EDITORIAL
Bate-papo com o Fábio Fábio Queiróz online
Fala, leitor! Tudo bem? Não tenho dúvidas de que 2024 será um ano transformador e repleto de oportunidades para o nosso setor. Quem estiver antenado e aberto às tendências sairá na frente! Tivemos uma NRF repleta de muitas novidades interessantes. Você viu?
É verdade, Fábio. Não fui ao evento em NY, mas acompanhei as principais notícias.
Boa! Não deixe de ler os conteúdos que preparamos sobre a NRF nesta edição. E a leitura não para por aí... O Rio tem batido sensação térmica de 60°, confira a nossa matéria de capa e fique por dentro das boas práticas para cuidar dos FLVs.
Vi a chamada da matéria nas redes sociais e vou conferir as dicas agora mesmo! O tema é bastante pertinente para essa época do ano, adorei!
É isso! Entre outros temas imperdíveis, destaco que abriram as inscrições exclusivas da 34ª edição da SRE para os associados. Você já garantiu a sua presença? Aproveite para ler a nossa matéria sobre o melhor evento de varejo das Américas! Ah! Me siga no Instagram (@fabioqueiroz.asserj) e fique por dentro das novidades do setor. Boa leitura!
Uma publicação da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) para o varejo.
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ÍNDICE
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57 ADMINISTRAÇÃO ASSERJ EXECUTIVOS COMERCIAIS Aline Freire Bruno Martins GERENTE COMERCIAL Camila Sousa ASSISTENTE COMERCIAL Juliana Paceli
GERENTE DE MARKETING E COMUNICAÇÃO Ariane Barbim Vasques SUBGERENTE DE MARKETING E COMUNICAÇÃO Luli Dias Garcia EDITORA Claudia Abreu Campos Usina da Comunicação
Teste e Use: Ter robô para atendimento ao cliente x Não ter robô: conheça os diferenciais da tecnologia e verifique se ela é vantajosa para o seu supermercado.
Matéria de Capa: Como evitar perdas na FLV na estação mais quente do ano? Saiba como as boas práticas contribuem na longevidade dos alimentos.
Super Papo: Entrevista exclusiva com Rubens Sant’Anna, referência em trade marketing no Brasil.
Caderno: Gestão Eficiente, Lucro Certo: Entenda como a disposição e a escolha de produtos certos podem ajudar a alavancar as vendas do seu negócio.
Associado em Foco: Casa do Arroz e Parati elevam o share de volume na categoria de 2% para 14%. E, ainda, Adonai Supermercados abre décima loja.
Caderno Especial: Bebidas: Estratégias para impulsionar as vendas de bebidas no período mais quente do ano.
Conecta Varejo: Ferramentas contribuem para o sucesso das vendas e a experiência do cliente. Veja exemplos!
Economia em Pauta: Verifique a análise atualizada do cenário econômico no Rio de Janeiro e no Brasil e os últimos dados da cesta de consumo fluminense.
Espaço Trade: Ações de trade marketing reforçam a comunicação das marcas nas lojas e contribuem para o aumento das vendas. Descubra cases!
Boas Vendas: Conheça os principais insights da NRF 2024 e fique ligado no que há de mais inovador no segmento.
Por Dentro da ASSERJ: Conselho Diretor reforça a união dos supermercadistas em prol do consumidor.
Vem Aí: SRE Trade Show: fique por dentro das principais novidades da 34ª edição.
Sensibiliza ASSERJ: Sensibiliza ASSERJ aborda o tema da empregabilidade transgênero como segundo tema da campanha.
Cheguei na Gôndola: Confira os itens que acabaram de chegar nas prateleiras dos supermercados.
PRODUÇÃO EDITORIAL Usina da Comunicação REDAÇÃO Dayane Barbosa Marise Barbosa DESIGN E DIAGRAMAÇÃO Dalin Sant’ Anna DIGITAL Dalin Sant’ Anna
SUPERVISÃO E REVISÃO Daniel Bittencourt Iron Ferreira Pedro Felipe IMAGENS Freepik PNGwing
@asserjsupermercados
CAPA Anderson Barros
/asserjsupermercados Siga nossas redes sociais! www.asserj.com.br
SUGESTÕES falecom@asserj.com.br
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(21) 2584-6339 comercial@asserj.com.br
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TESTE E USE!
Ter robô para atendimento ao cliente x Não ter robô Conheça os diferenciais da tecnologia e verifique se ela é vantajosa para o seu supermercado
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avanço dos recursos tecnológicos tem facilitado cada vez mais os processos no varejo e transformado a experiência dos clientes, inclusive nos supermercados. Já pensou em ter um robô inteligente capaz de levar os fregueses até o produto desejado, tirar dúvidas sobre o clube de assinaturas, oferecer degustações ou informações sobre sorteios? Sim, isso já é possível! Mas, será que vale a pena para o seu negócio? Entenda como ele funciona, o que é preciso para implementá-lo e se essa tecnologia é uma opção viável e vantajosa para o seu supermercado.
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TESTE E USE!
Ter robô para atendimento
Não ter robô
O que é: o robô inteligente é capaz de interagir com os consumidores de acordo com a programação feita pelo varejista. Ele pode, por exemplo, fornecer informações sobre o supermercado ou um produto, oferecer degustações, dar boas-vindas, explicar promoções e levar o cliente até um item desejado.
O que é: não implementar a funcionalidade do robô inteligente e, consequentemente, não transformar a experiência do visitante com interações inesperadas provenientes de uma inteligência artificial em formato de robô, que é capaz de circular pelo supermercado e conceder informações de forma autônoma.
Indicado para: supermercados que desejam oferecer uma experiência diferenciada aos clientes. E, ainda, para quem quer implementar um recurso tecnológico que facilite a rotina na loja.
Indicado para: estabelecimentos que não enxergam esta inovação como algo vantajoso para o negócio ou que não têm caixa disponível para investir em um serviço do porte no momento.
Diferenciais: oferece praticidade aos clientes ao informar onde um produto está localizado, fornece detalhes de uma promoção ou do clube de vantagens, por exemplo. Além disso, vira uma espécie de atração para o público e para influenciadores, que fazem conteúdo de forma orgânica paras as redes sociais, fortalecendo a marca.
Diferenciais: o negócio não vai precisar investir na aquisição de um robô, nem se preocupar com a configuração de uso e possíveis problemas que podem ocorrer. Dessa forma, mantém um atendimento mais humanizado, com colaboradores para direcionar e tirar dúvidas da clientela.
Pontos de atenção: demanda um investimento para a compra do robô e alguém capacitado para configurar adequadamente e fazer possíveis reparos na tecnologia. Além disso, alguns clientes podem não saber utilizar a funcionalidade e necessitarão de auxílio.
Pontos de atenção: ao não oferecer esta opção, a loja não proporcionará uma experiência diferenciada aos fregueses, nem terá a praticidade de um robô fornecendo informações sobre o supermercado. Mas, o atendimento se manterá mais humanizado.
O que eu preciso: investir na compra do robô inteligente, além de ter uma pessoa ou equipe capacitada para instalar, configurar e reparar possíveis problemas no aparelho. É necessário, ainda, ter colaboradores disponíveis para ensinar os clientes a utilizarem a tecnologia para solucionar as suas dúvidas.
O que eu preciso: não é necessário fazer qualquer tipo de adequação ao estabelecimento ou investimento em um robô. Entretanto, é preciso tornar a experiência do cliente cada vez mais encantadora através de outros recursos e de um atendimento diferenciado.
Quem pode oferecer: supermercados pequenos, médios e grandes.
Quem pode oferecer: supermercados pequenos, médios e grandes.
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TESTE E USE!
Depoimento de quem tem robô para atendimento x de quem não tem robô O Supermarket Grupo Torre é um exemplo de estabelecimento que utiliza o robô inteligente em uma de suas unidades. Denominado “Robs”, o androide está disponível na loja Barra Blue, na Barra da Tijuca.
“Ele tem recursos de áudio, vídeo, se locomove, fala mais de 1.000 idiomas e possui uma bandeja acoplada para degustação. Além disso, é interativo e segue uma programação feita por nós. Por se tratar de uma loja nova, inserimos informações sobre as facilidades e novidades da unidade, orientações sobre como se cadastrar no app SuperClube e como participar do sorteio de uma promoção exclusiva. Mas, o que mais surpreende é a capacidade do Robs de levar o cliente até um produto desejado. Ainda não estamos medindo o impacto no aumento das vendas, mas, além da satisfação, ele está colaborando muito para a divulgação da loja através do retorno obtido com influenciadores digitais que, espontaneamente, visitam a unidade e filmam o Robs. Inclusive, tem um vídeo do TikTok que já alcançou mais de três milhões de visualizações”, explica Claudia Fernandes, Gerente de Marketing e E-commerce do Supermarket Grupo Torre, dono da nova loja Barra Blue.
Clique aqui e confira o vídeo do Robs.
Já o Supermercados Turbo 1000 nunca testou a opção, pois preza pelo atendimento realizado pelos colaboradores. Mas, não descarta adotar o equipamento. “No momento, a nossa preferência é pelo atendimento humanizado, que atinge todos os clientes, inclusive os que ainda não têm familiaridade com o uso de tecnologias mais avançadas. Além disso, entendemos que o robô demanda um alto custo de aquisição e para a manutenção. Entretanto, não descartamos testar a funcionalidade no futuro”, relata Laura Alana, Assistente de Marketing da rede.
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MATÉRIA DE CAPA
Como evitar perdas na FLV na estação mais quente do ano? Veja como as boas práticas contribuem na longevidade dos alimentos e as estretégias para aumentar as vendas da seção
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a 45% dos produtos disponibilizados nas gôndolas. Fatores como rápida deterioração, manuseio inadequado e armazenamento impróprio contribuem para essa realidade.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o FLV é uma das categorias com maior índice de desperdício, chegando
É importante lembrar que, segundo dados da Nielsen Consultoria, os produtos frescos, como frutas, legumes e verduras são consumidos por 58% dos fregueses. Portanto, caso não apresentem boa qualidade na sua unidade, certamente, o consumidor mudará de loja, o que mostra a importância de implementar práticas eficazes para minimizar as perdas e otimizar os cuidados com os alimentos.
o universo do varejo supermercadista, as ondas de calor intenso apresentam desafios particulares, especialmente, quando se trata da seção de frutas, legumes e verduras, conhecida como FLV. A temperatura excessiva pode resultar em perdas significativas, afetando o faturamento das lojas e a qualidade dos alimentos perecíveis oferecidos aos clientes, já que o calor acelera a maturação desses itens.
