Automotive
JULHO 2010
PAULO BUTORI DRIBLA XEQUE-MATE
Ă?NDICE
50 DRIBLANDO O XEQUE-MATE MATÉRIA DE CAPA/AUTOPEÇAS
O setor de autopeças opera no azul, mas a cecaderização ameaça a competitividade das empresas a passos largos. O mercado interno vigoroso atrai estrangeiros agressivos, enquanto o câmbio enorme fragilidade da infraestrutura local. entidades e governo?
16 INVESTIMENTOS MAIS TORQUE NOS MOTORES FPT acelera com o E.torQ no ParanĂĄ 20 MÉXICO VOLTA DO CRESCIMENTO 2010 pode marcar a retomada 24 EMBALAGEM DESCARTAR OU REUTILIZAR? O avanço na estocagem e movimentação 26 POWERTRAIN LEGISLAĂ‡ĂƒO TURBINA MERCADO Downsizing e emissĂľes alavancam aplicaçþes 28 ENTREVISTA PAULO BUTORI, SINDIPEÇAS Autopeças contra a ameaça do CKD
44 CENĂ RIOS PRODUĂ‡ĂƒO ATRĂ S DA DEMANDA As novas estratĂŠgias automotivas
4 BUSINESS
LUIS PRADO
34 POLOS O MAPA DA PRODUĂ‡ĂƒO A nova geografia do setor automotivo
JUSCELINO KUBITSCHEK estimulou a indústria automobilística; Ramiz Gattás (de óculos), a fundação do Sindipeças.
73 SUPRIMENTOS/FIAT NOVA ESTRATÉGIA DE COMPRAS Qualitas destaca NGK e Petronas
57 HISTÓRIA ENTRE ALTOS E BAIXOS A releitura na saga das autopeças 60 MERCOSUL SEM REGIME, A VEZ DA TEC As regras do negócio automotivo
AUTOMOTIVA USIMINAS
78 RELACIONAMENTO MÃOS DADAS NA PRODUÇÃO Lições da cooperação em autopeças
62 MELHORES PRÁTICAS CORPO E ALMA DO NEGÓCIO Como conquistar prestígio na produção? 67 SUPRIMENTOS/FORD CORRIDA ÀS COMPRAS A Ford pensa no mercado em 2015 69 SUPRIMENTOS/VW ESCALAÇÃO DO MELHOR TIME Compras crescem junto com críticas 71 SUPRIMENTOS/GM NEMAK FICA NA VITRINE Waldey Sanchez foi o Líder de 2009
81 ESTAMPARIA/CARROCERIA SETOR SOB PRESSÃO No caminho de montadoras e insumos 84 FUNDIDOS/FORJADOS IMPORTAÇÃO FAZ STRIKE Estrangeiros ganham com o câmbio
REFRIGERAÇÃO NO CLIMA DAS MONTADORAS Setor garante ritmo do mercado
QUEM É QUEM O CEO DA NEMAK, Jorge Rada, entre Jaime Ardila e Bob Socia, da GM
92 Dirigentes e compradores das montadoras 94 Empresas e executivos no setor de autopeças
A MODELO DA EDIÇÃO – Joana Sepreny joga xadrez de verdade. Psicóloga, entendeu rápido as carências das pequenas empresas de autopeças quando fez a sessão de fotos desta edição no Estúdio Luis Prado, em São Paulo. Paulista, ela tem 28 anos e dirige desde os 19. A modelo avalia que o trânsito de São Paulo é um caos e muito agressivo – não só para as mulheres.
DELPHI
88 CLIMATIZAÇÃO/
REVISTA
EDITORIAL www.automotivebusiness.com.br Tiragem de dez mil exemplares, com distribuição direta a executivos de fabricantes de veĂculos, autopeças, distribuidores, entidades setoriais, governo, consultorias, empresas de engenharia, transporte e logĂstica, setor acadĂŞmico. Paulo Ricardo Braga Editor paulobraga@automotivebusiness.com.br
PEĂ•ES EM BOAS MĂƒOS
O
tabuleiro de xadrez Ă frente do presidente do Sindipeças, Paulo Butori, na capa desta edição, sugere impasses na cadeia de suprimentos que vĂŁo alĂŠm da evolução no preço do aço. Com vendas internas em alta, mas produção local ameaçada pela invasĂŁo estrangeira, especialmente asiĂĄtica, a indĂşstria automobilĂstica assiste a um novo aperto entre os players e mais capĂtulos na disputa pelas margens de lucros. Nesse jogo as pequenas empresas de autopeças fazem o indispensĂĄvel papel dos peĂľes, peças fundamentais nas estratĂŠgias vencedoras. Mais vulnerĂĄveis, no entanto, eles dependem de uma boa mĂŁo neste momento para sobreviver, como demonstram o Sindipeças e a modelo Joana Sepreny na pĂĄgina 3. O investimento local de R$ 40 bilhĂľes em cinco anos, previsto por montadoras e empresas de autopeças, estarĂĄ longe de levantar a competitividade do setor, ameaçada pelo câmbio, pobreza da infraestrutura e falta de diretrizes para crescer com segurança. O MDIC, do ministro Miguel Jorge, mesmo Ă vĂŠspera de eleiçþes trabalha para dar conteĂşdo a novas polĂticas industriais. Reformas e choques como o pretendido pelo presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, porĂŠm, sĂŁo vistos com ceticismo e vĂŁo esperar a troca de governo ou atĂŠ mesmo uma nova câmara setorial para acolher inĂşmeras proposiçþes que tĂŞm surgido de entidades. Automotive Business retrata nesta edição as disputas domĂŠsticas, enquanto operaçþes CKD ameaçam os players e debates ĂĄcidos avaliam a eliminação dos histĂłricos 40% de desconto na compra de peças estrangeiras. A Volkswagen engrossou o nĂvel de discussĂľes setoriais ao alertar que os fornecedores locais estariam menos empenhados que os europeus em satisfazer o cliente. O Sindipeças, duro na resposta, disse que a montadora apontou o canhĂŁo na direção errada. VocĂŞ vai saber mais sobre os tiroteios nesta edição, que dĂĄ atenção especial ao setor de autopeças, trata do estĂmulo Ă s pequenas empresas, enumera boas prĂĄticas de gestĂŁo, relaciona as empresas premiadas pelas montadoras e mostra quem ajuda quem na cadeia de suprimentos, dando a mĂŁo aos parceiros. Como enfatiza JosĂŠ Manoel Fernandes, diretor de compras da ArvinMeritor, dificilmente hĂĄ ganhadores isolados – vence a melhor cadeia, trabalhando afinada. Aposto que vocĂŞ vai gostar da edição. AtĂŠ a prĂłxima.
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Diretores Maria Theresa de Borthole Braga Paula B. Prado Paulo Ricardo Braga Editor Paulo Ricardo Braga MTPS 8858 Redatora Giovanna Riato Colaboradores Alexandre Akashi, AmĂŠrico Nesti, DĂŠcio Costa, Fernanda GuimarĂŁes, Guilherme Manechini, Lauro Takabatake, Marta Pereira, Paulo de Tarso Petroni, Ricardo Conte, SĂŠrgio Oliveira de Melo, Solange Calvo e Sonia Moraes. Design e diagramação Ricardo Alves de Souza EstĂşdio Luis Prado Tel. 11 5092-4686 www.luisprado.com.br Joana Sepreny (modelo) Cassiano Assmann (maquiagem) Publicidade Paula B. Prado paulabraga@automotivebusiness.com.br Tel. 11 5095-8885 CRM e database Bruna Carvalho brunacarvalho@automotivebusiness.com.br Marketing e vendas Carina Costa carinacosta@automotivebusiness.com.br Comunicação e eventos Carolina Piovacari carolinapiovacari@automotivebusiness.com.br Pesquisa Bruna Carvalho brunacarvalho@automotivebusiness.com.br Josiane Lira josianelira@automotivebusiness.com.br Monalisa Naves monalisanaves@automotivebusiness.com.br Media Center e Automotive Business WebTV Thais Celestino thaiscelestino@automotivebusiness.com.br Julho de 2010 Distribuição ACF AcĂĄcias, SĂŁo Paulo Editada por Automotive Business, empresa associada Ă All Right Serviços de Comunicação e Marketing Ltda. ! Av. IraĂ, 393, conjs. 52 e 53, Moema, 04082-001, SĂŁo Paulo, SP, tel. 11 5095-8888. redacao@automotivebusiness.com.br publicidade@automotivebusiness.com.br
MERCADO
ISELA COSTANTINI, CUSTOMER CARE NA GM
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sela Costantini, 38 anos, há doze na GM, é a primeira diretora de pós-venda em montadoras brasileiras. Ela deixou a Diretoria de Planejamento de Produto e Pesquisa de Mercado e responde pelo customer care – o conjunto de cuidados que leva à satisfação dos clientes. “A tarefa não passa apenas pelas oficinas mecânicas. Engloba os produtos e serviços relacionados a fidelização, relacionamento com a rede, atendimento ao consumidor e produtos para manutenção” – explica. Há 12 anos na GM, ela passou pela área de marketing estratégico, estatística e previsão de vendas e marketing do Celta. Implementou as vendas on-line e lançou o Celta antes de ser transferida para o Texas, onde gerenciou uma linha de montagem.
TAREFA DE RUTH É ANALISAR TATO E QUALIDADE
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Ford alemã modificou um robô para refinar vários pontos de contato no interior dos carros, como superfícies, acabamentos e botões. A máquina, chamada Ruth (Robotized Unit for Tactility and Haptics, algo como Unidade Robotizada para Tateabilidade e Sensações), consegue uma abordagem tridimensional e científica do tato. Atrito, força, aspereza, suavidade e temperatura são alguns dos parâmetros captados em todo o interior do veículo. As medições são, então, comparadas às sensações e aparências indicadas por consumidores exigentes. (Fernando Calmon)
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NO IAA, VEÍCULOS À PROVA DO FUTURO
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IAA, ou International Motor Show Commercial Vehicles, de 23 a 30 de setembro em Hanover, na Alemanha, será um dos eventos mais importantes do ano para caminhões e ônibus. Com o tema Commercial vehicles: efficient, flexible, future-proof, a feira promete tratar de inovação e tendências e representar um marco na recuperação do mercado de veículos comerciais, que ainda derrapa na Europa.
MERCADO
MERCEDES TRAZ HÍBRIDO POR US$ 253,5 MIL
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Mercedes-Benz abre as importações de veículos híbridos para o mercado nacional. O S 400 Hybrid, com baterias de lítio, custará aqui US$ 253,5 mil, um valor à altura do pioneirismo do projeto e do luxo incorporado. O veículo traz propulsor V6 e um motor elétrico que dá suporte contundente ao motor a gasolina nas acelerações. O carro faz zero a 100 km/h em 7,3 segundos e atinge a máxima de 250 km/h (eletronicamente controlada).
AS CHINESAS NO SALÃO DO AUTOMÓVEL
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létricos, híbridos e modelos futuristas têm presença garantida no próximo Salão do Automóvel de São Paulo, de 27 de outubro a 7 de novembro. O evento, que completa 50 anos em outubro, está entre os seis maiores do mundo e terá 42 fabricantes nacionais e importadores, com pelo menos 450 automóveis em exposição – 40% lançamentos. As novatas Chery, Hafei, JAC, Jinbei e Lifan vão se somar à Chana e à Effa, elevando para sete as chinesas presentes. A organizadora Reed Exhibitions Alcantara Machado promoveu remanejamentos no Anhembi, mas o pavilhão continuará com 85 mil m2. Cada metro quadrado custa R$ 610 aos expositores. Os maiores estandes têm 2.700 m2.
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AS BILIONÁRIAS DE EXAME NA AUTOINDÚSTRIA
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Fiat, comandada por Cledorvino Belini, foi eleita a melhor empresa da autoindústria em 2009 pelo Guia Exame Melhores e Maiores. A Volkswagen foi o fabricante de veículos mais bem classificado na lista das 500 maiores empresas pelo critério de vendas. A montadora alemã ficou terceiro lugar, com faturamento de US$ 16 bilhões. Vieram a seguir a Fiat, em sexto, com US$ 15,53 bilhões; a General Motors em 13o, com US$ 11,32 bilhões; a Ford em 21o, com US$ 8,43 bilhões; a Mercedes-Benz em 33o, com US$ 6,36 bilhões; a Toyota em 40o, com US$ 5,42 bilhões; a Honda em 43o, com US$ 4,85 bilhões. A Fiat aparece em sexto lugar na lista das empresas que tiveram maior lucro (US$ 951 milhões), em 13o entre as mais rentáveis (57%), como a quarta em receita líquida (US$ 12.047 milhões), nona entre as que mais criaram riqueza (US$ 3.877 milhões); a Volkswagen como terceira pagadora de salários (US$ 1.373,4 milhões) e vigésima maior empregadora (21.521 pessoas).
MERCADO
AOS 34, FIAT ACELERA A 3.100 VEÍCULOS/DIA
MOTOS: NOVOS PLAYERS DESISTEM DE FÁBRICAS
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potencial do mercado brasileiro de motocicletas ainda não foi suficiente para concretizar os nove projetos aprovados para a Zona Franca de Manaus, onde já existem 11 montadoras instaladas. “As empresas manifestaram interesse no mercado nacional durante o pico de vendas do mercado. Após a crise financeira a sensação é que elas desistiram”, disse Moacyr Paes, diretor executivo da Abraciclo, entidade dos fabricantes de veículos de duas rodas. Depois de aprovados, os projetos têm até dois anos para começar as obras. Até agora, não houve movimentação de nenhuma das companhias. Cláudio Rosa Junior, presidente da Zongshen Kasinski, promete inaugurar uma unidade para 110 mil motos/ano, em Manaus, e iniciar a construção de um complexo industrial para 2012.
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de julho é uma data comemorada em Minas Gerais também pelo aniversário da Fiat Automóveis, que completou 34 anos em Betim como líder do mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves. Desde 1976 ela montou 11,8 milhões de veículos, dos quais três milhões foram exportados, e continua acelerando: em 2009 bateu recorde de vendas e foi novamente líder no mercado brasileiro pelo oitavo ano, com 737 mil veículos emplacados e 24,5% de participação entre os leves. Com capacidade para produzir 800 mil veículos por ano (até 3.100 por dia) a fábrica monta 14 modelos e mais de 250 versões.
BRASIL VOLTA AO 5o LUGAR EM VENDAS
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esquisa da Jato Dynamics aponta que o Brasil perdeu a quarta posição para a Alemanha nas vendas de janeiro a maio e voltou a figurar como quinto maior mercado global, com expansão de 13% nas vendas no período. A China manteve a ponta, crescendo 60,9% nos primeiros meses do ano sobre o mesmo período de 2009. Em seguida vêm os Estados Unidos, com avanço de 17,5%, e o Japão, com 22,4%. A Toyota manteve a liderança global entre as montadoras, com mais de 2,3 milhões de unidades vendidas no período, alta de 24,4%.
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MERCADO
GARANTIA INÉDITA PARA BATERIA DO VOLT
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GM dá um passo importante para consolidar a imagem de seu elétrico Volt, que chegará ao mercado no final de 2010, anunciando garantia de oito anos ou 161 mil quilômetros para as baterias de íon-lítio. O desenvolvimento do plug-in, que permite recarga em tomadas domésticas, é uma grande aposta tecnológica da fabricante. A GM projetou 95% dos 161 componentes da bateria, juntamente com o sistema de gerenciamento térmico, sistema de carga e componentes elétricos. O Volt terá autonomia para 64 km com uma carga da bateria. Depois passará a funcionar o motor a combustão para recarga e alimentação do powertrain, estendendo a autonomia a 547 km. A tração é sempre feita pelo motor elétrico.
CARROS TÊM MELHOR ACUMULADO DA HISTÓRIA
O
setor automotivo bateu recorde e encerrou o semestre com produção 19,1% maior do que no mesmo período de 2009, um salto de 1,47 milhão para 1,75 milhão de unidades. Na comparação de junho com maio, no entanto, houve desaceleração de 5%, de 322 mil para 306 mil veículos. As vendas também tiveram expansão no semestre, com alta de 9% para 1,58 milhão de veículos possibilitada pelo aumento de 14% no volume de crédito disponível, queda nos juros em 2,1 pontos percentuais e baixa na inadimplência.
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A VEIA ECOLÓGICA DA PLASCAR
A
Plascar ajudou a desenvolver o Uno Ecology, criado pela Fiat para testar a receptividade de conceitos ecológicos. “Há anos pesquisamos materiais ambientalmente corretos, como fibras de bagaço de cana-de-açúcar, sisal, juta, bananeira, casca de arroz e a tradicional farinha de madeira”, destacou André Nascimento, presidente da Plascar. A empresa passou a acompanhar o grupo de fornecedores encarregados de criar 30 componentes injetados. “É um projeto revolucionário. Ficamos orgulhosos de participar” – garantiu Nascimento.
INVESTIMENTOS
TORQUE NO MERCADO DE MOTORES A FÁBRICA PARANAENSE TURBINA AS OPERAÇÕES DA FPT COM MOTORES MODERNOS E COLOCA DE PÉ A PROPOSTA EXPORTADORA QUE FALHOU COM A TRITEC. O MOTOR E.TORQ PROMETE MAIS FORÇA AOS AUTOMÓVEIS E COMERCIAIS LEVES DA FIAT PAULO RICARDO BRAGA
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ranco Ciranni, superintendente da FPT – Powertrain Technologies, comemora com alívio a reinauguração da fábrica de motores em Campo Largo, no Paraná, adquirida da Tritec Motors pelo Grupo Fiat. Ele não se esquece do enorme tsunami financeiro internacional e do baque nas vendas globais de motores que ameaçaram o empreendimento meses após a decisão da compra, em 11 de março de 2008. Apesar da pechincha – R$ 250 mil por um projeto que havia recebido US$ 500 milhões – a decisão só mais tarde se mostrou acertada. A incorporação das instalações da joint venture entre Daimler (então associada à Chrysler) e BMW, que não decolou no propósito de exportar propulsores para
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o Mini, da Rover, e o PT Cruiser, poderia ter sido um mico. A própria General Motors desdenhou da oportunidade. Mas com a extraordinária recuperação do mercado automotivo brasileiro e sinais de alento no exterior Ciranni ficou com o trunfo para turbinar a operação da empresa, lançando a família de motores E.torQ. O executivo italiano, casado com uma brasileira e dono de expressiva carreira no Fiat Group, sabe que pode levar adiante novos planos para o negócio. Alfredo Altavilla, seu chefe e principal executivo da FPT, pensa em direcionar 40% da produção no Paraná às exportações. A Chrysler estaria na fila das encomendas, mas o programa dependerá do comportamento do câmbio.
CIRANNI: planos para exportar até 40% da produção do E.torQ
Apesar do real forte favorecer as importações, a FPT vem apostando na nacionalização do E.torQ, que caminha para 90%. “O parque local de fornecedores de componentes para motores é um dos melhores do mundo” – disse Altavilla. Curiosamente, poucos dias antes, em São Paulo, a Volkswagen havia endereçado duras críticas
a empresas brasileiras de autopeças, entre as quais as de sistemas para controle do motor. Com o propósito de montar até 330 mil motores por ano na primeira etapa e chegar a 400 mil no futuro, a FPT adiciona 20% à sua capacidade de produção no Mercosul, que passará a somar 2,5 milhões de unidades por ano com os propulsores flex de Betim, MG, a família diesel montada em Sete Lagoas, MG, no complexo da Iveco, e o 1.9L 16 V montado em Córdoba, na Argentina. Junto com a fábrica a FPT adquiriu o projeto dos motores 1.4L e 1.6L, abrindo mão da licença para as versões turbos. Começou aí o trabalho comandado pelo diretor de engenharia João Irineu Medeiros para transformar os produtos originais, concebidos para usar
INVESTIMENTOS
gasolina pura, em flex. O fim do contrato da Fiat com a GM para aquisição dos antiquados motores 1.8L levou naturalmente à escolha das versões 1.6L e 1.8L para o E.torQ, enquanto o 1.4L flex fica na prateleira, em razão da oferta do 1.4 Fire e do novo 1.4 Evo (do Novo Uno) na unidade de Betim.
MOVING LINE A nova operação da FPT impressiona pela gestão cuidadosa e bons princípios de manufatura “Muitos dos 350 profissionais foram recontratados por conhecer bem os processos” – relatou Marcelo Reis, plant manager, que destaca o alto índice de automação das linhas de montagem. “A meta é tornar a montagem perfeita, utilizando 189 mecanismos de detecção de erros” – enfatiza Reis, um adepto também de poka yokes. Há quatro linhas de usinagem, para bloco, virabrequim, biela e cabeçote, com 54 máquinas operadas sob o modelo de rota Kamishibai, para checagem de qualidade. O abastecimento é aéreo, dispensando empilhadeiras. A montagem, em moving line, mobiliza 77 equipamentos, entre os quais máquinas capazes de conduzir testes a frio com simulações de
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FPT quer aumentar para 90% nacionalização do motor
sincronismo, carga e vibrações, e provas de vedação em 100% dos motores. MOTORES Medeiros, diretor de engenharia da FPT, diz que o nome E.torQ traduz o principal atributo de seu produto – o alto torque em baixas rotações. A família resulta de 500 mil horas de desenvolvimento, com 20 mil horas de testes de confiabilidade em
AUTOMAÇÃO elevada e 189 mecanismos para evitar erros
dinamômetro, 9 mil horas de cálculo e 5 milhões de quilômetros rodados em provas de durabilidade, confiabilidade e aplicação. Nada menos que 1.200 motores de pré-série e protótipos foram testados até o início da produção, em fevereiro. “O projeto é global e se destaca na categoria pelo desempenho, confiabilidade, baixos índices de consumo, de emissão de poluentes,
de ruídos e vibrações” – garante Medeiros. Os motores foram desenvolvidos a partir da versão 1.6L 16V gasolina E0, da Tritec Motors. Com base nela a FPT criou o 1.6L 16V Flex e 1.8L 16V Flex (para o mercado brasileiro), além do 1.6L 16V e 1.8L 16V E0 e da versão Super Ultra Low Emissions Vehicle, em desenvolvimento. PUNTO A estreia do E.torQ no Punto 2011 na fábrica de Campo Largo, prestigiada pelo ministro Miguel Jorge, do MDIC, foi a melhor maneira encontrada pela Fiat para alavancar nova versão do Punto, que tem poucas mudanças no visual. Aliadas no evento de lançamento, Fiat e FPT prometeram torque elevado mesmo em baixas rotações, alto rendimento mecânico e redução de 5% a 10% no consumo de combustível. Os níveis de emissões de poluentes ficam em nível 40% inferior ao estipulado pela legislação brasileira. Abastecido com etanol, o motor 1.6 litro alcança potência máxima de 117 cavalos e 16,8 kgf.m de torque. Com gasolina é possível desenvolver 115 cv e 16,2 kgf.m. Já a versão 1.8 litro chega a 132 cavalos e 18,9 kgf.m com etanol e 130 cavalos e 18,4 kgf.m com gasolina.
MÉXICO
N
o final de 2008 a indústria automobilística mexicana tremia. O peso perdia valor, as vendas caíam velozmente e ninguém sabia como pisar no freio para deter uma queda que poderia ser tão desastrosa quanto a de 1995, quando as vendas despencaram 70%. Apesar do começo de 2009 não ter sido tão ruim, em maio chegou a gripe A H1N1, que parecia uma pá de cal sobre os restos de uma economia debilitada. Mas o segundo semestre foi melhor e, no final, a queda de 26,7% nas vendas de veículos foi um número muito menos dramático do que se esperava. Ainda assim, não havia exatamente otimismo com relação a 2010. Alguns executivos, como Thomas Karig, vice-presidente de relações corporativas e estratégia da Volkswagen do México, diziam não haver motivo de otimismo para o final de 2009 ou 2010. Já Eduardo Serrano, presidente da Ford mexicana, projetou vendas de 850 mil unidades este ano – uma evolução próxima dos 10%. Para sorte dos mexicanos, a Ford está mais perto de ter razão do que a Volkswagen. PARTICULARIDADE A proximidade dos Estados Unidos produz distorções difíceis de entender para quem não conhece o México e sua forma de ser.
20 BUSINESS
A VOLTA DO CRESCIMENTO A INDÚSTRIA AUTOMOTIVA MEXICANA QUER ESQUECER 2009. JÁ 2010 PODE MARCAR A RETOMADA DE UM MERCADO RESTRITO E MUITO INFLUENCIADO PELO PODEROSO VIZINHO SÉRGIO OLIVEIRA DE MELO
NOVO FIESTA será produzido pela Ford em Cauatitlán
A importância do vizinho é tão grande que a segunda maior fonte de recursos do país são as remessas feitas por um contingente próximo de 27 milhões de mexicanos que vivem,
legalmente ou não, no lado norte de uma fronteira de contrastes absolutos. A convivência com os americanos inclina o gosto do mexicano para os carros grandes, com
motores enormes, que não combinam com a geografia complicada por montanhas e vulcões, rodeados por estradas estreitas e geralmente com má conservação. Há ruas ainda mais estreitas, cheias de buracos e lombadas, e uma população de baixo poder aquisitivo. Carros europeus e asiáticos se encaixam melhor no cenário local, mas há um problema: a altitude da maioria das grandes cidades. O ar rarefeito tira potência dos motores, uma desculpa perfeita para seguir comprando carros americanos e um freio para exportadores como o Brasil. Para um consumidor acostumado a andar em carrões com motores de seis ou oito cilindros, um carrinho com motor de um litro não é exatamente agradável. Os carros brasileiros que seguem para o México têm motor 1.6 ou 1.8, o que os torna mais caros. Some-se a isso o problema cambial para completar uma receita perfeita no esfriamento das exportações brasileiras ao país asteca, que já representaram quase 30% do mercado mexicano. DEPENDÊNCIA As vendas nos primeiros cinco meses de 2010 sugerem a volta paulatina do crescimento. O volume acumulado de janeiro a
MÉXICO
NISSAN prepara linhas para montar Micra em 2011
maio foi 3,6% superior ao período equivalente de 2009. A produção avançou 74,1% nos primeiros cinco meses do ano, acompanhada de um crescimento de 79,9% nas exportações atribuído à recuperação do mercado norte-americano, que evoluiu 17,3% de janeiro a maio. Nos primeiros cinco meses do ano 69,5% das exportações mexicanas de veículos tiveram os Estados Unidos como destino, vindo a seguir o Canadá (9,2%) e a América Latina, incluindo o Brasil, com 8,6%. INCENTIVOS Fica claro que o problema é o mercado interno. Em um país com perto de 100 milhões de habitantes a demanda de 760 mil veículos registrada em 2009 chega quase ao
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ridículo. O Programa para el Desarrollo de las Industrias de Alta Tecnología, que pretendia renovar a idade média de 16 anos da frota mexicana de automóveis, foi criado em agosto de 2009 para estimular a venda de 30 mil automóveis novos. Pouco ambiciosa e com inúmeras exigências, a iniciativa oferecia tão poucas vantagens que até março só atingiu 77% da meta inicial de 15 mil veículos.
NA CHEGADA a Guadalajara, uma das boas estradas no México
AUTOPEÇAS O setor de autopeças também foi duramente golpeado pela crise. O volume de vendas em 2009 caiu 29% em comparação com 2008. No ano passado perderamse 131.668 empregos, o equivalente a 23% da força de trabalho no setor, de acordo com a INA, a Industria Nacional de Autopartes. A entidade calculava uma recuperação da produção de 28% para 2010, mas o bom primeiro trimestre trouxe alento no setor, que agora espera repetir os resultados de 2008. PROJETOS Sem dinheiro para comprar carros importados, a esperança dos mexicanos recai nos projetos que chegam ao país. O primeiro à vista é o novo Ford Fiesta, que fez a estreia na segunda quinzena de junho. O carro fabricado em Cuautitlán, perto da capital mexicana, será
exportado para o Brasil. A Ford investiu perto de US$3 bilhões para adequar a fábrica, que montava camionetas F-150. O Nissan March, conhecido como Micra em alguns mercados, será produzido na fábrica de Aguascalientes a partir do início de 2011 e também chegará ao Brasil. A mesma unidade montará um carro da Renault em 2012, ainda não revelado, possivelmente compartilhando a plataforma do March. A Nissan pretende vender o elétrico Leaf no México a partir de 2011, graças a um acordo com o governo da Cidade do México, que instalará centros de recarga rápida para baterias. A única certeza sobre o mercado mexicano para o restante do ano é que será melhor do que 2009. Ainda assim, é uma certeza que poucos se animam a expressar. Gato escaldado, sabemos, tem medo de água fria.
EMBALAGEM
DESCARTAR OU REUTILIZAR? CRESCE IMPORTÂNCIA DA EMBALAGEM NA LOGÍSTICA AUTOMOTIVA FERNANDA GUIMARÃES
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mbora se possa discutir o papel da embalagem para agregar valor ao produto automotivo, o certo é que ela se transformou em fator determinante para a competitividade e eficiência da cadeia de produção e distribuição. Proteger peças e
componentes passou a ser uma exigência básica para facilitar a movimentação nas linhas de montagem e reduzir custos na cadeia de produção. A Nefab, fabricante com planta em Embu, cidade próxima à capital paulista, trabalha junto aos operadores logísticos no desenvolvimento de caixas, containers, racks, bandejas e sistemas especiais que auxiliam a movimentação dos produtos, principalmente entre montadoras e empresas de autopeças. “A embalagem
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exerce papel fundamental na indústria automobilística. Poucas áreas industriais têm a mesma demanda logística e a capacidade de implantar novos métodos”, destacou o gerente de vendas Aelton Tomé, lembrando que o setor acaba sendo precursor para outras atividades produtivas. As embalagens carregam o desafio de proteger, amortecer e bloquear o produto para evitar impactos e são escolhidas após uma diversidade de requerimentos comerciais, técnicos e ambientais até chegar aos modais de transporte. Cada fator é analisado para a eficácia da movimentação do produto e vantagem de custos.
Após a escolha do melhor tipo de embalagem, que pode ser descartável, retornável ou reutilizável, vem a tarefa de racionalizar a acomodação das peças para diminuir os volumes transportados. “As embalagens podem ir tanto para o estoque quanto para a linha de montagem e, bem concebidas, reduzem etapas no processo”, destacou Vailton Carlos Bonfim, gerente comercial da Divisão de Logística
da Unipac, que possui quatro plantas fabris no estado de São Paulo. O ponto-chave, para Bonfim, começa na escolha da embalagem. Ele entende que as retornáveis são uma realidade no setor automotivo, tanto por questões de sustentabilidade quanto pelo custo-benefício. “Movimentação, durabilidade e ausência de descarte devem ser avaliadas”, destacou. No caso das embalagens retornáveis da Unipac, produzidas em plástico, o ciclo médio de vida de cinco anos pode ser estendido, dependendo da forma de utilização. “Elas já estão presentes em quase 100% das montadoras de veículos leves, mas precisamos conquistar o segmento dos pesados”, salientou o gerente comercial, ressaltando a elevada capacidade de carga, resistência e melhor aproveitamento em carregamentos de produtos de alta densidade. Se os componentes devem ser armazenados sem SOLUÇÕES da Nefab para a logística no setor automotivo
ARAMOBIL, para a embalagem de dutos, produzida pela Unipac
contato com os demais, há bandejas especiais com separadores. “Ambientalmente responsáveis, as embalagens retornáveis podem reduzir custos em até 70% em relação às descartáveis” – garante o gerente de vendas da fabricante Compatech, Leo Grossman. O executivo explicou que elas começaram a ganhar mais força há cinco anos. “A especificação do cliente depende muito
do tipo de peça que será embalada, mas já existem montadoras que aboliram o uso de embalagens descartáveis”, destacou Grossman, confirmando
que as retornáveis possuem um ciclo de vida de quatro a cinco anos, até a reforma e uma nova vida, se o projeto não sofrer modificação.
Enquanto a discussão gira em torno da melhor solução para cada tipo de componente ou processo, o professor de gerenciamento de projetos do Núcleo de Embalagens da ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing, Aparecido Borghi, enfatiza a inexistência no País de uma engenharia para essa finalidade. “A importância da embalagem vem crescendo, principalmente por causa de suas funções. Ela deixa de ser apenas uma forma de transporte para ser uma ferramenta funcional”, destaca.
POWERTRAIN | LAURO TAKABATAKE
DOWSIZING E LEGISLAÇÃO TURBINAM MERCADO TURBOALIMENTAÇÃO NO BRASIL ESTÁ RELACIONADA AO POWERTRAIN DIESEL E GANHA IMPORTÂNCIA COM AS NOVAS EXIGÊNCIAS DA LEGISLAÇÃO DE EMISSÕES. ASSIM, O DOWSIZING DE MOTORES FLEX PARA AUTOMÓVEIS DEVE ABRIR NOVOS CAMINHOS PARA O TURBO
LAURO TAKABATAKE é gerente de vendas e engenharia de aplicações da BorgWarner Brasil
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O
turbo, utilizado para alavancar o desempenho de motores a gasolina em mercados maduros da Europa, Ásia e América do Norte, efetivamente ainda não chegou em grande escala aos carros produzidos no Brasil. Isso deve acontecer quando a legislação de emissões se tornar mais rígida, principalmente para o CO², ou a demanda por veículos de maior valor agregado se consolidar. Até lá, o dispositivo continuará sendo empregado aqui no powertrain diesel de caminhões, ônibus, picapes e utilitários esportivos. O turbo ganhou papel relevante na evolução do powertrain ao reaproveitar a energia disponível nos gases de escape para “empurrar”, pela câmara de combustão adentro e sob pressão, uma maior quantidade de ar. Com maior volume de ar é possível injetar mais combustível, o que garante uma queima quase perfeita
e eleva o desempenho do motor, sem aumentar o volume da câmara de combustão. Com o emprego do turbo pode-se fazer um controle adequado do nível de emissões, uma vez que o processo garante uma combustão mais completa, reduzindo a eliminação de resíduos indesejados pelo escapamento. CONCEITO A ideia de melhorar o rendimento de motores surgiu com John Barber, em 1791, ao observar que os gases de escape, após a combustão, possuem energia suficiente para acionar as pás de uma turbina. A história da turboalimentação é tão antiga quanto os motores de combustão interna. Entre 1885 e 1896 Gottlieb Daimler e Rudolf Diesel investigaram a possibilidade do aumento da potência e melhoria do consumo de combustível nos motores com a pré-compressão
do ar antes da câmara de combustão. Em 1925 o engenheiro suíço Alfred Büchi conseguiu utilizar, com sucesso, um sistema de turboalimentação usando gases de escape que registrou aumento de potência superior a 40%. Foi o começo do emprego gradual desse processo na indústria automotiva, já que as primeiras aplicações limitavam-se a grandes motores, como em navios. Na indústria automotiva as primeiras experiências chegaram aos motores para caminhões. Em 1938 a Swiss Machine Works Saurer construiu o primeiro motor turboalimentado. Já em carros de passeio os pioneiros nessa tecnologia foram os automóveis Chevrolet Corvair Monza e o Oldsmobile Jetfire – lançados no mercado norte-americano em 1962. A crise do petróleo, na década de 70, ajudou a turbinar a indústria automotiva, principalmente no caso dos motores
a diesel para veículos comerciais. Após a década de 1980, as novas leis de emissões, na Europa e Estados Unidos, também foram importantes no avanço dos motores turboalimentados. EMISSÕES O aperfeiçoamento e o controle no processo de queima do combustível dentro do motor resultam,
TURBO do Audi TT R28
ao mesmo tempo, em melhor desempenho e menor volume de emissões de poluentes. A performance do veículo evidencia maior disponibilidade de torque, o que garante ultrapassagens rápidas e boas retomadas. E o consumo de combustível é menor. O efeito nas emissões não se limita à redução da fumaça visível mas, também, a componentes gasosos que saem pelo escapamento e são nocivos à saúde. Alguns desses produtos contribuem para o efeito estufa, o que resulta em aquecimento do planeta. Diferentes tecnologias têm sido desenvolvidas
para atender a turboalimentação e se tornam mais sofisticadas à medida que a legislação de emissões evolui em direção a Euro 5 e Euro 6, no caso de sistemas diesel. Alguns fabricantes de motores optaram pelo sistema SCR, que utiliza ureia no escapamento, enquanto outros escolheram o EGR, com um conjunto de filtros. A qualidade do óleo diesel
O empurrão da legislação, com exigência de menor emissão de poluentes, levou a uma nova etapa de eficiência e compactação dos propulsores. Os níveis de densidade de potência e torque estão cada vez mais elevados, o que demanda recursos e tecnologias avançadas para os motores e, consequentemente, para os turbos. Hoje as
TURBO do Opel Insignia
disponível para abastecer os veículos é decisiva para a eficiência dessas tecnologias, sensíveis à presença de enxofre no combustível.
DOWSIZING No passado os projetos de motores mais potentes dependiam de um aumento no volume da câmara de combustão, o que exigia propulsores com tamanho e peso indesejáveis. A revolução tecnológica, possibilitada pela turboalimentação, permitiu o downsizing (redução no tamanho dos motores) como forma de melhorar a equação entre potência e peso.
