• VILMAR FISTAROL GARANTE: CNHI É UM BOM NEGÓCIO
• SATISFAZER O CLIENTE É META NO MERCADO DE CAMINHÕES
• TRIBUTAÇÃO ELEVADA BARRA CARROS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS
Automotive
DEZEMBRO de 2014 ano 6 • número 30
COMPETITIVIDADE AVANÇA COM
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
ROGELIO GOLFARB, VICE-PRESIDENTE DA FORD, ATRIBUI AO MOTOR BOA PARTE DO IMPRESSIONANTE SUCESSO DO NOVO KA
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luis prado
índice
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CAPA
COMPETITIVIDADE AVANÇA COM A
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Impulsionados pela legislação do Inovar-Auto, novos powertrains, como o do Ford Ka, cujas vendas decolaram em novembro, levam os veículos nacionais a patamares mais elevados de desempenho e competição
8F ERNANDO CALMON ALTA RODA As preferências no mercado 10 NO PORTAL 12 CARREIRA 14 NEGÓCIOS 34 I NTERAÇÃO MERCEDES DESTACA FORNECEDORES Premiação incluiu responsabilidade ambiental
Rogelio Golfarb, presidente da Ford: novo motor alavanca vendas do Ka
42 S UPRIMENTOS RENAULT NISSAN UNIFICA PRÊMIO Aliança integrou as compras TANOL 44 E DA EUFORIA À CRISE Altos e baixos do álcool combustível REMIAÇÃO 46 P MWM DESTACA FORNECEDORES Oito empresas foram reconhecidas
UPPLIER QUALITY 36 S GM RECONHECE PARCEIROS Melhoram performance e qualidade 38 T I A INTERNET DAS COISAS Tecnologia conecta setor automotivo
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48 PRODUTO CRESCE A FAMÍLIA KA Hatch 1.5 e sedã 1.0 chegaram NTREVISTA | VILMAR FISTAROL 50 E CNH INDUSTRIAL É BOM NEGÓCIO Grupo prova sua viabilidade 54 L ANÇAMENTO FLUENCE SOBE UM DEGRAU Renault segura o preço
70 M AR 1 MWM SAI NA FRENTE Controle de emissões para máquinas
NIBUS ELÉTRICO 72 Ô AS VANTAGENS DO E-BUS Veículos consomem menos energia 74 L UBRIFICANTES EXIGÊNCIAS MEXEM COM O SETOR Cresce demanda pelos sintéticos 64 E LÉTRICOS E HÍBRIDOS LONGO CAMINHO À FRENTE Tributação elevada é barreira
RTIGO 88 A A VEZ DA TECNOLOGIA O ponto de vista da Mahle
AMINHÕES 68 C EVOLUÇÃO ATENDE CLIENTE Os negócios em ano desafiador 76 CADERNO DE POWERTRAIN 76 Componentes 78 Transmissões 80 Baterias 82 Filtros 84 Eixos 85 Turbos 86 Arrefecimento
Correção – Angel Martinez é diretor comercial do Banco Mercedes-Benz e não do Banco Volkswagen, como foi publicado na página 64 da edição nº 29 desta revista
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editorial
revista
www.automotivebusiness.com.br
Paulo Ricardo Braga Editor paulobraga@automotivebusiness.com.br
POWERTRAIN EFICIENTE
E
sta edição, de número 30, completa o quinto ano de existência da revista Automotive Business e revisita o tema do powertrain veicular. A primeira edição, em 2009, trouxe na capa o motor Multiair, da FPT, considerado uma evolução tão importante para o ciclo Otto quanto o common rail foi para o diesel. Desta vez o destaque da capa vai para o sucesso da Ford Brasil com o novo Ka e seu notável motor de um litro. Eficiência energética, tema principal deste número, desenvolvido pelo jornalista Gustavo Ruffo a partir de um levantamento com as montadoras e especialistas no assunto, deve estar em pauta pelos próximos anos. No entanto, Ricardo Abreu, vice-presidente internacional da Mahle e diretor do centro tecnológico da empresa, ressalta que o País precisa apertar o passo nas iniciativas de pesquisa, desenvolvimento e inovação na indústria automobilística – em particular na área de motores. Para Abreu, é incipiente o esforço em direção à eficiência energética do powertrain e ainda é necessário direcionar com clareza a vantagem tributária para a utilização de etanol nos motores. Ele reforça que é perfeitamente possível desenvolver sistemas que garantam desempenho equivalente com etanol ou gasolina, apontando como soluções a introdução de turboalimentação, injeção direta e tecnologias como comando de válvulas mais eficiente. Nesse cenário, o executivo da Mahle entende que as empresas estão empenhadas em cumprir a meta obrigatória de elevar a eficiência energética dos veículos em 12,08% até 2017 e a maioria estará interessada em buscar um ponto extra de desconto no IPI chegando aos 15,46% e dois pontos extras, atingindo 18,84%. Enquanto isso, é preciso encontrar fórmulas para salvar o programa do etanol, que encontrou alento no desenvolvimento do sistema flex. Ao rememorar em novembro os 39 anos de criação do Proálcool, o Programa Nacional do Álcool, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) advertiu que, depois da construção de uma centena de novas usinas entre 2004 e 2010, mais de 70 plantas já fecharam as portas na região centro sul, entre 2008 e 2013. Outras 12 devem encerrar as atividades em 2014. Para a entidade, a reversão do cenário atual somente será alcançada a partir de uma política consistente de longo prazo.
Editada por Automotive Business, empresa associada à All Right! Comunicação Ltda. Tiragem de 12.000 exemplares, com distribuição direta a executivos de fabricantes de veículos, autopeças, distribuidores, entidades setoriais, governo, consultorias, empresas de engenharia, transporte e logística e setor acadêmico. Diretores Maria Theresa de Borthole Braga Paula Braga Prado Paulo Ricardo Braga Editor Responsável Paulo Ricardo Braga (Jornalista, MTPS 8858) Editora-Assistente Giovanna Riato Redação Mário Curcio, Pedro Kutney e Sueli Reis Editor de Notícias do Portal Pedro Kutney Colaboradores desta edição Alexandre Akashi, Edileuza Soares, Gustavo Ruffo e Ricardo Abreu Direção de Arte Ricardo Alves de Souza Assistente de Arte Josy Angélica Fotografia Estúdio Luis Prado Publicidade Carina Costa, Greice Ribeiro, Monalisa Naves Atendimento ao leitor Patrícia Pedroso WebTV Marcos Ambroselli Comunicação e eventos Carolina Piovacari Impressão Margraf Distribuição MTLOG
Administração, redação e publicidade Av. Iraí, 393, conjs. 51 a 53, Moema, 04082-001, São Paulo, SP, tel. 11 5095-8888 redacao@automotivebusiness.com.br
Até a próxima edição.
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ALTA RODA
preferências luis prado
N
Fernando Calmon é jornalista especializado na indústria automobilística fernando@calmon.jor.br
Leia a coluna Alta Roda também no portal Automotive Business
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os últimos 12 anos, quando as vendas anuais de veículos no Brasil subiram 140%, o perfil dos compradores mudou e, mais ainda, a segmentação de produtos. Em grande parte isso se deve ao aumento de poder aquisitivo e ao fato de que os carros subiram menos que a inflação em termos reais por qualquer que seja o indicador pesquisado. Na base do mercado os preços nominais subiram 14%, em média, enquanto os salários avançaram 32%. O segmento de entrada, de longe o mais importante, que se subdivide em três (básico, intermediário e superior), assistiu a fenômenos interessantes. Não é de surpreender que hoje, das vendas totais, 70% dos modelos saiam de fábrica com ar-condicionado e 60% com direção assistida. O chamado carro “pelado” nunca foi opção de ninguém e sim mero reflexo do dinheiro curto para ter acesso ao automóvel. Parece óbvio, mas alguns ainda acreditam que a indústria era a única responsável por carros sem conforto ou acabamento rústico. Recursos de conectividade eram reservados para carros maiores e caros. Agora, já estão em 25%
dos básicos e em 35% dos intermediários do segmento de entrada. No nível de segurança veicular, a produção média local ainda está uns seis anos atrasada em relação à Europa Ocidental, mas à medida que novas arquiteturas globais cheguem e as vendas voltem a crescer, a defasagem diminuirá. O ritmo será ditado, de novo, pelo poder aquisitivo ou “riqueza” dos compradores. Em termos de segmentação por tipo de carroceria o mercado brasileiro apontou em direção aos SUVs e a tendência vai se aprofundar porque ainda há poucos modelos (EcoSport e Duster) na categoria de SUVs compactos. A atual distribuição entre veículos de passageiros se apresenta assim: 60%, compactos (41% hatches, 18% sedãs e 1% peruas); 14%, picapes; 9%, médios; 4%, monovolumes; 1%, grandes; 10%, SUVs e 2%, outros. A preferência pelos utilitários esporte tem explicações que vão da visibilidade à possibilidade de lidar melhor com piso irregular ou sem pavimentação, mas passa igualmente pela evolução financeira dos clientes da indústria. A previsão de estreia de pelo
menos três novas versões compactas no próximo ano (HR-V, Renegade e 2008) e lançamentos também de SUVs médios apontam que esse tipo de carroceria representará em curto prazo 15% do mercado, à custa de sedãs e monovolumes, principalmente. Caminho ainda pouco claro diz respeito aos subcompactos. As famílias brasileiras decidiram ter menos filhos e, desse modo, diminuiria a exigência por porta-malas grande. Por outro lado, aumentarão as famílias que poderão adquirir um segundo carro e poderia ser um subcompacto: dimensões menores oferecem vantagens na cidade e facilidade de estacionar. Teria menor consumo de combustível (em especial ante um SUV pequeno) e preço em conta, porém há dúvidas sobre sua aceitação nos próximos anos. Câmbio automático pode atrair mais interessados, pois além do maior conforto no trânsito, ganhou em eficiência energética e também se beneficiaria da folga financeira. Até preferência de cores mudou. Por décadas o branco, em um país de clima quente, ficou de lado e agora divide a preferência com prata e preto.
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Fernando Calmon
ROMBO nas contas externas brasileiras deixa mais distante a possibilidade de voltar o livre comércio entre Brasil e México, a partir do próximo ano. As cotas de importação devem continuar e os fabricantes sabem não haver solução de curto prazo, salvo se ocorrer grande desvalorização do real, fora das previsões da maioria dos analistas. PREÇO é bem salgado – quase R$ 80.000, quando chegar à rede de concessionárias –, mas o Fiat 500 Abarth convence pelo conjunto. Necessidade de alterações na carroceria prejudicou um pouco a pureza de estilo. Quadro de instrumentos digital agora ficou muito bom com o fim do conflito de ponteiros. Pontos altos: motor de 167 cv/23 kgfm e suspensões não excessivamente duras. SAVEIRO cabine dupla comprova no dia a dia que atende a quem exige espaço maior para carga e flexibilidade para transportar no banco traseiro até três pessoas (Strada, apenas duas). Portas são as mesmas do Gol 2-portas, mais largas. Novo motor de 1,6 L/120 cv é econômico e referência em termos de suavidade
Divulgação VW
RODA VIVA
saveiro cabine dupla acomoda até três pessoas no banco traseiro. Portas são do Gol 2-portas
de funcionamento, embora não seja o mais potente. ESTILO ousado, sem dúvida, o novo Jeep Cherokee tem de sobra, principalmente na parte frontal. Se vai agradar aos fãs ou atrair novos clientes, como já acontece nos EUA, é cedo para dizer no caso do Brasil. A mecânica está bem provada, inclusive o motor V6 de 271 cv. Acabamento e materiais são de boa qualidade, porém há rangidos inexistentes na geração anterior. EURO NCAP, que faz testes de colisão, terá um sistema de pontuação dupla a partir de 2016. Admitirá certos equipamentos de segurança como opcionais, na Europa, o que permitirá a carros menores (com limitações de preço) obter cinco estrelas máximas sem as penalizações atuais. Finalmente um pingo de bom senso, que falta no Latin NCAP.
LEITORES perguntam por que os números da frota registrada pelo Denatran e Detrans não são confiáveis. Simplesmente porque, ao contrário do controle total sobre veículos novos, os antigos que já não rodam são abandonados sem baixa oficial nos registros. Isso se dá pela burocracia e altos custos para os proprietários. Problema que se acumula há anos sem sinal de solução. RENAULT rejuvenesceu o Fluence para manter capacidade de competir no segmento de sedãs médios-compactos que representam 8% do mercado, mas têm oferta altamente diversificada: uma dúzia de opções. Parte frontal segue a linguagem estilística da marca e LEDs estão nas lanternas traseiras. Quadro de instrumentos digital, novo sistema multimídia e travamento automático das portas com chave no bolso completam o modelo, sem
alterações mecânicas e de preços: R$ 66.890 a 82.900. OUTRO a entrar na onda aventureira, o Chevrolet Spin Activ, apenas na versão de cinco lugares, marca o visual pelo estepe fixado na porta traseira que ainda atrai por aqui, mas cai em desuso no exterior. Sensor de distância traseiro é de série, o que diminui a possibilidade de o pneu protuberante danificar outros carros em manobras. Dinâmica do Spin não se alterou pelos bons ajustes de suspensão, mas 60 kg acrescentados em razão do suporte do estepe já se sentem no desempenho. HONDA prepara renovação total de seus motores, inclusive no Brasil. Para cá serão todos turboflex: 3-cilindros, 1 L/140 cv e 4-cilindros, 1,5L/200 cv. Há ainda o 2 L/300 cv, importado.
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portal
| automotive business
As novidades que você encontra em www.automotivebusiness.com.br VOLKSWAGEN GOLF passA A SER IMPORTADO DO MÉXICO As concessionárias Volkswagen começam a vender o novo Golf produzido em Puebla, no México. Até então o carro vinha da fábrica de Wolfsburg, na Alemanha. O modelo é oferecido em três versões, com preços que partem de R$ 69.510. Os motores utilizados no hatch têm quatro cilindros, turbo e injeção direta de gasolina (TSI). A partir do segundo semestre de 2015 o modelo será montado também no Brasil, em São José dos Pinhais (PR).
CITROËN LANÇA C4 LOUNGE COM MOTOR 1.6 THP FLEX Chega ao mercado nacional o Citroën C4 Lounge com motor 1.6 THP Flex. São duas configurações para o carro, Tendance, por R$ 78.790, e Exclusive, por R$ 85.490. Em vez dos 165 cavalos do THP a gasolina, o novo propulsor bicombustível produz até 173 cavalos com etanol. Com o derivado de petróleo agora são 166 cv.
CONTINENTAL INVESTE NO CAMINHÃO INTELIGENTE A divisão de sistemas para veículos comerciais da Continental prepara alguns pacotes de automação e conexão que podem trazer reduções expressivas de custos para o transporte rodoviário de cargas. A eletrônica e a conectividade em rede tornam o caminhão inteligente, capaz de reconhecer a rota à frente e tomar decisões automáticas de operação, sem a dependência do motorista, como acelerações e trocas de marcha no tempo exato para economizar combustível e aumentar a segurança.
WEB TV www.automotivebusiness.com.br/abtv Entrevista
Entrevista
Noticiário
Rogelio Golfarb, da Ford, analisa os bons resultados da empresa com o lançamento do Novo Ka.
O CEO global da Jaguar Land Rover, Ralph Speth, fala das expectativas para a produção nacional.
Balanço semanal dos acontecimentos mais importantes do setor automotivo – em edições compactas.
EXCLUSIVO QUEM É QUEM A ferramenta exclusiva e gratuita traz os contatos de quem comanda o setor automotivo. automotivebusiness.com.br/ quemquem.aspx
ESTATÍSTICAS Acompanhe a evolução das estatísticas das principais organizações do setor. automotivebusiness.com.br/ estatisticas.aspx
REDES SOCIAIS
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CARREIRA
roberto Leoncini
aproxima Mercedes-Benz dos clientes CAMILA FRANCO
O
novo vice-presidente de vendas, marketing e pós-vendas revela como um dos principais desafios desenvolver ampla gama de serviços
abraçar a nova família. Sempre gostei da marca, conhecida pelo prestígio, por levar emoção desde o automóvel ao extrapesado. Queria esta emoção para a minha vida.
próximos, fazer do caminhão nossa responsabilidade. Assim, os frotistas concentrarão as preocupações nos negócios. Há bastante oportunidade para aprimorar o pós-vendas.
AUTOMOTIVE BUSINESS – Quando iniciou as novas atividades e por que decidiu se unir ao time da MercedesBenz? ROBERTO LEONCINI – Em junho. Estava há 26 anos na outra empresa (Scania), tinha acabado de completar 50 anos e comecei a refletir sobre a minha vida. Neste momento, Philipp Schiemer, presidente da Mercedes, me procurou com grandes desafios para longo prazo, como o desenvolvimento de produtos Euro 6. Me senti bastante estimulado e decidi
AB – Quais são os seus novos desafios? RL – Sincronizar o desenvolvimento de produtos com soluções de transporte. No discurso é fácil, mas superar as necessidades dos clientes é bastante desafiador. Já oferecemos amplo portfólio e temos rede estruturada, com 184 concessionárias. Agora estamos estruturando uma série de serviços. Isso inclui atendimento nas oficinas dos nossos clientes, treinamento dos motoristas. Vamos nos tornar cada vez mais
AB – Qual é a expectativa para o mercado de caminhões e ônibus este ano? RL– 2014 deve ser encerrado com 130 mil caminhões e 25 mil ônibus. O ano que vem deve se aproximar deste patamar, podendo ter mil a mais ou mil a menos. Dependemos da publicação das novas regras do PSI/Finame e de outras medidas econômicas que ajudem o mercado a reagir o quanto antes. A renovação de frota também contribuirá para evolução. Resta saber quando. n
EXECUTIVOS SAE BRASIL – Otacilio Gomes (foto 1) é o novo diretor geral da associação dos engenheiros. Substitui o gerente Mario Farah, que por mais de 10 anos ocupou o cargo. B MW – Nomeou Nina Dragone (foto 2) como nova diretora de marketing e produto da marca no Brasil. A executiva deixou a diretoria da Mini. FOTON CAMINHÕES – Contratou Alcides Cavalcanti (foto 3) como diretor de pós-venda e clientes estratégicos. Há 28 anos no setor, passou por Volvo, Volkswagen e Iveco. Despede-se de Orlando Merluzzi, que ajudou a marca se firmar no Brasil e agora se dedica ao lançamento de sua consultoria, a MA8 Management Consulting Group. FPT INDUSTRIAL – Alexandre Xavier (foto 4) assume diretoria de engenharia para a América Latina. NAVISTAR – Renato Arroyo (foto 5) é o novo diretor financeiro na região Mercosul. VOLVO CARS – Anunciou novo diretor comercial e de desenvolvimento de rede no Brasil: João Oliveira (foto 6), há mais de 11 anos na empresa. VOLVO CAMINHÕES – Terá novo presidente na América Latina a partir de 2015: Claes Nilsson (foto 7), no lugar de Roger Alm, que comandará a companhia na Europa.
