0,76

0,77

1,64

Fonte: IBGE/SIDRA/PAM, 2015.

Fonte: IBGE/SIDRA/PAM, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015. *Para este boletim foram consideradas as produções BOLETIM AGROPECUÁRIO DO acima de mil toneladas.

Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015.

2013

Valor da produção

*Para este boletim foram consideradas as produções acima de mil toneladas. ESTADO

DO PARÁ Considerando-se todas as Lavouras Temporárias de todos os 2015 municípios no estado do Pará

Considerando-se todas7.064.691 as Lavouras Temporárias de todos osobteve municípiosmaior no estado do no ano de 2013, a produção foi de t. Ulianópolis participação entre os Pará no(14,81%), ano de 2013, a produção 7.064.691 t.no Ulianópolis participação entre (890.000 t), com municípios paraenses sendo foi o deprimeiro cultivoobteve de maior cana-de-açúcar os municípios paraenses (14,81%), sendo o primeiro no cultivo de cana-de-açúcar (890.000 t),

95% da produção estadual, destacando-se ainda na produção de soja (16%). Santarém é o segundo com 95% da produção estadual, destacando-se ainda na produção de soja (16%). Santarém é o

colocado, detendosegundo 5,27%colocado, do total cultivado nesse segmento, sobressaindo na produção de mandioca detendo 5,27% do total cultivado nesse segmento, sobressaindo na produção

37

com a segunda maior lavoura (6,29%) na de soja quarta participação (7,53%). A de mandioca com a segunda maiorelavoura (6,29%) e nacom de sojaacom a quarta maior maior participação (7,53%). A Tabela 10 apresenta osde dezmaiores municípios de maiores produções lavoura temporária. Tabela 10 apresenta os dez municípios produções na na lavoura temporária. Tabela 10 - Participação dos municípios na lavoura temporária do esTabela 10 - Participação dos municípios na lavoura temporária do estado do Pará, 2013 tado do Pará, 2013 Estado/Municípios Pará

Produção (t)

Part. (%)

7.064.691

100

1.046.367

14,81

Ulianópolis

Santarém

372.094

5,27

Acará

304.763

4,31

Oriximiná

243.021

3,44

Paragominas

236.300

3,34

Alenquer

210.760

2,98

Belterra

202.464

2,87

Bragança

180.878

2,56

Mojuí dos Campos

169.303

2,4

154.737

2,19

10º Ipixuna do Pará

Fonte: IBGE/SIDRA/PAM, 2015.

Fonte: IBGE/SIDRA/PAM, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015.

Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015.

O município de Acará se apresenta em terceiro lugar na produção em lavoura temporária no

município de Acará sepor apresenta terceiro lugar na produção em lavoura temporária Pará com 4,31% do total,O destacando-se ser em o maior produtor de mandioca no estado com 6,57% do com 4,31% do total, destacando-se por ser o maior produtor de mandioca no estado com montante cultivado.noOPará município de Oriximiná detém 3,44% da quantidade produzida desse segmento, 6,57% do montante cultivado. O município de Oriximiná detém 3,44% da quantidade produzida

sendo o terceiro produtor de mandioca (5,19%). O município de Paragominas sinalizou a quinta colocação desse segmento, sendo o terceiro produtor de mandioca (5,19%). O município de Paragominas

sinalizou a quinta colocação acumulando 3,4% do total do estado, sendo a soja o cultivo de maior representatividade, respondendo por 24,05% dessa lavoura no estado, sobressaindo

30


BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015 acumulando 3,4% do total do estado, sendo a soja o cultivo de maior representatividade, respondendo por 24,05% dessa lavoura no estado, sobressaindo também na produção de milho, aparecendo em segundo lugar com 7,17% do total do estado. A distribuição do total da produção da lavoura temporária para todos os municípios paraenses pode ser observada no Mapa 4. Mapa 4 – Lavoura Temporária no estado de Pará

Fonte: IBGE/SIDRA/PPM, 2015. Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015.

Dado o avanço obtido na agricultura paraense nos últimos anos, destaca-se também a importância do setor como impulsionadora de emprego e renda, gerando 426.881 ocupações, respondendo por 54% da população economicamente ativa do meio rural, estimativas que se elevam para aproximadamente 912 mil de pessoas quando considerados empregos diretos e indiretos na agricultura.

31


BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015 3 MERCADO DE TRABALHO AGROPECUÁRIO DO PARÁ

O crescimento agrícola pode se constituir em importante vetor para a redução da pobreza no

Pará, já que o crescimento proveniente da agricultura é pelo menos duas vezes mais eficaz na redução da pobreza do que o crescimento do PIB gerado fora da agricultura, segundo estimativas realizadas em vários países, além de seu inquestionável papel para a segurança alimentar da população.

