• VOLKSWAGEN CHEGA AOS 65 ANOS • ELEIÇÃO FINAL DOS MELHORES DO NO BRASIL EXIBINDO NOVO FÔLEGO PRÊMIO REI TEM 60 SELECIONADOS
• FÓRUM DE AUTOMOTIVE BUSINESS
Automotive APONTOU CLIMA PARA RETOMADA
MAIO DE 2018 ANO 10 • NÚMERO 50
REVOLUÇÃO DO TRANSPORTE: A SUA EMPRESA ESTÁ PREPARADA? MOBILIDADE SERÁ CENTRADA NO CONSUMIDOR, COM SOLUÇÕES DE DESLOCAMENTO MAIS FLUIDAS E BARATAS AB50_CAPA.indd 1
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ÍNDICE
30 REVOLUÇÃO CAPA | TRANSPORTES
LUIS PRADO
DESAFIA A INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
11 CARREIRA FCA MUDA O COMANDO NA AMÉRICA LATINA SAI STEFAN KETTER, ENTRA ANTONIO FILOSA
A MOBILIDADE SERÁ FOCADA NO CONSUMIDOR, COM SOLUÇÕES FLUIDAS DE DESLOCAMENTO PARA PESSOAS E BENS 24 COMBUSTÍVEIS VEÍCULO FLEX COMPLETA 15 ANOS Produção soma 31 milhões de unidades
12 TECNOLOGIA GESTÃO COMPARTILHADA COM MÁQUINAS CONECTADAS Software IFS toma decisões com inteligência artificial 14 ALTA RODA O NOVO MUSTANG Ford importa a sexta geração do veículo 16 NEGÓCIOS TOYOTA ABRIRÁ O TERCEIRO TURNO Empresa vai gerar 1.570 empregos 28 INVESTIMENTOS INDÚSTRIA RECEBERÁ R$ 36,7 BILHÕES Aportes serão realizados até 2022
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36 M WM REINVENÇÃO AO LONGO DE 65 ANOS Empresa conquista novos clientes
52 PREMIAÇÃO HYUNDAI ANUNCIA MELHORES FORNECEDORES Entrega dos troféus ocorreu durante seminário em Piracicaba (SP) 54 PREMIAÇÃO TOYOTA DESTACA EFICIÊNCIA DOS PARCEIROS Nível de qualidade local chegou a 10 ppm 58 PREMIAÇÃO CAOA CONTEMPLA 69 EMPRESAS Base de fornecedores foi triplicada
40 FÓRUM INDÚSTRIA EM CLIMA DE CRESCIMENTO Compras das montadoras estão em alta
50 PREMIAÇÃO HONDA RECONHECE 29 MELHORES FORNECEDORES Montadora comemora 20 anos de nacionalização de carros
62 PREMIAÇÃO MERCEDES DESTACA RESISTÊNCIA DOS FORNECEDORES Prêmio Interação elege práticas de 13 empresas 66 ESPECIAL|VW BRASIL MONTADORA DEMONSTRA NOVO FÔLEGO Na saída da crise, empresa ganha mercado
74 P RÊMIO REI LEITORES SELECIONAM MELHORES CASES Troféus serão entregues em junho
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EDITORIAL
REVISTA
www.automotivebusiness.com.br
Paulo Ricardo Braga Editor paulobraga@automotivebusiness.com.br
O AVANÇO DA MOBILIDADE
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egócios bilionários que nascem em plataformas on-line, sem grandes investimentos em ativos fixos, estão acelerando a quarta revolução industrial e já batem à porta da indústria automotiva com o surgimento de soluções como aplicativos à moda do Uber ou do 99, maior conectividade dentro dos automóveis, compartilhamento e surgimento do carro autônomo. Foi o que descobriu a editora Giovanna Riato ao investigar os temas que levaram à edição da nossa matéria de capa. Ela ouviu do diretor de planejamento e inteligência competitiva da FCA, Breno Kamei, que tendências bem claras colocam o carro não mais como um meio de transporte, mas como uma plataforma de negócios. Ao conversar com a McKinsey, a jornalista anotou que os novos modelos de negócio terão o poder de ampliar o faturamento da indústria automotiva em 30% nos próximos anos, abrindo um sem-número de oportunidades. Enquanto isso, o editor Pedro Kutney esteve em Atlanta, nos Estados Unidos, a convite da IFS, onde a empresa de origem sueca realizou evento para lançar a nova geração de seu software de gestão, preparado para as demandas da indústria 4.0, com capacidade de receber e assimilar dados de máquinas e equipamentos industriais. Um dos ensinamentos do encontro foi o entendimento de que as coisas avançam rápido no compartilhamento da gestão, com máquinas conectadas e recursos da internet das coisas e tomada de decisões com inteligência artificial. Ao lado dessas novidades tecnológicas esta edição traz o resultado da primeira rodada na seleção dos melhores cases da indústria automobilística, promovida pelo Prêmio REI, de Automotive Business. Com a ajuda de um júri de três dezenas de membros, foram selecionados 60 cases finalistas, que agora passam a ser examinados pelos leitores da revista e do nosso portal para a eleição final, com a escolha dos vencedores nas 15 categorias. Apresentamos ainda os planos da Volkswagen para chegar à liderança do mercado automotivo brasileiro justamente no momento em que comemora 65 anos de atuação no País. A empresa entrou em 2018 com resultados de mercado estimulantes, proporcionados pelos lançamentos recentes. O clima positivo no mercado, apesar dos sucessivos adiamentos no lançamento do Rota 2030, ficou claro na nona edição do Fórum da Indústria Automobilística (página 40), realizado em abril no Golden Hall do WTC, em São Paulo, que recebeu 818 participantes. E se há dúvidas sobre a retomada dos negócios, vale a pena conferir os investimentos prometidos pelas montadoras no País, que somam nada menos de R$ 36,7 bilhões até 2022. Boa leitura e até a próxima edição.
Editada por Automotive Business, empresa associada à All Right! Comunicação Ltda. Tiragem de 10.000 exemplares, com distribuição direta a executivos de fabricantes de veículos, autopeças, distribuidores, entidades setoriais, governo, consultorias, empresas de engenharia, transporte e logística e setor acadêmico. Diretores Maria Theresa de Borthole Braga Paula Braga Prado Paulo Ricardo Braga Editor Responsável Paulo Ricardo Braga (Jornalista, MTPS 8858) Editora-Assistente Giovanna Riato Redação Mário Curcio, Pedro Kutney e Sueli Reis Colaborador desta edição Sergio Quintanilha e Wilson Toume Editor de Notícias do Portal Pedro Kutney Design gráfico RS Oficina de Arte Ricardo Alves de Souza Josy Angélica Fotografia Estúdio Luis Prado Publicidade Carina Costa, Greice Ribeiro, Monalisa Naves Atendimento ao leitor Patrícia Pedroso WebTV Marcos Ambroselli Comunicação e eventos Carolina Piovacari Impressão Margraf Distribuição Correios
Administração, redação e publicidade Av. Iraí, 393, conjs. 51 a 53, Moema, 04082-001, São Paulo, SP, tel. 11 5095-8888 redacao@automotivebusiness.com.br Filiada ao
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PUBLIEDITORIAL DOW
SILICONES ÓPTICOS MOLDÁVEIS Estudo de caso: Hella KGaA Hueck & Co
O SILICONE ÓPTICO MOLDÁVEL DOWSILTM MS-1002 É UM MATERIAL ALTAMENTE TRANSPARENTE QUE PODE SER PROCESSADO FACILMENTE À TEMPERATURA AMBIENTE E EXIBE UMA VISCOSIDADE MUITO BAIXA ANTES DA CURA
O DESAFIO
Por anos, a abordagem convencional para o design de faróis automotivos de LED se baseava em atuadores mecânicos para posicionar os feixes de uma única linha de LED controlável. A Hella KGaA Hueck & Co., uma fabricante líder de componentes inovadores de iluminação automotiva, idealizou uma solução mais dinâmica e adaptável que não precisa contar com componentes mecatrônicos. Essa visão tornou-se o premiado farol de LED MULTIBEAM. Desenvolvido em parceria com a Daimler AG, o módulo MULTIBEAM incorpora 84 pixels de LED controláveis individualmente, dispostos em três linhas, permitindo ao farol distribuir dinamicamente a luz em tempo real com base na mudança de tráfego, condições meteorológicas e condições da estrada. O inovador módulo de farol da Hella garante ainda que a função de farol alto possa ser utilizada com mais frequência, oferecendo maior segurança e mais conforto. No entanto, essa inovação também veio com desafios: distribuir uniformemente a luz dos 84 LEDs do módulo MULTIBEAM exigiu o design de uma estrutura de lente primária complexa que incorporou 84 guias de luz. A maioria desses elementos ópticos precisou ser colocada em um ângulo que, por sua vez, exigia que elas incorporassem um forte recuo que seria impraticável, ou mesmo impossível, com vidro ou plásticos transparentes, já que desmoldar o design da lente proposta exigiria um material altamente flexível. Por fim, para otimizar a eficiência óptica, as guias de luz da MULTIBEAM estão posicionadas em estreita proximidade com o seu chip de LED de alta potência. Consequentemente, o material da lente primária precisaria ter um desempenho confiável, apesar da longa exposição à alta temperatura e à fotodensidade – plásticos orgânicos, como o PMMA e o PC, escureceriam e ficariam marrons dentro de um prazo relativamente curto.
A SOLUÇÃO
Placa de circuito com 84 chips (montados individualmente) integrado na unidade de controle com disparador de calor
Ótica primária (silicone)
Ótica secundária (lente PMMA)
Em busca por uma solução, a Hella procurou a Dow, líder global em silicones, tecnologia e inovação baseadas em silício, onde explorou vários graus da premiada família de produtos de silicones ópticos moldáveis. Este sofisticado portfólio de produtos oferece silicones de grau óptico em uma ampla variedade de durômetros, variando de 52 a 85 Shore A. A Hella optou pela especificação do silicone moldável DOWSILTM MS-
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1002 que, exibindo 72 Shore A, forneceu a combinação mais adequada de dureza e alongamento para produzir lentes complexas para aplicação de faróis da Hella. O Silicone óptico moldável DOWSILTM MS-1002 é um material altamente transparente que pode ser processado facilmente à temperatura ambiente e exibe uma viscosidade muito baixa antes da cura. Combinado com sua alta resistência a alongamento e desgaste e desempenho fácil de desmoldagem, essas qualidades expandem significativamente as possibilidades de design para a fabricação de formas complexas, estruturas ópticas em microescala, peças multifuncionais e rebaixamentos difíceis de obter com polímeros orgânicos.
O SUCESSO
Processabilidade superior do silicone moldável DOWSILTM MS-1002 contra vidro e maior confiabilidade em comparação a plásticos orgânicos foram importantes para o desenvolvimento bem-sucedido do seu módulo de farol de última geração da Hella. A viscosidade do material, a fácil desmoldagem e a contração controlada permitiram à Hella fabricar seu guia de luz com um alto grau de precisão. A excelente consistência do silicone moldável DOWSILTM MS-1002 garantiu um processo de produção de moldagem por injeção estável e confiável. A excelente estabilidade térmica do silicone moldável DOWSILTM MS-1002 foi, no entanto, o critério mais importante para o sucesso da Hella. “Todos os silicones ópticos moldáveis da Dow passaram por um número considerável de testes de qualificação automotiva”, disse Tilman Maucher, gerente de projetos para desenvolvimento de iluminação na Hella KGaA Hueck & Co. Não ficamos surpresos quando o silicone DOWSILTM MS-1002 manteve excelente transparência óptica a temperaturas de até 150°C por mais de 6.000 horas. A excelente estabilidade fototérmica foi um dos nossos critérios mais exigentes ao selecionar um material para o elemento óptico primário do módulo MULTIBEAM, como sabíamos que precisaria resistir a longas exposições a temperaturas muito altas e densidades de lúmen nesta aplicação. “A estreita colaboração da Dow ao longo do processo de desenvolvimento de nossos produtos nos ajudou a alcançar o desempenho ideal do silicone moldável DOWSILTM MS-1002 em nossa aplicação”, disse Maucher. “Como parceira de inovação, a Dow é altamente responsiva e proativa em relação aos nossos desafios de projeto, e assumiram o controle do sucesso em todas as etapas, desde o design até o processo de moldagem. Sua liderança na ciência de silicone ofereceu um importante apoio à liderança da Hella no design de iluminação automotiva”.
SAIBA MAIS
Nós oferecemos mais do que apenas um portfólio líder de mercado de materiais ópticos. Como líder dedicado em inovação, fornecemos experiência comprovada em processos e aplicações, uma rede de especialistas em moldagem e óptica, uma base de fornecimento global confiável e atendimento ao cliente a nível mundial. Para descobrir como a Dow pode oferecer suporte às suas aplicações de iluminação, visite consumer.dow.com ou envie e-mail para carlos.adami@dowcorning.com
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PORTAL
| AUTOMOTIVE BUSINESS
AS NOVIDADES QUE VOCÊ ENCONTRA EM WWW.AUTOMOTIVEBUSINESS.COM.BR AUDI LANÇA A4 LIMITED EDITION E Q3 BLACK EDITION A Audi aumentou o número de versões de alguns de seus modelos mais vendidos com o lançamento, este mês, do A4 Limited Edition e Q3 Black Edition, que ficam no topo de suas linhas. Ambos usam a mesma configuração mecânica, o que muda é a aplicação de elementos exclusivos de design na carroceria e a inclusão de pacotes completos de equipamentos, com desconto no preço do conjunto de itens.
CAOA CHERY: MARCA BRASILEIRA DE CARRO CHINÊS Empresa nascida no ano passado da fusão do Grupo Caoa com as operações brasileiras da chinesa Chery, a Caoa Chery começou a mostrar a que veio com o lançamento do primeiro carro produzido sob o guarda-chuva da sociedade sino-brasileira, o Tiggo2. A ideia é lançar produtos novos e mais atraentes, especialmente no segmento de SUVs, o que mais cresce.
ELÉTRICOS EMPACAM NA EUROPA POR FALTA DE ESTRUTURA A Europa precisa aumentar muito a frota de carros elétricos nos próximos anos para atingir as metas locais de redução de emissão de CO2. Esse objetivo, contudo, está em risco, segundo a Acea, a Associação dos Construtores Europeus de Automóveis. A entidade alega que apesar de todos os investimentos em veículos a bateria o número deles em circulação avança de forma muito tímida.
WEB TV youtube.com.br/automotivebusiness MÁQUINAS
EVENTO
BIOMETANO A New Holland trouxe ao Brasil trator-conceito movido a biometano
ENTREVISTA
IX FORUM Acompanhe as principais entrevistas do Fórum da Indústria Automobilística
EXCLUSIVO PONTO DE VISTA| SEGURANÇA Segurança é coisa séria no Portal AB. Nesta página você confere artigos e reportagens sobre o tema.
ABEIFA Vendas de importados têm crescimento forte no 1o quadrimestre
REDES SOCIAIS AB INTELIGÊNCIA Acompanhe a evolução das estatísticas das principais organizações do setor.
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CARREIRA
DIVULGAÇÃO
FCA TROCA COMANDO NA AMÉRICA LATINA: SAI KETTER, ENTRA FILOSA EXECUTIVO VOLTA À EUROPA APÓS PROMOVER TRANSFORMAÇÃO INDUSTRIAL NO BRASIL E ARGENTINA
E
m sua vinda ao Brasil em março, O CEO da FCA Fiat Chrysler, Sergio Marchionne, nomeou Antonio Filosa como novo presidente da empresa para a América Latina, no lugar de Stefan Ketter, que após quase seis anos à frente da transformação industrial da empresa no Brasil e Argentina volta à Europa para a função que acumulava, a de vice-presidente global de manufatura do grupo. Na FCA há 18 anos, 12 deles trabalhando entre Brasil e Argentina, Filosa integrou primeiro o então Grupo Fiat, que se transformou em FCA em 2014. Ocupou a direção geral da FCA Argentina e das marcas Alfa Romeo e Maserati na América Latina. Até recentemente, ele também acumulava a função de diretor de compras para a região. O executivo também dirigiu a manufatura de Betim (MG). Agora, como
chefe das operações latino-americanas, ele ganha assento no GEC, Group Executive Council, o conselho executivo mundial da companhia. “Stefan fez um excepcional trabalho liderando a região da América Latina, coordenando a industrialização da Jeep em Pernambuco e dirigindo o esforço comercial que resultou na liderança no segmento de SUVs no Brasil no ano passado. O rejuvenescimento e desenvolvimento promovidos por ele no time da América Latina ajudaram a alcançar a rentabilidade na região diante de condições de mercado desafiadoras e terão influência no crescimento que esperamos pelos próximos anos. Antonio é um produto deste time e representa uma transição natural enquanto nos movemos adiante”, afirma Marchionne. n
EXECUTIVOS MÁRCIO HENRIQUE TONANI (foto 1) assume o cargo de diretor de desenvolvimento de produto da FCA Fiat Chrysler para a América Latina. Ele sucede a Claudio Demaria, que após seis anos no Brasil retorna à Itália para comandar a engenharia para Europa, Oriente Médio e África. WILSON BRICIO (foto 2), presidente do Grupo ZF na América do Sul, passa a acumular também a função de CEO da TRW Automotive no Brasil, como parte do processo de integração e incorporação dos negócios iniciado em 2015, após o anúncio de compra da TRW pela ZF. ANTOINE GASTON-BRETON (foto 3), diretor de marketing da Peugeot, passa a comandar a área também na Citroën e DS no Brasil. Ele sucede a Nuno Miguel Coutinho, que deixa o cargo e se prepara para assumir uma nova função no Grupo PSA. LUÍS BASAVILBASO (foto 4) é promovido diretor da divisão de veículos utilitários do Grupo PSA para a região da América Latina, no lugar de Fréderic Chapuis, que assumirá nova função na companhia. LUIZ MARCELO DANIEL (foto 5) assumiu em 1o de abril a presidência da Volvo Construction Equipment, a Volvo CE, sucedendo a Afrânio Chueire, que se aposentou. Daniel se reportará ao presidente para as Américas, Stephen Roy, baseado nos Estados Unidos. MARTIN FRITSCHES (foto 6) deixa o cargo de diretor comercial do Grupo BMW no Brasil e assume a vice-presidência de vendas da Rolls-Royce para a região das Américas. Renato Fabrini, gerente geral de vendas da BMW no Brasil, assume interinamente a função de diretor comercial.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
LETÍCIA MENDONÇA (foto 7) assume a diretoria da unidade de catalisadores da Basf para a América do Sul, no lugar de Priscila Camara, que passa a comandar a divisão químicos de performance, que inclui as unidades ligadas a petróleo, mineração, aditivos para plásticos, aditivos para combustíveis e lubrificantes, além de tratamento de água e papel.
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TECNOLOGIA
PESSOAS
COMPARTILHAM GESTÃO COM MÁQUINAS CONECTADAS NOVA GERAÇÃO DE SOFTWARE DA IFS RECEBE DADOS DA INTERNET DAS COISAS E TOMA DECISÕES COM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PEDRO KUTNEY | de Atlanta (EUA)
M
áquinas conectadas em rede via internet das coisas (IoT) e inteligência artificial (IA) estão mudando (para melhor) rapidamente os processos industriais em todo o mundo, elevando produtividade e reduzindo custos. Essa tendência cria uma nova relação entre pessoas e máquinas,
em uma espécie de administração compartilhada cibernética. Dados recebidos de robôs e equipamentos podem ser interpretados por programas de computador para gerar ações práticas automáticas, como manutenção preditiva ou ordens de compra de mais matéria-prima para a produção. Os novos softwares de
gestão empresarial e de manufatura agregam essas funcionalidades e fazem a conexão dos seres humanos com o ambiente virtual. “Todas as indústrias vivem hoje em um ambiente de disrupção que pode ser capitalizado para melhorar o desempenho dos negócios com automação e dispositivos conectados”, disse Darren Ross, CEO da IFS. O executivo falou durante a conferência global da IFS em Atlanta, Estados Unidos, onde a empresa de origem sueca realizou evento de três dias para debater suas soluções com clientes e lançou a nova geração de seu software de gestão, o Applications 10, mais bem preparado para as demandas da chamada indústria 4.0, com capacidade de receber e assimilar dados de máquinas e equipamentos industriais. A IFS tem hoje cerca de 10 mil clientes no mundo e cerca de uma centena deles é do setor automotivo, um dos ambientes em que as fábricas 4.0 mais prosperam. “Conexão de máquinas via IoT,
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inteligência artificial e nuvem de dados não são coisas tão novas. O que estamos fazendo agora é levar essas tecnologias a um novo nível, para acelerar os processos de automação em massa”, explica Thomas Säld, vice-presidente sênior de pesquisa e desenvolvimento da IFS. “Por isso modelamos o Applications 10 já pensando no que vem depois”, acrescenta. Seguindo uma tendência do setor de tecnologia, a IFS diversificou a oferta de seu software que, além de poder ser comprado, pode também ser utilizado pelos clientes como um serviço na nuvem por assinatura. Essa flexibilidade, aponta a empresa, traz oportunidade de conversão digital de diversos setores, pois permite que empresas menores tenham acesso a sistemas automatizados de gestão mais baratos, pagando só pelo uso. “A ideia que as organizações devem ter em mente para adoção das novas tecnologias é pensar grande, mas começar pequeno”, aconselha Martin Gunnarsson, diretor de produto da IFS especialista em sistemas de gestão ERP. ERA DA AUTOMAÇÃO EM MASSA “Tecnologias como internet das coisas e inteligência artificial atingiram um novo nível de maturidade, que nos leva a uma jornada de automação em massa”, antecipa Dan Matthews, executivo-chefe de tecnologia (CTO) da IFS. A velocidade desse avanço pode ser medida pela quantidade de “coisas” conectadas no mundo: analistas estimam que até 2020 mais de 20 bilhões de dispositivos estarão conectados à internet, contra 1 bilhão em 2010. “A questão não é mais se, mas quando todos os seus ativos estarão conectados. Máquinas poderão ser operadas a distância, mas para isso
TODAS AS INDÚSTRIAS VIVEM HOJE EM UM AMBIENTE DE DISRUPÇÃO QUE PODE SER CAPITALIZADO PARA MELHORAR O DESEMPENHO DOS NEGÓCIOS COM AUTOMAÇÃO E DISPOSITIVOS CONECTADOS DARREN ROSS, CEO da IFS
precisamos não só de máquinas on-line, mas também de pessoas conectadas”, assinala o CTO Matthews. Para se adaptar a esse futuro tão próximo, a IFS lançou junto com seu Applications 10 um módulo de conexão e controle IoT, que capta informações geradas por máquinas armazenadas no Azure, ambiente de nuvem da Microsoft. São dados como velocidade de operação, pressão hidráulica de sistemas, consumo de energia, níveis de baterias, produtividade etc. Uma vez injetados no software, esses dados podem ser interpretados para gerar alertas aos gestores ou, em certos casos, originar autorizações automáticas de manutenção ou compras. A japonesa NEC, usuária dos sistemas da IFS há 20 anos e antiga acionista da companhia sueca, registra elevação de 20% na produtividade de suas fábricas no Japão com o uso intensivo de internet das coisas e inteligência artificial nas linhas de produção. Os operadores são reconhecidos por câmeras, recebem instruções do que fazer em um fone de ouvido. A inspeção de qualidade é feita por imagens analisadas por IA, que reconhece diferenças entre as peças e é capaz de inspecionar algo como 10 mil itens em algumas horas, o que seria impossível a um
ser humano. A IA também é usada pela NEC para gerar pedidos de compras de material baseados na velocidade de fabricação. Uma grande vantagem de introduzir na gestão de manufatura a internet das coisas aliada à inteligência artificial é o ajuste da produção sob demanda, com relevante economia de recursos. Com a análise constante de milhões de dados é possível ajustar automaticamente padrões de produção de acordo com épocas do ano ou variações cíclicas da economia, por exemplo. “A inteligência artificial vai substituir muitas atividades humanas nos próximos 20 anos, mas para tarefas específicas para as quais essa função pode ser treinada”, prevê Bas de Vos, diretor do IFS Labs, espécie de startup de inovação gerada dentro da IFS com maior liberdade de criar, experimentar, errar e tentar outra vez. Ele acrescenta ainda que a IA é fundamental para analisar e extrair valor dos dados gerados pelas máquinas conectadas na internet das coisas. “Por isso vamos colocar foco total na IA nos próximos anos.” “Com a automação em massa, muitos empregos vão desaparecer, mas serão criados outros de maior qualidade”, afirma Antony Bourne, diretor global de indústria da IFS. n
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ALTA RODA
LUIS PRADO
O NOVO
FERNANDO CALMON é jornalista especializado na indústria automobilística fernando@calmon.jor.br
Leia a coluna Alta Roda também no portal Automotive Business PATROCINADORAS
A
MUSTANG
lgumas questões de semântica permeiam o jargão típico do mundo dos automóveis. Uma delas refere-se aos conceitos de carros esporte e esportivo. Muitas vezes usados como sinônimos, não são a mesma coisa. Um automóvel esporte típico costuma ter chassi e motor próprios, altura abaixo de 1,30 m e acelerações poderosas, por exemplo, de 0 a 100 km/h em menos de 4 s (mais raro ainda, inferior a 3 s). Além disso, acabamento e nível de equipamentos tornam o preço, na faixa de meio milhão de reais para cima, mais um fator decisivo de diferenciação. Então, o Mustang (lançado em 1964, agora na sexta geração) pode ser considerado apenas um esportivo? Afinal, seu chassi, inicialmente, derivava de um modelo de grande série (Falcon); o motor V8, em versões “mansas”, está também em outros modelos atuais da Ford; o preço de R$ 299.900 é razoável em um automóvel que acelera de 0 a 100 km/h em 4,3 s e estreia a primeira caixa de câmbio automática de dez marchas para tração traseira. Sendo justo, trata-se de um dos esportivos que mais se aproximam de um carro esporte, sem todos os refinamentos nem a mesma capacidade de acelerar e frear. Em geral, quando nova geração estreia, a primeira atualização surge após quatro anos. No caso do Mustang, ocorreu no terceiro ano (2017) e, assim, a filial brasileira da Ford decidiu importar o cupê só agora. Além do novo câmbio (antes de oito marchas), há refinamentos na suspensão traseira e na aerodinâmica, como o defletor agregado ao para-choque dianteiro para melhorar a estabilidade direcional. Essa versão GT Premium Performance Pack tem todos os opcionais e é a mais
cara disponível nos EUA (exceto o Shelby GT500). Motor V-8, 5-litros aspirado chega a instigantes 7.000 rpm. A potência de 466 cv é igual à disponível na origem e entrega mais 10 cv que a versão vendida na Europa, onde conseguiu os melhores resultados de venda na sua história. Materiais internos de acabamento são bons (suaves ao toque e couro), mas há também plástico duro. Impressionam as configurações possíveis do quadro de instrumentos, que obedecem a uma lógica em razão das cinco escolhas possíveis do modo de conduzir. É possível ainda “queimar” os pneus de tração por meio de um comando que freia as rodas dianteiras e libera potência para as traseiras. Trata-se de capricho caro, pois os pneus são Michelin de alto desempenho (275/40 R19; na frente 255/40 R19). Som do escapamento varia entre o ronco de pista e o bem silencioso para não incomodar a vizinhança... Logo ao colocar as mãos no volante, para algumas voltas no autódromo de Interlagos, uma curiosa constatação. Volante é totalmente circular, sem base achatada que equivocadamente se tornou sinônimo de “esportividade”. Sua pegada ótima antecipa a precisão esperada ao contornar as curvas mais difíceis do circuito. Comparado às gerações anteriores, o acerto geral desse Mustang – motor, direção, freios e suspensões – atinge um nível de emoção e prazer ao dirigir surpreendentemente evoluído. Claro que 1.783 kg em ordem de marcha cobram empenho de quem deseja guiar mais rápido ou até freios mais potentes; porém, do jeito que está, não leva desaforo para casa.
