Automotive
JUNHO 2012 ANO 4 • NÚMERO15
• VW SÃO CARLOS ELEVA A PRODUÇÃO DE MOTORES • QUALITAS: FIAT CHRYSLER DEFINE NOVAS ESTRATÉGIAS • MONTADORAS: TECNOLOGIAS PARA OS CARROS DO FUTURO
PRÊMIO AUTOMOTIVE BUSINESS
ROBERTO CORTES
GARANTE PRESTÍGIO DA MAN
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LUIS PRADO
ÍNDICE
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MATÉRIA DE CAPA | PRÊMIO REI
ROBERTO CORTES, O REI QUE GARANTE O PRESTÍGIO DA MAN
Vencedora de seis das 16 categorias da premiação, a fabricante de caminhões e ônibus foi o grande destaque. Entenda como Roberto Cortes, profissional do ano, conduz a empresa garantindo novo recorde de crescimento a cada ano
FOTOS: DIVULGAÇÃO
8 ALTA RODA ESPAÇO PRIORITÁRIO Carro pequeno por fora e grande por dentro 12-30 MERCADO IVECO RENOVA TECTOR Semipesado entra na briga LAND ROVER Oito marchas em parte da linha diesel CITROËN DS3 Ofensiva premium INOVAÇÃO DA SKF Rolamentos de plástico CHEVROLET SONIC De olho nos jovens PEUGEOT 508 O sedã mais sofisticado da marca CAMINHÕES DAF Otimismo com o Brasil LEGISLAÇÃO DE AIRBAGS Takata terá nova planta
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32 VW | INVESTIMENTO SÃO CARLOS MAIS PRODUTIVA Unidade faz 3,8 mil motores por dia
40 P RÊMIO QUALITAS
FIAT CHRYSLER DEFINE NOVAS ESTRATÉGIAS
48 L ANÇAMENTO FIAT ATUALIZA LINHA Novos Siena EL, Palio Weekend e Strada
80 LOGÍSTICA OPERADORES FOCAM EM EMERGENTES Soluções para driblar falta de infraestrutura
52 PRÊMIO TOYOTA RECONHECIMENTO AOS FORNECEDORES Yazaki e Guidi são campeãs em qualidade
ATERIAIS 54 M TECNOLOGIA PARA O CARRO DO FUTURO Montadoras buscam leveza e sustentabilidade 54 Aço 60 Pneus 62 Vidros 64 Borracha 66 Plásticos 68 Recicláveis 72 Tratamento de superfície 74 Pintura 77 Lubrificantes
86 COBIÇA UTILIDADES ESSENCIAIS Para todos os estilos FOTOS: DIVULGAÇÃO
Novo Siena EL
82 IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOS SETOR CONFIANTE NO 2º SEMESTRE Intenção é reverter queda
Coletor de admissão
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EDITORIAL
REVISTA
www.automotivebusiness.com.br
Paulo Ricardo Braga Editor paulobraga@automotivebusiness.com.br
A MAN, ROBERTO CORTES E TANTOS OUTROS REIS
A
entrega de troféus aos vencedores do Prêmio REI – Reconhecimento à Excelência e Inovação, no Sheraton WTC, em São Paulo, dia 30 de maio, recebeu três centenas de profissionais da indústria automobilística brasileira para conhecer, no ambiente agradável e luxuoso do Club A, os vencedores em 16 categorias. O Prêmio REI promoveu a eleição final entre os leitores da newsletter Automotive Business, enviada diariamente a 25 mil endereços de e-mail, e entre os participantes do III Fórum da Indústria Automobilística, que ocorreu dia 9 de abril, no Golden Hall do WTC, em São Paulo. Os finalistas foram selecionados por 22 jurados. A MAN Latin America foi a grande vencedora. Roberto Cortes, CEO da companhia, foi apontado Profissional do Ano por um júri independente. Eleita Empresa do Ano, concorrendo com Delphi, Fiat Automóveis e Iveco, a MAN LA foi vitoriosa também em outras quatro categorias: Caminhão; Elétrico e Híbrido; Engenharia, Tecnologia e Inovação; e Manufatura. O Automóvel do Ano foi o Hyundai Elantra e o Comercial Leve o Range Rover Evoque. O Caminhão do Ano foi o VW Constellation 24.280 6x2, com motor MAN D08 e tecnologia EGR. O MAN 17.280 6x2 híbrido, com tecnologia Kers, semelhante àquela dos carros de Fórmula 1, deu à MAN o prêmio REI nas áreas de Elétrico e Híbrido e Engenharia, Tecnologia e Inovação. A Cummins, autora do programa Pano Pra Manga, recebeu o prêmio REI na categoria Responsabilidade Socioambiental. A campanha criada pela Agência Fiat para o Fiat 500, tendo Dustin Hoffman como protagonista, valeu à montadora o Prêmio REI de Marketing e Propaganda. A ID Logistics conquistou o prêmio de Logística com a reengenharia para dar fôlego à fábrica da Meritor em Osasco, após a recuperação da crise iniciada em 2009. Na área de Autopeças os vencedores foram a Meritor, em Metálicos (cardãs que dispensam manutenção), Bosch, em Powertrain e Sistemistas (Flex Start, que elimina o tanquinho nos motores EC5 da PSA Peugeot Citroën), SaintGobain, em Químicos (para-brisa com propriedades acústicas que neutralizam ruídos em baixa e alta frequências), e Delphi, em Eletrônicos (nova central elétrica Mapec 3.0 para mercados emergentes). Automotive Business foi conhecer a DAF, na Holanda e Bélgica, com o editor do portal, Pedro Kutney. Acompanhamos passo a passo também a entrega do Prêmio Qualitas, com a jornalista Giovanna Riato. Até a próxima edição.
Editada por Automotive Business, empresa associada à All Right! Comunicação Ltda. Tiragem de 12.000 exemplares, com distribuição direta a executivos de fabricantes de veículos, autopeças, distribuidores, entidades setoriais, governo, consultorias, empresas de engenharia, transporte e logística e setor acadêmico. Diretores Maria Theresa de Borthole Braga Paula Braga Prado Paulo Ricardo Braga Editor Paulo Ricardo Braga (Jornalista, MTPS 8858) Redação Camila Franco, Giovanna Riato, Mário Curcio, Paulo Ricardo Braga, Pedro Kutney e Sueli Reis Colaboradores desta edição Fernando Calmon, Igor Thomaz, Jairo Morelli, Luciana Duarte, Marta Pereira, Natalia Gómez, Sueli Osório Design gráfico Ricardo Alves de Souza Fotografia, produção e capa Estúdio Luis Prado Tel. 11 5092-4686 www.luisprado.com.br Publicidade Paula B. Prado Carina Costa Greice Ribeiro Monalisa Naves Atendimento ao leitor, CRM e database Josiane Lira Comunicação e eventos Carolina Piovacari Media Center e WebTV Marcos Ambroselli Impressão Margraf Distribuição ACF Acácias, São Paulo Redação e publicidade Av. Iraí, 393, conjs. 51 a 53, Moema, 04082-001, São Paulo, SP, tel. 11 5095-8888 redacao@automotivebusiness.com.br
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ALTA RODA
ESPAÇO luis prado
PRIORITÁRIO
Fernando Calmon é jornalista especializado na indústria automobilística fernando@calmon.jor.br
Leia a coluna Alta Roda também no portal Automotive Business. PatrocinadorA
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m dos maiores desafios que os fabricantes de veículos terão pela frente é encolher o tamanho externo dos carros, sem comprometer espaço e conforto internos. O objetivo de diminuir o consumo de combustível – e consequentemente emissões de CO2, um dos gases de efeito estufa – não pode depender exclusivamente de motores, transmissões e novos materiais leves. Economizar peso depende também de dimensões externas menores. Essa batalha concentra-se especialmente nos EUA, onde há rigorosas metas compulsórias de economia de combustível no médio e longo prazos, e existe uma cultura de desperdício de espaço nos automóveis. Na realidade, essa é uma preocupação mundial porque rearranjar o habitáculo a fim de melhorar a vida a bordo está entre as prioridades de qualquer mercado. Mesmo naqueles onde carros menores são os preferidos por seu menor preço, como é o caso do Brasil e vários outros. Afinal, congestionamentos e escassez de lugares para estacionar são comuns. Engenheiros, tanto de fabricantes como de for-
necedores, terão que se aproximar de arquitetos de interiores ao criar futuros modelos. Especialistas ouvidos pela Automotive News indicam os caminhos traçados de forma geral: bancos mais finos; controles, comandos e botões menores na cabine; linhas do teto repensadas; motores e câmbios compactos que exigem menos espaço sob o capô (de quebra adicionam espaço ao habitáculo); mudanças na arquitetura dos chassis para colocar eixos dianteiro e traseiro o máximo possível nas extremidades. A questão não se resolve apenas reposicionando as colunas da carroceria para conseguir lugar extra para cabeças e pernas. As colunas precisam ser também mais finas sem perder resistência. Trata-se de uma luta por cada centímetro aqui ou acolá. Entre os exemplos estão o novo Beetle cujo desenho do teto foi “achatado”, juntamente com o maior entre-eixos, e o Toyota iQ, de apenas três metros de comprimento, que reposicionou desde o tanque de combustível até a caixa de direção, além de compactar o sistema de ar-condicionado. Especialista em bancos, a francesa Faurecia admi-
te que inspiração possa vir das cadeiras de escritório, compactas e confortáveis. Mas há dúvidas se os compradores aceitariam desenhos arrojados nos bandos dianteiros, que proporcionam ganho sensível de espaço para as pernas do passageiro atrás. Precisa combinar com quem senta na frente, também desejoso de conforto... A empresa trabalha numa nova geração de bancos prevista para estrear em 2014. Não terá estrutura convencional metálica e será fabricado em resina e termoplásticos, o que também diminuirá a massa do conjunto. A retirada das treliças de metal levará a menor necessidade de espuma para manter o nível ideal de maciez e conforto. O resultado aparece na forma de encostos bem mais finos e assentos que permitem espaço adicional para os pés de ocupantes do banco traseiro. Se aplicada a nova tecnologia aos bancos dianteiros e traseiro, o ganho potencial de espaço longitudinal na cabine poderá chegar a 5 cm e, em alguns casos, a 7,5 cm. O melhor cenário a alcançar: diminuir o comprimento total do carro e aumentar o espaço para todos os ocupantes.
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Fernando Calmon
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RODA VIVA
Frédéric Drouin, diretor-geral da Peugeot para o Brasil e América Latina
BMW permanece à espera de definição sobre cotas de importação que a Abeiva negocia com o governo desde o ano passado. Se anunciadas para incentivar quem quer construir fábricas no Brasil, a marca alemã anunciará a unidade fabril em Santa Catarina até final de julho. Chances de produção aqui vão além de 80%, admite fonte da empresa.
PALIO Weekend 2013 recebeu retoques na parte frontal e melhorias internas. Duas chamam a atenção e antes eram motivos de queixas: bancos dianteiros apresentam outra estrutura, regulagem de altura facilitada e assentos com maior apoio para as coxas, além de bom apoio para pé esquerdo do motorista. Preços de R$ 41.490 (Attractive 1.4) a R$ 51.550 (Adventure 1.8).
PLANOS da Ford são de produzir novo Fiesta hatch em São Bernardo do Campo (SP). Em Camaçari (BA) ficam EcoSport e Ford Fiesta atual (hatch e sedã). Novo Fiesta sedã, em princípio, continuaria a vir do México para equilibrar exportações e importações. No entanto, sedã também poderia ser feito aqui no Brasil, se importações continuarem restritas.
VENDAS de importados continuam em queda acentuada, superior a 35% em relação ao mesmo período de 2011. A depressão se acentua porque era tempo de dólar barato e sem IPI adicional. Algumas revendas, especialmente de marcas chinesas, fecharam as portas. Consumidor também ficou cauteloso, menos propenso a aceitar marcas novas.
PICAPE Strada também recebeu as mesmas modificações, assim como o Palio EL (inclusive friso cromado na grade inspirado no Fiat 500), substituto da versão Fire. Nos três modelos, ponto destoante é a protuberância, acima da tampa do porta-luvas, onde se aloja o sistema de bolsa inflável. Única solução possível, pois não foram projetados para incluir airbags.
QUANDO o novo Citroën C3 chegar, em agosto, o modelo atual – lançado em maio de 2003 e quase sem mudanças até hoje – será descontinuado. Estratégia oposta à da marca principal do grupo, pois a Peugeot continuará vendendo o 207 (206 retocado), depois de lançar o 208 em janeiro do próximo ano. Mesmo na Europa, 206 e 207 conviveram por uns tempos.
ESPAÇOSO e com estilo atraente (um pouco menos elegante quando visto de traseira), Peugeot 508 tem preço bastante competitivo: R$ 119.900,00. Apesar de seu interior de primeira classe (só extintor de incêndio atrapalha os pés no banco ao lado do motorista) e conjunto motriz condizente, a concorrência em modelos desse porte deixa pouco espaço para marcas generalistas. NADA empolgante o novo compacto da Toyota, Etios, a ser lançado em setembro. Projeto atrasou mais de três anos. Estilo, em especial do sedã, pouco atrativo. Ao contrário de outro japonês, Nissan Micra, dispensou motor de 1 litro e seu imposto menor. Painel interno tem problemas estéticos e de funcionalidade. VERSÃO Sporting, do Bravo, tem decoração discreta e altura de suspensão igual à da versão realmente esportiva, a T-Jet. Com teto solar de série e outros equipamentos custa R$ 58.140, apenas R$ 5 mil sobre a versão de entrada, Essense. Melhorias no câmbio automatizado: estratégia de troca de marchas bem útil em ultrapassagens.
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mercado
IVECO AVANÇA EM SEMIPESADOS COM NOVO TECTOR
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Marca lança modelo Euro 5 de olho no maior filão do mercado de caminhões no País
SUELI REIS, de Salvador (BA)
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e olho na principal categoria do mercado de caminhões do Brasil, a de semipesados, na faixa de 16 a 23 toneladas de peso bruto total (PBT), a Iveco lançou a nova geração do Tector, o terceiro da família Ecoline (Euro 5), e com ele projeta crescer um ponto porcentual ao ano na participação deste mercado, que corresponde a 35% dos veículos comerciais vendidos no País. A aposta no mercado brasileiro se fundamenta pela sua importância na América Latina, explica o presidente da Iveco para a região, Marco Mazzu: “O Brasil representa 70% do mercado de caminhões na América Latina, ou seja, para ser grande na região é preciso ser grande aqui.” A Iveco encerrou 2011 com 20% de participação no mercado latino-
americano, ao entregar 34 mil unidades, volume 30% maior do que o registrado no ano anterior. No Brasil, os negócios crescem mais do que a média do mercado desde 2007, informa Mazzu, quando a marca iniciou seu plano de aceleração das vendas em toda a região. Apesar do cenário atual de desaceleração do mercado de caminhões, o presidente da Iveco aposta em retomada a partir do segundo semestre. Mesmo assim, admite que as vendas totais devem cair entre 15% e 20% com relação a 2011, quando foram vendidas 173 mil unidades no País. SEMIPESADOS Em 2008, quando o Tector foi lançado, a categoria de semipesados representava 3% das vendas da Iveco no Brasil, índice que chegou a 7,4%
no ano passado, informa o diretor comercial Alcides Cavalcanti, que projeta vendas entre 4,5 mil e 4,8 mil unidades do novo produto em 2012, das quais 60% devem ser da versão de entrada. Disponível em duas opções de acabamento, Iveco Tector e Iveco Tector Attack, os preços partem de R$ 147 mil para a versão Attack 4x2, e atingem R$ 255 mil, caso do top de linha 6x2. RENOVAÇÃO Da linha Euro 5, além do Tector, estão no mercado as novas versões do leve Daily, entre 3,5 e 7 toneladas de PBT, e o Trakker, caminhão pesado fora de estrada para até 74 toneladas. A linha Ecoline demandou dois anos de desenvolvimento e aporte total de R$ 200 milhões, parte do ciclo de investimento de R$ 470 milhões. n
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mercado
O AVANÇO DOS RANGE ROVER SPORT E DISCOVERY 4 MÁRIO CURCIO
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s Range Rover Sport e Discovery 4 equipados com motor turbodiesel V6 usam agora uma transmissão ZF automática de oito marchas, o que pode até parecer exagero, mas os carros ficaram muito agradáveis de dirigir e bastante silenciosos, mesmo em estrada. O câmbio de oito marchas, que substitui o de seis velocidades, já utilizado no Range Rover Vogue, é semelhante à transmissão ZF que equipa a versão automática da picape VW Amarok. O Ranger Rover Sport com o novo conjunto motor-câmbio tem preço sugerido de R$ 337,9 mil e o Land Rover Discovery 4 parte de R$ 243,9 mil. O motor 3.0 turbodiesel produz agora 256 cavalos, 11 cv a mais que o anterior, e se enquadra no Proconve L6, programa que rege os limites de emissões de poluentes para veículos leves a diesel.