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NEGÓCIOS
PONTO DE VISTA Não há como crescer mais sem que a indústria tenha dinamismo. Crescer pela indústria é sempre o melhor caminho Armando Monteiro Neto, que assumirá o ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), ao defender que a indústria e a competitividade terão papel central na agenda durante sua gestão.
Produção
CAOA MAIS PRÓXIMA DOS FORNECEDORES
A
Caoa reuniu em Anápolis (GO) cerca de 25 fornecedores e potenciais parceiros para tratar do adensamento da cadeia de suprimentos na região que abriga a sua fábrica de veículos. A companhia mostrou no evento a estratégia da localização de componentes e lançou a ideia da instalação de um condomínio industrial para médios e baixos volumes. Com as discussões, a Caoa pretende aprimorar processos, cumprindo as exigências do Inovar-Auto e o nível de competitividade e qualidade dos modelos fabricados em Anápolis. A fábrica da região recebe investimento total de R$ 1,8 bilhão. Ali são feitos os caminhões pequenos HR e HD78 e os utilitários esportivos ix35 Flex e Tucson.
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Mercado
ANFAVEA PROJETA CRESCIMENTO EM 2015
A
Anfavea espera que o fim de 2014 encerre também o ciclo de retração do mercado brasileiro. Enquanto 2014 deve terminar com queda de 7% a 8%, para 3,4 milhões de veículos, o próximo ano poderá trazer avanço em torno de 8,8%, para perto de 3,7 milhões de veículos, nível similar ao registrado em 2013. “Se conseguirmos manter o atual ritmo de vendas diárias deste segundo semestre, entre 14 mil e 15 mil, teremos crescimento em 2015”, calcula Luiz Moan, presidente da associação dos fabricantes de veículos.
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negócios
Estudo
ALTO POTENCIAL DE VENDAS NA PERIFERIA
A
indústria automotiva deve olhar com atenção para os jovens adultos moradores da periferia. Pesquisa da Serasa Experian mostrou que o maior potencial de venda de veículos está entre esses consumidores. Eles compõem um dos 11 grupos
dominantes da população brasileira analisados. Esse público foi responsável por 21,7% dos 2,74 milhões de consultas de crédito para a compra de veículos realizados de julho a setembro de 2014, o que comprova o interesse no carro novo.
PARTICIPAÇÃO NAS CONSULTAS DE CRÉDITO PARA A COMPRA DE VEÍCULOS Participação
Grupo
(em %)
Jovens adultos da periferia
21,70
Adultos urbanos estabelecidos
19,50
Massa trabalhadora urbana
13,00
Donos de negócio
12,60
Juventude trabalhadora urbana
11,20
Elites brasileiras
7,10
Habitantes de áreas rurais
4,90
Moradores de áreas empobrecidas do Sul e Sudeste
4,80
Habitantes de zonas precárias
2,30
Experientes urbanos de vida confortável
2,10
Envelhecendo no século XXI
0,70
Nova gestão
ALARICO ASSUMPÇÃO ASSUME A FENABRAVE
A
Fenabrave, federação dos distribuidores de veículos, tem novo comando. Alarico Assumpção Jr. assume a presidência da entidade para o período de 2015 a 2017. O executivo atua no setor automotivo há mais de 40 anos e desempenhava até então a função de diretor-executivo da entidade. Assumpção sucede Flávio Meneghetti, que liderou a Fenabrave de 2012 a 2014.
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negócios
Fórum
A RETOMADA DOS NEGÓCIOS NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
A
retomada dos negócios na indústria automobilística será o assunto de maior destaque setorial no primeiro semestre de 2015. Será também o tema principal do VI Fórum da Indústria Automobilística, dia 6 de abril, no Golden Hall do Sheraton WTC, em São Paulo. O evento, que tradicionalmente promove o networking entre os participantes, terá como ponto alto o workshop Cadeia de Suprimentos e Engenharia, que convida uma centena de diretores, gerentes e supervisores das montadoras para atender os participantes do fórum em estandes reservados para cada marca fabricante de veículos. Em 2014 cerca de 120 representantes das montadoras aceitaram o convite para o encontro. Informações sobre o fórum estão disponíveis em www.automotivebusiness.com.br.
Fusion Hybrid
FORD COMEMORA VENDA DE MIL UNIDADES
A
Ford alcançou a marca de mil unidades vendidas no Brasil do Fusion Hybrid em dezembro. Lançado em 2010, o carro foi o primeiro híbrido a ser vendido no País. Hoje o automóvel, que combina um motor elétrico e um a gasolina, é líder de vendas do restrito segmento, que conta apenas com mais um concorrente, o Toyota Prius. O veículo também se destacou no Conpet, etiquetagem veicular do Inmetro, como o mais eficiente do País. Com o lançamento da nova geração do sedã, há um ano, as vendas da versão híbrida saltaram de 106 carros em 2013 para 631 unidades entre janeiro e novembro deste ano. O crescimento aconteceu apesar da diferença de R$ 7 mil no preço na comparação com a versão a gasolina. O Fusion Hybrid chega às concessionárias por R$ 135.100.
Desenvolvimento
INDÚSTRIA OTIMISTA COM NOVO MINISTRO
A
escolha do novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) deixou a indústria automotiva satisfeita. “Avaliamos que a escolha do senador Armando Monteiro Neto integrará as relações do governo com o setor produtivo em razão do seu amplo conhecimento dos desafios da indústria e das formas de aumentar a competitividade da indústria brasileira”, destacou em nota Luiz Moan, presidente da Anfavea. Monteiro, que já foi presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) de 2002 a 2010, manifestou em seu primeiro pronunciamento oficial à imprensa preocupação com a perda de competitividade da indústria brasileira, com saldo comercial negativo e queda das exportações de manufaturados.
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Para rodar com mais segurança, nosso país tem a força do aço Gerdau. A força da transformação.
O aço da Gerdau tem a força da transformação. A indústria automotiva vem evoluindo na construção de veículos mais eficientes, confiáveis e seguros. Sempre ao seu lado, o aço da Gerdau se transforma em produtos de alta tecnologia, que fazem parte dos carros, caminhões e ônibus que rodam pelo Brasil e pelo mundo.
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negócios
Negócios
DÜRR CRESCE COM INVESTIMENTOS DAS MONTADORAS
A
Dürr, que fornece robôs para cabine de pintura e montagem final às fábricas de veículos, completa 50 anos no Brasil como a primeira subsidiária da organização fora da Alemanha. A data foi marcada pela visita do CEO global da empresa, Ralf Dieter. Segundo ele, as receitas da companhia no Brasil cresceram 30% nos últimos três anos e somaram t 200 milhões em 2013, o que representa 8% dos negócios globais da organização. “Nossos resultados no Brasil avançaram porque estão diretamente ligados aos vultosos investimentos do setor automotivo em modernização, ampliação e construção de novas fábricas”, analisa o executivo. Os bons resultados, contudo, começam a ser afetados pelo cenário econômico desfavorável. “Este ano foi mais difícil para nós e deveremos fechar com faturamento quase igual ao de 2013”, afirma Dieter. Para o executivo, os investimentos anunciados das montadoras no País, que segundo a associação dos fabricantes, a
Anfavea, devem superar R$ 75 bilhões de 2013 até 2018, “são factíveis, mas podem acontecer com intensidade menor, pois foram programados em momento mais favorável, quando havia grande
crescimento da demanda”. Para 2015, as projeções são melhores: “Deverá ser um ano positivo, pois não existem os fatores negativos que impactaram no desenvolvimento do País em 2014.” (Pedro Kutney)
Renault
FÁBRICA DE MOTORES FAZ 15 ANOS
A
Renault comemora os 15 anos de sua fábrica de motores, instalada no complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR). Já foram produzidos ali mais de 3,2 milhões de propulsores desde 1999, ano da inauguração. A instalação tem capacidade para fazer 400 mil unidades por ano e abastece, além das linhas de montagem brasileiras, países como Argentina e Colômbia. Atualmente, na planta trabalham 450 pessoas. A unidade faz propulsores 1.0, 1.2 e 1.6 de 8 e 16 válvulas, com versões a gasolina e flexíveis. Eles equipam modelos como o Logan, Duster, Sandero, Clio, Kangoo e Fluence, além dos Nissan Livina e March.
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negócios
Valor de revenda
CHEVROLET ONIX TEM MENOR DESVALORIZAÇÃO
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MAIOR VALOR DE REVENDA
Depreciação depois do primeiro ano de uso (em %) categoria
vencedor geral entrada hatch compacto hatch médio hatch premium sedã pequeno sedã médio sedã grande perua monovolume minivan picape pequena picape média suv compacto suv grande comercial
modelo
desVALORIZAÇÃO
Chevrolet Onix Fiat Palio Fire Chevrolet Onix Volkswagen Golf Fiat 500 Hyundai HB20S Toyota Corolla Ford Fusion Fiat Palio Weekend Honda Fit Chevrolet Spin Fiat Strada Toyota Hilux Ford EcoSport Honda CV-V Renault Master
8,5 10,9 8,5 10,3 12,4 11,6 12,7 13,1 13,8 11,7 12,7 11,2 13,2 11,1 11,9
primeira edição do prêmio Maior Valor de Revenda, realizado pela Autoinforme, reconheceu o Chevrolet Onix como o carro que menos se desvalorizou depois de um ano de uso na comparação com a versão zero-quilômetro. Levantamento da agência apurou que o modelo teve depreciação de 8,5% no período, a menor entre todos os modelos e categorias pesquisadas. O estudo considerou os 100 modelos e versões zero-quilômetro mais vendidos.
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10,7 Fonte: Autoinforme/Molicar
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negócios
Pneus
CONTINENTAL PERTO DA CAPACIDADE MÁXIMA
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nquanto a produção diminui para as montadoras de veículos, a fábrica de pneus Continental, em Camaçari (BA), vem produzindo perto do limite de sua capacidade anual de 7 milhões de unidades para carros de passeio e picapes e outros 500 mil para caminhões. Em 2014, o fornecimento para montadoras de automóveis cresceu 4%. Para o segmento de reposição tanto de veículos leves como pesados obteve alta de 5%. A empresa busca equilíbrio no fornecimento a
fabricantes de veículos, aftermarket e exportações (para México, Estados Unidos e Canadá). Nas vendas para a indústria de caminhões a Continental teve queda de 12%. Ao que parece, os negócios no País fizeram a companhia rever o anúncio de ampliação da capacidade produtiva previsto para o início de 2015. “Do jeito que está o mercado, não existe previsão de investimento em curto prazo”, disse o diretor superintendente da empresa, Renato Sarzano. (Mário Curcio)
Agora nacional
resende passa a montar march novo e ANTIGO
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Nissan começa a produzir no Brasil a geração antiga do March, que será a versão de entrada do modelo, com preço sugerido de R$ 30.990. Em versão única, o carro tem motor 1.0 de 16 válvulas e 74 cavalos de potência. O carrinho tem o desenho dianteiro da geração que estreou no Brasil em 2011 e continuava a vir do México, mesmo com a inauguração da fábrica de Resende (RJ) em abril. Naquele período a fabricante lançou o New March, já montado no País e com desenho dianteiro remodelado.
Chinesa
FOTON PODERÁ FAZER PICAPES NO BRASIL
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Foton estuda a produção de caminhões pesados, picapes e até veículos de passageiros no Brasil. A possibilidade foi aberta por um acréscimo feito ao protocolo de intenções que a empresa tem como o governo do Rio Grande do Sul, onde construirá sua fábrica para a montagem de caminhões médios a partir de 2016. O aditivo foi assinado pelo vicepresidente da Beiqi Motors, Wang Xiangyin, durante reunião com o governador do Estado, Tarso Genro. “É a primeira vez que os chineses falam sobre esta intenção com a gente. Vamos conversar agora sobre esta linha e a lógica é fazer tudo aqui”, afirma Luiz Carlos Mendonça de Barros, presidente da Foton Caminhões no Brasil, em nota distribuída à imprensa.
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Projeção
BRASIL: 7 MILHÕES DE VEÍCULOS POR ANO
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Anfavea, associação que representa os fabricantes de veículos, fez projeção impressionante para o mercado brasileiro. A entidade estima que o mercado nacional absorverá 7,4 milhões de veículos por ano no longo prazo, a partir de 2034. Isso se não houver grande mudança no cenário econômico e o País mantiver crescimento médio de 3,7% ao ano até lá. A estimativa tomou como base a taxa de motorização da população brasileira, que hoje está em torno de 5,1 habitantes por veículo, e a provável evolução do PIB per capita, atualmente de US$ 11,2 mil/ano. No pior cenário esperado, o avanço seria de 2,9% ao ano, chegando a 6,3 milhões de unidades vendidas em 2034; e numa expectativa mais otimista, de expansão dos licenciamentos na ordem de 4,3% ao ano, seria criado um mercado de 8,3 milhões. Os dados fazem parte do estudo “2034 – Uma Visão do Futuro”, apresentado pela companhia em seminário durante o Salão do Automóvel de São Paulo, no início de novembro. (Pedro Kutney)
Estreia
IVECO LANÇA SEU 1º ÔNIBUS NO BRASIL
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streante no segmento de ônibus, a Iveco lançou chassi de 17 toneladas durante a Fetransrio, feira do transporte que ocorreu no início de novembro no Rio de Janeiro. O modelo se encaixa no segmento mais expressivo do mercado brasileiro, responsável por 60% das vendas. A novidade é baseada no Eurorider, ônibus bastante difundido na Europa, e rodou mais de 600 mil quilômetros em testes no Brasil. O chassi 170S28, já produzido na fábrica da companhia em Sete Lagoas (MG), é indicado tanto para o segmento urbano quanto para o de fretamento. O ônibus é equipado com motor dianteiro Euro
5 FPT N67 com 270 cavalos. A Iveco pretende acelerar as vendas já no primeiro ano do modelo no mercado nacional e alcançar 5% de participação no segmento de 17 toneladas. A rede de
concessionárias de caminhões já consolidada será uma ferramenta importante para isso, apesar de a empresa não descartar a criação de uma rede exclusiva para ônibus no futuro. (Sueli Reis)
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Elétrico
RENAULT TWIZY MONTADO NO BRASIL
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Itaipu Binacional iniciou a montagem da primeira de 32 unidades do Renault Twizy em Foz do Iguaçu (PR). O projeto é fruto de acordo de cooperação tecnológica entre a empresa e a montadora, que pretende estudar as possibilidades de nacionalização do modelo elétrico. O veículo vai atuar no sistema de mobilidade inteligente da hidrelétrica, como solução logística inovadora. A ideia é procurar fornecedores de autopeças para o modelo no mercado local. A expectativa da Itaipu é encontrar ao menos 60% dos fabricantes dos componentes e alcançar índice elevado de nacionalização.
t 85,6 bilhões
GRUPO VOLKSWAGEN ANUNCIA INVESTIMENTO GLOBAL
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eterminado a tomar a liderança do mercado global, o Grupo Volkswagen anunciou novo plano global de investimentos. O generoso pacote de t 85,6 bilhões será aplicado de 2015 a 2019 no desenvolvimento de novos veículos, inovação, tecnologia e aumento da presença global da companhia. “Vamos continuar investindo no futuro para formar um grupo líder tanto em termos ecológicos quanto no aspecto econômico, com os melhores e mais sustentáveis produtos”, apontou Martin Winterkorn, presidente do conselho de administração da organização, em comunicado.
emissão zero
TOYOTA COMEÇA A VENDER CARRO A CÉLULA DE HIDROGÊNIO
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Toyota começou a vender em dezembro o sedã Mirai, seu primeiro veículo movido a célula de hidrogênio. O modelo é oferecido no Japão pelo preço equivalente a US$ 57,4 mil (R$ 150 mil). As vendas nos Estados Unidos e Europa ficaram para 2016. “Essa tecnologia irá mudar nosso mundo”, disse o diretor administrativo da Toyota, Satoshi Ogiso, na apresentação em Newport Beach, na Califórnia. Com ele, a fabricante espera reproduzir o sucesso do híbrido Prius, oferecendo um veículo elétrico cuja tecnologia emite apenas vapor de água a partir da reação entre o hidrogênio – combustível da bateria – e o oxigênio. O veículo promete entregar autonomia de 480 quilômetros e potência de 153 cavalos.
