Estilhaços do Imaginário

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Estilhaรงos do

Imaginรกrio Nyrma Souza Nunes de Azevedo Reuber Gerbassi Scofano ORGANIZADORES


DIRETOR GERAL Wilon Mazalla Jr. COORDENAÇÃO EDITORIAL Marídia R. Lima COORDENAÇÃO DE REVISÃO E COPYDESK Catarina C. Costa REVISÃO DE TEXTOS Clarice Villac EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Fabio Diego da Silva Tatiane de Lima CAPA Patrícia Lagoeiro Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Estilhaços do imaginário / Nyrma Souza Nunes de Azevedo, Reuber Gerbasi Scofano, organizadores. -Campinas, SP : Editora Alínea, 2016. Vários autores. Bibliografia. 1. Alteridade 2. Criatividade 3. Cultura 4. Educação 5. Educação - Filosofia 6. Imaginário 7. Pesquisa educacional 8. Psicologia educacional I. Azevedo, Nyrma Souza Nunes de. II. Scofano, Reuber Gerbasi. 16-03941

CDD-370.78

Índices para catálogo sistemático: 1. Pesquisa educacional 370.78 ISBN 978-85-7516-773-1 Todos os direitos reservados ao

Grupo Átomo e Alínea Rua Tiradentes, 1053 - Guanabara - Campinas-SP CEP 13023-191 - PABX: (19) 3232.9340 e 3232.0047 www.atomoealinea.com.br Impresso no Brasil


Sumário

Apresentação.................................................................................................................5 Parte 1 – O Imaginário, Subjetividade e a Cultura.................................................7 Capítulo 1 A Pedagogia do Cuidado em Leonardo Boff................................................................9 Reuber Gerbassi Scofano Capítulo 2 A Ética da Alteridade: uma experiência......................................................................25 Reuber Gerbassi Scofano, Nyrma Souza Nunes de Azevedo e Marsyl Bulkool Mettrau Capítulo 3 Modelo Dinâmico e Estrutura na Psicopatologia Junguiana: para uma interpretação junguiana...............................................................................41 Eleanor Madruga Luzes Capítulo 4 A Colonização do Imaginário na Sociedade de Consumo: o testemunho profético de Pier Paolo Pasolini...........................................................59 Luigi Bordin Capítulo 5 A Angústia Gerada pelo Processo de Envelhecimento...............................................79 Priscila de Jesus Soares e Célia Pereira Caldas


Capítulo 6 Pesquisa e Reflexões sobre as Redes Sociais.............................................................95 Nyrma Souza Nunes de Azevedo Capítulo 7 Ressonâncias Incomuns: sobre experiência, procedimento e a ‘exterioridade’ na obra de John Cage.............115 Bernardo Oliveira Parte 2 – O Imaginário e a Docência.....................................................................131 Capítulo 8 Nietzsche e a Crítica às Instituições de Ensino.........................................................133 Alexandre Mendonça Capítulo 9 Estilhaços na Educação: colando os caquinhos com o Imaginário...........................147 Nilma Figueiredo de Almeida Capítulo 10 Práticas de Avaliação: entre acertos e erros..............................................................167 Armando Gens Capítulo 11 Docência, Arte, Sensibilidade: o despertar do imaginário........................................187 Mary Rangel e Angelina Accetta Rojas Capítulo 12 Uma Experiência com Stop Motion em Sala de Aula: refletindo sobre a imagem na educação escolar contemporânea..............................201 Aline Verissimo Monteiro, Carolina Nóbrega de Lima e Patricia Reis Ferreira da Silva Sobre os Autores.......................................................................................................217


Apresentação

O livro Estilhaços do Imaginário é uma continuação da busca iniciada pelas duas obras anteriores organizadas pelo Lise − Laboratório do Imaginário Social e Educação − da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Na esteira de Imaginário e Educação e também de Recortes do Imaginário, livros publicados pela editora Alínea, a presente obra busca investigar os olhares de diversas áreas sobre a importância do Imaginário Social e seu impacto sobre a cultura de um modo geral. Utilizando a metáfora, entendida como a comparação de alguma coisa abstrata com algo que a represente, poderíamos dizer que o imaginário é um organizador mental. Há muito, sabe-se que o ser humano necessita dar um sentido àquilo que percebe. Compreendido dessa forma, ele leva a que questionemos como se articulam as sensações representadas a fim de estabelecer as relações que formam o sentido para a pessoa. Em outras palavras, indaga-se como são elaboradas as narrativas em nossa mente, que seriam o suporte das novas percepções. Para tanto, recorrendo a teóricos como Berger e Luckman, diríamos que a realidade é a síntese do processo em que se confrontam fatos e interpretações múltiplas. Essas sínteses, quando compartilhadas, vão estabelecendo modos de agir, baseados em crenças que se tornam as mais ‘fortes’ em termos de impulsionar os comportamentos. De que maneira isso acontece? Quando nascemos, já encontramos uma realidade acreditada e que nos envolve: são crenças, hábitos e atitudes, desejos e ações, proibições e ‘verdades’. As pessoas que nos cuidam agem segundo esse imaginário que vamos incorporando gradativamente ao longo de nossa primeira infância. A seguir, crescemos e convivemos em grupos sociais, como a escola, a igreja, o clube e outros. Entretanto, a partir da segunda metade do século XX, a televisão apareceu com força de convivência social por estar em nossos espaços permanentemente e vem sendo chamada até de ‘babá eletrônica’. No início do século


6 Apresentação XXI, com o avanço e a massificação da tecnologia eletrônica, os computadores aliam-se à TV como possibilidade de criação de representações e temos o fenômeno das redes sociais, que vêm criando realidades virtuais com efeitos no mundo material. Temos aqui, simplificadamente, o que seria o imaginário: um mundo de representações mentais relacionadas que nos dão o sentido de pertencimento ao espaço/tempo em que nosso corpo/mente atua. Quando se situa esse corpo/mente em um determinado tempo/espaço de influência grupal, ele é denominado imaginário social. Para identificá-lo, tentar conhecê-lo e pensar sobre ele, precisamos recorrer a diferentes campos do conhecimento como: a Filosofia, a Antropologia, a Psicologia, a Sociologia, a História, a Política, a Linguística, a Comunicação, a Semiótica; enfim, é difícil encontrar um âmbito do conhecimento que, de alguma forma, não tenha relação com esse campo. Pode-se dizer que o estudo do Imaginário é transdisciplinar, porque, com base no conhecimento das diferentes áreas do saber humano, surge como uma outra área para conhecer e tentar explicar a realidade. O presente livro, então, como o próprio título sugere, busca observar as manifestações do imaginário estilhaçado do mundo contemporâneo. Dividido em duas partes: O Imaginário, Subjetividade e a Cultura e O Imaginário e a Docência, proporcionará ao leitor a possibilidade de se aproximar de grandes temas e autores que expressam o imaginário deste começo de século. Pensadores do quilate de Pier Paolo Pasolini, Carl Gustav Jung, Emanuel Levinas, Leonardo Boff, Friedrich Nietzsche, Jean Paul Sartre, Martin Heidegger, bem como o grande musicista e pensador da arte musical John Cage, permeiam as páginas do livro, dando apoio às reflexões dos pesquisadores e convidados do Lise. Temas relativos à ética, psicopatologia, sociedade de consumo, angústia do envelhecimento, sociedade digital e cybercultura, assim como docência e sensibilidade, instituições de ensino e utilização de imagem na educação escolar, alimentarão o desvelamento dos estilhaços do imaginário que nos cercam e a reflexão sobre eles.


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