ANO 12 • Nº 48 • Setembro Outubro 2010
REVISTA INFORMATIVA DA ASUG BRASIL | Distribuição gratuita | www.asug.com.br
SAP Solution Manager A área de TI consegue fazer mais com menos ao explorar todo o potencial das ferramentas que compõem essa solução ESPERANSAP FORMA TURMA DE FI
OS PRÓXIMOS PASSOS
Iniciativa coloca no mercado 24 novos consultores SAP
Alessandre Galvão detalha os planos da diretoria da ASUG
DIRETORIA ASUG 2010 - 2012
REDAÇÃO
Presidente ALESSANDRE GALVÃO - Paranapanema
Editora e Jornalista Responsável CRISTIANE BOTTINI - MTB Nº 25.178 Design e Editoração JMB DESIGN
Vice-Presidente MARCOS PASIN - Bueno Netto
EDITORIAL
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ÍNDICE ENTREVISTA Alessandre Galvão
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ON-LINE Notícias do Mundo TI
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ASUG EM AÇÃO Esperansap Forma Pessoas Para Serem Cidadãos do Mundo
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FERRAMENTAS E SISTEMAS De Volta ao Passado II
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MATÉRIA DE CAPA Solution Manager É Uma Poderosa Ferramenta de Governança
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GOVERNANÇA Projeto que Começa Torto É Como Bêbado Correndo Maratona
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Academy é Estratégico Para Clientes Enterprise Support
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PONTO DE VISTA O Desafio de Liderar a Geração Y
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DESFRUTE DO SOLMAN PARA REDUZIR CUSTOS De acordo com um levantamento realizado pela ASUG, e constatado pelos executivos da SAP, das várias ferramentas que compõem o Solution Manager (para os íntimos, SolMan), no máximo três são utilizadas com frequência pelos clientes da plataforma. O principal motivo é o desconhecimento de todas as funcionalidades da solução pelas equipes de TI. Por esse motivo, este é nosso tema central nesta edição. Na matéria de capa fizemos um Raio X da ferramenta, onde conversamos com executivos da SAP dessa área, que nos contaram as novidades e as estratégias da fornecedora, que este ano está empenhada em intensificar o uso do SolMan pela base – como valor agregado ao Enterprise Support. Também colhemos depoimentos dos usuários que nos contaram como utilizam esses recursos para desenhar projetos, mapear/documentar e acelerar a preparação para os cenários de testes, mitigar possíveis erros e economizar ao fazer mais com menos. Alguns dos recursos do SolMan também são destaque na seção Governança, onde o executivo da SAP Miguel Wainsztok aborda, com detalhes, o que está disponível para os clientes no Enterprise Support Academy. Na mesma seção, Celina Fernandes anuncia que a versão 7.0 do novo CRM da fornecedora está disponível para TestDrive gratuito por 15 dias. E, ainda, aprender com a Samarco como é possível economizar até 61% com testes ao realizar o upgrade para o ECC 6.0 e para o EhP4. Outro destaque desta edição é a matéria sobre os 24 novos consultores em FI que o Esperansap acaba de colocar no mercado. Depois de vencerem mais de 1.800 inscritos, no encerramento do curso, os participantes foram sabatinados por profissionais experientes na plataforma e por CIOs, como o presidente da ASUG Brasil, Alessandre Galvão. Recém-empossado, Galvão é o entrevistado desta edição, onde revela quais as metas, expectativas e ações que a nova diretoria, sob seu comando, fará no próximo biênio em prol dos associados. Desejamos uma ótima leitura e prepare-se para a última edição do ano, que estará cheia de novidades!
Redação ASUG News
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ALESSANDRE GALVÃO
FOTO: EDUARDO DE SOUSA
ENTREVISTA
ASUG NEWS: Quais as principais metas da nova diretoria? Alessandre Galvão: Nosso objetivo é que a ASUG seja cada vez mais forte para alavancar o relacionamento entre os clientes, os parceiros e a SAP. AN: E os principais desafios? Galvão: Já temos um nível de maturidade muito bom na ASUG, por isso o desafio de elevar ainda mais nossa atuação se torna maior e reconhecemos que são muitas as oportunidades. Há clientes que não são associados, parceiros que não fazem uso do pleno potencial da ASUG Brasil e também associados na mesma situação, por isso, temos expandido nosso relacionamento e, consequentemente, podemos ampliar nossa influência. Nossos grupos de estudo têm sido bastante atuantes e os eventos regionais e a Conferência anual têm alta qualidade e crescimento contínuo. Já no pilar educação, o instituto Esperansap formou duas turmas e queremos formar, pelo menos, dez por ano.
Sob nova gestão Com o know-how de quem comanda a área de TI das maiores empresas do país e a energia de quem acredita que pode contribuir para o Ecossistema SAP de diversas formas, a nova diretoria da ASUG Brasil inicia o biênio 2010-2012 tendo na presidência o CIO da Paranapanema, Alessandre Galvão. Em entrevista exclusiva à ASUG News, o executivo revela as diretrizes desse novo time.
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AN: Quais as ações previstas junto ao SUGEN? Galvão: Há quatro capítulos principais que precisamos desenvolver no SUGEN, com o objetivo de aprofundar o relacionamento com eles e com as ASUGs no mundo. O primeiro é o Long Term Strategy, para o qual nosso diretor Sérgio Arai (do Albert Einstein) conduzirá os trabalhos no Brasil. Outro capítulo é o BO, que tem o diretor Álvaro Martins (da Petrobras) à frente dessa iniciativa. Há ainda o CAC-ES (Customer Advisory Council do Enterprise Support) e o quarto capítulo é o Solution and Technology Adoption. Para esses dois últimos, estamos identificando quem serão os líderes no país. Temos ainda recomendado que do lado da SAP haja um nome para cada um dos chapters,
assim todas as iniciativas estratégicas globais poderão ser bem aplicadas no Brasil. AN: Existem novidades em relação aos eventos regionais? Galvão: Sim, para maximizar o interesse da comunidade e garantir a qualidade dos eventos regionais temos feito análises criteriosas dos locais onde ocorrerão, para termos eventos onde há real interesse da comunidade, incluindo novas cidades. Queremos também trazer para os eventos uma troca de experiências mais intensa por meio da apresentação de cases de sucesso. AN: Quais as ações previstas junto à SAP? Galvão: Além de promover todos os pontos de interesse da comunidade (entre eles Suporte, Upgrade, Licenciamento, Funcionalidades, Estratégia, Localização, etc.), temos tido forte preocupação em capacitar consultores devido à enorme demanda por mais profissionais, além da necessidade de investir massivamente na atualização e ampliação do conhecimento dos consultores que já atuam no mercado. Isso precisa e tem sido tratado pela SAP, junto aos parceiros e também na ASUG, onde todos poderão contribuir através do Esperansap, inclusive os clientes e o próprio governo. AN: Qual sua opinião sobre o mercado de BO e PMEs arroladas na ASUG? Galvão: Aqui reside uma das nossas maiores oportunidades, tanto para desenvolver uma estratégia para a associação dos usuários de BusinessObject, quanto para as empresas de pequeno e médio porte que podem fortalecer a ASUG. Não tenho dúvida que se associar beneficiará muito esses clientes, que poderão
Há clientes que não são associados, parceiros que não fazem uso do pleno potencial da ASUG Brasil e também associados na mesma situação, por isso, temos expandido nosso relacionamento e, consequentemente, podemos ampliar nossa influência. usufruir de toda a força que a associação tem em seus pilares: Educação, Relacionamento e Influência. AN: Como a ASUG Brasil pode ser mais eficiente e rápida na multiplicação da informação junto aos associados? Galvão: Queremos ampliar nossos caminhos, além do Portal, Newsletter, da Revista e dos Eventos. Já temos nosso Twitter para quem deseja nos seguir e planejamos utilizá-lo melhor, criando uma base de dados de profissionais – como o LinkedIn ou o Facebook. Também criaremos em nosso portal comunidades de interesse comum, trazendo todo aspecto positivo das redes sociais. Para isso é preciso rever a estratégia de nosso ambiente de tecnologia atual, o que já está em nossa pauta.
