"HORA DE ARRUMAR A CASA" Economista Gustavo Franco analisa o cenário para a tomada de decisões
XII FÓRUM ABLA Frota disponível para o aluguel supera 770 mil carros
Revista
# 62 2015 SETEMBRO/OUTUBRO
UM NOVO CAMINHO Drauzio Varella no Fórum Nacional da Indústria do Aluguel de Automóveis: pequenos erros influenciam no futuro. É assim com a economia, é assim com a saúde.
XII FÓRUM ABLA Maior cliente das montadoras: 12,45% dos veículos vendidos em 2014 foram para locadoras
Gustavo Caetano: “Inovar não significa apenas criar algo mirabolante” Rita Mundim: “Procurem a diferenciação e evitem o efeito manada” Leila Navarro: “Nada muda se eu não mudar”
Ano XI • Nº 62 • setembro/outubro 2015
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Capa
A cobertura completa do maior evento da indústria de locação de veículos da América Latina.
7 Palavra do Presidente 26 Ao Volante
Boas novidades da indústria automobilística
28 Entrevista
Gustavo Franco fala com exclusividade sobre o cenário brasileiro à Revista Locação
32 Economia
Rita Mundim aponta alternativas para driblar as dificuldades do atual cenário
08
34 Mercado
O relacionamento entre o setor de locação e distribuidores de veículos
37 Seminovos
Painel reúne a Fenauto, locadoras, concessionárias e bancos
4
40 Tecnologia
Especialistas apontam aplicações para locação
42 Novos Negócios
Caminhões e veículos de luxo entram no radar das locadoras
52 44 ABLA Jovem
Nova geração de empresários fomenta o debate sobre inovação
46
Use o leitor QR Code do seu smartphone para acessar o site da ABLA.
48
Qualidade de Vida
Viver Bem, por Drauzio Varella
48 Brasil – Viagem Ilha de Marajó, real beleza
44 Motivação Receita de sucesso por Leila Navarro
52 Por dentro
A nova versão da Saveiro
54 Diálogos
32
Valéria Lisondo: a família, a propriedade e a gestão
58 Fim de Papo
Guilherme Rafael Gozzo trata da desmobilização de frotas
5
A ABLA tem sempre novidades para seus associados. Fique conectado e acompanhe.
Expediente CONSELHO GESTOR Paulo Nemer (Presidente do Conselho Nacional), Carlos Cesar Rigolino Jr. (Vice-Presidente do Conselho Nacional), Alberto Faria, Carlos Faustino, Emanuel Trigueiro, José Adriano Donzelli, Marcelo Fernandes, Nildo Pedrosa, Paulo Gaba Jr., Paulo Miguel Jr., Raimundo Teixeira (in memoriam), Saulo Froes e Simone Pino. CONSELHO GESTOR (SUPLENTES): Bernard da Costa Teixeira, Celio Fonseca, Gustavo do Carmo Azevedo, José Emilio Houat, José Zuquim Militerno, João José Regueira de Souza, Leonardo Soares, Luiz Carlos Lang, Márcio Castelo Branco Gonçalves e Valmor Emilio Weiss.
CONSELHO FISCAL (SUPLENTES): Lusirlei Albertini, Marco Antonio de Almeida Lemos, Marconi José de Medeiros Dutra, Nilson Oliveira Silva e Paulo Hermas Bonilha Júnior. COORDENAÇÃO GERAL: Alberto Faria e Olivo Pucci. PUBLICIDADE: Jorge Pontual e Francine Evelyn (11) 5087-4100. Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis – ABLA São Paulo: Rua Estela, 515 – Bloco A – 5º andar 04011-904 – São Paulo/SP (11) 5087.4100 | abla@abla.com.br Brasília: Saus Quadra 1 – Bloco J edifício CNT sala 510 – 5º andar – Torre A 70070-010 – Brasília – DF. (61) 3225-6728 www.abla.com.br Revista Locação – Coordenação Editorial: Em Foco Comunicação 11 3816.0433 | emfoco@emfoco.net Editor: Nelson Lourenço Textos: Nelson Lourenço, Ana Candida, Marcos Thadeu Vargas, Kaiqui Macaulay Fotos: Marcelo Hamamoto Revisão: Tarcila Lucena Arte: Leandro Cagiano Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: Duograf
Capa: Leandro Cagiano/ foto: © Nyo009 | Dreamstime.com
CONSELHO FISCAL: Alvani Laurindo, Eduardo Correa da Silva, Eládio Paniágua Jr., Jacqueline Moraes de Melo, Marco Aurélio Gonçalves Nazaré e Ricardo Gondim Espírito Santo.
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Editorial
Parabéns ao setor
Capa: XII Fórum Nacional da Indústria do Aluguel de Automóveis propõe uma nova visão para o mercado de locação
OS EXCELENTES resultados das pesquisas de avaliação a respeito do XII Fórum Nacional da Indústria do Aluguel de Automóveis geraram em todos nós, da ABLA, uma sensação de dever cumprido diante do grande sucesso do evento. Nesta edição da Revista Locação, você vai poder constatar que os índices de satisfação dos participantes e dos parceiros de negócios superaram as mais otimistas das expectativas, o que nos dá a plena convicção de que os objetivos do evento foram alcançados com um enorme êxito! O XII Fórum Nacional da Indústria do Aluguel de Automóveis obteve mais de 90% de aprovação (entre bom, muito bom e ótimo) em relação a itens como a organização, o local, a programação temática e as rodadas de negócios. Isso significa que foram gerados benefícios diretos para a troca de experiências, para ampliação da rede de contatos entre os participantes e para a significativa valorização de todo o setor de locação de veículos no Brasil. Nossa luta continua. Temos muito a fazer e contamos com todos os associados para darmos sequência às novas ações e projetos identificados nesse evento. Entendo que os resultados obtidos no XII Fórum ABLA aumentam a nossa responsabilidade. Por isso, para as locadoras associadas, reitero a importância de que se façam ainda mais presentes na ABLA, pois as portas estão mais abertas do que nunca. Vamos precisar e contar desde já com um empenho ainda maior de todas as locadoras para continuarmos trilhando esse caminho de sucesso e de resultados! Também gostaria de agradecer a cada um dos participantes, a cada um dos palestrantes, a todos os debatedores, aos mediadores dos painéis e a cada um dos parceiros de negócios que dedicaram parte de seu valioso tempo para prestigiar e aproveitar as novas oportunidades que somente o principal evento do setor de locação de veículos da América Latina poderia proporcionar. Por terem tratado o evento com grande empenho e abraçado e entendido o novo conceito do Fórum, eu parabenizo os amigos do Conselho Gestor e das Diretorias Regionais, que dedicaram esforços e trabalharam muito em suas bases para estimular a presença do maior número possível de locadoras. Também agradeço a equipe interna da ABLA em São Paulo e em Brasília, pelo significativo envolvimento demonstrado em todas as etapas da organização. Certo de que teremos muitas e novas oportunidades de estarmos juntos no futuro próximo, essa gestão seguirá à disposição para incrementar o atendimento aos associados e para aperfeiçoar as parcerias comerciais do setor, dentro do trabalho de ampliar o mercado de locação de veículos no Brasil. Muito obrigado e, em 2017, no XIII Fórum Nacional da Indústria do Aluguel de Automóveis, será um prazer contarmos novamente com todos vocês. Paulo Nemer
Presidente do Conselho Nacional da ABLA
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F贸rum ABLA
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Fórum ABLA – Especial
Estímulo à reinvenção do negócio PASSADOS APENAS 10 MINUTOS após as 9 horas do dia 9 de setembro, a mestre de cerimônias Adalgisa Pires chamava ao palco o grupo que seria responsável por abrir o XII Fórum Nacional da Indústria de Aluguel de Automóveis, no Estanplaza International Hotel, São Paulo. Em nome dos associados ABLA e de todo o setor de locação, perfilaram-se para ouvir com o público o Hino Brasileiro: o presidente do Conselho Nacional, Paulo Nemer; o vice-presidente Carlos Cesar Rigolino Jr.; e os conselheiros Marcelo Fernandes e Saulo Froes, responsáveis respectivamente pelas áreas comercial e de eventos da entidade, todos acompanhados do presidente da Anfavea, Luiz Moan. Ao longo de dois dias, centenas de empresários do setor de locação estiveram reunidos para ouvir, debater, esclarecer, se projetar em novas ideias e entender o cenário econômico que pautou o encontro. Entre os participantes também estiveram dirigentes de instituições financeiras, das principais montadoras de au-
tomóveis do país e da cadeia produtiva do turismo nacional. A palavra “crise” foi pronunciada algumas vezes durante os painéis que compuseram o XII Fórum ABLA. Mas, pelo menos durante as 48 horas em que o evento foi realizado, a crise passou longe dali. A média de 500 pessoas participando das atividades foi mantida até o final, quando todos puderam assistir a uma apresentação especial do médico Drauzio Varella. Foram dois dias de muita troca – de experiências, de visões otimistas e nem tão otimistas. O formato, inédito na história do Fórum, foi imaginado exatamente para estimular esse intenso intercâmbio de ideias. Todo o clima era de empenho em acertar, em inovar, em obter alternativas de se reinventar o negócio e construir um futuro mais promissor. Acompanhem nas próximas páginas um pouco mais de tudo o que aconteceu de relevante no XII Fórum ABLA, o mais importante evento do setor de locação na América Latina.
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Fórum ABLA – Especial
Foco nas necessidades do negócio garante o sucesso do evento
RESPONSÁVEL PELA ÁREA de eventos da ABLA, o conselheiro Saulo Froes acredita que a programação evidenciou a dimensão do setor e a preocupação em superar o difícil e conturbado momento econômico pelo qual passa o Brasil. Hoje, as locadoras são responsáveis pela compra de aproximadamente 12,5% dos veículos produzidos pela indústria automobilística. Saulo acrescentou que, conforme resultados da Pesquisa de Avaliação realizada no próprio Fórum, o índice de satisfação dos participantes e dos parceiros de negócios superou os 90%. “Realmente foi um evento pensado e organizado estritamente sob o ponto de vista das necessida-
des dos associados da ABLA, que juntos são os principais clientes das montadoras no Brasil”, enfatizou o conselheiro da entidade. Desde cedo os empresários faziam filas para pegar suas credenciais e receberem o material preparado para o certame, que convidou para ser o primeiro palestrante o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco. Todos os palestrantes foram contemplados com a presença maciça dos empresários inscritos no Fórum. Não era para menos: a diversidade de temas, debates e palestras motivacionais proporcionaram dinamismo ao Fórum e foram responsáveis pela sua excelente repercussão.
