Ano IX • nº 54 • novembro/dezembro - 2013
o automóvel na
copa Entrevista fred carvalho tem o objetivo de tirar a imagem de vilão do automóvel brasileiro.
Esta revista tem suas emissões compensadas por restauro florestal em mata ciliar
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carta do presidente
PAULO GABA JR. Presidente DO CONSELHO NACIONAL DA ABLA
Missão comprida, ainda não cumprida!
É
comum em final de gestão que os
mundo demonstra a grandiosidade do nosso
editoriais presidenciais sejam de
setor no Brasil. Mas ainda falta muito...
“satisfação e missão cumprida”. Pois
este não o é e explico o porquê. Por mais que tenhamos alcançado grandes
Desde a inauguração do escritório de Brasília, a ABLA tem atuado junto ao Congresso Nacional na defesa e
vitórias, como a recuperação de carros da
representação do setor de aluguel de
Bolívia, a morosidade nas devoluções nos
veículos, como preconiza nosso Estatuto.
inquieta. E por mais que tenhamos diminuído
Essa representação já trouxe resultados
os índices de roubo fronteiriços, os mesmos
que cer tamente mudarão nossa forma de
ainda são elevados.
trabalhar, como a recém-aprovada Resolução
Conseguir eliminar a exigência de tradução
461 do Contran. Apesar de ainda carecer
da carteira de motorista estrangeira foi
de normas de aplicação, já faz com que a
relevante, mas para realmente atendermos bem
tecnologia trabalhe ao lado das locadoras,
e rápido aos estrangeiros que virão ao Brasil,
agilizando a identificação dos reais infratores
precisamos de infraestrutura aeroportuária
nas multas de trânsito.
melhor e de mais profissionais capacitados.
Os inquietos e atentos Conselheiros da
Ainda que a ABLA tenha começado
ABLA sabem que, como dizia o líder Nelson
seu processo de globalização e
Mandela, “não impor ta o que acontecer,
internacionalização, tendo seus pleitos sido
jamais interrompa o diálogo”. O diálogo
ouvidos até na ONU, ainda falta maior
é incansável, e tem trazido resultados
divulgação e par ticipação maior de todos os
muito positivos. E posso atestar que este
nossos associados.
Conselho trabalhou e continuará trabalhando
É fato que as locadoras acompanharam a
incessantemente, mais preocupado com os
onda de crescimento do setor automotivo
resultados que com sua glória, convictos de
brasileiro, e ser o “maior cliente” do quar to
que melhorar o setor é melhorar nossas
maior mercado produtor de veículos do
próprias empresas.
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expediente
CONSELHO GESTOR - Paulo Gaba Jr., Paulo Nemer, Emanuel Trigueiro, Simone Pino,Valmor Weiss, Aleksander Rangel, Alberto Vidigal, Alberto Faria da Silva, José Adriano Donzelli, Saulo Froes, Nildo Pedrosa e Carlos Rigolino Jr. CONSELHO GESTOR (Suplentes): Mauro Ribeiro, Carlos Adão Teixeira, Marcelo Fernandes, Raimundo Nonato de Castro, Reynaldo Tedesco, Paulo Miguel Jr., João Carlos de Abreu Silveira, Luiz Carlos Lang, Eládio Paniagua, Nelma Cavalcanti e Cássio Gilberto Lemmertz.
índice
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Os encantos tradicionais do Brasil para os brasileiros que amam as riquezas do País.
CONSELHO FISCAL: Antonio Pimentel, Paulo Bonilha Jr., Jacqueline Mello, Ricardo Gondim, Eduardo Correa e Rodrigo Roriz. CONSELHO FISCAL (Suplentes): Joades Alves de Souza, José Zuquim Militerno, Emerson Ciotto, Alberto Jorge Queiroz, Felix Peter e Marco Antonio de Almeida Lemos.
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Luiz Moan (Anfavea) e Flávio Meneghetti (Fenabrave) acreditam em um ano de recorde de vendas.
COMISSÃO EDITORIAL: Marco Antonio Gomes, Marcio Gonçalves, Nelma Cavalcanti e Saulo Froes. PRESIDENTE EXECUTIVO: João Claudio Bourg. MARKETING E PUBLICIDADE: Nilvando Filgueira e Daniela Provazzi - (11) 5087-4100. Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis - ABLA São Paulo: Rua Estela, 515 – Bloco A – 5º andar CEP 04011-904 – São Paulo – SP. Tel.: (11) 5087-4100 – Fax: 5082-1392 E-mail: abla@abla.com.br Site: www.abla.com.br Brasília: Saus Quadra 1 – Bloco J – Edifício CNT Sala 510 – 5º andar – Torre A CEP 70070-010 – Brasília – DF. Tel.: 61.3225-6728 – Fax: 61.3226-0048. Revista Locação - Projeto, criação e execução: Fatto Comunicação 360º www.fattostampa.com.br - 11 5507-5590 Diretor de Conteúdo: Rogério Nottoli (Jornalista Responsável - MTB: 31056) - r.nottoli@ fattostampa.com.br. Editor de Arte: Renato Prado. Assistentes de arte: George Gargiulo, Bruno Nottoli e Caio Prado. Redatora: Juliana Nottoli. Fotos: Divulgação e Shutterstock. A revista Locação não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nos artigos assinados. Permitida a reprodução das matérias, desde que citada a fonte.
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Entrevista: Fred Carvalho mostra seu objetivo de tirar a imagem de vilão do automóvel brasileiro.
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Prepare-se a Copa vem aí e as expectativas são as melhores para o setor de locação.
O número de roubos/ furtos de carros está cada vez mais altos. Confira.
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Avaliação: João Claudio Bourg testou o novo Renault Logan 1.6 Dynamique.
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notas
ANFAVEA COM NOVOS PROJETOS
PRÊMIO CONSAGRA FORD FOCUS O Ford Focus foi eleito o melhor carro entre os fabricados na América Latina no Prêmio Americar, que reúne 56 jornalistas especializados de 11 Países do subcontinente. O segundo mais indicado foi outro Ford, o New Fiesta. Eles são produzidos na Argentina e no Brasil, respectivamente. O Peugeot 208,
ATÉ 2015, 8 NOVOS COMPACTOS
O segmento que mais vende carros no Brasil, o de compactos, terá pelo menos oito lançamentos nos próximos dois anos, dos quais seis estarão na categoria dos chamados modelos de entrada, os mais baratos de cada marca. Somando compactos populares e versões de mais luxo, a participação nas vendas de automóveis no Brasil é de cerca de 60%, porcentual que pode crescer nos próximos anos, caso o mercado brasileiro siga as tendências globais do setor automotivo.
