Revista Locação Ed. 59

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Ano X • nº 59 • março/abril - 2015

Associação Brasileira daS Locadoras de Automóveis

DO CHUí AO MONTE CABURAÍ Vivemos em um País continental, com muitas tradições regionais. Na locação não é diferente. há muitas diferenças entre um a região e outra.

Esta revista tem suas emissões compensadas por restauro florestal em mata ciliar


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Opinião

Marcelo Rıbeıro Fernandes Conselheiro Nacional da ABLA, responsável pela área Comercial do Planejamento Estratégico da Associação.

Relacionamentos de longo prazo

O

setor de locação de veículos

os fornecedores, estabelecendo

é responsável pela compra

relacionamentos comerciais de longo

de aproximadamente 12% da

prazo para não apenas satisfazer as

produção anual da indústria

necessidades de momento das empresas

automobilística no Brasil e investe

associadas, mas também para atender

milhões de reais por ano em veículos,

suas demandas no decorrer dos anos.

em rastreamento, em autopeças,

Muito mais do que a promoção de

seguros, pneus e sinalização de frotas,

produtos e serviços, a ABLA busca gerar

entre muitos outros produtos e serviços

um relacionamento efetivo, contínuo e

relacionados ao ramo automotivo.

sistemático entre as locadoras associadas

O nosso setor também é um dos

e seus melhores fornecedores. São esses

principais tomadores de crédito do

os que de fato têm na ABLA a grande

País e, diante disso, fica evidente

oportunidade de demonstrar, ao longo

que as locadoras representam uma

do tempo e a todo o setor, os reais

significativa oportunidade de negócios

benefícios que podem gerar.

para fornecedores que tomam a decisão

Vivemos um momento de consolidação

inteligente de trabalhar em parcerias de

de parcerias sustentáveis, a partir da

longo prazo com a ABLA.

prestação de serviços e de produtos que

O objetıvo é proporcionar benefícios

efetıvamente ajudem o desenvolvimento

diretos para as locadoras e

das pequenas, médias e grandes empresas

criar parcerias duradouras com

do setor de locação.

MARÇO/ABRIL 2015

REVISTA LOCAÇÃO - 3


Expediente

CONSELHO GESTOR - Paulo Nemer (Presidente do Conselho Nacional), Carlos Rigolino (VicePresidente do Conselho Nacional), Alberto Faria, Emanuel Trigueiro, José Adriano Donzelli, Marcelo Fernandes, Nildo Pedrosa, Paulo Gaba Jr., Paulo Miguel Jr., Raimundo Teixeira, Saulo Froes e Simone Pino. CONSELHO GESTOR (Suplentes): Bernard da Costa Teixeira, Carlos Roberto Pinto Faustino, Celio Fonseca, Gustavo do Carmo Azevedo, José Emilio Houat , José Zuquim Militerno, João José Regueira de Souza, Leonardo Soares, Luiz Carlos Lang, Márcio Castelo Branco Gonçalves e Valmor Emilio Weiss.

Índice

12 O Brasil é um país continental com grandes diferenças regionais - na locação inclusive. Conheça as preferências de cada região.

CONSELHO FISCAL: Alvani Laurindo, Eduardo Correa da Silva, Eládio Paniágua Jr., Jacqueline Moraes de Melo, Marco Aurélio Gonçalves Nazaré e Ricardo Gondim Espírito Santo. CONSELHO FISCAL (Suplentes): Lucas Pitta, Lusirlei Albertini, Marco, Antonio de Almeida Lemos, Marconi José de Medeiros Dutra, Nilson Oliveira Silva e Paulo Hermas Bonilha Júnior.

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COMISSÃO EDITORIAL: Alberto Faria, Raimundo Teixeira e Olivo Pucci. MARKETING E PUBLICIDADE: Francine Evelyn e Jorge Machado (11) 5087-4100. Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis - ABLA São Paulo: Rua Estela, 515 – Bloco A – 5º andar CEP 04011-904 – São Paulo – SP. Tel.: (11) 5087-4100 E-mail: abla@abla.com.br Brasília: Saus Quadra 1 – Bloco J – Edifício CNT Sala 510 – 5º andar – Torre A CEP 70070-010 – Brasília – DF. Tel.: 61.3225-6728

Combustível: montadoras pesquisam qual será a energia do futuro. Para Luiz Moan, da Anfavea, a resposta está no hidrogênio.

Site: www.abla.com.br Revista Locação - Projeto, criação e execução: Fatto Comunicação 360º www.fattostampa.com.br - 11 5507-5590 Diretor de Conteúdo: Rogério Nottoli (Jornalista Responsável - MTB: 31056) - r.nottoli@ fattostampa.com.br. Editor de Arte: Renato Prado. Assistentes de arte: Bruno Nottoli e Isis Splendore. Redatora: Juliana Nottoli. Fotos: Bruno Nottoli, Divulgação, Shutterstock e Bigphotos. A revista Locação não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nos artigos assinados. Permitida a reprodução das matérias, desde que citada a fonte.

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Viagem: aproveite melhor seus bilhetes aéreos - alugue um carro e conheça muito mais.

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O entrevistado desta edição é Jorge Pontual, o novo Diretor Comercial da ABLA. Veja como ele vai enfrentar os desafios.

26

Lançamentos: conheça os carros que estão chegando ao mercado.

08

Avant Premiere: mostramos em detalhes o novo Ford Ka, um carro que mês a mês vem consquistando novos consumidores.

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MARÇO/ABRIL 2015

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REVISTA LOCAÇÃO - 5


Universo do automóvel

APPLE QUER UM CARRO ELÉTRICO

UM MÊS PARA SER ESQUECIDO...

Em fevereiro, com queda de vendas de autos e comerciais leves de 26,7% ante janeiro, quase todos os carros ou comerciais leves apresentaram retração. O que variou foi o tamanho do tombo. O VW Up!, por exemplo, subiu duas posições no ranking (de 11º para 9º), mas porque caiu menos que a média: de 6.780 unidades em janeiro para 5.509 em fevereiro. No mesmo período, alguns carros despencaram. É o caso do Chevrolet Onix – de 13.462 unidades em janeiro para 6.914 no mês passado. Como não ocorria há muito tempo, nenhum veículo conseguiu superar a barreira de 10 mil unidades vendidas. O Fiat Palio, que mais uma vez foi o líder, fechou fevereiro com 9.205 emplacamentos – no mês anterior foram 14.431 unidades.

usados TÊM 6,6% DE QUEDA Ao divulgar seu balanço de produção de fevereiro (que caiu 28,9% na comparação com o mesmo mês de 2014), a Anfavea, associação das montadoras, demonstrou preocupação com a queda nas vendas de carros usados. No acumulado de janeiro e fevereiro, o mercado registrou 6,6% de negociações a menos do que no mesmo período de 2014. “Até o ano passado, apesar de recuo nos (veículos) novos, o movimento de usados era positivo. Então, é um indicativo extremamente preocupante”, afirmou Luiz Moan, presidente da Anfavea.

