#77 2018 MARÇO/ABRIL
Paula Braga fala sobre a presença feminina na indústria automotiva
ALUGUEL DE MOTOCICLETA Um mercado a ser explorado
ABLA divulgou as novas estatísticas do setor de locação SNLV: o projeto que vai integrar e fortalecer o associativismo Fenauto traz números sobre o mercado de seminovos LOC_77_.indd 1
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Palavra do Presidente
Maior player de mobilidade urbana “Se levarmos em consideração o potencial da nossa atividade, fica claro que a locação tem muito a crescer”
NOSSO SEGMENTO vem passando por diversas mudanças, entre elas o atual momento de grandes fusões e aquisições. O mercado está se consolidando e as tecnologias estão florescendo a cada instante, com surpresas que mudam ou podem mudar significativamente a atividade de locação de veículos. Isso tudo me motivou a assumir o desafio de, nos próximos dois anos, trabalhar uma linguagem única para todo setor. Temos hoje, como representantes setoriais, a ABLA, a FENALOC (federação das locadoras) e os SINDLOCS (sindicatos patronais do setor) e precisamos cada vez mais ter essas instituições unindo forças na defesa do segmento. Cabe aqui esclarecer aos nossos associados quais são os âmbitos de cada uma dessas entidades, inclusive porque ouço que existiriam sobreposições de atuação entres os empresários que nelas atuam. Isso não ocorre na prática. Senão, vejamos. Desde a formalização da FENALOC, hoje presidida por um dos ex-presidentes do Conselho Nacional da ABLA, Paulo Gaba Júnior, passou a ser da federação a responsabilidade sobre a representação legal do setor. Trata-se, por exemplo, de fazer o acompanhamento parlamentar e legal, no sentido de defender os direitos das locadoras diante dos poderes Legislativo e Judiciário em âmbito nacional. Dessa forma, a ABLA seguiu com a representação comercial e de qualificação profissional do setor, enquanto os SINDLOCS são a nossa representação legal em vários estados do Brasil, atuan-
do localmente também em ações comerciais e de capacitação profissional em suas regiões. Na gestão anterior da ABLA, sob a presidência de Paulo Nemer, tive a satisfação, como integrante do Conselho Gestor, de aprovar ao lado dos demais conselheiros a criação da UNIABLA. Assim, passamos a contar também com um “braço educacional” no setor das locadoras de veículos, oferecendo cursos de educação a distância (EAD) e cursos presenciais para pessoas que trabalham nas locadoras, buscando capacitar e profissionalizar cada vez mais essas empresas. Nesse sentido, é importante que os nossos associados saibam que, desde o lançamento dos cursos EAD da UNIABLA, ocorrido em dezembro do ano passado, nós já estamos próximos da marca de 1.000 inscritos. Ao concluir cada curso oferecido, o profissional recebe seu certificado diretamente do SEST/SENAT, que é um órgão diretamente ligado à Confederação Nacional do Transporte. Olhando para o futuro, notamos que ainda temos um grande espaço a conquistar no mercado. Estamos frente a frente com a consolidação no setor, mas entendemos que sempre existirá espaço para todas as locadoras, pois, se levarmos em consideração o potencial da nossa atividade, fica claro que a locação de veículos tem muito a crescer. Acredito que esse modo de pensar e agir a respeito do nosso setor é o que fortalecerá e preservará as locadoras. Estamos todos no mesmo barco e precisamos sempre remar juntos no mesmo sentido. Paulo Miguel Junior Presidente do Conselho Nacional 3
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Ano XIV – No 77 – março/abril 2018
20 Capa
Parceria incrementa negócios com locação de motocicletas
08 Na Frente
EUA sediam International Car Rental
10 Comunicação ABLA apresenta os números do setor à imprensa
14 Integração
SNLV promove aproximação entre entidades do setor de locação
18 Multas
Solução tecnológica oferecida pelo SERPRO permite que locadoras recebam eletronicamente infrações de trânsito
26 Gestão
31 Internacional
A locação de veículos em Portugal
33 Locação Diária
Retomada e oportunidades no segmento de viagens corporativas
Inclusão feminina é desafio para o setor automotivo
29 Seminovos
Pesquisa da Fenauto identifica aquecimento das vendas
36 Tendências
Locação de longa duração para pessoa física ganha força
38 Capacitação
Com qualificação, locadoras podem se preparar melhor paraas licitações públicas 4 LOC_77_.indd 4
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Use o leitor QR Code do seu smartphone para acessar o site da ABLA
48 52 Faltam peças de reposição para as locadoras
Adotar medidas preventivas preserva a qualidade da frota
44 Tira-Teima
Esclarecimentos a questões que podem gerar dúvida entre as locadoras
45 Mobilidade
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Por Dentro
41 Frota
42 Manutenção
Brasil Viagem
46 Benefícios
Ao Volante 57
As vantagens do associativismo para as locadoras
48 Brasil Viagem
Brasília tem roteiro para a Páscoa e outras atrações a serem descobertas com carro alugado
Ao Volante
Uma viagem pelos Salões do Automóvel em todo o mundo
65 Fim de Papo Crédito de PIS/ Cofins de insumos
52 Por Dentro
VW lança a picape média Amarok V6 Highline
Conceito de Smart Cities já está sendo praticado
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Expediente CONSELHO GESTOR Paulo Miguel Junior (Presidente do Conselho Nacional), Marco Aurélio Gonçalves Nazaré (Vice-Presidente do Conselho Nacional), Jacqueline Moraes de Mello, Renato Franklin, Wilson José Benali, Marcelo Ribeiro Fernandes, Simone Pino, Saulo Tomaz Froes, Carlos Cesar Rigolino Junior, Eládio Paniagua Junior, Lusirlei Albertini e Eduardo Correa da Silva.
PUBLICIDADE Jorge Pontual e Francine Evelyn (11) 5087-4100. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS – ABLA www.abla.com.br email: abla@abla.com.br
CONSELHO GESTOR (SUPLENTES) Leonardo Soares Nogueira Silva, Cleide Brandão Alvarenga, Célio Fonseca, Tércio Bergel Gritsch, Nilson Oliveira Silva, Flávio Kanaan Nabhan, Rogéria Vianna de Alencar, Rodolfo Miranda Marques, Ricardo Eduardo dos Santos Nogueira, Marcio Campos Palmerston, Nildo Pedrosa e Luiz Carlos Lang.
São Paulo: Rua Estela, 515 – Bloco A – 5º andar – CEP 04011-904 – (11) 5087.4100. Brasília: SAUS Quadra 1 – Bloco J – edifício CNT sala 510 – 5º andar – Torre A – CEP 70070-010 – (61) 3225-6728.
CONSELHO FISCAL Alvani Manoel Laurindo, Ricardo Cesar Mendes Zamuner, Amadeu Oliveira Silva, Rodrigo Selbach da Silva, Paulo Hermas Bonilha Junior e Marconi José de M. Dutra.
COORDENAÇÃO EDITORIAL Em Foco Comunicação Estratégica E-mail: emfoco@emfoco.net | (11) 3816.0732 Editor: Nelson Lourenço [MTB 22.899] Textos: Nelson Lourenço, Ana Cândida Pena, Victória Bernardes e Aurea Figueira
CONSELHO FISCAL (SUPLENTES) Miguel Alves Ferreira Junior, Otávio de Meira Lins Neto, Rodrigo Reda Gonçalves, Romero Rosa, Sidnei Reche Galdeano Filho e Marcio Castelo Branco Gonçalves.
ARTE: Estúdio Mirador Direção: Leandro Cagiano Edição: Larissa Siebenkaess
CONSELHO CONSULTIVO Adriano Donizelli, José Zuquim Militerno, Paulo Gaba Junior e Paulo Nemer.
TIRAGEM: 3.500 exemplares IMPRESSÃO: Mundial Gráfica
ABLA JOVEM Jaqueline Denadai, Rodrigo Reda e Saulo Froes Júnior.
A Revista Locação não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nos artigos assinados.
COORDENAÇÃO GERAL Jorge Machado e Olivo Pucci.
Permitida a reprodução das matérias, desde que citada a fonte.
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Editorial
Modernidade OS NOVOS conceitos que surgem com a tecnologia e a chamada economia disruptiva – em que a aproximação com o usuário dos serviços em resposta a demandas inéditas é essencial – impacta sobremaneira o serviço de locação de veículos. Essas transformações passam principalmente pela valorização da ideia de se pagar pelo uso, e não pela propriedade, uma diretriz que está em perfeita sintonia com a atividade das locadoras. No mundo, os indícios de que essas mudanças estão se consolidando são bem claros. Hoje, 34% das pessoas pertencentes à “geração da internet” já não desejam ter um carro, preferindo investir seu tempo e dinheiro na experiência da viagem, por exemplo, o que pode vir a incluir diferentes modais de transporte. A boa notícia é que esses números já estão convencendo os empresários do setor de que é preciso estar atento a esses novos comportamentos. O que antes surgia como grande preocupação – “como se adaptar a essas mudanças?” – começa a ser encarado como uma oportunidade de crescimento. Mobilidade e compartilhamento estão cada vez mais presentes na pauta estratégica do setor, que se encaminha para incorporar novos modelos e explorar nichos de mercado. A Revista Locação está atenta a esses movimentos e pretende incluir cada vez mais em suas páginas matérias que possam incentivar essa discussão em torno do futuro do negócio “locação de veículos”. São exemplos dessa linha editorial as matérias sobre locação de longa duração para pessoas físicas e mobilidade que integram esta edição. Outra matéria que toca em assuntos que refletem a mentalidade de nosso tempo é a que mostra a participação das mulheres no mundo automotivo. Segundo dados do IBGE, as mulheres representam mais da metade (51,7%) dos trabalhadores brasileiros. Há décadas o papel da mulher na sociedade ganhou outra dimensão, e nada mais saudável do que valorizar a capacidade de gestão feminina, sua fibra, competência e disposição para trabalhar em busca de resultados. São iniciativas louváveis e necessárias. Afinal, em um mundo onde carros recebem upgrades a cada ano, gestores também precisam estar atentos a outros tipos de evolução. Os Editores 7 LOC_77_.indd 7
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Na Frente
International Car Rental Show acontece em abril
Visão noturna de Las Vegas: a cidade é palco do maior evento sobre o mercado de locação
De 15 a 17 de abril, acontece no hotel Bally´s, em Las Vegas, o maior evento sobre o mercado de aluguel de automóveis no mundo: o International Car Rental Show. Além de trazer as últimas tendências da atividade, a iniciativa aborda vários assuntos importantes, como tecnologias, recursos humanos, comissionamento, táticas de vendas e marketing, vendas online, informações legais e possibilidade de parcerias, entre outros. Julian Gritsch, da EuroIt, participa com frequência do evento e recomenda a visita à International Car Rental Show. “É sempre uma experiência muito positiva para quem trabalha no setor e para o setor”, avalia. No dia 16 de abril, a programação apresenta o “Encontro Especial da América Latina”, voltado para os desafios e o cenário do mercado da América do Sul, Central e Caribe, com interesse direto para os empresários que atuam com a locação de veículos no Brasil. n
Hotel Bally´s, sede do evento
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Comunicação
Setor apresenta seus números à imprensa Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos é lançado em São Paulo com a presença de jornalistas da área econômica, automotiva e de turismo
O MERCADO de locação prossegue em expansão no Brasil, causando impacto cada vez maior no faturamento das empresas do setor e nas aquisições de veículos, com reflexos em toda a cadeia produtiva da indústria automotiva. Além disso, se consolida como atividade geradora de empregos em todo o país. Essas foram algumas das mensagens passadas à imprensa pelo presidente do Conselho Nacional da ABLA, Paulo Miguel Junior, durante coletiva com jornalistas da área econômica, automotiva e de turismo, realizada em São Paulo. O encontro marcou o lançamento do Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos, edição 2018, para a mídia geral e especializada. Prestigiaram a coletiva os jornais Valor Econômico e DCI, Agência Estado, Automotive Business, Autodata, Panrotas, Mercado & Eventos, Brasilturis, Transporte Moderno, Trade Tur, Car Press, Car Magazine, Frota & Mercado, entre outros. Na entrevista coletiva, Paulo Miguel Junior apresentou os principais
números, características, tendências e realizações do setor registrados no Anuário. A publicação organizada pela ABLA traz os mais recentes números do mercado de locação, em tópicos ainda mais detalhados do que os apresentados em sua edição anterior. No atual Anuário, com números referentes ao desempenho das locadoras em 2017, há diversas novidades, como os rankings regionais de participação das montadoras nas frotas disponíveis em cada estado, e informações inéditas sobre a mão de obra contratada pelo setor. Pelo segundo ano consecutivo, o Censo do setor utilizou dados estatísticos de frota de veículos coletados diretamente pelo SERPRO (Serviço Federal de Processamento de Dados), empresa autorizada pelo DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito). A publicação está disponível no Portal da ABLA (www.abla.com.br), e será apresentada também em eventos regionais dedicados às mídias locais e aos associados espalhados pelo país. 10
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“A versão 2018 do Anuário traz vários aperfeiçoamentos estatísticos em relação à edição do ano passado, quando iniciamos a parceria com o SERPRO para termos dados ainda mais apurados sobre o setor. Um exemplo foi a grande diversidade de informações regionais, inclusive sobre composição de frota e mão de obra, que a publicação traz este ano. A ideia é evoluir e aperfeiçoar a cada edição”
ISTO É
“Locadoras de veículos faturaram R$ 15,5 bi em 2017; alta é de 12,3% ante 2016”
“A locação de veículos é o maior player de mobilidade que existe. Muito antes de termos essa discussão sobre ferramentas que favorecem a mobilidade urbana, a locação já estava aí, compartilhando meios de transporte. E temos condições de contribuir muito mais, e sermos muito mais úteis. Hoje, as novas gerações valorizam o uso em vez da propriedade, que é exatamente o conceito da locação. À medida que os jovens descobrirem a locação e cultura do aluguel se disseminar, fortaleceremos nosso papel nesse processo” Paulo Miguel Junior, presidente do Conselho Nacional da ABLA
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Comunicação
VALOR ECONÔMICO
“Setor de locação de veículos cresce 12,3% em 2017, aponta associação”
PANROTAS AS MARCAS PREFERIDAS DO MERCADO DE LOCAÇÃO Em 2017 a General Motors superou o Grupo FCA (engloba as marcas Fiat, Chrysler e Jeep), líder do ano anterior, e assumiu a liderança do ranking dos automóveis e comerciais leves mais emplacados pelas locadoras. Sua participação no mercado de locação foi de 19,63%, o que equivale a 70.597 unidades. O ranking das maiores montadoras por vendas ao setor de locação tem ainda, na sequência, FCA (19,21%), Renault (15,85%), Ford (14,85%) e outras marcas. No total, o setor emplacou 359.702 automóveis. O Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos 2018 também trouxe, pela primeira vez, os rankings regionais da composição da frota por montadoras.
