# 61 2015 JULHO/AGOSTO
Revista
MUITO ALÉM DA RODA Para se manter competitivo, é preciso se reinventar
O XII Fórum Nacional da Indústria do Aluguel de Automóveis apresenta alternativas para a inovação no mercado de locação
II Fórum Jurídico trouxe os temas quentes da legislação
Com o New March, Nissan investe no mercado de locadoras
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Ano XI • Nº 61 • julho/agosto 2015
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Capa
Tudo pronto para o XII Fórum Nacional da Indústria de Aluguel de Automóveis
7
Editorial
8
Na Frente
Região Norte recebe a visita do presidente da ABLA
18
Ao Volante
Brasil tem mais de 60 milhões de motoristas, segundo o Detran
24
Jurídico
II Fórum Jurídico ABLA movimentou Brasília
34
28
Diálogos
Chutar o balde, uma difícil decisão
30 Entrevista
O economista Antônio Corrêa de Lacerda analisa o momento econômico atual e seus reflexos para o mercado de locação
4
28 33
Patrocínios
ABLA e Sindlocs se unem em torno de uma mesma política comercial
34
Por Dentro
Nissan New March conquista o mercado com baixo custo de manutenção e tecnologia
36
Brasil – Viagem O “bicho vai pegar” no Pantanal
38
Manutenção
O fim dos problemas na aquisição de pneus
40
ABLA Jovem
Projeto quer reunir gerações de empresários
43
Tira Teima
Como funciona o atendimento jurídico remoto
Use o leitor QR Code do seu smartphone para acessar o site da ABLA.
36
44
Tecnologia
Rastreamento de veículos torna-se cada vez mais indispensável
46
Seguros
Custo da proteção considera diversos fatores, além do modelo do veículo
48
Contabilidade
44
Como fica o ICMS das vendas de veículos com menos de um ano
50
Fim de Papo
O passo a passo para “destruir” uma associação
5
A ABLA tem sempre novidades para seus associados. Fique conectado e acompanhe.
Expediente CONSELHO GESTOR Paulo Nemer (Presidente do Conselho Nacional), Carlos Cesar Rigolino Jr. (Vice-Presidente do Conselho Nacional), Alberto Faria, Carlos Faustino, Emanuel Trigueiro, José Adriano Donzelli, Marcelo Fernandes, Nildo Pedrosa, Paulo Gaba Jr., Paulo Miguel Jr., Raimundo Teixeira (in memoriam), Saulo Froes e Simone Pino. CONSELHO GESTOR (SUPLENTES): Bernard da Costa Teixeira, Celio Fonseca, Gustavo do Carmo Azevedo, José Emilio Houat, José Zuquim Militerno, João José Regueira de Souza, Leonardo Soares, Luiz Carlos Lang, Márcio Castelo Branco Gonçalves e Valmor Emilio Weiss.
CONSELHO FISCAL (SUPLENTES): Lusirlei Albertini, Marco Antonio de Almeida Lemos, Marconi José de Medeiros Dutra, Nilson Oliveira Silva e Paulo Hermas Bonilha Júnior. COORDENAÇÃO GERAL: Alberto Faria e Olivo Pucci. PUBLICIDADE: Jorge Pontual e Francine Evelyn (11) 5087-4100. Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis – ABLA São Paulo: Rua Estela, 515 – Bloco A – 5º andar 04011-904 – São Paulo/SP (11) 5087.4100 | abla@abla.com.br Brasília: Saus Quadra 1 – Bloco J edifício CNT sala 510 – 5º andar – Torre A 70070-010 – Brasília – DF. (61) 3225-6728 www.abla.com.br Revista Locação – Coordenação Editorial: Em Foco Comunicação 11 3816.0433 | emfoco@emfoco.net Editor: Nelson Lourenço Textos: Nelson Lourenço, Ana Candida Revisão: Tarcila Lucena Arte: Leandro Cagiano Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: AR Fernandez
Capa: Leandro Cagiano/ foto: © Nyo009 | Dreamstime.com
CONSELHO FISCAL: Alvani Laurindo, Eduardo Correa da Silva, Eládio Paniágua Jr., Jacqueline Moraes de Melo, Marco Aurélio Gonçalves Nazaré e Ricardo Gondim Espírito Santo.
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Editorial
Hora da virada
Capa: XII Fórum Nacional da Indústria do Aluguel de Automóveis propõe uma nova visão para o mercado de locação
EM meio a esse ano de 2015, que tem sido difícil para a economia do Brasil e que vem atingindo praticamente todos os setores, o desafio de definir um tema central para o XII Fórum Nacional da Indústria do Aluguel de Automóveis tornou-se ainda maior. Foi exatamente a necessidade de superação, imposta pelo atual cenário, que levou o Conselho Gestor da ABLA a aprovar o tema “Estamos preparados para reinventar nosso negócio?”. A partir dele, o objetivo é mostrar as saídas para as locadoras superarem as turbulências que estamos enfrentando atualmente no Brasil. É essencial que as empresas se reinventem. Em momentos em que a falta de esperança parece vir de todos os lados, o antídoto é procurar novas formas de satisfação pessoal e profissional dentro do próprio negócio. Isso implica em manter o cliente no centro, mas buscar mais integração, inovação, eficiência operacional, relacionamento, flexibilidade e personalização da empresa, entre outros aspectos corporativos importantes no mundo moderno. Deu certo antes, não quer dizer que dará certo agora. O mundo mudou com a globalização e os clientes têm um nível de exigência muito maior. Praticar a network tornou-se imprescindível, pois o relacionamento e a troca de experiências aumentam muito o poder do conhecimento do negócio. O Fórum ABLA é uma grande oportunidade de se obter tudo isso. Reinventar-se significa ganhar competitividade. Por isso o evento foi pensado e organizado para estimular formas de repensar o negócio, à medida que mudar a estrutura de um produto pode ser relativamente fácil, mudar o modelo de pensar é muito mais complexo e dá trabalho. Precisamos ir além. Isso também implica na formação de futuros líderes do setor. No nosso Fórum, a presença dos integrantes da ABLA Jovem, braço da associação responsável por estimular e capacitar os sucessores das locadoras, também é prova disso. Teremos no evento um painel exclusivo sobre novos conceitos e tecnologias que nos esperam no futuro. Enfim, este ano o evento mudou e ganhou um conceito ainda mais profissional. Além de painéis com assuntos específicos do setor, teremos palestrantes consagrados e temas voltados para o real enriquecimento pessoal e profissional. E mais uma grande novidade: expositores distribuídos em mesas de trabalho, nas quais nossos parceiros poderão oferecer e compartilhar, corpo a corpo com os seus clientes, seus produtos e serviços com eficiência e produtividade. Por tudo isso, estamos confiantes de que o Fórum ABLA ajudará o setor a atingir resultados no curto, no médio e no longo prazo. É um novo evento que, com certeza, agregará muito mais valor para todos os presentes. Saulo Froes
Conselheiro Nacional da ABLA, responsável pela área de Eventos do Planejamento Estratégico da Associação.
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Na Frente
Pé na estrada Presidente do Conselho Nacional da ABLA visita pessoalmente regiões distantes do centro do País para ouvir de perto as demandas das locadoras.
NO INÍCIO deste segundo semestre, o presidente do Conselho Nacional da ABLA, Paulo Nemer, fez um giro pelas regiões mais distantes do centro do País, com o objetivo de ouvir e de explicar detalhes sobre as ações e os benefícios da ABLA para as locadoras – tanto para as já associadas, como para aquelas interessadas em vir a fazer parte do quadro associativo. Somente no mês de julho, três importantes capitais brasileiras foram visitadas: Boa Vista (RO), Manaus (AM) e Porto Velho (RO). Os encontros com as locadoras dessas regiões também tiveram como pauta a apresentação do XII Fórum da Indústria do Aluguel de Automóveis, além de abordar, entre outros produtos e serviços garantidos pela ABLA, os cursos de capacitação para empresários e profissionais das locadoras. As visitas do presidente do Conselho Nacional estreitaram, ainda, o relacionamento entre a ABLA e a imprensa das diversas regiões do Brasil. No caso da região Norte, no telejornal Bom Dia Roraima (TV Globo), do dia 8 de julho, Paulo Nemer foi entrevistado ao vivo sobre o atual momento do mercado de locações no Brasil; e na edição de domingo, 19 de julho, do jornal impresso A Crítica (o maior do estado do Amazonas), Nemer foi ouvido sobre as vantagens da terceirização de frotas para clientes da iniciativa privada e do setor público. n
Paulo Nemer, presidente do Conselho Nacional da ABLA: visita à Região Norte também aproximou o setor e a imprensa local
8
Na Frente
Capa
XII Fórum Nacional
Passagem para o futuro XII Fórum Nacional da ABLA propõe estratégias e a discussão sobre a necessidade de se reinventar no setor de locação
“ESTAMOS PREPARADOS para reinventar o nosso negócio?” Este é o tema central do XII Fórum Nacional da Indústria do Aluguel de Automóveis, que acontece nos dias 9 e 10 de setembro, no Estanplaza International Hotel, em São Paulo. Para chegar a esse tema, crucial para a sobrevivência das locadoras em um mercado cada vez mais competitivo, foi considerado o momento econômico em que o Brasil se encontra, com todas as suas dificuldades – e oportunidades. O Fórum discute o impacto desse cenário econômico no setor de locação de automóveis, a fim de apresentar alternativas e soluções para enfrentar as barreiras geradas pela crise. O objetivo, ao montar a programação do evento, foi beneficiar o maior número possível de profissionais da área. Para demonstrar ao mercado essa disposição em atender às expectativas do público – empresários e profissionais de todo o país –, o presidente do Conselho Nacional da ABLA visitou regionais da entidade, promovendo encontros com representantes da indústria de locação de automóveis em diversos estados. A programação completa do Fórum ABLA e sua repercussão podem ser conferidas em http://www.abla.com.br/forumabla.
