REVISTA 65ª EDIÇÃO

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RETAIL

Queiróz online Bate-papo com o Fábio

Fábio

Chegamos à última edição de um ano cheio de altos e baixos motivados por condições climáticas extremas, das chuvas às queimadas, passando por altas do dólar, uma delas por conta da eleição de Trump, nos EUA, até a realização do G20, que colocou o Rio de Janeiro no centro de discussões que envolvem meio ambiente, economia, uso da Inteligência Artificial, entre outros. E, se em 2024 foi um ano para amadurecer o conceito do Retail Media, afirmo que, em 2025, será o ano da execução!

Verdade, Fábio, quanta coisa aconteceu e, obviamente, impactou nosso setor. Sobre o Retail Media, jamais vou esquecer que você foi o primeiro grande incentivador do conceito, sempre nos trazendo informações sobre o tema.

Com certeza, amigo(a), sempre apostei muito no retail e cada vez mais! E, sobre todos os desafios atravessados, nos saímos muito bem, fazendo a nossa parte para manter o abastecimento da população fluminense ativo e, além disso, sempre em busca de uma experiência cada vez melhor. Afinal, não somos o lugar onde eles compram, somos um espaço onde eles vivem, se relacionam e criam memórias afetivas.

Exatamente. Os supermercados exercem uma função social que vai muito além do abastecimento. E é sempre muito bom saber que podemos contar com a ASSERJ para nos guiar, orientar e unir o setor com tantas informações relevantes e ações incríveis. Só tenho a agradecer.

Essa é a nossa missão diária e estamos animados para fazer de 2025 um ano repleto de sucesso incentivado por todas as tecnologias que estão surgindo e o amadurecimento do setor em utilizá-las de forma estratégica. Esta edição traz muita informação, conceito e estratégias que serão fundamentais para aplicarmos nos nossos negócios em 2025, começando pela matéria de capa, com o Retail Media. Vamos juntos pra mais. Boa leitura!

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ADMINISTRAÇÃO ASSERJ

PRESIDENTE-EXECUTIVO

Fábio Queiróz

GERENTE-EXECUTIVA

Manuela Salles

GERENTE COMERCIAL

Camila Sousa

EXECUTIVOS COMERCIAIS

Aline Freire

Halana de Gouveia

Iolanda dos Santos

ASSISTENTE COMERCIAL

Juliana Carneiro

GERENTE DE MARKETING E COMUNICAÇÃO

Lorena Cerqueira

SUBGERENTE DE MARKETING E COMUNICAÇÃO

Luli Dias Garcia

EDITORIA

ASSERJ

Vale a Pena?

Substituir as tradicionais etiquetas com preços por etiquetas digitais?

Matéria de Capa

Retail Media: seu negócio não pode ficar de fora dessa!

Super Papo 17 Tendências do mercado varejista por Paulo Drago, CEO do Hortifruti.

Gestão Eficiente, Lucro Certo 21 OKR, DRE, NPS, você sabe a importância dessas siglas?

Associado em Foco

Inauguração Supermarket, resultados Cencosud e evento Armazém do Grão. Confira tudo aqui!

Caderno Especial

Categoria de limpeza: você está atento ao seu potencial?

Conecta Varejo

Conheça a Global IA e suas soluções para supermercados

Economia em Pauta

Alta do dólar, eleição de Donald Trump, G20 e perspectivas para 2025!

Espaço Trade

Inspire-se com ativações criativas que promovem a experiência do cliente

Por dentro da ASSERJ

Retrospectiva de um ano cheio de realizações

Eu no Varejo

30 anos de Unilever. Conheça o Mauro Celso Silva

Cheguei na Gôndola

Confira as novidades que não podem faltar na sua gôndola!

Boas Vendas

Verão: estação para fidelizar clientes e aumentar as vendas!

Vem Aí!

Fim do ano chegando e a gente já pensando na 35ª edição da SRE Trade Show

Papo de Adega

Dezembro: o mês para a sua adega bombar nas vendas!

Sensibiliza ASSERJ

Liga Esportiva Nescau: evento de inclusão reúne mais de 3.000 estudantes

PRODUÇÃO EDITORIAL

ASSERJ

REDAÇÃO

Marise Barbosa e Luiza Souto

DESIGN E DIAGRAMAÇÃO

Criativa Digital

SUPERVISÃO E REVISÃO Time de comunicação ASSERJ

IMAGENS

ASSERJ e Freepik

CAPA

Criativa Digital

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Vale a pena substituir as tradicionais etiquetas com preços por etiquetas digitais?

Modernização nas prateleiras traz benefícios, mas exige planejamento financeiro cuidadoso.

Na era da experiência, otimizar a operação e oferecer ao cliente um maior conforto tem sido foco de atenção dos supermercados. As tecnologias estão aí para auxiliar nesse sentido. Uma delas é a adoção das etiquetas eletrônicas de preços, conhecidas como ESL (Electronic Shelf Label). Com benefícios como agilidade, sustentabilidade e personalização, elas têm ganhado espaço entre varejistas.

Mas, como todas as implementações, cada negócio deve avaliar bem os pontos de adotar ou não uma tecnologia como essa, levando em consideração seu modelo de negócio, perfil do cliente, saudabilidade financeira, entre outros fatores. Afinal, para alguns negócios, ter um cartazista e um repositor de preços pode ser uma solução que atende bem à demanda do seu perfil de consumidor. Enquanto, para outros, ter uma opção mais ágil e que ofereça mais informações, orientações e melhor experiência aos clientes pode ser um diferencial necessário para suprir as necessidades do seu público-alvo.

Pensando nisso, esta edição do Vale a Pena traz para você alguns pontos de avaliação, além de depoimentos de quem já adotou a tecnologia no seu negócio e quem optou por não implementar.

• Modelo de locação permite benefícios fiscais de até 40%, eliminando a necessidade de descapitalização da empresa. ...veja se vale a pena para o seu negócio

Usar

• Experiência do cliente: o uso da tecnologia promove impacto positivo na jornada do cliente.

• Alterações de preços: acontecem com maior agilidade, otimizando tempo.

• Divergências de preços entre as gôndolas e os pontos de venda (PDV): são eliminadas com o uso da tecnologia.

• Promoções: divulgação mais eficiente e com maior impacto no cliente.

• Personalização: as etiquetas são adaptadas à identidade visual da empresa.

• Rupturas: maior controle dos estoques e rupturas, contribuindo para uma gestão mais eficiente.

• Sustentabilidade: reduz o uso de etiquetas de papel, promovendo práticas mais ecológicas.

Pontos de Atenção:

• Alto custo inicial de aquisição.

• Necessidade de manutenção e/ou reposição em caso de danos.

Não usar

• Investimento: economia do alto valor de implementação da tecnologia.

• Tradição: muitos clientes se identificam com o formato tradicional de etiquetas.

• Falha no sistema: ao não utilizar a tecnologia, a empresa não corre o risco de ficar com os preços indisponíveis na eventualidade de falhas no sistema.

• Destaque: etiquetas de papel propiciam divulgação de promoções com maior impacto visual personalizando cor e tamanho.

Pontos de Atenção:

• Apesar de tradicionais, as etiquetas de papel não promovem ao cliente a sensação de modernidade.

• Na era da experiência, inserir tecnologias como essas agregam valor à jornada do consumidor.

• Processo manual e menos ágil para a troca de preços.

• Etiquetas manuais rasgam e caem, prejudicando a experiência do cliente.

Depoimento de quem usa

“Os benefícios têm sido significativos, especialmente em um mercado dinâmico que exige constantes alterações de preços para acompanhar a concorrência”.

Depoimento de quem não usa

“O Grupo Adonai não pensou em utilizar o sistema. Recentemente, trocamos os cartazistas pelo sistema cartaz fácil, onde imprimimos os preços. Isso nos dá agilidade, padronização e, ao mesmo tempo, a opção de personalizar o tamanho da impressão e as artes que podem mudar conforme a campanha. E estamos satisfeitos com isso”.

Silvano Gomes, gerente de TI da rede Princesa Supermercados
Rafael E. Souza, gerente de marketing
Grupo Adonai
Retail Media: seu negócio não pode ficar de fora dessa!

Já parou para pensar que milhares de pessoas entram e saem da sua loja todos os dias? Portanto, sua loja é uma audiência robusta e assídua para marcas divulgarem produtos e serviços atingindo o consumidor no momento das compras, impactando a tomada de decisão e, porque não, incentivando o consumo de produtos, programas, novelas e tudo o mais que um anunciante quiser divulgar no seu espaço. Sim, é possível colocar anúncios dentro dos supermercados de operadoras de celular, lançamentos de carros e muito mais. Atentas a esta oportunidade, as redes de supermercados começaram a investir no retail media (RM), do inglês, mídia de varejo. E a indústria já enxerga nesse novo canal uma oportunidade diferenciada para impactar seus consumidores de forma assertiva e envolvente.

O retail media é a tendência de monetização do momento e tem sido amplamente fomentada pelo presidente da ASSERJ, Fábio Queiróz, pelas vantagens que oferece para todos os envolvidos, como veremos a seguir.

Trata-se de uma estratégia de publicidade que permite às marcas de segmentos distintos anunciarem nos mais diversos espaços estratégicos de varejistas sejam sites, aplicativos e pontos de venda físicos. Isso é feito por meio de anúncios em telas de led, cartazes, adesivos em elevadores, banheiros, fachadas, sinalização no piso e placas em carrinhos de compras dentro das redes de varejo. A intenção é atingir o consumidor no momento exato da compra e, assim, impactar a sua decisão.

Fábio Queiróz, presidente da ASSERJ

“O conceito já é considerado a terceira onda da publicidade, permitindo às marcas colocarem o consumidor no centro da relação entre indústria e varejo. O que veremos daqui para frente é a agência de publicidade procurando os supermercados para anunciar com a grande vantagem da personalização da comunicação, que somente o retail media proporciona, baseada em dados”, afirma Fábio Queiróz.

Um ponto importante é que o retail media muda a jornada de compra: se antes, o ponto de partida era a necessidade do consumidor em comprar e pesquisar seus produtos, agora o primeiro passo é despertar esse interesse com o uso da mídia de varejo.

O CEO da Brands Partners e ex-Hortifruti, Fabio Amorim, reforça que “diante do cenário de maior competitividade no setor e margens mais apertadas, os varejistas de forma geral vêm enxergando a linha de investimento de mídia como uma grande oportunidade de aumentar a sua rentabilidade. Algumas redes vêm desenvolvendo gerências dedicadas ao retail media, outras estão se associando a parceiros que possam potencializar essa receita de mídia, mas todos têm buscado evoluir no tema”.

Amorim informa que “o mercado publicitário investiu R$23,4 bilhões em 2023, segundo dados do

CENP-Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário, sendo que menos de 1% foi destinado ao setor de supermercados, por ser este um meio fragmentado, despadronizado e sem métricas aderentes ao meio publicitário”. Veja que grande oportunidade de crescimento para as redes gerarem receita nova, adicional à verba de trade.

Ele lembra que “tradicionalmente, os varejistas sempre comercializaram pontos extras e espaços no encarte com a indústria, porém os painéis de LED permitiram aumentar a atratividade das comunicações a partir dos vídeos das campanhas, ampliar o número de anunciantes e ter segmentação por horário e dia da semana, potencializando a efetividade da comunicação”. Sem falar que o consumidor passa a ter um maior conhecimento das novidades do mix, já que algumas lojas com mais de 30 mil SKUs tinham dificuldade de comunicar os novos produtos e passaram a receber um conteúdo mais adequado à ocasião de consumo, conseguindo segmentar por setores da loja.

E acrescenta que “o varejista consegue criar um novo canal de comunicação das suas campanhas institucionais, promoções e benefícios do programa de relacionamento, além de poder medir em tempo real a efetividade das campanhas e alterar rapidamente a estratégia, sem mexer no ponteiro de vendas”, ressalta.

A diretora de mídia da Publicis, Andreia Leida, ratifica a importância dos supermercados para os anunciantes. “As plataformas de varejo estão se consolidando como poderosos canais de mídia devido à sua capacidade de combinar dados detalhados sobre o comporta-

Fabio Amorim, CEO da Brands Partners

mento de compra com a possibilidade de impactar consumidores diretamente no momento da decisão de compra. Elas oferecem uma segmentação altamente precisa e formatos publicitários nativos que integram anúncios de forma orgânica ao ambiente de compra, maximizando a relevância das mensagens”, explica.

Ela ressalta a sinergia que o retail media propicia: “Para os supermercados, representa uma nova fonte de receita ao monetizar seus espaços digital e físico, além de fortalecer a relação com os parceiros comerciais. Já para as marcas anunciantes, proporciona acesso a um público altamente qualificado e em momentos críticos da jornada de compra, com a possibilidade de realizar campanhas direcionadas e medir resultados de forma precisa. Essa sinergia aumenta a eficiência das estratégias publicitárias, gera valor para ambos os lados e melhora a experiência do consumidor ao oferecer anúncios mais relevantes e contextualizados”.

A executiva afirma que “atualmente, dependendo do perfil da agência e da sua carteira de clientes, a contribuição do retail media pode variar entre 10% e 30% da receita total, especialmente com foco em mídia digital e performance. Essa participação reflete o aumento dos investimentos das marcas nesse canal, devido à sua capacidade de entregar resultados mensuráveis e alinhados às metas de negócio”. Com o amadurecimento do mercado, ela espera que esse percentual continue subindo, acompanhando o crescimento do comércio digital e a popularização das plataformas de varejo como canais de mídia.

É realmente um negócio em franca expansão. Pesquisa realizada pelo Boston Consulting Group (BCG) e o Google mostrou que a mídia de varejo vai gerar cerca de US$75 bilhões em lucro até 2026, com um crescimento anual de 22% nos gastos dos anunciantes nessas plataformas.

Na prática, o retail media é categorizado basicamente por três formatos:

Onsite:

anúncios dentro das plataformas do varejista, como em sites, aplicativos, televendas etc.

Offsite:

anúncios fora das plataformas do varejo, como em redes sociais, redes programáticas etc.

In-store: ativações realizadas nas lojas físicas do varejista.

Andreia Leida, diretora de mídia da Publicis

Hiperpersonalização

O presidente Fábio Queiróz chama atenção para o direcionamento das ofertas, apresentando ao cliente algo que ele realmente tenha interesse: “Anunciar no supermercado permite promover ofertas segmentadas com base em dados disponibilizados diretamente pelos varejistas. Ou seja, as informações são de pessoas já cadastradas em sistemas de vendas. Isso garante objetividade para que as mensagens alcancem seu público-alvo de forma mais eficiente e relevante”, afirma.

Fabio Amorim também sustenta que “quanto mais personalizada for a campanha, maior será o engajamento do consumidor. Portanto, utilizar os dados do CRM (Customer Relationship Management - Gestão de Relacionamento com o Cliente) para identificar a predominância do perfil de consumo da loja permite direcionar campanhas mais assertivas para o seu público”, ensina.

