EBook #ABX19 | COMO MANTER NEGÓCIOS RELEVANTES NO SETOR AUTOMOTIVO

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COMO MANTER NEGÓCIOS RELEVANTES NO SETOR AUTOMOTIVO

COMO MANTER NEGÓCIOS RELEVANTES NO SETOR AUTOMOTIVO


COMO MANTER NEGÓCIOS RELEVANTES NO SETOR AUTOMOTIVO

A VISÃO DOS CONSULTORES


A REVOLUÇÃO TAMBÉM CHEGA AOS ELOS MAIS DISTANTES DA CADEIA AUTOMOTIVA Carlos A. Briganti, Presidente, Power Systems Research TRANSFORMAÇÃO DIGITAL VAI MUITO ALÉM DA TECNOLOGIA Fernanda Nascimento, Diretora de Planejamento e Estratégias, Stratlab Cristóvão Wanderley, Diretor geral, Stratlab AS EMPRESAS PRECISAM PLANEJAR O CURTO E O LONGO PRAZO AO MESMO TEMPO Fernando Trujillo, Consultor, IHS Markit SÓ UMA ABORDAGEM AMPLA PODE LEVAR A SUA EMPRESA PARA O FUTURO Flavio Padovan, Presidente, Padovan Consulting 5 CAMINHOS PARA CONTINUAR RELEVANTE NO SETOR AUTOMOTIVO Flavio Tavares, Fundador do Instituto PARAR, Idealizador da Welcome Tomorrow Mobility Conference (WTM),CMO da GolSat HÁ GRANDE POTENCIAL DE INOVAÇÃO DENTRO DO SETOR AUTOMOTIVO Francisco Trivellato, Presidente, Trivellato Informações e Estratégias O QUE O GONZAGUINHA NOS ENSINOU Jaime Troiano, Presidente, TroianoBranding O PODER DA LIDERANÇA NA REINVENÇÃO DO SEGMENTO AUTOMOTIVO Luiz Arthur Peres, Presidente, LA Experience PARA CHEGAR AO CARRO DO FUTURO, INDÚSTRIA TEM LONGO CAMINHO A PERCORRER Marcelo Cioffi, Líder para a área automotiva, PwC OS 5 MAIORES DESAFIOS DAS EMPRESAS AUTOMOTIVAS Márcio Kauffmann, Sócio-líder para a indústria automotiva, EY

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O QUE FARÁ A SUA EMPRESA RELEVANTE NO FUTURO? Octavio de Barros, Sócio Cofundador, Quantum4 – Soluções de Inovação e da OMRB Consultoria Econômica

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PARA TOMAR DECISÕES, PRECISAMOS ENXERGAR ALÉM DOS LIMITES DAS EMPRESAS Paulo Cardamone, Presidente, Bright Consulting

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AS NOVAS OPORTUNIDADES LOCAIS PARA A INDÚSTRIA AUTOMOTIVA Regis Nieto, Sócio para a área automotiva, BCG HERANÇA BENDITA: E SE VOCÊ TIVESSE A FÁBRICA DA FORD NAS MÃOS? Valter Pieracciani, Sócio-diretor, Pieracciani Consultoria

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índice

COMO SER ÁGIL NO SEGMENTO AUTOMOTIVO Andrea Cardoso, Diretora executiva e líder do segmento automotivo, Accenture

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editorial

COMO MANTER NEGÓCIOS RELEVANTES NO SETOR AUTOMOTIVO

Só com novas perguntas construiremos novas respostas

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o dia 27 de maio acontece o #ABX19, o Automotive Business Experience, maior evento já realizado com foco e engajar a liderança das empresas do segmento, justamente grupo que tem a responsabilidade de pavimentar o caminho para a indústria automotiva do futuro. A busca é por gerar conhecimento para fomentar transformações positivas no setor, contribuir para que as empresas desenvolvam seu potencial de criar soluções inovadoras para os clientes, benéficas para o consumidor e para a sociedade. Vamos reunir mais de 2 mil lideranças de companhias automotivas no #ABX19 para trocar conhecimento, desenvolver o networking e construir novas pontes e respostas às perguntas que começam a surgir em torno do negócio automotivo. Toda a construção do evento tem a meta de fomentar conexões capazes de gerar negócios e, como pilar essencial, temos o conteúdo de alto impacto que vamos levar aos nossas seis palcos. São quase 120 speakers, especialistas nas mais diversas áreas com relevância para construir a nova indústria automotiva.

Paula Braga Diretor Executiva Automotive Business

Com um grupo de convidados tão especiais, entendemos que não precisamos esperar o #ABX19 chegar para começar a levantar as discussões necessárias. Desde já, queremos dar espaço para que estes profissionais compartilhem conhecimento. Por isso, convidamos representantes de 15 consultorias que estarão no evento para avaliar os aspectos que consideram importantes para que empresas se mantenham relevantes na indústria automotiva nos próximos anos. Unimos todos estes pontos de vista neste e-book, que traça um amplo panorama com a meta de inspirar a construção de novas estratégias para a sua organização. Esperamos que a diversidade de vozes e visões reunidas aqui sejam úteis no desenho de mais soluções para o seu negócio.

Paulo Braga Editor chefe Automotive Business

Vamos em frente, na busca por cocriar a nova indústria automotiva. Esta conversa continua no #ABX19. Garanta a sua participação em abx19. com.br Nos vemos lá!