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MATÉRIA DE CAPA
Boas práticas e cuidados na gestão de FLV Para enfrentar os desafios trazidos pelas altas temperaturas e garantir a qualidade das frutas, dos legumes e das verduras, é essencial adotar boas práticas e cuidados específicos. O armazenamento em temperaturas controladas, a rotatividade adequada de estoque e a atenção à manipulação são essenciais. Além disso, investir em treinamento para a equipe responsável pela seção de FLV é crucial a fim de garantir que todos compreendam e pratiquem os procedimentos corretos, desde a recepção até a exposição dos produtos. A seleção da empresa abastecedora também desempenha um papel essencial na prevenção de perdas desses alimentos. Por isso, a escolha de parceiros que tenham práticas apropriadas de colheita e armazenamento, certificações de qualidade, histórico de fornecimento confiável, além de transporte que preserve a frescura e a durabilidade dos itens e capacidade de atender às demandas sazonais é fundamental. O supermercado Casa do Arroz toma uma série de precauções com os itens do setor, prezando pela qualidade e segurança dos alimentos. “O cuidado tem início na escolha do fornecedor, que deve ter como princípio a transparência e a comercialização de produtos de primeira qualidade. Fora isso, exigimos entregas em caminhões refrigerados. O recebimento deve ser criterioso e a retaguarda organizada, separando os produtos por data de entrada. Definimos, ainda, critérios na exposição e retirada dos FLVs da área de vendas, de modo a manter a banca com a qualidade que o cliente espera”, explica Miguel Gustavo Costa de Oliveira, Supervisor das lojas e Comprador de hortifrúti da rede.
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MATÉRIA DE CAPA
A Irmãos Benassi Distribuidora de Frutas LTDA é uma das principais provedoras de alimentos da categoria para supermercados. Lílian Guimarães de Almeida, Gerente de Qualidade, explica que os cuidados com os itens na companhia têm início no campo. “A preservação do frescor e do sabor dos produtos começa na manutenção das boas práticas agrícolas de nossos produtores parceiros. Contamos com uma frota refrigerada no transporte até o nosso Centro de Distribuição, que possui estrutura climatizada para recebimento dos alimentos, bem como câmaras frias de armazenagem equipadas com controladores de ozônio, garantindo o retardamento da maturação e sanitização do ambiente”, explica. A Benassi é composta por uma equipe treinada para a manipulação adequada dos produtos, de acordo com as Boas Práticas de Fabricação, o que garante a qualidade deles. “As nossas frotas, própria e terceirizada, possuem certificado para controle de pragas, manutenção da higienização e temperatura, com o objetivo de assegurar o frescor e o sabor de nossos produtos até o varejo”, acrescenta Lílian. Portanto, ao receber os itens no seu supermercado, preze por: Limpeza e higiene: remova sujeiras e faça uma lavagem adequada dos itens. Além de prolongar a vida do alimento, contribui para eliminar microrganismos indesejados e garantir a segurança alimentar. Lembrese de manter a área de exposição sempre limpa. Organização em camadas: opte por colocar os produtos maiores e mais pesados na parte de trás da gôndola ou prateleira, enquanto os menores devem ficar na frente. Dessa forma, além da exposição ficar visualmente mais atraente, contribui para evitar danos aos itens mais sensíveis. Tecnologia como aliada: escolha funcionalidades que contribuam para assegurar a maior durabilidade e o frescor dos alimentos. Tenha um bom sistema de arcondicionado no ambiente, opte por nebulizadores, dê preferência às mercadorias com rastreabilidade a fim de acompanhar a origem dos produtos etc.
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MATÉRIA DE CAPA
“Acreditamos que o trabalho em loja realizado pelos nossos promotores de venda prolonga a vida útil dos FLVs. A armazenagem deve ocorrer de forma adequada, conforme requisito do produto, seja em temperatura controlada ou ambiente arejado. As mercadorias devem sempre estar paletizadas, minimizando contaminações, e afastadas das paredes, garantindo a circulação do ar. Os colaboradores devem sempre higienizar as mãos antes da manipulação dos alimentos a fim de não transferir nenhum agente contaminante. A organização em bancadas deve ser realizada de forma adequada, com empilhamento ideal para não danificar os produtos. Já a exposição refrigerada precisa ter temperatura adequada ao tipo de item”, indica a gerente de qualidade. Para complementar, Oliveira destaca as estratégias da Casa do Arroz na minimização das perdas de FLVs levando em consideração o desafio da sazonalidade. “Utilizamos uma exposição cuidadosa para que os alimentos não estraguem os outros pelo peso do empilhamento. Além disso, usamos uma iluminação adequada que contribui para dar mais vida ao produto em dois aspectos: na manutenção do frescor ao impedir o calor e no realce das cores”.
A rede ainda usa estratégias como:
Estudo da quantidade adequada de compras, considerando o preço e a época do ano, que pode impactar na longevidade dos alimentos na banca;
Pedidos fracionados ao máximo, garantindo, quando possível, entregas diárias, para a manutenção do frescor dos alimentos;
Um controle de Prevenção de Perdas rigoroso a fim de atuar rapidamente nas maiores quebras.
Parceria entre cooperativas e supermercados Estabelecer uma parceria sólida com cooperativas agrícolas é uma estratégia eficaz para garantir o abastecimento constante de FLVs. Muitas vezes formadas por produtores locais, elas oferecem uma variedade de produtos frescos e têm o conhecimento necessário com o propósito de lidar com os desafios específicos da região e do clima. Além disso, essa proximidade fortalece a economia local, promove práticas sustentáveis e contribui para uma relação mais transparente na cadeia de abastecimento. Uma publicação da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) para o varejo.
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MATÉRIA DE CAPA
“Atualmente, temos 19 fornecedores diretos, muitos deles ligados às cooperativas. Eles fazem a diferença, pois estão empenhados em nos atender com a melhor qualidade a um preço justo. Acreditamos que o bom resultado se inicia com uma parceria de confiança e de muita transparência. E as cooperativas têm atendido estas premissas”, explica o Supervisor de Lojas e Comprador da Casa do Arroz. O bom relacionamento entre as duas partes é a chave do sucesso, pois a dinâmica do mercado de FLV exige uma abordagem ágil e adaptável. Supermercados e cooperativas devem manter uma comunicação constante para
ajustar estratégias com base nas demandas do consumidor, nas condições climáticas e nas tendências de mercado. Monitorar o desempenho da seção, analisar dados de vendas e receber feedback dos clientes são práticas essenciais no aprimoramento contínuo da oferta e da minimização de perdas. “A relação com as marcas de supermercados é fundamental no escoamento dos produtos. É através dela que o consumidor final conhece o nosso trabalho e os nossos alimentos, o que gera resultado positivo para as duas partes”, finaliza Lílian.
Experiência do cliente Fora os aspectos operacionais, a experiência do consumidor desempenha um papel importante na seção de FLVs. Por isso, é fundamental criar uma exposição bonita, que atraia os olhos dos fregueses e seja composta por alimentos com boa aparência, que despertem o desejo de compra. “A arrumação é a chave de tudo. Prezamos por um ambiente limpo e organizado, além de bancadas bem abastecidas. Procuramos, também, fazer uma divisão de cores entre um produto e outro para ficar bem atrativo”, finaliza Oliveira. Os supermercados podem, ainda, criar iniciativas como degustações, displayers com informações nutricionais e fornecer dicas de armazenamento para envolver os fregueses, estimular a aquisição e reduzir o desperdício. Dessa forma, além de encontrar excelentes opções, eles se sentem motivados a retornar ao estabelecimento.
Fique atento às boas práticas para evitar perdas na seção de FLVs! Uma publicação da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) para o varejo.
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MATÉRIA DE CAPA
Por Flávio Graça, Consultor Técnico de Segurança Sanitária da ASSERJ
Infecções, intoxicações e toxinfecções alimentares: um risco iminente
Veja as diferenças entre as doenças transmitidas por alimentos e saiba quais cuidados tomar para evitá-las
Uma das principais preocupações de quem administra um estabelecimento que manipula perecíveis é a segurança sanitária dos alimentos. Todos os itens precisam ser manipulados, preparados e armazenados de modo correto. Caso contrário, podem transmitir mais de 250 tipos de doenças e causar intoxicação, toxinfecção ou infecção alimentar, enfermidades do grupo das Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs). Embora sejam causadas pela ação de microrganismos patogênicos, como bactérias, fungos ou vírus, elas agem de forma diferente no corpo. A infecção de origem alimentar é causada a partir da multiplicação de bactérias patogênicas no trato gastrointestinal, oriunda da ingestão de itens contaminados. Ela se caracteriza por uma invasão de tecidos corporais de um organismo hospedeiro por parte de agentes capazes de provocar doenças, a sua multiplicação e a reação dos tecidos do hospedeiro a estes organismos e às toxinas por eles produzidas. Já a intoxicação alimentar é um quadro clínico causado a partir da ingestão de substâncias químicas presentes nos perecíveis, como pesticidas, agrotóxicos, metais pesados, toxinas, dentre outros. Ela consiste em uma série de efeitos sintomáticos produzidos quando uma substância tóxica é ingerida ou entra em contato com a pele, os olhos ou as membranas mucosas. Para isso, basta a pessoa consumir alimentos vencidos ou contaminados. Os exemplos mais comuns de infecções transmitidas por alimentos são: a salmonelose e a toxoplasmose. Já das doenças causadas por intoxicações alimentares, temos o botulismo
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MATÉRIA DE CAPA
(uma doença neuroparalítica grave, rara, não contagiosa, causada pela ação de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum) e a intoxicação estafilocócica (resultado da ingestão de enterotoxinas estafilocócicas).* Existe, também, outra classe de DTAs, a toxinfecção. Ela é causada pela ingestão de alimentos contendo microrganismos patogênicos e que ainda liberam substâncias tóxicas no organismo. Os sintomas podem variar de acordo com a quantidade ingerida e com o microrganismo ou toxina presente no item. Mas, de um modo geral, os mais comuns são vômitos e diarreias, com a presença ou não de dores abdominais, dor de cabeça, febre ou outros sintomas. Um exemplo de toxinfeção alimentar é a cólera, doença causada pela enterotoxina produzida pela bactéria Vibrio cholerae. Para evitar que os produtos sejam contaminados por microrganismos nocivos à saúde dos seres humanos, é preciso que a população tome alguns cuidados que vão desde a compra até o preparo desses alimentos. As principais orientações são:
Lavar as mãos após tossir, espirrar e ir ao banheiro, além de antes, durante e depois de preparar a comida. O hábito de higienizar as mãos deve ser constante; Observar o tempo e a temperatura no momento do preparo e do armazenamento dos alimentos; Armazenar cuidadosamente os alimentos sob refrigeração (0 a -5ºC), congelamento (-12 a -20ºC) ou ainda, no caso de comida preparada, em temperaturas elevadas (igual ou acima de 60º), dependendo da categoria. Conhecer a procedência e escolher os itens de forma higiênica; Cozinhar os alimentos acima de 70ºC, desta forma, é possível eliminar quase todos os microrganismos presentes nos itens; Consumir imediatamente os produtos cozidos; Evitar o contato entre os alimentos crus e cozidos (contaminação cruzada). A Escola ASSERJ oferece o curso de Boas Práticas de Manipulação de Alimentos para os seus associados. Com ele, os profissionais responsáveis por manipular os alimentos, como cozinheiros, padeiros, garçons, baristas, açougueiros, entre outros, têm acesso a programas de qualificação e aprendizagem a fim de entenderem como ocorre a contaminação e a transmissão de doenças advindas dos alimentos (DTAs). Além disso, aprendem Boas Práticas de higiene e manipulação, dentro da rotina e realidade de cada serviço de alimentação. Saiba mais sobre o curso aqui!