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FERNANDO CALMON
DIVULGAÇÃO FORD
RODA VIVA
O NOVO MUSTANG custa R$ 299.900 e acelera de 0 a 100 km/h em 4,3 s com motor de 466 cv
COMBINAÇÃO virtuosa, no Renault Captur, entre o motor de 1,6 L/120 cv (etanol) e o câmbio automático CVT. Maior parte do uso em SUVs de menor porte ocorre em cidade, onde dispensar pedal de embreagem encontra cada vez mais adeptos. Como em todo CVT, respostas são um pouco lentas, o que não atrapalha tanto em uso urbano. Em estradas, exige mais paciência. VOLVO XC40 chegou na hora certa para a marca sueca. Como SUV de entrada, “herdou” vários equipamentos dos modelos maiores XC60 e XC90, inclusive assistentes de frenagem automática para evitar atropelamento e de controle contra saída de pista, além de tela multimídia de 9 pol. Preços entre R$ 169.950 e 214.950. Espera crescer até 50% em 2018 sobre 2017. CIVIC SI é um típico carro de imagem que a Honda não abre mão de oferecer ao mercado. Cupê canadense é bastante impactado por imposto de importação e preço de R$ 159.900 limita aspirações de vendas. Seu estilo próprio, sem exageros, agrada a todos os olhos. Esportividade
marcada pelo escapamento central (verdadeiro), rodas de 18 pol. e pneus 235/40 (Goodyear). MOTOR turbo de 1,5 L/208 cv do Si tem boas respostas, porém concorrentes mais baratos entregam potência maior. Direção de resposta direta, volante de ótima pegada, suspensões muito bem calibradas e freios potentes formam conjunto de primeira linha. Câmbio manual e ótima alavanca, hoje, são para saudosistas (Porsche e Ferrari, automáticos), porém coerentes com a proposta. JAC T40 agora está disponível com câmbio automático. Marca chinesa também oferece (só nessa versão) novo motor de 1,6 L com ótimos 138 cv e 17,1 kgfm. Desempenho agrada, apesar das limitações de todo câmbio CVT e de seu efeito-chiclete (motor sobe de giro e a velocidade, nem tanto). Suspensões também foram recalibradas. Versão única e bem equipada sai por R$ 69.900. NOVO presidente da FCA para América Latina (menos México), Antonio Filosa, confirmou que a empresa deseja aumentar a presença
de seu portfolio de marcas na região. Estuda a viabilidade de produzir no Brasil, sem especificar Betim ou Goiana, a picape americana RAM (antes conhecida como Dodge RAM). Decisão não ocorrerá em curto prazo, segundo fonte da coluna. ESTUDO dos mais confiáveis, executado pelo Sindipeças, sobre a frota brasileira de veículos (automóveis, comerciais leves e pesados) apontou crescimento de apenas 1,2% em 2017 sobre 2016. São 43,4 milhões de unidades que se somam a 13,2 milhões de motos, totalizando 57 milhões. Essa é a frota efetiva e não 80 milhões, do Denatran, que não controla sucateamento. HONDA CITY 2018 recebeu pequenas alterações de estilo e acabamento, mas na essência não mudou muito. Atmosfera a bordo ficou melhor. Mecanicamente, tudo igual, inclusive câmbio automático que, como em todo CVT, fica só um pouco menos “estranho” na posição S. Faróis de LED estão na versão superior, mas pelo preço deveria oferecer controle de estabilidade (ESC). CAIXA de registro de dados está incluída nos Tesla elétricos semiautônomos, mas são acessíveis apenas com colaboração do fabricante do carro. Autoridades de segurança de trânsito dos EUA não gostaram dessa “blindagem”, no curso de inquérito sobre acidente fatal com um Tesla X, na Califórnia. Ao contrário dos aviões, onde essas caixas permitem livre acesso aos investigadores.
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NEGÓCIOS
PRODUÇÃO
TOYOTA VAI ABRIR 3º TURNO EM FÁBRICAS
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partir de novembro deste ano as fábricas da Toyota em Sorocaba e Porto Feliz, ambas em São Paulo, passarão a operar com três turnos de trabalho. Para isso, a montadora iniciou o processo de contratação para as duas unidades, que terão um total de 870 novas vagas, sendo 740 em Sorocaba e 130 em Porto Feliz. Segundo a empresa, o novo turno adicionará outros 700 empregos nos fornecedores de Sorocaba, onde é montado o Etios, perfazendo total de 1.570 contratações na indústria. A medida faz parte no plano da montadora de fabricar aqui o compacto premium Yaris, com início de vendas programado para o segundo semestre deste ano.
CADEIA PRODUTIVA
INDÚSTRIAS DE AUTOPEÇAS JÁ USAM 73% DA CAPACIDADE INSTALADA
A
s fabricantes brasileiras de autopeças atingiram em fevereiro 73% de utilização da capacidade instalada, o maior índice registrado em quatro anos. A melhora decorre do ritmo das fábricas de veículos, motivado pelo crescimento do mercado interno e das
exportações. No período recente, o pior momento ocorreu em julho de 2016, quando a utilização da capacidade instalada baixou para apenas 49%. As informações são do Sindipeças, entidade que representa a indústria de componentes.
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EMPREGO
CRESCE 30% A DEMANDA POR PROFISSIONAIS DO SETOR AUTOMOTIVO
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omo consequência do aumento da produção de veículos, a demanda por profissionais do setor automotivo cresceu 30% no primeiro trimestre de 2018
sobre o mesmo período do ano passado. A informação é da Robert Ralf, empresa de recrutamento especializado que atua no Brasil desde 2007. Veja tabela a seguir.
ÁREAS E POSIÇÕES QUE MAIS CONTRATARAM EM 2018 •Projetos – gerente de projetos • Cadeia de suprimentos – supervisores e analistas de logística, supervisores e analistas de planejamento e controle de produção e gerentes de compras •Manufatura – supervisores de produção e gerentes de produção •Controladoria – analista de controladoria e controller •Vendas técnicas – gerentes de contas, gerentes comerciais e supervisores de pós-venda.
MAIOR CLIENTE
RETRAÇÃO ARGENTINA AMEAÇA RECORDE DE EXPORTAÇÃO
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s exportações de veículos seguem na direção de bater o recorde, mas a retração que começa a se desenhar na Argentina ameaça turvar esse horizonte, já que o país vizinho é responsável por absorver 75% das vendas externas brasileiras. Para combater a inflação crescente e desvalorização da moeda, o governo argentino elevou os juros da economia, o que poderá encarecer financiamentos e reduzir o apetite de consumo. “Ainda é cedo para dizer o quanto a situação na Argentina vai impactar as nossas exportações, mas é preocupante essa volatilidade no nosso maior mercado externo. Ainda não tivemos nenhum cancelamento de pedidos, precisamos esperar uns dois meses para ver como fica o cenário”, avalia Antonio Megale (foto), presidente da Anfavea. (Pedro Kutney)
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NEGÓCIOS
FÁBRICA 4.0
FORD ATUALIZA TAUBATÉ PARA FAZER NOVOS MOTOR E CÂMBIO
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fábrica da Ford em Taubaté (SP) já produziu 8 milhões de motores e 7 milhões de transmissões em 50 anos de atividades completados este ano, mas agora está mais nova do que nunca. Para produzir no País a transmissão manual MX65 e o motor tricilíndrico Dragon 1.5, a planta foi totalmente remodelada no último ano, passou a operar sob os conceitos da chamada indústria 4.0, altamente automatizada e conectada em rede. Com as reformas, a fábrica de motores da Ford elevou a capacidade de produção de 430 mil para 500 mil unidades/ano (o número é parecido para transmissões) e já opera em três turnos. Além do Dragon 1.5 3C que entrou em linha agora e já é enviado à fábrica de Camaçari (BA), onde é incorporado ao EcoSport e Ka, a planta também segue fabricando o Sigma 1.6 de quatro cilindros que equipa o Fiesta feito em São Bernardo do Campo (SP) e o Focus na Argentina. O Sigma 1.5 já parou de ser produzido. “Nacionalizamos a produção de dois componentes
muito importantes para nosso portfólio na região, e para isso transformamos Taubaté em uma planta conectada e inteligente, que agrega alguns dos processos mais modernos do mundo com os conceitos da indústria 4.0”, disse Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul. (Pedro Kutney)
ON-LINE
QUASE 40% DAS VENDAS DO KWID SÃO NA INTERNET
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em muito alarde, a Renault começou a vender o Kwid pela internet em janeiro deste ano na plataforma K-Commerce. Meses depois, 5,1 mil veículos já foram negociados nesse canal, em processo totalmente on-line, volume que corresponde a 37,5% das unidades do modelo emplacadas no Brasil no primeiro trimestre do ano. O projeto de vender o carro pela internet nasceu no segundo semestre do ano passado, depois de a Renault ter alcançado bons resultados com a pré-venda do compacto. “Eu reuni o time e disse que o cliente tinha nos passado uma mensagem muito clara ao mostrar tanto interesse
em comprar on-line. Vimos uma tendência. Nós não podíamos perder essa oportunidade”, conta Luiz Pedrucci, presidente da montadora. Ele entende que o consumidor, cada vez mais, compara a experiência de compra na montadora com a de marcas como Uber e Netflix, que desenvolvem serviços centrados no usuário. Foi este um dos fatores que motivaram a empresa a buscar mais fluidez para o processo de compra do carro, normalmente burocrático. As idas e vindas do cliente no ambiente off-line se transformaram em uma simples visita à plataforma, que permite ao interessado no Kwid escolher entre três versões do carro, preencher uma avaliação de seu seminovo, conseguir uma linha de financiamento com o Banco Renault e, enfim, emitir o boleto para pagar o valor de entrada. A entrega do veículo é feita pela concessionária mais próxima. (Giovanna Riato)
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SPIN OFF
VW TRUCK & BUS VAI SE SEPARAR DO GRUPO VOLKSWAGEN
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rês anos após sua criação, a VW Truck & Bus vai passar a operar de forma independente do Grupo Volkswagen. A divisão responsável pelo desenvolvimento e produção de caminhões e ônibus das marcas VW, MAN e Scania terá mudança em sua estrutura legal, que passará de GmbH (equivalente a Ltda.) para uma AG, termo em alemão para sociedade anônima, o que abre caminho para a empresa se lançar no mercado de ações. “A criação da Volkswagen Truck & Bus foi a decisão certa. Abrir caminho para a prontidão do mercado de capitais é o próximo passo lógico no desenvolvimento bem-sucedido de nossa empresa. Obviamente, isso é algo que não pode ser feito da noite para o dia”, declarou o CEO da VW Truck & Bus, Andreas Renschler (foto).
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NEGÓCIOS
SUV DE 7 LUGARES
JAC CONFIRMA T80 PARA O BRASIL
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JAC Motors venderá no Brasil o T80, SUV para sete pessoas, com 4,79 metros de comprimento e 2,75 m de distância entre eixos. O carro chega em novembro. Chamado de S7 no mercado chinês, onde foi lançado há um ano, o modelo virá com motor 2.0 turbo de cerca de 200 cavalos e câmbio automático de dupla embreagem e seis marchas. Recentemente, a JAC começou a importar a versão automática CVT do modelo T40. Entre 2019 e 2020 o modelo terá a produção nacionalizada em Goiás a partir de um acordo com a HPE, empresa que monta no Brasil automóveis Mitsubishi e Suzuki. Nos próximos meses virá também o T50, versão atualizada do T5.
CONJUNTURA
FROTA CIRCULANTE CRESCE POUCO MAIS DE 1%
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epois de praticamente estagnar na casa de 42,9 milhões, a frota circulante voltou a crescer e chegou a 43,4 milhões de veículos, segundo o Sindipeças. Ainda assim é uma discreta alta de 1,2%. O aumento foi motivado pelos automóveis, cuja frota superou os 36 milhões de unidades (alta de 1,1% sobre 2016), e também pelos comerciais leves, segmento que havia recuado em 2016, mas em 2017 alcançou 5,1 milhões de veículos (1,8% de avanço). A frota de caminhões ficou estável em 1,9 milhão de unidades, enquanto a de ônibus (agora em 382,3 mil) e a de motocicletas (13,2 milhões) encolheram pelo segundo ano seguido. O fraco desempenho do mercado interno em anos recentes fez subir a idade média dos veículos. Entre 2016 e 2017 ela passou de 9 anos e 3 meses para 9 anos e 7 meses.
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PESADOS
FORD ESPERA ALTA DE 43,5% NAS VENDAS DE CAMINHÕES EM 2018
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m ritmo de recuperação, a Ford Caminhões observa aumento expressivo das encomendas, o que refletiu em sua nova projeção para 2018: a empresa aposta que o mercado interno atingirá as 74 mil unidades. Se for confirmado, esse volume será o maior desde 2015 e representará crescimento de 43,5% sobre os 51,5 mil emplacados em 2017. “No início deste ano, esperávamos um crescimento de 20% até 30% para 2018, mas desde a Fenatran (realizada em outubro de 2017), e com o fechamento do primeiro trimestre, há um crescimento importante em andamento”, explica o diretor de vendas e marketing da Ford Caminhões para o Brasil, Oswaldo Ramos.
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NEGÓCIOS
AB INOVAÇÃO A REVOLUÇÃO DIGITAL E AS INICIATIVAS COM POTENCIAL PARA TRANSFORMAR A INDÚSTRIA AUTOMOTIVA
ESTRATÉGIA
GRUPO PSA BUSCA INOVAÇÃO CENTRADA NO CONSUMIDOR
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Grupo PSA encara o desafio de se manter firme no cenário de alta volatilidade do setor automotivo, com produtos, modelos de negócio e clientes em transformação. Para conseguir acompanhar o ritmo, a empresa parte de um princípio relativamente novo para uma companhia industrial: “Nos centramos no consumidor para inovar. Desafios tecnológicos não faltam, mas não adianta a gente se perder nisso. Precisamos desenvolver o que gera valor para o cliente. Esse é o ponto central”, diz Carla Gohin, vice-presidente de pesquisa e inovação da companhia. Se há uma convicção tecnológica na companhia é a necessidade de avançar com o desenvolvimento de
carros autônomos, conforme aponta Carla. A empresa parece, no entanto, ter menos pressa que algumas concorrentes, que prometem fabricar automóveis sem volante ou pedais de freio e aceleração já no começo da próxima década. O Grupo PSA está lançando no mercado veículos equipados com o nível 2 da tecnologia. A partir de 2021, o plano é oferecer automóveis com nível 3 de automação. Depois, em 2024, a executiva projeta modelos de nível 4 para, enfim, chegar aos carros com automação plena, já perto de 2030. Ela estima que a procura por carros que dispensam motorista será puxada pela Europa, pelos Estados Unidos e pela China. “No Brasil pode demorar mais”, admite. Por isso a empresa trabalha para desenvolver soluções mais adequadas ao mercado local, diz. Entre as iniciativas está o trabalho de pesquisa em biocombustíveis em parceria com a Fapesp e com a USP realizado desde 2014. Agora, a nova promessa da companhia para agradar ao consumidor local é trazer para o Brasil soluções da divisão de mobilidade Free2Move, que engloba serviços de leasing, compartilhamento de veículos e outros recursos para facilitar os deslocamentos. (Giovanna Riato)
DADOS, ESTUDOS E ESTATÍSTICAS PARA ENTENDER A INDÚSTRIA AUTOMOTIVA www.automotivebusiness.com.br/abinteligencia/
RAIO-X DO HYUNDAI CRETA
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Creta é o primeiro utilitário esportivo produzido pela Hyundai Brasil, na planta de Piracicaba (SP). As vendas do modelo começaram entre o fim de 2016 e o início de 2017 e em pouco tempo o SUV conquistou espaço no ranking dos veículos mais vendidos da categoria. Por isso o Creta é destaque desta edição do Raio-X, que investiga e destaca quem são os principais fornecedores de carros que lideram o mercado brasileiro.
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DIVULGAÇÃO / VOLKSWAGEN
COMBUSTÍVEIS
1º GOL TOTAL FLEX usava motor AP 1.6 com até 99 cavalos
CARRO FLEX
COMPLETA 15 ANOS COM 31 MILHÕES DE UNIDADES VOLKSWAGEN GOL 1.6 FOI O PRIMEIRO A EMPREGAR A TECNOLOGIA BICOMBUSTÍVEL MÁRIO CURCIO
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Brasil comemorou recentemente os 15 anos do lançamento do carro flex. Em 24 de março de 2003 a Volkswagen apresentava um Gol com motor 1.6 que pela primeira vez possibilitava o abastecimento com etanol, gasolina ou a mistura dos dois em qualquer proporção. O carro produzia 97 cavalos com gasolina e 99 cv com etanol. O lançamento coincidiu com a comemoração
dos 50 anos da VW do Brasil, agora com 65 (leia na página 66). A soma dos automóveis e comerciais leves bicombustíveis vendidos até os dias atuais chega a 31 milhões. E as motocicletas têm outros 6 milhões. A VW dividiu o mérito daquele Gol com a Magneti Marelli. “O Software Flexfuel Sensor (SFS) foi um marco na história automobilística brasileira. É uma tecnologia que se estabeleceu definitivamente e que se adapta a
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COMBUSTÍVEIS
AVANÇOS DO FLEX Para lançar o primeiro flex de 2003 foi preciso bem mais do que desenvolver um software e sensores capazes de identificar o que havia no tanque de combustível. Naquele primeiro Gol, a Volkswagen eliminou o distribuidor do veterano motor AP 1.6, utilizou velas exclusivas, injetores de combustível com maior vazão, novas válvulas e sedes de válvula com material anticorrosivo, entre outras mudanças. A partida a frio usava o pequeno reservatório de gasolina ou subtanque herdado dos carros a álcool. Em 2009 a VW voltou a inovar com o Polo E-Flex, primeiro modelo bicombustível sem tanquinho. A Bosch forneceu o sistema pioneiro. Hoje a Magneti Marelli também produz a tecnologia. Outros dois marcos importantes ocorreram em
FLEX É SOLUÇÃO
DIVULGAÇÃO / ANFAVEA
veículos movidos por novas matrizes energéticas, como os híbridos”, recorda o diretor de pesquisa e desenvolvimento da Magneti Marelli, Gino Montanari. A novidade do flex representava bem mais que a simples liberdade de escolha na hora de abastecer. Ela pôs fim à dificuldade enfrentada nos anos 1980 e 1990 pelos consumidores de carros movidos exclusivamente a álcool, como falta do produto nos postos e grandes variações de preço. Em outubro de 2003 surgia o primeiro carro com sistema flex da Bosch, um Fox 1.6. Também naquele mês o Fox se tornaria o primeiro 1.0 a utilizar um motor flexível em combustível. Ao fim daquele ano os modelos flex já representavam 3,6% dos automóveis e comerciais leves emplacados. Cinco anos depois a participação atingia 87,2%, quase o mesmo nível registrado em 2017 (88,6%).
BEM-SUCEDIDA DE PROPULSÃO LIMPA ANTONIO MEGALE, presidente da Anfavea
2009: naquele ano foi lançada a primeira moto bicombustível, a Honda CG 150 Titan Mix. E a Nissan lançou o Tiida flex, primeiro modelo do gênero importado do México. Em 2011 a Kia começava a trazer modelos flex da Coreia do Sul. Em abril chegava o Soul e em agosto, o Picanto. Hoje o sistema bicombustível está até em motores com turbo e injeção direta de combustível e ganhou destaque recentemente no Toyota Prius, primeiro carro híbrido a rodar em testes no Brasil com a tecnologia flex. O futuro do carro bicombustível se apoia no fato de que a cana-de-açúcar utilizada para a produção de etanol captura gás carbônico (CO2) quando se desenvolve, compensando as emissões desse mesmo gás pelos motores em funcionamento. “O uso intensivo do etanol nos veículos flex evitou a emissão de mais de 450 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2), principal causador do aquecimento global e mudanças climáticas”, recorda Alfred Szwarc, consultor de emissões e tecnologia da União Nacional da Cana de Açúcar (Unica). Na Conferência do Clima de Paris, a COP 21, o Brasil se comprometeu a reduzir suas emissões de CO2 em 43% até 2030 em relação aos níveis de 2005. Para isso terá de elevar a participação do biocombustível na
matriz energética veicular dos atuais 30% para 50%, o que significa ampliar a produção de 28 bilhões de litros/ano para 50 bilhões de litros/ano. SOLUÇÃO BEM-SUCEDIDA Antonio Megale, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), acredita que a tecnologia ainda irá conviver ao lado de outras por um bom tempo: “Há uma tendência mundial para redução dos gases de efeito estufa e a indústria automobilística está atenta ao tema. Lembramos, contudo, que não há apenas um caminho a ser seguido”, diz Megale, referindo-se a automóveis elétricos e híbridos. “Acredito que as várias tecnologias andarão em paralelo por um bom tempo, incluindo o motor a combustão, que tende a ser abastecido com biocombustíveis. Temos no etanol um grande potencial para o Brasil, pois é um combustível que conhecemos e com infraestrutura de abastecimento já instalada, além de ser hoje a solução mundial mais bem-sucedida de propulsão limpa”, conclui. n
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Pela vida. Escolha o trânsito seguro.
Se um dia houver estradas em Marte, adivinhe quem vai estar lá para ouvir o que elas falam. Mercedes-Benz. A gente vai cada vez mais longe nas inovações para estar cada vez mais perto de quem importa: os motoristas.
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INVESTIMENTOS
INDÚSTRIA AUTOMOTIVA
RECEBERÁ R$ 36,7 BILHÕES ATÉ 2022 RETOMADA DO MERCADO E DA INDÚSTRIA LOCAL ATRAI APORTES DAS MONTADORAS NAS OPERAÇÕES BRASILEIRAS SUELI REIS
S
e depender do tamanho dos investimentos previstos para a indústria automotiva local, a crise do setor no Brasil já ficou para trás. Depois do período de baixa, as montadoras se esforçam para concretizar planos para o mercado nacional, que esboça reação mais
contundente desde o último trimestre de 2017 e se torna ponto estratégico para as exportações da maioria das companhias. A nova onda de investimentos das montadoras de veículos no País soma R$ 36,7 bilhões, considerando os aportes em curso até 2022. Grande
AUTOMAÇÃO na manufatura é um dos principais itens dos investimentos
parte será aplicada no desenvolvimento de novos veículos, mas há também montantes relevantes destinados à modernização e atualização das fábricas, principalmente as veteranas, que buscam modernização para competir na nova era da indústria 4.0. O valor atualizado dos investimentos no Brasil está concentrado em nove montadoras, das quais quatro dedicadas à produção de automóveis (Caoa-Chery, GM, Toyota e Volkswagen), e as demais de veículos comerciais, entre caminhões e ônibus (Iveco, MAN Latin America, Mercedes-Benz, Scania e Volvo). No total, 12 cidades são alvo dos novos investimentos, considerando todas as fábricas envolvidas nos planos das montadoras. São elas: São Bernardo do Campo, São Carlos, Taubaté, Sorocaba, Porto Feliz, São Caetano do Sul e Jacareí, todas em São Paulo, além de São José dos Pinhais e Curitiba (PR), Gravataí (RS), Anápolis (GO) e Juiz de Fora (MG). n
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OS INVESTIMENTOS DAS MONTADORAS NO BRASIL • CAOA CHERY: US$ 2 BILHÕES (2018-2022) Desenvolvimento comum de automóveis e das linhas de produção em Jacareí (SP) e Anápolis (GO) • IVECO: US$ 120 MILHÕES (2017-2019) Desenvolvimento de novos produtos para a fábrica de Sete Lagoas (MG) • MERCEDES-BENZ: R$ 2,4 BILHÕES (2018-2022) Modernização das fábricas de veículos comerciais em São Bernardo do Campo (SP) e Juiz de Fora (MG), novos produtos, tecnologias e serviços de conectividade. • SCANIA: R$ 2,6 BILHÕES (2016-2020) Novos produtos, modernização da fábrica de São Bernardo do Campo (SP) e da rede de concessionárias. • TOYOTA: R$ 1,6 BILHÃO (2018-2019) Produção do Yaris na fábrica de Sorocaba (SP) e aumento de capacidade da fábrica de motores em Porto Feliz (SP).
