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COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

CATEGORIAS & TENDÊNCIAS

cartão pré-pago registrou R$ 30 bilhões, incremento de 1.000%.

Pensando no lado dos supermercadistas, no contexto de pandemia, essas novas formas de pagamento oferecem não apenas segurança para a saúde dos clientes e dos funcionários do estabelecimento ao evitar o contato com a máquina, mas, também, tornam a empresa mais atrativa e inovadora. Mas, as vantagens não param por aí. “Com as novas modalidades de pagamento, o supermercadista passa a ter um maior controle de suas questões financeiras. Há uma redução na circulação de dinheiro, o que evita ou diminui roubos e, ainda, reduz a necessidade de ir até o banco e ter caixa ou carro forte, atividades que normalmente geram um custo alto”, ressalta o especialista.

Ideal para todos os tipos e tamanhos de negócios, o pagamento on-line pode ser facilmente aderido por varejistas, desde os mercados hiperlocalizados dentro de condomínios, conhecidos por serem modelos de autosserviço, minimercados de bairro, até os grandes grupos supermercadistas distribuídos na cidade.

VANTAGENS DE OFERECER MÉTODOS DE PAGAMENTO CONTACTLESS:

Maior segurança para a saúde do cliente e dos funcionários ao evitar a necessidade de toque no terminal de pagamento;

Agilidade e eficiência operacional para o estabelecimento; Menor índice de roubos e furtos, pois reduz a circulação de dinheiro vivo;

Ao diversificar as formas de pagamento, existe maior chance de atrair e reter clientes;

Velocidade na hora do pagamento, o que reduz as filas e gera melhor experiência ao consumidor.

“Quanto mais opções você tiver, melhor. Se coloque no lugar do cliente: você saiu sem a carteira e precisa fazer compras, por exemplo. No local em que está, você se depara com duas unidades de mercado, só que uma aceita Pix e a outra não. Em qual opção você vai? Portanto, aquele que não aceita diferentes tipos de pagamento acaba perdendo a venda. É importante que os varejistas sigam essa tendência, pois ela é uma realidade e veio para ficar”, comenta Blak.

Apesar da pandemia ter acarretado um número crescente de estabelecimentos digitalizados e inovadores, que apresentam diferentes métodos de pagamento, outros ainda não deram o pontapé em direção às formas contactless por receio ou falta de conhecimento e suporte necessários.

Para quem ainda não aderiu os novos métodos em seu estabelecimento, Blak indica que o responsável tome conhecimento antes de dar o primeiro passo. “Se não entende do assunto, busque uma consultoria ou curso. É importante que essa evolução da transformação digital não seja feita de qualquer forma. Conheça, estude e tenha o apoio de uma equipe ou profi ssional que entenda do assunto. Veja se a internet é boa e se tem os equipamentos adequados. Quanto mais possibilidades você oferecer, mais clientes vai conquistar”, indica.

Pensando no futuro daqui a poucos anos, o especialista afi rma que o pagamento será cada vez mais fl uido e dispensará longas esperas. “Se falarmos em grandes cidades do Brasil, eu acredito muito no que já existe em países do exterior, que são mercados 100% automatizados, onde você tira o produto da prateleira e ele é contabilizado na sua carteira digital virtual automaticamente, numa espécie de carrinho virtual. Com isso, você já é debitado sem precisar enfrentar fi la e passar no caixa. Finaliza Blak.

Escaneie o QR Code e ouça a nossa conversa com Marcio Blak.

COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR | Por Dayane Barbosa

Mudanças de hábitos de consumo estão ligadas à digitalização dos supermercados e poder de compra da população

Estudo da ASSERJ revelou que consumidores estão priorizando produtos de marcas de menor preço

Apandemia de COVID-19 impactou de forma definitiva no modo das pessoas consumirem. A digitalização dos estabelecimentos e a possibilidade de compras on-line de itens básicos e de alimentos teve um crescimento expressivo e tornou-se uma conveniência.

Segundo Eliane Monteiro, professora de pós-graduação do Departamento de Administração da Universidade Federal Fluminense (UFF), é possível observar duas grandes mudanças no modo de consumo.

Para a especialista, essa transição para o digital veio para ficar nos setores do varejo e não corre o risco de retroceder. “Consumir está muito mais fácil, pois temos amplo acesso à internet para fazer pedidos delivery, seja de produtos para o lar ou para uma refeição. Isso não vai regredir, mas também não quer dizer que a loja física vai acabar. Existirá um modelo híbrido contínuo, onde ainda será possível visitar o estabelecimento e fazer uma experimentação, por exemplo. Acredito que essa tendência do digital é forte. Inclusive, na área de supermercados, as pessoas se adaptaram a comprar de forma on-line, pois viram que era possível adquirir produtos do mesmo comerciante, sem precisar sair de casa. Ou seja, você deixou de ir ao mercado de sua

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preferência, mas pode continuar comprando nele de forma digital”, comenta Eliane.

Mas, a mudança não veio apenas na migração para o e-commerce, que ganhou força e se tornou uma realidade para os mais diversos setores, inclusive, para o varejo supermercadista. Ela está relacionada, também, à seleção de produtos e alimentos na hora da compra.

Com o fechamento temporário dos estabelecimentos – alguns defi nitivos, e com o corte de funcionários, muitas pessoas perderam seus empregos e fi caram dependentes de auxílios do governo, o que reduziu o poder de compra delas. Somado a isso, o cenário econômico brasileiro, onde os salários não acompanham as frequentes altas de preços dos alimentos, itens de limpeza e higiene pessoal, intensifi cou uma mudança em busca de produtos mais em conta.

Segundo um estudo de consumo realizada pela

Associação de Supermercados do Estado do Rio

de Janeiro (ASSERJ), no início de 2022, em supermercados das Zonas Norte, Sul e Oeste do município do Rio e na Baixada Fluminense, mais de 80% dos consumidores estão dando preferência a itens de marcas mais baratas e produtos com preços mais competitivos. “O poder de compra está reduzido, e o brasileiro está usando os recursos que existem para poder adquirir os produtos básicos. Buscar por ofertas, experimentar novas marcas, substituir itens para economizar sem excluir nenhum produto são umas das alternativas. Nossa orientação é sempre pesquisar em várias redes para conseguir fechar todos os itens da lista de compras”, orienta Fábio Queiróz, presidente da ASSERJ.

Ainda segundo o estudo, 56,5% dos benefi ciários do Auxílio Brasil têm priorizado a compra de alimentos, enquanto outros 11,7% estão pagando dívidas e 10,8% gastam com remédios, considerados itens de primeira necessidade.

Outro dado importante levantado foi em relação à queda do consumo de carne vermelha. Dos 664 entrevistados, 88,7% afi rmaram ter trocado a carne bovina pelo frango devido à infl ação. Dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a carne de boi teve alta em dezembro de 2021 e janeiro de 2022 de 0,90% e 1,15%, respectivamente. “Essa é uma situação séria. Está tudo mais caro, a infl ação está subindo e as pessoas ainda estão com baixo poder aquisitivo”, comenta Eliane.

Confi ra aqui a nossa entrevista com Eliane Monteiro

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