AN: Baseado em sua experiência, o que é fundamental para atingir altos níveis de maturidade no SAP? Galvão: Do ponto de vista do controle do SAP, na Paranapanema investimos bastante na utilização do Solution Manager, porque não é possível atingir níveis elevados em gerenciamento sem ferramentas de controle de objetos, change, processos, de performance, etc.. Isso significa que o uso de uma suíte completa como essa eleva o valor que a TI entrega na empresa. Já no que se refere ao uso do pleno potencial das soluções, nosso esforço está no BPM. Adotei a frase de um dos líderes do nosso time: “Precisamos garantir que a TI entregue valor e não telinhas”. AN: Você acaba de ganhar dois importantes prêmios. Para chegar até este momento, o que aconselha referente à liderança, estratégia de inovação e governança? Galvão: No ano em que comemora os 10 anos do prêmio “As 100+ Inovadoras”, a revista Information Week (da IT Mídia) nos reconheceu pelo segundo ano consecutivo. A Paranapanema é bi-campeã na categoria Siderurgia, Metalurgia, Mineração e Mecânica. O outro prêmio foi concedido pelo Now! Digital Business – IDG Partner, que também está comemorando 10 anos do prêmio “IT Leaders”. Foi nossa estréia na participação nesse prêmio e levamos o primeiro lugar na categoria Indústria de Manufatura. O patrocínio do presidente e de toda a diretoria da Paranapanema permitiu que nossos direcionadores: Paixão pela Inovação, para gerar valor ao negócio e Excelência operacional (através da aplicação dos modelos de gestão mais avançados utilizados com pragmatismo pela entrega e resiliência para superar os desafios) motivassem o time e criassem um clima de colaboração e dedicação contagiante. SETEMBRO OUTUBRO 2010 ASUG NEWS
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Cabeamento Antena-Leitor
ON-LINE
Portal Multi-Vias RS-232 / Ethernet
Computador SINIAV
SEM-PARAR FISCAL Anunciado há um ano pelo governo federal, as regras para implementação do SINIAV (Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos) começam a sair do papel. Por meio da tecnologia RFID, o governo quer aumentar a capacidade do fisco na inspeção de cargas que trafegam em todo o país. O sistema foi criado para atender a Portaria 227, de 30 de março de 2010 do DENATRAN, que trata do uso do protocolo IAV DENATRAN, desenvolvido com o propósito de tornar interoperáveis os equipamentos de leitura, de processamento de informações de veículos e as placas de identificação veicular eletrônica, partes integrantes e fundamentais ao SINIAV. O IAV DENATRAN é o sistema de comunicação segura baseado na identificação e na troca de informações por meio de radiofrequência, patenteado pelo Departamento Nacional de
SAP ATINGE A LIDERANÇA NAS PMES NA AMÉRICA LATINA A SAP lidera o mercado de pequenas e médias empresas na América Latina, segundo dados divulgados pela IDC. Resultado que é confirmado pela fornecedora alemã que, recentemente, divulgou que esse segmento é o seu “motor de crescimento”, porque 93% dos novos clientes conquistados no semestre, na AL, são de pequeno e médio porte. Para manter essa liderança, a SAP tem destinado esforços constantes para reforçar a existência, desde o início do ano, do SAP Financing – o braço financeiro para soluções SAP, tanto na aquisição de licenças, como serviços e hardware, indepen-
Trânsito junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI. O objetivo é escanear a carga, utilizando um conjunto de tecnologias integradas ao RFID (veja ilustração) para evitar, por exemplo, que o fiscal tenha de abrir o caminhão. A idéia inicial, mas ainda não definida oficialmente, é que seja colocado um chip na própria Danfe para evitar fraudes e agilizar todo o processo. A contrapartida, neste momento, é o custo que isso vai gerar nas empresas. Entre os vários recursos do SINIAV está a possibilidade do município fiscalizar o rodízio de veículos (no caso de São Paulo), porque metade da capacidade do chip será usada para armazenar informações públicas e a outra poderá ser “explorada” pela iniciativa privada. Como exemplo, as empresas de estacionamento poderão usar o sistema para controlar o acesso dos veículos e fazer a cobrança diretamente no cartão de crédito do cliente.
dentemente do fabricante. Para a filial brasileira da SAP, empresas de pequeno e médio porte têm faturamento entre US$ 20 milhões a US$ 500 milhões. No Brasil, a SAP afirma ter cerca de 2 mil clientes nesse segmento. A partir dos dados da IDC, estima-se que existe no país 1,5 milhão de pequenas e médias empresas.