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Energia
HONDA APOSTA EM BONS VENTOS
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Honda colocou em operação o primeiro parque eólico de um fabricante de veículos no Brasil. A aposta é que a força dos ventos de Xangri-lá (RS) seja suficiente para suprir com folga todo o consumo de energia elétrica de 70 mil megawatts por ano da fábrica de automóveis da Honda em Sumaré (SP). “Este investimento (de R$ 100 milhões) vai reduzir em 30% as emissões de CO2 da nossa planta e evitar a emissão de 2,2 milhões de toneladas por ano”, explica Carlos Eigi, presidente da Honda Energy, subsidiária criada especialmente para administrar o
novo negócio, único da companhia em todo o mundo. “Nosso foco não é financeiro, mas atender nossas metas de sustentabilidade (de reduzir em 30% das emissões globais de CO2 no período de 2000 a 2020 em todas as operações do grupo)”, destaca Eigi. Mesmo que a intenção não seja essa, a geração eólica parece ser um bom negócio também. O executivo não revela o custo da energia gerada em Xangri-lá, mas admite que o preço do megawatt “é de 40% a 45% mais barato do que a energia comprada hoje da
CPFL para Sumaré”. Segundo ele, o investimento deverá ser pago em sete anos. Como Xangri-lá tem capacidade para gerar 95 mil MW por ano e Sumaré consome 70 mil, se os ventos gaúchos forem favoráveis podem ainda sobrar 25 mil MW/ano que entram como crédito na conta de luz da Honda. A Honda já estuda a expansão do negócio para fornecer energia limpa a outras operações no Brasil, como a fábrica de motos de Manaus (AM) e a nova planta de automóveis no interior paulista, em Itirapina, que começa a produzir até o fim de 2015. “Itirapina tem a mesma capacidade de Sumaré, em torno de 120 mil carros/ano em dois turnos, portanto precisaríamos de mais um parque igual a este de Xangri-lá. Já para Manaus seria necessário quase o dobro disso, entre 18 e 20 geradores”, prevê Eigi. O executivo admite a intenção da Honda em ampliar sua geração eólica, mas não confirma quando isso pode ocorrer. Ele avalia que não seria possível colocar mais turbinas no mesmo terreno de Xangri-lá. (Pedro Kutney)
Comemoração
MANN+HUMMEL FAZ 60 ANOS DE BRASIl
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Mann+Hummel, uma das principais fabricantes mundiais de filtros automotivos, dona das marcas Mann-Filter e Purolator, completa 60 anos de atividades no Brasil. A marca oferece filtros automotivos de ar, óleo e combustível, produzidos em Indaiatuba (SP), na maior unidade do grupo fora da Europa. A empresa tem fábricas também em Contagem (MG) e Manaus (AM). A filial brasileira, fundada em 1954, que possui 1.400 colaboradores, integra uma organização alemã com faturamento global de t 2,77 bilhões em 2013.
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negócios
Desenvolvimento
IPT ESTIMULA TECNOLOGIA
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cordo para apoio tecnológico às micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), com recursos de R$ 10 milhões, foi firmado entre o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo. A iniciativa viabilizará 700 atendimentos às empresas nos próximos cinco anos, visando a impulsionar a competitividade nos mercados interno e externo com o aperfeiçoamento de produtos e processos. Mari Katayama, diretora do Núcleo de Atendimento Tecnológico à Micro e Pequena Empresa do IPT, que será responsável pelo atendimento às companhias, explica que um problema atual é o despreparo de algumas MPMEs para cumprir as exigências técnicas de grandes clientes, como os da indústria automobilística e do setor de petróleo e gás. Ela lembra que na concorrência externa as dificuldades se As empresas interessadas devem entrar em contato ampliam, uma vez que é necessário conhecer diretamente com o Núcleo de Atendimento Tecnológico à Micro e Pequena Empresa do IPT, pelos telefones previamente os regulamentos técnicos do 11 3767-4204/3767-4471 ou pelo e-mail ntmpe@ipt.br mercado-alvo, adequando os produtos antes de iniciar a comercialização.
Fornecedores
TECFIL PREMIA MELHORES parceiros DE 2014
A
fabricante de filtros automotivos Tecfil realizou a 17a edição do evento “Projeto Fornecedor”, para premiar os melhores parceiros de sua cadeia de suprimentos. A eleição é feita com base no IQF (Índice de Qualidade de Fornecimento) a partir dos quesitos estabelecidos pela Tecfil. Segundo a empresa, a cada ano vem sendo notada melhora nos resultados de cada avaliado. Este ano a lista dos melhores teve 13 fornecedores, dois a mais que em 2013: Agel (Barueri, SP), Artecola (Diadema, SP); Hovomex (México); Germol (SP); Incoflandres (São Paulo); Gráfica Rex (RS); Newtec (Guarulhos, SP); Ondulapel (Guarulhos, SP); Licav (Limeira, SP); Usiminas (São Paulo); Neenah Gessner (Alemanha), Sherwin-Williams (São Paulo) e Sika (SP). Também foram premiados com troféus em quatro categorias os fornecedores que mais se destacaram. Veja abaixo.
VENCEDORES DO 17º PROJETO FORNECEDOR TECFIL Qualidade de Produtos – Gráfica Rex Pontualidade de Entrega – Agel Anéis, Gaxetas e Equipamentos Ltda. tendimento Comercial – Ahlstrom Brasil Indústria e Comércio de Papéis Especiais Ltda.; Brasmetal A Waelzholz S.A Indústria e Comércio; Germol Indústria e Comércio de Molas; e Ondulapel Indústria e Comércio de Embalagens
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Trabalho reconhecido por quem nos conhece há 40 anos.
Estamos muito orgulhosos pela homenagem e reconhecimento prestados pela Mercedes-Benz do Brasil ao nosso trabalho através da 23ª edição do Prêmio Interação na categoria Inovação Tecnológica. Como fornecedora líder de soluções powertrain, a BorgWarner acredita e investe em inovações que colaboram com o desenvolvimento dos nossos parceiros.
borgwarner.com 14-32-NEGOCIOS.indd 33
feel good about driving 15/12/2014 20:07:31
PRÊMIO INTERAÇÃO
MERCEDES-BENZ PEDE INVESTIMENTO A FORNECEDORES Companhia reconheceu os 14 que mais se destacaram
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Mercedes-Benz aproveitou a entrega do 23o Prêmio Interação, que reconhece os melhores fornecedores, para destacar o desejo de manter os parceiros mais próximos. “Buscamos fornecedores que sejam como uma extensão da nossa empresa”, enfatizou Erodes Berbetz, diretor de compras da companhia no Brasil, antes de entregar os troféus. O objetivo é que a cadeia de suprimentos acompanhe os investimentos anunciados pela montadora, que somam R$ 3,2 bilhões em nove anos. A cerimônia de entrega do Prêmio Interação ocorreu em 9 de dezembro. O evento reuniu mais de 550 profissionais, que representaram cerca de 300 fornecedores da cadeia de suprimentos da marca. Foram selecionadas 14 companhias em sete categorias. “Precisamos de parceiros que queiram investir e crescer com a Mercedes-Benz”, afirmou o executivo, destacando que para a montadora buscar a melhoria contínua e
ter os fornecedores sempre próximos esta é a única maneira de oferecer uma resposta adequada ao mercado, que exige cada vez mais produtos com qualidade elevada e custos competitivos. O diretor destacou também a busca da Mercedes-Benz por elevação do conteúdo local, o que vai atrair mais negócios para a cadeia de suprimentos. Como exemplo disso, Berbetz apontou o extrapesado Actros, modelo produzido na fábrica de Juiz de Fora (MG) que alcançará 60% de conteúdo local no início de 2015. Isso permitirá que o caminhão seja financiado aproveitando 100% das condições do Finame/BNDES. MERCADO DESAFIADOR Philipp Schiemer, presidente da organização, enfatizou durante a cerimônia de entrega do Prêmio Interação que 2014 foi extremamente desafiador. “Vai ficar marcado como o ano dos três carnavais”,
disse, referindo-se ao carnaval que ocorreu em março, à Copa do Mundo e às eleições. O executivo avalia que 2015 também reserva uma série de desafios e que ainda é difícil traçar projeções. O presidente da Mercedes-Benz estima apenas que as vendas de caminhões tenham recuperação e melhorem de patamar, podendo alcançar o mesmo nível de 2013. O crescimento efetivo só deve ocorrer a partir de 2016. Independentemente da situação do mercado brasileiro, a empresa está determinada a melhorar seu desempenho localmente. “Vamos lutar para aumentar receitas e exportações e buscar todas as chances no mercado interno”, observa. O ponto de partida para esta ascensão já foi estabelecido em 2014. De janeiro a novembro deste ano a companhia superou em vendas a MAN e assumiu a liderança do mercado com 26,3% de market share. (Giovanna Riato)
VENCEDORES DO 23º PRÊMIO INTERAÇÃO I novação tecnológica BorgWarner Brasil Excelência em custos Tuper Yazaki do Brasil E xcelência operacional
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Denso do Brasil Hengst Indústria de Filtros
Excelência operacional em logística Borrachas Daud Lepe Indústria e Comércio Excelência em material indireto e serviços Seglo Logística Brasil Ipiranga Produtos de Petróleo Grupo Renova
Prêmio Especial 2014 SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial P rêmio Mercedes-Benz de Responsabilidade Ambiental Truck Bus Indústria e Comércio de Autopeças Vallourec Tubos do Brasil ZF do Brasil
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GM APONTA OS MELHORES PARCEIROS CRESCE O ÍNDICE DE EXCELÊNCIA EM PERFORMANCE E QUALIDADE DIVULGAÇÃO GM
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GM premiou dia 19 de novembro, na sua sede em São Caetano do Sul (SP), durante a terceira edição no País do Supplier Quality Excellence Award, os fornecedores que no último ano apresentaram os melhores índices de excelência em performance e qualidade. A empresa comemorou o crescimento de 50% no número de parceiros premiados. “A evolução demonstra a evolução da indústria automobilística nacional e o foco da cadeia de suprimentos na satisfação do consumidor final. Em épocas desafiadoras, como a atual, qualidade é a chave da competitividade, pois fomenta o desenvolvimento de produtos melhores e mais acessíveis”, disse Jaime Ardila, presidente da GM América do Sul. “Além de os consumidores estarem cada vez mais exigentes, as normas impostas pelos legisladores também estão ficando mais rígidas, o que demanda esforço constante dos fornecedores e fabricantes na busca pela qualidade total”, acrescentou William Bertagni, vice-presidente de engenharia do produto da GM América do Sul. A montadora está em campanha para melhorar o relacionamento com fornecedores e aumentar o grau de nacionalização dos carros Chevrolet produzidos no Brasil, com o objetivo de elevar o valor das compras nacionais que pode ser abatido de até 30 pontos do IPI, conforme a legislação criada pelo Inovar-Auto. Dentro do programa de investimento no Brasil de R$ 6,5 bilhões para o período 2014-2018 anunciado recentemente, está prevista a localização de US$ 1 bilhão em compras. O valor foi confirmado recentemente
Ardila fala aos fornecedores: indústria automobilística nacional está evoluindo rápido
PREMIADOS POR CATEGORIA hassis – Wapmolas, C Loopsmol, Urepol, Progeral, Lipos, Rassini, Zen, Neumayer, Fibam, Cebi, Sanoh, Mubea, Thyssenkrupp, SKF, Schrader, Rivets. Carroceria/Exterior – 3M (duas plantas de manufatura), Niken, Produflex, Fanandri, Asbrasil, Bruning, Delga (duas plantas de manufatura), Aisin, Huf, Stabilus, TTB, Sika. owertrain – Rudolph, P RCN, ABR, Tecnoplast, Bleistahl, Cestari, Sada, Sabó, Magneti Marelli, Gibbs, NGK, Continental, Musashi, Freudenberg, Schaeffler. istemas Elétricos – S Ciafundi, Kathrein, Omron, Tyco, Fiamm, Casco. I nterior/Segurança/ Termal – Coplac, Cobra, Copam, MTA.
por Santiago Chamorro, presidente da subsidiária brasileira da GM. “Já escalamos até agora US$ 700 milhões em compras futuras de fornecedores locais e nosso objetivo é atingir US$ 1 bilhão até o fim deste ano”, revelou o executivo. O Supplier Quality Excellence Award, premiação global da GM realizada também na Europa, América do Norte e Ásia, contempla os fornecedores que atingiram os melhores resultados em 13 critérios, como ter certificações ISO/ TS e QSB (Quality System Basic, da própria GM), fornecer componentes e subsistemas dentro dos padrões de qualidade requeridos, ter um sistema adequado de gerenciamento de programas e não causar interrupção na linha de montagem ou campanhas de pátio ou campo (carro com problemas dentro da fábrica, na concessionária ou com clientes) durante o período de 12 meses.
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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
INTERNET DAS COISAS CONECTA SETOR AUTOMOTIVO NOVA REDE VAI AUTOMATIZAR PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E APOIAR A CRIAÇÃO DE SERVIÇOS AOS CONSUMIDORES EDILEUZA SOARES
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s montadoras de carros estão entre as indústrias que mais devem se apoiar na Internet of Things (IoT), ou internet das coisas, que conecta máquinas a máquinas (M2M) e pessoas pelos dispositivos vestíveis, integrados a óculos, relógios e outros acessórios. Segundo especialistas, as fabricantes vão utilizar a nova rede tanto para automatizar processos industriais como para prestar serviços aos clientes por meio de chips inteligentes embarcados nos veículos. Um estudo mundial da consultoria Gartner prevê taxa de crescimento da IoT no setor automotivo de 96% até 2015. Em 2013, o segmento tinha 96 mil dispositivos baseados na tecnologia e no próximo ano esse
número chegará a 372,3 milhões e saltará para 3,5 bilhões em 2020. A IoT é considerada uma das peças-chave dos projetos do carro autônomo, previsto para chegar às ruas por volta de 2020. Essa nova internet vai permitir a comunicação M2M com os inúmeros sensores, câmeras de vídeo e dispositivos embarcados nos veículos inteligentes. CONECTIVIDADE A indústria automotiva já está usando a IoT para prestar serviços aos consumidores, informa Marise Luca, diretora de soluções de transporte da Ericsson na América Latina. Segundo ela, o carro conectado está embarcando sensores para informar aos motoristas quando devem fazer
manutenção de seu automóvel. “Os consumidores serão avisados, por exemplo, sobre o desgaste de freio e onde há uma oficina mais perto para resolver o problema”, conta a executiva, que tem um projeto de IoT com companhias do setor como a Volvo Car Group. A IoT está presente, por exemplo, no modelo i3 da BMW, exibido no Salão do Automóvel 2014. O veículo traz embarcada uma solução de M2M da operadora de telecomunicações Vodafone. O veículo chega ao mercado com ConectedDrive, que integra um chip de telefonia celular ao seu painel. Pelo sistema é possível acessar internet e interagir com smartphone por aplicativos e navegação por GPS.
Internet of Things (IoT): presente no modelo i3 da BMW, exibido no Salão do Automóvel 2014
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Marise Luca, da Ericsson: carro conectado embarca sensores da internet das coisas para prestar serviços aos proprietários de carros
Um dos recursos da solução é a Central Telefônica, que liga para o Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência), em caso de acidente grave, enviando a localização do carro, informando por telemetria a quantidade de pessoas a bordo e quantos airbags estouraram. A Ford trabalha com a Intel no pro-
tótipo Mobii, uma aplicação de IoT na nuvem e integrada a smartphone. A tecnologia embarca uma câmara de vídeo no volante, com biometria para reconhecimento facial do dono do carro, além de personalizar trajetos, playlist de músicas e ajustar a temperatura do ar. Caso um estranho tente ligar o veículo, o sistema tira foto e manda para o celular do proprietário, coibindo furto. Severiano Macedo, gerente de desenvolvimento de negócios da unidade de IoT da Cisco para a América Latina, afirma que a nova internet abre possibilidade de negócios para as montadoras, com diversas aplicações, como uso de M2M na criação de serviços. Um deles é informar aos consumidores como está a montagem de seu carro.
Severiano Macedo, da Cisco: indústria pode usar a tecnologia em várias aplicações para automação de processos
Esse serviço pode ser integrado aos sites de venda de modelos customizados. “Imagine o entusiasmo do consumidor ao saber sobre as etapas de montagem de seu carro como pintura, recebimento do motor, até a chegada à loja”, diz ele, que acredita que a IoT pode ser uma estratégia para surpreender e fidelizar os clientes.
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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
APLICATIVO FAZ O AGENDAMENTO DA REVISÃO
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Takecar criou um aplicativo para concessionárias que facilita o agendamento da revisão de carros. A plataforma, que pode ser baixada no celular, analisa prazos da garantia, pesquisa preços, datas, horários disponíveis e uma série informações para agilizar a manutenção dos veículos. Segundo Marcelo Grassano, fundador da Takecar, que trabalhou na Ford e na Renault, mais de 90% dos donos de carros deixam de fazer as revisões em concessionárias credenciadas da indústria após a garantia. Entre os fatores, estão a dificuldade de agendamento dos horários e o fato de os consumidores acharem que o trabalho ficará sempre mais caro que o do seu mecânico. Grassano observa que muitas vezes o consumidor é surpreendido com orçamentos acima do esperado e
Marcelo Grassano (esquerda) e Jean Hansen, fundadores da Takecar
que não são informados com antecedência. O aplicativo da Takecar tem a missão de tranquilizar os donos de carros, prestando informações necessárias para manutenção do veículo. A solução já está em funcionando em três concessionárias da Ford no Paraná.
