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BOLETIM MERCADO DE TRABALHO PARAENSE EM 2014
GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ Simão Robison Oliveira Jatene Governador do Estado do Pará José da Cruz Marinho Vice-Governador do Estado do Pará
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FUNDAÇÃO AMAZÔNIA DE AMPARO A ESTUDOS E PESQUISAS DO PARÁ - FAPESPA Eduardo José Monteiro da Costa Diretor-Presidente Alberto Cardoso Arruda Geovana Raiol Pires Diretora de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural Maria Glaucia Moreira Diretora de Estatística, Tecnologia e Gestão da Informação Andrea dos Santos Coelho Diretora de Pesquisas e Estudos Ambientais Ciria Aurora Ferreira Pimentel Diretora Administrativa Eduardo Alberto da Silva Lima Diretor de Planejamento Sibele Maria Bitar de Lima Caetano Diretora de Operações Técnicas
EXPEDIENTE Publicação Oficial: © 2015 Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará – Fapespa Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. 1ª edição - 2015 Elaboração, edição e distribuição Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará - Fapespa Endereço: Tv. Nove de Janeiro, 1686, entre Av. Gentil Bittencourt e Av. Conselheiro Furtado. Bairro: São Braz – Belém – PA, CEP: 66.060-575 Fone: (91) 3323 2550 Disponível em: www.fapespa.pa.gov.br Coordenação de Estudos Econômicos e Análise Conjuntural: Edson da Silva e Silva Elaboração Técnica: Edson da Silva e Silva Colaboração: Joyse Tatiane Souza dos Santos (elaboração de mapas) Produção Editorial: Helen da Silva Barata Ingrid Nery Mendes Juliana Cardoso Saldanha Karina Lan’Arc Simone de Campos Revisão: Juliana Cardoso Saldanha Normalização: Anderson Alberto Saldanha Tavares Angela Cristina Nascimento Silva Jacqueline Queiroz Carneiro
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) ________________________________________________________________ F981b Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (Fapespa) Boletim do Mercado de Trabalho Paraense em 2014/ Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos e Análise Conjuntural. – Belém, 2014. 16 f: il. 1. Mercado de trabalho – Pará 2014. 2. Emprego celetista – Pará 2014. 3. Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). I. FAPESPA. II. Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural. III. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). IV. Título
CDD: 23 ed. 332 ________________________________________________________________
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BOLETIM MERCADO DE TRABALHO PARAENSE EM 2014 A Fundação Amazônia de Amparo a Estu-
A atual conjuntura produtiva paraense, li-
dos e Pesquisas do Pará (Fapespa), de acordo
gada a fatores tantos nacionais quanto interna-
com o Cadastro Geral de Empregados e Desem-
cionais, conduziu o ritmo de geração de trabalho
pregados (CAGED), disponibilizado pelo Ministério
no estado. Dessa forma, ressalta-se o papel dos
do Trabalho e Emprego (MTE), passa a divulgar ,
empreendimentos do setor energético e mineral,
periodicamente, informações sobre o mercado de
que juntos promoveram boa parte da movimenta-
trabalho paraense, com o objetivo de acompanhar
ção de mão de obra nesse último ano. Um exem-
a movimentação do emprego celetista no estado,
plo foi a construção da Usina Hidrelétrica de Belo
com base nas admissões, desligamentos e saldo.
Monte, em Altamira, que no primeiro semestre de
Para este boletim, foram sistematizados os dados
2014, alcançou o ponto máximo de contratações,
referentes ao ano de 2014, sendo consideradas so-
e, além de influenciar o setor da Construção Civil,
mente as declarações entregues dentro do prazo.
induziu também a geração de empregos nos seto-
Em 2014, o saldo de empregos no Pará foi
res de Serviços e Comércio, favorecendo para o
positivo em 17.016 novos vínculos trabalhistas, re-
saldo de 4.749 novos vínculos trabalhistas no mu-
sultado que aumentou em 2,16% o estoque de em-
nicípio. Outro exemplo de empreendimento indutor
pregos formais. O Pará foi o estado de maior saldo
da geração de trabalho no estado foi a implementa-
de empregos da região Norte do país, equivalente
ção da mina S11D, em Canaã dos Carajás, que no
a 96% do saldo positivo na região, que encerrou
processo de estruturação do parque produtivo, in-
o ano com incremento de 17.652 novos contratos
cluindo a construção da ferrovia para escoamento
com carteira assinada (Tabela 1). Foram geradas,
do produto, contribuiu para o saldo de 2.246 novos
no ano de 2014, no estado, 406.865 admissões
empregos no município.