E A IBM LANÇA MÁQUINAS PODEROSAS PARA O SETOR A gigante IBM acaba de colocar no mercado brasileiro a linha de máquinas BladeCenter para PME: PS700, PS701 e PS702 – novos servidores Blade baseados
no poderoso processador POWER7. Entre os diferenciais, a fornecedora destaca um novo software (instalado nas Blades de fábrica) que reduz o tempo de implementação de cargas de trabalho de semanas para apenas alguns minutos e novos serviços para a instalação remota dos sistemas, um recurso que promete reduzir os custos em até 25%. Além disso, as novas Blades POWER7 possuem inovações que proporcionam redução no consumo de energia, aumento no poder de processamento e capacidade de virtualização expandida, porque suporta servidores virtuais ou partições em um único sistema. A IBM também anunciou recentemente uma linha de crédito especial para as PMEs para agilizar e facilitar o acesso às suas soluções e serviços. 45
Fonte: REVISTA BUSINESSWEEK EUA
Antenas Leitura/ Escrita
Fonte do gráfico: SAP BRASIL
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% DAS VEZES
INFORMAÇÕES INSUFICIENTES CONDUZEM A PÉSSIMAS DECISÕES DE GOVERNANÇA A constatação é da BusinessWeek americana, após consultar 675 executivos e gerentes de negócios nos Estados Unidos e Europa. De acordo com o levantamento, 77% já tomaram decisões ruins devido a informações insuficientes nas decisões de negócios e os demais, 23%, não mensuraram o porquê do erro em suas decisões. No gráfico, podemos ver que 42% dos executivos consultados, 50% das vezes baseiam suas decisões no seu feeling. E que o mesmo critério é adotado por 36% desses gestores em 75% das vezes que tomam alguma decisão de negócio. Ou seja: na maioria das vezes. SETEMBRO OUTUBRO 2010 ASUG NEWS
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FOTO: DIVULGAÇÃO
ASUG EM AÇÃO
ESPERANSAP
Os novos consultores formados pelo Instituto Esperansap
forma pessoas para serem cidadãos do mundo INICIATIVA COLOCA 24 NOVOS CONSULTORES DE FI NO MERCADO DA REDAÇÃO
No final de setembro o projeto de responsabilidade social corporativa, Esperansap, finalizou sua segunda turma de consultores, dessa vez em FI. Durante quatro semanas os 24 participantes se dedicaram a uma mudança radical em suas carreiras, após vencerem 1.830 inscritos. O auge do treinamento foi o último dia, quando foram formadas equipes que fizeram uma apresentação para uma banca de analisadores, com o objetivo de vender a implementação de um projeto de FI de uma empresa fictícia. Por parte dos analisadores, o desafio era escolher a melhor equipe e dois participantes, feminino e masculino, que mais se destacassem nas apresentações. Na opinião de Alessandre Galvão, presidente da ASUG Brasil, CIO da
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Paranapanema e analisador da turma, com a base que os formandos mostraram ter assimilado, certamente terão chance de se relocar no mercado ou ter a primeira oportunidade facilmente. “Para as empresas é uma excelente oportunidade para contratar consultores já treinados, porque normalmente é necessário investir no funcionário, pagando a academia SAP para ele”, explica o executivo da Paranapanema. Mayra Verônica Silva Oliveira, Enterprise Applications Services, da CPM Braxis, corrobora com Galvão. “Todas as apresentações foram de altíssima qualidade e todos demonstraram conhecimento não só em FI, mas também do negócio e no processo em que estão inseridos. Pude reconhecer possíveis talentos e afirmo que, em breve, teremos de
competir para receber os currículos desse pessoal”, afirma Mayra. Fato que realmente já está acontecendo, porque boa parte dos participantes dessa turma recebeu solicitação do currículo e alguns até fizeram entrevistas durante o curso. Esse é o caso de Carlos Sobral, que foi considerado o melhor na categoria individual das apresentações em equipe. “Durante o treinamento participei de três entrevistas e estou aguardando as respostas. Em meu último emprego participei da implantação do SAP e fui key user FI. Para mim, que estou sem emprego, o Esperansap era uma oportunidade única”, ressalta Sobral. Com experiência de 20 anos na área contábil, ele acredita que isso foi fundamental pelo reconhecimento de melhor
FOTO: DIVULGAÇÃO
apresentação individual. “Espero por logo em prática tudo que aprendi, porque enriqueceu muito meu curriculo e não tenho dúvidas que será um diferencial em minha carreira”. Quem também está ávida para por em prática a nova profissão de consultora SAP é Paula Zaccaria Sianga, que recebeu uma proposta para começo imediato e um convite para entrevista. “Decidi concorrer a uma vaga porque pensei ser uma nova, grande e especial oportunidade que estava se abrindo para mim naquele momento e que não poderia disperdiçar. Agora quero passar no teste da certificação e fazer parte desse mercado emergente e deficiente de bons profissionais”, diz Paula. Na opinião do analisador, Alexandre Koga, gerente de negócios da SUM IT Informática, essa é uma iniciativa fantástica não só pelo lado social, mas por tratar-se de um programa fundamental para o desenvolvimento e crescimento do ecossistema. “Nessa turma de FI, a banca fez perguntas muito variadas e algumas profundas. Tive a agradável surpresa de ver não só boas respostas, mas a empolgação nas respostas à sabatina. Essas pessoas são excelentes e muitas apenas necessitavam de uma chance e, agora, a oportunidade de emprego. Espero que as empresas aproveitem esses profissionais e também ajudem o Esperansap nas próximas turmas. O futuro esta em nossas mãos, temos de fazer nossa
Os formandos, como “A Melhor Apresentação em “Equipe” (a partir da esquerda): Sandro Moreno, Marcos Oliveira , Cristina Perrotti, Juliana Candido, Daniela Jamel e Kátia Martins, acompanhados por Adjalmo Grando, diretor de Educação da SAP Brasil
parte”, conclama Adjalmo Grando, diretor de educação da SAP Brasil. Galvão teve a mesma visão, se dizendo surpreso com a qualidade das apresentações para pessoas que, em apenas 30 dias, tiveram contato com o FI. “A instrutora me disse que o maior desafio foi criar uma base que mostrasse qual a relação do processo de negócio com o FI e nisso ela foi bem-sucedida”, diz o executivo. O participante da turma, Douglas França Rodrigues, acredita que o Projeto Esperansap vai além da iniciativa social de inserir mão-de-obra qualificada no mercado SAP, porque recupera a auto-estima de quem participa, oferecendo qualidade de ensino e novas oportunidades. “Ao incentivar a participação de quem não poderia arcar com as despesas desse curso, leva a qualificação necessária para recolocar esses alunos
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A partir da esquerda, Adjalmo Grando (diretor de Educação da SAP Brasil), Carlos Sobral e Thalita Chiarastelli, destacados como “Melhor Apresentação Individual” e Alessandre Galvão, presidente da ASUG Brasil
no mercado, trazendo esperança e motivação ao preparar ótimos profissionais”, elogia Amanda Pereira Azevedo, considerada a melhor no quesito individual nas apresentações em equipe. Ela explica que decidiu concorrer à vaga porque deseja seguir carreira na área de TI e que, em uma das empresas que trabalhou, conheceu o SAP e se identificou com a lógica e integração, mas não tinha condições de pagar pela academia. “Essa inciativa resgata ótimos profissionais que estão excluídos do mercado e quebra o paradigma do preconceito com quem já passou dos 30 anos”, desabafa o participante Reinaldo Amorim Rego. Tanto para ele como para sua colega de curso, Daniela Rodrigues Jamel, sem o Esperansap seria inviável ingressar no mercado SAP. “Para minha surpresa, esse treinamento foi uma experiência ímpar de convivência, solidariedade e determinação, vivida com os outros integrantes (que hoje considero amigos), com nossa instrutora (que demonstrou ser excelente profissional) e com a equipe dessa iniciativa, que nos apoiou em todos os momentos”, afirma Daniela. Formada em Ciências da Computação, há muito tempo ela vem buscando uma chance de ascensão profissional em TI e tem observado o crescimento da SAP e as oportunidades que os consultores têm tido. “Esse é um exemplo de solidariedade e que deve ser passado adiante, porque traz esperança e a sensação de vitória para quem participa”, completa a amiga de curso, Maria José Castanho César Martini.