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Capa
XII Fórum Nacional
Canal privilegiado para os negócios Fórum terá espaços idealizados para que os congressistas invistam em network
O XII Fórum Nacional da Indústria do Aluguel de Automóveis foi idea lizado para valorizar o relacionamento, o que significa proporcionar inúmeros momentos para network entre os parceiros de negócios e os congressistas, dentro da arrojada proposta de tornar o evento muito produtivo e dinâmico. Para isso, o Estanplaza International Convention Center, em São Paulo (SP), foi adequado no sentido de estimular os contatos, com mesas de negócios planejadas para que, durante os coffee breaks e intervalos para os almoços, os empresários tenham fácil e rápido acesso aos fornecedores de produtos e serviços voltados às empresas locadoras. Dessa forma, o local “caiu como luva” para receber o evento de um setor que, cada vez mais, ganha importância dentro da economia do País. Conforme o Anuário ABLA 2015, o faturamento das locadoras de veículos atingiu R$ 14,72 bilhões no ano passado e o número de empresas locadoras chegou a 5.624, após o cruzamento e a consolidação de uma série de novas informações às quais a ABLA passou a ter acesso inédito e detalhado. Por meio do aperfeiçoamento das tecnologias disponibilizadas para o acesso mais fácil, mais rápido e mais preciso às informações de mercado, somadas ao próprio interesse de
órgãos públicos e privados em serem cada vez mais transparentes, a ABLA conseguiu cruzar dados e números obtidos junto a montadoras, secretarias de Fazenda, Confederação Nacional do Transporte, juntas comerciais, Fenabrave, Anfavea e também junto ao Denatran. Esses mais recentes números e estatísticas do setor, referentes ao ano de 2014 (veja nas próximas pági nas) marcam o início de uma nova série histórica de dados do setor de locação de veículos no Brasil.
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O espaço em que acontece o evento foi meticulosamente escolhido para garantir oportunidades iguais no contato de empresas e profissionais durante o Fórum
Capa
XII Fórum Nacional Mercado de locação de automóveis faturou quase R$ 15 bilhões em 2014 Confira aqui estes e outros números do setor, segundo o Anuário ABLA
PERFIL DO NEGÓCIO
$
FATURAMENTO
IMPOSTOS
R$ 14.728,52
R$ 5.846,56
BILHÕES
BILHÕES
FROTA
773.222
PERFIL DO USUÁRIO
Nº DE USUÁRIOS
25.918.632
12
Capa
XII Fórum Nacional
PARTICIPAÇÃO DAS MARCAS
COMPOSIÇÃO DA FROTA
nas compras das locadoras em 2014 OUTROS
FIAT
45,25%
18,99%
por modelo
VANS E UTILITÁRIOS 12%
LUXO 5%
16,23% GENERAL MOTORS 8,38%
3,21%
RENAULT 7,93%
ECONÔMICO 60%
IDADE MÉDIA DA FROTA
450.920
18
PESSOAS
MESES
PONTOS DE LOCAÇÃO
5.624
7.348 3.333.397
Negócios
57%
COMPACTO 19%
EMPREGO
NÚMERO DE LOCADORAS
Terceirização
1%
PREMIUM 3%
VOLSKWAGEM
FORD
OUTROS
Total de automóveis e comerciais leves licenciados em 2014.
25%
12,45%
UTILIZAÇÃO
18%
dos automóveis e comerciais leves licenciados no País em 2014 foram destinados ao setor de locação
Lazer
(415.007
)
unidades
13
Capa
XII Fórum Nacional Norte
18.665
Total da frota regional de veículos
328
Total de pontos de locação
Nº DE LOCADORAS
PONTOS DE LOCAÇÃO
FROTA DE VEÍCULOS
Acre
11
17
387
Amapá
26
35
813
Amazonas
51
50
3.603
Pará
93
131
11.118
Rondônia
26
34
1.359
Roraima
34
44
1.038
Tocantins
16
17
302
TOTAL
257
328
18.665
Nordeste
84.919
Total da frota regional de veículos
1.063
Total de pontos de locação
Nº DE LOCADORAS
PONTOS DE LOCAÇÃO
FROTA DE VEÍCULOS
Alagoas
46
63
4.306
Bahia
196
299
19.815
Ceará
118
163
14.618
Maranhão
50
56
5.511
Paraíba
54
75
2.950
Pernambuco
180
225
22.956
Piauí
28
37
3.570
Rio Grande do Norte
81
93
6.041
Sergipe
42
52
5.215
TOTAL
795
1.063
84.919
14
Capa
XII Fórum Nacional Centro-Oeste
37.189
Total da frota regional de veículos
343
Total de pontos de locação Nº DE LOCADORAS
PONTOS DE LOCAÇÃO
FROTA DE VEÍCULOS
Distrito Federal
61
85
18.312
Goiás
35
38
9.230
Mato Grosso
138
180
5.820
Mato Grosso do Sul
28
40
3.827
TOTAL
262
343
37.189
Sudeste
561.548
Total da frota regional de veículos
4.535
Total de pontos de locação Nº DE LOCADORAS
PONTOS DE LOCAÇÃO
FROTA DE VEÍCULOS
Espirito Santo
132
147
15.503
Minas Gerais
494
870
129.997
222
326
81.529
Grande São Paulo
Rio de Janeiro
1.265
1.772
213.248
São Paulo – Interior
1.286
1.420
126.271
TOTAL
3.399
4.535
561.548
Sul
70.901
Total da frota regional de veículos
1.079
Total de pontos de locação Nº DE LOCADORAS
PONTOS DE LOCAÇÃO
FROTA DE EÍCULOS
Paraná
413
524
50.403
Rio Grande do Sul
385
385
15.181
Santa Catarina
113
170
5.317
TOTAL
911
1.079
70.901
15
Capa
XII Fórum Nacional
Criatividade
Ousadia
Inovação
Mudança LEILA NAVARRO Quando o assunto é motivação, o nome de Leila Navarro é uma unanimidade. A sólida carreira de Leila no mercado de palestras já dura 15 anos. Suas apresentações já foram levadas a vários países, como Espanha, Japão, Uruguai, Colômbia e Portugal. Além disso, é presença constante em programas de entrevistas na TV, rádio e mídias virtuais, e também colunista do programa Tribuna Independente, da Rede Vida, e do programa Palavras Amigas, da Rádio Globo BH. Ao longo de sua carreira, Leila publicou 15 livros, entre eles, Autocoaching de carreira e de vida, Talento à prova de crise e Confiança, o diferencial do líder. É profissional graduada na área da saúde pela USP e professora convidada na Universidade de Barcelona (UB).
um de nós. É sempre muito mais fácil uma equipe enfrentar as dificuldades unida, buscando soluções diferenciadas e criativas para se destacar no mercado, atenta aos entraves, é claro, mas sem se deter neles. E aí vem uma pergunta: uma empresa de excelência não está sempre em busca de novas alternativas para o seu negócio? Então essa tal crise pode ser o trampolim para novas aberturas de mercado. A minha proposta é que repensemos o nosso próprio posicionamento. Eu não vou me surpreender se depois dessa palestra alguns participantes vierem a mim e disserem que nada melhor do que uma crise para crescermos. Esse é o meu principal objetivo neste evento.”
“A ABLA está de parabéns com o tema provocador e bastante pertinente do evento este ano: “Estamos preparados para reinventar o nosso negócio?”. Este é um questionamento extremamente importante que cada um de nós deve fazer e, durante a minha palestra focarei em questões voltadas à mudança de paradigmas, inovação e ousadia para despertar diversos insights. Um deles é fazer com que o público repense se o que é chamado de crise pode não ser, na verdade, momento de grandes oportunidades no mercado. Outra questão importante é entender que a pior crise que se pode instalar em uma organização não é externa e sim aquela alojada em cada
Leila Navarro
16
Capa
XII Fórum Nacional
Economia
Dinheiro
Riscos
Mercado
RITA MUNDIM Economista pela UFMG, Rita Mundim conta em seu currículo com uma extensa lista de especializações na área de economia. A palestrante do Fórum ABLA é mestre em administração pela FEAD, especialista em mercado de capitais pela UFMG e ciências contábeis pela FGV, além de ser professora da disciplina Mercado de Capitais da Fundação Dom Cabral e do IBMEC. No rádio, é comentarista econômica da rádio Itatiaia/MG. Atua ainda como colunista das revistas Perfil e Sindloc/MG. Entre as publicações que possuem a sua assinatura está o livro “Mercado Financeiro – uma abordagem prática dos principais produtos e serviços”. Durante sua carreira, Rita recebeu vários prêmios, incluindo o Apimec Nacional como melhor profissional de mercado em 2007/2008.