A Apple quer começar a produzir seus próprios carros, relata a “Bloomberg”, citando fontes anônimas a par dos planos da empresa. A gigante do ramo da tecnologia está trabalhando secretamente em um projeto automotivo, com planos para começar a produzir um veículo elétrico em 2020. Desde junho do ano passado, a fabricante do iPhone teria começado uma “campanha agressiva” para contratar funcionários da A123, LG Chem, Samsung, Panasonic, Toshiba e Johnson Controls, todos especializados em baterias elétricas. Segundo Elon Musk, chefão da Tesla, fabricante de automóveis 100% elétricos nos Estados Unidos, a Apple estaria oferecendo salários 60% mais altos e bônus de até US$ 250 mil para contratar engenheiros da concorrência. O cronograma é apertado, considerando que fabricantes costumam dedicar até sete anos desenvolvendo um modelo. O objetivo da Apple é que seu carro custe menos de US$ 40.000.

BRASIL E MÉXICO RENOVAM ACORDO Os governos de Brasil e México decidiram renovar por quatro anos seu sistema de cotas para o comércio de automóveis. O acordo reduz ligeiramente as cotas, que no último ano foram de US$ 1,64 bilhão para cada país. No primeiro ano (20152016), ela será de US$ 1,54 bilhão, e esse valor aumentará gradualmente, até US$ 1,75 bilhão no quarto ano (20182019). Acima dessas tarifas, haverá taxação de até 35%.

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Universo do automóvel

lançamentos: as novidades do mercado

HONDA HR-V Irmão menor do CR-V, o HR-V foi o destaque da Honda no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo (2014). Ele terá motor 1.8 e opção de câmbio CVT, além de itens como ar condicionado digital e freio de estacionamento elétrico, de série.

Renegade

Duster reestilizado

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O novo SUV da Honda, que é produzido em Sumaré (SP) em quatro versões com valores a partir de R$69.900. O HR-V, que chega para encarar as versões mais caras do Ford EcoSport, tem expectativa de emplacar 4,2 mil unidades por mês. Um dos mais importantes lançamentos do ano, o Renegade irá inaugurar a fábrica da Jeep em Goiana (PE). É dele a missão de superar o Ford EcoSport como SUV mais vendido do País, de acordo com a marca. Para isso, a aposta é na diversidade. Serão duas motorizações (1.8 flex e 2.0 diesel), três transmissões (manual de 5 marchas e automática, de 6 ou 9 marchas) e duas trações (4x2 e 4x4). Os preços não foram divulgados, mas devem começar na casa dos R$ 68 mil.

As maiores novidades do Renault Duster após a primeira reestilização estarão no interior. A cabine deverá acompanhar o salto de qualidade do Logan e Sandero, já reestilizados no Brasil. Externamente, as mudanças serão mais discretas. Na dianteira, mudam grade, faróis e para-choque. Na traseira, as luzes da lanterna ganham nova disposição. Motores e transmissões seguem inalterados, assim como as versões 4x2 e 4x4.

Bravo Apresentado no Salão de São Paulo, a reestilização do hatch médio da Fiat ficou para este ano. Além das mudanças visuais, o Bravo tem, desde de sua versão de entrada (Essence 1.8), um novo sistema multimídia com tela sensível ao toque e volante multifuncional revestido em couro. Ele é vendido também nas versões Sporting, T-Jet e Black Motion. Apenas a T-Jet tem o motor 1.4 turbo e câmbio manual de 6 marchas.

Sandero RS O hatch da Renault ganhará uma versão em que a esportividade não se resume ao visual, como fazia o GT Line. Para isso, ele deve ter sob o capô o motor de 2 litros já presente no Duster, de até 142 cv e 20,9 kgfm de torque. Elementos como saída dupla de escape e para-choque mais largos devem estar presentes.


FENALOC é oficializada pelo Ministério do Trabalho O setor de locação de veículos conquistou, no inicio de março, uma das principais vitórias de sua história no Brasil, com a publicação no Diário Oficial da União da concessão do registro sindical à FENALOC – Federação Nacional das Empresas Locadoras de Veículos Automotores. A concessão dessa Carta Federativa à FENALOC representa uma significativa e inédita ampliação da representatividade do

setor de locação de veículos, que já possui cadeiras no DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito), no Conselho Nacional do Turismo e em diversos outros órgãos de importância econômica e política. Agora, o setor ganha ainda mais força e poder de negociação também junto ao Governo e aos demais Poderes Públicos, com a oficializaçao da FENALOC. Paulo Gaba Jr., do Conselho

Gestor da ABLA e atual Presidente da federação, diz que é preciso lembrar, nesse momento, “de agradecer a todos os empresários e empresárias do setor que, durante aproximadamente 5 anos, gratuitamente dedicaram seu tempo, seu conhecimento, seus esforços e sua experiência em benefício da criação da FENALOC“, afirma. “E a todas as empresas locadoras do Brasil, nossos parabéns pela grande conquista“.

ABLA tem novos dıretores no MT, PR e TO Amadeu Oliveira, Tércio Grıtsch e Cleıde Brandão são os novos diretores regionaıs da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), respectıvamente nos estados do Mato Grosso, Paraná e Tocantins. Os novos diretores regionaıs, escolhıdos pelo Conselho Gestor no prımeıro bımestre do ano, deverão consolidar o diálogo do setor com os órgãos públicos, com a indústria do turismo, dos transportes e com os demais líderes da economia e da iniciativa privada em seus estados. “Certamente, teremos uma agenda repleta, tanto em nossos estados como também nas atividades nacionais do setor de locação de veículos”,

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projeta Amadeu Oliveira. Paralelamente, também será desenvolvido um trabalho para estimular a integração das locadoras nesses estados. “O setor de locação de veículos já vem evoluindo significativamente e esse crescimento não pode perder o fôlego”, afirma Cleide Brandão. “Nos últimos cinco anos a frota total das locadoras deu um salto enorme e isso prova que o setor fica cada vez maıs importante para a economıa do Brasıl”, acrescenta Tércıo Gritsch. “Nesse sentıdo, a união das empresas em torno da ABLA também se torna essencıal para seguirmos nessa rota de desenvolvimento”. A partir disso, os novos dıretores

regionais darão sequência ao trabalho, estimulando a união e dividindo mais as responsabilidades. Será importante ter todas as empresas locadoras colaborando efetivamente e em conjunto, dentro de um verdadeiro espírito de cultura associativa. Estatutariamente, a ABLA possui diretores regionais para cada estado da Federação e no Distrito Federal, responsáveis por representar e propagar a associação e acompanhar de perto a ação das locadoras em cada região. Dessa forma, a ABLA mantêm sua capilaridade em abrangência nacional, o que favorece diretamente o desenvolvimento do setor em todo o País. REVISTA LOCAÇÃO - 9


Universo do automóvel

Salão de genebra O Salão de Genebra é uma das mais importantes vitrines da indústria automobilística mundial, realizada anualmente em março. Este ano foi um show de tecnologia e de futurismo. Como sempre, os superesportivos ganharam o interesse do público – a Ferrari apresentou seu novo 488GTB com motor V8 turbo. Com 670 cv, ela só será produzida em setembro. Já o Aston Martin Vulcan, que foi desenvolvido exclusivamente para as pistas, tem

motor V12 de 7.0 litros, capaz de produzir 810 cv. Ainda entre os esportivos, a Lamborghini marcou presença com o Aventador SuperVeloce - a versão mais apimentada da marca, que chega aos 750 cv de potência. A novidade entre os modelos urbanos foi o Nissan Sway – carro conceito que antecipa as linhas da próxima geração do Micra (o nosso March). Enquanto isso, a BMW mostrou as atualizações de design da Série I, que ficou mais sofisticada.