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FERRAMENTAS E SISTEMAS
ou, até mesmo, verificar se o conteúdo do redo estava coerente com o processamento do ambiente. A boa notícia é que na versão 11g a Oracle lançou o FB transaction backout que, através de packages, permite que se desfaçam transações inteiras (e suas dependentes) com o banco online, dispensando a necessidade de pegar os comandos por meio de visões e executá-los na mão. Essa feature por si usa o Log Miner. De posse de todas essas features, o DBA pode escolher o melhor método de recuperação para atender uma necessidade do negócio. Antes é necessário testar cada uma delas para ter o domínio e os passos necessários para o momento de necessidade. Mais ainda, ajustar os parâmetros e alocar as áreas adequadamente para atender às demandas de cada feature. Alocação da área de UNDO e Flash Recovery Area deve ser bem dimensionada para que todos dados necessários à recuperação no tempo sejam armazenados. Para tal, há várias visões DBA_ e V$ do Oracle (além do AWR) que ajudam o DBA no dimensionamento delas. Deve-se proceder a essa análise por mais de um mês para que se peguem todos os momentos de pico e dessa forma, ter o cenário total de uso do ambiente.
De volta ao passado II HÁ ALGUM TEMPO ESCREVI UM ARTIGO PARA A ASUG NEWS SOBRE AS TÉCNICAS ORACLE DE RECUPERAÇÃO MAIS MODERNAS, INTRODUZIDAS A PARTIR DA VERSÃO 9i, E QUE AJUDAM MUITO EM CASO DE PERDA DE DADOS, PRINCIPALMENTE LÓGICAS, QUANDO TEMOS ALTERAÇÕES ERRÔNEAS APLICADAS ÀS BASES DE DADOS. NESSES CASOS, O USO DE RESTORE GERALMENTE É PROIBITIVO, POIS ENVOLVE MUITOS RECURSOS (HARDWARE, PESSOAL) E TEMPO. Por isso, meu objetivo neste novo artigo é apresentar as principais novidades das features do Oracle 11g. Uma que merece destaque é a FB Data Archive (Total Recall). Essa feature permite que sejam mantidos dados históricos das alterações das tabelas elencadas para tal por meio de comandos DML, que permitem ver os dados das tabelas baseados em tempo ou SCN. Esse recurso se assemelha à FB query, porém, seus resultados em dados de UNDO que, por sua natureza, são voláteis e podem não estar disponíveis o suficiente para que se recupere os dados no tempo desejado (a área de UNDO vai sendo sobreposta com o tempo caso não seja grande o suficiente). Por outro lado, a FB Data Archive coloca os dados históricos em uma tablespace criada para isso ou parte de outra. Assim, conforme os dados da tabela em questão vão sendo alterados, inseridos, etc., dados históricos vão sendo inseridos nessa tablespace, tornando-se
permanentes e não voláteis, dependendo somente de espaço em disco para tal. Caso a tablespace de archive não tenha mais espaço, os comandos DML na tabela não serão executados com sucesso. Essa feature é muito útil para recuperação, para elencar tabelas passíveis de auditorias e também quando há a necessidade de acessar dados históricos. Uma nota Oracle interessante para se ver o uso mais detalhada é a 470199.1 Outro recurso excelente é o FB Transaction backout, que na versão 8i a Oracle trouxe o Log Miner – uma ferramenta interessante e muito útil. Através de packages do próprio fornecedor, podem-se ler os redo logs. Mais ainda, visões Oracle permitiam ver os comandos gravados nos redos e já mostravam os comandos de undo, ou seja, permitia que, com algum trabalho, pudéssemos desfazer uma ou mais transações à mão. Servia também como ferramenta de auditoria, o que permitia ver se houve irregularidade em um processamento
FOTO: EDUARDO DE SOUSA
Por HEITOR W. LOURENÇO JR.
HEITOR. W. LOURENÇO JR. Responsável por Sistemas de Informação na Bosch
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MATÉRIA DE CAPA
NA MESMA VELOCIDADE EM QUE SURGEM NOVAS TECNOLOGIAS,
Solution Manager
AUMENTA A COMPLEXIDADE DOS AMBIENTES CORPORATIVOS E OS DESAFIOS DOS CIOs E SUAS EQUIPES DE TI, QUE PRECISAM FAZER MAIS COM MENOS. NESSE SENTIDO, A SAP TEM INVESTIDO ALTO NO DESENVOLVIMENTO DE FERRAMENTAS DE APOIO À GOVERNANÇA DOS CLIENTES DE SUA PLATAFORMA. DA REDAÇÃO
U é uma poderosa ferramenta de governança 12 ASUG NEWS S
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ma dessas soluções é o SAP Solution Manager, atualmente na versão 7.0 EHP1, criado pela fornecedora para o gerenciamento de aplicativos SAP e não SAP, para facilitar o suporte em sistemas distribuídos - com funcionalidades que cobrem todos os aspectos fundamentais da implantação, operação e melhoria contínua da TI. “O Solution Manager é uma plataforma que combina ferramentas, conteúdo e acesso direto à SAP para aumentar a confiabilidade das soluções e reduzir o custo total de propriedade. É como se fosse o ERP da TI, porque permite ao CIO ter a certeza de que todo seu ambiente está desempenhando o potencial máximo”, explica Danillo Alves, Gerente de Suporte da SAP Brasil. Ele destaca que o Solution Manager permite um design orientado aos processos, configuração, testes e acompanhamento contínuo do sistema durante as operações, independentemente da complexidade do cenário do sistema. Assim, o cliente passa a ter uma central de gerenciamento 24x7, que pode ser configurada para enviar alertas, por SMS ou email, em situações que demandem ações emergenciais. Isso é possível porque essa solução visa tanto os aspectos técnicos, quanto de negócios, melhorando muito a comunicação entre as equipes. Tem como foco de monitoramento os processos de negócio mais críticos para a empresa, permitindo, inclusive, usar cenáriosde testes e documentação técnica e funcional detalhada. “O Solution Manager utiliza as melhores práticas de
operação através da metodologia de Run SAP, com acesso através de workcenters, fazendo também a gestão do controle de mudanças e o gerenciamento de incidentes com informações detalhadas de todos os sistemas por meio do System Landscape Directory – SLD”, afirma Frank Vianna, do departamento Center of Expertise e responsável pelo SAP Solution Manager na SAP Brasil. Todas as informações dos sistemas são sincronizadas com o SAP Solution Manager e asseguram aos clientes obter, rapidamente, da fornecedora uma análise da causa raiz do problema, aumentando a capacidade de suporte global, agindo proativamente e com um menor tempo na solução dos problemas detectados. “Por meio desse mecanismo, os clientes SAP podem facilmente visualizar em dashboard de monitoramento seu sistema em tempo real. O que resultará em ações estratégicas da área de TI com o monitoramento proativo e a possibilidade de determinar, de forma ágil, exatamente quais as causas de eventuais problemas”, afirma Alves. Apesar de fazer parte do SAP Enterprise Support, Vianna explica que atualmente o Solution Manager