“As incertezas que não vivíamos há tempos estão de volta e precificadas nos números da economia. Entre essas incertezas, temos o dólar no maior nível desde março de 2003, os juros no maior nível dos últimos nove anos, o maior déficit fiscal em um primeiro semestre do ano, o PIB projetado em -2,5% , a nota de risco do País sendo rebaixada com possibilidade de perda do grau de investimento. Mas, ao mesmo tempo, temos o reconhecimento do governo dos erros do mandato anterior. O câmbio voltou a flutuar e os preços administrados que estavam congelados foram
corrigidos, o programa de concessões foi lançado. Vários ativos públicos poderão ser vendidos, como o IRB, a área de seguros da Caixa, e a BR Distribuidora, e já estão em análise junto ao mercado. A balança comercial voltou a ficar superavitária, o setor exportador vai liderando a tímida retomada do crescimento, e o agronegócio continua forte. Resumindo: o Brasil é e sempre foi muito maior do que as crises. Crise é sinônimo de oportunidades. A riqueza tem que circular. Vamos falar da crise, mas com ênfase nas oportunidades.” Rita Mundim
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Ao Volante
Mais de 60 milhões estão habilitados para dirigir Número de brasileiros com CNH é divulgado pela Associação dos Detrans (ADN); conheça o perfil de cada estado
© Martinmark | Dreamstime.com
EM COMEMORAÇÃO ao Dia do Motorista, 25 de julho, a Associação dos Detrans (ADN), em parceria com os departamentos estaduais de Trânsito, divulgou pesquisa que retrata o perfil e/ou a população de motoristas brasileiros com Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nos 26 estados da Federação e no Distrito Federal. Ao todo, de acordo com os dados do Registro Nacional de Condutores Habilitados (Renach), o País possui 60,7 milhões de motoristas. O estado de São Paulo encabeça a lista com quase 21 milhões de CNHs, enquanto Roraima tem o menor número de habilitações, com cerca de 121 mil. Confira no mapa (ao lado) os dados divulgados pela entidade. n
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Ao Volante
AMAZONAS Com quase 235 mil motoristas, cerca de 90 mil são do sexo masculino
RORAIMA Tem o menor número de motoristas, com 121 mil CNHs
ACRE 63% dos motoristas têm até 40 anos
PARÁ Possui 860 mil (75%) homens de um total de 1,150 milhão
TOCANTINS São cerca de 346 mil motoristas nas ruas do estado
AMAPÁ Jovens são 28% da população de motoristas com cerca de 37 mil condutores
MARANHÃO Maioria é homem entre 31 e 40 anos e estado tem 500 mil habilitados
PIAUÍ 323 mil motoristas são homens, representando 73% do total CEARÁ Estado tem 1,6 milhão de habilitações, sendo 70% do sexo masculino RIO GRANDE DO NORTE Estado tem cerca de 670 mil motoristas com CNH PARAÍBA Estado tem aproximadamente 691 mil condutores PERNAMBUCO Um dos campeões de longevidade: 69 dos motoristas registrados têm entre 101 e 120 anos; entre 81 e 90 anos, são mais 16 mil do total de 1,86 milhão de CNHs.
RONDÔNIA O Estado tem registrado cerca de 602 mil condutores MATO GROSSO 60% possuem idade entre 30 e 60 anos do total de 1,1 milhão MATO GROSSO DO SUL Dos 860 mil motoristas sulmatogrossenses, 1.143 são idosos a partir de 90 anos com CNH ativa
GOIÁS Estado possui cerca de 2,3 milhões de condutores
ALAGOAS Homens são maioria, 74% dos motoristas; mulheres representam 26%
DISTRITO FEDERAL Mulheres são 561 mil motoristas, dos 1,4 milhão do estado
RIO GRANDE DO SUL estado mais ao Sul do Brasil possui 4,3 milhões de motoristas
SERGIPE Estado tem cerca de 425 mil pessoas com CNH PARANÁ 1,250 milhão de motoristas homens entre 41 e 60 anos do total de 4,4 milhões
RIO DE JANEIRO São mais de 3,7 milhões de condutores habilitados
BAHIA Dos quase 2,3 milhões de condutores, cerca de 566 mil têm até 30 anos
SÃO PAULO Possui a maior população de condutores, com quase 21 milhões
MINAS GERAIS Segundo o Renach, Estado possui quase 6,3 milhões de motoristas
ESPÍRITO SANTO Do universo de 1,2 milhão, jovens até 21 anos somam 62 mil
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Ao Volante
SUVs, 10 anos de expansão
Fiat comemora 39 anos
QUANDO começaram a ser comercializados no Brasil em 2005, os SUVs possuíam apenas 36 modelos no mercado, sendo apenas sete fabricados no País. Mais de dez anos depois, a realidade dessa categoria de automóvel se transformou e os números de 2014 comprovam que as minivans e crossovers conquistaram os motoristas brasileiros. No ano passado, foram quase 300 mil unidades vendidas, o que representa mais do que o triplo de 2005, e a oferta mais do que dobrou, atingindo a marca de 68 modelos. n
NO DIA 9 de julho, a Fiat comemorou 39 anos de operação no Brasil. Para celebrar a data, a montadora anunciou que pretende continuar modernizando a operação de sua planta em Betim, em Minas Gerais, que receberá novos maquinários robóticos e cabines de pintura para ampliar a produção de 16 modelos, incluindo os da fusão com a Chrysler em 2014, subdivididos em mais de 120 versões. As obras devem acabar em 2016. n
Chevrolet Classic mais equipado A GENERAL MOTORS do Brasil anunciou no final de julho que a linha 2016 do Chevrolet Classic passará a contar com direção hidráulica de série desde a versão básica. De acordo com a montadora, os novos modelos não sofrerão alteração na motorização, ainda com o motor 1.0 litro flex, e serão mantidos os principais itens de série, como o ar-condicionado. n
20
Ao Volante
Terceirização de frotas mantém operações estáveis EM ENTREVISTA ao jornal Folha de S. Paulo do dia 19 de julho, o presidente do Conselho Nacional da ABLA, Paulo Nemer, revelou que o segmento de terceirização de frotas, que representa 57% do faturamento do setor de locação no País, manteve-se estável no primeiro semestre de 2015, comparativamente ao mesmo período do ano anterior. “Governos e corporações estão aumentando a terceirização para colocar o capital em sua atividade-fim”, disse Nemer à publicação. n
Líderes em financiamentos O CETIP, órgão que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), juntamente com a sua Unidade de Financiamento, o maior banco de dados sobre financiamentos de veículos do Brasil, divulgaram em julho a relação de montadoras mais financiadas do País no primeiro semestre do ano. A GM lidera em 11 estados, seguida pela Fiat com dez e Volkswagen com seis. Entre os modelos, Palio aparece na preferência, seguido por Onix, Classic e Gol. n
Up! Turbinado APÓS LIBERAR detalhes pelas redes sociais, a Volkswagen revelou as mudanças do popular Up! A linha 2016 ganha nova motorização, considerada a mais potente e econômica do mercado para veículos 1.0. Batizado de EA 211, o motor flex possui três cilindros e injeção direta capaz de gerar até 105 cv com etanol. No consumo de combustíveis, as novas versões possuem nota A na certificação do Inmetro. Nos itens de série, há novidades a partir da versão move up! com ar condicionado e direção com assistência elétrica. n
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Ao Volante
Chery investe US$ 100 milhões no Brasil
JAC T3 revelado por site chinês
A MONTADORA chinesa Chery anunciou que vai investir mais US$ 100 milhões no parque fabril de Jacareí, no interior de São Paulo, para trazer a quinta geração do SUV Tiggo. Segundo a empresa, a expectativa é que a versão brasileira do utilitário comece a ser produzida em 2017, juntamente com os modelos Celer, versões hatch e sedã, e o compacto QQ, com previsão de produção até o final do ano. O anúncio ocorreu durante a formalização dos investimentos de US$ 300 milhões para o Parque de Fornecedores na cidade do Vale do Paraíba. n
COM PREVISÃO de chegada ao Brasil no segundo semestre de 2016 e apresentado no Salão de Xangai, o JAC Refine S2 – que no País receberá o nome de T3 – foi flagrado por um site chinês dedicado ao mercado automotivo. O modelo, que primeiramente será importado para o mercado nacional, terá apenas uma opção de motorização, de 1.5 litro de 113 cv e transmissão manual de seis marchas ou CVT. Com a tecnologia bicombustível, o veículo chegará a 127 cv com etanol. Ainda segundo o portal, a montadora começará a fabricação do automóvel no final de 2016 ou início de 2017 na fábrica de Camaçari, na Bahia. n
Parceria dos bancos PSA Finance e Santander chega ao Brasil
BRAÇO do Grupo Peugeot Citroën, o Banco PSA Finance confirmou que a parceria com o Banco Santander firmada há um ano para a Europa vai desembarcar no Brasil. Por meio de uma joint venture – ainda sob a análise das autoridades regulatórias brasileiras –, o Santander vai adquirir ações do Grupo PSA no país, formando assim uma instituição financeira com participação igualitária (50/50). A parceria, anunciada pela matriz do PSA Finance na França, visa ampliar o financiamento às concessionárias e oferecer preços competitivos das marcas Peugeot, Citroën e DS. A mesma operação já atua nos mercados da França e Reino Unido. n
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Ao Volante