GO
• MAN LATIN AMERICA: R$ 1,5 BILHÃO (2017-2020) Novos veículos, tecnologias digitais e internacionalização da marca VWCO instalada em Resende (RJ)
MG SP
PR
RS
RJ
• GENERAL MOTORS: R$ 13 BILHÕES (2014-2020) Novos veículos e motores, modernização das fábricas de Gravataí (RS) e São Caetano do Sul (SP) • VOLKSWAGEN: R$ 7 BILHÕES (2016-2020) Desenvolvimento da nova família de veículos com a plataforma MQB e produção em São Paulo e no Paraná • VOLVO: R$ 1 BILHÃO (2017-2019) Atualização da fábrica de Curitiba (PR), desenvolvimento de produtos e ampliação da rede de concessionárias na América Latina.
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CAPA
A REVOLUÇÃO DOS TRANSPORTES DESAFIA A INDÚSTRIA AUTOMOTIVA
ESPECIALISTAS APONTAM QUE A MOBILIDADE SERÁ FOCADA NO CONSUMIDOR, COM SOLUÇÕES MAIS FLUIDAS DE DESLOCAMENTO PARA PESSOAS E BENS GIOVANNA RIATO
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m 2001 a Apple lançou o primeiro iPod, um tocador de música que desmontou o modelo de negócio da indústria fonográfica ao oferecer uma nova maneira para que as pessoas escutassem suas bandas favoritas. A chegada do iPod não foi revolucionária apenas para os consumidores de música, artistas e gravadoras. Para alguns especialistas, o dispositivo foi o pontapé
inicial da era digital (ou quarta revolução industrial), em que negócios bilionários nascem em plataformas on-line, com modelo descentralizado e sem grandes investimentos em ativos fixos. Devagar, essa transformação bate à porta da indústria automotiva com o surgimento de soluções como aplicativos de transporte individual à moda Uber ou 99, au-
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mento da conectividade dentro dos automóveis, compartilhamento e panorama de surgimento do carro autônomo. O consumidor ganha cada vez mais independência (e opção) para escolher a melhor forma de fazer seus deslocamentos. O transporte fica mais fluido. “São tendências bem claras que colocam o carro não mais como um meio de transporte, mas como uma plataforma de negócios. O conceito de mobilidade como serviço, não como produto, ganha cada vez mais força”, observa Breno Kamei, diretor de planejamento e inteligência competitiva da FCA. E uma bela plataforma: estudo da McKinsey indica que novos modelos de negócio podem ampliar o faturamento da indústria automotiva em 30% nos próximos anos, adicionando US$ 1,5 trilhão em receitas para o setor em 2030. Além da mobilidade pessoal, contribuem com esse cenário as novas fórmulas para o transporte de bens pelas empresas. Só no Brasil o faturamento do e-commerce avançou 12% em 2017, para R$ 59,9 bilhões. A tendência é que esse número siga em expansão, com cada vez mais produtos entregues direto do centro de distribuição para o consumidor, sem lojas ou outros intermediários. “Hoje as empresas levam matéria-prima para as fábricas, depois transportam o produto para os distribuidores e, enfim, há deslocamentos das mercadorias dos distribuidores para as lojas. Nos próximos anos essa dinâmica será completamente transformada, com lojas móveis que poderão ir direto até o cliente, tecnologia de impressão 3D que permitirá imprimir o produto dentro do veículo, a caminho da entrega, além da possibilidade de usar dados para prever as demandas de cada consumidor”, diz Peter Kronstrøm, diretor do Copenhagen Institute for Futures
HÁ UMA GRANDE QUEBRA DE PARADIGMA AQUI PORQUE TODO O MUNDO ESPERAVA QUE AS GRANDES TRANSFORMAÇÕES SÓ VIESSEM COM O CARRO AUTÔNOMO E FICOU CLARO QUE SÃO EVOLUÇÕES INDEPENDENTES RICARDO BACELLAR, diretor da KPMG
Studies (Cifs) para a América Latina, que participou do AB Lab Inovação durante o Fórum da Indústria Automobilística, em abril. A organização concluiu em 2018 amplo estudo do setor de transportes, considerado o próximo horizonte de transformação. “O carro será o novo iPhone. É por isso que o setor de tecnologia está olhando com tanta atenção para o desenvolvimento de soluções de mobilidade”, diz, indicando que, para manter o protagonismo nesta evolução, a indústria automotiva precisará se inspirar na Apple, que inaugurou a era digital com o Ipod e, mais tarde, ampliou o alcance dessa transformação com o smartphone. MAIS RÁPIDO QUE O ESPERADO Em seu estudo, o Cifs traz a impressionante previsão de que, no médio a longo prazo, a tendência é que os smartphones desapareçam. “Teremos novos formatos e assistentes digitais”, projeta. Kronstrøm estima que, nesse horizonte, o automóvel se transforme em uma das principais interfaces entre as pessoas e o mundo digital. É dentro do veículo que seriam gerados dados valiosos sobre os hábitos e preferências dos consumidores. Tanto Kronstrøm quanto outros especialistas apontam que a trans-
formação acontecerá mais rápido do que muitas companhias esperam. Ricardo Bacellar, diretor da KPMG para a indústria automotiva, estima que nos próximos dois a três anos ganhará forma a era dos serviços dentro dos veículos, transformando os carros em plataformas. “Há uma grande quebra de paradigma aqui porque todo o mundo esperava que as grandes transformações só viessem com o carro autônomo e ficou claro que são evoluções independentes”, diz o consultor. Ele estima que de 2019 a 2020 cheguem ao mercado global os primeiros carros autônomos, que poderão levar mais alguns anos para chegar ao Brasil, que precisará fazer algumas adaptações de infraestrutura. “Mas é importante lembrar que, quando falamos de rotas fechadas de tráfego, já temos modelos autônomos em circulação aqui, como máquinas agrícolas e caminhões”, reforça. Apesar de a automação dos veículos não ser fator determinante para que algumas mudanças aconteçam, Kronstrøm, do Cifs, vislumbra que o fato de condutor se tornar dispensável muda o jogo, transformando totalmente a relação de posse com o carro no longo prazo, até 2040. “Isso abre um leque de possibilidades para as pessoas que hoje têm dificuldade de locomoção, como portadores de ne-
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cessidades especiais ou idosos”, cita. Assim, o transporte será mais inclusivo. Outra grande mudança, enumera, é que o tempo de deslocamento não será mais perdido. “As pessoas poderão usar o veículo adequado a cada situação, como um modelo para dormir, trabalhar, fazer reunião ou ter um ambiente de relaxamento para praticar ioga, por exemplo”, diz. Segundo ele, esse aspecto tem potencial para transformar profundamente a dinâmica das cidades. Com tempo produtivo no deslocamento, as pessoas não precisarão morar perto do centro de grandes metrópoles ou de seus compromissos de trabalho. O custo do transporte é outro ponto de mudança, avalia o especialista. “Combustível e motorista são os aspectos mais caros. Sem o condutor e com a eletrificação dos carros e queda do custo de geração de energia, os preços vão cair e os deslocamentos vão se democratizar.” EVOLUÇÃO FOCADA NO CONSUMIDOR LOCAL Peter enfatiza que é essencial que as empresas trabalhem para acompanhar a evolução. “Inicialmente, as empresas que mais geravam valor eram aquelas especializadas em extrair commodities. Depois se destacaram companhias capazes de fabricar produtos. Em seguida o foco foi a entrega de serviços e, depois, de experiência. Agora as organizações mais bem-sucedidas serão aquelas capazes de gerar as transformações necessárias, aquelas dispostas a efetivamente melhorar a vida dos clientes, promover transformações na sociedade.” Assim, se o mais simples para o consumidor não é exatamente ter um carro próprio e contratar ele mesmo serviços como seguro e cuidar da manutenção, as empresas precisam se preocupar em desenvolver essas no-
A EMPRESA INTEIRA ESTÁ CIENTE DE QUE O QUE FIZEMOS NOS NOSSOS 100 ANOS DE HISTÓRIA, QUE NOS TROUXE ATÉ AQUI, NÃO É O QUE VAI NOS LEVAR ADIANTE PELO PRÓXIMO SÉCULO LUCIANO DRIEMEIER, líder da área de mobilidade da Ford
vas soluções, entregar o que as pessoas precisam, diz. “Ninguém sabe qual empresa ou país vai determinar como será o novo ecossistema e os padrões futuros da indústria de transportes. Nada impede que isso seja desenvolvido aqui no Brasil”, defende. Valter Pieracciani, da Pieracciani Consultoria, acrescenta que esse paradigma deve ser incorporado por toda a cadeia de valor da indústria. “As companhias precisam ter o que
chamo de ambidestria, que é a capacidade de, com uma mão, lidar com as questões imediatas e, com a outra, conduzir as evoluções necessárias para o futuro.” Bacellar lembra que o processo de entrega de novas soluções de mobilidade ao consumidor não pode depender apenas das matrizes internacionais das empresas. “É preciso trabalhar pela realidade local.” Ele aponta que as companhias de todos os níveis da cadeia automotiva precisarão buscar novos modelos de negócio, já que as receitas geradas pela venda de veículos terão participação cada vez menor. “As mudanças acontecem em todos os níveis: produtos, processos produtivos e comportamento do consumidor. A agenda dessa transformação é plural, muito complexa e com tudo acontecendo ao mesmo tempo. No Brasil ainda existe a agravante de gerenciar o momento de saída da crise”, enumera. Apesar desse desafio adicional local, há companhias bastante engajadas em dar os primeiros passos para se reinventar. Uma delas é a General Motors, que pretende lançar no Brasil ainda em 2018 a sua plataforma de carros compartilhados, Maven. A plataforma é oferecida em 13 cidades dos Estados Unidos e já rodou em teste no Brasil restrito aos funcionários da companhia. O Grupo PSA vai pelo mesmo caminho e confirmou que vai lançar localmente as soluções da divisão Free2Move, que engloba serviços de compartilhamento de veículos, leasing e outras soluções. “O Brasil pode não ser um dos primeiros países a receber os carros autônomos. Por outro lado, as pessoas aqui são muito conectadas e adotam rápido tecnologias de transporte do gênero. Estamos focando nesse potencial”, diz Carla Gohin, vice-presidente de pesquisa e inovação da companhia, em visita recente ao Brasil.
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Os dados locais da Uber vão ao encontro da afirmação da executiva. A plataforma de mobilidade tem quase 25% de seus clientes globais no Brasil: são 17 milhões de usuários no País. A Ford também começa a desbravar novos caminhos localmente. Há três anos a companhia nomeou time focado em mobilidade, liderado por Luciano Driemeier. “A empresa inteira está ciente de que o que fizemos nos nossos 100 anos de história, que nos trouxe até aqui, não é o que vai nos levar adiante pelo próximo século”, reconhece. Com esse
paradigma em mente, a empresa realizou no Brasil projetos experimentais importantes nos últimos anos, como a oferta de uma plataforma de caronas – inicialmente destinada apenas aos colaboradores da planta de São Bernardo do Campo (SP). “Nos nossos testes vimos que somos atores nesse novo cenário da mobilidade. Não conseguimos oferecer todas as soluções em uma ferramenta, sanar os problemas de uma vez. O que precisamos fazer é colocar o ser humano no centro dos nossos desenvolvimentos, construir
ferramentas para melhorar a vida das pessoas”, diz Driemeier, apontando que o caminho para as empresas automotivas é pensar de forma mais ampla, olhando para além dos limites atuais de seus negócios. Pieracciani complementa: “Há muitas empresas que ainda resistem à evolução e se apoiam na desculpa frágil de que os padrões virão de fora, dos grandes polos de desenvolvimento. Não dá para ir em frente se apoiando na ideia de que será possível sustentar um negócio se apoiando no que sobrar do mercado atual”, conclui.
AS PRINCIPAIS MUDANÇAS DO SETOR DE TRANSPORTE Veja abaixo as grandes transformações que a indústria de transportes deve encarar nos próximos anos, segundo Peter Kronstrøm, diretor do Copenhagen Institute for Futures Studies (Cifs) para a América Latina TRANSPORTE ABUNDANTE Estima-se que, em 2040, 50% da frota global de veículos será autônoma, o que muda a relação de posse do carro. O automóvel será serviço, não produto. Sem motorista e com redução nos gastos com combustível, ocorrerá com o transporte o mesmo que aconteceu com a internet: estará sempre disponível a preços muito acessíveis. TEMPO DE TRANSPORTE NÃO SERÁ PERDIDO O período em que as pessoas passam nos deslocamentos passa a ser mais bem aproveitado com as diferentes configurações dos veículos autônomos. As pessoas poderão trabalhar, ter momentos de lazer ou dormir enquanto vão de um ponto a outro.
CARRO AUTÔNOMO E ELÉTRICO O carro autônomo é uma tendência clara. Com legislações ambientais mais rigorosas, a eletrificação também é caminho sem volta. A tecnologia tem muitos críticos, mas os indícios são de que, mesmo que a energia elétrica não venha das fontes mais limpas, o impacto ambiental desses modelos ainda é menor do que o de veículos a gasolina.
O CARRO É O NOVO SMARTPHONE Em algumas décadas o smartphone tende a desaparecer, com novos formatos para assistentes digitais. O automóvel poderá emergir como uma das principais interfaces entre as pessoas e o mundo digital e é justamente por isso que tantas empresas de tecnologia concentram esforços em desenvolver soluções de transporte. Haverá competição intensa por esse mercado e pelos dados do consumidor que serão gerados nos veículos.
TRANSPORTE AVANÇA PARA NOVOS SEGMENTOS Os padrões de transporte vão mudar rapidamente. Nos próximos anos, a dinâmica do transporte de mercadorias será completamente transformada, com lojas móveis que poderão ir direto até o cliente, tecnologia de impressão 3D, que permitirá imprimir o produto dentro do veículo, a caminho da entrega, além da possibilidade de usar dados para prever as demandas de cada consumidor.
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EMPRESAS
MWM REINVENTADA
AO LONGO DE 65 ANOS O NEGÓCIO PERMANECE FOCADO EM MOTORES DIESEL, MAS PRECISOU SE RENOVAR MUITAS VEZES AO LONGO DO TEMPO PEDRO KUTNEY
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e reduziu a menos de um terço do que foi no pico de 2011, o que fez recuar de forma igualmente acentuada os pedidos dos fabricantes de caminhões e ônibus, que compram 50% da produção da MWM – o maior cliente é a MAN/Volkswagen. Para piorar, também houve perda de contratos que no passado garantiam altos volumes de fornecimento para picapes Ford, Nissan e General Motors; todas passaram a usar motorização própria, importada. O resultado da forte retração na produção foi o fechamento, em 2016, da fábrica de Canoas (RS), com con-
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MWM completou 65 anos no Brasil vendendo seus motores diesel. Neste intervalo a empresa já produziu 4,3 milhões deles, que equipam caminhões, ônibus, picapes, barcos, máquinas agrícolas e estações geradoras. Embora o negócio seja o mesmo há seis décadas e meia, a MWM precisou reinventar várias vezes seu foco para seguir existindo com admirável poder de adaptação às mudanças de clientes e tendências de mercado. Os últimos cinco anos foram particularmente difíceis. O mercado brasileiro de veículos comerciais pesados
COLABORADORES se reúnem para foto histórica diante da fábrica
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sequente demissão dos funcionários da unidade, que em 2013 empregava 1,1 mil pessoas. A fabricação de motores para aplicações agrícolas foi transferida à planta do bairro de Santo Amaro, em São Paulo – a unidade mais antiga, inaugu- UNIDADE do bairro de rada em 1956 –, e o centro de Santo Amaro foi inaugurada distribuição de peças foi ins- em 1956 talado em novo prédio em Jundiaí (SP). Mesmo assim, os cortes foram inevitáveis: hoje o quadro de empre- reorientados, com foco em exportagados da MWM soma 1,2 mil em ções, clientes de máquinas agrícoSanto Amaro e 100 em Jesus Maria las e peças de reposição. E este ano, (Argentina), ou apenas metade do para melhorar, as vendas de caminhões voltaram a subir. contingente de cinco anos atrás. “Está voltando a ser bom. Olhamos para o retrovisor e vemos uma boa PERDAS COM GANHOS As perdas serviram para reencontrar recuperação”, resume Thomas Püsos ganhos. Apesar da considerável chel, diretor de marketing e vendas de redução na produção, a MWM en- motores e peças. “Nos últimos quatro controu meios para ser mais ren- anos investimos em lean manufactutável, ganhando mais por produto. ring (manufatura enxuta) e ganhamos Para isso, além do forte trabalho muita produtividade. Hoje temos uma para eliminar ineficiências e gerar base mais sólida, a empresa está preprodutividade, os negócios foram parada para o aumento de volume
EMPRESA estima aumentar produção de motores em 40% este ano
que esperamos sem precisar aumentar turnos de produção”, acrescenta. A MWM estima aumentar a produção de motores em 40% este ano, para algo como 35 mil unidades. “O volume é parecido com o de 2016, mas desta vez sem contar com o fornecimento à GM (picape S10) que foi encerrado naquele ano. Isso comprova que crescemos de forma sustentável”, destaca Püschel. “Os fabricantes de picapes aumentaram as vendas e isso justificou a verticalização, com uso de motores próprios. Por isso perdemos os clientes de picapes e precisamos focar em outros segmentos”, explica. Uma das medidas foi reforçar as exportações, que sempre tiveram relevância no faturamento, mas aumentaram seu grau de importância, este ano tendem a crescer 65% e devem representar de 18% a 20% da produção (contra 16% em 2017), graças a grandes contratos fechados com clientes no México, Egito, na África do Sul, Espanha, Coreia e Argentina. A unidade em Santo Amaro de usinagem de blocos para motores International Big Bore de 11 e 13 litros, que desde 2007 são exportados à matriz Navistar nos Estados Unidos, opera em um turno e meio, enquanto as outras linhas trabalham em um. O negócio de peças de reposição para veículos diesel também experimenta sensível expansão. Deve crescer mais 10% este ano e representa cerca de 20% do faturamento
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da MWM (80% vêm dos motores). As três linhas de produtos (Genuíno, Master Parts e Opcional) vão somar 515 componentes até o fim de 2018. Os pedidos são concentrados no bem azeitado centro de distribuição de 7.750 m2 inaugurado há dois anos em Jundiaí com administração terceirizada à ID Logistics, capaz de movimentar 3 milhões de peças/mês para entrega à rede de representantes com 800 pontos de venda e assistência técnica. No segmento de máquinas agrícolas houve sensível expansão do portfólio nos últimos anos, com o lançamento de motores para cerca de 30 aplicações que atendem à legislação de emissões de poluentes MAR I, introduzida em fases desde 2015. SÉRGIO ZACCHI
CENTRO DE ENGENHARIA já desenvolve motores Euro 6, primeiro para exportação
dos primeiros motores Euro 6, que primeiro deverão ser exportados para a Índia a partir de 2020, México em 2022 e adotados também no Brasil
em 2023. “A MWM é parte integrante da estratégia global de crescimento da Navistar e por isso até ganhamos projetos da corporação nos Estados Unidos”, explica Püschel. A recente compra de participação pela Volkswagen Truck & Bus na Navistar poderá aumentar a importância estratégica de sua fábrica de motores no Brasil, onde uma das fabricantes do grupo alemão já é a maior cliente da MWM, que produz sob licença motores para caminhões e ônibus Volkswagen fabricados pela MAN Latin America. Atualmente, a MWM produz motores diesel de 2,8 a 7,2 litros, até 415 cavalos, mas já está no horizonte subir a potência do portfólio para equipar caminhões de maior porte, uma novidade que deve ser apreMWM produz motores diesel sentada ainda este ano. Sinal até 415 cv, mas já considera de que mais reinvenções do potências mais altas negócio estão no horizonte. n SÉRGIO ZACCHI
PRÓXIMOS PASSOS A MWM é centro de referência global da matriz Navistar para projetos que seguem normas de emissões Tier (máquinas agrícolas ou rodoviárias) e Euro (caminhões e ônibus). O centro de engenharia instalado em Santo Amaro com 25 bancos de testes trabalha no desenvolvimento
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FÓRUM DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
COMPRAS DAS
MONTADORAS EM ALTA
RELAÇÃO COM FORNECEDORES PEDE CRIATIVIDADE PARA REDUÇÃO DE CUSTOS E DESENVOLVIMENTO DE NOVOS COMPONENTES SERGIO QUINTANILHA
O
lística, realizado por Automotive Business no WTC, em São Paulo, dia 16 de abril. As compras devem ter crescimento entre 15% e 20%, segundo os executivos que participaram do painel: Carlo Martorano (diretor de compras da CNH Industrial), Celso Simomura (vice-presidente de compras da Toyota), Ivan
FOTOS: LUIS PRADO E RUY HIZATUGU
reaquecimento da produção de automóveis no País está forçando os departamentos de compras das montadoras a refazer para cima o orçamento deste ano. O movimento foi confirmado por todos os fabricantes que participaram do painel sobre sobre a cadeia de suprimentos do setor do IX Fórum da Indústria Automobi-
ROGER DIAS (FCA), IVAN WITT (Caoa), CELSO SIMOMURA (Toyota) e CARLO MARTORANO (CNH Industrial)
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IVAN WITT (Caoa)
Witt (diretor executivo de compras da Caoa e Chery) e Roger Dias (diretor de compras da FCA). Em 2017, a indústria de autopeças vendeu às montadoras cerca de R$ 48 bilhões. Para este ano a previsão do Sindipeças é que os negócios fiquem em torno de R$ 55 bilhões. Os executivos foram unânimes ao afirmar que as compras aumentarão. Martorano disse que as fábricas da CNH e Iveco farão compras de cerca de R$ 3,5 bilhões: “Estamos falando de um crescimento de 15 a 17%.” Simomura revelou que no ano passado já houve crescimento de 23% e a previsão para 2018 é de 15% adicionais. “Nosso grande desafio é a nacionalização”, afirma o executivo. “Nossa planta de Porto Feliz (SP) contribuiu bastante para o crescimento de compras locais, pois produz os motores do Etios.” Segundo o executivo, entre outras adições de tecnologia, o modelo está ganhando controle eletrônico de estabilidade comprado de fornecedor no País, o que também ajuda a elevar a localização. Representando o Grupo Caoa, que produz carros da Hyundai em Anápolis (GO) e da Chery em Jacareí (SP), Ivan Witt disse que o crescimento nas compras do grupo será de 30% com a chegada da Chery à administração. Ele comenta que a Caoa tem atualmente 170 concessionárias e está abrindo mais 30 somente para a Chery. Assim, a marca chinesa será responsável por 30% das compras. Quanto à FCA, apesar da grande ociosidade da fábrica de Betim (MG), também comprará em grandes volumes, principalmente porque a planta de Goiana (PE) já opera em três turnos. Este ano a FCA deve totalizar R$ 18 bilhões em compras, com avanço de 15% a 20%. Martorano lembrou que o Inovar-Auto foi importante porque o Brasil “passou a exportar tecnologia para alguns países”. Ele enfatizou essa questão, pois acredita que o País pode e deve ser mais criativo na busca da redução dos custos de produção. “Ainda estamos com o dogma de que para robotizar é preciso grande volume, mas nem sempre é assim”, observou.
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FÓRUM DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
PROXIMIDADE COM FORNECEDORES
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AS COMPRAS PODEM TER CRESCIMENTO ENTRE 15% E 20% ESTE ANO. PARA O SINDIPEÇAS, OS NEGÓCIOS DEVEM FICAR EM TORNO DE R$ 55 BILHÕES
o fim do painel, os executivos disseram que existe muita pressão de preços e por isso a criatividade na busca de redução de custos continua sendo um diferencial. Mas as oportunidades estão abertas para a indústria de autopeças. Simomura disse que a chegada do novo modelo Toyota Yaris trouxe sete novos fornecedores de peças e componentes para a marca, além dos 72 que já tinha. “Mais fornecedores estão chegando porque o Yaris está aumentando nosso nível de nacionalização”, revelou. Ele até deu uma dica à plateia: “Estamos procurando novos parceiros para a questão de tecnologia do Yaris.” O crescimento da indústria está criando o que Martorano chamou de “problema bom”. O executivo revelou que o aumento de 30% na procura de caminhões fez a Iveco buscar fornecedores duas cadeias de produção abaixo nos Estados Unidos. Já a fábrica da FCA em Pernambuco está produzindo 930 carros/dia e só os 16 fornecedores levados para dentro do parque industrial podem não dar conta, pois atendem 60% da necessidade. “Nosso desafio agora é levar fornecedores não para dentro do parque, mas para áreas ao redor dele, dentro de Pernambuco”, disse Roger Dias. Para Celso Simomura, a proximidade com a indústria de autopeças é uma necessidade vital para a Toyota, pois a empresa prega a produção just in time não só para ela, mas também para os fornecedores. “Na fábrica de Sorocaba, que produz o Etios, tivemos um ganho logístico enorme, pois 80% do volume de peças está ali. Além disso, dos 11 fornecedores que temos em Sorocaba, quatro abastecem também a fábrica de Indaiatuba (onde é feito o Corolla)”, revelou. Foi essa filosofia que levou a FCA a investir R$ 22 bilhões de 2012 para cá nas plantas de Goiana e Betim. “Hoje temos necessidade de envolver os fornecedores numa fase muito inicial do projeto”, comentou Dias.