Koenigsegg Regera O Regera utiliza propulsão híbrida. Ele combina um motor V8 de 5.0 litros biturbo com três motores elétricos para alcançar a potência de 1.509 cv. Ele reivindica o título de o carro mais veloz do mundo: atinge de 0 a 400 km/h em apenas 20 segundos.

Bugatti Veyron O Veyron, o carro mais veloz do mundo (máxima é de 415 km/h e a aceleração de 0 a 100 km/h em 2,5 segundos), encerrou sua produção. A marca exibiu a última das 450 unidades produzidas ao longo de 10 anos.

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Audi R8

Ford Focus RS

O novo R8 só chegará ao Brasil no final de 2016. Ele tem motor de 2.5 litros e 367 cavalos.

O esportivo da linha Focus é equipado com motor de 2.3 litros, capaz de gerar 320 cv.


BMW Série 1 Nissan Sway

Lamborghini Aventador McLaren 675LT Poderoso e mais leve, o novo McLaren aponta diretamente para a Ferrari 458 Speciale. A força do motor V8 de 3.8 litros biturbo gera 641 cv – resultado: 0 a 100 km/h 2,9 segundos e velocidade máxima de 330 km/h.

Aston Martin Vulcan

Ferrari 488 GTB MARÇO/ABRIL 2015

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Capa

Brasil, um país

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Falamos a mesma língua, cantamos o mesmo hino, mas o nosso País tem grandes diferenças regionais - na locação inclusive.

P

ela extensão territorial do Brasil, existem diferenças entre se alugar um carro na região Norte ou na região Sul. São peculiaridades de cada Estado – a preferência do consumidor parece ser a mesma na escolha do veículo a ser alugado. O carro mais alugado no País é o carro 1.0 com ar condicionado. Até na região Sul, mais fria, existe essa preferência. Paulo Gaba, que atua na cidade de São Paulo, explica a preferência pelos compactos com ar condicionado: “Antigamente, nós os chamávamos de populares, mas hoje esses carros têm muitos opcionais de conforto e suprem os usuários”. Ele explica: “A tendência das grandes cidades é de veículos

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confortáveis e pequenos, e isso cabe também em São Paulo”. Já para Adriano Donzelli, de Goiás, em sua região o principal componente da escolha de um veículo é o preço. “Quando alguém liga para a locadora, desconsiderando as exceções, ele não escolhe marca ou modelo” – garante. “Normalmente sua opção é pelo preço e só depois ele vai agregando sua necessidade. Assim, o carro preferido é o carro novo e com preço baixo”, conclui. A média de dias que os veículos são alugados tem uma variação em cada região, que vai de três, sete ou até 20 dias. Acompanhe, nestas e nas próximas páginas, os problemasda locação de um veículo nas cinco regiões brasileiras.

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continental

Região NORTE

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Região NORDESTE

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- Amazonas, EMANUEL TRIGUEIRO

2

- Pernambuco, NILDO PEDROSA

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“Atualmente, a terceirização é o micro-segmento mais importante da região. Devido as distâncias e das condições de infraestruturas, o Turismo ainda tem uma demanda menor por locação.”

“O que mais afeta o custo da locação é o crédito caro (taxa de juros) e a falta de incentivo do governo ao setor com políticas públicas de incentivos. Afinal, fazemos parte da maior cadeia de geração de empregos, o Turismo.”

“O aluguel de frota na Bahia é mais intenso que para o Turismo. Mas, normalmente, cerca de 10% das locações são feitas a moradores que alugam para atender as demandas pessoais. Isso muda durantes as férias, quando há um grande aumento no fluxo de turistas.”

“Sazonalidade sempre há, mesmo que pequena. No segmento de locação eventual para negócios ou lazer, a região apresenta queda principalmente no final do ano.” “Aqui a preferência dos locacores acompanha o mercado, com a maior parte sendo de carros de menor valor”.

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Região NORDESTE

“A nossa região tem grande demanda de aluguel durante as férias. Somos uma região de muito Sol e as pessoas vem ao Nordeste conhecer nossas praias, nossa cultura, o interior, entre outros atrativos.”

- Bahia, MARCONI DUTRA

“O veículo preferido pelos locadores ainda é o carro 1.0 com ar e direção hidráulica. Mas a demanda por carros com motores mais potentes está em alta”.

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Capa

Região CENTRO OESTE

4 - Goiás, ADRIANO DONZELLI

“A terceirização responde por 70% dos negócios na região. Marcadamente no Distrito Federal, você tem um ponto fora da curva que traz o daily Rent mais forte”. “Nossa região tem no agronegócio um ponto munto forte na Economia, assim os períodos de safra e entresafra são determinantes para utilização de veículos de frota.” “Desconsiderando as exceções, quando alguém liga para a locadora não escolhe marca ou modelo. Normalmente sua opção é pelo preço.”

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Região CENTRO OESTE

Região SUDESTE

5 - Mato Grosso, ALVANI LAURINDO

6 - São Paulo

“Na nossa região, a sazonalidade é macro e o fator determinante são os períodos de chuva e seca. De dezembro a abril, a locação cai muito, porque temos muitos imigrantes que nesta época, voltam para suas cidades ou viajam em férias”.

“São Paulo é o maior mercado do País e também o mais eclético. Temos frotas empresariais, turismo de negócios e lazer”.

“Entre os veículos preferidos está o aluguel de ativos de caminhonetes e carros mais possantes. Mas a preferência nas cidades é pelos carros populares - principalmente os com ar condicionado e algum conforto”.

“Aqui, o mais importante é o mercado de balcão.”

Capital, PAULO GABA

“A sazonalidade em São Paulo é pequena, influenciada pelos eventos. Nas férias, diminui o aluguel empresarial, mas aumenta o aluguel de lazer, minimizando as perdas.” “Se é certo que o Estados de São Paulo tem as melhores rodoviais do País, também temos um dos mais altos indices de roubo e furto de veículos. O custo também é impactado por acidentes”.