Nissan de olho no mercado de SUVs compactos DURANTE o Salão de Buenos Aires, a Nissan deu pistas dos planos para o mercado latino-americano. Chairman da montadora japonesa para a América Latina, José Luis Valls confirmou que a empresa pretende ampliar a atuação em outros segmentos no Brasil. Uma das alternativas seria o mercado de SUVs compactos, no qual a Nissan apostaria no Kicks. O modelo, inclusive, vai ser utilizado como “carro-propaganda” nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Outra novidade é a nova geração da picape Frontier, que passa a ser fabricada na Argentina em 2017. n
Crise não afasta investimentos das montadoras
Toyota Etios com novo sistema multimídia
O PRESIDENTE mundial da General Motors, Dan Ammann, anunciou que o Brasil receberá mais de R$ 13 bilhões de investimentos da montadora até 2019. Segundo o executivo, os objetivos da operação são adicionar seis novos modelos ao mercado, renovar as opções de motores e transmissão e reforçar a área de utilitários esportivos da marca. Considerado um dos mercados-chave para a GM, que anunciou também a meta de vender mais de 10 milhões de unidades em todo o mundo por ano, o aporte no país será direcionado às unidades fabris de São Bernardo do Campo, em São Paulo, e Gravataí, no Rio Grande do Sul. Já a Toyota anunciou no final de julho que deve abrir mais 500 postos de trabalho para suas fábricas no estado de São Paulo. n
A LINHA 2016 do Toyota Etios, somente nas versões Cross e XLS, ganhou um novo sistema multimídia. Com tela de sete polegadas touch screen, o destaque fica por conta da tecnologia mirro link que permite, diretamente no painel do veículo, o espelhamento da tela de smartphones por meio das conexões USB ou HDMI e do aplicativo Sygic Car Navigation disponível para Android e em breve para iOS. Outros artigos do sistema são comandos no volante, reprodutor de arquivos em MP3 por cartão SD, USB ou pareamento. Já nos itens de série, desde as versões de entrada, o Etios continua a oferecer ar–condicionado, direção elétrica, air bags frontais, entre outros. n
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Jurídico
A indústria de locação sob ataque Setor de locação de veículos tem sido impactado por inovações legislativas e regulatórias que estão modificando o ambiente de negócios
Carlos Cesar Rigolino Jr., Vice-Presidente do Conselho Nacional da ABLA; Adriano Castro, Assessor Jurídico da ABLA e Fenaloc; Paulo Nemer, Presidente do Conselho Nacional da ABLA e Paulo Gaba Jr., Presidente da Fenaloc, abrem o Fórum em Brasília
de um período em que, em termos de regulamentações e legislações, o setor “está debaixo de ataques de diversas direções”. Castro conduziu o II Fórum Jurídico da Indústria de Locação de Veículos, realizado em agosto na sede da ABLA e da Fenaloc, em Brasília (DF). Nessa reportagem, você vai ficar sabendo quais são as inovações causadas pelas alterações legislativas e regulatórias que o setor está enfrentando. Confira.
AS EMPRESAS do setor de locação, que no passado recente enfrentaram os desequilíbrios provocados pela redução do IPI na aquisição de veículos novos, agora sofrem com aumentos da carga tributária federal (PIS/COFINS) e estadual (ICMS/IPVA). Além disso, surgiram novas intervenções regulatórias questionáveis, como a Lei 13.146 (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Para o advogado Adriano Castro, especializado na indústria de locação de veículos, trata-se
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Jurídico
Dilma Rousseff veta o PL 4457/2012
Preocupações com IPVA e ICMS
O II Fórum Jurídico da Indústria do Aluguel de Automóveis começou com a notícia de que a Presidente da República vetou o PL 4457/2012. Trata-se do projeto que modificava o Código Civil, para expressamente estabelecer que o locador só deveria responder por danos causados a terceiros, no uso da coisa locada, caso procedesse com culpa ou dolo. Os advogados do setor estudarão o caminho para a retomada dessa importante demanda, no sentido de corrigir a injustiça causada pela aplicação automática da Súmula 492 nos julgamentos desse tipo de caso.
O regime especial do IPVA das locadoras de veículos, previsto pela Lei SP 13.296/2008 gerou cópias em outros estados, como se vê pela Lei SC 15.242/2010 e pela lei (prestes a entrar em vigor) no Rio Grande do Sul. Essas leis modificaram o critério espacial do IPVA, modificando a hipótese de incidência do “domicílio tributário” para “onde estão localizados os bens”. Conforme Adriano Castro, autuações tributárias milionárias foram expedidas contra locadoras e locatários, que ainda estão expostos à bitributação em seus estados de origem. “Essas novas leis estaduais sobre o IPVA são perigosas no curto e no longo prazo”, diz o advogado. “No curto porque geram expressivo risco fiscal e, no longo prazo, porque é previsível que uma vez consolidado o cerco arrecadatório pelos estados, o próximo passo será revogar os benefícios fiscais de alíquotas reduzidas para as locadoras”, avalia. Ainda em relação aos impostos, outro que preocupa o setor é o ICMS, pois o Convênio ICMS 135/2014 do CONFAZ criou presunção absoluta de sonegação às locadoras que alienarem veículos em prazo inferior a doze meses, contados a partir da compra originalmente regulada pelo Convênio ICMS 64/2006 do CONFAZ. Vários estados já inserem no CRLV dos veículos o impedimento de alienação em prazo inferior a doze meses, “situação que tende a se agravar”, diz Adriano Castro. “No Fórum Jurídico recomendou-se acompanhar o julgamento de recurso extraordinário sobre esse assunto no Supremo, no qual essa questão foi admitida como de repercussão geral”.
Adaptações para deficientes geram dúvidas A Lei 13.146/2015 instituiu o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que no artigo 52 estabelece que as locadoras são obrigadas a oferecer um veículo adaptado para uso de pessoa com deficiência, a cada conjunto de 20 veículos de sua frota. O parágrafo único diz ainda que “o veículo adaptado deverá ter, no mínimo, câmbio automático, direção hidráulica, vidros elétricos e comandos manuais de freio e de embreagem”. As dúvidas que estão sendo levantadas pelos advogados do setor são várias. Por exemplo: essa obrigação se aplica às empresas dedicadas à terceirização de frotas, nas quais os locatários são pessoas jurídicas? Como cumprir exigências incompatíveis ou inúteis, como a duplicidade de “câmbio automático” e “comandos manuais de embreagem”? O advogado Adriano Castro acrescenta, ainda, que não está esclarecido se “a lei exige a propriedade do veículo ou basta ‘oferece-lo’ adaptado, sendo assim admitida a sublocação”.
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Jurídico
Novidades importantes sobre PIS/COFINS
Já a respeito do PIS/COFINS sobre aluguéis, causou comoção entre os advogados do setor, reunidos no II Fórum Jurídico da Indústria do Aluguel de Automóveis, a informação de que a Receita Federal adotou entendimento que o aluguel pago no contrato de locação de veículos não geraria créditos de PIS/COFINS para os locatários. O texto da Receita é o seguinte: “Valores pagos por locação de veículo não ensejam a constituição de créditos a serem descontados [PIS/COFINS] apurada em regime não cumulativo, porquanto tais despesas não estão expressamente relacionadas no art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002, e no art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003, e também não se enquadram em qualquer das hipóteses de creditamento previstas naqueles dispositivos legais”.
Conforme Adriano Castro, esta posição aumenta o custo efetivo da locação para os locatários em 9,25%, “ao privá-los ao acesso regular aos créditos”, diz o advogado. O caminho será impugnar na Justiça essa nova orientação da Receita Federal. Além disso, outra lei, a 12.973/2014 modificou o conceito de “faturamento” para incluir “as receitas da atividade principal da pessoa jurídica”, expandindo a exigibilidade do PIS/ COFINS. Com a nova lei as locadoras passaram a ser tributadas pelo PIS/COFINS independentemente do regime tributário adotado. No fórum jurídico, muitos foram os questionamentos sobre essa nova lei, “porém sua vigência ainda é muito recente para se opinar com segurança sobre qual será a posição do Judiciário ao apreciá-la”, complementa Adriano Castro.
Desmobilização de ativos Os advogados das locadoras de veículos, dos Sindlocs, da ABLA e da Fenaloc analisaram a Lei 13.111/2014, que estabelece várias obrigações aos empresários que comercializam veículos. Trata-se das novas exigências de prestar informações sobre a regularidade fiscal, administrativa e policial dos veículos. “Os debates revelaram que as novas exigências legais normalmente já são cumpridas pelas locadoras”, diz Adriano Castro. Entretanto, por cautela, recomendou-se incluir no contrato de compra e venda de veículos as informações exigidas pela Lei 13.111/2014.