CELSO SIMOMURA (Toyota)
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FÓRUM DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
AUTOPEÇAS APOSTAM NA QUEDA DA OCIOSIDADE DAN IOSCHPE, PRESIDENTE DO SINDIPEÇAS, ACOMPANHA EXPECTATIVAS DE FORNECEDORES
E
m sua apresentação durante o IX Fórum da Indústria Automobilística, promovido dia 16 de abril por Automotive Business no WTC, em São Paulo, o presidente do Sindipeças, Dan Ioschpe, contou com a participação direta do público. Sob o tema “Inovação, indústria 4.0 e competitividade, o novo papel das autopeças”, o executivo contou com uma pesquisa eletrônica em tempo real, na qual os participantes do evento votaram em diversos cenários, com o executivo comentando os resultados na sequência. A pesquisa abordou vários tópicos, sem revelar grandes divergências entre a opinião do público e a do dirigente. Sobre a produção de veículos para este ano, por exemplo, a maioria dos presentes (51,8%) indicou acreditar que ela será inferior a 3,1 milhões de unidades, enquanto para 36,3% ficará entre 3,1 milhões e 3,2 milhões de unidades. “Acredito que haja uma sensação geral de que podem existir obstáculos, especialmente políticos, para atingir 3,1 milhões de veículos produzidos neste ano”, explicou Ioschpe. “Mesmo assim, creio que atingiremos essa meta”, declarou. O dirigente lembrou ainda a importância das exportações: “O aumento das vendas para os mercados de outros países pode compensar uma eventual queda do mercado interno.” A questão “Qual é o principal problema para o setor de autopeças em 2018?” chamou a atenção dos participantes. A maioria (23%) apontou “Margens reduzidas nos fornecimentos”, seguida de “Excesso de tributos na cadeia” (21%),
“É INEGÁVEL QUE O INOVAR-AUTO TROUXE BENEFÍCIOS E ELEVOU O NÍVEL DOS VEÍCULOS PRODUZIDOS NO BRASIL DAN IOSCHPE, presidente do Sindipeças
“Falta de política industrial de longo prazo” (19%) e “Preço elevado dos insumos” (12%). “Hoje, um dos grandes problemas do País está na área tributária e isso precisa ser resolvido no próximo governo”, ponderou. Outro tema bastante lembrado a respeito da indústria automobilística nacional é a ociosidade no setor de autopeças. Para 62,6% dos presentes ao fórum, ela vai cair neste ano, enquanto 27,4% acreditam que permanecerá nos atuais 33%. Dan Ioschpe não se mostra surpreso
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“HOJE, UM DOS GRANDES PROBLEMAS DO PAÍS ESTÁ NA ÁREA TRIBUTÁRIA
ATOS 5 e ATOS 5X
E ISSO PRECISA SER RESOLVIDO NO PRÓXIMO GOVERNO”, PONDERA O PRESIDENTE DO SINDIPEÇAS com o índice atual e lembra que há pouco tempo o setor estava fornecendo para cerca de 3 milhões de veículos e se preparava para ampliar sua capacidade para 5 milhões. REFLEXOS DO INOVAR-AUTO Na sequência foi abordada a questão sobre o Inovar-Auto. Para 41,1% dos participantes, o programa “trouxe vantagens para toda a cadeira automotiva”, enquanto 38,8% acreditam que ele resultou em “uma série de vantagens para as montadoras”. Em compensação, 17,3% dos presentes creem que o programa “não trouxe benefícios” e apenas 2,7% indicaram que ele “trouxe uma série de benefícios para o setor de autopeças”. O presidente do Sindipeças viu o resultado com naturalidade, lembrando que o governo não ouviu o setor de autopeças ao elaborar o Inovar-Auto. “Mas é inegável que o programa trouxe benefícios e elevou o nível dos veículos produzidos no Brasil”, observa. O fundamental, de acordo com o executivo, é evitar os erros do passado e revigorar os avanços conseguidos. Essa percepção do público sobre o Inovar-Auto explica a falta de otimismo com o Rota 2030 (além do atraso na sua implantação). Apenas 11,8% dos participantes indicaram acreditar que o novo programa vai avançar plenamente, enquanto para a maioria (76%) o programa avançará moderadamente. Para 12,2%, o Rota 2030 não irá para frente. O clima ficou mais otimista quando se abordou a situação atual do mercado. De acordo com 57,1% dos presentes, suas empresas manterão o nível de investimentos, enquanto 30,6% indicaram que suas empresas pretendem acelerar os investimentos no País. Para apenas 12,3% dos participantes, os investimentos serão reduzidos. No tema exportações, o público mostrou algum ceticismo. A maioria acredita que as vendas para o mercado externo vão bem, mas para 30,8% as exportações ficarão estáveis, enquanto para 23,4% elas tendem a avançar. Em compensação, 45,8% preveem que os embarques não avançarão em virtude de dificuldades locais como tecnologia, logística e custos, por exemplo. De acordo com Dan Ioschpe, as projeções do Sindipeças indicam que haverá aumento nas vendas para o exterior, mas aumentará também a quantidade de importações. Isso reforça, novamente, a importância do Rota 2030 para a definição dos caminhos que a indústria automobilística nacional vai seguir nos próximos anos. (Wilson Toume)
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FÓRUM DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
IHS MARKIT PREVÊ ATRASO NO MERCADO CRESCIMENTO DAS EXPORTAÇÕES TAMBÉM PODE SER MAIS LENTO
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pesar do crescimento das vendas de veículos leves em 2017 e da expectativa de avanço maior este ano, o “período crítico” do mercado ainda não passou. Essa foi a mensagem de Carlos da Silva, gerente da consultoria IHS Markit para a América do Sul, no IX Fórum da Indústria Automobilística, realizado por Automotive Business no WTC, em São Paulo, dia 16 de abril. “Nosso forecast de longo prazo antes da crise previa um mercado acima de 3,5 milhões de veículos a partir de 2024, mas vamos ter de esperar uns dez anos para atingir esse patamar”, lamenta Da Silva. “Ainda estamos num período crítico do mercado”, recorda. Segundo ele, a previsão de 2,85 milhões de veículos leves em 2018 era baseada em fatores macroeconômicos, mas a situação do Brasil obrigou a empresa a fazer perspectivas de curto prazo para seus
clientes. Ele descartou grandes saltos na recuperação da indústria automobilística, não apenas nas vendas internas, mas também nas exportações. Dentro de um cenário mundial de 95,9 milhões de veículos leves vendidos e de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro na casa de 5% em 2020 e de 3% nos dois anos seguintes, com o dólar próximo dos R$ 4 em 2022, a IHS Markit disse que o crescimento das exportações também será mais lento que em 2017. “As exportações agora estão num nível que permite amortecer um pouco da situação do mercado interno, mas o crescimento não será mais na casa dos dois dígitos como ocorreu em 2017”, afirmou Da Silva, que previu expansão menor que 5% para as vendas externas. Ele também apresentou um quadro com o nível de utilização das fábricas de veículos leves instaladas no Brasil, que chegou a 72,3% no primeiro trimestre deste ano. Segundo a IHS Markit, as fábricas da Hyundai e da PSA aumentaram a produção em 10,5% e 3,1%, respectivamente, operando no total de suas capacidades. As fábricas da Honda, Toyota, Renault e GM já operam acima da média do mercado. Apesar de terem 26,3% e 28,4% de ociosidade, respectivamente, as fábricas da Ford e da Volkswagen já estão praticamente na média de utilização. As que ainda operam muito abaixo da capacidade são as fábricas da FCA, com 48,8% de ociosidade, refletindo a grande utilização (agora em três turnos) da planta de Goiana (PE) e o ritmo abaixo do recomendável em Betim (MG). (Sergio Quintanilha)
SEGUNDO A IHS MARKIT, AS VENDAS EXTERNAS PASSARÃO A TER EXPANSÃO MENOR QUE 5% CARLOS DA SILVA, Gerente da IHS Markit para a América do Sul
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FÓRUM INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
O FÓRUM recebeu pouco mais de 800 participantes no WTC, em São Paulo
CAMINHÕES MOSTRAM FÔLEGO SEGUNDO A CARCON AUTOMOTIVE, SEGMENTO TERÁ ALTA DE 27,5%
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om a autoridade de quem acertou na mosca a previsão de que o mercado interno teria 52 mil caminhões emplacados em 2017, a consultoria Carcon Automotive fez outra estimativa para o segmento de veículos de carga durante o IX Fórum da Indústria Automobilística, realizado por Automotive Business no WTC, em São Paulo, dia 16 de abril. Segundo Ronaldo Lima, gerente de desenvolvimento de forecast da Carcon Automotive, o crescimento da economia, a taxa de juros baixa, a inflação sob controle e a confiança da indústria e dos consumidores são fatores que fazem a empresa acreditar em um bom crescimento no mercado de pesados. A previsão de ótimas safras de grãos (229,5 milhões de toneladas) e de cana-de-açúcar (635,6 milhões de toneladas) também foram fatores considerados pela Carcon Automotive. Durante sua apresentação no fórum, Ronaldo Lima disse que a consultoria prevê um aumento de 27,5% no mercado de caminhões para este ano, passando de 51,9 mil para
66,2 mil unidades. Ele salientou, entretanto, que a recuperação do mercado será maior entre os caminhões pesados, acima de 30%, enquanto a de outros segmentos ficará abaixo, na casa dos 20%. Para os ônibus a Carcon prevê uma melhora mais modesta, de 19%, com as vendas internas passando de 11,7 mil em 2017 para 14 mil unidades este ano. Mesmo assim, é um crescimento mais consistente que o do ano passado, que foi de 5,3%. Ronaldo Lima também fez uma pequena provocação em sua apresentação, perguntando: “Estamos preparados para o crescimento?” Isso porque, segundo estudos da Carcon Automotive, o prazo de entrega de caminhões já era de 70 dias em abril, tempo quase três vezes maior do que ocorreu em meses anteriores. Considerando os números de caminhões e ônibus, a Carcon prevê crescimento de 17% na produção de veículos pesados. A estimativa da empresa é de que a produção passe de 114,7 mil para 134 mil veículos em 2018. (Sergio Quintanilha)
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PREMIAÇÃO
HONDA COMEMORA 20 ANOS DE NACIONALIZAÇÃO DE AUTOMÓVEIS ouco depois de completar 20 anos de produção no Brasil, a Honda Automóveis realizou o 20o Encontro de Fornecedores, que marcou a crescente nacionalização de componentes que abastecem a fábrica de Sumaré (SP). Em evento na noite de 18 de abril, em Campinas (SP), a fabricante japonesa premiou 29 empresas que integram sua cadeia brasileira de suprimentos e tiveram os melhores resultados medidos em 2017 em relação à qualidade, entrega, inovação, nacionalização, sustentabilidade e custos. “Em 20 anos de produção de automóveis no Brasil, construímos uma relação de parceria e confiança com a nossa rede de fornecedores. Nosso contato próximo se mantém desde o desenvolvimento do componente e preparação para produção até a fase produtiva, com uma rotina de relatórios mensais de qualidade e entregas, além de planos e ações conjuntas visando à melhoria contínua”, comentou José Golfeto, gerente geral de compras da Honda Automóveis. n
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EMPRESA PREMIOU OS 29 MELHORES FORNECEDORES DE 2017
PREMIAÇÃO dos fornecedores ocorreu em Campinas (SP)
FORNECEDORES PREMIADOS EXCELÊNCIA EM QUALIDADE E ENTREGA CATEGORIA MATÉRIA-PRIMA CPE - Compostos Plásticos de Engenharia Dow Brasil Chevron Brasil Lubrificantes CATEGORIA PLÁSTICO Yachiyo do Brasil Continental Brasil TRBR Indústria e Comércio JSP Brasil Indústria de Plásticos
GDBR Indústria e Comércio Michelin Honda Lock São Paulo NSK Brasil
EXCELÊNCIA EM COMPETITIVIDADE E LOCALIZAÇÃO Adient Bancos Automotivos Wabtec Brasil
CATEGORIA ELÉTRICOS Stanley Electric Panasonic Alpine
CATEGORIA ESTAMPARIA Utaka do Brasil Yorozu Automotiva do Brasil
CATEGORIA TTK (FUNDIÇÃO E USINAGEM) Maxion Wheels (rodas de aço) TRW Automotive
CATEGORIA COMPONENTES NGK do Brasil Litens Automotive
EXCELÊNCIA NO ATENDIMENTO DIVISÃO DE PEÇAS Pisani Plásticos
EXCELÊNCIA NO PROGRAMA DE REDUÇÃO DE C02 Benteler Maxion Wheels (rodas de alumínio) DESTAQUE DE INOVAÇÃO EM SUPRIMENTOS Itaesbra Indústria Mecânica Vuteq do Brasil DESTAQUE DE QUALIDADE NO PROGRAMA HONDA WAY G-KT do Brasil HBA Hutchinson
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O RH 4.0, A REFORMA TRABALHISTA E O IMPACTO CRESCENTE DA TECNOLOGIA NO EMPREGO
A crescente automação de processos e operações no mundo atual representa uma ameaça real para grandes contingentes de trabalhadores na sociedade atual e, em particular, na indústria automobilística. O emprego está ameaçado pelo avanço tecnológico e não é exagero dizer que os robôs e softwares, antes aplicados à manufatura, estão ganhando espaço em todas as frentes, substituindo o trabalho humano – e parece não haver limite para essa tendência. Além desse tema principal, que interpreta a progressiva obsolescência do trabalho humano ante o progresso cibernético, o fórum analisará o impacto da Indústria 4.0 na área de RH, exigindo novas abordagens para a capacitação e desenvolvimento profissional em período marcado pelo programa Rota 2030. O evento avaliará as lições aprendidas durante a crise pela qual passou o setor automotivo e as estratégias de pessoal mais acertadas. Além de trazer insights de valor sobre o perfil dos profissionais nos novos tempos, palestras e debates tratarão de temas como a reforma trabalhista, treinamento, remuneração, atração de talentos, tecnologias digitais, redes sociais, relações trabalhistas e eSocial.
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PREMIAÇÃO
HYUNDAI ANUNCIA OS MELHORES FORNECEDORES CERIMÔNIA FOI REALIZADA DURANTE SEMINÁRIO EM PIRACICABA, SP
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Hyundai Motor Brasil revelou em 1º de março os parceiros que tiveram melhor desempenho no decorrer de 2017 com o prêmio “Fornecedores do Ano Hyundai”. A cerimônia ocorreu durante o seminário anual promovido pela montadora em Piracicaba, SP, cidade onde são produzidos os modelos HB20 e Creta. De acordo com a Hyundai, cada fornecedor foi avaliado em diferentes quesitos, considerando os esforços em implementar medidas inteligentes para redução de custos e ganhos de eficiência. “Nestes mais de cinco anos garantimos a sinergia e as competências necessárias para dar continuidade a essa jornada bem-sucedida com nossos fornecedores”, afirmou o presidente da Hyundai Motor Brasil, William Lee. Realizado no complexo histórico do Engenho Central de Piracicaba, o evento teve a presença de mais de
WILLIAM LEE, presidente da Hyundai Motor Brasil
VENCEDORES DO PRÊMIO HYUNDAI SERVIÇOS DE COMÉRCIO EXTERIOR DSE Logistics, assessoria e desembaraço aduaneiro COMPRAS GERAIS DIRETAS PPG Industrial, tintas e produtos químicos COMPRAS GERAIS INDIRETAS Movitec, equipamentos industriais QUALIDADE Grupo Antolin (Trimtec), revestimentos interiores
GESTÃO LOGÍSTICA E DE ENTREGAS TI Automotive, sistemas de embreagem, combustível e freios AUMENTO DO CONTEÚDO LOCAL Sogefi Brasil, suspensão automotiva INOVAÇÃO EM REDUÇÃO DE CUSTOS Dymos, bancos automotivos
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200 fornecedores e empresas parceiras, além dos principais executivos da Hyundai. A programação incluiu ainda um debate sobre o regime automotivo Rota 2030 e um fórum com a participação da direção da montadora e representantes dos parceiros comerciais. PERFIL A Hyundai Motor Brasil está presente no Brasil desde 2012, quando inaugurou a fábrica em Piracicaba (SP), com investimento de US$ 700 milhões. A unidade tem capacidade para montar 180 mil carros por ano, operando em três turnos. A montadora possui 2,7 mil colaboradores e produz o HB20, HB20X, HB20S, HB20 R Spec e o SUV compacto Creta, cuja produção teve início em 2017, com aplicação adicional de US$ 130 milhões. n
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PREMIAÇÃO destacou os melhores parceiros da Hyundai Motor Brasil em 2017
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PREMIAÇÃO
TOYOTA DESTACA EFICIÊNCIA DOS FORNECEDORES NÍVEL GERAL DE QUALIDADE LOCAL DE 10 PPM SUPERA MÉDIA MUNDIAL DE 15 PPM
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(partes por milhão com defeitos), melhor do que a média global da companhia de 15 ppm, e pela primeira vez a meta de redução de custos foi alcançada. “Apesar de todas as dificuldades, os fornecedores atingiram a meta média de qualidade de 10 ppm que estávamos perseguindo já havia 20 anos e boa parte reduziu custos”, afirma Celso Simomura, vice-presidente da Toyota do Brasil.
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inda no começo da saída da profunda recessão pela qual passou nos últimos três anos a indústria automotiva instalada no Brasil, a Toyota premiou, dia 12 de abril, os fornecedores locais que registraram os melhores desempenhos em 2017. Os resultados revelam bons números, com destaque para sensível aumento da eficiência da cadeia de suprimentos. O nível geral de qualidade dos componentes recebidos atingiu 10 ppm
STEVE ST.ANGELO, CEO da Toyota para América Latina e Caribe, entregou o prêmio de melhor fornecedor da montadora a TAKAYUKI HABU, presidente da Pioneer do Brasil (à direita)
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RECONHECIMENTO
Responsável por compras e engenharia, Simomura tem bons motivos para comemorar o melhor momento na história de 60 anos da Toyota no Brasil: a produção está no topo da capacidade (as fábricas de Indaiatuba e Sorocaba devem fazer 200 mil veículos este ano), o volume de compras cresceu 23% no ano fiscal abril/2017-março/2018 comparado com o exercício anterior, ao mesmo tempo em que os componentes comprados estão melhores e mais baratos. Também está aumentando o índice de nacionalização dos carros fabricados no País, gira em torno de 75%, contra 60% bem pouco tempo atrás. Em síntese, significa que a Toyota está conseguindo avançar com sua cadeia local de suprimentos saudável e sustentável. As importações de componentes também estão aumentando, mas Simomura pondera que isso ocorre porque a produção também cresce. Dos 120 fornecedores de peças no Brasil, Simomura aponta que a grande maioria conseguiu equilibrar as contas e elevar a eficiência. “Até porque no nosso caso não houve redução de pedidos, muito pelo contrário, aumentamos, não só por causa da recuperação das vendas domésticas (de veículos), mas também porque as exportações cresceram e já são responsáveis por 27% da produção”, explica. “Como estamos em situação melhor que a do mercado (sem ociosidade), temos oportunidade de desenvolver nossa cadeia”, acrescenta. Durante o 16o Suppliers Conference a Toyota aproveitou para mostrar aos fornecedores um dos primeiros protótipos do Yaris brasileiro, com algumas características especialmente desenhadas para o Brasil. O hatch entra em produção na fábrica de Sorocaba (SP) no meio deste ano. “Quisemos chamar a atenção
sobre o novo produto e como ele traz novos negócios na parceria com eles”, conta Simonura. O executivo revelou que o Yaris já nasce com 72 fornecedores locais,
sendo que seis deles são novos na Toyota e dois foram especialmente desenvolvidos para substituir a importação de novas tecnologias. (Pedro Kutney) n
PRÊMIO TOYOTA Ao todo, a Toyota conferiu grau de excelência a 21 fornecedores que em 2017 superaram as metas nas categorias de qualidade, logística e redução de custos. Outros 59 receberam certificados porque atingiram os objetivos propostos. Também foram premiadas empresas em duas categorias especiais, “Engenharia de Valor e Análise de Valor” e “Meio Ambiente”. Veja a lista dos premiados: MELHOR FORNECEDOR 2017 Pioneer QUALIDADE EXCELÊNCIA: Dana, G-KT Brasil, Mahle, NSK Brasil, Plastic Omnium, Schaeffler, TPR CERTIFICADO: 3M, Adient, Aisin Automotive, Autoneum, Basf, Benteler, Bosal, Bosch, Brose, Casco, Cobra, Cooper, Delga, Denso, Elring Klinger, Fagor, GKN Sinter, ITW, JTekt, Log & Print, Nitto Denko, NTN, Panasonic, Pecval, Pilkington, Rassini, Sanko, Sanoh, Scorpios, SNR, Sumidenso, Sumiriko, TRBR, Triospuma, Tyco, Yazaki, ZF LOGÍSTICA EXCELÊNCIA: Bosal, Casco, G-KT Brasil, NSK Basil, Sanko, ZF Lemforder CERTIFICADO: Aisin AI, Basf, Cobra, Denso TEN, Panasonic, Plastic Omnium, Regali Fundição, SNR, TPR, Trimtec REDUÇÃO DE CUSTOS EXCELÊNCIA: Aisin AI, Denso, Panasonic, SGBR, Stanley, Tyco, Yazaki, Zanettini Barossi CERTIFICADO: Adient, Aptiv, Casco, GKN, KYB-Mando, NTN, Pecval, Sanoh, SMR, Takata, TRBR, Valeo MELHOR ENGENHARIA DE VALOR E ANÁLISE DE VALOR Yazaki MEIO AMBIENTE Kanjiko
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CAOA TRIPLICA BASE DE FORNECEDORES COM MAIOR NACIONALIZAÇÃO FORAM CONTEMPLADAS 69 EMPRESAS DO BRASIL E DA ARGENTINA
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realizou pela segunda vez a premiação dos melhores parceiros de sua cadeia de suprimentos, com a mensagem que suas compras devem continuar em crescimento, mesmo após o fim da exigência legal de nacionalização, especialmente por causa da incorporação da Chery aos negócios. “Com a Chery nossas compras nacionais produtivas devem aumentar 30% este ano”, sinaliza Ivan Witt,
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base de fornecedores do Grupo Caoa triplicou de tamanho, passando de 30 para 92 empresas em apenas três anos, em claro sinal de crescimento de suas operações industriais, principalmente para atender às exigências do InovarAuto, o programa de desenvolvimento e protecionismo do setor automotivo nacional que vigorou de 2013 a 2017. Na noite de 18 de abril o grupo
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diretor de compras, RH, TI e serviços compartilhados da Caoa. Ele afirma que a intenção é continuar a evoluir com os mesmos fornecedores. NACIONALIZAÇÃO CRESCE Houve expressivo avanço na nacionalização dos carros produzidos pela Caoa, que era de apenas 6% em 2014, mas o índice de peças locais ainda é baixo: 68% das compras produtivas são de itens importados. Os Caoa Chery de agora em diante serão produzidos tanto em Jacareí como em Anápolis, mas ambas as plantas deverão seguir este ano com elevado índice de ociosidade, em torno de 75%. “Temos capacidade para produzir 160 mil unidades por ano nas duas fábricas. Ainda estamos longe
disso, mas temos certeza que muito em breve vamos chegar a esse número”, disse aos fornecedores Mauro Correia, presidente executivo do Grupo Caoa. “A ideia é comunizar processos de compras para as duas fábricas, com fornecedores comuns”, afirma Witt, que atualmente direciona para a Chery 29% do orçamento para comprar componentes usados na produção, outros 71% vão para os Hyundai. Mas ele avalia que esses porcentuais poderão mudar com o esperado aumento gradativo da produção dos Caoa Chery. Nas seis categorias do prêmio Caoa de 2017, de acordo com uma pontuação interna, foram escolhidos os dois melhores fornecedores. O segundo colocado recebeu um certificado e o primeiro, um troféu. (Pedro Kutney) n
VENCEDORES DO PRÊMIO CAOA FORNECEDOR DO ANO Axalta Coating Systems Brasil CERTIFICADO: Neo Rodas QUALIDADE EM FORNECIMENTO Lear do Brasil (Divisão de Assentos) CERTIFICADO: Neo Rodas INOVAÇÃO EM CUSTOS E EXCELÊNCIA EM COMPRAS DIRETAS Axalta Coating Systems Brasil CERTIFICADO: Doowon Fabricante de Sistemas Automotivos MELHOR EM NACIONALIZAÇÃO Flamma Automotiva CERTIFICADO: Plastic Omnium do Brasil EXCELÊNCIA EM COMPRAS INDIRETAS – MATERIAIS Saint Gobain Brasil (Divisão Abrasivos) CERTIFICADO: Multi Point & Informática Eirelli EXCELÊNCIA EM COMPRAS DIRETAS – SERVIÇOS Geobox Logística Integrada CERTIFICADO: Loyal Serviços de Vigilância Eirelli EXCELÊNCIA EM PADRÕES OPERACIONAIS DE PÓS-VENDA Automobi Serviços Digitais CERTIFICADO: J.D. Power Brasil e Prime Action Consultoria
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AGKNéumaempr es adeengenhar i agl obal , l í derdemer c adoem s i s t emases ol uç õesdet r ans mi s s ãoaut omot i v a. Des env ol v emos , f abr i c amosef or nec emoss i s t emasdeJ unt asde Vel oc i dadeCons t ant ees ol uç õespar av eí c ul osAWDeel ét r i c os par amai sde90%dosf abr i c ant esmundi ai sdeaut omóv ei s . Nos s as t ec nol ogi ases t ãopr es ent esdes dev eí c ul osdebai x oc us t oaos s of i s t i c adosv eí c ul ospr emi um.
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PREMIAÇÃO
MERCEDES-BENZ DESTACA RESISTÊNCIA DOS FORNECEDORES PRÊMIO INTERAÇÃO ELEGE MELHORES PRÁTICAS DE 13 EMPRESAS EM 2017
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a 26a edição do Prêmio Interação, dia 9 de abril, a Mercedes-Benz reconheceu e comemorou a resiliência de sua cadeia de suprimentos. A montadora de veículos comerciais premiou as 13 melhores empresas fornecedoras em 2017 nas categorias de qualidade, logística e custos, mas a maior vitória foi o fato de quase todas as 400 terem conseguido sobreviver ao período difícil, com fortes movimentos de reestruturação, podendo agora aproveitar a volta do crescimento no setor, conforme enfatizou o presidente da Mercedes-Benz do Brasil, Philipp Schiemer, em sua mensagem aos fornecedores durante a cerimônia de premiação. “Estamos mais otimistas. A economia dá sinais de vida e isso nos anima. Tenho certeza que vocês, responsáveis pelo abastecimento da in-
O PRÊMIO INTERAÇÃO É UMA HOMENAGEM ÀS BOAS PRÁTICAS DE NOSSOS FORNECEDORES PHILIPP SCHIEMER, presidente da Mercedes-Benz do Brasil
dústria, estão sentindo essa mesma sensação. Faço questão de parabenizar cada um que também passou pela crise e agora começa a sair dela muito mais forte. O Prêmio Interação é uma homenagem a essas boas práticas”, resumiu Schiemer.