“Preço médio de locação de veículos é o mesmo de 1994”
BRASILTURIS JORNAL
“Faturamento do setor de locação de veículos cresce 12,3% em 2017” 12 LOC_77_.indd 12
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Comunicação
“Acreditamos que, com a economia em recuperação, o setor deve manter o nível de crescimento verificado nos últimos tempos. Atingimos dois dígitos de expansão de frota e faturamento no ano passado, e é plausível esperar um crescimento semelhante em 2018” CAMINHÕES, ÔNIBUS E MOTOCICLETAS O Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos trouxe também ao conhecimento do mercado a frota do setor em caminhões, ônibus, micro-ônibus e motocicletas. O emplacamento entre as locadoras nas três modalidades foi o seguinte: caminhões (1.542 unidades); ônibus e micro-ônibus (1.192); e motocicletas (1.841). CAPILARIDADE DO SETOR E ESFORÇOS DE QUALIFICAÇÃO REFLETEM NA GERAÇÃO DE EMPREGOS A publicação trouxe, pela primeira vez, o total de empregos diretos no setor em cada estado da Federação. No âmbito geral, o número de empregos diretos atingiu 80.378 postos de trabalho, variação positiva de 4,93% em relação a 2016. n 13 LOC_77_.indd 13
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Integração
O futuro da locação de veículos com o SNLV Projeto inédito do setor prevê atuação conjunta das entidades nas esferas representativas, financeiras e institucionais
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Integração
“Sem perder a
INTEGRAR escopo, necessidades e recursos de um projeto com múltiplos atores é uma missão complexa, e que depende do apoio de todo o time de participantes. Frente aos desafios do mercado automotivo e as incertezas da política brasileira, as entidades do setor estão aprimorando o projeto de integração nacional de planejamento e ações. O recém-batizado Sistema Nacional de Locação de Veículos (SNLV) prevê que a FENALOC, SINDLOCS estaduais e a própria ABLA reforcem as iniciativas que visam o mesmo fim. A ideia é que, sem perder a independência de cada um dos atores, esse projeto de aproximação entre associação, federação e sindicatos venha possibilitar o avanço em questões de interesse do setor, visando a geração de negócios para as locadoras. Entidades que operacionalmente já atuam em parceria vão agora sistematizar seu planejamento e ações em sintonia com o SNLV. O grande benefício para as locadoras é que, com o sistema
interdependência dos atores, o setor avançara com a aproximação entre associação, federação e sindicatos”
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nacional, elas passarão a ser associadas a todas as entidades do setor com uma só contribuição. “Bom, nesse momento, você associado está pensando que a mensalidade será a soma das contribuições a cada uma das entidades, mas será uma mensalidade menor e agregará muito mais benefícios a você, que é a quem temos que buscar o melhor”, diz Paulo Miguel Junior, presidente do Conselho Nacional da ABLA. O compartilhamento busca promover uma dupla economia, de gastos e esforços, ao passo em que valoriza ações institucionais e de mercado. Mas o grande potencial está na transformação do pensamento estratégico das entidades, que terão condição de realizar o mapeamento do setor, avaliação dos cenários e estabelecer um plano de prospecção de novos associados, inclusive preparando consultores para a realização desse trabalho in loco.
Ao se apresentar como uma atividade econômica que opera em linguagem única, o setor de locação de veículos se fortalece e ganha visibilidade entre mercados. Os projetos em conjunto deverão trazer benefícios para todo o setor, incluindo cursos de capacitação em esfera nacional, e a comunicação integrada entre as entidades. Para o consultor Carlos Faustino, da CRF Consulting, o SNLV deve delinear ações pontuais e principalmente aquelas realizadas em conjunto dentro do setor. “Temos certeza que ficaremos ainda mais fortes ao falar a mesma língua e unir objetivos, sem que nenhuma entidade perca seu DNA, sua finalidade”, explica. O SNLV é um projeto para uma gestão à frente do tempo. “Acreditamos no poder do trabalho em equipe. Com todos imbuídos dentro dos mesmos objetivos comuns, conseguiremos avançar ainda mais”, completa Faustino. n 16
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Multas
Sistema busca melhorias no cadastramento de frotas
Iran Porto Júnior, Diretor de Operações do SERPRO
“Construído como solução tecnológica pelo SERPRO, o SNE Web Empresas ganhou versão atualizada”
DEDICADA A UM NOVO NEGÓCIO – Baseada em sugestões dos usuários e órgãos que centralizam as autuações pelo Território Nacional, a nova versão do SNE já está disponível. O sistema permite que a administradora de frotas de veículos receba eletronicamente infrações de trânsito com desconto de 40% (previsto na Lei 13.281, de maio de 2016 – que traz alterações no Código de Trânsito Brasileiro), sempre que o infrator não apresentar defesa prévia nem recurso. Na prática, o proprietário poderá visualizar os detalhes de cada infração e optar pelo seu reconhecimento. Desta forma, será oferecida a ele a possibilidade de pagar a infração com 40% de desconto. 18
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Multas
Futuramente, há previsão de se incluir melhorias no cadastramento de frotas. Hoje, o sistema já contabiliza mais de 46 mil veículos de pessoas jurídicas e mais de 740 mil de pessoas físicas. A empresa precisa abrir uma conta da pessoa jurídica e inserir os dados dos veículos, indicando placa e código RENAVAM de cada um. E a autenticação ao sistema deve ser feita por certificação digital. Iran Porto Júnior, Diretor de Operações do SERPRO, lembra que se trata de um instrumento de gestão tanto para empresas quanto para o cidadão comum. “O alcance de informações em tempo real atesta a evolução do SNE”, afirma. As recentes mudanças representam, conforme Porto Júnior, modernidade de dados ao alcance da pessoa física, mas também podem facilitar a rotina dos negócios da cadeia automotiva: locadoras, revendas de automóveis e montadoras – para notificar proprietários de veículos da marca em caso de um recall, por exemplo. “Basta contratar os serviços para este uso customizado,” sinaliza Porto Júnior.
Os ganhos, no seu entender, estão estampados na praticidade da atualização da interface, para gerenciar pagamentos. Numa plataforma mais amigável, o sistema permite baixar o formulário onde constam os dados do condutor do veículo, conhecer detalhes de cada multa, reconhecer a infração e copiar o código de pagamento. E complementam as inovações: comunicação por GPS, notificação de chegada e vencimento das multas. Assim, ao se cadastrar no SNE, o usuário poderá inserir os seus veículos e receber infrações aplicadas pelos órgãos de trânsito que aderiram à solução. O proprietário informado passará a ser comunicado eletronicamente acerca das notificações de autuação e penalidades interestaduais, de responsabilidade de órgãos de trânsito optantes pelo Sistema de Notificação Eletrônica. O proprietário poderá inserir ou excluir os veículos a qualquer tempo. Ao realizar o cancelamento da adesão do veículo, voltará a ser comunicado de suas notificações de autuação e penalidades para o veículo informado, via postal. O SNE Web está disponível para cadastro no endereço eletrônico sne.denatran.serpro.gov.br. n 19
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Mais facilidades para investir na locação de motos Parceria visa ampliar negócios nesse nicho de mercado
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CROSSER 150 Z
A PARCERIA entre ABLA e Yamaha é pioneira para o setor de locação e visa a aquisição de motocicletas diretamente da fábrica com preços competitivos. O objetivo é oferecer ao setor de locação a oportunidade de conhecer os melhores produtos do mercado de duas rodas e todos os benefícios que as motocicletas Yamaha podem oferecer para o setor de locação. Além de produtos premiados e reconhecidos, não só pela imprensa especializada, mas também pelos seus clientes, a Yamaha oferece condições especiais em serviços, como a Revisão Preço Fixo para a maioria dos modelos, na qual o cliente sabe exatamente quanto pagará desde a primeira até a sétima revisão. Aliado a isso, a Yamaha oferece a linha de peças Genuínas e Y-TEQ, voltada para atender a grande demanda de peças com maior frequência de troca, como corrente, coroa e pinhão, pastilhas de freios, pneus e câmaras de ar. Atende especificações, padrões de segurança e qualidade exigidos pela Yamaha Motor do Brasil Ltda. e Yamaha Motor Co. Ltd. do Japão, buscando o equilíbrio mais favorável entre peças genuínas e preços mais acessíveis com garantia de fábrica. A Yamaha possui atualmente 367 concessionárias e pontos de vendas distribuídos em todo território nacional, para proporcionar aos clientes o conforto de realizar os serviços na localidade mais próxima. “A Yamaha quer apoiar o crescimento deste promissor mercado, com a oferta da melhor
solução para o negócio de locação, proporcionando facilidade na aquisição das motocicletas direto da fábrica, a preços competitivos e financiamento junto aos bancos parceiros da montadora”, afirma Vanessa Bergamini, coordenadora de vendas especiais. Entre os modelos oferecidos ao mercado corporativo, merece destaque o XTZ 150 Crosser, um grande sucesso da Yamaha e opção perfeita para empresas que utilizam as motocicletas em terrenos mistos. Trata-se de uma motocicleta versátil, com ótimo desempenho, baixa manutenção, econômica e com baixo ruído. Essa é uma motocicleta muito utilizada na terceirização de frota. Além disso, a Crosser carrega toda a tecnologia Yamaha na sua produção e nos materiais nobres, como no pistão forjado em alumínio (similar aos das motocicletas de competição) e no cilindro, com a tecnologia Cooper Grip Yamaha, que consiste em uma tecnologia de fundição que proporciona, melhor dissipação de calor, menor vibração e uma surpreendente performance. Aliado a isso, o motor 150cc Yamaha possui também a tecnologia Blueflex, que permite abastecer com álcool, gasolina ou mistura de ambos em qualquer proporção. A Crosser ano modelo 2018/2018 está disponível para comercialização desde janeiro, em duas novas versões – XTZ 150 Crosser S, que possui para-lama dianteiro próximo à roda, conferindo mais conforto ao piloto e com o motor pintado 21
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em preto fosco. Já na versão XTZ 150 Crosser Z, o modelo possui para-lama dianteiro alto, conferindo um visual mais off-road, protetor de garfo da suspensão dianteira e sanfona nas bengalas, proporcionando maior durabilidade e menor manutenção do conjunto de suspensão dianteira. Ambas as versões são equipadas com lampejador de farol, que entrega mais segurança e praticidade ao piloto. O painel é o mais completo do segmento: possui indicador de combustível, velocímetro, conta-giros, indicador de marcha engatada, relógio, hodometro total e parcial, função eco, função F-Trip (que indica automaticamente quantos quilômetros foram rodados utilizando a reserva do tanque de combustível) e ainda conta com iluminação branca em led. Outro grande diferencial é o sistema de suspensão / amortecimento Monocross com link, que proporciona mais conforto e melhor absorção de impactos. A Crosser é única da categoria com essa tecnologia. Para se adaptar à altura do piloto, a Crosser traz outro diferencial: o guidão é ajustável, o que possibilita explorar ainda mais sua verstilidade e aumenta a sensação de conforto.