Os dois carros foram apresentados pelo presidente da Jaguar Land Rover para a América Latina e Caribe, Flávio Padovan, dias antes das medidas anunciadas pelo governo para estimular as vendas no setor. O executivo, que também preside a Abeiva, queixava-se da tributação incidente sobre os veículos vindos do exterior, que eleva em quase 200% os valores finais dos veículos. Na época, Padovan aguardava medidas específicas do governo que ajudassem os “sem-fábrica”, mas estas não vieram. PERFORMANCE Tanto o Discovery 4 como o Range Rover Sport são muito bons de dirigir. O primeiro transporta sete pessoas e traz muito espaço interno. O Range Rover Sport é o que tem a tocada mais precisa em curvas fechadas ou alta velocidade. Segundo a Land Rover, ele acelera de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos, marca muito boa
Marcos Camargo
Carros estão mais potentes e agradáveis de dirigir
Flávio Padovan, presidente da Jaguar Land Rover AL e Caribe
para um veículo de mais de 2.500 kg. A máxima é de 200 km/h. O Discovery 4 leva 9,3 segundos para atingir os 100 km/h e tem máxima de 180 km/h. Os dois carros são dotados de tração integral, reduzida e recursos eletrônicos como o Terrain Response, que facilita o controle do veículo mesmo em piso muito íngreme e escorregadio. No console central, um comando giratório substitui a alavanca do câmbio. As marchas são trocadas por shift pads, aquelas borboletas instaladas atrás do volante. Outra novidade que equipa os novos utilitários esportivos são as telas de oito polegadas nos encostos de cabeça, acompanhadas por fones de ouvido sem fio.n
EVOQUE QUEBRA PARADIGMAS
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epois de apresentar os novos Land Rover diesel de oito marchas, Padovan falou sobre o crescimento da Land Rover no mercado nacional, num caminho contrário ao dos demais importadores sem fábrica no Brasil, que registraram queda de 16,3% no acumulado janeiro-maio. A alta da Land Rover foi motivada especialmente pelo sucesso do Range Rover Evoque, que teve mais de 2,5 mil unidades emplacadas do fim de 2011 até o começo de junho. “É um carro que quebrou paradigmas para a Land Rover. O Evoque tem o poder de atrair clientes que não eram consumidores da marca, assim como ocorreu com o Freelander. Sua procura nas concessionárias acabou gerando a venda de outros modelos”, afirma Padovan.
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MERCADO
CITROËN DS3 ESQUENTA DISPUTA PELO MERCADO DE LUXO Meta é vender 250 unidades do compacto premium por mês conforto para até cinco ocupantes e oferece porta-malas de 280 litros. A propulsão fica a cargo do motor 1.6 de 16 válvulas desenvolvido em parceria com a BMW, com turbo de alta pressão, injeção direta de combustível e 165 cv de potência. O DS3 vem de série com freios ABS, ESP, sigla em inglês para programa eletrônico de estabilidade, além de seis airbags, incluindo laterais e de cortina. O único opcional disponível é o revestimento de couro para os bancos, por R$ 2,9 mil. Há ainda as diversas opções de personalização, como os adesivos de teto, disponíveis nas concessionárias a partir de R$ 700 mais a mão de obra.
GIOVANNA RIATO
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compacto chegou às concessionárias no início de junho com uma fila considerável de 1,3 mil interessados. PERSONALIZAÇÃO Importado da França, o DS3 chega ao mercado nacional com diversas opções de personalização. A possibilidade de tornar cada veículo único é uma das grandes apostas para impulsionar as vendas. “O DS3 é um carro para quem gosta de chamar a atenção. Ele tem grande potencial de mercado. Atrai as mulheres por ser bonito e os homens interessados em potência e performance”, analisa Cléa Tiepo, gerente de produto e mercado da marca. Mesmo com dimensões compactas, com 3,95 metros de comprimento, 1,71 m de largura e 1,48 m de altura, o carro promete divulgação
Citroën dá mais um passo em sua ofensiva no mercado nacional com o DS3, compacto que estreia a linha de luxo da fabricante francesa no Brasil. O modelo pretende atrair os clientes que buscam diferenciação, exclusividade e uma dose de esportividade. Por R$ 79,9 mil, a novidade vai disputar espaço no mercado com outros carros de imagem, como Audi A1, Mini Cooper e Hyundai Veloster. A pretensão é vender 250 unidades do DS3 por mês dentro de um segmento que, segundo a Citroën, emplaca 2,3 mil carros por mês. O volume é ambicioso, já que os concorrentes da Audi e da Mini registraram média mensal de 100 a 150 unidades até abril. Os adversários, no entanto, têm preços mais altos. O
VENDAS NO BRASIL Depois de ampliar a participação no mercado em 2010 e 2011, com o lançamento do Aircross e do C3 Picasso, a montadora francesa perdeu espaço no primeiro quadrimestre de 2012. Houve redução de quase 0,7 ponto porcentual de participação, para 2,1%. A empresa, décima colocada no ranking, viu as vendas encolherem 26,4% na comparação com o mesmo período do ano passado, para 22,1 mil unidades. Apesar da queda, a fabricante tem a meta de vender 100 mil unidades no Brasil este ano, com 2,7% de participação no mercado. O volume representa expansão de 11% sobre o resultado do ano passado. Cléa afirma que, com o desconto no IPI, a marca não terá dificuldade para alcançar o objetivo. “Devemos superar esse volume”, acredita. n
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SKF INOVA COM PLÁSTICO Empresa oferece ROLAMENTO a montadoras no Brasil SUELI REIS
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com os tradicionais. Eles são fabricados há dois anos na planta da SKF em Cajamar (SP) e são, por enquanto, dedicados à exportação para Estados Unidos e Coreia do Sul. Há expectativa de que os primeiros clientes locais comecem a despontar este ano. “Por se tratar de uma tendência mundial, nossa proposta tem despertado interesse de montadoras para plataformas globais que serão lançadas em dois ou três anos.”
Mendes ressalta que a empresa conversa com todas as montadoras que produzem veículos no Brasil e bate à porta de newcomers como a JAC. A SKF apresentou o portfólio de produtos, incluindo rolamentos de plástico, durante workshop com potenciais fornecedores da montadora chinesa em Camaçari (BA), onde a JAC pretende construir sua fábrica. n divulgação
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SKF apresenta rolamentos de suspensão fabricados com plásticos de engenharia para veículos de passeio e SUVs. Eduardo Mendes, gerente de vendas automotivas, informa que o produto, disponível no mercado internacional há alguns anos, começa a ganhar espaço no Brasil. “Apresentamos o novo rolamento para as fabricantes locais, demonstrando as vantagens competitivas, mas ainda não há contrato fechado. As negociações estão em andamento.” Os novos rolamentos levam pouco aço em sua estrutura em comparação
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PROGRAMA
8h30 às 17h00
PLANEJAMENTO 2013 Letícia Costa
O que determinará o ritmo das empresas do setor automotivo em 2013?
LETÍCIA COSTA, Sócia-Diretora, Prada Assessoria ESTRATÉGIAS EM ENGENHARIA, PRODUTO, P&D E INOVAÇÃO Planejamento de produto e da inovação. P&D. Fontes de recursos. Capacitação profissional
Valter Pieracciani
VALTER PIERACCIANI, Sócio-Diretor, Pieracciani
Bruno Jorge Soares
LUC DE FERRAN, Consultor
Luc de Ferran
BRUNO JORGE SOARES, Projects Leader, ABDI
Stephan Keese
COMPETITIVIDADE NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA Os desafios da produtividade e da competitividade local
STEPHAN KEESE, Sócio-Diretor, Roland Berger
QUEM DEVE PARTICIPAR? Profissionais de planejamento, estratégia, marketing, vendas e finanças de montadoras, autopeças e serviços empenhados na elaboração de levantamentos e estudos que darão forma final ao planejamento de 2013. Saiba mais sobre o workshop
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INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES www.automotivebusiness.com.br - planejamento2013@automotivebusiness.com.br Tels. 11 5095-8888 /8882/8883
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O workshop será realizado em momento oportuno para rever estratégias e avançar nos levantamentos e estudos que darão forma final ao planejamento de 2013. O programa traz profissionais experientes na leitura das tendências na economia, familiarizados com as transformações na indústria automobilística brasileira. Você receberá informações valiosas, incluindo projeções para a economia e a indústria, além de análises que permitirão compreender os movimentos na área de desenvolvimento de produto, engenharia e cadeia de suprimentos.
TEMAS EM PAUTA . Evolução da economia global e brasileira - cenários e indicadores . A indústria automobilística global e brasileira - análise e projeções . Engenharia e planejamento do produto . Pesquisa e desenvolvimento, inovação . Fontes de recursos, capacitação de pessoal . Planejamento da cadeia de suprimentos . Evolução e projeções para a indústria de autopeças . Produtividade e competitividade - desafios para a indústria brasileira . O novo regime automotivo - as regras e o que muda para as empresas em 2013
OSIAS GALANTINE, Diretor de Compras, Grupo Fiat Chrysler PROJEÇÕES PARA A INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA Estatísticas para autopeças e montadoras. O efeito do programa de eficiência energética
PAULO CARDAMONE, Managing Director, IHS Automotive South America
Paulo Cardamone
Osias Galantine
PLANEJAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
O impacto da globalização e do regime automotivo na estratégia de suprimentos e logística automotiva
Octavio de Barros
OS CENÁRIOS PARA A ECONOMIA A evolução da economia internacional, das commodities e dos principais indicadores
OCTAVIO DE BARROS, Diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos, Bradesco O IMPACTO DO NOVO REGIME AUTOMOTIVO PAULO BEDRAN, Diretor, Departamento de Indústrias de Equipamento de Transporte, SDP, do MDIC, e Coordenador do Conselho de Competitividade do Setor Patrocínio
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Paulo Bedran
Quais as regras e benefícios do novo regime? O que muda para as empresas?
Apoio
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MERCADO
CHEVROLET SONIC QUER CONQUISTAR JOVENS O CARRO foi desenvolvido na Coreia do Sul, em versões sedã e hatch, com a participação de engenheiros brasileiros MÁRIO CURCIO, de Indaiatuba (SP)
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DUAS oPÇÕES: hatch (acima) e sedã vêm da Coreia do Sul. Depois serão trazidos do México
fotos: divulgação
omeçaram em junho as vendas do Chevrolet Sonic, primeiro automóvel trazido da Coreia do Sul pela General Motors do Brasil. O carro é feito na fábrica de Bupyong-Gu, em Incheon. O modelo vem em duas versões de acabamento, LT e LTZ, e duas carrocerias, hatch e sedã. O motor Ecotec 1.6 16V, com duplo comando de válvulas variável, produz até 120 cavalos quando abastecido com etanol. A transmissão pode ser manual de cinco marchas ou automática, com seis. Os preços estão entre R$ 46,2 mil e R$ 53,3 mil para o hatchback e entre R$ 49,1 mil e R$ 56,1mil para o três-volumes. Por causa de seu porte e faixa de preço, o Sonic brigará com os nacionais Honda Fit e City e com os mexicanos New Fiesta hatch e sedã. É do México, aliás, que o Sonic passará a ser importado até o fim do ano, o que em tese favoreceria a redução do preço ao consumidor, mas a General Motors não admite essa possibilidade: “Seria pouco sério baixar o preço quatro ou cinco meses depois do lançamento”, afirma o diretor de marketing, Gustavo Colossi. Ele também descarta a produção do carro no Brasil: “Seria preciso fazer grandes modificações em uma fábrica,
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mercado
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Sonic é vendido em mais de cem mercados e também utiliza o nome Aveo. Foi desenvolvido pelo estúdio de design da Coreia do Sul, mas teve a participação da engenharia da General Motors do Brasil. Durante seu desenvolvimento, engenheiros rodaram 1,7 milhão de quilômetros em 360 protótipos. Para o Brasil, o carro recebeu modificações em freios, direção e suspensão, além da adequação do motor para utilizar etanol ou gasolina em qualquer proporção. Segundo a GM, o reservatório de gasolina para partida a frio (tanquinho) é o único componente brasileiro instalado no carro. O interior bem desenhado garante boa posição de dirigir e o desempenho propiciado pelo motor Ecotec 1.6 vai atender a maioria de seus compradores. As suspensões têm bom acerto e agradam mesmo quando o piso é bastante irregular. A transmissão automática permite trocas sequenciais por um botão à esquerda da alavanca. Não há opção por aquelas borboletas atrás do volante. A distância entre eixos de 2,5 metros garante bom espaço interno. O porta-malas do sedã comporta 477 litros (86 litros a menos que o do Chevrolet Cobalt). O do hatch leva 265 litros, apenas cinco litros a mais que o do Chevrolet Celta. Ambos os Sonic têm banco traseiro rebatível. Desde a versão LT o carro traz direção hidráulica, ar-condicionado, airbags dianteiros, computador de bordo, freios com ABS e programa eletrônico de estabilidade. Vidros, travas e retrovisores têm acionamento elétrico. A opção LTZ traz também controles de áudio no volante, faróis de neblina e opção automática, entre outros itens.
fotos: divulgação
ENGENHARIA BRASILEIRA E TANQUINHO NO PROJETO GLOBAL
por isso a vinda do México será um caminho natural.” Automotive Business também ouviu o vice-presidente da GM do Brasil, Marcos Munhoz. Antes de falar sobre a rentabilidade dos primeiros carros que estão vindo da Coreia do Sul, ele faz uma pausa, reflete e franze a testa: “É, o dólar estava a R$ 1,60 quando surgiu a intenção de importálo”, disse o executivo na metade de maio, quando a moeda americana começava a beirar os R$ 2. n
Interior tem estilo atual, porta-luvas com entrada USB e bom espaço
Motor 1.6 flex do Sonic produz 120 cv com etanol
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MERCADO
PEUGEOT 508 APOSTA NA SOFISTICAÇÃO fotos: divulgação
Francês bem equipado, com três anos de garantia, enfrentará BMW Série 3, Hyundai Azera, Mercedes-Benz Classe C e Volkswagen Passat
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508, sedã mais sofisticado da Peugeot, chegou ao mercado brasileiro por R$ 119.990, em versão única, equipada com motor 1.6 THP dotado de turbo, injeção direta, 165 cv e câmbio automático de seis marchas. “O modelo é peça-chave para a Peugeot no País. Utiliza uma plataforma moderna e sintetiza os valores da
MÁRIO CuRCIO, de Campos do Jordão (SP)
marca”, afirma o diretor-geral da Peugeot no Brasil e América do Sul, Frédéric Drouin, lembrando que os sedãs executivos de luxo são um segmento de tradição para a Peugeot na Europa. Segundo a fabricante, 85% dos compradores do 508 são do sexo masculino. Os casados e com filhos também estão acima dos 80%. “São profissionais liberais ou executivos com carreira de sucesso”, diz o diretor de marketing, Frederico Battaglia. O novo sedã, contudo, não será capaz de elevar a participação da
Peugeot no Brasil, já que a pretensão de vendas é modesta, cerca de 200 unidades até o fim do ano. Frédéric Drouin põe fé mesmo é no recémlançado 308: “Com ele, devemos atingir um volume de vendas maior que o de 2011. Acredito que cresceremos mais que o mercado.” O modelo também ganha a versão 308 CC (conversível) e para o Salão do Automóvel vem o 308 THP. No salão a Peugeot mostrará também o 208, novo hatch cuja produção começará no fim do ano. Vendas, contudo, só em 2013. AO VOLANTE O 508 é um carro muito agradável de guiar. Oferece estabilidade em curvas, conforto em piso irregular
UM PACOTE DE TECNOLOGIAS AVANÇADAS
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or causa do acabamento e equipamentos, a Peugeot acredita que o 508 concorrerá com os modelos BMW Série 3, Hyundai Azera, Mercedes-Benz Classe C e Volkswagen Passat. “Devemos conquistar mais clientes dos coreanos”, diz Battaglia, referindo-se aos Hyundai. O 508 tem três anos de garantia e uma lista de itens bastante completa. Os bancos vêm com regulagens elétricas para motorista e passageiro da frente. O ar-condicionado traz quatro ajustes independentes de temperatura. As saídas de ar para o banco traseiro têm ainda controle de intensidade de ventilação. O teto solar elétrico também é de série. Um item interessante neste carro é o Head Up Display, um visor-espelho colocado acima do painel e que reflete informações do piloto automático e a velocidade em que o carro trafega. Com ele o motorista ajusta o controlador de velocidade sem desviar os olhos da estrada. A tecnologia Peugeot inclui também sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, medidores de vaga e navegador GPS. Os itens de segurança incluem seis airbags, programa eletrônico de estabilidade, freios antitravamento com Assistência à Frenagem de Urgência (AFU) e Repartidor Eletrônico de Frenagem (REF). O volante é ajustável em altura e profundidade, mas essas regulagens são manuais e não elétricas, como ocorre em outros modelos do segmento. A abertura da porta e a partida dispensam o uso convencional da chave, só é preciso ter o chaveiro por perto (no bolso, por exemplo).
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e seu motor 1.6 THP propicia boas acelerações e retomadas na estrada. Segundo a Peugeot, o carro vai de 0 a 100 km/h em 9,2 segundos e atinge 220 km/h. O câmbio automático de seis marchas permite trocas manuais, com borboletas atrás do volante. O espaço dianteiro é bem amplo e aproveitado com porta-objetos e porta-copos. O conforto traseiro também é grande, não só pelas saídas de ar-condicionado como também pelo bom espaço para as pernas e apoios de braço. O porta-malas de 473 litros está mais para o volume de sedãs médios. n
DROUIN CONFIA EM RETOMADA DA PEUGEOT
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Automotive Business – Em que mês começarão a produção e as vendas do 208? Que motores ele terá e qual será seu principal concorrente? Frédéric Drouin – Por causa da estratégia que envolve o produto, não posso falar de motores e outros detalhes, apenas que ele começará a ser produzido no fim deste ano e que as vendas terão início no primeiro semestre de 2013. Ele terá vários concorrentes de diferentes marcas. AB – Recentemente, a Peugeot mostrou o sedã 301, desenvolvido para mercados emergentes. Ele será produzido no Brasil? Pelas características do modelo, ele teria espaço aqui e concorreria com Renault Logan, Nissan Versa, Chevrolet Cobalt... Drouin – Costumo brincar e dizer que o Brasil não é mais um país emergente, por isso o carro não será feito aqui. Na verdade, não será produzido aqui nem na Argentina porque isso demandaria um grande investimento. Nossa prioridade será fortalecer a Peugeot nos segmentos em que já atua. (nota da redação: a consultoria Polk assegura que o carro será fabricado em 2014 e estima 16,4 mil unidades no primeiro ano).