Para motores diesel utilizados em aplicações comerciais um desafio no downsizing é o aumento da densidade de potência e, ainda, o de preservar a vida útil de componentes internos devido à fadiga. É preciso considerar que o turbo trabalha em rotações elevadas e a sobrecarga advinda de determinados usos, urbanos e rodoviários, exige
TURBO KP39 da Renault
principais montadoras de veículos e seus fornecedores estão empenhados no desenvolvimento de motores compactos, capazes de substituir, com vantagem, propulsores de maior cilindrada. AVANÇOS A BorgWarner oferece recursos avançados nesse campo, como os turbos de geometria variável (VTG), turbos de duplo estágio (R2S), ou a combinação destas tecnologias (V2S), onde o estágio de alta pressão utiliza geometria variável. Estas tecnologias são utilizadas para motores a diesel e gasolina.
o emprego de materiais e designs avançados, junto com sensores e atuadores elétricos. O titânio é utilizado para elevar a durabilidade do rotor do compressor. A complexidade dos novos turbos requer completa readequação da manufatura e controle rígido da qualidade, além de custos competitivos. A evolução do mercado trouxe, também, novas e sofisticadas tecnologias a máquinas de balanceamento de rotores, as quais garantem a operação silenciosa dos turbos, para satisfação de clientes cada vez mais exigentes.
ENTREVISTA
| PAULO BUTORI
O SETOR CONTRA O CKD O SINDIPEÇAS PROCURA RESISTIR À PERDA DE COMPETITIVIDADE DO SETOR DE AUTOPEÇAS PARA NÃO SE REPETIR A QUEBRADEIRA DOS ANOS 90 PAULO RICARDO BRAGA
FOTOS: LUIS PRADO
P
28 BUSINESS
aulo Roberto Rodrigues Butori comprovou ser mestre em relações interpessoais ao ser reeleito presidente do Sindipeças pela sexta vez consecutiva em março e representar quinhentas empresas fabricantes de componentes automotivos cujo ponto comum, em décadas, tem sido os altos e baixos nos resultados. No universo das associadas, a entidade acolhe indistintamente sistemistas, organizações globais próximas das montadoras, e empresas de pequeno e médio porte nacionais, mais vulneráveis às oscilações do mercado. Como estratégia para permanecer no comando, Butori abandonou o presidencialismo e democratizou a tomada de decisões, estruturando conselhos com a participação de todos os segmentos das autopeças. Presidente da Fupresa, empresa especializada em fundidos de precisão para motores, sistemas de freio, embreagens e câmbio, ele sentiu na pele os efeitos do tsunami financeiro internacional de 2008 que reduziu as exportações para os clientes europeus a menos da metade, situação semelhante à que afetou boa parte do setor. Apesar dos bons resultados da indústria de autopeças este ano, há luz vermelha na balança comercial e preocupante perda de competitividade das empresas locais, especialmente entre as de pequeno e médio porte, cuja sobrevivência é um dos objetivos da atual gestão do Sindipeças. Tudo será feito para evitar um desastre como o dos anos 90, de quebradeira geral e desestímulo à produção.
AUTOMOTIVE BUSINESS – A indústria de autopeças está em xeque? PAULO BUTORI – Está, mais uma vez. O faturamento em reais das empresas deve crescer em média 15% este ano, mas ainda não alcança o patamar de 2008. Ainda assim, olhando essa projeção e o crescimento consistente da economia e do mercado interno poderíamos imaginar que vai tudo muito bem. Mas os cenários futuros indicam grande fragilização da indústria de componentes, especialmente na base, das pequenas e médias empresas. Por causa do câmbio? BUTORI – A relação cambial tem papel importante no diagnóstico, mas igualmente perigosos são os problemas de infraestrutura, o passivo das empresas de pequeno e médio porte, a elevação de custos de produção, o aperto nas margens de lucro, nova invasão estrangeira e a tributação sobre o investimento. Boa parte disso traduz o que chamamos de custo Brasil. Mas há novos ingredientes desafiadores que levam a uma rápida perda de competitividade. Como explicar esses novos desafios? BUTORI – Eles estão associados a uma cecaderização da manufatura, com a importação de sistemas e veículos desmontados para produção local. Essa tendência mexe profundamente com a estrutura do setor, historicamente forte nas operações industriais mais básicas a partir da matéria-prima, como fundição, forjaria, estamparia e usinagem. Se os componentes chegarem prontos ao País a cadeia de suprimentos e produção se esvaziará para dar lugar à
O NOVO DESAFIO É ENFRENTAR A CECADERIZAÇÃO CRESCENTE DA MANUFATURA COM A IMPORTAÇÃO DE SISTEMAS AS E VEÍCULOS OS DESMONTADOS DOS VISANDO À PRODUÇÃO LOCAL AL
montagem. Entendo que evoluções são inevitáveis, mas a que está acontecendo leva a perdas muito grandes, até mesmo à extinção da indústria e dos empregos que gera. O aperto a que você se refere tem precedentes? BUTORI – A situação foi pior para o setor nos anos noventa. As montadoras tinham produtos tecnologicamente atrasados, as chamadas carroças, que precisavam ser modernizados rapidamente. A primeira ação delas foi importar componentes. A indústria de autopeças, que sempre forneceu sob demanda, teve então de esperar que essas montadoras voltassem a nacionalizar seus produtos. O movimento provocou irreversível desnacionalização do setor de autopeças. Da noite para o dia, empresários nacionais tiveram que vender tudo a preço de liquidação. Das 1.600 empresas do setor sobraram seis centenas. Embora a maioria seja de capital internacional, cerca de 80% do faturamento resulta das operações das empresas de capital estrangeiro. Não houve reações? BUTORI – Houve, claro. Fomos ao governo antes de tudo acontecer, levando um cuidadoso diagnóstico do setor e sugerindo ações para a modernização da indústria automobilística. Houve receptividade, mas as coisas se precipitaram. Decidimos ir às ruas, em passeata, com o apoio dos metalúrgicos, denunciar o dano às empresas de autopeças. O resultado pretendido pela Câmara Setorial da Indústria Automobilística foi alcançado, com a chegada de investimentos bilionários, fábricas e projetos. BUTORI – A um custo muito grande para nossa indústria, que
ENTREVISTA
| PAULO BUTORI
permaneceu defasada, tendo de enfrentar financiamentos a custos superiores e investimentos grandemente tributados. Foi essa experiência que levou o Sindipeças a se mobilizar para eliminar a atual redução da alíquota de importação de autopeças? BUTORI – Enquanto os carros têm barreira alfandegária de 35%, a média para componentes não chega a 10%. Até maio do ano que vem, retornaremos à situação anterior na TEC [Tarefa Externa Comum], com alíquotas de 14%, 16% e 18%. O benefício do redutor existe há 10 anos e tem causado problemas nas negociações internas do Mercosul. É entendido por nossos parceiros do bloco econômico que as alíquotas reduzidas criam assimetrias e vantagens ao investimento no Brasil. Em que gabinetes do governo o Sindipeças costuma bater? BUTORI – Em diversos, dependendo da situação. O ministro Miguel Jorge, do MDIC, tem sido um interlocutor importante na discussão dos problemas do setor, que ele conhece bem. Os problemas começam a se resolver com as novas alíquotas? BUTORI – É parte da solução, enquanto esperamos um choque de competitividade, que pode não vir. O País vive à espera de reformas corajosas – fiscal, tributária, trabalhista, política –, sem elas a competitividade não será alcançada. Como explicar sua longa permanência à frente do Sindipeças, atravessando fases boas e difíceis de um setor com múltiplas faces?
30 BUSINESS
A SITUAÇÃO FOI PIOR NOS ANOS NOVENTA. DAS 1.600 EMPRESAS DE AUTOPEÇAS SOBRARAM APENAS SEIS CENTENAS, A MAIORIA DE CAPITAL INTERNACIONAL
BUTORI – A entidade passou por grandes transformações a partir de 1992, quando a oposição assumiu o comando. Participei do movimento e fui eleito justamente nas épocas mais difíceis. Mesmo defendendo enfaticamente a indústria local, todos os associados do Sindipeças reconhecem que nossa administração harmoniza os interesses. Há conflitos, claro. As necessidades de pequenas, médias e grandes empresas podem ser muito gra diferentes. Mas trabalhamos sempre difer que atende a todo o setor, deixanno qu do de lado interesses particulares. Os sistemistas querem maior liberdade. sistem Empresas menores querem crescer Emp no mercado interno. A grande missão é harmonizar esse processo, afinal, somos uma só cadeia produtiva. Como proceder nesses casos? BUTORI – A administração do Sindipeças é transparente e democrática. Abandonamos práticas presidencialistas para privilegiar os conselhos, em que há participação de todos os segmentos das autopeças. O caminho é longo e mais complicado na tomada de decisões, mas a participação é maior. As pequenas e médias empresas admitem que não conseguem pagar impostos. Por quê? BUTORI – Nos momentos de maior dificuldade, essas empresas param de recolher os impostos. A carga tributária sobre a produção é muito elevada. Os programas de refinanciamento das dívidas são difíceis de ser cumpridos porque
ENTREVISTA
| PAULO BUTORI
ESTAMOS LONGE DE ESTAM COLABORAÇÃO EFETIVA COLAB ENTRE OS ELOS DA CADEIA, INDISPENSÁVEL PARA ENFRENTAR NDIS OS ADVERSÁRIOS EXTERNOS. AS EMPRESAS DE MENOR PORTE SOFREM MAIS
as empresas passam a ter de pagar a parcela da dívida mais os encargos mensais. Com margens apertadas, principalmente devido à maior concorrência internacional (que provoca queda nos preços) e à baixa capacidade de investimento (por conta dos custos elevados), as pequenas e médias ficam cada vez mais fragilizadas. Chegará a hora da verdade para essas empresas? BUTORI – Elas, assim como todo o País, dependem das reformas governamentais. Se essas empresas morrerem, o setor brasileiro de autopeças acaba. Elas são os pés do gigante. O metalúrgico Lula tem sido um presidente defensor da indústria automobilística? BUTORI – Sim, de forma equilibrada. Mas as variáveis são muitas para que se envolva em detalhes. Sob a gestão dele a economia cresceu de forma surpreendente, batemos recordes de produção e de vendas de veículos.
32 BUSINESS
Não acredito que haja tempo agora para reformas importantes capazes de preservar todos os avanços. O desafio da competitividade assume dimensão extraordinária, em meio a um cenário eleitoral. Enquanto isso, o mundo segue evoluindo. Como interpretar o déficit da balança comercial, que pode superar US$ 4 bilhões este ano? BUTORI – O patamar negativo não aconteceu de repente. O avanço das importações vem se acentuando desde 2007, refletindo as pressões internacionais sobre o mercado brasileiro e provocando acelerada perda de competitividade local devido à valorização de nossa moeda. Soma-se a isso ociosidade de produção em países concorrentes, que buscam novos mercados, como o nosso. Apesar de todos perderem com a queda da competitividade, os players da cadeia de suprimento continuam envolvidos em uma guerra. BUTORI – Estamos longe de colaboração efetiva entre os elos da cadeia, indispensável para enfrentar os adversários externos. A dificuldade de
conseguir margens de lucro, com o avanço dos custos de materiais e serviços e a impossibilidade de repasse para os preços, está na base desse conflito. Os menores sofrem muito e só conseguem reagir quando a demanda está aquecida e eles se tornam indispensáveis. O Sindipeças elegeu 2010 como o ano da pequena e média empresa do setor. BUTORI – Essas empresas penam mais em todas as situações. Elas não se beneficiam de escalas globais, têm enorme dificuldade em inovar e investir em pesquisa e desenvolvimento. A globalização exige empresas com gestão moderna e recursos para investir em capacidade. As montadoras querem menos parceiros, ágeis e poderosos para atuar em diferentes mercados. Precisamos inventar mecanismos para colocar essas exigências ao alcance de nossos associados. Caso contrário eles vão capitular justamente quando começa a terceira grande onda de investimentos bilionários em nosso setor automotivo. Na primeira, nos anos 50 e 60, as oportunidades foram aproveitadas. Na segunda, na década de 90, o empresário local foi praticamente aniquilado. Queremos um final feliz para a história desta vez.
POLOS
FÁBRICA da Volkswagen no Paraná já montou mais de 5 milhões de Fox
O MAPA DA O PRODUÇÃO AUTOMOTIVA O ESTADO DE SÃO PAULO RESPONDE POR QUASE METADE DA FABRICAÇÃO DE VEÍCULOS NO PAÍS E DEVE CONSOLIDAR A POSIÇÃO COM A CHEGADA DE INVESTIMENTOS JÁ ANUNCIADOS 34 BUSINESS
mapa da produção automotiva no Brasil não sofreu alterações relativas importantes entre 2005 e 2009, embora os emplacamentos tenham avançado de 2,53 milhões para 3,18 milhões de unidades e levado o País a figurar em sexto lugar no ranking global, atrás da China, Japão, Estados Unidos, Alemanha e Coréia do Sul. O mercado interno é o quinto maior do mundo, perdendo apenas para a China, Estados Unidos, Japão e Alemanha. Há 25 fabricantes locais de autoveículos e máquinas agrícolas associados à Anfavea, além de cinco centenas de empresas de autopeças filiadas ao Sindipeças, que tinham capacidade para montar 4,3 milhões de veículos e 109 mil máquinas agrícolas no final de 2009, com 50 plantas em 36 cidades de oito estados para a pro-
O MAPA DA PRODUĂ‡ĂƒO NO BRASIL Fabricantes de autoveĂculos, mĂĄquinas agrĂcolas e motociclos. A TAC nĂŁo ĂŠ associada Ă Anfavea, mas a Mahindra/ Bramont jĂĄ fez solicitação para integrar a entidade.
Amazonas Manaus Mahindra/Bramont Polo de Duas Rodas
CearĂĄ Horizonte Troller (Ford)
Bahia Camaçari Ford
BRASIL GoiĂĄs CatalĂŁo John Deere Mitsubishi AnĂĄpolis Hyundai CAOA
Rio de Janeiro Porto Real PSA Peugeot CitroĂŤn Resende MAN
Santa Catarina Joinville TAC
ParanĂĄ SĂŁo JosĂŠ dos Pinhais Volkswagen Nissan Renault Curitiba CNH/Case IH CNH/New Holland Volvo
Rio Grande do Sul Horizontina Canoas John Deere AGCO IbirubĂĄ Caxias do Sul AGCO Agrale Montenegro International John Deere Volare Santa Rosa GravataĂ AGCO General Motors
Minas Gerais Betim Fiat AutomĂłveis Contagem CNH/Case CE CNH/New Holland Sete Lagoas Iveco Juiz de Fora Mercedes-Benz
SĂŁo Paulo Indaiatuba Toyota Mogi das Cruzes Valtra Piracicaba CNH/Case Caterpillar SĂŁo Bernardo do Campo Mercedes-Benz Ford Scania Volkswagen SĂŁo JosĂŠ dos Campos General Motors SĂŁo Caetano do Sul General Motors Sorocaba CNH Case CE CNH Case IH SumarĂŠ Honda Suzano Komatsu TaubatĂŠ Volkswagen
POLOS
dução de componentes e veículos. Computado o resultado das empresas de autopeças, a indústria automobilística brasileira faturou US$ 79,9 bilhões no ano passado, dos quais US$ 13,7 bilhões foram obtidos em vendas ao exterior. A balança comercial de veículos e autopeças ficou negativa em US$ 3,7 bilhões, em período de forte pressão do mercado internacional após a crise deflagrada no final de 2008. Dados da consultoria PricewaterhouseCoopers indicam que em 2009 a indústria automobilística mundial tinha capacidade produtiva de 85 milhões de unidades/ano, mas só fabricou 58 milhões de veículos. Ainda segundo dados da Anfavea
newcomers teve início a regionalização da manufatura, com o surgimento ou reforço dos polos estaduais. Entre os marcos mais importantes na escalada da descentralização, o Rio Grande do Sul recebeu a GM em Gravataí; o Paraná a VW, a Renault e depois a Nissan; a Bahia a Ford em Camaçari; Goiás a Mitsubishi e, recentemente, a Hyundai CAOA; o Rio de Janeiro a VW Caminhões e Ônibus (agora MAN) e a PSA Peugeot Citroën; Minas Gerais a Mercedes-Benz em Juiz de Fora e a Iveco em Sete Lagoas. São Paulo reagiu com as novas fábricas da Honda em Sumaré e da Toyota em Indaiatuba. Em meio a essas transformações,
e do Sindipeças, o setor automotivo representa 23% do PIB industrial brasileiro e 5% do PIB total, mobilizando 1,5 milhão de pessoas em empregos diretos e indiretos. Em 2009 os autoveículos geraram R$ 35,7 bilhões em tributos como IPI, ICMS, PIS e Cofins. POLOS Nos cinco anos passados o Estado de São Paulo manteve uma participação próxima de 45% na montagem de veículos, marca muito distante do cenário no início dos anos 90, quando os paulistas respondiam por três quartos da produção nacional (74,8%). A partir da chegada das montadoras
PRODUÇÃO AUTOMOTIVA POR ESTADO (AUTOMÓVEIS, COMERCIAIS LEVES, CAMINHÕES E ÔNIBUS)
Total de unidades/ano
1990
2004
914.466
2.317.227 RJ 4,4
PR 0,5% RS 0,2%
%
GO 0,8
2005 2.530.840
RS 6,1% BA 8,2
RJ 5,4% GO 0,8%
%
RS 5,6%
%
BA 9,8%
MG 24,5% SP 74,8
PR 10,6%
%
SP 52,8%
MG 19,3%
Estado São Paulo
PR 12,7%
SP 45,5%
MG 20,2%
Marcas Produção Marcas Produção Marcas Produção Engesa, Ford, GM, Gurgel, DC, Ford, GM, Honda, Land DC, Ford, GM, Honda, Scania, 684,0 mil 1.223,5 mil 1.151,5 mil Mercedes, Scania, Toyota, VW Rover, Scania, Toyota, VW Toyota, VW
Minas Gerais
Fiat
224,0 mil
DC, Fiat, Iveco
447,2 mil
Fiat, Iveco
511,2 mil
Paraná
Volvo
4,6 mil
Nissan, Renault, VW-Audi, Volvo
245,6 mil
Nissan, Renault, VW-Audi, Volvo
308,7 mil
–
–
Ford
190,0 mil
Ford
248,0 mil
Agrale
1,8 mil
Agrale, GM, International
141,3 mil
Agrale, GM, International
154,4 mil
Rio de Janeiro
–
–
Peugeot Citroën, VW CO
102,0 mil
Peugeot Citroën, VW CO
136,6 mil
Goiás
–
–
Mitsubishi
18,5 mil
Mitsubishi
20,2 mil
Bahia Rio Grande do Sul
36 BUSINESS
UNIDADE da Fiat em Betim monta quase 25% dos veĂculos nacionais
EMPRESAS ASSOCIADAS À ANFAVEA
2006
2007
2.611.034 GO 0,8
%
2.980.108
RJ 5,0 RS 5,6%
RJ 5,6
%
BA 9,3% SP 47,4%
2008
PR 10,2% MG 21,7%
%
2009
3.215.976
GO 1,0
RJ 5,8
%
RS 6,8%
%
3.182.923
GO 1,5
RS 6,3%
BA 7,5% SP 43,6%
BA 6,5%
PR 10,6%
SP 45,8%
MG 23,8%
MG 24,6%
GO 1,2%
RS 6,9%
BA 6,2%
PR 10,9%
RJ 5,1%
%
PR 10,9%
SP 45,4%
MG 24,0%
Marcas DC, Ford, GM, Honda, Scania, Toyota, VW
Produção
Fiat, Iveco
566,6 mil
Fiat, Iveco
733,1 mil
Fiat, Iveco, Mercedes
733,1 mil
Fiat, Iveco, Mercedes
763,9 mil
Nissan, Renault, VW-Audi, Volvo
258,5 mil
Nissan, Renault, VW, Volvo
324,8 mil
Nissan, Renault, VW, Volvo
340,9 mil
Nissan, Renault, VW, Volvo
346,9 mil
Ford
242,8 mil
Ford
237,6 mil
Ford
199,4 mil
Ford
206,9 mil
Agrale, GM, International
156,6 mil
Agrale, GM, International
223,5 mil
Agrale, GM, International
202,6 mil
Agrale, GM, International
219,6 mil
Peugeot CitroĂŤn, VW CO
130,5 mil
Peugeot CitroĂŤn, VW CO
166,9 mil
Peugeot CitroĂŤn, VW CO
186,5 mil
Peugeot CitroĂŤn, VW CO
162,3 mil
Mitsubishi
20,1 mil
Mitsubishi
29,8 mil
Hyundai, Mitsubishi
48,2 mil
Hyundai, Mitsubishi
38,2 mil
1.237,6 mil
Marcas Produção Marcas Produção Marcas Produção Ford, GM, Honda, Mercedes, Ford, GM, Honda, Mercedes, Ford, GM, Honda, Mercedes, 1.299,3 mil 1.473 mil 1.445,0 mil Scania, Toyota, VW Scania, Toyota, VW Scania, Toyota, VW
Fontes: Anfavea e Automotive Business
POLOS
em 2004, quando foram montados 2,317 milhões de veículos, o Estado de São Paulo ainda detinha 52,8% da produção nacional, incluindo caminhões e ônibus. Em 2005 o volume paulista caiu para 45,5%, muito próximo dos 45,4% registrados em 2009. O ranking de 2009 trouxe na segunda posição o polo de Minas Gerais, com 24% dos veículos montados no País. Essencialmente, trata-se da contribuição das marcas Fiat e Iveco, já que a Mercedes-Benz limitou-se a montar veículos importados em regime CKD, em pequeno volume. O Paraná veio em terceiro, com 10,9%, somando veículos da Volvo, Volkswagen, Renault e Nissan. As duas últimas fizeram lançamentos,
HONDA possui uma das fábricas mais modernas do setor automotivo
PRODUÇÃO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS AUTOMOTRIZES POR ESTADO
Total de unidades/ano
1990
2004
2005
33.114
69.418
52.871
MG 1,5% PR 2,7%
MG 1,7%
RJ 0,6%
RS 38,8%
Rio Grande do Sul
PR 14,5%
PR 21,7% RS 54,1%
SP 56,4%
Estado
MG 2,7%
SP 28,0%
RS 54,8%
SP 22,5%
Marcas Produção Agrale, Ideal, Maxion, SLC, 12.848 Ford New Holland
Marcas
Produção
Marcas
Produção
Agco, Agrale, John Deere
37.555
Agco, Agrale, John Deere
28.973
Caterpillar, CBT, Engesa, Ford New Holland, JI Case, Komatsu, Kubota, Valmet Yanmar
18.676
CNH Case, Caterpillar, Komatsu, Valtra
15.619
CNH Case, Caterpillar, Komatsu, Valtra
14.804
Ford New Holland
894
CNH Case, CNH New Holland
15.064
CNH Case, CNH New Holland
7.666
Minas Gerais
Fiat Allis
497
CNH Case, CNH Fiat Allis
1.180
CNH Case, CNH New Holland
1.427
Rio de Janeiro
Muller
199
–
–
–
–
São Paulo
Paraná
38 BUSINESS
A REVOADA DAS CHINESAS PARA O BRASIL HĂĄ pelo menos dez marcas chinesas de olho no mercado brasileiro. Com o câmbio favorĂĄvel elas começarĂŁo a atuar como importadoras e devem fazer depois a montagem local de veĂculos a partir de componentes trazidos da Ă sia. A partir dos resultados, devem pensar em fĂĄbrica no PaĂs. ATUAIS
ChanaAuto – www.chanamotors.com.br
AviChina – www.effamotors.com.br
Chana van importada pela Districar
Compacto M100 importado pela Effa Jinbei – www.cnauto.com.br Topic (Haise Brilliance) importado pela CN Auto Harbin Hafei Motor – www.cnauto.com.br Towner (ZhongYi van e RuiYi) importados pela CN Auto Harbin Hafei Motor – www.effamotors.com.br ULC van e comercial leve serão produzidos na Effa em Manaus este ano Chery – www.cherybrasil.com.br Tiggo SUV montado no Uruguai
NOVAS
Great Wall – CN Auto vai trazer o Wingle PU, Hover SUV e Coolbear X-over Sinotruk Howo Trucks – Elecsonic traz caminhþes pesados
Lifan – Grupo Effa importarå os carros 320 e 620 BYD – Grupo CAOA negocia representação.
EMPRESAS ASSOCIADAS À ANFAVEA
2006
2007
2008
2009
46.065
65.003
84.992
66.210
MG 3,8%
MG 3,3%
PR 19,3%
MG 3,5%
PR 21,9% RS 46,2%
SP 30,7%
MG 3,5%
PR 23,0% RS 45,7%
SP 29,1%
PR 22,9% RS 47,1%
RS 48,5%
SP 26,4%
SP 25,1%
Marcas
Produção
Marcas
Produção
Marcas
Produção
Marcas
Produção
Agco, Agrale, John Deere
21.282
Agco, Agrale, John Deere
29.706
Agco, Agrale, John Deere
41.915
Agco, Agrale, John Deere
32.111
CNH Case, Caterpillar, Komatsu, Valtra
14.142
CNH Case, Caterpillar, Komatsu, Valtra
18.915
Fiat, Iveco, Mercedes
733,1 mil
Fiat, Iveco, Mercedes
763,9 mil
CNH Case, CNH New Holland
8.890
CNH Case, CNH New Holland
14.235
CNH Case, CNH New Holland
20.468
CNH Case, CNH New Holland
15.162
CNH Case, CNH New Holland
1.750
CNH Case, CNH New Holland
2.145
CNH Case, CNH New Holland
3.114
CNH Case, CNH New Holland
2.317
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–
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– Fontes: Anfavea e Automotive Business
POLOS
mas nada ainda capaz de levar o estado próximo à participação de 12,7% anotada em 2005. De lá para cá, a produção avançou, porém, de 308,7 mil para 346,9 mil unidades e pode ganhar impulso com a chegada dos compactos da Nissan. Bahia e Rio Grande do Sul disputam a quarta posição, mas o avanço da GM em Gravataí garantiu a dianteira aos gaúchos, com 219,6 mil unidades (6,9%), contra as 206,9 mil da Ford baiana (6,5%). Os dois polos devem avançar, com os investimentos
prometidos pelas duas montadoras. Vale registrar que em 2005 a Ford Camaçari já chegou ao recorde de 248 mil unidades montadas. A expansão atual da unidade pretende elevar a capacidade para 300 mil unidades/ ano. A Agrale, de Caxias do Sul, RS, conhecida pelos ônibus e caminhões, fabrica também o jipe Marruá. O volume do Rio de Janeiro (162,3 mil veículos, ou 5,1% do total nacional de 2009) está diretamente ligado ao desempenho da fábrica da PSA Peugeot Citroën em Porto Real, vizinha
PERFIL DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA BRASILEIRA EMPRESAS 25 fabricantes de veículos e máquinas agrícolas (Anfavea) 500 empresas de autopeças associadas ao Sindipeças 4.427 concessionárias de veículos FÁBRICAS 50 unidades industriais de montadoras associadas à Anfavea em 36 municípios de 8 estados PRODUTOS Automóveis, comerciais leves, chassis de ônibus, tratores, colheitadeiras CAPACIDADE
4,3 milhões de veículos/ano 109 mil máquinas agrícolas/ano FATURAMENTO EM 2009 (com autopeças)
R$ 79,9 bilhões EXPORTAÇÕES (com autopeças)
US$ 13,7 bilhões POSIÇÃO NO RANKING GLOBAL (autoveículos) o Produção: 6 lugar Mercado interno: 5a posição POSTOS DE TRABALHO (dezembro de 2009) Autoveículos: 109.053 Máquinas agrícolas: 15.301 Autopeças (associadas do Sindipeças): 205.000 TRIBUTOS (VEÍCULOS) IPI, ICMS, PIS e Cofins em 2009
R$ 35,7 bilhões
40 BUSINESS
da MAN em Resende. Recentemente o presidente mundial da montadora, Philippe Varin, anunciou recursos de R$ 1,4 bilhão até 2012 para alavancar novos projetos. Mitsubishi e Hyundai CAOA representam o polo goiano, que contribuiu com 1,5% da produção nacional em 2008 e 1,2% em 2009. Apesar da Hyundai CAOA anunciar investimentos expressivos na fábrica de Anápolis, responsável pelo H100 e pelo Tucson, a evolução do empreendimento e da própria operação torna-se uma incógnita com a chegada da própria empresa coreana a Piracicaba, SP, para a montagem de até 100 mil veículos compactos por ano. Já a Mitsubishi anunciou que aplicará R$ 800 milhões no desenvolvimento de produtos como o Pajero Dakar (para 2011) e o Lancer (2012) e para elevar a capacidade da unidade de Catalão. Santa Catarina finalmente colocou a TAC – Tecnologia Automotiva Catarinense no mapa da produção, mas o jipe Stark será oferecido em pequena escala para competir com o Troller, da Ford, montado em Horizonte, no Ceará. Em maio a fábrica de Joinville construía o SUV à razão de três unidades por semana, utilizando motores diesel da FPT – Powertrain Technologies. O bom jipinho custa pouco menos de R$ 100 mil e a espera pela encomenda pode chegar a quarenta dias. A indiana Mahindra produz em Manaus, onde é expressiva a presença dos fabricantes de motocicletas. A empresa produz picapes e SUVs com a marca Scorpio por meio da Bramont, instalada no polo industrial. Nos meses de abril e maio, no entanto, a marca Mahindra sequer apareceu na relação de produtos emplacados divulgada pela Fenabrave. INVESTIMENTOS Automotive Business apurou que as montadoras já manifestaram a inten-
POLOS
das marcas chinesas. A Chery utiliza o Uruguai como base para chegar ao mercado brasileiro, mas deu sinais de ter pressa para construir a fábrica local, que pode ficar no estado de São Paulo. MERCEDES faz caminhões e ônibus no ABC paulista, mas terá fábrica mineira
ção de aplicar R$ 30 bilhões no Brasil entre 2010 e 2015, enquanto as empresas de autopeças devem investir pelo menos US$ 1 bilhão por ano. Praticamente todas as marcas estão empenhadas em garantir o desenvolvimento de novos veículos e a expansão da capacidade das fábricas para assegurar participação no mercado em crescimento. O Estado de São Paulo deve contabilizar a chegada das fábricas da Toyota (Sorocaba), Hyundai (Piracicaba) e espera pela Kia e Chery. Com esse reforço, pode voltar a abrigar mais de 50% da produção nacional de veículos. A International, que monta os caminhões 9800i para exportação na unidade da Agrale, em Caxias do Sul, RS, pode instalar fábrica própria em Guaíba, no Rio Grande do Sul, dentro do programa NC2 da Navistar e Caterpillar.
O projeto pode se consolidar até 2012. Depois de fazer barulho, a Óbvio! sumiu do mapa, derrotada pelo câmbio desfavorável. A empresa pretendia montar veículos compactos em Xerém, Duque de Caxias, no Estado do Rio de Janeiro, e chegou a anunciar contrato para enviar 50 mil unidades/ ano aos Estados Unidos, garantido pela ZAP – Zero Air Polution, sua distribuidora norte-americana. Entre as montadoras de pequeno porte há a Chamonix, fabricante artesanal de réplicas clássicas em Jarinu, SP, e a Braxx, que produz o esportivo Lobini H1 em Cotia, SP. Em Manaus a Bramont abandonou o projeto da Cross Lander (que nem chegou a decolar) e produz os comerciais leves da Mahindra. O mapa da produção deve ganhar nos próximos anos a contribuição
PREVISÕES DA ANFAVEA PARA 2010 2009
2010
Variação
3.141
3.400
+ 8,2%
55,3
55,9
+ 1,0%
Volume (mil unidades)
475
530
+ 11,5%
Valor, com máquinas agrícolas (US$ bilhões)
8,3
9,2
+ 11,0%
3.185
3.390
+ 6,5%
66,2
67,0
+ 1,2%
Mercado Interno (mil unidades) Autoveículos Máquinas agrícolas Exportações
Produção (mil unidades) Autoveículos Máquinas agrícolas
Fonte: Anfavea
42 BUSINESS
IMPORTADORES Há pelo menos dez marcas chinesas de olho no mercado brasileiro e seu ingresso na relação de fabricantes passará, primeiro, pela montagem CKD na região. A coreana Kia abriu a fábrica do Bongo no Uruguai mas ainda não desistiu de ter unidade fabril no País e pensa em uma linha para montar o Soul ou o Cerato. Os motores flex já estão prontos. Em junho a Abeiva – Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores possuía 22 associadas: Aston Martin, Audi, BMW, Chana, Chery, Chrysler, Dodge, Effa Changhe, Effa Hafei, Hafei Motor, JAC, Jaguar, Jeep, Jinbei, Kia Motors, Land Rover, Pagani, Porsche, Spyker, SsangYong, Suzuki e Volvo. Naquele mês, somadas, as marcas comercializaram no País 7.450 veículos, volume equivalente ao de abril. Daewoo, Daihatsu, Lada, Mazda e Seat deixaram de comercializar veículos importados no País há bastante tempo. A Suzuki está de volta, agora sob o comando do grupo Souza Ramos, depois de ficar alguns anos ausente do mercado brasileiro. A Audi, do Grupo Volkswagen e associada à Anfavea, figura como importadora depois de encerrar a produção do A3 no Paraná em 2006. Jaguar e Land Rover, negociadas pela Ford com a Tata Motors, aparecem nas listas de importadores filiados à Abeiva. A Hyundai CAOA, que importa um volume expressivo de veículos coreanos, está na lista dos fabricantes nacionais de comerciais leves e integra a Anfavea. A Subaru, representada pela CAOA, não está filiada às entidades do setor.
