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Até que afinal chegamos Ao fim da tal grande guerra . 11\1e tanto mal produzi u Geralmente em toda a terra E a Allemanha vencida 8e humilha, grita e berra. Berra e grita humilhada A orgulhosa potencia •...·Q,ue vinha muito arrogante Dizendo não ter clemencia E que vencedora ou vencida ::\fostraria resistencia. Foi o orgulho abatido E o grande foi humilhado O castigo merecido 'ae receber o malvado E- pagqJ' com a escravidão Tudo o que tem praticado.
E' comprida
a profecia Do Padre Cicero Romão Na matriz do Joazeiro Dizendo a todo christão Que a guerra fi ndaria Sendo vencido o allemão.
-2J? o que o Padre Cícero diz -:ie aprova no mundo inteiroPois a praga das raposas Ellc predisse a um romeiro E também disse que a guerra ~âo chegaria Janeiro. 1Jm romeiro já me disse Que a pouco chegou de lá Que ouviu um 'sermão delle Dizendo que o Ceará eria livre da peste
Be a febre não fosse lá. E Iallando da AUemanha Disse a hora do castigo oou para esse povo Que de Deus é inimigo! A Allemanha se arraza Desta vez não tem abrigo. Tudo que ellu fez paga em descontar um rial Porque quatro annos e meio Levou ella a fazer mal E' bem justo agora pois O seu castigo afinal. Navios torpedeados E cidades destruidas
Devastação de seáras E cathedraes demolidas, EUa paga no contado l1ilhões e milhões de "idas,
-31fais de quarenta milhões De vidas allí tombaram, No seio da eternidade Agora regosijaram Vendo não se ter perdido O sangue que derramaram. A Allemanha na guerra Do mal não teve ízençâo E o que ella fez na Bélgica Faz cortar o coração E quem mal faz mal merece E' justa compensação. Ouando Deus tarda v-em perto E' certo c que o adágio diz EUa julgava-se UNICA . :.:-a fol'<:.a°elo seu paiz, :Jlas só resistiu até quando A~ America do Norte quiz , Ella arrazou Montellegl'O I~ incendiou Rumanía, Grande parte da Italia Norte ela França e Servia, E (\ inoalculavel o estado Da Russia sobre 8 anarchín, A força do despot ismo Se curva a YDZ do direito A Allemanha vencida Vae pagar, o que tem feito A Lorena volta á França Dessa feita e não tem geíto.
-4.A França vae receber O que pagou em 70 A America não está veíxada E diz que ainda sustenta Emquanto a fria Inglaterra Vae dizendo mano aguenta. A Allemanha julgava Que nunca se humilharia Que esmagava todo o mundo E este não se mexia Mas foi lhe o anno bixesto Perdeu tudo que queria, Quando a America foi provor-ada Ao mundo todo av izou Que não queria guerriar :\1ais também não recuou E Disse então á Allemanhn Espere lã que eu já vou. Disse-lhe
que éra preciso em preparações Que a Allemanha esperasse Sem estragar batalhões Que ella queria medir ~o campo suas razões. "Cbl u!utV
Dissera Allemanha venha E tragar o resto do mundo Que meu imperador somente E' primeiro sem segundo Sendo inimigo elle mata· Como sendo vagabundo.
-5E comecou a investir terrirorio Francez Disse a-Houanda e Suissa: Neutralidade cesta vez, Eu só respeito a daquelle Que me for muito cortez.
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A França velha se torce E diz: aguento o repucho Na batalha de Verdum O Kaiser perdeu o luxo E recuou suas forças Damnado da vida e murcho
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Foi na batalha do Mame . -Que o Americauo chegou No Oisne Sant Quentin A sua bravura mostrou Numa investida sem tregu3 Que o allemão extranhou
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Gritou para o allemão ..:\ cousa ou vae ou raxa tomei agora a offensiva J<: apertarei a tarracha .o que for fraco se quebra que fOI' grande se abaixa. Eu lucto pelo direito
:t.: a sua suberanla /
Respeitarei os pequenos . E a todos dou garantia E se for preciso um secu 10 :\lostral'ei minha valia.