não é utilizado pelos usuários da melhor forma por falta de conhecimento na ferramenta, principalmente no monitoramento dos processos de negócio, gerenciamento de jobs e interfaces críticas. “Justamente nos cenários em que esse conjunto de ferramentas são essenciais para otimizar os vários recursos disponíveis, reduzindo, entre outros itens, os custos com administração do ambiente”, diz Alves. Porém, a fornecedora constatou que essa não é uma característica apenas do mercado brasileiro, mas mundial e, em média, dos vários cenários que compõem o Solution Manager (veja box abaixo), os clientes costumam usar no máximo três. “Geralmente os usuários utilizam apenas algumas funcionalidades para implementação durante o projeto, solicitação de licenças, atualizações de Support Package e comunicação com a SAP”, revela Vianna. Por esse motivo, este ano a matriz incluiu em sua estratégia ações para incentivar o uso de alguns cenários do Solution Manager por parte dos clientes. Inclusive com investimentos no desenvolvimento de treinamentos remotos para disseminar essa solução e o seu uso de forma intensiva. Entre os destaques dessa nova política, lançados este ano, estão cenários pré-configurados e o SAP Enterprise Support Academy (veja detalhes na pág. 20, na coluna Governança). O Solution Manager para suporte é um software que garante que todo o projeto utilize uma metodologia de ponta a ponta
SAP SOLUTION MANAGER PLATFORM - ARCHITECTURE
(avaliação e monitoramento de hardware, banco de dados, sistema operacional e outras ferramentas integradas ao SAP) para estabelecer recomendações e identificar os problemas associados aos fatores externos. Também mantém registros detalhados sobre questões técnicas, processos de negócio e de documentação. Já o SAP Enterprise Support Academy traz, entre outros recursos, o Expert Guide Implementation – EGI, sessões de treinamentos remotos, experiência prática e suporte especializado de consultores de suporte. “O EGI foi elaborado para ser um valor agregado às companhias que migraram para o Enterprise Support, porque, em alguns casos, essa transferência de conhecimento dispensa a contratação de consultores e atua como um acelerador na implementação dos Standards for Solution Operations. Servindo como um benefício que o cliente pode oferecer, sem ônus, ao seu time”, afirma Alves. O executivo adianta que, em breve, a SAP disponibilizará o ramp up da versão 7.1 do Solution Manager com novidades que terão como foco IT Service Management, melhorias na área de Application Lifecycle Management (ALM) consolidando a ferramenta em uma plataforma unificada das melhores práticas de ITIL, atendendo à demanda do ecossistema. Para ter acesso a todos os benefícios, serviços, treinamentos e recursos do Solution Manager é necessário acessar o link: http://service.sap.com/solutionmanager
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DANILLO ALVES Gerente de Suporte da SAP Brasil
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“O Solution Manager é uma plataforma que combina ferramentas, conteúdo e acesso direto à SAP para aumentar a confiabilidade das soluções e reduzir o custo total de propriedade”
FRANK VIANNA, do Center of Expertise e responsável pelo SAP Solution Manager na SAP Brasil
MATÉRIA DE CAPA
DINÂMICA DO EXPERT GUIDED IMPLEMENTATION
CARACTERÍSTICAS E FUNCIONALIDADES DO SOLUTION MANAGER SOLUTION IMPLEMENTATION þ Fornece conteúdo que acelera a implementação por meio da configuração de informações e uma abordagem orientada para acelerar o processo, a configuração e as fases de preparação final. Também permite a administração eficiente do projeto e o controle centralizado das implementações entre componentes; GERENCIAMENTO DE þ MUDANÇAS - Controla todas as alterações de software e configuração do ambiente de Tecnologia da Informação, incluindo o processo de aprovação de pedidos de mudança, implantação e, posteriormente, a análise das mudanças. O que garante a qualidade da solução e permite o rastreamento de todas as alterações; GERENCIAMENTO DE TESTES – þ Documenta e acelera a preparação para os testes e execução, fornecendo um ponto central de acesso aos sistemas SAP com armazenamento centralizado dos resultados dos testes, ajudando a identificar o impacto durante um novo projeto, uma nova funcionalidade ou melhoria do sistema através de testes manuais ou automáticos; GERENCIAMENTO DE þ INCIDENTES - Centraliza todos os incidentes em uma única plataforma com possibilidade de gerenciamento e análise em vários níveis de atendimento, possui um
canal de comunicação com diversos stakeholders e parceiros de negócio. Esse cenário está totalmente integrado com todos os processos ALM, além da possibilidade de estabelecer uma interface com uma outra ferramenta externa de Help Desk para mensagens não SAP;
þ MONITORAMENTO DA SOLUÇÃO – De forma centralizada, monitora em tempo real os sistemas, processos de negócio e interfaces, o que reduz o esforço de governança. Pode até controlar dependências intersistemas, realizar o monitoramento proativo e ajudar a evitar situações críticas, enquanto as notificações automáticas permitem uma resposta rápida às demandas;
þ NÍVEL DE SERVIÇOS DE GESTÃO E RELATÓRIOS - Permite uma fácil definição dos níveis de serviços, fornece relatórios de serviços automatizados e consolidados, contendo as informações necessárias para a tomada de decisões estratégicas de TI;
þ ADMINISTRAÇÃO DE TAREFASNormalmente as tarefas são executados localmente em cada sistema e produto SAP, mas esses sistemas podem ser acessados a partir de uma dashborsd de administração central através do Solution Manager, oferecendo um único ponto de entrada e acesso unificado para toda a tecnologia SAP.