LOCA


AÇÃO

Região SUDESTE

Região SUL

Região SUL

7 - São Paulo

8 - Santa Catarina,

9 - Rio Grande

“A terceirização é a grande força da locação na região” “As férias impactam o negócio, já que a nossa região não é turística. Por tanto, nesta época existe uma redução na movimentação das pessoas.”

“Na atual conjuntura, todos os nichos de locação são importantes. A terceirização se consolidando como uma tendência para as empresas e o aluguel de turismo (tanto de negócios como de lazer) com suas sazonalidades”.

“Aqui, o veículo preferido é o básico com ar”.

“No período de férias escolares, o Turismo de passeio cresce no Estado, devido ao grande fluxo de turistas. Nesta época a locação também cresce”.

Interior, MARCELO FERNANDES

“O que mais afeta o custo da locação certamente é a manutenção dos veículos. Apesar de estradas com qualidade, o interior de São Paulo tem um agronegócio expressivo, e neste segmento a utilização costuma ser severa”.

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RICARDO ZAMUNER

“O veículo preferido na região é o de padrão econômico”.

“O mercado que defini , de certa forma, a tarifa.”

do Sul, RODRIGO SELBACH “Na terceirização de frota temos um volume maior de veículos, porém, ambos os seguimentos são importantes. Algumas locadoras focam mais no aluguel eventual, atendendo tanto o turismo de lazer quanto o turismo de negócios, para estas o rent a car é mais importante. Para empresas de grandes frotas, a terceirização tem uma importância maior.” “Nossa alta temporada tem dois períodos: as férias de julho, quando as famílias vem curtir a Serra Gaúcha, e novembro/dezembro quando recebemos turistas que visitam o Natal Luz”.

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Entrevista

Negócios entre locadoras e fornecedores

crescerão

em 2015

Essa é a meta do recém contratado Diretor Comercial da ABLA, Jorge Pontual. Ele fala, nesta entrevista, de sua estratégia, de seus objetivos e dos instrumentos que vai utilizar em sua gestão.

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A


A partir de uma experiência de mais de 20 anos como executivo de vendas no Brasil e na América Latina, Jorge Pontual, novo diretor comercial da ABLA, será o elo entre as locadoras de veículos representadas pela Associação e os fornecedores interessados em crescer nesse setor. Nesta entrevista ele diz que um de seus compromissos é “estruturar soluções que proporcionem mais oferta de produtos e serviços e que, ao mesmo tempo, façam com que as locadoras possam ampliar suas receitas ou reduzir custos”.

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Revista Locação – Inicialmente, você poderia dar alguns exemplos sobre o potencial de compras que o setor de locação representa nos dias de hoje? Jorge Pontual – Sem dúvida. E é um potencial impressionante. O setor compra, em média, um veículo a cada um minuto e meio. No ano passado, foram 415.007 veículos adquiridos pelo setor no Brasil. O consumo médio anual de combustíveis é superior a 2,2 bilhões de litros por ano e o de óleo lubrificante supera os 20 milhões de litros. As locadoras são responsáveis pela utilização de mais de 2,3 milhões de pneus a cada ano e assim

por diante, para ficarmos apenas em alguns dos principais números. Isso também vale para investimentos em autopeças, sinalização de frotas, rastreamento e etc., entre muitos outros produtos e serviços consumidos em larga escala pelas locadoras de veículos. Revista Locação - A partir disso, Qual será a sua estratégia a frente do departamento Comercial da ABLA? Jorge Pontual -Temos diversos objetivos desafiadores para 2015. Em relação aos nossos associados, buscar parcerias que proporcionem maiores benefícios para eles e buscar soluções e suges-

tões na área comercial que possam ajudá-los a melhorar suas receitas e reduzir seus custos. Revista Locação - Quais são os seus objetivos neste início de trabalho? E como defini-los? Jorge Pontual -Junto aos nossos parceiros, verificar de que forma a ABLA pode facilitar a visibilidade deles junto aos nossos associados, facilitando o entendimento sobre as diferentes formas que estes possam ajudar as locadoras e frotistas através de seus serviços e produtos. Já em relação ao mercado de modo

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Entrevista

geral, dar a todos os interessados a possibilidade de compreenderem o papel da ABLA e sua importância no mercado brasileiro, colocando-nos à disposição de todos que queiram nos conhecer e formar parcerias conosco.” Revista Locação - Os instrumentos de vendas estão todos os dias se modernizando. Quais ferramentas você vai utilizar para se aproximar dos clientes? Jorge Pontual Existem diversas ferramentas que podem nos ajudar na gestão do relacionamento com os clientes provavelmente vou utilizar o ‘sales force’, que é uma ferramenta e ajuda de forma bastante interessante a gerir o relacionamento com os clientes e manter um follow up bastante

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adequado em relação aos contatos realizados no planejamento. Revista Locação Quais são as principais características das técnicas de vendas modernas? Jorge Pontual -Para falar de vendas nesta segunda metade do século 21 devemos considerar uma série de fatores. O primeiro é que os clientes de hoje necessitam de soluções para seus desafios e problemas, e não de profissionais de vendas que venham falar da própria empresa. Dessa forma, eu entendo que em qualquer negociação é necessário que primeiro se entenda quais as necessidades dos clientes para que possamos fazer uma proposta adequada e assertiva, de forma que a mesma vá ao encontro das necessidades deste cliente. E é isso que estou fazendo em relação aos nossos associados, de for-

ma que, no curto prazo, consigamos realizar parcerias com fornecedores que tenham interesse em prestar serviços para os mais de mil associados da ABLA. Revista Locação - Elas precisam caminhar paralelamente a modernidade e aos avanços tecnológicos? Jorge Pontual Sem dúvida. Não há mais como realizar um trabalho comercial sem levar em conta todas as ferramentas e os avanços tecnológicos, que nos permitem contatar os clientes não somente por telefone e pessoalmente, mas também por e-mail, Whatsapp, Facebook, Instagram, etc... Enfim, há uma série de possibilidades e não há como caminhar sem as oportunidades que são geradas pelas mesmas.

Revista Locação Quais técnicas e estratégias você vai utilizar? Existem técnicas e estratégias ultrapassadas? Jorge Pontual - As modernas técnicas de negociação estão bastante voltadas para o chamado Marketing 3.0, onde fica claro que os clientes dessa segunda década do século 21 buscam valor, ou seja, fazem comparações e verificam se os benefícios são superiores ao custos. Assim, quero desenvolver um trabalho voltado para que os nossos associados percebam valor na ABLA, de uma forma muito intensa do que somente o relacionamento com as montadoras e as instituições financeiras. Já pelo lado dos nossos fornecedores e parceiros, que eles possam perceber que entrega efetivamente excelentes resultados para aqueles que nos oferecem vantagens efetivas.