José Mario Dias
m Campos do Jordão (SP), durante a apresentação do Peugeot 508, que começou a ser vendido no início de junho, o diretor-geral da Peugeot para o Brasil e América Latina, Frédéric Drouin, concedeu entrevista a Mário Curcio, de Automotive Business, sobre a retomada da marca no País e expectativas pela chegada do hatch 208 em 2013. AB – O que vai ocorrer com a linha 207 com a produção do 208? Drouin – O 207 permanecerá em produção. A linha será reposicionada. AB – As vendas no Brasil deram sinais de enfraquecimento nos primeiros meses do ano. Isso já teve algum reflexo negativo na matriz? Drouin – Não, estamos mais do que nunca acreditando no potencial brasileiro. O poder de reação do mercado (às medidas anunciadas pelo governo em 21 de maio) foi impressionante, acima do esperado. AB – A Peugeot perdeu participação em relação a 2011 nos primeiros meses e não terá outro lançamento de volume como o 308 até o fim do ano. Como a marca deve terminar 2012? Drouin – Esperamos participação maior do que no ano passado por causa do 308 (que chegou à rede em março). Devemos crescer acima do mercado, mas não dá para arriscar um porcentual. Vai depender da evolução do setor com as medidas adotadas. Mas teremos um crescimento importante em 2013 por causa do 208.
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MERCADO
PACCAR REPLICA MODELO DAF NO BRASIL processos DE MANUFATURA E PRODUTOS VIRÃO DA HOLANDA PARA A FÁBRICA BRASILEIRA DO GRUPO, QUE COMEÇA A fazer CAMINHÕES EM 2013 no paraná PEDRO KUTNEY, de Eindhoven (Holanda)
“N
ão poderia haver momento mais apropriado para nos instalarmos no Brasil”, afirma Harrie Schippers, presidente da octogenária fabricante holandesa de caminhões DAF Trucks, que em 1996 foi comprada pela americana Paccar. No ano passado, o grupo confirmou a construção de fábrica no País, em Ponta Grossa (PR), que recebe
investimento de US$ 200 milhões para começar a produzir modelos da DAF a partir do segundo semestre de 2013. Segundo Schippers, a empresa aposta em crescimento substancial do mercado brasileiro de caminhões nos próximos anos, por isso o cenário atual de retração das vendas não preocupa nem altera os planos. A situação é vista como passageira, em virtude da mudança da legislação
de emissões no Brasil, que tornou os veículos mais caros e afugentou compradores. “Não estamos no Brasil por causa do mercado de 170 mil unidades no ano passado nem por 200 mil, mas pelo nível de 300 mil/ano que deverá ser alcançado no futuro. Existem muitos projetos de infraestrutura em andamento que vão necessariamente consumir muitos caminhões”, avalia o
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APOSTAMOS EM
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diretor comercial Michael Kuester, que chegou no ano passado ao escritório brasileiro, em São Paulo. Ele reforça que a intenção é ganhar 10% de participação no mercado. Para isso Kuester costura a formação da rede de concessionários DAF, com 20 a 25 grupos empresariais, que deverão começar com 30 a 35 lojas em 2013 e, daí por diante, o plano é abrir 10 novos pontos por trimestre, até chegar perto de 100. “Lançamos um novo motor Euro 5, o melhor que já fizemos. Portanto, estamos preparados para atuar no mercado com um ótimo produto quando as vendas voltarem ao normal. Há muitos ingredientes para o sucesso no Brasil”, confia o holandês Schippers. Por isso, na sede da DAF em Eindhoven, na Holanda, atualmente o Brasil está entre os três principais assuntos do dia a dia da
CRESCIMENTO DO MERCADO BRASILEIRO DE CAMINHÕES NOS PRÓXIMOS ANOS. O CENÁRIO ATUAL DE RETRAÇÃO DAS VENDAS NÃO PREOCUPA Harrie Schippers, presidente da DAF Trucks
diretoria e engenharia. Isso ocorre porque cabe à subsidiária europeia da Paccar boa parte do projeto da fábrica brasileira, que replicará da DAF
modelos de manufatura, produtos e distribuição, incluindo o próprio nome comercial: DAF Caminhões Brasil Representação e Serviços Ltda.
A BOA REPUTAÇÃO DOS MOTORES
“T
emos capacidade suficiente aqui, por isso não é necessário no momento investir em uma fábrica de motores no Brasil”, explica Harrie Schippers, presidente da DAF Trucks A marca se tornou uma referência em powertrain para o grupo Paccar. Os caminhões Peterbilt e Kenworth, fabricados nos Estados Unidos e México, só usavam propulsores da Cummins até dois anos atrás, quando a companhia inaugurou uma fábrica em Columbus, Mississipi, que hoje produz o MX, projetado pela DAF, e fornece cerca de 30% das duas marcas. Já a DAF fabrica motores em Eindhoven desde 1957 – antes disso usava os da inglesa Leyland, que passou a produzir sob licença. Na última década, a DAF construiu uma boa reputação de robustez e economia em torno de seus motores na Europa, projetados para rodar 1,6 milhão de quilômetros. “Fomos os primeiros a introduzir os turbocompressores de duplo estágio com intercooler, o que tornou nossos motores mais econômicos do que os da concorrência”, explica o diretor de desenvolvimento Ron Borsboom. Assim, com engenharia própria, a criatura acabou engolindo o criador: em 1998 a Paccar/DAF
comprou a Leyland, de quem antes usou a tecnologia de motores. Hoje, na antiga fábrica da Leyland em Lancashire, Inglaterra, são montados os caminhões leves da linha DAF LF. Com a reputação de motores confiáveis e econômicos e cabines amplas e confortáveis, além da rede de 1,1 mil pontos de venda e manutenção, a DAF vem ganhando importantes pontos de participação na Europa. De última colocada no mercado europeu de caminhões acima de 6 toneladas em 1998, com fatia pouco menor de 10%, a marca holandesa subiu para 14,2% em 2011, com cerca de 50 mil unidades, e hoje é a terceira mais vendida na União Europeia, atrás das alemãs Mercedes-Benz e MAN. Considerando só as vendas de cavalos mecânicos, a DAF foi a primeira no ano passado, com 28 mil emplacamentos na região. É essa reputação da DAF (e possivelmente o bom desempenho) que a Paccar espera replicar no Brasil. “Somos conhecidos na Europa por fazer produtos de primeira linha e vamos competir principalmente com os modelos da Volvo e da Scania no mercado brasileiro”, informa o diretor comercial Michael Kuester.
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Hoje, cerca de 40 pessoas em Eindhoven, das áreas de engenharia de produto, manufatura e compras, trabalham no projeto Brasil. Segundo Ron Borsboom, diretor de desenvolvimento de produto, os maiores desafios agora são adaptar suspensões e motores à realidade das estradas e combustível brasileiros, além de elevar rapidamente o número de fornecedores locais de componentes para os caminhões que serão produzidos em Ponta Grossa – é preciso começar com no mínimo 60% em peso e valor para poder financiar os veículos com os planos atrativos do BNDES/Finame. Para adaptar produtos, em 2011 um caminhão DAF rodou milhares de quilômetros pelo Brasil para mapear as esburacadas estradas brasileiras e suprir a engenharia na Holanda com dados para a recalibração de todas as suspensões. Este ano chegaram mais quatro pesados XF, que foram emprestados e vão ficar no mínimo um ano com frotistas em Mato Grosso e São Paulo. O plano é chegar a 15 veículos de testes até o fim deste ano. “Não fazemos isso para convencer o frotista a comprar nossos modelos, mas para testálos ao máximo, para que estejam completamente adaptados ao País quando começarmos a vendê-los no
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mercado
mercado brasileiro”, explica o diretor comercial Kuester. O modelo de manufatura no Paraná seguirá os padrões da DAF na Holanda, mas com níveis de robotização e verticalização muito menores. Em Eindhoven são usados muitos robôs nos 700 metros da linha, para compensar a falta de mão de obra especializada, o que parece não ser problema em Ponta Grossa. E para atingir os níveis de nacionalização exigidos no mercado brasileiro, será obrigatório abrir mão da produção própria de muitas partes, para comprá-las de fornecedores locais já instalados – como é o caso, por exemplo, dos eixos, que serão feitos no Brasil pela Meritor e Suspensys, e das cabines, encomendadas à Automotiva Usiminas, ao contrário da estratégia
adotada na Europa, onde a DAF produz eixos e cabines na sua fábrica de Westerlo, na Bélgica. Na Holanda, além da montagem final dos caminhões, a DAF faz motores, todas as partes estampadas (pequenas e grandes), monta as travessas dos chassis e fabrica até as coroas e pinhões dos eixos de tração. O processo de homologação dos caminhões DAF está adiantado: em maio, técnicos do Inmetro já estiveram no centro de testes em Eindhoven. Seguindo a legislação brasileira de emissões Proconve P7, eles certificaram (estranhamente, usando diesel S50 europeu) o motor Paccar MX Euro 5 de 12,9 litros, que é produzido na Holanda e será enviado a Ponta Grossa em versões de 410 e 460 cavalos para equipar o pesado DAF XF brasileiro, o primeiro a ser feito no Paraná. n
MOTOR HOLANDÊS COM CORPO BRASILEIRO
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s motores fabricados em Eindhoven, na Holanda, que a DAF enviará para os caminhões que produzirá no Brasil, terão boa porção brasileira: os blocos de ferro fundido em liga de ferro-grafite usados no propulsor serão comprados da Tupy, de Santa Catarina. “Essa é uma forma de ganhar em peso na localização de componentes para os caminhões brasileiros”, explica Harrie Schippers, presidente da DAF Trucks, em alusão ao fato de que o BNDES considera peso e valor dos componentes para identificar o índice de nacionalização mínimo de 60% para concessão dos financiamentos pelo Finame. Mas isso não significa que os blocos da Tupy serão usados só nos motores enviados ao Brasil. “Podemos usar para todos os modelos feitos aqui, dependendo da competitividade dos custos”, conta o executivo, informando que já este ano, mesmo antes do início da produção no Paraná, deverá comprar cerca de 2 mil blocos da fundição catarinense. Atualmente, o maior fornecedor do componente para a DAF está na Alemanha.
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MERCADO
LEGISLAÇÃO ABRE PORTAS PARA TAKATA Lei que determina obrigatoriedade de airbags em 100% dos veículos até 2014 leva empresa a inaugurar planta no Uruguai e a planejar quarta fábrica no Brasil SUELI REIS, de San José, Uruguai
Os esforços da empresa de origem japonesa para garantir fornecimento e fôlego para esse mercado nos próximos anos começaram no Uruguai, em março, com o início das operações da fábrica inaugurada na província de San José, próxima a Montevidéu, para a qual destinou US$ 12 milhões. A unidade complementará a produção brasileira de sistemas de airbags com o fornecimento das bolsas do conjunto, que por sua vez serão enviadas à planta de Jundiaí (SP), para montagem final, onde também são feitos volantes e cintos de segurança. A produção de bolsas é a primeira fase da filial uruguaia, explica o
TAKATA NO URUGUAI: nova planta abastecerá América do Sul com bolsas infláveis
presidente da Takata para América do Sul, Shigeru Otake. O plano a médio prazo é incluir a montagem de todo o sistema de airbags para abastecer as montadoras instaladas no Brasil e na Argentina. Em 2012 a nova linha deve entregar 1,2 milhão de bolsas, um quinto de sua capacidade total, de 6 milhões de unidades por ano. O executivo acrescenta que a produção uruguaia será responsável pelo abastecimento de bolsas infláveis de toda a região da América do Sul e no México, onde também produz o conjunto.
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lei 11.910, de 2009, que torna obrigatório o uso de airbags frontais (para motorista e passageiro) em todos os veículos oferecidos no mercado brasileiro a partir de 2014, inclusive importados, abriu um leque de oportunidades no País. A legislação determina que a partir de 2012 a obrigatoriedade recaia sobre 30% dos veículos. No ano que vem o índice sobe para 60% e, em 2014, 100% dos modelos deverão sair das fábricas com airbags instalados. Com 50% do mercado, a Takata arregaça as mangas e entra no processo de expansão de seus negócios para acompanhar o crescimento da demanda.
EXPANSÃO A Takata volta a atenção para construir uma fábrica em Pernambuco e atender a Fiat, que está se instalando em Goiana, por meio de um contrato de parceria. O vice-presidente da Takata América do Sul, Airton Evangelista, lembra que esta será a primeira unidade da empresa na região Nordeste e a quarta no Brasil. As demais estão em Jundiaí (SP), Piçarras (SC) e Mateus Leme (MG). A Takata negocia a localização da fábrica, que poderá ser em Pernambuco (onde valores dos imóveis foram avaliados como altos) ou no sul da Paraíba. Outros novos projetos fazem parte da carteira de pedidos da Takata, como o Etios da Toyota, cuja fábrica foi construída em Sorocaba (SP). Evangelista afirma que além dos novos produtos feitos no Brasil e da legislação em vigor, outros fatores devem impulsionar a produção. Ele estima que a demanda por airbags no Brasil alcance o volume de 10 milhões de unidades até 2014. n
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| MOTORES
expansão na VW recebeu aporte de R$ 90 milhões
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VW PREPARA SÃO CARLOS PARA O FUTURO Fábrica de motores recebe investimentos e nova ala pode duplicar capacidade PEDRO KUTNEY, de São Carlos (SP)
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o mesmo dia em que comemorou a marca de 7 milhões de motores produzidos em São Carlos (SP) desde 1996, a Volkswagen inaugurou, em maio, uma nova área de usinagem em sua fábrica no interior paulista, que eleva em 15% a capacidade de produção da planta, de 3,3 mil para 3,8 mil unidades por dia. O investimento, de R$ 90 milhões, representa uma pequena
parte do programa de R$ 8,7 bilhões que a empresa investe na operação brasileira de 2010 a 2016. Mas a expansão programada para São Carlos é muito maior: desde o início deste ano, uma nova fábrica já está em construção dentro do mesmo terreno, quase tão grande quanto a atual, capaz de duplicar a capacidade da unidade. A Volkswagen ainda não confirma, mas a próxima linha pode
começar a operar a partir de 2013 para produzir uma nova família de motores 1.0 de três cilindros e bloco de alumínio. Estes irão equipar alguns dos novos carros da marca no Brasil, como o compacto Up!, que, especula-se, será feito em Taubaté (SP). Por enquanto, a diretoria da Volkswagen apenas confirma que as novas edificações servem para expansão de capacidade e, assim mesmo,
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EXPANSÃO pode duplicar capacidade de São Carlos
o investimento não teria data para ser concluído, pois dependerá do ritmo do mercado. “Essa é uma preparação para o futuro, mas os altos e baixos dos negócios ainda não nos permitem dizer quando [as edificações] ficam prontas”, disse Antonio Megale, diretor de assuntos governamentais da Volkswagen do Brasil. “O mercado dá sinal de enfraquecimento neste momento, mas acreditamos que vai voltar, aí estaremos prontos para crescer”, completou o executivo – antes de saber das medidas de incentivo ao consumo de veículos, anunciadas dias depois. “Com a variação do mercado, vamos reavaliar a capacidade que precisamos para definir o tamanho do investimento na nova fábrica de motores”, explicou Andreas Hemman, diretor da unidade de São Carlos. EXPANSÃO ESTRATÉGICA São Carlos tem importância estratégica crescente para o plano de expansão da Volkswagen no Brasil, pois continuará a ser o único polo fornecedor de motores que alimenta todas as três fábricas de automóveis no País (São Bernardo do Campo, Taubaté e São José dos Pinhais) e também uma na Argentina (Pacheco).