O controle e a transparência assegurados pelo retail media são dois pontos que proporcionam diversos benefícios às empresas, promovendo mais eficiência do que as abordagens tradicionais, como patrocínios, eventos e promoções. Por quê? Porque as marcas conseguem medir e monitorar de perto o desempenho dos seus anúncios e ajustar a alocação de gastos em canais ou blocos mais rentáveis.

A pesquisa Retail Media Insights, da Newtail, por exemplo, mostrou que 79% das indústrias brasileiras já estão trabalhando com mídia de varejo, justamente porque ela possibilita a mensuração de ponta a ponta, algo que os canais tradicionais não fazem. Como lembra Amorim, “no final do dia, todo anunciante busca potencializar o seu ROI (retorno sobre o investimento). Assim, a escolha do inventário de mídia, produto e criativo são fundamentais para o sucesso da campanha. Já chegamos a ter um incremento de 20% nas vendas de uma determinada marca sem alterar espaço da gôndola e o preço, ou seja, apenas com uma boa campanha aderente ao público da rede sendo veiculada nos painéis de LED”.

Além de mais controle e transparência, a adoção do retail media ainda promove outras vantagens para a indústria, transformando a forma como as marcas se promovem no ambiente digital e melhorando a experiência de compra do cliente.

A consultora de retail media e ex-executiva do Carrefour Cristina Leal também acredita que “o retail media é um caminho sem volta se pensarmos na relação de ativação das marcas com seus consumidores, porque o grande diferencial é: ativação de campanha em retail media proporciona aos anunciantes usufruírem de audiência ultra qualificada porque é baseada em dados de consumo real das redes de varejo”. Para o varejista, além da vanta-

Mais controle e transparência com retail media

gem em monetizar esses dados de comportamento de compra em forma de audiência nos seus próprios espaços (ou fora dele), seja digital ou seja na loja física, ele eleva a fidelização de seus consumidores a partir do momento que consegue entregar campanhas mais conectadas com o que esses consumidores desejam e buscam consumir.

Cristina exemplifica com dados: “O Brasil tem liderado o crescimento do digital retail media na América Latina, segundo a previsão do eMarketer, o investimento este ano será de aproximadamente R$4,5 bilhões. A impressionante taxa de crescimento no Brasil, maior que 40% versus 2023, será mais do que o dobro da média global à medida que os anunciantes mudam os gastos de tipos de mídia tradicionais, como TV linear”.

A consultora ressalta que “tudo começa com a coleta de dados dos consumidores que pode partir das interações como programas de fidelidade - que registram históricos de compras e preferências de consumo ou comportamento de navegação nos sites ou aplicativos dos varejistas. Esses dados são armazenados em sistemas de CRM, permitindo uma visão unificada do comportamento de compra de cada consumidor de forma anônima”. Depois de organizados, esses dados são analisados para identificar padrões e construir estratégias de impacto de comunicação aderente a esse comportamento individualizado.

Finalizando, Cristina diz que o retail media está se provando altamente interessante para as marcas e anunciantes por três pontos-chave:

1

partir da construção de campanhas de marketing olhando para audiência e menos para canal

2

audiência baseada em consumo real e não em contexto

3

capacidade de mensuração das campanhas de marketing em circuito fechado (closed-loop-marketing)

“O quero dizer com isso é que atuar com campanhas em retail media proporciona para as marcas ativação em funil completo de vendas, e não apenas no final, olhando a conversão”, conclui.

Associados da ASSERJ já surfam a onda

O diretor de Negócios Digitais da Cencosud Brasil, Ramiro Melgare, revela que nos últimos anos, a companhia tem investido significativamente em tecnologia. “Em 2023, lançamos no Brasil uma unidade de negócio específica de retail media, a Cencosud Media, que tem como objetivo desenvolver iniciativas de mídia com anunciantes utilizando o ecossistema físico e digital das nossas marcas, visando engajar e oferecer diferenciação para nossos parceiros e clientes”, afirma.

Cristina Leal, consultora de retail media

Melgare comenta que “a adoção do retail media nos permite o desenvolvimento de planos de ativação junto aos anunciantes com base em objetivos específicos. A Cencosud Media avalia as melhores alavancas, seja para uma campanha de visibilidade de marca, lançamento de produtos, atração e retenção de clientes, sazonalidades, campanhas de conversão de vendas, entre outras. A plataforma de retail media da unidade possibilita aos anunciantes a utilização de modelos de análise avançada sobre a audiência, concedendo conexão e engajamento com os clientes de forma inteligente e otimizada. Além disso, provemos aos anunciantes relatórios que demonstram visibilidade das ativações e resultados da campanha realizada”.

O retail media vem para contribuir e trazer ações de forma mais otimizada, na Cencosud, impactando clientes que estão mais propensos ou possuem mais interesse a determinado conteúdo e oferta daquela marca. “Notamos que o comportamento de compra dos clientes pode ser impactado pela mídia, trazendo uma diferenciação com conteúdo que este cliente está mais propenso, visibilidade de um produto ou marca, lançamento de um produto em uma categoria que ele costuma comprar”.

“Acreditamos em desenvolver um ecossistema de retail media cada vez mais robusto que proporcione aos nossos parceiros uma audiência qualificada e uma ampla plataforma para confecção de anúncios cada vez mais eficientes, assertivos e inovadores”, acrescenta.

O Grupo Pão de Açúcar também criou uma área específica para o retail media, no ano passado, e conseguiu um crescimento de 80% na receita com publicidade em relação a 2022. O número não é público, mas a empresa espera fechar 2024 com a meta de expandir em pelo menos 45% a cifra alcançada em 2023.

O gerente geral de Retail Medida do GPA, Lucas Soffner, conta que, ao longo de 2024, o objetivo foi expandir a atuação em número de campanhas, fornecedores parceiros, ecossistema

de ativos físicos e digitais. Em paralelo, para suportar o crescimento e permitir escala, o GPA potencializou as ferramentas de conhecimento de perfil de clientes, capacidade operacional e tecnológica.

“As características únicas de nosso grupo também são peça crítica para nossa estratégia, já que temos abrangência nacional e com marcas que transitam desde o mainstream (produtos e serviços acessíveis ou feitos para o grande público) até o público premium. Portanto, regionalizações são vistas como muito importantes para o grupo. Queremos que o mesmo boom que acontece em São Paulo seja refletido nas regionais. Estamos com agenda forte em praças como Rio de Janeiro, Centro-Oeste e Nordeste, respeitando individualidades e estratégias”, adianta.

GPA tem mais de 100 contratos de retail media
Lucas Soffner, gerente geral de Retail Media GPA

Soffner enfatiza que “a experiência do cliente é a nossa bússola, e é crucial conhecê-lo profundamente para personalizar ofertas e oferecer vantagens e benefícios relacionados ao seu perfil e estilo de consumo, isso é algo que temos feito com ainda mais recorrência e inteligência de dados, entregando relevância e fidelizando os clientes”. Por isso, o GPA implantou a plataforma Customer Data Platform (CDP), em parceria com a Adobe, informa o executivo para identificar hábitos de compras, preferências alimentares e estilo de vida, dando origem a um alto grau de personalização na comunicação.

Assim, é possível entender quais produtos têm maior demanda, quais estão em declínio e quais podem ser substituídos por uma alternativa mais adequada. Essa análise ajuda a otimizar o mix de produtos, garantindo que o sortimento ideal seja composto pelos itens mais procurados pelos clientes, por exemplo. Sendo, inclusive, uma ótima estratégia para, evitar o hipersortimento, que prejudica a saúde do negócio.

“Com uma compreensão mais profunda do comportamento de compra e das preferências individuais, somos capazes de oferecer promoções personalizadas e relevantes para os clientes e ter um canal muito mais próximo para atendê-los em todas as pontas. Esse é um grande diferencial, principalmente quando falamos de clientes. Por meio de ativações de retail media realizadas em parceria com a indústria, conseguimos segmentar as campanhas e direcioná-las de forma eficaz a diferentes perfis de público, atendendo às necessidades específicas de cada grupo”, pontua.

Fornecedores de painéis de led celebram vendas e inovam para se destacar

O vice-presidente e diretor de vendas da Led Wave, líder em painéis de led, Alessandro Batista, comemora a expansão das vendas com a estratégia do retail media e apresenta números que comprovam sua evolução: “O retail media tem gerado uma receita com crescimento exponencial nos últimos anos. Segundo o IAB Brasil e o Instituto Kantar, em 2023, R$ 2,6 bilhões foram destinados ao RM no Brasil (8% do total investido em publicidade digital), e a previsão para este ano, segundo o eMarketer, é de US$ 2 bilhões de receita em toda a América Latina”.

Entretanto, ele explica que “por ser uma tendência em constante evolução, ainda não é possível informarmos números ou percentual exatos da utilização de telões de LED em supermercados do Rio de Janeiro, mas já implementamos diversos cases de sucesso no estado, apoiando na digitalização de grandes redes como Supermercados Zona Sul, Mega Box Atacadista e Rede Supermarket. Posso afirmar que o uso desses painéis tem crescido significativamente em diversos setores, com destaque para o varejo, que os têm utilizado cada vez mais por conta de sua eficácia em atrair a atenção dos consumidores, melhorar a expe-

riência do cliente e promover produtos de forma dinâmica, contribuindo com o aumento do faturamento destes estabelecimentos”.

Batista prevê que a utilização dos painéis de led tende a evoluir, uma vez que se trata de uma ferramenta de extrema importância para o varejo e para a indústria ao viabilizar benefícios que melhoram a experiência dos clientes e o planejamento de negócios. Segundo ele, “a indústria ganha integrando canais, segmentando anúncios com maior precisão e facilitando a medição de campanhas em tempo real, enquanto os clientes têm acesso a um ambiente de compra mais adequado aos seus próprios gostos, fator cada vez mais importante”. E acrescenta: “a estratégia de digitalização permite uma integração omnichannel, em que o consumidor pode combinar experiências on e off em uma jornada de compras fluida, e facilita a integração de programas de fidelidade, com recompensas mais vantajosas e relevantes aos compradores”.

A The Led foi além e inovou com formatos diferenciados de telões. O painel The Can, em formato de lata de alumínio, é um exemplo das inúmeras opções criativas que impactam os clientes e personalizam a comunicação. O sócio-diretor Felipe Freitas explica que “o produto é fruto da nossa experiência em oferecer soluções digitais completas que envolvem desde o núcleo de criação e conteúdo, o grupo especializado em estruturas e os profissionais de software, entre outros. Cada necessidade é exaustivamente analisada, mediante as metas estratégicas do cliente, para gerar um produto publicitário ou promocional impactante e diferenciado”. No caso da The Can, além de gerar um espetáculo visual que estimula o engajamento e a fidelização, a experiência imersiva reforça a identidade da marca. Ideal para eventos e ativações promocionais, o formato ainda permite atualização em tempo real e o incremento da interatividade junto ao público.

Em resumo, são muitos os benefícios da mídia de varejo para os anunciantes. A empresa de soluções tecnológicas e inteligência de dados Neogrid lista quatro aspectos muito importantes, que vão fazer a diferença:

Acesso a dados e segmentação:

O acesso a dados preciso sobre os consumidores permite maior segmentação de anúncios, por exemplo. Isso garante que a mensagem chegue ao consumidor correto, além de melhora nas taxas de conversão e ROI das campanhas publicitárias.

Melhora na experiência do consumidor:

A segmentação da mídia de varejo ainda enriquece a experiência do consumidor, já que os anúncios personalizados são mais bem-recebidos pelo público. Isso aumenta a eficácia da publicidade e torna a experiência de compra mais satisfatória.

Mais visibilidade de produtos e vendas: Por estar integrado diretamente nas plataformas onde os consumidores já estão procurando por produtos, o retail media oferece mais visibilidade para as marcas. Isso leva a um maior engajamento do consumidor e, consequentemente, a um aumento nas vendas.

Novos formatos de colaboração na supply chain: Não é novidade que a colaboração entre indústria e varejo deve ser frequente para a eficiência dentro da cadeia de suprimentos. O retail media representa um novo formato dessa cooperação, onde a indústria pode usufruir do tráfego e reputação do varejista para produzir anúncios mais certeiros.

E aí, ficou animado para explorar o Retail Media no PDV?

Lembre-se: o consumidor espera ser atendido em suas necessidades. Imagina criar uma campanha certeira e mais lucrativa, sem cuidar de outras etapas básicas que antecedem essa ação. Ou ainda divulgar uma oferta para produtos que não estão disponíveis em estoque?

É bem possível que o consumidor ache a experiência desagradável e busque outra marca presente nas gôndolas. Portanto, seja estratégico na execução no PDV e em todas as etapas que envolvem o Retail Media. Um projeto detalhado, bem planejado, desenvolvido a quatro mãos com os anunciantes, observando as preferências dos consumidores, certamente vai trazer rentabilidade e fará toda a diferença para a experiência de compra do cliente.

Avanços e desafios do varejo supermercadista: uma visão de Paulo Drago, CEO do Hortifruti

O CEO da Hortifruti Natural da Terra, Paulo Drago, compartilha sua visão sobre os desafios e avanços do setor varejista e supermercadista em 2024. Em uma entrevista exclusiva, ele destaca a resiliência do mercado diante da inflação e juros altos, os impactos da digitalização e da conveniência no comportamento do consumidor e como inovações como o retail media e práticas sustentáveis estão moldando as estratégias para 2025.

Drago aponta ainda a crescente relevância do e-commerce e da omnicanalidade, enquanto reforça o compromisso da empresa com qualidade, responsabilidade social e redução de desperdícios.

Como avalia o desempenho do setor varejista e supermercadista em 2024?

Neste último ano, o setor varejista e supermercadista tem enfrentado um cenário desafiador, especialmente devido à inflação e aos juros elevados, o que afeta diretamente o poder de compra dos consumidores. No entanto, nosso setor sempre demonstrou resiliência. A demanda por alimentos e produtos de qualidade segue forte. Além disso, o crescimento das vendas online e a popularização das entregas rápidas têm impulsionado o desempenho. Acredito que, apesar dos desafios, estamos nos adaptando e nos fortalecendo, com um foco cada vez maior na experiência do consumidor e na digitalização.

Quais fatores mais impactaram os resultados deste ano?

O foco na inovação e a busca contínua por eficiência operacional são bons exemplos de iniciativas que impactaram positivamente os resultados deste ano. O setor tem investido fortemente em novas tecnologias e na melhoria da experiência do consumidor, seja pela oferta de um atendimento personalizado, a ampliação do sortimento em canais digitais ou pela entrega rápida, que buscam oferecer mais conveniência no dia a dia dos clientes. Além disso, a otimização de processos internos tem sido crucial para manter a competitividade, especialmente em um ambiente desafiador. Isso envolve a melhoria da gestão de estoque, o aprimoramento da logística e a integração de sistemas para tornar o fluxo de trabalho mais ágil e eficiente.