OS FORNECEDORES SOFREM MAIS PARA VOLTAR A CRESCER MUITO RÁPIDO ERODES BERBETZ, diretor de compras da Mercedes-Benz do Brasil
O executivo também aproveitou para preparar os parceiros para expansão dos negócios em 2018 potencialmente maior do que a esperada: “Se no início do ano esperávamos por crescimento (do mercado brasileiro de caminhões) de 20% (sobre 2017), agora já projetamos 30% se nada de especial acontecer”, afirmou. EFICIÊNCIA PÓS-CRISE Erodes Berbetz, diretor de compras da Mercedes-Benz do Brasil, admite que “os fornecedores sofrem mais para voltar a crescer muito rápido” depois de todos os cortes que foram obrigados a fazer com a retração expressiva no faturamento. Mas ele pondera que a maior parte dos parceiros conseguiu fazer reestruturações e está mais eficiente agora do que antes da crise. Destaques desse grupo são os fornecedores de capital nacional, que não têm o caixa da matriz no exte-
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Competência e Projetos Especiais para atender às exigências da indústria automotiva
Há 30 anos nossos engenheiros e nossa equipe técnica tem uma estreita relação com a indústria automotiva desenvolvendo projetos especiais de componentes injetados para roteamento e fixação de chicotes elétricos. Parabenizamos a VW pelos seus 65 anos de sucesso! Conte conosco para os muitos outros que virão!
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PREMIAÇÃO
rior para recorrer, mas sobreviveram e conseguiram melhorar processos e qualidade, segundo o diretor de compras. Das 13 empresas que levaram troféus nesta edição do Prêmio Interação, oito são brasileiras. “O estresse do crescimento (com falta de peças) costuma ser tão grande quanto na época de redução da produção. Estamos monitorando os fornecedores, não perdemos nenhum, muitos adotaram ações para aumentar a eficiência, estão mais enxutos. Não há gargalos no momento, existem algumas dificuldades de reação, mas são situações pontuais”, conta Berbetz. Um fator que contribui para aumentar a eficiência das compras e dos fornecedores é a chegada da indústria 4.0 na Mercedes-Benz do Brasil, que recentemente inaugurou em São Bernardo do Campo (SP) a
O PRÊMIO INTERAÇÃO 2017 reconheceu 13 fornecedores. Destes, oito são brasileiros
primeira linha de montagem de caminhões completamente digitalizada e conectada do País, com investimento de R$ 500 milhões, e já está em curso
novo programa de R$ 2,4 bilhões até 2022 para digitalizar todas as operações e desenvolver novos produtos. (Pedro Kutney) n
OS MELHORES FORNECEDORES EM 2017 MATERIAIS DIRETOS Excelência Operacional em Qualidade Metalac SPS Indústria e Comércio Resfri Ar Climatizadores e Equipamentos Cinpal – Cia. Industrial de Peças para Automóveis Excelência Operacional em Logística Durametal Metalpart Indústria e Comércio Haldex do Brasil Indústria e Comércio
ategoria Especial C T-Systems do Brasil 8º PRÊMIO DE RESPONSABILIDADE AMBIENTAL Sociedade Michelin de Partic. Ind. Com. Schulz Vallourec Soluções Tubulares do Brasil
E xcelência em Custos Metalkraft Sistemas Automotivos S Riko Automotive Hose Tecalon Brasil Próturbo Usinagem de Precisão ategoria Especial C Moura Baterias Automotivas e Industriais MATERIAIS INDIRETOS E SERVIÇOS Excelência Operacional Dürr Brasil E xcelência Comercial Engemetal Construções e Montagens
CERIMÔNIA, ocorreu na sede da montadora, em São Bernardo do Campo (SP)
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VW BRASIL
CHEGA AOS 65 ANOS COM NOVO FÔLEGO COMPANHIA APROVEITA A SAÍDA DA CRISE E GANHA MERCADO, DEFINE INVESTIMENTO E TRABALHA NO LANÇAMENTO DE NOVOS PRODUTOS GIOVANNA RIATO E PEDRO KUTNEY
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Volkswagen completa 65 anos de história no Brasil em 2018. Depois de longo período de retração do mercado, o aniversário ocorrre em momento bastante positivo para a companhia, que fechou o primeiro trimestre como a marca que mais cresceu em vendas no País, subindo para a vice-
-liderança do ranking nacional, atrás apenas da General Motors. O motivo do bom resultado foi o lançamento dos bem aceitos Polo e Virtus, ambos produzidos na fábrica Anchieta da companhia, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Este é apenas o primeiro passo do plano de expansão da marca localmente. A promessa é oferecer total de 20 novos carros no mercado brasileiro até 2020, a maior ofensiva de produto em toda a história local da marca. Começou com os dois modelos feitos em São Bernardo, seguidos da Amarok V6 Highline, produzida na Argentina, e da atualização do Tiguan, que chega ao Brasil importado do México e é o primeiro de cinco SUVs que a Volkswagen planeja para o mercado local. O próximo é o T-Cross, que será fabricado em São José dos Pinhais
PABLO DI SI, CEO da empresa na América do Sul, quer recuperar a liderança no Brasil
(PR), com início das vendas previsto para janeiro de 2019. “O nosso objetivo é chegar à liderança do mercado brasileiro no médio prazo”, diz Pablo Di Si, CEO da empresa na América do Sul. Por médio prazo entenda-se: “bem menos do que dois anos”, ambiciona, evitando dar muitos detalhes. A companhia vai atacar o segmento de utilitários esportivos, seu ponto fraco, em que tem pouca participação. “Perdemos quase duas décadas desse mercado. Hoje temos menos de 3% [das vendas] do segmento de SUVs. Mas vamos recuperar e decolar rapidamente a partir de agora com o Tiguan Allspace, seguido do T-Cross feito aqui (2019) e o Tarek (2020) que faremos na Argentina”, promete o executivo. Para dar suporte à estratégia, a companhia tem plano de investimento de R$ 7 bilhões até 2020, destinado às plantas e produtos locais. A Volkswagen não delineou exatamente como distribuirá o montante, apenas apontou que a fábrica
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de São José dos Pinhais (PR), onde hoje são feitos o Golf e o Fox e, no futuro, será fabricado o T-Cross, receberá R$ 2 bilhões – R$ 1,4 bilhão para a ampliação e modernização e R$ 600 milhões para o desenvolvimento e validação do modelo. Na unidade Anchieta a companhia já utilizou parcela de R$ 2,6 bilhões do aporte para iniciar a produção do Polo e do Virtus sobre a plataforma modular MQB. RETOMADA INDUSTRIAL “O T-Cross, primeiro SUV da marca no País, nasce brasileiro, mas será fabricado sobre a mais moderna plataforma global da Volkswagen, a MQB, introduzida aqui em São José dos Pinhais”, disse Pablo Di Si, presidente da empresa no Brasil e América do Sul. O executivo esclarece que a arquitetura MQB do T-Cross tem diferenças em relação à usada atualmente no Golf, também produzido em São José dos Pinhais em área separada, ao lado dos Audi A3 sedã e Q3. Por isso, segundo Di Si, o novo SUV compacto será fabricado em outra linha, paralela à do Fox – outro modelo da VW Brasil nascido no
O JOSÉ PLANTA DE SÃ ve S de DOS PINHAI ma ganhar força co T-Cross vo no do ão produç
FOCO NA LIDERANÇA
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e depender das ambições de Di Si, a Volkswagen vai alcançar a liderança de mercado. “Em 2017 o total de emplacamentos evoluiu 9% e nós encerramos o ano com alta de 19% nos nossos resultados. Em 2018 queremos, mais uma vez, crescer o dobro do mercado”, diz. Pelo menos no começo do ano a empresa alcançou a meta. O dirigente conta que, no primeiro trimestre, o volume da marca já era 31,7% superior ao dos primeiros três meses do ano passado. O desempenho é mais que o dobro melhor do que a média de crescimento do mercado no período, de 14,7%, o que fez a participação da VW saltar quase dois pontos porcentuais, para 14,8% de participação nas vendas internas.
Paraná. “São carros diferentes, Fox e T-Cross vão de rodar em linhas separadas”, explica. Com a estratégia de produto, a Volkswagen deve estender à fábrica paranaense o aquecimento da produção que já afeta a planta Anchieta. Com a boa demanda pelo Polo e pelo Virtus, a unidade do ABC Paulista opera no topo de sua capacidade – são feitos ali 1.036 carros por dia em três turnos, pouco abaixo do potencial máximo de 1.100.
Di Si conta que o ritmo da planta é tão forte que a Volkswagen já estuda medidas para acomodar melhor a produção. A primeira opção, mais imediata, seria contratar novos funcionários. Uma alternativa, de médio prazo, é trabalhar para elevar a produtividade da operação. O terceiro caminho, de longo prazo, é investir para ampliar a capacidade produtiva. “As três possibilidades estão em estudo. Não há nada definido, mas pode ser que a decisão seja por contratar trabalhadores nos próximos meses”, sinaliza. Enquanto as coisas iam bem em São Bernardo, a planta paranaense, que faz apenas dois produtos VW que perderam muito mercado nos últimos anos, trabalhava em um turno incompleto, com paralisações de alguns dias. Mais de 500 dos 2,6 mil funcionários da unidade estavam afastados no começo do ano em layoff, suspensão temporária do contrato de trabalho. Aos poucos, no entanto, a companhia reverte esse cenário com o começo da produção do T-Cross em breve. A missão de fazer o modelo deve ocupar pelo menos um turno. A unidade ficou com a produção
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totalmente parada por quatro semanas para reconversão industrial. Com isso, alguns funcionários já começaram a ser reintegrados. No início de abril restavam 321 em layoff, que de acordo com Di Si deverão voltar à produção até o fim do ano. Novas contratações também estão previstas: “Deveremos precisar ao todo de mais 600 a 700 pessoas a partir do ano que vem”, disse o executivo, incluindo nesse número os empregados ainda afastados que irão retornar gradualmente ao trabalho. “Agora estamos entrando UNIDADE PR ODU VA em uma nova era, com um DE SÃO BERNARDTI O já opera no to po da carro de volume que pode ca pacidade fazer a planta voltar ao que já foi nos anos 2000, quando chegou a ter 6 mil empregados e produzir 250 mil veículos em um ano”, completou.
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ANTES DE INSTALAR FÁBRICA, Volkswagen começou a operar no Brasil em espaço alugado no Ipiranga, em São Paulo
A KOMBI é o veículo mais longevo da indústria automotiva brasileira. Produção começou em 1957 e foi até 2014
CONSTRUÇÃO DA PRIMEIRA FÁBRICA na rodovia Anchieta já mirava o mercado internacional. Mais de 3,7 milhões de unidades foram exportadas
PRODUÇÃO DO FUSCA E DA KOMBI em São Bernardo em 1960. Modelos ajudaram a popularizar o automóvel no País
65 ANOS, 23 MILHÕES DE VEÍCULOS A
operação brasileira foi o primeiro passo da internacionalização da Volkswagen. A companhia começou a ofensiva local em março de 1953, em instalação no bairro do Ipiranga, em São Paulo, onde montava o Fusca e a Kombi a partir de kits CKD importados da Alemanha. Pouco depois o projeto evoluiu e a Volkswagen se estabeleceu em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, onde começou a fabricar carros, ainda com índice de nacionalização modesto, de 50%, mas com evolução para 95% já em 1961, puxando o desenvolvimento da indústria brasileira de autopeças. Era a primeira planta da Volkswagen fora da Alemanha. A decisão de se instalar ali já tinha em vista planos mais ambiciosos: na Anchieta, a rodovia que leva ao litoral, a compa-
nhia teria facilidade para escoar a sua produção para o Porto de Santos e avançar no mercado internacional. A montadora teve participação importante na industrialização do Brasil e, desde que se instalou, produziu impressionantes 23 milhões de veículos em território nacional. O plano de ficar próxima ao mar para avançar com exportações deu certo. Do total fabricado localmente, 3,7 milhões de unidades foram enviadas para 147 países desde 1970. Hoje a Volkswagen soma hoje quatro fábricas no Brasil. Além da unidade da Anchieta, há a planta de Taubaté (SP), inaugurada em 1976; o complexo industrial de motores em São Carlos (SP), que abriu as portas em 1996 e, enfim, a estrutura de São José dos Pinhais (PR), que começou a operar há 19 anos, em 1999.
OS NÚMEROS DA VOLKSWAGEN BRASIL
65 anos de atividades desde 23 de março de 1953 •23 milhões de veículos produzidos •Mais de 3,7milhões de veículos exportados •
FÁBRICA DE MOTORES em São Carlos já produziu 10 milhões de unidades
para 147 países
•Mais de
10 milhões de motores feitos em São Carlos
520 concessionárias •4 fábricas: Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP); •
Taubaté (SP), São José dos Pinhais (PR) e São Carlos (SP)
PLANTA DE TAUBATÉ foi inaugurada em 1976 e produz atualmente Up!, Gol e Voyage
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AS INOVAÇÕES DA EMPRESA NO PAÍS • MOTOR 1.0 TSI TOTAL FLEX (FOTO 1) FOI O PRIMEIRO COM INJEÇÃO DIRETA, TURBOCOMPRESSOR E TECNOLOGIA FLEXÍVEL FABRICADO NO BRASIL (2015); • INVESTIMENTO EM GERAÇÃO DE ENERGIA LIMPA E RENOVÁVEL (FOTO 2) COM A PCH (PEQUENA CENTRAL HIDRELÉTRICA) ANHANGUERA (2010); •GOL TOTAL FLEX FOI O PRIMEIRO CARRO COM MOTOR BICOMBUSTÍVEL DO BRASIL (2003); •SANTANA FOI O PRIMEIRO AUTOMÓVEL NACIONAL COM FREIOS ABS E CATALISADOR (1991); •GOL GTI FOI O PRIMEIRO CARRO BRASILEIRO COM INJEÇÃO ELETRÔNICA (1988); •INAUGURAÇÃO DO PRIMEIRO LABORATÓRIO DE EMISSÕES NO PAÍS (1977); • ATUAÇÃO EM PARCERIA COM O SENAI (FOTO 3) PARA OFERECER ENSINO E QUALIFICAÇÃO NO CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL VOLKSWAGEN SENAI, NA FÁBRICA ANCHIETA (DESDE 1973); •INAUGURAÇÃO DE CENTRO DE DESENVOLVIMENTO, PESQUISA E DESIGN (1965).
PLANOS FUTUROS •Investimento de R$ 7 BILHÕES até 2020 • Lançamento de 20 NOVOS CARROS, incluindo 5 UTILITÁRIOS ESPORTIVOS •Recuperar a LIDERANÇA do mercado nacional
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PRÊMIO REI
LEITORES ELEGEM MELHORES CASES DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA SELECIONADOS PELO JÚRI TROFÉUS SERÃO ENTREGUES EM JUNHO
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edição 2018 do Prêmio REI, promovido por Automotive Business, já tem os 60 finalistas que concorrerão à maior premiação de reconhecimento em excelência e inovação do setor automotivo no Brasil. Este ano há importante novidade reservada à segunda fase da votação para escolher os melhores em cada uma das 15 categorias, desta vez aberta ao público em geral – não mais restrita aos leitores da revista e newsletter Automotive Business. Continuarão votando por meio de cédula os participantes dos eventos IX Fórum da Indústria Automobilística, em 16 de abril, e III Workshop Inovação Radical e Indústria 4.0, em 21 de maio. O Prêmio REI – Reconhecimento à Excelência e Inovação, em oitava edição, aponta as principais iniciativas de empresas ligadas ao setor automotivo que contribuem diretamente para o aperfeiçoamento de processos e produtos. Em uma primeira etapa, Automotive Business recebeu os cases das empresas interessadas em par-
ticipar da premiação, que reúne 15 categorias. Os cases registrados até 23 de fevereiro foram submetidos à avaliação de um júri especializado, que indicou os quatro melhores em cada categoria. Nesta edição 2018 os jornalistas de Automotive Business também fizeram parte do júri. As 60 iniciativas finalistas, que concorrem nas 15 categorias, vão agora a júri popular em votação aberta ao público. Cada pessoa poderá votar apenas uma vez. Os votos serão recebidos até o fim de maio e, finalmente, em junho, os vencedores serão conhecidos com a entrega dos troféus em cerimônia realizada em São Paulo.
PARA MELHOR ORIENTAR A VOTAÇÃO, A DESCRIÇÃO DOS CASES PODE SER CONFERIDA NAS PÁGINAS SEGUINTES OU EM http://www.automotivebusiness.com.br/ votacaopremiorei2018.html
Informações podem ser obtidas também pelo telefone 11 5095-8888.
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JÚRI DO PRÊMIO REI Alberto Limena ProDeal Angelo Morino Consultor Arnaldo Pellizzaro ABI Consultoria David Wong ATKearney Fábio Peake Braga SAE Brasil Flávia Piovacari Consultora Francisco Satkunas Consultor Francisco Trivellato Trivellato Informações Estratégicas Jeannette Galbinski Setec Consultoria Julian Semple Carcon Automotive Luiz Sérgio Alvarenga Sindirepa Marcelo Cioffi PWC Marcos Amatucci ESPM
Mario Guitti IQA Maurício Muramoto Consultor Moacir Ricci Consultor Paulo Cardamone Bright Consultoria Paulo Garbossa ADK Renato Romio Instituto Mauá Rodrigo Custódio Roland Berger Valter Pieracciani Pier
VEÍCULOS COMERCIAIS PESADOS Mauro Cassane Jornalista especializado Fernando Richetti Repórter do programa Brasil Caminhoneiro Leonardo Doca Andrade Editor-chefe do portal Transporta Brasil
VEÍCULOS DE PASSAGEIROS E COMERCIAIS LEVES Wilson Toume Jornalista especializado Sergio Quintanilha Redator-chefe da revista MotorShow Jorge Meditsch Editor-chefe do site Autoestrada Fernando Calmon Coluna Alta Roda
AUTOMOTIVE BUSINESS Giovanna Riato Editora Mário Curcio Repórter Paulo Ricardo Braga Editor Pedro Kutney Editor Sueli Reis Repórter
ÍNDICE MONTADORA DO ANO 76 EMPRESA DE AUTOPEÇAS DO ANO 77 PROFISSIONAL DE MONTADORA 78 PROFISSIONAL DE AUTOPEÇAS 79 VEÍCULO DE PASSAGEIROS 80 VEÍCULO COMERCIAL LEVE 81 VEÍCULO COMERCIAL PESADO 82 MARKETING E PROPAGANDA 83
84 MANUFATURA 85 LOGÍSTICA 86 INOVAÇÃO E TECNOLOGIA 87 S USTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
88 AUTOPEÇAS E SISTEMAS 89 MOTORES E TRANSMISSÕES 90 INSUMOS
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PRÊMIO REI
MONTADORA DO ANO
CAOA – NASCE UM GIGANTE
Em 2017 a Caoa comemorou 38 anos. Presente em diversas áreas do setor automotivo, a Caoa atua de forma diversificada, comercializando com exclusividade a linha de importados Hyundai e Subaru, além de ser a maior distribuidora de modelos HB20 e Creta, da Hyundai Motor do Brasil, e a maior rede de distribuição da marca Ford na América Latina. Enquanto o mercado iniciava a recuperação dos efeitos de uma das maiores crises já enfrentadas pelo setor automotivo brasileiro, a Caoa anunciou a criação da Caoa Chery, um marco nas relações comerciais e industriais entre o Brasil e a China, com ganhos para ambos os países, especialmente para o consumidor brasileiro e com a garantia de investimentos de até US$ 2 bilhões ao longo dos próximos cinco anos, com recursos próprios. O acordo com a Chery agrega a tecnologia de ponta da indústria chinesa com a experiência do time de engenheiros e tecnólogos da Caoa. Com o acordo, além de lançar a nova marca, a Caoa Chery irá desenvolver soluções inovadoras e parcerias para crescer e ganhar competitividade global, passando a exportar para toda a América Latina. Fundada em 1979, a Caoa é reconhecida pela sua solidez e pela equipe de colaboradores altamente treinada e com elevado nível de qualidade do atendimento oferecido aos seus clientes, este último confirmado pela conquista da primeira colocação nas pesquisas Sales Satisfaction Index (SSI) e Customer Service Index (CSI), promovidas pelo conceituado Instituto JD Power, em 2017.
CONTATO: Anderson Cavalcante – Assessor de imprensa – (11) 5538-4928 – anderson.cavalcante@caoa.com.br
NISSAN – NISSAN MANTÉM INVESTIMENTOS NA CRISE, PREPARANDO-SE
PARA UM NOVO CICLO DE CRESCIMENTO DO MERCADO
A Nissan deu mais uma amostra real, em 2017, do seu compromisso com o Brasil. Enquanto a economia do País ainda sofria as sequelas da crise, a empresa não se assustou e investiu. Assim, abriu um novo turno em sua fábrica em julho de 2017 e contratou 600 novos funcionários antes de o mercado começar a dar sinais de melhoria. Com isso, lançou o Nissan Kicks brasileiro e reforçou sua produção do March e do Versa. O resultado foi que a Nissan cresceu 29,3% (78.823 unidades comercializadas, ante 60.937 em 2016), fechando com 3,6% de participação – também crescimento de 0,5% em relação a 2016. Além disso, multiplicou por dez o volume de exportações em relação ao ano anterior. A contratação dos 600 novos funcionários para a fábrica de Resende, para o segundo turno de produção, ajudou a economia da região com a criação de 1.838 novos postos. A Nissan também se consolidou em segmentos onde atuava pouco, como o de vendas para PCD. A empresa lançou o programa Nissan Mobilidade Para Todos, que auxilia pessoas com deficiência na compra de um carro zero.
CONTATO: Alexandre Carvalho – Especialista de comunicação de produto – (11) 95376-4812 – alexandre.carvalho@nissan.com.br
TOYOTA – 60 ANOS DE BRASIL COM FOCO NA EXPANSÃO DA COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA NACIONAL EM ESCALA GLOBAL
O ano de 2018 marca o sexagésimo aniversário da Toyota no território brasileiro. Em seis décadas de trajetória, a fabricante acompanhou e colaborou diretamente para o fortalecimento industrial de toda a cadeia. Os feitos da Toyota nesses 60 anos no País acompanham superações em um contexto de transformações políticas e econômicas nos cenários nacional e continental. A marca se orgulha de ano após ano ter alcançado o verdadeiro alvo de sua vocação: conquistar a plena satisfação e admiração de seus clientes ao entregar produtos de qualidade e alta confiabilidade. Para seguir nesta toada, a companhia não poupou esforços para promover investimentos. Nas últimas duas décadas, o aporte total no Brasil ultrapassa os R$ 3 bilhões. Ao direcionar esses investimentos para o seu plano de crescimento sustentável, a empresa favorece, também, o desenvolvimento do mercado na América Latina. A eficiência de seus processos produtivos, com forte apelo em competitividade, faz da operação brasileira benchmark em exportação. Em 2017, a Toyota do Brasil figurou entre as empresas que mais obtiveram crescimento em número de unidades comercializadas no mercado internacional. Junto de seus mais de 6 mil colaboradores, a Toyota celebra os seus 60 anos inspirando-se nas realizações históricas para “Reinventar o Futuro” para os próximos 60, com pontapé inicial já em 2018, com a introdução de um novo componente na família Toyota: o modelo Yaris.
CONTATO: Camila Rodrigues – Analista de relações públicas – (11) 4390-4167– casantos@toyota.com.br
VW – NOVA VOLKSWAGEN: UMA NOVA ATITUDE, COM NOVOS PRODUTOS E MUITO MAIS PRÓXIMA DE SEUS PÚBLICOS
Com 65 anos de Brasil, a Volkswagen já produziu cerca de 23 milhões de veículos e é a maior exportadora da história no País. A empresa registrou em 2017 a exportação de mais de R$ 5,4 bilhões, um crescimento na receita de mais de R$ 1,4 bilhão em relação a 2016. A Volkswagen vive um momento especial, da implementação da Nova Volkswagen, que quer estar muito mais próxima de seus clientes e parceiros de negócios. Inclui também a maior ofensiva de produtos da história da marca no Brasil, com 20 lançamentos até 2020, resultado de um investimento de R$ 7 bilhões. Os dois primeiros modelos dessa estratégia, o novo Polo e o Virtus, já mostram que a estrada correta está sendo tomada. O novo Polo era até o fim de abril o 4o carro mais vendido do Brasil e o Virtus, que acaba de chegar às concessionárias, tem sido responsável por aumento expressivo no fluxo das lojas. Líder de mercado por mais de quatro décadas no País, a empresa quer retomar a sua posição nos próximos anos. Em 2017 as vendas cresceram 19,1% em relação a 2016, mais que o dobro do registrado pelo mercado de automóveis e comerciais leves, que cresceu 9,4%. Em 2018 a Volkswagen já evoluiu da 3a para a 2o colocação de mercado e registrou também um crescimento novamente superior ao do mercado nacional. Em janeiro de 2018 as vendas subiram 45% em comparação ao mesmo período de 2017, enquanto o mercado evoluiu 22%. A marca atingiu também 15% de market share.
CONTATO: Renato Acciarto – Gerente de imprensa corporativa – (11) 4347-5060 renato.acciarto@volkswagen.com.br
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EMPRESA DE AUTOPEÇAS DO ANO
AETHRA SISTEMAS AUTOMOTIVOS – FORNECEDOR COMPLETO
Com o fornecimento das cabines para a nova família de caminhões Delivery da MAN, em 2017 (projeto Phevos) a Aethra Sistemas Automotivos deu exemplo claro de relevância para o suprimento a montadoras e de sua contribuição para a excelência e inovação na área de produtos, mostrando que a característica full service supplier lhe cabe bem. O grupo foi o responsável por desenvolver a cabine dos novos semileves, que foi totalmente remodelada. Todo o ferramental dos seis novos modelos foi construído, em Contagem, pela unidade TEC, maior ferramentaria para a indústria automobilística do País. Já o processo de prototipagem foi realizado pelo centro de desenvolvimento de protótipos da Aethra, em Belo Horizonte. Além de estampar as peças e soldar os subconjuntos, a Aethra também faz a montagem final das cabines na AKC, unidade que integra o consórcio modular da MAN, em Resende. A linha de montagem foi atualizada para acompanhar as configurações dos diversos modelos das cabines, que contam com o reforço de aços de alta resistência, tornando-as mais seguras, resistentes e até 10% mais leves. A Aethra foi vencedora do Prêmio One Awards, da MAN Latin America, na categoria “Partnership” pela “Parceria em Novos Projetos”. Mas a Aethra foi além do que já domina. Investiu em PD&I em meio à crise, criando uma nova maneira de estampar a quente tanques de combustível para veículos híbridos e trilhos para banco, estes utilizando sua linha de Roll Forming – com a Aethra tendo, em Contagem, o maior polo da América Latina desta tecnologia. A empresa retomou faturamento acima de R$ 1 bilhão, ainda em 2017, projetando dobrá-lo nos próximos anos.