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A unidade no interior paulista já é a terceira maior planta de motores do grupo no mundo – atrás apenas de Salzgitter, na Alemanha, e Györ (Audi), na Hungria – e pode subir alguns degraus com a nova linha que está em construção. “Precisamos que a fábrica seja cada vez mais competitiva, por isso estamos fazendo os investimentos aqui”, diz Megale. Hoje, São Carlos fabrica os motores EA 111, com três capacidades volumétricas: 1.0, 1.4 e 1.6, que equipam a maioria dos carros nacionais da marca. Os propulsores usam blocos de ferro fundido fornecidos por Tupy, Teksid e WHB; os cabeçotes de alumínio vêm também da WHB. A produtividade em São Carlos vem crescendo ano a ano. Em 2011 foi atingido o recorde de 879.708 motores produzidos, número 3% maior do que em 2010. Deste total, 212.686, quase um quarto da produção, foram exportados. O ritmo atual é de 70 mil unidades por mês, com 800 empregados e 400 prestadores de serviços – número que deverá crescer quando a próxima unidade for inaugurada. Para este ano, no entanto, Hemman prefere não arriscar um número de produção: “É difícil prever com a oscilação atual do mercado.” n
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Prêmio rei
Roberto Cortes, entre Paula Braga e Paulo Braga e Galeno Galrão, diretor da Mobil
PRÊMIO REI: man La foi a grande vencedora Companhia foi eleita Empresa do Ano e Roberto Cortes o Profissional do Ano
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MAN Latin America foi a grande vencedora do Prêmio REI 2012, promovido por Automotive Business para reconhecer a excelência e a inovação nas realizações de profissionais e empresas da indústria automotiva. Roberto Cortes, CEO da companhia, foi apontado Profissional do Ano por um júri independente, em disputa com os presidentes Carlos Gomes, da PSA Peugeot Citroën, Cledorvino Belini, da Fiat Chrysler, e José Luiz Gandini, da Kia Motors. Eleita Empresa do Ano, concorrendo com Delphi, Fiat Automóveis e Iveco, a MAN LA foi vitoriosa também
em outras quatro categorias: Caminhão, Elétrico e Híbrido, Engenharia, Tecnologia e Inovação e Manufatura. A conquista refletiu os bons resultados obtidos pela empresa, em mercado vigoroso até o fim de 2011, com o lançamento de novos veículos e tecnologias e investimentos expressivos no parque industrial de Resende, RJ. VENCEDORES Os vencedores do Prêmio REI 2012 em 16 categorias foram anunciados em cerimônia no Club A, no Sheraton WTC, em São Paulo, na noite de quarta-feira, 30 de maio. O Automó-
vel do Ano foi o Hyundai Elantra e o Comercial Leve o Range Rover Evoque. O Caminhão do Ano foi o VW Constellation 24.280 6x2, com motor MAN D08 e tecnologia EGR. O MAN 17.280 6x2 híbrido, com tecnologia diesel hidráulica que adota o conceito de recuperação de energia cinética (Kers) dos carros de Fórmula 1, com redução de consumo de combustível de até 15%, deu à MAN o prêmio REI nas áreas de Elétrico e Híbrido e Engenharia, Tecnologia e Inovação. A Cummins, autora do programa Pano Pra Manga, que oferece treinamento e capacitação profissional aos
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FORTES EMOÇÕES PARA ROBERTO CORTES A festa do Prêmio REI surpreendeu a maioria dos presentes pelo ambiente agradável e luxuoso do Club A, nas instalações do WTC, em São Paulo. Com a presença de três centenas de convidados, a maioria dos quais relacionada às 64 empresas finalistas, o programa teve pouco discurso e muita festa para acompanhar a entrega de troféus e placas. Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America, que compareceu ao evento acompanhado da esposa Sandra, subiu seis vezes ao palco para receber os troféus em seis
categorias e, na última oportunidade, quando comemorou o título de Profissional do Ano, demonstrou estar emocionado. “É um momento especial de minha carreira, que coroa muitas outras conquistas”, admitiu. Ao lado dele estavam todos os diretores da MAN Latin America, dispensados de uma reunião do board na Alemanha para acompanhar a entrega do Prêmio REI. A Bosch também foi chamada duas vezes para receber o troféu, graças ao Flex Start, nas categorias Sistemista e Powertrain.
O EVENTO, no Club A, teve patrocínio da Mobil e show do cantor João Pinheiro
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prêmio rei
moradores do bairro do Jardim Cumbica, em Guarulhos (SP), recebeu o Prêmio REI na categoria Responsabilidade Socioambiental. A campanha criada pela Agência Fiat para o Fiat 500, tendo Dustin Hoffman como protagonista, valeu à Fiat o Prêmio REI de Marketing e Propaganda. A ID Logistics conquistou o prêmio de Logística com a reengenharia para dar fôlego à fábrica da Meritor em Osasco, após a recuperação da crise iniciada em 2009. Na área de Autopeças os vencedores foram a Meritor, em Metálicos (cardãs que dispensam manutenção), Bosch, em Powertrain e Sistemistas (Flex Start, que elimina o tanquinho nos motores EC5 da PSA Peugeot Citroën), Saint-Gobain, em Químicos (para-brisa com propriedades acústicas que neutralizam ruídos em baixa e alta frequências), e Delphi, em Eletrônicos (nova central elétrica Mapec 3.0 para mercados emergentes). ELEIÇÃO O Prêmio REI promoveu a eleição final entre os leitores da newsletter Automotive Business, enviada diariamente a 25 mil endereços de e-mail, e entre os participantes do III Fórum da Indústria Automobilística, que ocorreu dia 9 de abril, no Golden Hall do WTC, em São Paulo. Os finalistas foram selecionados por 22 jurados, que analisaram duas centenas de cases enviados por empresas relacionadas à indústria automobilística e apontaram as quatro melhores sugestões em cada categoria para a segunda etapa de votação. A MAN LA, recordista em cases selecionados, colocou 8 finalistas na relação de 64. Entre as empresas de autopeças, o destaque ficou para a Delphi, com representantes em 5 categorias, o mesmo número que obteve na primeira edição do Prêmio REI, em 2011.
os vencedores Roberto Cortes, CEO da MAN Latin America
PROFISSIONAL DO ANO Roberto Cortes, CEO da MAN Latin America EMPRESA DO ANO MAN Latin America CAMINHÃO DO ANO Volkswagen Constellation 24.280 6x2 ELÉTRICO E HÍBRIDO MAN Latin America, com a tecnologia diesel hidráulica que recupera energia (Kers) ENGENHARIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO MAN Latin America, com a tecnologia diesel hidráulica MANUFATURA MAN Latin America, com os avanços do consórcio modular
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AUTOMÓVEL Hyundai Elantra Déborah Encarnato, gerente de comunicação, e Amauri Moura, assessor, Hyundai Caoa
MARKETING E PROPAGANDA Fiat, com a campanha do 500 estrelada por Dustin Hoffman Elisa Sarti, assessora de imprensa da Fiat
COMERCIAL LEVE Range Rover Evoque Adriano Resende, diretor de marketing da Jaguar Land Rover
LOGÍSTICA ID Logistics, com a reorganização da fábrica da Meritor em Osasco, SP Rodrigo Bacelar, gerente de desenvolvimento comercial e marketing
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Cummins, com o programa Pano Pra Manga Soraia Senhorini Franco, gerente regional de responsabilidade social corporativa para a América do Sul da Cummins
AUTOPEÇAS METÁLICOS Meritor, com cardãs que dispensam manutenção Sílvio Barros, diretor-geral, e Luiz Marques, gerente de marketing da Meritor
AUTOPEÇAS POWERTRAIN Bosch, com o sistema Flex Start Gerson Fini, vice-presidente da divisão gasolina da Bosch
AUTOPEÇAS QUÍMICOS Saint-Gobain Sekurit, com o para-brisa que reduz ruídos José Luiz Redondo, diretor-geral da Saint-Gobain Sekurit
AUTOPEÇAS ELETRÔNICOS Delphi, com a evolução da Mapec Gábor Deák, presidente da Delphi
AUTOPEÇAS SISTEMISTAS Bosch, com o Flex Start Besaliel Botelho, presidente da Bosch
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prêmio rei
O PRESTÍGIO DO REI E AS SURPRESAS DA LÍDER Roberto Cortes, CEO da MAN, garante os investimentos em Resende e não esconde que haverá surpresas importantes para a operação brasileira
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ual a receita para tornar-se o profissional de maior destaque no setor automotivo? No caso de Roberto Cortes, alçado a essa posição de prestígio pelos leitores da newsletter Automotive Business e pelos participantes do III Fórum da Indústria Automobilística, ao ser eleito Profissional do Ano, não foram poucos os ingredientes. O primeiro foi obter a aprovação do investimento de R$ 1 bilhão para os próximos cinco anos no Brasil, com o objetivo de aumentar a oferta de veículos comerciais das marcas Volkswagen e MAN, atuando inclusive em nichos de mercado ainda não explorados e aumentando a capacidade produtiva. Em missão árdua, Cortes comandou a MAN Latin America, eleita Empresa do Ano, a emplacar pelo nono ano seguido a liderança nas vendas de caminhões em 2011 (50.829 unidades, com 29,7% de participação) e alcançar um notável crescimento no segmento de ônibus, com participação de 32,2%. O executivo comandou a renovação completa do portfólio de caminhões e ônibus na passagem da legislação de emissões para Euro 5, o lançamento do motor MAN D08 fabricado no Brasil e surpreendeu o mercado ao apresentar a solução EGR para tratamento de emissões, como alternativa ao SCR. Com de-
Nosso programa de investimento já anunciado para Resende está mantido Roberto Cortes, CEO da MAN Latin America
terminação, Cortes colocou em marcha um vigoroso plano de expansão da operação em Resende, no sul fluminense, tendo em vista o início da produção dos caminhões da marca MAN, deu partida à construção do
Parque de Fornecedores e do futuro Centro Logístico de Vendas. Ao mesmo tempo, estimulou a implantação de um amplo processo para revigorar os processos de lean manufacturing no consórcio modular em Resende. De forma reservada, negociou com o governo do Estado do Rio de Janeiro novos aportes na fábrica, relacionados à produção e lançamento de uma nova família de veículos leves, conhecidos internamente como Phevos e desenvolvidos na Alemanha com a participação de engenheiros brasileiros. Cortes colocou a MAN LA entre as melhores empresas para trabalhar no País, estimulou a criação do programa Novos Horizontes e a ampliação do Formare. A preocupação com tecnologias de baixo carbono levou ao lançamento de protótipos inéditos no Brasil, como o ônibus flex GNV-Diesel e o caminhão híbrido-hidráulico, que valeu à empresa o Prêmio REI em duas categorias. A queda nas vendas de caminhões a partir de janeiro, depois de recordes sucessivos em 2011, não desanimou Cortes. Depois de cinco meses de dificuldades, ele prefere olhar para o futuro do que lamentar as perdas recentes. “Nosso programa de investimentos já anunciado para Resende está mantido”, assegurou a Automotive Business, ao receber o Prêmio
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REI, referindo-se ao programa de R$ 1 bilhão em aportes até 2016, que dará capacidade à empresa para montar quase 100 mil veículos comerciais por ano. DETERMINAÇÃO Foi mostrando idêntica determinação ao longo da carreira que Antonio Roberto Cortes, 57 anos, tornou-se o primeiro brasileiro a presidir uma operação do Grupo Volkswagen na América do Sul. Ele é agora o primeiro latino-americano a fazer parte do management board do grupo alemão MAN. Com passagens pelas áreas financeiras e de negócios de cinco empresas multinacionais, é economista formado pela Universidade Mackenzie, pós-graduado em finanças pelo Instituto Mauá de Tecnologia e tem especialização pelo Insead, escola de negócios com sede em Fontainebleau, na França. Cortes começou a trabalhar na indústria automotiva em 1979. Em 1986 participou da criação da Autolatina, joint-venture entre a Ford e a Volkswagen no Brasil e na Argentina, e de 1989 a 1990 trabalhou como gerente-executivo de estratégia de negócios na matriz da Ford em Detroit, nos Estados Unidos. Com o fim da Autolatina em 1994, foi convidado pela Volkswagen da Alemanha a assumir a posição de controller corporativo da Volkswagen na América do Sul.
O CRESCIMENTO RECORDE DA MAN NO BRASIL 72102
. avg 16%
ann
ual
wth
gro
53519 47105 34325
23136
65630
46199
35860 37198
23848 23850
18628
total dom. exp.
12476 1143 1594 1351 1405 2714
5725
8868 9932 10801 8623
5194
8331 9527
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Fonte: MAN Latin America
e Ônibus. A partir de junho de 2000, recebeu o comando geral da Volkswagen Veículos Comerciais e de Caminhões e Ônibus para as operações na América do Sul. Em 2002, passou a ocupar o cargo de vice-presidente executivo da Volkswagen Veículos Comerciais e CEO da Volkswagen Caminhões e Ônibus. PRESIDENTE VWCO E MAN Em 2007, tornou-se presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus. E em março de 2009, passou a acumular a presidência da MAN Latin Ameri-
ca, tornando-se membro do Management Board do Grupo MAN, sediado em Munique, na Alemanha. Cortes participa dos Conselhos Administrativos do Banco Volkswagen, Fundação Volkswagen e Volkswagen Previdência Privada – VWPP. Também é dirigente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha – Seção Rio de Janeiro, e membro do Grupo de Líderes Empresariais – Lide, associação de empresários destinada a fortalecer o pensamento, o relacionamento e os princípios éticos de governança corporativa no Brasil. n
CAMINHÕES E ÔNIBUS Em 1998, assumiu também a responsabilidade pela área de tesouraria da Volkswagen do Brasil. No mesmo ano, recebeu a tarefa de comandar uma equipe multifuncional encarregada de transformar a Operação Caminhões e Ônibus da marca numa unidade de negócios com maior autonomia em decisões e estratégias. Com esta nova responsabilidade, passou a acumular a direção de Controladoria e Tesouraria com a de Negócios de Caminhões
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QUALITAS AWARDS
| FIAT CHRYSLER
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GRUPO pediu mais mais qualidade aos parceiros
FIAT CHRYSLER PREMIA FORNECEDORES GRUPO DEFINE NOVAS ESTRATÉGIAS NA CADEIA DE SUPRIMENTOS GIOVANNA RIATO, do Rio de Janeiro (RJ)
A
Fiat Chrysler premiou os vencedores da 23ª edição do Qualitas Awards no dia 26 de abril, em cerimônia no Rio Centro, no Rio de Janeiro (RJ), que reuniu mais de 700 pessoas. A companhia reconheceu os melhores fornecedores da América Latina levando em conta aspectos como qualidade, inovação, desenvolvimento e capacidade de atender a demanda. Com o tema Juntos Somos Mais Fortes, o Qualitas incluiu, pela primeira vez, fornecedores da Chrysler na América Latina, além dos já tradicionalmente envolvidos parceiros da Fiat, FPT Industrial, Iveco e CNH (marcas Case e New Holland) do Brasil, da Argentina e da Venezuela. Foram homenageadas 48 empresas nas categorias Químicos, Metálicos, Mecânicos, Materiais Indiretos, Logística e Elétricos, além das eleitas da categoria Cinco
Estrelas: a Petronas Lubrificantes, a Sumidenso e NGK-I, agraciadas com esse título por receberem o Qualitas por cinco anos consecutivos. Esta foi a quarta vez seguida que a NGK, fornecedora de velas de ignição, conquistou o prêmio máximo entre os fornecedores do grupo. Aethra, CSN, Moura e Takata Petri receberam menções honrosas por projetos de responsabilidade social, propositividade (participação em programas de redução de custos e otimização do valor), inovação (apresentação de soluções técnicas inovadoras para o cliente) e desenvolvimento (novos produtos e projetos). INTEGRAÇÃO ACELERADA O encontro reforçou a estratégia de integração global e regional das cadeias produtivas do grupo. Estiveram presentes
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FOI DEFINIDO UM PROCESSO ÚNICO PARA TODAS AS COMPRAS MUNDIAIS, BATIZADO DE ONE VOICE OSIAS GALANTINE, diretor de compras Fiat Chrysler e do Group Purchasing na América Latina
Cledorvino Belini, presidente do Grupo Fiat Chrysler para a América Latina, Osias Galantine, diretor de compras Fiat Chrysler e do Group Purchasing na América Latina, e Vilmar Fistarol, CEO mundial do Group Purchasing. Fistarol destacou o trabalho em curso para ampliar o número de for-
necedores em comum entre as marcas. O plano é aumentar o compartilhamento dos atuais 57% para 65% em 2014. Com isso, o investimento anual em compras deverá saltar para US$ 90 bilhões nos próximos anos, inflado pela aquisição da Chrysler. Antes da incorporação da compa-
nhia, as compras ficavam em torno de US$ 30 bilhões. O crescimento do grupo, com a abertura de novas fábricas, também vai impulsionar o resultado. “Com a chegada da Chrysler, não houve apenas mudanças. Foi uma evolução. O Fiat Group Purchasing se transformou em Group Purchasing, tornando nossos volumes de compras muito maiores”, explica. Além do alinhamento de processo e de uma estratégia mundial, a aquisição da Chrysler exige uma mudança cultural importante em todas as empresas envolvidas. “Estamos falando em compartilhar tecnologias, experiências e boas práticas, ampliar a cadeia de compras para um nível global. Estamos falando da inteligência coletiva do Grupo Fiat. São alguns aspectos que, se ainda não se tornaram realidade, irão se tornar em breve e contribuirão muito para o desenvolvimento dos nossos polos de fornecimento”, observou Galantine. Para ele, todos estes passos têm um objetivo principal, compartilhado por toda a cadeia produtiva: a com-
AS MUDANÇAS NA CADEIA DE SUPRIMENTOS • Fornecedores compartilhados ENTRE FIAT E CHRYSLER AVANÇARÃO DOS ATUAIS 57% PARA 65% EM 2014
• Volume de compras DA FIAT CHRYSLER SALTARÁ DE US$ 30 BILHÕES PARA US$ 90 BILHÕES
• Compras do grupo na América Latina SOMARÃO US$ 10,2 BILHÕES EM 2012
• A integração com os parceiros SERÁ GUIADA PELO NOVO PROGRAMA ONE VOICE
• A Fiat Chrysler exigirá PATAMARES MAIS ELEVADOS DE QUALIDADE NO BRASIL
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INVESTIMENTOS EM PARCERIA COM OS FORNECEDORES a 5,8 milhões de unidades. O presidente mostrou ainda disposição para avançar com o projeto da nova fábrica em Goiana (PE), que ficará pronta em 2014. O executivo destacou que um dos meios para atingir a meta de competitividade e se destacar no crescente mercado é o investimento contínuo nas plantas da Fiat, Iveco, CNH e FPT industrial na América Latina. Na região, o grupo agregou uma fábrica da Chrysler na Venezuela e terá, em breve, uma planta da FPT e da CNH na Argentina, outra da CNH em Montes Claros (MG), uma nova unidade industrial da Fiat em Goiana (PE) e a fábrica Iveco de veículos militares em Sete Lagoas (MG). “Todas as fábricas estão sendo dotadas de capacidade produtiva, novas tecnologias e processos mais eficientes, a fim de desenvolver e produzir novos produtos, design, inovação, confiabilidade e qualidade”, afirmou. Em seu pronunciamento, ele destacou o otimismo de sua gestão com relação à economia do continente. De acordo com o executivo, o desenvolvimento econômico, a consolidação da democracia, a melhor distribuição de renda e utilização dos recursos naturais levam o grupo a “crer em um avanço lento, porém seguro e crescente na América Latina”. Belini reforçou as perspectivas do grupo com relação ao crescimento do mercado automotivo na região, de 3% a 4%, em 2012. “A América Latina pode chegar a 5,8 milhões de veículos este ano”, observou, ressaltando a importância dos mercados brasileiro e argentino neste volume, sem esquecer a mensagem principal aos fornecedores: “Temos grandes perspectivas para o futuro da nossa indústria no Brasil e no continente, mas para que elas nos favoreçam, é preciso trabalhar sempre em cadeia, em parceria”, finalizou. DIVULGAÇÃO
Em discurso durante a cerimônia do Qualitas Awards, o presidente do Grupo Fiat Chrysler para a região, Cledorvino Belini, pediu que os fornecedores invistam em qualidade. Segundo ele, apenas com a colaboração de toda a cadeia é possível garantir que o cliente fique satisfeito com o produto final. O dirigente mostrou visão otimista para o mercado. Depois da retração nas vendas durante o primeiro trimestre, ele espera recuperação nos próximos meses. “A combinação de redução dos juros e crescimento da renda vai nos trazer boas notícias no segundo semestre”, aposta. Belini estima que as vendas de veículos crescerão 4% no Brasil este ano, para 3,7 milhões de unidades. O mercado latino-americano deve evoluir impulsionado também pela demanda aquecida na Argentina e chegar
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petitividade estrutural, abrangendo todos os elos da cadeia. Somente na América Latina, onde a organização tem 23 fábricas, a expectativa do diretor para 2012 é que o volume de compras chegue a US$ 10,2 bilhões. “A integração exigirá também uma mudança cultural”, avalia o executivo. A companhia já trabalha para tornar viável a transformação. Dentro do novo formato, foi definido também um processo único para todas as compras mundiais, batizado de One Voice. A ideia é que o contato da empresa com os parceiros siga a mesma orientação em qualquer parte do mundo, adaptada para cada região. A estratégia vai impactar toda a área de compras do grupo, que conta com 50 unidades distribuídas em 20 países. A divisão é responsável por abastecer as fábricas da companhia com os insumos e componentes para os cerca de 800 produtos do portfólio, com atuação em outros 900 projetos em desenvolvimento.
