ANO 13 • Nº 50 • Janeiro Fevereiro 2011
REVISTA INFORMATIVA DA ASUG BRASIL | Distribuição gratuita | www.asug.com.br
EDUCAÇÃO
VIRTUAL
A estratégia de educação da SAP está calcada em uma realidade emergente na vida dos brasileiros que, cada vez mais, aderem à essa modalidade de capacitação FOCO NO CONHECIMENTO
ORACLE LOBS
Diretora de Educação, da ASUG, Sandra Heck, quer propagar a troca de experiências
Obter o máximo desse formato de dados exige instruções específicas
DIRETORIA ASUG 2010 - 2012
REDAÇÃO
Presidente ALESSANDRE GALVÃO - Paranapanema
Editora e Jornalista Responsável CRISTIANE BOTTINI - MTB Nº 25.178 Design e Editoração JMB DESIGN
Vice-Presidente MARCOS PASIN - Bueno Netto
EDITORIAL
Diretor Financeiro SÉRGIO ARAI - Hospital Albert Einstein Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento ALVARO MARTINS - Petrobras Diretor de Serviços JAIR IVAN BUZZO - Rhodia Diretora de Educação SANDRA HECK - Artecola Diretora Administrativa LUZIA SARNO - Copersucar Diretor Associativo LUIZ FERNANDO BORDIERI - Schincariol
IMPRESSÃO E DISTRIBUIÇÃO Impressão VAN MOORSEL Distribuição RS RIGHT SUPPORT LTDA www.rscorp.com.br TIRAGEM: 10.000 exemplares
COMERCIAL E MARKETING RS RIGHT SUPPORT LTDA - www.rscorp.com.br Executivos de Contas ORLANDO FOGAÇA - orlando@rscorp.com.br VALDECI JÚNIOR - valdeci@rscorp.com.br
Diretor de Eventos RENATO BELINI - Abbott Diretor de Comunicação FLÁVIO LIMÃOS - Goodyear
CAPA: Banco de imagens JMB Design. ARTIGOS ASSINADOS: São de responsabilidade do(s) respectivo(s)autor(es) e não representam, necessariamente, a opinião desta revista nem da ASUG Brasil. ASUG NEWS: É uma publicação bimestral da ASUG Brasil. Todos os direitos reservados.
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ÍNDICE ENTREVISTA Sandra Heck
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ON-LINE Notícias do Mundo TI
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CASE DE SUCESSO Iniciativa Pioneira da Univen Petróleo
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MATÉRIA DE CAPA Crescimento Sustentável Por Meio da Educação
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MUNDO SAP Mais Próxima dos Associados ASUG
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FERRAMENTAS E SISTEMAS Oracle LOBs: Long Objects
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PONTO DE VISTA Tecnologias Estratégicas que CIOs Não Podem Ignorar Em 2011
CARO LEITOR, O ano começou acelerado e as expectativas são excelentes para deslanchar depois do Carnaval. A nova presidente Dilma Rousseff foi a primeira a dar o exemplo, ao anunciar que haverá cortes nos custos públicos para por o caixa do governo em ordem o mais rápido possível. Para começar, serão economizados R$ 50 bilhões nos gastos do Orçamento Geral da União, o que é o início de um ciclo virtuoso de convergência das expectativas sobre o futuro da economia brasileira, acreditam muitos economistas. Um excelente cenário para o setor privado, que poderá, este ano, finalmente desengavetar todos os projetos de TI que vão conduzí-lo ao competitivo mercado global. Porém, para que essa arrancada não emperre em algum momento do processo, é urgente a questão do atual modelo de qualificação da mão-de-obra em Tecnologia e, claro, nas novas soluções SAP. Por isso, Educação é nosso tema de capa nesta edição, onde o Diretor da área, da fornecedora alemã detalha o que está sendo feito, quais são suas estrégias para este ano e como a ASUG pode suportá-los. O objetivo é que os clientes associados da entidade desfrutem das novas ferramentas, como Business Suite 7 e as soluções baseadas em Sybase, por meio de consultores altamente qualificados. Com o fôlego de quem comemora 15 anos de sucesso e inúmeros cases bem-sucedidos, o responsável pela área de Educação da SAP Brasil, Adjalmo Grando, aposta no ensino virtual, da mesma forma que a nova Diretora de Educação da ASUG, Sandra Heck. Na seção Entrevista, a executiva nos contou, com exclusividade, as diretrizes para este ano e quais serão as políticas de sua área para apoiar e ampliar a atuação do Instituto Esperansap – um projeto inédito de responsabilidade social corporativa, que já formou 48 consultores. Além de políticas junto aos Grupos de Estudos e o Fórum no portal. Ainda sobre as ações da fornecedora alemã para este ano, no próspero mercado brasileiro, confira na seção Mundo SAP o que está sendo colocado em prática pela equipe de localização (GPM). Esse time busca uma interação maior e frequente junto aos clientes, com ações específicas para os associados ASUG. Boa leitura e aguarde: na próxima edição teremos os ganhadores do Impact Awards 2011 e todas as novidades apresentadas no SAP Forum!
Redação ASUG News Para sugestões, informações ou críticas sobre a REVISTA ASUG NEWS, contate-nos através de e-mail ou fale diretamente com a nossa Redação. Leia as nossas matérias também no Portal ASUG Brasil.
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SANDRA HECK
FOTO: DIVULGAÇÃO
ENTREVISTA
Em entrevista exclusiva à ASUG News a nova diretora de Educação da ASUG, Sandra Marlene Heck, traz para a entidade sua bagagem em TI em empresas como Dana Albarus, Plaut Consultoria e AES Sul Distribuidora de Energia e nos últimos dois anos no grupo AES Brasil, em São Paulo. Graduada em Informática, na Unisinos – com especialização em Sistema de Informação e Telemática, na UFRGS, MBA em Gestão Estratégica e TI, na FGV e Capacitação, Preparação e Certificação para Gerentes de Projetos PMI, na Unisinos – acaba de assumir a gerência executiva de TI do Grupo Artecola. Da mesma forma que a área de educação da SAP (veja matéria de capa), Sandra tem pela frente um enorme desafio: formar mais consultores, continuar mantendo os associados atualizados/motivados e ampliar o nível de qualificação de todo o ecossistema para atender à demanda dos clientes ASUG, principalmente neste momento, em que a SAP vai lançar a Business Suite 7 e está tirando do forno da matriz uma variada linha de soluções baseadas nas tecnologias da recém-adquirida Sybase.