Essas mudanças não só ajudam a reduzir custos operacionais e aumentar a produtividade, mas também garantem que as empresas consigam atender às demandas dos consumidores de forma mais rápida e eficaz. O foco na inovação, combinado com a otimização interna, cria uma jornada de compra mais ágil, econômica e adaptada às necessidades do cliente, o que é fundamental para fidelizar o consumidor em um mercado tão competitivo.

O comportamento de consumo sofreu mudanças significativas em 2024?

O comportamento do consumidor tem uma relação direta com o poder de consumo, ou seja, o bolso e a busca por um estilo de vida mais saudável, que influencia os hábitos alimentares. Na Hortifruti, por exemplo, percebemos uma crescente busca por alimentação prática e de qualidade. É aquele cliente que mora sozinho ou quer comer bem e de forma saudável sem perder muito tempo na cozinha. O aumento desse perfil de consumo se reflete na maior procura por refeições prontas, folhas higienizadas e legumes processados. Outra linha que tem gerado mais interesse é a de suplementos, que vem registrando um crescimento expressivo desde a sua introdução no sortimento. No final, o que observamos é que as pessoas querem resolver suas necessidades em um só lugar. Essa busca por mais conveniência e praticidade no dia a dia vem acompanhada das opções de compras online e de entrega. Esse movimento exige que estejamos cada vez mais alinhados às novas expectativas de um público que, além de valorizar a saúde, também preza pela agilidade e praticidade na hora da compra.

Quais foram as principais inovações e estratégias que ajudaram as empresas do setor a superarem os desafios econômicos deste ano?

Como exemplo, podemos falar da diversificação do portfólio, tanto em marcas quanto em produtos e de fontes de monetização. O retail media, por exemplo, tem sido uma aposta do setor. Ao aproveitarem suas plataformas digitais e dados de comportamento de compra, muitas redes passaram a oferecer espaços publicitários em seus próprios canais online, como apps e sites de e-commerce. Isso não só gerou novas fontes de receita, mas também proporcionou uma forma eficaz de se conectar com os consumidores de maneira mais personalizada e direcionada. O retail media ajudou a aumentar a relevância das ofertas e a melhorar a experiência de compra ao integrar as campanhas publicitárias diretamente à jornada de compra, impulsionando as vendas mesmo em um cenário econômico desafiador.

Quais são as projeções para 2025 e quais tendências globais e locais podem influenciar o setor?

Entre as principais tendências, vejo a consolidação do comércio eletrônico e a omnicanalidade, que oferecem uma experiência integrada entre os canais online e físico. Acredito que a crescente demanda por práticas sustentáveis e produtos responsáveis também continuará a influenciar o comportamento de compra. Além disso, o uso de tecnologias avançadas como inteligência artificial e análise de dados devem otimizar operações, personalizar a experiência do cliente e aumentar a eficiência dos processos.

O setor vem aumentando sua presença online, especialmente nas plataformas de e-commerce. Como vocês avaliam a participação das compras digitais para 2025?

O e-commerce tem se tornado cada vez mais uma parte essencial da experiência de compra, especialmente no setor supermercadista, em que a conveniência é cada vez mais valorizada pelos consumidores. Para 2025, as compras digitais continuarão desempenhando um papel crescente no setor. Na Hortifruti Natural da Terra, a estratégia está focada em fortalecer ainda mais a presença online, que já se consolidou como um pilar fundamental na nossa jornada omnichannel. A ideia é oferecer praticidade e flexibilidade aos clientes, permitindo que realizem suas compras tanto nas lojas físicas quanto por meio de canais digitais, como nosso site, app, WhatsApp e até aplicativos parceiros.

Estamos comprometidos em aprimorar a operação do e-commerce, garantindo que a mesma qualidade e frescor dos produtos encontrados nas lojas físicas estejam disponíveis na casa do cliente. Nosso objetivo é proporcionar uma experiência de compra tão cuidadosa e memorável no online quanto à que eles teriam ao escolher pessoalmente os produtos, com especial atenção à curadoria de itens como frutas, legumes e verduras.

Consumidores estão cada vez mais atentos à responsabilidade social das empresas. Como o setor de supermercados está respondendo a essa demanda e como isso impactará as estratégias para o próximo ano?

A responsabilidade social corporativa hoje vai além das demandas sociais. As empresas do setor estão muito alinhadas e até articuladas em relação aos impactos da operação em diferentes eixos como o ambiental, com ações de combate ao desperdício, e o social, quando a gente olha para a empregabilidade.

Na nossa rede, por exemplo, implementamos uma estratégia de redução do desperdício e gestão de resíduos que gerou a redução de 1,7 milhão no volume de perda de itens no primeiro semestre de 2024 em comparação com o ano anterior. Entre as iniciativas, temos parcerias com foodtechs como a Food To Save e B4 Waste que ajudam a comercializar produtos que seriam descartados em “sacolas surpresas”, a preços reduzidos, fomentando o ciclo alimentar. Essas iniciativas não só reduzem a perda operacional como também fortalecem a relação com os consumidores, que percebem nosso compromisso genuíno com a sustentabilidade e a geração de impacto positivo.

Quais são os principais desafios que as empresas devem enfrentar em 2025 para garantir competitividade e inovação?

Além de fortalecer o modelo omnicanal, que oferece uma experiência integrada entre as compras online e física, um dos principais desafios será lidar com a ruptura de estoque, especialmente devido aos eventos climáticos extremos e outras incertezas nas cadeias de suprimentos. Manter o controle e a visibilidade sobre esses fatores é crucial para garantir que os produtos estejam sempre disponíveis para os clientes.

Outro ponto importante será o papel dos programas de fidelidade, que ajudarão a reter clientes e fortalecer a relação com a marca. A inovação também será essencial, principalmente por meio do uso de tecnologias como IA para personalizar a experiência de compra e se manter competitivo no mercado.

Como vocês veem a relação entre varejo e fornecedores em 2025? A pressão por preços baixos ainda será um desafio?

Em 2025, acreditamos que a relação entre varejo e fornecedores será cada vez mais baseada em parcerias estratégicas, negociação conjunta e colaboração mútua. Estamos focados em fortalecer toda a cadeia de suprimentos, o que nos permite oferecer um sortimento mais diversificado e manter preços competitivos. O objetivo é manter a consistência no valor percebido pelos consumidores, ao mesmo tempo em que trabalhamos de perto com os fornecedores para garantir um fornecimento sustentável e vantajoso para todos.

OKR, DRE, NPS, você sabe a importância dessas siglas?

Num mercado altamente competitivo como o varejo supermercadista, é importante definir metas, medir, monitorar e avaliar o atingimento dos objetivos de modo a ter rentabilidade e entregar a melhor experiência de compra possível aos clientes.

A Super Negócios apresenta ferramentas como OKR, DRE e NPS e a conexão estratégica que elas podem oferecer para monitorar, melhorar e alinhar os resultados financeiros e de experiência do cliente com os objetivos organizacionais. Cada uma tem um papel específico, mas quando integradas, geram uma visão abrangente e mais completa da saúde e do desempenho da empresa.

Para a CEO da Connect Shopper, mentora e professora de varejo, Fátima Merlin, “a integração das três ferramentas cria uma abordagem poderosa para alinhar estratégias, experiência do cliente e desempenho financeiro”.

A consultora de varejo da ASSERJ, Walquyria Majeveski, lembra que “as organizações, de modo geral, ainda têm pouca maturidade gerencial, com deficiências na gestão de prazos, prioridades e na execução da estratégia. Eles chegam a elaborar o plano, mas se perdem na execução porque estabelecem diversos indicadores e esquecem de focar no que de fato é realmente importante. Além disso, pela dinâmica do setor supermercadista sofremos com as mudanças contínuas no mercado, na economia, no comportamento do consumidor e a equipe fica perdida no meio de tantas interferências e informações. Essas ferramentas têm o papel de filtrar o que é relevante e fazer a empresa tracionar o que é estratégico”, afirma.

Vamos primeiro apresentar as definições

OKR (Objectives and Key Results): metodologia para definir e monitorar metas estratégicas. Os objetivos são qualitativos e os resultados-chave são mensuráveis. Muito comum entre as startups, o método já foi aplicado pelo Google em 1999, quando tinha apenas 40 funcionários – hoje são cerca de 60 mil. Somam-se à lista Airbnb, LinkedIn, Spotify e Twitter. Há adeptas também entre empresas de varejo físico, como Walmart e Target.

Destacamos exemplos de OKRs adotados no varejo e que podem auxiliar no seu negócio:

• Objetivo: Aumentar a satisfação do cliente em 20% até o final do ano

Resultado-Chave: Reduzir o tempo médio de atendimento em 15%

Resultado-Chave: Melhorar a taxa de resolução de reclamações em 25%

• Objetivo: Expandir a presença online em 30% até o próximo trimestre

Resultado-Chave: Aumentar o tráfego do site em 25%

Resultado-Chave: Elevar as vendas online em 35%

DRE (Demonstração do Resultado do Exercício): relatório financeiro que apresenta receitas, custos, despesas e o lucro ou prejuízo da empresa em um período. Para supermercados, o DRE é fundamental para monitorar o desempenho financeiro e tomar decisões estratégicas. Ele permite identificar áreas de alta rentabilidade e pontos críticos onde os custos estão impactando os lucros.

NPS (Net Promoter Score): métrica que avalia a satisfação e a lealdade do cliente, baseada na probabilidade de recomendação de um produto/serviço. Trata-se de uma pesquisa que avalia a possibilidade do consumidor indicar a empresa para conhecidos e familiares após uma experiência de compra. Pode ser feita por um funcionário com os clientes dentro da loja, por envio de e-mail ou mensagem pelo Whatsapp, por exemplo, utilizando, entre outras, a pergunta: “Qual é a probabilidade de você nos recomendar em uma escala de 0 a 10?”

Com o NPS, você pode identificar três grupos principais de clientes: promotores, detratores e passivos:

• Promotores: clientes que deram notas 9 ou 10

• Passivos: compradores que deram notas 7 ou 8

• Detratores: clientes que deram notas de 0 a 6

Esses grupos ajudam a empresa a entender melhor a satisfação e a lealdade dos clientes, permitindo tomar medidas para melhorar o relacionamento e a experiência do cliente.

Cálculo do NPS:

Você deve subtrair a porcentagem de clientes promotores da porcentagem de clientes detratores. O resultado varia de -100 a +100. Quanto maior o número, maior a proporção de promotores em relação aos detratores, indicando uma base de clientes mais satisfeita e leal.

Se 70% dos clientes são promotores e 10% são detratores, o NPS seria 60 (70% -10% = 60)

Como eles se conectam

NPS SUPERMERCADOS

A pontuação NPS para supermercados é de 24 a 48, com uma média de 39

OKR direciona ações estratégicas e norteia os objetivos e resultados que impactarão tanto a DRE quanto o NPS:

DRE: OKRs podem incluir metas de aumento de receita, redução de custos, ou melhorias operacionais que se refletem diretamente nos resultados financeiros. Exemplo: “Aumentar a receita em 15% no próximo trimestre”.

NPS: OKRs podem focar na experiência do cliente, que impacta a lealdade e, indiretamente, a receita e os custos (por exemplo, custos de aquisição de clientes). Exemplo: “Aumentar o NPS de 70 para 80 no próximo semestre”.

NPS influencia o desempenho da DRE ao medir a percepção do cliente e sua lealdade, que impactam diretamente os números da DRE:

Promotores (NPS alto): Clientes satisfeitos compram mais e recomendam o negócio, aumentando receitas e reduzindo o CAC (custo de aquisição do cliente).

Detratores (NPS baixo): Clientes insatisfeitos podem gerar cancelamentos, impactando negativamente a receita e, eventualmente, aumentando os custos (como suporte ou campanhas de reconquista).

DRE avalia o impacto financeiro de ações baseadas em OKRs e NPS. Serve como uma “verificação final” para entender o impacto financeiro das ações guiadas por OKRs e do feedback refletido no NPS:

Um aumento no NPS pode ser traduzido em maior receita ou menores custos de aquisição na DRE.

OKRs bem definidos, focados na experiência do cliente, podem gerar resultados visíveis no NPS que por sua vez impactam a DRE.

Agora, vamos a alguns exemplos de integração, sugeridos pela professora Fatima Merlin:

Detectamos um problema na DRE: Receita caiu 10% no último trimestre. 01

02

Causa identificada via NPS: aumento substancial de clientes detratores devido à falta de produtos.

Ação via OKR:

Objetivo: Melhorar a experiência do cliente.

KR1: Aumentar o NPS de 65 para 75 em 3 meses.

KR2: Monitorar estoque e gôndolas a cada 3 horas para evitar rupturas.

KR3: Diminuir a taxa de reclamações no SAC de 15% para 5%.

Resultados esperados:

Melhoria no NPS aumenta a retenção e conversão de clientes. Redução de custos operacionais (refletida na DRE) devido a menos reclamações. Aumento da receita na DRE como reflexo da maior lealdade dos clientes.

O GPA utiliza as ferramentas NPS e OKR nas redes Pão de Açúcar e Extra Mercado. Ana Carolina Rosa, diretora de estratégia e CX (customer experience), afirma que “atualmente, notamos uma evolução do NPS, que pode ser atribuída a uma série de fatores como a implementação de self-checkouts, que colaborou com a redução do tempo nas filas; a revitalização de lojas, que contempla melhorias em infraestrutura; a atualização de mobiliários e renovação da comunicação visual; além da readequação do sortimento ideal. Mas, o principal, é o nosso comprometimento com a escuta ativa e a ação baseada no feedback de clientes para alcançar o melhor NPS desde 2022”.

Fatima Merlin, CEO da Connect Shopper
Ana Carolina Rosa, diretora de estratégia e CX

Ana Carolina Rosa explica como a rede de supermercados utiliza o NPS para medir a satisfação dos clientes: “Com base no retorno e na avaliação do cliente após as compras, reunimos uma base robusta de respostas, que somam mais de 100 mil resultados mensais, o que nos permite entender melhor a jornada do cliente e pontos a serem ajustados. Para manter e melhorar esses resultados, usamos técnicas de analítica avançada, como machine learning e inteligência artificial para processar comentários e identificar problemas específicos em cada loja/canal, seção e até dia da semana.

Nesse contexto, seguiremos expandindo a análise de dados e mantendo um compromisso firme com a satisfação do cliente, garantindo que nossa abordagem evolua com as expectativas dos consumidores.”