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fabricado no Brasil, foi o terceiro colocado. O Focus teve 35,7% dos votos; o New Fiesta, 30,9%; e o 208, 28,5%. Cada jurado indicou cinco carros. O compacto da Peugeot levou a melhor na categoria de Design, com 33,5% dos votos. O segundo mais indicado foi o New Fiesta, com 28,5%.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, apresentou dois projetos ao Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel: o Programa de Promoção das Exportações de Máquinas Autopropulsadas e Autoveículos – Exportar-Auto – e o de Novas Tecnologias de Propulsão para Veículos Pesados. Na visão de Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, “ambos são frutos do contínuo desafio da indústria automobilística de apresentar propostas que promovam a competitividade brasileira”.
A WEB PARA FIDELIZAR CLIENTES A Renault apostou no formato de rede social para criar um site que reúne proprietários de carros da marca no País. O My Renault começou a ser desenvolvido em maio passado e estreou este mês. O espaço agrega na web diversas informações sobre o carro (incluindo datas de revisões e manutenção) e seu dono, além de oferecer vantagens e descontos
para os clientes que podem se cadastrar sem nenhum custo no endereço www.myrenault.com. br. “Funciona como ferramenta de fidelização. Com base em exemplos de outros países onde essa plataforma já é aplicada, as pessoas que se cadastram tendem a comprar novamente um Renault”, explica a gerente de marketing Marcela Campos.
MITSUBISHI LANÇA TRITON 2014
A linha 2014 da picape Mitsubishi L200 Triton recebeu mudanças importantes. A versão traz agora motor 3.2 turbodiesel com 180 cv de potência e câmbio automático de cinco marchas com
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Sports Mode, que, segundo a fabricante, torna as trocas mais suaves, reduz consumo e o nível de ruído. Com esse propulsor, o preço inicial é de R$ 91.990. As mudanças também aparecem do lado de fora da
caminhonete na versão HPE. A grade, o parachoque e os faróis de neblina têm estilo diferente, assim como as rodas de liga leve de 16 polegadas. Os retrovisores externos receberam rebatimento elétrico e sinalizadores (pisca-piscas) com LEDs. Ainda de acordo com a Mitsubishi, o tanque da L200 Triton aumentou 20% e comporta agora 90 litros. A montadora também modificou os bancos, que seguram melhor o corpo e estão mais confortáveis. A versão HPE tem revestimento de couro, kit multimídia Power Touch com GPS, rádio, CD e DVD player, Bluetooth, além de ar-condicionado automático, direção hidráulica, controlador automático de velocidade e comandos de áudio integrado ao volante.
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notas
NOVA FÁBRICA 2013: RECALLS DA HONDA EM 2015 BATEM RECORDE A Honda confirmou a produção da nova geração do hatch Fit em sua futura fábrica de automóveis em Itirapina (a 212 km de São Paulo). Com capacidade produtiva de 120 mil veículos por ano, o empreendimento será inaugurado em 2015. A empresa japonesa deu início à preparação do terreno de 5,8 milhões de metros quadrados nesta semana. Foi investido cerca de R$ 1 bilhão na unidade, que, segundo a montadora, irá gerar 3.500 empregos diretos. O novo Fit será produzido também na fábrica de Sumaré (a 118 km de São Paulo), a partir do primeiro semestre de 2014. No futuro, o compacto deverá ser feito apenas em Itirapina, junto com o utilitário esportivo Vezel, que foi apresentado na semana passada, no Salão de Tóquio. A Honda detém atualmente 3,8% do mercado nacional de automóveis.
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Com 11 convocações só em novembro, o número de chamados das montadoras para fazer reparos chegou a 57 este ano – um recorde que supera em cerca de 12% a marca registrada em 2010. O aumento do número de recalls registrados pelo Ministério da Justiça ocorre em um momento em que o mercado se prepara para a chegada de novas fábricas, com produtos cada vez mais avançados. É possível verificar se um modelo foi relacionado em um recall, através do portal.mj.gov. br/recall. Segundo o Procon, boa parte dos proprietários não atende aos chamados. No caso dos veículos mais antigos, esse percentual é inferior a 25%.
NOVA PLANTA DA JAGUAR LAND ROVER O polo industrial de Itatiaia (RJ), no sul do Rio de Janeiro, foi escolhido para abrigar a primeira fábrica da Jaguar Land Rover no Brasil. A unidade, que vai consumir investimentos de R$ 750 milhões e gerar 400 empregos, será a primeira do grupo em todo continente americano. Segundo Phil Hodkinson, diretor global de Estratégia e Desenvolvimento da Jaguar Land Rover, a escolha pelo Rio levou em conta uma série de fatores, como a cadeia de fornecedores e a proximidade com os principais mercadores do país. A nova unidade terá capacidade para produzir 24 mil carros por ano. A previsão é que os primeiros carros sejam fabricados a partir de 2016. E a fábrica tem potencial para atender à demanda de outros países da América Latina.
ECOSPORT A VENDA NO FACE
A Ford está divulgando o endereço para venda do Novo EcoSport no Facebook, dentro da promoção especial que conta com uma quantidade limitada da versão 1.6 SE manual, completa e com rodas de liga leve. O cupom para a aquisição do veículo por R$ 59,7 mil está disponível no www.facebook. com/FordEcoSport, em posts dentro da página. A promoção é uma forma inovadora de venda do produto, que oferece essa configuração exclusivamente pelo Facebook. Este endereço - www. facebook.com/FordEcoSport - é o da página oficial do utilitário esportivo na mídia social. O carro vem com direção elétrica, vidros, travas e espelhos elétricos, arcondicionado, sistema multimídia SYNC, faróis de neblina, rack de teto, faróis com LEDs, freios ABS e airbag duplo, além de rodas de liga leve de 15 polegadas. Além de contar com motor Sigma 1.6 Flex, de 115/110 cv, o Novo EcoSport é o primeiro veículo produzido no Brasil a receber a classificação 5 estrelas de segurança do Latin NCAP.