As ameaças ao setor provocadas por questões regulatórias foram debatidas em plenário
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A Decisão de Chutar o Balde Cecília Lodi, diretora da Lodi Consultoria
caminho serve...desde que ESTA SEMANA, navegando ” A vida é repleta de pequenas continue andando. Essa últina internet, li um artigo sobre oportunidades, que, somadas, ma parte da história ninguém as vantagens e desvantagens vão construindo nossa felicidade, lembra. de chutar o balde e acabei por nossa realização.” Desde que continue andansorrir lembrando como foram do: para mim, este sempre foi esses momentos na minha o maior segredo de todos. vida. É claro que consigo faConheci sucessores que estavam congelazer isso, pois já colhi os resultados dessa loucudos no tempo, não estudavam ou trabalhavam, ra, e sei hoje que não seria o que sou se não tie diziam esperar a grande oportunidade de vesse feito isso diversas vezes em minha vida. suas vidas. Isso, meus caros, não chegará desse Ontem mesmo, olhos jovens e apreensivos jeito. A vida é repleta de pequenas oportunidame olhavam e faziam a fatídica pergunta: devo des, que, somadas, vão construindo nossa felichutar o balde? Largar tudo e procurar outra cidade, nossa realização. profissão? Esse rapaz já trabalhava há muitos Passei fases em minha vida em que eu não anos na empresa do pai, e não via muito fututinha a menor ideia de qual caminho seguiria, ro em continuar seguindo esse caminho. Não e resolvi traçar muitos. Não apenas fui me enque o trabalho não fosse interessante, mas ele contrando pelo caminho como também fui me estava começando a ficar entediado e apreendivertindo muito na viagem. Eu tinha muita sivo pelas escolhas que fez. O problema é que curiosidade e isso ajudou a tatear experiências ele não sabia realmente o que gostaria de por boas e más que hoje fazem parte de mim. Deram no lugar. O que escolher. Que papel realizar no -me a energia e a paixão para estar sempre me teatro da vida. reinventando... mas isso não começou com Já tinha feito testes de personalidade, orientaacertos, com escolhas sensatas. ção vocacional e até contratado coaching. Nada Como eu não sabia quem queria ser, fui me tinha dado uma luz sobre a escolha que deveria criando a partir de experiências profissionais, fazer. Confessou-me que até invejava as pessoàs vezes enfadonhas, às vezes gratuitas. Com as que, logo cedo na vida, tinham descoberto o tempo, fui tirando de dentro de mim aquilo sua função, seu caminho. Tenho que sorrir, pois que não cabia mais. Fui refinando as escolhas acho que também as invejo um pouquinho. e fui me sentindo mais plena. Várias vezes, O que falar para aqueles olhos jovens e como disse antes, resolvi jogar tudo para o ar. angustiados que já tive uma vez? Em priNa primeira vez que fiz isso foi apavorante. Permeiro lugar, como sempre, contar uma pedi meus referenciais, perdi qualidade de vida, quena passagem literária de Alice no País perdi minha acomodação. Encontrei-me frusdas Maravilhas. Em algum momento da trada e eu vi minha autoestima escorrer pelo história, perdida naquele mundo estranho, ralo. Mas eu tinha dois caminhos. Ficar choranela pergunta ao gato qual caminho deve seguir. do no chuveiro ou ir à luta. Descobri dentro de Malicioso como ele é, responde que depende mim uma vontade que não sabia ter. Um pouco de onde ela quer chegar. Ela então diz a ele de raiva pela situação que eu me encontrava que não sabe e ele lhe responde que qualquer
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Diálogos
© Darren Baker | Dreamstime.com
Ilustração ou foto
me ajudou a seguir em frente. Enfim, comecei a perceber a pessoa que desabrochava. Alguém mais determinada, com mais clareza. Eu não imaginava quanta neblina tinha na minha vida até então. O sol começava a nascer e eu começava a enxergar melhor os horizontes do meu futuro. Passados quase 20 anos do meu primeiro chute ao balde, encontro-me muito orgulhosa de mim. Aos desavisados que podem achar que sou uma rebelde sem causa, devo explicar que me encontro no mesmo lugar que me encontrava há 20 anos. Mas hoje eu sei quem pilota esse avião. Aquilo que faço hoje foi escolhido por mim e não imposto pelas influências de família, amigos ou cultura. Para mim,
chutar o balde é também reconhecer que o que você quer é exatamente o que está na sua frente e que precisamos parar de sofrer, achando... achando, eternamente. Eu chutei minhas dúvidas, meus momentos ruins, minha visão negativa de todos os desafios que enfrentava. Se tirarmos o suco de tudo o que foi contado, fica o gato de Alice como o grande referencial para a busca da realização: continue andando. Não tenha medo do que a vida lhe ofertará. O que determinará a sua realização será a sua vontade inabalável de chegar lá. O universo sempre conspira a favor daqueles que desejam demais serem felizes. Devemos dar uma mão para o universo fazer a sua parte. n
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Entrevista
Aperto na economia afeta o ambiente de negócios O mercado enfrenta muitas turbulências,
e a perspectiva é que em 2016 ainda tenhamos ajustes a serem feitos na economia. As
locadoras de automóveis não estão imunes a esse quadro adverso, mas poderão se
beneficiar de algumas oportunidades que
surgem com a crise, como a necessidade de
investimento em infraestrutura e a migração do turista que viajava para o Exterior para destinos locais.
Nesta entrevista exclusiva para a revista
Locação ABLA, o economista Antônio Corrêa de Lacerda, professor-doutor da PUC-SP e
sócio-diretor da MacroSector Consultores, faz uma análise dos principais fatores que afetam esse cenário de incertezas.
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Entrevista
REVISTA LOCAÇÃO: O impasse provocado pela Operação Lava Jato na construção civil prejudicará por contágio outras atividades relacionadas com esse mercado, como é o caso da terceirização de frotas?
O
Antônio Corrêa de Lacerda: Sim, a paralisação do mercado gera uma queda nos investimentos da ordem de 15% neste ano, com impactos em todos os setores. O PIB deve cair 2% em 2015.
Entrevistado
REVISTA LOCAÇÃO: O plano de concessões em infraestrutura anunciado pelo governo pode ser uma alternativa para retomar o crescimento?
Professor doutor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Antônio Corrêa de Lacerda se formou em 1981 em Ciências Econômicas na mesma universidade, onde também coordena o Grupo de Pesquisas em Desenvolvimento Econômico e Política Econômica (DEPE).
Antônio Corrêa de Lacerda: Os investimentos em infraestrutura e logística, além das exportações, são a saída para crise atual. Mas isso não é imediato, não é automático. Dependerá de uma série de fatores, entre eles a retomada da confiança.
Atua na área de projeções econômicas, com ênfase em políticas macroeconômicas, estudando principalmente as seguintes áreas: economia brasileira, globalização, economia industrial e economia internacional.
REVISTA LOCAÇÃO: A taxa Selic teve diversas elevações consecutivas nos últimos meses. Existe alguma perspectiva a médio prazo de que esse viés de alta nos juros possa mudar?
Foi presidente da Sobeet (Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica) entre 2000 e 2005, do Conselho Federal de Economia (Cofecon) em 1999, e do Conselho Regional de Economia de São Paulo entre 1995 e 1997. Atuou ainda como membro do Conselho Fiscal da Eletrobras (Centrais Elétricas Brasileiras).
Antônio Corrêa de Lacerda: É preciso avançar nas alternativas de política macroeconômica e sair da armadilha em que estamos presos há uma década e meia. O chamado tripé da política econômica carece de aperfeiçoamento. Ou o mundo está errado, e só nós estamos certos, ou, mais provável, é exatamente o contrário. Sendo mais específico, por que somos o único país, entre todos os desenvolvidos e em desenvolvimento, a elevar taxas de juros na crise? Porque nossa inflação é elevada, dirão prontamente alguns. Mas, ao observarmos a inflação corrente em
Atualmente é sócio-diretor da MacroSector Consultores.