COMPRAS SALTARÃO PARA US$ 90 BILHÕES, COM A CHRYSLER. ANTES FICAVAM EM TORNO DE US$ 30 BILHÕES VILMAR FISTAROL, CEO Mundial, Group Purchasing, Fiat Chrsysler
Assista à entrevista exclusiva com Vilmar Fistarol. www.automotivebusiness.com.br/abtv.aspx
O investimento acompanha o programa de expansão das vendas. Durante a cerimônia de entrega do Qualitas, a companhia destacou a necessidade de os fornecedores da região acompanharem os investimentos da empresa, que tem R$ 10 bilhões anunciados para até 2014. Fistarol alerta que a nova fase trará desafios para os fornecedores. “Para os mais ousados, mais aguerridos, certamente a integração representa oportunidade. Aos que não conseguem nos acompanhar mundo afora, representa um risco. Esperamos, no entanto, explorar muito mais as oportunidades do que os riscos.” Segundo a companhia, é importante que os parceiros trabalhem para alcançar patamares mais elevados de qualidade, o que garantiria à Fiat Chrysler melhores resultados com os clientes e negócios aquecidos em toda a cadeia de suprimentos. Fistarol aponta que a região oferece a vantagem de ter os grandes fornecedores locais já bem estabelecidos. O Brasil ainda tem desafios para superar na opinião do executivo. Segundo ele, os fornecedores nacionais ainda não chegaram aos padrões mundiais de qualidade. “Ainda temos muito o que melhorar”, avalia, considerando aspectos como inovação, desenvolvimento e capacidade de abastecimento. O novo regime automotivo, que determina investimentos em pesquisa e inovação e maior participação de peças produzidas localmente nos veículos, pode ser uma ferramenta importante para alavancar esse avanço. O Grupo Fiat garante que as medidas não resultaram em mudanças significativas no plano de compras da montadora. Apesar disso, a companhia reconhece que é importante incentivar que a produção local acompanhe a expansão do mercado. n
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LANÇAMENTOS | FIAT
NOVOS SIENA EL, PALIO WEEKEND E STRADA EMPRESA INVESTE R$ 400 MILHÕES PARA RENOVAR DE UMA SÓ VEZ PORTFÓLIO, OFERECER NOVO VISUAL E ALGUMA SOFISTICAÇÃO PEDRO KUTNEY, de Recife (PE)
D
epois de lançar o novo Uno em 2010 e a quinta geração do Palio em 2011, a Fiat decidiu fazer de uma só vez a renovação da parte que ainda faltava de seu portfólio de compactos, quando apresentou versões repaginadas do sedã Siena EL, da perua Palio Weekend e da picape Strada – incluindo também as linhas Adventure dos dois últimos, que têm interior e exterior distintos. “São referências em seus segmentos e representam parte significativa da força comercial da Fiat”, justificou o presidente da empresa para a América Latina, Cledorvino
Belini. Ele destacou que já foram vendidos 4,7 milhões de unidades dos três modelos. Para renovar todas as 15 versões atuais deles, a montadora investiu R$ 400 milhões – parte do programa de R$ 10 bilhões de 2011 a 2014. A empresa também aproveitou para marcar território em sua próxima “casa industrial” no País: Pernambuco, que abrigará sua nova fábrica. “Em Goiana, na Zona da Mata Norte do Estado, nascerá um novo polo automotivo, no qual a Fiat é o vetor estruturante”, lembrou Belini. “O Nordeste é um mercado cada vez mais importante, com 53 milhões de
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OS CARROS FORAM DESENVOLVIDOS NO CENTRO DE ESTILO de BETIM. FICAMOS MAIS PRÓXIMOS DOS CLIENTES E PODEMOS PROJETAR
OS TRÊS modelos têm importância estratégica para a marca mineira
habitantes e PIB de US$ 250 bilhões, o que equivale a um país que teria a quarta maior economia da América do Sul”, ressaltou. Por isso mesmo, quando começar a produzir em Goiana, em 2014, a montadora irá renovar outra parte importante de seu portfólio com um produto que deverá substituir o antigo Mille, de olho nos consumidores emergentes dessa região do Brasil. Enquanto isso não acontece, a Fiat começa a construir sua imagem em Pernambuco, “com produtos criados pela inteligência nacional”, conforme destacou o governador Eduardo Campos, ao se referir aos três produtos lançados pela marca no Estado. “A Fiat teve a coragem de vir para Minas Gerais em momento em que nenhuma outra empresa se interessava e agora repete essa ousadia ao vir para Pernambuco”, comparou Campos.
fotos: divulgação
OS PRODUTOS QUE
Palio. Siena e Palio Weekend representam 8,4% das vendas da Fiat no País e ajudam a mantê-la no topo do segmento de automóveis, no qual tem participação de 21,8%. Já a Strada é diretamente responsável pelo primeiro lugar em emplacamentos de comerciais leves, com fatia de 23,6%. No topo desse ranking há 12 anos seguidos, a Strada detém 47,7% das vendas de picapes compactas, que representam 35% dos licenciamentos de veículos utilitários. Com a chegada das novas versões,
ELES DESEJAM Claudio Demaria, diretor de desenvolvimento de produto da Fiat América Latina
executivos da fabricante estimam que as vendas do conjunto todo cresçam cerca de 10%, algo como 2 mil unidades/mês a mais. Siena e Palio Weekend, que hoje vendem perto de 3,5 mil/mês (cada modelo), passariam ao patamar de 4 mil a 4,5 mil/mês. Já a Strada saltaria de 11 mil para 12 mil/mês. “Foi um desafio renovar todos de uma vez, mas com isso esperamos ganhar mais mercado, pois dessa forma eliminamos o adiamento da compra pelo consumi-
a strada é responsável pela liderança da Fiat em comerciais leves da marca
ESTRATÉGIA Os três modelos têm importância estratégica para a manutenção da liderança da marca no mercado brasileiro, pois são opções complementares aos seus carros de maior volume, caso do Uno e
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dor, que normalmente espera pela próxima geração de produtos quando um só elemento da família é renovado”, explica Edison Mazzucato, diretor de marketing de produto. A estratégia empregada pela Fiat para manter a liderança no País é ser líder nos segmentos de maior volume. Para continuar assim, a marca vem agregando valor a cada geração que renova, com remodelação cons-
tante de design (externo e interno) e inclusão de equipamentos sem mexer substancialmente no preço dos produtos. Com os três agora relançados a tendência é a mesma. Siena EL, Strada e Weekend tiveram o design alinhado à nova identidade visual chamada de “Family Feeling Fiat”, uma forma de tornar todos os carros facilmente reconhecíveis pelo consumidor. Parte
marcante dessa identidade está no “bigodinho” cromado com o círculo vermelho no centro que abriga a marca Fiat, instalado na grade dianteira. Começou a ser usado no novo Palio e agora está presente também nos outros três modelos da mesma família – a exceção é a versão de entrada da Strada, a Working, que manteve o desenho anterior da grade dianteira. n
família tem assinatura DO CENTRO de ESTILO DE BETIM
O
painel e volante dos novos Siena EL, Palio Weekend e Strada passaram por mudanças significativas e têm duas versões, uma para a linha Adventure e outra para as demais versões. O interior dos modelos abriga as mudanças mais significativas da linha. “A ideia foi oferecer maior sofisticação e exclusividade, com possibilidade de várias configurações de painel, volante e tecidos dos bancos”, explica Claudio Demaria, diretor de desenvolvimento de produto da Fiat América Latina. “Os carros foram 100% desenhados e desenvolvidos no centro de estilo de Betim. Essa é uma grande vantagem, pois ficamos mais próximos dos clientes e podemos projetar os produtos que eles desejam”, complementa. “Todos os carros ganharam mais equipamentos, sofisticação e funcionalidades”, garante Demaria. Entre esses incrementos, por exemplo, estão acionamento elétrico de travas e vidros, direção assistida e computador de bordo. Airbags frontais e freios com ABS agora são de série na Strada e Weekend Adventure – já em cumprimento à legislação, que prevê a obrigatoriedade de instalação desses equipamentos de segurança ativa em 60% dos veículos fabricados em 2013 e em 100% a partir de 2014. Desta vez, no entanto, não houve mudanças de plataforma, como ocorreu com o novo Palio e Grand Siena, que cresceram para todos os lados. No caso dos novos Siena EL, Palio Weekend e Strada, as dimensões e powertrain continuam os mesmos de antes. Edison Mazzucato, diretor de marketing do produto, calcula que os equipamentos agregados como de série às novas versões topo de linha, anteriormente comprados como opcionais, custariam de R$ 1,9 mil a R$ 2 mil, mas a Fiat só acrescentou a metade desses valores.
O Siena EL, menor do que o expandido Grand Siena lançado em abril, passa a ser o sedã de entrada da Fiat e substitui a versão Fire. O preço já tinha caído R$ 2.850 e agora começa em R$ 28.150 para o modelo com motor 1.0. Com motorização 1.4 o valor sobe para R$ 30.970. A Palio Weekend será vendida em quatro versões básicas: Attractive 1.4 (R$ 41.490), Trekking 1.6 (R$ 43.360), Adventure 1.8 (R$ 51.510) e Adventure Dualogic 1.8 (R$ 53.390) com câmbio automatizado. Já a nova Strada tem nove versões básicas (Working, Trekking e Adventure), com três motorizações (1.4, 1.6 e 1.8, respectivamente) e três tipos de cabine (simples, estendida e dupla). A mais barata, 1.4 Working cabine simples, começa por R$ 31.490. A mais cara, 1.8 Adventure Dualogic cabine dupla com câmbio automatizado, parte de R$ 54.060.
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PRÊMIO TOYOTA
YAZAKI E GUIDI FORAM BEST SUPPLIERS MONTADORA RECONHECEU OS MELHORES DO BRASIL E ARGENTINA NAS CATEGORIAS QUALIDADE, LOGÍSTICA E CUSTOS
E
m abril a Toyota premiou seus 46 melhores fornecedores no Brasil e Argentina. Como de costume, a montadora faz a avaliação em três categorias: qualidade, logística e custos, com dois níveis de classificação em cada uma, de excelência, para os que superam as métricas estabelecidas, e de certificação, para aqueles que ficam dentro dos limites.
Yazaki (no Brasil) e Guidi (na Argentina) foram considerados os melhores fornecedores este ano, pois obtiveram as classificações mais altas em todas as três categorias de avaliação. Em qualidade, foram reconhecidos dez fornecedores que superaram as métricas (excelência) e outros dez que ficaram dentro das metas (certificação). Em logística, sete receberam o reconhecimento de excelência e oito de certificação. Em custos foram apenas dois excelentes e sete certificados.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
SHUNICHI NAKANISHI, presidente da Toyota Mercosul, e Fumio Inaoka, presidente da Yazaki do Brasil Ltda.
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OS PREMIADOS BEST SUPPLIERS Yazaki Guidi QUALIDADE EXCELÊNCIA 3M Associated Spring Bosch Brakes Eldorado Henkel NGK Nitto Denko NSK Tokai Rika ThyssenKrupp
CERTIFICAÇÃO Basf Bridgestone Budai Delga Fumagalli JCI Rassini TRW Tyco Sumidenso LOGÍSTICA EXCELÊNCIA 3M Fumagalli
Henkel Nitto Denko NSK Regali Tokai Rika CERTIFICAÇÃO Borlem Budai Hutchinson NGK Rassini Resil Schaeffler Tyco
CUSTOS EXCELÊNCIA Continental Log & Print CERTIFICAÇÃO Bosal Brose JCI Nitto Denko Rassini-NHk Resil Tyco
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| aço
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siderúrgica apresenta portfólio a montadora paulista
MATERIAIS DE PONTA Uso de produtos siderúrgicos leves e de alta resistência avança no setor automotivo
A
adoção de aços de alta resistência pelas montadoras que desejam produzir veículos mais leves começa a se transformar em realidade na indústria brasileira. Com o objetivo de reduzir a emissão de poluentes e aumentar a segurança nos veículos, as fabricantes de carros estão consumindo um volume maior desses materiais, levando as siderúrgicas a trabalhar em novos projetos para atender a demanda crescente e garantir que não falte a matéria-prima. Uma das fabricantes de aço que lideram este processo no Brasil é a ArcelorMittal, maior siderúrgica do mundo. Em meados de 2011, a companhia lançou o projeto S-in Motion,
divulgação
NATALIA GÓMEZ
Das dez plataformas lançadas nos últimos 12 meses, nove contêm aços de alta resistência. Até 2010, não passavam de 30% Jesse Paegle, responsável pelo desenvolvimento de novos negócios e marketing da ArcelorMittal
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que permite reduzir o peso de um veículo modelo em até 20%, sem aumentar o custo de produção. Neste protótipo, a participação dos aços de alta resistência na carroceria foi ampliada de 6% para 25%. O projeto foi apresentado para as montadoras em diversas versões e, desde então, as vendas deste tipo de material aumentaram consideravalmente. Das dez plataformas de automó-
veis lançadas desde julho do ano passado, nove continham este tipo de material na sua composição. Até 2010, este montante não passava de 30% das plataformas, segundo o responsável pelo desenvolvimento de novos negócios e marketing da ArcelorMittal, Jesse Wili Paegle Filho. Ele explica que estes insumos têm resistência superior a 600 Mpa e são produzidos tanto por estampagem a
PARTICIPAÇÃO DOS AÇOS DE ALTA RESISTÊNCIA NA CARROCERIA
25% 20%
8% a 10%
2012
2018
2025 Fonte: ArcelorMittal Brasil
quente quanto a frio. São conhecidos mundialmente como Advanced High Strength Steel (AHSS). Entre os veículos que levam a nova tecnologia no Brasil, o executivo estima que este tipo de aço represente 8% a 10% do volume total de aço. À medida que a oferta do material avance, este número poderá se aproximar de 20% em 2018. A previsão da ArcelorMittal é que o volume chegue a 25% em 2025. Além de garantir mais leveza aos veículos, o material aumenta os níveis de segurança dos automóveis. O executivo explica que as montadoras estão procurando unificar as plataformas dos veículos em todo o mundo para obter ganhos de escala e por isso os fornecedores brasileiros precisam se adaptar aos padrões dos Estados Unidos e da Europa. “A cadeia de suprimentos precisa ajudar a resolver esta equação”, explica. Outro desafio é aumentar o nível de segurança dos veículos brasileiros, reduzindo o peso sem aumentar os custos. “A diferença técnica que temos com outros centros produtores vai diminuir rapidamente nos próximos anos.” Para reduzir esta distância, a siderúrgica investirá no aumento da
AÇO DE ALTA RESISTÊNCIA CRESCE NA FIAT
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ma das montadoras que estão utilizando mais aços de alta resistência em seu processo produtivo é a Fiat. Segundo o gerente de pesquisa, inovação e materiais da Fiat, José Guilherme da Silva, este material tem se tornado cada vez mais necessário e comum. “Esses aços propiciam elevadas características mecânicas e, por isso, redução de espessura e peso”, diz. Ele conta que os projetos da montadora preveem cada vez mais a utilização de aços de alta ou ultrarresistência nos seus modelos. No entanto, o gerente destaca que esta tecnologia ainda está começando no Brasil e que falta capacidade de
transformar tais aços para utilização nos veículos. A Fiat tem adotado nos seus últimos modelos cerca de 16% em peso de aço estampado a quente, mas ele revela que no Brasil o volume é menor devido à pequena disponibilidade das tecnologias de transformação. Segundo ele, tudo isto está sendo equacionado numa ação conjunta com os parceiros tecnológicos da Fiat e os próximos modelos farão uso mais abrangente dessas soluções. A montadora tem um programa contínuo de parceria com as aciarias para o desenvolvimento desses materiais, cujos resultados têm sido rápidos e de sucesso.