As Montadoras Mais Valiosas Do Mundo Treze montadoras de automóveis estão na lista das 100 marcas mais valiosas do planeta, na lista feita pela consultoria Interbrand. Liderado por Apple e Google, o ranking mostra a Toyota como a fabricante de carros mais bem colocada, no 10º lugar. A montadora japonesa valorizou 17%, saltando de 29,3 bilhões para 35,3 bilhões de dólares. Mercedes-Benz, BMW e Honda figuram entre as 20 primeiras, em 11º, 12º e 20º, respectivamente. A VW aparece em 34º lugar, tendo subido cinco posições em relação a 2012. A Ford surge na 42ª posição, logo à frente da
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Hyundai. A Audi foi a 51ª colocada. Com valorização de 26%, a Porsche está em 64º lugar, logo à frente da Nissan (65ª). A Kia é a 83ª e Chevrolet figura na lista pela primeira vez, na 89ª posição. Surpreendentemente, a Ferrari, uma das marcas mais cobiçadas do mundo, aparece em uma discreta 98ª posição, com valor estimado em “apenas” 4,01 bilhões de dólares. A Interbrand leva em consideração o desempenho financeiro dos produtos e serviços de cada empresa, além de seu poder de influência sobre os consumidores e a capacidade da marca de se tornar referência de um segmento.
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mercado
ano de
RECORDES? Pelo menos é o que esperam os presidentes da Fenabrave e da Anfavea.
O
mês de novembro teve dois dias a menos de vendas. Resultado: as vendas de carros, caminhões e ônibus caíram 8,25% na comparação com outubro, com 302.950 unidades emplacadas, segundo balanço divulgado pela Fenabrave, federação dos concessionários. Em relação ao mesmo período de 2012, também houve queda, de 2,82%. Enquanto isso, a Anfavea, associação das montadoras, comemorava a produção brasileira de autoveículos que superou pela primeira vez na história a barreira dos 3,5 milhões de unidades – mesmo sem contar com o desempenho do último mês do ano. O acumulado do ano aponta crescimento de 11,8% ao se comparar as 3,5 milhões de unidades de 2013 com as 3,1 milhões do ano anterior. O resultado dos onze meses decorridos deste ano já é maior que todo 2012 e também 2011, até então o melhor da história em produção. No comparativo mensal, as 289,6 mil unidades de novembro representam retração de 8% com rela-
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ção ao mesmo mês de 2012 e de 10,7% sobre outubro de 2013. Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, reforçou os três pilares responsáveis pelos expressivos resultados de produção: “O estímulo à produção nacional gerado pelo InovarAuto, o forte desempenho do setor de agronegócios e as exportações são fatores que sustentam o crescimento recorde da produção brasileira”. Ninguém quer fazer previsões para 2014. Tanto o presidente da Fenabrave, Flávio Meneghetti, quanto Luiz Moan preferem esperar os resultados de dezembro para falar sobre o ano que vem. Portanto, toda a expectativa é de que o mês de dezembro será milagroso: terá o dinheiro do 13º Salário injetado na Economia e ainda o apelo do fim da redução do IPI a partir de 31 de dezembro para impulsionar o varejo. Mesmo com tanto esforço, o volume de vendas de 2013 deve empatar com
Se tivéssemos tido 22 dias úteis no calendário, o mercado teria crescido 3,07%, e o balanço seria de crescimento
Flávio Meneghetti
O resultado de 2013 será, no mínimo, o segundo melhor ano da história em licenciamento, mas será preciso esperar o desempenho de dezembro para saber se este ano ainda poderá superar 2012 Luiz Moan
o de 2012 ou ser pouca coisa maior – nada muito expressivo. Para Luiz Moan,“o resultado de 2013 será, no mínimo, o segundo melhor ano da história em licenciamento, mas será preciso esperar o desempenho de dezembro para saber se este ano ainda poderá superar 2012”. Já Flávio Meneghetti, aposta todas as fichas em dezembro e argumenta que está muito esperançoso em bater um novo recorde. Ele disse que já em novembro o resultado das vendas poderia ser melhor: “Se tivéssemos tido 22 dias úteis no calendário, o mercado teria crescido 3,07%, e o balanço seria de crescimento”. Para se ter uma ideia do verdadeiro termômetro do mercado, os emplaca-
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mentos de automóveis e comerciais leves caíram 8,06% sobre outubro. Foram vendidos 288.221 carros em novembro, uma queda de 8,06% na comparação mensal. Sobre o volume de novembro de 2012 também houve recuo, de 2,95%. No acumulado de janeiro a novembro, a queda é de 1,54%. A Fenabrave espera que o ano termine com 3,85 milhões de veículos emplacados, excluindo o setor de motos, o que seria um novo recorde. O ano de 2012 terminou com 3,80 milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus emplacados. Neste ano, de janeiro a novembro, foram vendidos 3,41 milhões, volume 0,84% menos do que no mesmo período do ano passado.
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entrevista
Nossa ideia é simples:
Esclarecer “Tento imaginar a comunicação como um lago: cada pedrinha atirada movimenta a água. Eu chamo isso de Círculos Concentricos, onde no final as ações se somam e criam uma forte mensagem”. Fred Carvalho É jornalista e desde abril ocupa a Diretoria de Relações Institucionais da Anfavea, a associação das montadoras.