Ela acrescenta que “estamos focados em aprimorar a experiência do consumidor, sempre em busca de melhorias para a jornada de compra dele, seja no ambiente físico ou digital. Para alcançar esse objetivo seguimos investindo nos processos e em infraestrutura, permitindo que os clientes tenham acesso a uma jornada sem fricções e integrada, independentemente do canal. No ano passado, implementamos a plataforma Customer Data Platform (CDP), em parceria com a Adobe, que permite identificar os clientes com base em hábitos de compras, preferências alimentares e estilo de vida, e já vem colhendo resultados com um alto grau de personalização na comunicação com eles. Por

meio da análise dos dados, a plataforma unifica o envio de mensagens em diferentes canais, como e-mail, SMS, push, Whatsapp e redes sociais, trazendo uma visão integrada do negócio”. Com essa compreensão profunda do comportamento de compra e das preferências individuais, o GPA promove ofertas personalizadas e relevantes para os clientes.

Dessa forma, o GPA utiliza o NPS para fidelizar clientes. Segundo Ana Carolina, são mais de 20 milhões de clientes cadastrados nos programas de fidelidade Pão de Açúcar Mais e Clube Extra, que já estão começando a receber ofertas personalizadas, descontos alinhados ao desejo e à necessidade de cada um. “Acreditamos que o verdadeiro valor da experiência está em entender e antecipar as preferências e necessidades dos nossos clientes, oferecendo um atendimento que reflete o nível de exclusividade e cuidado que eles esperam. Com essa personalização, conseguimos fazer com o que o cliente retorne, sabendo que encontrará as melhores opções de acordo com o seu perfil”, afirma.

Grupo GMAP Supermarket abre 1ª loja em Bangu, adquirida da Rede Inter

A nova loja é um verdadeiro oásis para os clientes do bairro. São 2.000 m² de área de vendas climatizada, 21 checkouts, mais de 15 mil itens, 110 vagas de estacionamento, além de Banco 24 Horas.

“Queremos oferecer aos nossos clientes uma experiência de compra prática, com grande variedade de produtos e, claro, os melhores preços. Investimos em equipamentos, iluminação e comunicação visual, para que o consu-

midor tenha conforto e um mix de produtos de qualidade, com preços acessíveis. Seremos a melhor opção do bairro, atendendo a todas as necessidades dos moradores da região”, diz Paulo Bonifácio, diretor-presidente da Rede Supermarket.

Já o presidente do Grupo GMAP, Luciano Pires Heringer, explicou que a filial é uma das unidades adquiridas da Rede

Intercontinental e que a reforma foi feita em 40 dias. “É fantástico abrir a nossa loja em Bangu, bairro emblemático para a família, que morou durante anos no local, num ponto excelente de grande movimento. Acredito que as categorias de maior saída serão perecíveis, açougue, principalmente, padaria e hortifruti”, afirma.

O presidente da ASSERJ, Fábio Queiróz, prestigiou a abertura e, acompanhado do diretor do GMAP Maciel, percorreu todo o supermercado incluindo as áreas de estoque, manipulação, câmaras frigoríficas e docas.

Assim como a Rede Supermarket, o Grupo GMAP está em franca expansão e ainda vai inaugurar outra loja em Realengo, neste ano, totalizando 21 unidades.

Endereço: Avenida Cônego Vasconcelos, nº 588 Horário de funcionamento: 7h às 22h (segunda a sábado) 7h às 15h (domingos e feriados)

2.000 m² de área de vendas 21 checkouts 15 mil SKUs

250 empregos diretos

750 empregos indiretos

Júnior, diretor da BRF, Paulo Bonifácio, diretor-presidente da Rede Supermarket, Walter Bonifácio, sócio-diretor da Rede Supermarket e supervisores da BRF

Cencosud Brasil encerra 3T24

Com avanços no digital, a Cencosud Brasil, uma das maiores supermercadistas do país, encerrou o trimestre com uma receita líquida de R$ 2,4 bilhões e Ebitda de R$ 118 milhões com margem de 4,9%. Entre os destaques do período estão a inauguração da loja GIGA Campinas, a 12ª da rede no Estado de São Paulo, e os avanços contínuos no digital e no retail media.

Alinhada à estratégia de crescimento no

país, a abertura da unidade do GIGA contribuiu para a geração de mais de 120 empregos diretos. Fortalecendo sua regionalidade, a rede GBarbosa inaugurou em Aracaju/SE o seu escritório Comercial Sergipe.

No digital, a Cencosud Brasil registrou um aumento de 32,6% nos primeiros nove meses de 2024 quando comparado ao mesmo período do ano anterior, desempenho que reflete as iniciativas de aprimoramento da eficiência operacional, a rentabilização do canal, além dos avanços nos níveis de serviço e satisfação dos clientes.

Com foco em inovação, tendências e profundo conhecimento do consumidor, CencoMedia, unidade de retail media do grupo, completou o primeiro ano de atuação no país com diversas ações diferenciadas junto às marcas e parceiros da indústria.

R$ 2,4 bi de receita

Ebitda de R$ 118 milhões com margem de 4,9%

No dia 19 de novembro, a rede de supermercados Armazém do Grão realizou a primeira edição do Conecta Grão, evento inovador com representantes de diversos setores da indústria, no Instituto Teológico, em Petrópolis. A iniciativa, idealizada pelo time comercial da rede e rapidamente abraçada pelo diretor-presidente, Antoane Correa, teve como destaque as apresentações dos departamentos da empresa, que mostraram os pilares

Evento Conecta Grão reúne grandes nomes da indústria

de qualidade, segurança, inclusão, atendimento e eficiência, com foco em inovação e excelência.

O evento foi aberto pelo presidente do Conselho da ASSERJ, Genival Beserra, que destacou a importância do Armazém do Grão no varejo do estado do Rio de Janeiro. Ele elogiou a postura da empresa, que valoriza seus clientes, colaboradores e fornecedores, além de seu compromisso com parcerias de longo prazo. Durante o evento, a UniGRão, universidade corporativa da empresa, foi apresentada como um exemplo de capacitação e crescimento profissional para os colaboradores, reforçando a importância das parcerias com fornecedores para aprimorar a experiência do cliente.

Antoane Correa também falou sobre a história da empresa e a inauguração de uma nova loja em Teresópolis, prevista para janeiro de 2025. O evento contou com a participação de marcas renomadas, como Nestlé, JBS, Ambev, entre outras, e teve como objetivo integrar e alinhar os setores de varejo e indústria. O diretor-presidente enfatizou a importância de um modelo de governança inclusivo e colaborativo, que visa consolidar o crescimento mútuo entre todos os envolvidos. O Conecta Grão reafirma o compromisso da rede com a excelência e o fortalecimento dos laços no setor varejista.

Unidades do Bramil receberão cartas com pedidos para o Papai Noel

O Bramil receberá, até o dia 20 de dezembro, cartinhas com pedidos para o Papai Noel. Basta escrever o que deseja ganhar, depositar na urna e torcer para ser o escolhido. E não tem idade! A entrega dos presentes será feita a partir do dia 23 de dezembro. Vale ressaltar que é necessário colocar nome, endereço e telefone de contato nas cartinhas. “Vamos avaliar todos os pedidos com muito carinho e realizar o sonho de algumas pessoas. O Natal é um período especial e queremos tornar a data ainda mais importante”, disse Josemo Júnior, diretor-presidente do Grupo Mil.

Desafios, tendências, campeões de vendas!

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Não há dúvida de que a categoria de limpeza ganhou protagonismo após a pandemia do COVID. As pessoas entenderam que manter a casa limpa é tão importante quanto higienizar as mãos – um hábito que certamente veio para ficar. Dessa forma, as vendas de produtos e acessórios da seção tendem a se manter em patamares elevados. Entretanto, os supermercados enfrentam alguns desafios. Como a sua loja pode se diferenciar da concorrência sabendo que o produto é encontrado facilmente em diversos pontos de venda e não apenas nos supermercados?

Como lidar com a concorrência desleal da informalidade que derruba os preços dos produtos de limpeza de origem duvidosa e ilegal na maioria das vezes? De acordo com Paulo Engler, diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional (ABIPLA), os saneantes clandestinos representam 11% de todo o setor de produtos de limpeza de uso doméstico, aponta a pesquisa de informalidade realizada pela entidade neste ano. O índice representa uma queda de 50% em relação ao estudo de 2021 (eram 22%).

Segundo Engler, também devemos atentar para o uso de misturas caseiras extremamente perigosas para os consumidores e para a saúde pública, que acabam, em algumas situações, ocupando o espaço de produtos de limpeza.

Para ajudá-lo a superar esses desafios e potencializar as vendas da categoria, apuramos dados de mercado e da evolução dos produtos, ouvimos especialistas, fornecedores e redes de supermercados dos associados da ASSERJ.

De olho nas tendências e especificidades regionais

A indústria de produtos de limpeza instalada no Brasil está alinhada aos grandes países consumidores. Dados de 2023 do anuário da ABIPLA apontam que houve crescimento de 4% na produção interna de desinfetantes e de 4,1% nos itens multiuso.

Engler frisa que a indústria investe com excelência em estudos de mercado para captar tendências e adaptar linhas de produtos de acordo com as características regionais. Como resultado, o especialista ressalta a tecnologia aplicada na própria formulação dos produtos, com o aumento de opções que apresentam soluções antimicrobianas avançadas e detergentes formulados com enzimas e probióticos: “Um exemplo da alta tecnologia envolvida na formulação de saneantes é que o setor já trabalha no desenvolvimento de produtos com microrganismos viáveis. Trata-se de microrganismos que requerem carbono orgânico para se desenvolver e que, uma vez aplicados, continuam agindo na superfície, garantindo a higienização”, afirma.

A digitalização de processos produtivos, com o uso de inteligência artificial e automação também contribui para aumentar a eficiência e reduzir custos. Além disso, as marcas cada vez mais se preocupam com o meio ambiente e desenvolvem fórmulas biodegradáveis e com menor uso de recursos naturais possíveis, como a água, tanto na fabricação do produto quanto no uso pelo consumidor.

De acordo com a ABIPLA, o setor cumpre, na integralidade, a meta setorial proposta na Política Nacional de Resíduos Sólidos e investe em infraestrutura para que suas operações de produção e distribuição de produtos sejam otimizadas, além do crescente uso de embalagens recicladas.

O gestor de compras do Princesa Redeconomia, João Marcio Castro, corrobora: “Se a indústria não inova, ela para”. E atenta: lançamentos não são novidades na variedade de fragrâncias ou nos diferentes tamanhos de embalagens. “A inovação dos últimos 10 anos foi os alvejantes, que tiveram crescimento. A penetração do produto hoje nos lares é muito grande.”

Ao ensinar que alguns itens de higiene também entram na categoria limpeza como papel higiênico e lava-roupas, Castro revela quais produtos têm mais saída nas suas gôndolas: “Disparado, o que a gente tem hoje na nossa categoria de limpeza, pela classificação que ocupa, é sabão, em pó e líquido, e depois a linha de papel higiênico. São os dois maiores volumes tanto em faturamento quanto em quantidade de unidades vendidas.”

O Supermarket Barra Oeste confirma que o segmento de maior relevância em vendas também é o sabão de lavar roupas. “Essa categoria é muito importante para o supermercadista, tem uma participação muito expressiva na venda. Os produtos são bem escolhidos para atender ao público de nossas lojas com o melhor preço possível”, afirma o comprador do grupo Rafael Mendes.

A força dos alvejantes e sabão, em pó ou líquido

Posicionamento nas gôndolas

Quem não é visto, não é lembrado, e essa máxima super se encaixa no varejo supermercadista. Por isso mesmo, ambas as redes seguem estratégias para organizar suas gôndolas e aumentar suas vendas.

No Princesa, Castro afirma que a rede segue por categoria algumas recomendações dos principais fornecedores. “Damos destaque às que têm maior valor agregado. E, sempre dentro dessa categoria, temos os produtos premium ou aqueles que a gente acha que é melhor vender por conta de rentabilidade no final. É assim que fazemos a exposição de uma forma geral.”

Já no Supermarket Barra Oeste, eles organizam a exposição dos produtos separados por segmento dentro da categoria de limpeza. “Separamos também por marcas, tamanhos e preços”, complementa Mendes.

Ganha mais destaque a marca que possui maior número de vendas na categoria e também maior participação na venda da loja, explica. “Mas não podemos deixar de destacar os itens que têm margem maior e também os que estão promocionados no período”, pondera.

Para estimular ainda mais o consumo desses produtos, a rede investe em programas de fidelidade e encartes exclusivos feitos com o fornecedor. “Sempre que é realizada uma parceria para estimular as vendas junto com o fabricante o crescimento é bem expressivo”, explica Rafael Mendes.

Ele afirma ainda que, para definir sortimento e promoções, é feito um trabalho em conjunto com os fornecedores de produtos de limpeza, levando em consideração principalmente o perfil de clientes e o tamanho da loja. “Essa definição é de suma importância para que a categoria tenha um bom desenvolvimento no supermercado.”

Para esse período de festividades do fim de ano é esperado o aumento no consumo da categoria de limpeza devido ao volume maior de visitas entre familiares e amigos nos lares, por conta das celebrações, explica.

E para o futuro do setor de produtos de limpeza dentro do varejo, Mendes enxerga um crescimento nas vendas daqueles que possuem antibactericidas, mais consumidos após o COVID, assim como a linha de álcool líquido e em gel.

Papo de quem sabe!

Fátima Merlin, especialista em varejo, gerenciamento por categoria e comportamento do shopper, destaca as principais tendências que têm moldado o segmento de produtos de limpeza:

Sustentabilidade: uma crescente demanda por produtos ecológicos e sustentáveis, com consumidores buscando opções que minimizem o impacto ambiental;

Inovação tecnológica: incorporação de tecnologias avançadas para aprimorar a eficiência dos processos de limpeza e oferecer soluções mais eficazes aos consumidores (muitos produtos voltados para este tema foram lançados nos últimos anos);

Produtos especializados: maior oferta de produtos direcionados a necessidades específicas, como linhas de limpeza para lares com animais de estimação;

Economia e eficiência: A busca por “smart choices” (escolhas inteligentes) reflete o foco dos consumidores em produtos de alta performance, embalagens econômicas e bom custo-benefício.

Autora do livro “Meu cliente não voltou, e agora?”, Fatima ensina ainda que o GC (gerenciamento por categoria) é mais do que organizar prateleiras: trata-se de um modelo de gestão baseado nas necessidades do consumidor.

“Os melhores resultados surgem ao segmentar por necessidades do shopper, considerando momentos de uso, como cuidados da casa, do banheiro ou da roupa”, explica.

Agrupar produtos de maneira ‘shopperlógica’

Para otimizar a exposição e organização de produtos e assim maximizar as vendas, a especialista indica soluções para agrupar produtos de limpeza de maneira lógica. “Diria shopperlógica”. Além disso, avaliar regularmente o desempenho de cada categoria, considerando indicadores como margem de contribuição, ticket médio, vendas e presença em cupons: “Mas é crucial partir do papel da categoria, considerar momentos de uso (necessidades do shopper), entender e aplicar a hierarquia de decisão (árvore de decisão) com os espaços e ordenação adequados.”

