Face às grandes transformações do mundo da produção nos últimos cinquenta anos, fartamente referidas em vários capítulos desta obra, tornou-se necessário decifrar suas consequências para aqueles que as vivenciaram em lugar social subalterno, ou seja, os trabalhadores. O pressuposto, de forma evidente, são as relações que se esta-belecem dialeticamente entre capital x trabalho e, por decorrência, a luta de classes. Na luta de classes, já se disse isso, a educação formal escolar foi um dos aspectos que, em sua concretização, revelou muitos embates conflitantes. Desde a invenção burguesa da escola estatal para o povo, indevidamente chamada de escola pública, até as suas múltiplas conformações da atualidade, esse foi um palco de lutas. E, hoje, o grande desafio para a burguesia e os Estados que a representam é formar profissionalmente os trabalhadores, tendo em vista as novas exigências do mundo da produção.