Também na linha de 150cc, a Yamaha oferece outros modelos com excelente custo-benefício e que carregam toda a tecnologia voltada para economia e segurança. A Factor 150 rodou 79km/litro em uma competição chamada de Rally da Economia, promovida pela Yamaha, em um circuito montado em Florianópolis. A disputa premiou os pilotos que conseguiram rodar as maiores distâncias, com apenas 1 litro de combustível. O modelo é equipado com um completo painel de instrumentos 100% digital, com marcador de marchas e conta-giros que dispensa o uso de cabo. A tarefa fica a cargo de um sensor instalado no motor que, por intermédio da ECU, o cérebro eletrônico da moto, calcula a rotação do motor. Além disso, para orientar o piloto a uma condução ainda mais econômica, a Factor 150 traz, seguindo o padrão adotado nas motocicletas de maior capacidade cúbica, o indicador ECO no painel de instrumentos, cujo indicador acende quando o motor trabalha na faixa de rotação de maior eficiência. Equipada com a segunda geração do motor BlueFlex de 150cc, a Factor 150 foi pensada para ser uma eficiente ferramenta de trabalho 22
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e também uma excelente companheira no dia a dia, além de ser uma ótima alternativa ao transporte público. O modelo oferece um desenho moderno, evidenciado pelas tomadas de ar injetadas em polipropileno com textura hexagonal esportiva e também pela lanterna traseira bipartida. A segunda geração do sistema BlueFlex é capaz de produzir até 12,2 cv, quando alimentado com gasolina, e 12,4 cv com etanol, na mesma faixa de giro máxima: 7.500 rpm. O torque máximo é de 1,285 kgf.m com gasolina e 1,295 kgf.m com etanol, disponível a 5.500 giros. Os departamentos de engenharia da Yamaha do Brasil e do Japão atuaram em conjunto nos detalhes que resultaram em economia e conforto, como por exemplo, a adoção de uma relação secundária mais longa para otimizar a rotação do motor, tendo como resultado um melhor aproveitamento da potência e torque. Quando o assunto é segurança, o modelo Factor 150 na vesrão ED, oferece a tecnologiaYamaha em frenagem - o UBS – Unified Brake System. Esse sistema unifica a frenagem dianteira e traseira em apenas um movimento do piloto, o acionamento do pedal. O sistema distribui a for-
ça de frenagem entre o freio dianteiro e traseiro para uma frenagem mais eficiente. NaYamaha, há modelos para todas as necessidades de sua empresa, como por exemplo, o scooter NEO 125, ideal para o uso urbano e deslocamentos em ambiente controlado. Esse modelo é visto como grande oportunidade para utilização na prestação de serviços de segurança em shoppings, estacionamentos e condomínios, uma vez que oferece economia e facilidade na pilotagem. O modelo NEO surpreendeu a todos quando foi apresentado no final de 2016, com a praticidade do câmbio automático CVT e a Segurança do Freio UBS. Aliando conforto e segurança, o scooter NEO oferece: sistema de partida elétrico, descanso lateral auto-stop – que desliga automaticamente o motor no momento em que é acionado, rodas de 14 polegadas, farol em LED, painel com a função ECO, que indica uma pilotagem mais econômica e porta-objetos com a capacidade de 14l, que pode ser aberto com um simples toque na chave de ignição e a nova geração de motores compactos, que proporcionam eficiência e economia de combustível. 23
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NEO 125
XTZ TÉNÉRÉ 250
indicador ECO, que acende quando o motor trabalha na faixa de rotação de maior eficiência, indicando uma pilotagem mais econômica. O conjunto fornece velocímetro e hodômetros com as funções: total, duas parciais (TRIP-1 e TRIP-2) e “Fuel Trip” (de reserva de combustível), relógio e tacômetro de excelente visualização, além das luzes de indicadores (piscas, BlueFlex, farol alto, neutro e alerta de motor). O motor monocilíndrico tem potência máxima de 20,7cv quando abastecido com gasolina e de 20,9cv em caso de o motor ser alimentado com etanol, ambos atingidos a 8.000 rpm. O conjunto ciclístico acertado oferece garfo telescópico dianteiro com curso de 220mm, e suspensão traseira de balança monoamortecida tipo Monocross com link, cujo curso da roda é de 200mm. Facilmente ajustável, a suspensão traseira tem sistema de regulagem na pré-carga da mola. Nos freios, o destaque fica por conta do sistema hidráulico com disco dianteiro de 245mm de diâmetro e pinça com dois pistões, e na traseira um disco de 203mm de diâmetro com pinça de pistão único. Frente a todos estes atributos, fica claro que a Ténéré 250 está preparada para encarar qual-
Entre as motocicletas de média cilindrada, as 250cc são representadas pelos modelos Ténéré 250 e XTZ Lander 250. A Ténéré 250, por exemplo, revelou-se o modelo perfeito para atender a Prefeitura Municipal de São Paulo no programa “Marginal Segura”. O objetivo dessa ação da Prefeitura e CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) é fazer uma readequação das velocidades nas marginais Tietê e Pinheiros e ampliar a segurança, a fiscalização e ainda oferecer melhorias operacionais nas vias. Devido a agilidade e mobilidade proporcionadas pelas motocicletas, as Ténéré 250 ajudarão a dar o apoio necessário para garantir mais segurança aos 3 milhões de motoristas e motociclistas que trafegam diariamente pelas marginais. É uma motocicleta robusta, perfeita para qualquer tipo de terreno e desafio, versátil, de fácil pilotagem, boa autonomia e com tecnologia BlueFlex, que permite o abastecimento com gasolina, etanol ou a mistura de ambos os combustíveis em qualquer proporção. O painel é moderno e totalmente digital com iluminação branca em LED, inspirado no conjunto que equipa a Super Ténéré 1200, ainda traz o 24 LOC_77_.indd 24
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Capa
XTZ LANDER 250
maior eficiência, indicando uma pilotagem mais econômica. O conjunto ainda traz informações como velocímetro e hodômetro com funções: total e duas parciais (TRIP-1 e TRIP-2) e “Fuel Trip” (de reserva de combustível), relógio e tacômetro de excelente visualização, além das luzes de indicadores (piscas, BlueFlex, farol alto, neutro e alerta de motor). A Lander 250 é montada sobre um quadro tipo berço semi-duplo em aço e traz balança traseira Monocross com link com curso da roda de 220 mm. Já a suspensão dianteira está presa por um garfo telescópico, com 240 mm de curso. O sistema de freios é hidráulico, com disco em ambas as rodas, sendo o dianteiro com diâmetro de 245 mm e o traseiro com 203 mm. Entre em contato com o departamento de vendas diretas da Yamaha e consulte as condições de preços diferenciadas para os associados ABLA.
quer obstáculo, assim como a XTZ 250 Lander, que tem um apelo off-road, alusivo aos modelos de competição da Yamaha, e a nova geração do sistema BlueFlex. O estilo trail com disposição para encarar terrenos desafiadores é a característica mais marcante da Lander 250. A robustez conferida pelo para-lama alto, pelas rodas raiadas e o garfo dianteiro com protetores de borracha continua presente, bem como a agilidade conferida por seu porte esguio. A Lander 250 é equipada com motor monocilíndrico de 249,45 cm³ com comando simples no cabeçote (SOHC) e de arrefecimento misto, uma vez que conta com o auxílio de um radiador de óleo. O motor com pistão forjado e cilindro revestido de cerâmica dispersiva de calor é capaz de gerar até 20,7 cv quando alimentado com gasolina e 20,9 cv com etanol, ambos atingidos a 8.000 rpm. O torque máximo, por sua vez, é de 2,10 kgf.m com etanol e 2,09 kgf.m com gasolina, disponíveis a 6.500 giros. A nova geração do sistema BlueFlex traz painel totalmente digital com iluminação em LED vermelho e o indicador ECO, que acende quando o motor trabalha na faixa de rotação de
Contato: vendas.frotista@yamaha-motor.com.br Telefones: 11 24605506 ou 2460-5540
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Gestão
Elas na direção Pesquisa feita pela Automotive Business mostra que apenas 2,29% das companhias do setor automotivo têm mulheres em cargos de liderança
Especialistas no fórum promovido pela Automotive Business que debateu o tema
NÃO É RARO deparar-se no setor automotivo com um número muito maior de homens em relação às mulheres. A desigualdade começa na maior presença masculina no trânsito e chega até a ocupação de diferentes cargos no setor, principalmente de diretoria e presidência. O contingente feminino ainda precisa superar obstáculos para conquistar mais espaço. Mas por quê? Por que as mulheres sofrem para demonstrar sua competência na área? Outros setores avançam, debatem abertamente o assunto e propõem medidas que venham a diminuir essa desigualdade. A indústria automotiva, por sua vez, começa a despertar para a questão. Comparando os números da economia como um todo e o setor automotivo, os dados são ainda muito desfavoráveis às atividades femininas relacionadas aos veículos. As estatísticas mais recentes do IBGE, divulgadas em março, dizem que a participação das mulheres em cargos gerenciais é de 37,8%. E os salários atingem, em média, apenas 76,5% dos vencimentos dos homens.
Levantamento da Automotive Business, realizado com 220 profissionais do segmento automotivo, revelou que apenas 2,29% das companhias têm as mulheres como maioria nos cargos de liderança. A mesma pesquisa concluiu que o alto número de homens em qualquer evento relacionado ao setor não é apenas eventualidade, e que as mulheres enfrentam ainda mais obstáculos para crescer na carreira em companhias do segmento. Mas há avanços que merecem ser registrados. Segundo os dados provenientes da pesquisa Presença Feminina na Indústria Automotiva, realizada pela Automotive Business em parceria com a MHD Consultoria, durante a crise (comparando 2017 com 2013), houve redução de 20,4% no quadro de funcionários homens das empresas entrevistadas, e de apenas 1,2% no número de mulheres. Outro aspecto que chama a atenção: de 2013 a 2017, aumentou a participação feminina nas empresas automotivas (leia adiante, na entrevista com a diretora executiva da Automotive Business, Paula Braga). 26
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Gestão
PRESENÇA FEMININA NA INDÚSTRIA AUTOMOTIVA
Há mulheres na liderança (diretoria e presidência) da organização em que você trabalha?
[35, 32%]
Não, não há nenhuma mulher na liderança
[57, 34%]
Sim, mas são poucas
[5,05%] Sim, cerca de metade [2,29%] Sim, as mulheres são a maioria
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
De 2013 a 2017 houve REDUÇÃO de 20,4% de homens e 1,2% de mulheres no setor automotivo. [fonte: AUTOMOTIVE BUSINESS]
Você já notou algum preconceito ou tratamento inferior às mulheres que trabalham na indústria automotiva?