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COMO SER ÁGIL NO SEGMENTO AUTOMOTIVO Andrea Cardoso, Diretora executiva e líder do segmento automotivo, Accenture

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entrega de uma experiência ultrapersonalizada e verdadeiramente relevante aos consumidores tem transformado indústrias inteiras. De fato, uma pesquisa recente da Forrester Consulting encomendada pela Accenture com 250 executivos de marketing em 47 mercados, concluiu que a experiência do consumidor é o motor de crescimento do futuro. É por isso que as empresas têm investido tanto em tecnologias emergentes, como a Inteligência Artificial e a Realidade Aumentada, capazes de moldar a experiência dos clientes em tempo real. Mais do que isso, o olhar para o consumidor tem transformado a maneira como as organizações olham para si. Nas grandes cidades brasileiras, as experiências que as pessoas vivenciam com outros produtos e serviços aumentaram as expectativas e necessidades relativas à mobilidade. Até pouco tempo atrás, era inimaginável pensar no congestionamento de bicicletas e patinetes que observamos hoje na Av. Faria Lima, em São Paulo.

Com entrantes no mercado, ser digital no setor automotivo passou a envolver três dimensões: agilidade para prever riscos e competir, foco no consumidor e novos modelos de negócios. O Business Agility surge como resposta a um cenário altamente complexo, volátil, incerto e, por vezes, ambíguo, que obriga as organizações a se reiventarem. O conceito

estimula as companhias a se adaptarem a essa realidade integrando equipes, flexibilizando processos, identificando oportunidades e sendo mais velozes nas tomadas de decisões. Para a Accenture, Business Agility é a forma como efetivamente fomentamos uma cultura de aprendizado constante por toda a organização. Esse conjunto de iniciativas traz agilidade no “time to market” e na entrega de produtos e serviços inovadores e que façam sentido às pessoas – cada processo, sistema e hierarquia da empresa são voltados para resolver os pedidos dos clientes e não às complexidades da organização. É a entrega real de valor aos consumidores, que escolhem quais marcas farão parte de sua jornada de compra. No setor automotivo, uma das grandes oportunidades está na reinvenção da experiência de venda. Segundo um levantamento do eBay realizado com compradores de carros, 63% preferiam ter feito toda a compra online – como já o fazem ao contratar um serviço nas plataformas de car sharing, como a Uber. Ainda assim, as pessoas também não querem abrir mão do toque humano. Como resolver essa equação? A abordagem de Business Agility exige que as organizações tenham a visão de fora para dentro e não só de dentro para fora. Esse olhar só é possível quando há uma mudança de mentalidade acerca de como as pessoas trabalham dentro de todo o ecossistema. Por isso, consideramos o Business Agility como uma necessidade, não uma opção. Ele oferece os meios para que as companhias respondam com a agilidade que os consumidores – mais digitais e conectados que nunca – pedem.

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A REVOLUÇÃO TAMBÉM CHEGA AOS ELOS MAIS DISTANTES DA CADEIA AUTOMOTIVA Carlos A. Briganti, Presidente, Power Systems Research

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s rápidas transformações do mundo automotivo afetam fortemente todas as empresas desta cadeia, mas seguramente de forma diferente cada segmento. O segundo e terceiro nível de fornecimento, Tiers 2 e 3, têm uma revolução em curso. São empresas como fundições, estamparias, usinagem, plásticos, borrachas, etc. Aquelas organizações que fabricam componentes conforme projeto definido pelos OEMs e, desta forma, não desenvolvem produtos. O grande desafio é o fato de que estas empresas ficam apenas com a visão de curto prazo e, por isso, tem outros desafios no cenários de transformação do setor.

As empresas dos Tiers 2 e 3 têm dificuldades no fluxo de caixa para cumprir o pagamento de impostos. Mesmo neste ambiente complexo e de alta carga tributária, é preciso manter a consciência de que, se não conseguem gerar caixa para cumprir com suas obrigações tributarias, então são economicamente inviáveis.

Com isto em mente, enumero alguns pontos de atenção a estas organizações:

Em busca de inovação e produtividade Competividade é o nome do jogo e, para chegar a este nível, as empresas precisam trabalhar continuamente em aumento de produtividade. A melhor ferramenta para isso é investir em inovação e o Rota 2030 oferece incentivos efetivos para que as empresas sigam por este caminho. Mas é preciso ter lucro e, por sua vez, compliance para auferir destes benefícios.

Pensar no longo prazo Toda organização do setor precisa entender como as novas tendências afetarão os seus negócios. Quais são as plataformas planejadas por seus clientes nos próximos anos? Como os componentes hoje fornecidos serão afetados? Eles continuarão existindo nos carros do futuro? Em resumo, as empresas devem fazer o planejamento estratégico com uma visão clara de como estas mudanças afetarão a sobrevivência do negócio. Compliance e gestão fiscal são pontos sensíveis

Consolidação crescente Consolidação é a melhor alternativa para aumentar a resiliência dos Tiers 2 e 3 para enfrentar o novo cenário. Empresas maiores poderão se organizar melhor estruturalmente, com mais ferramentas para gerir processos e diluir custos fixos.

Demanda sustentável Sendo competitivo é possível explorar novos mercados e segmentos de negócios de forma a reduzir a dependência das empresas de apenas um segmento. Como exemplo, os setores de máquinas agrícolas e de construção serão bastante atrativos na próxima década.

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL VAI MUITO ALÉM DA TECNOLOGIA Fernanda Nascimento, Diretora de Planejamento e Estratégias, Stratlab Cristóvão Wanderley, Diretor geral, Stratlab

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ara falar de relevância nos dias de hoje, é essencial falar em Marketing e, neste aspecto, é impossível não esbarrar na revolução tecnológica que estamos vivendo. Na sua própria rotina certamente há muitos sinais de que esta transformação está muito presente e é essencial transpor essas mudanças para o marketing, vendas e relacionamento da sua empresa. As transformações que movimentam o mercado são provocadas pelas crescentes expectativas dos clientes, que agora valorizam como nunca a experiência de compra. Todos querem velocidade e preços melhores. Se você não estiver preparado para atender a essas demandas, provavelmente perderá o jogo das vendas. Consumidores vão trocar de fornecedor com um clique.

