7 minute read

Quando o mercado voltou, a Lanxess voltou com toda força

©EXPOBOR/DIVULGAÇÃO

Advertisement

Fernando Montavilla Lanxess

"Quando o mercado voltou, a Lanxess voltou com toda a força."

As unidades da Lanxess no Brasil O headquarter reúne todas as unidades de negócios na área de vendas. São três unidades produ� vas, a maior de todas em Porto Feliz, onde fi ca a Rhein Chemie que faz os bladders, o IPG, que é o pigmento inorgânico, poliuretano e plás� cos de engenharia. A de Jarinu faz biocida para � ntas e outras aplicações. Foi comprada recentemente a Theseo, entre Campinas e Descalvado e há uma operação de saúde animal e desinfecção. A Rhein Chemie é a mais an� ga, tem uma logomarca específi ca, tem bastante dedicação.

A Lanxess com os produtos de borracha, sem a borracha sintética. O foco atualmente é nos produtos adi� vos para a borracha e os bladders, usados pelas indústrias de pneumá� cos. Isto faz muito tempo – aliás. Inves� mos fortemente nas especialidades. O cliente precisa de produtos taylor made, específi cos, não em grande volume. Por isso, a presença nesse mercado já há algum tempo, enriquecendo-o e aumentando a par� cipação nele. A Rhein Chemie tem nome próprio, o que a maioria das outras ainda não tem. É uma marca muito forte no mercado.

A importância do negócio de borracha para o grupo Essa é uma parte complicada porque nosso por� ólio tem dois mil produtos. Cada um deles tem uma parte na borracha. Nesse negócio temos uma grande par� cipação no mercado. Só a Rhein Chemie tem mais de 60% no mercado da borracha. Participação na Expobor A empresa sempre esteve muito iden� fi cada com borracha sinté� ca. Mas a Rhein Chemie é diferente, é bem iden� fi cada. A Lanxess saiu do negócio de borracha sinté� ca e decidiu manter a força da Rhein Chemie.

Período pós-pandemia Situação boa no mercado, entregando sempre soluções específi cas para os clientes. Nesse problema de supply chain a Lanxess, como uma empresa global, às vezes tem mais de uma fábrica que produz o mesmo material e se acontecem alguns atrasos é possível uma reorganização para sempre entregar o material a tempo. Esse é um dos grandes diferenciais no mercado. Nunca deixamos de entregar material para os clientes. Talvez não “just in

� me”, mas nunca um cliente teve problema grave com entrega de material.

Perspectivas para este ano e para 2023 Em termos de América La� na está sendo um bom ano, assim como o anterior, e a perspec� va para o próximo ano vai depender da economia, como se desenrolarão as eleições. Vemos o mercado crescendo em 15% a 16%, sempre com fi rmeza. Nunca a empresa teve um retrocesso... O ano de 2020, obviamente, foi menor que 2019, mas quando o mercado voltou, voltou com toda a força, sem perda de market share. As vendas diminuíram porque o mercado estava parado.

Lançamento novo na Expobor Foi apresentado o Rhenoshape, que desenvolvemos como um coati ng, que com esse tratamento não precisa de desmoldante e tem mais durabilidade. Está sendo testado por alguns clientes com bons resultados. Sempre inovando com esse � po de material para a indústria.

Desenvolvimento conjunto com fabricantes de pneumáticos. Assistência técnica muito presente. Muitos dos técnicos trabalharam na indústria de pneu, sabendo o que ela precisa e muitas vezes perguntando se está funcionando bem junto aos clientes.

Evolução das vendas dos bladders para pneu é radial e pneu é convencional. Depende do crescimento da produção do cliente para que a maioria das melhorias no pneu que está sendo fabricado possam ser atendidas. Para o pneu futuro, é feito um trabalho com planejamento das fábricas de pneus para perguntar qual será o tamanho daqui a três anos para a empresa estar pronta para as medidas novas dos pneus novos. Produto específi co para o carro elétrico. Dentro da Lanxess há uma unidade de negócios especifi camente para “e-mobility”, que agrega tudo o que diz respeito a carros elétricos e também a energia renovável. Esta Unidade de Negócios (BU) estuda produtos novos para este � po de mercado. É uma BU mundial. No Brasil ela não está presente, mas informamos para a global os requerimentos dos clientes.