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Entrevista
países que têm um nível parecido com o nosso, como Rússia, África do Sul, Índia ou mesmo o México, essa hipótese não é confirmada. Outros, de pronto argumentarão que precisamos cumprir o regime de metas de inflação. OBS da Redação: o tripé macroeconômico brasileiro é composto por metas de inflação, superávit fiscal e câmbio flutuante. REVISTA LOCAÇÃO: Até que ponto a inflação preocupa? O senhor acredita que a meta estabelecida pelo governo para 2015 (6,5%) será mantida? Antônio Corrêa de Lacerda: A inflação de 2016 estará mais próxima de 5% a 6% do que os 9% que serão atingidos este ano. A meta para 2016, segundo o Conselho Monetário Nacional, é de 4,5%, com tolerância até 6%. REVISTA LOCAÇÃO: Muitos analistas já preveem um 2016 ainda difícil para a economia. O senhor compartilha dessa visão? Antônio Corrêa de Lacerda: Modéstia à parte, fui um dos primeiros a criticar a elevação dos juros já no início deste ano, não apenas pelos estragos que causariam em 2015, mas também em 2016. REVISTA LOCAÇÃO: Num cenário mais pessimista, qual o conselho para o empresário de locação que trabalha com a necessidade de renovar sua frota, o que demanda investimentos constantes? Antônio Corrêa de Lacerda: O quadro é adverso. O crédito está muito caro e escasso. O melhor é se desfazer de ativos e negócios
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não-rentáveis para ganhar fôlego e se concentrar no que é viável. REVISTA LOCAÇÃO: O nível de inadimplência do consumo em geral tem aumentado. Isso preocupa? Antônio Corrêa de Lacerda: Sim. Essa situação é fruto da elevação dos juros, do aumento do desemprego, da queda de renda, e tende a aumentar com o quadro recessivo. REVISTA LOCAÇÃO: O fim da desoneração, que beneficiou setores-chave da economia, como o automotivo, foi uma medida correta? Antônio Corrêa de Lacerda: A desoneração só foi possível de ser sustentada em termos fiscais, quando a renda gerada pelas exportações de commodities estava em elevação, o que não é o caso agora, em que a situação é justamente contrária. REVISTA LOCAÇÃO: O turismo, um dos nichos importantes para a locação de automóveis, é um setor em que alguns analistas enxergam oportunidades para as empresas brasileiras, uma vez que, com a alta do dólar e as incertezas econômicas, o turista deixaria de viajar para o exterior e passaria a optar por viagens no próprio país. O senhor acredita que essa análise seja correta? Antônio Corrêa de Lacerda: Sim, a desvalorização do real desmotiva viagens dos brasileiros ao exterior e fomenta a atividade turística interna, e também tende a atrair mais turistas estrangeiros para ao Brasil, que se torna mais barato. n
Patrocínios
Em conjunto, ABLA e Sindlocs buscam maneira de centralizar a alocação de verbas de patrocínio de forma muito mais produtiva
Novo braço comercial do setor A ABLA e os Sindlocs (sindicatos patronais do setor de locação de veículos) estão dedicando esforços para proporcionar agilidade e confiabilidade ainda maiores aos patrocinadores interessados em divulgar suas marcas, produtos e serviços às locadoras. Para isso, está em andamento a criação do “Plano Conjunto de Ações Comerciais ABLA – Sindlocs”, que visa facilitar as negociações com interessados em investir nos eventos que reúnam as locadoras de automóveis em todo o Brasil. Na prática, trata-se de estabelecer uma nova forma de atuação para que os patrocinadores não mais precisem, por exemplo, reunir-se com diversos interlocutores para negociar separadamente os patrocínios aos eventos do setor. “Junto com os Sindlocs, concluímos que fazer da ABLA o braço comercial da Fenaloc será algo positivo para todos”, explica Jorge Pontual, diretor comercial da associação. A ideia é que as verbas de patrocínio sejam negociadas, obtidas e repartidas pela ABLA entre todos os Sindlocs do Brasil, conforme critérios a serem debatidos, discutidos e definidos também em conjunto com os sindicatos. “Dessa forma também será possível estimular o desenvolvimento de todos os Sindlocs”, acrescenta Pontual. Para isso, assim que concluído o projeto, os sindicatos patronais passarão a ser comercialmente representados pela ABLA (com exceção
“O novo modelo vai facilitar o entendimento entre os patrocinadores dos benefícios oferecidos pelo setor”, explica Marcelo Fernandes
do Sindloc – SP), especificamente no que diz respeito à captação de patrocínios. “Isso facilitará aos patrocinadores o entendimento sobre todos os benefícios oferecidos pelo setor em abrangência nacional”, acredita Marcelo Ribeiro Fernandes, conselheiro nacional da ABLA. Conforme dados do Anuário ABLA 2015, no ano passado o setor de locação foi responsável pela compra de aproximadamente 12% da produção da indústria automobilística no Brasil e é, também, um dos principais tomadores de crédito do País. “As locadoras investem milhões em produtos e serviços e, diante disso”, conclui Fernandes, “fica evidente que representam uma ótima oportunidade para os interessados em divulgar suas marcas entre um público com enorme poder de decisão”. n
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Por Dentro
Nissan New March
Um carro para brilhar nas locadoras Montadora aposta no compacto como novidade para incrementar as opções do mercado
DESDE abril de 2014 a Nissan está fabricando no Brasil a linha March com tecnologia japonesa. A medida ampliou a confiança do consumidor no compacto, que possui muitos diferenciais em sua categoria. Agora, o New March chega às locadoras com um pacote que vai muito além de todos os atrativos do próprio carro e, com isso, torna-se uma opção muito interessante para compor as frotas das empresas que atuam no setor. Diego Martins, consultor de vendas diretas da Nissan, enumera algumas das vantagens para as locadoras, começando pelo custo de manutenção fechado. “Nosso compromisso, assumido inclusive pelas empresas parceiras que constam em nosso site, é ter a manutenção
mais em conta do mercado”, afirma ele. Ainda segundo Diego, a Nissan oferece outro benefício exclusivo, que é a assistência 24 horas de dois anos, quando a praxe do mercado é disponibilizar apenas um ano do serviço. O índice de atendimento imediato pós-venda da montadora é de 97%. “Ao recebermos o pedido, ele é imediatamente faturado e a entrega acontece em até 24 horas, graças à logística montada na fábrica da marca, em Resende”, explica Diego. O consultor lembra ainda que o Inmetro classifica o March como nota A no consumo de combustível, a melhor de todas as faixas (melhor consumo em estrada do segmento, com 15,1 km/l quando abastecido com gasolina).
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Por Dentro
Tecnologia que impressiona proprietário tem a certeza de maior durabilidade do motor e menor custo de manutenção. O modelo 1.0 16V atinge 77 cavalos de potência, enquanto o motor 1.6 16 V chega aos 111 cavalos. Os dois motores trazem o sistema CVVTCS (Continuosly Variable Valve Timing Control System, ou variação da abertura das válvulas através de variador de fase), que faz com que a entrada de ar e de combustível nos cilindros seja otimizada em qualquer rotação, oferecendo respostas mais precisas do acelerador e maior rendimento com economia de combustível. O resultado é uma melhor queima de combustível e, em consequência, redução das emissões de poluentes. O modelo 1.0 de três cilindros traz, desde a versão de entrada, equipamentos como ar-condicionado, computador de bordo, direção elétrica progressiva, vidros elétricos, abertura interna da tampa do tanque de combustível, entre outros. O 1.6 SL foca a conectividade, tecnologia e requinte, com acabamento cromado no interior e exterior, painel em Piano Black, além do Nissan Connect® , câmera de ré, Bluetooth® com comandos no volante e GPS. n
NO INÍCIO deste ano, a linha do hatch compacto Nissan New March ganhou duas novidades: o sistema de partida a frio do motor Flex Start Bosch®, que elimina o tanque auxiliar de gasolina – conhecido como “tanquinho” – e o novo motor 1.0 12V de três cilindros. O Nissan New March 1.6 16V ganha a partida a frio e mantém todas as características que o tornaram uma referência no segmento: agilidade, modernidade, economia e tecnologia. A versão SL traz itens diferenciados como câmera de ré, ar-condicionado, sistema de navegação por GPS, Bluetooth com comandos no volante e conectividade com mídias sociais por meio do Nissan Connect®. Essa plataforma mundial da Nissan permite que aplicativos conhecidos como Facebook e Google Search sejam acessados na tela sensível ao toque no painel central do carro. Entre as tecnologias embutidas está o uso de corrente no lugar de correia para sincronização do virabrequim com a árvore do comando de válvulas, solução que amplia o prazo de manutenção do equipamento para acima de 100 mil km, o dobro do normal para as correias. As velas têm eletrodos de platina e são substituídas também a cada 100 mil km. Com essas soluções, o
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Brasil Viagem
Muito além do Pantanal
A partir de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, é possível atingir com a comodidade do carro alugado uma série de destinos que privilegiam a natureza exuberante da região
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Brasil Viagem
fotos: acervo Fundação de Turismo MS
QUEM MORA na região, garante: o estado do Mato Grosso do Sul é a nova rota turística dos apaixonados pela estrada. Para além do Pantanal e das atrações do município de Bonito, diversos outros pontos valem a visita daqueles que gostam de observar a vida silvestre e aproveitar a natureza de perto. Com tanta beleza para ser desfrutada, não é de se causar espanto o fato de que o turismo no estado tenha crescido mais de 100% em volume nos últimos seis anos, e que Bonito tenha sido eleito como melhor destino de ecoturismo do Brasil e entre os dez melhores do mundo. Saindo da capital Campo Grande, após apenas 200 km chegamos em Miranda e já estamos no Pantanal, um excelente refúgio para os amantes da pesca e do birdwatching (observação de pássaros), prática que tem se popularizado, sem interferir na vida animal. Corumbá está a 350 km da capital e fascina pela sua arquitetura histórica. Para chegar até a cidade, considerada o paraíso dos apaixonados por barcos e pesca, o turista passa por atrações como a Estrada Parque – 120 km de lindas paisagens e a oportunidade de ver toda a rica fauna da região – e o rio Paraguai. Acumulando prêmios internacionais de turismo e sustentabilidade, Bonito e região são outro roteiro possível a partir de Campo Grande. São apenas 290 km da capital sul-matogrossense até esse paraíso natural e suas atrações incríveis, que incluem flutuação, mergulho, visitas a cavernas, arvorismo e diversas trilhas. Ao longo desses percursos, estão diversas fazendas que oferecem pousadas para turismo rural, incluindo cavalgadas, comidas típicas e muita vida silvestre. Essa é uma opção interessante para quem deseja conhecer a cultura
“Bonito é considerado o melhor destino de ecoturismo do Brasil e um dos dez melhores do mundo”
local, mas também é possível se hospedar em hotéis no meio do Pantanal, albergues e até acampar, tudo ao gosto do visitante. Marco Antonio Lemos, diretor regional da ABLA no estado, garante que é fácil a saída de Campo Grande, onde está localizado o maior aeroporto do Mato Grosso do Sul, para as atrações aqui descritas. As locadoras de veículos são um bom ponto de partida para a viagem, pois disponibilizam mapas da região. “Existe uma boa oferta de locação de veículos de marcas tradicionais e locais para sair de Campo Grande. Temos no Mato Grosso do Sul excelentes destinos para quem procura a vida silvestre e o turismo de aventura”, salienta Marco Antonio. n
Este é mais um roteiro produzido para ser feito de automóvel. Sinta-se à vontade para oferecê-lo a clientes do rent a car. Iniciativas assim são boas para ampliar a fidelização.