Se você acha que ferramentas tecnológicas vão garantir o sucesso da Transformação Digital, é importante lembrar que usálas para compreender o usuário e manter a disposição e atenção para detectar os anseios desse novo cliente digitalizado é que nos levarão aos bons resultados para nossas empresas. A cada dia surgem consumidores mais plugados e exigentes que estão munidos de muitas informações e com todo o mercado

acessível na palma das mãos. Eles fazem pesquisas online antes de aceitar a sua oferta, procuram por produtos que aliviem suas dores emocionais ou financeiras e, muitas vezes, encontram soluções que você pode nem ter percebido. Por isso é tão importante manter uma boa reputação no ambiente digital e estendê-la ao mundo físico, capacitando seu time de vendedores para que se envolvam com os clientes de maneira inteligente: trabalhando para mapear a jornada e as expectativas do consumidor. A jornada de decisão não está mais baseada no funil tradicional – com topo, meio e fundo. O cliente entra em contato conosco em qualquer parte da trilha. Cada ponto de engajamento importa. A tecnologia incorpora aos negócios a forma como as empresas se relacionam com os clientes, mas são as pessoas que vão fazer a diferença e elas precisam de treinamento contínuo. Se você pensa que sua empresa está inserida na Transformação Digital porque já pratica o “inbound”, tem um site, blog e presença ativa nas redes sociais, sinto dizer que você está dentro do pacote básico. Há novas formas de envolver e conquistar consumidores, oferecendo experiências ainda mais inovadoras. De novo a tecnologia é o suporte para essas iniciativas. Como você pode observar, não há a opção de se manter alienado desse novo contexto. O caminho é sem volta. Esteja preparado!

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AS EMPRESAS PRECISAM PLANEJAR O CURTO E O LONGO PRAZO AO MESMO TEMPO Fernando Trujillo, Consultor, IHS Markit

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á grandes desafios a curto e longo prazo para a indústria automotiva e o planejamento de ambos deve caminhar em paralelo, senão talvez seja tarde demais para sua empresa ser competitiva em um futuro próximo. Entre os desafios de curto prazo estão a rápida evolução tecnológica, puxada por regulamentações de eficiência energética, e um consumidor mais exigente em relação ao conteúdo veicular – que pede, por exemplo, maior conectividade. Ambas as forças demandam um relacionamento cada vez mais próximo entre fabricantes de veículos, cadeia de suprimentos e instituições acadêmicas para o desenvolvimento de tecnologias visando o menor custo e tempo possíveis. As empresas que não acompanharem essa evolução vão ficar defasadas em um ambiente em que a competição é intensa. Essa evolução tecnológica do curto prazo demanda altos investimentos. Isso acontece em um momento em que a revolução da mobilidade começa a pressionar a rentabilidade das empresas, esse é o desafio de longo prazo que não pode ser deixado

de lado nos planejamentos estratégicos. A mobilidade já está caminhando para um modelo totalmente diferente do que tínhamos no mercado cinco anos atrás. No futuro, as empresas precisam aprender a rentabilizar de outra maneira e não somente na venda de veículos e serviços de pós-venda. Investimentos e parcerias com empresas de tecnologia são vitais para as empresas automotivas, uma vez que o veículo está se transformando em um computador sobre rodas com o simples objetivo de fornecer serviços para as pessoas se locomoverem. O momento é crítico para a indústria, já que grandes investimentos são necessários não somente para o acompanhamento dessa rápida evolução, mas também para que as empresas se preparem para o novo modelo de negócio ao final da revolução da mobilidade. Cada vez mais presenciaremos consolidações e parcerias na indústria e novos players de tecnologia entrando no mercado. As organizações que se anteciparem e conseguirem se adequar a essa nova realidade, deverão navegar em mares mais calmos no futuro.

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SÓ UMA ABORDAGEM AMPLA PODE LEVAR A SUA EMPRESA PARA O FUTURO Flavio Padovan, Presidente, Padovan Consulting

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setor automotivo enfrenta atualmente a maior crise da sua história. O que a diferencia este momento de outros é o fato de que se trata de crise de identidade. O grande desafio é consolidar resultados satisfatórios e, principalmente, enfrentar a grande rejeição do automóvel como agente agressor do meio ambiente e causador de acidentes. Mas afinal, o carro foi feito para servir ou para destruir? Apesar de atualmente boa parte dos jovens preferir outros meios de locomoção, isso não é totalmente verdade em alguns mercados, como por exemplo no Brasil. Uma recente pesquisa da revista Quatro Rodas revelou que a maioria dos jovens ainda tem grande simpatia pelo automóvel: 77% dos entrevistados concordam que ter um veículo é sinônimo de liberdade e 69% dizem gostar muito de dirigir. Talvez a maturidade de cada mercado explique essa divergência. Segundo a pesquisa, enquanto nos Estados Unidos a média é de 1,6 habitantes por automóvel, no Brasil o índice é de seis carro por habitante. Para enfrentar esse novo esse novo ambiente global é necessário rever o modelo de gestão das empresas que atuam no setor. Aqui, enumero algumas etapas desta transformação: - Tanto as montadoras como as empresas de autopeças devem romper com o conceito de fabricar componentes e veículos e partir para um novo compromisso de fornecer soluções e pacotes de mobilidade e de acessibilidade para empresas e indivíduos; - Trabalhar em projetos de mobilidade