contra 389.849 desligamentos, desempenho que
Contudo, o mercado de trabalho paraen-
favoreceu o aumento da movimentação de mão de
se, que em 2014 gerou 17.016 novos empregos,
obra em 2014, dado que em 2013 as admissões
obteve saldo abaixo do registrado no ano anterior,
foram de 395.941 e os desligamentos de 366.325
quando em 2013, foram criados 29.132 vínculos
empregos.
empregatícios. O baixo nível de atividade produtiva no país, provocado principalmente pelo desa-
Tabela 1 – Saldo de emprego do Brasil, Região Norte e Pará, 2014
Unidades Geográficas Brasil Região Norte Pará
dez/14 -555.508 -31.468 -16.974
Acumulado 2014 2013 396.993 1.138.562 17.652 66.489 17.016 29.132
Fonte: CAGED/MTE, 2015. / Elaboração: FAPESPA, 2015.
quecimento dos setores da Construção Civil e da Indústria de Transformação, promoveu, em muitos estados, geração de emprego abaixo da alcançada em 2013. No Pará, entre os setores que mais criaram empregos em 2014, o de Serviços liderou a criação de novos vínculos, com 7.746 postos de trabalho (Tabela 2), sendo os segmentos de Transporte e Comunicação (1.782) e Serviços Médicos Odontológicos e Veterinários (1.437) os que mais geraram 5
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empregos no setor. A Construção Civil obteve o segundo melhor saldo nesse ano (3.401 novos postos), tendo menos participação na geração de vínculos empregatícios que no ano anterior, quando, em 2013, foi o setor que mais criou empregos (17.982 novos vínculos). Tabela 2 – Mercado de trabalho paraense por setor de atividade, 2014
Estado/Setores Pará Serviços Construção Civil Comércio Indústria de transformação Extrativa mineral Administração Pública Serviços Industr de Utilidade Pública Agropecuária
Admitidos Desligados Saldo 406.865 -389.849 17.016 106.600 -98.854 7.746 113.748 -110.347 3.401 100.589 -97.434 3.155 45.940 -44.280 1.660 3.839 -2.962 877 487 -316 171 2.608 -2.562 46 33.054 -33.094 -40 Fonte: CAGED/MTE, 2015. / Elaboração: FAPESPA, 2015.
A Construção Civil, que nos últimos anos
do setor no estado, já que mesmo sendo positivo,
respondeu como o setor que mais criou empregos no estado, encerrou 2014 abaixo do setor de Servi-
registrada criação de 5.849 vínculos. A dinâmica da movimentação no mercado de trabalho no setor
Construção Civil no Pará estar alicerçada em dois
Comércio está ligado ao crescimento produtivo no
pilares produtivos: os grandes empreendimentos
setor, como exemplo, o segmento varejista, que de
(mineral e energético) e as construções habitacio-
janeiro a novembro 2013 havia crescido 5,7%, va-
nais, dois segmentos econômicos que, em 2014,
riou 3,9% em 2014, no mesmo período.
sofreram desaceleração no nível de suas atividades produtivas, sendo responsáveis pela redução no número de trabalhadores contratados. Por exemplo, somente a Região Metropolitana de Belém (RMB), que tem nas construções habitacionais o principal segmento da Construção Civil, encerrou 2014 com saldo negativo de 723 vínculos trabalhistas, sendo Belém o município de maior redução, 1.743 empregos.