Qual foi sua principal motivação para aceitar este novo desafio? Meu “namoro” com o presidente Luiz Moan para assumir esse posto começou uns quatro meses antes da posse da nova diretoria, em abril passado. Foram várias reuniões e conversas em que ele mostrou tudo o que queria implantar em sua gestão. Não era uma decisão fácil, até porque eu estava em um negócio consolidado e com minha rotina estabelecida, mas aceitei porque achei um desafio muito importante. Hoje trabalho muito mais do que na AutoData, nunca tenho horário para chegar em casa, mas sei que é por algo em que acredito e que deverá trazer ótimos resultados para o setor. É o tipo de desafio que você só aceita quando é muito jovem e pode arriscar, ou é muito velho e já 14 - REVISTA LOCAÇÃO
está com sua vida definida, filhos criados e contas em dia. Que desafios lhe foram colocados? Hoje o carro é injustamente acusado pelas mortes no trânsito, pelos problemas de mobilidade nas grandes cidades, pela poluição que gera, mas o que as pessoas precisam entender é que não é ele o grande culpado. Se o camarada bebe, corre, é imprudente, bate e morre, o culpado não é o carro, o culpado é quem dirige. Ou então, se um cara atropela e mata nove, como aconteceu recentemente, a primeira coisa que é citada é a marca e o modelo do automóvel. O automóvel está evoluindo muito e ficando cada vez mais moderno e seguro; então, o que precisamos agora é fazer evoluir a cabeça
Hoje a média no Brasil é de 5,7 habitantes por automóvel
das pessoas para que elas entendam que esse produto não é um brinquedo. É, sim. Um objeto de desejo e de paixão, mas que deve ser usado com responsabilidade. Outra crítica recorrente é em relação à mobilidade. Mas hoje a média no Brasil é de 5,7 habitantes por automóvel, e em São Paulo, que sofre muito com problemas de congestionamento, esse número é de 1,9. Já na Europa, onde a fluidez no tráfego é infinitamente melhor, esse índice cai para 1,6. E por que isso? Lá, a maioria das cidades foi planejada para que o morador possa utilizar seu carro num curto trajeto, até uma estação onde ele tem vaga para estacionar, e então pegar um trem, um ônibus, um metrô. Isso quase não existe aqui. Além do mais, sempre faltou investimento nos transportes públicos. Então, o automóvel acaba pagando a conta de um planejamento que não foi adequado para as metrópoles nas últimas décadas. NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013
Ao informar que a produção nacional está subindo 12%ou 13%, o camarada prefere ressaltar que isso representou uma queda de 0,1% em relação ao ano anterior Fred carvalho
Qual o papel da imprensa nessa transformação? Muitos jornalistas precisam ter mais consciência do peso das notícias que publicam. Infelizmente, tem gente que acha que jornalismo é dar notícia negativa. Ao informar que a produção nacional está subindo 12% ou 13%, o camarada prefere ressaltar que isso representou uma queda de 0,1% em relação ao ano anterior – que, por acaso, foi recorde. Infelizmente, o leitor não entende essa diferença, e fica com a notícia ruim na mente. Quando tenho uma realidade com uma diferença tão grande como essa nos dados, desculpe, mas a grande notícia é o crescimento. Não são números nem próximos, mas parece que às vezes o jornalista tem medo de sair com a notícia positiva e ser chamado de “Xuxa”, de só ver o mundo cor de rosa. Quais iniciativas vocês pretendem adotar para mudar essa imagem? O presidente Luiz Moan vem sistematicamente, em cada uma REVISTA LOCAÇÃO - 15
entrevista
a estratégia mais importante que estamos adotando nesse momento é a conversa, o contato direto com os jornalistas. Fred carvalho
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das coletivas, mostrando aspectos diferentes dos habituais. Ressaltando pontos que possam de alguma forma contribuir para a criação de uma nova visão, como, por exemplo, falando sobre Mobilidade Urbana Inteligente, incentivando debates sobre quais os melhores modelos para aprimorar aspectos ligados à indústria automotiva. Esse tipo de iniciativa, mesmo que indiretamente, ajuda a reduzir a imagem do automóvel como grande vilão. É uma questão de ter consciência de que existem soluções e a Anfavea vai trabalhar em cima disso, mostrando gradativamente para os formadores de opinião quais ações podem ser benéficas para o setor. Então a estratégia mais importante que estamos adotando nesse mo-
mento é a conversa, o contato direto com os jornalistas. O presidente tem ido às principais redações, está visitando rádios, tevês, revistas, jornais, e recebendo jornalistas aqui na sede da entidade para bate-papos informais, onde podemos explicar coisas que muitas vezes eles desconhecem e mostrar novos pontos de vista. A ideia básica é simples: esclarecer. Não queremos que o crítico mude de opinião. Ele pode continuar sendo crítico, mas queremos que pelo menos entenda como as coisas funcionam e que o automóvel não é necessariamente esse vilão todo que estão criando. O melhor brinde que um jornalista pode ganhar é a boa informação, e é isso que queremos passar para ele. Com isso, ao mesmo tempo em que construímos uma imagem nova, desconstruímos uma antiga que não está adequada. É como consertar o avião em pleno voo.
E como tem sido essa aproximação? Como é lidar com tantos veículos independentes que têm surgido no mercado? Lidar com a mídia tradicional, como revistas, jornais e televisão, é mais tranquilo. Por mais que sejam veículos diferentes, com características próprias, o comportamento é padrão. É claro que existem profissionais que dão diferentes ênfases às reportagens, mas em geral são comportamentos parecidos e que seguem um modelo. Infelizmente, muitas vezes, essa não é a abordagem das novas mídias eletrônicas, em que muitos não são jornalistas, não têm formação, mas têm lá um site ou blog que movimenta milhões de pessoas, frequentemente sem a menor consciência da confusão que armam com uma notícia que publicam e que nem sempre é correta. Como eles não têm experiência no trato da informação, sem respeitar todos seus processos de apuração, acabam publicando fatos que não são verdadeiros, como o do rato dentro da garrafa da Coca-Cola. Em geral, são mais radicais, mais explosivos e mais taxativos, com reações desproporcionais. E quando a gente tenta corrigir alguma coisa, é como se declarássemos guerra, porque contrariamos posturas e a verdade de cada um. É um nível de agressão absurdo, que em geral não ocorre, ou não deveria ocorrer, entre jornalistas, até porque a maior parte sabe do impacto que uma notícia errada tem sobre o público. Ao mesmo tempo em que preciso lidar com a imprensa tradicional, que conheço há 44 anos, tenho que encontrar a melhor forma de falar
também com esses novos veículos. Saber contornar tudo isso é um desafio extremamente delicado, mas profundamente instigante, revolucionário, mas ao mesmo tempo superficial, porque tudo é muito curto e muito rápido. Nesses seis primeiros meses já foi possível perceber algum resultado? Sim, já temos resultados bem palpáveis. Podemos perceber que de alguma forma a maneira dos profissionais enxergarem o setor está começando a mudar. Novas pautas têm surgido e os profissionais têm se preocupado mais com questões como renovação de frota, conscientização do condutor, melhores formas de utilizar o automóvel.
