Capítulo 1
Introdução
U
ma linha de tempo multimilenar se estende dos estudantes de agora, que assistem às teleaulas no seu celular, laptop, netbook, televisor de mesa ou outras modalidades de telas que ensinam, às representações em paredes de grutas do paleolítico superior – figuras que se articulam em mensagens feitas para ensinar, aprender e envolver quem as presencia. Mostrar e ver fazem parte das mais remotas tradi ções educacionais, cujos primórdios nos conduzem às imagens pintadas das cavernas pré-históricas. Presume se que essas toscas figuras, feitas por mãos humanas na aurora da humanidade em cavernas europeias, orientais, africanas, brasileiras e em outras regiões do mundo, tenham servido para propósitos rituais, propiciatórios e de ensino. As imagens de animais e as cenas de caçadas que ainda hoje podem ser contempladas em lugares como Altamira, na Espanha, Lascaux, na França, ou na Serra da Capivara, no Piauí, provavelmente eram empregadas tanto para ensinar os jovens a caçar como para obter a boa vontade de divindades ou espíritos benfazejos por ocasião das caçadas. Essas cenas são precursoras vetustas das telas que, hoje em dia, ensinam em computadores, televisores,