A dinâmica produtiva do setor agropecuário promove a criação de empregos/ocupação em

suas várias atividades, tanto nos segmentos ligados à agricultura quanto nos inerentes à pecuária e à pesca. Em 2013, foram registrados no Pará 796.079 trabalhadores em ocupações ligadas ao setor agropecuário, desempenhando atividades eminentemente primárias (IBGE, 2015). A Tabela 11 apresenta a quantidade de pessoas ocupadas por atividade produtiva no estado do Pará, em 2013, na qual o cultivo de mandioca destaca-se com 25,35% do total de mão de obra ocupada, seguida pela criação de bovinos (16,60%) e pesca (14,30%). Tabela 11 - Pessoas ocupadas na agropecuária por atividade principal no Pará em 2013

Atividades

Quantidade

Part.(%)

Total ocupação na agropecuária

796.079

100

Cultivo de mandioca

201.831

25,35

Criação de bovinos

132.186

16,60

Pesca e serviços relacionados

113.817

14,30

Criação de aves

94.561

11,88

Cultivo de outros produtos de lavoura permanente

58.403

7,34

Cultivo de hortaliças, legumes e outros produtos de horticultura

39.097

4,91

Cultivo de cacau

30.245

3,80

Cultivo de arroz

21.536

2,71

Atividades de serviços relacionados à agricultura

21.301

2,68

Produção mista (lavoura e pecuária)

21.032

2,64

Cultivo de milho

17.179

2,16

Silvicultura e exploração florestal

16.497

2,07

Cultivo de outros produtos de lavoura temporária

10.995

1,38

Criação de suínos

6.182

0,78

Criação de outros animais de grande porte

5.955

0,75

Cultivo de banana

5.262

0,66

Fonte: IBGE/BME, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015.

A geração de empregos formais no setor Agropecuário, tendo como base os dados de vínculos

trabalhistas divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego – MTE (forma de contratação que garante direitos como a seguridade social, licença maternidade, entre outros auxílios disponíveis para essa modalidade de vínculo) está retratada na Tabela 12, que aponta a existência de 102.858 trabalhadores com vínculos formais no setor Agropecuário paraense em 2013. Entre as ocupações registradas pelo MTE, o segmento da pecuária obteve os maiores quantitativos de vínculos: 20.067 empregados, que equivale a 19,51% do total geral da Agropecuária no estado. Os trabalhadores agrícolas aparecem como o 2º maior quantitativo, compreendendo 16.689 trabalhadores com carteira assinada, 16,23% do total do setor. 32


BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015 Tabela 12 - Empregos formais com carteira assinada na agropecuária no Pará, 2013 Atividades

Quantidade Part. (%)

Total de empregos na agropecuária pela RAIS

102.858

100

Trabalhadores na pecuária

20.067

19,51

Trabalhadores agrícolas

16.689

16,23

Trabalhadores na exploração agropecuária em geral

15.948

15,50

Produtores agrícolas

5.413

5,26

Extrativistas florestais

4.904

4,77

Trabalhadores da mecanização agropecuária

4.587

4,46

movimentação de cargas

2.846

2,77

Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos

2.682

2,61

de edifícios

2.435

2,37

Trabalhadores da construção civil e obras públicas

2.418

2,35

Embaladores e alimentadores de produção

2.339

2,27

Trabalhadores dos serviços de hotelaria e alimentação

2.006

1,95

fumo

1.706

1,66

Supervisores na exploração agropecuária

1.347

1,31

Secretários de expediente e operadores de máquinas de escritórios

1.305

1,27

Trabalhadores nos serviços de proteção e segurança

1.045

1,02

15.121

14,7

Condutores de veículos e operadores de equipamentos de elevação e de

Trabalhadores nos serviços de administração, conservação e manutenção

Trabalhadores artesanais na agroindústria, na indústria de alimentos e do

Outros*

Fonte: MTE/RAIS, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015. *Outros incluem, além de demais atividades, atividades não classificadas.

33


BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015 4 CRÉDITO RURAL

As informações, ora apresentadas de

forma analítica, referem-se à disponibilidade de

Tabela 13 - Principais municípios paraenses beneficiados com o Crédito Rural, 2013 Município

recursos na carteira de crédito rural do Brasil, em nível nacional, regional, estadual e municipal,

NOVO REPARTIMENTO

nos mais diversos tipos de programas e fundos para o ano de 2013, e foram extraídas da Matriz

PARAGOMINAS

de Dados do Crédito Rural do Banco Central do Brasil (BACEN).

MARABÁ

A economia brasileira registrou, em 2013,

uma carteira de crédito rural total de R$ 141,083 bilhões,

apresentando

um

incremento

PACAJÁ

de

16,54% quando comparado ao valor5 de 2012. Na Região Norte, verificou-se, em 2013, um

CURIONÓPOLIS

montante disponível de R$ 6,001 bilhões, que SANTA MARIA DAS BARREIRAS

corresponde a 4,25% do valor total disponível para crédito rural no País.

