Automotive
FEVEREIRO 2012 ano 4 • número13
• governo prepara aperto na eficiência energética • aportes nas autopeças avançam em ritmo lento • fabricante de caminhão eleva apostas no brasil • PRÊMIO REI: CONHEÇA OS 64 eleitos DA PRIMEIrA etapa
indústria automobilística
CORRIDA de R$ 60 bi Montadoras e autopeças aceleram o maior ciclo de investimento na história do setor
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índice
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MATÉRIA DE CAPA | INVESTIMENTOS
CORRIDA DE R$ 60 BILHÕES luis prado
O governo avança no regime automotivo, traz flexibilidade para novos empreendimentos atingirem 65% de conteúdo local, cria o crédito de IPI presumido e exige dos fabricantes aporte de 1% em P&D. Começa o maior investimento na história da indústria automobilística, com a aplicação de R$ 60 bilhões até 2015 10 ALTA RODA FORTES EMOÇÕES As negociações com o México
34 AUTOPEÇAS | INVESTIMENTOS AVANÇO AINDA LENTO Aporte de US$ 2,5 bilhões/ano
12 FÓRUM DA INDÚSTRIA ESTRATÉGIA E INSIGHTS O novo regime e os cenários
42 ENTREVISTA TÂNIA SILVESTRI A Mercedes no contra-ataque
ERCADO 16 M A NOVA S10 Engenharia é brasileira 20 TETRAFUEL NOS EUA? Marchionne aposta no gás 20 NANOPONTO INIBE ROUBO Novidade é da Dekra Brasil 21 LEGISLAÇÃO DITA REGRA Os compromissos de 2012 22 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Metas revolucionarão motores 24 MERITOR GANHA FÔLEGO Reposição muda para evoluir
fotos: divulgação
25 RECEITA COM EURO 5 Voss quer crescer 5%
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48 SISTEMISTA NOVOS PILARES Dana refaz estratégias
78 PRÊMIO INTERAÇÃO DESTAQUES DA MERCEDES Os melhores fornecedores
50 PERFIL ENGENHARIA EM ALTA O crescimento da Aethra
81 PEUGEOT 308 RETOMADA DO LEÃO Montadora busca volume
56 PRÊMIO HONDA MELHORES PARCEIROS Os fornecedores reconhecidos 61 SERVIÇOS GANHAR COM CLIENTES A receita da Volkswagen 62 PESADOS US$ 3,5 BI PARA CAMINHÕES Os negócios com P7 68 SUSTENTABILIDADE CONCESSIONÁRIA VERDE A 100a revenda Iveco 70 AUTOPEÇAS O AVANÇO DA AISIN Gigante japonesa abre o jogo 72 TECNOLOGIA O CAMINHÃO DE 2020 Receitas da Mercedes-Benz
82 TRANSPORTE CONSOLIDAÇÃO À VISTA Fusões em implementos 84 DISTRIBUIÇÃO CONGRESSO DA NADA Otimismo dos revendedores 88 ARTIGO INTERFACES OTIMIZADAS Carros mais verdes e seguros 90 INOVAÇÃO O POSTO DO FUTURO Interatividade em alta
94 PRÊMIO REI OS 64 FINALISTAS Reis da excelência e inovação
OBIÇA 114 C ELEGÂNCIA CASUAL Tentações na vitrina AutomotiveBUSINESS • 5
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editorial
revista
www.automotivebusiness.com.br
Paulo Ricardo Braga Editor paulobraga@automotivebusiness.com.br
investimento recorde e carro high tech
O
III Fórum da Indústria Automobilística, promovido por Automotive Business dia 9 de abril no Golden Hall do WTC, em São Paulo, promete ser encontro decisivo para compreender o impacto do novo regime automotivo. Como mostra a matéria de capa desta edição, decreto procura corrigir imperfeições do projeto original, de setembro de 2011, traz estímulos para atração de novas fábricas e exige maior aporte dos fabricantes em pesquisa e desenvolvimento, oferecendo linhas de crédito a juros baixos em troca de conteúdo local. As regras podem reduzir as incertezas dos investidores e apressar o maior ciclo de investimentos na história da indústria automobilística brasileira, com inversões de R$ 60 bilhões até 2016. A maior parcela dos recursos virá, como era de se esperar, de fabricantes tradicionais. O governo quer assegurar maior poder de competição do parque industrial, no mercado interno e nas exportações. O consumidor quer ter melhores escolhas, preços e avanços tecnológicos de nível internacional. Um dos desafios embutidos nesses objetivos é assegurar conteúdo expressivo de peças nacionais nos carros brasileiros. Até agora, assegura