Fátima Merlin

Com base nesses princípios, as estratégias de promoção no varejo precisam ser planejadas de maneira criteriosa para estarem alinhadas ao comportamento do shopper e maximizar os resultados.

Mas embora promoções sejam essenciais, nem sempre baixar preços é a melhor estratégia, pondera. Merlin alerta que o varejo perde mais de R$12 bilhões anuais com promoções equivocadas, sem considerar o comportamento do shopper. E lista o que uma boa campanha deve fazer:

Incentivar experimentação de novos produtos

Destacar produtos locais e diferenciados

Usar parcerias com fornecedores para estratégias conjuntas de marketing

E não tem como falar em promoção no setor sem lembrar da Semana da Limpeza da rede de Supermercados Guanabara, que acontece há mais de dez anos. Na edição 2024, foram mais de 700 produtos em oferta, 130 fornecedores e aproximadamente 500 marcas envolvidas no evento que aconteceu simultaneamente nas 27 lojas.

Merlin atesta que esse é um dos caminhos de sucesso do varejo supermercadista: promoções agressivas, com investimento em atendimento personalizado, variedade de produtos locais e estratégias de fidelização.

“Citaria ainda precificação: definir preços que sejam atrativos para os clientes e, ao mesmo tempo, garantam margens de lucro satisfatórias.”

Quando se fala em critérios para se escolher produtos de limpeza, Fátima Merlin cita estudos que apontam qualidade e eficácia e a conexão emocional com cheiros e fragrâncias.

Mas também destaca a sustentabilidade:

“A preocupação com o meio ambiente influencia as decisões de compra, com quase 40% dos consumidores considerando embalagens sustentáveis e práticas ecológicas na escolha dos produtos.”

Na avaliação de Merlin, os principais desafios enfrentados pelos supermercados ao gerenciar o setor de limpeza tem a ver com a gestão de mix e de estoque.

“Manter um mix de produtos adequado às necessidades dos consumidores é crucial. A falta de produtos pode levar à insatisfação e abandono, enquanto o excesso resulta em capital imobilizado e perdas significativas, inclusive por vencimento.”

Limpeza sustentável

E para supermercados que desejam expandir ou se diferenciar nesse segmento, finaliza com dicas certeiras:

• Ampliação do mix de produtos, incluindo opções sustentáveis e ecológicas

• Parcerias com fornecedores locais que possam resultar em produtos exclusivos e diferenciados

• Criação de marcas próprias para oferecer qualidade a preços competitivos, aumentando a margem de lucro e a fidelização

• Promoções e programas de fidelidade

• Adoção de tecnologias e ferramentas de gestão como o Gerenciamento de Categorias

• Investimento em marketing digital

Mercado, expectativas e tendências!

Conversamos com Raphael Benedetti, head da Limppano, e com a Andrea Lima, compradora das categorias de limpeza e perfumaria do Supermarket Grupo Barra Oeste, para apresentar as visões de profissionais da indústria e do supermercado sobre expectativas, mercado e tendência tendo a categoria de limpeza como personagem principal.

indústria!

Em um papo com Raphael Benedetti, head comercial da Limppano, falamos sobre tendências, mercado e expectativas. Na sua visão, o mercado atravessa grandes transformações e, neste cenário, destaca algumas grandes tendências:

Custo-Benefício: nosso consumidor está mais exigente, bem-informado e não abre mão de boas marcas. Este mesmo consumidor está ainda mais criterioso quanto a qualidade, ávido por inovação, porém exige todos estes pontos a um justo custo-benefício.

Funcionalidade: o consumidor busca produtos que ofereçam soluções que vão além do tradicional, multifuncionais, produtos de limpeza que além de limpar sanitizam suas casas, produtos para roupas que mantenham perfumação por mais tempo e simplifiquem o processo de passar uma roupa.

Fala,

Produtos Concentrados: produtos de limpeza que oferecem maior rendimento, menor desperdício. Tendência que se alia à busca por sustentabilidade.

Valorização dos produtos nacionais: a valorização de marcas brasileiras, que entendem as necessidades locais e oferecem soluções a preços competitivos têm ganhado força. Além disso, consumidores buscam apoiar empresas que investem em iniciativas sociais e ambientais no país.

Raphael destacou, ainda, que a Limppano promoveu grandes inovações nos últimos anos com a linha ODD, desde o grande retorno de detergentes, passando pelo lançamento de lava roupas líquidos e mais recentemente a nova linha de amaciantes de roupas concentrados e tradicionais. E afirma que o caminho para 2025 é intensificar inovações, tanto por meio de novidades das linhas atuais de produtos quanto entrada em novas categorias, fortalecendo a oferta de valor ao consumidor e aos parceiros varejistas.

E, falando em termos abrangentes, Benedetti acredita que a categoria deve concentrar-se em alguns fronts, priorizando o consumidor, oferecendo inovações multifuncionais, de alta qualidade e a preço justo. Em paralelo deve atuar de forma coordenada com o varejo para organizar o conhecimento da categoria e transmitir maior valor ao consumidor, “cito como um importante exemplo a oferta da solução completa para louças em gôndola, com a exposição conjunta de esponjas e detergentes”, finaliza.

Andrea Lima, compradora das categorias de limpeza e perfumaria do Supermarket Grupo Barra Oeste, também passou sua visão cobre tendências, mercado e expectativas.

“A categoria de limpeza no mercado do RJ continua em crescimento quando comparamos ao mesmo período do ano passado. O Rio de Janeiro tem uma característica de preço baixo, oferecendo ofertas exclusivas devido, principalmente, ao grande número de mercados e novos supermercados sendo abertos no estado. Além disso, o estado possui benefícios fiscais, onde os impostos são reduzidos no custo. Nós, compradores, precisamos ficar atentos à variação de preços não só na indústria, mas em distribuidores e atacados, que trazem custos diferenciados ao consumidor”, afirma.

Fala, supermercadista!

Produtos na gôndola! Para Andrea, não podem faltar itens como lava roupa líquido, papel higiênico folha tripla e amaciantes, todos costumam ter bons desempenhos de venda.

O grupo Barra Oeste possui um público misto, porém com lojas importantes com perfil de público AB.

“Esse consumidor tem o perfil de buscar inovações e sortimento amplo e, com muita dedicação e trabalho, o grupo tem obtido boas avaliações dos nossos clientes nesse aspecto. E o baixo percentual de ruptura se torna essencial para este resultado”.

O Barra Oeste oferece em todas as lojas, além de preço realmente baixo, sortimento, qualidade e serviço nas lojas. E, segundo Andrea, essa é uma das diretrizes para 2025 em diante.

E, quando o assunto é tendência, Andrea considera a ligeira melhora da economia no Brasil para explicar sua perspectiva de crescimento na categoria de limpeza e perfumaria. Estudos mostram a tendência do consumidor por embalagens maiores com preços mais em conta. “Apostaria em ofertar mais destes produtos e revisar o mix da categoria com itens estratégicos por zona geográfica, uma vez que a gôndola é um espaço caro e, com a concorrência atual no setor, é fundamental ser mais assertivo nestas prateleiras”.

Prepare-se para vender mais!

Agora, com todas essas informações, vamos potencializar as vendas:

• Reúna o time para planejar esta categoria em 2025

• Procure a indústria para entender os lançamentos dos produtos e aproveitá-los da melhor forma possível

• Avalie a estratégia para saber se vale a pena oferecer produtos em embalagens econômicas

• Entenda os critérios de sustentabilidade e aplique-os

• Siga as recomendações da consultora Fátima Merlin para melhor gerenciamento da categoria nas gôndolas

• Pratique a organização “shopperlógica”

• Aproveite para colocar esta categoria na sua estratégia de retail media, seguindo as orientações apresentadas na matéria de capa

Dessa forma, você sairá na frente da concorrência e começará 2025 na maior limpeza!

Na era da experiência, impactar o cliente de forma personalizada é a chave do sucesso

“Investir em inteligência artificial é um diferencial competitivo que traz resultados financeiros concretos”, conheça a Global IA

A inteligência artificial está revolucionando o varejo, e a Global IA se destaca ao trazer soluções de última geração para os supermercados.

Desde a personalização de anúncios em tempo real até a otimização do layout das lojas, a tecnologia promete aumentar as vendas e transformar a experiência do consumidor. Além disso, a empresa assegura conformidade total com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), garantindo privacidade e segurança.

Em entrevista à ASSERJ, o diretor comercial Bruno Moreira fala como a Global IA está mudando o jogo para varejistas e clientes, com insights exclusivos e exemplos de sucesso.

Como surgiu a ideia de unir a inteligência artificial e o varejo?

Surgiu da observação de que os supermercados enfrentavam uma grande lacuna: a falta de informações detalhadas sobre o perfil dos consumidores. Identificamos essa necessidade no varejo brasileiro e vimos a oportunidade de trazer uma tecnologia de ponta, desenvolvida na Europa e que fosse acessível e capaz de transformar o mercado tradicional.

Nosso objetivo sempre foi oferecer ao varejo os mesmos benefícios que a IA já proporciona às pessoas físicas, permitindo que os varejistas personalizem a experiência de compra e acessem insights em tempo real sobre seus clientes.

Bruno Moreira, diretor comercial Global IA

Quais são os principais problemas que os supermercados enfrentam hoje e que a Global IA promete resolver?

Os supermercados enfrentam desafios como a falta de personalização da experiência de compra, dificuldades em conhecer o perfil dos clientes e limitações em campanhas publicitárias. A Global IA resolve esses problemas ao trazer métricas do mundo digital para o varejo físico. Com nossa tecnologia, o varejista tem acesso a dados detalhados sobre audiência, conversão e os mais de 17 atributos comportamentais como expressões faciais, permitindo uma compreensão profunda da jornada do cliente.

Como funciona o processo de captação e análise de dados em tempo real? Quais tecnologias de IA são usadas para captar o comportamento do cliente?

Instalamos câmeras e sensores nas lojas que capturam imagens criptografadas. Essas imagens são transformadas em dados e armazenadas localmente. Em seguida, os dados são enviados para a nuvem, onde ficam acessíveis aos clientes por meio de dashboards simples e intuitivos. O processo é totalmente plug and play, sem complicações. Com isso, os varejistas têm acesso a informações detalhadas sobre o comportamento dos clientes, como idade, gênero, expressões faciais, tempo de permanência e preferência por produtos, tudo em tempo real.

Quais tipos de personalização são mais eficazes no ponto de venda?

No ponto de venda usamos as telas digitais para personalizar anúncios para segmentos que se aproximam da tela ou gôndola. Podemos exibir nas telas promoções que incentivam compras adicionais e recomendações direcionadas a diferentes faixas etárias, gêneros ou preferências. Por exemplo, é possível personalizar descontos ou destacar produtos complementares de acordo com o perfil e o comportamento de cada cliente, gerando um engajamento maior e uma experiência mais relevante.

Como a solução ajuda os varejistas a melhorarem suas campanhas publicitárias? Poderia dar exemplos práticos de campanhas otimizadas pela IA?

A Global IA permite segmentar campanhas publicitárias com precisão, aumentando a relevância e a conversão dos anúncios. Por exemplo, ao detectar um cliente homem com barba, o sistema pode exibir na tela digital (TV/LED) uma promoção de produtos para barbear. Outro caso é o de um adolescente entrando na área de bebidas, onde o anúncio ajusta automaticamente o conteúdo para exibir refrigerantes, aproveitando o tempo de tela e oferecendo uma experiência personalizada que beneficia tanto o consumidor quanto o anunciante, que obtém maior visibilidade para o público-alvo.

Além disso, a solução fornece dados valiosos como o target de audiência, o ROI (retorno sobre o investimento), comparativos de campanhas e de audiência, além de medir o engajamento com as propagandas. Com essas informações, é possível identificar quais campanhas tiveram o melhor desempenho e realizar ajustes para otimizar continuamente os resultados.

Quais tipos de dados ou insights têm sido mais impactantes para influenciar a decisão de compra do cliente?

Métricas como as áreas de maior circulação na loja e a jornada que o cliente percorre para chegar a essas áreas são analisadas. Mostramos para o lojista quais produtos podem gerar mais cross selling (vendas cruzadas) com base no perfil do cliente, o tempo médio de permanência em cada seção e o tempo de decisão para adquirir um produto. A positivação total da loja e por seção ajudam a melhorar o mix de produtos, gerando mais sell out, ou seja, vendas. Esses dados permitem que o supermercado ajuste a disposição dos produtos e crie promoções específicas para cada área, aumentando o impacto das campanhas e facilitando a decisão do consumidor no ponto de venda.

Quais diferenciais o Global IA apresenta em relação a outras soluções de IA para o varejo? Em quais aspectos a empresa busca se destacar?

A capacidade de fornecer ao varejista uma visão detalhada de quem entra na loja, a personalização de anúncios nas telas digitais em tempo real, o ROI detalhado de cada anúncio digital ou campanha estática, a positivação completa da loja e a integração com o CRM ou outro sistema do varejista, facilitando a implementação.

Nossa instalação é feita em menos de 24 horas, e em menos tempo que isso as informações já ficam disponíveis para os clientes. Além disso, cada cliente tem um executivo de contas dedicado para oferecer soluções personalizadas. Também medimos o desempenho de seus funcionários, sempre com foco em dados demográficos e não em informações pessoais, respeitando 100% as leis de LGPD.

Integramos perfeitamente com sistemas de CRM (gestão do relacionamento com o cliente) e ERP (planejamento de recursos empresariais), além de trabalhar com os melhores fornecedores de LED, garantindo alta qualidade em todos os aspectos. Nos destacamos pela qualidade e precisão dos dados, que permitem ações mais assertivas e uma experiência mais envolvente para o cliente, trazendo resultados significativos em aumento de vendas, satisfação e fidelização.

Quais são os resultados observados, incluindo dados que comprovem o retorno sobre o investimento na aplicação de IA no setor supermercadista?

Temos parcerias com diversas redes de supermercados que já perceberam melhorias significativas em vendas e experiência do cliente. Em um dos nossos estudos de caso, personalizar promoções nas áreas de maior tráfego resultou em um aumento significativo nas taxas de conversão e em clientes mais satisfeitos, que sentiram uma conexão

maior com a marca e seus produtos devido à abordagem personalizada. Os dados também mostram que as campanhas personalizadas, otimizadas pela IA, geraram um retorno considerável sobre o investimento, com taxas de conversão superiores às campanhas tradicionais, o que demonstra que investir em IA é um diferencial competitivo que traz resultados financeiros concretos, além de uma experiência de compra mais envolvente para o consumidor.

Como a solução pode ajudar na otimização do layout das lojas e na disposição dos produtos? Existem casos de aumento de vendas a partir dessas mudanças?