[24,09%]
Não, nunca presenciei ou ouvi falar de situações do gênero
[35,00%] [35,45%]
Não, nunca presenciei nada do gênero, mas já ouvi falar de pessoas que enfrentaram esse tipo de problema Sim, algumas vezes
[5,45%] Sim, mas foi uma situação completamente isolada
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
De 2013 a 2017 houve AUMENTO de 15% (2013) para 17% (2017) na participação feminina nas empresas automotivas. [fonte: AUTOMOTIVE BUSINESS]
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Gestão
37% do quadro
feminino de funcionárias têm ensino superior completo
8% têm
especialização
Paula Braga, diretora executiva da Automotive Business
LIDERANÇA FEMININA Paula Braga, diretora executiva da Automotive Business, está às voltas com um novo desafio: liderar o projeto “Presença Feminina no Setor Automotivo”. Paula ocupa um cargo de presidência, tornando-se mais um referencial de que a presença feminina começa a ganhar corpo na direção das empresas. “Comecei a trabalhar na indústria automotiva ainda muito jovem e, com isso, enfrentei barreiras tanto pela idade quanto pelo gênero”, lembra. “Há alguns anos, por exemplo, encontrar outras mulheres nos eventos promovidos por Automotive Business era muito difícil”. Segundo ela, essa participação começa a aumentar “e já vemos o surgimento de algumas referências e lideranças femininas”, avalia. “Em nossa pesquisa entre o setor automotivo, verificamos que nas empresas entrevistadas a participação feminina no quadro de colaboradores aumentou de 15% para 17%, entre 2013 e 2017”. É uma evolução lenta, mas significativa. “Ainda assim”, diz Paula Braga, “muitas vezes me sinto pressionada a provar duplamente o meu conhecimento para conquistar credibilidade, principalmente quando negocio com os homens”. Líder do I Fórum Presença Feminina no Setor Automotivo, a diretora executiva explica que sim, existem diferenças. “Os principais desníveis são os salários inferiores oferecidos às mulheres, a dificuldade para ascender a cargos de liderança e o desafio de se manter nas empresas ao longo do tempo, principalmente depois dos 46 anos”, resume Paula. Segundo ela, ainda existe uma espécie de viés inconsciente que faz com que, mesmo sem perceber, o gestor promova um homem, “ainda que exista uma candidata com competência
23%
6%
masculino de
especialização
do quadro
têm
funcionários têm ensino superior completo
equivalente ou até superior”, avalia. “É clara a necessidade de as empresas trabalharem este aspecto cultural para conseguirmos alcançar um patamar igualitário”. Um estudo feito pela consultoria McKinsey mostrou que as companhias com mais igualdade de gênero têm 21% de chances de serem mais lucrativas. “A Renault, por exemplo, possui o programa Woman@Renault, que oferece mentorias e abre espaço para entender as ambições femininas na empresa”, assinala Paula. Para ela, diante da dificuldade para ascenderem a cargos de liderança, “as colaboradoras provavelmente buscam realização profissional fora de grandes organizações automotivas”, afirma. “No empreendedorismo, por exemplo”, conclui a executiva. Para as mulheres, essas questões são ainda mais importantes. Assim, em geral, fica claro que o setor automotivo tem muito a construir quando se trata de inclusão e de ter times mais diversos. Esse é o caminho. n 28
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Seminovos
Mercado aquecido para seminovos ĂŠ oportunidade para locadoras Para cada Zero km comercializado no Brasil, cinco seminovos sĂŁo negociados no mercado
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Seminovos
DURANTE o mês de janeiro, os estados da região Norte do país comercializaram, em média, um número 22,4% maior de veículos seminovos do que no ano anterior. Dados como esse reforçam o aquecimento do mercado, e devem se manter como uma tendência de retomada. Esse é um dos percentuais apresentados em pesquisa assinada pela Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto). Coletando e sistematizando dados nacionais sobre o segmento de seminovos e usados desde 2013, a Fenauto disponibiliza ao mercado um panorama mais claro e objetivo do seu potencial, com acompanhamento mensal. O levantamento mais recente revela ainda outros números interessantes sobre a compra e venda de veículos, com indicativos que devem se manter no radar das locadoras. Na região Centro-Oeste, por exemplo, houve crescimento de 12,5% na venda de seminovos no primeiro mês do ano, em comparação ao mesmo período de 2017. De todos os modelos comercializados, o Gol seminovo é o escolhido por mais de 10% dos consumidores, seguido pelo Uno e Palio. UM NOVO PARA CADA CINCO USADOS O setor de seminovos já apresenta números positivos há três anos, também em função da queda na produção da indústria automotiva. Se até 2014 as montadoras brasileiras colocavam uma média de 3,5 milhões de novos veículos no mercado, em 2015 os números finais alcançaram pouco mais de 2 milhões (queda que teve continuidade em 2016). A recuperação do segmento é motivada pela maior confiança do consumidor e pelos primeiros sinais de recuperação da economia. Ilídio dos Santos, presidente da Fenauto, acredita ainda que o setor tem muito mais espaço para expansão. “Para cada veículo zero, são comercializados cerca de cinco seminovos ou usados”, lembra. “Com a recuperação da economia e redução da taxa de desemprego, a tendência é que também a inadimplência diminua”. Com seminovos atraentes, especialmente modelos de entrada com média de 18 meses de uso (conforme dados mais recentes do Anuário Brasileiro do Setor de Locação), as locadoras podem encontrar boas oportunidades de desmobilização de frota diante dessa conjuntura. n
Ilídio, da Fenauto: a volta da confiança estimula o consumo e favorece a todos
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Internacional
Turismo move o mercado de locação em Portugal Associação setorial no país europeu defende leis que desburocratizem a atividade
Visão do centro de Lisboa, capital portuguesa. Portugal recebeu 12 milhões de visitantes em 2017, mais que a população do país
O TURISMO é uma das principais atividades econômicas de Portugal. No ano passado, calcula-se que 12 milhões de estrangeiros visitaram o país (mais que a população, que é pouco superior a 10 milhões de habitantes), o que faz da terra de Camões um dos 20 principais destinos turísticos do mundo. Hoje, as cerca de 160 locadoras em Portugal detêm uma frota média de 75 mil veículos. Esse número representa, em verdade, um excesso de disponibilidade do setor, que não chega a mobilizar toda essa frota nem mesmo na época de alta temporada, que ocorre entre 20 de julho e 17 de agosto. Como resultado, o mercado português é afetado de maneira cíclica pela diminuição dos preços praticados, em função da forte competitividade entre as locadoras. Porém, em relação à locação de veículos (ou “aluguer de automóveis
sem condutor”, como chamam os portugueses), o momento é de recuperação, após uma grande crise que atingiu o segmento entre os anos de 2011 e 2013. Joaquim Robalo, secretário-geral da Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor (ARAC), acredita que em 2018 o turismo pode crescer ainda mais. “É o setor que mais tem contribuído nos últimos anos para o aumento do PIB e é também o que mais cria empregos”, explica. “Inclusive, o turismo é apelidado aqui como motor da economia nacional”. Para Robalo, “é imperativo que, de uma vez por todas, o turismo em Portugal tenha o reconhecimento que merece e que lhe é devido, e que nossa atividade seja dotada de ferramentas legislativas que lhe permitam combater com os seus concorrentes diretos”. Ele critica o processo burocrático de aluguel de veículos no país, sem 31
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Internacional
contar o Imposto Sobre Veículos (ISV), considerado excessivo. “A redução de dificuldades como essas aproximaria a atividade de aluguer de automóveis sem condutor da realidade de outros países europeus, nomeadamente da Espanha”. O secretário-geral da ARAC ainda expõe o problema de Carteira de Habilitação relacionada aos turistas chineses. Portugal não permite que detentores do documento da República Popular da China conduzam os veículos no país, mesmo com a ARAC apresentando soluções cabíveis e legais. Isso pode ser um dos motivos que fomen-
ta a dificuldade de se combater a atividade ilegal de empresas não licenciadas que oferecem o serviço de aluguel. “Existe uma concorrência desleal com as empresas legalizadas, pondo em causa a segurança rodoviária, a proteção do consumidor, a proteção ambiental e o não cumprimento das normas fiscais”, explica Joaquim Robalo. Segundo ele, a associação portuguesa faz cobrança contínua junto aos órgãos governamentais, “mas o setor ainda não teve uma resposta positiva em suas reivindicações”. n 32
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Locação Diária
Primeiros passos da retomada das viagens corporativas Mesmo com a recessão dos últimos anos, o setor mostra-se otimista para o futuro
IMAGINE um cenário em que seja necessário visitar um cliente na Argentina, participar de uma reunião no Rio Grande do Sul e assistir um fórum na Europa. Graças à globalização, essa situação deixou de ser tão incomum, trazendo demandas gritantes e urgentes. De acordo com a Associação Brasileira das Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), até 2015 o Brasil era líder do segmento na América do Sul. Hoje, devido à retração da economia
brasileira dos últimos anos, o país encontra-se em compasso de retomada. A retração afetou diversos setores ligados ao turismo. Locação de veículos, hotelaria, eventos, cruzeiros e demais serviços enfrentaram um ano difícil em 2017. Mesmo assim, o último levantamento feito pela Abracorp registrou crescimento de 6,6%: as vendas relacionadas ao turismo corporativo subiram de R$ 10,7 bilhões em 2016 para R$ 11,4 bilhões no ano passado. 33
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Locação Diária
Rubens: o turismo como um todo carece de divulgação no exterior
A locação de veículos para viagens corporativas teve queda nos últimos dois anos. A retração nas locações domésticas e internacionais diminuíram, respectivamente, 9% e 10% em relação a 2016. O presidente do Conselho de Administração da Abracorp, Rubens Schwartzmann, salienta que a fase crucial da crise foi superada e, com a volta dos investimentos, “todas as atividades relacionadas às viagens corporativas serão impactadas positivamente”. Mesmo assim, o setor demonstra alguns alertas em relação ao desempenho de 2017. Para a Abracorp, essas preocupações surgem de uma
Locação de veículos, hotelaria, eventos, cruzeiros e demais serviços enfrentaram um ano difícil em 2017. 34 LOC_77_.indd 34
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Locação Diária
Centro de convenções em resort de Florianópolis: Brasil está bem aparelhado para receber eventos internacionais
nova característica da viagem corporativa. “A redução do tempo de permanência dos viajantes a negócios nos destinos nacionais e internacionais, por conta da racionalização de custos”, explica Schwartzmann. Outro alvo para o setor de locação trilhar o rumo do crescimento é se aproximar de agências de viagens corporativas (também chamadas de TMCs – Travel Management Companies). Em 2017, explica Schwartzmann, a Abracorp incentivou entre as locadoras de veículos a adoção de vouchers mais simples e amigáveis – e isso aumentou a interação entre locadoras e TMCs. É importante salientar que as regiões que mais
movimentam o segmento de viagens de negócios, de acordo com o presidente da Abracorp, ainda são o Sul e o Sudeste, por razões históricas conhecidas. No entanto, graças ao agronegócio, as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste demonstram ascensão para o turismo corporativo. Para 2018, Rubens Schwartzmann está otimista com a retomada econômica do Brasil e, consequentemente, das viagens de negócios. “Executivos brasileiros voltaram a viajar, enquanto o contrafluxo também já se faz notar”, avalia. “Por outro lado, cresce a conscientização de que o segmento de viagens corporativas pede modernização, qualidade de serviços e adoção de tecnologias inovadoras”. n 35
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Tendências
Locação de longa duração para pessoa física já é realidade Diretor do Instituto PARAR, Flavio Tavares fala sobre tendências que prometem reinventar o mercado de aluguel de veículos
Flavio Tavares, do Instituto PARAR: a nova onda de mobilidade vai afetar as locadoras
IMAGINE contratar um serviço de aluguel de longa duração para veículos, mais ou menos no modelo de negócios dos serviços de streaming, como Netflix, Spotify, Deezer e outros. Assim como montar uma playlist de músicas favoritas ou pular para o episódio seguinte de um seriado, a locação de veículos para pessoas físicas com a opção de longa duração já é uma realidade. Na linha de chegada ao mercado de mais veículos híbridos e de novas formas de compar-
tilhamento, o aluguel de longa duração é uma novidade que está conquistando seu espaço. Mas, como analisar a velocidade dessas e de outras tendências no mundo? A indústria automotiva vem passando por uma revolução, no momento em que a mobilidade passa a ser encarada muito mais como um serviço do que como a propriedade do bem ou produto. A posse está sendo substituída pelo uso: o consumidor está mais preocupado em 36
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Tendências
A Porsche já disponibiliza o serviço nos Estados Unidos