inovadores que utilizam e integram os mais variados tipos de veículos e modais de transporte; - Adequar o plano de lançamento das novas tecnologias e dos novos veículos híbridos e elétricos à realidade respeitando o tempo de cada mercado; - Ajustar as miras para a setor de atendimento e serviços que sofrerá grandes mudanças, uma verdadeira revolução com a introdução, mesmo que lentamente, de ferramentas de diagnóstico e de reparos a distância por sistema; - Estabelecer parcerias com empresas de outros setores com sinergias de complementaridade para projetos inovadores; - Buscar cooperação com universidades e centros de pesquisa com o objetivo de aumentar o conhecimento e, ao mesmo tempo, possibilitar oportunidades de trabalho para os jovens estudantes; - Estabelecer novos modelo de liderança que priorizem a visão estratégica sobre o futuro da mobilidade e incentive processos de inovação; - Promover e patrocinar o aumento da diversidade na organização, não só de gênero e de raça, mas principalmente de gerações; - Ter sempre em mente que o resultado não é um objetivo. O resultado é a consequência da qualidade da gestão e da estratégia definida. - Incentivar e prestigiar os processos de Inovação introduzindo um novo mindset com pensamento sistêmico de formas diferentes de encarar e solucionar problemas; - Manter um processo de comunicação consistente e eficiente; Enfim, talvez o conselho mais importante: “Cuidar bem dos colaboradores para que eles possam cuidar bem dos clientes” (Richard Branson, Virgin).

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5 CAMINHOS PARA CONTINUAR RELEVANTE NO SETOR AUTOMOTIVO Flavio Tavares, Fundador do Instituto PARAR, Idealizador da Welcome Tomorrow Mobility Conference (WTM),CMO da GolSat

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ivemos no mundo da alta velocidade. E não me refiro a carros de corrida, mas ao ritmo da informação e de como ficamos reféns da ideia de que time is money. O que tenho proposto é uma inversão desse pensamento. Na verdade, acredito que time is life e que, por isso, se preocupar em não perder tempo é se preocupar em não perder vida. Cuidar do tempo é cuidar da vida das pessoas. Quando penso no amanhã não só do setor automotivo, mas dos negócios como um todo, não consigo enxergar futuro para as empresas que não coloquem o lado humano como prioridade. Para mim, inovar é isso: pensar em soluções que impactam e mudam a vida das pessoas.

Tenhamos mais empatia O caminho para as empresas é cuidar das pessoas que fazem ela ser o que é. As chamadas cidades positivas estão sendo pensadas para fazer o bem para seus moradores. E por quê não podemos criar empresas positivas? Estudo da Universidade de Warwik, no Reino Unido, aponta que colaboradores felizes são 12% mais produtivos.

Assim, separo cinco caminhos que acredito que as empresas devem seguir para permanecerem relevantes nesse novo mundo tão ágil:

Inove com Propósito Quando uma empresa busca o crescimento e se relaciona para construir algo novo, ela está agindo na plenitude do propósito. E esse é o caminho para o setor automotivo. As empresas devem buscar inovação, mas sempre ter como base o propósito. Se você não sente que o seu papel é fundamental para melhorar o mundo, você está agindo sem propósito!

Coloque as pessoas no centro da discussão “Se você não entende de pessoas, você não entende de negócios”, já diria Simon Sinek. Se colocarmos as pessoas no centro das discussões, todas nossas ações vão convergir para termos um mundo melhor.

Abra os olhos para o novo O último ponto não poderia ser mais fundamental. A minha dica para você, que faz parte da indústria automotiva, é buscar sempre novas alternativas, mesmo que elas não tenham relação direta com o seu trabalho.

Mobilidade é tudo Precisamos, urgentemente, repensar o modo que estamos nos locomovendo. Pesquisa feita pela WRI Cidades Sustentáveis mostra que 50% dos deslocamentos são feitos por motivo de trabalho. Cuidar da mobilidade das pessoas é cuidar do tempo e da vida delas. O que você, como líder, está fazendo sobre isso?

A tecnologia nos ajuda de muitas formas a otimizar tempo e buscar outras possibilidades. Mas é sempre válido lembrar que existem qualidades humanas que nenhuma inteligência artificial pode substituir. Por isso, o foco deve estar nas pessoas. Só assim, todos vão sair ganhando. Afinal, são as pessoas que movem o mundo.

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HÁ GRANDE POTENCIAL DE INOVAÇÃO DENTRO DO SETOR AUTOMOTIVO Francisco Trivellato, Presidente, Trivellato Informações e Estratégias

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ncerteza em relação ao futuro faz parte da evolução do mundo e do ambiente empresarial. A história prova que quem se preparou e adaptou-se as transformações que vieram se fortaleceram. E isso está acontecendo com os envolvidos no setor automotivo, em especial nas montadoras e na distribuição de veículos. Há muita novidade em termos de produtos e serviços sendo criada e oferecida para que as empresas se mantenham competitivas e façam frente aos novos concorrentes – ou, se preferirem, disruptores que se apresentam explorando as oportunidades dos famosos ACES: Autonomia, Conectividade, Eletrificação e Serviços de compartilhamento de veículo. Estas novas soluções permitem o surgimento de produtos que melhoram a vida do consumidor em termos de mobilidade, e portanto, a questão é quem liderará a oferta destes produtos no futuro próximo.

junto com as redes de concessionários continuarão a ocupar o papel de destaque focando e agindo a partir de dois fatores básicos: comportamento atual e expectativas do consumidor em relação aos produtos e serviços, assim como apregoam fazer exclusivamente os disruptores. Olhando especificamente para os distribuidores de veículos e concessionários, o que se tem feito é: - Ajustar com novos conceitos seu negócio aos efeitos da profunda recessão que vivemos recentemente e investir como consolidador na busca de escala no negócio; - Abraçar as mudanças que estão ocorrendo decorrente das novas tecnologias, como por exemplo a jornada digital do consumidor na pesquisa de veículos, além de se envolverem positivamente e investirem nas melhorias que são viáveis e geram valor para o cliente.