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Fórum ABLA – Especial
As personalidades que brilharam
Rita Mundim: “As locadoras do Centro-Oeste, mais ligadas ao agronegócio, vão passar muito bem pela crise. E também as que investirem no turismo. Esses setores vão dar bom retorno.”
Gustavo Franco: palestra complexa, como a situação da macroeconomia brasileira.
Drauzio Varella ao lado de Saulo Froes, Marcelo Fernandes e Paulo Nemer da ABLA
“Criatividade, inovação, ousadia e mudança” foram os pontos apresentados por Leila Navarro em sua palestra motivacional.
Julian Gritsch ministra palestra no Painel de Tecnologia, que abordou temas como cartões de crédito e parcerias do setor.
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Fórum ABLA – Especial
Luiz Moan: “nada de crise”
Gustavo Caetano fala sobre inovação no painel ABLA Jovem
Antonio Cammarosano fala de novos negócios. Ao lado, Thiago Lemes participa do mesmo painel.
Alarico Assumpção Jr: relacionamento entre locadoras e distribuidoras de veículos.
Enilson Sales: revendedores e locadoras contra a informalidade.
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Fórum ABLA – Especial
Rodada de negócios, um capítulo à parte O modelo americano tropicalizado
CAR RENTAL SHOW, muitos conhecem. O modelo da maior feira de locação de veículos do mundo apresenta um formato de negócios que veio para o Fórum ABLA com muito sucesso. Simples, eficaz, com custo competitivo, a Rodada de Negócios do Fórum foi aberta com laço de fita verde, literalmente. Logo após a palestra do economista Gustavo Franco, o presidente Paulo Nemer inaugurou o Salão onde os parceiros já estavam aguardando os empresários para a oportunidade de estabelecer os mais variados contatos. A aproximação direta entre os empresários do setor e seus parceiros de negócios, modelo baseado no mega evento americano da indústria de locação, foi adaptado ao empresariado brasileiro e elaborado de forma mais informal. Tudo foi concentrado na área de negócios, as mesas expositoras, os serviços de catering, o bate papo. “Foi uma importante oportunidade para a troca de experiências e networking”, disse Jorge Pontual, diretor comercial da ABLA.
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Fórum ABLA – Especial
Os parceiros Willerson Moreira (segundo da esquerda para direita), com a equipe da Flash Engenharia– “O mercado de locação hoje representa o segundo maior segmento na nossa empresa em termos de faturamento. Hoje nós somos especializados em viaturas policiais, ambulâncias. No Norte e Nordeste há bastante mercado para a locação de viaturas policias, o que torna esse universo bastante grande para nós. O formato dessa área de negócios é bem legal, objetivo, bastante direto no qual o custo benefício de investimento da empresa é bastante interessante.”
Luis Vilagran, Volkswagen – “O evento está representando uma grande possibilidade de exposição de caminhões para o segmento de locação. Foi uma grata surpresa para a gente o grande interesse dos associados em caminhões para trabalhar. O caminhão representa uma possibilidade nova para os associados no segmento de locação trazendo bons resultados para o segmento e da mesma forma pra nós como montadora – um processo de aproximação de troca de informações com o associado.”
Diego Martins, Nissan – “O evento para a Nissan foi ótimo por conta da proximidade que tivemos com os clientes. A Nissan é uma marca nova no segmento de venda direta e foi uma boa oportunidade para a gente mostrar que estamos presentes no segmento de locação. A Nissan acredita que o segmento de locação é de extrema importância para o fortalecimento da marca no Brasil e através da ABLA estamos conseguindo cada vez mais consolidar a nossa estratégia para esse público.”
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Fórum ABLA – Especial
Guilherme Bianchi, GM – “O segmento de locação é muito importante para a GM, porque além do expressivo volume de vendas, é uma oportunidade dos clientes conhecerem melhor nossos produtos.”
André Lima, Renault – “As empresas, para diminuir os custos, estão buscando terceirização dos serviços, buscando muito a locação. Isso diminui bastante o custo das empresas. Com a crise, a concorrência entre as locadoras está sendo maior e o impacto dessa crise está sendo menor, justamente por que as empresas estão buscando mais. As empresas hoje não estao fazendo muito investimento para a frota própria. Mas locadoras sim, elas apresentam bom volume de compra. Cerca de 50% das vendas são direcionadas às locadoras.”
Carlos Figueredo, Segplus – “A Segplus sempre enxergou a indústria do aluguel de automóveis como um mercado em ascensão, com muita necessidade de produto e pouca oferta do mercado segurador. O segredo é identificar a demanda, desenvolver o produto e entregar.”
Marly Kierulf e Waldir Morgado, Autorola – “O nosso foco é a revenda online, temos uma base de compradores de lojistas e compradores físicos. Nós ajudamos as locadoras disponibilizando e revendendo a frota dessas empresas.”
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Fórum ABLA – Especial
Flávio Meira, Ford – “A Ford é parceira da ABLA há muito tempo, sempre atuando com dedicação aos pleitos e eventos da Associação. Nossa expectativa com o Fórum é aprofundar o relacionamento com os associados, gerando oportunidades para a renovação da frota das locadoras.”
Marcelo Barros, Audi – “O potencial do segmento de locação no Brasil é muito grande, pois enquanto as marcas tidas como nacionais estão em queda, o segmento de luxo vem crescendo bastante. Este ano, a Audi apresenta crescimento de quase 40% em vendas corporativas e o segmento de locação tem muito a ver com este resultado. Do volume total, acredito que as vendas para locadoras já representem cerca de 15%.”
Ildebrando Gozzo, ST Corretora – “Durante o ano, nós participamos de diversos eventos, mas este aqui é, sem dúvida, o mais importante deles. Hoje, especialmente, estamos motivados e muito satisfeitos com o modelo estabelecido no Fórum ABLA. É uma oportunidade de aproximar as locadoras do público de interesse, possibilitando que a gente mostre o que há de melhor para o segmento.”
Julian Gritsch, EuroIt – “A EuroIt desenvolve sistemas de gerenciamento para locadoras de veículos e está sempre preparada para oferecer soluções tecnológicas que atendam às necessidades de seu público. Estamos há 10 anos no mercado e já atendemos mais de 600 clientes em todo Brasil.”
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Fórum ABLA – Especial
Evento de dimensão nacional “O formato foi muito interessante e aproximou o setor dos fornecedores, permitindo trazer negócios novos. Os temas abordados eram muito atuais, com pessoas importantes, de opiniões balizadas.”– Marconi José de M. Dutra, Diretor Regional da ABLA na Bahia
“Fiquei surpreendido positivamente com a objetividade do evento e com o fato de a ABLA ter separado o Fórum do Salão. Foi muito prático e a relação do associado com o fornecedor ficou mais próxima, objetiva e atraente. Neste momento de economia, de reduzir tudo, a ABLA acertou em cheio em colocar parceiros e associados em contato. Também fiquei muito satisfeito com os temas propostos.” – Leonardo Soares Nogueira Silva, Diretor Regional da ABLA em Minas Gerais
“Achei bastante proveitoso. O formato surtiu um efeito um pouco melhor, deu para aproveitar as palestras, os painéis e, ao mesmo tempo, fazer uma boa negociação junto aos fornecedores. Acho que o enfoque (das palestras) foi muito bom e os temas, escolhidos a dedo pois, tratam de assuntos presentes e futuros” – Lusirlei Albertini, Diretor Regional da ABLA em Alagoas “A formatação do Fórum foi bastante satisfatória. A palestra sobre a crise econômica e as oportunidades de negócios (da economista Rita Mundim) confirmou a dificuldade que o Brasil está passando. Foi uma oportunidade para trocarmos ideias, debater cases de sucesso e estreitar relacionamento entre diretores, conselheiros e demais.”– Cleide Brandão Alvarenga, Diretora Regional da ABLA em Tocantins
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Fórum ABLA – Especial
Associados mais próximos da ABLA
“O formato foi espetacular, permitiu maior participação do público, troca de informações e insights. O nível dos palestrantes, a clareza das informações, a forma como dividiram o conhecimento, foi muito bom. Somou muito ter vindo pois volto para casa com outra visão, com um pouco mais de esperança. O cenário financeiro está delicado e a gente tem que se esforçar: o Fórum trouxe bastante desse gás.” Glaucia Janczak, de São Paulo, SP
“Achei bem interessante o formato do evento, a gente tem um contato mais próximo com o fornecedor. Gostei bastante das palestras também. Acho que a ABLA poderia repetir esse formato no próximo Fórum.” – Gustavo Penna, de Belo Horizonte, MG
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“Foi uma grande ideia ter essa sala (Área de Negócios), onde encontramos fornecedores com os quais tivemos oportunidade de fazer negócios. Com relação às palestras, achei que foram muito voltadas para o setor. A primeira do Gustavo (Franco) foi bastante reveladora, coisas que a gente já sabe, mas com um nível de detalhamento que a deixou bastante interessante. Gostei da apresentação do Gustavo (Caetano) da Samba Tech e suas ideias inovadoras, que nos ajudou a pensar fora do quadrado.” – Ricardo Penna, de São Paulo, SP
Fórum ABLA – Especial
“Achei a formatação muito interessante, sobretudo o nível dos palestrantes e a escolha dos temas. Foi acima da minha expectativa. Gostei da motivadora (Leila Navarro), deu um ânimo para nós, e do Dráuzio Varella, que nos deu conselhos sobre como viver.” – Wilton Kuster, de Curitiba, PR
“Me surpreendi com o Fórum, ele modificou totalmente a visão que eu tinha do negócio. Descobri que há diversas possibilidades, sairei daqui pensando bem diferente.” – Luiz Henrique Ferreira, de Brasília, DF
“Sou nova no segmento e este é o primeiro evento da ABLA que participo. Achei o formato bem interessante e dinâmico porque as pessoas puderam conversar, estar mais presentes. O evento trouxe bastante informação sobre o segmento. Gostei muito da palestra do Gustavo (Caetano, da Samba Tech) sobre inovação e da Rita Mundim.” – Daniela Toscano, de Belo Horizonte, MG
“Acho que os painéis que aconteceram, a sinergia de negócios e a troca de experiências foram muito relevantes. Apesar de estarmos no mesmo setor, nós falamos com mercados extremamente diferentes, então, criar laços de amizade é muito importante” – Claudio Schincariol, de Itu, SP
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Fórum ABLA – Especial
As notas do Fórum Uma análise geral dos resultados do questionário realizado com os participantes do XII Fórum revelou resultados bastante satisfatórios. Confira.