o Sindipeças, que representa os fornecedores, há nacionalização de fachada apenas – muito distante dos 65% exigidos para evitar o chamado IPI gordo. É previsível que dificuldades básicas da indústria brasileira, como a fragilidade da infraestrutura, e a baixa capacidade de gestão do governo continuem conspirando contra todas as boas intenções. É preciso torcer, no entanto, pelo sucesso dos ministérios do Desenvolvimento (MDIC) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) ao incentivar a pesquisa, desenvolvimento e inovação. Fazem parte desse esforço o estímulo à eletrônica embarcada e um programa de eficiência energética, para premiar com menor IPI os veículos de melhor desempenho no consumo de combustível – e consequente redução de emissões (leia nas páginas iniciais). O Prêmio REI, de Automotive Business, revelou os 64 finalistas que vão disputar os troféus para as melhores iniciativas do setor, avaliadas sob o prisma da excelência e inovação. Confira nesta revista. Os eleitos de 2012 serão premiados em maio, após etapas de votação no III Fórum da Indústria Automobilística e em hotsite fechado, com senha e CPF, para evitar a duplicação de votos entre os leitores da newsletter Automotive Business. Até a próxima edição.
Editada por Automotive Business, empresa associada à All Right Comunicação Ltda. Tiragem de 12.000 exemplares, com distribuição direta a executivos de fabricantes de veículos, autopeças, distribuidores, entidades setoriais, governo, consultorias, empresas de engenharia, transporte e logística e setor acadêmico. Diretores Maria Theresa de Borthole Braga Paula Braga Prado Paulo Ricardo Braga Editor Paulo Ricardo Braga Jornalista, MTPS 8858 Redação Giovanna Riato, Mário Curcio, Paulo Ricardo Braga, Pedro Kutney e Sueli Reis Colaboradores desta edição Fernando Calmon, Igor Thomaz, Jairo Morelli, Luciana Duarte, Marta Pereira, Natalia Gómez, Renato Perrotta, Solange Calvo Design e diagramação Ricardo Alves de Souza Fotografia, produção e capa Estúdio Luis Prado Tel. 11 5092-4686 www.luisprado.com.br Publicidade Paula B. Prado Carina Costa Greice Ribeiro Monalisa Naves Atendimento ao leitor, CRM e database Josiane Lira Fernanda Luchetti Comunicação e eventos Carolina Piovacari Media Center e WebTV Marcos Ambroselli Thais Celestino Impressão Margraf Distribuição ACF Acácias, São Paulo Redação e publicidade Av. Iraí, 393, conjs. 51 a 53, Moema, 04082-001, São Paulo, SP, tel. 11 5095-8888 redacao@automotivebusiness.com.br
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ALTA RODA
luis prado
FORTES EMOÇÕES
Fernando Calmon é jornalista especializado na indústria automobilística fernando@calmon.jor.br
Leia a coluna Alta Roda também no portal Automotive Business. PatrocinadorA
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ais coisas vão mudar nos próximos meses em termos de importação e de produção interna. Apesar do intervencionismo meio atabalhoado do governo federal, um caminho parece aberto para incentivar mais fabricantes no Brasil. A renegociação do acordo automobilístico com o México aponta nessa direção. Aliás, este possui cláusula de saída de qualquer das partes: se decidido, haveria um período de 14 meses durante o qual tudo permaneceria como antes. O Brasil exportou, de 2000 a 2011, ao mercado mexicano cerca de 1,5 milhão de veículos e importou 500.000. O balanço nos é favorável em US$ 13 bilhões. No entanto, ocorreram mudanças importantes no período. O México possuía uma moeda forte e a nossa havia passado por desvalorização severa. Hoje, o real está valorizado e o peso, enfraquecido. O fator cambial fica esquecido muitas vezes. Para efeito prático, o imposto de importação, para quem paga, de 35% foi zerado (em termos reais) há muito tempo e se pode considerá-lo até imposto negativo. Mas as tolices continuam sendo repetidas quando se comparam preços.
