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CERCA DE 38% DE TODA A FLORESTA NA AMAZÔNIA FOI DEGRADADA, DIZ ESTUDO

Um artigo publicado na última sexta-feira pela revista Science mostrou um dado preocupante: De toda a área de floresta ainda presente na Amazônia, cerca de 38% sofre algum tipo de degradação por fogo, extração ilegal de madeira, efeito de borda e secas severas.

O estudo “The drivers and impacts of Amazon forest degradation” colocou quatro fatores principais de degradação da floresta decorrentes da ação humana: fogo na floresta, efeito de borda (as mudanças que acontecem em áreas de floresta ao lado das áreas desmatadas para a agricultura ou outros fins), extração de madeira (desmatamento ilegal) e secas extremas. A conclusão foi que esses fatores já comprometem mais de um terço (38%) de toda a cobertura florestal que ainda resta na Amazônia. O trabalho aponta que a degradação tem efeitos que vão além do clima – emissão de gases de efeito estufa tanto ou maior que o desmatamento – e da perda de biodiversidade. Ela tem impactos socioeconômicos nas populações, afetando a renda, a alimentação, a saúde, qualidade de vida e a cultura de quem vive na região.

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No período 2001- 2018, a área desmatada na Amazônia foi de 326 mil km² e a área degradada por fogo, exploração de madeira e efeito de borda foi de 365 mil km². “Apesar da incerteza sobre o efeito total desses distúrbios, está claro que o efeito da degradação pode ser tão importante como o do desmatamento para emissões de carbono e a perda de biodiversidade”, diz Jos Barlow, pesquisador da Universidade de Lancaster e coautor do estudo.

A degradação envolve mudanças transitórias ou de longo prazo nas condições da floresta causada por humanos. Diferente do desmatamento, onde a vegetação é suprimida e a floresta deixa de ser floresta, na degradação a vegetação permanece na área, mas em diferentes estágios de degeneração, com perda de biodiver-

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