informe TÉCNICO
Mercado de Trabalho
MAIO 2015
Fapespa Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará
GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ Simão Robison Oliveira Jatene Governador do Estado do Pará José da Cruz Marinho Vice-Governador do Estado do Pará
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Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará - Fapespa Eduardo José Monteiro da Costa Diretor-Presidente Alberto Cardoso Arruda Diretor Científico Geovana Raiol Pires Diretora de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural Maria Glaucia Moreira Diretora de Estatística, Tecnologia e Gestão da Informação Andrea dos Santos Coelho Diretora de Pesquisas e Estudos Ambientais Ciria Aurora Ferreira Pimentel Diretora Administrativa Eduardo Alberto Valente Mendes Diretor de Planejamento Natália do Socorro Santos Raiol Diretora Interina de Operações Técnicas
EXPEDIENTE Eduardo José Monteiro da Costa Diretor-Presidente Alberto Cardoso Arruda Diretor Científico Geovana Raiol Pires Diretora de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural Maria Glaucia Moreira Diretora de Estatística, Tecnologia e Gestão da Informação Andrea dos Santos Coelho Diretora de Pesquisas e Estudos Ambientais Ciria Aurora Ferreira Pimentel Diretora Administrativa Eduardo Alberto Valente Mendes Diretor de Planejamento Natália do Socorro Santos Raiol Diretora Interina de Operações Técnicas Geovana Raiol Pires Diretora de Estudos Econômicos e Análise Conjuntural: Coordenação de Estudos Econômicos e Análise Conjuntural: Edson da Silva e Silva Elaboração Técnica: Edson da Silva e Silva
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MERCADO DE TRABALHO (MAIO 2015)
Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará
MERCADO DE TRABALHO PARAENSE EM MAIO DE 2015 SALDO DE EMPREGO
Informações da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (Fapespa), de
acordo com os dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), mostram que o mercado de trabalho paraense encerrou o mês de maio de 2015 com a oitava redução seguida no estoque de empregos do estado na análise mensal, com saldo negativo de 1.173 vínculos formais para as declarações entregues dentro do prazo. De janeiro a maio de 2015, a retração do emprego celetista paraense totalizou 10.337 vínculos, tendo todos os meses desse período gerado saldos negativos, em contraste com os cinco primeiros meses de 2014, quando foram gerados, no acumulado do ano, 8.893 novos empregos com carteira assinada (Gráfico 1). Gráfico 1 – Comparação do saldo de emprego celetista no Pará de janeiro a maio entre os anos 2014 e 2015
8.000 6.258
6.000
4.088
4.000
3.302
2.000
297
0 -2.000
-420
-1.173
-1.893
--4.000 --6.000
-2.133
-2.604
-4.007 JAN
FEV
MAR 2014
ABR
MAI
2014
Fonte: CAGED/MTE, 2015 / Elaboração: FAPESPA, 2015. / Obs.: Para mai/15 somente declarações dentro do prazo.