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SUPER PAPO
Entrevista exclusiva com Rubens Sant’Anna, referência em trade marketing no Brasil Fundador de academia voltada para a área, executivo aborda a importância de adaptar o trade marketing para conquistar a nova geração Professor, escritor e consultor, Rubens Sant’Anna é conhecido por ser o precursor do trade marketing no sul do Brasil. Com 20 anos de experiência no setor, ele desenvolve projetos para empresas líderes mundiais de bens de consumo em diversos segmentos e é fundador da academia Rubens Sant’Anna. Em entrevista exclusiva para a Super Negócios, o profissional compartilha a sua visão sobre o trade marketing no país, fala sobre tendências e o impacto das transformações digitais na estratégia. Confira!
Clique aqui e confira o super papo com o Rubens Sant´Anna. Você foi o profissional responsável por introduzir o trade marketing no sul do país, em 2007. Como enxergou a oportunidade de levar esse conceito para o mercado sulista? O trade começou no Brasil em meados da década de 1990, dentro de multinacionais como a Nestlé e a Unilever. Essas empresas desenvolveram uma área com uma visão operacional e com foco em atender as demandas do comercial, provenientes dos acordos com as redes varejistas. Com o tempo, esse trade tático foi evoluindo dentro das empresas e, a partir de 2010, já existia dentro da Johnson & Johnson, da Coca-Cola e da Ambev, por exemplo, um trade mais estratégico,
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SUPER PAPO
“... o trade ainda precisa evoluir, pois permanece muito voltado à captação da verba, à comercialização do espaço, ou seja, muito reativo ao comercial. Ele precisa assumir um papel estratégico, de inteligência de dados, de CRM, de JBP, gerenciamento por categoria, calendário e leitura de mercado para não ficar apenas como uma área de coleta de verba do fornecedor”. ramificado em categoria. Isso tudo já estava em um nível muito avançado nas empresas, enquanto no resto das indústrias nacionais não tinha um amadurecimento. Na época, eu tinha uma agência em São Paulo, prestava serviço em desenvolvimento de projetos para pontos de vendas e comecei a circular nessas indústrias e observar o movimento. A partir disso, desenvolvi um lado acadêmico e, após dois anos, comecei a ensinar trade no Rio Grande do Sul. Foi um movimento muito gradual até ganhar a escala que tem hoje. Deu certo, mas no início foi muito difícil. Ao criar a academia com o seu nome, você buscou expandir ainda mais o trade marketing no país. Como ela tem contribuído para o desenvolvimento da área no cenário brasileiro, especialmente, para os supermercados? A academia surgiu no início da pandemia e cumpriu uma missão muito importante: democratizar o trade no país e permitir que tanto o promotor de merchandising, o repositor e até um gerente sênior da área pudessem ter a visão do trade estratégico. Dentro do segmento supermercadista, especificamente, temos que entender que a área só existe na indústria porque o supermercado se consolidou em rede e levou para ela a necessidade de evoluir o modelo de atendimento. Então, quando a gente desenvolve o trade dentro da indústria, automaticamente, estamos fomentando-o dentro do varejo. Mas, é importante lembrar que o trade ainda precisa evoluir,
pois permanece muito voltado à captação da verba, à comercialização do espaço, ou seja, muito reativo ao comercial. Ele precisa assumir um papel estratégico, de inteligência de dados, de CRM, de JBP, gerenciamento por categoria, calendário e leitura de mercado para não ficar apenas como uma área de coleta de verba do fornecedor. Quais são as principais tendências de trade marketing atualmente? Ele acompanha a mudança de comportamento de compra do shopper, que não é necessariamente quem vai consumir, mas quem está comprando. Hoje, com um celular, o cliente tem acesso a uma omnicanalidade e pode buscar o item desejado em qualquer canal. Então, a competição aumentou muito e a jornada passou a ser muito impactada pelos canais digitais. As tendências de trade tratam sobre a compreensão dessa jornada, o entendimento de como ela ocorre, o que influencia a decisão de compra, que tipo de promoção é mais assertiva e como conseguimos ser mais preditivos a partir da leitura dos dados. A inteligência artificial entra para decifrar melhor esse shopper, fazer uma oferta mais assertiva e identificar o mix correto para cada tipo de loja. Como as transformações digitais têm influenciado as estratégias de trade marketing? A transformação digital é uma navegação
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SUPER PAPO
contínua no virtual mesmo quando estamos no físico. Na medida que você tem, dentro de um supermercado, um shopper com acesso a inúmeras informações, um nível de exigência maior e, muitas vezes, sabendo mais do produto do que o próprio vendedor, fica mais difícil de conquistá-lo. A nova geração, baseada em TikTok e Instagram, compra de forma completamente diferente. Como eu converso com esse pessoal? A transformação digital é uma disrupção em toda a cadeia. Não estou dizendo que a loja física irá acabar, mas talvez ela precise ser reinventada. O varejista que não digitaliza o negócio dele, que não insere a tecnologia dentro do seu processo, está muito obsoleto. A presença digital é uma forma de começar uma conversa com a nova geração. A parceria entre indústria e varejo tem evoluído nos últimos anos. Como o trade marketing tem contribuído para fortalecer essa relação e garantir benefícios para os dois lados? Imagine que a relação entre a indústria e o varejo sempre foi pautada por um único ponto de contato: a relação de compra e venda. Essa ligação é muito limitada a uma relação transacional. E o trade é responsável por fazer uma ampliação, propondo uma trama maior de conexões. Esse vínculo não deve ser baseado só no dinheiro, mas sim, pela parceria, por objetivos compartilhados a fim de criar algo novo, uma história diferenciada. O trade, quando é estratégico, procura agregar valor à cadeia, pois participa da negociação. Quando é operacional, ele fica atrás do comercial e das vendas entregando o que o acordo definiu. Por isso, deve haver uma mudança de postura, pois o trade é um aliado. A indústria já evoluiu nesse quesito e o varejo precisa avançar também para que ambos os lados sejam beneficiados.
Atualmente, existe uma demanda crescente por iniciativas sustentáveis. Na sua visão, como a sustentabilidade tem se integrado às práticas de trade marketing no varejo? O que vemos de concreto é a logística reversa, a reutilização de embalagens e a construção de displays, expositores com materiais reciclados que podem ser reaproveitados e algumas iniciativas que dão suporte ao produto. Não vejo o trade como uma área que puxa essa conversa, pois o tema está voltado mais para o marketing. A equipe de trade pode observar e estudar o shopper para descobrir até que ponto o preço pode ser maior para que o item tenha giro, pois, muitas vezes, os produtos são sustentáveis, mas os valores não acompanham o bolso do consumidor. Então, ele não compra a ideia. Existe alguma diferença nas estratégias de trade marketing aplicadas em supermercados de grande porte e de pequeno porte? Muda bastante, principalmente, em relação ao varejo. Um varejista rede recebe dinheiro da indústria, tem um atendimento direto do fornecedor. O pequeno é atendido por quem? Por um atacadista ou distribuidor. Muito raramente, a indústria vai colocar dinheiro ou recurso direto ali. O pequeno precisa fazer por si e o primeiro passo é o visual merchandising, a loja, o sortimento, o mix de produtos, a organização das categorias, é ter uma unidade bem bonita e agradável de entrar, pensando em todos os estímulos sensoriais. Já o varejo de rede, de médio porte, tem dinheiro. Então, o nível de realidade dele, de possibilidades, é muito maior. Ambos precisam ter uma mentalidade de que as iniciativas não devem ser apenas focadas em preço. Nenhum cliente é fiel por preços, e sim por serviço, atendimento e tudo o que agrega valor.
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CADERNO: GESTÃO EFICIENTE, LUCRO CERTO
Gestão Eficiente, Lucro Certo
Oferta de itens inovadores na categoria de limpeza como estratégia para alavancar o lucro é tema da campanha da ASSERJ
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e você conhece a Super Negócios, já sabe: todo mês tem dica nova por aqui! O nono tema da campanha “Gestão Eficiente, Lucro Certo”, criada em maio de 2023 pela Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ), traz, nesta edição, a categoria de limpeza como um caminho para potencializar as vendas. O que você tem oferecido de inovador no seu estabelecimento? Já realizou algum levantamento sobre o que os clientes têm procurado? Quais são as novidades de produtos com soluções inteligentes na seção? Descubra como a categoria pode ajudar a aumentar o ticket médio do seu negócio.