GRUPO ITAVEMA INVESTE EM GESTÃO DE CLIENTE
P
ara aprimorar seu atendimento, o Grupo Itavema investiu em um sistema de CRM, de relacionamento com o cliente. Com 69 lojas e oferecendo carros e serviços de 12 marcas, entre elas Fiat, Ford, Toyota e BMW, a concessionária atua nas regiões sudeste e nordeste do País. A empresa conta com uma base de dois milhões de clientes e a tecnologia implementada é da Syonet. “Com a migração conseguimos oferecer outras formas de relacionamento com o cliente, como por exemplo via mensagem curta de texto (SMS) e e-mail. Outras melhorias ocorreram na produtividade dos profissionais, na parte de agendamento de revisão, em torno de 10%, e na pesquisa de satisfação, de 30%”, informa a gerente de relacionamento do Grupo Itavema, Adriana Ferraraz.
MANUTENÇÃO DO CARRO PELO CELULAR
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Going2 Mobile apresentou nova versão do Carrorama, aplicativo gratuito, acessado pela computação na nuvem. O software transforma o smartphone em um computador de bordo do carro e interpreta informações do sistema OBD (On-Board Diagnostic) das montadoras. Pelo novo aplicativo, é possível ter em tempo real diagnóstico do veículo, com informações sobre rotação
do motor, velocidade, temperatura da água, voltagem da bateria, nível do tanque de combustível, número de chassi e posição do acelerador. O acesso aos dados varia de acordo com as informações fornecidas pela montadora e modelo do veículo, através do OBD. A partir de 2015 diversos modelos de smartphone sairão de fábrica com o Carrorama instalado.
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SUPRIMENTOS
RENAULT-NISSAN UNIFICA COMPRAS E PRÊMIO PELA PRIMEIRA VEZ NO BRASIL, ALIANÇA FAZ PREMIAÇÃO CONJUNTA DE FORNECEDORES
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pós a integração completa em abril das compras da Aliança Renault-Nissan no Brasil, também foi unificada a premiação dos melhores fornecedores das duas marcas. Em 28 de outubro as duas fabricantes de veículos com plantas em São José dos Pinhais (PR) e Resende (RJ) concederam o prêmio Renault-Nissan Awards Brasil, em sete categorias, a seis das 350 empresas que fazem parte da cadeia de suprimentos e serviços de ambas. O processo reflete a estratégia mundial da companhia em aumentar sinergias e reduzir custos. A chegada da Nissan ao País acrescentou 17 fornecedores à cadeia de suprimentos da Aliança, a maioria deles instalada no parque de Resende. “A unificação abre um leque de oportunidades. Nem fazemos mais distinção entre as duas
O prêmio para a PPG Tintas e Vernizes foi recebido por Carlos Thurler (ao centro), da divisão de marketing corporativo da empresa, ao lado de Olivier Murguet (direita), presidente da Renault do Brasil, e Flávio Almeida, diretor de compras da Aliança.
plantas ou de seus fornecedores, pois já existem empresas instaladas em Resende que vão passar a fornecer para a Renault em São José dos Pinhais, assim como outras que já forneciam para a fábrica do Paraná ganharam contratos com a Nissan”, destaca Flávio Almeida, diretor de compras da Aliança Renault-Nissan do Brasil. Ele acrescenta que de agora em diante até carros de ambas as marcas poderão ser fabricados em qualquer um dos dois lugares. “Até o momento as sinergias geradas pela Aliança reduziram T 3,2 bilhões em custos e o objetivo é elevar
este valor para T 4,3 bilhões até 2016 e avançar para T 5 bilhões nos anos seguintes”, disse o executivo. No primeiro prêmio integrado de fornecedores da Aliança Renault-Nissan, seis empresas foram reconhecidas por se destacar em critérios de qualidade, prazo, redução de custos, logística e serviços. A PPG Tintas e Vernizes foi escolhida como a melhor empresa da cadeia de suprimentos de ambas as marcas no Brasil em 2014. Para a Renault esta foi a segunda edição da premiação no País, iniciada em 2013 ainda sem participação da Nissan. (Pedro Kutney)
VENCEDORES DO RENAULT-NISSAN AWARDS BRASIL 2014 MELHOR DOS MELHORES PPG Industrial do Brasil Tintas e Vernizes PRÊMIO ESPECIAL ALIANÇA RENAULT-NISSAN Massei Uniformes MELHOR EM LOGÍSTICA Brazul Transporte de Veículos CONTRIBUIÇÃO À CONSTRUÇÃO DA FÁBRICA NISSAN/RESENDE Primax Transportes Pesados
ELHOR EM REDUÇÃO DE CUSTOS M Yazaki do Brasil ELHOR EM QUALIDADE (RENAULT) M PPG Industrial do Brasil Tintas e Vernizes ELHOR EM ENTREGAS (RENAULT) M Nemak Alumínio do Brasil ELHOR EM SERVIÇOS M Neogama
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não seria melhor
viver em um planeta
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você já vive. A tinta desenvolvida pela PPG, por ser mais leve, economiza combustível, poluindo menos a natureza. Fabricantes de veículos confiam nos nossos revestimentos perolados, metálicos e com efeitos especiais, bem como na nossa paleta de cores vibrantes e atuais para criar a identidade da marca e agregar valor real aos veículos, ajudando a tirá-los do showroom das concessionárias. Eles também contam com nossos consistentes serviços, sejam quais forem, seja qual for o local da aplicação. Nós entendemos seus fatores de custos e por isso simplificamos o modelo tradicional de pintura, através dos nossos processos compactos, para eliminar fases e camadas, usando sistemas ecologicamente corretos, com flexibilidade de cores e acabamentos de qualidade superior. A inovação constante da PPG ajuda a criar novos produtos e a fazer também um planeta sustentável e cada vez melhor para todos.
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imagem cedida pela MWM International Motores.
DA EUFORIA À CRISE OS ALTOS E BAIXOS DO ÁLCOOL COMBUSTÍVEL EM 39 ANOS
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União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) rememorou em novembro os 39 anos de criação do Proálcool, o Programa Nacional do Álcool, considerado o maior e mais bem-sucedido programa mundial de substituição em larga escala dos combustíveis veiculares derivados de petróleo pelo etanol produzido a partir da cana-de-açúcar. A história dessa iniciativa, repleta de percalços, teve sua origem relacionada à primeira crise do petróleo em 1973, quando o mundo assistiu à disparada do preço do barril e começou a buscar alternativas. O objetivo do Proálcool era substituir gradativamente a frota de carros alimentada por combustíveis fósseis por motores que funcionavam com o biocombustível renovável. Recorda a Unica que no fim dos anos 1970 a produção alcooleira atingiu um pico de 12,3 bilhões de litros e, naquela época, o Proálcool foi fundamental para que outra crise mundial do petróleo, com nova
elevação dos preços em 1979, tivesse impacto menor no Brasil. Na metade da década de 1980, quando o preço do petróleo baixava e o do açúcar subia, o Proálcool começou a ruir, pois o etanol passou a ser menos vantajoso economicamente para o consumidor e para o produtor. Por conta disso, esclarece a Unica, o combustível renovável começou a faltar regularmente nos postos e até as montadoras de automóveis passaram a desacreditar no projeto. A tecnologia flex, que permite abastecer os veículos com etanol ou gasolina em qualquer proporção, deu novo fôlego ao álcool. Em 2003 surgiu o primeiro veículo bicombustível no Brasil, um Volkswagen Gol 1.6, e a frota hoje supera 22 milhões de carros flex. Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da Unica, calcula que desde sua adoção no Brasil o etanol substituiu 2,3 bilhões de barris de gasolina, o equivalente a mais de 470 bilhões de litros do biocombustível.
No entanto, a história recente indica uma reversão de expectativas. Enquanto entre 2004 e 2010 ocorreram investimentos expressivos, com a construção de uma centena de novas usinas e 400 empresas operavam com produção de etanol, hoje o setor vive uma crise preocupante. No entender da Unica, a perda de competitividade do etanol promoveu um retrocesso no ciclo virtuoso de investimento e crescimento da indústria sucroalcooleira. Entre 2008 e 2013, mais de 70 plantas já fecharam as portas somente na região centro-sul e outras 12 unidades devem encerrar suas atividades em 2014. Em nota, a entidade assegura que a reversão do cenário atual “somente será alcançada a partir de uma política de longo prazo consistente, com a valorização de uma matriz energética diversificada e que reconheça as contribuições ambientais do etanol e da bioeletricidade”.n
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imagem cedida pela MWM International Motores.
Nossa eficiência se mede pelo reconhecimento de nossos clientes. A ID Logistics agradece a MWM International Motores pela confiança e pelo reconhecimento de estar entre os melhores fornecedores de 2013, otimizando os resultados e eficiência de seus negócios. Isso demonstra nosso comprometimento e capacidade de oferecer, sempre, a melhor solução em logística do mercado para os nossos clientes.
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PREMIAÇÃO
MWM INTERNATIONAL DESTACA FORNECEDORES divulgação mwm
FABRICANTE DE MOTORES DIESEL RECONHECEU OITO EMPRESAS DE SUA CADEIA
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fabricante de motores diesel MWM International realizou a segunda edição do prêmio de fornecedores no dia 6 de novembro, em sua sede na fábrica de Santo Amaro, em São Paulo. Oito empresas da cadeia de suprimentos e serviços receberam o Supplier Award 2014. Segundo a empresa, os fornecedores foram avaliados por meio do processo Global Supplier Rating System (GSRS), que leva em conta fatores como postura comercial,
contribuição em redução de custo, qualidade, performance de entrega, flexibilidade, capacidade tecnológica e desempenho no desenvolvimento de novos produtos. José Eduardo Luzzi, presidente da MWM International, ressalta que a premiação tem o objetivo de incentivar e fortalecer a cadeia produtiva da empresa. “Passamos a homenagear os parceiros que tiveram o melhor desempenho no ano anterior, pois desejamos incentivá-los a buscar melhorias contínuas para atingirmos, juntos,
a excelência em nossos produtos. Este prêmio é o reconhecimento a todos que estão alinhados com as políticas, práticas, qualidade e desempenho da companhia”, disse Luzzi. “Nós nos sentimos honrados em reconhecer, por meio de métricas sólidas, os fornecedores com o melhor desempenho. Demonstra que estamos no caminho certo para o desenvolvimento e aprimoramento em todos os nossos processos”, disse Paulo Rolin, diretor de compras, logística e SQE da MWM.
FORNECEDORES COM MELHOR DESEMPENHO EM 2013 Elringklinger do Brasil
Metalac SPS Indústria e Comércio
ID Armazéns Gerais
Robert Bosch
Indústria Brasileira de Artefatos
Thyssenkrupp Metalúrgica Campo Limpo
Itatrans Agility Logística Internacional
Tupy
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produto
FORD COMPLETA A NOVA LINHA KA HATCH PASSA A TER OPÇÃO 1.5 E SEDÃ, 1.0 MÁRIO CURCIO, DE SOROCABA (SP)
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Ford está completando o lançamento da nova geração do Ka. A versão hatch recebe agora a opção 1.5 de até 110 cavalos, já na rede com preço sugerido de R$ 40.390. E o sedã (Ka+), por sua vez, passa a contar com a opção 1.0 de três cilindros e até 85 cv. O preço inicial é de R$ 37.890, com previsão de chegada às concessionárias em dezembro. Os dois saem de fábrica bem equipados desde a versão de entrada SE. Ar-condicionado, vidros dianteiros e travas com acionamento elétrico são itens de série. A direção com assistência elétrica também. As novas opções chegam para brigar nos dois segmentos de maior volume, já que os hatches
pequenos respondem por 42% das vendas de automóveis no Brasil e os sedãs compactos, por 18%: “E esses mercados têm-se mostrado muito dinâmicos”, afirma o gerente-geral de marketing da Ford, Oswaldo Ramos, usando como exemplo o sucesso do Chevrolet Onix entre os hatches e do Prisma nos sedãs. Tanto hatch como sedã são fabricados em Camaçari (BA), na mesma planta do EcoSport. Durante a apresentação das novas versões, em novembro, a Ford pretendia produzir mais de 15 mil unidades do carro em dezembro. O hatch 1.5 e o sedã 1.0 diferem não só na carroceria e motor, mas na demanda. No Brasil, 58% dos hatches pequenos são 1.0. Já nos sedãs de entrada a par-
ticipação desse motor cai para 28%. Com o novo Ka essas proporções têm-se mostrado diferentes e a fábrica corre para ajustar a produção à demanda, especialmente no hatch, em que o novo três-cilindros de um litro, o mais potente do mercado, poderá tomar 80% a 90% da linha de montagem. AVALIAÇÃO Automotive Business dirigiu na região de Sorocaba as duas novas opções. O Ka+ 1.0 tem desempenho aceitável dentro de seus 85 cv, mas se comporta como todo sedã com motor de um litro, ou seja, pede reduções de marcha com mais frequência, especialmente com ar-condicionado ligado.
sedã passa a oferecer opção 1.0 de três cilindros
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o novo ka traz em todas as versões ar-condicionado, vidros dianteiros e travas com acionamento elétrico. A direção também possui assistência elétrica
A relação do diferencial parece longa demais para esse propulsor, mas foi esta a solução adotada pela Ford para conseguir bons resultados em consumo. O carro obteve a letra A no selo de eficiência energética. Na cidade, faz 8,9 km/h com etanol e 13 km/l com gasolina. Na estrada esses números passam a 10,4 km/l com o derivado de cana e 15,1 km/l no combustível fóssil. O Ka+ testado era da versão mais básica, a SE, equipada com um sistema de áudio simples e eficiente com rádio AM/FM, entrada USB, Bluetooth e o MyFord Dock, um compartimento com entrada auxiliar para conectar e também fixar acima do painel o smartphone. A tampa desse nicho permite prender celulares de diferentes tamanhos de forma a integrá-los ao carro. Volante ajustável em altura, indicador de troca de marcha e abertura elétrica do porta-malas são outros bons destaques do sedãzinho 1.0 SE. O hatch 1.5 também agrada de maneira geral. O carro avaliado era da versão topo de linha SEL, que inclui a central multimídia Sync e outros caprichos como
banco do motorista ajustável em altura e tecido de revestimento mais resistente. Mais potente, ele agrada especialmente em estrada, mas também deixa a sensação de que a relação final da transmissão privilegia consumo em detrimento do desempenho. Recebeu igualmente a letra A no selo de eficiência energética. Na cidade faz 7,9 km/l com etanol e
11,5 km/l com gasolina. Na estrada esses números sobem para 9,5 km/l e 13,6 km/l. Também colaboram para a economia de todos os novos Ka os pneus “verdes” (com baixa resistência ao rolamento) fabricados pela Pirelli e o coeficiente aerodinâmico de 0,338 para o Ka e 0,323 para o Ka+. n
Versão hatch: vendas expressivas em novembro
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ENTREVISTA | VILMAR FISTAROL
CNH INDUSTRIAL É BOM NEGÓCIO
PRESIDENTE para A AMÉRICA LATINA DIZ QUE O GRUPO JÁ PROVOU SUA VIABILIDADE E TEM GRANDE POTENCIAL DE CRESCIMENTO PEDRO KUTNEY
H
á cerca de um ano sentado na cadeira de presidente da CNH Industrial América Latina, Vilmar Fistarol vislumbra grande potencial de crescimento em todos os negócios da companhia na região, sejam caminhões da Iveco, motores da FPT ou máquinas agrícolas e de construção Case e New Holland. A nova empresa com marcas veteranas, algumas com mais de 100 anos, é derivada da antiga Fiat Industrial e também nasceu um ano atrás, após complexa engenharia financeira para separar os negócios de bens de capital e veículos leves da família Agnelli, proprietária do Grupo Fiat. Mas as sinergias continuam por todos os lados, como em compras, endereços e o próprio Fistarol, que já ser-
viu a várias operações do grupo. Contratado pela Fiat Automóveis do Brasil em 1991, em 13 anos foi diretor de compras da montadora, diretor-presidente da fundição Teksid, presidente da Fiat Argentina, vice-presidente de recursos humanos da Fiat América Latina. Desde setembro de 2013 estão sob seu comando negócios que geram faturamento em torno de s 5 bilhões por ano na América Latina, com 11 fábricas, sete no Brasil, três na Argentina e uma na Venezuela. Fistarol enfatiza que a região é estratégica para o sucesso global da CNH Industrial e que a junção das operações de caminhões, motores e máquinas já deu certo. Na entrevista a seguir que concedeu a Automotive Business, o executivo fala das potencialidades do negócio.
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fotos: DIVULGAÇÃO CNH INDUSTRIAL
ACREDITO QUE NÃO VAMOS PASSAR POR UM PERÍODO MAIS CRÍTICO DO QUE JÁ PASSAMOS. AS POTENCIALIDADES EXISTEM
Automotive Business – Faz um ano que as operações de caminhões, motores diesel, máquinas agrícolas e de construção do Grupo Fiat, antes reunidas na Fiat Industrial, foram integradas em uma nova empresa, a CNH Industrial. Quais são os resultados dessa integração na sua área de atuação, a América Latina? Vilmar Fistarol – O propósito dessa reorganização era o de construir sinergias dentro de um novo conglomerado industrial dedicado a bens de capital. Fechamos o primeiro ano dessa consolidação com resultados positivos em cada negócio específico e na complementação entre eles. Um dos objetivos era oferecer um leque completo de produtos para economias em desenvolvimento, como é o caso da região da América Latina. Isso deu certo, com a intersecção de produtos e clientes. Temos vários exemplos disso, como a Usina da Mata (em Valparaíso, SP), para a qual fornecemos quase todos os nossos produtos (colheitadei-
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ras de cana, tratores, carregadeiras e escavadeiras das marcas Case e New Holland, bem como caminhões Iveco), todos eles produzidos em nossas 11 fábricas na América do Sul. AB – Foi então boa ideia juntar operações de caminhões e maquinário agrícola e de construção? Fistarol – Sem dúvida. Apostamos nisso e já está demonstrado que é um bom negócio. AB – A CNH Industrial opera de forma totalmente independente do Grupo Fiat? Fistarol – A base de acionistas é um pouco diferente do que era até um ano atrás, quando a CNH esta-
va na bolsa americana e a Fiat Industrial era cotada na Europa. O acionista majoritário continua a ser a família Agnelli (também controladora da Fiat Chrysler Automobiles), mas as gestões são separadas. Isso não significa que não existam sinergias onde isso seja possível, como na área de compras. AB – Quanto o Brasil representa na operação da CNHI? Fistarol – O peso da América Latina para a CNH Industrial é de 19% (do faturamento líquido global de s 25,8 bilhões em 2013) e o Brasil responde por cerca de 80% (das receitas na região, cerca de s 3,92 bilhões de s 4,9 bilhões).