O Expert Guided Implementation (EGI) é uma nova metodologia de entrega de serviços que faz a combinação de treinamento, experiência prática e suporte especializado. O foco é capacitar os clientes a executar atividades complexas com a ajuda de experts da SAP. O EGI é disponibilizado em três etapas: • EMPOWERMENT Explicação detalhada do processo de configuração passo-a-passo e faz a transferência de conhecimento crítico para o cliente; • EXECUÇÃO Suporte à TI, explicando como aplicar o processo de configuração ao utilizar o SAP Solution Manager na implementação de projetos; • EXPERTISE ON-DEMAND Acesso direto a um especialista SAP que suportará a equipe de TI do cliente remotamente durante a execução do projeto.
PARA MAIS DETALHES ACESSE: http://service.sap.com/ enterprisesupport -> SAP Enterprise Support Academy
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MATÉRIA DE CAPA APPLICATION LIFE-CYCLE MANAGEMENT O Application Life-Cycle Management (ALM) garante a continuidade dos processos de negócio e acesso mais rápido à inovação, reduzindo os riscos e os custos de operação enquanto protege os investimentos de TI. Além disso, endereça todos esses desafios através de uma abordagem integrada ao ITIL – Information Technology Infrastructure Library. Suas principais características são:
- Permitir a implementação de soluções de alta qualidade de forma mais rápida e com custos menores de operação; - Fornecer processos, ferramentas, serviços e um modelo organizacional para gerenciar soluções SAP e não SAP; - Seguir as seis fases de ITIL no gerenciamento de todos os aplicativos instalados no ambiente corporativo.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS ESTÃO DISPONÍVEIS EM: http://service.sap.com/alm
FOTO: DIVULGAÇÃO
A OPINIÃO DOS CLIENTES SOBRE O SOLUTION MANAGER NA PRÁTICA
“Somos usuários do Solution Manager desde o segundo semestre de 2006, antes do nosso golive, que foi em janeiro de 2007. Isso foi fundamental para desenharmos o projeto, mapear todos os cenários e iniciarmos o histórico do SAP. As vantagens do Solution Manager vão além da documentação e de ser um repositório de dados, porque permite a montagem de cenários de testes e os registros do que foi feito, reduzindo o tempo de desenvolvimento, implementação e os custos dos projetos. Nosso próximo passo é começar a usar as ferramentas para o monitoramento do processo empresarial conectado ao ARIS. Inclusive, já temos um time de BPX para realizar essa integração. A grande vantagem de tudo estar integrado e mapeado é que as àreas de negócios passam a entender o valor da TI na tomada de decisões, porque podemos atender, de maneira ágil, as diversas demandas e apoiar os gestores na elaboração de estratégias. Entretanto, ainda há alguns pontos a serem melhorados no Solution Manager, como a integração com o Java por meio de uma configuração mais amigável e que permita um melhor controle do ambiente de forma centralizada”. ANA PAULA NUNES, ANALISTA DE NETWEAVER DA PARANAPANEMA
“As sessões do Expert Guided Implementation do SAP Solution Manager 7.0, oferecidas através do SAP Enterprise Support, tem sido extremamente útil. Com o apoio desse serviço fomos capazes de agilizar todo o processo em, pelo menos, 90% do tempo e em esforço. Além disso, a transferência de conhecimento e suporte dos especialistas de produto da SAP e as questões levantadas por outros clientes nos forneceram informações valiosas sobre como começar a utilizar o SAP Solution Manager”. THIAGO MARTINS MARQUES, IT MANAGER DA SADIA “Por meio dos workshops do SAP Enterprise Support e do Expert Guided Implementation, podemos configurar vários cenários no Solution Manager, utilizando, por exemplo, os alertas EarlyWatch, relatórios de nível de serviço, CTS+, sistema de monitoramento e administração central, diagnósticos gerenciais e fazer o acompanhamento de todos os processos de negócio. A adoção mais intensiva do Solution Manager, como ferramenta central para as operações como uma solução end-to-end, será o próximo passo em nossa abordagem holística na gestão dos aplicação e do ciclo de vida”. COORDENADOR DE TI DE UM CLIENTE SAP DA ÁREA DE MÁQUINAS INDUSTRIAIS “No passado, na implementação de projetos era importante evitar mo-
ficações nos programas standard SAP. Hoje esse problema não existe mais com a nova funcionalidade do Solution Manager devido ao cockpit de gerenciamento de desenvolvimento. Outros dois recursos são o localizador de clones para a detecção de programas similares ou, em parte, copiados e o inspetor de código SAP, que nos permite detectar problemas no início do desenvolvimento ou em qualquer parte durante o processo. Assim, a SAP complementa o conceito abrangente e holístico de gestão de código personalizado com o gerenciamento de aplicativos e seu ciclo de vida”. ADRIANA MORAES BEVILACQUA, GERENTE DE BASIS DA KLABIN “Utilizamos o Solution Manager desde o projeto de upgrade que fizemos para o ECC 6.0, que foi extremamente útil na documentação, criação de cenários e registro dos testes. Sem essas ferramentas teríamos de usar outros meios, que poderiam comprometer os prazos estabelecidos. Conseguimos concluir no prazo previsto de quatro meses e, principalmente por meio dos registros dos ciclos dos testes o upgrade, foi bem-sucedido. Neste momento estamos utilizando o Solution Manager para fazer, em breve, a atualização para o EHP4, além de expandir sua utilização em nosso ambiente SAP, por meio dos serviços oferecidos pelo Enterprise Support". RONALDO ANTONIO DE OLIVEIRA, GERENTE DE SISTEMAS E RESPONSÁVEL POR SAP NO HOSPITAL ALBERT EINSTEIN SETEMBRO OUTUBRO 2010 ASUG NEWS
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GOVERNANÇA
ACHO QUE TODO MUNDO CONSEGUE IMAGINAR UM BÊBADO EM TERCEIRO GRAU TENTANDO CORRER UMA MARATONA. ELE NÃO SABE BEM PARA ONDE ESTÁ INDO, O QUE DE FATO ESTÁ FAZENDO, NÃO DESVIA DOS OBSTÁCULOS E SÓ LEVA TOMBO. OU SEJA: É UM DESASTRE E, AINDA POR CIMA, ESTAMPA NA CAMISETA O NOME DE SEU PATROCINADOR, QUE FICA EM DESESPERO PELA VERGONHA E PELO PREJUÍZO. Por JOSÉ ILDEBERTO BARROS
Projeto que começa torto é como bêbado correndo maratona 18 ASUG NEWS S
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Se me permitem a comparação, projetos mal nascidos também são assim, vão de crise em crise, não se sabe muito bem aonde quer chegar e o que devem entregar. Um projeto é um empreendimento único, que tem de dar certo da primeira vez e tentativa, para tanto, tem de ser aparelhado desde o primeiro momento para ter fundamentos conceituais e metodológicos sólidos, recursos financeiros, técnicos e de pessoal adequados, escopo bem definido e inteligente, tempo suficiente e o conhecimento técnico e de negócios refinados.