O estado do Pará registrou R$ 1,562

RONDON DO PARÁ

bilhões de crédito rural, representando 26,02% do total da carteira de crédito rural da região

RIO MARIA

Norte, e 1,11% de toda carteira de crédito rural disponível no país. Na comparação com o valor para 2012, observou-se um aumento de 29,13%

CUMARU DO NORTE

no montante disponível para o estado. Os

ITUPIRANGA

municípios paraenses que mais se destacaram na captação desses recursos (Tabela 13), em 2013,

Quant. de Contratos

Atividade

Valor Contratado (R$)

Agrícola

102

768.932,50

Pecuária

2.198

83.932.845,50

Total

2.300

84.701.778,00

Agrícola

229

51.189.708,48

Pecuária

317

18.469.010,21

Total

546

69.658.718,69

Agrícola

249

1.407.404,92

Pecuária

2.108

58.782.222,99 60.189.627,91

Total

2.357

Agrícola

25

406.009,31

Pecuária

944

56.531.459,95

Total

969

56.937.469,26

Agrícola

20

6.621.902,80

Pecuária

93

50.307.101,98

Total

113

56.929.004,78

Agrícola

78

31.399.632,73

Pecuária

432

20.524.592,29

Total

510

51.924.225,02

Agrícola

46

10.230.572,16

Pecuária

1.039

38.995.887,46

Total

1.085

49.226.459,62

Agrícola

45

287.992,55

Pecuária

408

48.023.234,18

Total

453

48.311.226,73

Agrícola

31

2.288.749,69

Pecuária

191

45.626.349,95 47.915.099,64

Total

222

Agrícola

262

529.063,34

Pecuária

1.920

46.472.460,76

Total

2.182

47.001.524,10

foram: Novo Repartimento (R$ 84,701 milhões),

Fonte: MDR/BACEN, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015.

Paragominas (R$ 69,658 milhões) e Marabá (R$

apenas um município. Os valores contratados

60,189 milhões), sendo que Novo Repartimento

para a pecuária, quase sempre, são bem

e Marabá foram fortemente impulsionados pela

superiores aos da atividade agrícola.

pecuária, enquanto que Paragominas, pela

atividade agrícola, corroborando o desempenho

de

observado destes em relação à produção

disponibilizado, em 2013, para fins de crédito

agropecuária apresentada nos itens anteriores.

rural,

Observa-se que dentre os dez municípios

significando uma variação de 7,19% em relação

listados na Tabela 13, três situam-se na Região

ao valor corrigido de 2012. O estado do Pará foi

de Integração do Araguaia, distribuindo-se os

o principal beneficiário deste Fundo, em 2013,

demais nas Regiões do Lago de Tucuruí, Carajás

contratando 32,62% do montante disponível.

e Rio Capim, todas destacando dois municípios,

No âmbito municipal paraense, Curionópolis

e na Região do Xingu, que é representada por

se destacou como primeiro no ranking de

5

Com relação ao Fundo Constitucional Financiamento um

montante

do de

Norte R$

(FNO)6, 1,809

foi

bilhão,

Valor corrigido pelo IGP-DI de 2013, que foi de 5,5278%. Adotou-se o IGP-DI como indexador pelo fato de o BACEN ter se utilizado do mesmo para descrever a evolução dos recursos de crédito rural no país em uma série histórica de 1969 a 2012.

34


BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015 beneficiários do FNO no estado, financiando R$ 44,031 milhões, sendo que 94,95% desse valor foi investido na atividade pecuária. O município de Santa Maria das Barreiras vem em segundo lugar, contabilizando R$ 38,244 milhões, sendo que 68,23% desse montante foram direcionados à atividade agrícola (BCB, 2015).

No tocante à agricultura familiar, o Programa Nacional de Incentivo à Agricultura Familiar

(PRONAF) 7 disponibilizou, nacionalmente, a título de crédito rural, através da composição de diversos fundos e linhas de financiamento, um montante de R$ 20,075 bilhões8, que correspondeu a 14,22% da carteira de crédito rural nacional. Na comparação com o valor corrigido de 2012, apresentou um aumento de 113,33% em 2013. No âmbito do estado do Pará, o PRONAF disponibilizou R$ 394,028 milhões a título de crédito rural, o que representa 27,09% do montante de crédito disponibilizado para região Norte e 1,96% do montante de crédito disponibilizado nacionalmente DO pelo programa. BOLETIM AGROPECUÁRIO A pecuária foi a principal atividade contemplada no montante crédito2015 do PRONAF destinado ao DOdePARÁ ESTADO Pará, absorvendo 66,33% do montante disponível (Gráfico 15). Gráfico 15 -Gráfico Distribuição Recursos do PRONAF por Atividade no 15 dos - Distribuição dos Recursos do PRONAF Pará, 2004-2013

por Atividade no Pará, 2004-2013

300,00 250,00 200,00 150,00 100,00

Agrícola Pecuária

50,00 -

Fonte: MDRC/BACEN, 2015.