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CADERNO: GESTÃO EFICIENTE, LUCRO CERTO
Categoria de limpeza contribui para o sucesso do faturamento Entenda como a disposição e a escolha de produtos certos podem ajudar a alavancar as vendas do seu negócio
Diante da variedade de itens disponíveis para vendas, a categoria de limpeza surge como uma oportunidade de inovação, transformando a experiência do consumidor e oferecendo soluções mais sustentáveis e convenientes para os fregueses. Segundo um levantamento recente feito pela Scanntech, o setor de produtos de limpeza apresentou aumento de 10,5% no faturamento em 2023, além de reajuste de 9,7% nos preços. Já uma estimativa feita pela Euromonitor International, prevê que o consumo desses itens no Brasil cresça 35% até 2027, atingindo cerca de US$ 9,3 bilhões.
Variedade, inovação e experiência do cliente: a fórmula imbatível A chave para destacar a categoria de limpeza nas gôndolas dos supermercados está na oferta de uma variedade que atenda às diversas necessidades dos consumidores e esteja alinhada com as práticas de sustentabilidade. Produtos inovadores, como fórmulas concentradas, embalagens sustentáveis e características multifuncionais têm ganhado destaque. Essa diversidade não apenas encanta os clientes, mas, também, desperta a curiosidade para testar soluções ainda não experimentadas.
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CADERNO: GESTÃO EFICIENTE, LUCRO CERTO
O Bramil Supermercados, por exemplo, dá prioridade à preferência dos consumidores e às tendências do mercado na hora de selecionar os produtos oferecidos. “O setor de limpeza está no top 3 na participação da empresa. Por estarmos inseridos no interior do estado do Rio de Janeiro, mantemos uma base de venda bem linear na categoria. Portanto, utilizamos feedbacks dos clientes, pesquisas de mercado e tendências do segmento baseadas em observações na internet para identificar novos produtos de limpeza. Nossos parceiros fornecedores também trazem estudos para nos ajudar na tomada de decisão. Temos um setor de Gerenciamento de Categoria que avalia a eficácia, a segurança e as preferências dos fregueses antes de introduzir novos itens”, explica Ranyer Pecene, Comprador de Limpeza e Perfumaria da rede. Enquanto isso, a principal estratégia do Adonai Supermercados é garantir variedades. “Não podemos deixar de ter as marcas formadoras de opinião. Precisamos atender todos os públicos com produtos de primeiro preço, intermediários e os mais tops da categoria. Assim, o nosso shopper consegue encontrar tudo o que precisa para a sua casa. Além disso, é necessário fazer uma apuração nos concorrentes para entender o que tem a mais e o que temos como oportunidade de melhoria”, diz Leandro Sobreira, Gerente Comercial do grupo. Como chamar a atenção dos consumidores para a categoria? Adote boas práticas destacando os melhores produtos do seu estoque. Confira, a seguir, algumas dicas: Preze pela experiência do cliente: organize a seção de limpeza de maneira lógica e intuitiva, facilitando a localização dos produtos. Utilize displays atrativos e ofereça informações claras sobre os benefícios de cada item; Treine a sua equipe: garanta que os seus colaboradores estejam bem-informados sobre as características dos produtos de limpeza. Dessa forma, eles estarão aptos a oferecer orientações e sugestões aos clientes; Aposte na sustentabilidade: dê visibilidade aos produtos de limpeza que adotam práticas sustentáveis, como embalagens recicláveis e fórmulas eco-friendly; Fique antenado às tendências do mercado: esteja atento ao que faz sucesso como produtos sem ingredientes agressivos ou com aromas naturais. Adaptarse a essas demandas pode impulsionar as vendas.
Uma publicação da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) para o varejo.
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CADERNO: GESTÃO EFICIENTE, LUCRO CERTO
O profissional do Bramil compartilha, ainda, que, nas unidades da rede, o Departamento de Gerenciamento de Categoria, através de estudo juntamente com a indústria, determina o posicionamento e o espaço em gôndola destinado aos produtos. “As nossas lojas são planejadas para chamar a atenção dos clientes e facilitar a compra considerando a conveniência, agrupando itens relacionados e destacando ofertas especiais. Nossa estratégia de layout sempre é colocar as opções de forma estratégica para que sejam vistas facilmente, organizar a circulação na loja e garantir que os visitantes encontrem o que precisam rapidamente”. Já o Gerente Comercial do Adonai destaca que a gestão de categoria nessa seção é tão importante como as demais, mas existe uma linha de raciocínio para incentivar o freguês a levar algo inesperado. “Quando se trata de limpeza, a estratégia é investir em compras de produtos relacionados. Um exemplo é começar com itens de limpeza pesada até chegar aos perfumados. Dessa forma, o shopper consegue identificar a sua necessidade e até mesmo comprar algo que não buscava naquele momento. Ter o produto certo no lugar certo é a nossa visão”. É essencial lembrar que, na era da informação, a experiência do consumidor desempenha um papel decisivo na tomada de decisão. As redes sociais se tornaram espaços onde os clientes compartilham vivências e opiniões sobre os mais diversos serviços e itens adquiridos, o que inclui os produtos de
limpeza. Portanto, investir em estratégias de marketing digital e engajamento no universo on-line pode potencializar a visibilidade e a reputação dos itens de limpeza oferecidos no seu supermercado. “O setor disponibiliza muitas inovações com frequência, como fragrâncias, tipos variados de limpeza de pisos diferentes, opções de amaciantes, limpezas de roupas pó e líquidas, além de itens para higienizar a casa e banheiros em geral. As inovações não param, mas a que mais nos impacta, no momento, é relacionada aos produtos sustentáveis e não testados em animais. Esses itens são importantes, pois ajudam a reduzir o impacto no meio ambiente, a poluição e a produção de resíduos. Além disso, muitas vezes, são biodegradáveis, o que significa que eles não causam danos duradouros à natureza após o seu uso”, aponta Pecene.
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CADERNO: GESTÃO EFICIENTE, LUCRO CERTO
Relacionamento com fornecedores e marcas
Estabelecer acordos estratégicos com empresas renomadas no segmento é fundamental para garantir uma oferta consistente de produtos inovadores. Manter uma comunicação próxima, participar de eventos do setor e colaborar em campanhas promocionais fortalecem essas relações, garantindo um fluxo constante de novidades na seção de limpeza.
nossos fornecedores têm como principal objetivo trazer produtos novos, preços competitivos, entregas eficientes, prazos e pagamentos. Para tudo isso acontecer, temos que executar e trabalhar na área de vendas com as novidades para entender o comportamento do cliente. Com isso, os fornecedores ganham espaço e a parceria ganha força”.
“Na hora de firmar parcerias com fornecedores, levamos em consideração alguns critérios importantes, como o histórico da empresa no mercado, a capacidade de fornecimento consistente, a qualidade dos produtos oferecidos, a técnica de inovação e a competência de atender às demandas das nossas lojas e de nossos clientes. Além disso, a construção de uma parceria sustentável e a longo prazo também são aspectos relevantes”, finaliza Pecene.
À medida que a categoria de limpeza se reinventa, os supermercados têm a oportunidade de liderar essa transformação, oferecendo aos consumidores não apenas produtos de alta qualidade, mas, também, experiências. Ao incorporar inovações, manter relacionamentos estratégicos e priorizar a experiência do cliente, os supermercados se posicionam como agentes de mudança em um setor essencial.
Sobreira complementa: “Essa parceria é uma via de mão dupla com estratégias do comercial e do marketing envolvidas. Os
Afinal, nada melhor do que saber em primeira mão sobre uma novidade e aplicá-la à sua loja antes de todos, não é mesmo?
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ASSOCIADO EM FOCO
Casa do Arroz e Parati elevam o share de volume na categoria de 2% para 14% Iniciativa “Panetone Solidário” teve arrecadação da renda obtida entre os meses de agosto e dezembro
David Willian de Souza, de camisa azul, e Leonardo Lara, de camisa laranja.
Foi sucesso total a campanha do Panetone Solidário da Casa do Arroz, realizada em parceria com a Parati Indústria e Comércio de Alimentos! De agosto até a véspera de Natal, parte da renda obtida com a venda de panetone de frutas ou gotas de chocolate foi revertida para as ONGs A Rede e Voluntários de um Sonho, de Barra do Piraí, e o projeto Músicas Sem Fronteiras. Cada ONG recebeu um cheque de R$ 2 mil, entregue durante a Super Live Natal de Prêmios. Assistida por mais de 15 mil pessoas, a live teve transmissão pelo YouTube. No evento, também foram anunciados os ganhadores dos três carros sorteados durante a campanha de Natal. Parceira da Casa do Arroz na campanha, a Parati Alimentos registrou elevação do share de volume na categoria de 2% para 14%.
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ASSOCIADO EM FOCO
Adonai Supermercados abre décima loja com expectativa de faturar R$ 1 bi até 2026 Unidade tem decoração de alto padrão e contribui para o desenvolvimento socioeconômico da região Campo Grande, bairro mais populoso da cidade do Rio de Janeiro segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acaba de ganhar uma loja do Grupo Adonai Supermercados. O estabelecimento ocupa uma área construída de 3.000 m², no Mato Alto, dos quais 1.500 m² correspondem à área de vendas, num investimento total de R$ 15 milhões. Com decoração de alto padrão, a área de vendas possui estrutura de pergolado no teto, luminárias coloridas, paredes vivas e um grande painel de LED com avisos e promoções, que agradou muito aos clientes. Até os banheiros são climatizados.
Bruno Heleno, José Heleno, Juliana Terra e Junior Heleno
A loja tem 18 posições de checkout e 180 funcionários. Muitos foram selecionados nas comunidades do entorno, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico da região. Embora voltada para as classes C e D, a loja oferece um mix de produtos premium, até então escassos no bairro. “Entendemos que o supermercado se tornou uma área de convivência e de lazer. Procuramos dar o melhor para oferecer instalações físicas modernas, confortáveis e gerar valor para os clientes, que buscam preço, mas, também qualidade”, afirma o CEO do Grupo Adonai, Júnior Heleno. A expectativa do grupo é faturar R$ 1 bilhão até 2026. A filial de Campo Grande funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h. Aos domingos, das 7h às 20h.