CENÁRIOS
PRODUÇÃO ATRÁS DA DEMANDA PAULO DE TARSO PETRONI, SÓCIO-DIRETOR DA PRICEWATERHOUSECOOPERS, ALERTA SOBRE DESAFIOS DO SETOR AUTOMOTIVO BRASILEIRO NO CENÁRIO GLOBAL DÉCIO COSTA
A
recente crise financeira causou grande impacto na dinâmica da indústria automotiva mundial, acelerando o processo já instaurado de alteração nos eixos de consumo, investimento e produção. A ociosidade do setor chegou a 65% da capacidade instalada em 2009. Os níveis de utilização pré-crise somente deverão ser retomados a partir de 2012, em função da manutenção de alguns investimentos no parque industrial no período pós-crise. As grandes preocupações residem ainda sobre o desempenho dos mercados da Europa Ocidental, em fa-
ce da finalização ou redução substancial dos incentivos governamentais em programas de renovação de frotas. O comportamento das economias no segundo semestre deste ano será determinante para o desempenho do setor. O mercado americano apresentou resultados pouco acima das expectativas nos primeiros meses de 2010. Apesar das vendas ainda continuarem fracas, o adequado uso dos incentivos comerciais feito pelas montadoras permitiu uma elevação tênue dos volumes comercializados. Desta forma a previsão de venda do mercado americano foi elevada para 11,5 milhões de unidades de veículos leves. Após um ano onde a produção re-
AUMENTO DA CAPACIDADE NOS BRICs
14,94%
Índia Rússia
6,74%
Brasil
6,70% 6,59%
Tailândia México
BRICs
37,60%
China
%
3,02
Irã
2,29%
Rep. Checa
2,25%
Alemanha
2,19%
Argentina
2,09%
O Brasil subiu de 8º (2005) para 4º (2010) destino de investimentos em ampliação da capacidade produtiva no setor automobilístico
Fonte: PWC
44 BUSINESS
cuou a patamares só vistos na década de 70, o mercado doméstico do Japão é impulsionado tanto pelos incentivos concedidos a veículos eco-friendly como pelo gradual aumento dos volumes exportados. No entanto, permanecem as questões de longo prazo referentes à sustentação da indústria local, devido à evolução da demografia do mercado interno japonês e às fortes ambições e ações das montadoras japonesas em outras regiões. A expectativa referente à demanda doméstica do Japão de crescimento de cerca de 3% em 2010 está fortemente ligada à mudança de preferência dos seus consumidores pelos carros híbridos. Para os anos seguintes, estagnação e gradual declínio são esperados. BRICS Apesar do processo de recuperação econômica que timidamente se inicia nos países desenvolvidos, a expectativa é que a produção e as vendas do setor sejam puxadas principalmente pelos países em desenvolvimento, com destaque para os BRICs. Entre 2009 e 2015 espera-se que a produção mundial cresça 11,5 milhões de unidades e os BRICs deverão responder por 60% desse incremento. O rearranjo da geografia da capacidade global será liderado pela China (responsável por 30% da evolução), que vem se posicionando estrategica-
CENĂ RIOS
mente para ganhar representatividade no mercado como exportador de veĂculos e relevante produtor mundial. Destaca-se que a China adicionou cerca de 9 milhĂľes de veĂculos em sua produção entre 2002 e 2009, contrastando com a estagnação e mesmo declĂnio ocorrido em muitos outros mercados maduros no mesmo perĂodo. Contando com apoio e incentivos governamentais, mĂşltiplas empresas chinesas se direcionam para atender o volumoso mercado interno e atuar decididamente nas exportaçþes, buscando mercados demandantes de seus produtos. A Ă?ndia tambĂŠm terĂĄ posição de destaque, respondendo por 16% do aumento de capacidade entre 2009 e 2015. A grande diferença ĂŠ que se caracterizarĂĄ mais como um receptor de investimentos, tendo como principais atrativos o mercado consumidor e a possibilidade de operar plataformas globais com custo baixo. No curto prazo espera-se que as vendas e a produção indiana recebam forte impulso dos lançamentos de modelos subcompactos de baixo custo, que podem gerar crescimento de mercado em torno de 18% nos prĂłximos quatro a cinco anos. A Ă?ndia tambĂŠm deve receber recursos de fabricantes de outros paĂses que pretendem utilizar as plantas indianas como plataformas de exportaçþes de carros compactos e subcompactos, com elevado volume e escala. Apesar das expectativas positivas para as indĂşstrias automotivas da China e na Ă?ndia no que tange ao crescimento das exportaçþes, a limitação de capacidade produtiva irĂĄ moderar esses volumes, salvo novas decisĂľes que resultem em mais investimentos na ampliação da capacidade produtiva. Claramente, os direcionadores de exportação diferem entre esses paĂses. As marcas domĂŠsticas deverĂŁo dominar as vendas externas chinesas, enquanto a preponderância de marcas
46 BUSINESS
PETRONI, DA PWC: prioridade em investimento na produção
estrangeiras nas exportaçþes deve permanecer na Ă?ndia. As anĂĄlises e previsĂľes referentes Ă RĂşssia estĂŁo sendo reavaliadas e incrementadas devido ao programa de renovação de frotas lançado em março. EstĂŁo previstos incentivos governamentais da ordem de US$ 350 milhĂľes a serem aplicados em veĂculos com mais de dez anos na sua renovação. Apesar de o programa estar baseado e limitado inicialmente em 200 mil veĂculos, hĂĄ de se monitorar as possibilidades de expansĂŁo dos incentivos. O setor automobilĂstico tem se tornado pilar crucial para o desenvolvimento da polĂtica industrial do governo da RĂşssia. No Brasil os investimentos anunciados representarĂŁo 9% do aumento esperado no parque industrial automotivo mundial. PorĂŠm, a participação do PaĂs na capacidade global ainda ĂŠ diminuta, representando 4%, enquanto a China responde sozinha por mais de 15%. Entre 2005 e 2009 as vendas de automĂłveis de passageiros e comerciais leves no PaĂs tiveram crescimento anual mĂŠdio de 17,4%, fruto da ampliação do mercado consumidor, beneficiado pelo: -
concorrentes no mercado, com impacto sobre os preços dos veĂculos. Esses fatores tĂŞm sido determinantes nos resultados do setor nos Ăşltimos anos e deverĂŁo contribuir para a expansĂŁo futura, principalmente no que tange ao aumento de renda da população e Ă maior concorrĂŞncia entre os players. Apesar dos condicionantes da demanda apresentarem forte consistĂŞncia, do lado da oferta o cenĂĄrio ainda ĂŠ tĂmido, como mostra a avaliação do desempenho do setor em 2009. O emplacamento de 3 milhĂľes de automĂłveis de passageiros e comerciais leves foi um marco na histĂłria do setor no Brasil, resultado tambĂŠm da redução do IPI para o setor, como forma de estĂmulo governamental para conter os efeitos da crise mundial. Ocorre, porĂŠm, que a demanda foi atendida pelo crescimento da utilização da capacidade do setor e pelo aumento de 32,5% das importaçþes, 60% originĂĄrias da Argentina e MĂŠxico, com os quais o Brasil mantĂŠm acordos. CENĂ RIOS Em 2010 o mercado brasileiro apresentou inĂcio forte e promissor, com as vendas facilmente ultrapassando o mesmo perĂodo de 2009. A expressiva recuperação econĂ´mica impulsionada pela baixa histĂłrica (para padrĂľes brasileiros) da taxa de juros dos financiamentos pode-se traduzir em taxas de crescimento de vendas superiores a 8% em 2010. Contudo, o Brasil nĂŁo ĂŠ o Ăşnico paĂs da AmĂŠrica do Sul a apresentar essa evolução nos primeiros meses de 2010: as vendas no mercado interno argentino cresceram a um ritmo prĂłximo de 40% ao ano. Desta forma, com as vendas na re-
CENĂ RIOS
INVESTIMENTOS PREVISTOS NO BRASIL São estimadas aplicaçþes de R$ 600 bilhþes entre 2009 e 2020
PRÉ-SAL R$ 190 bi
OLIMP�ADAS OLIMP�AD R$ 20 bi COPA DO MUNDO R$ 100 bi PETROBRAAS – SEM PRÉ-SAL PETROBRAS R$ 240 bi SUCROALCOOOLEIRO SUCROALCOOLEIRO R$ 50 bi 2009 00
2010 00
2011 0
2012 20 0
2013 20 13
2014 20 014
2015
2016 20 016
2017
2018
2019
2020 20 Fonte: PWC
giĂŁo crescendo fortemente, a produção em ambos os paĂses tambĂŠm se acelera. Apesar do ainda fraco desempenho das exportaçþes externas ao Mercosul, as plantas automotivas da regiĂŁo operam em elevado nĂvel de utilização de sua capacidade produtiva instalada. Mantidas as condiçþes atuais de demanda e oferta, espera-se que a capacidade de produção das montadoras instaladas nĂŁo seja suficiente para atender a demanda interna estimada a partir de 2013. Como resultado, o paĂs poderĂĄ observar um crescente aumento do volume de importação (em continuidade da tendĂŞncia observada neste momento) e, eventualmente, uma redução de exportaçþes para atendimento do mercado global. Esse gap entre demanda e oferta que se avizinha exige uma reflexĂŁo cuidadosa e importante para o futuro da indĂşstria automotiva do PaĂs. Representa tambĂŠm uma oportunidade para atração de novos investimentos por montadoras jĂĄ instaladas ou mesmo novos entrantes. Nesta direção, algumas empresas recentemente divulgaram suas intençþes de investimentos na ampliação da sua capacidade produtiva. Como cenĂĄrio mais grave para a sociedade brasileira, podem ocorrer Ăndi-
48 BUSINESS
ces crescentes de importação e redução ainda maior de exportaçþes. Ameaças como esta, com graves consequĂŞncias sociais, devem ser evitadas. Os fatos expostos anteriormente nĂŁo permitiram ainda uma correta definição do papel que o Brasil terĂĄ nesta reordenação do mapa de importância dos paĂses no cenĂĄrio automotivo mundial. Por um lado, o mercado consumidor atual e potencial ĂŠ garantia de crescimento para as montadoras instaladas e representa uma grande oportunidade para novas empresas. De outra parte, o posicionamento enquanto produtor competitivo leva a questionamentos quando da atração de investimentos para a produção local. Nesse ponto reside a elevada importância de se estruturar e executar um conjunto de açþes ao longo de toda a cadeia objetivando colocar o Brasil definitivamente como prioridade de investimentos produtivos das grandes empresas do setor. A colaboração entre os diferentes elos da cadeia produtiva, bem como de entidades de classe, governamentais e da sociedade se faz necessĂĄria para vencer este importante desafio. Nesse sentido, ĂŠ necessĂĄrio intensificar os esforços de melhoria do desem-
penho dos fatores que fortalecem a competitividade da indĂşstria automotiva brasileira: " # volvimento de tecnologias, produtos e processos produtivos focados em & ' # * + <
< = > ? = > @
< = > # > # ternacionais, buscando novas oportunidades de parcerias para fortalecer
< " \ < > & ^ A dinâmica mundial pĂłs-crise trarĂĄ inĂşmeras oportunidades para a economia brasileira. Vale ressaltar, contudo, que a concorrĂŞncia por investimentos produtivos entre as economias serĂĄ, como se viu anteriormente, muito acirrada. Neste sentido o Brasil estĂĄ fazendo avanços importantes, mas ainda tem um grande caminho a ser percorrido. Ă&#x201C;timo, ter este desafio. Â&#x201E;
MATÉRIA DE CAPA
| AUTOPEÇAS
DRIBLANDO O XEQUE-MATE O SETOR DE AUTOPEÇAS TERMINARÁ O ANO NO AZUL, MAS A COMPETITIVIDADE DAS EMPRESAS SE DETERIORA A PASSOS LARGOS, COM A CECADERIZAÇÃO NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA – A IMPORTAÇÃO DE SISTEMAS E COMPONENTES PARA MONTAGEM LOCAL PAULO RICARDO BRAGA
N
o conturbado período da indústria automobilística nos anos 90, após a abertura às importações promovida pelo governo Collor de Mello, o ponderado presidente do Sindipeças, Paulo Roberto Butori, promoveu uma passeata na capital paulista, mobilizando empreendedores do setor de autopeças e aliados metalúrgicos. O manifesto, estranho para os dias de hoje, protestava contra as facilidades introduzidas na aquisição de componentes automotivos estrangeiros e a quebradeira geral de empresas do setor. A iniciativa alertava para a brutal desnacionalização no segmento, com a chegada do capital estrangeiro para absorver sobras a preço de banana. Manobras do governo ainda naquela década, por meio da Câmara Setorial da Indústria Automobilística, caracterizadas pela pesquisadora Anne Caroline Posthuma como ‘chicote para os fornecedores e cenouras para as montadoras’, facilitavam a importação de peças (com imposto de 4,8%) e praticamente vedavam compras de carros estrangeiros com alíquotas de 70% para produtores não instalados no Brasil. Não foram poucas as mágoas que sobraram daqueles tempos. Para tomar o rumo da modernidade, as carroças do presidente Collor atropela-
50 BUSINESS
ram empresas de autopeças nacionais de todo tipo. A SabĂł ĂŠ frequentemente apontada como uma das raras sobreviventes do time de frente. Duas dĂŠcadas depois, Butori estĂĄ disposto a reeditar a passeata se a situação do setor de autopeças se deteriorar. A possibilidade ĂŠ real. NĂŁo que as associadas ao Sindipeças estejam perdendo dinheiro. Longe disso, a maioria deve sair do ano no lucro, repetindo uma rentabilidade sobre as vendas pelo menos igual Ă registrada em 2008 que, segundo a Serasa Experian, cravou 5%. CALOTE Um perigoso passivo e a evolução dos cenĂĄrios assusta o setor. NĂŁo ĂŠ segredo que um nĂşmero expressivo de pequenos e mĂŠdios fabricantes de autopeças desistiu de recolher impostos e perdeu fĂ´lego para cumprir programas de refinanciamento das dĂvidas tributĂĄrias. Em função do calote os empreendimentos perdem acesso ao financiamento oficial a juros generosos. A prĂĄtica de adiar o acerto de contas com o Tesouro ĂŠ tolerada para evitar a quebra de elos na cadeia de produção de um setor em que sĂł as montadoras recolheram R$ 35,7 bilhĂľes em tributos como IPI, ICMS, PIS e Cofins e, junto com autopeças, representaram 5% do PIB nacional de 2009 â&#x20AC;&#x201C; ou 23% do PIB industrial. De 1994 a 2009 os investimentos no setor somaram US$ 46,9 bilhĂľes, elevando a capacidade instalada em cinco dezenas de fĂĄbricas para 4,3 milhĂľes de veĂculos e 109 mil mĂĄquinas agrĂcolas por ano. Automotive Business calcula que hĂĄ outros R$ 40,9 bilhĂľes a caminho entre 2010 e 2015, autopeças incluĂdas Ă razĂŁo de pelo menos US$ 1 bilhĂŁo por ano. Os nĂşmeros estĂŁo Ă altura do faturamento da indĂşstria automobilĂstica, que chegou a US$ 79,9 bilhĂľes em 2009, dos quais US$ 32,5 bilhĂľes com autopeças. Explica-se, assim, a
invasĂŁo asiĂĄtica, como evidenciam a queda na produção e a investida estrangeira no mercado interno, embalada por tĂĄticas e operaçþes logĂsticas eficientes.
PAULO BUTORI, do Sindipeças: atenção às pequenas empresas
preocupação em manter os devedores de tributos no negĂłcio que pode ter elos frĂĄgeis, mas nĂŁo quebrados. O passivo financeiro das pequenas e mĂŠdias empresas de autopeças ĂŠ engrossado por outro vilĂŁo â&#x20AC;&#x201C; o câmbio. Ao inibir as exportaçþes e favorecer as compras estrangeiras, a moeda forte traz Ă tona o assustador quadro de pobreza na infraestrutura logĂstica, a ausĂŞncia de diretrizes setoriais para o crescimento, os tributos exagerados e uma pesada burocracia. Estudo do Banco Mundial em 87 paĂses, de dezembro, indica que o Brasil ĂŠ o quarto pior paĂs do mundo em obstĂĄculos burocrĂĄticos para a implantação de uma empresa internacional â&#x20AC;&#x201C; o que nĂŁo causa mais surpresa, diante da passividade com que graves revelaçþes como essa sĂŁo atiradas ao esquecimento. Executivos da indĂşstria automobilĂstica, acostumados a investir pesado em pesquisa, inovação e desenvolvimento, estĂŁo cĂŠticos quanto Ă possibilidade de acontecer a curto prazo um choque de competitividade como o proposto pelo presidente da Anfavea, Cledorvino Belini. Falta punch ao setor para enfrentar a
BALANĂ&#x2021;O No primeiro semestre de 2010 os veĂculos importados responderam por 17% dos emplacamentos. Mantida essa proporção, atĂŠ o final do ano terĂŁo sido vendidos nada menos de 578 mil carros estrangeiros. Nossas exportaçþes estĂŁo projetadas pela Anfavea em 530 mil unidades em 2010, um patamar que pode ser alcançado â&#x20AC;&#x201C; atĂŠ a metade do ano jĂĄ embarcaram 358 mil â&#x20AC;&#x201C;, mas ficaremos distantes das 734 mil unidades enviadas a outros paĂses em 2008. Esse cenĂĄrio ĂŠ um dos agravantes para a decepcionante contabilidade do segmento de autopeças. Enquanto 2006 registrou um resultado positivo de US$ 1,98 bilhĂŁo na balança comercial, no ano seguinte houve um dĂŠficit de US$ 84 milhĂľes. Em 2008 o buraco cresceu para US$ 2,53 bilhĂľes e em 2009 para US$ 2,48 bilhĂľes. Este ano, com a avalanche de compras no exterior, o sinal vermelho aponta para um nĂşmero superior a US$ 4 bilhĂľes, sinalizando crescente perda de competitividade. O alerta chegou ao gabinete do ministro Miguel Jorge, do MDIC, que encampou a proposta do Sindipeças para eliminar o desconto histĂłrico de 40% nas tarifas de importação para componentes destinados Ă s linhas de produção (no aftermarket nĂŁo hĂĄ redução). A proteção vingou, mas em meados de julho havia sinais da barreira ser estendida em quatro etapas de 10%, atĂŠ meados de 2011. Seria o tempo exigido pelos integrantes da Anfavea para colocar a casa em ordem. O ritmo da mudança desagradou o Sindipeças, que no final de junho jĂĄ conhecia a proposta da
MATÉRIA DE CAPA
| AUTOPEÇAS
entidade dos fabricantes de veículos para a relação de peças sem similar nacional que estarão livres da majoração nos tributos. O imbróglio da década de 90 foi pior que o atual para as empresas de autopeças, na avaliação do presidente do Sindipeças – mas o momento merece avaliação cuidadosa. Proteções como a eliminação dos 40% nas tarifas de importação são recebidas pelo setor como uma compensação ao custo Brasil, que reduz a capacidade de competir. São, no entanto, como aspirina para o doente: baixam a febre, mas as causas permanecem. No caso, permitirá ao setor ganhar tempo enquanto trabalha para uma reforma estrutural entrar em gestação.
CLEDORVINO BELINI: players demais esperam crescimento
CECADERIZAÇÃO A lista de exceções sugerida pela Anfavea tem importância prática e afeta a decisão de fazer ou não um produto veicular no País. As empresas estão
FATURAMENTO DAS EMPRESAS DE AUTOPEÇAS 2007
2008
2009
2010
R$ 68,28
R$ 75,17 R$ 65,01
R$ 75,09
US$ 35,06 US$ 40,99 US$ 32,56 US$ 41,26 Em bilhões.
FATURAMENTO DO SETOR POR SEGMENTO Montadora Reposição Exportação Intrassetorial
cada vez mais zelosas em avaliar o que deve ser fabricado em casa, contratado junto a terceiros no mercado local ou simplesmente importado. Butori entende que há uma cecaderização crescente no setor, com a importação de sistemas e veículos desmontados para manufatura local, a exemplo do que acontece no Polo de Manaus com a chegada de fabricantes de motocicletas asiáticos. A iniciativa deve ganhar força na área de sistemas veiculares, automóveis e comerciais. INVESTIMENTO DO SETOR DE AUTOPEÇAS 2007
70,6% 12,7% 11,7% 5,0%
2008
2009
2010
US$ 1,385 US$ 1,503 US$ 900 US$ 1,330 bilhão bilhão milhões bilhão Estimativa para 2010.
BALANÇA COMERCIAL DO SETOR DE AUTOPEÇAS Exportações Importações Balanço
2006
2007
2008
2009
2010
8,764
9,131
10,071
6,636
9,601
6,779
9,216
12,610
9,124
13,524
+ 1,984
- 0,084
- 2,539
- 2,488
- 3,923
Em US$ bilhões. Estimativas para 2010.
52 BUSINESS
Fonte: Sindipeças
Analistas alertam que a revoada dos asiáticos para o Brasil provocará uma infestação de players no setor e uma disputa predatória, com práticas nem sempre desejáveis. Esse mecanismo traz novos desafios à indústria local de autopeças, apesar da recomposição na barreira às importações, e pode trazer baixas significativas. O próprio Belini admite que há players demais na praça, à espera do crescimento do mercado interno. Eles estariam guardando posição, sabendo que haverá corte de cabeças. O avanço estrangeiro começa pelo aftermarket, com casos de pirataria e materiais de baixa qualidade, e prossegue na maioria das vezes em operações de montagem de discutível compromisso com o futuro. Junto com entidades do setor automotivo o Inmetro ensaia uma investida contra aventureiros, apoiado na legislação e me ca nismos que funcionam como filtros da qualidade e de práticas de dumping. As armas iniciais são a exigência de certificação e homologação dos produtos estrangeiros, exigidas por lei mas driblada por artifícios. Caberia também à Receita Federal e outros órgãos do governo agir exemplarmente, com idêntico cuidado na aprovação de importações e projetos.
MATÉRIA DE CAPA
| AUTOPEÇAS
SETOR VULNERÁVEL PAGA PELA NÃO-QUALIDADE O SINDIPEÇAS AVALIA O RECENTE ESTUDO DE CAPACIDADES E GARGALOS, CONCLUINDO QUE O PROBLEMA MAIOR É O CUSTO DA NÃO-QUALIDADE. MAS FALTAM COMPONENTES NO MERCADO
N
o fechamento desta edição, em meados de julho, o Sindipeças havia concluído o estudo de capacidades e gargalos do setor de autopeças, iniciado há três ou quatro meses. O que faltava era a interpretação dos resultados e um melhor entendimento das rápidas e profundas mudanças no setor de autopeças. “Precisamos de mais duas ou três semanas para divulgar as conclusões” – adiantou na ocasião Flávio Del Soldato, diretor da Automotiva Usiminas, conselheiro da entidade e um dos principais responsáveis pelo levantamento. Os organizadores da avaliação admitiam dificuldade em precisar a análise, uma vez que as empresas, produtos e clientes finais formam uma colcha de retalhos, dentro de um quadro complexo para a indústria automobilística. Antes do relatório final estavam sendo ouvidos representantes de compras e logística das montadoras, que promovem estudos similares junto aos fornecedores. Del Soldato assegurou que os níveis de qualidade ao longo da cadeia não pioraram. O que transpareceu no levantamento foi um elevado custo para preservar em níveis adequados as especificações exigidas por padrões internacionais. Embora não tenha detectado dificuldades maiores na entrega de autopeças aos fabricantes de veículos, ele admitiu falhas no atendimento à área de reposição.
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FLÁVIO DEL SOLDATO coordena estudos de gargalos no Sindipeças
Situação de relativo desabastecimento foi detectada por Automotive Business junto a usuários de rolamentos, bombas d’água e tambores de freio, especialmente no aftermarket. Outros alertas de gargalos pipocaram com a escassez de aços e de pneus para veículos comerciais, na outra ponta. A explicação estaria em falhas na comunicação e nas mudanças frequentes de ritmo nas encomendas. “Em uma cadeia de produção longa como a automotiva a retomada leva tempo” – enfatiza Letícia Costa, sóciadiretora da Prada Assessoria. Para a consultora, é mais certo encontrar reações rápidas dos parceiros
quando se trata de fazer horas extras ou introduzir novos turnos. “A coisa muda de figura quando é preciso investir pesado em capacidade” – garante. A notícia de que os níveis de qualidade se mantiveram não é alentadora. Longe disso. Apesar do amadurecimento na área de suprimentos no País, há falhas a corrigir, como já demonstrava estudo do Sindipeças apresentado em março de 2007, durante seminário em São Paulo. Na época já ocorria uma preocupação em promover ganhos de competitividade. O relatório alertava para os custos da não-qualidade, que chegava a 2,6% sobre o faturamento, em média ponderada. Uma das principais interrogações no momento é como evolui a qualidade de peças e sistemas diante dos índices apresentados em mercados mais maduros, como o europeu e norte-americano. O crescimento da produção, acompanhado de um número crescente de recalls, não leva a crer em grande melhora na radiografia do abastecimento. LOGÍSTICA Os fabricantes de veículos aperfeiçoaram suas operações no Brasil, assim como em outras partes do mundo, adotando práticas para se tornarem enxutas. Os estoques de materiais foram empurrados para trás, aos fornecedores, e os veículos adiante, na
MATÉRIA DE CAPA
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distribuição. Embora simplista, a imagem sugere que o sistemista, ou tier 1, ganhou a responsabilidade de zelar pelo funcionamento adequado dos elos precedentes na cadeia. Em um segmento pautado por extrema competição, no entanto, a prática de dar a mão ao vizinho não decolou. Recorrer a suprimento no exterior em face de deficiências internas é coisa para empresa grande, devido às dificuldades contratuais, garantia de qualidade, pontualidade e problemas logísticos. Pequenas e médias não se aventuram nesse campo. Apesar de todos os entraves, Fiat e Volkswagen garantem que o aço coreano chega à porta de suas fá-
bricas 10% a 20% mais barato que o da Usiminas ou CSN, com todos os custos logísticos embutidos. O Sindipeças possui cinco centenas de empresas associadas, distribuídas em 13 setores. Entre elas, quatro dezenas são sistemistas, que entregam pacotes prontos às montadoras, como suspensões ou painéis de instrumentos completos. Mas a maioria das filiadas à entidade é constituída por empresas de menor porte, vulneráveis às crises. É justamente esse grupo que mais preocupa. As causas do aperto passam por problemas que vão da valorização do aço à competição crescente que segura o preço dos automóveis no varejo. Com a dificuldade no repasse de custos na cadeia de suprimento e produção, incluindo ganhos trabalhistas expressivos nos últimos meses, há uma forte disputa pela divisão nas margens de lucro.
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REVOADA O cenário internacional não ajuda. Há excesso de produção de veículos e componentes em praticamente todas as regiões do planeta, levando empresas a dirigir esforços a mercados vigorosos como o brasileiro – o quinto maior do mundo em junho, atrás da China, Estados Unidos, Japão e Alemanha, que se recupera da crise. O resultado é uma revoada ao País em busca de oportunidades, trazendo no bojo mercadorias para consumo imediato ou projetos como balão-de-ensaio. Paulo Butori, presidente do Sindipeças, explica que essas operações se beneficiam da relação cambial no início, com a importação de máquinas e componentes para manufatura, mas a realidade depois é bem diferente. “Elas vão enfrentar as mesmas dificuldades das outras e perder competitividade.”. A chegada de fabricantes coreanos e chineses traz inquietações entre os fornecedores locais com a possibilidade de desembarcarem novos competidores no segmento de autopeças, estendendo a prática do follow sourcing. Capitalizadas, enxutas e com encomendas garantidas, as recémchegadas estariam de olho também nas montadoras tradicionais. DISPUTA As relações entre montadoras e seus parceiros da cadeia de suprimentos estão longe de serem cordiais. A realidade ficou evidenciada quando a Volkswagen criticou duramente fornecedores locais nos segmentos de plásticos, iluminação e sistemas eletrônicos para controle do motor, que não estariam à altura dos equivalentes europeus e asiáticos. Para Garcia Sanz, principal executivo global da montadora na área de compras, faltaria ao grupo de empre-
LETÍCIA COSTA, da Prada: cadeia longa demora mais para reagir
sas brasileiras compromisso de longo prazo e investimentos em capacidade, tecnologias de produção, controle de qualidade e novas ferramentas de trabalho. Elas não seriam pontuais e competitivas, fazendo constantes pedidos de reajuste de preço – ao contrário de europeus e asiáticos. A resposta do Sindipeças, divulgada na manhã de 25 de junho, foi escrita após dias de irritação com a Volkswagen. Para a entidade, as críticas da montadora e a ameaça à indústria nacional, com promessas de trazer novos fornecedores, são destrutivas e apontam os canhões a alvo errado. Na trajetória para a produção de mais de cinco milhões de veículos por ano, como quer o presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, há tarefas e desafios de sobra para empresas, entidades e governo. No âmbito do ministério da Indústria e Comércio existem estudos para direcionar o setor automotivo a níveis mais elevados de competitividade, mas dificilmente um pacote radical prosperará sob a bandeira do governo atual, diante da campanha eleitoral. Se a oposição vencer, tudo pode voltar à estaca zero. Diversas entidades promovem estudos setoriais e têm levado pleitos ao governo, temendo ficar fora de eventuais decisões precipitadas. É o caso do Sindipeças, Anfavea, Abimaq, Fiesp e Sindiforja. Se o movimento crescer, só mesmo uma câmara setorial poderá analisar as questões centrais da indústria e sugerir os caminhos a seguir.
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JUSCELINO KUBITSCHEK ITSCHEK estimulou l a indústria d automobilística, bl enquanto Ramiz Gattás (de óculos) foi um dos articuladores do setor de autopeças nos anos 50 e 60 e da constituição do Sindipeças. Na Albarus (no alto), adquirida pela Dana, um grupo inspeciona autopeças. Na ZF (ao centro), operário faz a usinagem de componentes. A produção de rodas de aço teve como pioneira a Fumagalli, de Limeira, SP (à direita). Encontre também boas informações sobre os primórdios da indústria automobilística em www.dana.com.br/historia
ENTRE ALTOS E BAIXOS T MOBILIZAÇÃO É PALAVRA DE ORDEM NO SEGMENTO DE AUTOPEÇAS
MARTA PEREIRA
oda história começa com uma data. Na indústria automobilística brasileira podemos considerar 16 de junho de 1956 como o marco. Nessa data nascia o Grupo Executivo da Indústria Automotiva (GEIA) e com ele a base para o desenvolvimento da engenharia automotiva nacional. Mas antes do GEIA, um grupo de fabricantes de componentes de reposição para o segmento decidiu proteger sua iniciativa no Brasil. A ideia era defender os fabricantes nacionais das impor-
tações. Em 15 de setembro de 1953 nascia o Sindipeças – Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores –, com cerca de 400 associados. As linhas de produção evoluíram e atualmente são cinco centenas os fabricantes de autopeças filiados, número que já ultrapassou a casa do milhar. Em 2009, faturaram US$ 34,9 bilhões, investiram em torno de US$ 900 milhões e empregaram 205 mil pessoas. Essa contabilidade, quase seis dé-
Automotive
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EM VEZ DE VENDER, COMPRAR A HISTÓRIA DA MRS, QUE COMEÇOU EM 1946 COMO OFICINA MECÂNICA IRMA CESTARI A história da MRS se confunde com a trajetória da industrialização no Brasil. Na década de 40, o casal Irma e Fausto Cestari, descendente de imigrantes italianos, saiu do interior de São Paulo rumo à região do ABC, atraído pelas oportunidades. Logo, ambos se empregaram. Contudo, motivados por um sentimento empreendedor, resolveram investir em um negócio próprio: iniciaram a prestação de processo de usinagem à INA, em sua própria casa. Surgiu, assim, em 1946, a Oficina Mecânica Irma Cestari. Na década de 1960, Celso Cestari, filho do casal, passou a atuar na área comercial da empresa e começou a fornecer peças para Ford, Simca e Chrysler, algumas das principais indústrias do setor à época. Paralelamente, investiu no mercado de reposição de pesados e iniciou a atuação no segmento que se tornou o carro-chefe da metalúrgica. Das linhas de produção saíam produtos como embuchamento da manga do eixo, vareta de válvula, pinos e buchas da mola, garfos, pastilhas e eixo do câmbio, anéis e porcas, e estampados. Os bons resultados estimularam a ampliação do empreendimento, que passou a se chamar Indústria Metalúrgica Irma Cestari. Na década de 1980, construíram uma nova planta, mais moderna, em Mauá, Grande São Paulo. No começo dos anos 1990, a Indústria Metalúrgica Irma Cestari enfrentou dificuldades, com as mortes de Fausto Cestari, idealizador do negócio, e de Celso Cestari. Aos imprevistos familiares, somou-se o contexto do País, com a abertura econômica e o Plano Collor. Fausto Cestari Filho, com a ajuda da mãe, assumiu a empresa e iniciou um processo de reestruturação. Em 1997, a Indústria Metalúrgica Irma Cestari tornou-se a MRS Componentes Automotivos e, como estratégia para vencer a crise instalada no setor automotivo, com a concorrência do mercado externo, tomou curso inverso da maioria das empresas nacionais e comprou outras com perfil semelhante, a exemplo da Metalauto, fabricante de buchas e conexões. Outra tática adotada para superar o período desfavorável foi a diversificação de produtos e processos. O tempo passou e a MRS alcançou uma atuação diferenciada e abrangente, fornecendo para o mercado nacional e países da América Latina, Europa e Ásia. Atualmente, 30% do faturamento advêm do fornecimento direto para montadoras e 70%, para o mercado de reposição de pesados. O espírito inovador ainda se faz presente. Recentemente foi lançada a Cestari Freios, a nova linha da empresa em sistema de freios e componentes para veículos pesados.
BUSINESS
cadas depois, carrega muita história. História sempre pautada pela proteção do segmento, com capítulos memoráveis. Como na ocasião em que Paulo Butori, atual presidente do Sindipeças, promoveu uma passeata na capital paulista, mobilizando fabricantes de autopeças e aliados metalúrgicos em protesto contra a derrubada das barreiras à importação de componentes para veículos. A referida manifestação aconteceu nos anos 90, depois do governo Collor afirmar que os carros brasileiros eram verdadeiras carroças e, para “corrigir tal atraso”, promoveu a abertura do mercado para os veículos importados e para o capital estrangeiro. Sem regras que protegessem minimamente a indústria local, houve uma grande desnacionalização no segmento, com a aquisição de grandes e tradicionais fabricantes, como Cofap e Metal Leve, por multinacionais. “Das 1.600 empresas do setor sobraram seis centenas, a maioria com capital internacional”, reforça Butori. Às que sobreviveram foram impostos outros desafios. Para acompanhar o movimento de globalização e o ritmo das montadoras recém-instaladas no Brasil, foram necessários grandes investimentos em tecnologia, parque fabril, contratação e qualificação de mão de obra. De 1990 até 2009, o segmento de autopeças investiu aproximadamente US$ 21 bilhões. RENOVAÇÃO Surgiu então uma indústria totalmente renovada que, segundo Fausto Cestari Filho, diretor da MRS, fabricante de componentes automotivos com 60 anos de mercado, colocou o País no cenário internacional. “Hoje, o Brasil é o sexto maior produtor mundial de veículos, com capacidade para crescer ainda mais e, sobretudo, altamente competitivo tecnologicamente.” As transformações tecnológicas são
notadas no maior índice de automação e no uso de equipamentos baseados em sistemas eletrônicos, que têm se intensificado nas diversas etapas do processo produtivo, tanto nas montadoras quanto na sua cadeia de fornecedores. Com isso, a produtividade das fábricas aumentou, e muito. Nos anos 80, cada trabalhador produzia cerca de oito unidades por dia. Em 1998, eram 19,1 veículos. Isso porque a nova tecnologia abriu a possibilidade de maior volume de produtos com número de trabalhadores relativamente menor do que o mobilizado com a tecnologia da década de 80. “A regra era otimizar e racionalizar para incrementar o volume de produção e a rentabilidade”, diz Cestari Filho. Tal avanço não significou, entretanto, aumento do desemprego. É necessário fazer o raciocínio inverso: o aumento da produtividade permitiu mais lucros que, por sua vez, geraram investimentos, não somente por parte da indústria automobilística, mas por inúmeros outros setores da economia, promovendo a criação de novos postos de trabalho. O aperfeiçoamento tecnológico também afetou as relações trabalhistas, que a partir dos anos 50 começou
SINDIPEÇAS QUER ESTIMULAR AS EMPRESAS DE MENOR PORTE, QUE SÃO AS MAIS FRAGILIZADAS PAULO BUTORI, presidente da entidade de fabricantes de autopeças opeças
a sofrer grandes mudanças, graças ao fortalecimento do movimento sindical, no rastro do desenvolvimento ento da indústria automobilística brasileira. sileira Com o aumento da produtividade, os empregados começaram a discutir melhores condições de trabalho: menos horas, descansos semanais, férias. Ganharam em qualidade de vida e tempo para investir no aperfeiçoamento profissional. O setor enxergou a oportunidade e passou a oferecer condições para a qualificação da mão de obra local: salas de aulas foram instaladas dentro das fábricas, firmaram-se parcerias com escolas profissionalizantes, come-
çaram a subsidiar cursos. Hoje, essas ações constam do balanço social das grandes empresas e são apreciadas pela sociedade e pelos acionistas. Evidentemente nem tudo são flores. Como bem define Paulo Butori, o segmento de autopeças vive entre altos e baixos. Recentemente, passou por outro período de baixa, que teve início em setembro de 2008, quando foi deflagrada a crise econômica mundial. flagr Apesar Apes de o mercado interno manter os níveis nív de produção e vendas, as exportações caíram expressivamente, de porta US$ 10 bilhões em 2008, para US$ 6,6 bilhões no ano passado. O faturamenbilh to registrou queda de US$ 40,9 bilhões para US$ 34,9 bilhões. Para este ano, a previsão é de alta: em torno de 5,5%. Aos poucos, a curva começa a se ascender. Mas a mobilização do Sindipeças na proteção do setor é constante. Atualmente, as forças estão voltadas para as pequenas e médias empresas, as mais fragilizadas. Segundo Paulo Butori, sobretudo para evitar a quebradeira dos anos 90 e manter a competitividade da indústria nacional, ameaçada por problemas de infraestrutura, a elevação de custos de produção, o aperto nas margens de lucro e uma nova invasão de capital estrangeiro.