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ENTREVISTA
| VILMAR FISTAROL
AB – Quais são as perspectivas de negócios na América Latina? Fistarol – Temos possibilidade de crescer em todas as áreas de negócios do grupo. No plano estratégico apresentado aos analistas e investidores em maio passado, colocamos a América Latina como potencial a ser explorado. No mercado agrícola existe expansão em toda a região. Só no Brasil está projetada para daqui a dez anos a colheita de 200 milhões de toneladas de grãos, fora todo o resto da agroindústria em que o País tem posição de destaque, como na produção de carne. Na área de construção civil também enxergamos potencialidade incrível, com programas específicos do governo brasileiro como o Minha Casa, Minha Vida (de construção de moradias populares), mas também em estradas, ferrovias, portos e aeroportos, grandes obras de infraestrutura que devem dar uma arrancada após os processos de privatização. O avanço do mercado de transporte rodoviário de mercadorias e passageiros é consequência desse processo de desenvolvimento. AB – Qual a projeção da CNHI para 2015 nos mercados onde atua na América Latina e no Brasil? Fistarol – Acredito que não vamos passar por um período mais crítico do que já passamos. As potencialidades existem. Em qualquer projeção, os números sempre crescem. Então temos de gerenciar um momento específico da economia, em que existe um bocado de pessimismo. Mas sou otimista, vamos ter dias melhores. Estamos trabalhando para isso em conjunto com a Anfavea no sentido de mitigar qualquer problema com os financiamentos do BNDES/PSI, para que não aconteça
almejados 10% de participação no mercado brasileiro de caminhões. O que falta? Fistarol – A disputa doméstica ficou muito mais acirrada. Hoje tem produto sendo vendido com preços inferiores aos de um ano atrás, mesmo com todo o impacto de aumento de custos. Mas acho que nesse cenário a Iveco estabeleceu uma estratégia interessante. Estamos mantendo os produtos atuais e ampliando as ofertas, tudo com enorme esforço de localização de componentes, com investimentos nos próximos dois anos da ordem de R$ 100 milhões para isso.
DE NACIONALIZAÇÃO
AB – Essa localização é para atender o Inovar-Auto? Fistarol – Também, mas não só. Para quem tem uma ampla linha de produtos como nós, é complicado administrar toda a cadeia de valor sem altos índices de nacionalização. Todos os produtos da CNH Industrial vendidos no Brasil já têm índices para ser financiados pelo Finame, mas a questão vai além. Com a complexidade de produção e o sobe-e-desce do mercado não dá para gerenciar os tempos de produção com peças importadas. Por isso esse é um investimento que tem a ver com ganho de competitividade.
o buraco (de vendas) que ocorreu na virada do ano (2013 para 2014), com o primeiro trimestre dramático e reflexos negativos em todo o primeiro semestre. Mas vejo que o Brasil irá evoluir e ocupará seu lugar de destaque na economia mundial.
AB – A divisão de motores FPT Industrial tinha planos de fornecer para outros fabricantes de veículos na América Latina além dos clientes cativos da CNH Industrial. Esses planos continuam? Fistarol – Não só continuam como estão acontecendo. Não posso divulgar ainda os novos clientes, mas não temos barreira nenhuma quanto a isso.
AB – Nos anos 2000 a Iveco voltou ao Brasil com a fábrica de Sete Lagoas (MG), mas nunca alcançou os
AB – Os caminhões e máquinas agrícolas e seus sistemas terão projeto global ou regional?
PARA QUEM TEM UMA AMPLA LINHA DE PRODUTOS COMO NÓS, É COMPLICADO ADMINISTRAR TODA A CADEIA DE VALOR SEM ALTOS ÍNDICES
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Fistarol – A tendência é buscar sinergias globais. Nosso papel é reforçar a presença de times de engenharia locais nas plataformas mundiais, para adaptar os produtos às condições específicas de operação. As características de aplicação do
mercado inteiro da América Latina são muito duras comparadas com Europa e América do Norte, então essas adequações são absolutamente necessárias. Não são pequenos ajustes, mas grandes modificações, inclusive estruturais, por isso
temos hoje aqui cerca de 500 pessoas trabalhando na engenharia. Mas também existem projetos que nascem aqui, como no segmento de colheita de cana em que o Brasil lidera o desenvolvimento para aplicações no mundo inteiro. n
TECNOLOGIA DE BALANCEAMENTO Máxima precisão para produção de autopeças • Máquinas de balancear manuais, semi- e automáticas para suas peças: induzidos, discos de freio, embreagens, turbocompressores, eixos cardan,... • Centragem de massa e balanceamento de virabrequins • Linha de montagem, inflagem e balanceamento de rodas • Correção de massa de peças não rotativas, tais como bielas
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LANÇAMENTO
FLUENCE 2015 SOBE UM DEGRAU SEDÃ RENAULT GANHA DESIGN E ACABAMENTO MELHORES SEM AUMENTO DE PREÇO PEDRO KUTNEY
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ganhou novo design frontal, com mais presença, que agora “dialoga” com a identidade visual mundial da marca, levando à frente o avantajado losango que já está em todo o resto da linha Renault no Brasil. “Temos competidores muito
fortes e tradicionais nesse segmento, com Toyota (Corolla), Honda (Civic) e GM (Cruze), mas acreditamos que com o Fluence renovado vamos brigar pelo terceiro lugar, com pelo menos mil carros emplacados por mês”, projeta Bruno Hohmann, diretor de
FOTOS: PEDRO BICUDO
om o objetivo de vender ao menos mil unidades por mês e fazer seu sedã médio figurar entre os três primeiros da categoria no País, a Renault caprichou na renovação feita no Fluence 2015, que subiu um degrau com as mudanças. O modelo
Bem acabado, o painel do Renault Fluence 2015 ganhou cluster de instrumentos digital. A central multimídia R-Link só está disponível para as duas versões mais caras da gama. Todas as opções agora são equipadas com sistema de partida e travamento das portas por aproximação do cartão-chave.
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FICHA TÉCNICA - FLUENCE Motor (flex): 2.0, 4 cilindros, 16 válvulas Potência: 143 cv com etanol Torque: 20,3 kgf.m a 3.750 rpm Preço: R$ 66.890 a R$ 82.990
O Fluence 2015 ganhou dianteira nova, mas a traseira não sofreu nenhuma grande modificação
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lançamento
marketing da Renault do Brasil. Segundo ele, a fábrica na Argentina, onde o carro é produzido, “está pronta para atender essa demanda sem problemas”. Para fazer o Fluence repetir o sucesso dos demais carros da marca renovados, a Renault calibrou os preços para oferecer vantagens sobre os demais sedãs médios concorrentes do mercado. Com pacotes de equipamentos superiores – tanto em relação à geração passada do Fluence como em comparação com a concorrência –, os valores de tabela foram mantidos para as três versões: Dynamique com câmbio manual de seis marchas (R$ 66.890), Dynamique automático agora com câmbio CVT (R$ 71.890) e Privilège CVT (R$ 82.890). Adicionalmente, a Renault introduziu uma quarta opção à gama, o Dynamique CVT Plus (R$ 74.890), que por R$ 3 mil a mais do que o modelo de entrada oferece lista de itens quase tão completa quanto o topo de linha, incluindo a central multimídia R-Link que integra na tela tátil de 7 polegadas navegador GPS, sistema de som 3D Arkamys, conexão com telefone celular e o programa Eco-Drive, que avalia a maneira de dirigir e dá dicas de economia ao motorista. n
AGORA COM CÂMBIO CVT, o Fluence ganhou melhor desempenho do que oferecia a transmissão automática comum
BOAS QUALIDADES
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painel do Renault Fluence 2015 ganhou cluster de instrumentos digital. A central multimídia R-Link só está disponível para as duas versões mais caras da gama. Todas as opções agora são equipadas com sistema de partida e travamento das portas por aproximação do cartão-chave. São de série em todas as versões ar-condicionado digital com regulagem de temperatura dupla motorista/passageiro; direção assistida elétrica progressiva (que fica bastante rígida acima dos 80 km/h); acionamento elétrico de travas, vidros e retrovisores; regulador e limitador de velocidade (cruise control); sensores de chuva e crepuscular; computador de bordo multifuncional; e a chave-cartão hands free – pode ficar no bolso ou na bolsa, pois funciona por aproximação para travar ou destravar as portas e ligar o motor no botão start/ stop. Lanternas diurnas de LED, faróis de xênon com regulagem automática de altura e lavador, rodas de liga leve de 17 polegadas, câmera de ré,
bancos de couro e teto solar elétrico só estão disponíveis para o Fluence Privilège. Os sistemas de segurança estão acima da média brasileira: todas as opções têm cintos de segurança dianteiros com pré-tensionador e, além dos airbags frontais obrigatórios por lei, também vêm com bolsas laterais. O topo de linha Privilège tem ainda airbags do tipo cortina e controles eletrônicos de estabilidade (ESP) e tração (ASR) – infelizmente não disponíveis nem como opcionais nas demais versões, que ficam com os obrigatórios freios com ABS. O motor 2.0 de 143 cavalos (com etanol) não é o mais potente da categoria (o Honda Civic tem 155 cv e o Ford Focus 178 cv), mas tem bom torque (20,3 kgf.m) e, na prática, anda muito bem na estrada em conjunto com o eficiente câmbio CVT, continuamente variável, que não acusa o movimento de uma marcha para outra – mas simula seis velocidades para quem quiser fazer as trocas na alavanca com toques para frente ou para trás.
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EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
O moderno 1.0 TiVCT de três cilindros da Ford, com bloco de ferro fundido, é um dos motores mais eficientes do mercado
CAMINHO PARA A COMPETITIVIDADE O INOVAR-AUTO PROPÔS AUMENTO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DOS VEÍCULOS BRASILEIROS E COMEÇA A COLHER FRUTOS GUSTAVO HENRIQUE RUFFO
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ntre os desafios propostos à indústria automotiva pelo Inovar-Auto, em 2012, um dos mais importantes é o da eficiência energética, que representa um dos pilares para o setor consolidar sua competitividade em nível global. Com base na média ponderada do que a indústria vendia naquele ano foi estabelecida uma meta de melhoria mínima de 12,08% neste quesito. Atingir a meta de 15,46% vale desconto de um ponto porcentual no IPI e chegar a 18,84%, dois pontos. Quem não atender o avanço de 12,08% levará multas pesadas. Quem ficar para trás nas duas últimas será punido pelo mercado, perdendo uma vantagem competitiva nada desprezível. No grupo das marcas que saíram na frente estão Smart, Toyota, Nissan, Renault e Honda. Todas elas têm mais de 50% das versões inscri-
tas no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular com selos de eficiência energética. Vale lembrar que algumas delas ainda não incluíram todos os modelos no programa. Entre as quatro grandes, a Volkswagen é a que está melhor, com 41 de suas 82 versões com o selo, ou 50% delas em boa forma. Mas a Ford talvez seja a que mostra os maiores esforços nessa melhoria. Toda a sua linha de motores nacionais foi renovada. Os Zetec Rocam 1.0 e 1.6 deram lugar ao moderno 1.0 TiVCT e aos 1.5 e 1.6 Sigma. O 2.0 Duratec, importado do México para a fabricação do Focus na Argentina, recebeu injeção direta de combustível. Equipado com o novo motor de um litro, o Ka decolou nas vendas em novembro, tornando-se o quarto veículo mais vendido no País. Rogelio Golfarb, vice-presidente da Ford, re-
conhece que a eficiência energética apresentada pelo veículo foi dos fatores decisivos para esse sucesso: “O esforço no desenvolvimento do motor já trouxe resultados”, afirma. “Os níveis de exigência do Inovar-Auto são bastante apertados, requerendo motores modernos e outros equipamentos. Existia a injeção direta na Europa, mas ninguém havia desenvolvido no mundo essa tecnologia para etanol. Isso foi feito no Brasil. Com uma particularidade: criou-se dentro de nossa engenharia um software para eliminar o tanquinho. Com a injeção direta, a partida a frio é realizada por meio de mudança estequiométrica, com alteração das condições de injeção e de pressão dentro da câmara. É altamente eficiente do ponto de vista de operação e eficiência energética”, explica Golfarb. A montadora chegou a esse ponto
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A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DO NOVO KA É UM DOS FATORES DECISIVOS PARA SEU SUCESSO Rogelio Golfarb, vicepresidente da Ford Brasil
por conta do Inovar-Auto e também do plano One Ford, que padroniza modelos e plataformas globalmente para gerar um brutal ganho de escala. “Mas não se deve esquecer que o novo Ka foi desenhado por engenheiros brasileiros para o mundo. Não foi apenas consequência do que se decidiu lá fora. Investimos em direção elétrica, em vez de hidráulica, porque ela gera 3% de economia. Também aperfeiçoamos pneus que representam outros 3% de eficiência energética. Trabalhamos a aerodinâmica, abertura das caixas de roda e arrefecimento do motor”, diz Golfarb. Como a média do Inovar-Auto é calculada levando em conta os volumes de vendas, a adoção do motor 1.0 de três cilindros TiVCT no Ka, um veículo de entrada que já vende 10 mil unidades mensais, foi essencial.
“Todas as montadoras estão partindo para essa configuração de motor porque você otimiza a câmara de combustão (333 cm³ são melhores do que 250 cm³) e também por redução de atrito. Um cilindro a menos faz uma diferença brutal”, diz o professor Francisco Nigro, especialista em motores da USP. “O TiVCT faz parte da família Fox. É um motor completamente novo. Existem vários motores de altíssima tecnologia que não são de alumínio, como é o caso deste. Foi uma combinação de características mecânicas de rigidez do bloco e de condições térmicas que determinou a escolha dessa liga de ferro. No passado, dizíamos que o melhor motor era o quadrado, em que o curso do pistão é igual à sua largura. O nosso não é. Motores de três cilindros vi-
bram muito. A solução foi um volante de motor desbalanceado, de propósito, que puxa para o lado oposto ao que o pistão puxa. É uma solução técnica simples e eficaz que só nosso motor usa”, observa Golfarb. GANHOS DE EFICIÊNCIA Dos três fatores mais importantes no aumento da eficiência energética (massa, aerodinâmica e powertrain), os fabricantes estão atacando praticamente uma só frente do problema: o conjunto motor e transmissão. “Motor era o que estava mais atrasado no Brasil”, diz o engenheiro Eduardo Tomanik, membro da Comissão de Motores Ciclo Otto da SAE Brasil. Vitor Klizas, diretor da IHS Automotive, complementa. “Além das tecnologias plug-and-play, os investimentos em motorização são os que re-
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presentam maior oportunidade de ganho de eficiência em curto prazo.” Como a medição da eficiência energética começa em 2016, prazo é motivo mais do que suficiente para explicar o movimento. “Reduzir massa e mexer em aerodinâmica custam muito mais dinheiro do que mexer no motor. São coisas que envolvem o projeto. Além disso, os resultados do investimento em redução de massa e aerodinâmica costumam ficar aquém daqueles que a motorização mais eficiente apresenta”, diz Henry Joseph Jr., presidente da Comissão de Assuntos de Energia e Meio Ambiente da Anfavea. Os novos motores que chegam ao mercado já são sinal mais do que suficiente da busca de um consumo menor. “Quem achava que iam surgir turbos e injeção direta imediatamente pode estar decepcionado, mas a coisa está andando. Antes dis-
PARA O HORIZONTE DE 2018, 2019, O TURBO SERÁ ESSENCIAL Christian Streck, diretor-geral da Honeywell Turbo Technologies
so, serão esgotadas outras possibilidades de aumentar a eficiência, como o uso de óleo de baixa viscosidade, pneus de menor resistência ao
rolamento e por aí afora”, diz Tomanik. Apesar de termos o Focus com injeção direta, o 2.0 Duratec vem do México. O motor 2.5 flex de injeção
OPORTUNIDADE DE DESENVOLVIMENTO LOCAL
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inda que o Brasil e seus diversos times de engenharia tenham seus méritos, o Inovar-Auto foi auxiliado por estratégias globais das montadoras, como o plano One Ford. “São novas as plataformas que estão chegando”, diz Christian Streck, da Honeywell. Klizas, da IHS, confirma: “O Inovar-Auto converge suas metas para aproximar o mercado brasileiro do resto do mundo. As plataformas globais, planejadas para atingir metas em mercados mais competitivos, acabam por facilitar a seleção do pacote de tecnologias para o atingimento das metas.” Tomanik, da SAE Brasil, vê a situação com algum receio. “Quando o carro se torna global, isso reduz o custo de desenvolvimento, mas diminui a participação da engenharia brasileira.” O exemplo do Ka, claramente uma exceção, mostra que não necessariamente será sempre assim. Pode acontecer de um carro global ser desenvolvido por brasileiros para o mundo. “Até agora,
somos os únicos com uma engenharia capaz de desenhar veículos completos globais”, diz Golfarb, da Ford. Há boas oportunidades para a engenharia nacional. “Aumentar o conteúdo local é necessidade do Inovar-Auto. Muitos dos motores importados terão de ser feitos no Brasil. O que nós vemos como oportunidade são os desenvolvimentos. Vão exigir testes e engenharia”, diz Marcos Clemente, gerente de desenvolvimento experimental e numérico da Mahle. Na empresa ele dispõe de um motor de demonstração do que é downsizing. “Temos um motor 1.2 de três cilindros com injeção direta e turbocompressor que substitui um motor 2.0 de quatro cilindros naturalmente aspirado com 30% de economia”, diz o executivo, citando a oportunidade de o Brasil entrar em compasso com o resto do mundo como uma das maiores oportunidades que o Inovar-Auto oferece.