NA PRÁTICA, A REALIDADE É OUTRA Na teoria, parece que se seguirmos essas práticas de organização e gerenciamento teremos a garantia de que os “bêbados” que colocarmos no projeto conseguirão chegar inteiros ao podium. Na verdade, a maior chance é de que vão ficar pelo caminho, caídos na sargeta com vários cachorros lambendo suas bocas. O conhecimento sempre está nas pessoas e nunca nas organizações. Então
vamos falar do fator crítico de sucesso que de fato é o mais relevante, importante e essencial para conquistarmos excelência na realização de projetos. Esse fator crítico de sucesso são as pessoas envolvidas. Por isso, a tarefa mais importante na estruturação de um projeto que pretende ser bem-sucedido é identificar, atrair, disponibilizar e manter pessoas que arregimentem competências individuais, suficientemente boas para atender os desafios de cada projeto, especificamente. Vale salientar que é um erro fatal achar que um grupo que foi bem-sucedido em um determinado projeto será necessariamente vencedor em outro, isso porque cada projeto tem características próprias em função de seus componentes de tecnologia, ambiente de negócio e técnico, prazo, custo, a composição do grupo de trabalho, o nível de desenvolvimento do cliente, as expectativas e a cultura do cliente, políticas e práticas da Consultoria, etc.. Por isso mesmo acreditamos (e a experiencia tem mostrado evidências nessa direção) que, ao ter um projeto na mão, temos de povoar inteligentemente a equipe com competências como proatividade, comunicação, capacidade, aprendizagem, visão estratégica, adaptação, liderança, conhecimentos específicos e periféricos, capacidade de análise e síntese, negociação e trabalho em grupo.
se o desempenho de cada profissional e do grupo, integradamente, está tendo a evolução e os resultados planejados em termos de produtividade, qualidade, constância, comunicação, comprometimento, aprendizado, satisfação pessoal e integração com o grupo, incluindo as pessoas do cliente. A vida em grupo nos projetos também deve ser cuidadosamente acompanhada para ver como andam fatores como confiança e respeito mútuo, valores individuais, reconhecimento e aceitação, atitudes colaborativas, lealdade, etc. A partir dessa visão, o gestor de RH dará sua permanente contribuição, atuando junto com os gestores técnicos para identificar e sanar antecipadamente eventuais desvios que possam comprometer o sucesso do projeto e ainda estimulando o grupo a buscar, de forma cooperativa e solidária, alternativas para melhoria contínua do desempenho e qualidade dos projetos. Vejam que arrumamos um meio de não deixar bêbados entrarem em nossa corrida de projeto e, mais do que isso, demos um jeito de prevenir que bebam durante a corrida. Indicadores devem ser preparados e utilizados para suportar essas práticas inovadoras. FOTO: DIVULGAÇÃO
Também é fundamental ter um guia que identifique um subconjunto de todos os conhecimentos em gerenciamento de projetos. Um deles, amplamente reconhecido como boas práticas, é o PMBOK (Project Management Body Of Knowledge), sendo em função disso adotado como base pelo Project Management Institute (PMI). A maior vantagem do PMBOK é fornecer e promover um vocabulário comum para discutir, escrever e executar o gerenciamento, viabilizando e facilitando o intercâmbio eficiente de informações entre os profissionais que compõem a equipe de projeto. O guia é baseado em processos, organizados em subdivisões que devem ser adotadas para descrever de forma organizada o trabalho a ser realizado durante o projeto. Essa abordagem se assemelha à empregada por outras normas como a ISO 9000 e a de Software Engineering Institute’s (CMMI). Os processos descritos se relacionam e interagem durante a condução do trabalho e a descrição de cada um é feita em termos de: • Entradas (documentos, planos, desenhos, etc.); • Ferramentas e técnicas (que se aplicam às entradas); • Saídas (documentos, produtos, etc.).
RH ESTRATÉGICO Temos a visão de que, além das normais preocupações e atuações técnicas em todo o ciclo de desenvolvimento de um projeto, temos também de inovar e determinar atuação de gestores de RH com conhecimento em SAP e em projetos, para compor a equipe desde o seu primeiro momento. Evidentemente, a participação dos gestores de RH não deve parar por aí, devendo prosseguir como parte da gestão integrada do projeto multi-layer, acompanhando e monitorando (in loco e on site)
JOSÉ ILDEBERTO BARROS Diretor de Negócios e Serviços SAP da Resource IT Services sap@resource.com.br
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GOVERNANÇA
Academy é estratégico para clientes Enterprise Support
AS NOVAS FUNCIONALIDADES DO ENTERPRISE SUPPORT JÁ ESTÃO DISPONÍVEIS NO SITE service.sap.com/enterprisesupport, ONDE OS CLIENTES TERÃO ACESSO AO ENTERPRISE SUPPORT ACADEMY – CRIADO PARA PROVER CONDIÇÕES PARA QUE USUÁRIOS SAP ENTENDAM E FAÇAM O USO INTENSIVO DO ENTERPRISE SUPPORT POR MEIO DE SEÇÕES REMOTAS, QUE PODEM SER AGENDADAS DIRETAMENTE NO SITE. Por MIGUEL WAINSZTOK
Ao lançar o Enterprise Support Academy, o objetivo foi criar uma combinação poderosa de formação, experiência prática e conhecimentos especializados, fornecidos sob demanda. Oferecendo serviços auto-guiados e especializados para que os clientes tenham acesso às competências que necessitam para otimizar suas soluções SAP. Para cada contrato de serviço Enterprise Support, o cliente tem à sua disposição um crédito anual de cinco serviços especializados na Academy, que fornecem o apoio de especialistas que podem ajudá-los na otimização de suas soluções SAP e não SAP, minimizando os riscos, acelerando a inovação, gerenciando os ciclos de vida das aplicações e, ainda, ter as seguintes vantagens: - Até cinco dias de acesso a um arquiteto de soluções SAP que pode analisar uma estratégia de pacote de melhorias, prestar os serviços especiais necessários para identificar exceções nos processos de negócio e maximizar a utilização de um código personalizado; - Acordo de nível de serviço que define o tempo de reação inicial e compromisso com a ação corretiva junto com acesso 24x7 ao centro de apoio de consultoria SAP; análise de causa raiz de 24x7 para o software SAP e código personalizado, com verificação de qualidade contínua para identificar riscos técnicos e de potencial de otimização; - Ajudar as organizações a colaborar no ecossistema SAP inteiro, fornecendo diagnósticos de suporte remoto (por meio do Solution Manager) que conecta os clientes com especialistas SAP localizados ao redor do mundo; - Ofertas de habilitação para metodologias comprovadas, as melhores práticas, padrões e ferramentas que podem ajudar as empresas a implementar, de forma eficiente, o SAP e gerenciar suas operações de soluções end-to-end. MIGUEL WAINSZTOK Head of Maintenance go to Market da SAP Brasil
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SAMARCO MINERAÇÃO REDUZ CUSTOS DE TESTES EM 61% NO UPGRADE PARA O ECC 6.0
SAP OFERECE DEGUSTAÇÃO GRATUITA DO NOVO CRM 7.0 Por Celina Fernandes
No estilo Test-Drive, a SAP está disponibilizando, sem custo, o novo Customer Relationship Management (CRM) 7.0 durante 15 dias. A estratégia é que o cliente possa, após a degustação, construir o melhor plano para atualizar seu CRM atual para a nova (e melhorada) versão. Além de ser fácil de usar, de acordo com pesquisas que realizamos junto aos clientes que já usam o novo CRM, a implementação do 7.0 é mais rápida, demandando apenas dois meses.