tornar mais ágil e mais barato o seu deslocamento diário. Trata-se da vontade de transitar da forma mais eficiente e inteligente possível. Para as locadoras, montadoras, seguradoras e outros players do mercado, entender essa rápida mudança de comportamento é um grande desafio. Segundo dados de pesquisa realizada pela consultoria internacional Deloitte, 62% dos jovens brasileiros das chamadas gerações Y e Z consideram dispensável ter a posse de um veículo. É notável que o carro não ocupe mais o mesmo lugar no imaginário das novas gerações, muito mais adeptas da economia compartilhada. “Repensar o modelo de negócio e oferecer soluções que tenham mais sinergia com esse novo comportamento dos consumidores, assim como com esse novo mundo de mobilidade, é o que o precisamos”, afirma Flavio Tavares, diretor do Instituto PARAR. “Há empresas que já têm isso em seus radares, propondo soluções inovadoras”, alerta ele. Criado em 2012, o Instituto PARAR se tornou referência em estudos e capacitação para profissionais de frotas na América Latina. Segundo Flávio Tavares, a locação de longa duração para pessoas físicas segue um modelo semelhante ao que já dá certo em várias esferas de consumo. A Volvo, por exemplo, oferece na Europa o ‘Careby Volvo’; e a Porsche disponibiliza o ‘Porsche Passport’ nos Estados Unidos. “Acredito que o sucesso desse serviço de aluguel de longa duração para pessoas físicas depende de dois pontos principais: facilidade
e preço”, diz Tavares. “A grande aderência aos aplicativos de transporte, por exemplo, se deve principalmente à facilidade do aplicativo”, acrescenta. “O motorista vem até você e te leva até o seu destino por um preço viável”. Para Flávio Tavares, o mesmo raciocínio vale para o aluguel de veículos de longa duração. “O consumidor precisar ver esse serviço como uma alternativa ao carro próprio”. Em paralelo à nova geração – que já é fiel a outros serviços de locação, tais como de filmes, músicas e livros, que trazem comodidade e preços competitivos, a locação de veículos de longa duração também pode e deve ser vista como oportunidade de negócio para o setor. “Os empresários que atuam no aluguel de carros precisam ficar atentos a essas tendências de transformação e preparados para reagir de forma inovadora”, avalia Flavio Tavares. “Já está claro que a nova onda de mobilidade vai afetar as locadoras e transformar a maneira como os negócios são feitos hoje em dia”. n 37
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Capacitação
UNIABLA capacita locadoras para licitações públicas União, estados e municípios realizam aproximadamente nove mil licitações por ano somente para o aluguel de veículos, em uma permanente oportunidade de negócio para locadoras
ESTATÍSTICAS obtidas pela ABLA indicam que o Estado brasileiro realiza aproximadamente nove mil licitações por ano destinadas à locação de veículos, entre entes administrativos do Governo Federal, estados e municípios. Utilizadas para a prestação de serviços públicos nas áreas de saúde, segurança e educação, entre outras, frotas terceirizadas vêm sendo cada vez mais procuradas como estratégia de gestão e tendência geradora de negócios para as locadoras. Visando a importância desse nicho de mercado, a UNIABLA promoverá ao longo de 2018 o curso presencial “Registro de Preços com Pregão OnLine”. A formação é realizada em parceria com a RHS Licitações, empresa especialista em
divulgação e consultoria sobre licitações públicas, há mais de 20 anos apoiando o mercado de fornecedores de serviços ao governo. Com carga horária de oito horas, a capacitação é dividida em dois módulos, sendo o primeiro um completo manual jurídico sobre licitações públicas, destacando pontos fortes e os desafios da equipe gerencial para se capacitar a esses investimentos. O segundo módulo traz uma simulação prática de um pregão eletrônico de registro de preços, no qual os alunos verão de perto as dificuldades e desafios na execução de um edital. Acompanhe a seguir o bate-papo com a diretora da RHS Licitações, Sandra Botana e entenda mais sobre as oportunidades em licitações públicas. 38
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Capacitação
Como se iniciou a parceria entre a ABLA e a RHS Licitações? Após identificar uma grande demanda por parte dos associados, ao final de 2016 a UNIABLA nos procurou para treinamentos sobre o maior comprador do Brasil: o governo! A primeira capacitação foi realizada em São Paulo e, de lá para cá, a formação vem ganhando espaço entre os associados ABLA. O fato de o próprio governo identificar que é muito mais vantajoso locar os veículos do que realizar sua compra e manutenção, cria uma grande oportunidade de novos negócios para as locadoras. Ao longo da sua experiência frente à RHS Licitações, percebe esse tipo de formação como uma tendência nos mercados? Sim, apenas em 2017 o Governo Federal contratou mais de R$ 1,8 bilhão em serviços relacionados a veículos e frotas, isso sem falar nos governos estaduais e municípios. Mas, para participar desse mercado, os empresários precisam conhecer as regras e modus operandi das licitações públicas. Sandra Botana, diretora RHS Licitações
Como foi pensado o conteúdo do curso? Trazemos uma simulação completa de um pregão eletrônico de registro de preços em todas as suas fases, da leitura de um edital, passando pelas fases de esclarecimentos, impugnação, entrega e montagem de propostas, lances, etapa de negociação e tempo randômico, tudo por meio de um sistema que simula uma plataforma eletrônica.
Qual é o diferencial da capacitação da RHS Licitações? Um ponto que apoia a metodologia é o destaque para o diálogo em sala, nossos consultores são direcionados a fomentar discussões e debates, além de desenvolverem um discurso de fácil compreensão, com linguagem coloquial e dinamismo, a partir do perfil dos participantes. Por último, todos os treinamentos possuem algum tipo de dinâmica em grupo, exercício e/ou simulações, com o cuidado em ambientar uma vivência o mais o próximo da realidade, permitindo que os participantes tenham uma visão de todo o contexto.
Qual a importância de uma capacitação presencial para o aprendizado? Com nossa metodologia, que integra aspectos teóricos, práticos e comportamentais, os participantes são preparados para o entendimento de tudo que ocorre antes e durante a licitação com orientação individualizada de especialistas. O debate e a troca de experiências durante a aula propiciam muito mais conhecimento e bagagem aos alunos que podem ter suas dúvidas esclarecidas na hora pelo professor, garantindo a absorção do conteúdo.
Essa formação gera oportunidades de negócio dentro do setor de locação? O mercado governamental é imenso e existe um grande potencial para a mudança e modernização da gestão de frotas, muitas delas ainda próprias. O reflexo disso é o aumento das licitações de locação de veículos, além de integrá-las com tecnologia de telemetria e abastecimento de frotas. Tudo isso, sem dúvida, gera e deve gerar ainda muitos novos negócios para o setor.
Como é o trabalho desenvolvido internamente na RHS para consolidar esse viés pedagógico? Contamos com uma equipe multidisciplinar para garantia do processo educacional. Capacitar em Licitações significa integrar três eixos de Aprendizagem: jurídico, administrativo e comportamental. Integrar significa prover insumos teóricos e normativos, garantir debates para absorção destes conhecimentos e propiciar prática em situações de rotina e críticas que suportem a performance esperada. Nesse processo, a participação ativa do aluno em debates, dinâmicas, simulações e jogos é estimulada e garante assimilação de novas práticas.
Você acredita que nosso setor de negócios está engajado e envolvido com inovações? Sem dúvida que sim! A começar pela ABLA, que traz as principais tendências mundiais na evolução dos serviços de transporte para conhecimento dos associados. O setor tem muito pela frente para crescer. n 39
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Capacitação
Agenda da UNIABLA
Para calendário de eventos e outras informações, acesse: www.abla.com.br/uniabla/cursos-presenciais/
Acompanhe a agenda do curso “Registro de Preços com Pregão OnLine” no seu estado e não fique de fora dessa oportunidade:
Conheça outros cursos presencais da UNIABLA:
07/06
Ceará
13/08
Rio Grande do Sul
Contabilidade para não contadores (módulo 2)
21/08
Pernambuco
Empreendedorismo
16/10
Minas Gerais
25/10
Paraíba
30/10
Santa Catarina
06/11
Paraná
13/11
Mato Grosso do Sul
21/11
Amazonas
Gestão Empresarial Moderna com Foco em Resultado Gestão de Multas de Trânsito e Análise Prática de Acidentes de Veículos Preço Justo 2.0
Apenas nos primeiros meses do ano, os cursos EAD da UNIABLA já receberam 838 inscrições, divididas entre:
ATENDIMENTO EFICAZ AO CLIENTE
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COMPETÊNCIAS GERENCIAIS
123
GESTÃO DE FROTAS
204
GESTÃO EM ADM. E FINANÇAS
202
VENDAS COM QUALIDADE
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Frota
Falta de peças causa impactos na locação “Situação se agrava quando se trata de modelos dos grupos médio, executivo e utilitários”
A situação se agrava quando se tratam de modelos dos grupos médio, executivo e utilitários. A falta de peças para esses modelos se torna ainda mais séria para as locadoras que atuam nos municípios de pequeno e médio porte e/ou nas regiões mais distantes do centro do país. Nesses locais, uma simples mangueira de ar condicionado furada pode inviabilizar a locação do veículo por quase um mês, exatamente por causa da dificuldade de encontrar a peça de reposição. Diante disso, sendo o veículo a principal matéria-prima das locadoras, com permanência média de 18 meses na empresa (conforme dados do Anuário 2018 do setor), uma demora de 60 dias para a reposição da peça já representa a perda de 12% a 20% da “vida útil” do veículo. As maneiras de lidar, reduzir e administrar os prejuízos gerados por veículos parados por esse motivo é, hoje, um dos grandes desafios das empresas locadoras. Há ações que ajudam a minimizar o problema, mas a solução definitiva ainda parece distante do horizonte do setor. n
QUEM TRABALHA no setor de locação de veículos sabe que, entre as verdades da atividade está aquela que diz que “veículo eficaz” é o que fica o maior tempo disponível para a locação. E que, portanto, a falta de peças impacta de modo decisivo esse componente importante do aluguel. Mesmo sendo o principal cliente das montadoras (conforme o mais recente Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos, as locadoras foram responsáveis por comprar mais de 16% dos automóveis e comerciais leves vendidos no ano passado no Brasil), faltam peças de reposição de diferentes marcas (desde faróis, passando por máquinas elevadoras de vidros das portas, lanternas e até prosaicas calotas). Resultado: por causa de um farol, corre-se o risco de ver o veículo parado por semanas. Para boa parte das locadoras, a saída tem sido a radical mudança de marca, o que tem se refletido também no resultado da representação de cada montadora nas vendas para o setor de locação. Para minimizar o risco de ter de enfrentar tais prejuízos, a opção tende para a compra de veículos de maior resistência e menor índice de reparação. 41 LOC_77_.indd 41
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Manutenção
Manutenção preventiva é regra na locação “Orientações sobre manutenção e preparação ajudam locadoras a garantir qualidade da frota”
funcionamento do motor”, diz Gerson Burin, coordenador técnico do Cesvi Brasil/Mapfre. “Isso também inclui óleo lubrificante, sistema de arrefecimento, as correias e os tensionadores”. O especialista elaborou um check-list de itens que devem ser examinados, passando pelo nível de óleo, água no reservatório do sistema de arrefecimento e a tensão das correias. Além dessa manutenção preventiva (veja as orientações nos boxes) e da documentação original do veículo (CRLV) em dia, recomenda-se que a locadora alerte seus usuários sobre a importância de usar o cinto de segurança, inclusive nos bancos de trás; e também sempre fazer o transporte de objetos no porta-malas.
O NÍVEL de óleo, a pressão dos pneus e a altura do facho do farol são alguns dos cuidados que as locadoras devem adotar para prevenir problemas com os usuários. O Cesvi Brasil/Mapfre (Centro de Experimentação e Segurança Viária) separou as principais orientações sobre manutenção e preparação que devem ser observadas, inclusive para garantir a qualidade da frota de veículos destinada para locação. Antes de disponibilizar o veículo ao cliente, é importante avaliar e revisar os itens básicos relacionados à mecânica e à parte elétrica. “Toda verificação preventiva deve analisar a situação dos pneus, sistemas de suspensão e os freios, se estendendo ainda para os itens ligados ao PNEUS E EQUIPAMENTOS DE TROCA Em relação aos pneus, é necessário checar a pressão, inclusive do estepe, e avaliar se há desgaste ou danos. Essa avaliação pode ser feita com o auxílio da referência chamada TWI (Tread Wear Indicator), presente em todo pneu, que aponta o limite de desgaste da banda de rodagem. Se necessário, faça a substituição antes de colocar novamente o veículo em disponibilidade para o aluguel. Importante, ainda, é conferir se o triângulo, macaco, chave de roda e estepe estão localizados conforme descrito no manual do veículo. E, além disso, certificar que o macaco está apto para funcionamento. Por fim, inspecione o triângulo e observe se o seu sistema de apoio está em boas condições, checando ainda se a chave de roda está presente no veículo a ser locado.
CHECK LIST
PRESSÃO DOS PNEUS E ESTEPE DESGASTE DOS PNEUS TRIÂNGULO MACACO CHAVE DE RODA
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Manutenção
SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO CHECK LIST
As locadoras têm com regra checar o funcionamento de todas as lâmpadas de lanterna (dianteira e traseira) e os faróis, incluindo o alto, assim como as luzes de freio, de seta e pisca-alerta. A verificação da luz da placa do veículo é outro item que deve ser checado para evitar as multas de trânsito.
LANTERNAS FARÓIS SETAS PISCA-ALERTA LUZ DA PLACA
SISTEMA DE FREIOS E CORREIAS CHECK LIST
Conforme o Cesvi Brasil/Mapfre, um fator fundamental aqui é o nível de fluido de freio no reservatório. Caso esteja muito abaixo da marcação máxima, confira se não há vazamento no sistema. Aproveite também para identificar se o veículo apresenta algum problema durante as frenagens, como trepidações, inoperância no freio ou mesmo ruídos estranhos. Já com relação às correias, é importante que a locadora verifique se estão com ressecamentos ou danos. Se houver algum desses problemas, faça a substituição (utilizando a garantia) antes de voltar a disponibilizar o veículo para a locação.