Minha aposta é de que as montadoras

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O QUE O GONZAGUINHA NOS ENSINOU Jaime Troiano, Presidente, TroianoBranding

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ifícil encontrar alguém que não se lembre das palavras inspiradoras do grande Gonzaguinha, na sua celebrada O que é, o que é. O verso inesquecível diz: “A beleza de ser um eterno aprendiz”. Pois bem, a relevância do setor automotivo e, para falar a verdade, de quase todos os outros depende não apenas de compreender o alcance desse verso. Mas, sobretudo de transformá-lo em ferramenta prática de trabalho e de gestão. Sem isso, é apenas poesia, maravilhosa por si só, porém um devaneio estéril na vida corporativa. Eu tenho duas recomendações para evitar que isso aconteça. Há outras, mas quero me concentrar nessas duas.

A primeira é o combate enérgico e sistemático do que se pode chamar de vaidade corporativa. É uma síndrome que impede a empresa de enxergar o que ela é e o que sua marca representa para o mercado com uma lente independente e objetiva. Isso não pode ser feito por vendedores, representantes, concessionários, ou seja, por aqueles que têm um envolvimento profissional direto com a organização. Afinal, existirá sempre, quando feito assim, o inevitável efeito da raposa e galinheiro. Uma visão distorcida, filtrada e conveniente. É condição sine qua non que um agente externo conduza essa análise com liberdade. Não se esqueçam nunca da profética frase do Jeff Bezos, CEO da Amazon: “Marca é o que falam de você quando você

sai da sala”. Só a consciência da percepção externa sobre a empresa neutraliza a vaidade corporativa. Nem sempre, essa é uma tarefa fácil, por uma simples razão: ela costuma esbarrar nos sentimentos narcisistas, exatamente daqueles onde a vaidade corporativa é mais enraizada. Não há outro caminho porém, a não ser enfrentar esses dissabores organizacionais. A segunda recomendação é a seguinte: acreditem, marcas não são tapumes que escondem as empresas. Cargas de comunicação da porta da rua para fora não escondem o que a empresa é, da porta da rua para dentro. Nunca esconderam e no planeta digital em que vivemos, escondem menos ainda. Se você acreditar autenticamente nisso, verá que o seu primeiro grande cliente, seu aliado e embaixador supremo está dentro de casa, seja na fábrica, no escritório, seja na concessionária. Consequência: o papel dos segmento de talentos humanos, ou gestão de recursos humanos é tão crítico quanto os engenheiros e administradores. O propósito de uma organização, sua razão de ser, precisa ser enraizado na cultura e no dia a dia dos colaboradores. Essa é única fonte de engajamento sustentável e inspiradora. E com a mesma canção, eu termino:

“Somos nós que fazemos a vida/ Como der, ou puder, ou quiser/ Sempre desejada.” Boa sorte!

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O PODER DA LIDERANÇA NA REINVENÇÃO DO SEGMENTO AUTOMOTIVO Luiz Arthur Peres, Presidente, LA Experience

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m meio à crise de identidade que se instaurou na indústria automotiva, o caminho da descoberta de como as empresas do setor irão se adequar aos novos tempos passa, necessariamente, pelos talentos internos, a começar pelos seus líderes. Ou melhor, pelo desenvolvimento destes profissionais. Em tempos em que a palavra de ordem é inovação, as organizações precisam mais de verdadeiros líderes e, cada vez menos, de chefes. Em vez daquele gestor centralizador, temido por todos, que se apoia somente no poder do cargo, entra em cena alguém que inspira as pessoas a se engajarem em uma busca conjunta por soluções para essa nova realidade de mercado. Para que os líderes possam exercer todo o seu poder de influência é preciso que as empresas invistam cada vez mais em capacitação e atualização de habilidades comportamentais desses profissionais. A seguir, enumero algumas competências essenciais ao líder que trabalha para inspirar a sua equipe em momentos de reinvenção e transição. Autoliderança Para conduzir pessoas, o profissional precisa ter consciência de que é o protagonista da sua própria carreira. Ao exercer a autoliderança e assumir para si a responsabilidade sobre o que acontece na sua trajetória profissional,

ele entende qual é o seu real poder de contribuição para a adequação do negócio aos novos tempos e passa a ser um exemplo a ser seguido pelo time. Comunicação e capacidade de escutar Comunicar-se assertivamente é peça fundamental de todo e qualquer planejamento estratégico. Porém, comunicação é uma via de mão dupla e a capacidade de ouvir precisa ser desenvolvida. A escuta ativa não apenas garante o alinhamento com as reais demandas e necessidades do time, como é uma poderosa ferramenta de conexão com as pessoas. Feedback Outro aspecto da comunicação que deve ser trabalhado é o feedback. Quando feito de maneira eficaz, ele promove a aceleração do desenvolvimento do time, o aumento do engajamento da equipe e a retenção de talentos. Delegação de tarefas Um processo de delegação de tarefas eficaz promove utilização racional e ampla dos recursos humanos, o que proporciona ao líder mais tempo e energia para focar nas atividades estratégicas. É também uma importante ferramenta de desenvolvimento dos liderados, que se sentem suportados, motivados e responsáveis.

