informe
TÉCNICO da Indústria
MAIO 2015
Fapespa Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará
GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ Simão Robison Oliveira Jatene Governador do Estado do Pará José da Cruz Marinho Vice-Governador do Estado do Pará
Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará - Fapespa Eduardo José Monteiro da Costa Diretor-Presidente Alberto Cardoso Arruda Diretor Científico Geovana Raiol Pires Diretora de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural Maria Glaucia Moreira Diretora de Estatística, Tecnologia e Gestão da Informação Andrea dos Santos Coelho Diretora de Pesquisas e Estudos Ambientais Marco Antônio Barbosa da Costa Diretor Administrativo Eduardo Alberto da Silva Lima Diretor de Planejamento, Orçamento e Finanças Natália do Socorro Santos Raiol Diretora Interina de Operações Técnicas
EXPEDIENTE Publicação Oficial: © 2015 Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará – Fapespa Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. Elaboração, edição e distribuição Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará – Fapespa Endereço: Tv. Nove de Janeiro, 1686, entre Av. Gentil Bittencourt e Av. Conselheiro Furtado. Bairro: São Braz – Belém – PA, CEP: 66.060-575 Fone: (91) 3323 2550 Disponível em: www.fapespa.pa.gov.br Diretor-Presidente Eduardo José Monteiro da Costa Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural Geovana Raiol Pires Coordenadoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômica e Análise Conjuntural Edson da Silva e Silva Equipe Técnica Edson da Silva e Silva Marcelo Santos Chaves Produção Editorial: Frederico Mendonça Helen da Silva Barata Juliana Cardoso Saldanha Wagner da Silva Santos Revisão: Juliana Cardoso Saldanha Normalização: Anderson Alberto Saldanha Tavares Angela Cristina Nascimento Silva Jacqueline Queiroz Carneiro
PRODUÇÃO FÍSICA INDUSTRIAL PARAENSE MAIO DE 2015
PRODUÇÃO FÍSICA INDUSTRIAL PARAENSE EM MAIO DE 2015 De acordo com os resultados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (Fapespa) disponibiliza o Informe Técnico do Setor Industrial com uma análise do comportamento da indústria paraense em maio de 2015, baseada no resultado do Índice de Produção Física Industrial, desagregado por setor, além de outras informações afins. A produção física da Indústria Geral paraense em maio de 2015, na comparação com igual mês do ano anterior (série sem ajuste sazonal), cresceu 2,6%, sendo o décimo crescimento seguido nos últimos doze meses. Tal desempenho foi liderado pela indústria Extrativa Mineral com expansão da produção de 4,5%. A Indústria de Transformação registrou retração e fechou o mês de maio com variação de -4,2% (Gráfico 1).
Gráfico 1 – Desempenho da indústria paraense em maio nos últimos seis anos (2010–2015), segundo a variação do Índice da Produção Física. 40
35,3
30 20 10
Var. (%)
27,3
23,6 14,7
17,2 9
6,2
0
4,5 6,3 0,9
4,2
-1,7
-10
-4,2
-8,4
-20 -30
-20,5 MAI/10
MAI/11 1 Indústria geral
MAI/12
2,6 4,5
-24
MAI/13
2 Indústrias extrativas
MAI/14
MAI/15
3 Indústrias de transformação
Fonte: PIM/IBGE, 2015 / Elaboração: Fapespa, 2015.
No acumulado de 2015, de janeiro a maio, a indústria paraense registrou o segundo melhor
comportamento dos últimos cinco anos com crescimento de 6,8%, tendo na Indústria Extrativa Mineral (9%) a principal responsável pela expansão do setor no período. A Indústria de Transformação, por sua vez, obteve variação de -0,6%, contrária ao resultado apresentado de janeiro a maio de 2014, quando o setor cresceu 0,6%. O comportamento negativo da Indústria de Transformação paraense em 2015 tem refletido os efeitos da atual conjuntura econômica do país. Contudo, o resultado apresentado pela Indústria Geral paraense repetiu a dinâmica expansionista de 2014 para os cinco primeiros meses do ano (Gráfico 2).