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Manutenção
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Distribuição nacional de pneus e serviços
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Manutenção
Como encurtar as distâncias e chegar rapidamente até as regiões mais remotas do país
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RAPIDEZ no atendimento ao cliente é um diferencial para qualquer empresa de serviços. Mas, para que tudo corra perfeitamente, é necessário um esquema logístico eficiente e um bom conhecimento do público a ser atendido. O setor de distribuição de pneus no Brasil é um exemplo dessa preocupação. Uma boa notícia para as locadoras de automóveis é que existem empresas que se dedicam a essa atividade e já realizam atendimento em escala nacional, desafiando nossas proporções geográficas e a diversidade da clientela. Com isso, a eficiência aumenta progressivamente. Para uma distribuição eficiente, a capilaridade dos serviços e, principalmente, o atendimento final direcionado ao cliente, são fundamentais. Quem explica é André Cerdeira, diretor da SCI Pneus, em São Paulo (SP). “Num país de dimensões continentais, isso é um desafio que poucas organizações são capazes de realizar, pois além da experiência, é necessário também um capital ostensivo, treinamentos constantes, controle preciso”, enumera. Segundo André, para fazer frente ao atendimento em escala nacional, a SCI Pneus conta com cerca de 1.800 auto centers que revendem seus produtos. “Dessa forma, alcançamos a capilaridade necessária para chegar ao mais remoto consumidor”, completa ele. As locadoras de veículos se beneficiam diretamente desse aumento de produtividade, com um atendimento que prevê modelos e medidas mais utilizados em cada região. Como o fornecedor de pneus conhece seu cliente, consegue fazer o atendimento com rapidez. Em busca de uma maior sintonia com as locadoras, a SCI iniciou uma parceria com a ABLA, oferecendo condições especiais de venda de pneus e atendimento em todo o território nacional para as locadoras associadas. Essas medidas vêm para gerar condições de compra mais interessantes, buscando manter um atendimento de varejo, mas com condições de pagamento e valores de atacado.
Manter a qualidade do relacionamento entre aqueles que distribuem serviços automotivos e seus consumidores é importante para ambas as partes. É também a única maneira de oferecer um serviço de qualidade a custos reduzidos, ou seja, otimizando a gestão dos serviços e investindo em confiança entre as partes. “O mercado é carente do bom atendimento e também de segurança. Estamos há mais de 23 anos no mercado e a certeza da continuidade do fornecimento é fundamental. O consumidor não pode comprar um pneu hoje e amanhã, quando for fazer a reposição, não encontrar mais aquela marca. Nós garantimos essa continuidade e a disponibilidade”, reforça André. n
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ABLA Jovem
Pesquisa mostra a importância da nova geração de empresários e empresárias no setor de locação de veículos
Empreendedorismo renovado CRESCEU a importância da participação efetiva das novas gerações de empresários e empresárias no setor de locação de automóveis. Essa é uma das principais conclusões que podem ser tiradas a partir da tabulação dos resultados de uma inédita Pesquisa de Opinião realizada pela ABLA Jovem no início deste segundo semestre. A ABLA Jovem faz parte da ABLA, ou seja, é o “braço” criado e voltado especificamente para o apoio à formação de sucessores e sucessoras no setor de locação de veículos. Para colaborar com o desenvolvimento dessa novidade, todas as locadoras associadas foram convidadas a responder sete importantes questões, criadas para nortear o plano de trabalho dos jovens que estão se integrando agora ao dia a dia da associação. Conforme Cecília Lodi, contratada para prestar consultoria à solidificação da ABLA Jovem, trata-se de efetivamente integrar ao ambiente associativo as jovens lideranças ao setor. “Esse é um processo essencial para aumentar as chances de perenidade das locadoras de veí culos no Brasil”, avalia. Os resultados completos dessa inédita Pesquisa de Opinião estão aqui, em primeira mão. Vale ressaltar que as questões marcadas com (*) puderam ter várias respostas: daí a soma final, nessas questões, ter ultrapassado os 100%. Confira!
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ABLA Jovem
Juventude no setor de locação Quais os benefícios mais importantes que a ABLA como um todo traz para você?* 79.2% 74% 41,6% 39% 14,3%
Quais seriam os pontos fortes mais importantes da ABLA Jovem?*
Acesso de informações do setor/mercado Condições comerciais Capacitação Representação política
Credibilidade
43.4%
Perfil empreendedor
76.3%
Foco dos projetos
36.8%
Capacitação dos membros
59.2%
Presença nas regiões
35.5%
Parceria com sindicatos
31.6%
Assessoria jurídica
Outros
7.9%
Quais os benefícios mais importantes que você julga que a ABLA Jovem deveria trazer para você?* 55.3%
Network entre jovens
65.8%
Capacitação
47.4%
Oportunidades para inovação em minha locadora
57.9%
Inovação do negócio
55.3% 55.9% 55.9%
Como você estaria disposto(a) a colaborar com a ABLA Jovem?* Participação efetiva
55.3%
Indicando colaborador
22.4%
Desenvolvimento de lideranças
Como usuário dos projetos
48.7%
Intercâmbio comercial-técnico entre locadoras
Não tem interesse
3.9%
Outros
3.9%
Outros
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ABLA Jovem
O(A) integrante da ABLA Jovem deve necessariamente atuar na gestão da locadora?
Quais são as maiores oportunidades para a ABLA Jovem?* 38.2%
Aproveitamento da Diretoria Regional para a capilaridade da entidade
53.9%
Estímulo à participação dos jovens nos Sindlocs
48.7%
Relacionamento com outras entidades jovens
59.2%
Contato com fontes de informação – tecnologia – ferramentas
55.3%
Espaço para inovação e melhoria da comunicação da ABLA
21.3%
78.7%
Não necessariamente
Sim
Qual deveria ser a faixa etária dos integrantes da ABLA Jovem?
Espaço garantido no XII Fórum ABLA 19.1% 47.4%
NA MANHÃ do dia 10 de setembro, acontecerá no XII Fórum da Indústria do Aluguel de Automóveis, em São Paulo, o painel organizado pela ABLA Jovem, com mediação da consultora Cecília Lodi. Na ocasião, o público e os integrantes da ABLA Jovem vão ouvir e interagir diretamente com Gustavo Caetano, já confirmado para participar desse módulo do principal evento do setor de locação de veículos do Brasil. Devido ao seu estilo inovador e ousado, Gustavo Caetano tem sido convidado para falar sobre inovação nos maiores eventos do planeta. Sua empresa foi eleita por três vezes nos Estados Unidos como uma das 100 mais inovadoras do mundo. No painel da ABLA Jovem, Caetano também mostrará como as empresas do setor de locação podem inovar, usando as técnicas das startups de mais sucesso no mundo. n
16.1% 17.4%
Faixa etária – 21 a 40 Faixa etária – 18 a 40 Faixa etária – 21 a 30 Faixa etária – 18 a 30
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Tira-Teima
© Monkey Business Images | Dreamstime.com
Os bastidores do atendimento jurídico remoto
OS ASSOCIADOS da ABLA contam agora com um serviço de assessoria jurídica remota para suas empresas. Desde o mês de junho, a assessoria da Camargo Gomes Porto e Rizzi Advogados está oferecendo esse novo modelo de atendimento, que se inicia com um contato telefônico ou e-mail, e busca solucionar problemas jurídicos cotidianos de forma mais ágil. A intenção do atendimento remoto é alcançar as locadoras de veículos eficientemente e de forma igual, mesmo que estejam em regiões distantes do país. “Disponibilizamos um atendimento inicial de 20 minutos, por meio do qual o associado coloca seu problema e nós direcionamos administrativa ou juridicamente”, explica Larissa Rizzi, sócia proprietária da assessoria. A depender da situação, é realizado o encaminhamento preferível, mas Larissa nota como esse atendimento inicial é capaz de resolver
grande parte das questões jurídicas do setor. “Se houver necessidade de um acompanhamento jurídico maior, seja consultivo ou contencioso, o associado da ABLA pode ser direcionado para nosso corpo de advogados, que irá assisti-lo com uma contratação especial para associados”, completa Larissa. O advogado Igor de Almeida explica que as causas envolvendo o setor de locação de automóveis perpassam as mais diversas áreas do direito, como cível, trabalhista e tributária. Contudo, as questões envolvendo impostos geralmente se destacam e também apresentam os melhores resultados da assessoria. “Frequentemente as causas se dão pela falta de indenização diante de pendências com os estados, constatação de irregularidades no recolhimento do IPVA e processos administrativos e judiciais do imposto.” n
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Tecnologia
Rastreamento aumenta segurança e conforto dos veículos © arosoft/shutterstock
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Tecnologia
ATIVIDADES que empregam veículos não estão imunes à violência. Ao contrário, elas são motivo para cuidados específicos, tanto por parte dos empresários, que precisam preservar o patrimônio material, quanto pelos clientes, que, diante da insegurança, podem ser desestimulados a aproveitar a locação de automóveis nas ruas e estradas brasileiras. Felizmente, a tecnologia está aí para oferecer instrumentos que acompanham essa necessidade de segurança, como é o caso dos sistemas de localização de veículos. Sistemas de rastreamentos são utilizados cada vez mais, desde a logística de cargas pesadas até o transporte comercial de passageiros. Hoje, essa tecnologia é comum também em veículos particulares. Esses sistemas são divididos entre o tradicional localizador por rádio frequência e as novas tecnologias de GPS/GSM/GPRS, que atendem diferentemente cada público que venha a necessitar do serviço de rastreamento.