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MERCOSUL AUTOMOTIVO
| AMÉRICO NESTI
VOCÊ CONHECE AS REGRAS DOS NEGÓCIOS? NÃO EXISTE MAIS UM REGIME AUTOMOTIVO BRASILEIRO FORMAL. O PAÍS TENTA AJUSTAR AGORA OS MECANISMOS DA TEC PARA DISCIPLINAR AS RELAÇÕES NO MERCOSUL E AS NEGOCIAÇÕES COM OUTROS MERCADOS. SAIBA COMO ISSO DEVERIA FUNCIONAR
AMÉRICO NESTI Ex-presidente da Lear América do Sul no período 19992009. Atualmente assessora a Lear Corporation na busca de novos negócios na região e é também conselheiro do Mercoparts e do Sindipeças
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P
ara responder perguntas sobre o Regime Automotivo Brasileiro e as relações que governam o Mercosul Automotivo pesquisei dados de diversas fontes, incluindo a internet. Como nem todas as referências históricas são claras e as idas e vindas se multiplicaram nas negociações, conversei com pessoas envolvidas profundamente nas discussões que levaram à edição das leis e regulamentações. O objetivo foi resumir o que está valendo ou não, na teoria e na prática. O Regime Automotivo Brasileiro, que realmente existiu como lei no período de 1996 a 1999, surgiu como resposta a duas necessidades do País naquela época: harmonizar políticas fiscais do setor automotivo entre Brasil e Argentina, objetivando a formação do Mercosul; e dar um choque de oferta no mercado brasileiro de veículos e autopeças. Como veremos a seguir, as
duas vertentes se juntaram no Regime Automotivo Brasileiro, peça importante no desenvolvimento da indústria no Brasil e na região. HARMONIA No começo dos anos 90 Brasil e Argentina, junto com Uruguai e Paraguai, trabalhavam para criar as condições que levariam à formação do Mercosul. A visão inicial era que o Mercosul seria uma união aduaneira com uma tarifa externa comum (TEC) para importações de extrazona. Em setembro de 1994 foi assinado o Acordo de Ouro Preto (que entrou em vigor em janeiro de 1995), criando regras para os vários setores da economia. As específicas de transição para o setor automotivo deveriam vigorar até 31 de dezembro de 1999. O Brasil, com um mercado automotivo altamente protegido e verticalizado, viu a necessidade de harmonizar as políticas fiscal e industrial com a Argentina,
que vivia um momento totalmente distinto. Nesta época, o peso argentino tinha a mesma cotação do dólar norteamericano e o mercado consumidor estava em franco crescimento. A indústria automotiva argentina adotava modelo menos verticalizado e, além disso, era permitido às montadoras a importação de US$ 1,20 de peças e componentes, com imposto de apenas 2%, para cada US$ 1,00 exportado(*). Se antes de janeiro de 1995 havia negociações anuais sobre a quantidade de veículos que seriam importados e exportados entre os dois países, a partir da assinatura do Acordo de Ouro Preto o Brasil efetivamente abriu seu mercado à importação de qualquer quantidade de veículos produzidos na Argentina, expondo o mercado nacional a um novo tipo de competição. As autoridades e a indústria brasileira se
deram conta de que, com o mercado brasileiro aberto para entrada do produto argentino, haveria um forte incentivo Ă instalação de novos projetos da indĂşstria automobilĂstica naquele paĂs. Para diminuir o desequilĂbrio com as condiçþes de importação na Argentina foram criados redutores sobre as alĂquotas do imposto de importação de peças no Brasil (reduçþes sobre o imposto entĂŁo vigente de 14%, 16% e 18%). A tabela mostra o redutor do imposto de importação em diferentes perĂodos. CHOQUE DE OFERTA Em meados dos anos 90 o programa do Carro Popular, que incentivava com impostos mais baixos a produção de carros com motor de 1,0L, jĂĄ trazia seus efeitos positivos. PorĂŠm, acreditava-se ser possĂvel criar condiçþes necessĂĄrias para outras montadoras de veĂculos virem ao Brasil com novos investimentos. Para incentivar essa expansĂŁo alĂŠm dos redutores introduzidos na importação de autopeças o Regime Automotivo baixou, ainda, durante sua vigĂŞncia, o imposto de importação de mĂĄquinas e equipamentos para 2%, mediante condiçþes definidas no Decreto 2.072 de novembro de 1996. Do inĂcio de 1996 atĂŠ 31 de dezembro de 1999 vigorou o
REDUTOR DO IMPOSTO DE IMPORTAĂ&#x2021;Ă&#x192;O 1996
85%*
1996
70%
1997
55%
1998
40%
1999
40%
*Para insumos jå embarcados atÊ a data ta de publicação do Decreto 2072 de novembro bro r dee 1996 199 99996
Regime Automotivo(**), que atraiu uma sĂŠrie de newcomers (novas montadoras de veĂculos) com instalaçþes no mercado brasileiro, alĂŠm de uma sĂŠrie de novos sistemistas e fornecedores de componentes. O setor automotivo brasileiro se expandia com os benefĂcios fiscais oferecidos nesse perĂodo. Entre 2000 e 2005, com o fim do Regime Automotivo no Brasil e da regra US$1,20 x 1,00 na Argentina, os dois paĂses concordaram em seguir o caminho de harmonização de suas tarifas de importação. O objetivo era convergir as tarifas de importação de ambos os paĂses, aplicando-se uma Tarifa Externa Comum (TEC) Ă s importaçþes de extrazona, garantindo tarifa zero para as operaçþes realizadas intrazona. Como sabemos, as coisas nĂŁo caminharam exatamente assim â&#x20AC;&#x201C; e o planejado nĂŁo aconteceu. A Argentina implementou tarifas de importação de 7%, 8% e 9%, que ano a ano seriam aumentadas atĂŠ chegar a 14%, 16%
e 18% em janeiro de 2005. O Brasil, por sua vez, se comprometeu a gradualmente eliminar o redutor de 40% na tarifa de importação vigente desde 1998, evoluindo dos efetivos 8,4%, 9,6% e 10,8% no final de 1999 para tarifa de importação cheia de 14%, 16% e 18% em 2005. A Argentina cumpriu sua parte com o gradual aumento dos impostos e o Brasil, em fevereiro de 2001, converteu a Medida ProvisĂłria que concedia uma redução de 40% de Imposto de Importação sobre as alĂquotas do setor de autopeças na Lei 10182, que continua vigorando atĂŠ hoje. Assim sendo, o Brasil acabou nĂŁo cumprindo
o acordo firmado com a Argentina para eliminar o redutor gradualmente atĂŠ 31/12/2004, conforme fora definido no Decreto 3816 de maio de 2001. Existe agora a decisĂŁo de eliminar o redutor de 40% sobre o imposto de importação no Brasil. A partir do momento em que os efeitos da Lei 10182 forem extintos, a eliminação do redutor vai igualar as tarifas de importação de autopeças de terceiros paĂses no Brasil e na Argentina, eliminando as assimetrias e facilitando as negociaçþes de acordos comerciais entre o Mercosul e outros blocos econĂ´micos. Hoje nĂŁo temos uma polĂtica industrial para o setor. As preocupaçþes sobre a competitividade e o crescente dĂŠficit da importação/exportação de veĂculos e autopeças devem trazer esta importante discussĂŁo Ă pauta novamente. Â&#x201E; (ContribuĂram: Luiz Carlos Auler Pereira e Antonio C. Meduna)
(*) HĂĄ opiniĂľes que esta liberalidade na importação de autopeças na Argentina foi um dos fatores importantes no declĂnio da indĂşstria naquele paĂs. (**) Os instrumentos legais para implementação do Regime Automotivo Brasileiro foram a medida provisĂłria 1.536 editada na segunda metade de 1995 e reeditada diversas vezes. Esta MP se transformou na lei 9.449, aprovada em 15/03/1997. Interessantemente, a regulamentação desta lei foi feita pelo decreto 2072 de novembro de 1996 (portanto antes da vigĂŞncia da lei). A lei 9.440, aprovada em 14/03/1997, tambĂŠm relacionada ao Regime Automotivo Brasileiro, tratava especificamente de incentivos e benefĂcios para montadoras de veĂculos se estabelecerem no Nordeste. Recentemente, a vigĂŞncia de alguns artigos desta lei foi prorrogada atĂŠ 2015.
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| MELHORES PRÁTICAS
CORPO E ALMA DO NEGÓCIO 62 BUSINESS
MONTADORAS E FORNECEDORES. UMA RELAĂ&#x2021;Ă&#x192;O ESTREITA, MARCADA PELO DESAFIO CONSTANTE DE GARANTIR QUALIDADE, PONTUALIDADE E COMPETITIVIDADE. COMO CONQUISTAR O PRESTĂ?GIO NA CADEIA DE PRODUĂ&#x2021;Ă&#x192;O? SOLANGE CALVO*
A
ntes de investir em inovação e nos mais modernos recursos de tecnologia da informação, o foco ĂŠ construir e fortalecer o tripĂŠ bĂĄsico: qualidade, pontualidade e preço (competitividade). Parece simples, mas nĂŁo ĂŠ. Especialmente em um cenĂĄrio aquecido, em que a produção local caminha para superar os 4 milhĂľes de veĂculos por ano, atĂŠ 2014. Para atender Ă demanda crescente, montadoras e fornecedores tĂŞm de trabalhar em sintonia fina, como corpo e alma. AtĂŠ porque essa projeção envolve a movimentação de cerca de 32 bilhĂľes de peças por ano, considerando que para a montagem de um veĂculo sĂŁo necessĂĄrios mais de 8 mil itens. AlĂŠm disso, estĂĄ embutida nesse desafio a preocupação com gerenciamento, processos de produção, controle de qualidade, tecnologias diferenciadas, logĂstica adequada, planejamento e o principal: qualidade. AnĂĄlise recente das premiaçþes concedidas pelas montadoras aos fornecedores nos Ăşltimos dois anos, realizada pela consultoria Kaiser Associates, revela que muitas empresas de autopeças sĂŁo reconhecidas por mais de uma delas por terem uma cultura interna que busca excelĂŞncia em qualidade. â&#x20AC;&#x153;Estranhamente, diversas das grandes autopeças (curiosamente as maiores) com operação no Brasil nĂŁo obtiveram o reconhecimento por mais de uma montadora no atendimento dos requisitos estabelecidosâ&#x20AC;?, diz David Wong, vice-presidente da Kaiser Associates. Em uma indĂşstria em que a qualidade e a competitividade sĂŁo requisitos-chave de sustentabilidade, Wong diz ser cabĂvel questionar se de fato o setor estĂĄ em condição competitiva para concorrer em nĂvel global ou se o PaĂs voltarĂĄ a uma situação de necessidades protecionistas para o segmento. Wong considera algumas hipĂłteses para a ausĂŞncia das grandes autopeças entre as reconhecidas pelas montadoras: O modelo sistemista penaliza o Ăşltimo elo da cadeia, que fica encarregado de â&#x20AC;&#x153;resumirâ&#x20AC;? a qualidade e a competitividade que, de fato, nĂŁo atinge os requisitos â&#x20AC;&#x201C; a cadeia nĂŁo possui qualidade/competitividade O sistemista enfrenta dificuldades na gestĂŁo de uma cadeia mais complexa, que antes era da montadora, e ainda nĂŁo se adequou aos novos requisitos
ESTRANHAMENTE SĂ&#x192;O POUCAS AS GRANDES EMPRESAS DE AUTOPEĂ&#x2021;AS PREMIADAS PELAS MONTADORAS DAVID WONG, da Kaiser: em foco a competitividade
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PARA VENCER A CONCORRÊNCIA É PRECISO UMA CADEIA DE PRODUÇÃO EFICIENTE, ÁGIL E FLEXÍVEL ARNALDO BRAZIL, da Prime Action: qualidade é a imagem da empresa
Critérios outros que dificultam que as grandes autopeças sejam agraciadas por mais de uma montadora Na análise da Kaiser Associates, endereçar o entendimento dos dois primeiros pontos é o objetivo, necessitando avaliar a questão da qualidade que os sistemistas enfrentam com seus fornecedores. Independentemente dos diversos motivos, Wong acredita ser prudente promover a melhoria de qualidade e de competitividade das diversas cadeias de fornecimento se há a meta de ter uma indústria qualificada e
competitiva em nível global. O quadro que se estabelece é um velho conhecido. De um lado as montadoras com suas sacolas, disparando pedidos, e do outro os fornecedores de autopeças aditivando processos para o pronto atendimento. Como manter o fôlego? Como conquistar o prestígio das montadoras? Em momentos de pico, os gargalos
PECADOS CAPITAIS 3Não se preocupar em inovar e investir em tecnologia 3Não investir na capacitação dos funcionários 3Pensar somente no pontual e não projetar 3 Não manter a constância da melhoria e da qualidade e cair em indisciplina 3Não ser pontual na entrega e fiel à quantidade 3Não aprimorar processos 3Não realizar planejamento avançado 3Estabelecer a política: quando um ganha o outro perde 3Não disseminar o conhecimento na empresa 3Não investir no bem-estar dos funcionários Fontes: Dana, Fiat, Kaiser Associates, Plascar, Prime Action e Sindipeças
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aparecem, as negociações sacodem os preços e a qualidade pode ser comprometida. DESAFIO DA QUALIDADE “Qualidade é a imagem da empresa”, categoriza Arnaldo Brazil, diretor de Projetos e Planejamento da consultoria Prime Action. Com o crescimento do setor, prossegue o executivo, surgem entraves na produção e ambos os lados têm de alinhar processos e capacitar pessoas em um esforço conjunto. “Para vencer a concorrência, é preciso ter uma cadeia de produção eficiente. Ela deve ser ágil e flexível.” O Sindicato Nacional da Indústria de Componentes Automotores (Sindipeças) faz um estudo para identificar gargalos toda vez que existe crescimento no setor. “A partir da identificação dos problemas, são convocados os associados para que discutam os resultados e então tracem suas estratégias de solução”, diz Américo Nesti, conselheiro da entidade. Com 519 empresas associadas, que detêm entre 90% e 95% do faturamento total da indústria nacional, o Sindipeças promove vários cursos e palestras para ajudar na conquista dos níveis exigidos de qualidade. “Para fornecer às montadoras, as autopeças têm de seguir critérios dessa indústria. Desenvolvimento de peças com zero defeito, validação e testes são as regras do jogo. Tem de saber jogar”, avisa Nesti. Outro forte nível de exigência, segundo o conselheiro, é quanto à entrega. Se o carro for produzido a cem unidades por dia, os fornecedores terão de demonstrar que são capazes de cumprir além dessa meta. Tudo isso apoiado em planeja-
mento avançado de todas as etapas de fabricação das peças. “As montadoras irão premiar os fornecedores que têm os melhores níveis. Normalmente, elas usam critérios como pontualidade, qualidade (medida por ppm, um índice da indústria) e preço (negociação econômica ou competitividade)”, diz Nesti. E os fornecedores sabem disso. Alcançar excelência em qualidade passa antes por um pré-requisito fundamental que é o investimento em pessoas. Quem empunha essa bandeira é a Plascar, indústria de partes e peças de acabamento externo e interno para veículos automotores. Não por acaso, coleciona premiações. Entre elas, a Melhor empresa para se trabalhar no Brasil, na categoria de companhias com mais de 2 mil funcionários, concedida pelo Jornal Valor Econômico em 2008 e 2009. Avançou 30 posições neste ano, em relação a 2009, no ranking das Maiores e Melhores, promovida pela Revista Exame, da Editora Abril. André Nascimento, presidente da Plascar, diz que a qualidade vem de funcionários motivados em todas as áreas. “Somente dessa forma obtemos bons resultados.” O executivo acrescenta que o compromisso com a eficiência levou à criação de um Centro de Tecnologia de Manufatura (CTM) para o desenvolvimento de treinamento, metodologias, processos, entre outros procedimentos. A Plascar fornece peças que ficam às vistas dos clientes (montadoras e usuários dos veículos) como para-choques, painéis de instrumentos, volantes, laterais de porta, pintura de peças plásticas e carpetes. “É uma qualidade percebida. Não tem como não fazer o melhor”, destaca Nascimento. O presidente da sistemista Dana, Harro Burmann, também não abre mão da segurança e do bem-estar dos funcionários. “Essa preocupação vem antes do esforço pela qualidade”, diz o executivo,
preço (competitividade) tem um ponto crítico, na avaliação de Burmann: a melhoria contínua. “Não podemos parar e achar que já está bom, que somos os melhores. Quem pensa assim, deixará de existir”, alerta.
ALCANÇAR A EXCELÊNCIA EM QUALIDADE PASSA PELO PRÉ-REQUISITO DE INVESTIR EM PESSOAS ANDRÉ NASCIMENTO, da Plascar: qualidade com funcionários motivados
que acredita em bons resultados quando o time trabalha em ambiente confortável, protegido e saudável. Na cartilha de Burmann, ainda existem quatro critérios fundamentais: saber desenhar processos eficientes, gerenciar e solucionar problemas, compartilhar melhores práticas e disseminar conhecimento. “O principal é desenhar processos eficientes, contemplando a qualidade. Assim, garantimos a entrega no prazo e na quantidade exigidos pelo cliente e com custo adequado”, ensina o executivo para quem o Brasil tem muito a aprender nessa modalidade. O tripé qualidade, pontualidade e
SINTONIA FINA Do outro lado da cadeia, Antônio Luis Damião, diretor adjunto de Desenvolvimento de Projetos da Fiat, diz que o problema de qualidade é muito pior do que os relacionados à pontualidade e ao preço (competitividade), pois transpõe as fronteiras da empresa, ganha o mercado e abala a imagem. “Tem de ser prioridade.” A lição vem de uma montadora que, ccomo diz Damião, chegou ao País deppois das principais e ousou ao se insttalar fora do eixo Rio de Janeiro-São Paulo. “Tivemos de fazer o nosso melhor. O empenho nos rendeu no ano passado a liderança em vendas em solo nacional, com 737 mil veículos emplacados e acaba de conquistar o prêmio Maiores e Melhores da Revista Exame, na categoria Autoindústria.” A estratégia da Fiat apoiou-se em um cinturão de fornecedores – mais de 65% deles estão a um raio de 150 quilômetros – criado em torno da fábrica em Betim, MG. “Facilitou a interação e reduziu bastante o custo de produção.” Isso aconteceu nos anos 90 e o diretor de compras era o atual presidente da montadora, Cledorvino Belini. A empresa está no aquecimento para atender a atual demanda crescente, e não pode estar sozinha. “Não adianta nos prepararmos para o futuro e o fornecedor não”, alerta. “O Brasil caminha para ser o quarto maior mercado consumidor de automóveis do mundo. Essa vantagem não será válida se não ocuparmos também a quarta posição em produção”, diz e avisa: “Do contrário, estamos apenas preparando o terreno para outros.” Em relação à pressão que sofrem os
AUTOPEÇAS
| MELHORES PRÁTICAS
O PRINCIPAL É DESENHAR PROCESSOS EFICIENTES, PARA ENTREGAR NO PRAZO COM CUSTO E QUALIDADE HARRO BURMANN, da Dana: segurança e bem-estar do pessoal
fornecedores de autopeças, Damião afirma que na cultura da Fiat não há somente exigências. “Trabalhamos junto com eles”. Para isso, foi criada a Universidade Fiat de Fornecedores, em 2007, que desenvolve programas de qualificação e ampliação da competitividade, com o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva em busca de sinergia cada vez maior. O que fazer para estar em sintonia fina na cadeia produtiva? Estreitar o relacionamento por meio de eventos e ações de aproximação (visitas e reuniões) estão no topo da lista de fornecedores e montadoras. Nascimento, da Plascar, que entrega para as principais montadoras do País, diz que a estratégia também inclui se adaptar à forma de trabalhar de cada uma delas. “Muitas possibilitam ao fornecedor atuar juntos, desde a concepção do projeto”, ressalta e acrescenta que essa linha cria maior comprometimento e fidelização. Por outro lado, prossegue o executivo, há aquelas que apresentam apenas o desenho do projeto e solicitam somente o orçamento. “Entendemos, então, que o preço é primordial. Contudo, não podemos esquecer de que no preço de uma peça está embutido
66 BUSINESS
todo o custo de produção, do qual não podemos fugir.” Burmann, da Dana, considera um grande absurdo a discussão do preço como sendo prioritária. “No Brasil, o modelo é: um ganha e o outro perde. Nesse ambiente, todos acabarão perdendo”, afirma e lembra do que aconteceu no mercado norte-americano que sucumbiu, transformando a capital do setor, Detroit, em um deserto financeiro. “Vamos acabar assim, se não mudarmos a estratégia”, sentencia.
SE A PRODUÇÃO NÃO CRESCER SERÁ PORQUE ESTAMOS PREPARANDO TERRENO PARA OS OUTROS ANTÔNIO DAMIÃO, da Fiat: qualidade como prioridade
O quadro é bastante claro e simples, na visão de Wong, da Kaiser Associates. “A eficiência da montadora está diretamente relacionada à eficiência da cadeia de fornecedores. Todos têm de se preparar para os momentos difíceis e de pico.” Na Fiat, um novo programa, o World Class Suppliers, vem aprimorar o esforço para qualificar a rede produtiva. “Por meio dele, vamos traçar perfis e realizar avaliações. Ele define o que é necessário para se tornar um fornecedor Best in Class e identifica os pontos que precisam ser aprimorados”, diz Damião, que acumula o comando desse projeto. O executivo afirma ainda que a meta é ajudar no desenvolvimento e na qualificação dos atores das autopeças, com o objetivo de construir uma rede da mais alta eficiência. “Estamos fazendo a nossa parte”. Do outro lado, fornecedores se empenham para responder rapidamente e com qualidade os pedidos desse ecossistema frenético, exigente e um dos mais importantes do País. A mensagem é: “Nessa cadeia, ninguém conquista sucesso sozinho. A sintonia tem de estar presente no corpo e na alma desse negócio.” (*Editora-executiva do Now!Digital Business)
SUPRIMENTOS
| FORD
MODCENTER DA FORD permite customizar os caminhões
CORRIDA ÀS COMPRAS P
JOÃO PIMENTEL, DIRETOR DE COMPRAS DA FORD,
TRAÇA PLANOS COM OS FORNECEDORES PENSANDO NA EVOLUÇÃO DA INDÚSTRIA ATÉ 2015. UMA DE SUAS PREOCUPAÇÕES, COM O MERCADO AQUECIDO, É GARANTIR O SUPRIMENTO DE COMPONENTES PARA CAMINHÕES SONIA MORAES
assada a fase intensa da crise mundial e com perspectivas otimistas para os próximos anos, a indústria automobilística ainda guarda preocupação sobre a capacidade de reação da cadeia de fornecedores. Neste momento de atividade surpreendente no Brasil, acima das expectativas, a estratégia de compras das montadoras agora é evitar riscos no suprimento das linhas de montagem aquecidas. Para evitar falhas nessa atividade, a Ford tem intensificado a comunicação com os fornecedores. “A empresa mantém uma equipe para dar assistência aos parceiros do supply chain, melhorando processos, qualidade e logística. Todas as partes envolvidas devem se preparar para uma produção local superior a 4 milhões de veículos. Já estamos olhando para 2015”, afirmou João Pimentel, diretor de compras da Ford. No Brasil 350 empresas entregam materiais produtivos à Ford. É um número menor que há dez anos, quando suas fábricas eram atendidas por seis centenas de fabricantes de autopeças. “Os fornecedores estavam fragmentados e muitos não tinham volume suficiente para responder às encomendas”, explicou Pimentel. “As montadoras ainda fabricavam 70% dos seus componentes dentro de casa. Hoje mais de 60% do material que a Ford utiliza nos carros vêm de fora. A função da montagem avançou”, justificou. O número de fornecedores de materiais não produtivos beira duas mil empresas na região do Mercosul. Metade está no Brasil, com o restante na Argentina e Venezuela. Apesar de existir uma estratégia global de compras, a Ford busca localizar ao máximo os componentes dos seus veículos para reduzir o custo total de produção. A meta da empresa é cortar 5% de custos por ano. Pimentel afirma que a Ford compra atualmente 40 mil itens de materiais produtivos e não produtivos. Só para chicotes elétricos há mais de 200 itens.
Automotive
SUPRIMENTOS
| FORD
Ele garante que as peças importadas representam menos de 10% nas compras totais. Do México a empresa traz motores e da Europa e Ásia componentes eletrônicos. O diretor de compras ressalta que em mercado automotivo totalmente globalizado não faz sentido ter fornecedor para uma ou duas peças. “Um nível maior de negócios traz sustentabilidade, permitindo ao nosso parceiro investir em novas tecnologias e ser mais competitivo”, explica Pimentel. “A realidade atual é diferente do passado, quando as montadoras faziam um desenho e os fornecedores fabricavam as peças. Hoje a indústria de autopeças tem participação maior no desenvolvimento e produção de um automóvel. Ela deve investir em pesquisa e apresentar novas tecnologias, pois as montadoras precisam inovar e encantar os clientes”, destacou. O executivo assegura que a Ford quer os fornecedores locais como parceiros estratégicos, mas está de olho em oportunidades no exterior e, se for
A FORD COMPRA 40 MIL ITENS PARA CARROS E CAMINHÕES NA REGIÃO E TEM COMO META CORTAR 5% DE CUSTOS POR ANO JOÃO PIMENTEL planeja as compras para 2015
necessário, vai importar. Ele justifica que o grau de competição no mercado é muito grande e exige flexibilidade. TENDÊNCIAS O diretor da Ford assinala que os carros devem sofrer redução de peso e há uma forte pressão para diminuição de
MELHORES FORNECEDORES DA FORD EM 2009 QUÍMICOS Colauto Adesivos e Massas Ltda.
ESTAMPADOS Böllhoff Service Center Ltda.
CHASSIS Rassini-NHK Autopeças Ltda.
SERVIÇOS MSX International do Brasil Ltda.
ELÉTRICOS E MECANISMOS Acumuladores Moura S.A.
MATERIAL INDUSTRIAL Mapal do Brasil Ferramentas
ACABAMENTO SaarGummi Bahia Ltda.
LOGÍSTICA Brazul Transporte de Veículos Ltda.
POWERTRAIN Schaeffler Brasil Ltda. – Divisão FAG
A Ford deixou de apontar o Melhor dos Melhores a partir de 2009.
BUSINESS
custos, ao mesmo tempo que o conteúdo tecnológico é valorizado. A inovação passa a ser estratégica e avança no campo da eletrônica em alto grau. Pimentel não detecta problemas críticos na área de suprimentos, mas admite que há gargalos potenciais em áreas atendidas por empresas que reduziram o ritmo de trabalho ou deixaram de investir durante o período recente de crise. Entre todos os materiais adquiridos, os componentes eletrônicos estão na categoria dos que exigem maior atenção: “Não há produção local e existe alguma dificuldade no suprimento internacional no momento, diante de uma demora na recuperação da oferta”. Na área de caminhões, que passa por grande impulso, o abastecimento requer atenção redobrada na atividade dos fornecedores de componentes, sistemas e também matérias-primas. “A retomada foi muito rápida, mas apostamos na normalização das entregas de nossos parceiros” – disse o diretor, admitindo que mudanças repentinas do mercado podem trazer distúrbios de toda sorte, desde quebra da pontualidade até desperdícios e elevação de custos.
SUPRIMENTOS
| PRÊMIO VW
A SELEÇÃO dos melhores fornecedores da Volkswagen na região
VOLKSWAGEN ESCALA TIME DOS MELHORES A MONTADORA VALORIZA O SUPPLY AWARD, QUE PREMIOU APENAS 13 FORNECEDORES PELO DESEMPENHO EM 2009. ENTRE ELES, O MELHOR FOI A KOSTAL, QUE PRODUZ COMPONENTES ELETROMECÂNICOS
A
Kostal, produtora de componentes elétricos e eletromecânicos, foi apontada como o melhor fornecedor da Volkswagen do Brasil na entrega dos prêmios da décima-edição do Supply Award 2009, promovido em São Paulo dia 17 de junho. O reconhecimento das empresas com melhor desempenho em 2009 foi feito com base em critérios como qualidade, foco no cliente, tecnologia, inovação, ganhos em produtividade e relacionamento comercial. Foram destacados 13 fornecedores em sete categorias. A Kostal foi apontada como Melhor dos Melhores pela qualidade dos produtos, agilidade, tempo de resposta e confiabilidade. A alemã levou também o prêmio na categoria Excelência Comercial, no Grupo Elétrico. Com 25 unidades em 16 países, a empresa está presente no Brasil desde 1978 e faz parte da relação de fornecedores das principais montadoras locais. As unidades de São Bernardo do Campo e Cravinhos, no Estado de São Paulo, empregam 1.434 funcionários.
Automotive
SUPRIMENTOS
| PRÊMIO VW
“Nossa atividade local está focada no segmento de componentes eletromecânicos e eletrônicos, com uma boa dose de mecatrônica envolvida” – esclarece Edson Furlanetto, diretor de vendas e marketing, na empresa há 26 anos. O portifólio de produtos se estende a módulos de coluna (como chaves de seta e controles dos limpadores), módulos de teto que agregam sensores de alarme, interruptores de luz com potenciômetro, módulos de porta e de conforto, body computer modules, alarmes e rastreadores, além de interruptores de painel e levantadores de vidro. Esses produtos trazem, na média, 50% de insumos importados, já que o Brasil não fabrica componentes eletrônicos básicos. Há aquisições em várias partes do mundo.
VENCEDORES DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO Peguform
PÓS-VENDAS Bosch
LOGÍSTICA Transportadoras DHL, Excell
EXCELÊNCIA COMERCIAL Grupo Elétrico: Kostal Grupo Powertrain: WHB
QUALIDADE
Grupo Químico Interior:
Desenvolvimento da Qualidade em Campo: Moura Baterias
Qualidade em novos produtos e série:
Johnson Controls
Grupo Químico Exterior: Goodyear Grupo Metálico: Gestamp Grupo Compras Gerais/Instalações: B. Grob
Mubea
Grupo Compras Gerais/ Serviços: Puras
SUSTENTABILIDADE Bridgestone
MELHOR DOS MELHORES Kostal
RECORDE DE COMPRAS E UM TIRO DE CANHÃO A EMPRESA ADVERTIU OS FORNECEDORES QUE NÃO CORRESPONDEM A SUA EXPECTATIVA E IRRITOU O SINDIPEÇAS. A BOA NOTÍCIA FOI UM AUMENTO NO VOLUME DE COMPRAS NA REGIÃO
A
reunião anual das Volkswagen do Brasil para a entrega do Supply Award aos fornecedores reuniu em São Paulo representantes do alto comando da companhia para acompanhar de perto as relações com a cadeia de suprimento na região. O presidente da operação brasileira, Thomas Schmall, e o vicepresidente de compras para a América do Sul, Alexander Seitz, receberam como convidados especiais membros do Conselho de Administração do Grupo Volkswagen: Garcia Sanz, responsável pela área de compras e pela região América do Sul; Christian Klingler, que comanda vendas e marketing; Ulrich Hackenberg, de desenvolvimento de produtos; e Viktor Klima, presidente da Volkswagen América do Sul.
70 BUSINESS
Pouco antes da entrega dos prêmios, Sanz, Schmall e Seitz receberam um grupo de jornalista para uma entrevista e expuseram a insatisfação da companhia com um grupo de fornecedores que não vem apresentando desempenho satisfatório na área de plásticos, iluminação e sistemas de controle do motor. “Procuramos alternativas no mercado internacional” – admitiu Sanz. A declaração dos executivos da Volkswagen acabou provocando irritação junto à direção do Sindipeças, que emitiu nota de protesto dias depois, afirmando que a montadora estaria ‘apontando os canhões na direção errada’. Durante a cerimônia do Supply Award 2009, Seitz anunciou que em 2010 a Volkswagen do Brasil deve empregar o maior volume de recursos de
sua história para a compra de peças e materiais produtivos junto a 360 empresas. Os gastos devem somar R$ 12 bilhões, o que representa um crescimento de 14% em relação a 2009. Ele enfatizou o papel dos fornecedores no plano de crescimento da Volkswagen, que levará à produção de um milhão de veículos por ano até 2014. Ele alertou, no entanto, que para a empresa continuar competitiva no mercado brasileiro depende do apoio e eficiência dos parceiros comerciais. “É preciso buscar novas soluções para maximizar os fatores produtivos, investir em automação, baixar custos e trabalhar em melhorias de qualidade continuamente”, disse, assegurando que essas ações em conjunto podem gerar uma redução de 10% nos custos.
SUPRIMENTOS
| PRĂ&#x160;MIO GM
O CEO DA NEMAK, Jorge Rada, entre Ardila e Bob Socia
MELHOR FORNECEDOR DA GM Ă&#x2030; A NEMAK A GENERAL MOTORS PREMIOU A NEMAK ALUMĂ?NIO COMO MELHOR PARCEIRO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS E APONTOU WALDEY SANCHEZ, PRESIDENTE DA MWM INTERNATIONAL, COMO LĂ?DER DE 2009
A
General Motors do Brasil recebeu representantes da cadeia de suprimentos na sede de SĂŁo Caetano do Sul, em 7 de abril, para premiar os parceiros com melhor desempenho em 2009. A Nemak AlumĂnio do Brasil ficou com o tĂtulo de Fornecedor do Ano. Junto com ela, outras 29 empresas receberam certificado de mĂŠrito. Waldey Sanchez, presidente da MWM International Motores, foi apontado como LĂder do Ano. A Nemak, especializada na produção de componentes de alumĂnio para a indĂşstria automobilĂstica global, com instalaçþes de manufatura em doze paĂses, tem a sede brasileira em Betim, MG. A operação na Argentina fica em CĂłrdoba. O portifĂłlio traz cabeçotes â&#x20AC;&#x201C; que respondem pelo maior volume de encomendas â&#x20AC;&#x201C;, blocos de motor e carcaças de transmissĂľes. A empresa detĂŠm participação expressiva no segmento de automĂłveis e comerciais leves, atendendo a maioria das montadoras locais. Recentemente passou a fornecer blocos para os motores Sigma, da Ford, que equipam o Focus e sĂŁo exportados para a AmĂŠrica do Norte, e 1.4 da PSA Peugeot CitroĂŤn, presente em veĂculos comercializados no Brasil.
SINERGIA A reuniĂŁo da GM com os fornecedores trouxe palestras sobre produtos, estratĂŠgias de vendas e marketing para analisar o
Automotive
SUPRIMENTOS
| PRÊMIO GM
crescimento sustentável por meio de parcerias e teve a presença de Robert Socia, vice-presidente global de compras e supply chain da General Motors. O executivo entregou os prêmios acompanhado por Jaime Ardila, presidente para o Mercosul, José Carlos Pinheiro Neto, vice-presidente da GM do Brasil, e Johnny Saldanha,
vice-presidente global de compras e supply chain que se despediu do Brasil para trabalhar na GM International Operations. Assumiu sua posição Edgard Pezzo, que a passa comandar as compras na América do Sul. O clima é bom entre a GM e seus parceiros. “Estamos em total sinergia com nossos fornecedores que a cada ano se
superam na qualidade de seus produtos e serviços”, enfatizou Jaime Ardila. O título de melhor fornecedor da GM foi disputado por 700 empresas, que se submeteram à avaliação da qualidade dos produtos, serviços, tecnologias e preços. Desse total 300 participaram da cerimônia de entrega aos vencedores de dez categorias.
Itaesbra Indústria Mecânica Ltda. Grupo Gestamp Brasil Kwang Jin America Inc.
Teksid do Brasil Ltda. WHB Fundição S.A
MELHORES FORNECEDOR DO ANO Nemak Alumínio do Brasil Ltda. LÍDER DO ANO Waldey Sanchez – MWM International Motores Ltda. CHASSIS DHB Componentes Automotivos Iochpe – Maxion S.A GITI Tire Investment Company Ltd. (China) GKN do Brasil Ltda. Soplast Plásticos Soprados Ltda. EXTERIOR Usiminas HBA Hutchinson Brasil Automotive Ltda.
AR-CONDICIONADO E COMPONENTES ELÉTRICOS Acumuladores Moura S.A. Paranoá Indústria de Borracha INTERIOR, PEÇAS E ACESSÓRIOS Lear do Brasil Ltda. Dow Brasil – Divisão Styron PST Eletrônica S.A
POWERTRAIN MWM International Motores Ltda. Rudolph Usinados S.A. Nemak Alumínio do Brasil Ltda.
LOGÍSTICA CEVA Logistics Ltda Tegma Gestão Logística S.A Brazul Transporte de Veículos Cisa Trading S.A K Line Roro & Bulk Ltda. MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INDIRETO M. Shimizu Equipamentos e Ferramentas Industriais Thyssenkrupp System Engineering BJP Manut. e Op. de Utilidades STTAS do Brasil Serv. de Com. Ext. Intecnial S.A
ZERO E PEÇAS SÃO NEGÓCIOS DA TEGMA
A
Tegma Gestão Logística, contemplada com o GM Award pela GM, é uma das principais empresas de gestão logística do Brasil e líder no segmento de veículos zero-quilômetro, que representa 65% do faturamento da companhia. Com 58 filiais, 3.720 equipamentos em atividade e 2.889 colaboradores, a empresa desenvolve soluções estratégicas e atua de forma integrada no transporte, armazenagem, controle e gestão de estoques. Nos últimos dois anos, a Tegma
BUSINESS
investiu R$ 130 milhões em pátios e equipamentos, apostando em trabalhos especializados. Em 2009 obteve a maior receita líquida de sua história, com R$ 1,13 bilhão, resultado 15,9% superior ao de 2008, e transportou 1,1 milhão de veículos. Gennaro Oddone, presidente, enxerga boas perspectivas de crescimento para 2010, com o aumento da receita em serviços inbound, transporte de autopeças e outros serviços logísticos ligados a essa indústria. “Vai crescer também a distribuição de veículos novos, diante do
mercado aquecido” – avalia. Este ano a Tegma assumiu o gerenciamento do pátio público de veículos no Porto de Suape, em Pernambuco, para 25 mil veículos/ano. Em 2009 foi reinaugurado o centro de distribuição de Cariacica, ES, em área alfandegada, e aberto pátio em São José dos Pinhais, PR, para atender o setor automotivo. Houve, ao mesmo tempo, uma reestruturação da filial de São Bernardo do Campo, SP, dedicado à logística de automóveis zero-quilômetro.