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ASUG NEWS: Quais os desafios como diretora de Educação na ASUG? Sandra Heck: Gerenciar os Grupos de Estudos, coordenadores, demandas e acompanhar, de perto, o relacionamento ASUG e SAP no Instituto Esperansap. Por meio dos grupos de estudos, é possível levarmos sugestões dos associados ao conhecimento da SAP e manter um canal de comunicação ágil, para que este caminho seja melhor delineado. Um exemplo é o Grupo de Localização, onde foram criados subgrupos focados em especialidades (NF-e, PIS/COFINS, CIAP) para desenvolver produtos dentro do standard com esforço conjunto ao SAP Labs e a participação de empresas associadas. Outra vertente da estratégia é efetivar um fórum de educação mútuo, intensificar o intercâmbio de idéias e informações entre as comunidades ASUG, além de promover um eficiente e profissional uso dos diversos produtos SAP. Entretanto, o grande desafio é buscar soluções criativas e inovadoras na área de educação, provendo de forma mais rápida e eficaz novos profissionais, para viabilizar o ritmo de crescimento que o mercado demandará neste e nos próximos anos. AN: Como sua experiência profissional contribuirá nessa missão? Sandra: Será extremamente útil para influenciar e surpreender, não só pelos resultados, mas pela forma como serão obtidos. Isso vai requerer iniciativa, criatividade, humildade e confiança. E também cultuar a capacidade de servir à comunidade ASUG, fazendo parte de algo realmente nobre. AN: Qual a importância dos Grupos de Estudos? Sandra: São fundamentais, considerando que geram conteúdo de extrema importância e relevância com a expansão da linha de produtos SAP (por exemplo, a Business Suite 7). Promovem o compartilhamento de idéias e informações, além do intercâmbio de experiências práticas entre os membros da comunidade ASUG. Os Grupos geram um conteúdo riquíssimo porque são dúvidas reais, necessidades práticas e soluções viáveis e criativas. A existência dos Grupos é o que faz a associação acontecer, fomentando assuntos para os clientes associados e parceiros de negócios, que são convidados e podem participar. A razão de existir da ASUG são os Grupos, essa é a sua principal veia arterial. Também vale ressaltar que a participação dos clientes nos Grupos
é o início desse relacionamento entre as partes com a troca de experiências. Mas, o mais importante é que um Grupo de Estudos só faz sentido quando é ativo e “alimentado” constantemente, com informações e novidades. Por isso são cíclicos, porque dependem da demanda da comunidade.
Esses dois mecanismos (Fórum do Portal ASUG e Grupos de Estudos)
AN: Como a ASUG pode difundir o Fórum do portal, podendo tornar-se uma “consultoria grátis” para os associados? Sandra: Disponibilizamos um rico material, tanto nos Grupos de Estudos como nos Fóruns em nosso portal, e basta que os associados reservem um tempo no atribulado dia-a-dia para acessar e participar. Esses dois mecanismos servem como uma “consultoria gratuita” para nossos associados, o que é um enorme valor agregado. No Fórum, por exemplo, as perguntas são postadas e respondidas pelos próprios associados e contam com a participação da SAP e dos parceiros do ecossistema. São perguntas e respostas diretamente ligadas ao uso dos mais diversos módulos da plataforma e das soluções. Trata-se de um mecanismo de comunicação entre a ASUG e seus associados e o que é importante: gratuitamente.
muitos têm restrições em participar presencialmente. Dessa forma, será possível que essas reuniões tenham uma abrangência maior e um melhor aproveitamento para toda comunidade ASUG. Será a democratização do conhecimento, que hoje fica restrito ao eixo Rio-São Paulo.
AN: Neste momento, qual a base de sua estratégia? Sandra: Primeiramente, quero agradecer o trabalho realizado pelos coordenadores em 2010. Estou fazendo calls com cada um para conhecer os planos de trabalho para 2011 e interagirmos na busca de idéias e sugestões, com o objetivo de fortalecer, cada vez mais, os Grupos existentes, além de torná-los ainda mais relevantes, influenciadores e atrativos para a comunidade ASUG. Uma das idéias é que as reuniões dos Grupos possam ser realizadas também via Web, o que proporcionará a oportunidade de todos associados compartilharem dessa experiência, porque
AN: Sobre o Esperansap, como sua área poderá contribuir para as iniciativas do projeto? Sandra: A ASUG é uma das empresas mantenedoras do Instituto Esperansap, compartilhando com a SAP a responsabilidade (financeira e educacional) e com os parceiros F-Lino, Ápice Consultoria, Dynpro e Tivit no apoio financeiro. Tivemos também a colaboração logística (no recrutamento e seleção dos alunos) da CPMBraxis, CSC, Avelor, Sonda e HR Developers. Esse é um projeto imprescindível na ampliação da formação profissional de novos consultores para abastecer o ecossistema. Com isso, ajudamos a combater
servem como uma ‘consultoria gratuita’ para nossos associados, o que é um enorme valor agregado
a exclusão social, melhoramos a empregabilidade, manutenção e promoção de um trabalho, promovendo, sobretudo, a dignidade das pessoas ao darmos oportunidade de uma nova carreira para quem tem, ou não, experiência. AN: Como o pilar Educação apoiará o Instituto Esperansap? Sandra: Estamos na reta final na obtenção do processo de qualificação OSCIP (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público), concedido pelo Ministério da Justiça às entidades que promovem a diminuição da desigualdade social no país. Para ter essa qualificação é preciso atender uma série de requerimentos, para que as empresas mantenedoras do Esperansap possam receber do governo incentivos e benefícios fiscais. AN: Como a área de Educação poderá (junto à SAP) contribuir para irrigar o mercado de forma rápida e eficaz? Sandra: Esse é um grande desafio! Teremos de buscar alternativas inovadoras, não podendo mais ficar no padrão existente de educação para que os novos métodos (como os citados pela SAP na matéria de capa) sejam viáveis economicamente para os associados. Somente assim, encontraremos novas formas de suprir a demanda de mão-deobra qualificada para viabilizar o ritmo de crescimento dos clientes SAP, principalmente com o aumento do portfólio de soluções da fornecedora, que não é mais somente ERP. Algumas idéias e iniciativas estão surgindo em conjunto, como o uso intensivo de webminars, possibilidade de propor mudanças nas grades curriculares das universidades parceiras, ampliação da rede de parceiros de educação e implementação. A meta é buscar escala para reduzir os custos de formação e treinamento, sempre garantindo os critérios de qualidade exigidos pelas empresas associadas e pela própria SAP. JANEIRO FEVEREIRO 2011 ASUG NEWS
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AGENDA DE EVENTOS
Promovendo informação, atualização e networking, a ASUG Brasil disponibiliza anualmente aos seus associados e parceiros uma série de eventos, nos quais conta também com a presença das personalidades mais expressivas, ligadas ao mundo SAP. Apresentamos nossa AGENDA DE EVENTOS 2011 para que você planeje-se, divulgue, participe e seja muito bem-vindo! EVENTO
LOCAL
DATA DO EVENTO
São Paulo
23 março
Ribeirão Preto
15 março
Porto Alegre
12 abril
Belo Horizonte
10 maio
São Paulo
14 junho
Recife
13 setembro
Curitiba
27 setembro
Rio de Janeiro
25 outubro
14ª Conferência Anual ASUG
São Paulo
9 agosto
3º Encontro de Executivos de TI da ASUG
São Paulo
8 novembro
Impact Awards Agronegócio
ASUG Day
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FIQUE POR DENTRO DO MUNDO SAP ACESSE O PORTAL - www.asug.com.br FALE CONOSCO - 0800.164.064
DIVULGAÇÃO: Recorte esta página e coloque-a no quadro de avisos de sua empresa
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ON-LINE
SAP CRIA SERVIÇOS DIFERENCIADOS Determinada a aprimorar cada vez mais seu relacionamento com a base de clientes, a SAP criou várias ações este ano para atingir esse objetivo. Nesse sentido, anunciou recentemente serviços que podem ser agendados via CIC 0800 891 4919 ou por meio de mensagem. O objetivo é facilitar o dia a dia dos clientes da plataforma. Conheça alguns: sistema de acompanhamento para apoiar a fase crítica e assegurar um bom GoLive. - CQC para Upgrade: O objetivo é garantir que a solução SAP continue a operar de forma eficiente, depois de uma atualização no ambiente de um novo software, através de uma ação proativa perante os problemas técnicos que podem ocorrer.
NOVA VERSÃO DA NF-E EXIGE ATENÇÃO
Das empresas pesquisadas, apenas 1% recebe, confere e armazena eletronicamente as notas enviadas por fornecedores e todas admitiram que não verificam posteriormente se foram canceladas.
53% 12% 6% 1,5% 27,5%
só têm 1 forma de emissão
Fonte: MOBION TECNOLOGIA
- CQC Upgrade Avaliação: Detecta atualização crítica, com base em questões técnicas definidas em KPI's que possam por em risco um projeto de upgrade. - CQC Downtime Avaliação: Analisa o tempo de inatividade e determina as fases de um upgrade, que pode ser otimizada para reduzir o tempo de indisponibilidade técnica. - Suporte GoingLive CQC: Fornece
possui 2 formas de emissão possui 3 formas de emissão possui as 4 formas previstas na legislação não souberam informar
A partir de 1º de janeiro passou a vigorar a NF-e 2.0, com mudanças importantes que exigem atenção para que as empresas estejam em conformidade com o fisco. Entre as principais alterações está o tempo permitido para cancelamento e a confirmação de recebimento, que passa a ser de 24 horas. Porém, a realidade nas empresas é outra. Em uma pesquisa realizada entre agosto e setembro pela MobiOn Tecnologia, com cerca de 500 empresas brasileiras, foi possível constatar que o quadro é crítico. Apenas 5% sabiam da mudança para a NF-e 2.0 em 1º de janeiro deste ano, apesar da norma ter sido publcada no Diário Oficial em janeiro de 2010.
FAÇA COACHING COM SUA EQUIPE O coaching é um elo entre o estado atual e o desejado, a ponte entre as competências atuais e as expectativas da empresa. Esse processo pode ser realizado sempre que um integrante da equipe manifestar desejo ou necessidade de aprimoramento, passar por alguma mudança na carreira, apresentar dificuldades de relacionamento ou desempenho, entre outros itens. O recomendável é acontecer por meio de sessões periódicas de atendimento individual, de acordo com a disponibilidade dos envolvidos. Como existem dezenas de técnicas, é recomendado que você faça um curso completo, de modo que se torne apto a aplica-lo da forma mais correta e eficaz. O próximo passo é identificar quais integrantes da equipe necessitam dele. Em geral, todos, mesmo quem aparentemente não precisa de apoio e apre-
sente boa performance. Mas, em uma sessão de coaching, o líder deve ouvir mais do que falar. Líder não fala, pergunta. Entretanto, como identificar se o treinamento está dando resultado? Embora não seja fácil medir comportamentos, verifique se o liderado tem apresentado alguma mudança em suas atitudes. Assim, será possível saber se os resultados estão acontecendo.
COMPORTAMENTO INADEQUADO PODE AFETAR RESULTADO CORPORATIVO
A ONU estima que o número de usuários de drogas aumente em 10% por ano no Brasil, o que mostra a falência da política de combate às drogas. Parte desse resultado pode ser atribuído ao Ministério da Saúde, que adota, há dez anos, a política de redução de danos. Na prática, isso quer dizer: se vai usar, que seja de uma forma menos lesiva. Ou seja, é preferível usar maconha que cocaina ou crack. Mas os toxicologistas são unânimes ao afirmar que não existe droga segura e a própria maconha aumenta o risco de transtornos mentais graves, como a esquizofrenia, por exemplo. Além disso, o uso da maconha diminui a vontade de fazer qualquer atividade (síndrome amotivacional) ou, em alguns indivíduos, causa ansiedade e depressão. Em qualquer um dos casos, o impacto no desempenho profissional é imediato e, consequentemente, pode afetar os resultados da empresa. JANEIRO FEVEREIRO 2011 ASUG NEWS
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CASE DE SUCESSO
Iniciativa pioneira da Univen Petróleo virtualiza plataforma SAP
REFINARIA JÁ ECONOMIZOU 60% COM ENERGIA ELÉTRICA AO REDUZIR A INFRAESTRUTURA DE TI A TRÊS SERVIDORES FÍSICOS E A PRÓXIMA ETAPA SERÁ A VIRTUALIZAÇÃO DOS DESKTOPS DA REDAÇÃO
FOTO: ARNALDO CELLANI
Uma das mais novas refinarias privadas nacionais de derivados de petróleo, tomou uma iniciativa pioneira no país, ao projetar a virtualização de toda sua infraestrutura de Tecnologia da Informação, além dos quatro ambientes da plataforma SAP – produção, desenvolvimento, qualidade e solution manager. De acordo com Diógenes Gianini Novaes, gerente de Tecnologia da Informação da empresa, a virtualização foi plenamente satisfatória. “No nosso caso, que podemos enquadrar em SMB, tenho 95% de desempenho e velocidade no SAP virtual, com total garantia de segurança. Não há porque não virtualizar”, afirma o executivo. A infraestrutura de TI da refinaria, antes de ser virtualizada, era composta por 20 servidores que suportavam todas as operações da empresa em ambiente 100% Microsoft. Atualmente, apenas três servidores físicos estão instalados, sendo que todos os outros operam em nuvem. “O projeto de virtualização nos proporcionou não somente a otimização do espaço físico que os servidores ocupavam, mas também a economia de 60% em energia elétrica despendida nas máquinas e no
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DIÓGENES NOVAES, gerente de TI da Univen: desempenho, velocidade e segurança no novo ambiente SAP determinaram a virtualização da infraestrutura de TI na empresa
de escolher qualquer aplicativo, sistema operacional ou hardware”, afirma ele. Enquanto o VMware View permite a consolidação dos desktops virtuais em servidores de data center e o gerenciamento dos sistemas operacionais, aplicativos e dados independentemente.
UNIVEN PETRÓLEO Localizada em Itupeva - no interior de São Paulo, produz e comercializa derivados de petróleo voltados a finalidades distintas e aos mais diferentes segmentos de mercado. A refinaria é autorizada a processar e refinar, além de outras frações de petróleo para produção de combustíveis e solventes especiais. ®
sistema de refrigeração de todo o sistema corporativo de TI da companhia”, revela Novaes. O gerente também ressalta o dinamismo que ganhou para administrar o ambiente virtual em detrimento ao convencional. O sucesso da iniciativa, que contou com a instalação da solução VMware vSphere, impulsionou a empresa a se lançar em um projeto-piloto de virtualização de sua base instalada de desktops. No início, 20 máquinas serão contempladas, para depois evoluir para todas as 150. Nessa fase, serão implantadas licenças do VMware View. “O gerenciamento de aplicativos e desktops fica muito mais eficiente e ganha flexibilidade com redução de até 40% do custo total de propriedade”, afirma Arlindo Maluli, diretor de Engenharia para América Latina da VMware do Brasil. “Além da infraestrutura baseada em sistemas Microsoft, a iniciativa da Univen Petróleo em virtualizar SAP foi extremamente positiva e produtiva. Não há queda alguma na performance da plataforma e a equipe de TI ganha maior facilidade em gerenciá-la”, explica o executivo da fornecedora. Segundo Maluli, o VMware vSphere é uma das plataformas mais confiáveis do mercado para virtualização de data center. “A empresa usuária dessa poderosa ferramenta reduz significativamente os custos operacionais e de capital, além de aumentar a eficiência da equipe de TI, com a liberdade
FOTO: ARNALDO CELLANI
FOTO: ARNALDO CELLANI
Em 2003 aderiu à Atuação Responsável – marca registra da da Associação Brasileira da Indústria Química – preocupada com responsabilidade ambiental.
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MATÉRIA DE CAPA
Crescimento sustentável por meio da Educação ESSA ÁREA TORNA-SE FUNDAMENTAL PARA A SAP BRASIL MANTER O FRENÉTICO RITMO DE CRESCIMENTO DA REDAÇÃO 10 ASUG NEWS J
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A
o debutar no país, a subsidiária da gigante alemã se locomove com o mesmo vigor da sua juventude – em 2011 a SAP comemora 15 anos no mercado brasileiro. Ao contabilizar um crescimento de três dígitos no primeiro semestre e obter expansão de 132% no segmento de pequenas e médias empresas (PMEs) no terceiro trimestre de 2010, a SAP vem revolucionando sua política de educação junto ao ecossistema, para que sua longevidade seja sustentável. Quem comanda essa área é Adjalmo Grando, executivo no mercado de fornecedores de software, que entrou na SAP, em dezembo de 2009, com a missão de seu departamento ser um dos pilares do programa de crescimento da gigante nos próximos cinco anos, no quesito capacitação e disseminação do conhecimento. Momento mais do que oportuno quando a companhia prepara-se para expandir consideravelmente sua linha de produtos com o lançamento, esse ano, da Business Suite 7 e a recente compra da Sybase. Na prática, para suprir a demanda por consultores em outras ferramentas SAP (que não são ERP), a área de educação da fornecedora na América Latina e no Brasil tem feito um trabalho muito forte junto aos parceiros de implementação, com o apoio de outras áreas do ecossistema, como o Workforce Partner Council. “Esse é um dos mecanismos que tem nos auxiliado para determinar quais são as necessidades dos parceiros e clientes em novos projetos. Outro fator importantíssimo tem sido utilizarmos nosso pipeline de vendas (e dos parceiros), realizando checagens adicionais sobre demandas futuras. Por exemplo, parte do nosso calendário de treinamentos é baseado nos gaps identificados por meio desse trabalho”, revela Grando.
NO RASTRO DO PIPELINE O executivo explica que, atualmente, existe um grupo de parceiros de implementação que são convidados a também compartilhar o pipeline com a SAP para, juntos, conseguirem traçar o melhor
caminho para o futuro. “Usamos isso como uma bússola, para entender o que existe no pipeline hoje e o que, provavelmente, demandará no próximo ano e em médio prazo”, completa. Mas, a tarefa não tem sido das mais fáceis. Este ano a SAP Brasil terá de manter a posição de 3ª subsidiária no ranking global da companhia em receita de software e superar o desempenho de ter crescido, em 2010, 104% na venda de soluções SAP Business Analytics & Technology. Período que conquistou 359 novos clientes em vários setores da economia no mercado brasileiro (como construção, agronegócios, serviços, varejo e transportadoras), teve crescimento de 82% na venda de software para pequenas e médias empresas e 93% para grandes empresas. De acordo com o diretor de educação, para atingir essas metas está sendo feito um minucioso levantamento junto à base para detectar quais ferramentas SAP cada cliente utiliza, para que a estratégia de educação seja arquitetada de forma consistente e real. “Vamos estimular o uso intensivo de
e-learnings e e-academies para o treinamento e certificação dos consultores. Já utilizamos esse sistema internamente, entre os departamentos e filiais do mundo inteiro, e a flexibilidade do aluno é enorme. Não faz mais sentido manter o atual modelo de educação e a realização de treinamentos comuns que não seja o remoto, quando os custos de viagem e estadia são fatores determinantes”, enfatiza Grando. O caminho escolhido pode ser promissor, mas a resistência a essa mudança radical de comportamento é enorme. Estudo realizado pela IDC na América Latina indica que o país mais bem colocado no ranking de adesão à educação virtual é a Venezuela, onde 73,75% dos usuários de TI assistem aos seminários online, seguido pela Argentina (70,59%), Chile (69,05%), Colômbia (65,43%) e México (62,37%).
RESISTÊNCIA ÀS MUDANÇAS Com esse levantamento, a IDC concluiu que os brasileiros são os que menos utilizam webminars relacionados às suas profissões.
Vamos estimular o uso intensivo de e-learnings e e-academies para o treinamento e certificação dos consultores. Já utilizamos esse sistema internamente, entre os departamentos e filiais do mundo inteiro, e a flexibilidade do aluno é enorme ADJALMO GRANDO, executivo da SAP
MATÉRIA DE CAPA
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CRESCIMENTO DO ENSINO VIRTUAL 791
Instituições de ensino
mil
Cursos
Número de matrículas 207,2 40,7 mil
49,9
mil
mil
114,6
59,6
408
mil
mil
mil
647
369,7
349 189
25
46
2002
37
52
2003
108
2004
Estado Alunos de outros Estados (%) PR RJ MS AL CE RS ES SC SP MG PA DF RN PB
61
45
DISTRIBUIÇÃO DAS MATRÍCULAS
77
2005
2006
TOTAL DE ALUNOS POR REGIÃO
145
97
2007
77,1
67,6
mil
mil
NORTE
NORDESTE
190 mil
57,2 vagas são 54,5 oferecidas em 51 universidades públicas 50 50 46,1 45 42,3 CURSOS COM 38,6 MAIS ALUNOS 34 Pedagogia e Línguas 29,6 Administração 25,1 Ciências Sociais, Filosofia e História 20,6 Economia e Contabilidade 16,5 Computação e TI Ciências Biológicas
DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO Ou seja, é possível se inscrever pela Internet e acessar as estruturas físicas, instaladas em qualquer lugar do planeta, bastando apenas que o usuário tenha uma conexão à banda larga. Assim, em vez de treinar apenas um profissional no modelo convencional, as empresas poderão qualificar dois, via e-learnings ou por meio de classes virtuais. Entre os vários modelos de educação remota utilizados pela SAP (como educação à distância – webminars, Virtual Live Class – VLC, e-academy e e-learnings), a maior aposta do executivo são os métodos de e-academy e VLC, devido à possibilidade de maior interação entre o instrutor remoto
2008
46,7 mil
232,3
CENTROOESTE
mil
SUDESTE
367,3 mil
SUL 224 mil 69 mil 37 mil 31 mil 16 mil 13 mil
e os alunos. “As academias do ERP SAP já existem no modo e-academy (com recurso de tirar dúvidas por e-mail) e a aposta agora também é o VLC, onde o aluno pode interagir online com o instrutor durante todo o periodo do treinamento. Utilizamos a ferramenta da Adobe para isso e é muito eficiente. Além disso, temos mais de 617 títulos em e-learning”, diz o executivo. Sem revelar o nome, ele afirma que no SAP Fórum (que ocorrerá em março em São Paulo) um grande parceiro da fornecedora compartilhará com o ecossistema sua experiência com o Flexible Learning (ou Ensino à Distância) ao longo de 2010. Esse parceiro está 100% alinhado à SAP Brasil, que inicia uma audaciosa
FONTE: JORNAL METRO (26/07/2010, EDIÇÃO 859 PG. 02)
“Acredito que é uma questão de estímulo e incentivo para que a adoção se propague. Para se ter uma ideia, no final de 2010, realizamos na sede em São Paulo, um simpósio (webminar) com o professor Alfredo Pires de Castro, da American Society for Training & Development – ASTD, sobre Treinamentos Virtuais e suas vantagens e foi um sucesso”, conta o diretor. Ele afirma que as empresas, de todos os setores, estão atentas a esse movimento como um enorme benefício. Nesse simpósio, aberto a qualquer interessado no assunto, as expectativas foram superadas após o anúncio do evento no Twitter (é possível seguir a SAP Educação no Twitter em: @sapeducacao), inclusive com a participação de muitos representantes de Universidades Corporativas em clientes da fornecedora alemã. A estratégia de educação da SAP está calcada em uma realidade emergente na vida dos brasileiros que, cada vez mais, aderem ao ensino virtual (veja box ao lado). “Há algum tempo notamos um crescimento da utilização de e-learnings na America do Norte, Europa e Índia mas, realmente no Brasil ainda há muita resistência. Alguns argumentam que não conseguem se concentrar ao estudar no ambiente de trabalho e outros, apesar de não admitirem, ainda preferem a interação pessoalmente com o instrutor ou ter a oportunidade de estar totalmente focado nos treinamentos”, diz Grando. Hoje os treinamentos SAP somam mais de mil títulos abordados em sala, no modelo presencial. Uma vez que o conteúdo está em um modelo de hosting, o primeiro passo está sendo transferir toda essa base (instalada em servidores) para Cloud Computing, com o objetivo de melhorar os custos ao compartilhar com a SAP Global a infraestrutura de servidores, equipes de TI que gerenciam essas máquinas, atualização e criação de paths, entre outros itens que envolvem a área de educação.
estratégia de reduzir em 50% as atuais oito salas que possui na sede paulista para realizar as academias. “Baseado no levantamento que estamos fazendo, vamos incentivar os atuais Centros de Treinamento Autorizados a aumentar a oferta de educação virtual. Queremos acabar com os gaps, que ainda ocorrem tanto no Mato Grosso como no Mato Grosso do Sul e regiões do Norte e Nordeste”, ressalta o executivo. Segundo ele, esse movimento é normal devido à diversificação do portfólio SAP e ao enorme aumento da base de clientes, principalmente à alta demanda de Business User por BI e EPM, por exemplo, que estão gerando procura por consultores.
O objetivo do Programa de Treinamento e Certificação da SAP é que o cliente final tenha sempre consultores com profundo conhecimento e sejam certificados no portfólio SAP.
No mercado, em média, o salário do consultor SAP varia entre R$ 4 mil e R$ 12 mil, o que, na opinião do diretor, é um payback fantástico, se comparado a um MBA, que traz maior empregabilidade do que retorno financeiro.
DAILY RATE ATRATIVO Dos atuais dez Centros Autorizados, Grando acredita que até o final do ano serão catroze, no total, sendo que o próprio parceiro definirá sua estratégia, de acordo com a demanda na região em que atua, os tipos de cursos que oferece e a capacidade de investimentos. Sempre respeitando as cláusulas contratuais que tem com a fornecedora. O objetivo do Programa de Treinamento e Certificação da SAP é que o cliente final tenha sempre consultores com profundo conhecimento e sejam certificados no portfólio SAP. “Por esse motivo, as provas continuarão sendo muito difíceis, porque qualidade é o item que está no topo da lista da SAP. Nossa matriz (na Alemanha) investe em P&D e em programadores e desenvolvedores que são PhD e doutores no que criam e têm vivência no mercado de software. Alguns já têm até cabelos brancos”, ressalta Grando. Um dos itens que tem causado orgulho ao diretor e ao seu time é que, no último ano, a porcentagem de aprovação nas provas da SAP está começando a subir. Segundo ele, é o resultado do trabalho intensivo que começou ao assumir a área. O executivo afirma que, um forte argumento, tem sido mostrar que o daily rate de uma academia é muito atrativo. Por outro lado, para o cliente, é um enorme ganho contratar prestadores de serviços que só atuam com consultores certificados. “O mercado já iniciou um movimento de só contratar profissionais qualificados e que foram certificados. Isso é fundamental para que o país possa competir com a Índia na exportação de serviços”. Os responsáveis por esse amadurecimento são os gestores de TI que estão exigindo dos fornecedores RFPs que questionam, principalmente, quanto a consultoria investe anualmente em seu core business (profissionais de serviços/consultores), na plataforma que está oferecendo e até requisitando a cópia das certificações.
Em nossa estratégia a ASUG é peça fundamental e várias iniciativas estão sendo geradas para os associados. Uma delas será a realização de academias dentro da estrutura da ASUG este ano, com condições diferenciadas ADJALMO GRANDO, executivo da SAP
ASUG COMO PEÇA-CHAVE O governo segue o mesmo caminho e muitas RFPs de licitações exigem todos esses itens, mais os currículos dos envolvidos e, como item contratual, que esses mesmos profissionais sejam os participantes do projeto. No caso das licitações isso é importantíssimo porque é o dinheiro do contribuinte que está em jogo. “Em nossa estratégia a ASUG é peça fundamental e várias iniciativas estão sendo geradas para os associados. Uma delas será a realização de academias dentro da estrutura da ASUG este ano, com condições diferenciadas”, explica o diretor que, em contrapartida, conta com o apoio da entidade no levantamento de quais webminars os associados têm interesse e qual a real demanda pelas tecnologias SAP. De acordo com o executivo, a ASUG tem papel preponderante para fechar esse círculo virtuoso. “Sem a entidade não conseguiremos sucesso nessa parte JANEIRO FEVEREIRO 2011 ASUG NEWS
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MATÉRIA DE CAPA
da empreitada porque, para que os associados tenham projetos bemsucedidos, precisam de bons implementadores que sejam capacitados. Nesse caso, o papel da ASUG é combater os treinamentos não oficiais, instruindo seus associados a utilizar rígidos critérios e adotar exigências na RFP dos projetos”, afirma o diretor. Grando quer, inclusive, usar esse levantamento como base para construir o calendário da SAP Brasil. E, por outro lado, contribuir fornecendo a base de alunos certificados que ainda não estão empregados e podem ser
contratados pelas empresas associadas ASUG. Essa é uma política que começou em 2010 e está sendo intensificada em 2011. Por esse motivo, a SAP e a ASUG são as únicas, até o momento, apoiadoras do projeto Instituto Esperansap, que já formou 48 consultores, sendo 24 em SD e 24 em FI, em seu primeiro ano de atividade. “Sou membro do board dessa iniciativa (não governamental) e o principal desafio que temos encontrado é fazer com que a comunidade SAP se sensibilize com o programa para
também investir no Instituto Esperansap e podermos ampliar a ação a outros estados e países. Mas, antes, o primeiro passo é tornar o modelo sustentável”, completa. O executivo ressalta que, desde o início de 2010, a ASUG tem convidado frequentemente a SAP Educação para discutir tópicos relativos a treinamento e certificação de profissionais. “Dessa forma, a ASUG tem levado mais informações importantes aos associados e, por outro lado, fornecido dados estratégicos à SAP”, afirma o diretor.
CAPACITAÇÃO REMOTA OFERECE MAIOR FLEXIBILIDADE POR MEIO DE VLC Além da redução de custos, o treinamento em classes virtuais inclui os benefícios: • Treinamento em qualquer lugar;
• Acesso a um instrutor durante todo o curso;
• Capacidade de se manter conectado ao trabalho durante a participação na capacitação;
• Não será necessário compartilhar o computador com outros alunos. Ao contratário das classes tradicionais SAP, configuradas para dois alunos por PC;
• Maior tempo de acesso aos servidores SAP (para atividades práticas) do que nas classes tradicionais, porque o acesso não está limitado aos horários de treinamento;
• Interação com alunos em todo país e ao redor do mundo. FONTE: SAP
E-ACADEMY: APRENDIZADO DE ACORDO COM A NECESSIDADE DO ALUNO Em consequência do aumento da demanda por consultores certificados SAP, os serviços para ajudar na certificação também aumentaram.
flexibilidade e modularidade, pois proporciona desenhar as horas de estudo de acordo com a disponibilidade da agenda do aluno.
Para facilitar esse apoio, a SAP Educação oferece um programa de e-academy (Academia Virtual) para pessoas que buscam se certificar em um nível de "associado", que é o nível de entrada nas certificações SAP.
Para um consultor, membro de equipe de implementação de projetos ou quem quer adquirir a certificação em alguma solução SAP, o formato de e-academy permitirá aprender em qualquer momento e lugar.
O programa permite aos candidatos aprender em um ritmo adaptado às necessidades individuais. A formação por e-academy está desenhada especificamente para consultores que buscam
Além disso, nesse programa, o aluno tem acesso de três ou cinco meses a um ambiente de aprendizagem eletrônico, sistemas de formação e suporte de instrutores.
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MUNDO SAP
Mais próxima dos associados ASUG
FORNECEDORA ALEMÃ COLOCA EM PRÁTICA AÇÕES NESTE SEMESTRE Conforme anunciado pelo presidente da SAP, Luis César Verdi, no início de sua gestão, a fornecedora está 100% empenhada em atender a solicitação dos clientes, em estar mais próxima e usar vários meios para se comunicar com sua base no mercado brasileiro. Nesse sentido, ações estão sendo colocadas em prática agora neste semestre. De acordo com a equipe de localização (GPM), a intenção é que haja uma interação maior e mais frequente com os clientes. Da mesma forma como ocorreu nos projetos CFOP, MP135 e LC116, onde o modelo de trabalho contemplava reuniões mensais. “Hoje, apesar da demanda por alterações ser mais intensa, esses encontros só ocorrem bimestralmente ou trimestralmente, dependendo da época do ano”, afirma Christine Handy, Globalization Product Manager. Neste momento, a SAP quer formar subgrupos para: NF-e, SPED CIAP, SPED PIS/COFINS e SPED EFD. Mas, para que isso ocorra, precisa da manisfestação de interesse dos clientes nesses assuntos. O programa SAP NF-e é um suces-
so no país, com mais de 100 clientes já utilizando a solução. “No caso da NF-e, estamos criando um subgrupo para discutirmos tudo referente ao tema, porque o governo já avisou que serão feitas algumas mudanças e criadas novas funcionalidades”, explica Christine. Essas alterações estão direcionadas à NF-e 2G (Nota Fiscal Eletrônica de segunda geração), envolvendo eventos como: ma Cce (carta de correção eletrônica), registro de passagem e confirmação de recebimento. Segundo a executiva, essa ação é necessária nesse momento porque antes da implementação (e obrigatoriedade) da NF-e, o próprio governo se incumbiu de realizar um piloto, onde a SAP participou, convidada por empresas clientes. “Isso agilizou muito nosso processo interno de desenvolvimento. Já com o SPED e suas derivações o governo está publicando a legislação, por isso, existe a necessidade de criarmos subgrupos de trabalho. Além disso, a SAP também trata com esse subgrupo do recebimento eletrônico de NF-e, o que trará grande ganho de produtividade nas entradas fiscais nas empresas”,
DA REDAÇÃO
completa Christine. Em relação à comunicação mais intensa e frequente com os associados ASUG, a fornecedora planeja retomar as conferências mensais entre a área de Localização e membros da ASUG. A intenção é de que, nessas reuniões, a fornecedora anuncie os status de desenvolvimentos e projetos em andamento na SAP, assim como coletar os requerimentos de localização de interesse dos associados ASUG. “Normalmente publicamos, por meio de notas de overview, todas as alterações. Entretanto, é necessário que o cliente acesse diariamente as notas para saber, inclusive, o posicionamento em relação à previsão de entrega de futuras alterações ou solicitações já feitas. Nosso objetivo é que os clientes possam se programar melhor e antecipadamente”, ressalta a executiva. Também estão programadas conferências, via telefone, com periodicidade mensal com o coordenador do Grupo de Localização da ASUG Brasil, Paulo Roberto da Silva, da Gerdau, para informar as novidades dessa área, para que possam ser rapidamente retransmitidas aos associados. JANEIRO FEVEREIRO 2011 ASUG NEWS
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FERRAMENTAS E SISTEMAS
ATÉ UMAS VERSÕES MAIS ANTIGAS – INCLUI-SE A TÃO USADA 46C – A SAP ARMAZENAVA DADOS MUITO GRANDES (2K, 4K, ETC.) EM CAMPOS COM FORMATO DE DADO LONG E LONG RAW DO ORACLE. Por HEITOR W. LOURENÇO JR.
LONG, para caracteres e, LONG RAW, para dados binários. Há muito tempo esses tipos de dados caíram em obsolescência pela Oracle e, seguindo isso, a SAP passou a usar o LOB – Long Object – que pode lidar com 3 tipos de dados: 1. CLOB – para armazenar dados caracteres; 2. BLOB – para armazenar dados binários (attachments, executáveis, fotografias, etc.); 3. BFILE – não usado pela SAP – que contem como valor do campo um apontador para onde se encontrar o arquivo em referência que reside fora do Oracle, em algum file system do sistema operacional.
Oracle LOBs:
Long Objects
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Os tipos de dados LOB, quando criados, podem ter várias características de arma zenamento e uso e apresentam algumas diferenças de manipulação que deman dam algum conhecimento específico, que vai ser apresentado aqui.
4 In ROW ou não – o campo definido como LOB pode ou não residir junto com os demais campos da tabela, desde que não ultrapasse 4 Kbytes (uns bytes a menos por causa de bytes de controle). Acima de 4K, o campo vai ser armazenado à parte da tabela em si, em outro segmento. O segmento de LOB tem a parte dos dados e um índice automaticamente criado pelo Oracle para localização dos dados. Ao ser colocado à parte da tabela, já se depara com um ponto de atenção: como
4 CACHE ou não CACHE – se os dados lidos do LOB serão colocados no buffer pool ou sofrerão leituras diretas dos blocos de dados dentro da memória do programa (PGA). Só afeta LOBs não in ROW. SAP default é CACHE, que gera menos REDO. 4 PCTVERSION ou RETENTION – estes dois parâmetros, mutuamente exclusivos, determinam como o LOB vaise comportar quanto ao uso do seu espaço e crescimento. SAP default é RETENTION. Como dito anteriormente, dados de UNDO e para leitura consistente são mantidos dentro do próprio segmento de dados LOB por um tempo. É destes
dados que o Oracle simula um UNDO para o LOB (não usa tablespace de UNDO, no caso SAP a PSAPUNDO). Um segmento de dados LOB tem basicamente três tipos de espaço: utilizado por dados, livre e UNDO. Quando se pegam os BYTES da DBA_SEGMENTS, temos o total dos três acima. O parâmetro PCTVERSION diz se a porcentagem do total do segmento será deixada para versões antigas dos dados. RETENTION usa o valor de inicialização Oracle UNDO_RETENTION (em segundos) para expressar por quanto tempo manter as versões antigas (default SAP). A partir da versão 11g do Oracle, podem-se dizer quantos segundos de RETENTION na criação do LOB e o Oracle não usa do UNDO_RETENTION. Alguns pontos de atenção importantes ao usar LOB, pelos quais passei:
a Ao usar o parâmetro RETENTION, fique atento ao valor do UNDO_ RETENTION. No meu caso, este último era alto, pois se faz uso bastante de flashback do Oracle (baseada na tablespace de UNDO) e os segmentos de LOB começaram a crescer muito; a A tabela VBDATA do SAP (muito usada pelo processo UPD) é fonte de alto crescimento e gargalos, pois sofre muitos inserts e deletes; a Atenção ao evento ENQUEUE HW do Oracle. Normalmente ele figura entre os últimos da lista em espera e número de waits. Se começar a figurar entre os top 10, refere-se à nota Oracle 740075.1 e, para Oracle <= 10203, aplicar patch ou, > =10204, colocar evento de inicialização. No meu caso resolveu a contenção que estava criando um gargalo de CPU ao alocar espaço na VBDATA. A nota 419348.1 demonstra como ver se a contenção nesse evento está sendo por conta de algum LOB e como identificá-lo. Por menor que seja, estará consumindo recursos de CPU desnecessários
e vale a pena eliminá-la, pois o processo é simples; a LOBs têm muitos BUGs com alocação de espaço; a A melhor maneira de reorganizálos é via export/import. Paralelização não se faz necessária, pois não será usada devido ao modo como o Oracle trata LOBs; a Leitura de LOBs exige mais IOs, pois ao ler uma coluna da tabela, outros IOs (LOB índex e dados) têm que ser feitos para acessar o LOB; a Não se tem, atualmente, meio de se saber quanto existe de espaço livre ou UNDO num segmento de LOB. O SELECT a seguir determina quanto se tem de dados efetivos. Se subtraído o valor dos BYTES da DBA_SEGMENTS, vaise saber o quanto de UNDO + espaço livre se têm juntos: SELECT SUM (dbms_lob.getlength(coluna_LOB)) from nome_da_Tabela; a Por precaução, antes de executar alterações estruturais nos LOBs (comandos de MOVE, etc., que não export/import), verificar se não há BUGs Oracle relacionados a ele; a Notas Oracle de interesse: 38634.1 ; 740075.1 ; 2688476.1 .
FOTO: EDUARDO DE SOUSA
determinar o espaço usado por uma tabela com LOB não in ROW (default da plataforma SAP). Em primeiro lugar, pegar o valor do campo BYTES da visão DBA_SEGMENTS, sendo que o SEGMENT_NAME é o nome da tabela. Este valor vai mostrar o tamanho da parte não LOB. Depois, com o TABLE_NAME, procurar o campo SEGMENT_NAME na visão DBA_LOBS. Com esse SEGMENT_NAME (nome do segmento de dados LOB referenciado pela tabela), fazer o processo anterior e pegar o campo BYTES de novo. Atentar que uma tabela pode ter vários LOBs e, por conseguinte, várias entradas na DBA_LOBS. Somando-se todos estes campos BYTES vai-se ter o tamanho total da tabela requerida. Quando se opta por não in ROW, na linha da tabela é colocado um LOB locator que aponta para a entrada do LOB Índex. Os LOBs in ROW geram tanto UNDO como REDO. Os LOBs não in ROW geram UNDO somente para o LOB locator e LOB Índex. UNDO e Leituras Consistentes para os dados são feitos através de versões das páginas dos dados LOB. Cada LOB atualizado ou excluído é mantido dentro do segmento de dados LOB por um período de tempo.
HEITOR. W. LOURENÇO JR. Responsável por Sistemas de Informação na Bosch
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PONTO DE VISTA
10 TECNOLOGIAS ESTRATÉGICAS QUE CIOS NÃO PODEM IGNORAR EM 2011 O GARTNER DEFINE UMA TECNOLOGIA COMO ESTRATÉGICA SE ELA TEM POTENCIAL DE IMPACTO SIGNIFICATIVO SOBRE OS NEGÓCIOS NOS PRÓXIMOS TRÊS ANOS, PODENDO INFLUENCIAR EM DESCONTINUIDADE EM TI, NO NEGÓCIO OU NO RISCO DE ADOTÁ-LA MAIS TARDE. IONE DE ALMEIDA COCO
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5 Comunicação Social e Colaboração Mídia social pode ser dividida em: 1. Redes Sociais: cobre produtos de gerenciamento de perfil social (Facebook, LinkedIn) e a análise destes sites; 2. Colaboração Social: inclui wikis, blogs, mensagens instantâneas e escritório colaborativo; 3. Publicação Social: ajuda as comunidades a acessarem repositório de conteúdo útil (YouTube e Flikr); 4. Feedback Social: para obter feedback e opinião da comunidade sobre assuntos específicos (YouTube, Flickr, Digg, Del.icio.us, e do Amazonas). 6 Vídeo - Útil para a aprendizagem repetitiva em que a sequência do mesmo vídeo é vista várias vezes para "incorporar" um processo, porém, é importante identificar um objetivo de negócio para sua utilização. 7 Computação Consciente do Contexto (CAC) - Centra-se no conceito de utilização de informações sobre um usuário final ou objetos do ambiente, conexões entre atividades e preferências para melhorar a qualidade de interação com o usuário final. 8 Computação Ubíqua - Terceira onda da computação, em que as máquinas são invisivelmente incorporadas ao mundo que nos rodeia. 9 Memória de Armazenamento (Flash & RAM) - Preveremos enorme uso de memória flash em dispositivos de
consumo, equipamentos de entretenimento e outros sistemas de TI embarcados. 10 Computadores e Infraestrutura baseados em “Tela” - É um computador (ECF) em forma modular em que sistemas podem ser agregados a partir de módulos separados de construção de blocos ligados por meio de uma tela, que esperamos que surja no horizonte temporal de 2013 a 2015. O modelo de infraestrutura baseada em “tela” (FBI) resume recursos físicos - os núcleos do processador, largura de banda, ligações e armazenamento - em fontes de recursos que são gerenciados pelas funcionalidades de software Fabric Manager Resource Pool (FRPM). FOTO: DIVULGAÇÃO
AS DEZ TECNOLOGIAS ESTRATÉGICAS PARA 2011 INCLUEM: 1 Cloud Computing - É um estilo de computação escalável e elástica, em que as capacidades relacionadas a TI são fornecidas “como serviço" aos clientes pela utilização da Internet. O uso de recursos em nuvem não elimina os custos de soluções de TI, mas reorganiza e reduz alguns outros. 2 Aplicações Móveis & Mídia Tablets Algumas aplicações de negócios podem incluir: substituição de Netbook, Documentação/Repositório, Preenchimento de Formulários, Inspeções, Pesquisas, Publicidade, Captura de imagem/Consumo de Conteúdo e Ilustrações. 3 Próxima Geração de Analíticos Chegamos ao ponto em que a melhoria do desempenho e dos custos viabiliza a realização de análises e simulações para cada uma das ações tomadas no negócio. Os dispositivos móveis terão acesso aos dados e capacidade suficiente para realizar análises. Isto pode ser visto como a terceira onda no suporte às decisões de negócios. 4 Analítica Social - Descreve o processo de medição, análise e interpretação dos resultados das interações e associações entre as pessoas, temas e idéias. Estas interações podem ocorrer em software social, em aplicativos utilizados no local de trabalho, em comunidades externas ou na web social.
IONE DE ALMEIDA COCO VP do Programa Executivo do Gartner para a América Latina - ione.coco@gartner.com