CONTATO: Fernando Martins Vieira de Almeida – Comunicação e marketing – (31) 3045-9114 – Fernando.almeida@aethra.com.br
EATON – 60 ANOS RODANDO NAS ESTRADAS BRASILEIRAS
A Eaton é, literalmente, parte da história da indústria automotiva brasileira. Em 1957 a Eaton instalou a sua primeira fábrica no País, em São José dos Campos, SP, a primeira da empresa fora dos Estados Unidos. Hoje são cinco importantes unidades de manufatura que compõem o “Setor Industrial”, desenvolvendo aplicações para caminhões, ônibus, veículos de passeio e máquinas agrícolas, com engenharia própria e provendo soluções globalizadas. Por meio de aquisições locais estratégicas, a companhia tornou-se uma das subsidiárias mais importantes além das fronteiras dos Estados Unidos. Durante a crise no setor automotivo local, a empresa focou em manufatura enxuta e implementou quase 27 mil ideias de melhoria contínua dadas pelos próprios funcionários. Outra importante medida tomada pela companhia foi o desenvolvimento de pessoas, levando-as ao exterior para ganho de know-how. A Eaton investiu ainda R$ 500 milhões em equipamentos e em pesquisa e desenvolvimento. Já a engenharia brasileira da empresa, diferentemente de muitas empresas do segmento, trabalhou em três turnos adicionados de horas extras. Em meio à queda vertiginosa da indústria, a Eaton foi audaciosa e realizou lançamentos de transmissões automatizadas, que posicionaram ainda mais a empresa como referência no segmento de veículos comerciais médios no País. Tais ações provaram que a prioridade da organização era uma só: estar preparada para quando o mercado retomar seus volumes.
CONTATO: Paulo Silveira de Alencar – Gerente de comunicação corporativa e relações públicas – (19) 3881-6129 – paulosalencar@eaton.com
FRAS-LE – ESTRATÉGIA FEITA DE ALIANÇAS
A Fras-le acreditou na força do compartilhamento para crescer e enfrentou as adversidades com firme gestão, modernos sistemas de controle e comprometimento da equipe. Como resultado experimentou, em 2017, um dos períodos de maior expansão, intensificando sua presença no mercado internacional por meio do compartilhamento, da união e de alianças para o futuro com parceiros estratégicos. A companhia realizou importantes aquisições e associações envolvendo três empresas da Argentina e do Uruguai. Na Índia criou a ASK Fras-le Friction. A Fras-le executou um ousado plano de ampliação na unidade fabril da China, que teve sua área e produção duplicadas. Na Colômbia, instalou escritório de vendas e um centro de distribuição. Também atuou no fortalecimento no mercado OE para linha leve firmando uma joint venture com a multinacional americana Federal Mogul, que resultou na Jurid do Brasil, localizada em Sorocaba (SP), focada na fabricação e distribuição de produtos de freio Premium para fabricantes de veículos, de equipamentos originais e clientes de pós-venda nos mercados de linha leve no Brasil e em toda a América do Sul. Nos Estados Unidos, a planta local reforçou seus negócios ampliando a base de clientes e intensificou sua presença em negócios tradicionais. Fruto de inúmeras iniciativas, a companhia fechou o ano superando as receitas e os volumes de vendas e conseguiu melhoras significativas nos negócios realizados diretamente com as montadoras.
CONTATO: Gladis Berlato – Analista em comunicação – (51) 3388-6848 e (51) 9 9123-6848
MAXION – MAXION WHEELS - UMA DAS MULTINACIONAIS BRASILEIRAS DE AUTOPEÇAS MAIS ADMIRADAS E PREMIADAS NO BRASIL
A Maxion Wheels, empresa do Grupo Iochpe-Maxion, orgulha-se em ser uma das multinacionais brasileiras de autopeças mais admiradas e premiadas no Brasil. Após inaugurar em junho de 2016 sua segunda unidade fabril para rodas de alumínio em Limeira, no interior de São Paulo, com capacidade produtiva para 800 mil rodas/ano, a divisão de rodas da Iochpe-Maxion já coordena estudos de casos com as montadoras locais para em breve atingir uma capacidade eventual de produção de 2 milhões de rodas/ano. Além dos investimentos em capacidade produtiva, a Maxion Wheels também celebrou em 2017 o reconhecimento da qualidade de seus produtos e serviços por diversos prêmios oferecidos por seus clientes como John Deere, Hyundai, Ford, FCA, Caterpillar, GM e Toyota pelo desempenho de suas plantas em 2016. Entre outros relevantes reconhecimentos obtidos por nossas unidades estão o Empresas Mais – Estadão em reconhecimento pelo desempenho da Iochpe-Maxion em 2016, Reconhecimento Meio Ambiente – Cetesb, Prefeitura de Santo André, SP, e Prêmio de Melhores Práticas de Meio Ambiente – Ciesp, Limeira, SP.
CONTATO: Daniela Pinho – Analista de vendas e marketing – (11) 4998-8045 – daniela.pinho@maxionwheels.com
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PRÊMIO REI
PROFISSIONAL DE MONTADORA
CAOA – MAURO CORREIA, PRESIDENTE DA CAOA
Engenheiro graduado pelo Centro Universitário da FEI, de São Bernardo do Campo, SP, e com MBA na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, sucedeu a Antonio Maciel Neto na presidência da Caoa, no fim do ano de 2016, e em seguida tomou posse como novo presidente da SAE Brasil para o biênio 2017/2018. Mauro Correia é o primeiro presidente da associação que congrega engenheiros técnicos especialistas relacionados ao mercado automotivo (SAE Brasil) vindo de uma montadora nacional. Ele comandou a Caoa durante o processo de negociação para a criação da Caoa Chery, como parte do acordo estratégico e tecnológico entre a empresa chinesa e a brasileira. Durante 2017 Mauro também esteve à frente da evolução constante da qualidade de vendas e pós-venda das marcas Hyundai Caoa, Subaru e Ford Caoa. Essa evolução foi confirmada pela conquista da primeira colocação, pela Hyundai Caoa, nas pesquisas Sales Satisfaction Index (SSI) e Customer Service Index (CSI), promovidas pelo conceituado Instituto JD Power. Ainda em 2017, Mauro Correia foi o responsável por um intenso investimento na área de seminovos da Caoa e por uma política agressiva de comercialização, quando foram vendidos mais de 97 mil veículos nas redes Caoa Seminovos, Hyundai Caoa, Subaru e Ford Caoa, representando 5% a mais que no ano anterior.
CONTATO – Anderson Cavalcante – Assessor de imprensa – (11) 5538-4928 – anderson.cavalcante@caoa.com.br
FCA – STEFAN KETTER, PRESIDENTE DA FCA AL
Stefan Ketter, presidente da Fiat Chrysler Automóveis para a América Latina, liderou um amplo processo de renovação da empresa, com investimentos de R$ 21,9 bilhões entre 2012 e 2017 na região. Ketter nasceu em São Paulo, mas estudou e desenvolveu sua carreira na Alemanha, até transferir-se, em 2004, para a Fiat, na Itália. Na empresa alcançou o posto de vice-presidente mundial de manufatura, cargo que acumula atualmente com o comando da operação Latam. Ele retornou ao Brasil pela Fiat/FCA em 2012, para coordenar o projeto e construção do Polo Automotivo Jeep, em Pernambuco. Esta é a mais moderna fábrica do grupo no mundo e foi implantada segundo os fundamentos da Indústria 4.0. Após a inauguração da fábrica da Jeep ele retornou à Itália por um breve período. Em novembro de 2015, Ketter assumiu a presidência da FCA Latam e deu início a um amplo processo de revitalização das plantas do grupo na região. Sob seu comando a fábrica da Fiat em Betim (MG) ganhou novas linhas de produção, aumentou o índice de automação e também incorporou elementos da Indústria 4.0. O mesmo ocorreu na fábrica Fiat de Córdoba, Argentina, com investimentos de US$ 500 milhões para produzir o Fiat Cronos. Sob seu comando, a gama de produtos da empresa foi renovada pelo lançamento dos Fiat Toro, Mobi, Argo, Ducato e Cronos e dos Jeep Renegade e Compass. A empresa também construiu em Betim a mais moderna fábrica de motores do grupo, que produz a família global de propulsores Firefly. (Observação: em março de 2018 Stefan Ketter foi sucedido por Antonio Filosa na presidência da FCA AL)
CONTATO: Ellen Cristina do Carmo Dias – Especialista de comunicação – (31) 2123-7411 – ellen.dias@fcagroup.com
MAN – ROBERTO CORTES, PRESIDENTE E CEO DA MAN LA
A indústria de veículos comerciais viveu nos últimos anos sua pior crise, mas isso não abalou a confiança de Roberto Cortes, presidente e CEO da MAN Latin America, no mercado brasileiro. Enquanto muitos questionavam a sustentabilidade dos negócios no País, o executivo defendia investimentos e preparava o maior lançamento da montadora na última década: a nova família Delivery. O projeto vingou graças à persistência, foco e liderança de Cortes, que lutou pelos recursos necessários, acreditando na engenharia nacional. E, quando ninguém achava que a Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) poderia surpreender mais, lá entra Cortes a bordo do primeiro caminhão elétrico 100% desenvolvido no País na Fenatran. O veículo estreou num evento de inovação mundial, atraindo os holofotes para as competências brasileiras, lado a lado com soluções de algumas das maiores marcas da Europa. Com sua visão de futuro, ele inaugurou a era elétrica da VWCO. E não tirou o pé do acelerador: em 2017, deu início ao quinto ciclo de investimentos da montadora, o maior de sua história, no total de R$ 1,5 bilhão para, entre outras inovações, levar a empresa ao próximo nível na digitalização e conectividade, as tendências da indústria.
CONTATO: Juliana Rosas Frech – Supervisora – (11) 5582-5635 – juliana.frech@volkswagen.com.br
PEUGEOT – ANA THERESA BORSARI, DIRETORA
GERAL DAS MARCAS PEUGEOT, CITROËN E DS
Ana Theresa Borsari foi a primeira mulher do grupo PSA a liderar a operação de um país. Ela também é a única do Brasil a dirigir uma montadora e responsável pela total reconstrução da imagem da marca Peugeot. Trabalhou na reestruturação da rede (tendo no seu DNA o respeito pelo cliente, já que participou da criação do Código de Defesa do Consumidor – na época em que trabalhou no Procon) e na consolidação do programa Total Care (que hoje conta com ótimos índices de satisfação com os serviços de pós-venda). Agora assume a gestão das marcas Peugeot, Citroën e DS, com o desafio de conquistar ainda mais o mercado com produtos modernos e inovadores.
CONTATO: Leandro Alberto Giometti – Assessoria de imprensa – (11) 9 9915-3469 – leandro.giometti@ext.mpsa.com
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PROFISSIONAL DE AUTOPEÇAS
AETHRA – PIETRO SPORTELLI: O VISIONÁRIO ÍTALO-BRASILEIRO QUE INVESTE NA INOVAÇÃO MUNDIAL
A visão apurada do mercado automotivo mundial, o anseio por inovação e qualidade e a experiência acumulada de mais de 40 anos à frente dos negócios levaram Pietro Sportelli a apostar na retomada do mercado antes do previsto e se antecipar a ela. Em meio à crise, a Aethra Sistemas Automotivos investiu em tecnologia e inovação, criou novas soluções que possibilitarão à empresa a dianteira no atendimento de um mercado automotivo mais sustentável, inteligente e seguro. Entre elas, a estampagem a quente patenteada pela empresa, mais econômica e eficiente ao processo convencional, e o tanque de combustível para veículos híbridos, para o futuro próximo de carros movidos a combustão e energia elétrica. As apostas corretas levaram a empresa a retomar seu faturamento acima de R$ 1 bilhão, ainda em 2017, e permite projetar dobrá-lo em poucos anos. Sportelli foi a mão forte responsável por manter em operação o grupo formado 100% de capital nacional. As 11 unidades fabris – presentes em quatro Estados brasileiros e em Córdoba, na Argentina – além dos dois escritórios comerciais, assim como os colaboradores e corpo diretor, saem fortalecidos de um dos piores momentos da indústria automotiva. Não satisfeito, ele se prepara para ir além. A Aethra tem planos maiores de internacionalização, já prospecta novos negócios na América do Norte e Europa e não descarta a possibilidade de instalações industriais em um dos dois continentes. Com uma diretoria compromissada e alinhada, o apoio estratégico e administrativo da esposa, Gilma Sportelli, e do filho Rafael Sportelli, ambos sócios da empresa, Pietro Sportelli finca definitivamente sua Aethra como referência no setor automotivo.
CONTATO: Fernando Martins Vieira de Almeida – Comunicação e marketing – (31) 3045-9114 – fernando.almeida@aethra.com.br
BOSCH – BESALIEL BOTELHO, VISÃO EMPREENDEDORA ALÉM DA MOBILIDADE
Com mais de 30 anos na Bosch, Besaliel Botelho tem um papel importante dentro da indústria de autopeças, seja no âmbito do desenvolvimento de novas tecnologias (foi um dos precursores da tecnologia flex fuel no Brasil), seja como interlocutor da indústria de autopeças no governo e entidades de classe, levando a percepção dos sistemistas, por exemplo, sobre o Rota 2030 ou sobre a sustentabilidade da indústria, principalmente no que se refere à cadeia dos fornecedores tiers 2 e 3. A Bosch foi pioneira na elaboração de um programa de desenvolvimento e qualificação de fornecedores em parceria com o MDIC e o Instituto Euvaldo Lodi. Durante a crise do setor dos últimos anos, Botelho conduziu uma reorganização na Bosch do Brasil visando a adequar as estruturas e a capacidade produtiva com a demanda local. Dessa forma, a empresa estaria apta para retomar o crescimento assim que o mercado apresentasse sinais de recuperação. E foi isso que ocorreu em 2017. Desde o início de sua gestão, em 2012, a Bosch vem trabalhando para levar tecnologias e soluções para novos mercados, como mineração, agronegócios e serviços.
CONTATO: Alessandra Nascimento – Supervisora de imprensa – (19) 2103-2325 – alessandra.nascimento@br.bosch.com
SINDIPEÇAS – DAN IOSCHPE, CONCILIADOR COM VISÃO SISTÊMICA DA INDÚSTRIA
Dan Ioschpe é presidente do Sindipeças e da Abipeças desde março de 2016. Antes de ser eleito por representantes de cerca de 500 fabricantes de autopeças instalados no Brasil, já participava da entidade como associado. Foi, além disso, integrante do Conselho de Administração, responsável pela área de economia, na última gestão de seu antecessor, Paulo Butori. Entre suas principais características, além do vasto conhecimento de empresário experiente nacional e internacionalmente, está a natureza conciliadora e a visão sistêmica da complexa indústria da qual o setor de autopeças faz parte. Afirma recorrentemente: “Nosso principal desafio é a integração competitiva do setor de autopeças brasileiro no mercado global, desafio que, creio, atinge todos os setores industriais do País.” Com essa diretriz, o Sindipeças tem intensificado ações de fomento à exportação. Para Ioschpe, a indústria de autopeças, durante sua pior crise, iniciada em 2014, mostrou-se muito resiliente e, mesmo com todas as enormes dificuldades, não deixou de produzir e atender às demandas das montadoras. O gaúcho Ioschpe é também presidente do Conselho de Fabricantes de Autopeças do Mercosul (Mercoparts) e do Conselho de Administração da Iochpe-Maxion, empresa que dirigiu de 1998 a 2014. Preside ainda o Fórum das Empresas Transnacionais Brasileiras da Confederação Nacional da Indústria e é membro do conselho de administração das empresas WEG, Cosan e Profarma.
CONTATO: Helena Coelho – Assessoria de imprensa – (11) 3848-4827 – hcoelho@sindipecas.org.br
ZF – WILSON BRICIO, DESENVOLVIMENTO E INTEGRAÇÃO
Presidente da ZF América do Sul há 13 anos, em 2018 Wilson Bricio assume a presidência da empresa integrada na região, pós-aquisição da TRW em 2015, sendo responsável por um total de nove plantas (oito no Brasil e uma na Argentina) e cerca de 5 mil colaboradores. Tendo passado por um desenvolvimento acelerado de integração na região sul-americana, a vasta experiência em fusões & aquisições e a gestão de Bricio foram essenciais para o desenvolvimento dos processos na região, integrando, com sucesso, as áreas de vendas, gestão de materiais e criando o primeiro centro integrado de aftermarket mundial da ZF, em Itu, SP. Desde a aquisição em 2015, a ZF ampliou o seu vasto portfólio de soluções para o público OE e aftermarket, transformando-se em uma nova empresa e atendendo às necessidades de uma indústria cada vez mais dinâmica e demandante, que exige tecnologia, qualidade, eficiência e, claro, segurança. Além da presidência na ZF, Wilson Bricio também atua honorariamente em diversas entidades beneficentes, instituições bilaterais e de tecnologia, sendo uma das principais referências nos debates de inovação e engenharia no contexto Brasil-Alemanha. Entre elas, é membro do Comitê de Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação, Co-Chairman do Fórum Brasil-Alemanha de Inovação e membro do Board of Trustees do FCA@ITA (Escritório de Projetos de Manufatura Avançada da Sociedade Fraunhofer, sediado no ITA). CONTATO: Michel Haddad – Gerente de marketing e comunicação – (15) 4009-3469 – michel.haddad@zf.com
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VEÍCULO DE PASSAGEIROS
PEUGEOT 3008
Muito mais SUV do que a geração anterior, que era um típico crossover (mistura de minivan com utilitário), o novo 3008 agradou em cheio. O motor 1.6 turbo tem 165 cv de potência e 24,5 kgfm de torque. A transmissão é automática de seis velocidades. Como é comum aos carros franceses, o interior do 3008 tem muitos itens diferentes do que se vê normalmente em outros carros. É sofisticado e a sensação de espaço na cabine é grande.
RENAULT KWID
Apresentado como “o SUV dos compactos”, o Kwid é um hatch com posição de dirigir mais elevada. O carro tem como principal característica o baixo custo de produção. Conseguiu três estrelas no teste de impacto do Latin NCAP. Todas as versões utilizam motor 1.0 de três cilindros, com potência máxima de 70 cv, torque de 9,8 kgfm e câmbio manual de cinco marchas. Bom porta-malas de 300 litros.
VOLKSWAGEN POLO
O novo Polo inaugurou uma era para a Volkswagen no Brasil. O hatch premium oferece o que há de mais moderno em design, inovação, alta performance e segurança – com tecnologias inovadoras de fabricação e uso de aços especiais, o novo Polo obteve classificação máxima nos testes do Latin NCAP, com cinco estrelas na proteção para adultos e crianças. O novo Polo também atingiu o menor índice de reparabilidade do Brasil, de acordo com o Car Group do Cesvi Brasil. O destaque é o motor TSI de 128 cv e 200 Nm de torque combinado com o novo câmbio automático de seis marchas. O novo Polo estreou a segunda geração do Active Info Display, painel de instrumentos digital, com 10,25 polegadas e alta resolução.
VOLKSWAGEN VIRTUS
Montado sobre a plataforma modular MQB, a mesma do Audi A3 Sedan e de outros modelos do Grupo Volkswagen, o Virtus tem 4,48 metros de comprimento e 2,65 m de distância entre eixos. Embora classificado como compacto, tem espaço interno típico de sedãs médios. O porta-malas também é generoso. São 521 litros de capacidade. É vendido em três versões: MSI 1.6 flex, com motor aspirado de quatro cilindros e até 116 cavalos; Comfortline 200 TSI e Highline 200 TSI, essas duas com motor flex 1.0 turbo com três cilindros, injeção direta e até 128 cavalos. Todas recebem de série direção elétrica, ar-condicionado, acionamento elétrico para vidros, retrovisores e travas, suporte no painel para fixação de celular com entrada USB para recarga, sistema de som com conexão Bluetooth e entradas auxiliares.
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VEÍCULO COMERCIAL LEVE
CITROËN JUMPY
Feito com a mesma plataforma de seu primo Peugeot Expert, o Jumpy significa a entrada mais forte da marca no segmento de comerciais leves. Entre seus atributos está a capacidade de transportar até 1.500 kg de carga, com dirigibilidade amigável. O motor é 1.6 turbodiesel de 115 cavalos de potência e 30,6 kgfm de torque. O furgão Jumpy mede 5,31 m de comprimento, 1,92 m de largura e 1,93 m de altura.
FIAT DUCATO
Líder em seu segmento por quase uma década, o Ducato 2018 foi totalmente renovado. No total, são 13 versões: furgões de carga e ambulâncias, chamados de Cargo; opções de passageiros (com uma com acesso para cadeirante) batizadas de Minibus; Multi, ideal para transformações; e a nova versão Chassi, que introduz o Ducato no segmento de transporte de cargas e implementações diversas. O câmbio ganhou a sexta marcha para aproveitar mais as características do motor 2.3 turbodiesel, que desenvolve agora 130 cv a 3.600 rpm e 32,7 kgfm a 1.800 giros. O novo Ducato vem ainda com freios a disco nas quatro rodas com ABS, Hill Holder e airbags para motorista e passageiros no banco biposto.
MAN DELIVERY EXPRESS
A Volkswagen Caminhões e Ônibus ingressa em um novo segmento de comerciais leves com o Delivery Express, de 3,5 toneladas. Sob medida para entregas urbanas, combina a agilidade dos automóveis em manobras rápidas à robustez dos caminhões. Pode ser guiado por motoristas com carteira de habilitação da categoria B e trafegar em áreas onde a circulação de caminhões é restrita, característica dos grandes centros urbanos. O rodado simples na traseira traz o benefício da cobrança de pedágio no valor de um automóvel. Ele oferece aos clientes a tecnologia EGR, que dispensa o abastecimento de Arla 32.
PEUGEOT EXPERT
O Expert é primo do Citroën Jumpy, com o qual compartilha a plataforma. Com as mesmas medidas (5,31 m de comprimento, 1,92 m de largura e 1,93 m de altura), o Expert também transporta 1.500 kg de carga com bastante versatilidade. O câmbio é manual de seis marchas. Seu motor, um turbodiesel 1.6 de 115 cv a 3.500 rpm e 30 kgfm a 1.750 rpm. As portas laterais são corrediças e traseira abre em 180 graus.
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PRÊMIO REI
VEÍCULO COMERCIAL PESADO
DAF CAMINHÕES
– VERSÃO OFF ROAD DO CF 85 A DAF entrou no segmento off road com o lançamento da versão fora de estrada do modelo CF85, voltada para as aplicações de cana e madeira. O projeto é o maior desenvolvido pela engenharia brasileira da DAF até agora e contou com investimentos de mais de R$ 50 milhões. O veículo vocacionado é fabricado na unidade de Ponta Grossa, no Paraná, e conta com as proteções e reforços estruturais necessários para encarar as operações fora de estrada. O caminhão é equipado com motor Paccar MX 13, de 12,9 litros e potência de 460 cv. O propulsor tem bloco de ferro fundido vermicular e seis cilindros em linha. A embreagem Sacks Heavy Duty e a transmissão ZF ASTronic automatizada de 16 marchas são preparadas para uso severo. O modelo conta também com seletor Dual Driving com modos de condução on road ou off road, para respostas mais precisas e melhor desempenho, além de sistema auxiliar de partida em rampa (hill start aid) para maior segurança quando em operação. O eixo trativo Meritor tem redução nos cubos em relações de 4,55:1 ou 5,41:1. A admissão de ar é do tipo ciclônica, com filtro centrífugo, com filtragem de até 80%, melhorando a performance do filtro, o que reduz o consumo de combustível. O modelo tem PBTC de 125 toneladas e CMT de até 175 toneladas.
CONTATO: Rubia Ribeiro – Gerente de comunicação e marketing – (42) 3122-8400 – rubia.ribeiro@daftrucks.com
MAN
– CONSTELLATION 32.360 V-TRONIC A MAN Latin America apresenta o mais novo e robusto membro da família de caminhões rígidos traçados da empresa – o Constellation 32.360 V-Tronic, indicado para as mais pesadas e severas operações dentro dos segmentos de mineração, construção civil e do agronegócio. O motor Cummins de 8,9 litros gera 360 cv de potência e 1.600 Nm de torque. A transmissão totalmente automatizada ZF 16AS 2230 TD é a novidade para o segmento de rígidos 6x4, com 16 velocidades à frente e duas à ré. Traz diversas inovações para ter maior durabilidade, disponibilidade e custo operacional. O eixo traseiro Meritor MT 26-610 tem redução nos cubos, bloqueio de diferencial transversal e longitudinal, itens essenciais para operações fora-de-estrada. Para complementar, possui capacidade técnica de 32.500 kg, com Peso Bruto Total Combinado de 57.000 kg e Capacidade Máxima de Tração de 70.000 kgf.