SUPRIMENTOS
| PRĂ&#x160;MIO FIAT
QUALITAS DESTACA NGK E PETRONAS O GRUPO FIAT INDICOU OS MELHORES FORNECEDORES DO BRASIL E ARGENTINA E SINALIZOU UMA EXPRESSIVA EVOLUĂ&#x2021;Ă&#x192;O NO VOLUME DAS COMPRAS. NO PRĂ&#x201C;XIMO ANO, COM O CRESCENTE ALINHAMENTO DOS SUPRIMENTOS ENTRE FIAT E CHRYSLER, O PRĂ&#x160;MIO QUALITAS PODE SER GLOBAL
A
edição deste ano do Prêmio Qualitas, a vigÊsima-primeira promovida pelo Grupo Fiat, reuniu 720 convidados no Teatro Alfa, junto ao Hotel TransamÊrica, em São Paulo, dia 8 de junho, para o reconhecimento de 52 fornecedores do Brasil e Argentina com melhor desempenho em 2009. As empresas que conquistaram o Qualitas Awards foram as que mais se destacaram nos critÊrios de qualidade, atendimento e gestão, com foco
Automotive
SUPRIMENTOS
| PRÊMIO FIAT
QUEM LEVOU O QUALITAS METÁLICOS Umicore – cerâmicas catalíticas Mahle Miba – sinterizados Magneti Marelli – sistemas de exaustão BASF – cerâmicas catalíticas Iochpe-Maxion – rodas em chapa Stola – conjuntos soldados e estampados SKF – rolamentos Autocam – usinados de precisão BR Metals – fundidos em gusa Jost Brasil – suspensões TI Automotive – tubos para freios e direções hidráulicas Borlem – rodas em chapa Neumayer Tekfor – porcas Sifco – bloco de motor em gusa ZF Sistemas – caixa de direção SW Peças de Fixação – elementos de fixação Sturam – fundidos em alumínio Taranto – normalizados e estampados Böllhoff – elementos de fixação MECÂNICOS Bercosul – material rodante Pedertractor – caldeiraria Daido – correntes Tecparts do Brasil – peças usinadas Eacial Equipamentos – peças usinadas
Produflex – prensados e injetados em borracha Parker Hannifin – filtros de óleo Gomacord – componentes em borracha Paranoá – tapetes internos ELÉTRICOS Sumidenso – chicotes elétricos Delphi – chicotes elétricos Takata-Petri – volantes de direção NGK – cabos e velas de ignição Chris Cintos – cintos de segurança Resfri Ar – condensadores Italytec – sistemas de ar condicionado MATERIAIS INDIRETOS E SERVIÇOS Cemig – geração e distribuição de energia elétrica Leo Burnett Brasil – publicidade Petrobras – distribuição de combustíveis GME – dispositivos de montagens Total Fleet – locadora de veículos Paleta – montadora de estande LOGÍSTICA Furlong Brasil – logística e transportes K-Line – agência marítima MENÇÕES HONROSAS
Inovação: QUÍMICOS Lear – bancos Saint-Gobain – vidros Bridgestone Firestone – pneus Pirelli – pneus Resil Minas – estruturas de banco Mann Hummel – sistemas de filtro de ar Petronas Lubrificantes – óleos e lubrificantes
BUSINESS
Magneti Marelli Cofap – amortecedores Powershock
Responsabilidade Social e Sustentabilidade: Acumuladores Moura QUALITAS 5 ESTRELAS NGK – Cabos e velas de ignição Petronas Lubrificantes – óleos e lubrificantes
GALANTINE: melhor parque de fornecedores
na competitividade, nos fornecimentos à Fiat Automóveis, CNH (marcas Case e New Holland), FPT – Powertrain Technologies e Iveco. O ‘Qualitas 5 Estrelas’, concedido às empresas com melhor desempenho nos últimos cinco anos consecutivos, teve dois vencedores: a NGK, fabricante de cabos e velas de ignição, que conquistou o prêmio máximo pelo quarto ano seguido, e a Petronas, fornecedora de óleos e lubrificantes. “Até 2014 o Grupo Fiat quer ter o parque de fornecedores mais bem preparado e competitivo do continente” – enfatizou Osias Galantine, diretor do Fiat Group Purchasing na América Latina, destacando o Programa de Desenvolvimento de Fornecedores ‘Best in Class’ e uma série de iniciativas voltadas para padrões de eficiência. Galantine explicou que as novas estratégias da Fiat em relação aos seus parceiros de negócios objetivam a uma evolução das conquistas obtidas na década de 90 com o processo de ‘mineirização’, que atraiu fabricantes de peças e componentes ao redor da planta de Betim. Hoje mais de 65% dos fornecedores da fábrica de automóveis estão em um raio de 150 quilômetros.
SUPRIMENTOS
| FIAT & CHRYSLER
META É COMPRAR US$ 100 BILHÕES EM 2014 FIAT E CHRYSLER PRETENDEM ADQUIRIR US$ 65 BILHÕES EM MATERIAIS ESTE ANO, MAS O VOLUME PROJETADO PARA 2014 É DE US$ 100 BILHÕES. O BRASIL RESPONDERÁ POR 8% DESSE TOTAL
A
reunião que acontece em Turim, toda quinta-feira às três horas da tarde, na sede do Fiat Group Purchasing, é uma prova de fogo para os fornecedores de materiais e componentes da Fiat e da Chrysler. Nesse encontro, acompanhado de videoconferências, pode ser decidida a sorte dos novos programas e a participação de cada parceiro das duas montadoras. Hoje 52% das empresas aparecem igualmente na relação de suprimentos da Fiat e da Chrysler. Em cinco anos o objetivo é elevar a 65%, pelo menos, a coincidência nas listas. As equipes das duas montadoras estão espelhadas do ponto de vista operacional e discutem soluções técnicas, estratégias comuns para fornecedores, contratos de commodities e padrões de componentes e sistemas. A estrutura de compras possui um posto avançado em Shangai, na China, há alguns anos. Os 130 profissionais da Fiat têm uma atuação decisiva para reduzir custos, comparando as ofertas ocidentais com as encontradas na Ásia.
BUSINESS
Gianni Coda, de 63 anos e CEO do Fiat Group Purchasing, no grupo italiano desde 1977, é o fiel das decisões. Com passagem pela direção de diversas empresas Fiat, ele comanda uma estrutura de 2.800 pessoas que, complementada por 400 da Chrysler, comprará este ano US$ 65 bilhões em materiais para as duas montadoras. Desse total, mais de US$ 50 bilhões serão aplicados diretamente na construção dos veículos das marcas italiana e norte-americana.
Dos US$ 65 bilhões, nada menos de US$ 40 bilhões correspondem a desembolsos da Fiat – metade para automóveis e os outros 50% para a CNH, Iveco e FPT. Para 2014 as projeções sobem: o volume global de compras deve atingir US$ 100 bilhões, dos quais US$ 55 bilhões caberão à Fiat, sendo 80% para materiais diretos. No budget das aquisições para a montadora italiana o Brasil representa 7% a 8%. Na região, sob o comando de Osias Galantine, o Grupo Fiat Purchasing investirá R$ 14 milhões para abastecer as linhas de produção da Fiat Automóveis, Iveco, CNH e FPT – Powertrain Technologies. Vendas somadas, os grupos Fiat e Chrysler representam o sexto maior construtor global de veículos. Coda enfatiza que as maiores vantagens desta aliança estão ligadas à complementação em produtos, mercados e tecnologias, além das oportunidades derivadas da gestão de compras.
CODA: integração das cadeias de suprimento
FIAT quer fornecedores com atuação global
ESTRATÉGIAS COM FORNECEDORES A FIAT PRETENDE TER NO MÁXIMO QUATRO PARCEIROS GLOBAIS POR COMPONENTE
G
ianni Coda, CEO do Fiat Group Purchasing que esteve em São Paulo especialmente para a entrega do Qualitas Awards, pretende limitar a três ou quatro os parceiros para cada componente necessário à montagem dos veículos. “Serão de preferência empresas de atuação global, capazes de atender aos polos de produção na Europa, Estados Unidos e América Latina” – explicou. Ele pretende envolver essas empresas em programas do grupo como o World Class Manufacturing e o Design to Cost. Coda garante que o Brasil tem o aço mais caro do mundo e os preços locais já superam os praticados antes da crise internacional de 2008. Ele admite
que o Grupo Fiat vai importar 15% a 20% do aço que utiliza no País. Ele sentencia que em setembro ou outubro os preços do minério de ferro vão entrar em baixa. “Há sinais disso. Um exemplo vem do custo da sucata na Europa, que já está diminuindo” – diz. Osias Galantine, diretor do Fiat Group Purchasing na América Latina, informa que o aço oriundo da Ásia chega à porta da fábrica de automóveis em Betim 15% mais barato que o adquirido da vizinha Usiminas e outras fontes, com todos os custos logísticos incluídos. A montadora só não importa mais para não depender excessivamente de fontes no exterior, sujeitas a mudanças cambiais, questões logísti-
cas e efeitos da demanda global. Coda disse que a Fiat precisa de uma tonelada de aço, em média, para fazer um carro. Os engenheiros trabalham para diminuir a massa do metal, com ganhos técnicos no projeto dos componentes. “Temos obtido 0,5% de redução por ano nos últimos dois ou três anos” – enfatizou. Na Europa a matéria-prima responde por 20% do custo de veículos compactos, com valor de € 6 mil a € 10 mil. “No Brasil a relação sobe para 40%” – assegura Galantine, demonstrando preocupação com a excessiva dependência da Fiat Automóveis às oscilações na cotação de commodities como carvão, minério de ferro e petroquímicos.
Automotive
RELACIONAMENTO
DE MÃOS DADAS NA PRODUÇÃO A CADEIA DE SUPRIMENTOS TEM SIDO PALCO DE CONFLITOS, MAS ALGUMAS EMPRESAS SE EMPENHAM EM TORNAR AS RELAÇÕES PROVEITOSAS, ESTIMULANDO A COOPERAÇÃO. VEJA COMO ISSO FUNCIONA FERNANDA GUIMARÃES
O
relacionamento entre os parceiros da cadeia produtiva, caracterizado por muitos como uma arena de conflitos onde ocorrem verdadeiros leilões, pode ter mudanças para melhor, apesar da extrema competição na área. Os atores do supply chain reconhecem que diminuir custos, eliminar desperdícios e tornar os processos enxutos é essencial para elevar a competitividade e ressaltam: transparência é indispensável nas negociações. A integração dos elos, desde o suprimento de matérias-primas e serviços até a fabricação de componentes e sistemas para as montadoras, e a absoluta sincronização entre as partes passam a ser vistas como única solução para o desenvolvimento de um padrão de competitividade diante do avanço dos adversários internacionais. Dar as mãos aos parceiros comerciais certamente não é tarefa fácil, já que a iniciativa envolve mudanças de práticas e da cultura corporativa. “O relacionamento na cadeia não é construtivo quando se pensa só em custos e lucratividade. Tem havido mais imediatismo e menos trabalho visando ao sucesso da companhia no longo
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prazo”, avalia Paulo Butori, presidente do Sindipeças – Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores. O executivo alerta para a dificuldade de sobrevivência de muitas empresas no segmento de autopeças, especialmente entre as pequenas e médias. “Existe falta de respeito entre partes produtoras. Se isso continuar, um grande número de empresas será eliminado”, alerta. A teoria recomenda que para atingir níveis adequados de competitividade
cada empresa precisa estimular a integração de toda a cadeia em um grande e único processo produtivo. “Todos os parceiros, começando pela montadora, ganham com o planejamento e estabilidade da produção. O Brasil cresce muito no setor automotivo e devemos trabalhar para o aprimoramento das metodologias do supply chain”, opina o presidente da Magneti Marelli para o Mercosul, Virgílio Cerutti. O executivo destaca que o planejamento garante o aumento da competitividade, contribuindo para a diminuição de falhas:
PARA MAIOR COMPETITIVIDADE CADA EMPRESA DO SUPPLY CHAIN DEVE ESTIMULAR A INTEGRAÇÃO ENTRE TODOS OS ELOS VIRGÍLIO CERUTTI, presidente da Marelli para o Mercosul
AMARRAMOS VOLUME E PEDIMOS MELHORA DE RESULTADOS. EM TROCA OFERECEMOS MAIOR SEGURANÇA AOS PARCEIROS ARNALDO IEZZI JR., diretor da BorgWarner, valoriza contratos de longo prazo
“Acreditamos em trabalho com regras e metas definidas”. Um dos segredos para azeitar a cadeia é manter a transparência e dividir informações entre todos os elos. A receita é de Jüergen Lochner, alemão que acaba de chegar ao País para chefiar as operações brasileiras da Porsche Consulting. Ele desembarcou com a missão de aumentar a eficiência de processos, diminuir custos e elevar a produtividade. “Se o tier 1 não trabalha em parceria, alguém pagará pelo custo mais alto”, admitiu Lochner, lembrando que os fabricantes não podem simplesmente brigar por preços. O consultor destacou que o setor de autopeças no
VENCE A MELHOR CADEIA DE PRODUÇÃO ENTENDIMENTO COM PARCEIROS TORNOU-SE ROTINA NA ARVINMERITOR José Manoel Fernandes, diretor de compras da ArvinMeritor para a América do Sul, costuma repetir que é preciso ter a melhor cadeia de produção para vencer os concorrentes. Com essa motivação ele tem trabalhado constantemente junto aos fornecedores de matériasprimas, componentes e serviços. “Escolhemos o entendimento e a cooperação como estratégia para o crescimento” – explicou, alertando que a economia globalizada e a competição extrema têm obrigado as cadeias de produção a serem ágeis e flexíveis para que os empreendimentos sejam lucrativos. A empresa formaliza políticas e relações, definindo programas de qualidade, logística, produtividade e ações para consolidar o crescimento conjunto. “A ideia é integrar nossa operação com a de nossos colaboradores” – afirma Fernandes, que estende aos parceiros de negócios a experiência da tier 1, fabricante de sistemas para veículos comerciais, na gestão de operações e sistemas de qualidade.
A troca de experiência envolve teoria e prática, levando profissionais da ArvinMeritor às instalações dos fornecedores e também trazendo à fábrica grupos de técnicos para o aprendizado de práticas de gestão que a corporação adota. Assim, cliente e fornecedores passam a analisar os resultados da cadeia produtiva com uma visão única e definem em conjunto metas e desafios a serem atingidos. Ao lado dos indicadores operacionais, são estabelecidos critérios de qualidade, certificação, melhoria contínua e relações com o meio ambiente. Fernandes admite que revigorar os elos no supply chain tem sido uma preocupação permanente na agenda dos executivos da indústria automobilística. “Há uma busca constante de economias e maior produtividade” – afirma. Para ele, é preciso evitar o conflito que tem caracterizado os negócios automotivos, especialmente na área de suprimentos, e criar oportunidades para os fornecedores locais estenderem os negócios a outros países.
RELACIONAMENTO
TRABALHO JUNTO AO TIER 2 País passa por um problema de escala e não sabe como lidar com a responsabilidade dentro das relações da cadeia produtiva. “Falta experiência e qualificação. As empresas demitem e contratam muito rapidamente. É preciso ser mais flexível”, detecta. SISTEMISTAS A Delphi diminui a gama de fornecedores para trabalhar mais de perto com os parceiros. “O melhor incentivo é mostrar que há uma demanda a atender. Assim é possível investir com confiança”, exemplifica o presidente da sistemista, Gábor Deák, salientando que a estratégia privilegia maior volume de negócios. Deák ressalta, no entanto, que a exclusividade é dispensada para não haver dependência mútua: “Na medida em que concentramos as compras com nossos melhores fornecedores, tornamos nosso negócio mais significativo para eles e eles mais importantes para nós”. O executivo explicou que a empresa também trabalha junto aos tier 2 para promover assistência na busca da competitividade: “Tentamos transformá-los em fontes internacionais”.
SOLUÇÕES SIMPLES E EFICIENTES AUMENTAM COM ENTENDIMENTO PRECISO E MAIS TRANSPARENTE, ASSEGURANDO MAIOR NÍVEL DE GANHOS PAULO ROCCA, diretor da Robert Bosch: debate para evitar importações
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PROMOVE COMPETITIVIDADE E PROCURA ABRIR OPORTUNIDADE DE SUPRIMENTO A OUTROS PAÍSES GÁBOR DEÁK, presidente da Delphi na região: a estratégia privilegia volumes
Uma das iniciativas da companhia é ampliar o conteúdo local de seus produtos. “Temos regras definidas, ajudamos o fornecedor a ser competitivo. Estamos preparados para evitar as importações”, confirma. Fomentar a confiança dos parceiros também tem sido um dos focos na BorgWarner. O diretor geral, Arnaldo Iezzi Jr., valoriza contratos de longo prazo, com o intuito de garantir investimentos e comprometimento na cadeia:
“Amarramos volume e pedimos melhora de resultados, oferecendo segurança”. Assim como na Delphi, é estratégico para a BorgWarner ampliar a compra de componentes na região. Essa é uma forma de evitar contratempos na produção, como ocorreu este ano com empresas que dependiam de importações europeias, bloqueadas com o fechamento do espaço aéreo do continente, devido à erupção de um vulcão. Discussões junto aos fornecedores para evitar importações também têm sido um dos caminhos adotados pela Robert Bosch. O diretor de compras da companhia para a América Latina, Paulo Rocca, afirma que essa é uma maneira de evitar a perda de negócios. “As plataformas atuais, cada vez mais padronizadas pelas montadoras em diferentes regiões, estendem a competição ao nível global. Concorremos com a China e com a Índia, por exemplo”, lembra. A Bosch promove um programa de desenvolvimento de parceiros para a melhoria dos processos. “Buscamos alternativas para chegar a maior competitividade local, tentando evitar importações ou perda de negócios”, conta Rocca.
AUTOPEĂ&#x2021;AS
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ESTAMPARIAS SOB PRESSĂ&#x192;O EM MEIO Ă&#x20AC;S DIVERGĂ&#x160;NCIAS ENTRE SIDERĂ&#x161;RGICAS E MONTADORAS, SETOR VIVE FASE DE TRANSFORMAĂ&#x2021;Ă&#x2022;ES QUE INCLUEM INVESTIMENTOS E NOVAS ESTRATĂ&#x2030;GIAS GUILHERME MANECHINI
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s sinais recentes de insatisfação dos fabricantes de veĂculos com seus fornecedores no Brasil reforçam a necessidade de a indĂşstria nacional ser mais competitiva, para nĂŁo perder espaço em seu prĂłprio mercado. Enquanto veĂculos produzidos na Ă sia e Europa entram no PaĂs com preços atrativos, no Brasil as empresas continuam patinando na luta contra os altos custos de carga tributĂĄria, mĂŁo de obra, câmbio e matĂŠrias-primas. A questĂŁo dos insumos, amplamente debatida pela importância crescente dos preços do aço praticados no mercado interno, envolve nas disputas entre montadoras e siderĂşrgicas as estamparias tradicionais -- como a Karmann Ghia, Automotiva Usiminas (foto), Stola, BĂśllhoff e Tower Automotive. O segmento passa por fase de transformaçþes, impulsionada pela perda da ca-
Automotive
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| ESTAMPARIA/CARROCERIA
pacidade de negociação a meio caminho entre as duas pontas da cadeia, a fornecedora do metal em chapas e a outra, que utiliza peças conformadas para construir os veículos. O aço representa quase 60% do peso de um veículo e qualquer variação de preço significa uma intensa negociação de margens entre autopeças e montadoras. Só no primeiro semestre, os reajustes foram superiores a 20% e a implantação de nova política de preços do minério de ferro pela Vale, com revisões trimestrais, deve impactar ainda mais nos custos até o fim do ano. Em reação aos aumentos, as montadoras decidiram ir buscar alternativas no exterior. Assim, além da ferramentaria, passaram a fornecer o aço às estamparias, reduzindo o poder de barganha do segmento. Os fabricantes de veículos são os principais clientes das estamparias e, com o crescimento das vendas, exigem suprimento constante para abastecer suas linhas de produção. Tal cenário tem levado à modernização das prensas e ampliação da capacidade de produção. As empre-
sas também lutam para agregar valor ao produto final, o que, em alguns casos, passa pelo desenvolvimento de setores de engenharia e ferramentaria próprios. Já para os pequenos, o momento é de buscar um nicho específico de atuação para conseguir um diferencial em meio aos grandes concorrentes. Vale ressaltar que o preço do aço para estas empresas chega a afetar em até 70% o custo de produção, segundo estimativa do Sindipeças. “Existem grandes empresas que têm como principal atividade a estamparia de peças. Se o setor já foi familiar, hoje não é mais. A tendência é de que a pequena estamparia vire um tier 2, servindo de suporte e absorvendo as variações imediatas de demanda do mercado”, explicou Alessandro Bagni, gerente comercial da Stola. A empresa, um dos principais parceiros da Fiat Automóveis, responde pela maioria dos estampados que a montadora compra de terceiros para o Novo Uno. A encomenda abrange também diversos conjuntos, que envolvem estampagem e solda. O trabalho em conjunto com a Fiat para o
BAGNI, gerente comercial da Stola: pequena estamparia será um tier 2
BUSINESS
desenvolvimento do novo produto começou no final de 2008, com a participação da engenharia da Stola Brasil no projeto conhecido como 327. “O mercado tem demandado serviços de funilaria e montagem de conjuntos pequenos, funções que cabem aos fornecedores oferecer. Acredito que seja uma tendência. E a ferramentaria, nesses casos, é também um diferencial competitivo”, acrescentou Bagni. A empresa mantém divisões de ferramentaria e engenharia como forma de agregar valor aos produtos oferecidos. Se depender da sinalização da Fiat, a parceria deve se fortalecer nos próximos anos. Em visita recente ao País, Gianni Coda, CEO do Fiat Group Purchasing, informou que pretende trabalhar apenas com três ou quatro fornecedores para cada componente do veículo, exigindo maior capacidade dessas empresas para atender às demandas da montadora. Outro grande player do mercado que segue essa estratégia é a Automotiva Usiminas. Formada a partir da antiga Brasinca Minas, tradicional fornecedor da indústria automobilística que quase fechou as portas no fim dos anos 90, a empresa se prepara para atingir R$ 1 bilhão de faturamento em 2014. Por muitos anos, contou Flávio Del Soldato, diretor da companhia, a intenção da Usiminas foi de vender a unidade de negócio que mais aproxima a siderúrgica de seu mercado consumidor. “Assumi a antiga Brasinca Minas com o objetivo de sanar as dívidas para vendê-la na sequência”, disse Del Soldato. A mudança aconteceu em 2007, quando a Usiminas adquiriu a totalidade das ações da Brasinca Minas. “Naquele momento, deixamos de falar da venda da companhia e passamos a integrar o grupo como unidade de negócio”. A Automotiva Usiminas, como foi batizada recentemente, é agora encarada de outra forma. “Temos ca-
pacidade para produzir atĂŠ uma cabine completa de caminhĂŁoâ&#x20AC;?, acrescentou o executivo. Entre os projetos em gestação estĂĄ a montagem dos veĂculos da uniĂŁo da Caterpillar com a Navistar, sob a marca NC2. O anĂşncio do novo contrato começava a ser preparado pela joint venture em meados de julho. O caminho de oferecer a montagem foi trilhado hĂĄ anos pela Karmann Ghia. Fundada em 1960, na fĂĄbrica da companhia, em SĂŁo Bernardo do Campo, ela montou 85 mil veĂculos desde entĂŁo. Entre os clientes estiveram Land Rover (Defender), Fiat, Ford, Volkswagen, Scania e Volvo. Hoje em dia, sob o guarda chuva do Grupo Brasil, a empresa segue com as ĂĄreas de estamparia, ferramentaria e montagem. MĂ&#x192;O DE OBRA Um desafio adicional Ă s empresas da cadeia de suprimentos, alĂŠm dos aumentos do aço e a pressĂŁo das montadoras por maior qualidade, tem sido os custos com mĂŁo de obra, algo que, na opiniĂŁo de Neuraci Perego, presidente para a AmĂŠrica do Sul da Tower Automotive, tem de ser resolvido com maior automação dentro das fĂĄbricas. â&#x20AC;&#x153;Nossa mĂŁo de obra estĂĄ ficando cara e isso demanda uma nova fase. Ainda temos pouca automação, mas jĂĄ vemos os grandes players investindo nessa direçãoâ&#x20AC;?, disse Neuraci. Para a executiva, agregar valor aos produtos das estamparias passa pela redução de custos. A compra do aço em 70% dos clientes, explicou Neuraci, jĂĄ ĂŠ feita em conjunto com outras empresas, o que reduz a possibilidade de ganhos na compra da matĂŠria-prima e venda do produto acabado. â&#x20AC;&#x153;Temos qualidade na comparação com os paĂses que estĂŁo concorrendo com a indĂşstria nacional. Acontece que muitas vezes a competição ĂŠ impossĂvel e a maior participação dos
NEURACI, presidente da Tower: agregar valor e reduzir custos
importados no mercado interno reflete issoâ&#x20AC;?, afirmou a presidente da Tower, ao ressaltar que a recuperação do setor tambĂŠm passa por uma polĂtica industrial do governo. CRESCIMENTO O setor de estamparia deve registrar desempenho semelhante ao da indĂşstria automobilĂstica, que prevĂŞ vendas 8,2% maiores em 2010, nas projeçþes da Anfavea. Salvo as empresas que fecharam novos contratos que incluem a montagem de conjuntos, este deve ser o ritmo de expansĂŁo do segmento. Na opiniĂŁo de Bagni, da Stola, o nĂşmero vem em linha com a recuperação do mercado apĂłs a crise: â&#x20AC;&#x153;Esse crescimento ĂŠ reflexo do fim da crise. Viemos de uma base de produção mais fraca.â&#x20AC;? JĂĄ para Del Soldato, da Automotiva Usiminas, a conquista de novos contratos e a melhora do mercado de veĂculos pesados devem ampliar os ganhos da empresa neste ano. A previsĂŁo do executivo ĂŠ de faturar 42% a mais em 2010, totalizando R$ 400 milhĂľes. A recuperação ocorre apĂłs a queda de 16% no faturamento do ano passado.
INVESTIMENTOS Para acompanhar o ritmo de crescimento da indĂşstria automobilĂstica nacional, as estamparias tiraram os planos de expansĂŁo da gaveta. Tanto a Stola como a Automotiva Usiminas estĂŁo com ampliaçþes de capacidade em curso. No caso da Automotiva Usiminas, os investimentos vĂŁo chegar a R$ 192 milhĂľes atĂŠ 2012. Com os recursos, a companhia estĂĄ duplicando a capacidade de sua fĂĄbrica, em Pouso Alegre, MG. TambĂŠm em Minas Gerais, a Stola anunciou recentemente recursos de R$ 100 milhĂľes na ampliação de sua unidade em Betim. â&#x20AC;&#x153;Ă&#x2030; um investimento de longo prazo. Vamos expandir as ĂĄreas de ferramentaria, funilaria e estampariaâ&#x20AC;?, disse Bagni. Neuraci Perego, da Tower, disse que a empresa estĂĄ atenta Ă s possibilidades de automação, mas por estar em perĂodo de abertura de capital nos Estados Unidos, onde fica a matriz da empresa, ainda nĂŁo pode revelar os investimentos programados. RODAS E CHASSIS No embalo da recuperação da produção de veĂculos pesados, os fabricantes de rodas e chassis tĂŞm sido beneficiados. Com participação significativa no mercado, a Iochpe-Maxion registrou um faturamento lĂquido 28,8% maior no primeiro trimestre, o que significou uma receita de R$ 281,5 milhĂľes. Instalada em Cruzeiro, no interior de SĂŁo Paulo, a Iochpe-Maxion atende Ă s principais marcas de veĂculos comerciais, entre elas a MAN Latin America, que monta em Resende, RJ, os caminhĂľes da Volkswagen. A Maxion ĂŠ um dos integrantes do ConsĂłrcio Modular e trabalha na montagem de veĂculos dentro da prĂłpria fĂĄbrica da MAN â&#x20AC;&#x201C; algo a que estamparias e fabricantes de chassis tendem a ter de se adaptar, pois tudo indica ser este um dos caminhos da indĂşstria do PaĂs. Â&#x201E;
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IMPORTAÇÃO DERRUBA FUNDIDOS E FORJADOS ALGUNS VILÕES SE ASSOCIARAM PARA AMEAÇAR FUNDIÇÕES E FORJARIAS LOCAIS: O CÂMBIO, OS ESTRANGEIROS AGRESSIVOS E O CUSTO BRASIL RICARDO CONTE
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s fabricantes locais de forjados e fundidos para a indústria automobilística possivelmente estariam em boa situação se não tivessem que enfrentar competidores estrangeiros agressivos, que invadem o mercado brasileiro com preços convidativos. O crescimento das importações foi acentuado depois da crise financeira internacional, que fechou as portas de mercados globais importantes mas abriu oportunidades em solo brasileiro. O real forte e toda sorte de custos extras agravam as dificuldades dos nossos empreendimentos. Assim, a evolução no preço do aço nem chega ao topo das preocupações dos empresários do setor, que acompanham a cotação de metais nãoferrosos mais nobres, como alumínio, cobre, latão e zinco negociados pela London Metal Exchange, bolsa que também regula a demanda da sucata de ferro e do aço. Os fabricantes de veículos brasileiros são o maior atrativo dos vendedores estrangeiros, já que absorvem 70% dos volumes de forjados e fundidos negociados pela indústria automobilística como um todo. Se eles reduzem as compras ou buscam fontes externas de suprimento, o impacto é grande. Uma leitura no desempenho do se-
tor de fundição nos anos de 2008 e 2010 dá uma boa ideia do transtorno causado pela crise financeira global. A produção este ano, até maio, somou 1.250 milhão de toneladas, 47,7% a mais do que em igual período de 2009. Aparentemente, nada mal. Mas o setor continua 13,8% abaixo do volume relativo aos primeiros cinco meses de 2008, de 1.450 milhão de toneladas. “Não vamos recuperar aquele patamar de atividade este ano. Ficaremos ainda 10% abaixo” – garantiu Devanir Brichesi, presidente da Abifa – Associação Brasileira de Fundição. Há outras lições na evolução dos empreendimentos em fundição e forjaria a partir de 2005. Enquanto cresceram juntos 18,7%, no mesmo compasso do PIB (18,4%), as montadoras dispararam 38,7%. “Avançamos menos da metade do que conseguiu nosso maior cliente. A análise mostra um afastamento indesejável e traz preocupações quanto ao nosso futuro” – avalia. A receita obtida com fundidos no mercado externo também recuou. Do nível de 20%, caiu para 13%. Diante de uma economia relativamente estável, a Abifa tem pleiteado junto ao governo ações para que o segmento não fique à deriva. A preocupação é compartilhada pelo presidente Arnaldo
Frederico Meschnark, do Sindiforja – Sindicato Nacional da Indústria de Forjaria, cujos filiados assistiram também as exportações despencarem de 120 mil toneladas para 64 mil toneladas de 2008 para 2009. Apesar de projetar um volume de vendas externas de 80 mil toneladas este ano, Meschnark alerta que o setor de forjaria opera com ociosidade de 30% a 40%, diante de uma capacidade instalada para fornecer mais de 500 mil toneladas por ano. “Este volume será alcançado só em 2012”, disse. No ano passado, as forjarias produziram 320 mil toneladas, praticamente empatando com as 319 mil toneladas de 2008. O setor projeta crescimento de 25% em 2010, para 400 mil toneladas, mas não vê motivo para otimismo. “O que vai ajudar é a nacionalização de carros da Toyota, Nissan e Renault e o avanço da MAN no mercado”, disse. O executivo lamenta a perda de competitividade frente às empresas internacionais por causa do famigerado ‘custo Brasil’. Ele revela que fabricantes coreanos vieram conhecer a realidade local e desistiram de se instalar aqui. “Pagamos 115% a mais sobre o salário de um empregado. Lá se paga apenas 12%”, afirmou. Para ele, o setor sofre
DEVANIR BRICHESI, da Abifa: 10% abaixo do patamar de 2008
de ‘involução’ e teve o crescimento freado em 20% diante do aumento das importações. “Em agosto vou alertar a CUT e o Sindicato dos Metalúrgicos do inevitável desemprego”, adverte Meschnark. COMPETITIVIDADE A perda de competitividade está associada principalmente ao aumento da importação de componentes ou de conjuntos completos com partes fundidas ou forjadas embutidas. Existe consenso de que não se deve mais pleitear junto ao governo soluções com mudanças cambiais, como diz Roberto Del Papa, diretor comercial da Frum, primeira fundição da América Latina a receber o Q1, maior prêmio da Ford: “Competitividade com paridade cambial está descartada”, resume. A Frum vive uma situação diferente da maioria das empresas do setor, com a carteira de encomendas lotada, pelo fato de atuar no suprimento de componentes para veículos pesados, como cubos de roda, discos e tambores de freio. Os negócios, no entanto, estão se acomodando, depois de um primeiro semestre marcado por um avanço de 66,8% na produção de caminhões, para 89.548 unidades. No segmento dos pesados o crescimento chegou a 116,7%. “Depois de uma desaceleração, 2011 registrará capacidade ociosa” – alerta Del Papa. TECNOLOGIA A Metalúrgica Schwarz, fornecedora de produtos em alumínio forjados e usinados para sistemistas, trabalha também próximo do limite, a 80% da capacidade instalada, somadas as fábricas instaladas em Pinhais e Colombo, região da Grande Curitiba. Isso não a preocupa. “Estamos sempre investindo em novas tecnologias e maquinários e elevando a produtividade”, assegura o presidente Edsel Schwarz.
Ele reclama das dificuldades com os altos encargos e crédito escasso para investir. “Pagamos aos bancos 15% a 16% de juros para girar nosso capital, enquanto concorrentes externos gastam apenas 2% a 3%”, explica. Como a necessidade de preço faz o cliente, a Schwarz investe em tecnologia de ponta, aproveitando o momento de valorização cambial para adquirir máquinas. Nessa hora o fornecedor estrangeiro leva ampla vantagem: “As máquinas asiáticas chegam mais baratas que as similares nacionais e são mais produtivas” – admite. Com a retomada da economia doméstica, a Schwarz deve ser uma das raras companhias a voltar ao nível de faturamento registrado em 2008, prevendo embolsar R$ 75 milhões este ano. Desse total, 20% virão das exportações. “Devemos manter um ritmo de crescimento de 15% ao ano”, disse. Em 2009 a empresa fabricou mais de 20 milhões de peças, 75% voltadas para sistemas de climatização de veículos. O restante representa componentes de alumínio para sistemas de embreagem e direção de clientes como Behr, Bosch (Europa), Delphi (Brasil, Europa e Estados Unidos), Denso, Dytech, Eaton e Valeo.
EDSEL SCHWARZ projeta crescimento de 15% ao ano
AUTOPEÇAS
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NEMAK, TEKSID E TUPY DISPUTAM MOTORES FUNDIR COMPONENTES PARA PROPULSORES É O NEGÓCIO DAS TRÊS EMPRESAS, QUE BUSCAM AGREGAR VALOR AO PRODUTO FINAL
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presidente das Indústrias Tupy, Luiz Tarquínio Sardinha Ferro, lamenta que a valorização cambial dificulte a exportação brasileira e facilite a importação de peças fundidas, abrindo portas aos fabricantes de fora. Segmentos onde há menos sofisticação dos produtos, como freios, foram deixados para trás pela empresa: “Não tivemos condições de manter competitividade”. Uma das maiores fundições da América Latina, a Tupy aposta em blocos e cabeçotes de motores (65% da receita líquida) aos quais agrega valor com serviços de usinagem nas unidades de Joinville, PR, e Mauá, SP. “Reduzimos a
participação em peças de menor complexidade para as quais o mercado não paga o devido preço. Deixamos essas encomendas para os competidores externos que dispõem de mão de obra mais barata”, disse. Tarquínio ressalta que não faltam ao setor tecnologia, conhecimentos ou capacidade de produzir. O que reduz a competitividade de empresas como a sua é, novamente, o ‘custo Brasil’. Historicamente uma indústria exportadora (50% a 60% das vendas), a Tupy pode transformar em peças até 500 mil toneladas de ferro ao ano. A empresa está mais cautelosa com seus clientes e procura valorizar a
MICROFUNDIDOS DA FUPRESA À ESPERA DA RETOMADA EXTERNA
TARQUÍNIO, da Tupy, quer produtos com valor agregado
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A Fupresa dirige metade de seus negócios para a Europa e ainda sofre os efeitos da crise internacional e do câmbio. A receita líquida caiu 25% no ano passado, levando a empresa a concentrar esforços no mercado interno, que hoje absorve 70% dos fornecimentos. Antonio Carlos Bevilacqua, diretor de operações, aposta em retomada do fôlego nas vendas externas e espera fechar 2010 com a produção de sete milhões de peças, o equivalente a 1.100 toneladas, incluindo o mercado interno. O portifólio da empresa traz, entre outras peças, balancins e garras de fixação para bicos injetores de motores diesel. Os componentes são entregues prontos para aplicação, depois da microfusão, usinagem, tratamento térmico e superficial. Há também pequenos conjuntos mecânicos, que associam microfundidos a peças de borracha, plásticas e molas. Entre os clientes de produtos para conjuntos de acionamento de alta precisão em caixas de transmissão estão a Eaton, Ford, MWM International, Valeo e Volkswagen. No exterior são atendidas a Volkswagen (Alemanha), Renault (França) e Ford (Espanha) por meio de parceria com empresa de autopeças europeia. Os planos futuros passam pelo reforço no fornecimento à Renault na Romênia e à nova linha completa da Volkswagen no Brasil.
ROGÉRIO SILVA JR.: Teksid aposta na nova liga HPI
qualidade da carteira de pedidos com produtos mais complexos, de maior valor agregado. A Tupy atende Cummins (EUA e México), Chrysler, International e Ambrake (EUA), Peugeot (França), Iveco (Itália), Perkins e Ford (Inglaterra) e Audi (Alemanha). Com 85% do capital controlado pela Fiat e os outros 15% pela Renault, a Teksid fornece para a maioria dos fabricantes de motores veiculares no Brasil. Rogério Silva Jr., superintendente, afirma que a empresa detém 75%
das vendas internas de blocos de ferro fundido para automóveis e comerciais leves, concorrendo com a Tupy. Em 2009 a empresa fundiu cerca de 2,2 milhões de unidades. No campo dos blocos e cabeçotes para motores diesel a marca detém 45% das vendas nacionais. Nessa área o volume de peças fundidas no ano passado se aproximou de 147 mil, para motores de 2,5 a 15 litros de capacidade, e pode crescer com o lançamento da High Performance Iron (HPI), fórmula patenteada que proporciona redução do peso com paredes mais finas e tão resistentes quanto as obtidas com materiais tradicionais. ALUMÍNIO Recentemente a Teksid voltou a fundir componentes de alumínio para motores depois de ter vendido os negócios nesse segmento em 2001 para a Questor (sucedida pelo grupo mexicano Nemak). Cabeçotes de motor estão sendo fornecidos para a Fiat, após investimento de R$ 40 milhões. Componentes de alumínio para a indústria automobilística são especialidade da Nemak, cuja sede brasileira fica em Betim, MG. O portifólio traz cabeçotes, que respondem por 60%
MARCO LANDEROS, da Nemak: bloco de alumínio para Ford e PSA
das encomendas, blocos de motor e carcaças de transmissões. Os blocos de alumínio, adequados para motores flex, são uma novidade na linha de produtos para atender a Ford na montagem do Sigma, em Taubaté, SP, e a PSA Peugeot Citroën, para propulsores 1.4L fabricados em Porto Real, RJ. Já os demais componentes produzidos com o mesmo material são destinados à maioria das montadoras locais. Segundo Marco Landeros, gerente de vendas, todo alumínio utilizado é 100% reciclável.