A Global IA captura dados sobre a jornada do cliente, as áreas de maior permanência e os maiores pontos de atenção, pois conseguimos capturar para onde o cliente está olhando, permitindo otimizar o layout da loja. Um exemplo é a redistribuição de produtos de alta rentabilidade em áreas estratégicas, aumentando a chance de compra por impulso e melhorando a circulação dos clientes. Redes que implementaram essas mudanças com nossos dados obtiveram um aumento perceptível nas vendas de produtos dispostos em locais otimizados.

Como a Global IA lida com questões de privacidade e proteção de dados dos consumidores, considerando que a solução coleta informações em tempo real?

A segurança e a privacidade são fundamentais para nós. A IA captura e armazena apenas atributos anonimizados, como idade, gênero e expressões faciais, sem coletar dados pessoais identificáveis, garantindo total conformidade com a LGPD. Esses dados são utilizados exclusivamente para segmentação e otimização, reforçando nosso compromisso com a proteção da privacidade dos consumidores. Além disso, as imagens não são enviadas para a nuvem, sendo armazenadas localmente para garantir ainda mais segurança.

Alta do dólar, eleição de Donald Trump, G20 e perspectivas para 2025!

O cenário econômico do varejo supermercadista no estado do Rio de Janeiro em novembro foi influenciado por uma combinação de fatores internacionais e locais que impactaram a dinâmica do setor. A alta do dólar, a eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos, e a realização do G20 trouxeram implicações tanto positivas quanto negativas para os supermercados fluminenses.

A valorização do dólar em novembro trouxe pressões inflacionárias para produtos importados e insumos dolarizados, como trigo, combustíveis e embalagens. Isso resultou em aumento de preços em itens básicos, como pães, massas e óleos, além de produtos premium, como vinhos e queijos

importados, que enfrentaram redução no consumo. O setor supermercadista teve de ajustar preços, repensar margens e oferecer promoções para equilibrar a demanda, o que, obviamente, é sempre um desafio na gestão financeira das empresas.

Por outro lado, a alta do dólar também favoreceu o consumo de produtos nacionais, estimulando fornecedores locais. Supermercados do estado, nesse cenário, tendem a intensificar parcerias com pequenos produtores regionais, promovendo uma maior oferta de frutas, legumes e hortaliças locais como alternativa mais acessível ao consumidor.

Alta do dólar

Eleição de Donald Trump

Esse evento trouxe incertezas ao cenário econômico global, afetando diretamente a confiança do mercado brasileiro. A volatilidade cambial aumentou, refletindo no custo de aquisição de produtos importados e na projeção de investimentos no varejo. Além disso, as políticas protecionistas defendidas por Trump aumentaram a cautela de importadores e exportadores, o que impactou a oferta de alguns itens nos supermercados, como alimentos e bebidas de origem norte-americana.

Com foco em discussões sobre economia sustentável e cooperação internacional, o G20 trouxe um impacto indireto para o setor varejista do Rio de Janeiro. Embora as negociações globais não tenham gerado mudanças imediatas no comércio local, elas reforçaram a importância de práticas sustentáveis no

varejo. Iniciativas como economia circular, redução de desperdícios e uso de embalagens recicláveis, voltaram a ganhar os holofotes dos supermercados e consumidores, alinhando-se a tendências globais e atendendo à crescente demanda por práticas mais conscientes entre os consumidores.

Paralelamente, o evento proporcionou aumento de vendas nos estabelecimentos alocados nas regiões serrana e litorânea, por conta do êxodo dos cariocas que foram curtir o feriado. Algumas redes estimaram um aumento de 7% a 10% nas vendas.

Perspectivas promissoras para 2025

O ano que se aproxima apresenta perspectivas promissoras quando o assunto é experiência do consumidor, impulsionadas por tendências de modernização e mudanças de hábitos de consumo.

As condições climáticas continuarão a prejudicar as produções, impactando no aumento dos preços.

A aguardada reforma tributária se aproxima e demandará atenção do varejo sobre seu impacto nas operações. A fase transitória, que se inicia em 2026, será totalmente implantada em 2033.

Realização do G20

Crescimento e Geração de Empregos

Em 2024, o setor fluminense registrou crescimento no emprego formal, refletindo a recuperação econômica e a expansão das redes de supermercados, apesar da inflação. Esse cenário de aumento de postos de trabalho deve continuar em 2025.

Modernização e Tecnologia

O uso de tecnologias como inteligência artificial, análise de big data e ferramentas de autoatendimento estão, claramente, transformando o setor. Em 2025, estima-se maior investimento em operações eficientes, como precificação dinâmica e personalização da experiência do cliente, o que aumenta a competitividade e a fidelização.

Fala, Conselheiro! Uma visão do

Associado ASSERJ.

“Estou me despedindo de 2024 sem saudade. Ano que teve aumento expressivo de preços motivados por condições climáticas extremas como chuvas, excesso de calor e queimadas. Em matéria publicada pelo O Globo, fiquei apreensivo com as previsões para 2025 de possíveis aumentos em alimentos como carne, café, óleo de soja, frutas, entre outros, muitos em decorrência de variações climáticas. Além disso, paira sobre nossas cabeças os riscos do não ajuste fiscal por parte do governo federal e seus impactos negativos sobre a inflação e taxa de juros. Nos resta torcer e nos unirmos enquanto Associação em defesa do nosso setor, dos nossos clientes e do abastecimento do estado do Rio de Janeiro”.

Cesta básica

Em outubro, o valor da cesta básica, medido pelo Dieese, subiu 2,17% no Rio de Janeiro. Foi o segundo mês consecutivo de alta e uma aceleração da inflação frente a setembro (+1,56%). A variação de preços em outubro também foi superior à observada no mesmo mês de 2023 (+0,17%). Um maior desafio para a população carioca que gasta a maior parcela de seus rendimentos com a compra de alimentos e bebidas.

Carnes: nova alta diante das estiagens e as queimadas que prejudicaram o pasto, reduzindo a oferta

Café em Pó: nova alta diante do recorde de volume exportado e o clima seco que pode comprometer a nova safra

Óleo de Soja: nova alta diante do aumento das exportações do óleo bruto

Leite UHT: nova alta diante da menor oferta no campo, devido ao clima adverso, e à maior demanda por parte das indústrias produtoras de laticínios, encarecendo também os derivados

Tomate: Rio observou a maior variação dentre as capitais (+4,06%), diante da queda da oferta, por causa do término da safra de inverno

Batata: nova queda, diante da menor demanda

As 17 capitais pesquisadas pelo Dieese registraram inflação em outubro. O Rio de Janeiro (RJ), por sua vez, registrou a quinta menor variação nos preços.

Com a inflação de outubro, o preço da cesta básica na capital carioca subiu para R$ 773,70. Dessa forma, o Rio passou a ter a quarta cesta básica mais cara do país, superado pelas capitais de São Paulo (R$ 805,84), Santa Catarina (R$ 796,94) e Rio Grande do Sul (R$ 774,32). A diferença de preços da cesta básica do Rio para a de Belo Horizonte (MG), a mais barata do Sudeste, foi de R$ 95,63 em outubro.

Vendas

Os últimos dados apresentados pelo IBGE mostram que, em setembro, a receita dos Supermercados fluminenses cresceu 0,7%, em termos reais, ou seja, já descontada a inflação, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foi a menor variação observada esse ano, porém o 15ª mês consecutivo de crescimento das vendas. Ou seja, há mais de um ano os supermercados do estado do Rio ampliam suas receitas todos os meses.

O desempenho positivo dos Supermercados (+0,7%) limitou a queda do varejo fluminense em setembro (-0,6%). Foi o 15ª mês consecutivo em que os supermercados apresentaram crescimento das vendas superior à média do varejo fluminense.

Em nível nacional, a receita dos Supermercados também apresentou crescimento em setembro (+1,3%), na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nove das doze unidades da federação pesquisadas pelo IBGE registraram aumento das vendas, com maior crescimento sendo observado em Pernambuco (+8,0%) e a maior queda em Minas Gerais (-2,5%). O Rio de Janeiro (+0,7%), por sua vez, apresentou o sétimo melhor desempenho nacional, apesar de inferior à média brasileira (+1,3%), e o melhor resultado regional, em setembro.

Em outubro, o índice de inflação da alimentação no domicílio, que concentra os alimentos e bebidas vendidos nos Supermercados, subiu 1,25% no Rio de Janeiro. Foi o segundo mês consecutivo de inflação no setor e maior no último mês, na comparação com setembro (0,69%). Essa aceleração na inflação de alimentos e bebidas direcionou o resultado do índice geral fluminense, que voltou a registar inflação em outubro (+0,60%).

Inflação

Empregos

Na média nacional, o setor de alimentação no domicílio também observou inflação em setembro (+1,22%), semelhante à observada no Rio. Da mesma forma, foi o segundo mês consecutivo de inflação setorial e maior no último mês, na comparação com setembro (+0,56%).

Em outubro, os supermercados do estado do Rio de Janeiro geraram 850 empregos formais, sendo este o saldo entre o número de contratações e o de demissões. Foi o sexto mês consecutivo de abertura de vagas no setor e o segundo melhor resultado do ano. O desempenho no último mês ficou em linha com o observado em outubro de 2023, quando o setor abriu 858 postos de trabalho.

Em nível nacional, o setor de supermercados também gerou empregos formais em outubro (+9.383). Foi o nono mês consecutivo de abertura de vagas e o segundo melhor resultado do ano. Das 27 unidades da federação, 20 registraram saldo de contratações em outubro. Na comparação com os outros estados, o Rio de Janeiro ocupou a quinta posição no ranking nacional de geração de empregos em outubro, liderado por São Paulo (+2.230), e a segunda no ranking regional, a frente de Minas Gerais (+635) e Espírito Santo (+234).

No acumulado do ano até outubro, os Supermercados do Estado do Rio de Janeiro geraram 3.059 empregos formais, sendo este o saldo entre o número de contratações e o de demissões. O desempenho nesse ano foi muito superior ao observado no mesmo período de 2023, quando o setor abriu 478 postos de trabalho.

Em nível nacional, o setor de supermercados também gerou empregos formais no acumulado do ano até outubro (+34.856), com saldo de contratações em 25 das 27 unidades da federação. Na comparação com os outros estados, o Rio de Janeiro ocupou a terceira posição no ranking nacional de geração de empregos no ano, liderado por São Paulo (+9.398) e Minas Gerais (+3.772), e a terceira no ranking regional, à frente apenas do Espírito Santo (-193).

Red Bull BC One 2024: A contagem regressiva para a Final Mundial chega ao Pão de Açúcar

Para comunicar a grande Final Mundial do Red Bull BC One 2024, que acontece no próximo sábado, dia 7, na Farmasi Arena, na Barra Olímpica, a Red Bull realiza uma ação de trade marketing nas unidades do Pão de Açúcar. Na filial Freeway, foi instalada uma geladeira repleta do energético, com tela de led e display decorado com blocos de madeira em formato de caixas de som. Quem passa pelo local também pode acessar todas as informações sobre a batalha e os eventos que antecedem a competição por meio de um QR Code.

Não há quem não pare para conferir a novidade!

O Red Bull BC One é o maior evento de breaking 1x1, dança urbana que se caracteriza por batalhas entre dois dançarinos ou grupos, onde um tenta superar o outro. O Brasil receberá pela terceira

vez a fase global da maior competição de breaking 1x1 do mundo. A comunicação comprova que o supermercado cada vez mais se torna um espaço de convivência e experiência para os clientes indo muito além do abastecimento.

Natal é tempo de alegria e de muita inovação nos supermercados. E os consumidores adoram! A Bauducco aumentou em até 50% o investimento de marketing para este Natal com campanha 360º, inovação no portfólio e modernização da marca com objetivo de atrair as novas gerações.

Na entrada do Supermarket Blue, na Barra da Tijuca, a empresa instalou uma árvore de Natal gigante iluminada com milhares de lâmpadas de led. Além disso, há

um quiosque com laço de fita no teto e gôndolas recheadas de panetones, cookies, wafers e pães da marca. Os espaços instagramáveis agradam jovens e adultos consumidores da loja, que param para tirar fotos.

Bauducco ilumina o Natal do Supermarket Blue

O gerente do Supermarket Blue, Marcos André, aposta no crescimento das vendas com a ação de trade. “Nossa expectativa é aumentar as vendas em 30% com os produtos Bauducco. Já conquistamos os clientes da região e vamos chegar ao nosso primeiro aniversário, no dia 8 de dezembro, com muitos motivos para comemorar”, acredita. Ele explica que a filial irá oferecer produtos sazonais de qualidade como bacalhau de primeira, aves da BRF, vinhos e espumantes de vários rótulos e preços.

A Bauducco aposta num grande Natal e produziu cerca de 80 milhões de panetones. E no seu supermercado a empresa está fazendo ações de trade?

Numa parceria com a Coca-Cola Andina, a rede de supermercados carioca “vestiu” a frente da loja com temática natalina, incluindo o tradicional Papai Noel da marca, com mais de 10 metros de altura.

Além da fachada personalizada, a parceria inclui uma série de ativações especiais. A tradicional Caravana de Natal Coca-Cola, que percorre as ruas da cidade com caminhões iluminados, terá unidades do Prezunic como pontos de partida. No Prezunic Recreio, a Vila Noel, espaço criado

em parceria entre a Coca-Cola e a BRF, vai reforçar o clima natalino e a exposição de produtos das marcas.

O presidente da ASSERJ, Fábio Queiróz, prestigiou o lançamento da decoração, no último dia 25, que contou com show de música e a presença do Papai Noel: “Aqui temos a prova de que o supermercado é muito mais do que um lugar de compras, é um local de convivência e encantamento”, disse.

Em todas as lojas haverá promoções de “Compre e Ganhe”, com brindes exclusivos oferecidos pela indústria. Papai Noel e o tradicional Coral de Natal Prezunic vão percorrer as unidades da rede, com apresentações exclusivas para os clientes em dias e horários pré-definidos.

Em formato omnichannel (integração dos diversos canais de comunicação com o cliente), as ativações de fim de ano em parceria com a Coca-Cola Andina acontecem nas 38 unidades do Prezunic, nas 10 lojas físicas Spid - rede de conveniência de supermercado com entregas super rápidas da Cencosud - no e-commerce e por meio de ações via app e CRM.

Papai Noel encanta os clientes no Prezunic

Retrospectiva 2024, desafios e vitórias da ASSERJ

2024 foi um ano desafiador para o varejo supermercadista: cenário externo turbulento, eventos climáticos com impacto direto sobre os alimentos, falsificação de artigos e alta de preços de alguns produtos, entretanto tivemos muitas conquistas para comemorar.

O estado do Rio de Janeiro fecha o ano a pleno emprego e a ASSERJ se orgulha de ter cumprido sua missão de unir, servir e representar o setor. Foram vencidas muitas batalhas jurídicas conduzidas pela ASSERJ, como a cobrança das sacolas plásticas nos municípios do interior que ainda questionavam a iniciativa e do fatiamento de cárneos, em Cabo Frio; a questão da Substituição Tributária (ST); o recolhimento de resíduos, entre outras pautas de interesse do setor.