Depois de atualizar o SAP ERP da versão 4.7 para a 6.0 com o Enhancement Package 3 (EhP3) em 2009 (para atender às demandas do SPED Fiscal e Contábil e da Nota Fiscal Eletrônica), a Samarco Mineração se deparou este ano com a necessidade de novas atualizações para ativar o Portal do Administrador (SAP-HRLSO-Learning Solution) para gerenciar, atribuir os cursos de elearning e elaborar avaliações de resultados via portal. Para definir o escopo da atualização, encontrou na oferta BFP (Business Function Prediction) – oferecida gratuitamente pela SAP, e na BPCA (oferecida pelo Solution Manager), excelentes ferramentas de apoio, tanto em termos de custos, quanto de esforços e alocação de recursos humanos. “Pelo serviço, enviamos para a SAP o cenário em que nos encontrávamos e o que desejávamos chegar. Com base nesses dados, nos recomendaram as funcionalidades disponíveis que poderiam ser habilitadas para trazer as melhorias necessárias”, explica Celso Kovalek, gerente de Processos e Sistemas de TI da mineradora. De acordo com o BFP, a recomendação foi de que a Samarco atualizasse o EhP3 para o EhP4. Além disso, a empresa aproveitou para adequar-se às exigências da Portaria 1.510, do Ministério do Trabalho, e promover melhorias no IS Mining. Após estabelecidas as funcionalidades que seriam ativadas, promoveu as mudanças e usou o BPCA (Business Process Change Analyzer) para reduzir os esforços de testes. Assim, reduziu em 61% os custos com testes para as melhorias em seus sistemas com apenas dois ciclos de testes – um unitário e outro integrado. No pior dos cenários, com o uso do BPCA, serão realizados seis ciclos de testes, sendo um para cada projeto (Learning Solution, Portaria 1.510, IS Mining e Moeda Funcional) e um integrado. Nesse caso, os custos com testes chegarão, no máximo, a R$ 265,85 mil. “Em um cenário otimista, com apenas dois ciclos de testes, essa cifra pode cair a R$ 95, 9 mil”, revela Álvaro Tourinho, coordenador de processos de TI da Samarco. O downtime para a ativação dos quatro projetos será de apenas 48 horas, com go-live previsto para novembro.
Devido às diversas melhorias, a adoção do CRM 7.0 está 45% mais rápida do que as versões anteriores. Hoje a SAP tem mais de 450 clientes no mundo desfrutando dos novos benefícios dessa ferramenta. O programa de Test-Drive do CRM 7.0 permite ao usuário experimentar, em primeira mão, uma interface simples, poderosa e dinâmica que traz um conjunto amplo de funcionalidades de nova geração multi-canal. Esses recursos são específicos para o setor de indústria e vão além de qualquer outra solução disponível hoje no mercado, sem necessidade de configuração ou modificação do hardware ou software em uso no ambiente corporativo. Você terá acesso exclusivo a uma plataforma dedicada ao SAP CRM 7.0, onde poderá experimentar as novas funcionalidades de marketing, vendas, serviços e centros de relacionamento com clientes, com total acesso à configuração de interfaces de usuário e customização do ambiente. No portal http://service.sap.com/upgrad é possível encontrar outros detalhes para o planejamento adequado do upgrade para o SAP CRM 7.0.
CELINA FERNANDES é responsável pelo Upgrade Competence Center da SAP Brasil
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PONTO DE VISTA
O desafio de liderar a
geração Y
A GERAÇÃO Y É FORMADA POR PESSOAS NASCIDAS NO FIM DOS ANOS 1980, NA ERA DA INTERNET E DA INFORMAÇÃO. A ANTERIOR, NASCIDOS NA DÉCADA DE 1970, SÃO OS DA GERAÇÃO X. Por DONATO LOCASPI
Além de querer desfrutar de status e ter bons salários, a Geração Y também quer empregos que possibilitem muitas horas de lazer, feriados e também ritmo de trabalho moderado. E não gostam de fazer hora extra. Dão muita importância a status e a um bom salário, mas não encaram o trabalho como algo importante em suas vidas. O emprego é apenas uma maneira de pagar as contas. A constatação é de uma pesquisa publicada no Journal of Management, que comparou a relação com o trabalho em pessoas de três gerações diferentes. Mais de 16 mil americanos foram pesquisados ao terminar o ensino fundamental, ou seja, todos sob a mesma condição, o momento de entrada no mercado de trabalho. E no Brasil não é diferente. Ao contrário da Geração X, que fazia do trabalho algo central na vida, para os mais jovens trata-se apenas de um meio para pagar contas. A pesquisa também comparou o comportamento da Geração Y com os Baby Boomers (nascidos no período pós-segunda Guerra Mundial, no
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fim dos anos 1940 e 1950) que têm como principais características o otimismo e a prosperidade, tendo como lema: viver para trabalhar. As referências sobre encontrar um trabalho que tenha impacto positivo na sociedade também não foram identificadas com ênfase nessa geração, aparecendo como valor constante entre pesquisados das gerações X e Baby Boomers. Outra característica identificada é que as pessoas da Geração Y se preocupam menos em fazer amigos no ambiente de trabalho. Diante desse cenário, a professora de Psicologia da Universidade de San Diego e autora do livro “Generation Me” (Geração Eu), Jean M. Twenge, recomenda que os programas das empresas devam ter como foco o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, relaxamento e lazer devido à essa diferença de valores daqueles de 15 ou 30 anos atrás. Outro levantamento feito pela Association of Graduate Recruiters, com 211 recém-formados, chegou até a classificar a Geração Y como “divas”, que espe-
ram que tudo caia em seu colo. A pesquisa revela que essas pessoas consideram ter o perfil ideal para o mercado, mas que para os chefes e diretores essa postura não é realista, é autocentrada, instável e egoísta.
DONATO LOCASPI Coordenador do Grupo de Estudos de HR da ASUG e Gerente da Divisão Administração de Recursos Humanos da EMAE - Empresa Metropolitana de Águas e Energia de São Paulo