Podemos perceber que de alguma forma a maneira dos profissionais enxergarem o setor está começando a mudar. Fred carvalho
Entrevista reproduzida do Jornal Online Jornalistas & Cia NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013
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especial
a COPA do mundo
e nossa 18 - REVISTA LOCAÇÃO
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om o mesmo entusiasmo que o atacante da seleção brasileira Neymar dribla seus adversários, na base do talento e da raça, o mercado de automóveis espera pela Copa do Mundo como estímulo para o crescimento em 2014. Haverá uma maior concentração de investimentos no transporte público e em frotas de táxis ou de empresas de locações de carros, segundo previsão do presidente da Anfavea, Luiz Molan. O mundo será verde e amarelo. Os ‘players’ do segmento de aluguéis de veículos esperam que o Mundial no Brasil funcione como uma
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espécie de motor de arranque para os bons negócios no setor. A principal aposta é na procura a ser gerada pelos 3,6 milhões de pessoas, dos quais 600 mil turistas, que devem fazer mais de oito milhões de viagens durante o Mundial da Fifa, segundo o Ministério do Turismo. A categoria de ‘rent a car’ também vai faturar mais, de acordo com os especialistas, pois muitas empresas e empreendedores trocarão o avião pelo aluguel de carros durante a Copa 2014 – para economizar até 64%. Além da redução de custos com passagens, a locação de veículos evita despesas com táxi, é mais pontual, alcança cidades sem infraestrutura aeroportuária e pode servir a mais de uma pessoa.
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especial
A Copa deve injetar aproximadamente R$ 142 bilhões na economia do Brasil Para aproveitar o bom momento, o setor de locação de automóveis deve investir cerca de R$ 11 bilhões apenas para a renovação da frota até o maior evento esportivo do mundo. A Bahia, segundo o presidente da Abla, João Claudio Bourg, representa 4,5% deste total e teve crescimento de 38% da frota nos últimos cinco anos. “A Copa do Mundo e a Olimpíada serão importantes para o nosso setor, impulsionando o aluguel diário de automóveis”, avalia Bourg. “Mas independentemente deles, as locadoras de veículos já estão sendo demandadas por outro público, por causa da Copa: as empresas interessadas em terceirizar frotas para trabalharem nas obras de infraestrutura do evento”. Este panorama positivo, vale lembrar que a Copa deve injetar aproximadamente R$ 142 bilhões na
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economia do País, deixa os empresários da área de locação de carros muito otimistas. Esperam movimento de até 50% maior na Copa do Mundo. Em 2012, o faturamento do setor foi de R$ 6,23 bilhões, 10% mais do que no ano anterior. Desde que o desempenho passou a ser medido, há nove anos, este número só cresce. Antes mesmo da ‘festa internacional do futebol’, já podemos observar aumento da demanda, principalmente por causa das obras de infraestrutura nas cidades sede. Muitas empresas precisam de veículos para a locomoção de seus profissionais. O efeito copa já está acontecendo – agora, só falta o Hexa. E, segundo Bourg, ajudam a incrementar um trabalho que a Abla já vem realizando, que é o de disseminar a cultura da locação e o consequente fortalecimento da atividade.
O BRASIL VALE MAIS O Time Canarinho é a seleção mais valiosa da Copa do Mundo. Estudo realizado pela consultoria Pluri aponta que o valor de mercado do elenco escolhido pelo técnico Luiz Felipe Scolari é o mais alto entre as 32 equipes do torneio. Anote aí: R$ 1,15 bilhão para os 23 prováveis convocados do Brasil. A Espanha, atual campeão do mundo, custa R$ 1,14 bilhão. Em terceiro e quarto lugares estão Argentina (R$ 1,07 bilhão) e Alemanha (R$ 1,05 bilhão), respectivamente.
números da copa
3,6 milhões de pessoas 600 mil turistas 8 milhões de viagens durante o Mundial da Fifa,
“
A Copa do Mundo e a Olimpíada serão importantes para o nosso setor, impulsionando o aluguel diário de automóveis
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“
joão claudio bourg
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produto
isso é um U
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carros roubados e furtados por dia em São Paulo
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m dos números que não param de crescer é o de furto e roubo de veículos. E eles são impressionantes: a cada hora, nove carros são levados por bandidos em São Paulo – ou seja: São Paulo tem 232 carros roubados e furtados por dia. E esse número cresce cerca de 20% ao mês, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública em São Paulo. E para onde vão esses carros, se as seguradoras conseguem recuperar apenas ¼ deles? Especialistas dizem que a maior parte desses veículos vai para desmanches e outros vão para países vizinhos, para serem revendidos em comércio livre e clandestino. É um panorama assustador, para dizer o mínimo. O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella , diz que está trabalhando para diminuir o volume dos crimes contra o patrimônio na maior cidade brasileira, a ABLA, associação das locadoras, foi além e lançou o Programa de Recuperação de Veículos Roubados e levados ilegalmente para a Bolívia. Conforme explicou Paulo Gaba Jr,
presidente do Conselho Nacional da ABLA, um estelionatário se passa por cliente e aluga um carro. Pouco tempo depois ele afirma ter sido roubado. “Na verdade, esse mesmo estelionatário cruza a fronteira para vender o automóvel na Bolívia”, explica Gaba Jr. Dos mais de 100 mil veículos ilegais que rodam na Bolívia, pelo menos quatro mil deles foram identificados pela Polícia Federal como de origem brasileira. Cerca de 25% deste total pertence às locadoras de automóveis. O Programa de Recuperação levantará os chassis e os boletins de ocorrências registrados pelas 1.200 locadoras associadas da ABLA. Em seguida, a lista será comparada e encaminhada à Polícia Federal para que sejam identificados os veículos pertencentes a essas empresas. Paulo Gaba Jr. frisou que o problema continuará enquanto as autoridades bolivianas fizerem“vista grossa” para a ação dos criminosos. Em relação ao posicionamento do Brasil o executivo afirmou que a participação do gover-
ASSALTO! no federal era crucial não só para o repatriamento dos veículos roubados, mas para a repressão das quadrilhas especializadas neste tipo de golpe. Até o momento, aproximadamente 130 mil bolivianos aguardam a legalização de seus carros pelo governo local. Os números da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo estão um pouco defasados, já que o balanço é de setembro. As estatísticas indicam que os roubos de veículos aumentaram 20% no Estado em setembro deste ano em comparação com o mesmo mês do ano passado. Foram 7.975 casos neste ano contra 6.600 em 2012. Já no caso de furto de veículos, o aumento foi de quase 15% passando de 8.763 casos para 10.055. Os casos de roubo em geral (quando há violência contra a vítima) também tiveram aumento. De acordo com a Secretaria, foram registrados 21.515 casos em setembro passado. Em 2012, foram 18.357; ou seja, um aumento de 17%.