ADEQUAÇÃO
ORGANIZAÇÃO
do local do evento
do evento
REGULAR
BOM, MUITO BOM E ÓTIMO
2%
95%
BOM, MUITO BOM E ÓTIMO
REGULAR 5%
98%
ATENDIMENTO
ATENDIMENTO
de suas expectativas pela Programação Temática
de suas expectativas nas Rodadas de Negócios
REGULAR
REGULAR
3%
1%
BOM, MUITO BOM E ÓTIMO
BOM, MUITO BOM E ÓTIMO
97%
99%
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Fórum ABLA – Especial
Os premiados O XII Fórum da ABLA distribuiu prêmios valiosos aos participantes que visitaram todas as mesas das Rodadas de Negócios, prestigiando os parceiros comerciais do setor. No total, a ABLA sorteou 10 tablets da HP, três Ipads (cortesia da ST Corretora e da Segplus) e duas bolsas da Victor Hugo, também oferecimento da ST Corretora. Confira os vencedores.
Jorge Pontual, diretor comercial da ABLA, e a mestre de cerimônias Adalgisa Pires, comandaram o sorteio.
Carlos Faustino Daniel Felipe Fernando Lima Jaqueline Medina Luiz Felipe Nemer Marcos Kacherian Miguel Júnior
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Oswaldo Umemura Filho Rafael Maciel Rejane Ribeiro Ricardo Antonio Calixto Sidney Reche Galdeano Filho Tânia Mertens Valmor Weiss
Na Frente
Trabalhar juntos para superar a crise Painel com o presidente da Anfavea discutiu as dificuldades momentâneas do setor automotivo. Participaram: Flávio Meneghetti, Luís Eduardo Guião, Marcelo Taveira e Luiz Fernando Porto. O PAINEL INICIAL do XII Fórum ABLA contou com a presença de Luiz Moan, presidente da Anfavea, em sua primeira parte. Depois, sob a coordenação do jornalista Fred Carvalho, representantes do mercado falaram sobre o atual momento e seus reflexos para as locadoras. Luiz Moan, é economista e diretor de assuntos institucionais da General Motors. Trabalha no setor automobilístico há mais de 30 anos.
Moan disse que o encontro é importante para traçar um plano de longo prazo para o mercado. Segundo ele, ações de curto e médio prazos precisam estar alinhadas com o futuro. “Necessitamos desenvolver uma verdadeira parceria. É um momento crucial da economia, e todos têm o seu papel para superá-lo. O Brasil fica, a crise passa”, afirmou o executivo. Luiz Moan, Anfavea
realidade. Nos Estados Unidos, esse já é um conceito presente, enraizado. De nossa parte, não vamos ficar reclamando. Em abril, tivemos uma reunião com o governo e um grupo interministerial já está trabalhando em medidas como a recente mudança na nota fiscal de entrada do lojista, o Renave – Registro Nacional de Veículos em Estoque, que proporciona R$ 1 mil de economia por transação. Com relação à infração cometida com carro alugado, nossa proposta é que a multa seja encaminhada diretamente para o CPF do usuário, afinal, quem comete a infração é o motorista. O governo já entendeu isso e começa a trabalhar para mudar. Esse encargo não pode ficar com a locadora. O desafio das locadoras é convencer o brasileiro de que a propriedade do veículo não é o mais importante. É preciso estimular o uso mais racional do automóvel. Um programa de renovação de frota vai fazer bem para o Brasil. A proposta da Anfavea é que isso comece com os caminhões, para favorecer a redução de emissão de poluentes. O buy back não é fácil de ser introduzido. Há toda uma logística para isso. É uma ideia para o futuro, que precisaria ser configurada. O mundo automotivo será diferente no futuro. E cada elo de nossa cadeia será fortalecido por essa nova cultura.”
“Acho que há, sim, uma saída para a crise. Pesquisas comparativas com outros países revelam que nosso índice de motorização é pequeno. É muito menor, por exemplo, do que o da Argentina. Nos últimos dez anos, as vendas de zero quilômetro em São Paulo cresceram 6%. A média no Brasil ficou acima de 50%. Em cidades com até 5 mil habitantes, esse crescimento ficou acima de 100%. Colocar 7 milhões de unidades no mercado com o atual sistema é um desafio. Para tanto, é preciso pensar em novas modalidades de uso e financiamento. O leasing operacional será uma
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Na Frente
Flávio Meneghetti, concessionária Marajó “O mercado vai encolher um México este ano. A produção vai despencar de 3,5 milhões para 2,5 milhões de unidades produzidas. O desafio é sobreviver para chegar a um futuro melhor. As locadoras hoje são clientes importantes das concessionárias, mas poderia haver uma parceria maior na área de serviços. A locadora que vende e faz parte do mercado não é uma concorrência que preocupe. Mas as pseudolocadoras, essas sim preocupam, pois elas desvirtuam o mercado, que, por sua vez, é soberano, e acaba depurando essas distorções.”
Luís Eduardo Guião, concessionária Santa Emília
Marcelo Taveira, LM Transportes
“O interior já sente o reflexo da crise. Em Ribeirão Preto, o número de veículos emplacados caiu em cinco meses de 3 mil carros/ mês para 1200 carros/mês. As concessionárias também buscam produtos que tragam uma boa relação custo/benefício. Os carros estão melhores e os consumidores, mais exigentes. Por isso, a venda do 1.0 vem caindo. Por outro lado, a alta do dólar inibe a corrida ao importado.”
“A locação de caminhões é um negócio ainda jovem, com poucos players. Para ser viável, precisa de contratos mais longos, de quatro a cinco anos de duração. Mas, em síntese, a conta é a mesma da locação de veículos leves.”
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Na Frente
Luiz Fernando Porto, Locamérica “A promoção é uma dinâmica do mercado que sempre existiu. O negócio das locadoras é negócio de custo, não de preços. Quem tiver menor custo, ganha a competição. É uma corrida longa, não é corrida de curto prazo. Já temos um mercado altamente competitivo, mas que ainda não alcançou a maturidade. Por isso, crescemos na crise. Acredito na tendência de crescimento da participação das locadoras na aquisição de veículos entre as montadoras, pelo menos nos próximos cinco anos. A crise já estava anunciada em 2012, 2013. Em 2013, já estávamos nos preparando, negociando dívidas, revendo custos. Era o tempo de se precaver. Hoje, buscamos mais rentabilidade e a redução do endividamento. No nosso caso, não ´rotulamos´ o cliente. Alguns tipos de contrato para o governo são realmente duros para a locadora.”
Fred Carvalho, Anfavea “Tenho fé no Brasil. A indústria automotiva enfrenta crises desde que chegou aqui, na década de 50. E até hoje temos o costume de crescer na crise. Adoramos isso. Estamos mais pessimistas do que deveríamos, na minha opinião. A indústria automotiva investe a longo prazo, pensando lá na frente. Por isso, mantém os investimentos, mesmo na crise.”
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Ao Volante
Ka e Ka+ linha 2016 AS LOCADORAS de automóveis já têm à disposição as novidades na linha 2016 do Ka e Ka+. A Ford anunciou que os modelos ganharam mais itens de série, como o MyConnection – sistema de som com comando de voz via Bluetooth e o MyFord Dock – para a fixação segura do celular ou GPS no painel equipado com entrada USB. Para o transporte de cadeirinhas de bebê, as novas versões vêm com o suporte especial chamado Isofix. Ainda com as motorizações 1.0 e 1.5, ambos mantêm outros itens, como ar-condicionado, direção, travas e vidros elétricos, controle de tração e estabilidade, entre outros.
Nissan anuncia novo visual do sedã Altima
Novas versões do Sandero
A RENAULT anunciou que as versões GT Line e R.S., ambas do Sandero, já estão disponíveis no ‘configurador’ do site. Sem diferenciais na mecânica, o GT Line tem kit aerodinâmico e as conhecidas configurações de motorização 1.6 com até 106 cv e câmbio de cinco velocidades que pode ser manual ou automatizado Easy’R. No R.S., com motor 2.0 e 150 cv, a direção é eletrohidráulica com seis marchas na transmissão manual. O único opcional desta versão são rodas de alumínio de 17 polegadas. De série, os modelos trazem ar-condicionado automático e a possibilidade de ser adicionado o sistema MEDIA Nav Evolution, com acesso às redes sociais, GPS, web rádios via smartphone, etc.
A NISSAN apresentou nos Estados Unidos as primeiras mudanças da atual geração do sedã Altima, que chega ao Brasil importado daquele país. O modelo terá novidades no visual externo e alterações no acabamento interno, além de novos equipamentos tecnológicos e a oferta de uma nova versão, mais esportiva. Nos Estados Unidos, o Altima é o carro mais vendido da Nissan entre os modelos que ela oferta naquele mercado.
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Ao Volante
A3 e Golf nacionais chegam com reforço A VOLKSWAGEN E A AUDI revelaram que vão simplificar o câmbio e a suspensão das versões do Golf e A3 Sedan a serem fabricadas no Brasil. Os modelos vão ganhar um reforço com motor 1.4 e gerar 150 cv de potência no hatch da VW e 122 cv no sedã da Audi e passarão a ter, de série de entrada, câmbio automático de seis marchas – em substituição ao de dupla embreagem e sete marchas –, e eixo traseiro com barra de torção – ao invés da suspensão traseira independente do tipo multilink e cinco pontos de fixação. Além disso, o Golf terá versão de entrada com motorização 1.6 flexível e o A3 com a opção de motor 2.0 turbo.
Chevrolet Ônix, líder pela primeira vez PELA PRIMEIRA VEZ, o Chevrolet Ônix liderou o ranking mensal de emplacamentos do Brasil. Segundo dados da Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores foram quase 11 mil unidades comercializadas no mês de agosto. No acumulado do ano, o hatch compacto da GM lidera as vendas para pessoas físicas com quase 71 mil carros. A liderança do Ônix relembra outro sucesso da marca, o Monza, que encabeçou as vendas no País entre 1984 e 1986.