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produção de aços de alta resistência na ArcelorMittal Vega, em Santa Catarina. Os detalhes do plano não são revelados, mas Paegle afirma que a meta é enobrecer o portfólio local de aço. Os investimentos começaram no segundo semestre de 2010
e irão até 2015. Enquanto o aporte não for concluído, a siderúrgica pretende atender o mercado brasileiro com a ajuda de importação de produtos de outras unidades da ArcelorMittal pelo mundo. Mas além do fornecimento de ma-
téria-prima, outro elo da cadeia deve se fortalecer para atender as montadoras: os processadores de aço. O executivo da siderúrgica explica que esta etapa é feita por parceiros que pretendem reforçar seu parque industrial nos próximos anos. n
PCP DISTRIBUI AÇOS DE ALTA RESISTÊNCIA DA RUUKKI
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ços especiais importados completam o portfólio local de produtos para a indústria automobilística brasileira. É o caso de materiais de alta resistência oferecidos pela PCP Produtos Siderúrgicos, do Grupo PCP Steel, de Caxias do Sul (RS), parceira certificada da usina siderúrgica finlandesa Ruukki para a distribuição com exclusividade em todo o Brasil. A PCP oferece aços das linhas Optim, de alta resistência mecânica, utilizados para aplicações estruturais pesadas, especialmente nas áreas de implementos, chassis e guindastes; Raex, de alta resistência ao desgaste, utilizados pelos setores de construção e minera-
ção, onde é importante elevar a vida útil, durabilidade e desempenho dos produtos; e o Litec, um aço multifase revestido, de alta resistência mecânica, utilizado em componentes de segurança e células de sobrevivência no segmento automotivo. O material, ideal para aplicações que exigem ótima resposta à estampagem associada à boa resistência a corrosão, é utilizado em aplicações críticas como vigas, suportes, colunas e partes complexas que compõem a estrutura de automóveis, ônibus e caminhões.
divulgação
USIMINAS: AHSS AVANÇA EM NOVOS PROJETOS
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gerente de produto da Usiminas, Ed Juarez, explica que algumas empresas de autopeças e montadoras estão mais preparadas do que outras para a adoção de aços leves. “O mercado caminha nessa direção, pois é uma tendência mundial”, assegura. Ele destaca que as montadoras terão de usar ainda mais aços leves no futuro, quando novas tecnologias de propulsão ganharem destaque, como no carro elétrico. “A bateria de um veículo elétrico vai pesar 150 a 200 quilos”, explica. A Usiminas faz parte de um grupo de 17 empresas de 12 países que desenvolveram um portfólio de estruturas de aço leve para veículos, denominado Future Steel Vehicle (FSV). De acordo com Juarez, os aços AHSS apresentam um crescimento rápido e já representam um papel de destaque na Europa, Estados Unidos e Ásia. “No Brasil, os modelos recém-lançados, bem como os modelos em projeto, estão agregando níveis expressivos de aços de alta resistência.” Segundo o especialista, designs recentes têm apresentado mais de 10% de aços AHSS na carroceria.
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OS MESMOS VELHOS PROBLEMAS CONCORRÊNCIA ASIÁTICA, CAMINHÕES EM BAIXA E DIFICULDADES PORTUÁRIAS JÁ ATRASAM INVESTIMENTOS LOCAIS JAIRO MORELLI
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az tempo que os fabricantes de Se a produção poderá crescer, o conta desta operação. Acredito que, pneus instalados no Brasil recla- faturamento deste ano será prejudica- no longo prazo, ela será benéfica. Enmam da falta de competitividade do. Na Continental haverá queda de tretanto, de início, nos causou probledo produto local, ameaçado pelos 12%, segundo Sarzano. Nos pesados, mas de estoque e consequente perda concorrentes asiáticos, que aboca- a redução nos primeiros cinco meses de vendas”, conta o diretor comercial nharam 31% do mercado brasileiro de 2012 chegou a 25%. Com isso, o da Michelin, Marco Moretta. no último ano. Sem políticas prote- aporte de US$ 210 milhões iniciado Apesar das dificuldades, o executicionistas ou desoneração fiscal, essas em 2010 para dobrar a capacidade vo afirma que o plano de investir 800 empresas já exportam apenas milhões de euros até 2015 para manter o ritmo das (300 milhões de euros só em operações. “Apesar de o dólar Itatiaia, RJ, para expansão da ter subido, os embarques capacidade) está mantido. Áviainda não são rentáveis. Estada pela retomada, a Michelin mos perdendo dinheiro para espera fechar 2013 com capanão parar”, explica o superincidade produtiva 250% maior tendente e responsável pelas para pneus de passeio e camioperações comerciais da nhonetes e 40% mais alta em Continental, Renato Sarzano. caminhões e ônibus até 2015. Tais dificuldades se refletem ETIQUETAGEM nas projeções revisadas pela Para melhorar a competitividaAssociação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), de do produto local, a indústria que estima um 2012, na meaguarda a etiquetagem dos lhor das hipóteses, apenas pneus. O programa deve en2,5% superior a 2011 (66,9 trar em vigor em 2014. Apesar milhões de unidades produzide favoráveis, os fabricantes das). “Temos de ficar atentos questionam pontos importanCONTINENTAL: queda de 25% nos primeiros 5 meses aos desafios como a concortes de sua aplicação. “Na teoria é fantástico, mas na prática rência desleal dos asiáticos e algum tipo de queda de demanda da fábrica de Camaçari (BA) até 2014 não sei como será. Os mecanismos na produção de veículos. No entanto, deve ser aplicado até 2015 ou 2016, de controle apresentados são muito ruins. O ideal seria a construção de estamos otimistas e as fábricas bra- segundo Renato Sarzano. sileiras têm capacidade de atender a Em cenário complexo, nem mesmo um laboratório no País, cuja coordeum crescimento muito maior do que ações como a Maré Vermelha, aplica- nação ficaria sob responsabilidade do esse”, afirma o presidente da entida- da nos portos como forma de coibir Inmetro. Se a avaliação for feita por de, Eugênio Deliberato. Nos últimos práticas desleais na importação, che- laboratórios estrangeiros fica difícil cinco anos, R$ 4 bilhões foram inves- garam a ajudar. Pelo contrário. “Nos- garantir que o projeto realmente trará tidos pelas empresas do setor em ca- sa maior dificuldade neste início de benefícios a quem faz pneu de qualipacidade e tecnologia. ano foi a sobrecarga nos portos por dade”, diz Sarzano. n
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APOSTA EM MERCADO CRESCENTE MONTADORAS ESTIMULAM NOVAS TECNOLOGIAS GIOVANNA RIATO
DIVULGAÇÃO
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medidas do governo para reaquecer o varejo automotivo só devem trazer efeito no segmento de vidro depois de julho”, calcula. Para ele, houve demora em anunciar os estímulos e os estoques já estavam grandes demais. A expectativa é de que, superado o momento de retração, as encomendas voltem a crescer com vigor. Um dos impulsos deve chegar com os novos players e a abertura de fábricas de veículos nos próximos anos. De olho nisso, o grupo japonês AGC também decidiu investir no mercado brasileiro e lançou a pedra fundamental da primeira planta em Guaratinguetá (SP) com aporte de R$ 800 milhões. Até 2016, a unidade alcançará 500 mil conjuntos/ ano de para-brisas, vidros laterais e traseiros para automóveis e vai atender também a construção civil. A empresa é ambiciosa: Davide Capellino, presidente da operação nacional, quer atender 30% das encomendas de vidros das montadoras no País, participação equivalente à que detém no mercado internacional. Capellino garante ter contratos fechados com fabricantes de veículos, mas não revela quais são. Ele pretende investir na qualidade do atendimento. Marson, da Pilkington, também aposta nessa estratégia. “Vamos melhorar os nossos serviços e aumentar a oferta de produtos com alta tecnologia para garantir o nosso espaço, como antenas no para-briRUI MARSON, diretor de vendas e marketing da Pilkington
e depender da oferta de vidros automotivos, a produção de veículos terá espaço para crescer nos próximos anos. O segmento representava um gargalo para as montadoras instaladas, com poucas fornecedoras, mas os investimentos concluídos e os planejados garantem tranquilidade ao setor. A líder Pilkington é uma delas. A companhia completou aportes de R$ 150 milhões na construção de duas novas fábricas. A primeira expandiu em 40% a capacidade produtiva de vidros laminados da companhia no Brasil. A outra, recém-inaugurada, ampliou em 50% a fabricação de vidros temperados. O mercado contido no primeiro semestre deixou as fábricas de vidro com capacidade extra, que Rui Marson, diretor de vendas e marketing da Pilkington, calcula em 20%. “As
JOSÉ LUIZ REDONDO, diretor-geral da Saint-Gobain Sekurit
sa conectadas à central multimídia.” A AGC afirma estar pronta para reduzir em um terço a transferência de calor para o habitáculo do automóvel. Recentemente, a Saint-Gobain Sekurit foi destaque no desenvolvimento de para-brisa com propriedades acústicas que neutralizam ruídos de baixa e alta frequências em 5 dB e 8 dB, respectivamente. A tecnologia já equipa o C3 Aircross e o C3 Picasso, da Citroën, e o 408, da Peugeot. “Nos sentimos gratificados pelo programa que realizamos em parceria com a engenharia da PSA Peugeot Citroën, que resultou num produto que contribui para elevar o padrão dos automóveis produzidos no Mercosul”, afirmou José Luiz Redondo, diretor-geral da companhia, que recebeu o Prêmio REI de Automotive Business pela inovação. n
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| BORRACHA
SEM VOLUME, SAÍDA É DIVERSIFICAR FORNECEDORES TENTAM SE ADEQUAR AO RITMO DAS MONTADORAS JAIRO MORELLI
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om mercado em baixa e matérias-primas importadas em alta, o setor de borrachas vive momento de retração. Sem poder exportar, os fabricantes apontam o planejamento para segmentos menores, onde ainda é possível ganhar participação. As altas no preço da borracha e outras matérias-primas devem levar a outro ano de retração para os fabricantes de artefatos de borracha. Se em 2011 a queda no faturamento foi de 6%, neste ano a baixa deverá ser maior. “No ano
passado, o aumento praticado pela borracha foi de 30%. Neste já está em 12%. A elevação de cotação dos insumos diminui a margem a cada mês”, diz o diretor comercial da Hutchinson do Brasil, Tomais Makoto Yashiro. Sem crer em mudanças no jogo, já que só 5% do volume de borracha usado no Brasil é produzido aqui, Yashiro acredita que o jeito é focar nos segmentos onde há potencial de crescimento. “Costumávamos investir entre 5% e 10% da nossa receita. Neste ano será bem menos.”
Tal planejamento se deve à queda na produção das cinco unidades nacionais da empresa, cuja ociosidade já beira os 20%. “Antes operávamos no limite. Hoje, apenas algumas áreas ainda estão com três turnos.” Novas fábricas estão fora de cogitação: “Por enquanto, essa será nossa estrutura.” A empresa se empenha para acompanhar as paralisações nas montadoras. “Cada fabricante para em determinado momento. Aproveitamos para parar junto, tentando nos adequar à demanda.” n
LANXESS: AVANÇOS MIRAM PNEU VERDE
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e não bastassem estes complicadores, o País ainda passa por momento de baixa competitividade, com aumento dos importados, principalmente no segmento de pneus, o que reflete de forma direta no setor de borracha. “A entrada desenfreada de pneus importados, com preços impraticáveis para a realidade local, complica a vida dos fabricantes e, por consequência, a minha. Sem a etiquetagem ou políticas de incentivo e proteção para a indústria local será impossível equilibrar as operações”, diz o diretor de marketing da unidade de negócios Performance Butadiene Rubbers da Lanxess na América latina, Humberto Lovisis. Neste contexto, apesar da reação do dólar, crescer em exportação não faz parte dos planos da Hutchinson. “Em 2011, os embarques representaram 13% do faturamento. Hoje, estão em apenas 8%. Atualmente, estamos fugindo de negócios com o mercado externo”, afirma Yashiro, segundo quem os dribles na própria borracha também já são dados na busca por redução de custos. “A indústria usa, a cada dia, mais termoplásticos na formulação em substituição à borracha sintética por conta da diminuição do custo. Esse material permite ainda reduzir o peso, questão muito importante atualmente.”
Já na Lanxess, os avanços miram os pneus verdes. Sua criação mais recente é o Buna VSL 4720-0 HM, um elastômero que proporciona melhores resultados em processamento e é indicado para pneus de alta performance, que exigem baixa resistência ao rolamento e alta aderência em piso molhado. “Lançaremos outros produtos nessa linha de mobilidade verde. Eles ajudarão nossos clientes no atendimento aos rígidos requisitos da rotulagem”, antecipa Lovisis. A expectativa, segundo o executivo da Lanxess, é de que a etiquetagem seja obrigatória no Brasil a partir de 2016. “Já estamos nos preparando para atender esta nova demanda do mercado nacional por meio da expansão da capacidade de produção do polibutadieno à base de catalisador neodímio na planta do Cabo de Santo Agostinho (PE) e o desenvolvimento e produção de novos tipos de SSBRs especiais também nesta mesma fábrica.” Além destes avanços, a empresa também investe R$ 75 milhões na construção de duas novas unidades dentro da fábrica de Porto Feliz, no interior de São Paulo. Uma para a produção de bladders, utilizados no processo de fabricação de pneus, e outra para plásticos de alto desempenho. Esta última será a primeira a entrar em operação no início de 2013.