AUTOPEÇAS
| CLIMATIZAÇÃO/REFRIGERAÇÃO
ENTRANDO NO CLIMA DAS MONTADORAS OCUPADOS EM MANTER A TEMPERATURA IDEAL NOS VEÍCULOS, OS FORNECEDORES DE SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO GARANTEM ESTAR PRONTOS PARA ACOMPANHAR O RITMO DAS MONTADORAS, MESMO SE O MERCADO ‘PEGAR FOGO’ ALEXANDRE AKASHI
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s principais fornecedores de sistemas de arrefecimento e climatização estão bastante otimistas com o mercado brasileiro – e não poderia ser diferente. Afinal, 100% dos veículos possuem algum tipo desses itens e a Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores aponta avanço na produção de 6,5% este ano. No primeiro semestre o crescimento foi de 19,1%. Todos os veículos brasileiros saem de fábrica com um conjunto de arrefecimento acoplado ao motor e com ventilação para os passageiros. Parcela um pouco menor traz ar quente e 75% oferecem ar-condicionado – um índice que há sete anos mal chegava a 35%, como lembra Max Forte, CEO da Behr.
ARREFECIMENTO O sistema de arrefecimento ajusta a temperatura do motor a combustão. Sem ele componentes metálicos aqueceriam e derreteriam, ao ponto de se fundirem. Entre 90ºC e 100ºC o motor opera em condições ideais para atingir a melhor
Novo Uno
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FORTE, da Behr: ar-condicionado já é oferecido em 75% dos carros
eficiência energética. Frio, é menos eficiente, pois a vaporização do combustível é mais difícil, aumenta a emissão de poluentes e os componentes se desgastam mais. A refrigeração a ar caiu em desuso, já que a introdução de componentes eletrônicos no controle da injeção exige domínio melhor da temperatura do motor, mais fácil de obter com os sistemas baseados em líquidos. O refrigerante, geralmente à base de etileno-glicol, passa por um circuito fechado que traz o radiador, reservatório de água, tampa do reservatório/radiador, bomba d’água, válvula termostática e ventoinha. Há as passagens do bloco e cabeçote do motor e a tubulação. Como isso funciona? Dada a partida no motor, a bomba d’água impulsiona o refrigerante pelo bloco e cabeçote, até o motor esquentar. Próximo da temperatura ideal de operação a válvula termostática começa a abrir (entre 80°C a 90°C) e desvia o líquido quente para o radiador. Quando o líquido atinge entre 93°C e 103°C a válvula abre totalmente e o radiador se encarrega de reduzir a temperatura. Se esta cai abaixo do desejado, a válvula fecha até
o líquido esquentar e o processo volta a se repetir. O que faz a válvula termostática abrir é uma cera envelopada em um cilindro metálico que começa a derreter a 80°C. Uma haste conectada à válvula pressiona a cera, que ao derreter se expande e abre a válvula. O engenheiro de pesquisa e desenvolvimento da Valeo, Armando Mazzoni, diz haver tendência de substituir esse mecanismo por controle eletrônico. A bomba d’água deve se tornar elétrica. “Assim poderemos ter vazão independente da rotação do motor”, afirma. CLIMATIZAÇÃO Os sistemas de climatização estão associados ao grau de conforto no interior do veículo e, nos grandes centros urbanos, à segurança de fechar janelas. A relação com o arrefecimento é pequena: são compartilhadas apenas a ventoinha e a correia de acionamento. Fazem parte do conjunto o compressor, filtro secador, condensador, válvula de expansão, evaporador, ventilador e controladores, que podem ser analógicos ou digitais. Os fabricantes alertam que incorporar ar-condicionado no aftermarket traz inconvenientes, exigindo alterações no projeto elétrico do veículo, principalmente na potência do alternador. Quer conforto? Compre com o carro zero. O funcionamento depende da carga de gás refrigerante (R134A), que é comprimido, passa pelo filtro secador e é condensado ao estado líquido. A passagem pela válvula de expansão e despressurização reduz drasticamente a temperatura. Na sequência o gás é enviado para o evaporador, onde troca calor com o ar que é empurrado para dentro do veículo pelo ventilador. O refrigerante passa pelo condensador, voltando ao estado líquido para ser comprimido novamente. Entre as inovações tecnológicas, a Delphi Automotive Systems oferece
compressores variáveis, que trazem economia de combustível e otimizam a potência do motor, uma vez que o componente permite carregar o sistema em pressão compatível com a necessidade e disponibilidade do motor. “Carro com motor de um litro em situação de ultrapassagem na subida de serra dá um tranco quando o compressor acopla. Se ele for variável, não há tranco”, explica o presidente da Delphi, Gábor Deák. MERCADO Os principais fornecedores de sistemas térmicos para as montadoras são Behr, Delphi, Denso e Valeo, que estão presentes também no aftermarket. A Magneti Marelli atua apenas na reposição. De origem alemã, a centenária Behr está no Brasil desde 1981, quando firmou acordo com a RCN Radiadores. Em 1997 assumiu as atividades da parceira e passou a fabricar sistemas e componentes de refrigeração e arcondicionado. Hoje a empresa lidera o mercado de componentes para refrigeração de motores em veículos comerciais e tem como principais clientes montadoras como General Motors, Ford, Fiat, Volkswagen, MercedesBenz, Renault, Scania, Volvo, Agrale e
MAZONNI, da Valeo: sem cera, a bomba d’água será elétrica
AUTOPEÇAS
| CLIMATIZAÇÃO/REFRIGERAÇÃO
John Deere. A expectativa da empresa é faturar R$ 400 milhões em 2010. A norte-americana Delphi Automotive Systems investe um total de US$ 40 milhões este ano e atua no segmento por meio da divisão Sistemas Térmicos, cujos produtos são destinados a veículos leves, caminhões e tratores. Estão no portifólio pacotes completos e caixas evaporadoras, evaporadores, condensadores, compressores, aquecedores, charge air coolers e radiadores. A japonesa Denso iniciou as operações no Brasil em 1980, com a construção de unidade fabril de compressores em Curitiba, PR. Em 1991 começou o fornecimento de sistemas completos para o mercado interno e externo. A divisão de Sistemas Térmicos foi escolhida pela Fiat para climatização e refrigeração do Novo Uno. O italiano Maximilian Spidalieri, gerente comercial para o Mercosul e responsável pela engenharia do produto, ressalta que o sistema de ar-condicionado do projeto 327 foi desenvolvido para otimização de consumo e redução de custos, tornando o produto mais acessível no mercado de entrada. De origem francesa, a Valeo estruturou no País as divisões de Climatização e Térmico Motor, em Itatiba, SP, para desenvolver e fabricar trocadores de calor. São montados também módulos de arrefecimento, conjuntos integrados de aquecimento, ventilação e ar-condicionado e ainda intercoolers (charged air coolers), que resfriam o ar de admissão em veículos equipados com compressores. A divisão desse segmento entre os players é guardada a sete chaves. Todos concordam, porém, que os negócios são promissores diante do mercado aquecido para automóveis de passeio, caminhões e ônibus. Os executivos asseguram que as fábricas têm capacidade instalada para atender a forte demanda, sem necessidade de
BUSINESS
DEÁK, da Delphi: compressor variável que elimina trancos
intervenções nas linhas de produção. “Estamos com 75% de ocupação. Temos bastante espaço para crescer”, afirma Forte. Na Delphi, a situação não é diferente. Mas Gábor alerta que o mercado brasileiro está sob holofotes mundiais: “É preciso aumentar a competitividade”. Ele entende que é necessário estimular as exportações, que representam apenas 10% da produção. GARGALOS Uma forte demanda é sempre acompanhada de desafios no suprimento de matérias-primas e componentes. Apesar de os sistemistas assegurarem que estão aptos a produzir no ritmo ditado pelas montadoras, é preciso lembrar que dependem de outros fornecedores na cadeia, em geral de menor porte. O aumento do aço preocupa, mas aparentemente não afetou as indústrias de sistemas térmicos. “Estamos atentos ao preço do alumínio, outro metal muito utilizado”, explica Forte, que anunciou recentemente uma linha de radiadores de alumínio de alta performance para veículos comerciais, produzidos na planta de Arujá, SP. Ele tem intensificado a atuação junto aos fornecedores locais para elevar a com-
petitividade do segmento, que vem sendo confrontada pelos componentes importados. Em mercado aquecido investimentos em inovações ganham força. A Denso aplica R$ 65 milhões em nova unidade fabril no município de Santa Bárbara d’Oeste, no interior de São Paulo, para montar ar-condicionado e radiadores para automóveis e ônibus. A nova fábrica absorverá as atividades da planta de Pindamonhangaba, SP, e terá capacidade para 50 mil peças por mês. A Behr investiu em um novo forno de brasagem, o que trouxe aumento de 40% na produção de trocadores de calor. Em 2008 a marca apresentou ao mercado um novo condensador mais fino, com 12 mm de espessura.
AFTERMARKET O mercado de reposição representa para Behr, Delphi, Denso e Valeo apenas 7% a 10% do faturamento, geralmente em divisões independentes da operação. Já a Magneti Marelli participa exclusivamente na reposição, por meio da divisão Cofap Autopeças, como distribuidora de filtros de cabine, correias, estações de recarga de gás e condensadores e evaporadores fabricados pela Behr. O gerente de assistência técnica Estevam Barna, da Marelli, entende que a popularização do ar-condicionado abriu um leque de oportunidades para a prestação de serviços e comercialização de componentes para manutenção da climatização veicular. Com exceção da Behr, as demais fabricantes possuem redes de assistência técnica formadas por empresas de reparação automotiva, com treinamento especializado em manutenção preventiva e corretiva dos sistemas de refrigeração e climatização. Assim como a Marelli, a Delphi fornece às oficinas equipamentos para manutenção dos sistemas de climatização, como máquinas de reciclagem e carga de gás.
QUEM É QUEM
| MONTADORAS
ArvinMeritor
GUIA DE COMPRAS AGRALE Agrale S.A. BR 116, km 145, 15.104, 95059-520, Caxias do Sul, RS, tel. 54 3238-8000, www.agrale.com.br. Presidente: Hugo Zattera Diretor de suprimentos: Edson Martins Tel. 54 3238-8100 emartins@agrale.com.br Secretária: Patricia Pape
FIAT (detém a marca Alfa Romeo) Fiat Automóveis S.A. Rodovia Fernão Dias, km 429, 32530-000, Betim, MG, tel. 31 2123-2111. Escritório de São Paulo: Rua do Paraíso, 148, 11º, 04103-000, São Paulo, SP, tel. 11 2126-2000, www.fiat.com.br. Pres. América Latina: Cledorvino Belini Diretor de compras: Osias Galantine osias.galantine@fiat.com.br Tel. 31 2123-2308 Secretária: Adriana Camargos
Há vinte empresas fabricantes de veículos associadas à Anfavea, contando que a PSA vale por duas (Peugeot e Citroën) e que a Ford detém a Troller. A relação traz também a TAC – Tecnologia Automotiva Catarinense e a indiana Mahindra, que utiliza as instalações da Bramont em Manaus. A Effa Motors deve iniciar a montagem CKD em Manaus e não aparece ainda na lista de fabricantes locais. A Karmann Ghia, agora KG Estamparia, Ferramentaria, Usinagem e Montagem e filiada à Anfavea, não produz veículos – o último foi o Defender, da Land Rover. Os fabricantes de máquinas agrícolas não figuram na relação (AGCO/ Massey Ferguson, Caterpillar, CNH Case e New Holland, John Deere, Komatsu, Valtra). A Agrale também produz tratores.
92 BUSINESS
FORD (inclui Troller) Ford Motor Company Brasil Ltda. Avenida do Taboão, 899, Rudge Ramos, 09655-900, São Bernardo do Campo, SP, tel. 11 4174-8855. Fábrica Taubaté Avenida Charles Schneider, 2.222, Parque Industrial, 12040-001, Taubaté, SP; Fábrica Camaçari Rua dos Polimeros, 2.000, Área Industrial Leste, 42810-000, Camaçari, BA, www.ford.com.br. Presidente Mercosul: Marcos de Oliveira Diretor de operações de caminhões: Oswaldo Jardim Diretor de compras: João Pimentel Tel. 11 4174-8508 Assistente: Cláudia Valões cvaloes@ford.com GENERAL MOTORS General Motors do Brasil Ltda. Av. Goiás, 1.805, 09550-900, São Caetano do Sul, SP, tel. 11 4234-7700. Fábrica São José dos Campos Avenida General Motors, 1.959, 12224-300, São José dos Campos, SP, tel. 12 3908-3000; Fábrica Gravataí Rodovia BR 290, km 67, 94000-000, Gravataí, RS, tel. 51 3430-1538, www.chevrolet.com.br. Presidente América do Sul: Jaime Ardila Vice-presidente de compras América do Sul: Edgard Pezzo Tels. 11 4234-7014/7894 edgard.pezzo@gm.com Secretária: Sandra Yokota
HONDA Honda Automóveis do Brasil Rua Dr. José Áureo Bustamante, 377, Santo Amaro, São Paulo, SP, tel. 11 5576-5122. Fábrica Sumaré Estrada Municipal Valêncio Calegari, 777, 13170-190, Sumaré, SP, tel. 19 3864-4400, www.honda.com.br. Presidente América do Sul: Sho Minekawa Diretor de compras: Paulo Saito paulo_saito@honda.com.br Tel. 19 3864-4400 HYUNDAI CAOA CAOA Montadora de Veículos S.A. Avenida Ibirapuera, 2.822, Moema, 04028-002, São Paulo, SP, tel. 11 5538-1000, www.hyundai-motor.com.br. Presidente: Carlos Alberto de Oliveira Andrade INTERNATIONAL International Indústria Automotiva da América do Sul Ltda. Avenida Carlos Gomes, 466, cj. 1.002, 90480-000, Porto Alegre, RS, tel. 51 4009-5800. Fábrica (Agrale): RST 453, 3.940, Distrito Industrial - Acesso Oeste a Caxias do Sul, 95110-000, Caxias do Sul, RS, tel. 54 4009-5800, www.navistar.com. Presidente: Silvia Bonotto Pietta Gerente de compras: Hony Magno hony.magno@navistar.com IVECO Iveco Latin America Ltda. Rua Senador Milton Campos, 175, Edifício Piemonte, 8º, Vila da Serra, 34000-000, Nova Lima, MG. Escritório São Paulo: Rua do Paraíso, 148, 6°, 04103-000, tel. 11 2126-2491. Fábrica Sete Lagoas Rodovia MG 238, km 73,5, 35701-482, Sete Lagoas, MG, tels. 31 2107-2221/2222, www.iveco.com.br. Presidente: Marco Mazzu Tel. 31 2123-4811 Diretor de compras: Paulo Roberto da Luz pauloroberto@fiat.com.br Tel. 31 2107-2132 Secretária: Iesthelaine Franca MAHINDRA Bramont Montadora Industrial e Comercial de Veículos Ltda. Avenida Rebouças, 2.707, 05401-300, São Paulo, tel. 11 3016-8100. Fábrica Manaus Avenida dos Oites, 6.360,
Distrito Industrial 2, 69075-842, Manaus, AM, tel. 92 2123-8090, www.bramont.com.br. Diretora Geral: Nicole Weiser nicole.weiser@bringer.com MAN MAN AmÊrica Latina Rua Eng. Alan da Costa Batista, 100, Pedra Selada, 27511-970, Resende, RJ. Escritório em São Paulo: Rua Volkswagen, 291, Jabaquara, 04344-010, São Paulo, SP, www.vwcaminhoeseonibus.com.br. A empresa detÊm a marca Volkswagen Caminhþes. Presidente: Roberto Cortes Diretor de suprimentos: Luiz Eduardo Alvarez luiz.alvarez@volkswagen.com.br Tel. 11 5582-5910 Secretåria: Yvone Jahn MERCEDES-BENZ Mercedes-Benz do Brasil Ltda. Avenida Alfred Jurzykowski, 562, Vila PaulicÊia, 09680-900, São Bernardo do Campo, SP, Caixa Postal 202, tel. 11 4173-6611. Fåbrica em Minas Gerais: Rodovia BR 040, km 773, Distrito Industrial II, 36088-410, Juiz de Fora, MG, tel. 32 3219-0000, www.mercedes-benz.com.br. Presidente: Jßrgen Ziegler Diretor de compras: Ricardo Vieira Santos ricardo.v.santos@daimler.com Tel. 11 4173-6520 Secretåria: Cristina Douchedoux cristina.douchedoux@daimler.com MITSUBISHI MOTORS MMC Automotores do Brasil Ltda. Avenida das Naçþes Unidas, 19.847, 04795-100, São Paulo, SP, tel. 11 5694-2700. Fåbrica Catalão: Quadras 05, 07 e 07A, Distrito MineroIndustrial de Catalão, Dimic, 75701-970, Catalão, GO, tel. 64 3411-8500, www.mitsubishimotors.com.br. Presidente executivo: Robert Rittscher Diretor de suprimentos: Rubens Naganori Juquiram rjuquiram@mmcb.com.br Tel. 11 5694-2852 Secretåria: Mårcia Morgenstern NISSAN Nissan do Brasil Automóveis Ltda. Escritório e fåbrica: Avenida Renault, 1.300, Borda do Campo, 83070-900, São JosÊ dos Pinhais, PR,
tel. 41 3380-2000. EscritĂłrio em SĂŁo Paulo: Rua FidĂŞncio Ramos, 223, 4Âş, 04551-010, SĂŁo Paulo, SP, www.nissan.com.br. Presidente: Christian Meunier Diretor de compras: GĂŠrard CavĂŠ Tel. 41 3380-1551 SecretĂĄria: Sandra Brotto sandra.m.brotto@renault.com PSA PEUGEOT CITROĂ&#x2039;N Peugeot CitroĂŤn do Brasil AutomĂłveis Ltda. Praia de Botafogo, 501, cjs. 703 e 704, Botafogo, 22250-040, Rio de Janeiro, RJ, tel. 21 3506-4900. Centro de Produção de Porto Real: Estrada Renato Monteiro s/nÂş, 27570-000, Porto Real, RJ, tel. 24 3358-7000, www.psa-peugeot-citroen.com. Diretor geral: Carlos Gomes Diretor de compras: Stephane Martinez Tel. 11 3375-5187 SecretĂĄria: Janete Ambrozevicius CitroĂŤn do Brasil Rua James Joule, 65, 16Âş, 04576-080, SĂŁo Paulo, SP, www.citroen.com.br. Diretor geral: Ivan Segal Tel. 11 3375-5948 Peugeot do Brasil Rua Miguel Yunes, 351, PrĂŠdio II, 04444-000, SĂŁo Paulo, SP, www.peugeot.com.br. Diretor geral: Guillaume Couzy Tel. 11 5696-3149 RENAULT Renault do Brasil S.A. Avenida Renault, 1.300, Borda do Campo, 83070-900, SĂŁo JosĂŠ dos Pinhais, PR, tel. 41 3380-2000. EscritĂłrio em SĂŁo Paulo: Rua FidĂŞncio Ramos, 223, 9Âş, Vila OlĂmpia, 04551-010, SĂŁo Paulo, SP, tel. 11 2184-8300, www.renault.com.br. Presidente Mercosul: Jean-Michael Jalinier Diretor de compras: GĂŠrard CavĂŠ Tel. 41 3380-1551 SecretĂĄria: Sandra Brotto sandra.m.brotto@renault.com SCANIA Scania Latin America Ltda. Avenida JosĂŠ Odorizzi, 151, Vila Euro, 09810-902, SĂŁo Bernardo do Campo, SP, tel. 11 4344-9333, www.scania.com.br. Presidente: Sven Antonsson Diretor de Compras: Karl Bernqvist Tel. 11 4344-9260 SecretĂĄria: Elaine Saran elaine.silva@scania.com
TAC Tecnologia Automotiva Catarinense S.A. Rua Dona Francisca, 8.300, Cond. Empresarial Perini Business Park, 89239-270, Joinville, SC, tel. 47 3027-7004, www.tacmotors.com.br. Presidente: Adolfo Cesar dos Santos adolfo@tac.ind.br TOYOTA Toyota do Brasil Ltda. Avenida das Naçþes Unidas, 12.901, Torre Oeste, 14Âş e 15Âş, Brooklin, 04578-000, SĂŁo Paulo, SP, tel. 11 5502-9100. FĂĄbrica Indaiatuba: Rodovia SP 75, km 48, s/nÂş, Marginal Sul, Bairro Caldeira, 13300-000, Indaiatuba, SP, tel. 19 3885-7000, www.toyota.com.br. A empresa detĂŠm a marca Lexus. Presidente: Shozo Hasebe Gerente de compras: Celso Simomura Tel. 11 4390-5360 simomura@toyota.com.br VOLKSWAGEN Volkswagen do Brasil Ltda. Via Anchieta, km 23,5, 09823-901, SĂŁo Bernardo do Campo, SP, tel. 11 4347-2355, FĂĄbrica TaubatĂŠ: Avenida Carlos Pedroso da Silveira, 10.000, PiracangaguĂĄ, 12043-00, TaubatĂŠ, SP, tel. 12 3625-6122; FĂĄbrica SĂŁo JosĂŠ dos Pinhais: Estrada PR 0,25, km 6,75, Miringuava, 83183-00, SĂŁo JosĂŠ dos Pinhais, PR, tel. 41 3381-3599; FĂĄbrica SĂŁo Carlos: Rodovia Luiz Augusto de Oliveira, km 148,8, 13560-970, SĂŁo Carlos, SP, tel. 16 3263-1004, www.vw.com.br. A empresa detĂŠm as marcas Audi e Seat. Presidente: Thomas Schmall Vice-presidente de suprimentos: Alexander Seitz Tel. 11 4347-2602 alexander.seitz@volkswagen.com.br SecretĂĄria: Gabriele Beger VOLVO Volvo do Brasil VeĂculos Ltda. Avenida Juscelino Kubitschek, 2.600, Bairro CIC, 81260-900, Curitiba, PR, tel. 41 3317-8111, www.volvo.com.br. Presidente: Roger Alm Presidente Volvo CE: Yoshio Kawakami Gerente de compras: Victor Barreto Tel. 41 3317- 8933 victor.barreto@volvo.com SecretĂĄria: Vera Motta
GUIA
ArvinMeritor
| FORNECEDORES
GUIA DE AUTOPEÇAS EMPRESAS E EXECUTIVOS NA ÁREA DE AUTOPEÇAS
ABRAÇADEIRA BETTER`S ............................. 99 HELLERMANNTYTON......... 103 MARDEL ............................ 105 METALÚRGICA ÁTICA ........ 105 METALÚRGICA KNIF .......... 105 METALÚRGICA PASCHOAL 105 MUBEA .............................. 106 PROGERAL ........................ 107 STAMPTEC ......................... 108 SUPRENS ........................... 109
Algumas empresas preferiram não divulgar seus dados e aparecem apenas no índice. Para correções ou acréscimos à lista envie email para brunacarvalho@ automotivebusiness.com.br. Mais informações sobre empresas e executivos de autopeças em www.automotivebusiness. com.br
ADMISSÃO E ESCAPAMENTO AMALCABURIO ................... 98 ASSOCIATED SPRING .......... 98 AUTOCAM ........................... 98 AUTOMETAL ........................ 98 BASSO ................................. 98 BASTIEN .............................. 98 BOSAL ................................. 99 BOSCH ................................ 99 CINPAL .............................. 100 CONTINENTAL .................. 100 EATON .............................. 101 ELRINGKLINGER ................ 101 FABBOF ............................. 101 FAURECIA.......................... 101 LANFREDI .......................... 104 MAGNETI MARELLI ............ 104 MAHLE .............................. 104 MASTRA ............................ 105 MGI COUTIER .................... 106 OMR .................................. 106 SADA FORJAS.................... 107 SEEBER FASTPLAS .............. 108 TENNECO ......................... 109 TRW AUTOMOTIVE ............ 109 TUPER................................ 109 TUPY ................................. 110 WHB .................................. 110 WIEST ................................ 110 AIRBAG AUTOLIV ............................. 98 BOSCH ................................ 99 DELPHI .............................. 101 MAGNETI MARELLI ............ 104 TAKATA-PETRI .................... 109 TRW AUTOMOTIVE ........... 109 ALIMENTAÇÃO | COMBUSTÍVEL AETHRA ............................... 98
94 BUSINESS
BEPO ................................... 99 BOSCH ................................ 99 CLICK AUTOMOTIVA ......... 100 CONTINENTAL .................. 100 DELPHI .............................. 101 DYTECH ............................. 101 GGB .................................. 102 HUTCHINSON ................... 103 ICAPE ................................ 103 IGASA ............................... 103 INCODIESEL ...................... 103 INERGY ............................. 103 JARDIM SISTEMAS ............. 103 KAUTEX TEXTRON ............. 104 MAGNETI MARELLI ............ 104 MANGELS .......................... 104 MANGOTEX ....................... 104 METALÚRGICA RIGITEC ..... 105 MRS ................................... 106 PARANOÁ ......................... 106 PROXYON .......................... 107 SILIBOR ............................. 108 SOPLAST............................ 108 TECMECANIC .................... 109 TI AUTOMOTIVE ................ 109 ULIANA ............................. 110 UNIPAC ............................. 110 AMORTECIMENTO TECNOFLUOR ................... 109 WAHLER ............................ 110 WAPMETAL ........................ 110 ARREFECIMENTO BEHR .................................. 98 BORGWARNER ................... 99 DELPHI ............................ .101 INDEBRÁS ......................... 103 MELLING ........................... 105 PARANOÁ ......................... 106 PROXYON .......................... 107 RESERPLASTIC ................... 107 TRELLEBORG...................... 109 VALEO ............................... 110 VISCONDE ........................ 110 WAHLER ............................ 110 ARTEFATOS DE BORRACHA ARTBOR ............................... 98 BENFLEX .............................. 98 BINS .................................... 99 BORRACHAS NSO CARIBOR ............................ 99
CAUCHO .......................... 100 CLICK AUTOMOTIVA ........ 100 CONTINENTAL ................. 100 CRISFLEX .......................... 100 LABORTEX ........................ 104 MANGOTEX ...................... 104 PARANOÁ ......................... 106 PRODUFLEX ...................... 107 SAARGUMMI .................... 107 SILIBOR ............................ 108 CARROCERIA E COMPONENTES ADLER PTI .......................... 97 AISIN.................................. 98 AMALCABURIO .................. 98 CENTAURO ...................... 100 COFRAN ........................... 100 DELGA ............................... 101 DTS.................................... 101 EDSCHA ............................ 101 FABBOF ............................. 101 FACCHINI.......................... 101 FILOAUTO ......................... 102 GESTAMP AUTOMOCIÓN .. 102 IBRAL ................................. 103 IOCHPE-MAXION .............. 103 KRONORTE........................ 104 LANG MEKRA .................... 104 METAGAL .......................... 105 PLASCAR ........................... 107 RANDON .......................... 107 STOLA ............................... 108 ULIANA ............................. 110 WEBER............................... 110 CLIMATIZAÇÃO E REFRIGERAÇÃO BEHR ................................... 98 BORGWARNER .................... 99 BOSCH ................................ 99 CONTINENTAL .................. 100 DENSO .............................. 101 DYTECH ............................. 101 ELRINGKLINGER ................ 101 FAURECIA.......................... 101 ICAPE ................................ 103 PARANOÁ ......................... 106 SCHWARZ ......................... 108 SILA ................................... 108 TACO-AR ........................... 109 TECNOFLUOR ................... 109 TERBRAZ ............................ 109
VALEO ............................... 110 VISCONDE ........................ 110 WAHLER ........................... 110 COMPRESSOR DE AR VALEO ............................... 110 VOITH ............................... 110 WABCO ............................. 110 DIFERENCIAL, EIXO E SEMI-EIXO AGROSTAHL ........................ 98 ARVINMERITOR ................... 98 AUTOMETAL ........................ 98 BENTELER ............................ 99 CINPAL .............................. 100 CIP .................................... 100 DANA ................................ 100 FILOAUTO ......................... 102 FREUDENBERG-NOK ......... 102 GOLIN ............................... 102 IPERFOR ............................ 103 LOPSA ............................... 104 MAX GEAR......................... 105 MAXIFORJA ....................... 105 MECANO FABRIL ............... 105 NADAI ............................... 106 SCHAEFFLER ...................... 108 SKF .................................... 108 SUSPENSYS ....................... 109 TEDRIVE ............................ 109 TUPY ................................. 110 USINORMA ....................... 110 DIREÇÃO AMPRI.................................. 98 AUTIMPEX ........................... 98 CINPAL .............................. 100 DHB................................... 101 DRIVEWAY ......................... 101 DYTECH ............................. 101 GGB .................................. 102 ICAPE ................................ 103 METALÚRGICA DELLA ROSA. 105 NFP STEERING DRIVESOL .. 106 PARANOÁ ......................... 106 POLIMETRI ......................... 107 PRESSTÉCNICA .................. 107 PROEMA ............................ 107 SCHWARZ ......................... 108 TECMECANIC .................... 109 TECNOFLUOR ................... 109 TEDRIVE ............................ 109 WETZEL ............................. 110 ZANETTINI, BAROSSI......... 110 ZF ...................................... 110 DISTRIBUIÇÃO E PARTE TRASEIRA AUTOFORJAS ...................... 98 AUTOMETAL ........................ 98 BEHR ................................... 98 CESTARI............................. 100 CINPAL .............................. 100 DHB................................... 101 DYTECH ............................. 101 ENGRECON ....................... 101 FILOAUTO ......................... 102 GATES ............................... 102 ICAPE ................................ 103
INPACOM .......................... 103 IOCHPE-MAXION .............. 103 LANFREDI .......................... 104 MELLING ........................... 105 NEUMAYER TEKFOR .......... 106 NYTRON............................ 106 SCHADEK .......................... 108 SIFCO ................................ 108 THYSSENKRUPP ................. 109 TRIOFORT .......................... 109 TUPY ................................. 110 WHB .................................. 110 ZEN ................................... 110 ELÉTRICO E ELETRÔNICO ACUMULADORES AJAX ....... 97 ACUMULADORES MOURA ... 97 AEES .................................... 98 ARTEB .................................. 98 ASK ..................................... 98 BATERIAS PAMPA ................. 98 BOSCH ................................ 99 BRASLUX ............................. 99 BRASSINTER ........................ 99 BROSE ................................. 99 BUSSMANN ......................... 99 CABLELETTRA ...................... 99 CASCO ................................ 99 CINAP ............................... 100 CLIPTECH .......................... 100 COMP STEEL ...................... 100 CONDUMAX...................... 100 CONDUPAR ....................... 100 CONSTANTA ..................... 100 CONTINENTAL .................. 100 DANVAL ............................ 101 DELPHI .............................. 101 DÉLPHIA ............................ 101 DENSO .............................. 101 DURA ................................ 101 DYNA ................................ 101 ENCOTEC .......................... 101 ENERTEC ........................... 101 FAURECIA.......................... 101 FEDERAL-MOGUL .............. 101 FREESCALE ........................ 102 FTE .................................... 102 GAUSS............................... 102 GRUPO ANTOLIN IRAMEC .. 102 HALDEX ............................. 102 H-BUSTER .......................... 102 HUBER+SUHNER............... 103 HUF ................................... 103 IGUAÇU ............................ 103 INDEBRÁS ......................... 103 BERGSON ............................ 99 INDÚSTRIA MARÍLIA .......... 103 INFINEON ......................... 103 ITW ................................... 103 JOHNSON CONTROLS ...... 104 KOSTAL ............................. 104 KROMBERG & SCHUBERT .. 104 LEONI................................ 104 MAGNA ............................. 104 MAGNETI MARELLI ............ 104 MAUSER ............................ 105 MGI COUTIER .................... 106 MOLEX .............................. 106 MTA ................................... 106 MTE-THOMSON................. 106
NGK .................................. 106 NIPPON SEIKI .................... 106 OLIMPUS ........................... 106 OLSA ................................. 106 OMRON ............................ 106 OSRAM .............................. 106 PHILIPS .............................. 107 PST ELETRÔNICA ............... 107 REMY ................................. 107 SAVOY ............................... 108 SCHERDEL ......................... 108 SCHUNK............................ 108 SENSATA TECHNOLOGIES. 108 SKF .................................... 108 SUMIDENSO...................... 109 T&C ................................... 109 TAKATA-PETRI .................... 109 TCA ................................... 109 TDK ................................... 109 TECMECANIC .................... 109 TEXAS INSTRUMENTS ........ 109 TI AUTOMOTIVE ................ 109 TRW AUTOMOTIVE ............ 109 TYCO ELECTRONICS .......... 110 VALEO ............................... 110 VISTEON ........................... 110 WABCO ............................. 110 WAHLER ............................ 110 WILLTEC ............................ 110 WIREX ............................... 110 YAZAKI .............................. 110 ZM..................................... 110 EMBREAGEM E COMPONENTES EATON .............................. 101 FTE .................................... 102 GGB .................................. 102 HALDEX ............................. 102 LAD ................................... 104 SCHAEFFLER ...................... 108 SCHWARZ ......................... 108 VALEO ............................... 110 ZF ...................................... 110 ESTAMPAGEM E SOLDAGEM AETHRA ............................... 98 AMALCABURIO ................... 98 ARNALDO POLLONE ........... 98 ARO ESTAMPARIA ................ 98 AUTOMOTIVA USIMINAS .... 98 BÖLLHOFF ........................... 99 BRANDL............................... 99 BUDAI ................................. 99 CASE ................................. 100 CIAMET ............................. 100 CRISFLEX ........................... 100 DELGA ............................... 101 DENK ................................ 101 EBF VAZ ............................ 101 FILOAUTO ......................... 102 GRAMPOS AÇO ................. 101 HUZITEK ............................ 103 IOCHPE-MAXION ............. 103 ISEL .................................. 103 ITAESBRA .......................... 103 JOALMI ............................ 103 KARMANN-GHIA .............. 104 KF ESTAMPARIA ................ 104 KIKUCHI ........................... 104
MA AUTOMOTIVE ............. 104 MAGIUS ........................... 104 MAGNO PEÇAS ................ 104 MARDEL ........................... 105 METALÚRGICA A. PEDRO . 105 METALÚRGICA ÁTICA ....... 105 METALÚRGICA ATRA ........ 105 METALÚRGICA CARRON .. 105 METALÚRGICA KNIF ......... 105 METALÚRGICA QUASAR ... 105 METALZUL ........................ 105 METHAL COMPANY .......... 106 NAKAYONE ...................... 106 NIKEN .............................. 106 OURO FINO ..................... 106 POLIMETRI ........................ 107 PROXYON ......................... 107 RESERPLASTIC .................. 107 RESIL MINAS .................... 107 SCÓRPIOS ........................ 108 SODECIA .......................... 108 STOLA .............................. 108 STYNER+BIENZ ................ 108 TERBRAZ ........................... 109 TOWER AUTOMOTIVE ...... 109 WAPMETAL ....................... 110 ZANETTINI, BAROSSI ........ 110 FERRAMENTAS BRANDL .............................. 99 BRASSINTER ....................... 99 CORNETA ......................... 100 FESAMAC ......................... 102 FILOAUTO ........................ 102 HANNA ............................ 102 ITAESBRA .......................... 103 M. SHIMIZU ...................... 104 STOLA .............................. 108 FILTRAGEM CUMMINS FILTRATION ..... 100 HENGST ........................... 103 HONEYWELL .................... 103 MAHLE ............................. 104 MANN+HUMMEL ............. 105 PARKER HANNIFIN ........... 106 SOGEFI ............................. 108 TECFIL .............................. 109 FIXAÇÃO A RAYMOND ...................... 97 A. FRIEDBERG ..................... 97 ACUMENT .......................... 97 BÖLLHOFF .......................... 99 CISER ................................ 100 COMP STEEL ..................... 100 ELBRUS ............................. 101 ELISMOL ........................... 101 FABARAÇO ....................... 101 FIBAM ............................... 102 GRAMPOS AÇO ................ 101 GRUPO OBENAUS ............ 102 INGEPAL ........................... 103 ITW .................................. 103 LIPOS ............................... 104 MAUSER ........................... 105 METALAC .......................... 105 NEUMAYER TEKFOR ......... 106 PARASMO ......................... 106 PRESSTÉCNICA ................. 107
GUIA
| FORNECEDORES