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direta da Chevrolet S10 é importado de Spring Hill, no Tennessee, EUA. Os carros turbinados vendidos no Brasil, mesmo quando fabricados aqui, caso dos Fiat Bravo e Punto T-JET, têm sob o capô propulsores importados. Segundo o professor Nigro, será assim enquanto a indústria nacional não tiver em vista para onde o Inovar-Auto vai. E ele termina em 2017. “Já deveríamos estar com o Inovar-Auto 2 engatilhado e em discussão. Até 2017 você faz soluções de amplitude menor, de curto prazo. Mas é preciso olhar para um período de dez anos. Sem perspectiva, a montadora bota pneu verde e pronto! Há também coisinhas viáveis para carros de alto volume, como o uso de start-stop e a adoção dos motores de três cilindros, por exemplo.” Christian Streck, diretor-geral da Honeywell Turbo Technologies, dá uma perspectiva mais otimista. “Querem atender o Inovar-Auto da maneira mais simples possível, mas, para o horizonte de 2018, 2019, o turbo será essencial. Em 2016 começarão a aparecer os primeiros motores na-
EM 2015 JÁ TEREMOS NOVOS PRODUTOS COM INJEÇÃO DIRETA NO BRASIL Fábio Ferreira, gerente de engenharia da divisão Gasoline System da Robert Bosch
cionais com turbo – mais para mostrar a tecnologia, lançá-la, não tanto para volume”. Para ele, a expressão do turbo será maior em um segundo momento ou quando se precisar de um passo grande para atingir a meta. “Três montadoras estão mais efetivas nas conversas conosco, mas todas nos procuraram”, admite. Fábio Ferreira, gerente de engenharia da divisão Gasoline System da Robert Bosch, também vê interesse cres-
EA211 de três cilindros é estratégico para a VW liderar etiquetagem veicular entre as quatro grandes montadoras
cente das montadoras em sistemas de maior eficiência energética, como o de injeção direta, no qual a empresa é especialista. “Em 2015 já teremos novos produtos com injeção direta no Brasil. É inquestionável que isso deve se disseminar, mas não dá para dizer quando. É a demanda que nos permitirá nacionalizar as válvulas injetoras, as centrais de controle, etc. Além da injeção direta, a Bosch possui várias tecnologias para dar suporte ao aumento da eficiência energética. Temos a BMTS Turbo, uma joint-venture com a Mahle na China, que fornece os turbocompressores, mas também atuamos na parte de algoritmos de controle do sistema”, diz o executivo. O investimento em novas tecnologias, portanto, pode até estar demorando a aparecer, mas é inevitável. “Se não fizer aportes, você está fora do mercado. Se você mantiver o motor desatualizado, dança. É preciso investir para não ficar fora do jogo. Todo o mundo quer ganhar participação de mercado mantendo os níveis de custo ou reduzindo-os, mas com investimento em tecnologia. Isso implica fabricação nacional. Quem compra componentes de fora não é competitivo”, diz Paulo Garbossa, diretor da ADK Automotive.
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BALANÇO PARA DEFINIR INOVAR-AUTO 2
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renovação de motores e as novas tecnologias que eles vêm recebendo mostram que o Inovar-Auto, três anos depois de iniciado, está produzindo resultados. Mas isso ainda não é suficiente, segundo Rogelio Golfarb, vice-presidente da Ford Brasil. Ele entende que o programa incentiva a formação de engenharia, mas é preciso que indústria e governo façam um balanço. “Demoramos muito para resolver problemas de legislação de engenharia e de pesquisa e desenvolvimento. Temos de avaliar o que esse programa induziu de desenvolvimento de engenharia e pesquisa. Avaliar como estão as empresas em relação aos objetivos de eficiência energética. Antes de definir o Inovar-Auto 2, precisamos ter certeza de que não ficou nenhum penduricalho do ponto de vista de legislação e fazer um balanço sério e profundo do Inovar-Auto 1.” Henry Joseph Jr. (foto), o presidente da Comissão de Assuntos de Energia e Meio Ambiente da Anfavea, estima um prazo para início dessa discussão. “Ela deve se iniciar com o segundo mandato da presidente Dilma. Precisamos fazer um programa de prazo mais longo, considerando o ciclo da indústria automotiva. Políticas industriais são sempre de médio e longo prazos. Os prazos de cumprimento de metas do Inovar-Auto 1, de cinco anos, são muito curtos. E vale lembrar que o Inovar-Auto começou como uma discussão de competitividade da indústria brasileira, de ser competitivo.” n
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elétricos e híbridos
LONGO CAMINHO A PERCORRER MONTADORAS BUSCAM PORTA DE ENTRADA PARA MODELOS MENOS POLUENTES NO BRASIL, MAS TRIBUTAÇÃO ELEVADA AINDA É BARREIRA GIOVANNA RIATO
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nquanto o processo de eletrificação dos carros avança nos principais mercados globais, o Brasil ainda permanece como uma ilha onde só rodam veículos a combustão. A caminhada será longa até que o País se torne um mercado interessante para modelos do gênero. As empresas e entidades que representam o setor, no entanto, estão dispostas a acelerar este processo. No fim de 2013 a Anfavea, associação das fabricantes de veículos,
entregou ao governo federal proposta de criação de um programa para tornar viável o mercado de novas tecnologias de propulsão no Brasil. O plano previa a venda local, com preços mais acessíveis, de seis sistemas, incluindo modelos híbridos com motores bicombustível álcool-gasolina e elétricos, além de elétricos com células de combustível alimentadas com hidrogênio extraído do etanol. “Não pedimos incentivos, como vemos em muitos países. Pedimos apenas desonerações”, explicou na época Luiz
Moan, presidente da entidade. A ideia era zerar a alíquota do IPI para carros equipados com essas tecnologias e iniciar um processo que previa a nacionalização dos modelos no médio prazo. Desde então o projeto caminhou devagar no governo, mas enfim rendeu a primeira iniciativa, anunciada quase um ano depois de a Anfavea ter sugerido o programa. O governo federal determinou a redução do imposto de importação de 35% para até zero para modelos híbridos.
toyota prius: favorecido pela legislação de novas tecnologias de propulsão por ser híbrido sem sistema plug-in
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ELÉTRICOS E HÍBRIDOS
bmw i3, elétrico, já está à venda no Brasil
A medida, no entanto, só contemplou as versões sem sistema plug-in de recarga da bateria, privilegiando poucos modelos e deixando de fora marcas como Renault, Nissan e BMW, que recentemente começou a vender no Brasil o elétrico i3 e o hibrido plug-in i8. “Infelizmente (a desoneração) não trata das tecnologias mais modernas, porque exclui os modelos plug-in”, lamentou Carlos Cortes, gerente sênior da BMWi. Em visita ao Brasil, Vincent Carré, vice-presidente global de veículos elétricos da Renault, também demonstrou decepção acerca da decisão do governo. “Essa tecnologia está ultrapassada”, avalia, explicando que os modelos sem recarga na tomada não oferecem benefício tão grande de redução de consumo e das emissões. Ainda assim, ele man-
tém confiança de que alterações nessa legislação serão feitas em breve, estendendo o benefício a modelos totalmente elétricos com recarga na tomada. Ele defende que, para tornar viável a venda de carros com propulsão alternativa, é necessário também conceder descontos no Imposto dobre Produtos Industrializados (IPI). “Com estas condições, em quatro ou cinco anos, 1% do mercado brasileiro poderia ser de veículos elétricos e híbridos”, calcula. Nesse cenário ele avalia ser viável produzir localmente os carros zero emissão. “A partir de 20 mil unidades por ano já podemos pensar em fabricar aqui.” EXPECTATIVAS A Anfavea também admite que a desoneração é ineficiente ao contemplar apenas um tipo de veículo. A en-
tidade trabalha para que as versões híbridas plug-in recebam desconto no imposto de importação. A impressão da associação é de que houve receio causado pela falta de infraestrutura de recarga e também pelo temor de um boom do consumo de energia elétrica, caso os modelos recarregáveis recebessem incentivo. “De qualquer forma o governo entende todas as rotas tecnológicas que apresentamos. Este foi só o primeiro passo do programa”, acredita Aurélio Santana, diretor executivo da Anfavea. Passado o período de eleições presidenciais, a organização espera retomar o debate com as autoridades nos próximos meses. O objetivo agora é enfim tornar os elétricos mais atrativos no Brasil e deixar nas mãos do consumidor a escolha da tecnologia mais adequada para as suas necessidades. n
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CAMINHÕES
EVOLUÇÃO PARA ATENDER O CLIENTE MESMO SEM METAS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA, MERCADO SE REGULA PELOS EXIGENTES CONSUMIDORES, QUE SEMPRE BUSCAM REDUÇÃO DO CONSUMO DE COMBUSTÍVEL GIOVANNA RIATO
O
setor de caminhões encerra mais um ano desafiador. Com vendas em queda e economia instável, os negócios devem ficar entre 15% e 20% abaixo do volume registrado em 2013. A situação instiga as empresas a procurar novas formas de fomentar vendas e a tecnologia tem se revelado importante ferramenta para isso. Os clientes do segmento se mostram dispostos a pagar mais caro para ter alguns recursos, desde que isso se converta em redução do custo da operação. O segmento ficou de fora de um dos mais importantes aspectos do Inovar-Auto, as metas de eficiência energética. A exclusão, no entanto, não representa atraso ou estagnação do setor. “Quem regula isso é o cliente, já que o combustível é o fator que mais pressiona o custo operacional”, determina Marco Saltini, diretor de relações governamentais da MAN Latin America e vice-presidente da Anfavea, associação que representa os fabricantes de veículos. Ele aponta que o combustível representa 35% do total dos gastos com o veículo.
TENDÊNCIAS Uma das tecnologias que contribuem para tornar os veículos pesados menos beberrões e trazem ainda
mais conforto para o motorista é o tíveis alternativos como um caminho câmbio automatizado, que tem tido que o Brasil deve seguir na área de presença cada vez mais forte nas veículos comerciais. O executivo da vendas. A Volvo é uma das empre- Norgren acredita que estes recursos sas que obtiveram grande sucesso serão usados em aplicações de niao apostar no sistema. A companhia cho, como no caso de ônibus urbaproduz as caixas de câmbio eletrôni- nos, antes da transição para a próxicas I-Shift no Brasil desde o fim de ma etapa da legislação de emissões, 2011. Atualmente o dispositivo está equivalente a Euro 6, que já está em presente em mais de 90% dos cami- vigor na Europa. nhões da linha de extrapesados FH Saltini entende que a evolução na vendidos no Brasil. busca por combustíveis alternativos A Norgren, que produz componen- pode ser a maior influência tecnológites para transmissões automatizadas, ca para o setor no futuro. “Para quem percebe essa tendência. Bruno Pinot- tem o sustento a partir do trabalho ti, gerente de vendas para a área de com o veículo, é essencial garantir veículos comerciais, acredita que o menor impacto ambiental e custo câmbio totalmente automático ainda operacional adequado”, pondera. não tem penetração tão expressiva Veículos comerciais com propulsão no mercado local por causa do pre- híbrida, elétrica, a célula de combustíço elevado. Segunvel, movidos a diesel do ele, as versões de cana e a etanol semiautomáticas estão entre as possiou automatizadas, bilidades que o viceatraem mais os -presidente da Anfaclientes com custo vea vislumbra para mais baixo. “A transo futuro, apesar de missão manual está admitir que, por endeixando de ser soquanto, o diesel derilicitada para alguvado de petróleo tem mas aplicações.” relação de custo/perTanto Pinotti formance superior. quanto Saltini con“O desafio está justasideram o aumento Bruno Pinotti, gerente mente em encontrar do uso de combus- de vendas da Norgren alternativas.”
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RENOVAÇÃO DE FROTA
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altini acredita que 2015 será ano de crescimento para o setor de caminhões na comparação com 2014. A evolução, no entanto, não deve ser tão significativa e acontecerá sobre a base fraca de 2014. A grande expectativa do setor é que enfim seja definido um programa de renovação da frota, que seria capaz de dar impulso ao ritmo de vendas. Em novembro de 2013 dez entidades envolvidas com o setor de caminhões e de transportes no Brasil entregaram ao governo federal proposta para o estabelecimento de uma política que permitisse a retirada de circulação de veículos antigos e a facilitação da compra de modelos mais novos. Saltini conta que as negociações têm caminhado, apesar de o governo ainda não ter aprovado um programa final de renovação da frota. “Não paramos de trabalhar no período eleitoral, mas sabíamos que naquele momento não iria sair.” Passado o período conturbado para o País, Saltini espera uma decisão para 2015. O objetivo, segundo ele, é reduzir a idade média da frota dos atuais 17 para oito anos. Ele acredita que um programa do gênero movimentaria a economia. “Os caminhões mais novos aumentariam a eficiência da operação, o que poderia se traduzir em redução do custo do frete.” n
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MWM SAI NA FRENTE NA LEI DE EMISSÕES PARA MÁQUINAS FABRICANTE CELEBRA CONTRATO COM AGRALE E AVANÇA NAS NEGOCIAÇÕES COM NOVOS CLIENTES SUELI REIS
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MWM International comemora os primeiros contratos para o fornecimento dos novos motores da Série 229 e Série 12, preparados e desenvolvidos exclusivamente para atender a nova lei de emissões de poluentes e ruídos para máquinas agrícolas e de construção MAR 1, como parte do Proconve e que entra em vigor em 1º de janeiro de 2015. Os propulsores equiparão tratores da Agrale a partir de 2017, quando entra a segunda
etapa da lei, dedicada ao segmento agrícola, com volume estimado em 3 mil unidades por ano. Thomas Püschel, diretor de vendas e marketing da MWM International, conta que tem tido êxito nos novos negócios e cita o caso da JCB, que fez uma pré-adaptação de alguns equipamentos de construção para teste dos novos motores. “Já para as newcomers, uma série delas está chegando ao Brasil, a maioria sem engenharia local. O fato de a empre-
Thomas Püschel, diretor de vendas e marketing da MWM International
sa desenvolver no País é o diferencial: contribui para o índice de nacionalização, o que é muito relevante para o setor, pois torna o produto apto para o Finame”, defende. Com a entrada da nova legislação – que atuará de forma escalonada – o executivo não acredita em um impacto negativo nas vendas para o ano que vem: “A primeira fase está ligada às máquinas de construção: a partir de 2015 elas deverão atender os limites de ruído e até 2017, os de emissões. Os produtos previstos para ser entregues já estão preparados, todas as fabricantes estão se antecipando. ” Parte das empresas aproveita o momento para a renovação ou atualização de suas linhas de máquinas, tanto agrícolas como de construção, muitas delas em fase final de homologação dos novos equipamentos. ANTECIPAÇÃO Antecipar-se à legislação estava na agenda havia pelo menos quatro anos. A MWM International destinou parte do ciclo de investimento de 2010-2015 para o novo projeto de motores dedicados ao setor off-road,
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mas a prioridade eram os propulsores Euro 5 para caminhões e ônibus. Para o próximo ciclo entre 20152020, a fabricante designará parcela importante para a engenharia dos motores off-road, principalmente os agrícolas, que devem atender novos níveis a partir de 2017. O aporte também contemplará a melhora contínua dos processos de manufatura e a adaptação e treinamento da rede. Para Cristian Prates Malevic, gerente da divisão de engenharia da MWM International, a determinação de uma lei progressiva e por etapas ajudou no planejamento. “O prazo é adequado dentro dos parâmetros e limites propostos. Já temos uma linha toda adequada para o setor de construção e para a fase agrícola – que só entra em vigor em 2017 – faltam apenas alguns detalhes ligados à calibração final (maior potência por litro)”, explica. O processo utilizado pela MWM International parte do downsizing: adaptar motores menores para fazer o trabalho dos maiores. A empresa também cuidou de preparar os propulsores de modo a entregar outras vantagens, além do que pede a legislação, o que agrega mais valor ao
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Cristian Malevic, gerente da divisão de engenharia da MWM International
produto: “Conseguimos resultados importantes, como o aumento do intervalo da troca de óleo e a melhora significativa do consumo de combustível”, observa Malevic. Ele considera assertiva a decisão do Ibama e do Conama, órgãos responsáveis pela regulamentação e homologação dos equipamentos, ao propor os limites por segmento
e faixa de potência, uma vez que a indústria nacional de máquinas não seguia nenhuma norma de emissão até agora: “É uma tratativa inteligente, porque proporciona o tempo para adaptação da indústria e evita que as empresas parem de uma vez para atender a programação sem impactar o mercado e a oferta de produtos.” n
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ÔNIBUS ELÉTRICO
AS VANTAGENS DO E-BUS VEÍCULO DA ELETRA CONSOME 82% MENOS ENERGIA QUE ÔNIBUS CONVENCIONAL
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estes realizados durante seis meses com o primeiro E-bus da Eletra Industrial em corredor da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), na Grande São Paulo, mostraram que o protótipo elétrico consumiu 82% menos energia do que um ônibus a diesel utilizado como “sombra”. O consumo médio de energia do ônibus elétrico, provida por baterias de íons de lítio, em percurso de 23,6 quilômetros, foi de 58 kW/h, gasto similar ao de dez chuveiros elétricos ligados durante uma hora. O custo com energia por tonelada do E-bus foi 56% inferior ao custo do sombra.