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PARA CHEGAR AO CARRO DO FUTURO, INDÚSTRIA TEM LONGO CAMINHO A PERCORRER Marcelo Cioffi, Líder para a área automotiva, PwC

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ivemos um momento de grande transformação no setor automotivo. A revolução digital apresenta novas tecnologias e a mudança de hábitos do consumidor trazem grandes oportunidades na área da mobilidade. Esses elementos tornam o conceito da mobilidade do futuro muito mais amplo, permitindo a completa integração entre veículos e humanos. Por outro lado, há demanda por uma atuação dos players deste mercado em um ecossistema bastante complexo. Esse novo conceito é de mobilidade eficiente e mais limpa. Este é o desejo da sociedade, chancelado pelos governos ao redor do mundo. Assim, surge o veículo modelo 2030: eletrificado, autônomo, compartilhado, conectado e sempre atualizado. A ideia é que, ao ser abastecido com energia elétrica fruto de fonte renovável, o veículo terá neutralidade nas

emissões. Com a automação, vai promover a mobilidade a quem não pode ou não quer dirigir. Ao ser compartilhado, dará acesso à mobilidade para muitos que não podem ou não querem ter os custos aquisição e manutenção de um automóvel. Já a conectividade com outros veículos, cidades e serviços, tornará a viagem mais rápida e segura, como se fosse como um novo local entre nossas casas e trabalho. Sempre atualizado, o carro vai trazer mais serviços e configurações, melhorando a eficiência do sistema e a qualidade de vida. As implicações deste novo conceito para a indústria e toda sua cadeia de valor serão enormes. Você já começou a se preparar?

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OS 5 MAIORES DESAFIOS DAS EMPRESAS AUTOMOTIVAS Márcio Kauffmann, Sócio-líder para a indústria automotiva, EY

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té pouco tempo atrás, as montadoras eram o centro de uma indústria concentrada em funções como suprimento de peças, logística, financiamento e venda de veículos. A cadeia de valor tradicional era mais direta. Agora, no entanto, o ecossistema se tornou complexo, incluindo cidades, operadores de ridesharing, agências de governo, provedores de tecnologia e telecomunicações, entre muitos outros. Nesta cadeia expandida, a colaboração será mandatória. Os dados serão abertos e acessíveis e o objetivo final está na criação de uma experiência gratificante ao cliente em vez a simples venda de carros. No novo contexto, existem cinco principais desafios que precisam ser superados para que as empresas se mantenha relevantes no futuro. Inovação: os novos caminhos a serem seguidos A indústria tem uma história de inovação tecnológica. Agora, para criar novos modelos de negócios, precisamos de um tipo de inovação que explore exponencialmente maior diversidade de pensamento, velocidade de design e aceitação de riscos e falhas. Se conectar com os clientes é essencial para o sucesso As empresas devem olhar para os clientes como indivíduos que buscam experiências, produtos e serviços personalizados. Eles pagam pelo que valorizam, mas não têm medo da ruptura quando sentem que não se

beneficiam com a relação. As fabricantes de veículos carecem de um relacionamento constante com seus clientes. Colaboração externa: compartilhamento requerido A nova indústria de mobilidade requer trabalho próximo de um grupo maior de parceiros deste ecossistema. As motivações de cada um são muito diferentes e, por vezes, contrárias às da montadora. Mas cada empresa tem seus ativos e capacidades que podem ser alavancados gerando maior impacto coletivo. Guerra por talentos: novas estratégias para a batalha A indústria automotiva sempre empregou engenheiros qualificados, mas poucos especialistas em inteligência artificial e cientistas de dados. O modelo de compensação e incentivos do setor previnem um processo adequado de atração e retenção dos talentos requeridos para inovar e sustentar um negócio disruptivo de mobilidade. Hora de substituir modelos operacionais desatualizados As empresas normalmente preferem alavancar processos e sistemas atuais em vez de criar novos. Entretanto, muitos desafios relacionados a governança, inovação, parcerias, talentos e serviços administrativo aparecem justamente por causa da grande confiança no uso do modelo de negócio atual.

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O QUE FARÁ A SUA EMPRESA RELEVANTE NO FUTURO? Octavio de Barros, Sócio Cofundador, Quantum4 – Soluções de Inovação e da OMRB Consultoria Econômica

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ara ser relevante, para princípio de conversa, é preciso reconhecer que negócios que não sejam data-driven não terão mais espaço no futuro, sobretudo no setor automotivo. Com a fenomenal “plataformização” do capitalismo, agora as categorias fundamentais de análise deixam de ser apenas duas. Agora são três: capital, trabalho e data.

A única forma de robustecer a indústria brasileira é aceitar que estamos diante de um processo global de servicização da manufatura. Quanto mais serviços tecnológicos acoplados à atividade industrial, maiores as chances de sobrevivência. Não me parece mais funcional a insistência de algumas lideranças empresariais apenas em um lamento melancólico visando a salvação de uma indústria cuja estrutura atual, em grande medida desatualizada, não existe mais no mundo maduro. É preciso ir muito além disso. Os países desenvolvidos e parcela relevante dos emergentes estão com o foco em um mundo pós-industrial (ou hiperindustrial, segundo alguns autores). A robustez dessa nova indústria dependerá cada vez mais do aumento da densidade de serviços embutidos. Estamos assistindo uma a radical servicização que, na prática, inviabiliza contabilmente definirmos a fronteira do que é indústria e do que são serviços. É necessário agir rápido para não sermos engolidos e ficarmos ainda mais distantes da fronteira tecnológica que evolui de forma exponencial. A melhor estratégia é focar no aumento contínuo da produtividade e deixar de perder tempo com as eternas discussões macroeconômicas sobre juros, câmbio etc.