Já a Indústria de Transformação, com saldo de 1.660 novos empregos com carteira assinada, teve nos segmentos de alimentos e bebidas (1.332 vínculos), indústria mecânica (360 vínculos) e invínculos) os de maior saldo positivo no setor. Castanhal foi o município que mais gerou novos vínculos trabalhistas no segmento de alimentos e bebidas, com 399 novos empregos; enquanto que Altamira
Com relação ao setor de Comércio dos
respondeu por 648 novos empregos na indústria
3.155 novos empregos gerados, em 2014, o muni-
mecânica e Mocajuba, por 160 novos vínculos na
cípio de Santarém respondeu por 531, encerrando o ano como o município de maior geração de empregos no setor. Belém, que durante muito tempo esteve à frente da criação de vínculos trabalhista no setor do Comércio, teve o estoque reduzido em 1.263 vínculos, sendo o município de maior saldo
O resultado da Indústria de Transformação paraense em 2014, na geração de emprego, reverteu o obtido em 2013, quando o setor encerrou o ano com redução de 481 vínculos de emprego. Contudo, o bom desempenho do setor na geração de emprego em 2014, superou as expectativas 6
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para o setor, uma vez que a produção física da indústria de transformação registrou queda de 0,34%, no acumulado de janeiro a novembro de 2014. Por outro lado, a Indústria Geral do Pará, que além da Indústria de Transformação, inclui também o Extrativo Mineral, acumulou até novembro de 2014, crescimento de 8,8%, com grande contribuição do segmento de mineração. Dessa forma, o crescimento produtivo de 11,7%, no acumulado de janeiro a novembro de 2014 da indústria Extrativa Mineral, induziu a geração de 877 novos empregos formais. Parauapebas foi o município que mais criou novos empregos no setor Extrativo Mineral, 1.120 vínculos formais. Com redução de 40 vínculos trabalhistas, o setor Agropecuário foi o único a registrar saldo negativo na geração de empregos no estado. O município de maior redução no estoque de empregos do setor Agropecuário foi Almerim, com saldo negativo de 554 vínculos, seguido de Concórdia do Pará (-287), Cumaru do Norte (-176) e mais 61 municípios. Apesar do desempenho negativo no mercado de trabalho, algumas culturas como o dendê e a soja possuem previsão de crescimento, esta última, com incremento da produção previsto em 2014 de 45%, segundo dados do levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE). Tabela 3 – Municípios paraenses com os maiores saldos de emprego, 2014
Municípios
Saldo 4.749 2.548
1º 2º
Altamira Ananindeua
3º
Canaã dos Carajás
2.441
4º
Barcarena
1.421
5º
Paragominas
1.100
6º
Marituba
1.014
7º
Vitória do Xingu
8º Redenção 9º Tailândia 10º Santarém
884 755 722 698 Fonte: CAGED/MTE, 2015. / Elaboração: FAPESPA, 2015.
Quanto à geração de empregos nos municípios do
gamentos, com redução de 554 empregos, já em
estado, Altamira liderou a criação de novos víncu-
Marabá, a Construção Civil respondeu por 3.820
los trabalhistas, com 4.749 novos empregos, sendo
demissões, sendo o setor de maior saldo negativo
o setor da Construção Civil o que mais contribuiu
no município.
para esse saldo, gerando 3.338 novos vínculos de trabalho. Ananindeua, com saldo de 2.548 empregos, foi o segundo município na geração de postos de trabalho, seguido por Canaã dos Carajás (2.441). Já entre os municípios que apresentaram os piores saldos em 2014, destacaram-se Marabá e Almerim, com 3.361 e 645 vínculos a menos no estoque de empregos, respectivamente. Almeim teve, no setor Agropecuário, o líder de desli 7
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Mapa 1 – Saldo de emprego celetista por município, 2014
Fonte: CAGED/MTE, 2015. / Elaboração: FAPESPA, 2015.
Espacialmente, observa-se que a dinâmi-
giões de Integração (RI) contribuindo para o mer-
ca de geração de empregos tem favorecido mu-
cado de trabalho no estado, o resultado agrupado
nicípios do interior do estado em várias regiões.
pode ser visto no Mapa 2, o qual demonstra que,
Ressalta-se, portanto, que além dos municípios da
dentre as Ris, seis apresentaram saldo positivo
RMB, como Ananindeua e Marituba, a geração de
de até 1.000 empregos (Baixo Amazonas, Marajó,
empregos no estado tem sido puxada por Altamira,
Rio Capim, Rio Caeté, Tapajós e Araguaia), quatro
Santarém, Tailândia, Redenção e Vitória do Xingu,
com saldo entre 1.000 e 6.000 vínculos trabalhistas
todos com saldo superior a 500 empregos. Belém
(Xingu, Tocantins, Metropolitana e Guamá) e, por
ainda responde pela maior movimentação de empregos no estado, no entanto, registrou, em 2014,
Tucuruí).