SAMBERCAMP .................. 108 STAMPTEC ........................ 108 TARANTO .......................... 109 TRANSTECHNOLOGY ....... 109 ZM .................................... 110 FORJARIA, FUNDIÇÃO E USINAGEM A. FRIEDBERG ..................... 97 AÇOTÉCNICA ..................... 97 AÇOVISA ............................ 97 ASPOL ................................ 98 BASTIEN ............................. 98 BRASMETAL ........................ 99 CIAMET ............................ 100 CIAP ................................. 100 CSN .................................. 100 DAMBROZ ........................ 100 DELUMA ........................... 101 DENK ............................... 101 FERROLENE ...................... 101 FORJAFRIO ....................... 102 FUPRESA ........................... 102 GISAMAR........................... 102 GRUPO OBENAUS ............. 102 IBRATEC ............................ 103 IGASA ............................... 103 IPERFOR ............................ 103 ISEL ................................... 103 ITESA ................................. 103 LANFREDI .......................... 104 LEPE .................................. 104 LOPSA ............................... 104 MARINGÁ SOLDAS ............ 105 MAX GEAR......................... 105 MECANO FABRIL ............... 105 METALKRAFT ..................... 105 METALPÓ ........................... 105 METALÚRGICA QUASAR .... 105 MRS ................................... 106 MULTIFORJA...................... 106 NADAI ............................... 106 NEMAK .............................. 106 PRESSTÉCNICA .................. 107 PROEMA ............................ 107 PROLIND ........................... 107 RCN................................... 107 RUDOLPH .......................... 107 SADA FORJAS.................... 107 SAMOT .............................. 108 SCHULZ ............................. 108 SCHWARZ ......................... 108 SCÓRPIOS ......................... 108 SIFCO ................................ 108 STEOLA ............................. 108 SULTÉCNICA ..................... 109 SUSPENSYS ....................... 109 TECNOFLUOR ................... 109 TEKSID............................... 109 TERMICOM ........................ 109 THYSSENKRUPP ................. 109 TORCOMP ......................... 109 TUPY ................................. 110 TUZZI ................................ 110 USIMETAL .......................... 110 USIMINAS ......................... 110 USINORMA ....................... 110 WETZEL ............................. 110 FREIOS
96 BUSINESS
AFFINIA............................... 98 BOECHAT ............................ 99 BREMBO .............................. 99 CONTINENTAL .................. 100 DELGA ............................... 101 DUROLINE......................... 101 ECOPADS .......................... 101 FAGOR EDERLAN .............. 101 FEDERAL-MOGUL .............. 101 FRAS-LE ............................. 102 FREIOS CONTROIL ............ 102 FTE .................................... 102 GGB .................................. 102 HALDEX ............................. 102 HONEYWELL ..................... 103 ICAPE ................................ 103 JOFUND ............................ 104 KNORR-BREMSE ................ 104 LUCIFLEX ........................... 104 FREIOS MASTER ................. 102 METALÚRGICA DS ............. 105 METALÚRGICA FRUM ........ 105 TEKSID............................... 109 TMD FRICTION .................. 109 TRELLEBORG...................... 109 TRIOFORT .......................... 109 VOSS ................................. 110 WABCO ............................. 110 WILLTEC ............................ 110 INTERIOR ARTEGOR ............................ 98 CHRIS CINTOS .................. 100 CONTINENTAL .................. 100 COPAM.............................. 100 COPO FEHRER ................... 100 FEDERAL-MOGUL .............. 101 FORMTAP .......................... 102 GRAMMER ......................... 102 INYLBRA ............................ 103 ISRINGHAUSEN................. 103 JOHNSON CONTROLS ...... 104 PEGUFORM ....................... 106 PLASCAR ........................... 107 RIETER ............................... 107 SEEBER FASTPLAS .............. 108 TAKATA-PETRI .................... 109 TEXFYT .............................. 109 TS TECH ............................ 109 JUNTAS E RETENTORES ABR ..................................... 97 BRANIL ................................ 99 DANA ................................ 100 ELRINGKLINGER ................ 101 FEDERAL-MOGUL .............. 101 FREUDENBERG-NOK ......... 102 SABÓ ................................. 107 TRELLEBORG...................... 109 LUBRIFICAÇÃO BRASSINTER ........................ 99 CARTEC ............................... 99 CLICK AUTOMOTIVA ......... 100 DYTECH ............................. 101 EATON .............................. 101 FEDERAL-MOGUL .............. 101 MELLING ........................... 105 METALÚRGICA RIGITEC ..... 105 MGI COUTIER .................... 106
SKF .................................... 108 MOLDES E PEÇAS PLÁSTICAS ABC GROUP ........................ 97 ACRILYS ............................... 97 ARTBOR ............................... 98 CGE ................................... 100 CLICK AUTOMOTIVA ......... 100 DYNAPLAST ...................... 101 EATON ............................. 101 ELRINGKLINGER ............... 101 FABBOF ............................ 101 GONEL ............................. 102 HOMERPLAST ................... 103 IAM .................................. 103 ILPEA ................................ 103 INDEBRÁS ........................ 103 MECAPLAST ...................... 105 NTC MOLDES PLÁSTICOS . 106 PEGUFORM ...................... 106 PLASCAR .......................... 107 PLASVIK ............................ 107 PRODUFLEX ...................... 107 RESERPLASTIC .................. 107 SABIC ............................... 107 SEEBER FASTPLAS ............. 108 SIMOLDES ........................ 108 SOPLAST ........................... 108 SULBRAS ........................... 108 TECNOPLAST .................... 109 UNIPAC ............................ 110 WEIDMANN ..................... 110 ZANETTINI, BAROSSI ........ 110 MOTOR E COMPONENTES AAM ................................... 97 AFFINIA .............................. 98 BRANIL ............................... 99 CINPAL ............................. 100 CIP ................................... 100 CONTINENTAL ................. 100 CUMMINS ........................ 100 DANA ............................... 100 DAYCO ............................. 101 DELGA .............................. 101 EATON ............................. 101 EDSCHA ........................... 101 FEDERAL-MOGUL ............. 101 FORJAFRIO ....................... 102 FPT ................................... 102 GATES .............................. 102 GGB ................................. 102 ICAPE ............................... 103 INDEBRÁS ........................ 103 INTERCAST ....................... 103 IOCHPE-MAXION ............. 103 ISRINGHAUSEN ................ 103 JARDIM SISTEMAS ............ 103 KAIKU ............................... 104 KSPG ................................ 104 LEPE ................................. 104 MAGAL ............................. 104 MAHLE ............................. 104 MAXIFORJA ...................... 105 MECANO FABRIL .............. 105 MELCO ............................. 105 MUBEA ............................. 106 MWM ............................... 106 OMR ................................. 106 PERKINS ........................... 106
PROEMA ........................... 107 RAYTON ........................... 107 RIOSULENSE ..................... 107 SABÓ ................................ 107 SCHADEK ......................... 108 SCHAEFFLER ...................... 108 SCHULZ ............................ 108 SECO TOOLS .................... 108 SIFCO ............................... 108 SUSIN FRANCESCUTTI ..... 108 TECNOFLUOR .................. 109 TEKSID .............................. 109 THYSSENKRUPP ................ 109 TRELLEBORG ..................... 109 TUPY ................................ 110 WETZEL ............................ 110 WHB ................................. 110 PNEUS BORRACHAS VIPAL ............. 99 BRIDGESTONE .................... 99 CONTINENTAL ................. 100 GOODYEAR ...................... 102 HANKOOK ....................... 102 LEVORIN .......................... 104 MAGGION ........................ 104 MICHELIN ......................... 106 PIRELLI .............................. 107 PÓS-TRATAMENTO E CATALISADOR BASF ................................... 98 BRABANT ALUCAST ............ 99 JOHNSON MATTHEY ........ 104 MAGNETI MARELLI ........... 104 MASTRA ........................... 105 TECNOFLUOR .................. 109 UMICORE ......................... 110 WIEST ............................... 110 PÓS-TRATAMENTO EGR BEHR .................................. 98 BOSCH ............................... 99 CUMMINS EMISSION SOLUTIONS ....................... 100 VALEO .............................. 110 ViSCONDE ....................... 110 VOSS ................................ 110 WAHLER ........................... 110 REVESTIMENTO CGA AUTO PARTES ........... 100 COPAM ............................. 100 COPLAC ........................... 100 COPO FEHRER .................. 100 FORMTAP ......................... 102 INYLBRA ........................... 103 PEMATEC TRIANGEL ......... 106 TORO ............................... 109 RODAS ALUJET ............................... 98 BORLEM ............................. 99 FUMAGALLI ...................... 102 MANGELS ......................... 104 PLASCAR .......................... 107 SCORRO ........................... 108 ROLAMENTOS KOYO ............................... 104
NSK ...................................................106 ROLAMENTOS FLAM .........................107 ROLAMENTOS MAR ...........................107 SCHAEFFLER .......................................108 SKF ....................................................108 SNR ROLAMENTOS ............................108 SISTEMISTA AETHRA ...............................................98 ARVINMERITOR ...................................98 BEHR ...................................................98 BENTELER ............................................99 BOSCH ................................................99 CONTINENTAL ..................................100 CUMMINS .........................................100 DANA ................................................100 DELPHI ..............................................101 DENSO ..............................................101 DHB ...................................................101 EATON ..............................................101 FEDERAL-MOGUL ..............................101 FREUDENBERG-NOK .........................102 IOCHPE-MAXION ..............................103 JOHNSON CONTROLS ......................104 KNORR-BREMSE ................................104 KSPG .................................................104 MAGNETI MARELLI ............................104 MAHLE ..............................................104 MANN+HUMMEL ..............................105 METAGAL ..........................................105 MWM ................................................106 PLASCAR ...........................................107 SABÓ .................................................107 SCHAEFFLER ......................................108 SOGEFI ..............................................108 TAKATA-PETRI ....................................109 TENNECO .........................................109 THYSSENKRUPP .................................109 TRW AUTOMOTIVE ............................109 USIMINAS .........................................110 VALEO ...............................................110 VISTEON ...........................................110 ZF ......................................................110 SUSPENSÃO ALLEVARD ...........................................98 ASBRASIL .............................................98 CASE .................................................100 CINDUMEL ........................................100 DELGA ...............................................101 DRIVEWAY .........................................101 EDSCHA ............................................101 FABARAÇO ........................................101 FAGOR EDERLAN ..............................101 GGB ..................................................102 GRUPO OBENAUS .............................102 HALDEX .............................................102 LONTRA ............................................104 MUBEA ..............................................106 PRESSTÉCNICA ..................................107 RASSINI-NHK ....................................107 RHENEN ............................................107 SCHAEFFLER .......................................108 SIFCO ................................................108 SUSPENSYS .......................................109 TEKSID ...............................................109 TENNECO .........................................109 TRELLEBORG ......................................109 TUZZI ................................................110 WABCO .............................................110
TRANSMISSÃO AFFINIA ...............................................98 ALLISON TRANSMISSION ....................98 CINPAL ..............................................100 DURA ................................................101 EDSCHA ............................................101 FPT ....................................................102 GKN ..................................................102 JARDIM SISTEMAS .............................103 MAXIFORJA .......................................105 PRESSTÉCNICA ..................................107 PROEMA ............................................107 SCHAEFFLER .......................................108 VALEO ...............................................110 VOITH ...............................................110 ZF ......................................................110 TUBOS CARTEC ...............................................99 COOPER STANDARD .........................100 SENIOR .............................................108 TECNOTUBO .....................................109 TUPER ................................................109 VALLOUREC & MANNESMANN ..........110 WESTAFLEX ........................................110 TURBOCOMPRESSOR AÇOTÉCNICA ......................................97 BASSO .................................................98 BORGWARNER ....................................99 CUMMINS .........................................100 HONEYWELL .....................................103 VOITH ...............................................110 TURBOS CUMMINS-HOLSET ............................100 HONEYWELL ......................................103 VEDAÇÃO ABR ......................................................97 FREUDENBERG-NOK .........................102 GAXETAS QUALITY ............................107 SELCO ...............................................108 SILIBOR .............................................108 SKF ....................................................108 TARANTO ..........................................109 VEDAÇÕES CARDOSO ......................110
A Raymond Av. Comendador João Lucas, 555, 32242-000, Vinhedo, SP, tel. 19 3836-6900. www.araymond.com Presidente: Alexander Pircher A. Friedberg Rod. Campinas a Capivari, km 22, 13190-000, Monte Mor, SP, tel. 19 3879-9300. www.friedberg.com.br Diretor Executivo: Erno Muller AAM Av. das Nações, 2.051, 83706-630, Araucária, PR, tel. 41 2141-1098. www.aam.com Presidente: Lance Reinhard ABC Group Av. Dante Marostica, 581, 13600-000, Araras, SP, tel. 19 3543-3333. www.abcgroupinc.com Diretor de Fábrica: Ian Hyndman ABR R. Sthela Maria Anna Mattos, 24, 09895-700, S. B. do Campo, SP, tel. 11 4341-9555. www.abr.ind.br Diretor Industrial: Ricardo Santiago Açotécnica Via Acesso João de Góes, 1.900, 06612-902, Jandira, SP, tel. 11 4619-9555. www.acotecnica.com.br Presidente: Sylvio Salomão Açovisa Av. João Bassi, 503, 07174-460, Guarulhos, SP, tel. 11 2088-9000. www.acovisa.com.br Diretor Comercial: Andreis F. Bassi Melo Acrilys Rod. SC 453, km 150, 24.160, 95058-300, Caxias do Sul, RS, tel. 54 2991-8900. www.acrilys.com.br Diretor Industrial: Solivan Padilha Acument Av. Mofarrej, 971, 05311-904, São Paulo, SP, tel. 11 3837-4000. www.acument.com Presidente: Maycon Dorah Acumuladores Ajax R. Joaquim Marques de Figueiredo, 5-57, 17034-290, Bauru, SP, tel. 14 2106-3000. www.ajax.com.br Presidente: Nasser Farachi Acumuladores Moura R. Diário de Pernambuco, 195, 55150-615, Belo Jardim, PE, tel. 81 3726-1044. www.moura.com.br Diretor Industrial: Claudio Cesar Morais Adler PTI Rod. Renato Azeredo, 1.070, 32400000, Ibirité, MG, tel. 31 2104-5400. www.adler.com.br Diretor-Presidente: Sergio Albera
Automotive
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AEES Av. Pe. Lourenço da Costa Moreira, 3.679, 37502-454, Itajubá, MG, tel. 11 3629-2100. www.aeesinc.com Presidente: Giancarlo Tasso
Aro Estamparia R. Francisco Alves, 73, 05051-040, São Paulo, SP, tel. 11 3872-3288. www.aroestamparia.com.br Diretor Executivo e CEO: Ricardo Bigio
Aethra Av. Centauro, 234, 32242-000, Contagem, MG, tel. 31 3045-9199. www.aethra.com.br Presidente: Pietro Sportelli
Artbor R. Prado, 1.000, 89226-010, Joinville, SC, tel. 47 3467-5675. www.artbor.com.br Diretor Geral: Luiz Carlos Novakoski
Affinia Av. Fukuichi Nakata, 451, 09950-400, Diadema, SP, tel. 11 4070-6000. www.affinia.com.br Gerente Geral: Luiz Carlos Garcia
Arteb Complexo Industrial Automotivo, BR 290, km 67, 94400-097, Gravataí, RS, tel. 51 3430-1264. www.arteb.com.br Gerente Geral: Marco Antônio Marelli
Agrostahl Rod. Raposo Tavares, km 67, CP 75, 18120-970, Mairinque, SP, tel. 11 4718-8080. www.stahl.com.br Presidente: João Augusto Macdowell Aisin Al. Tocantins, 679, 06455-923, Barueri, SP, tel. 11 3201-5800. www.aisin.com Presidente: Fumio Fujimori Allevard R. José Fabiano de Cristo Gurjão, 411, 13803-705, Mogi Mirim, SP, tel. 19 3805-7950. www.allevard-rejna.com.br Diretor Geral: Roberto Brignone Allison Transmission R. Agostinho Togneri, 57, 04690-090, São Paulo, SP, tel. 11 5633-2599. www.allisontransmission.com Diretor de Operações para a América Latina: Evaldo Oliveira Alujet Av. Fernando Piccinini, 300, 13280000, Vinhedo, SP, tel. 19 3846-7788. www.binno.com Gerente Geral: Luis Carlos Geraldi Amalcaburio Av. Luiz Amalcaburio, 500, 95032-451, Caxias do Sul, RS, tel. 54 2101-9111. www.amalcaburio.com.br Diretor Geral: Genir Amalcaburio Ampri Av. Rotary, 1.012, 07042-000, Guarulhos, SP, tel. 11 2422-4899. www.ampri.com.br Diretor de Fábrica: Roberto Trofino Arnaldo Pollone R. Oneda, 615, 09895-280, S. B. do Campo, SP, tel. 11 2842-2500. www.arnaldopollone.com.br Presidente: Arnaldo Pollone
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Artegor R. Roque Bueno de Campos, 175, 18280-330, Tatuí, SP, tel. 15 3251-3102. www.artegor.com.br Presidente: Eduardo Kunsty ArvinMeritor Av. João Batista, 825, 06097-105, Osasco, SP, tel. 11 3684-6628. www.arvinmeritor.com.br Diretor Geral: Silvio Barros Asbrasil R. João Daprat, 431, 09600-010, S. B. do Campo, SP, tel. 11 4366-3000. www.asbrasil.com.br Diretor-Presidente: Bruno Bondra ASK R. João Alves Ferreira, 95, 35702-097, Sete Lagoas, MG, tel. 31 2106-3000. www.askgroup.it Diretor Geral: Enrico Scarlato Aspol R. Flor de Noiva, 1.001, 08597-630, Itaquaquecetuba, SP, tel. 11 4645-0550. www.aspol.com.br Presidente: Valéria Buchicchio Associated Spring R. Wallace Barnes, 301, 13054-701, Campinas, SP, tel. 19 3725-1000. www.asbg.com Diretor Geral: Guanair Souza Jr. Autimpex R. Soldado Benedito Patricio, 410, 02176-040, São Paulo, SP, tel. 11 2127-0203. www.autimpex.com.br Diretor Geral: Eduardo Fabris Autocam R. Dolores Martins Rubinho, 803, 13877-757, São João da Boa Vista, SP, tel. 19 3634-6030. www.autocam.com CEO: Eduardo Castilho Renner
Autoforjas Av. Pref. Alberto Moura, 900, 35702383, Sete Lagoas, MG, tel. 31 2106-8600. www.cieautomotive.com.br Diretor Geral: Pedro Echegaray Autoliv Rod. Floriano Rodrigues Pinheiro, 551, 12043-000, Taubaté, SP, tel. 12 3627-1077. www.autoliv.com Presidente: José Compani Autometal Av. Fagundes de Oliveira, 1.650, 09950-905, Diadema, SP, tel. 11 4070-8200. www.autometal.com.br Diretor-Presidente: Alfredo Barrasa
Automotiva Usiminas Av. do Café 277, T A, 8o, 04311-900, São Paulo, SP, tel. 11 5591-5301. www.automotivausiminas.com Diretor: Flávio Del Soldato Basf Av. Ângelo Demarchi, 123, 09844-900, S. B. do Campo, SP, tel. 11 4347-1122. www.basf.com.br Presidente: Rolf Dieter Acker Basso Est. do Jaraguá, 4.111, Via Anhanguera, km 25,5, 05276-000, Perus, SP, tel. 11 3915-8300. www.bassocomp.com.br Presidente: Felício Basso Bastien Av. Guido Caloi, 2.560, 05802-140, São Paulo, SP, tel. 11 5515-4100. www.bastien.com.br Presidente: José Duarte Pinto Baterias Pampa R. Ramiro Barcelos, 58, 90035-300, Porto Alegre, RS, tel. 51 3226-4911. www.bateriaspampa.com.br Presidente: Roberto Sobieraisque
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Borrachas Vipal R. Buarque de Macedo, 365, 95320-000, Nova Prata, RS, tel. 54 3242-1666. www.borrachasvipal.com.br Presidente: Arlindo Paludo Bosal Av. Emilio Checchinato, 1.928, 13295000, Itupeva, SP, tel. 11 4496-7777. www.bosal.com Diretor Geral: Vilson Aparecido Codato Bosch Via Anhanguera, km 98, 13065-900, Campinas, SP, tel. 19 2103-2900. www.bosch.com.br Vice-Presidente Executivo da Bosch América Latina: Besaliel Botelho Brabant Alucast Rod. BR 376, km 622,2, 19.699, 83090-360, S. J. dos Pinhais, PR, tel. 41 3381-2500, www.brabantalucast.com Presidente: Pedro Miguel Cardoso Brandl Est. Ver. Júlio Ferreira Filho, 299, CP 090, 83430-000, Campina Grande do Sul, PR, tel. 41 2106-2500. www.brandl.com.br Diretor Geral: Roland Voelkel Branil Est. do Corredor, 4.629, 08586-000, Itaquaquecetuba, SP, tel. 11 4648-6800. www.braniljuntas.com.br Diretor-Presidente: Elias Abdalla Khede Braslux R. Daniel Rossi, 380, 95076-100, Caxias do Sul, RS, tel. 54 3218-6500. www.braslux.com.br Presidente: Lindones Balbinot Brasmetal R. Goiás, 501, 09941-690, Diadema, SP, tel. 11 4070-9500. www.brasmetal.com.br Presidente: Piero Abbondi Brassinter Av. das Nações Unidas, 21.344, 04795-911, São Paulo, SP, tel. 11 5696-4800. www.brassinter.com.br Gerente Comercial: Ângelo Romano
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Borlem R. Alexandre de Gusmão, 834, 09111-310, Santo André, SP, tel. 11 4998-8000. www.hayes-lemmerz.com Presidente: David Kasul
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Cartec Av. Pres. Wilson, 2.825, 03107-002, São Paulo, SP, tel. 11 2271-0244. www.metalurgicacartec.com.br Diretor Executivo: Valter Kwast
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Casco R. Três, 399, 13347-406, Indaiatuba, SP, tel. 19 3885-6100. www.cascoglobal.com Gerente Geral: Heitor Mens Case Av. Henry Ford, 832, 03109-000, São Paulo, SP, tel. 11 2273-3966. www.case.ind.br Diretor de Compras: Gerson Ferrari Caucho Av. Industrial, 760, 18520-000, Cerquilho, SP, tel. 15 3288-4010. www.cauchometal.com Diretor Geral: Sergio Segato Centauro Av. Armando Bei, 1.358, 07175-000, Guarulhos, SP, tel. 11 2147-2477. www.centaurobrasil.com.br Diretor Geral: Júlio Fonseca Cestari Rod. Monte Alto, Vista Alegre, km 3, 15910-000, Monte Alto, SP, tel. 16 3244-1022. www.cestari.com.br Diretor-Presidente: Alcides Neto CGA Auto Partes Est. Rosa Escapa, 71, 06515-010, Santana de Paranaiba, SP, tel. 11 4168-4269. www.cgaautopartes.com.br Presidente: Celso de Azevedo CGE R. Gen. Castilho de Lima, 150, 09731-345, Mauá, SP, tel. 11 4512-6600. www.cge.ind.br Diretor Comercial: César Campofiorito Chris Cintos Av. Robert Kennedy, 997, 04768-000, São Paulo, SP, tel. 11 5683-4700. www.chriscintos.com.br Presidente: Christos Mitropoulos Ciamet R. Rogério Giorgi, 674, 03431-000, São Paulo, SP, tel. 11 2296-9111. www.ciamet.com.br Diretor Industrial: Eduardo Haddad CIAP R. das Pérolas, 192, 09550-610, S. C. do Sul, SP, tel. 11 4221-7811. www.ciapusinados.com Presidente: José Laranjeira
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Fesamac Al. Júpiter, 98, 13347-627, Indaiatuba, SP, tel. 19 3936-9797. www.fesamac.com.br Sócio-Diretor: Liriomar P. Almeida Fibam Av. Humberto de Alencar Castelo Branco, 39, 09850-300, S. B. do Campo, SP, tel. 11 2139-5300. www.fibam.com.br Presidente: Paolo Paperini
Filoauto R. dos Indaiás, 1.001, 13344-000, Indaiatuba, SP, tel. 19 3885-8800. www.filoauto.com.br Diretor Comercial: Wanderley Campanha Diretor Administrativo: Osmar Rodrigues Forjafrio Av. Guaraciaba, 313, 09370-940, Mauá, SP, tel. 11 4547-6700. www.forjafrio.com.br Presidente: Gabriel Abuhab Formtap R. Dois, lote 15, 70, 32530-480, Betim, MG, tel. 31 2127-6700. www.formtap.com.br Gerente Industrial: Hideraldo Lima
FPT Betim Av. do Contorno da Fiat, 3.455, 32530-490, Betim, MG, tel. 31 2123-5010. www.fptpowertrain.com.br Superintendente FPT Mercosul: Franco Ciranni Fras-le RS 122, km 66, 10.945, 95115-550, Caxias do Sul, RS, tel. 54 3289-1000. www.fras-le.com Diretor-Presidente: Daniel Randon Freescale R. James Clerk Maxwell, 400, Rod. Anhanguera, km 104, 13069-380, Campinas, SP, tel. 19 3783-8500. www.freescale.com Diretor Geral: Armando Gomes Freios Controil R. Capitão Armínio Bier, 205, 93025-360, São Leopoldo, RS, tel. 51 2111-9400. www.controil.com.br Presidente: Leonildo Bernardon
102 BUSINESS
GKN R. Joaquim Silveira, 557, 91060-320, Porto Alegre, RS, tel. 51 3349-9500. www.gkndriveline.com Presidente: Wilson Andrade Freios Master R. Atílio Andreazza, 3.520, 95052-070, Caxias do Sul, RS, tel. 54 3209-2900. www.freiosmaster.com Diretor Executivo: Sérgio Onzi
Golin Est. Velha de Guarulhos Arujá, 306, 07176-005, Guarulhos, SP, tel. 11 2147-6500. www.golin.com.br Diretor Comercial: Décio Araujo
Freudenberg-NOK Av. Piraporinha, 411, 09950-902, Diadema, SP, tel. 11 4072-8000. www.fngp.com.br Presidente: George Rugitsky
Gonel Av. Dr. Ulisses Guimarães, 3.179, 09990-080, Diadema, SP, tel. 11 56683200. www.gonel.com.br Diretor Geral: Ariovaldo Pereira
FTE Est. Samuel Aizenberg, 1.100, 09851-550, S. B. do Campo, SP, tel. 11 4393-9393. www.fte.de Gerente Geral: Cláudio Cerone
Goodyear Av. Paulista, 854, 9º, 01310-913, São Paulo, SP, tel. 11 3281-4422. www.goodyear.com.br Diretor Geral: Giano Agostini
Fumagalli Av. Maj. José Levi Sobrinho, 2.700, 13486-190, Limeira, SP, tel. 19 3404-2100. www.fumagalliwheels.com Presidente: Donald Polk
Grammer Av. Industrial Walter Kloth, 888, 12951-200, Atibaia, SP, tel. 11 2119-6200. www.grammer.com.br Diretor Geral: Mário Borelli
Fupresa Rod. Eng. Ermênio de Oliveira Penteado, km 47,6, 13347-600, Indaiatuba, SP, tel. 19 3885-9600. www.fupresa.com.br Presidente: Paulo Roberto R. Butori Gates R. Dr. Renato Paes de Barros, 1.017, cj. 81, 04530-001, São Paulo, SP, tel. 11 3848-8122. www.gatesbrasil.com.br Presidente: João Simões Ramon Gauss R. Celestino Menssing de Siqueira, 300, 81350-240, Curitiba, PR, tel. 41 3021-2300.www.gauss.ind.br Diretor Comercial: Afonso Borgonovo Gestamp Automoción Al. Santos, 2.224, 4º, 01418-200, São Paulo, SP, tel. 11 3062-9730. www.gestamp.com Presidente: Manoel Lopes Grandela
Grampos Aço R. Quatro, 184, Rod. Presidente Dutra, km 207, 60525-025, Guarulhos, SP, tel. 11 2148-7900. www.gramposaco.com.br Presidente: Leo Marconi Grupo Antolin Iramec Av. Eurico Ambrogi dos Santos, 1.500, 12042-010, Taubaté, SP, tel. 12 3654-4178.www.grupoantolin.com Diretor Geral: Paulo de Nardi Grupo Obenaus R. Ribeirão Souto, 303, 89107-000, Pomerode, SC, tel. 47 3387-8000. www.molasobenaus.com.br. Diretor Geral: César Jonas Obenaus Haldex R. Carlos Pinto Alves, 29, 04630-030, São Paulo, SP, tel. 11 2135-5000. www.haldex.com.br Diretor-Presidente: João H. Botelho
GGB Av. Gupê, 10.767, 06422-120, Barueri, SP, tel. 11 4789-9070. www.ggbearings.com.br Diretor Comercial: Flávio Soto
Hankook Av. Eng. Luis Carlos Berrini, 550, cj. 92, 04571-000, São Paulo, SP, tel. 11 3045-0544. www.hankook.com.br Presidente: Carlos Jun
Gisamar R. São Braz, 67/93, 03406-020, São Paulo, SP, tel. 11 2097-3666. www.gisamar.com.br Presidente: Dorival Biasia
Hanna Via Anhanguera, km 146, 13480-970, Limeira, SP, tel. 19 3451-4811. www.hanna.com.br Diretor: João Hanna
H-Buster R. Santa MĂ´nica, 281, 06715-865, Cotia, SP, tel. 11 2858-000. www.hbuster.com.br Superintendente Comercial: Ricardo Sartori
HellermannTyton Av. JosĂŠ Benassi, 100, 13213-085, JundiaĂ, SP, tel. 11 4815-9000. www.hellermanntyton.com.br Diretor de Vendas e Marketing: Alexandro de Freitas Zavarizi Hengst R. Dona Francisca, 7.337, 89219-600, Joinville, SC, tel. 47 3027-9070. www.hengst.de Diretor da Planta Brasil: Ralph Felsmann Homerplast Av. EmĂlio Chechinato, 4.195, 02181-160, Itupeva, SP, tel. 11 3378-1200. www.homerplast.com.br Diretor Geral: Ivantidio Mendes Honeywell Av. JĂşlia Gaiolli, 212/250, 07250-270, Guarulhos, SP, tel. 11 2167-3000. www.honeywell.com.br Diretor Geral: JosĂŠ Rubens Vicari Huber+Suhner Rod. Presidente Dutra, km 154,7, 12240-420, S. J. dos Campos, SP, tel. 12 3946-9500. www.hubersuhner.com.br Gerente de Operaçþes: Dimas Santos Huf Rod. Dom Pedro I, km 82,7, CP 25, 12954-260, Atibaia, SP, tel. 11 3402-6020. www.huf-group.com Diretor Geral: HeinzjĂźrgen Halle Hutchinson R. Dr. Carlos Kielander, 2, 15910-000, Monte Alto, SP, tel. 16 3244-3500. www.hutchinsonworldwide.com Diretor Comercial: Tomais M. Yashiro Huziteka Av. Tiradentes, 640, 13309-320, ItĂş, SP, tel. 11 4025-8400. Presidente: Enzio Abbruzzini
IBRATEC Rod. BR 116, 20.886, 81690-400, Curitiba, PR, tel. 41 3316-2300. www.ibratecbrasil.com.br Diretor de Engenharia: Claudionor Civolan Icape R. da Abolição, 1.657, 13041-445, Campinas, SP, tel. 19 3231-7266. www.icape.com.br Presidente: Moacir Luna Igasa R. Pedro Alves da Rocha, 1.685, 83020-360, S. J. dos Pinhais, PR, tel. 41 3382-1012. www.igasa.com.br Diretor Industrial: Edgard C. Gonçalves Iguaçu R. SĂŁo Paulo, 165, 09530-210, S. C. do Sul, SP, tel. 11 4224-6384. www.iguacu.ind.br Presidente: Alexandre Largura Ilpea R. PiauĂ, 300, 89202-210, Joinville, SC, tel. 47 2101-0110. www.ilpea.com Gerente Comercial: Rosicler Naatz Incodiesel R. Inco, 246, CP 214, 09961-370, Diadema, SP, tel. 11 4061-9200. www.incodiesel.com.br Presidente: Simon Abuhab IndebrĂĄs R. Manoel Monteiro de AraĂşjo, 961, 05113-020, SĂŁo Paulo, SP, tel. 11 3622-2500. www.indebras.com.br CEO: Edson Campos IndĂşstria MarĂlia R. JosĂŠ Campanella, 70, 07112-000, Guarulhos, SP, tel. 11 2468-8477. www.marilia-sa.com.br Diretor-Presidente: FlĂĄvio Marques Inergy Rod. Dep. JoĂŁo Leopoldo Jacomel, 3.733, 83302-000, Piraquara, PR, tel. 41 2106-7200. www.inergyautomotive.com Diretor Geral: Patric Tordeur
IAM R. Francisco Pedroso de Toledo, 07, 04185-150, SĂŁo Paulo, SP, tel. 11 2333-8199. www.iam.com.br Diretor Geral: Edson Ricci Jr.
Ingepal R. Gonçalo Luiz de Oliveira, s/nº, 07859-360, Franco da Rocha, SP, tel. 11 2177-1200. www.ingepal.com.br Gerente de Compras: Iberê Andrade
Ibral R. BarĂŁo do Amazonas, 3.531, 95055-170, Caxias do Sul, RS, tel. 54 3229-3766. www.ibral.com.br Diretor Geral: Ricardo de Antoni
Infineon Av. Paulista, 1.337, cj. 172, 01311-200, SĂŁo Paulo, SP, tel. 11 3372-9240. www.infineon.com Diretor Brasil: Martin Stadler
Inpacom R. Parsch, 701, 13280-000, Vinhedo, SP, tel. 19 3856-9300. www.inpacom.com.br Presidente: Reginaldo R. Teodoro Intercast Rod. MG 50, km 56,3, 35680-108, ItaĂşna, MG, tel. 37 3249-7000. www.intercast.com.br Presidente: CĂĄssio Moreira Machado Inylbra Av. Pres. Juscelino, 165, 09950-370, Diadema, SP, tel. 11 4072-8800. www.inylbra.com.br Presidente: Luiz Alberto Srur Iochpe-Maxion R. Luigi Galvani, 146, 13Âş, 04575-020, SĂŁo Paulo, SP, tel. 11 5508-3800. www.iochpe.com.br Presidente: Dan Ioschpe Iperfor Av. Paulo Antunes Moreira, 2.300, 18560-000, IperĂł, SP, tel. 15 3459-8010. www.iperfor.com.br Diretor de Operaçþes: JosĂŠ Augusto Costa Isel R. TostĂŁo,125, 32689-306, Betim, MG, tel. 31 3529-1313. www.isel.com.br Diretor Geral: Fadson Wagner Paiva Isringhausen R. JacuĂ, 370, 09930-280, Diadema, SP, tel. 11 4093-9300. www.isri.com.br Diretor Geral: Valdir Benedito Taneli Itaesbra Av. Piraporinha, 1.210, 09950-000, Diadema , SP, tel. 11 4061-8899. www.itaesbra.com.br Diretor Geral: Giuseppe Luigi Quarta Itesa R. Padre Anchieta, 112, 84130-000, Palmeira, PR, tel. 42 3252-8500. www.itesa.com.br Presidente: Alexandre Rauen Abage ITW Av. Guarapiranga, 1.389, 04901-010, SĂŁo Paulo, SP, tel. 11 5515-5800. www.itw.com.br Presidente: Gideon Koren Jardim Sistemas R. Waldemar Rigout, 105, 09370-909, MauĂĄ, SP, tel. 11 4546-8600. www.jardimsistemas.com.br Gerente Geral: Valdir Sanchez Joalmi R. Eunice, 283, 07031-030, Guarulhos, SP, tel. 11 2142-2412. www.joalmi.com.br Diretora Geral: Michele Murano
GUIA
| FORNECEDORES
Jofund R. Anaburgo, 5.600, 89237-700, Joinville, SC, tel. 47 3461-6600. www.fremax.com Presidente: Carlos André Birckholz Johnson Controls Av. Independência, 2.757, 18087-050, Sorocaba, SP, tel. 15 2102-2713. www.jci.com Presidente: Edgard Prado Jr. Johnson Matthey Av. Macuco, 726, 12º, 04523-001, São Paulo, SP, tel. 11 3583-6866. www.matthey.com Diretor Comercial: Marcelo Neri Kaiku R. Gomes, 684, 03275-010, São Paulo, SP, tel. 11 2211-5620. www.kaiku.com.br Sócio-Diretor: Eloi Martins Karmann-Ghia Av. Alvaro Guimarães, 2.487, km 21,5, 09810-901, S. B. do Campo, SP, tel. 11 4344-5800. www.karmannghia.com.br Diretor de Operações: Luciano Bastos Kautex Textron R. Projetada, s/nº, 08900-000, Guararema, SP, tel. 11 2175-8300. www.kautex.de Diretor Geral: Alvaro Rodrigues KF Estamparia Est. do Bonsucesso, 2.500, 08579-800, Itaquaquecetuba, SP, tel. 11 4646-3200. www.kfestamparia.com.br Presidente: Sérgio Falchi Kikuchi Rod. Dom Gabriel Paulino Bueno Couto, km 84,5, 13215-000, Cabreúva, SP, tel. 11 4529-1100. Diretor Vice-Presidente: Jorge Tsubaki
Kronorte Rod. BR 101 Sul, km 18, 54335-000, Jaboatão dos Guararapes, PR, tel. 81 3366-2288. www.kronorte.com.br Diretor: Moacyr Marcon KSPG Rod. Arnaldo Júlio Mauerberg, 4.000, bl. 04, Dist. Ind. 01, 13460-000, Nova Odessa, SP, tel. 19 3466-9700. www.grupoks.com.br Diretor Geral: Dieter Moser Labortex Av. Industrial, 2.234, CP 177, 09080-501, Santo André, SP, tel. 11 4428-6000. www.labortex.com.br Diretor Geral: Rui Hassen LAD Av. Dr. João Pedro Arruda, 1.743, CP 232, 88514-000, Lages, SC, tel. 49 3251-0800.www.lampauto.com.br Presidente: Luiz Carlos Tridapalli Lanfredi R. Oswaldo Cruz, 193, 15910 -000, Monte Alto, SP, tel. 16 3244-2100. www.lanfredi.com.br Presidente: José Croti Lang Mekra Av. Paraná, 2.879, 18105-000, Sorocaba, SP, tel. 15 3235-3420. www.langmekra.com.br Gerente Geral: Antonio Carlos da Fonseca Leoni R. Lazaro Adriano, 500, 13312-650, Itu, SP, tel. 11 4022-9200. www.leoni.com Diretor Geral: José Parolin
Lopsa Av. Pres. Wilson, 6.001, 04220-002, São Paulo, SP, tel. 11 2271-2111. www.lopsa.com.br Diretor Geral: João Paulo B. Aparício Luciflex Av. Dr. Plínio Salgado, 5.087, 12906-840, Bragança Paulista, SP, tel. 11 4034-6350. www.luciflex.com.br Diretor Executivo: Giancarlo Durazzo M. Shimizu Av. Santo Amaro, 1.860, 04506-002, São Paulo, SP, tel. 11 2856-6100. www.mshimizu.com.br Presidente: Luiz Mitsuru Shimizu MA Automotive Av. Renato Monteiro, 6.200 A, 27570000, Porto Real, RJ, tel. 24 3358-8000. www.mmagnetto.com Diretor Geral: Giovanni Martire Magal Av. Magal, 261, 13190-000, Monte Mor, SP, tel. 19 3889-9333. www.magal.ind.br Presidente: Bernd Reissmueller Maggion R. José Campanella, 501, 07122-902, Guarulhos, SP, tel. 11 2229-9200. www.maggion.com.br Presidente: Rosa Maggion Magius R. David Campista, 188, 83045-060, S. J. dos Pinhais, PR, tel. 41 2169-9400. www.magius.com.br Presidente: Adilton Boff Cardoso Magna Rod. Eng. Miguel Melhado Campos, km 79,5, SP 324, 13280-000, Vinhedo, SP, tel. 19 3826-7300. www.magnaclosures.com Diretor de Vendas: Diógenes J. Cerqueira
Knorr-Bremse Av. Eng. Eusébio Stevaux, 873, 04696902, São Paulo, SP, tel. 11 5681-1104. www.knorr-bremse.com.br Presidente: Oliver Erxleben
Lepe R. Luiz Rodrigues de Freitas, 621, 07034-050, Guarulhos, SP, tel. 11 2475-7070. www.lepe.com.br Diretor Industrial: Augusto Koch Jr.