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A QUÍMICA ENTRA EM CAMPO A SERVIÇO DA ENGENHARIA NOVOS PLÁSTICOS GANHAM ESPAÇO NA PRODUÇÃO AUTOMOTIVA MARTA PEREIRA
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demanda por veículos cada vez mais leves, menos poluentes e com alto índice de reciclabilidade tem favorecido o desenvolvimento de novas matérias-primas. Nesta direção, o plástico ganha cada vez mais espaço na indústria automobilística. Vale destacar que é o plástico de engenharia, que nada tem a ver com aquele plástico das sacolinhas dos supermercados. A começar pelas características: ele é altamente resistente e não corrosivo, permite a fabricação de milhões de peças com as mesmas dimensões e ferramentais e pode ser reaproveitado. Cada vez mais, o plástico de engenharia, ou de alta performance, como também é denominado, tem substituído os metais nos veículos. Na década de 1970, começou a ser utilizado nas peças de interior, representando cerca
COLETOR DE ADMISSÃO – autopeça feita pela Magneti Marelli com o plástico de engenharia reciclado da Rhodia
de 50 kg do veículo. Atualmente, está presente em itens de acabamento, para-choques, componentes dos sistemas eletrônicos e de combustível. A vantagem imediata proporcionada pelo uso do plástico é a redução no peso. Na década de 1950, um automóvel de passeio pesava em média 2,5 toneladas. Hoje são 700 kg e a tendência é diminuir ainda mais. Veículos mais leves apresentam melhor desempenho, consequentemente consomem e poluem menos. Nas linhas de monAUTOPEÇA feita a partir da tagem, a produção poliamida 6.10 é mais limpa, com resíduos sólidos reaproveitáveis, sem falar na facilidade de manuseio e redução de usinagem, acelerando o processo de fabri-
cação. No fim da vida útil, as peças podem ser recicladas. Ponto para o desenvolvimento sustentável. Peças de plástico também têm maior índice de deformação em caso de impacto. Ponto para a segurança automotiva. Essas são apenas algumas das vantagens da adoção do plástico de alta performance na indústria automobilística, que incentiva os fabricantes a trabalhar na melhoria contínua do insumo. Recentemente, a Rhodia, empresa química do grupo Solvay, e a Dytech, fabricante de sistemas, subsistemas e componentes para motores e plataformas de aplicação, lançaram a poliamida 6.10, desenvolvida a partir do plástico de engenharia Technyl eXten. O novo produto é derivado em parte de óleo de mamona, uma fonte renovável, e pode ser utilizado na confecção de tubulações para combustíveis, servofreio, embreagens e dutos de
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A POLIAMIDA PA12 ESTÁ ESCASSA NO MERCADO. A PA6.10 TAMBÉM ATENDE ÀS EXIGÊNCIAS BÁSICAS, COMO CUSTO MAIS BAIXO PAULO MOTTA, gerente de novos negócios da Rhodia
óleo para veículos leves e pesados. A novidade já foi homologada em diversos clientes finais das duas empresas, substituindo aplicações que atualmente usam a poliamida PA12, de origem totalmente petroquímica. “Além da demanda por matérias-primas de fonte renovável, a PA12 está escassa no mercado. A PA6.10 também atende às exigências básicas, como custo de produção mais baixo e qualidade superior”, diz Paulo Motta, gerente de novos negócios da Rhodia, acrescentando que o uso da PA6.10 na produção de autopeças ainda contribui para a redução de emissões de gás carbônico. Para Giorgio Fabbroni, vice-presidente da Dytech, a nova poliamida ampliará a oferta de soluções, em linha com as necessidades do setor automotivo por produtos sustentáveis. “A indústria de veículos pesados vive um momento particularmente especial no Brasil, com a entrada em vigor do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve 7). Os caminhões têm cada vez mais demandas de carga e as montadoras precisam reduzir o peso do veículo, sem perder eficiência,
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e adequar-se à legislação ambiental, reduzindo as emissões.” Enquanto os fornecedores trabalham em novos plásticos de engenharia, as montadoras fazem a lição de casa e também buscam alternativas que contribuem para a preservação ambiental. A Volkswagen desenvolveu tecidos à base de PET reciclado. O material é usado para revestir bancos e portas de seus veículos. Segundo a montadora, para o revestimento de cada automóvel são necessárias até 52 garrafas PET de 1,5 litro, sendo 44 só para os bancos, cujo conforto, qualidade e resistência serão preservados. Nos Estados Unidos, a Ford é, junto com a Coca-Cola, Heinz, Nike e Procter & Gamble, uma das criadoras do projeto Plant PET Technology Collaborative (PTC). O objetivo é unir os esforços de pesquisa e desenvolvimento para criar soluções comerciais de plásticos feitos inteiramente de plantas. O PET (politereftalato de etileno) é um plástico leve e durável, usado em vários produtos e materiais, incluindo garrafas plásticas, roupas, calçados, tecidos e carpetes automotivos. n
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| SUSTENTABILIDADE
UM PROBLEMA, VÁRIOS RESPONSÁVEIS BRASIL CARECE DE UM PROGRAMA DE RECICLAGEM DE VEÍCULOS MARTA PEREIRA
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eciclar tornou-se um verbo que deve ser conjugado por todos, fabricantes e consumidores, para o bem do Planeta. No entanto, para algo ser reciclável, tem de ser produzido com insumos que possam ser reutilizados no mercado, sob a forma original ou como matéria-prima de outros materiais, para finalidades diversas. Esse quesito a indústria automobilística atende. O avanço é fruto de várias ações combinadas. A começar pelo desenvolvimento de veículos cada vez mais econômicos, leves, com baixa emissão de poluentes e ruídos, capazes de rodar com combustíveis alternativos, produzidos com matérias-primas reaproveitáveis, muito mais fáceis de ser desmontados, entre outras inovações que carregam o conceito de sustentabilidade. Os processos de produção também sofreram mudanças, proporcionando melhor gerenciamento de resíduos dentro das fábricas. Segundo Marcus Vinicius Aguiar, diretor técnico da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva), em quatro anos, não apenas a quantidade de resíduos sólidos por veículo diminuiu, como aumentou o volume de reciclados e reduziu-se o de não reciclados. Traduzindo em números, em 2008, era gerada 0,4 tonelada de resíduos por veículo, sendo 0,27 tonelada reciclada e 0,13 tonelada não reciclada. Em 2011, caiu para 0,28 tonelada de resíduos gerados por
NÃO ADIANTA FABRICARMOS UM PRODUTO COM ALTA RECICLABILIDADE SE O PAÍS NÃO TEM INFRAESTRUTURA PARA RECICLAR MARCUS VINICIUS AGUIAR, diretor técnico da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva)
veículo, com 0,24 tonelada reciclada e 0,04 não reciclada. “Atualmente, 99% dos resíduos sólidos gerados nas montadoras têm uma destinação adequada. Como somos exportadores, temos de seguir as legislações internacionais, que são muito mais rígidas do que as brasileiras.” Linhas de montagens mais limpas, matérias-primas com maior potencial de reaproveitamento, veículos com alto índice de reciclabilidade, e avançando a cada dia. A equação parece perfeita, sugerindo um círculo virtuoso de desenvolvimento sustentável. FALTA INFRAESTRUTURA No entanto, depois que saem das linhas de montagem, rodam por anos e tornam-se sucatas, os veículos não têm uma destinação adequada no
Brasil. No geral, terminam nos diversos pátios dos órgãos de trânsito, terrenos públicos, desmanches clandestinos, no fundo dos rios ou abandonados nas ruas. “Não adianta fabricarmos um produto com alto índice de reciclabilidade se o País não tem infraestrutura para reciclar”, salienta Aguiar. A sentença não significa que a indústria automobilística lamenta os investimentos em produtos e processos ecologicamente sustentáveis. Apenas reforça um gargalo a ser explorado, transformado em negócio, como ocorre em outros países. Para o executivo, assim como para a maioria do setor, o primeiro passo para a criação de uma indústria de reciclagem automotiva é a adoção de uma inspeção que tire das ruas os veículos sem condições mínimas, so-
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bretudo às ligadas à segurança. “Tirar das ruas implica tirar dos sistemas, zerar os eventuais débitos tributários que o carro possua. Só assim poderá ser tratado como sucata.” Uma vez sucata, é preciso uma estrutura mínima, que envolve vários personagens: Quem e para onde levar o veículo? Quem será responsável pela desmontagem e transporte para as empresas que reaproveitam as diversas partes? E são muitas essas partes! Atualmente, quase 100% do veículo pode ser reaproveitado. Todos os líquidos são drenados e retornam para a indústria de lubrificantes. Os metais, plásticos, tecidos e borrachas, hoje mais fáceis de ser desmontados e separados, também retornam para o sistema fabril. Podem ser utilizados como insumos, na produção de matérias-primas
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DE VOLTA À PRODUÇÃO
nquanto se aguarda por um programa de reciclagem definitivo, alguns setores da cadeia se movimentam. A indústria de vidro é um deles. Segundo dados do Instituto Autoglass, braço social do Grupo Autoglass, atualmente, o Brasil recicla apenas 4% de um total de 5 mil toneladas de vidros automotivos descartados mensalmente no meio ambiente. Há quatro anos a entidade efetua a reciclagem de todo o resíduo proveniente dos para-brisas danificados, que são substituídos nas lojas da Autoglass. Por meio de logística reversa, o material é recolhido, recebe o tratamento adequado e é reaproveitado na produção de garrafas, lã de vidro e jateamento. Para Kleber Carreira, presidente do Instituto Autoglass, o que falta é uma legislação que obrigue a reciclagem, que envolve todos da cadeia: montadoras, autopeças, importadores, comerciantes, proprietário e governo. “O Instituto participou diretamente da redação da Lei 9.013/2008, aprovada no Espírito Santo, para a reciclagem dos vidros automotivos. Agora, estamos engajados na luta pela aprovação do Projeto de Lei 8.005/2010, que dispõe sobre a reciclagem dos vidros automotivos em todo o País. O projeto encontra-se na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, da Câmara dos Deputados, aguardando manifestação do relator.”
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SUSTENTABILIDADE
ou geração de energia, ou se transformar em novos artigos. Mercado e utilização não faltam. O que não há no Brasil é um programa sério de reciclagem, que envolva governo, iniciativa privada e consumidor, como ocorre em alguns países. No Japão, por exemplo, a lei obriga fabricantes ou importadores de veículos a promover o destino adequado a três itens considerados prioritários: o gás clorofluorcarbono (CFC) do ar-condicionado, airbags e resíduos pulverizados (após a retirada de metais e outras peças). O restante é processado no atual mercado de reciclagem do país. O proprietário
também contribui com o programa japonês. Ao adquirir um carro novo, ele paga uma taxa de reciclagem na inspeção periódica. Detalhe: nenhum automóvel circula no país sem passar pela fiscalização, o que torna o recolhimento da taxa obrigatório. Por aqui, pode ser considerado mais um avanço a Lei 12.305, de agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Resultante de ampla discussão com os órgãos de governo, instituições privadas, organizações não governamentais e sociedade civil, a lei reúne princípios, objetivos, instrumentos e diretrizes para a gestão dos resíduos sólidos.
A PNRS institui o princípio de responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, o que abrange fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, consumidores e titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. A legislação existe, a indústria automobilística investe em produtos e processos que favorecem a reciclagem, o debate em torno do assunto vem de longa data. Falta atitude. A considerar que apenas 1,5% do lixo doméstico da capital paulista é reciclável, a perspectiva para sucatas de grande porte não é muito animadora. n
UM CAMINHÃO VOLVO PODE SER 90% RECICLÁVEL
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Volvo assegura que 90% de seus caminhões atuais podem ser reciclados. “Temos de pensar no meio ambiente, em nossos recursos e nas futuras gerações”, diz Lars Martensson, diretor de meio ambiente de caminhões Volvo. “Respeito ao meio ambiente é um dos valores fundamentais da marca e a sustentabilidade ambiental está presente em todos os processos e produtos da empresa”, diz o executivo. Reciclagem, no entanto, não é apenas uma questão ambiental. Também BATERIAS – Baterias em bom estado podem ser renovadas e vendidas. Ao reciclar, 60% do peso é chumbo, que pode ser fundido e utilizado em novas baterias. Cerca de 30% é de ácido sulfúrico, que pode ser neutralizado e convertido em água. O restante é plástico que pode ser transformado em energia. DISCOS/TAMBORES DE FREIO – Podem ser reciclados em fundições. PNEUS E BORRACHAS – Carcaças de pneu em bom estado podem ser recauchutadas, caso contrário podem virar tapetes, cones de marcação no trânsito, compostos de asfalto, ou usadas para reciclagem na indústria de cimento. Borrachas de outros tipos, bem como tubos ou juntas, viram energia. ELETRÔNICA - Metais podem ser reciclados. Plásticos são reciclados em energia.
existem aspectos econômicos. “No futuro poderá haver escassez de metais e quando os preços subirem será necessário reciclar mais ainda”, destaca. Peças em boas condições podem ser usadas novamente, outras são recicladas ou utilizadas como fonte de energia. Os materiais de fabricação são selecionados tendo em mente a reciclagem. A lista abaixo contém exemplos de peças que podem ser reutilizadas, recicladas ou transformadas em energia.
VIDRO – Pode ser reciclado por meio de fundição. GLICOL – Pode ser reaproveitado se a qualidade for elevada. Em outros casos, é neutralizado e convertido em água adicionando-se bactérias. GÁS DO AR-CONDICIONADO – O gás R134a (HFC), se não estiver contaminado com derivados de petróleo, pode ser reutilizado após a limpeza. Contaminado com óleo, é queimado e transformado em energia. LÂMPADAS – Todas podem ser recicladas depois de selecionadas. ABAFADORES DE RUÍDO – Os mais antigos são puramente metal e podem ser fundidos. A partir da tecnologia SCR (Conama P7 no Brasil), os abafadores - além do aço inox da estrutura contêm no seu interior um substrato cerâmico formando uma colmeia composta com metais nobres e elemento ativo. A carcaça é reciclada
enquanto o substrato cerâmico é fundido. Neste processo os metais nobres e o elemento ativo podem ser recuperados. METAIS EM GERAL – Ferro, aço, alumínio, cobre e bronze têm alto valor agregado. São reciclados em até 100% por meio de fundição. MOTOR, CAIXA E EIXOS – Se em bom estado, podem ser renovados. O metal é fundido e aplicado em novos componentes. ÓLEO E FILTRO DE ÓLEO – Óleo de alta qualidade pode ser reciclado. Se contaminado, por exemplo, é utilizado como fonte de energia em indústria de cimento. Filtros de óleo podem ser reciclados em 90%. São centrifugados para separar o lubrificante. Metal e plástico são fundidos ou transformados em energia. TÊXTEIS – Quanto incinerados, são transformados em energia.
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| TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE
TECNOLOGIA PARA CRESCER COM COMPONENTES QUE CHEGAM DE FORA CADA VEZ MAIS PRONTOS, O JEITO É AVANÇAR NA UTILIZAÇÃO DE PROCESSOS MAIS PRODUTIVOS E RENTÁVEIS JAIRO MORELLI
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produtos de fora e esse, talvez, seja nosso maior complicador. A baixa do mercado de caminhões também está sendo sentida. Mas acredito em reação no segundo semestre.” Mesmo se ela vier, não será suficiente para alguns players como a Coventya, que deverá fechar seu ano fiscal com queda de 15% no faturamento. “Abril, maio e junho foram meses terríveis. Espero que a redução do IPI surta efeito na segunda metade do ano”, diz o gerente de marketing, Raul Grobel.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
crescente perda de competitividade da indústria nacional já causa os primeiros estragos entre os fabricantes de produtos químicos para o tratamento de superfície de peças e componentes automotivos. Nos últimos dois anos, segundo o gerente de marketing da Surtec, Douglas Bandeira, a entrada de produtos prontos apresentou aumento de participação em torno de 20%, com tendência de alta para os anos seguintes caso o custo Brasil permaneça no patamar atual. “Está cada vez mais fácil trazer
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Apesar da receita em baixa, a empresa acaba de inaugurar uma fábrica em Caxias do Sul (RS), onde investiu R$ 5 milhões para centralizar operações e ampliar o ritmo de produção em 40%. “Antes, as atividades eram distribuídas em cinco unidades e nossa capacidade administrativa e de produção era pequena. Quase não conseguíamos atender a demanda do mercado. Acredito que, muito em breve, o acréscimo que estamos oferecendo será absorvido”, destaca o otimista presidente da Coventya, Bruno Mattana. A nova planta possibilitará tecnologias de primeira linha, iguais às disponíveis na Europa, com destaque para o cromo trivalente e níquel químico, consumidos em larga escala pelo setor automotivo. As formulações, conta Mattana, são desenvolvidas em laboratório próprio, cujo tamanho foi aumentado para 450 m², mais que o dobro do anterior. O avanço rígido das normas ambientais e oscilações mercadológicas, afirma Grobel, complicam planejamentos em longo prazo, porém incentivam o desenvolvimento de novas tecnologias e processos mais avançados. “As possibilidades e aplicações são mutantes. A chegada dos veículos elétricos, por exemplo, exigirá inovações nos produtos para tratar seus sistemas, peças e componentes”, explica o gerente, segundo quem as formulações isentas de cromo já são testadas. Entretanto, ainda sem atender as especificações das montadoras. “Mas é uma tendência clara. O cobalto é outro item que começa a perder participação”, conta. Acompanhar as evoluções dos fabricantes de veículos é tarefa complexa, que exige estoques altos, justificados
DOUGLAS BANDEIRA, gerente de marketing da Surtec
também pela grande dependência de matéria-prima importada. “Meus clientes não conseguem planejar nem três meses. Sem estoque forte não tem como operar com tranquilidade neste segmento”, diz Bandeira, da Surtec, cuja fábrica fica localizada em São Bernardo do Campo, São Paulo, opera em um único turno, mas com flexibilidade para atender variações na demanda. “No momento, não vejo necessidade ampliação. Porém,
temos capacidade para três turnos e volume muito maior.” Com dificuldade, o gerente projeta para 2012 receita apenas parecida com a do ano anterior. Já para 2013, a alta esperada é de cerca de 10%. Para isso, requer dólar estabilizado acima dos R$ 2. “É a única forma de equilibrar o jogo e garantir confiança para o fechamento de novos contratos.” Para Grobel, da Coventya, essa é uma questão importante para quem quer encorpar as exportações, hoje em torno de meros 10%. “Sem essa estabilização fica bem complicado.” Enquanto o mercado não reage, a indústria de produtos para o tratamento de superfícies foca suas atenções na equalização de processos e avançadas tecnologias que permitam produtos mais qualificados e duráveis, em linha com as evoluções da cadeia. Apesar da maior parte dos avanços vir de fora, os desenvolvimentos contam com participação local para produtos cada vez mais globais. Entre as inovações, a nanotecnologia ganha força, justifica boa parte dos investimentos e deverá ser a responsável pelas novidades do setor. n
RAUL GROBEL, gerente de marketing da Coventya
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| PINTURA
NOVA PLANTA DE PINTURA DA VW TAUBATÉ: REDUÇÃO NO CONSUMO E EMISSÕES Quantidade de Consumo de Consumo de borra de tinta energia elétrica gás natural
Emissão de CO2
- 17,48%
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PROCESSOS DE PINTURA caminham para a eliminação dos solventes
Emissão de NOx
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MONTADORAS PEDEM ÁGUA EM TAUBATÉ, VW APONTA O CAMINHO PARA MODERNIZAR A PINTURA SUELI OSÓRIO
AS TINTAS À BASE DE ÁGUA JÁ SÃO UMA REALIDADE E CONTRIBUEM PARA ELIMINAR A EMISSÃO DE SOLVENTES
JOSEPH MINITTI, diretor de tintas automotivas da Basf
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m 2011, o mercado de tintas teve o volume de 1,495 bilhão de litros comercializados. Desse total, 51 milhões de litros foram destinados à pintura de veículos produzidos pelas fabricantes nacionais e 52 milhões para repintura automotiva. Em meio a esse mercado significativo, as montadoras estão de olho no futuro, pensando na rentabilidade, sustentabilidade e modernizando seus processos de pintura. Joseph Minitti, diretor de tintas automotivas da Basf para a América do Sul, explica que o mercado de tintas automotivas originais tem sido acompanhado por alto grau de inovação no processo de pintura, seguindo tendência global.