saldo de 16 vínculos trabalhistas, provenientes de 112.067 admissões e 112.051 desligamentos. O saldo de empregos da capital paraense só não foi melhor, devido à retração nos vínculos com carteira assinada dos setores da Construção Civil e Comércio, com respectivamente -1.743 e -1.263 empregos formais. Com vários municípios de diferentes Re8
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Mapa 2 – Saldo de emprego formal por Região de Integração, 2014
Fonte: CAGED/MTE, 2015. / Elaboração: FAPESPA, 2015.
Ao longo de 2014, a geração de emprego no estado apresentou basicamente dois comportamentos: de janeiro a setembro, o acumulado de empregos revelava crescimento de 38.239 trabalhadores; de outubro a dezembro, o mercado de trabalho paraense acumulou perda de 21.223 vínculos com carteira assinada. A queda na geração de trabalho nos três últimos meses impediu que o ano de 2014 fosse encerrado com recorde na criação de empregos no estado. Somente em dezembro, o estoque de mão de
Fonte: CAGED/MTE, 2015. / Elaboração: FAPESPA, 2015.
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A dinâmica do mercado de trabalho no Pará
xo de entrada e saída de trabalhadores. Já o Agro-
ao longo do ano descreve o comportamento da
pecuário tem na sazonalidade o principal fator de
taxa de rotatividade. Em período de maior movi-
movimentação da mão de obra.
mentação de emprego, associado principalmente
A alta rotatividade no emprego interfere no tempo
ao aumento do desligamento, a taxa de rotativida-
de permanência do trabalhador no mesmo posto de trabalho, fato este que, além de comprometer a
saída da mão de obra nos postos de trabalho. Nes-
produtividade, provoca efeitos também nos rendi-
se sentido, em dezembro de 2014, o elevado saldo
mentos, já que o salário médio dos admitidos ten-
negativo contribuiu para que a taxa de rotatividade
de a ser menor que o dos desligados. Com isso, em termos de massa salarial, a cada nova saída e
2,51% (dez/2014) ante 2,16% (dez/2013). No acu-
entrada de trabalhador no mesmo posto de traba-
mulado do ano de 2014, a taxa de rotatividade de
lho, há uma redução nos ganhos, resultado esse que tende a impactar no consumo das famílias. É
35,39%, abaixo do registrado em 2013, calculada
importante lembrar que boa parte da mão de obra
em 37,32%.
empregada no estado é de trabalhadores em ocu-
Tabela 4 – Comparativo da taxa de rotatividade do emprego paraense, 2014/2013
pações de menor rendimento médio (Tabela 7). Quatro das ocupações de maior movimentação de
Estado e Setores Pará
2013 37,32
2014 35,39
trabalhadores estão entre as 20 ocupações de me-
Extrativa mineral
13,83
17,68
Indústria de transformação SIUP
52,73 33,17
50,63 31,72
nor rendimento médio (Tabela 5 e 7), incluindo a de
Construção Civil
110,11
107,52
Comércio
50,79
46,54
Serviços
39,84
38,52
Administração Pública
0,21
0,11
Agropecuária
68,31
63,75
“ajudante de obras” que, em 2014, foi a ocupação Ressalta-se também que o tempo de permanência do trabalhador no mesmo vínculo empregatício interfere no rendimento médio. Das dez ocupações de maior movimentação de trabalhadores, seis
Fonte: CAGED/MTE, 2015. / Elaboração: FAPESPA, 2015.
Dos oitos setores registrados pelo CAGED, em 2014, somente o Extrativo Mineral apresentou
apresentaram redução no tempo médio de permanência, em 2014, na comparação com 2013 (Tabela 6).