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Entrevista
‘Com juros altos, o futuro fica distante’ No Brasil, a taxa de juros, que tanto afeta o negócio das locadoras, é uma das mais altas do mundo. Reflexo de um momento delicado de nossa economia. Para o economista Gustavo Franco, o momento da economia é muito sério, o mais sério desde o Plano Real. Mas, se o cenário preocupa, a situação pode ser contornada se houver a tomada de medidas que estão ao alcance do governo, defende Franco. A análise do ex-presidente do Banco Central está disponível nas próximas páginas, em material exclusivo para os leitores da revista Locação.
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Entrevista
O Entrevistado Gustavo Franco é estrategista-chefe da Rio Bravo Investimentos e presidente do Instituto Millenium. Foi presidente do Banco Central do Brasil.
REVISTA LOCAÇÃO: Muitos analistas avaliam que o governo demorou muito para conter a crise, que já estava sendo anunciada. O senhor concorda com essa análise? Gustavo Franco: O segundo mandato do governo Dilma está colhendo os erros de uma política econômica que começou a se equivocar, de fato, lá atrás. Ainda no primeiro governo Dilma, começamos a ter uma clara defasagem de inflação com preços públicos controlados. Agora, a inflação explodiu. O IPCA está sempre acima da meta. A inflação de serviços, a melhor para verificarmos o cenário, está alta, em níveis perigosos, que logo podem descambar para a hiperinflação. A boa notícia com relação à inflação é que a aferição semanal do Banco Central e das instituições financeiras apontam para uma melhora em 2016 e 2017. Talvez seja o desejo de liquidar a crise ainda este ano. Há um certo otimismo em relação ao PIB em 2016, de termos um pequeno avanço em relação a este ano, que será o pior ano dos últimos tempos. A expectativa é de queda de 2,5% no PIB para 2015. Mas a maior tragédia de tudo isso é que estamos combatendo a febre, ou seja, a inflação, com uma política monetária restritiva, de juros altos, que não está trazendo confiança no futuro.
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Entrevista
REVISTA LOCAÇÃO: Com relação aos juros, o que podemos esperar para o futuro? Gustavo Franco: Após a estancada da inflação, nos anos 90, tínhamos como objetivo alcançar parâmetros de juros de países desenvolvidos. Até 2008, tínhamos superávit primário de 3% do PIB, daí crescíamos. Era um caminho virtuoso. A taxa de juros estava em queda naquele momento. Mais 10 anos neste ciclo seríamos um país mais feliz e organizado. Mas, em algum momento a convergência favorável para a redução da taxa de juros saiu fora dos trilhos. Em 2008, a casa foi desarrumada. O governo decidiu que não precisava de uma política econômica austera, que tivesse um fluxo de caixa positivo, o que foi um erro. E hoje voltamos a ser o campeão dessa taxa, o que é uma lástima. Quando você tem uma taxa de juros muito alta, você vive na incerteza. É como se o futuro estivesse distante. REVISTA LOCAÇÃO: O Brasil pode “quebrar”, como aconteceu com a Grécia? Gustavo Franco: O Brasil já está quebrado. Mas, ao contrário da Grécia, aqui temos um Banco Central forte, que ajusta o mercado e não deixa o país ir à falência. Se formos analisar, os empréstimos do Tesouro para os bancos públicos cresceram entre 2007 e 2014. Isso causa aumento da dívida pública, e o aumento descontrolado da dívida pública é o motivo pelo qual a Grécia faliu. Não há limite para a emissão de títulos da dívida pública. O governo Dilma fabricou R$ 500 bilhões, ou 9% do PIB, com papéis
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da dívida pública e transferiu esse dinheiro para o BNDES e os bancos públicos, que, por sua vez, repassaram para as empresas, constituindo ativos. Essa “pedalada” (dívida) deveria passar pelo Congresso. O TCU pode recusar. Nós pioramos muito de 2007 para cá. Estávamos vivendo uma situação enganosa. Países desenvolvidos têm altos índices de endividamento em valores absolutos em relação ao PIB, mas eles possuem uma riqueza que equivale em média a cinco vezes o PIB. Nos países emergentes, a riqueza geralmente corresponde ao PIB. Nós pagamos taxas de juros absurdas porque o governo antecipa gastos. E o pior é o governo fingir que não tem essa dívida e ainda ter prejuízo. REVISTA LOCAÇÃO: O que fazer agora? Gustavo Franco: É preciso arrumar a casa. E uma das saídas é amortizar a dívida pública com a venda de ativos, créditos, securitização e privatização. A acumulação de reservas internacionais, por exemplo. Nós evoluímos nesse aspecto, mas a um custo enorme. Manter reservas de US$ 372 bilhões, como tínhamos em junho deste ano, custa US$ 50 bilhões ao ano em investimento no Tesouro americano. Esses recursos poderiam ajudar a amortizar a dívida pública, mas o problema é que há grande rejeição do mercado em absorver os títulos públicos brasileiros. Temos R$ 1 trilhão de dívida pública encalhada. São números que refletem a necessidade de ajustes imediatos do governo para o controle da dívida. Estamos voando baixo, sem arranhar a causa do problema.
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Problema de gestão A economista Rita Mundim identifica os “pecados” que levaram à crise e aponta alternativas para driblar as dificuldades do atual cenário
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Economia
RITA MUNDIM ATUA a partir de Belo Horizonte, Minas Gerais, onde é comentarista econômica da Rádio Itatiaia. Ela é mestre em administração e especialista em mercado de capitais. E ainda encontra tempo para colaborar com a revista do Sindloc/MG. Em conversa com a revista Locação, em São Paulo, gravada no dia seguinte à redução do grau de investimento do Brasil por uma das principais agências internacionais de classificação de risco de capitais. O mercado, naquele dia, estava “à beira de um ataque de nervos”, nas palavras da própria Rita. Para ela, o grande problema da economia hoje é a perda de confiança, a perda de crédito. “Nosso modelo de crescimento adotado lá atrás foi errado. Foi baseado no crédito, não no aumento de renda”, avalia a economista. Rita faz coro àqueles que acreditam que o Brasil está sendo mal-gerido. “Tomemos como exemplo a redução da conta de energia imposta pelo governo em 2013. Aquela medida reduziu a confiança de que o governo não iria intervir na economia”, lembra ela. A economista acredita que o aumento real de renda, a partir do salário mínimo, foi um modelo que deu certo no primeiro governo Lula, mas teve consequências negativas. “Foi um modelo baseado em consumo e crédito, que fez o endividamento das famílias crescer rapidamente. Hoje, temos 56% de inadimplentes”, ressalta. Além do modelo de crescimento errado, Rita enumera outros pecados do governo: o abandono do tripé econômico formado por metas de inflação, superávit fiscal e câmbio flutuante; a corrupção, o baixo índice de empréstimos dos bancos públicos e o reduzido investimento em infraestrutura. “O governo precisa fazer o ajuste fiscal urgente. E permitir que o mercado se recupere”, explica. Na sua opinião, o Brasil exige muito dos empresários, mas estes não se curvam. “Nós somos criativos, somos guerreiros”, diz ela, arriscando-se a formular algumas saídas para a crise. No entanto, mesmo reconhecendo a capacidade de se reinventar do empreendedor brasileiro, Rita alerta que hoje os riscos são mais intensos, devido à velocidade da tomada de decisões. “A volatilidade dos mercados é muito mais intensa. E as empresas estão mais suscetíveis a essas oscilações”, finaliza.
SAÍDAS PARA A CRISE
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Evite o efeito manada
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Mercado
Uma relação cada vez mais próxima
Bom momento no relacionamento entre de locadoras e os distribuidores de veículos
Alarico Assumpção Jr., da Fenabrave
AO ABRIR O PAINEL FENABRAVE, que aconteceu no segundo dia do XII Fórum ABLA, o vice-presidente do Conselho Nacional da ABLA, Carlos César Rigolino Júnior, afirmou que há alguns anos vem sentindo uma mudança significativa no relacionamento entre os revendedores de veículos e o setor de locação de automóveis quanto às vendas diretas. Uma mudança para melhor. A opinião de Rigolino foi corroborada pelos participantes do painel e encabeçada pelo presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), Alarico Assumpção Jr. “Consideramos o setor representado pela ABLA, bem como os frotistas em geral, um cliente importantíssimo, por isso temos agido de modo a preservá-los e atendê-los da melhor maneira possível”, afirmou ele. “Mas ainda há um grande caminho a percorrer”, completou. Diante do instável cenário político e econômico do Brasil, e da crise que o setor automotivo tem enfrentado desde o início do ano, o presidente da Fenabrave revela que a chave para o sucesso no estreitamento das relações
locadoras x montadoras está na qualificação dos profissionais das fabricantes de veículos e no entendimento das reais necessidades das empresas do segmento de locação. Para o diretor comercial da ABLA, Jorge Pontual, algumas empresas ‘largaram na frente’ e já disponibilizam em suas concessionárias e/ ou redes de distribuição profissionais especializados no atendimento às locadoras para as vendas diretas. “Aos poucos vemos que os empresários estão enxergando a importância do nosso segmento”, afirmou. “Profissionais de vendas diretas como nós precisamos ainda são poucos, mas estão aumentando a cada dia.” Representando as montadoras, Fábio Campos, da Volkswagen, e Alexandre Oliveira, da Renault, evidenciaram que os bons números de vendas registrados para o segmento de locação, mesmo dentro do cenário de retração, têm dado o impulso para que as fabricantes de veículos invistam cada vez mais no atendimento às locadoras, nas condições especiais/descontos para a compra e, principalmente, para o pós-venda com ênfase, por exemplo, nas aquisições de manutenção preventiva.
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Mercado
Seminovos e a falta de peças
Fabio Campos, VW
Alexandre Oliveira, Renault
OUTROS DOIS PONTOS de suma importância para o setor de locação debatidos durante o Painel Fenabrave foram a questão da comercialização de seminovos das locadoras pelas concessionárias das montadoras e os problemas de estoque para as peças de reposição que, por vezes, atrapalham a atividade das locadoras de Norte a Sul do país. Sobre o mercado de seminovos, tanto o presidente da Fenabrave como os representantes das montadoras veem com bons olhos a parceria para colocar os veículos no mercado, porém acreditam que ainda existam etapas a serem estabelecidas para o máximo aproveitamento de ambos os lados. “Vejo ainda de maneira modesta, mas com a Fenabrave e a Anfavea trazendo a ABLA para esta mesa, acredito em um sistema de ‘ganha-ganha’. Vejo com muito interesse, de maneira acertada, positiva e responsável, a recolocação dos carros usados das locadoras no mercado”, afirmou Assumpção Júnior.