CONTATO: Juliana Rosas Frech – Supervisora – (11) 5582-5635 – juliana.frech@volkswagen.com.br
MERCEDES-BENZ – ACTROS MATERIALIZA O SLOGAN
“AS ESTRADAS FALAM. A MERCEDES-BENZ OUVE”
O caminhão que representa o mote “As Estradas falam. A Mercedes-Benz ouve” apresentou novidades em 2017, que reforçaram esse produto como carro-chefe da Mercedes-Benz, conquistando ainda mais participação de mercado. O modelo top de linha da marca ganhou um design mais sofisticado e atraente. Há novas cores de cabine, painel de instrumentos com novas funções, atualização da inteligência do câmbio Mercedes PowerShift e novo piloto automático, que pode proporcionar economia de combustível de até 1%. Em 2017, a Mercedes-Benz ampliou em 23% as vendas de extrapesados no mercado brasileiro e a linha Actros foi o grande destaque para que a marca chegasse a essa conquista. O modelo sozinho aumentou em 66% suas vendas no País. O produto, desenvolvido a partir de solicitações dos clientes, é reconhecido no mercado brasileiro pelo elevado padrão de tecnologia, conforto, desempenho e produtividade. E essas características estão sendo evidenciadas por clientes de diferentes segmentos, como transporte de gases e líquidos, combustível, frigorificado, cegonhas, grãos e outras atividades do agronegócio. Mais do que nunca, o Actros já se tornou a principal opção para os transportadores que querem garantir o sucesso de seu negócio. Veja o Actros em operação: https://www.youtube.com/watch?v=tgbIT3BQRR8
CONTATO: Suzana Vieira – Analista de comunicação – (11) 4173-0002 – suzana.vieira@daimler.com
SCANIA BRASIL
– R440, O CAMPEÃO DE VENDAS DE 2017 Em 2017, a Scania consagrou um campeão: o R440, com o título de maior venda do ano na indústria de caminhões. De acordo com o ranking da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) e do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), 3.033 unidades foram emplacadas, liderando em sua faixa de atuação, com 16% do mercado de pesados. Além disso, o modelo também conquistou a primeira colocação de vendas no mercado, levando em conta todas as categorias de veículos comerciais, sendo o mais vendido de toda a indústria. O R440 também foi o campeão de 2016 na categoria dos pesados, com 1.905 unidades. Somando todas vendas desde o lançamento do veículo, em 2012, já são quase 28 mil unidades vendidas, tornando o modelo o mais comercializado da história da Scania no Brasil, ultrapassando o lendário T 113. O R 440 tem motor de 13 litros e 440 cavalos que desenvolve eficiente torque de 2.300 Nm já a 1.000 rpm, garantindo maior economia. É oferecido nas configurações de rodas 4x2, 6x2, 6x4 e 8x2 para longas distâncias com baú, sider, carga seca, contêiner, tanque e cegonha, entre outros implementos.
CONTATO: Renata Nascimento – Chefe de comunicação – (11) 4344-9666 – renata.nascimento@scania.com
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MARKETING E PROPAGANDA
CNH INDUSTRIAL PARTS & SERVICE – PRÓ-TRATOR CASE IH – UM TRATOR COMO PRÊMIO
A campanha Pró-Trator da Case IH consolidou, junto ao agricultor, as vantagens de comprar peças genuínas. Para isso, uma das estratégias criadas foi o sorteio de um trator Farmall 80 para os clientes que utilizaram peças genuínas na manutenção dos equipamentos. O alcance extraordinário de 14 milhões de pessoas fez com que a campanha registrasse aumento de 15% nas vendas de peças genuínas na rede de concessionárias espalhada por todo o Brasil entre maio e outubro 2017, quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Além do sorteio inédito de um trator Case IH, a campanha proporcionou mais de 130 itens com preços especiais para os clientes. Com um arrojado plano de divulgação 360 graus e a veiculação na TV aberta e mídias digitais como forma de interação com o público final, a campanha também mobilizou os clientes dentro das principais feiras agrícolas do País. Toda a rede recebeu treinamento e suporte com material de marketing. Além do sucesso de vendas, a campanha tornou-se referência no setor agrícola para divulgação de peças de reposição para tratores.
CONTATO: Regina Cavinato Barbosa – Gerente de marketing services & communication – (15) 3334-1705 – regina.barbosa@cnhind.com
FCA – DIVULGAÇÃO DO NOME DO FIAT CRONOS E A PRIMEIRA CORRIDA DE UNOS MILLE COM ESCADA
A FCA mais uma vez escolheu o bom humor para nortear uma de suas campanhas. Para revelar o nome de seu novo carro, o Fiat Cronos, realizou a 1a Corrida de Unos Mille com Escada. A corrida foi realizada no autódromo Mega Space, em Belo Horizonte, e teve a narração do famoso radialista Domenico Gatto, locutor da rádio 97 FM, conhecido como “A Voz”. A 1ª Corrida de Unos Mille com Escada originou o filme Corrida Fiat (2m50), que estreou nos canais digitais da marca. Para mobilizar o público e fãs da marca, a FCA se apropriou de um meme da internet, “Uno com Escada”, que tem mais de 500 mil conteúdos gerados nas redes sociais e recentemente virou game. Toda a ação foi criada internamente em parceria pelo Hub de Conteúdo e Criação da FCA, o Crie e a Sunset, a partir de um processo colaborativo que envolveu lovers da marca, monitoramento de redes sociais e a linguagem nativa da internet. Os consumidores puderam ver a corrida em um filme em que seis Unos Mille com escadas davam seis voltas no autódromo. A cada volta completada, um Mille era substituído por um modelo atual da Fiat, que trazia uma das letras que formaram o nome do novo carro, Cronos. Antes de o filme oficial ser lançado, um teaser de 30” foi veiculado nas plataformas digitais da marca, convidando o internauta a assistir à 1a Corrida de Unos Mille com Escada e descobrir o nome do novo carro da Fiat. Foi uma das ações que mais geraram engajamento na história da Fiat. A corrida de Unos com Escada reteve quatro vezes mais usuários até o fim do vídeo do que a média de outros vídeos da marca, resultando em 103 matérias publicadas na imprensa, 19MM de pessoas impactadas, 6MM de impressões potenciais, 3,6MM de views, 174k de engajamento e 27.685 interações.
CONTATO: Ellen Cristina do Carmo Dias – Especialista de comunicação – (31) 2123-7411 – ellen.dias@fcagroup.com
SUZUKI – CAMPANHA NEW VITARA – FAZ TODO SENTIDO
Com a assinatura “Faz todo sentido”, a campanha do New Vitara traz quatro principais destaques do carro: o design moderno de um legítimo SUV, a possiblidade de personalização externa e interna, a tecnologia e a eficiência energética, com consumo de combustível nota A. Inteiramente produzido por computação gráfica por moldes 3D, o filme pode ser visto na internet e nos principais canais de TV a cabo. Link: https://youtu.be/5fJ2nzrJ_1Y
CONTATO: Thiago Padovanni – Assessor de imprensa – (11) 5694-2713 – thiagopadovanni@hpeautos.com.br
VW – “01.09”: PRIMEIRA WEBSERIE DA VOLKSWAGEN MUDA CONCEITO DE COMUNICAÇÃO ENTRE MARCA E CONSUMIDOR
Em julho de 2017, a Volkswagen lançou a “01.09”, sua primeira webserie original. Buscando criar expectativa em torno da chegada do novo Polo, o enredo destacou as inovações de última geração da marca. Dividida em 8 episódios, foi veiculada na web app e no site da série (www.vw.com.br/0109) e disponibilizada no canal oficial da marca no YouTube. Para a Volkswagen, a tecnologia tem mudado radicalmente a forma como o brasileiro se relaciona com as marcas e como ele consome conteúdo. Neste ambiente cada vez mais digitalizado e conectado, surgiu a ideia de inserir no conteúdo da série, de forma bastante natural, uma mensagem de marketing totalmente integrada com a história. O resultado foi uma trama intrigante, que a cada episódio mostrava uma Volkswagen se reinventando, não só em inovações tecnológicas de ponta, mas também no jeito de se relacionar e se conectar com os brasileiros. As reações nas redes sociais foram monitoradas em tempo real e os comentários ajudavam a adaptar a trama, com conteúdo inspirado nas pessoas. Ao fim da série, cheia de enigmas, o público descobriu que “01.09”, lido de trás para a frente, formava a palavra Polo. Os números da audiência atestam o sucesso da série, principalmente junto ao público jovem: somando o alcance de todas as peças de comunicação, foram mais de 23 milhões de visualizações, impactando mais de 60 milhões de pessoas, cerca de 300 mil visitas no hotsite e mais de 210 mil interações nos canais sociais da marca.
CONTATO: Renato Acciarto – Gerente de imprensa corporativa – (11) 4347-5060 renato.acciarto@volkswagen.com.br
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PRÊMIO REI
MANUFATURA
HONDA – REDUÇÃO NO CONSUMO DE THINNER DE LIMPEZA
A cada troca de cor no processo de pintura dos automóveis, é necessário realizar a limpeza do circuito, que inclui mangueiras e pistolas, evitando que a nova coloração seja alterada em função de resquício da tinta anterior. O material mais consumido nesse processo é o thinner de limpeza, 100% volátil. Por meio de uma análise minuciosa, identificou-se o potencial em reduzir o consumo de solvente no processo de limpeza. Inicialmente, foi observado que se utilizava muito mais solvente na etapa de aplicação manual, quando comparado com a automática. Assim, foram avaliados novos limites de vazão de solvente nas pistolas de aplicação manual, sempre preservando a qualidade do processo. No início da medição, a vazão aproximada era de 0,77 litro/minuto e, ao final, esse volume foi reduzido a 0,62 litro/minuto. Com essa nova definição houve uma padronização do processo, reduzindo o consumo de material e a consequente eliminação da emissão de 20 toneladas de VOC (compostos orgânicos voláteis) na atmosfera por ano.
CONTATO: Evelyn de Almeida Lima – Supervisora de relações públicas – (19) 3864-7123 - evelyn_lima@honda.com.br
NISSAN – O SUCESSO DA PREPARAÇÃO PARA A IMPLEMENTAÇÃO
DO SEGUNDO TURNO NA FÁBRICA DE RESENDE
Em 2017, a Nissan foi uma das montadoras locais que mais cresceram em vendas internas e também em exportações e, para isso, a preparação e lançamento do segundo turno de produção da fábrica de Resende foi fundamental. Isso ao mesmo tempo em que a fábrica passava também pela preparação para o lançamento de um novo carro: o Nissan Kicks brasileiro. Como peça significativa da preparação do segundo turno e da produção do novo carro, foi necessário contratar 600 novos profissionais, treiná-los e cuidar de todos os processos para manter o padrão de qualidade da marca. Foram investidos R$ 750 milhões na preparação da fábrica para o segundo turno e a produção do crossover. Em meio a treinamentos, novos processos e novos funcionários, a linha de produção também recebeu 150 novos equipamentos, como o que permite a montagem precisa e segura da tampa do porta-malas e os robôs para fazer a pintura do teto “flutuante” nas versões equipadas com o opcional “2-Tone” do Kicks. Assim como a máquina para calibração do avançado sistema de visão 360 graus com sistema inteligente de câmeras, que requer um ajuste fino para oferecer visibilidade total do entorno do veículo. Além disso, a linha de produção ganhou 23 novos AGVs (Automatic Guided Vehicles) – pequenos robôs autoguiados que conduzem carrinhos de peças e plataformas –, passando para um total de 123 unidades. Outros resultados do aumento do volume são as novas áreas na linha de produção e na inspeção de qualidade.
CONTATO: Alexandre Carvalho – Especialista de comunicação de produto – (11) 95376-4812 – alexandre.carvalho@nissan.com.br
OSRAM – LEDs PARA O FIAT CRONOS
O Fiat Cronos é uma das apostas da Fiat para retomar a liderança do mercado brasileiro de automóveis. O projeto LED para a lanterna traseira do modelo foi concebido para oferecer a durabilidade própria dos projetos de LED, que possuem vida útil muito mais elevada que as lâmpadas convencionais de filamento, diferença que pode passar de 60 vezes mais. Enquanto uma lâmpada de filamento possui uma vida útil em torno de 800 horas, os projetos de LED podem chegar a até 50 mil horas. Em termos de design, o LED permite uma vasta variedade de aplicações e utilização, fazendo com que o projeto não fique limitado. Além do que, o emprego da tecnologia LED atrai cada vez mais consumidores, que estão mais exigentes a cada dia. Quando falamos de temperatura, o LED não aquece do mesmo modo que a lâmpada de filamento. Por isso, não é necessária a utilização de materiais resistentes a altas temperaturas na construção do produto. Somado a isso também podemos falar do consumo energético dos projetos de LED, que exigem muito menos energia elétrica que as lâmpadas convencionais de filamento. O projeto LED para a lanterna traseira do Fiat Cronos foi desenvolvido por meio da parceria entre Fiat, Osram e Valeo. A produção se dá em duas etapas: a montagem da placa de LED é feita na China e a da lanterna, na Argentina. Posteriormente, tudo é enviado às montadoras Fiat para aplicação nos veículos.
CONTATO: Felipe Pegorelli – Coordenador de vendas – (11) 98266-4865 – f.pegorelli@osram.com
POLLUX – LINHA DE MONTAGEM DE PAINÉIS JUST-IN-SEQUENCE
Desenvolvemos uma linha estilo just-in-sequence de montagem de painéis automotivos para a fábrica da FCA. Esta linha segue os conceitos WCM e de manufatura avançada, com produção flexível e customização. É composta por um transportador aéreo, com 22 trolleys, sistema de rastreabilidade baseado em RFID, sistema pick-to-light para auxílio e controle de abastecimento dos componentes, uma estação de retrabalho com todos os recursos de montagem existentes e dois servidores. Cada painel é montado de acordo com a preferência do cliente e os pedidos são recebidos pela linha pelo sistema de difusão da montadora. Em cada trolley pode ser montada uma versão diferente de painel, com orientações de trabalho indicadas para o operador pelos monitores IHMs presentes nas estações. Os componentes principais são rastreados pela leitura de código Datamatrix e as operações de montagem, torques aplicados e testes elétricos efetuados em 100% dos painéis, monitorados e arquivados em banco de dados do sistema de controle de rastreabilidade. A linha e a configuração das estações de trabalho podem ser programadas pela planilha Excel, que recebe dados da bill of material da montadora, garantindo que a atualização dos part numbers dos componentes seja feita de forma imediata, facilitando a programação do sistema pick-to-light. A programação em Excel é uma grande diferencial e inovação, pois torna muito mais acessível e descomplicado ter controle total da linha.
CONTATO: Jeferson Castro dos Santos Gerente de projetos – (47) 3025-9049 – jeferson.santos@pollux.com.br
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LOGÍSTICA
BOSCH– OTIMIZAÇÃO DO TRANSPORTE DE RESÍDUOS DE COLETA SELETIVA
A Bosch reduziu em 55% o fluxo de caminhões que realizam o transporte dos resíduos de coleta seletiva da planta de Campinas, SP, até seus receptores. Com a instalação de prensas compactadoras alimentadas com empilhadeiras, além de eliminar os processos manuais, obteve-se uma otimização dos volumes utilizados das caçambas roll-on. Com o material compactado, o limite da carga deixou de ser considerado por volume e passou a ser pelo peso do resíduo. Com uma média de geração e destinação de 1.500 ton/ano de resíduo reciclável de papel e plástico, a Bosch eliminou cerca de 400 viagens/ano. O resultado deste trabalho gerou economias tanto no que tange o contrato de gerenciamento de resíduos quanto em relação aos custos de fretes e emissões de notas fiscais. O meio ambiente também foi fortemente favorecido com a redução de emissões de caminhões transitando pelas estradas.
CONTATO: Bernhard Schaefer – Engenheiro de instalações industriais sênior – (19) 2103-1663 – bernhard.schaefer@br.bosch.com
IDLOGISTICS E MWM – FERRAMENTAS LEAN NA LINHA DE MONTAGEM DE KITS DE CILINDROS DA MWM
A MWM confiou à IDL a terceirização logística da divisão de peças de reposição relativa às atividades de armazenagem, embalamento, montagem de kits, gestão de estoque e preparação de pedidos para obter máxima eficiência na execução operacional e garantir o crescimento contínuo. O centro de distribuição foi inaugurado no fim de 2015 em Jundiaí, SP, com uma área de 7.750 m² e movimentação de 3 milhões de peças/mês. O projeto de melhoria na montagem de kits começou em março de 2016 com o objetivo de aperfeiçoar a produção atingida no start-up, o histórico de reclamação de clientes e a ruptura de abastecimento, que geravam custo incremental com logística reversa, bem como a perda de confiabilidade do processo. O passo inicial foi mapear cada etapa, definindo a padronização do método de montagem, otimização do layout, condição ergonômica, revisão do fluxo de entrada/saída da linha e de separação dos componentes. Para a implantação foram utilizadas ferramentas como diagrama de espaguete, tempo de ciclo, mapeamento multimomento, cronoanálise e one piece flow. Os desperdícios constatados em relação a tempo de espera, excesso de estoque e deslocamento para coleta dos componentes foram analisados e corrigidos. Com isso, a MWM atingiu melhora significativa nos níveis de atendimento do cliente final, refletindo uma redução de 19% de reclamações, além da precisão de entrega, disponibilidade de estoque e incremento de eficiência na montagem de kits em 18% em 2017, enquadrando-se em rígidas auditorias como Inmetro e IATF 16949:2016.
CONTATO: Daniela Cheregatti – Gerente do site MWM Jundiaí – (11) 3882-3939 ou 9 9400-4622 dcheregatti@id-logistics.com.br
MWM – FLUXO CONTÍNUO NO RECEBIMENTO DE MATERIAIS ADEQUADO AO NOVO SPED FISCAL BLOCO K
Em busca do constante aumento de eficiência em suas operações, a MWM Motores implementou o fluxo contínuo de entrada de materiais em sua operação de peças de reposição em Jundiaí. Trata-se de uma nova metodologia que permite o fluxo contínuo de entrada de materiais e disponibilização do produto acabado no próprio dia de chegada. Esta inovação permitiu à MWM adequar o seu processo produtivo ao novo sped fiscal do bloco K e também diminuir o seu lead time interno de atendimento aos seus clientes em 82%. O fluxo contínuo no recebimento e processamento de embalagens se divide em três grandes fases: 1) A construção de uma swimlane do processo atual, analisando as etapas críticas de implementação do bloco K; 2) Cronoanálise do fluxo de materiais (VSM) e retirada de 90% do tempo de transição entre os seus processos internos; 3) Redesenho do fluxo e implementação do mesmo, com 59 melhorias de processo integradas ao VSM. Essa inovação nos permitiu o atendimento e disponibilização de 100% de todo o material que chega ao CD, no mesmo dia. Além do principal ganho acima, que é o melhor atendimento e maior agilidade aos nossos clientes, tivemos uma redução de colaboradores alocados naquela atividade de 27%, o número de peças processadas por operador aumentou em cerca de 172% e, por fim, redução dos custos operacionais no ano em 5%. E como ‘’pocayoque” natural, eliminamos a plataforma elevatória da segunda doca de recebimento de forma que hoje é fisicamente impossível receber dois veículos ao mesmo tempo.
CONTATO: Thomas Püschel – Diretor de vendas e marketing – (11) 3882-3348 – thomas.puschel@navistar.com.br MEZANINO PRIMEIRO ANDAR ATRÁS DA SECRETÁRIA
ZF– NOVO CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO UNIFICA
0 x 38cm
OPERAÇÕES LOGÍSTICAS DA ZF AFTERMARKET
Após a conclusão do processo de integração no Brasil da TRW ao Grupo ZF, a ZF Aftermarket inaugurou em Itu (SP) um novo centro de distribuição (CD) para administrar as operações de reposição das plantas de Sorocaba, Limeira e São Bernardo do Campo. O novo local agiliza o atendimento de todas as demandas do setor de reparação de veículos leves, pesados, embarcações marítimas e máquinas off-road em todo o Brasil e América Latina. O centro de distribuição foi inaugurado em fevereiro de 2017 e reúne em um único local todos os produtos, peças e serviços oferecidos pelas marcas Sachs, Lemförder, TRW e ZF. Além de ser a pioneira no início do processo de integração, a América do Sul foi também a primeira região no mundo a inaugurar um centro de distribuição da ZF Aftermarket integrado. Localizado em Itu (SP), o centro conta com 21.000 metros quadrados dedicados ao centro logístico e administrativo (que conta com aproximadamente 16 mil posições de estoque). Toda a estruturação operacional do CD é baseada na metodologia Lean em sistema puxado, que garante eficiência operacional em relação aos processos convencionais de logística. O CD está próximo às principais rodovias do Estado de São Paulo e a duas horas do Porto de Santos (SP).
CONTATO: Andreas Luiz Nardelli Potenza – Analista de marketing – (15) 4009-2421 – andreas.potenza@zf.com
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PRÊMIO REI
INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
BMW – PRIMEIRO CORREDOR ELÉTRICO NO BRASIL, ENTRE RIO DE JANEIRO E SÃO PAULO
Com o objetivo de estimular a mobilidade elétrica no Brasil, o BMW Group e a EDP Brasil estão construindo o primeiro corredor com postos de carregamento para carros elétricos do País, que interligará as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. A iniciativa prevê a instalação de seis estações de recarga em 2018 para abastecer veículos elétricos que circulam pela Rodovia Presidente Dutra, entre as capitais dos dois Estados, passando por cidades importantes como São José dos Campos, Taubaté e Resende. As recargas serão gratuitas e os motoristas carregarão seus veículos em só 25 minutos. Será possível ainda carregar dois veículos simultaneamente. Os equipamentos, que são compatíveis com outras marcas e seguem o padrão europeu, já estão sendo instalados no trecho. A BMW é a pioneira em veículos elétricos no País, oferecendo o elétrico BMW i3 e o híbrido BMW i8. A empresa é também pioneira na instalação de infraestrutura para carregamento, sendo responsável por instalar 70 pontos de recarga no País. “A BMW aposta na eletrificação como realidade sustentável de mobilidade e faz deste conceito uma ampliação do puro prazer de dirigir”, afirma Helder Boavida, CEO e presidente do BMW Group Brasil. “Para o BMW Group, a mobilidade no futuro será autônoma, compartilhada, eletrificada e conectada. Não iremos nos furtar do papel de protagonistas nas discussões sobre o assunto.”
CONTATO: João Veloso – Gerente sênior de comunicação corporativa – (11) 5586-0610 – joao.veloso@bmw.com.br
BOSCH – PROJETO IAAT – INVESTIGAÇÃO AVANÇADA
DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO
A Bosch, em cooperação com a SAE Brasil, Emdec de Campinas, Polícia Científica, Corpo de Bombeiros, Universidade Mackenzie, Takata e Idiada, estruturou e viabilizou uma parceria para a investigação avançada dos acidentes de trânsito na cidade de Campinas, SP. O trabalho, inédito na América Latina, possibilitará em médio prazo um profundo entendimento das principais ocorrências e causas das fatalidades/ferimentos no trânsito e, consequentemente, derivar ações direcionadas, tanto na infraestrutura da cidade como nas ações educativas e no desenvolvimento ou adoção de tecnologias automotivas adequadas para minimizar os problemas específicos do Brasil. Os acidentes de trânsito representam um prejuízo altíssimo para o País – são 44 mil mortes e R$ 50 bilhões em custo social ao ano estimados. O diferencial do projeto é o uso de metodologia internacional de investigação, com visita ao local do acidente, registro fotográfico, coleta de mais de 100 variáveis e reconstituição do acidente por simulação em software profissional. Pelas reconstituições, obtêm-se, além de visualização simulada das ocorrências, também informações adicionais como a velocidade de colisão. O treinamento realizado pelo time especializado da Bosch já foi implementado também em países como China, Índia e Alemanha e este último, já mais maduro nas investigações, vem apresentando reduções expressivas no número de acidentes de trânsito.
CONTATO: Alexandre Pagotto – Gerente de marketing – (19) 2103-4986 – alexandre.pagotto@br.bosch.com
FCA – MANUFACTURING 2020 E SIMCENTER
Na FCA, novos processos surgem para aumentar qualidade e produtividade, integrados ao conceito da indústria 4.0. O ecossistema da indústria 4.0 tem como berço o Manufacturing 2020, laboratório criado em 2017 no Polo Fiat com o propósito de apontar tendências mais relevantes da indústria 4.0 no mundo, além do desenvolvimento do capital humano. São realizadas provas de conceito, com plataformas dedicadas aos experimentos de novas tecnologias, em um ambiente que reproduz em escala um cenário real. O espaço abrange a sala de simulação virtual (primeira no Brasil com a criação de uma linha de montagem virtual, idêntica à real), salas de treinamento e células do processo produtivo para realização de provas de conceito (42 estão em andamento). Várias tecnologias testadas já foram incorporadas à manufatura, como robôs colaborativos e exoesqueletos, fazendo com que a FCA seja pioneira na América Latina no uso dessas soluções. Outro exemplo é o SIMCenter, primeiro centro de simulação de dinâmica veicular da América Latina e primeiro do gênero da FCA no mundo. É formado por uma plataforma que realiza todos os movimentos de um veículo real por nove atuadores, um cockpit e uma tela curva com ângulo de visão de 230 graus. O diferencial é o conceito driver-in-the-loop, que permite ao condutor, em tempo real, avaliar diferentes geometrias da suspensão num ambiente totalmente controlado, sem ter de ir a uma pista de teste. É possível gerar dados sobre o comportamento dos condutores em diferentes estímulos, como distração por cansaço e efeito de bebidas alcoólicas; interação homem-máquina e ergonomia; infraestrutura viária com avaliação de sinalizações e traçados de rodovias que ainda nem foram construídas, sempre em ambiente controlado e seguro.
CONTATO: Ellen Cristina do Carmo Dias – Especialista de comunicação – (31) 2123-7411 – ellen.dias@fcagroup.com
LIBRELATO – NOVO SISTEMA FAVORECE A SEGURANÇA
NO TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS
Em 2017, uma das novidades apresentadas pela Librelato foi o sistema SmartBoard, que torna o transporte de cargas perigosas mais seguro. Trata-se de um painel eletrônico que pode ser instalado em um semirreboque, integrado exclusivamente a um sistema de freio EBS (freio eletrônico). A solução permite a execução de comandos e visualização de informações de toda a operação. Entre as informações estão a indicação de distância percorrida – total e parcial (hodômetro), informação de peso por eixo e peso na suspensão do semirreboque, mensagens de diagnóstico e do sistema, controle da suspensão a ar eletrônica (ECAS), acionamento do suspensor pneumático e gravação de dados da operação (ODR). Essa tecnologia permite ao motorista o manuseio operacional total do implemento pelo painel eletrônico. Agregando o equipamento a uma suspensão pneumática é possível obter controle total sobre a estabilidade da carreta, evitando tombamentos. É especialmente indicado para o transporte de cargas perigosas e de combustíveis e faz parte dos itens opcionais da Librelato.