NÍVEL DO FLUIDO DE FREIO CONDIÇÕES DOS FREIOS CORREIAS
ÓLEO E ÁGUA DO MOTOR Com o veículo parado no plano e com o motor desligado, verifique o nível de óleo do motor. Caso esteja baixo, complete até a marcação máxima da vareta, sempre com o óleo especificado pela montadora. Aproveite o veículo no plano e cheque também o nível de água no sistema de arrefecimento: caso necessário, complete até a marcação máxima contida no vaso de expansão.
CHECK LIST
NÍVEL DO ÓLEO DO MOTOR NÍVEL DE ÁGUA
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Tira-Teima
ABLA esclarece “Orientações sobre manutenção e preparação ajudam locadoras a garantir qualidade da frota”
APROPRIAÇÃO INDÉBITA
PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO
Pergunta: Existe alguma alternativa legal que livre as locadoras do pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), referente a veículos que sofreram apropriação indébita e cujos Boletins de Ocorrência foram devidamente feitos?
Pergunta: Em casos em que locatários tentam subtrair veículos das locadoras apresentando documentos falsos, trata-se de “estelionato” ou de “roubo”? ABLA Esclarece: Já existe jurisprudência favorável à equiparação entre apropriação indébita, furto, roubo e estelionato para fins de cobertura securitária. Segundo essa corrente de jurisprudência, o interesse do segurado (no caso a locadora) é a proteção contra gênero de crime (contra o patrimônio) e não contra crimes isolados.
ABLA Esclarece: O IPVA é um tributo estadual e cada estado possui regras próprias referentes à suspensão da exigibilidade em casos de veículos roubados ou furtados. Em linhas gerais, normalmente cabe à locadora (proprietária do veículo) levar o Boletim de Ocorrência (BO) ao órgão de trânsito e à Secretaria da Fazenda, para que a cobrança seja suspendida.
CONDUTOR ESTRANGEIRO INDICAÇÃO DO CONDUTOR
Pergunta: O que fazer quando o locatário é de um país que não é assinante da Convenção de Viena? A locadora pode alugar o veículo para portadores de CNH desses países?
Pergunta: Qual o procedimento correto para a locadora indicar um condutor/infrator, no caso de não ter recolhido a assinatura do mesmo? As locadoras podem fazer essa indicação?
ABLA Esclarece: Para os condutores estrangeiros de países que assinaram a Convenção de Viena basta a CNH de origem, passaporte e visto de permanência. Para os demais, não. Aí o procedimento é similar à obtenção de uma nova habilitação: o condutor deverá se submeter a todos os exames exigidos pela Resolução 360/2010, artigo 2º, do CONTRAN. Isso porque, pelo princípio da reciprocidade das relações internacionais, enquanto o país de origem do condutor não aderir à Convenção de Viena e, dessa forma, aceitar a CHN brasileira em seu território, o Brasil também não aceitará que turistas desses países dirijam por aqui, a não ser que o turista se submeta aos exames exigidos pelo CONTRAN. Ou seja, há solução para esses casos, que é a apresentada acima, mas é uma solução impraticável.
ABLA Esclarece: A indicação do condutor é de responsabilidade do proprietário do veículo (locadora). Ou seja, no momento da locação, o usuário deve apresentar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) válida e assinar o contrato de aluguel conforme a assinatura que consta na CNH. A não indicação do condutor implicará em agravos para a locadora, sempre que a mesma infração de trânsito ocorrer em um período inferior a 30 dias (contados da data da última infração, mesmo que cometida por usuário diferente). Para indicação de condutores à distância, as locadoras devem utilizar o termo de Responsabilidade de Multas. 44 LOC_77_.indd 44
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Mobilidade
Vêm aí as Smart Cities O conceito de cidades inteligentes vem se tornando cada vez mais popular ao redor do mundo.
AS POSSIBILIDADES oferecidas pela atual tecnologia de transmissão e compartilhamento de dados possibilitaram o surgimento das chamadas “cidades inteligentes” ou Smart Cities. A ideia é que o uso contínuo e eficaz dessa tecnologia torne os centros urbanos mais eficientes em diversos aspectos – controle de trânsito, oferta de serviços básicos e segurança, por exemplo –, propiciando mais bem-estar à população e garantindo que a sustentabilidade seja uma diretriz a ser respeitada. O conceito de Smart Cities vem se tornando cada vez mais popular ao redor do mundo. Há cidades na Coréia do Sul e Dubai que já se habilitam a serem consideradas “inteligentes”, e metrópoles importantes como Vancouver (Canadá) e Copenhague (Dinamarca) estão nessa corrida. O Brasil também não está distante de alcançar essa inteligência tecnológica que conecta pessoas e cidades. Empresas como a francesa Suez, uma das pioneiras do assunto no mundo, já estão no país estudando possibilidades de implementar o conceito. O princípio tecnológico é explicado por Alessandro Hidalgo, gerente de desenvolvimento de novos negócios da Suez: “A partir de um centro de monitoramento que recebe a informação, temos condições de acompanhar a iluminação pública, os principais semáforos e cruzamentos, os ônibus. As informações sobre esses serviços
são levadas à população por meio de aplicativos. Dessa forma, é possível saber onde haverá trânsito, quais serão as condições climáticas. Se houver uma tempestade, por exemplo, os moradores são avisados com até seis horas de antecedência.” Segundo Hidalgo, a tecnologia avança. Em 2018, a Suez pretende aplicar em Dijon, na França, um aplicativo que permite total relação da população com a cidade. ANTECEDENTES HISTÓRICOS NO BRASIL Com a transição da economia industrial em economia de comércio e serviços, a partir da década de 1990, o Brasil se torna uma economia baseada no setor terciário (72%). A indústria se automatiza e comoditiza, e o protagonismo econômico migra para a produção de significado como geração de percepção de valor – por isso, o design é hoje uma atividade de alta relevância em toda economia. Emerge a chamada “Cidade Inteligente”, de vida social intensa, que sustenta a chamada “economia criativa”, origem das inovações que povoam o cotidiano. “A cidade inteligente requer uma cadeia de distribuição bem operante, tão flexível quanto as imensas flutuações de demanda/oferta e dos ciclos de produção global. Nesse contexto, sistemas de transporte integrados ganham grande importância”, atesta o arquiteto e urbanista Caio Vassão. n 45
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Benefícios
Associativismo gera comodidade para locadoras
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Entre outros serviços, associados têm apoio para dúvidas sobre cobranças de infrações de trânsito, sinistros e desmobilizações de ativos
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POR MEIO de equipes de trabalho em São Paulo (SP), Brasília (DF) e dos diretores regionais em cada estado do Brasil, a ABLA presta uma série de serviços para as locadoras associadas, que geram uma efetiva economia de tempo e de recursos. Questões fiscais e tributárias, de trânsito e de responsabilidade civil são acompanhadas muito de perto pela entidade, que se faz representar em todas as esferas da atividade econômica do País. A partir disso, são prestadas orientações para as locadoras sobre recuperação de veículos furtados ou roubados, “e esclarecimento de dúvidas sobre legislação de trânsito e legislação fiscal”, diz Jorge Machado, gerente administrativo da associação.
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Associado, convide outras locadoras a se Jorge Machado, gerente administrativo da ABLA
associarem à ABLA.
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Fortaleça o nosso setor! para as empresas evitarem principalmente os estelionatos”, acrescenta. É a partir dessa estrutura que a associação vem contribuindo decisivamente para o desenvolvimento das locadoras associadas e para a profissionalização do setor, “levando as locadoras a terem visibilidade por parte de clientes, empresas públicas e privadas”, conclui Machado. Vale lembrar que a ABLA também possui, em suas sedes em São Paulo (SP) e Brasília (DF), salas para reuniões, que podem ser utilizadas a partir de agendamento por todas as locadoras do quadro associativo. n
“A equipe de colaboradores presta atendimento direto aos associados também em questões fundamentais para o dia a dia do negócio”, acrescenta Jorge Machado. Isso significa que o associativismo gera apoio para as principais questões operacionais que envolvem as empresas do setor. “São dúvidas sobre cobranças de infrações de trânsito, sinistros e desmobilizações de ativos, entre outras, que ajudamos os associados sempre que somos procurados”, explica Machado. “Isso também inclui orientações sobre prevenção às fraudes,
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Brasil - Viagem
BRASÍLIA
Congresso Nacional [Paulo Resende]
CAPITAL ATRAI COM TURISMO E É CENÁRIO PARA A ENCENAÇÃO DA PAIXÃO DE CRISTO
HÁ 45 ANOS o morro da Capelinha, localizado no Distrito Federal, recebe a encenação completa da Paixão de Cristo, da condenação de Jesus à sua crucificação, morte e ressurreição. Patrimônio Imaterial desde 2008, a Via Sacra de Planaltina já faz parte do calendário cultural da cidade e reúne milhares de visitantes e turistas anualmente. A encenação acontece na cidade satélite de Planaltina, que fica a aproximadamente 40 km do centro de Brasília. Com seu projeto urbanístico moderno, a cidade possui amplas vias planejadas e estacionamentos em todos os pontos turísticos e lazer. Dessa forma, o deslocamento com veículos alugados garante maior conforto, com bom custo-benefício, e transforma os caminhos com vista para o cerrado em uma diversão sem precedentes. Em 2017, a encenação teatral aberta ao público foi acompanhada por mais de 60 mil visitantes, muitos deles de fora da cidade. O fluxo de turistas nessa época do ano é certamente uma ocasião especial para as locadoras de veículos,
O diretor regional da ABLA Júlio Ribeiro indica roteiros para a região
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Centro Histórico Curitiba [Jackson Ramone] Dois Candangos, do artista Bruno Giorgi
Catedral Metropolitana de Brasília
Encenação da Paixão de Cristo em Planaltina
como observa o diretor regional da ABLA no Distrito Federal, Júlio Torres Ribeiro Neto. “Feriados são uma ótima oportunidade de negócio com foco no turismo, mercado que vem crescendo cada vez mais na região. Comparando especialmente com a terceirização de frotas ligadas ao Governo, o setor deve ganhar destaque entre as locadoras”, afirma Júlio. O diretor regional montou um roteiro com atrativos locais especialmente para a Revista Locação. Os lugares a serem visitados impressionam por sua riqueza cultural e histórica, um traço marcante da Capital Federal. Saindo do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck, é grande a facilidade para locação de um veículo. Existem locadoras que dispõem de guichês no próprio desembarque, assim como aquelas localizadas no Setor Hoteleiro de
Brasília, que costumam oferecer a facilidade de retirada e devolução no aeroporto. Para já se ambientar ao clima da cidade, a dica é uma parada no Pontão do Lago Sul, ótima opção para passear com a família enquanto se admira o Lago Paranoá, criado artificialmente para amenizar a baixa umidade na região. A vista do local é muito bonita, e o ambiente agradável, com diversas opções de bares e restaurantes. NATUREZA, AVENTURA E MUITO MAIS... Idealizada por Juscelino Kubitschek e construída durante seu governo, Brasília é uma obra-prima da arquitetura, decorada com obras de artistas como Athos Bulcão, Burle Marx, Marianne Peretti e Bruno Giorgi. Quando completou 27 anos, se tornou a primeira cidade moderna declarada Patrimônio 49
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Brasil - Viagem
Vista Panorâmica da Esplanada dos Ministérios
Palácio do Itamaraty
Interior do Palácio do Itamaraty [Leandro Cagiano]
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Brasil - Viagem
Ponte JK, ponto turístico da cidade
Cultural da Humanidade pela UNESCO, em 1987. Brasília é também farta em riquezas naturais, com muitas quedas-d’água, cachoeiras, grutas e lagoas, ambientes perfeitos para passeios ecológicos e práticas esportivas ao ar livre. O destino possui opções de turismo ecológico e de aventura, cívico, histórico e até mesmo místico e religioso. Além da tradicional encenação da Paixão de Cristo, a Catedral de Brasília e o misticismo do Vale do Amanhecer atraem milhares de peregrinos e religiosos. Para os amantes da natureza, o cerrado traz uma exuberância diferenciada, com lindas flores coloridas entre galhos secos e retorcidos. As cachoeiras próximas, como o Salto do Itiquira, o
Lago Azul ou a Chapada Imperial (que merece um dia de visitação) são opções encantadoras para grupos de amigos e famílias de todos os estilos. Para aproveitar a viagem a dois ou em família, existem muitos hotéis rurais próximos, com possibilidade de “day use”. Use o QR Code em seu celular, baixe o Guia Turístico da Cidade de Brasília e aproveite cada minuto da nossa capital! n O QR Code está aqui: http://www.turismo.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2017/12/Guia-Roteiros-Brasilia-Portugues.pdf 51
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AMAROK V6 HIGHLINE
É A PICAPE MÉDIA MAIS POTENTE DO BRASIL
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Equipada, inovadora e conectada: bancos de couro com regulagem elĂŠtrica, quatro airbags e sensores estĂŁo entre os destaques
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to Mystic (perolizada), Prata Sírius e Cinza Indium (metálicas). É o novo motor 3.0 V6 TDI (turbodiesel) que faz com que o modelo seja a picape mais potente e de maior torque em seu segmento no mercado brasileiro, podendo, inclusive, ter desempenho comparado aos modelos esportivos da Volkswagen. São 225 cv disponíveis na ampla faixa de 3.000 rpm a 4.500 rpm e três litros de cilindrada, que combinam tecnologia de injeção direta common-rail de combustível e turbocompressor de geometria variável. O torque de 550 Nm (56,1 kgfm) é entregue já a partir de apenas 1.500 rpm, mantendo-se pleno até as 2.500 rpm. Esse regime baixo dá à Amarok V6 Highline desempenho excelente em qualquer tipo de terreno. Sua velocidade máxima é de 190km/h, sendo capaz de ir de 0 a 100km/h em apenas oito segundos. Esse motor possui acionamento dos comandos por correntes, que não requerem manutenção, e circuitos separados de arrefecimento para o cabeçote e o bloco, o que permite melhor gerenciamento da temperatura de funcionamento. Em relação ao já eficiente motor quatro-cilindros 2.0 biturbo que equipa a versão Trendline automática (de cabine dupla), o ganho é de 25% em potência (45 cv a mais) e de 31% no torque (130 Nm, ou 13,3 kgfm).