Revista Locação - A função do diretor comercial se reveste de fundamental importância para o crescimento da Associação. Os desafios são muitos. Como você vai coordenar as atividades e alcançar seus resultados? Jorge Pontual - Eu entendo que a função do diretor comercial é muito mais a de facilitador do que de um executivo no sentido antigo da palavra. O diretor comercial deve estar sempre em contato com os associados, com fornecedores e parceiros, com todo o público interno (nossos colaboradores, que são totalmente comprometidos com os objetivos da associação). Ou seja: uma atuação mais ampla, no sentido de trabalhar

A COMUNICAÇÃO É A BASE DE QUALQUER PROCESSO DE VENDAS”

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a favor de uma visão voltada 100% para o associado. Revista Locação O marketing está relacionado as novas técnicas de vendas? De que maneira? Jorge Pontual - Como eu já disse anteriormente, o Marketing 3.0 é a bola da vez. Portanto há um relacionamento direto entre estas duas áreas, pois ambas têm por objetivo causar boas percepções e uma sensação de conforto para todas as partes envolvidas. Revista Locação Qual a importância da comunicação na hora da venda? Jorge Pontual Toda. Ela é a base de qualquer processo de vendas. Garantir que as mensagens que se quer passar cheguem ao interlocutor da forma desejada e deixando claros todos os benefícios, fazem com que as negociações de vendas tenham sucesso e cheguem a um bom termo. Sem uma comunicação é impossível se desenvolver atividades comerciais com relacionamentos duradouros e lucrativos para todos.

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História

ABLA completa 38 anos com novidades

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o dia 30 de março desse ano, a ABLA completou 38 anos de atividades ininterruptas no Brasil, em meio a uma série de novidades que deram sequência às administrações anteriores, a partir de uma nova dinâmica. As necessidades e as soluções para as principais demandas das locadoras associadas avançaram para a definição do Planejamento Estratégico de Ações da ABLA para os próximos anos. Estão em andamento projetos nas áreas de comunicação, parcerias comerciais para os associados, ampliação dos cursos de capacitação,

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desenvolvimento de novos produtos, apoio às diretorias regionais e à juventude e aperfeiçoamento dos eventos associativos, além da melhoria dos processos internos da ABLA. “Trata-se de um trabalho de fôlego, que fez com que esse ano, em que a associação comemora seus 38 anos, tenha se tornado um dos mais produtivos da história”, avalia Carlos Cesar Rigolino Junior, atual Vice-Presidente do Conselho Nacional. Rigolino lembra que, em meio isso, houve também o inédito modelo de realização do Salão Nacional da Indústria do Aluguel de Automóveis (Salão ABLA), que

em 2014 aconteceu em parceria com Salão Internacional do Automóvel. “O Juan Pablo de Vera, presidente da Reed Exhibitions, abriu as portas do Salão do Automóvel para o nosso setor, entendendo a importância da presença da ABLA e das locadoras associadas, que são as maiores clientes das montadoras e ao mesmo tempo são também as maiores ‘fabricantes’ de veículos seminovos do Brasil”. Paralelamente, a ABLA também realizou 12 etapas do curso de capacitação para empresários e profissionais de locadoras, em diversas cidades do Brasil, e fez o I Fórum Jurídico da

Indústria do Aluguel de Automóveis, reunindo advogados e assessorias jurídicas da associação, dos SINDLOCS e de empresas locadoras, em Brasília. E outra novidade foi a criação da ABLA Jovem, que está trazendo para a associação os sucessores e sucessoras das empresas locadoras, na faixa de 18 a 35 anos. Portanto, quando a ABLA foi fundada, em 1977, esses jovens que hoje estão se aproximando da associação sequer haviam nascido. Foi a época em que o aluguel de veículos se consolidou definitivamente no Brasil e a criação da ABLA teve papel fundamental para isso.


História Isso porque foi exatamente nos anos 70 que surgiram as empresas de leasing financeiro, com as quais foi possível alavancar o desenvolvimento das locadoras de veículos. “Essas empresas trouxeram a possibilidade de realizar operações de financiamento no longo prazo”, lembra Alberto Faria, Conselheiro MARÇO/ABRIL 2015

Nacional da ABLA. “Foi quando apareceu também o carro a álcool e as locadoras passaram a usar bastante essa novidade, divulgando esses modelos por todo o País”. Além disso, a própria fundação da ABLA foi fundamental para dar o apoio necessário para que as então pequenas empresas regionais pudessem

se manter. A ABLA, em 1977, reuniu os pioneiros do novo negócio em torno de objetivos comuns: defender os interesses das empresas, profissionalizar a atividade e divulgá-la, além de combater a concorrência predatória. Com o respaldo da ABLA, o setor cresceu e a locação de automóveis deixou de ser uma atividade restrita

às capitais, para migrar também para o interior. Hoje, a atividade possui mais de 5.600 empresas atuando no Brasil e uma frota total superior a 700 mil veículos. Nesses últimos 38 anos a ABLA teve muito a ver com o desenvolvimento e com o crescimento do setor, que hoje apresenta números significativos e grandiosos. REVISTA LOCAÇÃO - 23


Combustível

energia o futuro está no combustÍvel As montadoras de todo o mundo buscam a energia que vai substituir o petróleo, mas Luiz Moan, presidente da Anfavea, acredita que o futuro está no hidrogênio. Veja porquê.

U

ma pergunta é recorrente aos empresários do setor de locação: “Qual será o combustível do futuro?” Afinal, a preocupação é como atender melhor os clientes, acompanhando a tecnologia e agredindo menos o meio ambiente. A busca por combustíveis alternativos é uma das principais metas de todas as montadoras, deixando claro que o setor automobilístico vive um momento de transição. Existem experiências de todo o tipo e cada fabricante aposta na alternativa que considera mais adequada.

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Mesmo sem receber atenção do governo, que ignora as alternativas energéticas, carros elétricos e híbridos começam a surgir comercialmente no mercado brasileiro. Os elétricos não estão enquadrados em nenhuma condição especial em relação à tributação, como acontece em outros países, ao contrário, eles são atingidos por uma carga tributária ainda maior do que o carro com motor à combustão. Recentemente o governo baixou uma portaria aliviando o imposto para carros híbridos em até 0%, o que reduziu o preço final, mas está longe de ser um carro competitivo. Enquanto algumas marcas investem no híbrido e outras no elétrico, há quem esteja satisfeito com o uso do álcool - ou ainda o biodiesel, outro combustível renovável. Mas para o presidente da Anfavea, a associação dos fabricantes de veículos, Luiz Moan, tudo isso é temporário; ele acha que há espaço para todas as experiências e algumas delas podem conquistar

alguma participação significativa no mercado, mas o combustível do futuro não é nenhum desses e sim o hidrogênio. (O uso de hidrogênio como combustível é estudado pela indústria há pelo menos duas décadas.) “Não é álcool, não é híbrido, nem plug-in. O futuro é a célula de combustível, que usa hidrogênio para gerar energia elétrica”, definiu o dirigente, destacando que, entre as vantagens do combustível, estão a facilidade de abastecimento e a grande autonomia. Moan explica que a célula de combustível permite o uso de outras fontes, que podem ser transformadas em hidrogênio. “O hidrogênio pode ser produzido a partir do gás ou do etanol, que, além, de ser o combustível mais seguro para a saúde, é o segundo melhor combustível líquido para retirar o hidrogênio - o primeiro é o metanol. Quer dizer: o carro a hidrogênio vai utilizar o nosso álcool”. Segundo Moan, basta um aparelho reformador para transformar o álcool em hidrogênio, que pode ser colocado no pos-


A corrida pela busca do combustível do futuro continua acirrada cada montadora tem a sua preferência.

a toyota já produz o mirai (à baixo), movido a hidrogênio. A meta é vender 700 unidades este ano.