Mesmo se acalentássemos uma macroeconomia dos sonhos, honestamente, caberia a pergunta: Para que fim? O que faríamos com ela? Mais do mesmo? Para salvar o que? Será que é para apostarmos no renascimento de um setor mortovivo que se manterá protegido pelo estado de uma forma ou de outra? Isso não funcionará mais. O jogo agora é outro. Não faz mais sentido apostar na perpetuação de um modelo industrial em grande medida obsoleto, fadado inexoravelmente ao desaparecimento diante da revolução cognitiva e digital. Ao contrário, seria melhor focarmos na construção de uma hiperindústria com alta densidade de serviços de valor e tremendamente plataformizada. O Brasil talvez seja o único país relevante no mundo que ainda não elegeu esse tema como realmente prioritário Minha angústia como economista é a de assistir de camarote, há décadas, os mesmos debates conjunturais e a ladainha melancólica de um setor de atividade que definha sistematicamente. O setor industrial, em qualquer que seja o governo de plantão, não será ungido pelo espírito santo como prioridade estratégica do país. Mais do que isso, permanecerá sempre na rabeira da lista de prioridades. Salvo se o setor se focar estrita e radicalmente na inovação tecnológica e com uma postura proativa estratégica que não espere a ação benévola dos poderes públicos. Aí sim, poderá conquistar importantes aliados, inclusive entre os macroeconomistas mais refratários à defesa privilegiada da indústria.

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PARA TOMAR DECISÕES, PRECISAMOS ENXERGAR ALÉM DOS LIMITES DAS EMPRESAS Paulo Cardamone, Presidente, Bright Consulting

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o mercado automotivo de hoje, montadoras, autopeças, distribuidores e instituições financeiras terão que tratar com uma série de novas situações impensadas há 10 anos, quando o dia a dia dos executivos era ocupado com o planejamento de ciclos perfeitamente gerenciáveis de tempo e ocorrências de médio e longo prazo eram aferidas por previsões menos complexas e razoavelmente assertivas, garantindo boa probabilidade de sucesso. Tudo isso mudou e, no dia a dia, há uma infinidade de novos desafios. Entre eles está transformar seu processo decisório para entender quem é o novo consumidor, decifrar como a revolução tecnológica do automóvel fará com que negócios perenes desapareçam, dimensionar o impacto da entrada das novas empresas no segmento e avaliar o investimento necessário para acompanhar as novas regulamentações do mercado, que seguem agora segue padrões globais. A chave para todos estes desafios está em uma mudança profunda do processo decisório nas organizações:

As informações, pela sua magnitude e espectro, já não podem ser consolidadas internamente justamente porque elas estão fora do core business das empresas.

O início desta revolução começa com a necessidade de entender o novo consumidor da geração Z, os Centennials, a primeira geração formada por nativos digitais que consideram o mundo virtual uma extensão do mundo físico. São adeptos da economia do compartilhamento. Para eles, usufruir é melhor do que adquirir. A geração dos alugadores. É para eles que os veículos do futuro estão sendo desenvolvidos e, por cauda deles, o processo de venda dos veículos será totalmente reformulado, independentemente das leis que protegem o formato atual. Eles já causam mudanças em toda a cadeia automotiva. As metodologias e tecnologias robustas de big data, data fusion e inteligência artificial que possibilitam a identificação dos reais movimentos do mercado, são o novo caminho para a transformação do processo decisório das organizações. Os padrões de gestão ainda utilizados não conseguem garantir o sucesso e a sobrevivência das empresas. Imersas em um ambiente complexo, as organizações precisam buscar alianças estratégicas com fontes de conhecimento, que acelerem seu processo decisório e garantam maior assertividade para que elas possam sobreviver e prosperar no novo ecossistema do mercado automotivo.

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AS NOVAS OPORTUNIDADES LOCAIS PARA A INDÚSTRIA AUTOMOTIVA Regis Nieto, Sócio para a área automotiva, BCG

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credite: nos próximos dez ou 15 anos, a indústria automotiva passará por mais transformações do que no último século. As empresas automotivas precisam se planejar para o momento de disrupção, estimulado por uma combinação de novas tecnologias e consumidores conectados. As fórmulas clássicas do setor logo deixarão de funcionar. Hoje apenas 5% dos carros têm algum nível de eletrificação, cenário que mudará drasticamente até 2030, quando 50% dos veículos produzidos serão híbridos ou elétricos. Levando em conta os diversos perfis de cidades, apuramos no BCG que o veículo autônomo, elétrico e compartilhado pode proporcionar despesas até 50% inferiores. Isso se deve a fatores como menor depreciação por quilômetro, gastos com seguro reduzidos, menor custo da eletricidade, menos manutenções e outras variáveis. Em 2030, nas cidades com mais de 3 milhões de habitantes, quase 100% da demanda poderá ser atendida de maneira lucrativa por uma frota desse tipo de veículo. O BCG entrevistou mais de 6 mil pessoas e as respostas mostram que, para os mais jovens, a substituição para a frota compartilhada é atrativa. Tal amplitude da mudança em curso afetará também a lucratividade da indústria automobilística, cujo crescimento futuro da margem virá de pools de dinheiro hoje inexistentes.

Localmente o risco é a crença de que essas novas questões são de responsabilidade única da matriz, quando há uma série de problemas de mobilidade que precisarão ser resolvidos por aqui.