CONHECIDA COMO a picape com mais recursos de segurança, inovação e conectividade, a Volkswagen Amarok agora também é a mais potente do mercado brasileiro, graças à introdução da versão V6 Highline. O lançamento conta com configuração de carroceria cabine dupla e extensa lista de itens de série, que inclui recursos como faróis bixenônio com luzes de uso diurno de LEDs, sistema de auxílio ao estacionamento com câmera de ré, sistema de freios pós-colisão e os mais modernos recursos de infotainment do mercado. A Volkswagen oferece também a Amarok em outras versões: S (disponível em cabine simples ou dupla, motor 2.0 turbodiesel com 140 cv, torque de 340 Nm e câmbio manual de seis marchas); SE (motor 2.0 diesel, dois turbocompressores, 180 cv, torque de 400 Nm e câmbio manual de oito velocidades); e Trendline (motor 2.0 diesel, dois turbocompressores, 180 cv, torque de 420 Nm e câmbio automático de oito velocidades). Visualmente, a Amarok V6 Highline se diferencia das demais versões pelo logotipo na grade do radiador e na tampa traseira e pelos retrovisores pintados na cor Preto Mystic, com detalhes cromados. A Amarok V6 Highline está disponível nas cores Branco Cristal (sólida), Pre54 LOC_77_.indd 54
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Os discos traseiros, de 300 mm de diâmetro, possuem
Volante com regulagem de altura
cobertura interna para evitar o acúmulo de sujeira
e distância e mostrador colorido
SEGURANÇA CONTA COM VÁRIOS RECURSOS A nova Amarok oferece sistema ABS off-road, que auxilia na frenagem sobre piso solto (como terra ou cascalho). Os discos dianteiros possuem 332 mm de diâmetro, o que colabora para melhor desempenho em situações de maiores cargas. Os discos traseiros, de 300 mm de diâmetro, possuem cobertura interna para evitar o acúmulo de sujeira, especialmente em situações de fora de estrada. A picape conta com quatro airbags (dianteiros e laterais de tórax e de cabeça para motorista e passageiro) que servem de sensores para os sistemas de freios a disco “Post-Collision Brake” (sistema de frenagem automática pós-colisão) nas quatro rodas, recurso exclusivo no segmento (os freios são acionados automaticamente quando o veículo se envolve em uma batida para reduzir a energia cinética residual). Também é item de série o indicador de perda de pressão dos pneus. Esse sistema, composto de quatro sensores instalados nas válvulas de enchimento dos pneus, mede diretamente a pressão de cada pneu e aciona um alerta no quadro de instrumentos se um deles tiver a pressão abaixo do valor recomendado. Resultado: maior segurança, aumentando a vida útil dos pneus, e menor consumo de combustível. A Amarok V6 Highline possui recursos de auxílio ao motorista, como Controle Eletrônico de Estabilidade (ESC), HDC (Hill Descent Control ou Controle Automático de Descida) e HSA (Hill Start Assist ou Assistente para Partida em Subida). Também traz o BAS (Sistema de Assistência à Frenagem), ASR (Controle de Tração) e EDS (Bloqueio Eletrônico do Diferencial), todos itens de série. A picape também é equipada de série com sensores crepuscular e de chuva. Os faróis são bixenônio com luz de condução diurna (DRL) em LEDs. Também há faróis de
Bancos revestidos de couro “Vienna” com certificado “ergoComfort” que auxiliam na prevenção de dores nas costas
neblina com luz de conversão estática que ampliam a área iluminada em curvas feitas a baixa velocidade. Sempre que os faróis estiverem ligados (alto ou baixo), e a seta for acionada ou o volante for girado, o farol de neblina do lado correspondente ao que o veículo estiver virando é acionado automaticamente. CONFORTO COM DISPOSITIVOS DE ÚLTIMA GERAÇÃO O volante da Amarok V6 Highline possui regulagem de altura e distância, multifunções de sistema infotainment e do computador de bordo da picape e aletas (shift paddles) para mudanças de marcha. O mostrador, entre o velocímetro e o conta-giros, é colorido. Ao se dar a partida, as agulhas no quadro de instrumentos fazem uma “varredura” (tal qual no Golf GTI). Os bancos são revestidos parcialmente de couro “Vienna”, com 14 vias de ajustes nos dianteiros, sendo 12 elétricos: ajuste de distância longitudinal (2), ângulo de inclinação do encosto (2), ajuste de altura (2), apoio lombar (4) e ângulo de inclinação do assento (2) – e 55
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Amarok V6 Highline recebeu o prêmio “International Pick-up Award 2018” (IPUA 2018)
“MapCare” em que é permitida a atualização periódica gratuita da base de mapas durante toda a vida do veículo. Bússola, ângulo de direção das rodas e altímetro (em referência ao nível do mar) são os indicadores off-road disponíveis. MODELO GANHA RECONHECIMENTO INTERNACIONAL No final de novembro do ano passado, a Amarok recebeu o prêmio “International Pick-up Award 2018” (IPUA 2018), atribuído a cada dois ou três anos por uma seleção de membros do IVotY (International Van of the Year), um grupo de renomados jornalistas especializados de 25 países. Em 2010, a Volkswagen Amarok venceu o IPUA e, por isso, é a primeira picape a receber esse prêmio pela segunda vez. Entre os destaques da Amarok foram mencionados seu design, acabamento, o tamanho da cabine dupla e os bancos ergoComfort. O júri também deu ênfase ao câmbio de oito marchas e ao motor V6 TDI de 225 cv, mencionando as capacidades on e off-road da Amarok V6 em que “o refinamento e a elasticidade do motor estabeleceram um novo padrão no segmento”. Por fim, a Amarok foi classificada como uma síntese do conceito “work hard, play hard (“trabalhe duro, jogue duro”), elemento central de todo o segmento das picapes. A picape foi descrita como um “cavalo de batalha de alta linhagem”.
Sistema infotainment “Discovery Media” com sistema de navegação e assistência de estacionamento
2 manuais (extensão do assento). Todos tem certificação “ergoComfort” – emitido pelo instituto alemão “Aktion Gesunder Rücken - AGR” (Campanha para Costas Saudáveis) na categoria “bancos de veículos comerciais leves”. A AGR é uma associação mantida por médicos e terapeutas que promove ações e pesquisas para prevenção de dores nas costas. Além disso, os bancos possuem alarme acústico e visual para os cintos de segurança não afivelados nos dianteiros e ISOFIX de fixação para cadeiras infantis nos traseiros. CONEXÃO COM MÚLTIPLAS POSSIBILIDADES A Amarok V6 Highline vem equipada de série com o central de infotainment “Discover Media”, com tela colorida sensível ao toque (“touchscreen”) de 6,33 polegadas, leitor de CD, duas entradas para SD-Card, Aux in e porta USB. É capaz de “ler” arquivos de áudio, vídeo e imagem, e possibilita parear via Bluetooth dois celulares simultaneamente e operar telefone e áudio, locução e escuta de mensagens de texto (SMS). O recurso também conta com sistema “Park Pilot” de estacionamento, que mostra a aproximação de obstáculos na dianteira e imagem da câmera traseira. Além disso, traz recurso de navegação fácil, interativo e seguro com a aplicação
DISPONIBILIDADE O programa de pré-venda da Amarok V6 Highline foi considerado pela VW um grande sucesso. A montadora teve suas 450 primeiras unidades da picape reservadas entre as noites de 5 e 6 de dezembro, esgotando o lote disponível para a ação em menos de 24 horas. Para garantir a reserva, os interessados se cadastraram no hotsite (prevendaamarokv6.vw.com.br). A venda convencional começou nas concessionárias Volkswagen no final de fevereiro. n 56
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Motor shows pelo mundo Quais são os maiores eventos internacionais de exposição de automóveis
Volkswagen Jetta e RAM da FCA são dois dos diversos modelos lançados no Salão de Detroit em 2018
OS SALÕES de Automóveis reúnem incontáveis apaixonados por carros em todo o mundo. Os eventos são os maiores da indústria automotiva, sempre recheados de novidades tecnológicas, lançamentos inovadores, projeções e até oportunidades de parcerias entre os expositores. Em janeiro, o Salão do Automóvel de Detroit abriu o ano do mercado automobilístico. Os destaques mostram que os norte-americanos continuam apostando nos tradicionais sedãs e picapes com suas novas versões. Foram apresentados os novos Silverado da Chevrolet, o Volkswagen Jetta, o sedã Ceratto da Kia, o Ram da FCA e muito
mais. Mas ainda assim, os SUVs conseguiram um espaço na ocasião. Finalmente, a BMW apresentou o crossover X2; a Jeep trouxe o Cherokee reestilizado e deu ênfase no Compass. As vendas nos EUA chegaram a 17,2 milhões de unidades, 2% de queda em relação a 2016. Com o mercado recessivo, os fabricantes fizeram apostas certeiras, a fim de manter o interesse dos consumidores. Saiba nas próximas páginas quais são as exposições de automóveis mais famosas do mundo, o que aconteceu e o que está previsto para as edições de 2018. 57
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SALÃO DE PARIS Acontece em outubro e promete apresentar a “fashion week” dos automóveis. Serão cerca de 20 carros-conceito que servem como prévia de novas gerações de veículos já conhecidos, protótipos de modelos inéditos e projeções de design inovadoras. Modelos como o de corrida RS 2027 da Renault, Terzo Millennio do Lamborghini são alguns exemplos. O futurista carro de corrida R.S. 2027 da Renault será lançado no Salão de Automóvel de Paris em outubro
43º SALÃO RETROMOBILE A capital francesa é também palco do motorshow mais antigo do mundo, o Retromobile, que, neste ano, aconteceu entre os dias 7 e 11 de fevereiro. Na ocasião, carros antigos foram expostos para contemplação do público. A Peugeot, por se sentir em casa, apresentou modelos que fizeram história para a marca. Dentre eles estavam o Peugeot Cabriolet 404 (exposição no Salão de Paris em 1961), o restaurado Peugeot 205 GTi de 1984 e o Peugeot 504, considerado “Carro do Ano” de 1969. Estande da montadora Peugeot
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88º SALÃO INTERNACIONAL DE GENEBRA O motor show de Genebra aconteceu entre 8 e 18 de março, com o conceito de motorização alternativa. A holandesa Pal-V apresentou seu carro voador PAL-V Liberty no evento, modelo giroplano, que se assemelha a um helicóptero, feito de fibra de carbono, com três rodas, hélices e capacidade para até 2 pessoas. O carro é adaptado para a terra e ar, com necessidade de uma pista com pelo menos 20 metros para pouso e decolagem. Pal-V Liberty foi exibido no Salão do Automóvel de Genebra
OUTRO EXEMPLO É A MCLAREN SENNA, que leva o nome de um dos maiores pilotos da história da Fórmula 1. A montadora britânica disponibilizará apenas 500 unidades do modelo. O motor V8 de 789 cv e torque de 800 Nm é o mais potente já utilizado pela McLaren em um carro de passeio, com velocidade máxima de 340 km/h. Todos os elementos do modelo, de acordo com a fabricante, são focados em performance, ajustados para garantir a conexão mais pura possível entre piloto e máquina. McLaren exibiu modelo inspirado em Ayrton Senna
NEW YORK INTERNATIONAL AUTO SHOW Entre 30 de março e 8 de abril, design de ponta e inovações extraordinárias, em incríveis coleções de automóveis, são alvo do Salão do Automóvel de Nova York. O evento, que existe desde 1900, contará com cerca de mil carros e caminhões, entre lançamentos e novas gerações. A Nissan lançará a sexta geração do Altima, mais de um ano depois de ter revelado o conceito V Motion 2.0 no Salão de Detroit de 2017. O objetivo é manter o design atraente para compradores tradicionais, mas com um pé mais futurista. Trata-se de um redesenho do modelo Máxima 2016, com espaço maior para passageiros nos assentos traseiros e portas traseiras mais longas, além de motor V6 com capacidade de 3,5 litros. A Gênesis, marca de luxo independente da Hyundai desde 2016 e ainda sem modelos no Brasil, utilizou o evento nos últimos dois anos para lançar carros conceituais: os modelos G70 e GV80, alimentados por célula de hidrogênio. Para 2018, o CEO Manfred Fitzgerald declarou que estão preparando um lançamento que será “ponto de virada para marca e como as pessoas a veem”.