taxa de rotatividade superior à calculada em 2013, saindo de 13,83% (2013) para 17,68% (2014). Os demais setores tiveram rotatividade abaixo do ano anterior, porém alguns permaneceram com taxa consideravelmente alta, foi o caso da Construção Civil e do Agropecuário, com 107,52% e 63,75%, respectivamente. A característica produtiva desses setores contribui para a elevada rotatividade, a Construção Civil, por exemplo, possui prazos e 10
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Tabela 5 – Ocupações de maior movimentação no mercado de trabalho paraense, 2014
Ocupações de maior movimentação
Admitidos
Desligados
Saldo
Movimentação
1º
Ajudantes de Obras
43.400
-39.647
3.753
83.047
2º
Trabalhadores da Construção Civil e Obras Publicas
37.923
-39.432
-1.509
77.355
3º
Vendedores e Demonstradores
38.258
-37.979
279
76.237
4º
Condutores de Veículos e Operadores de Equipamentos de Elevação e de Movimentação de Cargas
25.103
-23.746
1.357
48.849
5º
Trabalhadores nos Serviços de Administração, Conservação e Manutenção de Edifícios e Logradouros
23.256
-20.453
2.803
43.709
6º
Escriturários em Geral, Agentes, Assistentes e Auxiliares Administrativos
22.102
-20.731
1.371
42.833
7º
Trabalhadores dos Serviços de Hotelaria e Alimentação
14.602
-13.751
851
28.353
8º
Trabalhadores nos Serviços de Proteção e Segurança
13.413
-12.615
798
26.028
9º
Embaladores e Alimentadores de Produção
13.124
-10.204
2.920
23.328
10.588
-10.763
-175
21.351
10º Caixas, Bilheteiros e Afins
Fonte: CAGED/MTE, 2015. / Elaboração: FAPESPA, 2015.
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Tabela 6 – Comparativo do tempo médio (em meses) de permanência das ocupações de maior movimentação, 2014/2013
Ocupações
2013
2014
8
7,9
1º
Ajudantes de Obras
2º
Trabalhadores da Construção Civil e Obras Publicas
11,3
9,5
3º
Vendedores e Demonstradores
15,8
17
4º
Condutores de Veículos e Operadores de Equipamentos de Elevação e de Movimentação de Cargas
16,6
15,9
5º
Trabalhadores nos Serviços de Administração, Conservação e Manutenção de Edifícios e Logradouros
15,5
14,8
6º
Escriturários em Geral, Agentes, Assistentes e Auxiliares Administrativos
21,2
21,2
7º
Trabalhadores dos Serviços de Hotelaria e Alimentação
15,7
15,2
8º
Trabalhadores nos Serviços de Proteção e Segurança
24,5
25,4
9º
Embaladores e Alimentadores de Produção
15,4
13,2
17,5
18,5
10º Caixas, Bilheteiros e Afins
Fonte: CAGED/MTE, 2015. / Elaboração: FAPESPA, 2015.
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Tabela 7 – Ocupações de menor salário médio de desligamento do mercado de trabalho paraense, 2014 Ocupações 1º 2º 3º 4º 5º 6º
Trabalhadores da Confecção de Calcados Trabalhadores Agrícolas Confeccionadores de Produtos de Papel e Papelão Trabalhadores dos Serviços Domésticos em Geral Produtores Agropecuários em Geral Montadores e Ajustadores de Instrumentos Musicais
7º
Operadores de Instalações e Equipamentos de Produção de Metais e LigasSegunda Fusão
8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º
Trabalhadores da Confecção de Roupas Embaladores e Alimentadores de Produção Trabalhadores na Exploração Agropecuária em Geral Operadores de Equipamentos na Preparação de Alimentos e Bebidas Vidreiros, Ceramistas e Afins Trabalhadores nos Serviços de Embelezamento e Cuidados Pessoais Artistas de Artes Populares e Modelos Secretários de Expediente e Operadores de Maquinas de Escritórios Trabalhadores de Manobras Sobre Trilhos e Movimentação e Cargas Trabalhadores dos Serviços de Hotelaria e Alimentação Ajudantes de Obras
19º Trabalhadores nos Serviços de Administração, Conservação e Manutenção de Edifícios e Logradouros 20º Trabalhadores da Preparação da Madeira
Admitidos
Desligados
vínculos sal. Med. 71 745,34 7.256 796,82 6 805,67 1.142 762,22 96 760,81 2 759
vínculos sal. Med. -54 765,4 -6.871 771,33 -8 773 -645 773,45 -74 775,64 -2 786,5
Saldo
Movimentação
17 385 -2 497 22 0
125 14.127 14 1.787 170 4
39
841
-43
798,5
-4
82
1.135 13.124 6.164 2.124 369 1.073 167 6.802 7.827 14.602 43.400
774,17 776,13 768,34 818,92 815,76 812,03 824,86 799,15 831,78 813,85 825,33
-927 -10.204 -5.750 -1.926 -419 -984 -158 -6.295 -6.631 -13.751 -39.647
806,47 810,25 816,59 825,01 828,44 829,07 829,35 837,04 844,01 846,88 848,95
208 2.920 414 198 -50 89 9 507 1.196 851 3.753
2.062 23.328 11.914 4.050 788 2.057 325 13.097 14.458 28.353 83.047
23.256 1128
811,61 854,74
-20.453 -1135
849,83 850,09
2.803 -7
43.709 2263
Fonte: CAGED/MTE, 2015. / Elaboração: FAPESPA, 2015.