Segundo Fábio Campos, a Volkswagen tem estado atenta a este cenário, inclusive atuando junto com o banco da montadora para oferecer condições especiais aos compradores. “O valor residual deste veículo é fundamental na transação”, disse. Já Alexandre Oliveira, da Renault, revelou que os seminovos são pilares para “fortificar a rede de concessionárias da marca no recebimento e na comercialização destes usados, muito apoiados no pós-venda”. Sobre a falta de peças, Fábio Campos e Alexandre Oliveira afirmaram que as montadoras têm investido cada vez mais para que os problemas sejam dirimidos de forma a não atrapalhar a atividade das locadoras. Alarico Assumpção, por sua vez, disse aos empresários que a Fenabrave, em parceria com a Anfavea e o Sindipeças, tem atuado fortemente na pauta dos seminovos, com o intuito de que este não seja um problema futuro para a atividade.
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Mercado
Carlos Cesar Rigolino Jr., Vice-Presidente do Conselho Nacional da ABLA
O momento econômico e a indústria automobilística
Uma visão de futuro, as perspectivas para o próximo ano
A CRISE POLÍTICA e econômica pela qual passa o Brasil também foi tema do Painel Fenabrave. Alarico Assumpção Jr, da Fenabrave, relembrou que nos primeiros oito meses do ano cerca de 650 concessionárias do País tiveram que fechar as portas, e enalteceu a atividade dos bancos de montadoras no fomento a novos negócios no setor automotivo. “Os bancos são de fundamental importância, sem eles nosso cenário atual estaria bem pior”, disse. Mesmo diante do atual momento, Assumpção acredita que o Brasil tem totais condições de reverter a crise e, para isso, os setores que compõem a cadeia produtiva do mercado automotivo são de fundamental importância para a retomada do crescimento da indústria. “Somente juntos, unidos, conseguiremos enfrentar os desafios que se encontram à nossa frente”, conclui.
AO ENCERRAR A SUA PARTICIPAÇÃO no XII Fórum ABLA, o presidente da Fenabrave revelou quais as perspectivas do setor automotivo para o próximo ano. Para o executivo, o obscuro cenário político-econômico do país leva a entidade a crer que os índices de 2016 serão similares aos de 2015. “No ano que vem, com a questão política sendo resolvida e o ajuste fiscal de fato e de direito, acreditamos em uma leve retomada, em torno de 15% a 16%”. Para os representantes das montadoras, Fábio Campos (VW) e Alexandre Oliveira (Renault), o atual cenário traz perspectivas modestas para 2016, iguais às de 2015. “O segundo semestre será para buscar oportunidades. Com o custo do capital desfavorável neste momento, as terceirizações são ótimas oportunidades e as locadoras têm papel fundamental nisso”, afirmou Campos. “O mercado CNPJ tem acompanhado a queda do mercado nacional. Um fato interessante aconteceu em agosto. O mercado de locação e frotista representava 25% e chegou a 30% naquele mês. Esperamos fechar 2015 nos mesmos índices”, completou o executivo da Volkswagen.
Pontos que preocupam a Fenabrave neste ano: n Excesso de impostos, com tendência a piorar; n Juros reais exorbitantes, que inviabilizam a sobrevivência empresarial; n Resistência do governo no ajuste e corte do seu custeio; n Descrença do meio empresarial no país, comprometendo investimentos; n Instabilidade política que tira a visão de médio e longo prazos.
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Seminovos
Seminovos mostram seu valor Integrando o XII Fórum ABLA, o Painel Fenauto destacou as oportunidades proporcionadas pela desmobilização de frota. Participaram do painel Carlos Faustino, Enilson Sales, Vilmar Carreiro, Marco Aurélio Nazaré e Dirley Ricci “NOSSO NEGÓCIO, principalmente no que se refere à desmobilização de frotas, possui quatro pilares: captar bem, comprar bem, alugar bem, vender bem.” Essa foi a “deixa” do conselheiro Carlos Faustino, da ABLA, para os participantes do Painel Fenauto durante o XII Fórum ABLA. Pela Fenauto – Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores, falou o conselheiro Enilson Sales. Confira.
As locadoras partilham do mercado de usados, então estamos todos no mesmo barco. Acredito que o temor da crise é um pavor momentâneo. Estamos evoluindo. A recuperação já está acontecendo, não em resultados financeiros, mas em volume de negócios. Em 2016, se tivermos o mesmo volume de vendas deste ano, será OK. No entanto, para o ano que vem, ainda há várias incógnitas, como a inflação. O financiamento do usado sempre foi historicamente inferior em volume ao financiamento do carro novo. Mas essa relação está mudando nos últimos meses*. É fruto de um novo hábito de consumo. O fato é que cada vez mais os bancos consideram as garantias para conceder os créditos. * OBS da Redação: Segundo pesquisa da empresa Cetip, divulgada em agosto, no primeiro semestre de 2015 o financiamento do usado superou pela primeira vez o zero quilômetro desde 2011.
“A visão da Fenauto para combater a crise é, a curto prazo, estimular medidas de proteção, e a longo prazo apostar na criatividade e oportunidade. Hoje, temos poucas oportunidades pontuais. As perspectivas são boas a longo prazo, mas no momento é preciso racionalizar, cortar custos e despesas. E enfrentar ameaças como as locadoras piratas, os atravessadores. O mercado é muito informal, muitos não querem pagar imposto. Mas a Fenauto trabalha para as empresas saírem da informalidade.
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Mercado
Marco Aurélio Nazaré, M&M Rent a Car e conselheiro da ABLA “Estamos conseguindo mudar o conceito de que o carro de locadora é vítima do mal-uso. A administração dos carros usados não é a mesma administração do carro novo, que compramos agora. São outros cuidados, uma outra gestão. Essa noção é fundamental para o sucesso do negócio. Para preservar nossos ativos, estamos pedindo melhores estradas e dando muita atenção à manutenção e tecnologia. Estamos cuidando desse ativo.”
Vilmar Carreiro, Banco Itaú “No Itaú, a base de veículos usados financiados também vem aumentando. E nossa visão para a locadora é otimista, temos bons olhos para o setor. Aprovamos em média 80% dos empréstimos solicitados pelos associados ABLA.”
Dirley Ricci, Auto Ricci “Acreditamos que o carro de locadora está quebrando sim o paradigma e mostrando que é confiável. Uma das aliadas nesse processo é a tecnologia. Com a telemetria dos rastreadores, sabemos dimensionar o mau uso do veículo. É preciso saber a hora de parar o carro. Paralelamente, é preciso investir na comunicação integrada à tecnologia. A internet hoje é uma ferramenta indispensável de aproximação com o cliente.”
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Tecnologia
Sistemas na palma da mão
JULIAN GRITSCH, da EuroIt e criador do e-rental, acredita que um empreendedor é um apaixonado. Mas, longe de recomendar atitudes idealistas, ele defende um approach comercial da tecnologia. Segundo ele, o empresário tem a obrigação de conhecer a fundo seu sistema de gerenciamento, o que lhe dará segurança para a reinvenção do negócio. Acompanhe aqui o seu depoimento e suas dicas à revista LOCAÇÃO: “Por que precisamos reinventar nosso negócio? Porque somos empreendedores, e isso significa ter uma paixão inabalável pelo o que fazemos, desejar ser uma especialista, querer saber sempre mais. Ser um empreendedor é lidar com um fluxo constante de ideias e manter a mente aberta para o novo.
Uma das perguntas básicas que precisamos fazer é: o que devemos usar da tecnologia? Websites? Com certeza. Redes sociais? Aplicativos para celular? Um passo de cada vez. É preciso arrumar a casa antes de investir. Em 90% das empresas, o sistema de gerenciamento fica 100% nas mãos dos funcionários. Em mais de 80% das empresas, os donos não conhecem ou não sabem acessar o sistema. Mais de 75% dos funcionários nunca receberam treinamento sobre o sistema. Temos que ter uma abordagem comercial da tecnologia. Em primeiro lugar, conheça seu próprio negócio e as informações de seu sistema. Se for preciso, reinvente, treine a equipe, busque novos conhecimentos. Treinamento e conhecimento do sistema são essenciais para reinventar o negócio.”
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Tecnologia
Especialistas apontam aplicações práticas para a locação
Arildo Constantino, Assespro/SP
Ildebrando Gozzo, ST Corretora
O XII FÓRUM ABLA promoveu um encontro que reuniu especialistas em tecnologia. Na conversa entre os experts, surgiram algumas dicas valiosas para quem atua no mercado de locação de automóveis. Uma recomendação unânime entre eles é atenção às possibilidades da internet. Saulo Fróes Jr., diretor da Lokamig e integrante da ABLA Jovem, enumera exemplos que reforçam a importância do mundo virtual. “Muitas das maiores empresas em suas especialidades são empresas baseadas em tecnologia. A maior empresa de hotéis do mundo é a Booking.com. A maior rede de transportes é o
Ele lembra que o faturamento vindo de operações on line aumenta a cada ano. “As estatísticas mostram que 51 milhões de brasileiros compraram na internet no ano passado. E esse percentual está aumentando cada vez mais. A internet é um canal de venda muito barato e eficiente. O consumidor está experimentando primeiro no mundo virtual”, comenta Saulo. Arildo Constantino, presidente da Assespro/ SP – Associação das Empresas de Tecnologia de Informação, concorda com ele. “A influência da internet é cada vez maior. Ela está tornando os produtos mais baratos, as transações mais rápidas e dando fim à disposição física das coisas.” Waldir Morgado, diretor da Autorola Holding, destaca uma peculiaridade do mercado brasileiro, que é o avanço ainda tímido do B2B. “Na Europa, o B2B é forte, as empresas compram 90% pela internet. Aqui no Brasil ainda existe resistência, por causa da relação de propriedade em relação ao carro. De qualquer forma, aqui, como pessoas físicas, já despertamos para a tecnologia, mas como empresa, nem sempre. Por exemplo: Por que o comércio on line entre as locadoras é ainda relativamente pequeno?”, questiona ele. Ildebrando Gozzo, sócio da ST Corretora, menciona o rastreamento como uma tecnologia presente e benéfica às locadoras. “A adoção do rastreador reduz o custo das locadoras. Imagina-se que os benefícios se limitem à redução de furto e roubo, mas, com a telemetria, ele vai muito mais além, incluem a redução de custo também.”