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o problema continuará enquanto as autoridades bolivianas fizerem “vista grossa” para a ação dos criminosos. paulo gaba jr.
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TOP
O preço costuma assustar por exemplo, com o preço de um Bugatti Veyron Superesport dá para comprar 200 Fiat Uno. Mas os fabricantes destes supercarros não estão preocupados com isso. Eles fazem carros para poucos. Muito poucos.
07 Pagani Huayra
Tem um motor V12 central com 700 cv, capaz de chegar aos 370 km/h. R$2.600.000,00
OS CARROs MAIS caros DO MUNDO
10 Porsche 918 Spyder
Primeiro híbrido da marca entrega uma potência combinada de 887 cv. R$ 1.699.000,00
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SSC Tuatara
Acelera de 0 a 100 km/h em 2,3 segundos e chega a 444 km/h.
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Bugatti Veyron Supersport
É o superesportivo de rua mais veloz do planeta, conhecido por alcançar 439,16 km/h. R$ 5.200.000,00
R$ 1.940.000,00
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Aston Martin One
Hennessey Venom GT
É o recordista mundial de aceleração: de 0 a 300 km/h em 13,63 segundos. R$ 2.000.000,00 24 - REVISTA LOCAÇÃO
É um superesportivo para poucos: edição limitada de 77 unidades. R$ 2.800.000,00
05 Lamborghini Reventon
Sua velocidade máxima, registrada em Dubai, chegou a 339.6 km/h. Apenas 20 unidades foram vendidas. R$ 3.200.000,00
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Koenigsegg Agera R
Possui 1.115 cv de potência e acelera de 0 a 300 km/h em apenas 14,53 segundos. R$ 3.400.000,00
03 Zenvo ST1
É vendido apenas nos Estados Unidos, com a produção de apenas 3 carros por ano. R$ 3.600.000,00
02 Ferrari 599XX
É a Ferrari mais veloz já fabricada: velocidade máxima superior a 330 km/h. R$ 4.000.000,00
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REVISTA LOCAÇÃO - 25
avaliação ière
RENAULT
logan
TUDO NOVO por joão claudio bourg
A
publicidade na TV é bastante próxima a realidade: o Renault Logan 2014 mudou tanto que nem parece o mesmo. Ele ganhou uma nova identidade visual, com linhas mais modernas e harmoniosas, que nada lembram o modelo antigo - a mudança foi da água para o vinho. Comparando ao anterior, destaque para a nova frente inspirada no Clio IV (europeu) que traz faróis bem trabalhados, grade que agora acomoda um emblema maior da Renault e para-choque com traços mais arredondados. Foram longos seis anos de vida para o Logan alcançar o sucesso comercial. Suas virtudes eram o amplo espaço interno, manutenção relativamente barata e a robustez mecânica – para o consumidor, virtudes mais importantes que a beleza. Ele não foi o sedã mais vendido da categoria, mas retribuiu as expectativas da Renault e foi um dos protagonistas na ascensão da marca no País, que tinha 3,15% de participação quando o sedã foi lançado (2007) e fechou 2012 com 6,6%. A Renault espera ter 8% em 2016. Respondendo por 60% dos automóveis da Renault no Brasil, a 26 - REVISTA LOCAÇÃO
plataforma B0 – criada pela romena Dacia – sofreu alterações estruturais consideráveis, a ponto de a fabricante considerá-la uma nova plataforma, embora não represente alterações nas dimensões do carro. Segundo a marca, 72% das peças foram trocadas. MODERNIDADE Externamente, o novo Logan 2014 ostenta ressaltos nos paralamas dianteiros e uma espécie de “ombro” na parte traseira. Os retrovisores também ganham novo desenho e incluem as setas integradas na versão topo de linha Dynamique. Rodas e calotas também são inéditas. Outra importante alteração está no parabrisa, agora maior e mais inclinado, para contribuir na redução do coeficiente aerodinâmico. Na parte traseira, as alterações também foram fortes. Parachoque e tampa do porta-malas foram trocados, mas o destaque fica para as lanternas, agora quadradas, com elementos internos bem separados por cromados. Realmente a Renault conseguiu algo inédito: acertar o design da traseira, historicamente tarefa difícil nos sedãs brasileiros.
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versões de acabamento,
com preços que variam de
R$ 28.990 a R$ 42.100.
Quando se senta ao volante, sentese uma grande mudança na ergonomia – é muito fácil ler todas as informações do painel e manusear todos os comandos. Ao se ligar o motor 1.6 8V Hi-Power Expression sente-se um baixo nível de ruído, nesta versão mais potente. Rodando a 120 km/h, o motor de oito válvulas trabalha na casa dos 3.250 rpm com nível de ruído aceitável. Este propulsor entrega 98 cv de potência com gasolina (106 cv com etanol) e não transmite muita emoção. O torque de 14,5 kgfm (15,5 kgfm no etanol) ajuda a salvar o desempenho. A suspensão e os freios (a disco nas rodas dianteiras) demonstraram muita eficiência, contornando curvas fechadas sem muita inclinação e parando em curtos espaços. O novo Logan 2014 é produzido em quarto versões: Authentique 1.0 16V Hi-Power – R$ 28.990; Expression 1.0 16V Hi-Power – R$ 33.390; Expression 1.6 8V Hi-Power – R$ 39.440; Dynamique 1.6 8V Hi-Power – R$ 42.100. A Renault deve aprimorar cada vez mais a disponibilidade de peças em sua rede, bem como atendimento rápido em suas oficinas. NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013
nOVO rENAULT lOGAN 2014, A SURPRESA DE UM NOVO CARRO
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objeto de desejo
tecnologia
para servir você
Confira as novidades belíssimas e inovadoras que você precisa ter. Ou, pelo menos, conhecer.
optoma hd tx7156 anderson silva O Hublot, em homenagem a Anderson Silva, acaba de ser lançado. Além do símbolo do lutador (uma aranha), possui duas versões: King Gold, em ouro 18 quilates (foto), e a Limited Edition, em cerâmica preta.
Este projetor é recomendado para quem precisa de mais resolução durante a exibição de vídeos, chega a 1600x1200. Perfeito para salas de aula e reuniões, além de ótimo para ver jogos e filmes em casa.