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CADERNO ESPECIAL: BEBIDAS
Impulsione as vendas de bebidas no período mais quente do ano Veja as expectativas das marcas para o primeiro trimestre de 2024 e saiba como aumentar o faturamento da categoria na sua loja
O
verão chegou e com ele o calor intenso. Nada melhor do que se refrescar com uma bebida bem gelada, independentemente da categoria, não é mesmo? Segundo estudo recente feito pela Kantar, houve um aumento de 26% no gasto médio com bebidas ao comparar o verão 2021/2022 com o de 2022/2023. Os destaques foram para os energéticos, com 64%, e a água mineral, com 37%. A previsão é que a categoria cresça 5% na temporada 2023/2024, atingindo o faturamento de R$ 1 bilhão. Mas, muito além da estação, é preciso lembrar que o primeiro trimestre do ano conta com feriados importantes para o varejo: o Carnaval e a Páscoa. Nessas datas comemorativas, os corredores dos supermercados são decorados para oferecer um clima festivo, mas, também, ofertar uma infinidade de opções de bebidas para se refrescar, celebrar e aproveitar essas ocasiões especiais.
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CADERNO ESPECIAL: BEBIDAS
Estratégias de vendas para o verão e o Carnaval Não é novidade que as cervejas, artesanais ou não, e os energéticos ganham destaque durante o verão, inclusive, no período do Carnaval. Além deles, bebidas à base de frutas e os drinks exóticos também chamam atenção como opções leves e refrescantes para churrascos, dias de praia ou ida aos blocos carnavalescos. Ao se preparar para as demandas da sazonalidade, o Rede Economia CAB faz uma análise das vendas do ano anterior, considerando as mudanças nos hábitos de consumo e observando as tendências de mercado. Na visão deles, o planejamento com antecedência é fundamental para garantir boas vendas. “Existem desafios logísticos e financeiros durante o período de alta demanda, porque é necessário efetuar os pedidos com maior antecedência para não sofrer com a falta de produtos devido à grande procura. Por conta disso, é necessário ter uma capacidade financeira para bancar esse estoque. Além disso, para nos mantermos atualizados sobre as últimas transformações de consumo e oferecer produtos alinhados às expectativas dos clientes, fazemos uma observação do mercado frio e trocamos informações com a indústria. É preciso ir a campo para perceber as mudanças de hábitos de consumo e, dessa forma, entregar o que os fregueses esperam”, comenta Ricardo Alves, Comprador do Rede Economia CAB. O resultado animador da Ambev no final de 2023, colocou uma alta expectativa na venda de cervejas para 2024. Segundo a fabricante brasileira de cervejas, refrigerantes, energéticos, chás, entre outras bebidas, o período de altas temperaturas é bastante vantajoso para as vendas. “O verão é, com certeza, uma das temporadas mais relevantes para o nosso negócio, principalmente, em função do calor, das férias e dos feriados. Esse crescimento também se explica devido à importância da ocasião de socializar, que é o maior motivo de consumo da categoria, responsável por mais de 40% do volume de vendas”, explica Manuela Telles, Diretora de Trade Marketing da Ambev.
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CADERNO ESPECIAL: BEBIDAS
Para potencializar as vendas na estação mais quente do ano, invista em expositores temáticos, destacando opções de cervejas, águas aromatizadas, energéticos e refrigerantes. Uma boa parceria com a indústria é a oportunidade perfeita para uma ativação de trade marketing que salte os olhos dos clientes e desperte o desejo de compra. Além disso, promoções como “Leve 4 Pague 3” ou descontos em engradados de bebidas para churrascos ou festas ao ar livre também são estratégias para atrair os consumidores. Pensando no Carnaval, Manuela destaca o que é preciso para garantir o sucesso nas vendas na categoria: “Tenha ampla disponibilidade de produto e exposição em todos os pontos quentes da loja, inclusive gelado. Além da cerveja, drinks prontos também têm um papel fundamental, sendo esta, a principal data de incremento de volume da categoria”. Vale apostar na criação de combos de bebidas energéticas com snacks e aperitivos para atender aos foliões que buscam disposição para enfrentar o circuito de blocos. Faça promoções relâmpago durante o período carnavalesco com itens da sazonalidade e dê destaque às bebidas coloridas e divertidas. William Figueiredo, Economista da Future Tank e Consultor da ASSERJ, destaca que “segundo a Nielsen, apesar dos impactos no agro, podemos ter uma expectativa de melhora acentuada nas vendas de cerveja no primeiro trimestre de 2024, o que será muito impulsionado pelo Carnaval nas principais regiões do Brasil e, em especial, no Rio de Janeiro, onde teremos recorde de blocos e mais de 15 mil ambulantes registrados”. O Grupo Heineken, segundo a Bloomberg, apostará alto na venda de cervejas em 2024. Cerca de R$ 1,6 bilhão estão sendo investidos em expansão no Brasil, em especial, das marcas Heineken e Amstel. “O cenário da categoria de cerveja para o Brasil é positivo. A situação macroeconômica tem melhorado: menos desemprego, mais crédito, menos taxa de juros. Então, a categoria não cai. Ela é flat com um pouco de crescimento, puxado por algumas marcas, principalmente, Heineken e Amstel, mas também algumas cervejas do nosso concorrente, com quem trocamos em volume”, afirma Maurício Giamellaro, CEO do Grupo Heineken Brasil.
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CADERNO ESPECIAL: BEBIDAS
Páscoa e a oportunidade de faturamento Apesar da Páscoa não ser um período marcado por festas nas ruas, a data comemorativa reúne amigos e familiares para refeições que demandam harmonizações com vinhos, espumantes e cervejas especiais. De acordo a Diretora de Trade Marketing da Ambev, “uma das categorias mais impactadas positivamente no período é a de refrigerantes, por isso é importante garantir a disponibilidade, uma boa exposição nos pontos quentes das lojas e o aumento significativo da quantidade de itens gelados, principalmente, no formato de embalagem familiar. A executiva também reforça a importância da oferta de todo o portfólio, inclusive, nas versões zero, devido à tendência de saudabilidade que vem crescendo de forma expressiva. Em alcoólicos, além das cervejas, a Ambev também tem apostado em opções de vinhos. Uma oportunidade para atrair a atenção do consumidor é promover degustações de vinhos e espumantes, além de oferecer sugestões de harmonização com chocolates e pratos típicos da Páscoa. Descontos em kits especiais de bebidas e presentes temáticos também podem impulsionar as vendas.
Inovação na experiência do cliente Criar ambientes temáticos nas lojas, disponibilizar receitas de coquetéis e investir em embalagens atrativas e personalizadas são maneiras de envolver os clientes e incentiválos a experimentar novos sabores e fazer novas compras. Leve em consideração, também, a crescente demanda por bebidas mais saudáveis e alternativas não alcoólicas. Ofereça uma seleção com variedades de águas aromatizadas, sucos naturais, refrigerantes sem açúcar, cervejas e coquetéis sem álcool . O Comprador do Rede Economia CAB compartilha algumas iniciativas. “Nós fazemos um
planejamento de ações para datas específicas com sugestões para as indústrias parceiras, além de receber delas as suas próprias campanhas. Temos oportunidades de vendas com brindes imediatos, do tipo “Comprou, levou”, ações com sorteios de brindes diversos, degustações de bebidas, além de ações combinadas com outras categorias”. Com estratégias criativas, ofertas atraentes, diversidade no estoque da categoria e capacidade de inovar na experiência do consumidor, os supermercados conseguem atender as necessidades de todos os grupos e aumentar o ticket médio.
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Ferramentas contribuem para o sucesso das vendas e a experiência do cliente Entenda como as inovações podem tornar a sua rotina mais prática e o seu estabelecimento mais rentável
A
tecnologia tem se apresentado como uma grande aliada na busca por eficiência, por agilidade e excelência na execução de tarefas, na gestão de negócios e na experiência do cliente, inclusive, no setor supermercadista. E, para te deixar por dentro das últimas tendências, trouxemos três novidades tecnológicas que podem contribuir para o sucesso do seu estabelecimento, seja na redução de divergências de dados cadastrados, na maior comodidade aos clientes ou na economia de energia. Confira!
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App reduz a divergência de produtos cadastrados A TOTVS, empresa de tecnologia, criou uma solução capaz de ajudar você, supermercadista, a eliminar rupturas nas gôndolas e possíveis quebras no seu estabelecimento. O aplicativo “Minha Gestão de Lojas” é capaz de fazer uma análise de dados inteligente do seu estoque, sugerir atividades de acordo com o comportamento das vendas, criar alertas de itens com estoque negativo, em excesso ou com vencimento próximo, e muito mais. Disponível nas versões para iOS e Android, o app pode ser usado em tablets, smartphones ou coletores de dados. Quais são os benefícios para o seu negócio? Reduz a perda de itens por vencimento; Elimina a divergência de dados cadastrados; Evita o excesso de produtos no estoque; Indica quando há produtos sem venda; Permite visualizar tarefas e criar alertas.
Escolha agora e receba no melhor dia e horário Desenvolvido pela Cencosud Brasil, o serviço “Fila Zero” é uma integração da visita à loja física com a praticidade do e-commerce. A inovação oferece uma experiência omnicanal aos clientes, tornando a ida ao estabelecimento e o recebimento das compras mais cômodos.
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Como isso é possível? Passo 1:
O cliente visita a loja de sua preferência com o serviço disponível e escolhe os itens desejados.
Passo 2:
Após isso, ele entrega os seus produtos no carrinho de compras para um colaborador identificado com o colete do serviço Fila Zero.
Passo 3:
Por fim, o freguês escolhe o melhor dia e horário para recebimento das compras.
Passo 4:
Na data e hora combinadas, a entrega é feita no local escolhido pelo consumidor e o pagamento é realizado através de cartão de débito, crédito, vale-alimentação ou pix.
Economia de energia nos refrigeradores Já imaginou poder reduzir o gasto energético do seu estabelecimento com a facilidade de sensores de presença? Sim, isso já é possível! Nos Estados Unidos, o supermercado Publix instalou sensores de presença nas luzes internas dos refrigeradores verticais. Qual é o objetivo e como pode me ajudar? A principal finalidade dos sensores é evitar o desperdício de luz nos momentos de menor movimento. Portanto, as lâmpadas só acendem ao identificar a presença dos clientes no corredor onde estão localizados os aparelhos. Dessa forma, o negócio otimiza o uso de energia e reduz a conta no fim do mês.