O saldo negativo de empregos paraenses, gerado pela diferença entre o total de admitidos de 26.539 vínculos e o total de desligados de 27.712, foi um comportamento presente em 24 das 27 unidades federativas brasileiras, fato esse responsável pela redução de 115.599 vínculos com carteira assinada no país. A desaceleração da atividade produtiva nacional é o principal fator da retração do estoque de assalariados entre os estados. As únicas Unidades Federativas que encerraram maio de 2015 com saldo positivo de emprego foram: Mato Grosso do Sul (534 vínculos), Goiás (333 vínculos), Acre (193 vínculos) e Piauí (63 vínculos). Entre os estado da região Norte (-7.948 vínculos), Amazonas (-4.758 vínculos), Pará (-1.173 vínculos) e Amapá (-1.039 vínculos) foram os que apresentaram as maiores diminuições. SETORES ECONÔMICOS No mercado de trabalho paraense, dos oito setores levantados pelo MTE em maio de 2015, somente o Extrativo Mineral, com 173 vínculos, e a Administração Pública, com 1 vínculo, geraram saldos positivos. Ressalta-se que o Extrativo Mineral é um setor menos sensível às condições econômicas nacionais, isso devido ao direcionamento da produção, que em grande parte é destinada para o mercado externo. Nesse sentido, nos últimos meses, o aumento da demanda internacional pelo minério de ferro, principal produto extrativo mineral, elevou a atividade produtiva no setor, favorecendo o aumento de novas contratações de emprego, sendo os “montadores de máquinas e aparelhos mecânicos” (45 vínculos) a ocupação de maior saldo no Extrativo Mineral no mês de maio (Tabela 1). 4
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MERCADO DE TRABALHO (MAIO 2015)
Os demais setores registraram redução no estoque de empregos com carteira assinada, com destaque para o setor de Serviços e de Comércio, com as maiores baixas, -431 e -425 vínculos, respectivamente (Tabela 1). Esses setores são o segundo (25%) e o terceiro (19%), respectivamente, de maior estoque de trabalhadores no Pará, depois da Administração Pública (32%), sendo os primeiros a sentirem os efeitos do desaquecimento econômico. Fatores como o aumento de impostos e ajustes de preços administrados (energia, combustível etc.) promovidos pelo Governo Federal nos primeiros meses de 2015 favoreceram o crescimento da inflação, impactando no consumo, que por sua vez afetou a geração de empregos no mercado de trabalho. Entretanto, apesar do setor de Serviços registrar saldo negativo, alguns dos segmentos que o compõem obtiveram saldos positivos: instituições de crédito, seguro e capitalização (32 vínculos), transporte e comunicações (52 vínculos) e serviços médico-odontológico e veterinário (87 vínculos). Tabela 1 – Relação de admitidos, desligados e saldo de emprego formal por setor de atividade do Pará em maio de 2015 Estado e Setores
Admitidos Desligados
Pará Extrativa Mineral
Saldo
Var.(%)*
26.539 392
27.712 219
-1.173 173
-0,15 0,88
2.968
3.251
-283
-0,31
Indústria de produtos minerais não metálicos
265
426
-161
-1,57
Indústria metalúrgica
198
195
3
0,03
Indústria mecânica
278
197
81
2,25
Indústria do material elétrico e de comunicações
16
5
11
1,23
Indústria do material de transporte
21
53
-32
-2,37
Indústria da madeira e do mobiliário
652
877
-225
-1,15
42
78
-36
-0,89
88
89
-1
-0,05
271
82
189
4,15
49
94
-45
-1,43
0
2
-2
-3,45
1.088
1.153
-65
-0,2
119
130
-11
-0,13
Construção Civil
6.271
6.432
-161
-0,14
Comércio
7.092
7.517
-425
-0,2
Comércio varejista
5.932
6.250
-318
-0,18
Indústria de Transformação
Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica Indústria da borracha, fumo, couros, peles, similares, ind. diversas Indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos Indústria de calçados Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico Serviço Industrial de Utilidade Pública
Comércio atacadista
1.160
1.267
-107
-0,31
Serviços
7.382
7.813
-431
-0,16
Instituições de crédito, seguros e capitalização
121
89
32
0,3
Com. e administração de imóveis, valores mobiliários, serv. técnico
2.061
2.080
-19
-0,04
Transportes e comunicações
1.238
1.186
52
0,13
Serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, redação
2.773
3.347
-574
-0,56
Serviços médicos, odontológicos e veterinários
733
646
87
0,29
Ensino
456
465
-9
-0,03
19
18
1
0
2.296
2.332
-36
-0,06
Administração Pública Agropecuária
Fonte: CAGED/MTE, 2015 / Elaboração: FAPESPA, 2015. *A variação mensal do emprego toma como referência o estoque do mês anterior.