Para que a movimentação imediata seja traduzida em vantagem competitiva, alguns temas centrais precisam ser alavancados nos próximos anos. De início, o modelo de vendas tem que ser repensado, considerando o apetite do consumidor por escolher produtos por vias digitais. Paralelamente, as oportunidades locais precisam ser exploradas, ponderando os históricos desafios de mobilidade e a inclinação do brasileiro pelo mundo virtual. O mesmo vale para a eletrificação: ainda estamos engatinhando neste tópico, mas é preciso se planejar. Atuar em frentes que trazem retorno alto em pouco tempo é outro ponto essencial, otimizando o negócio em vigor. Aqui, temos uma série de oportunidades tradicionais que, combinadas com digitalização e advanced analytics, trazem uma nova onda de rentabilização. Alguns exemplos são: orçamento base zero combinado com inteligência artificial e reorganização da cadeia de suprimento com eliminação de decisão em silos por meio de digitalização, entre muitas outras. Por fim, o consumidor está cada vez menos interessado na posse do carro. Com isso, modelos alternativos, como aluguel em diferentes prazos, assinatura e até mesmo plataformas de compartilhamento são oportunidades que devem ser consideradas. É preciso encarar essas particularidades com uma ótica estratégica e corroborar a agenda de mudança para não ficar para trás.

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HERANÇA BENDITA: E SE VOCÊ TIVESSE A FÁBRICA DA FORD NAS MÃOS? Valter Pieracciani, Sócio-diretor, Pieracciani Consultoria

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rofissionais do mundo automotivo assistem, atônitos, ao espetacular episódio Ford. Uma montadora global joga a toalha e decide enfrentar os astronômicos custos de fechar uma planta no Brasil. Não é a primeira vez que multinacionais anunciam o fechamento de fábricas em nosso país, mas há uma novidade formidável nesse caso: um grupo de capital 100% nacional, fundado por um pernambucano conhecido entre seus funcionários pelo respeitoso apelido de doutor, decide corajosamente fazer uma oferta de compra pela mesma planta.

Não se trata apenas de salvar os postos de trabalho, de expandir o parque industrial ou de conectar mais uma fábrica à segunda maior rede de concessionárias do mundo, que também pertence ao grupo. O mais incrível é a mensagem que acompanha esse passo. “Deixem conosco, que seremos capazes de fazer essa fábrica tornar-se rentável”, parece nos dizer o Doutor Carlos Alberto de Oliveira Andrade, o fundador da Caoa. Isso é, de verdade, a grande e boa afronta. O bom desafio.

nossos veículos, e a própria imagem da fábrica, despertam em nossos clientes e na sociedade? Assegurar uma cultura favorável à inovação Precisamos construir ambientes que assegurem pessoas em primeiro lugar, erro como aprendizado, ampliação de conexões e outros valores vigentes nas empresas inovadoras. O papel do líder não é gerar ideias, mas sim assegurar um ambiente no qual possam prosperar. Atuar em inovação aberta Não dá para pensar em inovar sem contemplar uma conexão com startups. Engajar-se com as melhores é certamente a maneira mais rápida, barata e eficaz de fazer inovação radical. Maximizar o uso de incentivos fiscais combinados Pode chegar a 72% do total investido em projetos de engenharia e inovação que o governo está disposto a “devolver”. Montadoras, sistemistas e autopeças deveriam estar usando isso.

E tem nome: chama-se confiança na capacidade própria de gestão. Inspirados pelo doutor, em nosso time de consultores, fizemos um exercício de imaginação: se você herdasse a fábrica de São Bernardo da Ford, quais seriam as primeiras seis decisões? Aí seguem as respostas que encontramos:

Capacitar as equipes para a inovação Não se aprende a ser inovador nas escolas. Ao contrário, elas formam gente, no mau sentido de colocar em uma fôrma (daí o verbo escolhido). É possível capacitar times para inovar de maneira efetiva, usando o potencial com que todos nascemos, aplicando ferramentas e estruturando processos.

Definir uma estratégia para a inovação Sim. Conectar a estratégia corporativa a uma estratégia clara de inovação que responda às perguntas: o que é inovação aqui para nós? Como é o profissional inovador? Que tecnologias temos que perseguir? Que emoções

Redefinir a estrutura organizacional Os novos desenhos organizacionais são redes, não organogramas. Especialistas de fora e de dentro das empresas conectados e atuando com foco em projetos. Enfim, uma verdadeira revolução. Vamos nessa?

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expediente

COMO MANTER NEGÓCIOS RELEVANTES NO SETOR AUTOMOTIVO Este e-book foi elaborado por Automotive Business com base em artigos produzidos por especialistas que participarão do #ABX19 no dia 27 de maio de 2019. Organização e conteúdo: Automotive Business Cocriação: Andrea Cardoso, Diretora executiva e líder do segmento automotivo, Accenture Carlos A. Briganti, Presidente, Power Systems Research Cristóvão Wanderley, Diretor geral, Stratlab Fernanda Nascimento, Diretora de Planejamento e Estratégias, Stratlab Fernando Trujillo, Consultor, IHS Markit Flavio Padovan, Presidente, Padovan Consulting Flavio Tavares, Fundador do Instituto PARAR, Idealizador da Welcome Tomorrow Mobility Conference (WTM),CMO da GolSat Francisco Trivellato, Presidente, Trivellato Informações e Estratégias Jaime Troiano, Presidente, TroianoBranding Luiz Arthur Peres, Presidente, LA Experience Marcelo Cioffi, Líder para a área automotiva, PwC Márcio Kauffmann, Sócio-líder para a indústria automotiva, EY Octavio de Barros, Sócio Cofundador, Quantum4 – Soluções de Inovação e da OMRB Consultoria Econômica Paulo Cardamone, Presidente, Bright Consulting Regis Nieto, Sócio para a área automotiva, BCG Valter Pieracciani, Sócio-diretor, Pieracciani Consultoria

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