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ECONOMIA EM PAUTA
Por William Figueiredo |ECONOMIA ECONOMIAEM EM PAUTA PAUTA
Vendas, emprego e inflação: confira o cenário econômico no Rio e no Brasil
Dados mostram atualização e comparativo dos resultados no estado e no país no último mês do ano e projeções para 2024
Vendas Em novembro, as vendas dos supermercados fluminenses cresceram 4,2%, em termos reais, ou seja, já descontada a inflação, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse foi o quinto mês consecutivo de aumento nas vendas. Esse resultado se destaca ainda mais quando se observa que novembro foi o pior mês do ano para o varejo fluminense como um todo (-4,1%). Apesar de significativo, o crescimento das vendas nos estabelecimentos supermercadistas do estado do Rio de Janeiro foi inferior à média brasileira em novembro (+5,1%). Setor Supermercadista – Rio de Janeiro x Brasil RECEITA REAL DO SETOR (Novembro, 2023) Rio de Janeiro:
Brasil:
Frente ao mês anterior
Acumulado no ano
Frente ao mês anterior
Acumulado no ano
ND
+5,5%
+0,1%
+3,9%
Frente ao mesmo mês do ano anterior
Nos últimos 12 meses
Frente ao mesmo mês do ano anterior
Nos últimos 12 meses
+4,2%
+5,4%
+5,1%
+3,8%
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ECONOMIA EM PAUTA
Por sua vez, no acumulado do ano até novembro, as vendas dos supermercados fluminenses cresceram 5,5% em termos reais, na comparação com igual período do ano anterior. Essa elevação foi superior à média brasileira (+3,9%) e representou o quarto melhor desempenho do país, atrás apenas do Ceará (+15,7%), Minas Gerais (+6,9%) e Espírito Santo (+6,0%). Apesar do forte crescimento do setor de supermercados, o comércio varejista fluminense como um todo acumulou retração esse ano (-0,2%), puxado pela queda nas vendas de móveis (-24%), material de informática e comunicação (-15%) e vestuário (-5%).
Emprego Supermercados Em novembro, foram gerados 1.741 postos de trabalho com carteira assinada nos supermercados do estado do Rio de Janeiro. Esse foi o quarto mês consecutivo de saldo positivo e o melhor resultado do ano para o setor. Essa sequência de contratações está relacionada à expectativa de aumento das vendas no comércio fluminense no último trimestre do ano, segundo a Sondagem Empresarial da Fecomércio RJ. Em nível nacional, também foi observada abertura de vagas no setor em novembro (+15.712).
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ECONOMIA EM PAUTA
Setor Supermercadista - Rio de Janeiro x Brasil EMPREGO FORMAL (Novembro, 2023)
Rio de Janeiro:
Acumulado no ano
+2.206
No mês
+1.741
Nos últimos 12 meses
Brasil: No mês
+15.712
+3.241
Acumulado no ano
+26.769 Nos últimos 12 meses
+37.112
No acumulado do ano até novembro, os supermercados do Rio de Janeiro registraram saldo positivo de contratações (+2.206), o que contribuiu para o resultado positivo em nível nacional (26.769).
Inflação Em dezembro, a inflação registrada no Rio de Janeiro (+0,65%) ficou acima da média nacional (+0,56%). Foi o quarto mês consecutivo de alta nos preços fluminenses e o movimento mais intenso desde abril. A inflação fluminense foi direcionada pelos grupos “Artigos de Residência” (+1,6%), “Alimentação e Bebidas” (+1,4%) e “Vestuário” (+1,0%). Setor Supermercadista – Rio de Janeiro x Brasil IPCA (Dezembro, 2023)
Rio de Janeiro:
Brasil: Acumulado no ano
Acumulado no ano
Frente ao mês anterior
+4,29%
Frente ao mês anterior
+4,62%
+0,65%
Nos últimos 12 meses
+0,56%
Nos últimos 12 meses
+4,29%
+4,62%
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ECONOMIA EM PAUTA
O subgrupo “Alimentação no Domicílio”, que concentra os alimentos e bebidas vendidos nos supermercados, registrou inflação no Rio em dezembro (+1,68%). Foi o terceiro mês seguido de aumento nos preços, com destaque para batata (+27%), laranja (+11%), couve (+8,8%), abacaxi (+8,7%) e uva (+8,2%). Os demais itens vendidos em supermercados também registraram inflação em dezembro: “Produtos de Limpeza” (+0,73%), com alta pelo segundo mês consecutivo, puxado por papel toalha (+3,1%), água sanitária (+2,8%) e amaciante (+2,1%); e “Artigos de Higiene
Pessoal” (+0,13%), puxado por sabonete (+2,4%), produto para higiene bucal (+2,1%) e desodorante (+2,1%). Em 2023, o Rio de Janeiro acumulou inflação (+4,29%) menor do que a média nacional (+4,62%), revertendo o cenário observado no ano anterior. A inflação no país, mais uma vez, voltou a ficar acima da meta (3,25%) estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Entretanto, depois de dois anos, a inflação voltou a ficar abaixo do teto da meta (+4,75%).
Setor Supermercadista – Rio de Janeiro x Brasil (Dezembro, 2023)
Alimentação em Domicílio Rio de Janeiro:
Brasil: Acumulado no ano
Acumulado no ano Frente ao mês anterior
+1,7%
-0,2% Nos últimos 12 meses
-0,2%
Frente ao mês anterior
+1,3%
-0,5% Nos últimos 12 meses
-0,5%
Produtos de Limpeza Rio de Janeiro:
Brasil: Acumulado no ano
Acumulado no ano Frente ao mês anterior
+0,7%
+1,0% Nos últimos 12 meses
+1,0%
Frente ao mês anterior
-0,1%
+1,2% Nos últimos 12 meses
+1,2%
Higiene Pessoal Rio de Janeiro:
Brasil: Acumulado no ano
Acumulado no ano Frente ao mês anterior
+0,1%
+4,1%
Frente ao mês anterior
+3,3%
Nos últimos 12 meses
+0,2%
Nos últimos 12 meses
+4,1%
+3,3%
No Rio, a inflação em 2023 foi influenciada, principalmente, pelos grupos “Saúde e Cuidados Pessoais” (+7,4%), “Educação” (+7,1%) e “Transportes” (+5,6%). O grupo “Alimentos e Bebidas” foi o que registrou a menor inflação (+0,9%). Esse desempenho foi direcionado pela deflação do subgrupo “Alimentação em Domicílio” (-0,15%), refletindo a contribuição dos supermercados para a menor inflação geral no estado. Uma publicação da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) para o varejo.
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ECONOMIA EM PAUTA
Exemplos de produtos com forte queda de preços no Rio no ano passado: cebola (-20%), frango em pedaços (-15%), filé-mignon (-14%), alcatra (-12%) e leite condensado (-11%). Por sua vez, “Produtos de Limpeza” registraram uma pequena inflação (+0,96%), diante do aumento de preços do papel toalha (+14%), desinfetante (+4,6%) e água sanitária (+3,0%), contrabalanceado pela queda de preços de detergente (-4,0%), sabão em barra (-1,6%) e sabão em pó (-0,5%). Os vilões da inflação nos supermercados fluminenses em 2023 foram os “Artigos de Higiene Pessoal” (+4,1%), que registraram aumento generalizado de preços, com destaque para produto de higiene bucal (+13%), desodorante (+8,7%) e sabonete (+8,5%). O mercado financeiro, nesse início de ano, projeta a inflação brasileira para 2024 (+3,9%), mais uma vez, acima da meta (3,0%) e abaixo do teto (+4,5%), conforme a pesquisa Focus do Banco Central. A expectativa da pequena desaceleração, frente a 2023, está atrelada à preocupação com o equilíbrio fiscal no Governo Federal e os impactos na inflação ao longo do ano na retomada da política de valorização do salário mínimo, que teve alta de 7% a partir de 1º de janeiro de 2024.
Cesta básica Em dezembro, o preço da cesta básica na capital fluminense aumentou (+1,4%), frente a novembro. Foi o terceiro mês consecutivo de inflação nessa categoria no estado. Na média brasileira, os valores também cresceram (+1,5%) em dezembro. Com isso, a cesta básica carioca (R$ 738,61) continuou a ser a quarta mais cara do Brasil. Setor Supermercadista – Rio de Janeiro x Brasil
Cesta Básica (Dezembro, 2023) Rio de Janeiro: Frente ao mês anterior
+1,4%
Acumulado no ano
Brasil:
Acumulado no ano
-1,9%
Frente ao mês anterior
-3,1%
Nos últimos 12 meses
+1,5%
Nos últimos 12 meses
-1,9%
Uma publicação da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) para o varejo.
-3,1%
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ECONOMIA EM PAUTA
Abaixo, conjunto de produtos que provocaram o aumento no preço da cesta básica na capital fluminense em dezembro: - Feijão: a menor oferta, devido ao fim da colheita, provocou a alta dos valores no varejo; - Batata: as chuvas e o final da safra causaram os aumentos entre novembro e dezembro; - Arroz agulhinha: por conta da maior demanda e a instabilidade climática. Por outro lado, o leite integral
manteve estabilidade em dezembro, na capital fluminense.
Apesar dos recentes aumentos de preço, o valor do conjunto dos alimentos básicos acumulou deflação em 2023 no Rio (-1,9%), assim como na média nacional (-3,1%). Um alívio no bolso da parcela mais carente da população carioca, que gasta a maior parte de sua renda no consumo de alimentos. Vale recordar que a cesta básica da capital fluminense observou forte aumento de preços em 2022 (+13%). Destaque em 2023 para a queda de valores da cesta básica carioca, diante da maior oferta dos seguintes produtos: - Carne bovina de primeira, com a maior produção e redução das exportações para a China; - Café em pó, por causa do aumento da safra; - Óleo de soja, devido à produção recorde de soja no Brasil e no mundo; - Farinha de trigo, por conta do aumento da produção de trigo no Brasil e no mundo; e - Leite integral, com a produção interna e importação de derivados em alta. Por outro lado, o tradicional arroz agulhinha e o feijão preto aumentaram de preços em 2023, diante da maior demanda, principalmente a partir do segundo trimestre no Rio.