-6E avançou como leão Com coragem desmedida Lucrando de baioneta Sem poupar uma só "ida Entrando pelas trincheír~s Leva tudo de voncida. Após 6 mézes de lucta A Allemanha esmOl'eceu E vendo a sorte da Bulgru-ia O Kaiser estremeceu E a Arnerioa do Norte Então paz offereceu.
A Amei-ica lhe respondeu. Que ella comdderaslSe Pois não estava veixado Que a guerra se acabasse Mas, se ella assim queria O terreno desocupasse. Quarenta e oito horas De 1) a70 eUa pediu P'ra abandonar o terreno Que sua tropa invadiu Mas os Estados Unidos Nem nisso não consentiu, E o general Petain Com Foch grande guerreiro Gritou para Hindenburgo Makuezeu e príncipe herdeiro Rustente lá sua gente Que continuo o banzeiro.
-7.1 Insrlatcrra então disse Alel't~ rapaziada O que correr é covarde Isso não é caçoada Avancemos mais um pouco Emqunnto eu ganho a parada . •\ Allemanha está pedindo P'ra guerra se acabar Os alliados respondem . 'ao p1'e isa se veíxar Deixe correr o marfim Para quem dever pagar. Agora é bom se saber (~omo a guerra começou E q nem no campo da lucta Foi quem primeiro chegou E dos terrenos alheios Quem primeiro se apossou. Quem foi a Europa homem Em que hoje está tornada Uma das partes do mundo. ~f ais rica e mais íllustrada Hoje parece cratéra Pelos vulcões Iulminada. Ella hontem era uma deusa Do throno mirando a terra Hoje é a ave nocturna No rochedo de uma serra De onde olha os esqueletos Dos filhos mortos na guerra
,-8Os homens cégos 11U guerra C-om sêde do sangue human 'tangidos pelo orgulho Ou um idéal profano Transformando em sangue puro As águas do oeeano, Chora o céo soluça a terra As nuvens fazem sensuras Vendo prostrados no solo Milhares de criaturas Sló para cinco ou seis feras Mostrarem suas bravuras. Os proprios ventos que zunem Conduzem os sons dos gemidos
Os échos do desespero Pelos
oldados
feridos
Exclamações das viúvas E dos orphãos desvallidos. Inflama-se toda Europa França, Russía, a Inglaterra Austria parte como lobo Que vem com fome da serra Pergunta o que taco eu? Responde Allernanha gUCl'nf.
Mande ultimatum sem medo Não tema; conte commigo da Austria Não torce a cara ao perigo Com especialidade . Tendo a mim por seu amigo.
O imperador
-9Xão faça paz nem attenda AU'ora seja a quem for; '" Renelo tudo contra SI,. Selldo eu a seu favor Venha o Tnivarso em peso, Você será vencedor. Deixe vir a Inglaterra, França, Russi e quem quizer, S6 o braço da Allemanhn :::instenta o peso (lue houvm-, Deixe a Europa esgotar Tudo quanto ella tiver. A Inglatel'ra já disse Que é rainha do ma)', Eu só acredito isso Quando YÍl' ella prova!', Aos pés de meus torpedeiros Ella tem que se humilhar. Num dia eu desmancho
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Rel!!jcíI,
Em dois arraso Pariz,
•\. Russia ha de esconder.f;(' Nas erras de seu paíz E n unca mais o francez Ha ele dizer que é feliz ('.
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vier a meu Iavor aceitação, I «uerendo ser contra 'o faço questão ~ rguntn a alauem 11' su favor ou" não.
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-10-' Repetiu a Allemanha: -Austria, ouça o que lhe rligÚ', Tempo de fome e de guerra o homem tem pouco amigo, E é louco o que poupar ~~ pelle do inimigo. ~uem quer vai. quem não quer mande, Você vá não esmoreça, Todo soldado é valente, Não sendo fraco o cabeça. Enfrente seu inimigo, Diga: quem f()r duro cresça.