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MERCADO DE TRABALHO (MAIO 2015)
A Indústria de Transformação, com -283 vínculos, também obteve retração no estoque de
trabalhadores com carteira assinada, tendo nos segmentos madeireiro e mobiliário (-225 vínculos) e minerais não metálicos (-161 vínculos) os de maior redução de empregos (Tabela 1). Contudo, mesmo com o saldo do setor sendo negativo, alguns segmentos apresentaram geração de novos vínculos trabalhistas, tendo destaque entre eles o segmento da indústria farmacêutica, veterinária e de perfumaria, que contabilizou 186 novos vínculos empregatícios. Esse segmento apresentou saldo positivo em todos os meses de 2015, de janeiro a maio, revelando-se importante para a geração de empregos no setor da indústria, sobretudo, por se tratar de um ramo industrial captador de mão de obra qualificada. Além deste, os segmentos da indústria metalúrgica (3 vínculos), material elétrico e de comunicações (11 vínculos) e mecânica (81 vínculos) também geraram saldo positivo de emprego em maio de 2015.
A Construção Civil, com -161 vínculos (Tabela 1), inverteu a dinâmica da criação de novos
empregos no setor, apresentada em maio de 2014, quando, naquele momento, foram gerados saldos positivos de 4.846 novos trabalhadores formais. A construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (UHBM) e a etapa inicial da estruturação da mina S11D, polarizadoras de grande parte da demanda do setor em maio de 2014, não responderam da mesma forma pela criação de novos empregos, dado que as etapas de maior demanda de trabalhadores do setor foram efetivadas, principalmente as da UHBM. MUNICÍPIOS
Vitória do Xingu (423 vínculos), Ourilândia do Norte (283 vínculos) e Canaã dos Carajás
(245 vínculos) foram os três municípios paraenses de maior saldo positivo em maio de 2015 (Tabela 2). A Construção Civil foi o setor que mais criou novos vínculos trabalhistas nesses municípios. Vitória do Xingu teve nas obras estruturantes os principais atrativos para a geração de emprego no município; sendo que parte destas atende às condicionantes do empreendimento da UHBM. Ourilândia do Norte também teve a geração de empregos no setor da Construção Civil ligada às obras de infraestrutura, como pavimentação de ruas e estruturação da rede urbana de drenagem. Da mesma forma, Canaã do Carajás criou novos vínculos empregatícios com obras estruturantes no município, além de contar também o empreendimento da mina S11D.
Entre os municípios que mais reduziram o estoque de trabalhadores formais, Altamira liderou
a retração de empregos no estado, com saldo negativo de 909 vínculos empregatícios (Tabela 2). O setor que mais contribuiu para o declínio do emprego no município foi a Construção Civil, com saldo de -1000 vínculos. A etapa conclusiva da UHBM tem sido o principal motivo para o comportamento desfavorável da geração de emprego em Altamira, principalmente na Construção Civil. O município de Belém, segundo no ranking dos saldos negativos de emprego, encerrou maio de 2015 com -535 vínculos trabalhistas (Tabela 2). A capital paraense vem apresentando sucessivos saldos negativos na criação de empregos, fato que chama atenção pelo desaquecimento da Construção Civil, setor que apresentou as maiores reduções de postos de trabalho (-323 vínculos). Nessa conjuntura, o setor de Serviços também registrou perdas elevadas, -263 vínculos formais. No ano, a redução de empregos com carteira assinada em Belém totaliza 4.047 empregos.
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MERCADO DE TRABALHO (MAIO 2015)
Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará
Tabela 2 – Municípios paraenses de maior saldo positivo e negativo de emprego em maio de 2015
Ord.
Municípios
Saldos Positivos
Ord.
Municípios
Saldos Negativos
1º
Vitória do Xingu
423
1º
Altamira
909
2º
Ourilândia do Norte
282
2º
Belém
535
3º
Canaã dos Carajás
245
3º
Ananindeua
271
4º 5º
Parauapebas Paragominas
235 138
4º 5º
Tailândia Juruti
214 191
6º
Redenção
118
6º
Castanhal
182
7º
Bragança
103
7º
Marabá
181
8º
Ulianópolis
95
8º
Tucumã
99
9º
Xinguara
59
9º
Acará
95
10º
Santa Isabel do Pará
57
10º
Santarém
90
Fonte: CAGED/MTE, 2015. / Elaboração: FAPESPA, 2015.
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