Avançamos também no acolhimento à tendência pet friendly. Nossos associados aderiram à causa e muitos já oferecem carrinho adaptado para os animaizinhos, como o pioneiro Supermarket Blue, na Barra da Tijuca, e a rede Prezunic nas filiais Vila Isabel, Park Jacarepaguá e Laranjeiras. Quem não tem espaço físico ou não pôde investir nos carrinhos adaptados, passou a oferecer vasilhas com água e ração na frente de loja como o Hortifruti e o Zona Sul, de modo a dar mais conforto e praticidade aos clientes e seus pets. Já o Pão de Açúcar do Leblon, tem um carrinho especial para alojar o pet enquanto o tutor entra para fazer as compras.

Gutemberg Fonseca, secretário da SEDCON

É importante lembrar que o Rio de Janeiro foi a primeira capital do Brasil a permitir a entrada e circulação de animais domésticos nos supermercados. A novidade partiu de uma iniciativa da ASSERJ, que emite o selo Super Pet para os estabelecimentos que desejarem aderir à prática. Para isso, eles deverão seguir as normas estabelecidas no Decreto 51.262 da Prefeitura do Rio.

Ao longo do ano, a ASSERJ firmou parcerias relevantes com o poder público de modo a garantir eficiência no atendimento ao cliente e na segurança alimentar.

Para reforçar o cumprimento da legislação e das normas de defesa do consumidor, além de melhor orientar os supermercadistas, a Secretaria Estadual de Defesa do Consumidor (SEDCON) disponibilizou cursos da Escola de Defesa do Consumidor e ofereceu uma palestra online exclusivamente para os associados.

No âmbito municipal, a parceria estratégica com o Instituto Municipal de Vigilância Sanitária (IVISA – Rio) rendeu encontros proveitosos com intuito de esclarecer dúvidas dos responsáveis técnicos (RT) sobre rotulagem e manipulação de alimentos.

As reuniões do Conselho Diretor, durante o ano, tiveram a presença maciça dos conselheiros desde a reeleição, por unanimidade, do nosso presidente Fábio Queiróz, em abril. Na ocasião, foram eleitos os Conselhos Diretor e Fiscal, e renovado o contrato do presidente executivo Fábio Queiróz por quatro anos. As reuniões promovem rica troca de experiências e conhecimento entre os conselheiros e consultores da ASSERJ e sempre trazem novidades e convidados para debater temas de interesse do setor supermercadista.

Aproveitando a pujança do setor, um dos que mais empregou durante o ano no estado do Rio de Janeiro, a ASSERJ firmou convênio com a Marinha do Brasil, por meio do Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais. O objetivo do convênio é a inserção dos fuzileiros que não seguirão a carreira militar. A ideia é empregar nos supermercados a mão de obra qualificada e bem-treinada dos ex-fuzileiros navais”. A parceria bem-sucedida ganhou o reconhecimento da Força Armada, e, em novembro, o presidente Fábio Queiróz foi agraciado com a Medalha Amigo da Marinha, em cerimônia realizada no Forte São José, na Ilha das Cobras.

Aline Borges, presidente do IVISA-Rio
Convênio com a Marinha do Brasil

ASSERJ EXPERIENCE

O icônico momento de parceria com a indústria, a ASSERJ Experience teve excelente adesão. Grandes players apresentaram produtos e serviços para o seleto grupo de conselheiros, donos das 30 maiores redes de supermercados do estado do Rio de Janeiro. Toyota Equipamentos, Café Marques da Costa, Nestlé, Bauducco, Fort Pan, Lufetec, Qualimar, Ramirez Conservas e Cremer, entre outras, marcaram presença, apresentaram o seu pitch e provaram que a solução oferecida pela ASSERJ

abrange desde pequenas empresas às mais consolidadas do mercado.

A ASSERJ EXPERIENCE proporciona para os fornecedores e parceiros da indústria uma apresentação direcionada aos donos dos estabelecimentos com demonstrações de produtos/serviços e degustação de alimentos e bebidas durante a reunião do Conselho Diretor, que ocorre mensalmente. Sua empresa também pode participar. Entre em contato com o nosso comercial (21) 98393-0197.

“Embora 2024 tenha sido um ano repleto de desafios para o setor supermercadista, com adversidades externas e questões internas a serem superadas, a ASSERJ se manteve firme em sua missão de unir, servir e representar o varejo fluminense. O olhar voltado para o futuro nos permite encarar os próximos desafios com confiança e determinação, certos de que juntos, continuaremos a promover o crescimento e a evolução do varejo supermercadista no Rio de Janeiro”, afirma o presidente Fábio Queiróz, em mensagem especial para a Super Negócios.

Estamos prontos para realizar um 2025 promissor. Vamos juntos!

Nesta edição, saímos do chão das lojas de supermercados para a indústria. E conversamos com o Mauro Celso Silva, cuja história se mistura com a história da Unilever e do varejo brasileiro. Personagens como ele inspiram e comprovam como o setor promove inúmeras trajetórias de sucesso profissional.

Você está há quase 30 anos na Unilever. Como foi passar todo esse tempo na empresa?

Fiz 48 anos em setembro e passei os últimos 30 crescendo com e através da Unilever do Brasil, ou seja, passei mais tempo aqui do que fora da empresa. Incrível como a cultura corporativa de

uma multinacional anglo-holandesa, tropicalizada pelos grandes profissionais brasileiros com quem tive a oportunidade de observar e aprender, formou muito mais do que um “vendedor”, mas um pai, um aluno, um marido, um cidadão, enfim, um aprendiz constante de múltiplos personagens.

Os principais momentos que vem à mente nestas três décadas foram a efetivação como promotor de vendas em 1995, após seis meses de contrato temporário e terceirizado já como repositor, e quando assumi minha primeira coordenação de merchandising no Paraná e Santa Catarina. Comandava um time de aproximadamente 300 pessoas, porém mais do que a liderança de um grande grupo eu assumia a formação de centenas de promotores que, assim como eu, em 1995, nutriam múltiplos sonhos, aspiravam crescimento, eram apaixonados pelo PDV e especialmente tinham um orgulho gigante de dizer “EU SOU UNILEVER” e “Somos um dos melhores times de execução do Brasil”.

Como foi a chegada ao Rio de Janeiro?

Em 2018, após 23 anos morando e atuando em vários estados e canais do Sul e SP, resolvi aceitar um convite para morar no Rio de Janeiro e trabalhar com os varejos carioca, mineiro e capixaba. Mais do que mudança geográfica, naquele momento, era uma escolha de desenvolvimento pessoal, a oportunidade de trabalhar com os maiores e mais complexos varejistas regionais do Brasil. Hábitos e perfis de negócios e de consumo construídos por grandes e vencedores empresários destes estados.

Costumo dizer que não vi o tempo passar. Nem eu, nem a Unilever do Brasil somos mais os mesmos. Aprendi cedo que o melhor lugar para se estar e se desenvolver é no meio das mudanças e a Unilever Brasil se reinventa todos os dias. É uma organização que sempre encontra grande equilíbrio na entrega do presente e na construção do futuro, sempre se antecipa ao seu tempo, sempre inova em tudo, sempre liderando e apoiando grandes transformações na produção e comercialização de bens de consumo e contribuindo enormemente com o varejo brasileiro.

Quais mudanças mais notáveis você observou no setor de vendas e no varejo ao longo dos anos?

As mudanças foram muitas em tecnologia, formatos de negócio, tipos de estabelecimentos, fases de expansão ou encolhimento do sortimento, perfis de loja etc., mas prefiro falar das pessoas e talentos. Aprendi que primeiro as pessoas se relacionam e depois elas consomem, fazem negócios, trocam experiências e cooperam entre si. Ao longo das três últimas décadas, o varejo evoluiu junto com a sociedade brasileira, aliás há quem diga que existe o varejo antes e depois do Plano Real, que recentemente completou 30 anos também.

Tive a chance de ver o varejo ser automatizado, os profissionais de vendas se tornarem verdadeiros consultores em logística, marketing, finanças, liderança e gestão do PDV e merchandising, entre vários papéis necessários para garantir acesso e visibilidade nas lojas. No entanto, a maior evolução aconteceu e acontece com o consumidor. Indústria e varejo precisaram entender e desenvolver rápida adaptação às necessidades e desejos do consumidor. São mudanças de consumo que nem mesmo ele sabe expressar e vai descobrindo com o tempo, porque escolhe uma loja, porque comprar toda a semana ao invés de uma única compra mensal, enfim o sucesso do vendedor no varejo sempre esteve ligado à realização e felicidade do consumidor.

Quais foram os maiores desafios que você enfrentou ao longo da sua jornada e como os superou?

Medo do novo, medo da mudança, superação da timidez, medo das pessoas mal-educadas, gritonas e fanfarronas. Por instinto, eu sempre quis oferecer aquilo que eu gostaria de receber, então sempre agi entregando educação, controle emocional, gentileza e atenção para as pessoas e, de alguma forma, isso me fez construir pontes e alta conexão com as pessoas. Como vender é sempre sobre relacionamento, valores, influência e especialmente credibilidade fui conquistando aliados e grandes incentivadores, pessoas que doaram seu tempo para me ensinar.

E você, como se vê nos próximos anos?

Meus próximos 10 anos serão no mundo corporativo, com alta performance, sempre vendendo algo. Gostaria de ocupar posições mais abrangentes e complexas, voltadas para o desenvolvimento médio e longo prazo do varejo no Brasil. Porém sempre conectado com os consumidores e clientes.

Em 2014, nasceu a BananaZinha, uma marca brasileira de bebida alcoólica mista, que conquistou o Brasil e também os EUA. Além da icônica garrafa ornamentada de 900 ml, a BananaZinha oferece uma versão na garrafa pet 750 ml e a garrafinha de bolso 200ml. BananaZinha, o Shot da Alegria.

conquistadas em países como a França e o Canadá, por conta de sua composição harmônica. Esse Brut mostra complexidade aromática no olfato, lembrando frutas cítricas, morango e flores vermelhas e, na boca, exibe delicadeza e cremosidade, com acidez equilibrada e refrescante.

A magia do Natal chega às ruas de cidades por todo o Brasil: Coca-Cola retoma suas icônicas

As Caravanas seguem por todo o Brasil em parceria com o Sistema Coca-Cola. Durante essa jornada, cada região oferecerá experiências imersivas que celebram a magia do Natal que só Coca-Cola poderia proporcionar e promovem a conexão entre as pessoas e as comunidades. Para que ninguém perca a oportunidade de vivenciar esse encantamento, é possível acompanhar a rota e os horários das Caravanas pelo link (https://natal.coca-cola.com.br/), que está sendo atualizado conforme a confirmação das ações por região.

Coca-Cola

Dermacyd

Dermacyd é a marca referência em cuidado íntimo.

É a primeira marca na mente das consumidoras (TOP OF MIND), além de ser a única com investimento em mídia. Mantém o PH da região íntima por 24 horas e possui exclusiva combinação BIO PROTECT, proporcionando sensação de proteção, bem-estar e frescor.

São quatro fragrâncias: Femina Floral, Delicata Jasmin, Breeze Camomila e Neutralize que possui exclusiva tecnologia Odor Control

Trevo Kids

A Trevo Kids diversificou mais uma vez seu portfólio de produtos infantis. A novidade da vez está em unir o tradicional e saboroso iogurte de morango com balinhas de gelatina. Combinação inusitada que tem chamado a atenção da criançada e garantindo ótima performance no PDV.

As novas versões dentadura e bananinha complementam um portfólio extenso da marca que incluem até produtos licenciados que utilizam personagens da amada Hello Kitty e Amigos. Vale a pena conhecer mais em trevinhokids.com.br.

Minerva Foods

Estância 92 apresenta: Qual é o seu motivo para churrascar?

A carne une pessoas, transformando ocasiões em celebra-

ções especiais. Para o brasileiro, tudo é motivo para um bom churrasco, daí o verbo “churrascar”: churrasco + celebrar.

Nesta campanha colaborativa, convidamos os consumidores a compartilhar seus motivos para “churrascar”, criando uma lista única. Usaremos redes sociais, OOH e influenciadores para comunicar os atributos da marca e lançar o convite: Qual é o seu motivo para churrascar? Os melhores motivos serão destacados em nossas comunicações, com menção às suas @.

A campanha será promovida em diversos canais, garantindo ampla cobertura e alcance, beneficiando os varejistas ao aumentar o tráfego nas lojas físicas e online.

Estância 92 – Mais que carne, uma celebração. Uma marca Minerva Foods.

Verão: estação para fidelizar clientes e aumentar as vendas!

À medida que os consumidores buscam itens essenciais para aproveitar os dias ensolarados, os supermercados têm a chance de se posicionar como a solução completa para as necessidades de verão.

O verão é uma temporada que impulsiona não apenas o consumo de alimentos e bebidas frescas, mas também uma ampla gama de produtos associados ao lazer e às atividades ao ar livre. Para supermercados, esse período é uma oportunidade de ouro para aumentar as vendas, especialmente quando combinam ações estratégicas com insights práticos de comportamento do consumidor. Inspirado em lições do livro “Vamos às Compras” de Paco Underhill, que aborda como as decisões de compra são influenciadas por fatores ambientais e emocionais, vou explorar, nesta coluna, como maximizar os resultados nesse segmento.

BOAS VENDAS
Walquyria Majeveski

O Potencial econômico dos produtos de verão

A busca por produtos de praia e cuidados com o sol crescem exponencialmente durante os meses mais quentes. Em 2022, o mercado brasileiro de proteção solar, por exemplo, teve um aumento de 13%, segundo a Euromonitor International. Isso reflete a conscientização crescente da população sobre os riscos da exposição solar e a valorização de produtos que oferecem praticidade e cuidado com a saúde.

O desempenho do mercado brasileiro foi superior ao alcançado pelo global, que cresceu 11,4% no período, com US$ 13,3 bilhões em vendas, o que manteve o país na terceira posição no ranking mundial, atrás apenas dos Estados Unidos e da China. Segundo a Euromonitor, o consumo global de cuidados com o sol deverá representar US$ 21,4 bilhões até 2027.

De acordo ainda com a Euromonitor International, o mercado de proteção solar, por exemplo, cresceu 28,8% em 2023, atingindo R$ 5,3 bilhões. Além disso, dados de varejistas regionais indicam que itens como cadeiras de praia e coolers podem representar um aumento sazonal de até 15% nas vendas em supermercados localizados em regiões litorâneas.

Atualmente, o verão apresenta inúmeras oportunidades de crescimento para os supermercados, especialmente em categorias diretamente associadas ao calor e à temporada de praia. Segundo dados da Opinion Box, 54% dos consumidores priorizam cuidados pessoais nessa época, destacando a demanda por cosméticos com proteção solar e hidratantes pós-sol. Além disso, 49% planejam consumir alimentos gelados, como sorvetes e açaí, enquanto 41% mencionam interesse por atividades aquáticas e acessórios relacionados, como boias, pranchas e filtros para piscina.