FRISBEE MUSICAL Virou a coqueluche do verão. Além de ser um divertido frisbee, conta com cavidade para amplificação de áudio para smartphones e iPods. A música está garantida.
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LG TV OLED TV voltada para decoração, incorporando grande moldura em torno do display e removendo a base para parecer um quadro. O aparelho tem a opção de entrar no “Modo Gallery” quando em stand by: uma espécie de slideshow de imagens de pinturas. O televisor chega com preço salgado: R$ 40 mil.
Canon EOS 70D A Canon trouxe a EOS 70D, nova câmera de entrada com recursos voltados para smartphones e tablets. Compatível com iOS e Android, oferece opções interessantes, como fotografar a partir de um iPad, por exemplo, além de configurações próximas às de modelos profissionais.
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ATRAVÉS DA TECNOLOGIA, O ANTIGO SEMPRE DARÁ LUGAR PARA O NOVO!
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viagem
BRASIL
para os brasileiros
Os encantos tradicionais do Brasil para os brasileiros que amam as riquezas do País.
PANORAMA DO RIO Se o Rio de Janeiro continua lindo, do alto ele se transforma na Cidade Maravilhosa. Para apreciar a cidade lá do alto, é possível realizar saltos duplos de paraquedas - turista com instrutor. A aventura acontece a cerca de 200 km/h a uma altura de 10 mil pés. Para quem prefere menos adrenalina, rolam também sobrevoos de helicópteros, saindo de pontos como o Pão de Açucar e a Lagoa Rodrigo de Freitas.
vinícola salton É a mais preparada para receber turistas na Serra Gaúcha - fica a 12 quilômetros de Bento Gonçalves. Se o passeio for agendado, é possível conhecer o lugar durante uma visita personalizada. Instrutores levam o turista por passarelas que percorrem todo o processo. Para uma degustação de vinhos e espumantes, aproveite para conhecer outras víniculas da região, como a Miolo e a Don Laurindo.
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juma amazon Lodge Ficar hospedado no meio das árvores da Floresta Amazônica é uma experiência inesquecível. São 20 bangalôs neste hotel, que acaba de ganhar o prêmio de hotel sustentável do ano pelo Guia Quatro Rodas. Os visitantes fazem passeios guiados, como caminhadas, observação de jacarés, pescaria e canoagem. As boas fotos estão garantidas. Não deixe de registrar o encontro dos rios Negro e Solimões.
trekking chapada Imagine você na beiradinha do Morro do Pai Inácio, o cartão postal da Chapada Diamantina. Respirando, sonhando, sentindo. É o destino perfeito para quem gosta de aventuras e natureza. Existem trilhas de até quatro dias. Entre as mais procuradas estão as que levam à Cachoeira da Fumaça, trilha das Águas Claras e Vale do Pati. O lugar é exuberante. Um playground natural que não existe igual.
mercado ver-o-peso Açai, cupuaçu, feijão de corda, goma de tapioca... Rola de tudo na maior feira da América Latina, em Belém do Pará. Para se ter ideia da importância do evento, chefs do mundo inteiro costumam visitar o local em busca de novos temperos e sabores. Os amantes da gastronomia são apaixonados pelo Mercado Ver-O-Peso. Afinal, passear e descobrir ingredientes típicos entre as centenas de barracas é uma delícia.
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check-in
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artigo
LOCAÇÃO DE VEÍCULOS E MOBILIDADE URBANA A mobilidade urbana exige novo olhar sobre a propriedade individual dos veículos.
E
ste artigo analisa a “PEC do Transporte” sob a perspectiva das locadoras de veículos. Na data do fechamento desta edição a Câmara dos Deputados aprovou em dois turnos proposta de emenda à Constituição que torna o transporte público um direito social ao lado da educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância e assistência aos desamparados. A PEC ainda precisará ser votada em dois turnos no Senado antes de ser promulgada pelo Congresso, mas se espera que tal votação se dê antes do final do ano. Trata-se de uma das medidas tomadas em resposta às reinvindicações das jornadas de junho” nas quais a população brasileira ocupou as ruas para questionar, dentre extensa pauta, a importância da mobilidade urbana Além da PEC dos Transportes podese citar a Lei 12.587/2012, que institui a Política
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Nacional de Mobilidade Urbana, como outra referência importante a marcar a ascensão da “mobilidade urbana” ao topo das políticas públicas prioritárias. A nova importância da mobilidade urbana nos panoramas legislativo e político nacionais traz benefícios e riscos às locadoras. Dentre os benefícios está a possibilidade de a locação de veículos finalmente ser admitida como alternativa de mobilidade e não de transporte, solucionando diversos problemas operacionais e tributários que frequentemente surgem dessa confusão. Dentre os riscos está o ataque indiscriminado ao veículo individual como vilão da mobilidade urbana, ignorando-se que a boa qualidade dos serviços públicos é o principal fator para o êxito de políticas de mobilidade, só prosperando o veículo individual na ausência de alternativas públicas de qualidade. Todas essas alterações normativas têm por objetivo a integra-
ção entre os modos e serviços de transporte urbano de maneira a se imprimir caráter mais racional à propriedade veicular individual, tratando-se exatamente da racionalidade econômica no uso do veículo a principal característica da indústria de locação e a principal maneira pela qual esta poderá ajudar na promoção dessas políticas. A Lei 12.587/2012 adota o princípio da prioridade dos modos de transporte públicos coletivos sobre o transporte motorizado, oferecendo mecanismos como a pedágios urbanos, restrições e controle de acesso e circulação como os rodízios de veículos e outros, para desestimular o uso de determinados modos e serviços de mobilidade. Se os agentes públicos se equivocarem na interpretação e aplicação desses princípios os resultados podem ser insatisfatórios à sociedade e catastróficos às locadoras de veículos. Caso o façam de modo inteligente os resultados positivos serão alcança-