Kostal R. Gen. Bertoldo Klinger, 277, 09688-000, S. B. do Campo, SP, tel. 11 2139-6100. www.kostal.com Presidente: Carsten Wolff
Levorin Av. Monteiro Lobato, 2.641, 07190901, Guarulhos, SP, tel. 11 2464-6500. www.levorin.com.br Diretor de Compras: Leonardo Levorin
Magno Peças Av. Sete de Setembro, 1.290, 09912010, Diadema, SP, tel. 11 2842-1000. www.magnopecas.com.br Diretor Comercial: Cléber Magno
Koyo R. Sampaio Viana, 202, sl. 25, 04004000, São Paulo, SP, tel. 11 3887-9173. www.koyo.com.br Diretor-Presidente: Tetsuo Kamo
Lipos Av. Queiroz Pedroso, 138, 09370-360, Mauá, SP, tel. 11 4516-5000. www.lipos.com.br Diretor Industrial: Edson Roberto Polisel
Mahle Av. Ernst Mahle, 2.000, 13846-146, Mogi Guaçu, SP, tel. 19 3861-9100. www.mahle.com.br Presidente: Claus Hoppen
Kromberg & Schubert R. Kromberg & Schubert, 200, CP 14, 13255-743, Itatiba, SP, tel. 11 45249000.www.kromberg-schubert.com Diretor: Gottfried Leitner
Lontra R. Filipa Moniz Perestrello, 415, 04327-110, São Paulo, SP, tel. 11 5588-0222. www.lontra.com.br Diretor Geral: Clemente Ítalo
Mangels R. Max Mangels Sênior, 777, 09895-900, S. B. do Campo, SP, tel. 11 4341-1598. www.mangels.com.br Diretor-Superintendente: Thomas Angyalossy
104 BUSINESS
Magneti Marelli Av. da Emancipação, 801, 13184-906, Hortolândia, SP, tel. 19 2118-6000. www.magnetimarelli.com Presidente: Virgílio Cerutti
Mangotex Av. Sete Quedas, 1.880, 13313-006, Itu, SP, tel. 11 2118-0000. www.mangotex.com.br Presidente: Marcelo Zaidan
Melling Av. Fukuichi Nakata, 451, 09950-400, Diadema, SP, tel. 11 4075-5699. www.mellingbrasil.com Presidente e CEO: Sidney Del GĂĄudio
Mann+Hummel Al. Filtros Mann, 555, 13344-580, Indaiatuba, SP, tel. 19 3894-9400. www.mann-hummel.com.br Presidente: Markus Wolf
Mercante Tubos e Aços R. Cambera, 700, 07250-140, Guarulhos, SP, tel. 11 2147-7000. www.mercantetubos.com.br Diretor Geral: Marcelo Barrosa
Mardel R. Pedro RĂpoli, 624, 09407-100, RibeirĂŁo Pires, SP, tel. 11 4828-8900. www.mardel.com.br Diretor Executivo: Francisco M. PalĂĄcio
Metagal Av. Roberto Gordon, 222, 09990-090, Diadema, SP, tel. 11 4070-7624. www.metagal.com.br Diretor Geral: Paulo Gordon
MaringĂĄ Soldas R. JoĂŁo Alves, 285, 81350-110, Curitiba, PR, tel. 41 3346-2928. www.maringasoldas.com.br Presidente: Kozue Imai
Metal Matrix R. Honorato Bazei, 200, 95112-145, Caxias do Sul, RS, tel. 54 3028-5266. www.metalmatrix.com.br Diretor-Superintendente: Cristiano Grillo
Mastra Av. Dr. Hipólito Pinto Ribeiro, 180, 13486-920, Limeira, SP, tel. 19 3446-4300. www.mastra.com.br Diretor de Produção: Luiz Machado
Metalac Av. Itavuvu, 4.690, 18075-005, Sorocaba, SP, tel. 15 3334-3500. www.metalac.com.br Presidente: Leonardo FalcĂŁo Rollo
Mauser Av. Agenor Couto de Magalhães, 661, 05174-000, São Paulo, SP, tel. 11 3909-0900. www.mauser.com.br Diretor Geral: Helio Mauser Max Gear Al. Quinze de Dezembro, 1.230, 12910-902, Bragança Paulista, SP, tel. 11 3404-9400. www.maxgear.com.br Presidente: Yoshiro Hayama Maxiforja Av. Antonio Frederico Ozanan, 1.181, 92420-360, Canoas, RS, tel. 51 2121-8900. www.maxiforja.com.br Presidente: Arno Augusto Veit Jr. Mecano Fabril Av. Henry Ford, 673, 06210-900, Osasco, SP, tel. 11 3652-5966. www.mecano.com.br Presidente: Walter Strobel
Metalkraft R. Graça Aranha, 1.148, 83321-020, Pinhais, PR, tel. 41 2106-5400. www.metalkraft.com.br Diretor Comercial: JosĂŠ Luis Rauch MetalpĂł Est. TurĂstica do JaraguĂĄ, 358, km 15,5, Via Anhanguera, Sentido Interior, 05159-900, SĂŁo Paulo, SP, tel. 11 3906-3000. www.metalpo.com.br Diretor Operacional: Nelson Delduque MetalĂşrgica A. Pedro R. SĂŁo Paulo, 105, 09530-210, S. C. do Sul, SP, tel. 11 2199-7300. www.imapedro.com.br Diretor Geral: Marcelo Fornasieri MetalĂşrgica Ă tica R. Emir Macedo Nogueira, 118, 09961720, Diadema, SP, tel. 11 4061-8200. www.met-atica.com.br Diretor Industrial: Nestor Barbosa Neto
Mecaplast R. Boaventura Pereira, 414, 05158-240, SĂŁo Paulo, SP, tel. 11 3901-8560. www.mecaplast.com.br Diretor Geral: Marcelo Calache
MetalĂşrgica Atra R. SalomĂŁo Miguel Nasser, 391, CP 309, 09961-720, S. J. dos Pinhais, PR, tel. 41 2102-2300. www.atra.com.br Diretor-Presidente: Ă&#x2030;lcio Rimi
Melco Av. JuruĂĄ, 387, 06455-010, Barueri, SP, tel. 11 4688-1886. Diretor de Compras: Oswaldo Umemura
Metalúrgica Carron Pç. Santos Dumont, 160, 15900-000, Taquaritinga, SP, tel. 16 3253-9300. www.carron.com.br Diretor Comercial: Ademar Siorilli
MetalĂşrgica Della Rosa R. Ricardo Fracassi, 901/927, 13457-209, Santa BĂĄrbara Dâ&#x20AC;&#x2122; Oeste, SP, tel. 19 3464-9666. www.dellarosa.com.br Diretor Geral: Devanir Della Rosa MetalĂşrgica DS Rod. JosĂŠ Spillere, 179, 88868-000, Nova Veneza, SC, tel. 48 3436-6700. www.mds.ind.br Diretor Geral: DionĂsio Spillere MetalĂşrgica Frum Rod. FernĂŁo Dias, km 883,5, 37640000, Extrema, MG, tel. 35 3435-1444. www.frum.com.br Presidente: Pedro de Sordis MetalĂşrgica Knif Av. Sete de Setembro, 1.370, 09912010, Diadema, SP, tel. 11 4053-4422. www.knif.com.br Diretor-Presidente: Ivo de Souza Moreira MetalĂşrgica Paschoal Av. TaboĂŁo, 3.340, 09656-000, S. B. do Campo, SP, tel. 11 4176â&#x20AC;&#x201C;8000. www.paschoal.com.br Diretor Comercial: Mauro Paschoal MetalĂşrgica Quasar R. dos Coqueiros, 542, 09080-010, Santo AndrĂŠ, SP, tel. 11 4428-5030. www.mquasar.com.br Diretor Industrial: Valter Dimas S. Venço MetalĂşrgica Rigitec Rod. do Açúcar, km 129,5, 13360-000, Capivari, SP, tel. 19 3492-9100. www.rigitec.com.br Presidente: JosĂŠ Marcio Bertoldo Metalzul Av. das Belezas, 751, 05731-250, SĂŁo Paulo, SP, tel. 11 5511-5725. www.metalzul.com.br Presidente: CornĂŠlia Kriemann
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Methal Company R. João Chede, 2.675, 81170-220, Curitiba, PR, tel. 41 3028-1534. www.methalcompany.com.br Diretor Geral: Almiro Costa
Olimpus Av. Carioca, 274, 04225-000, São Paulo, SP, tel. 11 2065-9200. www.olimpus.com.br Presidente: Silvio Meyerhof
MGI Coutier Av. Juvenal Arantes, 2.400, 13212-354, Jundiaí, SP, tel. 11 4815-9500. www.mgicoutier.fr Diretor Geral: Benoa Coutier
Nemak R. Sen. Giovanni Agnelli, 580, 32530487, Betim, MG, tel. 31 2123-8800, www.nemak.com.
Michelin Av. das Américas, 700, bl. 4, 22640-100, Rio de Janeiro, RJ, tel. 0800 970 9400. www.michelin.com.br Presidente: Jean-Philippe Ollier
NFP Steering DriveSol Av. Conselheiro Julius Arp, 440, 28623-000, Nova Friburgo, RJ, tel. 22 2102-6310. www.nfpstg.com.br Diretor Executivo: Walter Oliveira
Molex R. Gen. Furtado Nascimento, 740, cjs. 10/11, 05465-070, São Paulo, SP, tel. 11 3024-2710. www.molex.com Diretor Geral: Murilo de Faria MRS R. Ruzzi, 806, 09370-850, Mauá, SP, tel. 11 3488-1999. www.mrs.ind.br Diretor Executivo: Fausto Cestari Filho MTA Av. Takara Belmont, 370, 07400-000, Arujá, SP, tel. 11 3405-4950. www.mta.it Presidente: Pierangelo Zanoncelli MTE-Thomson Av. Moinho Fabrini, 1.033, 09862-900, S. B. do Campo, SP, tel. 11 4393-4343. www.thomson-net.com.br Presidente: Arthur Z. de Farias Mubea Av. Eurico Ambrogi dos Santos, 2.400, 12010-970, Taubaté, SP, tel. 12 3627-5000. www.mubea.com.br Supervisor Comercial: Lucas Manoel Multiforja Av. Paulo Ayres, 420, 06767-220, Taboão da Serra, SP, tel. 11 4788-9200. Presidente: Francisco Rogagnetti MWM Av. das Nações Unidas, 22.002, 04795-915, São Paulo, SP, tel. 11 3882-3200. www.mwm-international.com.br Presidente: Waldey Sanchez
OMR R. Ricardo Medioli,100, 35701-618, Sete Lagoas, MG, tel. 31 2107-8600. www.omrautomotive.com Presidente: Marco Bonometti Omron Est. Aldeia da Serra, 711, 06696-050, Itapevi, SP, tel. 11 4789-8250. www.omron.com Vice-Presidente: Paulo Santos
NGK Est. Mogi Salesópolis, km 9, 08780-914, Mogi das Cruzes, SP, tel. 11 4793-8009. www.ngkntk.com.br Presidente: Kyohei Hayashi Neumayer Tekfor Av. Arquimedes, 500, 13211-840, Jundiaí, SP, tel. 11 2152-4878. www.neumayer-tekfor.com Diretor-Presidente: Jorge Luiz Jacomini Niken Av. Maj. Pinheiro Froes, 2.319, 08680000, Suzano, SP, tel. 11 4744-8090. www.niken.com.br Presidente: Carmem Lucia Rossini Nippon Seiki R. Comendador João Lucas, 675, 13280-000, Vinhedo, SP, tel. 19 38268406. www.nippon-seiki.co.jp Presidente: Masao Hirasawa NSK R. Treze de Maio, 1.633, 14º, 01327905, São Paulo, SP, tel. 11 3269-4724. www.nsk-ltd.com.br Presidente: Issei Murata
Nadai R. das Begônias, 126, 13467-410, Americana, SP, tel. 19 3406-2403. www.usinagemnadai.com.br Presidente: Ivo de Nadai
NTC Moldes Plásticos Rod. RS 122, km 69,92, 6.390, 95010-550, Caxias do Sul, RS, tel. 54 3027-8888. www.ntc.ind.br Gerente Comercial: Edson Roberto Pilot
Nakayone Via Francisco Botti, 105, 13315-000, Cabreúva, SP, tel. 11 4529-1600. www.metalnk.com.br Gerente Geral: Valdir Pereira Silva
Nytron R. Suzana, 190, 03223-000, São Paulo, SP, tel. 11 2916-8999. www.nytron.com.br Diretor Geral: Luiz Aparecido Rodrigues
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Olsa Av. Roberto Gordon, 333, G 2 , bl. B, 09990-090, Diadema, SP, tel. 11 4072-7600. www.olsa.com.br Diretor: Fernando Herrera Neto
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Perkins R. JoĂŁo Chede, 2.489, 81770-220, Curitiba, PR, tel. 41 2141-8896. www.perkins-br.com Diretor Geral: Wilson Loterio
Proema Av. EngÂş Gerhart Ett, s/n, 32530-480, Betim, MG, tel. 31 2102-9700. www.proema.com.br Diretor Geral: Riccardo Paparoni
Philips R. Verbo Divino, 1.400, 6Âş, 04719-911, SĂŁo Paulo, SP, tel. 11 2125-0714. www.philips.com OEM Sales - Commercial Consultant: LaĂŠrcio Flausino Junior
Progeral R. Walter Barofaldi, 300, 18560-000, IperĂł, SP, tel. 15 3269-8972. www.progeral.com.br Presidente: Marco Campos
Pirelli Av. Giovanni Battista Pirelli, 871, 09111-340, Santo AndrĂŠ, SP, tel. 11 4998-5522. www.pirelli.com.br Presidente: Guillermo Kelly
Plascar Av. AmĂŠlia Latorre, 11, 13211-000, JundiaĂ, SP, tel. 11 2152-5100. www.plascar.com.br Presidente: AndrĂŠ Nascimento Plasvik R. Costa Barros, 2.324, 03201-001, SĂŁo Paulo, SP, tel. 11 2024-6400. www.plasvik.com.br Gerente de Produção: RogĂŠrio Soares Polimetri R. Joel Rico, 85, 09370-823, MauĂĄ, SP, tel. 11 4512-6900. www.polimetri.com.br Presidente: Edson Lamberti PresstĂŠcnica R. Eng. Franco Zampari, 222, 09725540, S. B. do Campo, SP, tel. 11 3488-9200. www.presstecnica.com.br Presidente: Hans Kitteler
Prolind Pç. Cariri, 300, 12238-300, S. J. dos Campos, SP, tel. 12 3932-1200. www.prolind.com.br Diretor Geral: Adalberto Morales Proxyon Av. Robert Kennedy, 851, 09895-003, S. B. do Campo, SP, tel. 11 2199-5300. www.proxyon.com.br Diretor-Presidente: Wolney Rodrigues PST Eletrônica Est. Telebrås-Unicamp, km 0,97, cj. 1, 13084-971, Campinas, SP, tel. 19 3787-6307. www.pst.com.br Diretor de Engenharia: Marcos Ferretti Gaxetas Quality R. Miguel Nelson Bechara, 329, 02712130, São Paulo, SP, tel. 11 3931-1100. www.gaxetasquality.com.br Gerente de Engenharia: Elcio F. Oliveira Randon Av. Abramo Randon, 770, 95055-010, Caxias do Sul, RS, tel. 54 3209-2000. www.randon.com.br Presidente: Raul Anselmo Randon Rassini-NHK Av. Marg. Via Anchieta, 56, km 14,5, 09696-005, S. B. do Campo, SP, tel. 11 4366-9300. www.rassini-nhk.com.br Diretor Geral: Sergio Mendlowicz Rayton R. Guaicurus, 206, 05033-000, São Paulo, SP, tel. 11 3868-5555. www.rayton.com.br Diretor Industrial: Antônio Capozzi RCN Av. Airton Pretini , 410, 03090-000, São Paulo, SP, tel. 11 2095-9222. www.rcn.com.br Presidente: Eduardo Guarnieri
Produflex Rod. MG 050, km 32, s/nÂş, 35670-000, Mateus Leme, MG, tel. 31 3537-2900. www.produflex.com.br Diretor-Presidente: Edgar Solano Marreiros
Remy R. Blumenau, 91, 88355-000, Brusque, SC, tel. 47 3211-3526. www.remyinc.com.br Diretor de Operaçþes: à dson Luis Pereira Reserplastic R. Waldemaro S. Maia, 100, 89202260, Joinville, SC, tel. 47 3423-3951. ww.reserplastic.com.br Presidente: Ideraldo L. Lescowicz
Resil Minas Av. Jorge Sachs, 650, 32920-000, S. Joaquim de Bicas, MG, tel. 31 2105-5200. www.resil.com.br Diretor-Superintendente: Sergio Sachs RIC R. Coronel Gonçalves, 270, 12247-002, São JosÊ dos Campos, SP, tel. 12 3905-5100 www.ricvalvulas.com.br Diretor Geral: Fabio Baeta Rhenen Rod. Pres. Dutra, 15.501, km 178,5, 26215-370, Nova Iguaçu, RJ, tel. 21 3266-4210. www.rhenen.com.br Gerente Industrial: JosÊ Ricardo F. Garrido Rieter Automotive Av. Moinho Fabrini, 128, 09861-160, S. B. do Campo, SP, tel. 11 2139-1800. www.rieter.com Presidente: Fausto Bigi Riosulense R. Emilio Adami, 700, 89160-000, Rio do Sul, SC, tel. 47 3531-4000. www.riosulense.com.br Presidente: João Stramosk Rolamentos Flam R. Angical, 213, 07241-110, Guarulhos, SP, tel. 11 2489-2400. www.rolamentosflam.com.br Diretor Comercial: Luciano Ferreira Villa Rolamentos Mar Av. Mauå, 3.164, 93020-190, São Leopoldo, RS, tel. 51 3589-7000. www.mar-rolamentos.com.br Gerente de Vendas: Evandro Diefenbach Rudolph Rod. SC 416, km 1,5, 2.661, 89120000, Timbó, SC, tel. 47 3281-2800, www.rudolph.com.br. Diretor Geral: Wolfgang Rudolph SaarGummi Via Anchieta, km 17,5, 09893-000, S. B. do Campo, SP, tel. 11 4126-9500. www.sgtechnologies.de Diretor Geral: Gunther Neumann Sabic Av. Ibirapuera, 2.332, TI, cj. 42, 04028900, São Paulo, SP, tel. 11 3708-0500. www.sabic-ip.com Presidente Sabic AmÊrica Latina: Ricardo Knecht
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Sabó R. Matteo Forte, 216, 05038-160, São Paulo, SP, tel. 11 2174-5801. www.sabo.com.br Diretor Geral: Luis Gonçalo Sada Forjas R. Gustaf Dálen, 151, 32669-147, Betim, MG, tel. 31 3071-9600. www.sada.com.br/forjas.htm Presidente: Vittorio Medioli SamBerCamp R. Patagônia, 161, 09666-070, S. B. do Campo, SP, tel. 11 4178-1111. www.sambercamp.com.br Diretor-Presidente: Sérgio Brioschi Samot R. Liege, 239, 04298-070, São Paulo, SP, tel. 11 3014-4411. www.samot.com.br Diretor-Presidente: Tomas Jancar Savoy Al. Xingu, 976, 06455-030, Barueri, SP, tel. 11 4196-1998. www.savoy-international.com Diretor Geral: Luiz Camargo Schadek R. João Thomaz de Almeida, 900, 18540-000, Porto Feliz, SP, tel. 15 3262-3112. www.schadek.com.br Presidente: Carlos Magalhães
Schaeffler Av. Independência, 3.500-A, 18087101, Sorocaba, SP, tel. 15 3335-1500. www.schaeffler.com.br Presidente Grupo Schaeffler - América do Sul: Ricardo Reimer Scherdel Av. Conde Zeppelin, 555, 18103-008, Sorocaba, SP, tel. 15 3235-6700. www.scherdel.com.br Presidente: Celso Estrela Schulz R. Dona Francisca, 6.901, 89219-600, Joinville, SC, tel. 47 3451-6000. www.schulz.com.br Presidente: Ovandi Rosenstock Schunk Est. do Embu, 2.777, 06713-100, Cotia, SP, tel. 11 4613-3200. www.schunk.com.br Diretor Geral: Jaime Lobato
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Simoldes Rod. Presidente Dutra, km 130, 12281260, Caçapava, SP, tel. 12 3221-1521. www.simoldesplasticos.com.br Diretor Geral: Rui Sousa Schwarz R. Quênia, 201, 83320-150, Pinhais, PR, tel. 41 2106-8700. www.schwarz.com.br Presidente: Edsel Rolf Schwarz
SKF Est. do Ingaí, 11.370, Lote Área B1, 06420-240, Barueri, SP, tel. 11 4448-8200. www.skf.com.br Presidente: Donizete C. Santos
Scórpios R. Platina, 100, 09550-630, S. C. do Sul, SP, tel. 11 4224-9600. www.scorpios.com.br Diretor Industrial: Francisco Brandão
SNR Rolamentos Av. das Indústrias 380, 83820-000, Fazenda Iguaçu, PR, tel. 41 3627-8000. www.snr-bearings.com Diretor Geral: Stéphane Grande
Scorro R. Des. Armando Fairbent, 262, 05501040, São Paulo, SP, tel. 11 3817-8200. www.scorro.com.br Diretor Comercial: Nikolai Vereiski
Sodecia R. Adherbal Stresser, 550, 05566-000, São Paulo, SP, tel. 11 3785-8800. www.sodecia.com Diretor Comercial: Mauricio Camargo
Seco Tools Av. John Boyd Dunlop, 1.500, 18087155, Sorocaba, SP, tel. 15 2101-8600. www.secotools.com Diretor de Compras: Rogério Cardoso
Sogefi Av. Piraporinha, 251, 09891-000, S. B. do Campo, SP, tel. 11 4341-2400. www.sogefi.com.br Diretor-Presidente: Eugênio Marianno
Seeber Fastplas R. Luiz Lawrie Reid, 250, 09930-760, Diadema, SP, tel. 11 4092-8400. www.fastplas.com.br Diretor-Presidente: Peter Koecher
Soplast R. Max Mangels Sênior, 1.420, 09895-510, S. B. do Campo, SP, tel. 11 4341-3300. ww.soplast.ind.br Presidente: Alessandro Arcangeli
Selco R. Gen. Bertoldo Klinger, 360, 09688000, S. B. do Campo, SP, tel. 11 4176-4000. www.selcoved.com.br Diretor Geral: Flávio Silva
Stamptec R. Costa Barros, 4.215, 03210-001, São Paulo, SP, tel. 11 2703-8911. www.stamptec.com.br Diretor-Presidente: Pedro Martins
Senior Pç. Faustino Roncoroni, 1, 18147-000, Araçariguama, SP, tel. 11 4136-4500. www.flexonics.com Diretor Geral: Francisco Ferrero
Steola R. Paulo Steola, 128, 07034-040, Guarulhos, SP, tel. 11 2475-6680. www.steola.com.br Diretor Geral: Paulo Steola
Sensata Technologies R. Azarias de Melo, 648, 13076-008, Campinas, SP, tel. 19 3754-1111. www.sensata.com/brazil Gerente Geral: José Salveti Sifco Av. São Paulo, 361, 13202-610, Jundiaí, SP, tel. 11 4588-1582. www.sifco.com.br Presidente: Rubens Gomes Ribeiro Sila R. Um, 120, 32250-000, Contagem, MG, tel. 31 2191-3400. www.silabrasil.com Diretor-Presidente: Fábio Sacioto Silibor Est. Sadae Takagi, 3.000, 09852-070, S. B. do Campo, SP, tel. 11 2174-6900. www.silibor.com.br Diretor-Presidente: João Paulo Baldini
Stola Anel Rododoviário, BR 262, 20.491, 31255-375, Belo Horizonte, MG, tel. 31 3439-7000. www.stola.it Diretor Geral: Enrico Negri
Styner+Bienz Av. Rocha Pombo, 2.561, 83620-010, S. J. dos Pinhais, PR, tel. 41 3299-1700. www.styner-bienz.ch Diretor Geral: Swami Faria da Silva
Tecmecanic R. Ferreira Viana, 300, 04761-010, SĂŁo Paulo, SP, tel. 11 5524-3474. www.tecmecanic.com.br Diretor Comercial: Ronaldo Martins
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Tecfil Rod. Pres. Dutra, km 213,8, 07183-904, Guarulhos, SP, tel. 11 2145-5700. www.tecfil.com.br Presidente: AbĂlio Gurgel
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Tecnofluor R. Santa MĂ´nica, 1.783, 06715-865, Cotia, SP, tel. 11 4243-2201. www.tecnofluor.com.br Diretor Geral: Jader Borges Tecnoplast R. Borges de Figueiredo, 300, 03110-010, SĂŁo Paulo, SP, tel. 11 2694-9888. www.tecnoplast.com.br Diretor Geral: Moris Zalcman Tecnotubo R. Ioneji Matsubayashi, 1.221, 08260-050, SĂŁo Paulo, SP, tel. 11 2523-9100. www.tecnotubo.com.br Diretor Industrial: JoĂŁo CecĂlio Chagas Tedrive Est. Municipal, 400, 07232-151, Guarulhos, SP, tel. 11 2085-5000. www.tedrive.com.br Gerente Vendas: Jediel Sampaio Junior
Texas Instruments Av. Eng. Luis Carlos Berrini, 1.461, 11Âş, 04571-903, SĂŁo Paulo, SP, tel. 11 5504-5133. www.ti.com Diretor Geral: Antonio Motta Texfyt R. do CafĂŠ, 800, 13454-171, Santa Barbara Dâ&#x20AC;&#x2122;Oeste, SP, tel. 19 3458-1423. www.texfyt.com.br Diretor Comercial: Ricardo Leon ThyssenKrupp Av. Alfred Krupp, 1.050, 13231-900, SĂŁo Paulo, SP, tel. 11 4039-9000. www.thyssenkrupp.com Presidente: Walter Medeiros TI Automotive Rod. Pres. Dutra, km 145,7, 12220-611, S. J. dos Campos, SP, tel. 12 3924-7000. www.tiautomotive.com.br Diretor Geral: Marco AntĂ´nio Buck TMD Friction R. Tupi, 293, 13330-000, Indaiatuba, SP, tel. 19 3894-9772. www.cobreq.com.br Presidente: Feres Macul Neto Torcomp R. Dr. Ferreira Lopes, 97/143, 04671-010, Santo Amaro, SP, tel. 11 5525-7044. www.torcomp.com.br Presidente: Fabrizio Giovannini Toro Av. Toro, 66, 09980-901, Diadema, SP, tel. 11 4055-7845. www.toro.com.br Diretor Geral: Carlos Munhoz
T&C R. JosĂŠ Mari, 80, 06754-908, TaboĂŁo da Serra, SP, tel. 11 4788-1000. www.tcind.com.br Diretor-Presidente: Armando Iguchi Taco-ar R. Ilnah P. S. de Oliveira, 325, 81460032, Curitiba, PR, tel. 41 3347-4848. www.tacoar.com.br Diretor Industrial: Marcelo Demogalski
Teksid R. Sen. Giovanni Agnelli, 230 a 906, 32530-487, Betim, MG, tel. 31 331621238111, www.teksid.com.br. Diretor-Presidente: RogĂŠrio Silva Jr.
Takata-Petri Rod. Dom Gabriel Paulino Bueno Couto, km 66, 13200-970, JundiaĂ, SP, tel. 11 4585-3700. www.takata-petri.com Diretor Comercial: Airton Evangelista
Tenneco Rod. Raposo Tavares, km 36,5, 06700970, Cotia, SP, tel. 11 4615-5572. www.sa-tenneco-automotive.com Diretor Industrial: Mario SĂŠrgio Fiorante
Taranto R. Jair Afonso InĂĄcio, 820, 05136-040, SĂŁo Paulo, SP, tel. 11 3901-9090. www.taranto.com.br Diretor Geral: JosĂŠ Carlos Muller
Terbraz Av. Prestes Maia, 660, 09930-270, Diadema, SP, tel. 11 4053-3600. www.terbraz.com.br Diretor Geral: Alexandre Terceiro
Trelleborg Av. Rotary, 1.350, 07042-000, Guarulhos, SP, tel. 11 2147-5722. www.trelleborg.com.br Vice-Presidente de Operaçþes: Luiz Mariano
TDK R. 7 de Abril, 230, bl. A, cj. 91, 01044000, SĂŁo Paulo, SP, tel. 11 3289-9599. www.tdk.com Presidente: Miguel S. Jo
Termicom R. Salgado de Castro, 467, 09920-690, Diadema, SP, tel. 11 4048-1730. www.termicom.com.br Diretor Geral: Euclides Ribeiro
Triofort Estr. Municipal, 100, 12945-750, Atibaia, SP, tel. 11 4412-2382. www.triofort.com.br Diretor Geral: SĂŠrgio Volga
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Tower Automotive Av. Tower Automotive, 611, 07400-000, ArujĂĄ, SP, tel. 11 4654-7501. www.towerautomotive.com Presidente: Neuraci Perego TransTechnology Av. Prestes Maia, 230, 09930-270, Diadema, SP, tel. 11 3215-4700. www.ttb.com.br Presidente: JosĂŠ Francisco Gomes Alves
GUIA
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TRW Automotive Rod. Anhanguera, km 147, 13486-915, Limeira, SP, tel. 19 3404-1100. www.trw.com.br Presidente: Moisés Bucci
Valeo Av. Major Sylvio de M. Padilha, 5.200, 05677-000, São Paulo, SP, tel. 11 3759-8788. www.valeo.com.br Diretor-Presidente: Manoel Alencar
TS Tech Est. Municipal Oswaldo Facchi, 545, 13612-383, Lema, SP, tel. 19 35734100. www.tstech.co.jp Gerente Geral: Amilcar Chaves Festa Jr.
Westaflex R. Dr. Guilherme Motta Correia, 200, 83702-210, Araucária, PR, tel. 41 3031-3433. www.wdbnet.com Diretor: Edmond Lepoutre
Vallourec & Mannesmann Av. Olinto Meireles, 65, 30640-010, Belo Horizonte, MG, tel. 31 3328-2121. www.vmtubes.com.br Presidente: Flávio Roberto S. Azevedo
Wetzel R. Sen. Felipe Schmidt, 228, 89201440, Joinville, SC, tel. 47 3451-4033. www.wetzel.com.br Vice-Presidente: André Luiz Wetzel Silva
Tuper Rod. SC 301955 , BR 280, 955, 89290000, S. Bento do Sul, SC, tel. 47 36315000.www.tuper.com.br Presidente: Frank Bollmann
Vedações Cardoso R. Domingos Piunti, 281, 13313-515, Itú, SP, tel. 11 4013-8383. www.vedacoescardoso.com.br. Diretor Geral: Davi Cardoso
WHB R. Wiegando Olsen, 1.000, 81460-070, Curitiba, PR, tel. 41 3341-1900. www.whbbrasil.com.br Presidente: Teodoro Hübner
Tupy R. Albano Schimidt, 3.400, 89227-901, Joinville, SC, tel. 47 4009-8181. www.tupy.com.br Presidente: Luiz Tarquínio Sardinha Ferro
Visconde Av. Narain Singh, 262, 07250-000, Guarulhos, SP, tel. 11 2487-1800. www.rvradiadores.com.br Diretor Comercial: Renato Vilches
Tuzzi Av. Ceagesp, 1.630, 14600-000, São Joaquim da Barra, SP, tel. 16 38107000.www.tuzzi.com.br Presidente: Nillo Tuzzi
Visteon Av. Orlanda Bergamo, 1.062, 07232151, Guarulhos, SP, tel. 11 2465-9122. www.visteon.com.br Diretor de Operações da América do Sul: Alfeu Doria
Tyco Electronics R. Ado Benatti, 53, 05037-010, São Paulo, SP, tel. 11 2103-6000. www.tycoelectronics.com Diretor Geral: Edmilson Magon
Voith R. Friedrich Von Voith, 825, 02995-000, São Paulo, SP, tel. 11 3944-4393. www.voith.com Diretor Executivo: Ralf Dreckmann
Uliana Est. Suzano Ribeirão Pires, km 60, 08620-000, Suzano, SP, tel. 11 47459000. www.uliana.com.br Presidente: Gildo Uliana
Voss Automotive R. Álvares Cabral, 1.087, 09980-160, Diadema, SP, tel. 11 4053-9500. www.voss.com.br Presidente: Sérgio Andreatini
Umicore Av. São Jerônimo, 5.000, 13470-310, Americana, SP, tel. 19 3471-4000. www.umicore.com.br Vice-President & General Manager at Umicore Brasil: Stephan Blumrich
Wabco Rod. Anhanguera, km 106, bl. A, 13180-901, Sumaré, SP, tel. 19 21174600. www.wabco-auto.com Presidente: Reynaldo Contreira
Unipac R. Dr. Luiz Miranda, 1.700, 17580-000, Pompéia, SP, tel. 14 3405-2100. www.unipac.com.br Presidente: Marcos Antonio Ribeiro
Wahler Av. Comendador Leopoldo Dedini, 310, 13422-210, Piracicaba, SP, tel. 19 3429-9000 www.wahler.de Diretor Geral: Josué Oswaldo Monterossi
Usiminas R. Prof. José Vieira de Mendonça, 3.011, 31310-260, Belo Horizonte, MG, tel. 31 3499-8000. www.usiminas.com.br Vice-Presidência de Negócios: Sérgio Leite de Andrade Usinorma Av. Eugen Wissmann, 2.300, 13304270, Itú, SP, tel. 11 4024-0090. www.usinorma.com.br Diretor Administrativo: Alberto Cunha
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Wiest R. Erwino Menegotti, 588, 89254-000, Jaraguá do Sul, SC, tel. 47 3372-5100. www.wiest.com.br Presidente: Jamiro Wiest Willtec R. Expedicionário José Franco de Macedo, 351, 12929-460, Bragança Paulista, SP, tel. 11 4035-7500. www.willtec.com.br Presidente: Roberto Will Wirex Av. Casa Grande, 1.960, 09961-350, Diadema, SP, tel. 11 2191-9451. www.wirexcable.com.br Diretor Comercial: Fernando Berardo Yazaki BR 324, km 102, s/nº, Qd. A, Lote 1, 44055-770, Feira de Santana, BA, tel. 75 2101-4500. www.yazaki.com.br Diretor Geral: Roberto Reyes Zanettini, Barossi Av. Carioca, 446, 04225-001, São Paulo, SP, tel. 11 2915-3800. www.zb.com.br Diretor Industrial: Miguel Guelles Zen R. Guilherme Steffen, 65, 88355-100, Brusque, SC, tel. 47 3255-2800. www.zensa.com.br Diretor Geral: Nelson Zen Filho
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