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to de combustível, sem grandes investimentos na rede de alimentação, como teria que ocorrer caso a matriz energética fosse a energia elétrica. TOYOTA NA FRENTE A Toyota já começou a vender no Japão o primeiro veículo movido a hidrogênio que deverá ser produzido em série para o público geral. O carro chama-se Mirai (que significa ‘Futuro’ em japonês). A montadora japonesa planeja manufaturar 700 unidades até o final deste ano e ter vendido cerca de 400 no Japão, embora possa aumentar a produção se a demanda for maior do que o previsto. O Mirai pode percorrer cerca de 650 quilômetros com um tanque de hidrogênio, que demora 3 minutos para ser recarregado totalmente. Como funciona? É semelhante aos híbridos que podem ser carre-

gados na tomada (plug-in), mas em vez de energia elétrica, ele tem dois tanques de hidrogênio de alta pressão. Em uma estação no assoalho no veículo, o hidrogênio é quebrado em duas moléculas, o que gera uma descarga elétrica. Essa energia é direcionada a um conversor de tensão, que alimenta uma bateria. O resultado dessa reação é água, que sai pelo escapamento. A Toyota deve lançar o Mirai na Europa e Estados Unidos ainda este ano. Por enquanto, no Japão o preço recomendado do Mirai para o público, com impostos incluídos, é de 7.236.000 ienes (US$ 60,8 mil). No entanto, como o incentivo do governo japonês para a compra deste carro é de 2,02 milhões de ienes (US$ 17 mil), o total necessário para adquirir o carro é de 5,2 milhões de ienes (US$ 43,8 mil).

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Avant Premiere

o sucesso do ford ka O novo Ford Ka chegou e agradou os consumidores.: no mês de janeiro ele foi o 6º carro mais vendido do mercado nacional.

Conheça em detalhes o último lançamento da montadora norteamericana no Brasil

E

le foi totalmente renovado. O Ford Ka foi inteiramente redesenhado e agradou o consumidor brasileiro – em janeiro ele foi o 6º carro mais vendido, com 8.229 unidades comercializadas. A carroceria de estreia foi a hatch, mas logo chegou o Ka+, o sedã. Ambos com quatro portas. Você pode fazer sua própria avaliação, alugando o novo Ka em uma locadora, e colocar à prova as qualidades do último lançamento da Ford. O novo Ka, assim como o EcoSport, foi desenvolvido por uma equipe de engenheiros brasileiros. Ele fecha o ciclo de lançamentos de produtos globais e será inicialmente vendido em mercados emergentes, mas até o final deste ano deve estrear em alguns países europeus, como a Inglaterra. O carro segue o mesmo design frontal herdado da Aston Martin, da época em que a Ford era dona da marca inglesa - grade trapezoidal com moldura e barras horizontais cromadas. A parte de baixo da tomada de ar tem grade pintada na cor da carroceria. Também se

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destacam na dianteira os dois vincos acentuados nas laterais do capô do motor e os faróis, que “entram” pelos para-lamas. O design do perfil é muito elegante. Apesar de serem feitos sobre a mesma base, a Ford garante que o Ka+ foi projetado para privilegiar maior espaço que o irmão New Fiesta, oferecendo um porta-malas adequado para a família.

O modelo fabricado em Camaçari (BA) tem garantia de três anos e revisões a cada ano ou 10 mil km (a primeira é com seis meses), em vez da incômoda periodicidade semestral, que por ora permanece só para troca do filtro de combustível. Todas as dimensões superam as do modelo anterior: mais 50 mm em comprimento (para 3,886 metros), 52 mm em largura (para


1,693 m sem retrovisores), mais 105 mm em altura (para 1,525 m) e mais 37 mm na distância entre eixos (para 2,489 m), a mesma do novo Fiesta de quem herdou a plataforma). O peso de 997 a 1.026 kg, de acordo com a versão, mostra o inevitável aumento dos carros modernos diante dos 905 kg do modelo antigo. O novo Ford Ka 2015 será vendido em duas versões de carroceria: hatch e sedã e duas opções de motores: 1.0 três cilindros e 1.5 de quatro cilindros - este na versão sedã. O novo motor de três cilindros com tecnologia Flex desenvolve até 85 cv ao usar etanol, apoiado por um câmbio manual de cinco velocidades. O elegante sedan Ka+ é também equipado com o motor 1.5, que – quando abastecido com etanol entrega 110 cv aos 5.500 giros, enquanto o torque total de 15 kgfm chega em 4.250 rpm. O acabamento e o design internos são muito melhor cuidados do que o seu antecessor. Os materiais se destacam pela qualidade – um dos

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COMO ANDA

Com motor de 1.5 litro, o compacto é mais agradável de guiar pelo fato de o propulsor ter um funcionamento

O site especializado em automóveis Carsale avaliou um Ka SE equipado com motor de 1.0 litro: “O compacto oferece um bom nível de equipamentos, mas deixa um pouco a desejar na simplicidade dos materiais empregados no interior (o Volkswagen Up!, por exemplo, utiliza plásticos de qualidade superior). Mas o grande trunfo do Ka está sob o capô”. Ainda avaliação do site: “O Ka

mostra ótima disposição para encarar o trânsito urbano. As arrancadas e retomadas são espertas graças à elasticidade do motor que funciona quase sempre ‘cheio’. Outro ponto positivo do compacto é o câmbio bem escalonado e de engates curtos”. Com o motor de 1.5 litro, continua o Carsale, o Ka “é um carro ainda mais agradável de guiar pelo fato de o propulsor ter um funcionamento mais suave e mais potente”.

mais suave e mais potente. Site carsale

fatores que mais valorizam o novo Ka é a sua ergonomia, que permite maior espaço e conforto aos seus ocupantes.