A Nielsen destaca que um sortimento estratégico, baseado nas necessidades sazonais dos consumidores, pode otimizar as vendas e melhorar a experiência do cliente. Esse alinhamento com o perfil do consumidor é essencial para potencializar o desempenho dos supermercados, particularmente no contexto de mudanças climáticas e maior busca por bem-estar durante o verão.

Além disso, acessórios como cadeiras de praia e coolers representam um pico de vendas, especialmente em supermercados localizados próximos a regiões litorâneas. As famílias que planejam viagens de férias procuram conveniência e economia ao adquirir itens essenciais em um único local, criando uma oportunidade significativa para os varejistas explorarem.

BOAS VENDAS
Por Walquyria Majeveski

Produtos com alto potencial de venda no verão

Os supermercados podem expandir suas ofertas com itens que dialoguem diretamente com as necessidades dos consumidores durante o verão, incluindo:

Acessórios de praia: cadeiras, guarda-sóis, boias, isopores, coolers e bolsas térmicas.

Proteção solar: protetores solares, hidratantes pós-sol e chapéus.

Bebidas refrescantes: água de coco, isotônicos, sucos naturais, vinhos brancos e cervejas geladas.

Alimentos sazonais: frutas frescas (melancia, abacaxi, uva), carnes para churrasco e sorvetes.

Itens de conveniência: toalhas umedecidas, lenços de papel, e organizadores práticos.

A combinação desses produtos em kits ou promoções temáticas pode atrair consumidores que buscam conveniência e economia.

Ações estratégicas

para impulsionar vendas

Para aproveitar o potencial de crescimento das vendas no verão, os supermercados podem adotar ações direcionadas que alinham necessidades sazonais à experiência do cliente.

Ambientação da loja:

Crie espaços temáticos que simulem um ambiente de praia ou lazer ao ar livre. Segundo Paco Underhill, ambientes que remetem a experiências reais incentivam os consumidores a explorar mais a loja.

Exposição estratégica de produtos: coloque os itens sazonais em áreas de destaque, como perto das entradas ou nos corredores principais. A utilização de gôndolas específicas para “produtos de verão” facilita a navegação e incentiva compras impulsivas.

Promoções combinadas: monte combos, como “Kit Verão”, que incluem itens complementares, por exemplo, guarda-sol + protetor solar + cooler. Isso não só agrega valor, como aumenta o ticket médio.

Engajamento digital: utilize e-commerce e redes sociais para promover as ofertas de verão, destacando a entrega rápida e a conveniência para quem planeja viagens ou passeios.

Eventos na loja: organize eventos temáticos, como degustações de frutas da estação, demonstrações de montagem de coolers, dicas de receitas refrescantes ou ações de trade em parceria com a indústria destacando lançamentos ou produtos típicos da estação.

O livro “Vamos às Compras” enfatiza a importância de entender como os clientes se comportam dentro das lojas. No contexto de verão, os consumidores: Crescimento baseado no comportamento do consumidor

Tendem a buscar praticidade e soluções rápidas.

Valorizam a visualização de como os produtos podem ser usados.

São mais propensos às compras por impulso, especialmente em climas descontraídos.

Para capitalizar essas tendências, é essencial tornar a experiência de compra o mais agradável e eficiente possível. Isso inclui sinalizações claras e a integração de tecnologias como QR Code em etiquetas, que levam o cliente a receitas ou promoções relacionadas.

Desafios e soluções para o setor

Embora as oportunidades sejam vastas, os supermercados enfrentam desafios logísticos ao gerenciar estoques sazonais. Itens como sombrinhas e cadeiras de praia ocupam mais espaço e têm um ciclo de venda limitado. Para minimizar riscos, é importante utilizar ferramentas de análise de dados que auxiliem no planejamento de estoques com base no histórico de vendas e nas previsões climáticas.

Além disso, a alta competitividade no setor exige inovação constante. Oferecer produtos diferenciados, como protetores solares ecológicos ou coolers personalizados, pode ajudar a criar um diferencial competitivo. Parcerias com marcas de renome também podem fortalecer a percepção de valor dos produtos.

Oportunidades no e-commerce

O segmento online apresenta um potencial de crescimento ainda maior para os supermercados. Enquanto categorias tradicionais como alimentos e bebidas enfrentam barreiras no e-commerce, os produtos sazonais têm menos restrições e uma margem de lucro mais atrativa. Investir em anúncios direcionados e oferecer promoções sazonais com entrega rápida pode atrair consumidores que preferem a conveniência das compras online.

Resultados esperados

A adoção dessas estratégias pode não apenas aumentar as vendas de verão, mas também reforçar a percepção da marca como um destino confiável e completo para todas as necessidades sazonais. O impacto positivo se traduz em maior fidelização do cliente, ampliação do ticket médio e fortalecimento do relacionamento com o público.

Portanto, supermercadistas, o verão é mais do que uma estação, é uma oportunidade para os seus negócios se posicionarem como parceiros indispensáveis no lazer e bem-estar dos consumidores e fortalecerem suas parcerias com a indústria. Combinando ambientação atrativa, promoções direcionadas e insights de comportamento, as vendas sazonais podem atingir novos patamares. Afinal, como nos lembra Paco Underhill, criar experiências memoráveis dentro do ponto de venda é o diferencial para conquistar e reter o cliente em um mercado cada vez mais competitivo.

Rio de Janeiro (ASSERJ) para o varejo.
BOAS VENDAS Por Walquyria Majeveski

Fim do ano chegando e a gente já pensando na 35ª edição da SRE Trade Show

O melhor e mais concorrido evento do varejo supermercadista, que faz parte do calendário oficial da cidade do Rio, está sendo minuciosamente preparado para apresentar as novidades da indústria e dos nossos associados, tendências do setor, além de palestras e outros conteúdos relevantes na Convenção das Américas de Supermercados.

A última edição teve números superlativos. Reunimos 68 mil pessoas, incluindo mil supermercadistas de 16 diferentes países, e 550 empresas ao longo dos três dias com geração de R$ 4,2 bilhões em negócios. Foram mais de 23 horas de networking, palestras e business.

Im-per-dí-vel!!! Para garantir seu ingresso, acesse o link no anúncio da página seguinte.

A gente se vê na 35ª SRE Trade Show, nos dias 18, 19 e 20 de março, no Riocentro.

Dezembro: o mês para a sua adega bombar nas vendas!

Você está preparando a sua adega para o mês diferenciado, que combina celebrações familiares de Natal, confraternizações corporativas e festas de fim de ano ao longo do mês? É a melhor oportunidade para você apostar em rótulos que vão fidelizar seus clientes e conquistar novos!

Vinhos e espumantes se tornam itens indispensáveis tanto para harmonizar com as ceias e confraternizações, quanto para presentear nas festas e no tradicional amigo oculto.

A atmosfera festiva invade as lojas, que ganham maior fluxo de consumidores, criando um ambiente propício para explorar estratégias promocionais e aumentar a visibilidade da sua adega!

É preciso planejamento e ações bem definidas para que o faturamento seja o esperado. Vem comigo!

Nessa estratégia, é preciso uma seleção criteriosa, que priorize qualidade, relevância e adequação ao público-alvo. Sortimento Ampliado e Curado

PAPO
Por Flávia Medeiros, sommelier

Vinhos: amplie a variedade de rótulos, incluindo opções de diferentes países (Chile, Argentina, Portugal, Itália) e estilos (tintos, brancos, rosés).

Espumantes: aposte em uma boa oferta de espumantes brut e moscatel, que atendem a diferentes perfis de consumidores.

Ofereça rótulos de categorias intermediárias e premium, mas garanta opções acessíveis para atrair mais clientes.

Crie ilhas promocionais decoradas com temas natalinos, destacando vinhos e espumantes como “essenciais para celebrações”.

Use cartazes com frases que remetam a festas e brinde, como “Celebre com Elegância” ou “Brinde seu Natal”.

Ofereça kits de vinhos e espumantes com taças, chocolates ou itens gourmet para presentes.

Faça promoções de “leve 3, pague 2” ou descontos progressivos por volume.

Degustações e Experiências

Elas são essenciais para apresentar novos rótulos, engajando clientes e incentivando compras, criando uma experiência memorável. Promova harmonizações com queijos, carnes ou panetones para incentivar harmonizações.

Marketing Direcionado

Divulgue ofertas em redes sociais e newsletters, segmentando clientes interessados em bebidas. Crie conteúdos educativos sobre como escolher vinhos para o Natal e o Réveillon.

O marketing também se torna fundamental na hora de mapear o histórico do ano anterior e traz dados que podem ser muito úteis para elaboração de estratégias mais assertivas, consequentemente, com maior conversão.

O varejo geralmente aponta os seguintes comportamentos:

• Aumento de Consumo: no Natal e Réveillon, o consumo de vinhos cresce cerca de 20% a 30%, e de espumantes, até 50%.

• Preferências Regionais: brasileiros tendem a consumir espumantes nacionais, especialmente da Serra Gaúcha, que possuem boa qualidade e preço acessível.

• Preços Médios: a faixa é de R$30 a R$60 para vinhos e de R$40 a R$80 para espumantes.

*Fontes: NielsenIQ, IWSR (International Wine and Spirits Research), e ABRABE (Associação Brasileira de Bebidas).

Vinhos em Alta no Mercado

Vinhos Tintos:

• Malbec (Argentina)

• Carménère (Chile)

• Blend Português (Douro, Alentejo)

Vinhos Brancos:

• Sauvignon Blanc (Chile, Nova Zelândia)

• Chardonnay (Brasil, França)

Vinhos Rosés:

• Estilo Provence (França, ou similares nacionais)

Espumantes Mais Acessíveis e Populares

Espumantes Brasileiros (Qualidade e preço competitivo):

• Moscatel: Ideal para paladares doces. Exemplos: Salton, Aurora.

• Brut: Para paladares secos. Exemplos: Casa Perini, Miolo, Garibaldi.

Que tal elaborar um plano prático com ações táticas e resultados esperados?

• Defina seu objetivo/meta

• Identifique o público-alvo

• Trace as estratégias baseadas em dados e, assim, os melhores resultados virão!

Lembre-se que, em dezembro, é a sua oportunidade de fazer a sua adega brilhar com luzes de Natal e boas vendas!

Desejo Boas Festas a todos, com muita saúde, brindes e vendas! Até 2025!

Marcas Importadas de Baixo Custo:

• Cavas Espanholas: Freixenet, Codorníu.

• Prosecco Italiano: La Marca, Mionetto.

PAPO DE ADEGA
Por Flávia Medeiros, sommelier

Liga Esportiva Nescau: evento de inclusão reúne mais de 3.000 estudantes

O Clube da Aeronáutica, na Barra da Tijuca, foi palco de uma das maiores iniciativas inclusivas de esporte do país: a nona etapa da Liga Esportiva Nescau, promovida pela Nestlé, no dia 9 de novembro. Com mais de 3.600 inscritos, o evento reuniu jovens estudantes para uma jornada repleta de torneios, aprendizados, integrações, descobertas e, claro, muita diversão. Foram 14 modalidades esportivas, desafios e oficinas, incluindo práticas adaptadas que garantiram a participação de todos, sem exceção.

Pela primeira vez, a etapa teve a parceria das grandes redes de supermercados fluminenses como Dom Atacadista, Guanabara, Mundial, Supermarket, Prezunic e Zona Sul comprovando a bem-sucedida sinergia entre indústria e varejo.

A Liga Esportiva Nescau contou com a presença dos embaixadores da marca Verônica Hipólito, medalhista paralímpica no atletismo, e Falcão, considerado o Pelé do futsal. Também prestigiaram a competição o presidente da ASSERJ, Fábio Queiróz, acompanhado do gerente de vendas Flávio Pires e da diretora de bebidas e cereais da Nestlé, Monica Meale.

Fábio Queiróz ressaltou o caráter inclusivo do evento e a importância da parceria com as grandes redes supermercadistas do Rio de Janeiro. “O esporte é democrático, assim como os nossos supermercados. Somos inclusivos, e esta parceria com as maiores redes supermercadistas da cidade é motivo de orgulho. Ela traz benefícios para todos e reforça o nosso compromisso com uma sociedade mais igualitária”, afirmou Queiróz, evidenciando o poder do esporte como ferramenta de inclusão social.

Fábio Queiróz e o jogador Falcão

Monica Meale, diretora da Nestlé, explicou que a etapa do Rio de Janeiro foi a nona da Liga Esportiva Nescau, mas a primeira a contar com a participação das redes supermercadistas. “Essa parceria inédita com o varejo tem como objetivo dar mais visibilidade ao evento no Rio, aproximando-nos ainda mais de nossos clientes. Acreditamos que a boa nutrição é essencial para garantir energia e alcançar os melhores resultados, como no esporte”, afirmou.

A gerente de marketing da Liga, Anamaria Monte, falou sobre o poder do esporte em transformar realidades e cultivar valores essenciais para o desenvolvimento humano. “O esporte abre caminhos para a construção de uma sociedade mais igualitária e saudável. Ele é uma poderosa ferramenta para cultivar valores como coragem, confiança, solidariedade, diversidade e inclusão. Estamos muito felizes de realizar este evento pela primeira vez no Rio de Janeiro e proporcionar aos cariocas um final de semana repleto de atividades esportivas e aprendizado”, disse.

Entre as modalidades, o evento ofereceu tanto práticas convencionais quanto adaptadas, como vôlei, futebol society e atletismo, além de oficinas de badminton, slackline e foot table. Os desafios como circuito chute ao gol, embaixadinhas e twister garantiram diversão e momentos de descontração para todos os participantes.

Investindo no futuro

Com um investimento de R$ 30 milhões entre 2023 e 2025, a Liga Esportiva Nescau tem sido um pilar fundamental para a promoção da inclusão e do desenvolvimento por meio do esporte. Desde a sua criação, em 2015, o evento já impactou mais de 55 mil crianças e adolescentes, além de 7 mil professores e 2 mil instituições em todo o Brasil. Em 2023, a Liga proporcionou mais de 600 horas de prática esportiva, com 45 modalidades e uma grande diversidade de atividades que incluíram tanto competições convencionais quanto adaptadas.

A realização da Liga Esportiva Nescau no Rio de Janeiro foi um grande exemplo de como o esporte pode ser um agente de transformação social. Ao investir na inclusão e diversidade, o evento trouxe uma mensagem poderosa sobre a importância da acessibilidade, do respeito às diferenças e do incentivo à prática esportiva desde a infância e juventude.

A ASSERJ fica muito orgulhosa de ver seus associados engajados nesse projeto de tamanha importância para a sociedade como um todo.

Uma publicação da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) para o varejo.

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