Além da questão da segurança, o rastreamento pode significar ganhos reais, principalmente aos clientes de terceirização de frotas, permitindo acompanhar data, velocidade e consumo de combustível dos veículos. “Esses benefícios fazem com que a tecnologia GPS/ GSM/GPRS, mais moderna, seja apropriada para as locadoras, na medida em que o gestor obtém com ela informações atualizadas minuto a minuto, bem como a localização exata do veículo”, explica Rosa Bouchabki, gerente operacional da Nogartel Telecomunicações. Ela explica que, a depender dos objetivos específicos da empresa, pode haver uma triagem do serviço mais adequado, reforçando a possibilidade de reduzir custos a longo prazo e aumentando a segurança para locadoras e locatários. “O simples fato de os veículos serem equipados com um rastreador já inibe os assaltantes, pois a possibilidade de serem identificados é muito maior”, reforça a especialista. n
As tecnologias mais comuns de rastreamento
n Rádio Frequência – determina onde está o veículo por meio da triangulação de antenas, razão pela qual não informa a localização exata. É uma tecnologia comum e de custo baixo.
e comerciais pela possibilidade de acompanhar os movimentos do veículo em caso de assaltos ou outros imprevistos. É uma tecnologia comum e de custo médio.
n GPS/GSM/GPRS – utiliza as antenas de telefonia celular para rastrear e monitorar veículos. É muito utilizada por empresas de transportes, veículos operacionais
n Satelital – utiliza tecnologia de localização 100% via satélite. Muito utilizada em caminhões com cargas de alto valor agregado. É uma tecnologia de ponta e de custo alto.
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Seguros
© Vladans | Dreamstime.com
A influência do modelo dos veículos no custo do seguro
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Seguros
NESTES tempos em que as dificuldades da economia do País vêm a exigir de todos nós ações para aumentar nossas receitas e diminuir nossas despesas, é relevante observar, com rigor, alguns aspectos que influenciam sobremaneira nos resultados das locadoras de veículos. Entre eles destacam-se os custos decorrentes da contratação de seguros para a frota e de prejuízos com sinistros, principalmente quando a decisão do gestor recai em reter os riscos. Se esses custos não forem adequadamente tratados, podem comprometer os resultados e até mesmo a sobrevivência das locadoras. Alguns modelos de veículos têm seus custos de reparação mais elevados do que outros, influenciando diretamente na precificação do seguro. As seguradoras, sem exceção, precificam os seguros segundo estudos desses custos e resultados em sua carteira e no mercado, e também pela frequência de perda total por furto/roubo dos veículos. Oras, se a seguradora, que tem uma imensa quantidade de veículos expostos, adota critérios rigorosos para a precificação do seguro, segundo o modelo dos veículos e sua região de circulação, da mesma forma essa deve ser a preocupação do gestor da locadora, mesmo porque este é um item que está sob seu domínio e sua exclusiva decisão. Aliás, essas particularidades devem ser observadas, rigorosamente, no momento da aquisição do veículo e na precificação dos contratos de locação, quando o locatário exige um modelo de veículo com elevado custo de reparação e de sinistralidade por furto/roubo. Também a falta de peças de alguns modelos deve fazer parte da preocupação da locadora, pois representa mais tempo do veículo parado para reparação. Alguns modelos são mais procurados por ladrões e estelionatários e, por essa razão, na medida do possível, as locadoras devem evitar a sua aquisição. Assim estarão reduzindo a possibilidade da perda total e evitando, ainda, a recusa ou elevação
Otavio Rafael Gozzo economista e corretor de seguros
na precificação do seguro quando da renovação da apólice – em especial, quando decidem por não contratar o seguro do casco. Nesses casos, em que se decida pela não contratação do seguro do casco, é aconselhável analisar o custo/benefício de instalação de rastreadores, particularmente nos veículos de maior valor, para minimizar os ricos de perda. Enquanto a decisão por contratar ou não o seguro contra danos ao veículo pode ser alicerçada em dados estatísticos de domínio da locadora, com base nas ocorrências ao longo dos anos, o seguro para danos materiais, corporais e morais a terceiros não permitem a mesma base de informações para a decisão. Isso porque, a qualquer momento, o veículo de sua propriedade pode se envolver em acidente de grandes proporções, imprevisíveis, em que o condutor do seu veículo seja o culpado. Não é aconselhável, por essa razão, que o gestor deixe de contratar seguro para cobrir esses importantes riscos. Em nosso País, as incertezas que são próprias e inerentes à decisão de empreender já são suficientemente elevadas para permitir que não se cuide de riscos que são administráveis, com as soluções ao alcance dos gestores das locadoras.n
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Contabilidade
Locadoras pagarão ICMS nas vendas de veículos com menos de um ano
O CONSELHO Nacional de Política Fazendária – Confaz publicou o Convênio ICMS n° 135/2014, que altera o Convênio ICMS 64/2006, e estabelece a operação de venda de veículo realizada para pessoa jurídica, estipulando a cobrança do ICMS para locadoras que venderem veículos com menos de um ano. Para melhor visualização e entendimento, efetuamos neste artigo uma simulação de venda de veículo dentro e fora do estado. Importante observar que o preço–base para cálculo do ICMS será o preço de tabela sugerido pela fábrica para venda ao consumidor.
Paulo Henrique é especializado em locadoras e sócio da AUDIT Consult & BUYSell C
M
Exemplo [ 1 ]:
Exemplo [2]:
A LOCADORA “X” sediada em MG comprou veículo em São Paulo e VENDEU antes de 360 dias:
A LOCADORA “X” sediada em SP comprou veículo em São Paulo e VENDEU antes de 360 dias:
NA AQUISIÇÃO do veículo pela locadora
NA AQUISIÇÃO do veículo pela locadora
Valor total da nota: 27.507,92
Valor total da nota: 30.056,25
Valor do ICMS (12%): 3.300,95
Valor do ICMS (18%): 5.410,13 NA VENDA do veículo NA VENDA
Alíquota será de acordo com a Cláusula Segunda do Convênio ICMS 64/06
Preço de venda sugerido: 40.075,00
“Sobre a base de cálculo será aplicada à alíquota cabível, estabelecida para veículo novo, por parte do fisco do domicílio do adquirente”.
ICMS – Alíquota interna (18%): 7.213,50 Crédito ICMS (5.410,13)
Preço de venda sugerido: 30.010,00 (conforme destacado na nota fiscal em informações complementares) ICMS – Alíquota interna (18%): 5.401,80
A legislação determina também que deve haver a habitualidade nas operações para que sejam consideradas como “vendas comerciais”. As locadoras de automóveis devem ficar atentas quanto a essa nova/velha exigência. n
Crédito ICMS: (3.300,95) ICMS a pagar: 3.720,85
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Tira-Teima
Fim de Papo
Como destruir uma associação Texto publicado originalmente na antiga revista Visão Rural.
© Andrey_Popov/shutterstock
NÃO FREQUENTE a entidade, mas quando for lá procure algo para reclamar. Se comparecer a qualquer atividade, encontre falhas no trabalho de quem está lutando pela categoria. Nunca aceite uma incumbência. Lembre-se que é mais fácil criticar do que realizar. Importante: se a diretoria pedir sua opinião sobre um assunto, responda que não tem nada a dizer e depois espalhe como deveriam ser as coisas. Não faça mais do que o necessário. Porém, quando os diretores estiverem trabalhando com boa vontade e com interesse para tudo corra bem, afirme que sua entidade está dominada por um “grupinho”. Não leia a revista da entidade e muito menos os comunicados. Afirme que ambos nada publicam de interessante e, melhor ainda, diga que não
os recebe regularmente. Se for convidado para qualquer cargo, recuse alegando falta de tempo e depois critique com afirmações do tipo: “Essa turma quer ficar para sempre com os cargos...”. Quando tiver divergências com um diretor, procure vingar-se com toda a intensidade na associação: faça ameaças de abrir processo ético e envie cartas ao quadro associativo com acusações pesadas à diretoria. Sugira, insista e cobre a realização de cursos e palestras. Mas quando a entidade pedir sugestões, não dê. E se a diretoria não adivinhar suas ideias e pontos de vista, critique a todos, reclamando que é ignorado. Após todas essas “colaborações”, quando sua entidade morrer, estufe o peito e proclame com orgulho: “Eu não falei?”. n
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