Preços: Ka SE 1.0, R$ 35.990; Ka SE Plus 1.0, R$ 37.990; Ka SEL 1.0, R$ 40.590; Ka+ SE 1.0, R$ 38.890; Ka+ SE 1.5, R$ 43.290; Ka+ SE Plus 1.5, R$ 45.290; e Ka+ SEL 1.5, R$ 47.890.

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Viagem

aproveite

melhor a sua viagem Veja como alugar um carro pode melhorar sua locamoção e permitir que você conheça melhor o local que está visitando.

C

inco vantagens de se alugar um carro durante sua viagem de turismo ou de férias:

1- Viajar de carro facilita a visita-

ção a pequenos vilarejos ou cidades próximas;

2- Pode-se parar em qualquer lugar ao longo do caminho; 3- Retornar ao aeroporto de carro é um grande conforto;

4- A livre mudança de planos é uma grande vantagem quando se tem um carro lhe esperando;

5- Otimizar os bilhetes aéreos e ganhar mais conhecimento.

Nem sempre alugar um carro está nos planos de quem viaja para conhecer novos lugares, mas sempre vale a pena se informar sobre as ofertas de locação no destino que você escolheu. Mais que isso: pesquisar as cidades mais próximas que você pode conhecer de carro. Apenas um exemplo: você tem um

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Existem cidades onde é indispensável alugar um carro, como Porto seguro, florianópolis, rio de janeiro e salvador

bilhete de sua cidade para o Recife – alugando um carro dá para visitar Natal, Aracaju e Caruaru. Viu como é simples? E você conheceu mais três cidades. Portanto, um conselho antes de viajar: estude como você pode ampliar os horizontes do seu roteiro. Há cidades que você não pode ficar sem alugar um carro. É o caso de Florianópolis - repleta de lugares para visitar, entre, mirantes, 42 praias, parques, áreas de lazer e estabelecimentos charmosos. Floripa é o segundo destino brasileiro que mais atrai turistas, perdendo apenas para o Rio de Janeiro. E como toda grande metrópole é impossível conhecer seus encantos a pé. Outra cidade onde é indispensável alugar um carro é Porto Seguro – fica impossível conhecer realmente a região onde a história do Brasil começou sem ter um carro a sua disposição. Além das belas praias, com mar azul-esverdeado, contornadas por fileiras de coqueiros, Porto Seguro jamais decepciona. São aproximadamente 90 km de faixas de areia e municípios vizinhos, como é o caso das encantadoras cidades de


PORTO SEGURO

Trancoso e Arraial d’ Ajuda. E o Rio de Janeiro, que do primeiro ao último minuto do ano, não falta o que fazer o que visitar e o que rever. Além das praias paradisíacas, como são os casos da ‘Prainha’ e de ‘Grumari’, e de seus outros dois ícones geográficos, o Corcovado e o Pão de Açúcar, a Cidade Maravilhosa ainda apresenta pontos turísticos e opções de lazer em abundância. A grande vantagem de estar de carro é a liberdade de conhecer cidades vizinhas, como Búzios, Niterói, Cabo Frio, Arraial do Cabo, Rio das Ostras, Paraty, Ilha Grande, Petrópolis, Teresópolis e

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Visconde de Mauá. Alugar um carro também é indispensável para conhecer Salvador, que nasceu como protagonista do Brasil em 1549. Difícil não se impressionar com a paisagem das praias do norte, como Itapuã, eternizada por Dorival Caymmi, Vinicius de Moraes e Toquinho. Ou mesmo da orla central, onde fica a Praia da Barra, famosa por seu belíssimo farol. Mais que a natureza, Salvador é um lugar especial na beleza das construções históricas, museus e na gastronomia. Redutos de europeus e brasileiros endinheirados, cidades vizinhas como Guarajuba, Praia do Forte, e Imbassaí são outros passeios para estender a viagem até o litoral.

fLORIANÓPOLIS

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Perspectivas

Locação:

A previsão da ABLA é que a demanda mais significativa por aluguel de veículos acontecerá no Rio de Janeiro

A Olimpíada será igual a Copa?

C

onforme balanço da ABLA, na Copa do Mundo, em 2014,

Nos demais estados, deverá ocorrer

a maior parte da demanda

uma possível retração de demanda

por veículos alugados foi de

durante a Olimpíada, se o exemplo

brasileiros que vivem no Exterior

vivido pelo setor na Copa do Mundo

e, em função da Copa, anteciparam

se repetir. Isso porque as feiras de

suas viagens anuais ao Brasil. Via-

negócios, os eventos, as convenções

gens normalmente feitas na época

e grandes reuniões corporativas que

de final de ano, Natal, Ano Novo,

normalmente ocorrem nesse mês em

foram feitas na época do Mun-

diversas capitais do País, em 2016 po-

dial de Futebol, no meio do ano. É

derão não ocorrer ou serem adiadas,

provável que isso se repita também

exatamente por causa da Olimpíada.

durante a Olimpíada

Devido ao que podemos chamar de

Conforme a ABLA, em relação aos

frustração que o setor teve em relação

Jogos Olímpicos em 2016, a deman-

às expectativas com a Copa do Mun-

da mais significativa por aluguel de

do, para a Olimpíada de 2016 a ABLA

veículos deverá ocorrer quase que

vem trabalhando com expectativas

exclusivamente no Rio de Janeiro,

mais conservadoras.

com aumento de demanda em ritmo

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Paulo e Manaus.

O exemplo da Copa do Mundo foi

menos intenso nas outras cidades-

decepcionante para o setor como um

sede dos jogos de futebol, como Belo

todo, nacionalmente falando, pois

Horizonte, Salvador, Brasília, São

apenas as cidades sede tiveram au-


mento de demanda pela locação

zadas, foram melhores para o setor

diária, enquanto as demais tiveram

de locação do que a Copa propria-

retração,pois caiu a quantidade de

mente dita. Ou seja, ao contrário

eventos corporativos naquela época.

do que o senso comum faria crer,

Além disso, durante a Copa

a Olimpíada já impulsiona o setor.

do Mundo, a locação para estrangeiros atingiu em média somente

A Olimpíada já está

10% do total de veículos aluga-

impulsionando o

dos diariamente. E, sendo assim, é possível prever que durante a

setor, atendendo

Olimpíada, o índice também fique

os profissionais que

próximo disso. É provável, no entanto, que haja demanda de

trabalham nas obras

turistas que vivem nas cidades do

de estrutra. Isso

interior, para irem e voltarem ao Rio e às cidades em que haverá os

também ocorreu na

jogos de futebol.

Copa do Mundo -

Terceirização Os anos que antecederam a Copa do Mundo, durante os quais as obras de estrutura foram reali-

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quando a locação foi melhor do que durante o evento.

Se os turistas chegarão somente em agosto de 2016, as empresas que trabalham nos projetos de infraestrutura já demandam serviços do setor, a exemplo do que ocorreu antes da Copa do Mundo. A terceirização das frotas tira a responsabilidade das empresas envolvidas em projetos de infraestrutura para a Olimpíada sobre licenciamento, emplacamentos e impostos dos veículos. Sobre os custos com seguro e manutenção. E ainda com despesas nem sempre são previstas no orçamento dessas empresas, como a reposição de peças e o custo financeiro da ociosidade de cada veículo.