Os testes comprovaram que o sistema de frenagem foi responsável pelo suprimento médio de 33% da carga utilizada pelo modelo elétrico. “As vantagens do E-bus são indiscutíveis. Ele apresenta melhor eficiência energética e a emissão de poluentes é zero”, ressalta Iêda Maria Oliveira, gerente comercial da Eletra. A energia do E-bus é fornecida por um conjunto de 14 baterias, que precisa de três horas para recarga total, garantindo autonomia operacional de 200 km. O veículo conta ainda com um sistema de recarga rápida, que pode ser feita em cinco minutos, oferecendo mais 11 km de autonomia.
O E-bus, resultado da parceria da Eletra com as japonesas Mitsubishi Heavy Industries e Mitsubishi Corporation, utiliza chassi Mercedes-Benz, carroceria Induscar/Caio e motor elétrico WEG. O ônibus é articulado, dispõe de ar-condicionado e tem capacidade para 126 passageiros. A tecnologia das baterias e das estações de recarga foi desenvolvida pela Mitsubishi Heavy Industries. A Eletra, especializada em tração elétrica, já produziu três centenas de trólebus para a região da Grande São Paulo e 45 ônibus híbridos (diesel-elétricos), que circulam no Brasil, Argentina e Nova Zelândia.
O ônibus elétrico da Eletra destaca-se pela eficiência energética e emissão zero de poluentes
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OS SONHOS DA BYD Líder global lança empreendimento no Brasil
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chinesa Build Your Dream (BYD) iniciou programa de investimento de US$ 400 milhões no País, entre 2014 e 2017, cuja primeira fase é estruturar, no início de 2015, unidade industrial em Campinas, SP, para abrigar um centro de pesquisa e desenvolvimento e produção de protótipos de veículos elétricos. Em uma segunda fase a empresa pretende fabricar chassis de ônibus elétricos e células de bateria. Intitulando-se a maior fabricante de baterias recarregáveis e de ônibus elétricos do mundo, a BYD produz também automóveis híbridos e elétricos, empilhadeiras elétricas, sistemas de armazenamento de energia e para geração de energia solar. A companhia, segunda maior produtora global de produtos para a indústria de tecnologia da informação, como celulares, tablets e
UM NEGÓCIO LIMPO
A BYD investe US$ 400 milhões no País para estruturar centro de P&D e montar ônibus protótipos
laptops, criou baterias de fosfato de ferro-lítio, à prova de fogo e recicláveis. Por ocasião da décima FetransRio, maior feira de ônibus do Brasil, realizada no Rio de Janeiro em novembro, a BYD apresentou o modelo urbano K9, importado da China, que vem sendo submetido a testes em cidades brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Salvador e Sorocaba. Elétrico, com 12 metros e piso baixo, o produto foi indicado especialmente para atender o mercado brasileiro. Em Campinas, os testes feitos pela prefeitura aferiram um custo por quilômetro rodado de R$ 0,17, ante R$ 0,77 do ônibus a diesel, uma economia de 78%. Se as vantagens do custo operacional são evidentes, falta ainda definir o custo de aquisição dos ônibus elétricos. n
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NOVAS EXIGÊNCIAS MEXEM COM O SETOR FABRICANTES JÁ OFERECEM PRODUTOS INOVADORES COM FOCO NA CRESCENTE DEMANDA POR ÓLEOS SINTÉTICOS SUELI REIS, AB
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uando o assunto é inovação, as fabricantes de lubrificantes permeiam em um ambiente tranquilo e dominado, uma vez que as empresas especializadas do setor já se adiantaram para acompanhar a evolução dos sistemas de propulsão, principalmente no que diz respeito ao uso crescente dos óleos sintéticos. Aproximadamente 8% dos lubrificantes automotivos e industriais no mundo são 100% sintéticos. Celso Cavallini, engenheiro responsável pelas relações com fabricantes automotivos da Cosan Lubrificantes, explica que nas novas formulações a tendência mira para a menor viscosidade: “Do ponto de vista técnico, quando caminhamos para menores viscosidades, é preciso compensar essa redução da película lubrificante com formulações robustas em termos de proteção antidesgaste”, afirma. Ele lembra que no Brasil a empresa já oferece uma linha de óleos sintéticos da marca Mobil 1 em baixas viscosidades e que lan-
çamentos próximos estão previstos nesta direção. Adiantar-se para oferecer produtos que atendam os diferentes e novos motores também é premissa da Total. “Prezamos pelo desenvolvimento compartilhado com a matriz (França), com a qual mantemos um relacionamento estreito. A parceria exige colocar à disposição toda a equipe para adaptar os produtos de acordo com as necessidades regionais”, diz Luis-David Rodriguez, diretor-geral da Total Lubrificantes do Brasil. Para ele, o Inovar-Auto e os novos níveis de eficiência energética que as fabricantes locais deverão cumprir até 2017 não demandaram desenvolvimentos muito diferentes dos que já estavam em curso, embora os produtos da marca existentes no mercado nacional estejam aptos a integrar a nova leva de motores. A busca por produtos mais eficientes está sempre na mesa de planejamento das produtoras de óleos, o que inclui olhar para aspectos específicos – no caso do Brasil, com o uso do eta-
nol. Especificações internacionais do setor, como da API (Instituto Americano de Petróleo) ou da Ilsac (Ásia) incluem testes de comportamento entre o combustível da cana-de-açúcar e o lubrificante. “O uso de motores de plataformas globais é uma vantagem para toda a Indústria, pois testes realizados em diferentes países podem contribuir para avaliar o desempenho dos motores com diferentes combustíveis. Em resumo, os lubrificantes também podem ser considerados de abrangência mundial”, avalia Cavallini. DESAFIOS Enquanto as companhias têm total controle do que ofertar ao mercado, por outro lado o balanço que fazem de 2014 mostra que pela primeira vez em anos o setor deve encerrar 2014 com queda nas vendas. Sem revelar o tamanho do prejuízo, Cosan e Total concordam que a conjuntura econômica menos favorável levará a uma redução do volume com relação a 2013.
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PREZAMOS PELO DESENVOLVIMENTO COMPARTILHADO COM A MATRIZ, COM a qual MANTEMOS UM RELACIONAMENTO ESTREITO
Luis-David Rodriguez, diretorgeral da Total Lubrificantes do Brasil
Para 2015, a projeção é de um ano ainda difícil. “Mesmo com muitos ajustes por parte do governo e baixo crescimento da economia, ainda acreditamos que o mercado deva se recuperar parcialmente em relação a 2014”, observa Ricardo Mussa, presidente da Cosan Lubrificantes, explicando que o mercado migra para óleos sintéticos com a renovação da frota e a busca das indústrias por mais eficiência. “Isto tem ajudado muito”, completa. Ele informa que a participação da Cosan no segmento deve fechar em 15% este ano. Fatores como a redução da produção de veículos e a volatilidade do câmbio também são lembrados como motivos que vão influenciar a retração esperada para 2014. Rodriguez aponta que, pelos mesmos motivos, a fatia mais tímida de 2,5% da Total deve permanecer no ano que vem. n
O MERCADO CONTINUA MIGRANDO PARA LUBRIFICANTES SINTÉTICOS COM A RENOVAÇÃO DA FROTA E A BUSCA DAS INDÚSTRIAS POR MAIS EFICIÊNCIA Ricardo Mussa, presidente da Cosan Lubrificantes
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powertrain |COMPONENTES
EFICIÊNCIA PEDE TECNOLOGIA PRODUÇÃO DE COMPONENTES PARA MOTOR EXIGE INVESTIMENTOS CRESCENTES MÁRIO CURCIO
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om a necessidade de as montadoras utilizarem cada vez mais conteúdo local, seus grandes fornecedores no exterior acabam integrados à cadeia nacional. A ThyssenKrupp, por exemplo, investe R$ 100 milhões em uma nova fábrica em Poços de Caldas (MG), onde fabricará comandos de válvulas integrados à tampa que recobre o cabeçote do motor. Embora não revele o primeiro cliente, sabe-se que esses componentes serão fornecidos à Volkswagen para os novos motores EA 211. “Já chegaram as máquinas. A produção ocorrerá no início de 2015. É um produto que vai ao encontro do Inovar-Auto e da eficiência energética. Por ser mais leve gera uma cadeia
Edson Miyazaki, diretor comercial da NGK
de consequências positivas”, afirma o gerente de tecnologia e inovação da ThyssenKrupp, Ricardo Cardoso. A nova fábrica brasileira é a quarta da ThyssenKrupp para esse produto específico. A empresa iniciou a fabricação dos itens em Dalian (China) e Ilsenburg (Alemanha) no começo de 2014. Uma unidade em Changzhou (China) também deve entrar em operação no início de 2015. Outras montadoras instaladas no Brasil poderão receber conjuntos produzidos em Poços de Caldas com tecnologia semelhante. “A fábrica é modularizada e pode ser expandida. Tudo vai depender do mercado. Existe expectativa especialmente para 2016 e estamos preparados para crescer rápido”, diz Cardoso. A ThyssenKrupp já produz no Brasil outros itens para motor (virabrequim e bielas em Campo Limpo Paulista) e também atua no País fabricando componentes de direção e suspensão. Outra forma de ganhar eficiência energética é pela queima mais eficiente do combustível, conseguida com velas fabricadas com irídio, metal resistente a temperaturas elevadas. “É uma das maneiras mais simples e eficientes para alcançar as metas do programa Inovar-Auto sem gerar grandes alterações ao projeto do motor”, afirma o diretor comercial da NGK, Edson Miyazaki. “A NGK vê o programa de forma positiva porque estimula o investimento na indústria automobilística nacional”, diz Miyazaki.
ANÁLISE O rigor cada vez maior em relação desempenho, economia e durabilidade gera novas demandas, como a análise de sujidades em componentes automotivos e fluidos. “Como os motores têm de durar mais, seus componentes precisam passar por essa análise”, afirma o CEO da Enge Solutions, Fernando Dias. A companhia está apta a fazer análises desse tipo de acordo com as normas ISSO 16232 e VDA V.19. “Trouxemos equipamentos de laboratório da Alemanha”, revela Dias, que tem como clientes no Brasil montadoras como General Motors, Mercedes-Benz e Volkswagen, mais fornecedores como Bosch, Delphi, TRW e também a ThyssenKrupp. n
Ricardo Cardoso, gerente de tecnologia e inovação da ThyssenKrupp
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powertrain |TRANSMISSÕES
EM PONTO MORTO COM 2014 FRACO, FORNECEDORES DE TRANSMISSÃO ENXERGAM MELHORIAS SOMENTE NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2015
divulgação ZF
Alexandre Akashi
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no difícil e com queda de produção. Este é o balanço que fabricantes de transmissões fazem de 2014, uma vez que a maior fatia da receita das empresas vem do segmento de veículos comerciais, que fechará o ano com perda significativa de produção, assim como ocorrerá nos segmentos de carros de passeio, agrícola e naval. “Em consequência deste cenário, a ZF na América do Sul deverá encerrar o ano com cerca de 7% de queda no faturamento ante 2013”, afirma Wilson Bricio, presidente da ZF América do Sul. Na Eaton, a história é semelhante. Ricardo Dantas, diretor de vendas e marketing do grupo de veículos da companhia para a América do Sul, comenta que a dificuldade de crédito no início do ano, aliada à redução do consumo, prejudicou a indús-
Ricardo Dantas, da Eaton: recuperação no segundo semestre de 2015
tria. Ele revela, porém, que percentualmente a empresa encerra o período com resultado um pouco acima da queda do restante da indústria. “Isso se deve a lançamentos das montadoras que ocorreram ao longo de 2014 com participação de componentes fabricados pela Eaton”, explica. 2015 Os fornecedores enxergam possibilidade de melhora no cenário. Para Dantas, o mercado no ano que vem será muito semelhante ao de 2014 em todos os segmentos, mas com recuperação no segundo semestre. Já a ZF trabalha com um cenário tímido de crescimen-
to em 2015 comparado a este ano. Segundo Dantas, os desafios serão a inflação elevada, o aumento da Selic para controlar o aumento dos preços, o reajuste de tarifas de produtos controlados, como energia e combustíveis, a baixa confiança do empresário e do consumidor, a produção industrial em queda e ainda os preços desfavoráveis de commodities. “Esperamos que na próxima gestão o governo consiga aumentar de forma significativa a participação da indústria no PIB brasileiro”, afirma Bricio, ao comentar que, para crescer de forma sustentável, o país deve investir com urgência e de forma maciça em pilares como educação e infraestrutura, e desonerar as empresas para que possam investir em pesquisa e desenvolvimento. “Os encargos para P&D praticamente inviabilizam estas ações no Brasil”, avalia. n
Wilson Brício, da ZF: cenário tímido de crescimento em 2015
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TECNOLOGIAS INOVADORAS DA ZF FAZEM O MUNDO GIRAR COM MAIS EFICIÊNCIA
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Pessoas viajam em busca de seus objetivos. Seja indo para a casa, o trabalho, a escola ou o clube, diversos destinos são alcançados por diferentes meios de transporte. A ZF não se limita a enxergar a conservação dos recursos naturais, o aumento da segurança e a conveniência como requisitos fundamentais para quem viaja. Mas também os vê como uma oportunidade de criar soluções inovadoras e sustentáveis. Como uma das principais fornecedoras mundiais de sistemas de transmissão e tecnologia de chassis, a ZF faz parte – e é isto que nos impulsiona – deste desenvolvimento. Nosso objetivo é muito mais que criar produtos inovadores e eficientes. É melhorar a qualidade de vida e ajudar a moldar o futuro de forma sustentável.
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powertrain |BATERIAS
ENERGIA QUE VEM DAS MUDANÇAS MOURA ADAPTA PRODUÇÃO ÀS EXIGÊNCIAS DA INDÚSTRIA MÁRIO CURCIO
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omo boa parte das empresas envolvidas na cadeia automotiva, a indústria de baterias também passa por transformações e se prepara para fornecer componentes mais atuais às montadoras. Os acumuladores adequados ao sistema start-stop (que aumenta a exigência de energia) são um primeiro passo. A Moura já tem componentes desse tipo homologados e está pronta para fornecê-los: “Estamos aguardando os pedidos”, afirma o supervisor de engenharia Carlos Vidal, que acredita que isso ocorrerá no início de 2015. Instalada em Belo Jardim (PE), a Moura tem capacidade anual para 7,5 milhões de baterias: “Daquilo que produzimos, 38% vai para as montadoras”, diz Vidal. “As margens são apertadas, cada vez elas querem apertar mais”, brinca Vidal. O executivo acredita que diante dessas pressões é importante investir em tecnologia para continuar competitivo e capaz de atender novas demandas. Sem citar números, Vidal admitiu durante a entrevista (concedida no fim de 2014) que as vendas à indústria automobilística foram afeta-
motos e até fornecer para as empresas de grande volume instaladas em Manaus. Embora toda a cadeia venha sentindo os reflexos do mau momento vivido pela Argentina, Vidal recorda que a montagem de uma fábrica dentro do país vizinho ajudou a manter a participação elevada naquele mercado. A Moura também exporta baterias, sobretudo para Chile, Uruguai e mercados africanos.