Waldir Morgado, Autorola
Uber. Nós precisamos estar conectados a esse mundo. Hoje, por exemplo, o Google já penaliza em suas buscas quem não tem site responsivo”, explica.
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Novos Negócios
Nichos diferenciados A locação de veículos de luxo ou de caminhões são dois exemplos de novos mercados com potencial de crescimento. Diretores da Audi e da MAN Caminhões explicam as particularidades desses negócios
Antônio Cammarosano, MAN Caminhões
A LOCAÇÃO DE VEÍCULOS é uma atividade que apresenta muitas oportunidades a serem exploradas. Duas especialidades de grande potencial foram tema de um painel durante o XII Fórum ABLA, a locação de veículos de luxo e a de caminhões. Thiago Lemes, diretor de vendas da Audi do Brasil, revela que nos últimos 18 meses a marca começou a atuar com mais força no segmento de vendas corporativas, e hoje esse
nicho já corresponde a 15% das vendas da montadora (a Audi vende 1,8 milhão de veículos no mundo todo. No Brasil, a empresa atingiu 11 mil emplacamentos nos primeiros oito meses do ano e acaba de inaugurar uma nova linha de produção na fábrica de São José dos Pinhais, Paraná). O fascínio pelo mercado premium é grande, mesmo em tempos de crise. E o executivo da Audi acredita que a locação de automóveis pode se beneficiar
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Novos Negócios
dessa característica do segmento de luxo. Segundo ele, grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Brasília e Salvador já possuem veículos Audi em regime de locação. “Temos entre 1500 a 2000 carros em locação hoje”, confirma Thiago. “E temos, do outro lado, contrapartida de serviços”. Entre os benefícios oferecidos pela companhia às montadoras estão a garantia estendida, a blindagem de veículos, o desconto progressivo e o carro reserva. Outro ponto destacado por Thiago é o programa de seminovos com certificação da marca, que eleva o valor de revenda do carro. “O tempo de revenda de um Audi gira em torno de 20 a 30 dias. Para alguns modelos, como o Q3, esse tempo é menor”, ressalta o diretor. Caminhões – ingressar na locação de pesados exige inicialmente uma compreensão do universo desse tipo de veículo e entender para quem a empresa estará locando. Antônio Cammarosano, diretor comercial da MAN, explica que cada caminhão tem uma vocação – que pode ser o transporte certo para bebidas, cana-de-açúcar, bens duráveis etc. “O valor de revenda de um caminhão vai depender, entre vários outros fatores, do seu uso. E a depreciação será variável também de acordo com a quilometragem”, acrescenta Cammarosano. Segundo ele, a locação de caminhões mais recomendada é a de veículos com menos de 3,5 toneladas. “Existe um mercado muito interessante para as locadoras que se dedicarem a esse nicho de negócios. Qualquer empresa de logística possui de 20% a 30% da frota terceirizada. E ter uma composição que combine veículos próprios com terceirizados é algo normal. A tendência de crescimento da terceirização de frota nesse nicho é grande, uma vez que a taxa de juros para a compra do bem deixou de ser atraente”, revela o executivo da MAN. No entanto, ele alerta que a locação de caminhões, para ser
Thiago Lemes, Audi
viável, precisa de um apurado controle de riscos e um profundo conhecimento dos custos, como a previsão correta do custo de rodagem/quilômetro. “Alguns custos são fixos, outros são variáveis e outros, como os salários dos motoristas, são indiretos”, enumera o diretor. “É recomendável também ter um plano de manutenção total, com assistência 24 horas e rápida reposição de peças”, completa. Hoje, são vendidos 75 mil caminhões por ano (expectativa para 2015), e o potencial da locação pode ser estimado em 30% desse montante. Segundo Cammarosano, o tempo de revenda de uma frota total com 50 veículos varia de 30 a 90 dias. O executivo lembra que ”o serviço de engenharia de vendas de caminhões da MAN está à disposição das locadoras”.
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ABLA Jovem
Inovar torna-se prática obrigatória no mundo empresarial
Gustavo Caetano (Samba Tech), Jaqueline Denadai, Bruno Mazzei, Caio Uchôa (todos da ABLA Jovem), com mediação de Cecília Lodi, da Lodi Consultoria
e apresentados por Gustavo Caetano, CEO da Samba Tech, em recente encontro com empresários do setor de locação, promovido pela ABLA Jovem, durante o XII Fórum da Indústria do Aluguel de Automóvel. Gustavo começou desmistificando a ideia de que somente “gente jovem” ou de grandes empresas modernas de tecnologia, como o Google, são capazes de inovar. “Às vezes, colocamos a inovação em outro patamar, mas qualquer um pode inovar se seguir alguns conceitos”, revela. “Inovar não significa, apenas, criar uma coisa mirabolante”, enfatiza. Neste sentido, o jovem empreendedor alertou para o que considera como um dos grandes erros das chamadas empresas tradicionais: o conceito do “sempre foi assim.” E usou as chamadas startups – empresas formadas a partir de ideias inovadoras que atraem investidores para o desenvolvimento do negócio – como exemplo de contraponto à acomodação. “Não é porque uma coisa deu certo até agora que ela vai continuar dando. Os entrantes – ou seja, os empresários das startups –, estão aí para mudar completamente o modo de trabalhar e a maneira de ver o negócio”, revela.
QUANDO A EMPRESA Netflix resolveu inovar no serviço de distribuição de filmes nos Estados Unidos enviando DVDs pelo correio, o mercado americano reagiu positivamente à estratégia da empresa. Porém, o conglomerado não se deu por satisfeito com sua posição de liderança e investiu em inovação, antevendo o futuro em um novo negócio, o streaming (reprodução de mídia) via internet para séries e filmes. Mais do que mudar o foco, a Netflix tinha como desafio desenvolver um novo hábito entre o consumidor, mas, para tanto, seria preciso explorar um cenário ainda obscuro. A estratégia foi experimentar, e a ferramenta adotada foi o website oficial. Para dar vazão ao estratagema, foi estabelecido que 50% dos visitantes da página continuariam a visualizar o serviço de entrega de DVDs, enquanto que a outra fatia seria convidada a “degustar” o streaming via internet. O resultado? Em pouco tempo, a praticidade de escolher ao alcance de qualquer dispositivo ligado à rede mundial de computadores ganhou a preferência dos clientes e a Netflix passou a operar somente por esse sistema. O case da Netflix foi um entre vários lembrados
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ABLA Jovem
“Vivemos a era da informação, onde tudo é acessível, e estamos vendo jovens entrantes de lugares onde jamais imaginaríamos haver esse empreendedorismo inquieto”, diz ele, referindo-se à própria biografia. Gustavo é um jovem de Araguari, no Triângulo Mineiro, que cedo passou a se dedicar a negócios inovadores e correu o mundo com seus projetos. Mais do que dicas, o convidado do pessoal da ABLA Jovem deu um alerta: “Muitas destas empresas geradas em startups estão entrando no mercado de mobilidade, o que impacta diretamente no negócio de vocês”, disse o empresário. Para aproximar a realidade dos associados ABLA, Caetano usa o caso do carro autônomo do Google como um alerta sobre os possíveis rumos do mercado. “Eu andei no carro do Google nos EUA”, disse. “O conceito é que se o carro fica 95% do tempo parado, você não precisará ser mais dono dele, e poderá pedir esse serviço a hora que quiser, o modelo que desejar e pagar por hora”, explica. Sem dúvida, um futuro que pode significar a reinvenção do negócio de locação de automóveis.
Propósitos para inovar Durante a sua apresentação no XII Fórum ABLA, Gustavo Caetano listou três importantes dicas que os empresários devem ter em mente na hora de inovar, seja para consumidores ou dentro da própria empresa. São elas: n Melhorar a vida das pessoas: o que tenho em mente para o mercado ou minha empresa vai ser útil ao público que foi destinado? n Arrumar algo que esteja errado: busque uma ideia já existente para tentar uma forma de melhorá-la. n Experimente; não tenha medo de falhar.
Como inovar? Ou aprendendo que errar pode ser importante
projetou, experimentou, tentou e falhou antes de atingir o “estrelato” empresarial. “A nova geração é chamada fail fast. Quanto mais rápido a gente falha numa ideia, melhor, pois teremos menos gastos, envolveremos menos gente e já estaremos prontos para outra ideia”, revela. A partir deste conceito, mudar velhos hábitos e culturas empresariais, para o jovem executivo, parece ainda ser um dos grandes entraves das empresas tradicionais quanto à inovação. “O problema dos empresários brasileiros é que eles têm medo de falhar, é que a gente falha muito pouco”, diz. “Atualmente, empresas com grande nível de crescimento erram constantemente”. Do outro lado da mesa, os entrantes das startups têm se dedicado mais à prática do que a teoria. “As startups planejam menos e executam mais. Às vezes a gente gasta tempo – e dinheiro – demais planejando”, explica. “É preciso planejar, mas também é necessário ter visão e saber onde quero chegar”, ensina Gustavo. Por fim, ele fez um pedido aos empresários: “Parem de falar e comecem a fazer. Experimentem”.