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Conteúdo produzido pela Horus | ECONOMIA EM PAUTA
Comportamento dos consumidores fluminenses
Confira os dados divulgados pela Horus, empresa de inteligência de mercado parceira da ASSERJ
Para fazer escolhas assertivas ao seu estabelecimento, é indispensável que você monitore as flutuações do mercado e o comportamento do cliente na sua área de atuação. Tal prática oferece insights na criação de estratégias voltadas ao crescimento das vendas e à fidelização da clientela. Pensando nisso, a ASSERJ segue com sua parceria com a Horus, empresa de inteligência de mercado, com o intuito de levar até você, supermercadista, os dados mais recentes sobre o consumo no estado.
Sobre a análise A Horus analisa 49 segmentos de produtos que pertencem a 32 categorias de alimentos, bebidas, higiene e limpeza mais presentes nos carrinhos do consumidor, cujos dados
são coletados em mais de 2,5 mil lojas nos canais pequeno varejo, super/hipermercado e atacarejo, reunindo mais de 3 milhões de preços pesquisados por mês, no estado do Rio de Janeiro. Para construir a cesta de consumo, foi utilizada como referência a compra familiar mensal de cada categoria, definida a partir dos dados da POF/IBGE 2018 e das notas fiscais coletadas pela Horus, considerando uma família de 2,7 pessoas, segundo a PNAD/ IBGE 2021. Multiplicando-se o preço médio de cada grupo pelo seu consumo familiar mensal, chega-se ao valor médio gasto por conjunto em cada mês. Somando-se esse quantitativo em todas as categorias, obtémse o preço total da cesta de consumo.
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ECONOMIA EM PAUTA
Consumo: categorias pesquisadas
Análise dos resultados da cesta de consumo referente a dezembro de 2023 O valor da cesta de consumo do mês de dezembro/23, no estado do Rio de Janeiro, foi de R$ 544,07, preço 1,9% menor do que o registrado em novembro/23 (R$ 554,83).
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ECONOMIA EM PAUTA
Em relação ao mês de dezembro de 2022, o valor da cesta acumula alta de 3,8%, indicador inferior à inflação medida pelo IPCA nos últimos 12 meses, que é de 4,62%. Foram registradas reduções no preço da cesta em duas das três regiões do estado. A Região Metropolitana apresentou a maior queda, de 2,7%, seguida pela capital, com 1,6%, enquanto o interior do Rio apresentou um pequeno aumento de 0,2%.
No mês de dezembro, as cinco categorias que mais subiram de preço foram:
Legumes (9,4%);
Óleo de Soja (8,6%);
Carne Suína (5,7%);
Feijão (5,0%);
Arroz (2,5%).
Por outro lado, houve redução no preço das seguintes categorias:
Refrigerante (-10,8%);
Sabão para roupa (-8,0%);
Leite UHT (-8,0%);
Margarina (-7,5%);
Água Sanitária (-7,0%).
Observação: em legumes, são considerados batata, cebola e tomate.
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ECONOMIA EM PAUTA
Ao comparar o valor das cestas pelas regiões do estado, verifica-se que a da Região Metropolitana apresenta, com frequência, o menor valor.
Ao longo dos últimos 12 meses, diversas categorias aumentaram significativamente de preço com destaque para o arroz (45,5%), o creme dental (27,5%), o molho de tomate (24,4%), o desinfetante (19,8%) e o sabão para roupa (16,6%). Por outro lado, alguns produtos apresentaram queda no valor, como é o caso da carne suína (-21,4%), do óleo de soja (-18,6%), da carne bovina (-12,7%), do queijo (-7,4%) e do leite UHT (-6,3%).
Por fim, quando se compara o preço da cesta do estado do Rio de Janeiro com a média do Brasil, verifica-se que o valor do estado é 3,8% inferior ao valor da cesta nacional, atualmente, em R$ 565,35.
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ESPAÇO TRADE
Ações de trade marketing reforçam a comunicação das marcas nas lojas
Veja algumas iniciativas colaborativas entre a indústria e o varejo que podem contribuir para aumentar as vendas no seu supermercado
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ada vez mais criativas, as iniciativas de trade marketing potencializam a percepção dos consumidores e propiciam experiências positivas no ponto de venda. Seja pela arrumação de produtos, separados por cores, pelo uso da tecnologia com instalação de painéis de LED, ou pela organização das gôndolas com estratégias de cross merchandising – dispor produtos correlatos próximos, as possibilidades são inúmeras. Conheça alguns cases, inspire-se e aumente as vendas.
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ESPAÇO TRADE
Drink do momento em exposição Na filial da Érico Veríssimo, do Supermercados Mundial, a Aperol Spritz montou um shop display que atrai os consumidores pela beleza e criatividade. A escolha de cores e a organização das garrafas chama a atenção dos jovens, principalmente. Afinal, Aperol é o drink do momento e pode ser combinado com outras bebidas. Alguns clientes chegam a posar para fotos no display. Vale a pena conferir de perto!
Esverdeando o Rio de Janeiro O Guaracamp está presente em todos os eventos e inaugurações de diferentes supermercados. A distribuição gratuita da bebida faz o maior sucesso, especialmente, com o calor extremo no verão do Rio de Janeiro. Com estrutura robusta, a marca investe R$ 5 mil por evento com a instalação de tenda, geladeira, garrafa inflável e promotores na área externa do supermercado.
Degustação gourmet A ativação da linguiça premium da Aurora conquistou os consumidores no lançamento da unidade do Adonai de Mato Alto, em Campo Grande. O embutido com ervas finas frito na hora agradou aos clientes pelo sabor intenso e pela suculência. Presente em diversas inaugurações e aniversários dos supermercados, a linha premium da Aurora foi desenvolvida pensando em uma experiência de consumo diferenciada para o churrasco e refeições especiais, satisfazendo às necessidades dos paladares mais exigentes. Não à toa, a ativação costuma render fila para que os produtos sejam experimentados e aprovados.
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BOAS VENDAS
Por Walquyria Majeveski, Técnica de Varejo da ASSERJ
Para onde o varejo está indo? Confira os principais insights da NRF 2024 e fique por dentro do que há de mais inovador no segmento
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National Retail Federation (NRF) é um evento de varejo que acontece anualmente, no mês de janeiro, na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos. Formada por uma grande feira de tecnologia e um congresso que reúne importantes nomes do setor, ela conta com apresentações de tendências, cases de sucesso e muita reflexão sobre os caminhos trilhados pelo segmento. A edição de 2024, especificamente, foi uma das mais realistas e consistentes com o contexto mundial da sua série histórica. Os participantes conseguiram se encontrar em cada uma das apresentações e ver o verdadeiro sentido por trás do que estava sendo apresentado. O modelo de se fazer varejo tem sofrido pressões, principalmente, da velocidade das transformações tecnológicas, das mudanças no perfil de consumo influenciadas pelas novas gerações e do contexto político e econômico mundial, direcionando a atenção para o que realmente importa: gerar novas receitas, gerir os custos e aumentar a sua relevância diante de seu cliente. Neste momento, separar a distração da disrupção é fundamental para que não haja desperdício de tempo, de recursos e de energia em processos incapazes de agregar valor. Com o objetivo de te deixar por dentro das principais novidades, apresentamos, a seguir, os sete principais insights dessa imersão extraordinária no mundo da 114ª edição da NRF. Confira!
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BOAS VENDAS
O consumidor no foco do negócio Parece óbvio e até um pouco clichê quando falamos que o freguês deve ser o foco dos negócios. Mas, é sobre não se distrair e sim focar no que é importante, lembra? Se o cliente já está no meu negócio, a ideia é que ele possa usar todo o seu orçamento no meu varejo e ser atendido de forma completa em suas necessidades e desejos, mesmo que para isso eu precise fazer parcerias. Na loja da Costco, por exemplo, podemos realizar exames de vista, comprar óculos, medicamentos, fazer a feira e até adquirir um anel de brilhantes. Dica: O foco no consumidor requer uma escuta ativa a fim de entendermos verdadeiramente o que ele deseja e gerarmos um processo de confiança com a nossa marca. É preciso perceber quais necessidades vão surgindo à medida que o mundo vai mudando. Não podemos fazer das experiências passadas o nosso futuro, é importante capturar as mudanças significativas para os nossos fregueses e nos guiarmos por elas.
Retail Media Dentro da ideia de monetização com o retail media, podemos destacar as oportunidades de gerar receita com os espaços de mídias destinados aos canais digitais, como se fosse um trabalho de trade marketing na jornada de compra digital do cliente. Mas, não é só isso. A maioria das empresas já usufruem de um banco de dados sobre os seus consumidores e isso também pode ser monetizado. Companhias, como o Grupo Pão de Açúcar, vêm negociando campanhas com a indústria a partir de informações geradas pelos dados do seu CRM, sendo muito mais assertivas no alcance dos resultados desejados pelos dois lados da mesa. Por exemplo, observar que 80% dos fregueses compradores de carne também levam café.
Dica: O pulo do gato é traçar a melhor estratégia de uso dessa informação e extrair ao máximo o que ela pode gerar de receita adicional para o seu negócio.
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BOAS VENDAS
Tecnologia a serviço da produtividade Aumentar a eficácia a partir do uso de tecnologia, fazer uma gestão mais assertiva dos custos e despesas e, de quebra, mitigar os efeitos da escassez de mão de obra é, sem dúvidas, o sonho de todos os varejistas. Durante a NRF, vimos como a inteligência artificial (IA) e a utilização de robôs podem trazer soluções para automatizar algumas tarefas e liberar as pessoas para atividades mais relacionais, valorizando a conexão humana com tudo aquilo que é essencial e relevante. A empresa Tractor Suppy Company, por exemplo, possui câmeras de monitoramento dentro de suas lojas associadas a uma IA chamada Kelly. Sempre que se inicia a formação de filas no caixa, a Kelly, automaticamente, aciona um colaborador para auxiliar no checkout e atender o cliente. Dessa forma, ela permite que os integrantes da loja atuem em várias funções ao longo do dia, sempre priorizando as atividades com mais relevância.