Sexta geração do Altima será lançada como um redesenho do Máxima 2016
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Ao Volante
Nova linha de caminhões VW traz opção de direção flexível
MODELO DELIVERY, NOVA LINHA DE CAMINHÕES LEVES DA VOLKS
A VOLKSWAGEN lançou uma linha de caminhões leves, totalmente nacional, que levou cinco anos para ser concluída, superando R$ 1 bilhão de investimento. O destaque está na versão Express, mais barata e versátil, que pode ser conduzida por qualquer motorista que possua a CNH. Com Peso Bruto Total (PBT) limitado a 3,5 toneladas, a montadora revoluciona a forma de fazer entregas pela cidade, já que o Veículo Urbano de Carga (VUC) pode trafegar em áreas restritas. Seu rodado simples na traseira garante a cobrança de pedágio no valor de automóvel. Todos os caminhões dessa linha podem ser dirigidos por motoristas com habilitação de categoria B – a mais simples exigida. Três versões são disponibilizadas: City, Trend e Prime, com direção hidráulica e sistema de ventilação forçada como dois dos principais equipamentos. Por ser um veículo comercial, a lista de itens de série é extensa, e ainda traz diversos mecanismos já conhecidos da montadora (por exemplo, o comutador do farol e controles do vidro elétrico). O principal diferencial entre os equipamentos é o airbag dos passageiros, de 160 litros, o maior da América Latina, de acordo com a montadora. Ainda sobre segurança, os cintos possuem pré-tensionadores. O motor Cummings ISF de 2,8 litros vem equipado com tecnologia de pós-tratamento de gases EGR, e atinge 150 cv, com torque máximo de 360 Nm, numa ampla faixa de rotações para garantir retomadas rápidas e agilidade nas entregas urbanas, com a melhor potência e torque da categoria. 60
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GM ATINGE RECORDE DE VENDAS COM ONIX Em 2017, as locadoras emplacaram 37.859 unidades do Chevrolet Onix, volume que representou novo recorde para o modelo no setor de locação. Outros modelos da marca que se destacam em vendas são os sedãs Prisma, os sedãs médioscompactos Cobalt, a minivan Spin e o hatche médio Cruze Sport6.
RANKING DE SEGURANÇA DESTACA MODELOS FORD Cerca de 90% dos veículos novos comercializados no ano foram avaliados pelo Índice de Segurança 2017 da Cesvi Brasil/Mafre, de acordo com a disponibilidade de itens. A classificação acontece com atribuição de uma a cinco estrelas e uma nota de 10 a 60 – neste último caso, quanto menor o número melhor a classificação. Das 460 versões de 69 modelos, oito são da Ford. Todos conquistaram quatro estrelas: EcoSport SE 1.5 (nota 27), EcoSport Titanium 2.0 AT (27), EcoSport FreeStyle 1.5 (28), EcoSport SE 1.5 AT (28), EcoSport FreeStyle 1.5 AT (28), Focus Hatch Titanium 2.0 AT (28), Ranger XLS 2.2 Diesel 4X2 MT (29) e Ranger XLS 2.2 Diesel 4X4 AT (29). 61 LOC_77_.indd 61
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CRONOS É O NOVO SEDÃ DA FIAT Com evento de lançamento no Rio de Janeiro, a Fiat anunciou a chegada do espaçoso Cronos, variante do Argo, para competir com Toyota Etios Sedan, Chevrolet Prisma, Hyundai HB20S, Renault Logan, VW Voyage e Ford Ka Sedan. Previsto para chegar às lojas em março, o sedã conta com 36 cm a mais que o Argo, garantindo porta-malas de 525 litros e bancos traseiros capazes de comportar até três adultos médios. Será comercializado com as opções de motores 1.3 e 1.8, de 101 ou 109 cv e 13,7 ou 14,2 kgfm (flex), câmbio de cinco marchas manual e GRS automatizado e automático de seis velocidades, cluster e multimídia de 3,5 ou 7 polegadas.
HYUNDAI APRESENTA SUV MOVIDO A HIDROGÊNIO Na CES 2018, maior feira de tecnologia do mundo, realizada em janeiro, em Las Vegas, a sul-coreana Hyundai apresentou o Nexo, SUV movido a hidrogênio e que dispensa motorista. De acordo com a montadora, o modelo servirá como base para outros modelos sustentáveis que devem estar nas ruas até 2025. O veículo conta com assistente de mudança de faixa, ajuste automático de velocidade e distância entre veículos, e até um dispositivo que estaciona o carro. Os primeiros testes já começaram: no início de fevereiro, cinco veículos com a tecnologia autônoma e fonte de energia de hidrogênio viajaram 190 km pela Coreia do Sul. A Hyundai ainda afirmou que os testes registraram velocidades entre 100 e 110 km/h, e que os motoristas que acompanharam o trajeto não precisaram assumir o controle do veículo nenhuma vez. Segundo a Hyundai, o Nexo é capaz de percorrer até 600 km com uma recarga do tanque de hidrogênio. 62 LOC_77_.indd 62
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SPRINTER TEM 73% DE AUMENTO NAS VENDAS A Mercedes-Benz emplacou, apenas em janeiro de 2018, 300 unidades da comercial leve Sprinter, liderando as vendas do segmento. Em relação ao mesmo período de 2017, isso representa crescimento de 73% na comercialização desse modelo para transporte de passageiro, vendido ainda em 60 versões para empresas de transporte, profissionais autônomos e empreendedores.
PROPRIETÁRIOS SATISFEITOS COM MODELOS DA NISSAN A revista Quatro Rodas avaliou o grau de aprovação de 45 modelos dos veículos mais vendidos no Brasil. Segundo o levantamento, dois modelos da Nissan, o Kicks e o Versa, “excedem as expectativas” de quem os adquire. O primeiro foi melhor avaliado em sete itens: design, capacidade de ultrapassagem, velocidade de arranque com o carro parado, consumos rodoviário e urbano e acesso aos comandos, somando 100,8 pontos e conquistando o terceiro lugar do ranking, atrás do Honda Civic e Chevrolet Cruze. Já o compacto Versa posicionou-se em sexto lugar, sendo o melhor da categoria em design, quantidade de concessionários, capacidade de ultrapassagem e velocidade de arranque com o carro parado, finalizando 100,8 pontos. O ano de 2018 foi o segundo em que o modelo é bem avaliado pelos proprietários (a primeira vez foi em 2012). 63 LOC_77_.indd 63
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Ao Volante RENAULT ENTREGA 10 MIL KWID Entre janeiro e fevereiro, a Renault acelerou a produção do modelo Kwid no complexo Ayrton Senna, no Paraná. O objetivo foi atender à grande demanda e conseguir fechar o primeiro bimestre com 10 mil unidades entregues. A meta foi atingida no final do mês de fevereiro, proporcionando ao modelo o quinto lugar entre os carros mais emplacados. Com a produção, cerca de 1.300 colaboradores foram contratados para a meta ser atingida.
JEEP COMPASS, O SUV MAIS VENDIDO Foram 49,2 mil unidades do modelo Compass entregues pela Jeep em 2017, o que fez com que o carro alcançasse a liderança do ranking de SUVs mais vendidas no Brasil, respondendo por 51,7% das vendas em seu segmento (C-SUV ou SUV médio). A Jeep é a única fabricante que conta com representantes em todos os segmentos, considerados os demais modelos (Renegade, Wrangler, Cherokee e Grand Cherokee), garantindo o terceiro ano consecutivo de alta, com 88,2 mil unidades vendidas no ano passado, 49,3% de crescimento em relação a 2016. 64 LOC_77_.indd 64
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Fim de Papo
STJ reconhece o direito ao crédito de PIS/COFINS de insumos Adriano Augusto Pereira de Castro
“A Secretaria da Receita
O SUPERIOR Tribunal de Justiça (STJ) julgou em 22/02/2018 importante caso, o qual mudará para melhor o panorama da tributação das empresas pelo PIS/COFINS e das locadoras de veículos. No recurso especial (REsp) 1.221.170, o STJ reconheceu que, para fins de aproveitamento de créditos de PIS/COFINS, são insumos as aquisições essenciais ou relevantes para o desenvolvimento das atividades empresárias do contribuinte. O PIS/CONFINS são tributos calculados pela alíquota de 9,25% do faturamento das empresas, então é bem-vinda qualquer novidade relacionada à forma de se reduzir esta pesada tributação. Pela legislação o PIS/COFINS seria imposto sobre o valor agregado, isto é, o contribuinte poderia reduzir do valor a pagar o tributo acumulado nas etapas anteriores. Entretanto, a Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB) expediu diversas instruções normativas com o intuito de indiretamente aumentar a tributação pela imposição de restrições ilegais ao aproveitamento de créditos de PIS/COFINS, obrigando os contribuintes a procurarem a Justiça para reclamar seus direitos. A SRFB adotou entendimento que seriam “insumos” apenas a matéria prima ou outros produtos diretamente utilizados no processo industrial. Essa interpretação transformava em ficção o princípio da não cumulatividade tributária do PIS/COFINS, pois obrigaria as empresas a
Federal do Brasil (SRFB) expediu diversas instruções normativas com o intuito de indiretamente aumentar a tributação pela imposição de restrições ilegais ao aproveitamento de créditos de PIS/COFINS”
pagar o PIS/COFINS duas vezes: uma na compra de seus insumos e outra na venda do produto. O STJ entendeu ilegal o posicionamento da SRFB porque há mais fatores envolvendo a prestação de serviços que a industrialização, logo seria ile65
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Fim de Papo
gal a imposição de barreiras indevidas para o aproveitamento de créditos. O REsp 1.221.170 resolveu discussão tributária de caráter geral e não é específica às locadoras de veículos, mas a indústria de locação potencialmente será beneficiada de outra maneira. Especificamente em relação às locadoras de veículos, a SRFB adota há alguns anos posicionamento pelo qual valores pagos por locação de veículo não ensejariam direito à constituição de créditos a serem descontados das contribuições ao PIS/COFINS. A justificativa é que a lei tributária supostamente não autorizaria expressamente o creditamento sob tal rubrica. A lei autoriza o creditamento de valores referentes aos alugueis de imóveis, máquinas e equipamentos, mas não se entenderiam como “máquinas e equipamentos” os veículos alugados por nossos clientes! Esse entendimento seria neutro às locadoras, mas terrível às locatárias, porque elas não poderiam se apropriar de 9,25% de créditos de PIS/ COFINS advindos do valor dos alugueis. Afastado pelo STJ a ilegal presunção de não creditamento de PIS/COFINS é razoável esperar que tal posicionamento seja depois aplicado para se afastar o indevido posicionamento da SRFB em negar o aproveitamento de créditos de PIS/COFINS pelas locatárias. Isso permitirá reduzir o custo do aluguel de veículos em 9,25% sem redução dos alugueis, trazendo grande eficiência tributária às locatárias e novas oportunidades de negócios, emprego e renda à indústria de locação. n
“A discussão tributária do REsp 1.221.170 não é específica às locadoras de veículos, mas a indústria de locação potencialmente será beneficiada”
* Adriano Augusto Pereira de Castro é assessor jurídico da ABLA e da FENALOC
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