CONTATO: Ramiris Beltrame – Gerente de engenharia e qualidade – (48) 3467-2200 – ramiris.luciano@librelato.com.br
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SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
AUTOFORJAS – ELIMINAÇÃO DE ÓLEO REFRIGERANTE NO PROCESSO DE USINAGEM
A Auto Forjas, uma empresa do grupo CIE Automotive, antenada às necessidades de redução de desperdícios e redução do consumo de óleo solúvel, implantou em seu processo a usinagem a seco para operações de torneamento em máquinas CNC de produção em série. Com isso, quebrando paradigmas, eliminou-se 100% da projeção de óleo refrigerante nos equipamentos de tornear em processo de desbaste, aumentando em 30% a vida útil das ferramentas de corte que, uma vez estabilizadas na temperatura de trabalho, trazem homogeneidade ao processo, evitando microtrincas geradas pelo contato do óleo refrigerante com a ferramenta de corte. Uma vez eliminada a refrigeração nas ferramentas, eliminou-se também a necessidade de bombas de refrigeração, o que fez reduzir o consumo de energia elétrica. Diminuiu-se a proliferação de bactérias gerada pelo óleo refrigerante em repouso no reservatório, eliminou-se a perda do óleo refrigerante por arraste, evaporação e/ou vazamentos provenientes do processo, eliminou-se o risco de contato do óleo com o operador, garantido sua integridade física pela não inalação da névoa do óleo, além de eliminar completamente o descarte do óleo em seu fim de vida útil, evitando assim a geração de resíduos contaminados.
CONTATO: Leonardo Martins Ferreira – Coordenador de manutenção – (31) 2106-8648 – leonardo.martins@autoforjas.com.br
BMW – CENTRO SOCIAL NA FÁBRICA DE ARAQUARI
O Centro Social e Recreativo do BMW Group na fábrica em Araquari, SC, construído em uma área de 1.220 m² integrada à natureza, hospeda, de segunda a sexta, o projeto social Sou Futuro BMW. Cerca de 90 crianças e jovens do entorno da planta, entre 7 a 16 anos, recebem reforço acadêmico, participam de atividades culturais e esportivas, nas mais variadas formas de arte, a citar a música clássica, o balé e outras modalidades de dança tutoreadas pela escola Bolshoi. Além da instituição russa de balé, o Instituto Solvi desenvolve a educação ambiental por meio de oficinas de artes, cinema e fotografia. Os estudantes são trazidos diariamente, em contraturno escolar, graças a uma parceria com a prefeitura de Araquari. O objetivo do projeto Sou Futuro BMW é mais do que o desenvolvimento formal: é criar e elevar valores nestes jovens a fim de contribuir na formação de futuros profissionais engajados e aptos ao mercado de trabalho. Além disso, o complexo é uma iniciativa que oferece aos colaboradores e estagiários da empresa um espaço para prática de esportes e exercícios. A academia, com o acompanhamento profissional, é gratuita para toda a equipe, que também pode reservar as quadras de futebol e vôlei, sala de jogos e churrasqueira fora de horário de trabalho.
CONTATO : João Veloso – Gerente sênior de comunicação corporativa – (11) 5586-0610 – joao.veloso@bmw.com.br
DAF – PROGRAMA DE DIVERSIDADE DAF
O Programa de Diversidade DAF, implementado em 2017, dentro de uma estratégia global, trouxe à subsidiária brasileira a oportunidade de discutir e implementar ações que estimulem o respeito e a valorização a diferentes aspectos de diversidade, como o empoderamento feminino, as novas gerações e a inclusão de portadores de deficiência. Parte de um projeto global do Grupo Paccar, o projeto nacional teve início com a criação do Comitê de Diversidade, composto por 11 funcionários representantes de diversas áreas, de vários níveis hierárquicos, que são responsáveis por discutir estratégias e implementar as ações definidas. Para a DAF, ações que estimulem um ambiente respeitoso e inclusivo têm como consequência um melhor ambiente de trabalho, onde perspectivas diferentes contribuem para melhores resultados. Esse conceito faz ainda mais sentido no Brasil, um país com proporções continentais e formado por culturas tão ricas e diversas. Ao longo de 2017, o Comitê de Diversidade DAF realizou várias ações, como grupos de discussões para saber o que os demais funcionários entendem por diversidade e quais pontos a empresa poderia desenvolver; Coral da Diversidade com a participação de 35 funcionários; Semana da Diversidade, que abordou diversos temas como inclusão de portadores de necessidades especiais, empoderamento feminino, além de workshops, painéis e palestras. O objetivo é fazer ano a ano a consolidação do programa, tornando o ambiente cada vez mais inclusivo e estimulando as pessoas a contribuírem com diferentes perspectivas para a criação de um ambiente de trabalho bom para trabalhar e que traga, como consequência, resultados ao negócio.
CONTATO: Jeanette Costa Jacinto – Diretora de recursos humanos – (42) 3122-8479/9 9131-4415 Jeanette.jacinto@daftrucks.com
PIRELLI – PRIMEIRO PNEU DE ALTA PERFORMANCE FABRICADO COM BORRACHA NATURAL EXTRAÍDA DA GUAIÚLE
Alta performance e materiais inovadores com baixo impacto ao meio ambiente. Estas são as características do novo protótipo de pneu que a Pirelli testou nos campos de provas na Itália, de Vizzola Ticino e de Balocco, utilizando uma Maserati Ghibli. Pela primeira vez, a empresa produziu um pneu de Ultra High Performance (UHP) que contém em sua composição a borracha natural da guaiúle. A guaiúle é uma planta, tipo arbusto, que cresce em climas áridos, mas que não serve para consumo humano, e pode ser cultivada com pouca água e sem pesticidas. Assim, torna-se uma alternativa viável para a tradicional seringueira, árvore tipicamente brasileira. Nos campos de prova na Itália, os pneus foram submetidos a simulações extremas de uso, incluindo condições de piso molhado. Os resultados demonstraram o mesmo desempenho dos pneus equivalentes, aqueles feitos com polímeros sintéticos de produtos derivados do petróleo. A substituição de polímeros petroquímicos por matérias-primas alternativas e renováveis é um objetivo fundamental para a divisão de pesquisas da Pirelli, que tem sido líder em soluções de mobilidade sustentável há muitos anos.
CONTATO: Fábio Santos – Assessor de imprensa – Pirelli – (11) 5053-5121 – fabio.santos@nectarc.com.br
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PRÊMIO REI
AUTOPEÇAS E SISTEMAS
AETHRA SISTEMAS AUTOMOTIVOS – INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE
PARA MOLDAR O FUTURO
Investimentos certeiros e uma equipe capaz de solucionar as principais demandas do mercado automotivo tiveram como resultado tecnologias exclusivas desenvolvidas pela Aethra Sistemas Automotivos, além de inovação em processos e produtos que levam o setor à evolução constante pedida no mundo inteiro. Um dos destaques do trabalho conjunto entre engenharia e a área industrial da Aethra é a exclusiva tecnologia de Hot Stamping, resultado de um minucioso trabalho de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I). Suas principais vantagens em relação ao processo convencional atual são o espaço enxuto necessário para sua instalação (até seis vezes menor que a área requerida pelo processo convencional), a economia de energia pela rapidez na ativação do maquinário, o controle individual de temperatura das peças, além da possibilidade de pintura direta em peças de pele, sem a necessidade de jateamento – hoje, por exemplo, apenas peças estruturais são feitas nessa tecnologia. A estampagem a quente da Aethra tem atraído cada vez mais o interesse de clientes, fornecedores e até mesmo de concorrentes. Em 2017, a empresa recebeu dezenas de visitas, nacionais e internacionais, interessadas em conhecer melhor os resultados que a tecnologia tem a oferecer. Outra tecnologia que está em voga no mercado mundial e tem a Aethra como referência é o tanque para veículos híbridos, já testado e aprovado pelas principais montadoras. CONTATO: Fernando Martins Vieira de Almeida – Comunicação e marketing – (31) 3045-9114 – fernando.almeida@aethra.com.br.
BASF– SOLUÇÕES AUTOMOTIVAS INOVADORAS PARA UM FUTURO SUSTENTÁVEL
Na Basf, a sustentabilidade incorpora nossa estratégia e, por este motivo, investimos em pesquisa e inovação, uma busca constante pela excelência nos nossos produtos e processos. Exemplo disso é o CathoGuard® 800, produto de alta performance para a indústria automotiva, que protege superfícies metálicas de corrosão, comum em regiões litorâneas. Essa tecnologia é chamada de eCoat e é aplicada na primeira fase do processo de pintura do veículo, onde o corpo metálico é mergulhado neste material. O CathoGuard® 800 tem diversas características únicas que o diferenciam de outros materiais e o tornam mais sustentável. Feito à base d’água e sem metais pesados em sua formulação, o produto gera benefício para o meio ambiente e pessoas que operam este material nas linhas de produção, reduzindo entre 15% e 20% do volume de tinta utilizado na pintura e por consequência a quantidade de água no processo de produção, o que também representa uma economia na disposição e tratamento de resíduos. Nos sites da Basf em que o CathoGuard é produzido, avaliamos todo o ciclo de vida, permitindo a mensuração de consumos e emissões ao longo da cadeia produtiva até a entrega para o cliente, pela Fundação Espaço ECO®, criada e mantida pela Basf. Juntos, criamos química para um futuro sustentável!
CONTATO: Thiago Siqueira Caixeta – Consultor de estratégia de indústria automotiva – (11 ) 2039-3795 – thiago.caixeta@basf.com
MAHLE– PISTÃO COM GALERIA ELEVADA – AUMENTO DE VIDA ÚTIL E REDUÇÃO NA FORMAÇÃO DE CARVÃO
Pistões para motores Diesel tradicionalmente possuem uma galeria de refrigeração que tem por função remover o calor de regiões sujeitas a altas temperaturas e esforços mecânicos como a câmara de combustão e a zona de borda de câmara. Apesar do benefício, a galeria de refrigeração é bastante complexa, pois se trata de uma descontinuidade de material em uma região de grandes tensões, acarretando dificuldades ao desenvolvimento do componente e limitando o espaço em que o canal pode ser aplicado. O novo conceito de galeria de refrigeração da Mahle vem desafiar estes paradigmas com um novo design e posicionamento. O design compreende uma geometria otimizada que permite dissipar o calor de maneira mais eficaz, além da elevação da posição da galeria a um nível superior ao existente no mercado, possibilitando redução na temperatura de trabalho do pistão em regiões de altas cargas térmicas sem comprometimento da robustez do produto. Dessa maneira, tem-se um prolongamento na vida útil do pistão devido ao aumento de sua resistência à fadiga. Com a utilização da nova galeria, também é possível observar redução na formação de carvão na região dos anéis, o que contribui para uma melhor eficiência energética e redução do consumo de óleo, devido à redução de temperatura nessa região.
CONTATO – Guilherme Marinho de Lima – Engenheiro de tecnologia de produto – (11) 4589-0429 – guilherme.marinho.lima@br.mahle.com
ZEN – POLIA PARA ALTERNADOR: INOVAÇÃO 100% BRASILEIRA
PARA AS NOVAS TENDÊNCIAS DO MERCADO AUTOMOTIVO
Para alavancar a competitividade de uma empresa fornecedora de autopeças com capital 100% brasileiro em um mercado altamente competitivo, a empresa ZEN S.A., localizada em Brusque (SC), estruturou um departamento de Pesquisa e Desenvolvimento em 2012, o qual teve como primeiro desafio estudar a viabilidade de desenvolver uma solução de projeto inédita para uma polia de alternador cuja tecnologia, na época, era propriedade exclusiva de um único fornecedor global. O resultado foi a criação de um conceito inovador, com patentes de invenção já concedidas no Brasil, Estados Unidos e Europa. Em 2017 a nova polia foi aprovada pelo maior fabricante de alternadores remanufaturados do mercado de reposição de autopeças norte-americano. A empresa passa a fazer parte de um seleto grupo de empresas mundiais detentoras de tecnologia própria para redução do nível de vibrações do sistema de acessórios do motor. A polia patenteada pela empresa é uma alternativa com tecnologia brasileira que já pode ser aplicada pelas montadoras nacionais para melhorar questões relacionadas com a crescente tendência de “downsizing” dos motores à combustão interna, atrelada à necessidade de redução do nível de emissões de gases poluentes e de consumo de combustível. O projeto contou com o apoio do CNPq e parceria de empresas de tecnologia em engenharia de desenvolvimento e testes. O novo produto pode alavancar também oportunidades de exportação, contribuindo ainda mais para as metas de crescimento sustentável da empresa.
CONTATO: Alvaro Canto Michelotti – Especialista de P&D – (47) 3255-2899 alvaro.michelotti@zensa.com.br
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MOTORES E TRANSMISSÕES
EATON – PIONEIRISMO: PRIMEIRA TRANSMISSÃO AUTOMATIZADA EM VEÍCULOS DE COLETA DE RESÍDUOS
Olhar para o mercado local e oferecer soluções customizadas funcionais é premissa na Eaton. Exemplo disso foi o desenvolvimento da primeira transmissão automatizada para veículos de coleta de resíduos no Brasil. Antes, nenhuma empresa havia ofertado a esse segmento uma mudança tão significativa do ponto de vista de performance. A transmissão UltraShift Plus MHD possui uma caixa de câmbio automatizada de dez velocidades que permite ao motorista mais conforto, mais ergonomia, menos cansaço, além de oferecer uma economia de combustível de 20% em comparação ao veículo com câmbio automático. A UltraShift Plus MHD dá ao caminhão melhor desempenho em subidas e inclinações, aumento da vida útil da embreagem e trocas de marcha mais suaves, evitando os incômodos solavancos. A tecnologia tem a assistência de partida em rampa que – em ladeiras com inclinação superior a 3% – mantém o caminhão parado por até três segundos. Para o frotista, a vantagem vem com a diminuição do custo de manutenção (TCO), uma vez que a transmissão não possui o sincronizador, uma das peças de maior desgaste em aplicações severas. Com a tecnologia, o payback do investimento no caminhão com câmbio automatizado Eaton ocorre em até três anos. Hoje, a Eaton é líder absoluta nesse segmento, fornecendo a UltraShift Plus MHD para os maiores frotistas de veículos coletores de resíduos do País.
CONTATO: Paulo Silveira de Alencar – Gerente de comunicação corporativa e relações públicas – (19) 3881-6129 - paulosalencar@eaton.com
PORSCHE– RÁPIDO E ECONÔMICO? COM O SISTEMA E-HYBRID E PDK, SIM, É POSSÍVEL!
O sistema de motores híbridos da Porsche, junto com o seu câmbio PDK, casam perfeitamente. E o melhor exemplo desse relacionamento é o novo Panamera 4 E-Hybrid.O motor a combustão que equipa o Porsche Panamera 4 E-Hybrid é um V6 biturbo de 2,9 litros, 4 válvulas por cilindro e que entrega 330 cv de potência entre 5.250 e 6.500 rpm. O torque máximo de 450 Nm aparece a baixas 1.750 rpm e vai até boas 5.000 rpm, mostrando ser um motor muito potente e elástico. Por ser um híbrido, o carro possui um motor elétrico de 136 cv que gera 400 Nm de torque. Juntos, em modo combinado, geram 462 cv a 6.000 rpm e 700 Nm de torque entre 1.100 e 4.500. Só que, mesmo com essa grande potência, o carro consegue ser o líder de economia de combustível no Brasil, segundo o Inmetro. Ele atinge a marca de até 26 km/l, o que é um verdadeiro marco, mas que só é possível pela grande união com o câmbio de 8 marchas PDK. Com tração integral, esse câmbio possui as duas últimas marchas como overdrive para conseguir um consumo tão baixo. A aceleração de 0 a 100 km/h do Panamera 4 E-Hybrid é de 4s6 e ele atinge a velocidade máxima de 278 km/h – em sexta marcha. É possível fazer deslocamentos somente com o motor elétrico. Sem emitir um grama de CO2, percorrem-se até 50 quilômetros de distância a uma velocidade máxima de 140 km/h.
CONTATO: Rodrigo Soares – Gerente de PR e Imprensa – (11) 4410-9905– rodrigo.soares@porsche.com.br
SABÓ – ALAVANCAR NOVOS NEGÓCIOS COM SUPORTE DE PROTOTIPAGEM 3D
A inovação incremental está relacionada a alguma mudança do estado da técnica, ou seja, buscar alternativas de agregação de valor. O case está relacionado a um problema de vazamento da junta do cárter de motor da linha pesada. Foi elaborado um novo conceito de vedação auxiliar denominado “tapetinho” com a função de garantir a vedação nas junções da parte inferior do motor: bloco, flange e cárter. O primeiro desafio neste projeto foi de garantir a boa comunicação junto ao cliente em apresentar o conceito de vedação auxiliar e seus benefícios em uma visão espacial (tridimensional). A métrica utilizada foi a prototipagem 3D em resina, a qual foi modelada com as quatro seções envolvidas em escala real para mostrar o funcionamento da peça atual e os benefícios desta vedação auxiliar, que retém o fluxo de óleo ao redor do ponto de vazamento. Com a prototipagem 3D o engenheiro de desenvolvimento conseguiu apresentar de uma forma simples e didática o funcionamento e o benefícios da inovação incremental e agregação de valor ao produto. Com essa métrica já conseguimos implementar em produção um projeto de junta de cárter com tapetinho ao mercado local e aprovar outra junta ao mercado de exportação que estamos em fase de ferramental de produção, com previsão de início de produção para o segundo semestre de 2018. A prototipagem 3D foi fundamental para alavancar novos negócios com rapidez e baixo custo. Outra vantagem é que a prototipagem 3D em resina plástica foi elaborada na própria peça, com detalhes construtivos da aplicação. O brilho nos olhos do cliente quando ele manipula a própria peça é indescritível. Em tempo: este projeto também gerou a aplicação de uma patente.
CONTATO: Roberto Kenji Hayashi – Gerente de desenvolvimento de produto e tecnologia – (11) 99625 1318 – kenji@sabo.com.br
SCANIA – DESEMPENHO E ECONOMIA: NOVOS MOTORES COM TECNOLOGIA XPI
Em mais de 60 anos de dedicação no desenvolvimento de tecnologias, no aprimoramento contínuo dos métodos e processos, na capacidade de enxergarmos bem mais adiante em termos de soluções para nossos clientes e após uma jornada desafiadora, com 68 postos de trabalho impactados, 50 novas peças, 78 novos padrões de montagem, otimização de máquinas, equipamentos e ferramentas e por meio de um trabalho multidisciplinar, introduzimos a tecnologia XPI (Injeção de Altíssima Pressão, com pico de até 2.400 bars) em nosso portfólio fabricado no Brasil. Para garantir todos os aspectos do desempenho do motor, desenvolvemos uma nova geração de sistemas de gerenciamento com controle total sobre a injeção de combustível, ar de admissão e temperatura operacional do motor, conformidade com as emissões (controle de NOx e material particulado) e tratamento dos gases de escape, em que o fornecimento de combustível e a pressão de injeção podem ser definidos independentemente da rotação e da carga, com precisão excepcional. O sistema é capaz de realizar múltiplas injeções, sincronizadas com exatidão, resultando em maior eficiência (até 5% de economia de combustível). Com melhor custo operacional, maior durabilidade por um funcionamento mais limpo, além de sua confiabilidade, esse motor tem sido motivo de comemorações para nossos colaboradores que atuam focados na qualidade do trabalho que executam e para nossos clientes, que têm buscado cada vez mais soluções rentáveis em seus negócios.
CONTATO: André Camara Mattos Martins – (11) 4344-9761 – andre.martins@scania.com
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PRÊMIO REI
INSUMOS
AXALTA– AQUAEC 2600EP – PROTEÇÃO ANTICORROSIVA
SUPERIOR PARA BORDAS VIVAS DE AUTOPEÇAS
A Axalta Coating Systems possui a família de primers de eletrodeposição (e-coat) sob a marca AquaEC. A proteção anticorrosiva dessas tintas de base epóxi a diversos substratos metálicos de automóveis, caminhões e peças automotivas já é bastante conhecida e aprovada por clientes do setor automotivo. Uma nova e crescente demanda por desempenho anticorrosivo superior nas bordas vivas de peças metálicas vem se estabelecendo no mercado. Para superar as expectativas de seus clientes, a Axalta desenvolveu o sistema AquaEC 2600EP (EP é a abreviatura em inglês de “Edge Protection”, ou proteção de borda), o qual demonstra um incremento significativo de camada de e-coat nessas regiões críticas, promovendo assim a proteção desejada. O aumento de camada de tinta é obtido pela utilização de novos polímeros de alta reologia que favorecem a eletrodeposição do material nessas áreas, minimizando efeitos naturais como a retração de filme normalmente observada em bordas. A nova linha AquaEC 2600EP da Axalta é adotada com sucesso por clientes do setor de autopeças que adquirem não apenas um produto de maior desempenho, como também um produto ecologicamente correto, à base de água e isento de metais pesados.
CONTATO: Daniel Lamas Andrade – Supervisor de marketing – (11) 9922-61795 – daniel.andrade@axaltacs.com
BOREALIS– PRIMEIRO RETROVISOR EXTERNO FABRICADO EM POLIPROPILENO DE ALTO DESEMPENHO
A Borealis Brasil, líder em soluções inovadoras em compostos de polipropileno (PP), continua evoluindo em seu portfólio de PP reforçado com fibra de vidro, desenvolvido especialmente para o mercado automotivo, criando soluções que permitem substituir plásticos de engenharia e metais em aplicações estruturais. Um exemplo disso é o uso do produto Fibremod™ GE309SFB, desenvolvido especificamente para uso em peças que exigem excelente acabamento superficial, combinado ao desempenho mecânico. Essa solução, quando comparada a outros plásticos de engenharia como a poliamida, possibilitou a redução de 20% em peso e maior facilidade no processamento por injeção. O desenvolvimento desse material foi possível pela parceria com a Magna, que, com isso, também pôde lançar uma inovação no mercado automotivo, o “EcoMirror”, conceito patenteado pela Magna, sendo o primeiro retrovisor externo, comercializado no mercado automotivo brasileiro, fabricado 100% em polipropileno. O primeiro automóvel a utilizar essa solução inovadora é o Renault Kwid. Por essa forte parceria com os tiers e OEMs somada à capacidade de desenvolver soluções customizadas de novos materiais, a Borealis se torna o parceiro ideal para suportar os novos desenvolvimentos da cadeia automotiva no que tange a competitividade, redução de peso e aumento de eficiência.
CONTATO – Eduardo Girote – Gerente de marketing e desenvolvimento de produto – (11) 9 9188-0813 – eduardo.girote@borealisgroup.com
DUPONT– HYTREL® TPC AUMENTA DESEMPENHO DE MOTORES TURBO, DIMINUI NÚMERO DE COMPONENTES, REDUZ PESO E CUSTO TOTAL FINAL
Seguindo a tendência global da indústria automotiva por redução de emissões e veículos mais eficientes pela redução de peso e custos de componentes, a DuPont™ Transportation & Advanced Polymers desenvolveu uma linha de produtos que tornou possível a fabricação no Brasil de um duto de ar integrado para motores turbo, que conecta o motor ao intercooler, aumentando a eficiência desse sistema. Moldado por sopro 3D com termoplástico elastomérico à base de poliéster DuPont ™ Hytrel® rígido e tenaz, o duto de ar cumpre sua tarefa de maneira particularmente eficiente, já que resiste aos vapores de óleo e combustíveis, temperaturas elevadas de até 180°C e vibrações constantes, mantendo a solidez do sistema sob essas condições. Além disso, a tecnologia de moldagem por sopro 3D permite uma maior flexibilidade de processo e design, visando à integração de componentes, como os necessários para ressonadores, sensores ou fixações. Juntas, a combinação de menor peso, produção e montagem mais eficiente e a integração de funções (eliminando vários componentes intermediários) proporcionam uma vantagem de custo significativa em relação às opções tradicionais fabricadas em metais ou borrachas.
CONTATO: Augusto Dornelles Filho – Strategic accounts manager – (11) 4166-8325 – augusto.dornelles@dupont.com
GERDAU – INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL AUTOMATIZANDO
PROCESSOS DE CONSULTAS DE FABRICAÇÃO (ISA)
No atual contexto global em que a transformação digital está acelerada, a Gerdau vem construindo uma jornada de inovação intensa nos últimos anos, em que um dos principais objetivos é a implementação do mindset digital com entendimento profundo das necessidades dos clientes. Nesse cenário, tornar a experiência do cliente ao fazer negócios mais ágil e simples foi priorizada. Dentro do segmento de aços longos especiais, com aplicação em componentes automotivos, os produtos são customizados para atender às demandas específicas de cada cliente. Para cada novo negócio é necessário o entendimento da demanda e avaliação da capacidade técnica e viabilidade comercial de produzi-lo. Essa busca envolve dezenas de consultas, mais de 40 variáveis técnicas e 8 mil referências. O tempo médio para a elaboração da resposta definitiva é de cerca de dez dias. A solução tecnológica proposta é a aplicação de inteligência artificial para leitura de documentos técnicos e análise de um grande volume de dados, o que nos proporciona uma resposta de viabilidade de produção em poucos segundos sem perder a segurança e a qualidade da análise. Assim, uma plataforma de análise técnica é desenvolvida em um processo colaborativo, utilizando ferramentas de design thinking e métodos ágeis, a partir de sistemas cognitivos avançados. Tendo uma análise técnica com a maior agilidade e assertividade, um dos principais ganhos associados é a facilidade de fazer negócios com a Gerdau, melhorando a experiência do cliente.
CONTATO – Carolina Conter Elgert – Especialista de pesquisa, desenvolvimento e inovação sênior – (51) 3323-2000 – carolina.elgert@gerdau.com.br
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