COMO BEM ENFATIZOU Gustavo Caetano, inovar vem acompanhado de outra palavra cada vez mais em voga: experiência. O setor de produtos e serviços, principalmente, tem surfado em uma nova onda de trazer o cliente para o papel de protagonista de suas próprias escolhas. “Temos que usar nossos consumidores como inspiração, como indicadores para as ideias que queremos colocar em prática”, afirma Caetano. O jovem CEO citou o caso da Starbucks. A empresa americana mantém um portal de sucesso na internet para que os próprios clientes deem sugestões de receitas para os cafés e demais produtos da marca. As que ganham mais destaque na página são colocadas à prova e ‘experimentadas’ nas lojas da rede, para, enfim, serem colocada ou não no cardápio das outras lojas. Para o CEO da Samba Tech, o que faz, atualmente, um empreendedor de sucesso não é somente a inovação consolidada no mercado, mas todas as vezes que este empresário
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Qualidade de Vida
Doutor Drauzio
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Qualidade de Vida
O PAPO SOBRE SAÚDE com Drauzio Varella é saboroso. Oncologista, cientista e escritor, ele atende com simpatia aos pedidos de fotos nos eventos em que participa. Graças às aparições na tevê, ele hoje possui “pacientes” em todo o Brasil. Doutor Drauzio começa a conversa com a revista Locação fazendo uma comparação propícia para quem atua no mercado de locação de automóveis: “Conservar a saúde é como conservar um carro. Qualquer desequilíbrio vai afetar nosso organismo e causar prejuízo lá na frente.” Veja aqui mais algumas observações e recomendações do médico mais famoso do Brasil: “Pequenos erros influenciam no futuro. É assim com a economia, é assim também com a saúde.” “A medicina preventiva levou a população a ficar mais velha, enfrentando menos problemas de saúde. Envelhecer hoje não significa adoecer. Ser uma pessoa com mais idade não significa pagar tributo à doença.” “Nos anos 60, essa medicina preventiva era diferente. Estava baseada em conselhos como não andar descalço, para evitar doenças infecciosas e parasitose. Hoje, as maiores epidemias são o diabetes e a pressão alta. Metade dos brasileiros aos 50 anos tem pressão alta. E a diabetes atinge 10% da população adulta. Isso acarreta complicações graves, como derrames cerebrais e infartos.” “Nunca tivemos um mundo como este, com tanta gente envelhecendo, com grandes massas populacionais tendo maior acesso a alimentos de boa qualidade. E há questões a serem enfrentadas com o envelhecimento. Tratar de toda essa gente é algo cada vez mais sério.” “Um dos problemas contemporâneos é o trabalho, que hoje exige pouco gasto de energia, bem diferente do que acontecia com nossos ancestrais. Nós comemos hoje mais do que precisamos para sobreviver e nos exercitamos bem menos do que deveríamos.” “Precisamos monitorar essa tendência natural dos tempos modernos de engordarmos. Porque administrar o aumento de peso quilo a quilo é muito mais fácil do que emagrecer radicalmente. E precisamos também lidar com as nossas limitações. Cada pessoa tem um metabolismo diferente, com diferentes riscos e diferentes propensões a doenças.” “Há alguns mecanismos básicos de bem-estar que são válidos para todos. O principal deles é praticar exercício físico. O sedentarismo é ruim. O corpo humano é desenhado para o movimento, ele se aprimora com o exercício. No entanto, fazer exercício físico tornou-se , modernamente, algo que vai contra a natureza humana. Sair dessa situação para ter mais saúde é uma decisão pessoal.” “Para ter saúde, devemos fazer o que está ao nosso alcance, e a atividade física é algo que está ao nosso alcance. Não dá para passar o tempo todo sentado. E não dá para adiar essa decisão de se dedicar ao exercício físico. Fazer exercício precisa ser uma prioridade em nossa vida, ao lado do cuidado com a alimentação.”
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Brasil Viagem
A exuberante Ilha de Marajó Destino paraense une beleza e aventura; conheça mais da região e descubra porque o aluguel de um 4x4 torna a viagem mais fascinante
CERCADA POR UMA BELEZA EXÓTICA e esplendorosa, a Ilha de Marajó é uma daquelas viagens em que cada etapa será inesquecível. Para os clientes de locação que planejam conhecer o destino, localizado a sudoeste de Belém do Pará, duas dicas são importantes: primeiro, o aluguel de um carro, principalmente um modelo 4x4, é realmente fundamental, uma vez que a região possui apenas uma estrada asfaltada; segundo, este mês de outubro é o melhor para conhecer o lugar. É nessa época que transitar entre as ruas de terra batida dos 12 municípios que compõem a maior ilha fluvio-marítima do mundo fica mais fácil.
Chegar à Ilha de Marajó, por si só, já é uma grande aventura. De carro, desde a capital paraense, é preciso percorrer cerca de 20 quilômetros até o Porto de Icoaroaci, no município de mesmo nome. De lá, balsas levam até a cidade de Salvaterra em viagens de aproximadamente três horas, que desembarcam no Porto de Camará. A viagem começa por lá. Com aproximadamente 40 mil quilômetros quadrados, a Ilha de Marajó situa-se às margens do rio Pará e do Oceano Atlântico, e a oeste da foz do rio Amazonas. Com clima pacato de cidades pequenas, os ilhéus são muito receptivos e fazem questão de enaltecer as heranças culturais da região das civi-
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Brasil Viagem
lizações pré-colombianas. Não estranhe o tempo “passar devagar” na ilha, e o fato de que o dia começa bem cedo, o que contagia os turistas a aproveitar o dia desde os primeiros raios de sol. Os primeiros carregamentos de carne e peixes do Mercado Municipal em Soure, por exemplo, chegam por volta das quatro horas da manhã. Com características peculiares, os municípios que compõem a ilha possuem diversão para toda a família – de belas praias ao turismo cultural. As cidades de Soure e Salvaterra oferecem as melhores opções de infraestrutura hoteleira – com pousadas e fazendas aconchegantes, bem ao estilo rústico – e gastronômica na Ilha de Marajó. Falando em gastronomia, prepare-se para mergulhar em um mundo de sabores e temperos típicos, com destaque à carne de búfalo. Não deixe de provar o filé à marajoara – parecido com filé à parmegiana – com queijo de búfala derretido e o caldo de turu, uma espécie de molusco da família da ostra. Em busca das tradições locais, vale a visita ao Museu Marajó, em Cachoeira do Arari, a 70 quilômetros de Salvaterra. Fundado pelo padre italiano Giovanni Gallo, a atração possui um dos mais ricos acervos de objetos encontrados nos tesos (aterros superficiais), datados antes mesmo da chegada dos europeus à região. Uma dica: atente-se às condições da estrada que leva ao município, pois é de terra e em dias chuvosos o trânsito fica mais complicado. Salvaterra e Soure concentram, também, as praias mais “badaladas” da Ilha de Marajó. No primeiro local, não deixe de visitar a praia Grande e o lago Caraparu, no centro, ideal para a diversão das crianças. Joanes, com as famosas ruínas jesuíticas da região, também é uma excelente pedida. Em Soure, a dica é aproveitar a praia Barra Velha, que possui ótima infraestrutura de quiosques à beira-mar, com boas porções de peixe e caranguejo. Outro destaque da praia é a floresta, vegetação que contorna o mar ao estilo equatorial e que dá um charme todo especial à imensidão da areia. A Praia do Pesqueiro, distante 11 quilômetros de Soure, é outra ótima opção, com bons quiosques, dunas, pequenas palmeiras e búfalos. Para trazer para casa um produto típico da região, há muitas barraquinhas de artesanato e de diversos artigos – de sandálias e sapatos a capas de celular e cintos em couro. Enfim, a Ilha de Marajó é um ótimo destino para os turistas e uma excelente oportunidade para oferecer carros diferenciados aos clientes.
As curiosidades da Ilha Outubro e novembro são ótimos meses para visitar a Ilha de Marajó. Além do fácil trânsito de carros, neste período a população local está mobilizada para a representação do Círio de Nazaré, tradicional festa católica que acontece em Belém do Pará, sendo uma das mais famosas em todo o mundo. O leitor deve ter reparado que falamos algumas vezes sobre a existência de búfalos na região, isso porque a Ilha de Marajó é considerada, hoje, o lugar com o maior rebanho deste animal no Brasil, com mais de 600 mil cabeças. Outra peculiaridade dos municípios da ilha são as suas ruas. Todas de terra batida, as vias não possuem nomes, mas são identificadas por meio de números, bem ao estilo de Manhattan nos Estados Unidos.
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Motivação
Um furacão chamado Leila! Palestrante motivacional diverte os empresários do setor no XII Fórum ABLA e mostra que acreditar e sonhar são essenciais para uma vida de sucesso
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Motivação
A APRESENTAÇÃO repleta de sátiras de grandes filmes de Hollywood e a chuva de papel laminado na entrada do auditório já acusavam: a palestra motivacional de Leila Navarro no XII Fórum da ABLA seria divertida. O que os empresários do setor de locação não imaginavam é que, por traz de todo o teatro protagonizado pela palestrante, haveria uma grande lição de felicidade. Considerada, atualmente, como uma das mais lúdicas e empolgantes palestrantes do Brasil, Leila Navarro se define como ‘Viagra empresarial’ pela maneira como dá um up na realidade dos executivos e pela forma descontraída, às vezes sem papas na língua, de como trata de assuntos como ousadia, inovação e criatividade. Sem se ater às técnicas comuns de grandes gurus ou mesmo ao didatismo, a ‘poderosa’ fala com o coração sobre aquilo que sente para transmitir uma energia incrivelmente contagiante. Atentos às palavras, em meio às gargalhadas, os empresários presentes puderam tirar importantes lições para serem agregadas ao dia a dia das locadoras. Um dos pontos mais defendidos pela palestrante foi a questão de achar as oportunidades que o momento nos permite. Para ela, hoje nós “vivemos num mar de oportunidades e um oceano de possibilidades”. Leila tratou também de outros temas, como transformação, inventividade e quebra de paradigmas.
Decidida com as palavras, Leila Navarro faz da sua própria história uma fonte de inspiração – ela é palestrante há 16 anos – e da interação com a plateia um dos grandes momentos da apresentação.
Fala Leila... “Quando eu invento, quando eu crio, quando eu inovo, quando eu faço diferente, as pessoas me chamam de louca, mas quanto mais louca eu fico mais dinheiro eu ganho.” “Eu acho que dinheiro é energia e essa energia tem a ver com felicidade; Porque felicidade é o que nos capacita a fazer mudanças, a inovar.” “Saber e não fazer é a mesma coisa que não saber.” “Tudo que eu escuto, esqueço; tudo que vejo, eu lembro; tudo que eu faço, aprendo.”