Eu mando para as frol1teira:-· ~eforço de infanteria, Escolho as melhores peças E segue a artilheria, Lã já tem cem mil soldados Vai mais a eavallaria. Tenho formidavel exercito Em quem posso confiar, rIenho minas nos estreitos, Tenho Zeppelin no ar E tenho submarino Por toda parte do mal'. Porem a Allemanha errot F m todo calculo que fez, $ó pela Belgica tomava O territorío Francez, .Não passando pela Belgies 'Perdia tudo de vez.
--11~lalldando pedir á Belgíca P'ra lhe consentir passar, Bdgica. amiga ca França. Licença não quiz lhe dar. Allemanha disse: passo Custe agora -o que custar. Ta passar como amiga. Não ia fazer surpresa, Agora eu passo pOJ' força E você paga a despesa, Para a esouadra allemã Nunca se fez fortalesa. Ordenou aos couraçados Que não mostrassem fraquesa, Passassem á força na Bélgica, Não deixassem tortalesa, O sangue no rio Mõsa Tem que fazer correntosa. Disse ao almirante: marche. Vá daqui, entre e não mangue
Não se importe que E o rei Alberto se Faça Ido campo um Do mal' um charco
alguem chore zangue. s6 fogo. de sangue.
Estão minhas ordens dadas, O Kaiser disse e sahiu, O almirante feroz . Levantou ferro e partiu, Chegou nos portos da Bélgica Com toda força Investiu.
-14()ulro viaja no mar, Lá vem um submarino Arromba a embarcação. Perverso, vil. assassino. Afoga barbaramente Homem, mulher e menino. Como viu-se, o «Lusitania» Um vapor ( e carga inglez, Um grande submarino Arraeou-o de uma vez. S6 creanças de anno a baixo Morreram quarenta e trez. Muito mais de mil pessõas Alli foram sepultados: Mil e tantos passageiros E todos os empregados. A Allemanha satisfeita Condecorou os malvados. Outra scena pavorosa Foi no vapor «ArabiqueQue a um mez e dez dias Foi concertado no diaue, I'm torpedeiro allemão Foi a elle e o poz a pique, Disse um dos passageiros Que conseguiu se salvar. Que a scena que alli houve Causa horror ao proprio mal', Apropria Allemanha vendo Era capaz de chorar.
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vapor foi arrombado I esde o casco até o Iori o, f) povo lancou-se ru g1;la 8('m obter um SOCOITO, A~ mães gritavam: meu filho ~ O filho: mamãe, eu morro' Tudo alli era debalde, AIli na-ta Fe attendir , ~\penas a ruel mOI e A SOITir apparecia Zombando dos miseráveis Que o oceano engolia. E como esses mais muitos Que não estão em lembrança, Sei que entre a Inglatera, A Italía, a Russia, a França, De mil e muitos vapores Já perderam a esperança. F' construido um vapor, dos melhores do mundo, O inglez faz elle logo rara não achar segundo, F ncontra um submarino, Là vai o vapor ao fundo.
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I u não gosto de escrever (
episódios
da guerra, de tudo m iseria que se encerra etc nojo o heroismo o nossos homens da terra
11 e enlristece
-16A fome, a peste e a guerra Juraram nos acabar, A guerra trancou o mund Jogou a chave no mar, A pest e bateu na porta Dizendo: eu quero entrar.
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E lá na costa da Afdca A peste se arranchou , Os navios que passavam EUa a todos contaminou, Da Esquadra brazileira, Grande parte ella levou. Sol uea a pau-Ia querida A perda ele seus heróis, Que moneram lã na Afl'ica De doença tão atroz E não conseguiram voltar A' terra de seus avós. Peçamos todos a Deus E ao padre do Joazeiro Para livrar ela Peste U terrítorío brasileiro, Que a guerra jà se acabou, Vai melhorar o mundo inteir
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