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MATERIAIS
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PINTURA
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CELSO PLACERES, diretor de engenharia de manufatura da Volkswagen do Brasil
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“As novas tecnologias buscam melhoria para o processo produtivo e sustentabilidade. As tintas à base de água já são uma realidade e contribuem para eliminar a emissão de solventes. A demanda por processos do gênero é crescente e as montadoras preparam-se para receber as novas tecnologias. A Basf já atende clientes inteiramente voltados para a pintura à base de água”, esclarece Minitti. Em conjunto com a tendência de utilização de tintas à base de água, algumas montadoras já estão optando em investir no processo integrado de pintura (conhecido como IPII), que proporciona à montadora a eliminação de uma camada (primer) ou parte do processo de pintura (estufa) e, também, a redução de tinta aplicada no carro (de 10 a 15 micras). “Esse processo contribui para a otimização do tempo e dos recursos de pintura, traz economia para os clientes e resulta em menor impacto ambiental”, explica Minitti. n
R$ 450 MILHÕES MODERNIZAM PINTURA NA VW DE TAUBATÉ
m exemplo de modernização na pintura ocorre na fábrica da Volkswagen em Taubaté (SP), que recebeu investimentos de R$ 450 milhões para implementar uma nova área de pintura, que aumentará a capacidade produtiva da unidade de 1.050 para 1.300 veículos por dia, com a utilização plena das instalações. O início das operações está previsto para dezembro. O novo processo utilizará mais de 70 robôs, tornando as pinturas interna e externa dos veículos 100% automatizadas. A tecnologia permitirá eliminar a camada de primer do processo e, consequentemente, o uso de um forno e ainda gerar ganho de qualidade no produto final, pois os robôs também farão a medição a laser que garantirá a espessura da camada final aplicada, sem tocar na carroceria. Segundo a Volkswagen, o transportador usado nas fases iniciais da pintura permitirá giro de 360 graus das carrocerias dentro dos banhos do processo, deslocando eventuais bolhas de ar e melhorando substancialmente a eficiência do processo e a qualidade do produto. Outra inovação é o sistema de limpeza externa da carroceria, realizada durante o processo de pintura por robôs que operam com escovas eletrostáticas. “Com o início das operações, teremos ganho imediato com redução do consumo de energia elétrica e de água,
além da redução de emissão de material particulado da ordem de 99%”, garante Celso Placeres, diretor de engenharia de manufatura da Volkswagen do Brasil. Segundo Placeres, o processo de limpeza com escovas eletrostáticas só é utilizado na unidade de Bratislava, na Eslováquia, no Leste Europeu. A segunda fábrica a contar com o sistema será a de Taubaté. Ele acrescentou que, para que o processo entre em operação, a montadora investiu bastante em treinamento, já que os funcionários não vão mais operar a pistola de pintura, mas sistemas remotos automáticos. Placeres garantiu que, por conta da automatização, não haverá redução de pessoal. Além do novo processo, a unidade usará tinta à base de água, tecnologia já utilizada na unidade de São José dos Pinhais (PR) desde 1999, o que proporcionará redução na emissão de gases de efeito estufa e de compostos orgânicos voláteis para a atmosfera, assim como menor geração de resíduos sólidos. Outra inovação é a reciclagem do ar de exaustão das cabines robotizadas. A tecnologia possibilita a reutilização de 80% do ar que seria descartado na atmosfera em um processo convencional, proporcionando economia da energia que seria gasta para aquecer ou resfriar o ar, quando ele entra na cabine, onde sua temperatura deve ser mantida em aproximadamente 25°C.
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DIVULGAÇÃO
LUBRIFICANTES
QUE VENHAM OS SINTÉTICOS MATURAÇÃO DE PROJETOS INTERNACIONAIS PARA O FORNECIMENTO DE BÁSICOS DO GRUPO III PERMITIRÁ EQUILÍBRIO NA EVOLUÇÃO DOS LUBRIFICANTES JAIRO MORELLI
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á pouco mais de um ano, os fabricantes de lubrificantes instalados no Brasil demonstravam grande preocupação com a falta de estrutura mundial para o fornecimento de básicos do grupo III, matéria-prima nobre utilizada na produção dos óleos sintéticos. As incertezas daquele período já não preocupam mais. Grandes aportes foram realizados e a demanda crescente por esse tipo de material poderá ser prontamente atendida em qualquer lugar. “Apesar de os óleos minerais representarem o maior volume no Brasil, sintéticos e semissintéticos começam a ganhar maior participação com a evolução dos novos
veículos comercializados por aqui”, explica o diretor de alianças estratégicas da Mobil, Galeno Galrão. Para ele, essa é uma tendência mundial. “A indústria automotiva tem demandado produtos que ajudem a reduzir emissões e o consumo de combustível. E os sintéticos ganham força nesse contexto”, afirma. Estudo desenvolvido pela consultoria Kline & Company estima que em 2014 os produtos sintéticos e semissintéticos para todas as aplicações representarão 11% do mercado global, chegando aos 12,5% em 2019. No Brasil não será diferente. “A participação dos lubrificantes sintéticos é cada vez maior, seja por necessidades técnicas, por questões
ambientais, por promoverem extensão dos intervalos de troca, redução nas emissões e no consumo de combustível”, explica a gerente de marketing da Petronas, Andrea Fonseca. Apesar do equilíbrio atual, para não correr riscos neste sentido, a companhia conta com uma grande refinaria para produção destes básicos na cidade de Melaka, na Malásia, que abastece diversas empresas ao redor do globo, assim como a unidade brasileira. Outra tendência refere-se à redução da viscosidade. “O futuro caminha para lubrificantes sintéticos com grau de viscosidade cada vez menor e características mid-saps ou low-saps (médio teor de cinzas ou baixo
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DIVULGAÇÃO
LUBRIFICANTES
COM O AVANÇO DOS SINTÉTICOS ACREDITO QUE CHEGAREMOS AO NÍVEL EUROPEU DE APENAS UMA TROCA POR ANO
ANDREA FONSECA, gerente de marketing da Petronas
novos centros de distribuição para atendimento logístico mais eficiente e construímos uma área para estocagem de matérias-primas no porto de Santos que nos permite operar com mais tranquilidade no supply chain”, diz Andrea. Na Mobil, os investimentos também ocorrem para estruturação que possibilite atender quaisquer oscilações de demanda. “Nossa companhia investe continuamente na aquisição de novos equipamentos DIVULGAÇÃO
teor de cinzas)”, afirma Andrea, segundo quem tal evolução também ocorre nos segmentos de motos e pesados. Na prática, tais avanços se traduzem em menor número de trocas. “Hoje, o brasileiro faz a troca do óleo, em média, duas vezes ao ano. Com o avanço dos sintéticos acredito que em aproximadamente cinco anos chegaremos ao nível europeu de apenas uma troca por ano”, aposta Galrão. Mesmo com o amadurecimento da indústria automotiva nacional, segundo o executivo da Mobil, a dinâmica do setor de lubrificantes não deverá mudar tão cedo e os básicos especiais continuarão sendo fabricados fora do País. “Existe um projeto da Petrobras para a produção de básicos do grupo II em 2016; porém, o grande volume continuará vindo de fora.” Com o principal gargalo resolvido, as empresas focam suas atenções na ampliação da capacidade, produtos de nicho e no desenvolvimento de óleos com matérias-primas renováveis. “Ampliamos nossa fábrica mineira e, atualmente, podemos atender toda a demanda latino-americana. Além disso, abrimos
para produção e laboratório. Hoje, temos uma fábrica muito automatizada, totalmente renovada e com os aportes programados para os próximos três anos conseguiremos nos preparar para atender o crescimento do mercado até o final desta década”, conta Galrão, cujos planos envolvem a consolidação da segunda posição no mercado para este e os anos seguintes. Entre os avanços em materiais, a novidade fica por conta do desenvolvimento de lubrificantes verdes, à base de cana-de-açúcar. A responsabilidade do projeto está nas mãos da Novvi, joint venture criada entre a empresa norte-americana de biotecnologia Amyris e a Cosan. Batizada de EvoShield, a nova linha de lubrificantes utiliza o farneseno, uma molécula de hidrocarboneto extraída da cana que pode ser transformada em vários tipos de lubrificantes. O material traz o nome comercial de Biofene e sua transformação em escala industrial é feita nos Estados Unidos pela multinacional Albermale, fabricante de especialidades químicas. A expectativa dos envolvidos na operação é de que o produto atinja 30 milhões de litros no primeiro ano de produção. n
SINTÉTICOS E SEMISSINTÉTICOS COMEÇAM A GANHAR MAIOR PARTICIPAÇÃO COM A EVOLUÇÃO DOS NOVOS VEÍCULOS GALENO GALRÃO, diretor de alianças estratégicas da Mobil
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OPERADORES LOGÍSTICOS
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LIÇÕES TIRADAS DA CRISE NO CENÁRIO ATUAL DE INCERTEZAS, O MUNDO SE VOLTA PARA OS PAÍSES EMERGENTES. NESTE MOMENTO TEMOS DE ESTAR PREPARADOS ANTONIO ADAMY, presidente, Business Development Automotive Industry-Brazil da DHL Global Forwarding UM SETOR ESTRATÉGICO como o da logística deixa importantes lições para quem atua no País IGOR THOMAZ
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á fora, a crise financeira engessa novos negócios. Por aqui há muitas oportunidades e, ao mesmo tempo, infraestrutura deficiente e grande burocracia. Num setor estratégico como o da logística, que presta serviços essenciais para toda a cadeia produtiva, o tropeço financeiro internacional mais as limitações do País deixam importantes lições para os players que atuam em nossas terras. “No cenário atual de incertezas em relação à zona do euro e aos Estados Unidos, o mundo se volta para os países emergentes. É neste momento que nos perguntam se estamos preparados e a resposta é: temos que estar”, comenta Antonio AD Adamy, Business Development Automotive Industry-Brazil da DHL Global Forwarding. O especialista diz que há muito a
crescer em termos de negócios no País, o que se confirma, entre outras coisas, pelos investimentos que vêm sendo feitos pela indústria automobilística. Porém, o horizonte de oportunidades contrasta com a irritante face antiquada do Brasil. “Estamos em ampla desvantagem no que diz respeito à malha rodoviária, à burocracia e à péssima qualidade dos investimentos públicos em comparação com os países desenvolvidos.” Dificuldades não faltam. Em casos extremos, as empresas do setor precisam recorrer a soluções inusitadas. A Gefco, por exemplo, já teve de contratar pilotos de helicóptero para transportar um carregamento de autopeças do porto até a linha de montagem da PSA, evitando a paralisação da fábrica. Diretor de logística da empre-
sa, André Bortolotto diz que a arcaica infraestrutura nacional impõe desafios diários ao setor. “Não há rodovias importantes sendo abertas. A Presidente Dutra é a mesma de 50 anos atrás. Foi duplicada, tem boa manutenção, mas o tráfego quadruplicou, ou mais que isso. A Belém-Brasília é precária, tem pista simples e é a única opção nesse trajeto. Os caminhões modernos andam mais, transportam mais peso e as estradas não acompanham essa evolução.” Para ele, os portos só não estão em pior situação porque a economia desacelerou. Essa precariedade inviabiliza opções como a cabotagem. Já as ferrovias, usadas primordialmente para o transporte de mercadorias de baixo valor (como as commodities), deveriam ser modernizadas. “É pre-
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ciso haver um projeto sólido para o desenvolvimento do País. Do jeito que está, vamos crescer muito menos do que seria possível.” EMPREGOS E O FUTURO Crescer pouco, nesse momento, é melhor do que encolher e é por isso que as empresas do setor usam a experiência adquirida em outras crises para evitar demissões. “Em 2008 e 2009, enxugamos operações e tentamos adequar os bons profissionais em outras atividades até que o cenário mudasse, mas, às vezes, cortes são inevitáveis”, diz Rodrigo Bacelar, gerente de comunicação e marketing da ID Logistics. Até aqui, com o quadro de empregos estável, segundo o gerente, não há o que temer. Falando em empregos, todos os entrevistados comentaram a impor-
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ANTONIO AD ADAMY, Business Development Automotive Industry-Brazil da DHL Global Forwarding
tância de reter os mais talentosos, funcionários que fazem a diferença principalmente nos períodos críticos. “As empresas acabam ‘criando’ esses profissionais. Já formamos vários,
muitos se tornaram executivos importantes”, comenta Ruy Nogueira, diretor de unidade de negócios da Ceva. O conhecimento e a inteligência deles serão ainda mais importantes no futuro breve, que indica novos movimentos no setor. “O Brasil oferece muitas oportunidades, a economia cresceu bastante nos últimos anos. O setor vem adotando novas práticas e tecnologias, creio que o momento é de aprimorar ainda mais esses recursos”, pondera Erik Klönhammer, presidente da Katoen Natie. Para ele, ainda há espaço, também, para novas fusões e aquisições. “Esse momento de crescimento reduzido pode gerar boas ofertas e alavancar esse tipo de negócio.” Em resumo, pode-se ver que o setor continua apostando no País, apesar dos problemas. n
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IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOS
A REBOQUE DOS CAMINHÕES INDÚSTRIA DE IMPLEMENTOS APOSTA NA RECUPERAÇÃO DAS VENDAS E MANTÉM INVESTIMENTOS LUCIANA DUARTE
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maré favorável que levou a indústria de implementos rodoviários a bater recorde de produção em 2011, com 190.825 unidades comercializadas, pode voltar com força ainda este ano. O setor está confiante que poderá reverter, a partir de julho, a queda acentuada de 6,3% de unidades emplacadas entre janeiro e maio, por conta da introdução do Proconve P7 e da retração na economia. A sucessão de anúncios, em abril e maio, da redução das taxas de juros nos financiamentos do PSI (para 5,5%) deve começar a surtir efeito nos próximos meses. “À luz dos incentivos do governo, o frotista deverá retomar, a reboque dos caminhões, a encomenda dos implementos”, aposta Alcides Braga, presidente da Anfir, a Associação Nacional dos Fabrica-
ções de Implementos Rodoviários. A expectativa da indústria é repetir, até o fim do ano, volume equivalente ao registrado no mercado interno em 2011. “Não há dúvida de que os pedidos estão represados e nos próximos sete meses devemos contabilizar aumento nos volumes de pedidos no BNDES”, diz Braga. Segundo o presidente da Anfir, difícil será o setor obter a aprovação de crédito de todos os processos encaminhados aos bancos privados. “Desde a redução na taxa do spread bancário, as margens de lucro foram reduzidas e, como consequência, o financiamento ficou bem mais restrito. O setor espera que esse comportamento mude nos próximos meses para não atrapalhar as vendas”, explica.
DIVULGAÇÃO
TRUCKVAN CONSTRÓI A TERCEIRA FÁBRICA
ALCIDES BRAGA, diretor da Truckvan
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nquanto a indústria de implementos torce para nenhuma tempestade impedir a recuperação das vendas, os planos de expansão do setor são tocados a toda a velocidade. Na Truckvan, uma das maiores empresas de baús e carretas customizadas do Brasil, a terceira fábrica será construída em um terreno de quase 79 mil m2, em Itaquaquecetuba (SP). A nova unidade da empresa, que será inaugurada ainda este ano, produzirá kits de furgões para carga e a parte estrutural das unidades móveis. Estão previstos R$ 15 milhões de investimentos para erguer a fábrica e unificar as linhas de produção. O diretor da empresa, Alcides Braga, espera com a nova unidade eliminar os gargalos da segunda fábrica na Fernão Dias (SP), que
concentra a produção de unidades móveis. “Ainda não está definido se ao consolidar esse investimento desativaremos alguma linha de produção. O que vai determinar isso é o mercado”, disse. O empresário projeta encerrar 2012 com acréscimo de 20% a 25% no faturamento da empresa, com as vendas de unidades móveis. Tais carretas, explica Braga, pertencem a uma linha de produtos especiais customizados que atende as demandas de escolas e outras empresas para formação de mão de obra, treinamento e capacitação profissional. “Até 2013 a meta é aumentar a produção desse equipamento de 350 para mil unidades. Vamos ampliar o nosso foco de vendas nomeando novos distribuidores em todo o Brasil.”
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IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOS
NOMA QUER CONQUISTAR 10% DO MERCADO
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Noma do Brasil S/A, quarta maior empresa do setor, quer encerrar o ano conquistando 10% de participação de mercado. Uma das poucas empresas a registrar crescimento de 13,4% no número de veículos emplacados no quadrimestre, ela pretende dobrar a capacidade produtiva. “Investimos R$ 75 milhões para construir uma nova planta em Tatuí (SP) e inaugurá-la ainda este ano”, lembra o diretor de desenvolvimento estratégico da empresa no mercado, Kimio Mori. Ele informa que a unidade deverá garantir a expansão na linha de produção de carrocerias sobre chassi, que têm se destacado em meio à desaceleração da indústria de implementos rodoviários. Em 2011, o efeito das compras antecipadas contribuiu para o crescimento das vendas da companhia, que emplacou 5,2 mil unidades de implementos rodoviários, cerca de 25% a mais em relação a 2010. Desse total, Mori explica que 95% das vendas foram da linha pesada (reboques e semirreboques) – implementos que mais têm sofrido retração nas vendas deste ano. Em razão disso, o executivo acredita que o crescimento das vendas possa estar limitado a 5% em comparação ao ano passado. “Os transportadores estavam na expectativa do que iria KIMIO MORI, diretor de acontecer. Já houve a acomodação das vendas dos caminhões. desenvolvimento estratégico Agora, efetivamente, os modelos Euro 5 serão comercializados e o setor de implementos sentirá os efeitos positivos.”
RANDON INVESTE R$ 2,5 BI NA EXPANSÃO
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CÉSAR PISSETTI, diretor de tecnologia e exportação
diretor de tecnologia e exportação da Randon, Cesar Pissetti, também informa que o Grupo pretende manter os investimentos de R$ 2,5 bilhões na expansão de suas empresas e desenvolvimento de produtos anunciados este ano. A companhia pretende elevar a receita bruta total dos atuais R$ 6,4 bilhões para R$ 10,2 bilhões até 2016 – período que terá consolidado todos objetivos estratégicos. “A ressaca do Euro 5 vai passar e estamos nos preparando para ampliar a liderança das nossas empresas Randon no mercado brasileiro.” Para o ano, o executivo prevê recuperar as vendas no mercado interno, que até 28 de maio atingiram 20.742 unidades, ante 23.545 em igual período do ano passado. “Este ano será bom, mas superar 2011 será bem difícil.” O resultado negativo nos primeiros meses do ano refletiu na paralisação forçada no mês de junho, em períodos diferentes, para regularizar os estoques das quatro fábricas instaladas em Caxias do Sul, incluindo a de peças e implementos rodoviários. “As ações de contingências foram necessárias, agora é acelerar as vendas para manter a produção a todo o vapor”, conclui. n
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COBIÇA
(Preços pesquisados em junho)
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