Inteligência artificial auxiliando na humanização A IA pode ajudar de várias formas a melhorar o relacionamento do público com a marca, a partir do melhor entendimento e da leitura de seu comportamento registrado através de dados, sendo mais assertivo na estratégia com o maior número de cruzamento e interpretações possíveis desses registros. O executivo do iFood contou que a empresa utiliza a inteligência artificial para fazer recomendações pessoais de comidas e restaurantes justamente baseado nessa análise, além de usar assistente de voz e reconhecimento facial em algumas etapas. Dessa forma, a IA não somente nos ajuda a interpretar o banco de dados, como também faz com que essa relação fique mais estreita com informações capazes de nos ajudar a transformar o atendimento.
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BOAS VENDAS
Loja física: experiências e conteúdos relevantes As lojas físicas ganharam relevância na NRF de 2024. Além de serem uma materialização do conceito das marcas, hoje, elas têm um papel fundamental na criação de conteúdo relevante e na geração de experiências engajadoras para os seus consumidores. Muitos estabelecimentos estão optando por ter espaços de experimentação ou até mesmo estúdios dentro de suas unidades destinados à criação de conteúdos que despertem interesse de um público mais amplo. A venda é consequência de toda essa jornada.
Conexões profundas: propósito e princípios A escolha de onde se deve comprar não é mais pautada apenas na marca, mas, principalmente, nos valores e princípios expressos por aquela empresa. Esse comportamento é muito presente na geração Z, que tem uma consciência mais clara das suas escolhas, da preocupação com o meio ambiente, com a diversidade e com os valores humanos. Uma pesquisa apresentada pela FedEx mostra que 75% da geração Z preza mais por valores ligados à sustentabilidade do que a própria marca. Esse dado apresenta a força desse comportamento para o mercado e o quanto está sendo importante as empresas repensarem os seus posicionamentos e deixarem mais claros os seus valores intrínsecos.
Preocupação com a sustentabilidade As mudanças climáticas e a maior conscientização das novas gerações pressionam o varejo a olhar com mais cuidado para o tema da sustentabilidade. Pouco se falou sobre ESG, a atenção foi, literalmente, voltada à sustentabilidade, que ganha urgência na pauta das organizações. Afinal, ser uma empresa sustentável e que se preocupa com o meio ambiente passou a ser condição básica para ter espaço no mercado.
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POR DENTRO DA ASSERJ
Conselho Diretor reforça a união dos supermercadistas em prol do consumidor Expectativas, tendências, desafios e decisões a serem tomadas para o fortalecimento do setor foram alguns dos temas debatidos
Na abertura da primeira reunião do Conselho Diretor de 2024, realizada no último dia 18, Fábio Queiróz, Presidente da ASSERJ, disse estar convicto de que o ano será transformador. “Com a união de todos, vamos trabalhar pelas nossas pautas, continuar lançando tendências e fortalecer o setor como um todo. Faremos as nossas reflexões, trocaremos insights e traremos boas notícias para o consumidor”, afirmou.
insegurança para os investidores, o que cria oportunidades de negócios para o Brasil por ser uma opção mais segura e estável. Temos todas as condições de crescer mais do que o resto do mundo e, obviamente, isso traz boas perspectivas para o varejo e para os supermercados”, analisou. Mercês lembrou que a tendência de queda nos juros e a baixa do índice de inflação tornam o Brasil muito atraente para os investidores internacionais.
Guilherme Mercês, Consultor Econômico da ASSERJ e CEO da Future Tank, fez uma apresentação da atual conjuntura econômica do exterior, que aponta oportunidades para o mercado brasileiro. “O cenário internacional belicoso, difícil e instável gera muita
O evento é um encontro de conexão de ideias, conceitos, oportunidades de desenvolvimento, inovações e estratégias para impulsionar os negócios do setor de supermercados do estado do Rio de Janeiro.
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VEM AÍ
SRE Trade Show: fique por dentro das principais novidades da 34ª edição
Evento voltado para o setor varejista receberá a Convenção das Américas pela segunda vez, entre os dias 19 e 21 de março
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altam menos de 50 dias para o melhor e mais inovador evento de negócios das Américas. Realizada entre os dias 19 e 21 de março, no Riocentro, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ, a SRE Trade Show é a ocasião perfeita para ampliar a sua rede de contatos e conectar-se com pessoas influentes, trocar experiências, criar parcerias e conquistar novas oportunidades para o seu negócio. Considerado o melhor e mais inovador evento de negócios das Américas e parte do calendário oficial da cidade do Rio de Janeiro, a SRE é organizada pela Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) e pela Base Eventos.
Fábio Queiróz, Presidente da ASSERJ, compartilha as expectativas para a 34ª edição: “A SRE Trade Show é o maior evento B2B do Rio de Janeiro. Na última edição, foram realizados negócios da ordem de R$2,5 bilhões. Este ano, queremos ver mais acordos sendo fechados e esperamos um aumento de pelo menos 30% nas transações durante os três dias de conferência. É uma grande oportunidade de networking, de conhecer o fornecedor, entender como ele pensa e, principalmente, de iniciar e consolidar bons negócios”.
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VEM AÍ
Em 2023, o evento gerou 8.000 empregos diretos e indiretos, recebeu 62 mil visitantes, 500 marcas expositoras e, aproximadamente, 1.000 supermercadistas de 16 diferentes países.
SRE recebe Convenção internacional Neste ano, a expectativa é ainda maior! Mais uma vez, a Convenção das Américas será realizada durante a SRE Trade Show, uma oportunidade ímpar de ficar por dentro das tendências do varejo nos países vizinhos e de trocar conhecimento com representantes de importantes instituições internacionais do mercado. Imperdível: a edição terá o painel “Uma visão profunda sobre as últimas novidades na América Latina que estão impulsionando o setor de supermercados”, com os participantes da Associação das Américas de Supermercados (ALAS). Jaime Cabal (Presidente da ALAS - Colômbia), Fábio Queiróz (Vice Presidente da ALAS e Presidente da ASSERJ - Brasil), Christian Cieplik (Ex presidente da ALAS e membro do Conselho dos ex presidentes - Paraguai), Italo Atencio (atual Secretário da ALAS e Presidente da Asociación Nacional de Supermercados y Autoservicios - ANSA - Venezuela) e Daniel Pasten (Presidente da KETAL - Bolívia) compõe a mesa. A SRE é uma excelente oportunidade para representantes de diversas marcas do setor varejista apresentarem as novidades sobre seus produtos e soluções, com o objetivo de gerar negócios rentáveis para profissionais, executivos e fornecedores das áreas de: supermercados, hotéis, restaurantes, confeitarias, bares e lojas de conveniência. Os estandes do pavilhão 4 esgotaram em tempo recorde e, agora, restam pouquíssimas vagas no pavilhão 3. Você não vai querer ficar de fora, não é mesmo?
Clique aqui e seja um expositor! Clique aqui e seja um patrocinador! É associado da ASSERJ? Faça já a sua inscrição! Caso não seja associado, clique aqui e inscreva-se! Em breve, os principais nomes de palestrantes e convidados da 34ª edição da SRE serão divulgados. Acompanhe as nossas redes sociais e a Revista Super Negócios e saiba de todas as novidades do evento! Participe! Uma publicação da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) para o varejo.
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SENSIBILIZA ASSERJ
60+
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Sensibiliza ASSERJ aborda a empregabilidade das pessoas transgênero
Indicadores mostram o crescimento de contratações, mas busca pela equidade ainda é tímida
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segundo tema da campanha Sensibiliza ASSERJ já é pauta de discussões nos supermercados. A iniciativa traz para o debate a importância da empregabilidade das pessoas trans no setor. O número de transgêneros inseridos no mercado de trabalho vem crescendo a cada ano. De acordo com a Transempregos, plataforma de empregabilidade para pessoas trans, em 2022, houve um aumento de 40% das contratações no país, totalizando 1.113 pessoas empregadas. Ao oferecer oportunidades de emprego a essa população, os varejistas não apenas promovem a diversidade e a inclusão no ambiente de trabalho, mas, também, contribuem para a quebra de preconceitos proporcionando cidadania e respeito para as pessoas trans. “É preciso entender que as organizações têm o papel social de reconhecer que essa população é marginalizada e não tem acesso ao ensino e à profissionalização. Então, é a empresa que vai capacitá-la para que ela possa atuar no ambiente de trabalho. É necessário reconhecer que temos um problema social não resolvido pelo governo e pelas iniciativas públicas. Então, cabe às empresas, enquanto agentes da sociedade, fazer com que essas pessoas sejam empregadas”, explica Renan Gomes de Moura, Pesquisador e Professor Doutor da Unigranrio.
É importante lembrar, ainda, que ao ofertar vagas à população trans, os supermercados garantem o desenvolvimento profissional desses trabalhadores e enriquecem o ambiente de trabalho com diferentes visões e experiências. “Promover a empregabilidade trans é crucial a fim de efetivar uma mudança na mentalidade da sociedade, ampliando o acesso e contribuindo para a manutenção dessas pessoas nos espaços da educação formal e de desenvolvimento técnico-profissional e, desenvolvendo ambientes de trabalho mais inclusivos, justos e diversificados. Empresas que lideram em termos de diversidade, muitas vezes, são vistas como inovadoras e progressistas, o que pode ser benéfico para a reputação e a imagem da marca”, destaca Julio Moreira, Diretor Sociocultural do Grupo Arco-Íris. Além das contratações, é importante que as empresas promovam encontros para acolher, cuidar e motivar o crescimento de pessoas LGBTQIAPN+ dentro das organizações. Faça parte desse movimento e converse sobre o tema no seu supermercado!
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CHEGUEI NA GÔNDOLA
Batata rosti no vapor Pioneira em alimentos embalados a vácuo e cozidos a vapor, a Vapza lançou uma opção de batata rosti para quem deseja preparar a tradicional receita suíça de maneira prática. Com porções de 400 gramas e livre de glúten, o item é plant-based e já vem cozido. A novidade integra a linha “Dê Seu Toque Final”, ideal para quem busca praticidade, mas com estilo caseiro. Além da batata rosti, a linha é composta por espaguete de pupunha, grão de bico, peito de frango desfiado, carne desfiada bovina, feijoada e canjica. www.vapza.com.br
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