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Negócios

Minivans

no setor de locação de veículos

E

xiste uma procura relevante no Brasil por minivans de sete lugares, tão comum em países como Estados Unidos? A demanda existe, porém bem menos significativa que na América do Norte. No Brasil, o interesse pelo aluguel de minivans de sete lugares é gerado principalmente por empresas, no nicho de negócios que o setor classifica como terceirização de frotas. Ou seja, trata-se do aluguel de veículos feito diretamente para empresas públicas e privadas, além de órgãos públicos, por meio de contratos (pagamentos) mensais – e não pagamentos por diária, como ocorre para os usuários dos veículos alugados com o objetivo de fazerem turismo. Nesse nicho de frota, como opções mais econômicas e mais próximas da realidade do setor, entre as

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locadoras que trabalham com veículos de sete lugares são oferecidos principalmente a Fiat Dobló e a Chevrolet Spin, que hoje atendem os clientes dentro da melhor relação custo-benefício que as locadoras podem oferecer. Assim, uma questão que tem envolvido as locadoras de veículos implica no interesse em comprar minivans de sete lugares, ou o investimento em geral não é válido? Na verdade, as locadoras têm demonstrado interesse em modelos do gênero, embora a demanda não seja

No Brasil, o aluguel de minivans de sete lugares é gerado principalmente por empresas que têm tercerização de frotas.


equivalente a dos Estados Unidos. Mas há clientes corporativos interessados nessas minivans mais confortáveis. Porém, esses modelos chegam e são vendidos no Brasil com preço fora da realidade do setor de locação de veículos, geralmente acima de R$ 90 mil por unidade. Nos Estados Unidos é possível alugar uma minivan por tarifa equivalente às cobradas por veículos compactos. No Brasil isso é impossível, pois as locadoras que possuem essas minivans tiveram de desembolsar um valor muito alto no momento da compra, o que se reflete diretamente em pressão no preço da locação para o cliente final. Dessa forma, a demanda por parte de pessoas físicas é pequena, pois o valor da tarifa que a locadora é obrigada a estabelecer também acaba ficando acima das possibilidades do usuário.

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É muito importante dizer, também, que para a popularização desses modelos no Brasil as locadoras seriam o melhor canal. E, para isso, é preciso que as montadoras e importadoras reduzam suas margens nas vendas para o setor, assim como o poder público também diminua os impostos incidentes sobre tais veículos. Essas duas medidas, somadas ainda ao interesse dos bancos públicos e privados em fornecer mais crédito às locadoras, a juros compatíveis com a realidade do setor, certamente ajudariam muito a consolidar as minivans de sete lugares no mercado brasileiro.

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O Destaque

PESCADOR, SUA MULHER E A EMPRESA FAMILIAR Cecilia lodi Diretora da Lodi Consultoria

Analisando o ciclo de nascimento, vida e morte das empresas familiares, reconhecemos um padrão para a sua decadência. É certo que as questões de mercado e o talento gerencial influenciam, mas grande parte da mortalidade se dá pela fome excessiva de seus envolvidos. Uma empresa, no seu nascedouro, conta com um grande sacrifício do empreendedor e de seus familiares. Muito trabalho e pouco dinheiro é uma história que se repete na maioria dos casos de sucesso. Porém as necessidades vão mudando, os filhos vão crescendo, as vezes num ambiente de menos austeridade, de mais conforto e quando nos damos conta, aquela empresa que sustentava um casal com dois filhos tem dificuldade de sustentar três casais e seus filhos. Mas além do problema da explosão demográfica da família, há o problema da ambição. Antes, as famílias se contentavam com uma vida modesta e sentiam-se felizes com eventuais luxos, indulgências que agradavam o dia e alimentavam os sonhos. Mas o tempo passou e o que a empresa distribui não é mais suficiente. Se quer mais e mais. Esta realidade lembra um pouco de um conto dos Irmãos Grimm chamado “O Pescador e sua Mulher”. Um pescador muito pobre vivia num pequena casinha com sua esposa. Não conseguia pescar grandes peixes, pois não tinha barcos que alcançavam o alto mar. De dia trabalhavam muito, de noite sonhavam com uma casinha melhor e dormiam abraçados e felizes por ter um ao outro. Um dia o pescador pescou um peixe mágico que ofereceu um desejo pela sua liberdade e o pescador pediu a tal casinha que sua esposa e ele tão sonhavam. O peixe concedeu. Naquele dia, ao voltar para casa, encontrou sua esposa

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radiante, mas confusa sobre o que acontecera. A casinha estava lá. O pescador explicou então o encontro com o peixe e neste instante o sorriso da esposa morreu. Poderia ter pedido qualquer coisa? - Ela perguntou. E pediu só isto? A esposa entendia que mereciam muito mais, já sonhava com uma casa melhor localizada, talvez um palácio. O pescador, pressionado, procurou novamente o peixe, que lhe concedeu novamente um desejo. Voltando para casa percebeu que isto não seria suficiente. Sua esposa estava infeliz. Ele não havia pedido o melhor, precisavam de mais. E assim a história se desenrola. Muitas vezes o pescador volta ao peixe e muitas vezes o peixe lhe concede um desejo. E a cada vez, mais infelicidade. O peixe enfim resolve que o desejo que concederá será a felicidade e tira a memória e tudo o que concedeu, devolvendo o pescador a sua condição inicial, voltando o casal a ser feliz novamente. Independente da moral da história que os autores quiseram suscitar, há uma lição para a empresa familiar. A linha é tênue entre a qualidade de vida e a abundância. Desde cedo a família deve aprender qual é a origem do dinheiro que chega até ela e os limites respeitosos para a sua longevidade. Além disto, deve aprender a valorizar a tudo e a todos que permitem a condição que ela tem. A família deve aprender que, com seu crescimento, deve haver a busca de dinheiro novo e que seus membros devem, por si, se tornarem empreendedores e auto-suficientes. Devem aprender que é importante buscar uma vida melhor, mas com responsabilidade. Devem aprender que mesmo fora da gestão, seus atos, seus valores, suas escolhas, influenciam o sucesso ou o fracasso da organização. No conto de Grimm para que alcançassem a felicidade eles deveriam perder tudo o que conquistaram. Em nossa vida cotidiana não precisa ser assim. Mas como dizia minha mãe, o dinheiro não aceita desaforo e sempre rola para as mãos de quem o respeita. Por isto, precisamos pensar e nos educar a entender que, na vida, o que temos será o resultado de nossas escolhas. Somos responsáveis por elas. Sem vítimas e nem predestinação e que o mais importante de tudo não é o que se tem mas aquilo que se é.


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