Carlos Vidal, supervisor de engenharia da Baterias Moura
das pela retração no mercado brasileiro. A Moura entrega baterias para fabricantes de automóveis e de caminhões como Iveco, Mercedes-Benz e Ford. Recentemente, começou a fornecer baterias para motocicletas BMW e Harley-Davidson. Com a ampliação das instalações no início de 2015, a empresa estará apta a produzir baterias para o mercado de reposição de
TENDÊNCIA O próximo degrau estudado pela fabricante brasileira são os acumuladores automotivos com voltagem mais alta. “Existe um movimento mundial pelas baterias de 48 volts”, afirma Carlos Vidal. “Em geral, sistemas com maior tensão têm mais capacidade de absorver, armazenar e descarregar energia”, explica. Com essas características, os acumuladores de 48 volts são adequados para operar sistemas micro-híbridos capazes de absorver rapidamente a energia proveniente de frenagens regenerativas e também de devolvê-la às rodas em forma de aceleração. n baterias moura – fábrica instalada em Belo Jardim (PE)
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powertrain
| FILTROS
MAIOR REPRESENTATIVIDADE PESQUISA DA ABRAFILTROS SOBRE CONJUNTURA DO SETOR NORTEARÁ DIÁLOGO COM GOVERNO SOBRE TRIBUTOS SUELI REIS
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ma pesquisa inédita entre os fabricantes de filtros automotivos e industriais, traçando um perfil atual do setor, é o passo inicial da estratégia de reforçar a importância e a presença do segmento na cadeia nacional de fornecedores. Encabeçado pela Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas Automotivos e Industriais, o levantamento compilará a partir de 2015 informações específicas como faturamento, compras, vendas, volume de produção, importação e exportação, criando uma base de dados estatísticos a fim de promover uma análise real da participação do segmento na indústria. A fase de implantação por meio de sistema eletrônico começará em 2015 com o preenchimento de dados das próprias empresas associadas. Hoje são 47 companhias, das quais 19 da área de filtros para aplicações automotivas e outras 19 para uso no segmento industrial, além de nove fornecedores. O trabalho de alimentação do banco de dados será feito ao longo de todo o ano e o encerramento é previsto para 2016, quando no segundo semestre a entidade prevê divulgar as estatísticas.
corroído pelas políticas tributárias”, defende. A entidade mantém um bom trânsito de informações em vários órgãos do governo, principalmente na área ambiental, por causa do projeto piloto Programa Descarte Consciente Abrafiltros, para filtros usados de óleo lubrificante automotivo, que está em curso, mas seu presidente constata que o momento da apresentação e uso das informações dependerá de uma série de fatores, como a maturação da pesquisa e a própria adesão dos associados, além da análise sistemática dos dados. “Queremos que haja representatividade estatística da realidade do mercado”, justifica. Estima-se que o mercado de filtros no Brasil movimente US$ 9,2 bilhões por ano, dos quais US$ 3,2 bilhões correspondem à demanda do setor automotivo e US$ 4 bilhões de filtros industriais. Apesar do ano difícil, o representante da Abrafiltros aponta que o mercado de reposição ajudou no equilíbrio do mercado: “Com a queda nas vendas de veículos, há impacto direto na produção. Por outro lado, o mercado de reposição permanece forte, porque o filJoão Moura, presidente da Abrafiltros tro é um item de consumo de alto giro”, conclui. n
“Os dados consistentes do setor auxiliarão os trabalhos da entidade em várias frentes e também servirão de base para que os fabricantes associados aprimorem suas estratégias de negócio”, avalia João Moura, presidente da Abrafiltros. Ele indica que um dos objetivos é estreitar o diálogo com o governo: “Também estamos iniciando uma avaliação de aspectos fiscais, visando à redução dos tributos incidentes nos filtros. Trata-se de outro grande problema no setor, pelo qual o lucro é reduzido e vem sendo
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powertrain |EIXOS
VOLTA LENTA FABRICANTES DE EIXOS AUTOMOTIVOS ACREDITAM QUE 2015 SERÁ TÃO RUIM QUANTO ESTE ANO ALEXANDRE AKASHI
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soma de carnaval, Copa do Mundo e eleições em um mesmo calendário fiscal teve consequências negativas para a indústria de eixos automotivos. “Consideramos 2014 um ano de muito aprendizado”, afirma Silvio Barros, diretor-geral da Meritor. “Estávamos otimistas quando o ano começou e acreditávamos que haveria retomada do mercado depois do carnaval, o que não aconteceu”, comenta. De fato, o mercado de caminhões, segmento alvo da Meritor, apresentou ritmo lento em 2014, com retração de vendas de 13% em relação a 2013, e queda de quase um quarto na produção. “Esse resultado trouxe encomendas 15% menores do que esperávamos”, afirma Barros, ao revelar no entanto que a Meritor encerra o ano fiscal melhor do que a média do mercado. “Ganhamos volume, pois alguns clientes tiveram média superior, como os eixos 3x4 para veículos extrapesados”, diz. A AAM registrou retração de 22% nas vendas, segundo Sergio Charles Tubero, diretor comercial da empresa. “Tínhamos uma expectativa positiva para 2014. Os eventos esportivos previstos e as eleições que, no nosso entendimento funcionariam como fatores positivos para a produção de veículos comerciais, acabaram tendo efeito inverso”, afirma. “ Fomos obrigados a fazer ajustes proporcionais na nossa operação e implementamos diversas ações internas para viabilizar
o fechamento do exercício próximo ao break even”, diz Tubero.
preciso estar preparado para a retomada rápida”, observa.
MERCADO Diante do atual cenário, os planos da Meritor para 2015 são de reestruturar e redimensionar a produção, uma vez que não é somente o Brasil que passa por situação difícil. “O cenário internacional também é nebuloso, com muita indefinição na Europa, Rússia, mudança de perfil da China, que pretende passar a exportar produtos de maior valor agregado”, cita Barros, que diante desses fatos não consegue ver um cenário bem definido. O mesmo ocorre na AAM. “Não esperamos grandes mudanças nos volumes produtivos em 2015”, diz Tubero, comentando que falta uma visão clara sobre as ações propostas pelo governo para a retomada do crescimento. Ele acredita que haverá ajustes para conter a inflação e equilibrar as contas públicas. “Esses pontos serão a base necessária para proporcionar reflexos positivos de crescimento econômico mas, infelizmente, apenas em médio prazo”. Para Barros a retomada deve ocorrer no fim do primeiro semestre de 2016. “O ano de 2015 será de transição, não só no Brasil, mas internacionalmente”, diz, enfatizando que para sobreviver a mais um ano de incerteza é preciso reduzir custos e estreitar o relacionamento com clientes e fornecedores, para saber exatamente o que oferecer e quando. “É
INVESTIMENTOS Falar em investimentos neste momento é quase proibido. Ainda mais quando é preciso justificar o que já foi realizado anos antes, na esperança de um crescimento de mercado que não ocorreu. “Encerramos um ciclo de investimentos de US$ 20 milhões na consolidação da nacionalização de carcaças fundidas e da planta de Resende (RJ), junto à MAN, assim como em novas tecnologias de solda a laser de eixos pesados e extrapesados”, explica Barros. Ele afirma, no entanto, que irá discutir novos investimentos em 2015. “É nos mercados emergentes que estão as demandas; 2015 vai ser também um ano de preparação para 2016 e 2017, pois serão anos importantes”, acredita. Já o diretor da AAM explica que nos últimos anos a empresa tem investido cerca de US$ 80 milhões visando conquistar a liderança de mercado de eixos diferenciais e eixos cardãs na América do Sul, estimada em 500 mil unidades por ano. “Em função da conjuntura, os investimentos efetuados estão com seu retorno fora da expectativa inicialmente prevista”, afirma Tubero, explicando que novos lançamentos estão planejados para 2015 e 2016. “Acredito que eles irão minimizar esses efeitos, aumentando o volume de produção”, diz. n
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TURBOS
O EFEITO DO INOVAR-AUTO FÁBRICAS ESTÃO PRONTAS PARA NOVAS DEMANDAS EM 2015 mÁRIO CURCIO
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s fabricantes de turbocompressores no Brasil já vivem os desdobramentos do Inovar-Auto, que forçará o uso desses componentes como forma de atingir metas de eficiência energética. A BorgWarner recebeu equipamentos para uma nova linha de montagem em sua fábrica de Itatiba (SP): “Ela é automática e fará turbos para carros de passeio com motores 1.0 a 1.4 flex. Implicou um grande investimento”, afirma o diretor de engenharia, Lauro Takabatake. “Estamos trabalhando para começar a produzi-los entre abril e maio. Os carros (equipados com as turbinas) devem surgir entre julho e agosto”, acredita. A linha só não começou a fazer as peças em 2014 porque a retração do mercado postergou o lançamento dos veículos. A Honeywell, fabricante dos turbos Garrett, aguarda demanda semelhante: “Nosso planejamento estratégico indica que motores 1.0 a 1.5 terão maior participação”, afirma
BORGWARNER produz turbos em sua fábrica de Itatiba (SP)
o diretor-geral da empresa, Christian Streck. A unidade da Honeywell em Guarulhos não teria dificuldade para adaptar-se a novos volumes: “Nos últimos anos, e em particular em 2014, tivemos aumento da capacidade de produção em cerca de 30%, além de significativa melhoria no nível de automação e controle de processos, utilizando soluções desenvolvidas dentro de casa. O processo de manufatura da fábrica brasileira é similar ao de outros países, como México, China ou Romênia”, diz Streck. A Master Power também pode entrar na lista dos fornecedores a montadoras em 2015: “Fomos certificados por duas delas como empresa com capacidade produtiva e tecnológica. Nossas cotações foram aceitas. É só uma questão de tempo”, afirma o diretor comercial da companhia, Ricardo Borghetti. MERCADO Com o recuo do mercado interno e consequente queda no fornecimen-
HONEYWELL: pronta para atender as demandas para carros
to às montadoras, BorgWarner e Honeywell ampliaram sua participação no aftermarket: “Conseguimos isso trabalhando mais próximos de nossos distribuidores, suas filiais e também com novos produtos (...) Teremos mais lançamentos no início de 2015 e projetamos aumento de vendas de 20% no mercado de reposição local”, diz Streck. Nas exportações, a Honeywell procurou compensar as perdas do mercado do mercado argentino com Chile, Colômbia e Peru. Sobre o pós-venda, a BorgWarner confirma a expectativa de alta projetada na metade de 2014: “Cresceremos cerca de 10% no mercado de reposição”, diz Lauro Takabatake. Borghetti afirma que a Master Power fechará o ano com resultado semelhante ao de 2013 e com crescimento de 11% nas exportações: “O avanço poderia ter sido ainda mais significativo, não fosse a Argentina e a precariedade da infraestrutura do nosso país.” n
MASTER POWER recebeu certificação de duas montadoras
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powertrain |ARREFECIMENTO
MERCADO GELADO COM CENÁRIO ECONÔMICO INDEFINIDO E PRODUÇÃO DE VEÍCULOS EM QUEDA, FORNECEDORES VEEM POSSIBILIDADE DE MELHORA SOMENTE NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2015 Marcos Noro: melhora só no terceiro ou quarto trimestre de 2014
ALEXANDRE AKASHI
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pós investir US$ 40 milhões nos últimos cinco anos em diversas unidades de negócios no Brasil, a Delphi está pronta para o fim da crise que atingiu em cheio a produção de veículos no País. A companhia aumentou em 50% a capacidade produtiva de componentes de arrefecimento e também aplicou parte do montante no desenvolvimento de novas tecnologias para tornar os sistemas mais leves e eficientes. “Não esperávamos uma queda tão grande”, admite Marcos Noro, diretor executivo de vendas e marketing das divisões Thermal e Powertrain da Delphi para a América do Sul, ao comentar que o resultado tem sido até 35% pior do que o previsto.
Segundo a Anfavea, associação dos fabricantes de veículos automotores, a queda na produção de janeiro a outubro de 2014 é de 16% em relação a igual período do ano passado. Foram montadas 2.677.528 unidades (entre veículos leves, caminhões e ônibus). Já em 2013 foram 3.188.299 unidades. “Esperávamos uma desaceleração, mas não nessa velocidade”, afirma Noro. Para o executivo, o ano está sendo desafiador por causa deste resultado e, além disso, porque montadoras tradicionais têm perdido mercado. Exemplo é o aumento de vendas nos segmentos premium e também da sul-coreana Hyundai que com apenas uma família de carros, a do HB20, registra crescimento de 12,7% no acumulado entre janeiro e outubro. “Importantes montadoras perderam share significativo este ano”, diz Noro. EXPECTATIVAS Produção e vendas menores trazem mais lição de casa para as fabricantes de componentes. Assim, até a crise passar a ordem é gastar menos e a palavra para isso é adaptação. “Neste momento a saída é otimizar ao máximo a produção,
fazer readequações, redução de custos e buscar soluções na cadeia de suprimentos”,afirma Noro, que estima tempos melhores somente para o segundo semestre de 2015, por conta do atual cenário macroeconômico e político que o País passa. “As indefinições ainda são muito grandes e acredito que o início do ano será igual ao que vivemos hoje, com melhora somente no terceiro ou quarto trimestre”, diz. Com a necessidade de produzir veículos mais econômicos para 2017, um dos grandes objetivos das montadoras é reduzir peso. E por isso a Delphi aplicou parte dos investimentos para desenvolver e produzir localmente uma nova família de trocadores de calor, menores e mais leves, que utilizam chapas até 25% mais finas, porém com a mesma eficiência. Os radiadores propostos pela Delphi utilizam menos matéria-prima e, consequentemente, têm custo menor e, além disso, utilizam líquido de arrefecimento. O resultado é um produto de elevado interesse para as montadoras. “A redução de peso total é de aproximadamente 15% em relação a um sistema de arrefecimento atual, para um veículo compacto”, afirma Noro, comentando que já desenvolve projeto para uma montadora de origem norte-americana. n
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| MAHLE
INOVAR-AUTO: CHEGOU A RASTREABILIDADE. AGORA É A VEZ DA TECNOLOGIA RICARDO ABREU*
é urgente discutir como garantir a continuidade dos esforços para melhorar a eficiência dos veículos brasileiros
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programa Inovar-Auto propõe uma saída de excepcional alcance no sentido de aproximar os veículos produzidos e comercializados no Brasil daqueles disponíveis nos mercados com tecnologia avançada. Para reduzir a defasagem da tecnologia nacional, o Inovar-Auto ataca o problema de forma coletiva, com objetivos de eficiência energética para a frota produzida no Brasil de modo a posicioná-la mais próxima das tecnologias mais evoluídas de outros países e propondo um bônus em forma de redução de IPI para aqueles que superarem a meta de habilitação. A figura (na próxima página) mostra a situação de atingimento para um veículo com peso próximo da média nacional. A migração do mercado
nacional para veículos com menor consumo energético, empregando soluções tecnológicas mais caras visando a atingir os limites menores de consumo energético, ocorrerá paulatinamente e terá de ser incentivada. A redução de IPI em muitos casos pode não cobrir o custo tecnológico adicional, mas o ganho em benefício para o cliente final em termos de economia de combustivel irá movimentar as empresas para atingi-lo. Porém, cumprida a missão do alinhamento básico da frota até 2017 como preconizado pelo Inovar-Auto, algumas montadoras de veículos poderão não contar com um mix de produção em condições de colocar a média da eficiência energética dos seus veículos no patamar do benefício de -2% de IPI, ou até mesmo no limite de -1% de IPI. É urgente discutir
como garantir a continuidade dos esforços para melhorar a eficiência dos veículos brasileiros, tornando-os competitivos no mercado externo e viabilizar os investimentos de P&D e engenharia de maturação mais lenta, estendendo o conceito do Inovar-Auto para modelos específicos e para além de 2017. A lei 12.996 de 2014 abriu espaço para essa discussão ao introduzir a possibilidade do benefício de impostos para veículos com motores flex que priorizem a eficiência utilizando etanol, sem prejuízo do consumo com gasolina (E22). Uma alternativa seria adequar o conceito básico do Inovar-Auto, mas atuando de forma seletiva nos modelos flex que atinjam autonomia (km/l) rodando com etanol (E100) maior do que 75% daquele obtido com gasolina (E22). Isso poderia ser feito
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FOR
TEMAS EM DEBATE Acelerando a retomada dos negócios Convidada: Anfavea Os cenários para a indústria automobilística Convidado: Sindipeças As perspectivas da economia A nova dinâmica da cadeia de suprimentos Convidados: diretores de compras de montadoras Workshop cadeia de suprimentos e engenharia Caminhões: a volta do crescimento O avanço da Fiat Chrysler no Brasil A evolução dos novos empreendimentos CADEIA DE SUPRIMENTOS EM DESTAQUE. Em período de extrema competição no setor, o Fórum da Indústria Automobilística será o evento mais importante no início de 2015 para azeitar as estratégias de sua empresa. O encontro convida a uma reflexão para compreender as transformações no complexo cenário dos negócios e redefinir o posicionamento na retomada da produção de veículos e componentes. Promovido dia 6 de abril no Golden Hall do complexo WTC Sheraton, em São Paulo, o fórum será um encontro de apenas um dia, com programa de alto nível e excelente oportunidade de relacionamento com parceiros de negócios. Um ponto alto serão os workshops de relacionamento, que colocarão os participantes em contato com 120 profissionais convidados das áreas de engenharia e compras das montadoras. Informações em www.automotivebusiness.com.br
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artigo | MAHLE
2,50
Consumo Energético – (MJ/KM)
2,30
eficiência energética
2,10
2,07
1,90
m
MJ / k
J / km 1,82 M J / km 1,75 M J / km 1,68 M
1,70 1,50 1,30
Motor Mahle 1,2 litro, resultado de trabalho de downsizing, com emprego de turbo e injeção direta para demonstração de tecnologias, aponta soluções viabilizadoras de maior eficiência energética com etanol
1,121
kg
Referência (2012) Meta Habilitação Meta IPI 1 Meta IPI 2 p.p.
800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500
Massa [kg] estendendo o incentivo já concedido à frota dos fabricantes que alcançarem o limite de -2% de IPI aos modelos de qualquer montadora, que atinjam o mesmo patamar só com E100, desde que a diferença de autonomia com o E22 atenda à lei acima. Essa migração dos benefícios do Inovar-Auto de forma coletiva para seu uso em plataformas/ modelos específicos mantém o espírito do programa inicial, propõe uma solução de continuidade e dá a visibilidade necessária às montadoras para a definição dos seus objetivos de desenvolvimento e investimentos em longo prazo.
Para impulsionar o desenvolvimento dessas tecnologias seriam afunilados os incentivos fiscais para os casos específicos de atingimento e efetiva comercialização de modelos de consumo energético que atendam os limites mais severos do programa (-2%) lançados no período de 2017 a 2020, e concedidos somente durante este período. Apenas os investimentos em P&D e Engenharia utilizados para o desenvolvimento desses modelos específicos continuariam a receber benefícios de restituição parcial, no mesmo período de vigência acima, mas concedidos a posteriori
sobre o número absoluto da comercialização dos veículos com o desempenho energético diferenciado. Para tanto seriam mantidos os textos da portaria 772 de 12/08/2013 sobre os benefícios propostos para o Inovar-Auto para dispêndios em engenharia e P&D. Num cenário pós-2020, novos valores seguindo a mesma lógica do modelo atual do Inovar-Auto definiriam as metas a ser atingidas, criando um círculo virtuoso da evolução da legislação, dos veículos e da engenharia nacional. O mesmo conceito, e não necessariamente os mesmos benefícios, serviria também para outras fontes de energia
como gás natural, células de energia e outras, assim como poderia ser utilizado para modelos que antecipem limites futuros das legislações de controle de emissões. Com isso, as empresas teriam um objetivo claro para seus programas de desenvolvimento, do posicionamento do mercado e dos benefícios que a utilização das tecnologias mais modernas traria, equiparando os veículos nacionais àqueles que são comercializados em outros países, criando as bases para a exportação dos produtos brasileiros. n * Ricardo Abreu é vice-presidente de tecnologia da Mahle Metal Leve para a América do Sul
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