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Por Dentro
Saveiro, um clássico que nunca sai de moda Versão Starline (cabine simples) é ótima oportunidade para locadoras que desejam ampliar a atuação na terceirização de frotas ao oferecer para os clientes modelos que unem robustez e segurança no transporte de carga O ANO ERA 1982 e o Gol fazia sucesso no Brasil quando a Volkswagen resolveu apostar as suas fichas no segmento de pequenas picapes. Em setembro daquele ano chegava às lojas de automóveis de todo o país a primeira geração da Saveiro, cujo nome foi inspirado em uma espécie de embarcação utilizada no Nordeste para o transporte de cargas e pessoas. Mais de três décadas depois, o utilitário caiu no gosto do brasileiro e ganhou novos contornos, versões e itens na atual versão, o modelo Starline de 2015 de cabine simples. Grande oportunidade de negócio para as locadoras de automóveis, por ser a versão de entrada do modelo, a Saveiro Starline é ideal para terceirização de frotas empresarias – segmento da indústria de locação que no primeiro semestre de 2015 manteve os mesmos índices obtidos em 2014 –, pois atende com eficiência as necessidades dos clientes deste setor, seja no transporte de passageiros ou de carga. O atual modelo de cabine simples (CS) tem possibilidade de carregar até 712 kg na caçamba de 924 litros. Mais do que isso, a Saveiro Starline tem excelente relação custo-benefício e itens de segurança de série que vão garantir a tranquilidade do motorista e da locadora. Os freios são ABS e possuem os sistemas antitravamento, “EBD” de distribuição eletrônica de frenagem e “ESS” que emite alerta de frenagem de emergência. Além disso, o modelo vem equipado com dois airbags (motorista e passageiro) e a versão de entrada possui motorização flex 1.6 de 104 cavalos de potência com etanol ou 101 cavalos a gasolina. Entre os demais itens de série da versão cabine simples, destacam-se o câmbio manual de cinco velocidades; suspensão elevada; antena no teto; direção mecânica; ganchos laterais para amarração de grandes cargas; estepe sob a caçamba, o que não diminui o espaço interno; tomada 12V no console central; para-choque na cor preta; limpador de para-brisa com temporizador; entre outros. Se as locadoras de automóveis desejarem, a Volkswagen traz também diversos opcionais para tornar os modelos oferecidos aos clientes
mais completos, tais como: aquecimento; direção hidráulica; ar-condicionado; kit ‘Acesso Fácil’ com chave tipo ‘canivete’, travamento elétrico de portas e vidros dianteiros elétricos; e ‘Módulo Work’ que possui brake-light – lanterna de freio elevada, iluminação de caçamba, santantônio com função aerofólio e grade de proteção para a janela traseira.
Principais detalhes da ficha técnica MOTOR Cilindrada 1.598 cm³ Potência líquida máxima 104cv (E)/101cv (G) – 5.250rpm Torque líquido máximo 15,6kgfm (E)/15,4kgfm (G) – 2.500rpm FREIOS Dianteiros a Disco ventilado Traseiros a Disco
Fonte: www.vw.com.br
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DIMENSÕEs Comprimento 4.493 mm Distância entre eixos 2.753 mm Largura 1.893 mm Altura 1.554 mm RODAS E PNEUS Rodas 6J x 14 Pneus 175/70 R14 COMBUSTÍVEL Reservatório de combustível de 55 litros
Diálogos
Valéria Lisondo, do Instituto Lisondo
A Traição Virtuosa na Empresa Familiar “ Há um olhar que enxerga quando a obediência significa desrespeito e a desobediência significa respeito. Há um olhar que desnuda, que não hesita em afirmar que existem fidelidades perversas e traições de grande lealdade”.
(Nilton Bonder em “A Alma Imoral”)
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Diálogos
MUITAS SÃO AS MANEIRAS de definir uma to o cenário no qual falta maturidade, no qual Empresa Familiar. Uma delas seria afirmar que a experiência, conhecimentos e boas práticas o Controle da Companhia está concentrado nas existentes na organização são negligenciados mãos de uma família. Outra, de que organizae/ou negados. Não é disso que se trata a Traições desse tipo são caracterizadas por três dição Virtuosa como a descrevemos. mensões que se articulam e sobrepõem: a famíFalemos um pouco da figura a ser sucedida. lia, a propriedade e a gestão (modelo clássico No Brasil ainda são raras as organizações fados 3 Círculos preconizado pelo Prof. John Damiliares cujo comando se encontra nas mãos vis). Outros grifam que uma Empresa Familiar da 3ª geração. A taxa de mortalidade das emcabe ser denominada enquanto tal quando perpresas familiares ainda é bastante expressiva dura no decorrer do tempo, isso é, não finda na (segundo dados do Sebrae, 67% das empresas geração que a fundou. Todas são definições váfamiliares no país não chegam à segunda geralidas. Teremos de fazer recortes. A última definição e apenas 5% sobrevivem após a 3ª). Isso ção é a que nos faz pensar no tempo que passa quer dizer que pensar na geração a ser sucedi(ou que não passa) na Organização Familiar. E da em uma Empresa Familiar no Brasil significa isso tem tudo a ver com o tema em questão: a pensar em seu(s) fundador (es) na maior parte Traição Virtuosa na Empresa Familiar. das vezes. E o fundador de uma empresa tem Pode soar um paradoxo. Afinal a noção de uma conotação mítica. A figura da empresa e a traição não estaria refigura do fundador não ralacionada a violações ramente passam a ser asmorais, corrupção, similados como a mesma atos sinistros dirigidos coisa. Uma entidade única. "O fundador (ou a a vantagens pessoais A ambivalência também que lesariam a empreestá em jogo. O fundador geração a ser sucedida) sa e demais grupos (ou a geração a ser sucedinela envolvidos? Não da) anseia muito para que anseia muito para que necessariamente. Evia “passagem de bastão” dentemente que tais possa acontecer, ao mesmo traições destrutivas tempo em que sofre e resisa “passagem de bastão” existem. Mas falarete com esse processo. É comos de outra natureza mum que a “ passagem de possa acontecer, ao mesmo de traição: aquela diribastão” desejada seja uma gida a uma finalidade ficção ilusória: a ideia de construtiva aliada ao que outros estarão no cotempo em que sofre e resiste propósito de fortalecer mando pensando, agindo a empresa. Zelar pela e reproduzindo fielmente o com esse processo." sua visão de futuro. que os fundadores pensam, Essa seria a traição viragem e são. E isso é impostuosa. Essa é especialsível. E mesmo que não o mente relevante no fosse, seria conveniente? A contexto dos distintos reprodução fiel e irrestrita personagens e gerações de uma organização de um modelo não poderia resultar em incapacifamiliar. Essa é parte inerente dos fenômenos dade de inovar, descompasso com um ambiente de sucessão. de novas exigências, modelos mentais e oportuOra, então uma sucessão envolve necesnidades? A beleza da sucessão e da Continuidasariamente a traição virtuosa? Cremos que de da Empresa Familiar talvez seja esse manejo sim. Goethe postulava: “aquilo que herdaste de paradoxos: a traição virtuosa; a inovação acode teus pais, conquista-o para fazê-lo teu”. Tramodada com a tradição; a lógica da meritocracia ta-se de uma conquista ser a geração sucesdo mercado acompanhada com a lógica afetiva sória. Escolher qual o caminho a ser traçado da família. dentro da companhia familiar (ou não). ImpriAmós Oz, escritor israelense, ao ser quesmir um estilo autoral naquilo que se escolhe. tionado sobre a tradução de suas obras coQue é singular. E difere do que estava dado, mentou que pedia aos seus tradutores que estabelecido, do status quo até então vigente. o traíssem para que pudessem ser fiéis. A É nesse sentido que a traição se dá. Convém traição virtuosa é de extrema fidelidade com associar a traição virtuosa com uma postura de a obra da Empresa. Acontece que criar a linmaturidade. E isso é decisivo. Porque é nefasguagem própria requer contestar a vigente.
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Fim de Papo
A serviço da desmobilização das frotas de locadoras A TECNOLOGIA possibilita transformar os dados armazenados pelas empresas, em informações, contribuindo para a gestão dos processos e tomada de decisões pelos seus gestores, traduzindo-se numa ferramenta eficaz para a redução de seus custos e consequente ampliação de seus resultados. Para as locadoras de veículos há no mercado automotivo, à disposição dos gestores, informações relevantes que podem auxiliá-los na decisão de compra de veículos para compor a sua frota, tendo em vista os custos de reparação e de manutenção de algumas marcas/modelos, com comparativo por categoria de veículo. Assim também, a tecnologia coloca à disposição dos gestores das locadoras soluções importantes para a desmobilização das suas frotas. São diversas as alternativas que as locadoras têm para a venda de seus seminovos, cada uma com seus benefícios, destacando-se: n Venda individual direta ao consumidor final; n Venda, individual e por lote, para concessionárias e lojas multimarcas; n Leilões; n Venda, nos contratos de terceirização, para o usuário do veículo. As alternativas são escolhidas segundo a estrutura que a locadora possui para a venda dos seminovos, e o tempo que a locadora tem para dispor de seu ativo, face a necessidade de ajuste do seu fluxo de caixa, decorrente da aquisição de novos veículos para a ampliação e renovação da sua frota. Para as locadoras que têm estrutura para
Guilherme Rafael Gozzo, analista de sistema e corretor de seguros
venda de seminovos e tempo para dispor de seu ativo, existem, além de site próprio da locadora, outros portais para o anúncio dos veículos, possibilitando a divulgação de fotos em diversos ângulos, relação de acessórios, km, número final da placa e etc. Ao escolher os portais para anunciar, é preciso verificar quais são as funcionalidades e a facilidade de inserção e exclusão dos anúncios, a sua navegabilidade para satisfação dos possíveis compradores, bem como as informações possíveis de serem extraídas do conjunto de anúncios, para auxiliar na gestão das vendas, tais como: “veículos mais vendidos em determinada região e o preço médio praticado pelos anunciantes do segmento”. Observa-se uma crescente procura de compradores, por veículos de locadoras, daí a relevância da importância do site possuir uma área exclusiva para a inserção de anúncios de locadoras, que possa conduzir o internauta a priorizar a visita aos seus anúncios e, também, qual a sua classificação nos sites de buscas, em especial o Google, com argumentos de procura objetivos, como por exemplo: “comprar carros de locadoras”; “seminovos de locadoras”; “veículos à venda de locadoras”; “carros de locadoras”, dentre outros. Enfim, são muitas as possibilidades que a tecnologia coloca ao alcance dos gestores das locadoras, para obter melhor preço de venda de seus ativos e, assim, ampliar os resultados da sua operação. É preciso estar atento às soluções e definir com antecedência a estratégia para a venda dos seminovos.
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Crédito sujeito a aprovação.
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