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PRODUÇÃO FÍSICA INDUSTRIAL PARAENSE MAIO DE 2015 Gráfico 2 – Desempenho da indústria paraense: variação percentual acumulada em 2015, segundo a variação do Índice da Produção Física. 25
20,4
20
20,5 15,2
15 10 5
Var. (%)
8,9
6,8 1,4
0
3,2
2,1
0,2 -2,1 -2,6
-10
9
0,6 -0,6
-1,2
-20
-5,9
-30
-10,8 MAI/10
MAI/11 1 Indústria geral
MAI/12
-12,5
MAI/13
2 Indústrias extrativas
MAI/14
MAI/15
3 Indústrias de transformação
Fonte: PIM/IBGE, 2015 / Elaboração: Fapespa, 2015.
A indústria paraense apresentou o segundo melhor desempenho entre os estados, ficando
atrás, somente, do Espírito Santo, que registrou uma variação de 14,1% em comparação a maio de 2014. Juntos, esses estados foram os únicos que obtiveram variação positiva da produção industrial brasileira para maio de 2015, em que pese o resultado da indústria nacional ter encerrado o período contabilizando uma queda de 8,8%. No acumulado de 2015, o crescimento de 6,8% da Indústria Geral paraense, em relação ao mesmo período de 2014, foi o segundo melhor resultado entre os estados para essa série, a qual o Espírito Santo liderou com crescimento de 18%.
O crescimento de 4,5% da Indústria Extrativa foi induzido pelo aumento da produção de
minério de ferro, apesar de o preço da tonelada dessa commodity estar depreciado no mercado, situação constatada pela trajetória de acentuada redução da cotação nos últimos dois anos. Contudo, as minas paraenses apresentam relativa vantagem competitiva por serem classificadas como de baixo custo, e dessa forma tornam-se viáveis à produção de larga escala. No entanto, apesar dessa viabilidade, em maio de 2015 a exportação de minério de ferro (quantidade física) foi 67,12% inferior à apresentada no mesmo período do ano anterior, componente esse que também explica o ritmo da Indústria Extrativa abaixo do patamar de crescimento de maio de 2014 (35,3%).
Quanto à Indústria de Transformação paraense, apesar de ter sido verificada uma retração
da ordem de 4,2%, a fabricação de celulose e produtos de papel apresentou expressivo aumento, encerrando o mês de maio com um crescimento de 109%, em comparação ao mesmo período de 2014. A Fabricação de Alimentos e Bebidas sofreu retrações de 1,9% e 12,9%, respectivamente. Ressalta-se que a redução na produção de bebidas está vinculada, entre outros fatores, a uma elevação nos custos de produção desse segmento, por conta da elevação tributária de: 15% de IPI e 10% de PIS/Cofins a partir do mês de abril de 2015. Além disso, a produção madeireira, metalúrgica e de mineral não metálico apresentou diminuição de 13,3%, 5,3% e 5,7% nessa ordem. 5
PRODUÇÃO FÍSICA INDUSTRIAL PARAENSE MAIO DE 2015
No tocante ao Mercado de Trabalho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados
e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), embora a Indústria de Transformação tenha apresentado saldo negativo em oito dos doze segmentos industriais que a compõe, o segmento industrial químico (farmacêutico e perfumaria) e o segmento industrial mecânico apresentaram bom desempenho, registrando saldos positivos de 189 e 81 novos vínculos trabalhistas, respectivamente. A indústria de fabricação de produtos de minerais não metálicos apresentou a maior redução, contabilizando -161 vínculos, seguido pela indústria de fabricação de alimentos (-65 vínculos) e pela indústria de produtos de celulose (-36 vínculos).
Na contramão da Indústria de Transformação apresentou-se a Indústria Extrativa Mineral,
que encerrou maio com um superávit de 173 empregos no estoque de trabalhadores, situação contrária ao mês de abril de 2015, quando foi contabilizado saldo negativo de 21 empregos com carteira assinada.
No que se refere à arrecadação de ICMS do setor industrial, informações do Conselho Federal
de Política Fazendária (CONFAZ) demonstram o montante de R$ 178,570 milhões arrecadados em maio de 2015, crescimento de 17,05% em relação a maio do ano anterior, levando em consideração a inflação acumulada no período. A arrecadação desse imposto, decorrente do consumo de energia elétrica por parte do setor da indústria, totalizou, em maio do ano corrente, R$ 4,547 milhões. Todavia, se comparado ao montante registrado no mesmo mês de 2014, devidamente corrigido pela inflação em doze meses, constata-se uma retração de 22,39% na arrecadação deste imposto.
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