O saldo na geração de empregos no Pará ainda pode ser conferido através das principais ocupações, em relação aos municípios de maior saldo em 2014. Nesse sentido, Altamira respondeu pela maior criação de novas vagas nas ocupações de ajudantes de obras, com geração de 1.291 empregos formais. O município também foi o que mais ofertou emprego à ocupação de Trabalhadores da Construção Civil e Obras Públicas, tendo criado 1.043 novos contratos com carteira assinada (Tabela 8). Essas ocupações estão ligadas à construção da UHBM, que além de atrair trabalhadores para o empreendimento da usina, viabiliza também empregos em obras executadas paralelamente às da hidrelétrica, vinculadas à infraestrutura do município.
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BOLETIM MERCADO DE TRABALHO PARAENSE EM 2014
Travessa Nove de Janeiro, 1686 - São Brás CEP. 66.060-575 - Belém - Pará - Brasil Fone: 55 XX 91 3323-2550 www.fapespa.pa.gov.br
Fapespa Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará
Tabela 8 – Saldo das principais ocupações em relação aos municípios com os maiores saldos de empregos, 2014 Ocupação/Municípios Ajudantes de Obras Trabalhadores da Construção Civil e Obras Públicas
Altamira
Ananindeua
Canaã dos Marituba Paragominas Carajás 212 634 639 73
Barcarena
Redenção
1.291
533
1.043
49
178
703
4
70
67
148
78
Vendedores e Demonstradores
165
-217
42
86
-53
49
113
42
59
Condutores de Veículos e Operadores de Equipamentos de Elevação e de Movimentação de Cargas
706
29
-64
821
149
82
-14
11
25
Trabalhadores nos Serviços de Administração, Conservação e Manutenção de Edifícios e Logradouros
139
278
82
272
35
114
57
50
15
92
241
105
15
40
79
38
51
33
Trabalhadores dos Serviços de Hotelaria e Alimentação
439
43
23
168
-5
28
41
-22
7
Trabalhadores nos Serviços de Proteção e Segurança
-49
51
116
51
2
31
-22
8
16
Embaladores e Alimentadores de Produção
-43
760
11
1
4
129
83
5
2
48
-43
-29
10
-18
30
49
12
7
Escriturários em Geral, Agentes, Assistentes e Auxiliares Administrativos
Caixas, Bilheteiros e Afins
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Vitória do Xingu 192 22
Tailândia
Fonte: CAGED/MTE, 2015. / Elaboração: FAPESPA, 2015.
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Fapespa Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará
BOLETIM MERCADO DE TRABALHO PARAENSE EM 2014
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NOTA METODOLÓGICA O Boletim do Mercado de Trabalho Paraense toma como referência as estatísticas sobre o desempenho do emprego celetista, com registro em carteira, no estado do Pará, tendo como fonte de dados o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O CAGED é um registro administrativo obrigatório que inclui informação somente do emprego dispensa dos trabalhadores; ii) viabilizar a construção de ações de combate ao desemprego; iii) permitir pregados no mercado de trabalho e v) gerar estatísticas para o acompanhamento do mercado formal de trabalho. Com periodicidade mensal, o Boletim do Mercado de Trabalho paraense reúne informações sobre a movimentação das admissões e desligamentos em determinado período, desagregadas por setores Essas informações, além de serem apresentadas para o estado, contemplam também os municícom o saldo, de nota amplamente a dinâmica de vínculos do mercado de trabalho paraense.
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