“E-mobility” como iniciativa global. A “E-mobility” é uma inicia� va global. Parte do princípio de todos os produtos da empresa, por exemplo, em plás� co de engenharia a empresa produz o front-end do carro. Aí a leveza do material faz com que se reduza o consumo de combus� vel, tem o material sulfato de lí� o para produzir bateria de carro para que se consiga fazer energização do veículo. Nessa unidade de negócios global conectam-se todas as BUs para achar soluções. Tem o pneu verde, o bladder que tem essa expansão maior do que o concorrente, conseguindo fazer muito mais que os outros, ou esse material de peso leve, o poliuretano, que é outra área de negócio que a empresa inves� u com força. Há várias soluções de leveza do veículo que podem conversar com eletrifi cação, tem retardante de chamas... Há uma inicia� va chamada “Climate-Neutral”, na qual, seguindo a agenda 2030, estabeleceu-se uma meta para seguir: neutralidade em carbono até 2040. Já a� ngiu-se quase 70% dessa meta. Até o salário do board é condicionado a questões de sustentabilidade. E todas as as cadeias passam por essa análise.

A meta para neutralidade de carbono Cada região tem sua meta. Um exemplo ins� tucional pode ser dado por uma das plantas mais sustentáveis de toda a Lanxess que é a de Porto Feliz. São quatro unidades de negócios, quatro fábricas diferentes; existe uma usina de co-geração lá dentro que produz energia para as áreas administra� vas - quase 80% da energia da planta é sustentável. Fora milhões de outras inicia� vas internas e de engenharia para que se consiga ser mais sustentável no Brasil. Também faz parte disso a planta na Argen� na, que também tem a sua meta própria. Isso também foi pensado. Cada um faz uma parte para que todo mundo consiga. Dentro dos produtos também se trabalha com um plás� co que tem economia circular.

O elo entre “e-mobility” e economia circular. Desenvolvemos adi� vos para borracha usando matéria-prima sustentável, oriunda de economia circular. Com essas inicia� vas tenta-se chegar a ser neutro em carbono. Por enquanto, as metas anuais estão sendo ba� das em todas as regiões , chegando no fi nal do ano mais próximos da meta de 2040.

As vantagens do Brasil dentro dessa conjuntura. Na medida em que avançamos, e o Brasil é um grande exportador, precisamos exportar produtos para outras regiões. Teremos que fi car atentos para esse � po de mercado. O Brasil está querendo sair na frente para compe� r com os europeus. E o caminho está correto. Muitos clientes sempre estão solicitando desenvolvimentos. Todo o material que tem ido para a Europa com requerimentos especiais, o Brasil tem acompanhado, sempre desenvolvendo materiais amigáveis com o meio ambiente.

Investimentos a longo prazo. No site todo dia surge alguma possibilidade. O grupo está sempre de olho no que é tendência de mercado e os inves� mentos são recorrentes. Espera-se a aprovação das autoridades anti -trust para um inves� mento, nossa junção com a IFF (Interna� onal Flavors & Fragances).

Tenta-se trazer uma das divisões de Fragances ainda este ano para fazer uma nova unidade de negócios e trabalhar em “Consumer Protec� on”, que é um dos quatro segmentos da empresa, que são: desinfetantes, não só de saúde animal mas também pessoal, fragrância, aroma... é muita coisa. O importante é estar sempre à frente e o Brasil é muito reconhecido lá fora. A engenharia é muito forte. O laboratório local é essencial, várias inicia� vas, assistência técnica, o Costumer Service da Rhein Chemie é modelo. O atendimento ao cliente é sempre prioritário. Até milagre logís� co é feito para atender o cliente nesse momento di� cil. Tem muita produção que depende disso. Muitas inicia� vas locais são muito reconhecidas lá fora fazendo com que o grupo enxergue o Brasil como estratégico. Sempre que faz uma aquisição global, sempre tem alguma coisa no Brasil. Com a Theseo havia planta aqui, com a IFF também. Então estão sempre colocando o Brasil na frente.

Formação de mão de obra. A fábrica brasileira é modelo e muito reconhecida, nunca faltando funcionários, nem mão de obra qualifi cada. Existem muitos programas como programas de estágio para trazer para dentro quem está começando no mercado. O programa de estágio virou processo de emprego. Não se fortalece o programa de trainee porque o estagiário já chega no nível de um técnico. Em Porto Feliz há parceria com a Facens, com faculdades de tecnologia e aula no SENAI. Há um programa que ensina ao estudante o que é engenharia, o método de trabalho, já está no segundo ano e a primeira turma já está trabalhando na planta. Não há problemas com mão de obra. Já é o terceiro ano em que a Lanxess é escolhida como melhor empresa para trabalhar no setor químico do Brasil. Em termos de boa mão de obra a empresa é referência. 

This article is from: