O Ateliê397 é um espaço que promove a circulação, a produção e a exibição da arte contemporânea. Localizado na rua Wisard número 397, na Vila Madalena, em São Paulo, o Ateliê realiza exposições de arte, eventos interdisciplinares, que envolvem sessões de videoarte, performances, happenings, shows de música, publicação de livros de artistas entre outras formas de experimentação na arte
apresentação
histórico
O Ateliê397 é um espaço que promove a circulação, a produção e a exibição da arte contemporânea. Localizado na rua Wisard número 397, na Vila Madalena, em São Paulo, o Ateliê realiza exposições de arte, eventos interdisciplinares, que envolvem sessões de videoarte, performances, happenings, shows de música, publicação de livros de artistas entre outras formas de experimentação da arte na atualidade. Coordenado por Marcelo Amorim e Thais Rivitti, atualmente o espaço cumpre um papel importante de difundir debates, criar oportunidades de exibição de trabalhos de arte e apresentar a produção de jovens artistas de todo o Brasil. O público que acompanha sua intensa e variada programação envolve críticos de arte, curadores, artistas, jornalistas, professores universitários, estudantes e interessados em geral em arte contemporânea.
Fundado em 2003 por um grupo de artistas visuais (Bruna Costa, Rafael Campos Rocha e Sílvia Jábali), o Ateliê397 inicia suas atividades funcionando como um misto de ateliê e espaço expositivo. Ao longo dos anos, o sucesso de sua programação, aliado à necessidade de conferir visibilidade para a produção de artes visuais, fez com que ele passasse por diferentes modificações no sentido de ampliar suas atividades abertas à comunidade artística. Em 2010, quando os atuais coordenadores assumiram a gestão do espaço, o Ateliê passou por uma intensa reformulação em seu modo de funcionamento visando criar uma programação diversificada, em sintonia com o que vem sendo produzido de mais relevante no cenário das artes plásticas brasileiras.
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relatório de atividades I - AÇÕES Surpraise Surpraise #2 Surpraise #3 Surpraise #4 Eveinto - 1a Edição Eveinto - Carnaval Inferno! Eveinto - O Fim da Civilização Eveinto - Fora de si Michê Lançamento do livro Maria
Espaços Independentes – A alma é o segredo do negócio Migrações Onde o rio acaba
II - VIDEOARTE Sessão Corredor Festival Sessão Corredor
V - CURSOS Colônia de Férias #1 Colônia de Férias #2 Rapidinha Colônia de Férias #3 Os Legitimados Colônia de Férias #4 Abertura Workshop de Silk-screen
III - EXPOSIÇÕES REC><GRU - ida e volta A 4 graus do Equador Lampejo e Galpão de Testemunhos Atrator de Libélulas Superperformance Welcome e Protótipos, similares e genéricos
IV - EDIÇÕES Múltiplos 397 Espaços Independentes Nino Cais - poemas e canções REC><GRU, ida e volta Revista de Crítica Maré
Equipe
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I- AÇÕES
O Ateliê397 promove eventos de curta duração entendendo que seu espaço, justamente por não ser um convencional cubo branco, encontra sua potência na criação de uma arena de trocas, um
“Ateliê397: Lugar onde o artista interage com os espaços do ateliê: o corredor, o muro e o chão de cimento. O corredor é o espaço para as projeções de videoarte, no muro a pintura é renovada de tempos em tempos por um artista plástico e o chão traz as marcas de tinta das produções realizadas na sala de exposição desde 2003. A equipe do Ateliê 397 é formada por curadores e pesquisadores que tiveram experiências em diferentes museus da capital paulista.” Ana Maria Maia - crítica e curadora
ponto de encontro entre artistas e público. As ações podem ser intervenções, proposições, projeção de vídeos, discotecagem, performances, trabalhos com materiais efêmeros ou onde a venda e troca são fundamentais, entre outras situações onde o público é naturalmente chamado a se engajar.
I - AÇÕES
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abril 2010
SURPRAISE! Diversos trabalhos doados por artistas-parceiros, que aceitaram o convite para colaborar com a manutenção do Ateliê, foram dispostos na sala expositiva sem nenhuma identificação de autoria. Fotografias, pinturas, colagens e objetos estavam a venda pelo preço de R$ 100,00. O público, mediante a um sistema de sorteio, escolhia o que comprar sem saber nenhum dado da ficha técnica das peças, só revelado no momento posterior à compra. Também foi produzida especialmente para a ocasião uma obra da artista Aline van Langendonck que ocupou o muro do Ateliê. Um projeto site specific que consistia num jogo de luz e sombra com cadeiras em miniatura cujas sombras projetadas no muro expadiam ou distorciam as suas formas originais. Na mesma data, foi feito o lançamento do catálogo “Sobre Mar Madeira e outros animais” do artista plástico Maurício Adinolfi, distribuído gratuitamente.
(acima) comprador assinando bola vermelha
Artistas participantes: Adams Carvalho - Andrea Facchini - Anne Cartault D´Olive Alexandre Hypólito - Alice Shintani – Ana Luísa Dias Batista - Ana Teixeira - Bettina Vaz Guimarães - Carolina Ponte - Cristiano Lenhardt - Edith Derdyk - Fabio Tremonte - Felipe Cama Fernanda Chieco - Flavia Sammarone - Glaucia Mayer - Gustavo Ferro - Jaime Lauriano - João Loureiro - Lais Myrrha - Leo Ayres - Luiz Roque - Malu Saddi - Leticia Ramos - Manoel Novello - Marcelo Gandhi - Maurício Adinolfi - Mel Guerra - Mônica Nador - Nino Cais - Pedro Varela - Rafael Campos Rocha Rebeca Rasel - Reginaldo Pereira - Renato Leal - Rodrigo Torres - Silvia Jábali - Sofia Borges - Tais Ribeiro - Teresa Berlinck Vanderlei Lopes
instalação de Aline Van Langendonck
vista geral da exposição
I - AÇÕES
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maio 2012
SURPRAISE! #2 Artistas participantes:
Fotografias, gravuras, colagens e objetos são postos à venda através de um leilão de parede com lances que se iniciam em 200 reais. Os nomes dos artistas e fichas técnicas de cada obra são omitidos e o público escolhe o que comprar sem saber nenhum dado a respeito das peças, a autoria é revelada no momento posterior à compra. Os trabalhos dispostos no espaço são identificados por numeração e lista de lances. Durante cerca de três horas os participantes são estimulados pela performer Glamour Garcia a cobrir suas ofertas e especular sobre a autoria das obras. Surpraise, que não coincidentemente aconteceu às vésperas da Feira SP-Arte, reuniu obras de autores reconhecidos, jovens artistas e nomes em destaque na arte contemporânea brasileira. Inicialmente com preços iguais e anônimos, cada trabalho convida ao desenvolvimento do olhar e ao exercício crítico da escolha.
trabalhos de Claudio Trindade replicam os de Cildo Meireles
Amanda Melo Bárbara Hoffmann Brígida Baltar Bruno Baptistelli Bruno Mendonça Carla Chaim Celia Saito Chico Santos Cildo Meireles Claudio Trindade Coletivo Repartição Pública Daniel Lie Daniel Rubim Daniela Antonelli Denise Alves-Rodrigues Diego Castro Edwin Sanchez Estela Miazzi Fabio Flaks Felipe Meres Flavia Bertinato Gabriela Brioschi Gabriela Vanzetta Grácia Casaretto Guga Szabzon Gustavo Prafrente Henrique Oliveira Jaime Lauriano Janaina Wagner
Jimson Vilela Joanna Barros Júlia Armentano Júlia da Rocha Kika Nicolela Laura Wrona Laurem Crosetti Leandro Costa Leo Ayres Leo Resende Ferreira Leonardo Akio Marcelo Amorim Márcia Beatriz Mariana Serri Marta Jourdan Mônica Rubinho Nei Franclin Nino Cais Patrícia Araújo Pedro Varela Rodrigo Andrade Rodrigo Torres Sidney Philocreon Simone Cupello Susana Guardado Thiago Honório Tiago Gomes Viviane Tabach Wagner Malta Tavares Yara Dewachter entre outros
vista geral da exposição
participante dá lance em trabalho
a performer Glamour Garcia encerra o leilão
I - AÇÕES
novembro 2012
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abril 2013
SURPRAISE! #3 SURPRAISE! #4 Artistas participantes:
Artistas participantes: Iara Freiberg Bartolomeo Gelpi Carmela Gross Maurício Adinolfi Claudia Hersz Marcelo Amorim Silvia Jábali Laura Andreato Flamínio Jallageas Neiliane Araujo Larissa Jordan Lucas Arruda Hudinilson Jr. Leo Ayres Flávia Junqueira Brígida Baltar Julia Kater Marcelo Berg André Komatsu Tatiana Blass Runo Lagomarsino Débora Bolsoni Lucas Länder Sofia Borges Jaime Lauriano Aslan Cabral Gabriel Lemos Nino Cais Cristiano Lenhardt Fernanda Carvalho Azeite de Leos Sol Casal Pablo Lobato Leda Catunda João Loureiro Fernanda Chieco Carlos Mélo Felipe Cidade Leka Mendes Angella Conte Ana Miguel Renata Cruz Maíra Dietrich Felippe Moraes Lais Myrrha Escobar Mônica Nador Pedro Esquerra Henrique Oliveira Daniel Fagundes Carolina Ponte Fabiana Faleiros
Pontogor Gustavo Prafrente Ana Prata Bernardo Ramalho Lucas Rampazzo Rafael RG Letícia Rita Isabella Rjeille Éder Roolt Luiz Roque Marcia Rosolia Thiago Ruiz Genilson Soares Marlene Stamm Daniel Steegmann Mangrané Raquel Stolf Ana Teixeira Fábio Tremonte Bettina Vaz Guimarães Mavi Veloso Eidglas Xavier XTO Carla Zaccagnini Myrian Zini entre outros
público visita a terceira edição do Surpraise
Glamour Garcia, apresentadora do leilão, revela os autores
Adriana Affortunati Alessandra Duarte Alex Cassimiro Alex Cerveny Aline Van Langendonck Andrei Thomaz Aslan Cabral Bruno Baptistelli Carla Chaim Celia Saito Celina Portella Cesar Garcia Chico Santos Clara Benfatti Daniel Caballero Daniel Nogueira Deyson Gilbert Diego Castro Diogo Lucato Edith Derdyk Eduardo Salvino Estela Miazzi Fábio Leão Felipe Bracco Felipe Cama Fernanda Chieco Fernanda Izar Flora Leite Francesco Di Tillo Frederico Filippi Giba Gomes Gracia Casaretto
Guga Szabzon Gustavo Prafrente Gustavo Torrezan Hélio Melo Ícaro Lira Inês Moura Jardineiro André Feliciano Jimson Vilela Jorge Menna Barreto Julia Armentano Júlia Rocha Julio Meiron Karen Picciotto Leticia Ramos Luciana Felippe Marcelo Amorim Marcelo Gandhi Mariana Xavier Maura Grimaldi Milena Edelstein Monica Tinoco Nino Cais Nuno Cassola Paulo Climachauska Paulo Pjota Renata Egreja Renato Pera Roberta Segura Roberto Unterladstaetter Rodrigo Bivar Tchelo Nogueira Teresa Viana Tiago Rivaldo Vanderlei Lopes
I - AÇÕES
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dezembro 2010
EVEINTO
Pablo Vieira vende seu refrigerante Eu pop soda Eveinto - 1a edição 8 de dezembro de 2010 Artistas: 3 no coletivo, Ana Elisa Carramaschi, Coletivo Repartição Pública, Juliana Rego Ripoli, Laura Huzak Andreato, Marcelo Gandhi, Mako Ishizuka, Pablo Viera
No dia 8 de dezembro de 2010 foi realizado o “Eveinto”, uma festa gratuita e aberta ao público com duração de 12 horas onde aconteceram diversos happenings, performances e intervenções musicais. O evento contou com 6 artistas e 2 coletivos, dentre eles: Ana Elisa Carramaschi, artista e dj, foi responsável pelo som da festa; 3 no coletivo com o trabalho “Elucubrações de um camelô” em que os 3 integrantes do coletivo montaram uma espécie de “camelô” no corredor do Ateliê; Juliana Rego Ripoli com a performance “Cabaret Voltaire”, ocupando a pista com sons e declamações de poesias, trazendo a memória o início das artes performáticas; Laura Huzak Andreato projetou desenhos esquemáticos com símbolos e sinais relacionados ao tema “festa”; Mako Ishizuka, artista japonesa participante do projeto Capacete, executou e serviu para o público receitas de bolo que haviam sido rejeitadas por grandes confeitarias, resultando em bandejas com bolinhos coloridos e desajeitados; Marcelo Gandhi, artista e dj, apresentou a performance “Sandra é caso de sua prima” onde interagia com os vídeos projetados e com o público presente; Coletivo Repartição Pública simulou uma repartição pública em que são fabricados documentos inúteis, o público era convidado a tirar sua “licença poética” durante a festa; Pablo Viera criou uma receita de refrigerantes de gengibre chamada “EU POP SODA”, executando manualmente um processo que costuma ser industrial, durante a festa o artista vendeu seu refrigerante ao público. Sandra é caso de sua prima, performance de Marcelo Gandhi
público
Juliana Rego Ripoli em Cabaret Voltaire
I - AÇÕES
17
fevereiro 2011
EVEINTO CARNAVAL INFERNO!
convite Eveinto397 - “Carnaval inferno!” - 2a edição Curadoria: Mavi Veloso e Marcelo Amorim 04 de março de 2011 Artistas: Aline Martinez, Andre Vareiro, Douglas E. Pero, Gisele Nogueira, Glamour Garcia, Leandro Pardí, Lipe Rowe, Mavi Veloso, Natália Lima Castro, Nino Cais, Thelma Bonavita, Vinicius Manoel
No dia 4 de março de 2011, durante o Carnaval houve o “Eveinto - Carnaval Inferno”, uma espécie de baile de carnaval onde mais uma vez um grupo de artistas concebeu e produziu todos os aspectos da produção: Vinicius Manoel decorou o espaço com colagens em papel de grandes dimensões, Aline Martinez e Mavi Veloso apresentaram a performance articulando, onde demonstravam diversos usos de uma peça de vestuário criada pela artista, Andre Vareiro e Douglas E. Pero, Leandro Pardí e Lipe Rowe discotecaram, Gisele Nogueira apresentou uma vídeo colagem a partir de fotos pessoais de todos os convidados via facebook que confirmaram suas participações através do site de relacionamento, Glamour Garcia apresentou uma performance revisitando Carmem Miranda, Natália Lima Castro projetou um vídeo, Nino Cais fez uma intervenção trazendo um bloco de homens travestidos que caminharam pelo bairro de Pinheiros até o local da festa, Thelma Bonavita trouxe a proposição “Batendo Cabelo” onde convidava os participantes a experimentar diversos apliques e perucas e dançar um área delimitada.
público
máscara de Vinicius Manoel ao fundo
I - AÇÕES
19
dezembro 2011
EVEINTO O FIM DA CIVILIZAÇÃO
debate da Revista Maré
O Fim da Civilização e outros momentos Aconteceu no dia 10 de dezembro de 2011, o Eveinto O Fim da Civilização no Ateliê397, uma festa com a participação do performer Glamour Garcia e do DJ Stereoleo , além da projeção de uma curadoria de vídeos do Youtube feita pela equipe do Ateliê397. No mesmo dia, precedeu a comemoração o lançamento da Revista Maré, publicação virtual de crítica de arte com uma edição sobre a América Latina, o lançamento do livro de Mauricio Adinolfi Sobre Ser Animal e do novo site do Ateliê397 (www.atelie397.com). Para completar a programação de 2011, o artista plástico carioca Pedro Varela fez uma intervenção com tinta e adesivos no Corredor397 e uma curadoria do Sessão Corredor vinda do Espacio G (Chile) intitulada Enfrentamiento foi apresentada. O bar comandado pelo coletivo Nós Moçada abriu e fechou a noite. convite
debate da Revista Maré
Pedro Varela e seu trabalho no Projeto Corredor
I - AÇÕES
21
maio 2013
EVEINTO FORA DE SI
Carlos Monroy confessando ao microfone
“Eu não sou eu nem sou o outro, Sou qualquer coisa de intermédio: Pilar da ponte de tédio Que vai de mim para o Outro.” Mário de Sá-Carneiro No dia 11 de maio de 2013 aconteceu a 4ª edição do programa Eveinto, uma festa gratuita e aberta ao público com duração de 12 horas, no decorrer da qual aconteceram performances, proposições interativas e intervenções musicais. Nesta edição, os artistas convidados Carlos Monroy, Glamour Garcia, Mavi Veloso e Shima levantam questões como brasilidade, limites da identidade latino-americana, do gênero como poética e do lugar da própria performance no sistema da arte contemporânea. O corpo como lugar privilegiado ao debate na dimensão da festa que também pode ser vista como um elo de catarse, do estar fora de si. Ao final da noite, o DJ Rodrigo Fernandes realizou uma edição gratuita da festa Pilantragi, voltada para a pesquisa de música brasileira e ritmos latinos.
convites para o Eveinto – Fora de si
Glamor Garcia em vestido com frutas e filme plastico
Mavi Veloso durante a performance
I - AÇÕES
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agosto 2012
MICHÊ Como forma de alavancar as vendas, promover o consumo de arte, divulgar a marca e renovar sua imagem, o projeto segue a tendência mundial de aliar arte e consumo. Inspirado no sucesso das lojinhas de famosos museus internacionais, o Ateliê 397 criou sua própria grife, a Michê, cujo slogan é “coisas que fazemos por dinheiro, mas com muito prazer”. Os objetos à venda são elaborados exclusivamente por aqueles que fazem Michê: artistas e designers convidados para cada edição. Os artigos são divididos em três categorias: produtos da marca Michê, objetos confeccionados a partir de imagens doadas por artistas e obras de baixo custo, produzidas pelos próprios artistas. As edições, ou coleções, abordam temas bastante discutidos na arte contemporânea como a posição do artista no sistema da arte, o reconhecimento do trabalho artístico e intelectual, arte e mercado, entre outras. Essa primeira edição dedica-se ao erótico, explorando possíveis relações entre o campo da pornografia e da arte. A coleção será renovada periodicamente e, a cada lançamento, haverá promoção de atividades que se conectam com os mais diferentes temas propostos: debates, intervenções artísticas, publicações e exposições. público visita loja e exposição
obras de artistas
artigos com doações de imagens
I - AÇÕES
produtos da marca Michê
camisetas da marca Michê
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campanha de divulgação feita com diversos profissionais, participantes e apoiadores do projeto
I - AÇÕES
outubro 2012
PROJETO RIZOMA
novembro 2012
LIVRO MARIA
LANÇAMENTO
No dia 2 de outubro de 2012 foi lançado o Projeto Rizoma, ferramenta de mapeamento, divulgação e compartilhamento de informações sobre a produção artística da cidade de São Paulo. O projeto pretende aproximar artistas e público e também explorar o potencial das ferramentas digitais para estreitar essa relação.
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LANÇAMENTO
O projeto Maria, concebido pela artista Estela Miazzi, tem como proposta colecionar e compartilhar os cotidianos de mulheres de diferentes idades e ocupações. Convidadas pela artista, diversas mulheres escreveram sobre um dia qualquer de suas vidas e estes textos resultaram na publicação de um livro homônimo ao projeto e lançado no dia 1º de dezembro de 2013 no Ateliê397. Na mesma ocasião, houve a exibição do documentário de curta-metragem “Além das 7 cores”, dirigido por Camila Biau e estrelado por Glamour Garcia, que também realizou uma performance durante a festa em seguida.
A proposta é de oferecer um conteúdo diferenciado e gratuito, além de ampliar a experiência do público na busca por pontos de produção e veiculação de arte. A plataforma foi pensada e desenvolvida para oferecer cruzamento de informações e resultados de pesquisa expansíveis. Com design simples e intuitivo, a interface estimula o interesse por conhecer novos artistas, visitar locais e participar de eventos. O Projeto Rizoma foi idealizado por Jaqueline Beltrame, Lara Alcadipani e Vinicius Stein. Realizado com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura – Programa de Ação Cultural – 2011 e do Ateliê397.
o artista Nino Cais explora a plataforma do Projeto Rizoma
trecho do livro Maria, de Estela Miazzi
I - AÇÕES
abril 2013
Como era gostoso meu antropófago! Grupo Indigestão Como Era Gostoso Meu Antropófago é um trabalho do grupo Indigestão, composto pelos artistas Clarice Steinmuller, Guto Valentin, Noemi Assumpção, Rafael Machado e Rafael Perpétuo. Em uma van, o grupo realiza a ação nas cidades de Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro e Recifes, levando uma barraca montável onde diversas performances acontecem simultaneamente durante uma hora, misturando intervenção urbana, projeção, som experimental, objeto, performance e culinária. O trabalho foi realizado por meio do Prêmio Rede Nacional da FUNARTE e contou com o apoio da Romano Sotchiero 54, Ateliê397 e FUNDAJ.
bancada com ingredientes da performance
29
maio 2013
Caribe: arquipélagos para o pensar Encontro Videobrasil no Ateliê397 Para relacionar a ideia de “pensamento arquipélago”, elaborada por Glissant, com as suas próprias práticas no campo da arte contemporânea, Annalee Davis, diretora do centro independente de práticas artísticas Fresh Milk, de Barbados, Andrés Hernandez, curador cubano radicado no Brasil, e Mirtes Oliveira, integrante do grupo de estudos G27, se encontram no Ateliê397 em uma conversa aberta ao público. A iniciativa inaugura uma nova fase de contato do Videobrasil com o público, que promove plataformas horizontais, colaborativas, de investigação e debate.
Grupo Indigestão cozinha e colhe ingredientes ao vivo
público e convidados durante o debate
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II- VIDEOARTE
A medida que novas tecnologias dão condições para os artistas plásticos gravarem e editarem seus vídeos com mais facilidade, uma nova leva de pesquisadores surgem interessados em lidar com questões da
A medida que novas tecnologias dão condições para os artistas plásticos gravarem e editarem seus vídeos com mais facilidade, uma nova leva de pesquisadores surgem interessados em lidar com questões da arte através do vídeo.Dar voz à videoarte significa fomentar a produção e a discussão de um tipo de arte que não encontra respaldo comercial no mercado, seja nas galerias de arte ou no circuito cinematográfico e que portanto precisa de apoio e espaço para seu desenvolvimento. O Ateliê397 mantem um programa direcionado à produção atual de vídeos de artista, tornando-se um espaço regular de exibição dedicado à produção audiovisual própria das artes visuais, de curta duração e de caráter experimental difundindo, estimulando e refletindo sobre esta produção, dando a oportunidade ao público de ver lado a lado novos trabalhos de artistas de diversas partes do Brasil e de diferentes gerações. O programa chamado Sessão Corredor procura dar vazão á produção audiovisual advinda das artes plásticas e oferecer uma alternativa aos circuitos convencionais de exibição, que não conseguem absorver a demanda e a diversidade do panorama audiovisual contemporâneo. Os trabalhos são compilados em uma sessão exibida duas vezes em uma única noite. Desde 2009 foram realizadas sete edições. O Ateliê397 não sendo uma sala de exibição propriamente converte seu corredor ao ar livre em um espaço de projeção. Após a exibição dos videos, o Ateliê397 oferece uma festa com a apresentação de DJs e a entrada é gratuita.
arte através do vídeo.Dar voz à videoarte significa fomentar a produção e a discussão de um tipo de arte que não encontra respaldo comercial no mercado, seja nas galerias de arte ou no circuito cinematográfico e que portanto precisa de apoio e espaço para seu desenvolvimento. O Ateliê397 mantem “No Ateliê397 somos artistas trabalhando com artistas, expondo artistas. Estamos todos na mesma barca.” Silvia Jábali - artista
um programa direcionado à produção atual de vídeos de artista, tornando-se um espaço regular
II- VIDEOARTE
Sessão Corredor - 2a edição - curadoria Marcelo Amorim Adriano Casanova, Bel Goudart, Cristiano Lenhardt, Fernando Peres, Flaminio Jallageas, Leo Ayres, MM não é confete, Marcio Shimabukuro, Kika Nicolela, Paulo Meira Dia 29 de maio de 2009 DJs Playnatorraca
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Sessão Corredor - 4a edição - curadoria Marcelo Amorim Caetano Dias, Carlota Mazon, Glaucia Mayer, Inês Moura & Maura Grimaldi, Juliana Mundim, Letícia Ramos, Mariana Xavier e Tiago Rivaldo Dia 8 de maio de 2010 Djs Dee Bufato e Rodrigo Berg
Sessão Corredor - 1a edição - curadoria Marcelo Amorim Carla Chaim, Fabio Tremonte, Fernando Velazquez, Helio Melo, Katia Maciel, Lia Chaia, Luiz Roque&Mariana Xavier, Marcelo Amorim, Marcelo Comparini, Nino Cais e Thiago Thome Dia 3 de abril de 2009 Djs Danilo Psico e Simone Duboc
Sessão Corredor - “Desgaste” - curadoria Thais Rivitti Ana Luiza Dias Batista, Kilian Glasner, Luiz Roque, MST, Nicolau Bruno, Pedro Palhares, Bruno Maricato & Gabriel, Rodrigo Matheus & Laura Faerman Dia 29 de agosto de 2009
Sessão Corredor - 5ª e 6ª edições - REC ><GRU - curadoria Marcelo Amorim Carlos Melo, Marcelo Coutinho, Oriana Duarte, Paulo Meira e Branco do Olho Dia 2 e 29 de outubro e de 2010
II- VIDEOARTE
Sessão Corredor - EXQUISITE CORPSE VIDEO PROJECT Curadoria Kika Nicolela Dia 24 de maio de 2011
Sessão Corredor - ENFRENTAMIENTO Curadoria Maurício Roman e Juvenal Barria Dia 10 de dezembro de 2011
Sessão Corredor - Ó lhó lhó Curadoria Kamilla Nunes Dia 02 de setembro de 2011
Sessão Corredor - SOLTEM OS BICHOS! Curadoria Hugo Fortes Dia 13 de abril de 2012
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Sessão Corredor - a 4 graus do equador Trilogia da deriva - filmes de Alexandre Veras Dia 2 de abril de 2011
Sessão Corredor - a 4 graus do equador Sábado a noite - filme de Ivo Lopes Dia 7 de maio de 2011
vista geral da sessão
I - VIDEOARTE AÇÕES II-
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março 2013
FESTIVAL
Sessão Corredor público assiste a uma das sessões do Festival Dentro de sua programação comemorativa de dez anos, o Ateliê397 trouxe a público o Festival Sessão Corredor, projeto apoiado pelo edital ProAc, prêmio Espaços Independentes vinculados às Artes Visuais. Durante as sextas-feiras do mês de março, a partir das 21h, o Ateliê 397 abriu seu corredor para sessões de videoarte a céu aberto. Em retrospectiva: 01/03, Sessão Corredor 1a edição, curadoria de Marcelo Amorim; 08/03, “Desgaste”, curadoria de Thais Rivitti; 15/03, Sessão Corredor 4a edição, curadoria de Marcelo Amorim. Para encerrar o Festival, 22/03, em sessão inédita, “Repetição”, curadoria de Mariana Trevas, ocasião que contou também com um pocket show da artista Laura Wrona cantando músicas de Patti Smith, P.J. Harvey e Nico, além do lançamento do média metragem Transxamã - O Filme, em que os artistas Bruno Baptistelli e Gustavo Prafrente compuseram o disco junto a outros colaboradores. Laura Wrona e André Bordinhon no show The Drunken Boat
convites do Festival Sessão Corredor
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III- EXPOSIÇÕES Com a proposta de adensar o debate sobre a arte contemporânea e ampliar a circulação da produção artística nacional, as mostras reunem artistas oriundos de cenas artísticas de outros estados brasileiros, entre 2010 e 2011 duas exposições foram realizadas.
Com a proposta de adensar o debate sobre a arte contemporânea e ampliar a circulação da produção artística nacional, as mostras reunem artistas oriundos de cenas artísticas de outros estados brasileiros, entre 2010 e 2011 duas exposições foram realizadas.
III - EXPOSIÇÕES
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setembro 2010
REC><GRU IDA E VOLTA
artistas A Casa como Convém, Amanda Melo, Bárbara Wagner, Branco do Olho, Bruno Vieira, Bruno Vilela, Carlos Mélo, Cristiano Lenhardt, Fernando Peres, Kilian Glasner, Lourival Cuquinha, Marcelo Coutinho, Oriana Duarte, Paulo Meira, Rodrigo Braga trabalhos de Bruno Vieira e Bárbara Wagner
REC><GRU: ida e volta foi uma exposição que aconteceu entre 18 de setembro e 30 de outubro de 2010. A mostra, que contava com 16 artistas pernambucanos, apresentou um recorte da cena artística de Recife. Na abertura, foi realizado um show/ performance com a cantora Catarina Dee Jah e o artista plástico Fernando Peres, com o intuito de promover aproximações entre o campo das artes plásticas e da música. Após o fechamento da exposição foi lançado o catálogo da mostra, bilingue, com um ensaio fotográfico e um texto curatorial. Também fazia parte da exposição um trabalho site specific, elaborado pelo artista Kilian Glasner: um desenho com giz pastel preto que ocupou o muro do ateliê. A exposição surgiu como parte de um dos objetivos mais caros ao Ateliê 397: incentivar a circulação da produção artística nacional. Há algum tempo, a produção pernambucana vem despertando interesse no contexto das artes plásticas. Tanto a produção teórica quanto a artística, a prática e a reflexão. Assim a exposição procurou aproximar a produção pernambucana da cena artística paulista gerando aproximações e fricções. A mostra foi organizada coletivamente – teve a curadoria da equipe do 397 e foi realizada em parceria com a Galeria Mariana Moura e a Galeria Amparo 60, ambas localizadas em Recife. Para a impressão do catálogo da exposição, o Ateliê contou com verba do edital para publicações em língua estrangeira do edital promovido pelo MinC em conjunto com a Fundação Bienal.
Bárbara Wagner, Rodrigo Braga e Amanda Melo participam da exposição com fotografias. Bruno Vilela apresentou uma pintura, Lourival Cuquinha e Bruno Vieira objetos/pinturas, Cristiano Lenhardt um conjunto de litogravuras e o coletivo Casa como Convém (Cristiano Lenhardt, Cristina Gouveia e Jonathas Andrade) trouxe um conjunto de obras: publicações, pequenos objetos e uma fotografia. Integrando a mostra, foram apresentadas duas compilações de vídeos. Uma delas organizada por integrantes do coletivo Branco do Olho e outra é composta de trabalhos dos artistas Carlos Mélo, Marcelo Coutinho, Paulo Meira e Oriana Duarte; Além de figurarem na exposição, onde serão apresentados num monitor de TV, essas duas compilações de vídeos foram projetadas em duas sessões.
show com Catarina Dee Jah e Fernando Peres
vista geral da exposição
III - EXPOSIÇÕES
43
abril 2011
A 4 GRAUS DO EQUADOR
artistas Simone Barreto, Waléria Américo, Enrico Rocha, Vitor Cesar, Clarice Lima, Danilo Carvalho, Ivo Lopes, Solon Ribeiro, Alexandre Veras, Milena Travassos, Yuri Firmeza, Marcio Távora, Mariana Smith, Patrícia Araújo, coletivo Transição Listrada. O projeto gráfico da exposição é de Renan Costa Lima. Na abertura, houve a participação dos DJs Jackson Araújo e Tiago Guiness, Jonnata Doll e Fernando Catatau. trabalho de Waléria Américo
A mostra “A 4 graus do equador” surge como uma proposta do Ateliê397 em adensar o debate sobre a arte contemporânea ampliando a circulação da produção artística nacional. A 4° do equador está o Ceará e, para além de uma mera indicação geográfica, o título remete também ao alargamento de fronteiras assumido pela arte e ao seu trânsito não restritivo a um campo cerrado por limites rígidos. A escolha por reunir artistas cearenses não é por acaso. Diante da profusão de discursos mecanicistas sobre o acelerado processo de institucionalização da arte, a voracidade com que o mercado atua e sua crescente internacionalização, investigar sobre o cenário artístico de Fortaleza acaba por problematizar um debate um tanto normatizado e programado. Afinal, quais são os termos possíveis para pensar uma produção não pautada por uma ideia de circuito protocolado? De que maneira a ausência de instituições de arte sólidas, capazes de fomentar a reflexão crítica, a produção e agenciar sua circulação, desautoriza a discussão? Por certo, a debilidade de uma tradição não a impede de eventualmente formar parte forte de uma grande obra. E é apostando nesse argumento que se constata, mesmo no mais desarticulado dos contextos artísticos, a existência de trabalhos potentes. Disso não há dúvida. A questão que se coloca está em como o isolamento torna-se permissivo à possibilidade de formar algo, de criar conjuntos, agrupamentos, de viabilizar o surgimento de um corpo coeso de pessoas, ideias, ações, relações, diálogos.
Talvez essas sejam questões pertinentes a contextos artísticos de diferentes localidades do país. Embora não haja a intenção em levar Fortaleza a ocupar uma posição de exemplaridade, surge o interesse em centrar a discussão sobre uma produção que parece não se deixar render à dispersão de um contexto rarefeito. E é da investigação, da observação atenta sobre os trabalhos que permite uma compreensão sobre o modo como estão articulados a influências advindas daquele determinado contexto sócio-político e cultural constituído num tempo e espaço histórico por excelência. São trabalhos que parecem estabelecer uma relação critica com aquele lugar não pela via de um embate direto e imediato, mas por meio de uma sutil desnaturalização de determinados aspectos que a todo instante insistem em pautar uma discussão refratada a desviar a atenção sobre o próprio objeto de arte.
performance de Clarice Lima
vista geral da exposição
III EXPOSIÇÕES I - -AÇÕES
45
outubro 2011
Lampejo Galpão de Testemunhos Leandro Costa
frames do vídeo Lampejo, de Leandro Costa
Leo Resende Ferreira Exposições “Lampejo”e “Galpão de Testemunhos” O Ateliê397 apresentou duas mostras simultâneas “Lampejo” e “Galpão de Testemunhos”, de Leandro Costa e Leo Resende Ferreira, respectivamente (de 14/10/11, às 20h, a 02/12/11). Ambas as exposições com curadoria de Thais Rivitti. Leandro Costa produziu um trabalho site-specific para o muro externo do Ateliê397, enquanto expões pinturas e desenhos dentro do espaço expositivo. No trabalho especialmente realizado para o muro do Ateliê, o artista tirou partido da altura da construção para desenhar ali um céu estrelado. Leo Resende Ferreira explorou o universo da mineração com a instalação Galpão de Testemunhos. A obra foi produzida a partir da exploração de várias mídias, passando pela fotografia quase documental de maquinários abandonados e por objetos que remetem a uma visão poética de campos de extração. convite da exposição
vista geral da exposição de Leo Resende Ferreira
III EXPOSIÇÕES I - -AÇÕES
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abril 2012
ATRATOR DE LIBÉLULAS
Hugo Fortes performance de Síssi Fonseca
A exposição apresenta trabalhos recentes do artista Hugo Fortes, que tratam da comunicação entre o homem e os animais através da arte, fazendo uma alusão aos processos de documentação e observação científica. Os trabalhos, realizados em vídeo, fotografia e escultura compôem um conjunto poético baseado na imagem de libélulas.
trabalho de Hugo Fortes
trabalho de Hugo Fortes
III EXPOSIÇÕES I - -AÇÕES
49
junho 2012
SUPERPERFORMANCE
Daniela Mattos, Orlando Maneschy, Vitor Cesar e Yuri Firmeza
SuperPerformance é um projeto organizado pelo artista Yiftah Peled que convidou quatro artistas com atuação em diferentes regiões do Brasil – Yuri Firmeza, Daniela Mattos, Orlando Maneschy e Vitor Cesar – para criar múltiplos (obras com tiragem) projetados para ações de performance, que foram distribuídos gratuitamente para o público. A proposta do projeto SuperPerfomance é pensar o múltiplo ligado à performance no contexto atual, convidando quatro artistas para produzir obras que vão circular pela cidade. Além disso, a proposta de distribuição gratuita de múltipos é pensada como um ponto de expansão expositiva para lugares e contextos diferentes. Na mesma ocasião houve o lançamento do Catálogo Memorial Meyer Filho 2011 com a distribuição de livros e a presença da organizadora da publicação Kamilla Nunes.
Catálogo Memorial Meyer Filho 2011
dispositivos para retirada dos múltiplos são acionados
III EXPOSIÇÕES I - -AÇÕES
51
setembro 2012
welcome protótipos, similares e genéricos Laura Andreato
Marcelo Berg
Laura Huzak Andreato ocupa o corredor do Ateliê 397 com a pintura mural Welcome. Trata-se de uma pintura com cerca de 3 metros de comprimento, na qual se vê uma paisagem estilizada, com montanhas e nuvens. A imagem, formada por faixas de cor bastante definidas, faz referência a uma certa figuração pop, muito em voga nos anos 1970, que se popularizou rapidamente sendo amplamente utilizada pela publicidade e pela indústria da decoração. Welcome poderia estar nos muros de um posto de beira de estrada, em alguma cidade qualquer, no Brasil ou mesmo no exterior, recebendo os visitantes que chegam. No muro do Ateliê, espaço apartado de qualquer contato com a paisagem externa, ela adquire novos significados.
equipe em frente ao trabalho Welcome, de Laura Andreato
A exposição “Protótipos, similares e genéricos” é uma individual do artista plástico Marcelo Berg no Ateliê 397. Ele apresenta sete obras novas, entre elas seis objetos tridimensionais e um vídeo. Seu trabalho parte de formas geométricas genéricas, encontradas em diversos objetos e construções arquitetônicas clássicas como escadas, arcos, cubos, painéis. Mas os objetos que o artista cria, embora guardem semelhanças com coisas existentes, não se confundem com elas. As obras apresentamse como coisas disfuncionais, incompletas e pervertem a lógica do funcionamento que se espera deles. Com diversos acabamentos: como a laca, a flocagem, o acrílico e a pintura tradicional, seus objetos parecem estar prontos sem que, no entanto, seu uso ou sua razão de existência seja clara. Ao inserir esses objetos fora de escala – espécie de maquetes, esqueletos, rascunhos – no mundo cotidiano, o artista indaga sobre a natureza da criação de utensílios e de construções bem como questionam como elas demandam ou recusam a interação com as pessoas e como se comportam em conjunto. trabalhos de Marcelo Berg
III EXPOSIÇÕES I - -AÇÕES
53
dezembro 2012 / janeiro 2013
ESPAÇOS INDEPENDENTES A alma é o segredo do negócio Espaços Independentes – a alma é o segredo do negócio expôs as diversas facetas e campos de atuação dos espaços independentes voltados à arte contemporânea, mostrando suas atividades e resultados de forma acumulativa durante o período de exposição. Para tal, o Ateliê 397, organizador da mostra, criou um recorte de espaços que apresentam há anos programações significativas para a experimentação na arte contemporânea brasileira. A programação contou também com leituras públicas de portfolio. Os espaços independentes participantes da exposição são: Ateliê397 (São Paulo – SP), Ateliê Aberto (Campinas – SP),Atelier Subterrânea (Porto Alegre – SP), Casa Contemporânea (São Paulo – SP), Casa Tomada (São Paulo – SP) e Casa da Xiclet (São Paulo – SP)
conversa com Lilian Maus, do Atelier Subterrânea
público na abertura da exposição
vistas gerais da exposição
III EXPOSIÇÕES I - -AÇÕES
55
fevereiro 2013
MIGRAÇÕES
Daniel Rubim
Dando continuidade à proposta de mostrar trabalhos de artistas em início de carreira, o Ateliê397 apresentou, no dia 5 de fevereiro, a exposição “Migrações” de Daniel Rubim. Trata-se da primeira mostra individual do artista, realizada com o apoio do Proac “Primeira Obra de Artes Visuais”. A pesquisa de Rubim enfoca a imaterialidade de processos sociais e econômicos que, embora bastante presentes em análises políticas, em textos de jornais e em conversas cotidianas, permanecem inapreensíveis no plano concreto. No projeto “Migrações” ele dirige sua atenção à importação de bens e mercadorias, mostrando suas diversas facetas, muitas delas invisíveis, ou não imediatamente conectadas ao ato de trazer coisas de um país para outro.
patos de borracha importados da China
A exposição apresenta a instalação “Migrações”, de 2012, composta por fotografias, objetos e documentos. O processo se inicia quando o artista propõe-se a importar um carregamento de cerca de mil patos de borracha do local em que foram produzidos, na China, para o Brasil. Para realizar a importação, o artista pesquisou documentos e leis e buscou registrar alguns pontos em que as mercadorias normalmente passam para chegar às mãos dos consumidores: o porto de Santos, as rodovias, o prédio da Receita Federal e da Alfândega.
Migrações - Muro, trabalho de Daniel Rubim
fotografias do processo de importação
III EXPOSIÇÕES I - -AÇÕES
57
junho 2013
ONDE O RIO ACABA Projeto Carajás Visuais: Entre Rios e Redes
Onde o rio acaba apresentou trabalhos de artistas e ativistas culturais atuantes na região de Carajás, sudeste do Grão Pará. Com curadoria de Camila Fialho e Thais Rivitti (Ateliê 397), a mostra elege como mote a discussão política atual, que vem mobilizando, em grande medida, a atenção de artistas e da população de Marabá e arredores: a possibilidade de transformação do rio Tocantins em uma hidrovia que servirá para escoar a produção da mineradora Vale, privatizada em 1997. A exposição desdobra-se em três eixos de reflexão a fim de discutir a produção cultural local: o rio (vida e abandono), o território (propriedade e disputa) e a exploração (econômica e ambiental). Composta por um conjunto de materiais que tensionam a habitual divisão entre obras de arte, ações sociais e documentação, a mostra traz ao público desenhos da paisagem local, fotos e vídeos, depoimentos, arquivos de violência no campo e trabalhos produzidos por artistas que trazem para sua poética a cena sociocultural local.
vista geral da exposição
Participantes: Antônio Botelho, Comissão Pastoral da Terra de Marabá/PA, Domingos Nunes, Helder Messiahs, José Viana, Maurício Adinolfi, Marcone Moreira, Pedro Morbach, Projeto Biizu, Rios de Encontro, Ulisses Pompeu, Vozes do Campo
Antônio Botelho (fundo), arquivos da Comissão Pastoral da Terra de Marabá/PA (esquerda) e Vozes do Campo (direita)
vista geral da exposição
Porteira, de Marcone Moreira
III EXPOSIÇÕES I - -AÇÕES
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junho 2013
CICLO DE DEBATES
Para ampliar os assuntos levantados pela exposição Onde o rio acaba, realizou-se um ciclo de debates em quatro encontros. O primeiro, intitulado Carajás hoje, conta com a presença de organizadores e ativistas do Projeto Carajás Visuais: Entre Rios e Redes, discutindo a situação de Marabá e suas imediações, bem como as articulações empregadas para realizar o projeto. No segundo encontro, os artistas Maurício Adinolfi, Marcone Moreira e Antonio Botelho, participantes da mostra, comentam seus trabalhos e outras produções recentes de suas trajetórias artísticas. Por fim, são realizados outros dois debates em datas próximas ao encerramento da exposição: Do fato social à obra de arte. No primeiro encontro, Mônica Nador conversa com a crítica de arte Thais Rivitti sobre o projeto que vem desenvolvendo desde 1998, chamado “Paredes Pinturas”. O trabalho consiste na pintura de estabelecimentos comerciais, residências e espaços públicos, sempre em conjunto com a comunidade local que faz os desenhos, aprende a técnica do estêncil e realiza a pintura.
conversa com os artistas
conversa com os organizadores
conversa com Mônica Nador
conversa com Nuno Ramos
Incorporado às atividades do JAMAC – Jardim Miriam Arte Clube – desde a sua fundação, em 2003, o projeto opera uma indistinção de limites entre ação artística e social. Na ocasião, também foi lançado o livro “Mônica Nador e JAMAC”, um realização da Galeria Luciana Brito e da Pinacoteca do Estado de São Paulo, que aborda a trajetória da artista e a história do Clube. No último encontro, o artista Nuno Ramos e Thais Rivitti conversam sobre a obra 111, de 1992. A obra tem como referência o massacre do Carandiru, no qual 111 presidiários foram assassinados em São Paulo. A proposta é revisitar uma das obras mais emblemáticas da produção brasileira recente no que diz respeito às articulações possíveis entre arte e política.
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IV- EDIÇÕES MÚLTIPLOS397
procura
pelo
procedimento
da
multiplicação, estimular a produção, divulgação da arte contemporânea e o colecionismo como prática cultural acessível a um público mais vasto.
edições397 É um programa editorial com o objetivo
de produzir livros pensados como lugares possíveis para a ampliação dos muitos debates suscitados pelas atividades do Ateliê397.
IV - EDIÇÕES
MÚLTIPLOS 397
O projeto Múltiplos 397 partiu de um convite dirigido a quatro artistas – Laura Huzak Andreato, Fabio Flaks, Nazareno e Luiz Roque – para realizarem obras inéditas, com a tiragem de 40 exemplares para serem vendidas no Ateliê 397. O Ateliê, em parceria com a ex-galerista Adriana Moura Penteado, financiou a produção dos trabalhos e pagou um pró-labore aos artistas. Os trabalhos são vendidos para o público interessado por R$ 1.600,00 (o conjunto), ou R$ 500,00, cada um, separadamente.
63
Confirmado o sucesso com o esgotamento da tiragem de um dos quatro trabalhos que deram início, decidimos dar continuidade ao programa que comissiona artistas a produzir obras inéditas. Marcelo Amorim traz o múltiplo Sem título, serigrafia que se remete ao passado com a imagem de esportistas em tons de dourado. De quando serão aqueles atletas? Suas roupas indicam o início do século, o fato de ser uma fotografia cotidiana os joga para aquela época entre os anos 20 e 40, mas é difícil precisar. Não só os retratados, mas a própria imagem passou por ciclos de vida: da fotografia, para a internet, para a serigrafia, ela é um trânsito entre gerações midiáticas, ora no presente, ora no passado. Escobar também se refere a um passado, mas um pouco mais recente, com Fóssil. Uma escultura de concreto de um orelhão, daqueles de ficha, remete ao passado urbano, resgatando a memória da cidade por meio de um elemento público tão presente e característico da cidade até os anos 90, mas que foi substituído por telefones celulares, cada vez mais tecnológicos e mais privados.
Cada artista realizou um trabalho diferente, de acordo com seu próprios interesses e sua pesquisa poética. Fabio Flaks fez uma gravura em metal, baseada numa série recente de desenhos de amplificadores em que vinha trabalhando. Laura Andreato produziu um objeto, misto de peça de design e obra de arte, que apresentava-se como um horizonte portátil. Nazareno também construiu um objeto, mas para ver e tocar: um suporte com copos de cristal que são preenchidos com água e emitem sons ao serem manipulados. Já Luiz Roque apresentou um foto enigmática, onde se vê um vulto em meio a uma paisagem, que é parte da sua pesquisa para o vídeo Das Monster. No lançamento dos Múltiplos 397, os artistas realizaram uma exposição coletiva no Ateliê durante os meses de Julho e Agosto de 2010, apresentando os múltiplos e outras obras recentes. A iniciativa, além de ter como objetivo o arrecadamento de fundos para continuidade dos demais projetos do espaço, buscou estimular a produção de novas obras, o colecionismo como prática cultural e divulgar trabalhos de artistas contemporâneos.
Fabio Flaks
Laura Huzak Andreato
Nazareno
Luiz Roque
Marcelo Amorim
Escobar
IV - EDIÇÕES
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novembro 2010
ESPAÇOS
Ficha técnica Título: Espaços Independentes Formato: 15 x 21 cm Miolo: Couchet 150 g/m2 Capa: Cartão Supremo 350 g/m2 Número de páginas: 160 Tiragem: 1.000 exemplares ISBN: 978-85-911472-0-5 Prêmio Conexão Artes Visuais / Funarte e Ministério da Cultura Idioma: português Preço: distribuição gratuita Esgotado
INDEPENDENTES
O livro Espaços Independentes, editado pelo Ateliê 397, com o patrocínio da Funarte e do MinC, via edital Conexão Artes Visuais, é uma publicação que apresenta, documenta e investiga a produção cultural de 5 espaços independentes de arte contemporânea: o Ateliê 397 -São Paulo, SP, o Arquipélago, Florianópolis- SC, o Branco do Olho, Recife -PE, o Atelier Subterrânea, Porto Alegre- RS e o Barracão Maravilha, Rio de Janeiro- RJ.
no dia 11 de novembro de 2010, no Ateliê 397. Na ocasião, houve um debate com representantes de vários espaços independentes que funcionam na cidade de São Paulo, mediado por um coordenador do Ateliê 397. Os espaços convidados que integraram as mesas foram: Beco da Arte, Casa Tomada, Casa Contemporânea e Casa da Xiclet.
A publicação dedica um capítulo para cada espaço de arte independente, ou seja, que não são instituições ligadas ao poder público, nem galerias de arte, são espaços geridos e administrados por artistas e/ou críticos e curadores de arte, em diversas cidades brasileiras. O principal foco do livro é construir um panorama que permita ao leitor ver como cada um desses espaços de arte consegue se manter financeiramente, como se relacionam com outros agentes do sistema da arte, e quais as atividades desempenhadas e o público abrangido por suas ações. Qual é a forma de funcionamento desses locais?Que tipo de atividade realizam? Como se inserem na cidade? Como se relacionam com os artistas? Como pensam sua própria atuação? Além disso, reunimos uma documentação fotográficas dos espaços e uma capítulo final, onde mapeamos diversos espaços independentes brasileiros, indicando seus nhhendereços, sites, contatos e atividades. O livro teve o início de sua produção em junho e foi lançado
capa
debate com representantes do Beco das Artes, Casa Tomada, Casa Contemporânea e Casa da Xiclet
IV - EDIÇÕES
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abril 2011
NINO CAIS
Ficha técnica Título: Nino Cais: Poemas e canções Formato: 15 x 21 cm Miolo: Pólen 120 g/m2 Capa: Offset 350 g/m2 Número de páginas: 100 Tiragem: 1.200 exemplares ISBN: 978-85-911509-0-8 Prêmio Publicações em língua estrangeira da Fundação Bienal de São Paulo/ MinC Preço: R$ 50
POEMAS E CANÇÕES
O livro Nino Cais tem como objetivo documentar a atuação do artista que apresenta uma notória inserção no circuito de mostras nacionais e internacionais e não tem ainda seus trabalhos publicados em livro. A ideia do projeto é, portanto, a reunião de uma ampla e coesa documentação que inclua registros fotográficos e importantes textos de críticos como Agnaldo Farias, Thaís Rivitti, Juliana Monachesi dentre outros. Além de reunir textos já publicado em fôlderes de exposições e periódicos, o livro contará também com uma seleção de imagens, um trabalho inédito do artista feito especificamente para a publicação e e de uma entrevista, realizada pela editora. A entrevista surge assim como a possibilidade de o artista comentar sua produção e as diversas leituras que seu trabalho suscitou, além de atualizar e ampliar seu pensamento para além das aparições específicas, num contexto determinado por uma exposição. As edições bilíngues, em português e em inglês, têm como intuito ampliar a discussão em torno da arte contemporânea no Brasil e no exterior por meio da investigação atenta da própria obra de arte. Aliás, acredita-se ser pela análise da substância mesma das obras que se apresenta o conjunto heterogêneo de relações histórico-sociais articuladas pela forma, conforme pontua o estudioso Roberto Schwarz. O projeto gráfico idealizado por Marcelo Amorim busca, em colaboração com o artista, realizar um formato de publicação que disponibilize um material de grande relevância para
pesquisas de profissionais, estudantes e leitores interessados em aprofundar conhecimento sobre a produção artística nacional. O primeiro livro traz o panorama da obra do artista Nino Cais cuja atuação sistemática vem crescendo desde o final da década de 1990. Sob a coordenação editorial de Carolina Soares, a escolha justifica-se pelo reconhecimento de uma adensada produção em que se faz presente reflexões e inquietações de um artista sobre o modo como corpo, memória, imaginação se relacionam na experiência cotidiana. Na desnaturalização de gestos e ações, Nino Cais reinventa em seus trabalhos um lugar potencializado pelo sensível. O artista subverte a ideia de uma memória formal sobre as coisas do mundo, propondo pequenos gestos inesperados, deslocamentos do corpo, usos incomuns de objetos comuns, rearticulando-os de modo a provocar, junto ao observador, novas maneiras de se relacionar com um cotidiano sem automatismos. Na trajetória de Nino Cais estão importantes exposições individuais no Paço das Artes/SP, Galeria Virgílio/ SP, Museu de Arte de Ribeirão Preto, além de coletivas como Mostra Rumos Visuais do Itaú Cultural, 15° Salão da Bahia no Museu de Arte Moderna de Salvador, no qual foi premiado.
capa
imagem do livro
IV - EDIÇÕES
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maio 2011
REC><GRU
Ficha técnica Título: REC><GRU: ida e volta Formato: 15 x 15 cm Miolo: Offset 150 g/m2 Capa: Cartão Supremo 350 g/m2 Número de páginas: 60 Tiragem: 1.000 exemplares ISBN: 978-85-911615-0-8 Prêmio Publicações em língua estrangeira da Fundação Bienal de São Paulo / MinC Idioma: português/ inglês Preço: R$ 25
IDA E VOLTA
O livro REC><GRU: ida e volta é o catálogo de uma exposição que aconteceu no Ateliê397. A exposição reuniu obras de diversos artistas jovens que moram e trabalham em Recife. A idéia que orientou a organização da mostra foi de traçar um recorte da arte contemporânea produzida na cidade nos últimos anos. O catálogo conta com um texto crítico da equipe do Ateliê397, responsável pela escolha dos trabalhos e concepção da exposição, além de dados biográficos, fotografias da exposição, um ensaio fotográfico pela cidade de São Paulo investigando a presença do nordeste na cidade, currículo e contato dos artistas envolvidos na exposição. A exposição surge da vontade de dar a ver a produção recente da arte contemporânea em Recife, um recorte onde jovens artistas, coletivos e artistas em trajetória mostram o fôlego e atitude de resistência que mantêm em franca atividade ateliês e espaços alternativos em um contexto onde o circuito de arte é ainda muito recente e a falta de recursos pede a criação de alternativas. A elaboração de um catálogo que documente a exposição mostra-se uma iniciativa que pode ampliar, no tempo e no espaço, as discussões advindas da reunião desse grupo de trabalhos. Desde a explosão do “mangue beat” na cena musical internacional, Recife vem se destacando pelo talento de seus artistas e pela sua habilidade em mesclar influências regionais e globais em seu modo de trabalhar. Algo análogo vem acontecendo nas artes plásticas, cujos trabalhos vêm
despertando cada vez mais o interesse de críticos, curadores e colecionadores de arte de todo o Brasil. É notório o aumento da participação dos artistas visuais pernambucanos em mostras e programas de reconhecimento nacional – Rumos, do Itaú Cultural, exposições em museus como o MAM de São Paulo entre outros – e a presente exposição teve como objetivo dar maior visibilidade a essas produções, apresentando-as para o público paulista em conjunto. A exposição aconteceu na mesma época em que São Paulo recebeu a XIX edição da Bienal Internacional, que mobiliza também um público internacional como potencial visitante da mostra. A exposição contou também, na abertura, com um pocket show de Catarina Dee Jah, cantora pernambucana emergente, que será peça fundamental para que o público perceba a relação entre as artes plásticas e a música no contexto atual.
capa
vista da instalação de Kilian Glasner
IV I - -AÇÕES EDIÇÕES
71
dezembro 2011
MARÉ
REVISTA DE CRÍTICA Trabalho de Richard Prince ilustra o texto Em nome de quê?, de Daniel Rubim
Crítica de Paula Borghi sobre a exposição Beuys e muito além, com ilustração de Guilherme Peters.
A revista Maré é uma revista de crítica de arte. Escrever sobre exposições, artistas, obras e temas que rondam o universo das artes plásticas é o ponto de convergência do grupo que se reúne em torno deste projeto.
Inserción en circuito ideológico #1, obra deEdwin Sanchez em sua entrevista para Isabella Rjeille
Trabalho de Jimson Vilela ilustra a série de entrevistas X3, por Paula Borghi.
Capa do editorial da Revista de Crítica Maré
Hermano Callou escreve sobre obras de Márcio Almeida.
V - CURSOS
V- CURSOS Em 2011 pela primeira vez o Ateliê397 promove o programa “Colônia de férias”. Ele ocorreu no mês de julho, entre os dias 18 e 29, de segunda a sexta-feira, das 14h às 20h. Por seu caráter imersivo, “Colônia de férias” assemelha-se a uma residência artística, onde o convívio e as trocas intersubjetivas têm papel fundamental. O programa coordenado pelo Ateliê397 dirigese a artistas e curadores que buscam, por meio de discussões teóricas, workshops, e conversas com diversos agentes do meio da arte, aprofundar suas próprias pesquisas. Artistas experientes foram convidados a apresentar parte de sua trajetória aos participantes do programa: André Komatsu, Carla Zaccagnini, JAMAC (Jardim Miriam Arte Clube), João Loureiro, Nino Cais, Runo Lagomarsino e Túlio Pinto.
IMERSÃO Apresentação dE pesquisas individuais Conversa com artistas convidados
Workshops
GrupoS de discussão
73
V - CURSOS
75
julho 2011
COLÔNIA DE FÉRIAS #1
Apresentação das pesquisas individuais Os participantes serão convidados a apresentar sua pesquisa de duas formas: montando os trabalhos no espaço físico do ateliê, tal como uma “exposição relâmpago” (no caso de artistas) e também por meio de uma apresentação pública, com a duração máxima de 40 minutos, que poderá contar com a projeção de fotos e projetos. As produções individuais serão discutidas coletivamente por meia hora e na presença de artistas convidados, diferentes a cada dia. Conversa com artistas convidados Artistas experientes são convidados a apresentar parte de sua trajetória aos participantes do programa. A apresentação será seguida por um debate. Artistas convidados: André Komatsu, Carla Zaccagnini, JAMAC (Jardim Miriam Arte Clube), João Loureiro, Nino Cais, Runo Lagomarsino, Thais Rivitti e Túlio Pinto.
de cada um deles e como se inscrever, por Mariana Trevas produtora e pesquisadora de arte “Pesquisa em arte”: as possíveis relações entre pesquisa acadêmica e as práticas artísticas e curatoriais – quando artistas a teóricos podem procurar programas de pós- graduação, por Carolina Soares, doutoranda em História, Teoria e Critica de Arte pela ECA - USP
trabalho de Fabiana Faleiros
Grupo de discussão Coordenado pela crítica de arte e curadora Thais Rivitti, a atividade consiste em um grupo de estudos de curta duração (quatro encontros), que promoverá a leitura e discussão conjunta de textos fundamentais da arte contemporânea.
Workshops “Apresentação de trabalhos de arte”: como fazer seu portifólio, site e apresentações públicas, por Marcelo Amorim artista visual e designer gráfico “Editais para artistas e curadores”: conheça as principais oportunidades de financiamento de trabalhos de arte e exposições abertas por editais. Entenda as características
Editais para artistas e curadores por Mariana Trevas
conversa com André Komatsu
V I --AÇÕES CURSOS
77
5ª Exposição Relâmpago André Favilla e Tati Móes
vista da Exposição Relâmpago
Exposições Relâmpago
vista da Exposição Relâmpago
V I --AÇÕES CURSOS
79
fevereiro 2012
COLÔNIA DE FÉRIAS #2
Conversa com artista Cada inscrito apresentará seu trabalho ao grupo e ao artista do dia para debate. Ao fim do dia, o artista apresenta seu portfolio. Segunda e sexta-feira dois inscritos apresentam, de terça a quinta-feira três apresentam.
E-flyer para inscrições
Produção e montagem Organização das obras no espaço do Ateliê coordenada por um montador profissional. Visita com curador Visita à exposição com comentários do curador Paulo Miyada.
Decisões curatoriais Criação e planejamento da exposição coletiva feita a partir de trabalhos dos inscritos e dos debates da primeira semana.
Artistas discutem seus trabalhos
Decisões curatoriais
Apresentação de pesquisas
V I --AÇÕES CURSOS
81
fevereiro 2012
RAPIDINHA
Artistas se preparam para receber o público
ação coletiva com artistas da COLÔNIA DE FÉRIAS #2
Vídeos dos participantes são exibidos após a Rapidinha
Segunda edição do projeto Colônia de Férias traz a divertida experiência do One Minute Dating em seu encerramento. Após duas semanas de intensos debates sobre a produção de jovens artistas e curadores, o Ateliê 397 apresenta Rapidinha, uma inusitada experiência onde o público é convidado a conhecer a produção dos participantes através de pequenos encontros cronometrados. O One Minute Dating, espécie de encontros-relâmpago promovidos para pessoas solteiras se conhecerem, foi o formato escolhido pelos participantes para transmitir um pouco da atmosfera de imersão que rolou durante o Colônia de Férias, além de fugir ao tradicional formato de exposições coletivas.
Carlos Monroy realiza sua cartela de performances
O evento também contou com a exibição de vídeos de um minuto que os artistas participantes foram convidados a produzir a partir das experiências durante a Colônia de Férias.
Convite
Artistas conversam com o público
Conversa com Paulo Myiada
V CURSOS I --AÇÕES
83
julho 2012
COLÔNIA DE FÉRIAS #3
O programa tem como objetivo promover trocas entre os inscritos e os convidados, constituindo-se como um momento importante de reflexão sobre o trabalho de cada aluno. Promover trocas e diálogos que qualifiquem a produção dos alunos e, ao mesmo tempo, fazer com que os trabalhos de jovens artistas e pesquisadores circulem e expandam seus horizontes: eis as principais metas em torno das quais o programa se articula. Conversa com artista Cada inscrito apresentará seu trabalho ao grupo e ao artista do dia para debate. Ao fim do dia, o artista apresenta seu portfolio. Segunda e sexta-feira dois inscritos apresentam, de terça a quinta-feira três apresentam. Decisões curatoriais Criação e planejamento da exposição coletiva feita a partir de trabalhos dos inscritos e dos debates da primeira semana. Produção e montagem Organização das obras no espaço do Ateliê. Visita com curador Visita à exposição com comentários do curador Cauê Alves. EXPOSIÇÃO COLETIVA Os participantes organizam uma exposição coletiva aberta à visitação pelo período de duas semanas.
Convite
Artistas participantes apresentam suas pesquisas
V CURSOS I --AÇÕES
85
agosto 2012
OS LEGITIMADOS
NINGUÉM ESTÁ A SALVO DA OPINIÃO ALHEIA
A exposição Os Legitimados – ninguém está a salvo da opinião alheia é resultante do curso Colônia de Férias #3, como atividade voltada à compreensão das forças e dos aspectos que caracterizam uma exposição como experimental. Refletindo o dia-a-dia de trocas do curso, o trabalho de cada artista foi exposto acompanhado de uma caixa de som, que reproduzia comentários críticos previamente gravados por um outro participante do curso. Desta forma, o visitante pode ver não só o resultado plástico, mas também teve acesso à experiência de duas semanas de discussões intensas sobre as produções de cada artista apresentado.
visitantes e pintura de Myriam Zini ao fundo
visitante ouve gravação sobre trabalho de Adriana Honorato
trabalho de Felipe Cidade
trabalho de Escobar, uma caixa de sugestões que acompanha as obras
V CURSOS I --AÇÕES
87
julho 2013
COLÔNIA DE FÉRIAS #4
Em sua quarta edição, o Colônia de Férias ocorreu entre os dias 8 e 19 de julho. Na primeira semana, os inscritos apresentaram seus portfolios e pesquisas para o grupo e, a cada dia, um artista e um crítico, cuja produção é amplamente reconhecida no meio artístico, foram convidados para integrar o debate e falar sobre suas próprias trajetórias. Na segunda semana, sob a orientação do pesquisador Leonardo Araujo e da equipe do Ateliê397, os alunos organizaram um resultado público, Abertura, realizada no dia 19 de julho.
convite
Convidados do Colônia de Férias #4 artistas Nicolás Robbio Luciano Zanette Leticia Ramos Mariana Serri Luiz Roque críticos Cayo Honorato Paulo Gallina Paula Borghi Beto Shwafaty Julia Buenaventura montadores Zang e Zagatti (montagem)
Paulo Gallina fala com os artistas
Andrey Zignatto apresenta seu trabalho
montgem do trabalho de Fábio Leão
V CURSOS I --AÇÕES
89
julho 2013
ABERTURA
ação coletiva com artistas da COLÔNIA DE FÉRIAS #2
Na Abertura do dia 19 de julho, o que se apresenta pode ser percebido tanto como um estudo para uma exposição quanto uma exposição sobre o estudo. Com o propósito de não realizar uma “exposição de fim de curso”, os artistas do Colônia de Férias 4 se propuseram a elaborar possíveis respostas para questões levantadas durante a discussão de suas pesquisas. Tão imprevisível quanto nosso futuro, o conjunto de estudos abertos que o grupo apresenta vislumbra um horizonte aberto à projeção de novos trabalhos.
ação e Luciano Favaro
trabalhos de Ana Takenaka, Andrey Zignatto, Yasmin Guimarães e Luana Lins
intervenção de Yasmin Guimarães
trabalhos de Luana Lins e Fábio Leão
V CURSOS I --AÇÕES
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julho 2013
WORKSHOP DE SILK-SCREEN com Roberta Segura e Alcides Rodrigues
A proposta do workshop é apresentar a artistas e interessados as possibilidades da serigrafia em suas etapas de produção, desde a montagem da tela à impressão da imagem. Procurando orientar a pesquisa de cada participante, os ministrantes propuseram ao final a realização de um mural coletivo com temática erótica, criado no hall do Ateliê397.
impressões em serigrafia
processo de impressão
mural montado
EQUIPE
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Ateiiê 397 Coordenadores Marcelo Amorim Thais Rivitti Produção Camila Fialho Pedro Esquerra Rodrigo Grasso
www.ateliê397.com Rua Wisard, 397 - Vila Madalena 55 11 3034 2132 05434-080 - São Paulo -SP contato@atelie397.com
Marcelo Amorim é graduado em Produção Editorial e especializado em Mídias Interativas pelo Senac. Foi coordenador editorial do Paço das Artes, museu ligado à Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo entre 2004 e 2008. É artista plástico tendo realizado exposições individuais no Centro Cultural São Paulo e na Galeria Oscar Cruz e de exposições coletivas em instituições como Sesc Pompéia (2007, 2008), MARP(2008), Fototeca Juan Malpica Mimendi (2008), Sesc Pinheiros (2009), Museu Victor Meirelles (2009), Carpe Diem Arte e Pesquisa (2009), Memorial da America Latina (2010) e Center for Contemporary Arts (2010).É responsável pelos projetos gráficos das publicações do Ateliê397 e pela curadoria do programa Sessão Corredor.
Camila Fialho é formada em Letras e Mestre em Literatura Francesa pela UFRGS, tem especialização em Práticas Curatoriais e Gestão Cultural na Faculdade Santa Marcelina (2011), vive e trabalha em São Paulo como curadora, pesquisadora independente em artes/literatura e tradutora de francês. Curadora do projeto Michê do Ateliê 397, em 2012 participou do Ateliê Aberto # 6 da Casa Tomada e foi colaboradora da mostra Cidades Contínuas, apresentada no Condomínio Cultural. No âmbito das artes cênicas, atuou na produção do espetáculo Les Éphémères do Théâtre du Soleil durante o festival Porto Alegre em Cena 2007 e trabalhou com o grupo Caravane-Théâtre, durante um ateliê e intervenções urbanas de teatro-fórum em 2005.
Thais Rivitti é mestre em História, Crítica e Teoria da Arte pela Universidade de São Paulo, graduada em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Atua como curadora, crítica de arte e jornalista na área cultural. É membro do Centro de Pesquisas em Arte Brasileira da ECA-USP.
Pedro Esquerra é graduado em Publicidade e Propaganda pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atua em comunicação, desenvolvimento web e produção no Ateliê397. Nascido em São José dos Campos, vive e trabalha em São Paulo. Rodrigo Grasso é graduado em Administração pela Puc-SP ja trabalhou nas areas de Administração,Marketing, Produção Cultural e Executiva. Hoje é Produtor Cultural e Administrativo do Ateliê397.
www.ateliĂŞ397.com Rua Wisard, 397 - Vila Madalena 55 11 3034 2132 05434-080 - SĂŁo Paulo -SP contato@atelie397.com