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Ex-dirigente do Botafogo é preso em Niterói acusado de fraude

Policiais civis da Delegacia de Defraudações (DDEF) prenderam na manhã de ontem (1º), Ricardo Wagner de Almeida, acusado de chefiar um esquema de pirâmide financeira. Além da prisão foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão.

Ricardo Wagner de Almeida, que é ex-presidente do Conselho Fiscal do Botafogo de Futebol e Regatas, era dono da Futura Invest, empresa que dizia oferecer supostos investimentos com promessa de alta rentabilidade em aplicações de capital, em criptomoedas e na bolsa de valores.

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Dezenas de vítimas foram lesadas, gerando prejuízo de milhões de reais. Documentos e aparelhos eletrônicos foram apreendidos pela polícia.

Os integrantes da quadrilha utilizavam duas empresas e prometiam altos lucros às vítimas, em sua maioria servidores públicos e militares. Em contrapartida, os criminosos exigiam que os clientes firmassem um contrato de prestação de serviços com previsão de alta taxa de retorno sobre o total do valor aplicado.

Nos primeiros meses, as vítimas recebiam os percentuais prometidos, mas depois as parcelas não eram pagas, caracterizando o denominado golpe da pirâmide financeira.

“Nos primeiros meses, as vítimas recebiam os percentuais prometidos,

WAGNER DE ALMEIDA é acusado de chefiar um esquema de pirâmide financeira mas no médio prazo as parcelas não mais eram pagas, caracterizando o golpe da pirâmide financeira”, explicou a Delegacia de Defraudações.

Outras informações apontam que Ricardo também usava o dinheiro das vítimas para fazer pirâmide em cima de outra pirâmide, a de Gladson dos Santos. Na última semana, o Faraó dos Bitcoins, foi transferido para o Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Ele estava preso em Bangu I, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro.

HISTÓRICO

Em dezembro de 2021, a Polícia Civil já investigava a denúncia de que clientes da Futura Invest já tinham queixas contra Ricardo, por causa da interrupção dos pagamentos. À época, investidores afirmaram que a empresa havia fechado o escritório, em um andar inteiro de um prédio no Centro do Rio, e parado de responder.

No Botafogo, Ricardo Wagner também foi um dos envolvidos numa confusão generalizada entre sóciosproprietários, outros membros do Conselho Fiscal e integrantes do grupo político “Mais Botafogo” durante um jogo do clube contra o Cruzeiro, pelo Campeonato Brasileiro de 2019. Ele renunciou ao cargo poucos dias depois do episódio, em novembro daquele ano.

“Isso vem de longe. Nós já pedimos que as autoridades tomassem providências no sentido de inibir as ações desses bandidos, mas não somos atendidos. Estamos enviando novo ofício para as autoridades. Os motoristas estão sofrendo com problemas psiquiátricos e neurológicos”, adirmou. De acordo com Oliveira, a primeira previdência foi contatar o responsável pela empresa para retirar os profissionais do interior do Jardim Catarina. Quando o sindicato tomou conhecimento, os bandidos já tinham tomado os ônibus, colocado como barricadas. Foi necessário esperar acalmar a situação para retirar os ônibus daquela localidade. “Voltou ao normal apenas no dia seguinte. Os ônibus foram resgatados quase 1h da madrugada. A empresa já não está atendendo como deveria. O ônibus está indo só até o meio do caminho. Os bandidos fazem baile no antigo ponto final. Não sei precisar a frota ideal, mas acredito que tenha diminuído em 40%”, explicou o presidente.

Os motoristas relataram ao sindicato que os bandidos, armados, abordam, andam estacionar o coletivo de modo a obstruir a passagem e obrigam os profissionais a fugirem a pé. Segundo Oliveira, muitos trabalhadores relataram terem ficado no meio da linha de tiro. Há de se pontuar que, nos casos recentes, não houve registros de feridos ou de ônibus danificados.

“A criminalidade tomou conta. O estado perdeu o controle disso. Não sei a quem interessa isso. Eu acredito no poder público. No Jardim Catarina, a criminalidade tomou conta de tudo. Todas as ruas têm barricadas. As autoridades estavam tentando retomar aquele bairro para restabelecer o direito de ir e vir”, complementou.

Por fim, o presidente do sindicato criticou as esferas do poder por não dialogarem com a categoria e cobrou uma resposta enérgica das forças e segurança.

“As esferas do poder, de um modo geral, nunca acionaram o Sintronac para discutir sequer políticas públicas de mobilidade. Acredito que nem a população tem sido chamada. Isso demanda uma ação mais enérgica do poder público”, concluiu.

Monitores de São Gonçalo recebem orientação sobre transporte escolar

Os monitores do transporte das escolas municipais de São Gonçalo assistiram uma palestra explicativa sobre como receber e conduzir os alunos durante o trajeto. O evento é uma parceria entre as secretarias de Educação e de Transportes da Prefeitura de São Gonçalo, que visa capacitar os profissionais, garantindo o conforto e a segurança de todos os alunos que utilizam os ônibus A palestra “Relações interpessoais: lidar consigo e lidar com o outro” foi ministrada pela pedagoga Kiyomi Castro, do Departamento de Educação no Trânsito. Segundo ela, a intenção é conscientizar sobre o papel do monitor, que, além de garantir a segurança e o conforto do aluno, também é um educador. “Em cima dessa temática eu trabalho as relações humanas, interpessoais e intrapessoais, para que os monitores possam se conhecer e saber se controlar em situações de conflito. Fizemos uma palestra bastante interativa, com vídeos animados que explicam como eles devem lidar com a criança dentro do transporte”, disse Kiyomi. Assistindo à palestra, a monitora Adriana Belo já trabalhou na rota da Escola Municipal Vinicius de Moraes e, hoje em dia, é responsável por levar as crianças da Escola Estadual Municipalizada Itaitindiba. Para ela, lidar com os alunos vai além do trajeto, é uma oportunidade de conversar e participar da educação de cada criança.

O EVENTO é uma parceria entre as secretarias de Educação e de Transportes

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