Fonte: MDRC/BACEN, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015.

Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015.

No que tange aos municípios paraenses, em se tratando de Crédito Rural, os maiores beneficiá-

rios do PRONAF foram Novo Repartimento (R$ 18,496 milhões), São Geraldo do Araguaia (R$ 15,712 No que tange aos municípios paraenses, em se tratando de Crédito Rural, os maiores milhões) e Moju (R$ 14,411 milhões); sendo que, em relação a Novo Repartimento e São Geraldo do beneficiários do PRONAF foram Novo Repartimento (R$ 18,496 milhões), São Geraldo do Araguaia, a atividade pecuária se destacou no uso desses investimentos (98,83% e 99,72%, sequencialAraguaia (R$ 15,712 milhões) e Moju (R$ 14,411 milhões); sendo que, em relação a Novo mente). No caso de Moju, a atividade agrícola foi a principal beneficiada, registrando 95,54% do montante Repartimento e São Geraldo do Araguaia, a atividade pecuária se destacou no uso desses disponível para esse município. investimentos (98,83% e 99,72%, sequencialmente). No caso de Moju, a atividade agrícola foi a Com relação aos dados do PRONAF, apresentados na Tabela 14, destaca-se a Região de Integraprincipal beneficiada, registrando 95,54% do montante disponível para esse município. ção do Lago de Tucuruí com maior número de municípios beneficiários (quatro), seguida pelas Regiões Com relação aos dados do PONAF, apresentados na Tabela 14, destaca-se a Região de Integração do do Lago defoiTucuruí com maior número de1988, municípios beneficiários (quatro), 6 O Fundo Constitucional Norte criado pela Constituição Federal de que o estabeleceu em seu artigo 159,seguida inciso I, alínea “c”, e foi regulamentado pela lei federal 7.827/89, que instituiu a obrigação da União em destinar 0,6% da arrecadação do IR (Imposto sobre a Renda) pelas Regiões de Integração do Carajás e Xingu (ambas com dois municípios) e as regiões do e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) a serem aplicados em programas de financiamento aos setores produtivos da Região Norte através do Banco da Amazônia. Rio Capim e Tocantins (um município cada). Com exceção de Moju e Santarém, os demais 7 Criado em 1996, através do decreto 1.946/1996, com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar através de financiamentos de projetos ou maior coletivos gerem renda aos agricultores familiares e assentados da reforma agrária. municípios contrataram umindividuais montante naque pecuária. 8 3,31% desse montante, disponível em 2013, corresponde ao FNO.

35


BOLETIM AGROPECUÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 2015 de Integração do Carajás e Xingu (ambas com dois municípios) e as regiões do Rio Capim e Tocantins (um município cada). Com exceção de Moju e Santarém, os demais municípios contrataram um montante maior na pecuária. Tabela14 - Principais municípios paraenses beneficiados com o Crédito Rural via PRONAF, 2013 Municípios

NOVO REPARTIMENTO

SÃO GERALDO DO ARAGUAIA

MOJU

MARABÁ

ITUPIRANGA

URUARÁ

PACAJÁ

BREU BRANCO

SANTARÉM

RONDON DO PARÁ

Atividades

Quant. de

Valor

Contratos

Contratado(R$)

Agrícola

96

215.424,50

Pecuária

1.510

18.281.083,57

Total

1.606

18.496.508,07

Agrícola

3

42.873,83

Pecuária

693

15.669.464,43

Total

696

15.712.338,26

Agrícola

771

13.770.267,01

Pecuária

86

641.550,47

Total

857

14.411.817,48

Agrícola

226

588.335,25

Pecuária

1.712

12.949.171,48

Total

1.938

13.537.506,73

Agrícola

261

511.243,31

Pecuária

1.637

12.477.397,20

Total

1.898

12.988.640,51

Agrícola

117

2.277.251,33

Pecuária

481

10.059.329,68

Total

598

12.336.581,01

Agrícola

22

82.259,31

Pecuária

563

12.131.638,19

Total

585

12.213.897,50

Agrícola

12

84.557,09

Pecuária

551

11.696.319,79

Total

563

11.780.876,88

Agrícola

963

7.161.037,12

Pecuária

489

3.949.652,81

Total

1.452

11.110.689,93

Agrícola

1

79.615,08

Pecuária

834

10.945.060,09

Total

835

11.024.675,17

Fonte: MDRC/BACEN, 2015. - Elaboração: FAPESPA/SEDAP, 2015.

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