dos mais facilmente e sem prejuízo à locação de veículos. Pegue-se o caso do rodízio de veículos como exemplo da discussão proposta. Trata-se de medida de desestímulo ao uso de veículos individuais, sem dúvida. Entretanto, aplicar o rodízio indiscriminadamente a todos os veículos afeta de modo expressivo as locadoras, que se vêm obrigadas a manter 20% de suas frotas paradas nos dias de restrição. O rodízio de veículos, portanto, deve ser orientado não à coisa – ao veículo individual – mas ao uso que se dá ao veículo. Ao se autorizar o emprego de veículos de locadoras nas áreas de restrição à circulação (“áreas de rodízio”) se mantém o desestímulo à propriedade individual do veículo e se reforça o estímulo ao uso racional do veículo que a locação oferece. Reduzindo-se a pressão pela propriedade veicular e se estimulando o simples uso se cria naturalmente cultura
favorável a se considerar o veículo não como patrimônio mas apenas como alternativa de mobilidade. Essa mudança cultural é um dos diversos fatores sócio-econômicos a serem levados em consideração na expansão dos meios de transporte públicos. Não se diga que a livre circulação dos veículos alugados nas áreas de rodízio manteria o atual estado de congestionamento das vias que o rodízio procuraria aliviar. O proprietário de veículo não tem a percepção
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financeira imediata do real custo do veículo, disfarçada pela depreciação e desvalorização do veículo e pelos crescentes custos de manutenção. Como a locação, o valor do aluguel impõe aos usuários essa imediata percepção quanto ao real custo econômico do veículo, estimulando o uso coletivo dos veículos alugados. Além disso, a livre circulação dos veículos alugados nas áreas de rodízio permite preencher o “gap” percebido entre a real demanda da população por mobilidade e a expansão dos sistemas de transporte públicos correspondentes. Os governos não detêm capacidade fiscal infinita e não podem investir ininterruptamente na expansão do transporte público. Desse modo a criação de uma
“cultura de locação” pode se tornar componente central da solução dos dilemas envolvendo a integração dos modais de transporte urbano e ao gradativo abandono da percepção de necessidade da propriedade individual dos veículos. É grande o desafio de operacionalizar rede multimodal de transporte público que apresente robustez e capilaridade que atendam satisfatoriamente ao perfil variado de utilização dos milhões de moradores das metrópoles. Se a mobilidade urbana é direito social de mesmo nível como a alimentação – vide a PEC do Transporte – não adianta se elaborarem políticas públicas de mobilidade nas quais as principais iniciativas repousem na pura repressão ao uso do veículo individu-
al. Há a necessidade de se harmonizarem soluções que permitam a integração dos modais, não a supressão de determinada modalidade. Trata-se de equívoco técnico e, a partir da PEC, de medida inconstitucional.
Adriano Augusto Pereira de Castro Advogado (OAB/MG 94.959) (31) 3224-1292 adriano@empresarial.adv.br Assessor Jurídico da ABLA e do SINDLOC/MG. Advogado especializado na indústria de locação de veículos. Mestre e Professor de Direito nas Faculdade de Direito Newton Paiva e Promove.
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destaque
em busca de NOVOS HORIZONTES
E
xiste vida após a empresa? Esta é uma pergunta que abala profundamente os fundadores quando o assunto sucessão é comentado. A grande maioria deles prefere que a sucessão aconteça quando ele não tiver mais condições físicas e mentais para gerir o negócio, assimilando como natural a ascensão do filho ao poder. O que Fundadores e Sucessores não entendem é que um planejamento sucessório deve levar em conta uma segunda carreira para o Fundador. E por que isto? Nenhum empreendedor, que tenha fundado um negócio e se dedicado a ele mais de oito horas por dia, nos últimos 40 anos conseguirá apenas descansar ao final do processo de sucessão. Mesmo que sua vitalidade não seja a mesma que no início de sua vida profissional, ele quer dinamismo e desafios, como está habituado a ter todos os dias. Assistir de sua poltrona, em casa, a gestão da empresa por seus filhos pode causar toda a sorte de sentimentos positivos e negativos. Ciúme é o sentimento mais habitual. A empresa tornou-se, durante os anos, a amante do fundador e agora ele não quererá passá-la facilmente à seu filho. Não se espera que esta seja uma transição harmoniosa. Muitos sucessores, após
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chegarem ao poder reclamam sentir a constante vigilância de seus pais em suas ações empresariais. Freqüentemente os pais reclamam que seus filhos não estão seguindo mais sua linha de gestão. Que providencias tomar então para que se minimizem conflitos gerados por esta ordem de problemas? Em primeiro lugar o Fundador deve redescobrir-se. Desengavetar aqueles projetos há muito esquecidos que não teve tempo de por em prática devido a exigente empresa que lhe consumia. Deve encarar estes projetos com a perspectiva de negócio e estudar sua viabilidade nos tempos atuais. Se esta análise gerar frutos, este é um bom começo. Sua atenção começa gradativamente a ser dividida entre sua velha amante e sua nova conquista. Em segundo lugar, o Fundador deve preparar-se para seu papel de conselheiro da empresa. Afastá-lo abruptamente da condução dos negócios é um erro que o sucessor pode vir a lamentar no futuro. Mesmo que longe da gestão, o Fundador pode e deve aconselhá-lo nos momentos difíceis buscando passar um pouco de sua experiência nos anos em que esteve no comando. Ele conhece a empresa, o mercado, seus concorrentes e a equipe. Este conhecimento não pode ser desprezado.
Cecilia lodi Diretora da Lodi Consultoria
Um outro ponto importante é a manutenção do status quo e da dignidade do Fundador após sua saída do seu negócio atual. Um fator que deprime o Fundador é a perda da identidade. Ele não será mais conhecido como Sr. Fulano da Empresa Tal. Ele simplesmente não quer desaparecer de cena. O Sucessor deve auxiliá-lo nisto, respeitando-o e referindo-se a ele no ambiente empresarial como o conselheiro atuante que o Fundador quer ser. Este respeito será recompensado pelo respeito e orgulho do Fundador pelo novo comandante da empresa e futuro líder da família. A sucessão pela conquista e usurpação acaba por trazer muitos problemas ao Sucessor que desgasta-se continuamente ao tentar manter seu território. O Sucessor deve também auxiliar o Fundador neste novo projeto de carreira. Seja ele um projeto rural, uma nova empresa ou a dedicação à filantropia. Sua compreensão e auxilio será bem vindo ao Fundador. Deve-se deixar claro que uma pessoa só deixa uma posição quando existe uma outra para onde migrar. Para o Fundador é importante buscar um novo objetivo que mantenha-o saudável e ativo. Para o Sucessor é ponto fundamental para sua tranquilidade e liberdade na gestão de empresa.