Na realidade, o Brasil deseja equilibrar o comércio promovido com o México. O intercâmbio livre atual só inclui automóveis e comerciais leves e com dólar a R$ 1,70 as exportações só não pararam porque ficaria muito caro voltar depois. Caminhões e ônibus brasileiros têm de pagar imposto de importação lá e como seu preço é dez vezes superior a um automóvel pequeno, uma alíquota zerada melhoraria a relação de troca. Outro equívoco é comparar o índice mínimo de nacionalização de 30%, no México e 65%, no Brasil. As fórmulas de cálculo diferem, porém, ao final se equivalem. Ocorre que o conteúdo local das marcas há mais tempo produzindo aqui supera os 85% e, novamente, o fator cambial distorce comparações. Carro argentino, por exemplo, importado para o Brasil tem, em média, maior conteúdo de peças brasileiras do que a montagem do Hyundai Tucson, em Anápolis (GO). Tudo dentro da lei, porém os custos de produção são bem diferentes e, por consequência, as condições de venda, incluindo aí investimentos em marketing. A negociação Brasil-México valerá também para o Mercosul e pode se arras-
tar por semanas. Acordo deve sair, nem que se retorne ao regime de cotas, válido entre 2000 e 2006. Inequivocamente, fabricantes como Mazda e Mercedes-Benz querem se instalar no México, com sua moeda enfraquecida, para exportar ao Brasil. A Nissan fará investimento pesado lá, mas preferiu não arriscar e também terá fábrica no País, em Resende (RJ). Para o consumidor interessa mais automóveis produzidos no País e que a concorrência abaixe os preços. Ninguém vai se instalar para fabricar velharias. Com a decisão da BMW (ainda não pormenorizada) da fábrica brasileira, a Mercedes-Benz já acenou, à luz da discussão do acordo, voltar a produzir aqui. Quem sabe, a Audi também. Por fim, importar é atividade complicada em qualquer mercado. Há riscos cambial, legislativo e de logística, entre outros. Em 1999, o real se desvalorizou ante o dólar, de R$ 1,10 para R$ 2,00. Quatro anos depois, beirou os R$ 4,00. Marcas e redes de assistência foram a nocaute, sem mudança de alíquota de nenhum imposto. Todos precisam estar preparados para fortes emoções.
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Fernando Calmon
RODA VIVA CIVIC (foto) deve ir bem no Brasil com as reformulações do modelo 2012, principalmente no interior, com até duas telas, uma delas sensível ao toque e que inclui navegador. Mudanças de estilo foram pequenas. Mecanicamente há evoluções sutis, no dia a dia urbano e em estradas. No entanto, o carro ficou mais na mão, sem dúvida. Porta-malas cresceu à custa do estepe estreito. Fabricantes europeus colocam em dúvida as potências altas declaradas por marcas sul-coreanas, em motores de especificações comparáveis. A desconfiança se dá em relação à medição em dinamômetro. Há sempre pequenas variações na potência máxima indicada. Em geral, vale a leitura média. Engenheiros “espertos” preferem declarar apenas os picos... COTAÇÕES entre moedas mudam o panorama ao longo do tempo. O Fusca, por exemplo, teve seu fim apressado quando o marco alemão subiu muito em relação ao dólar, nos anos 1970. Valorização do euro levou fabricantes europeus a abrir fábricas nos EUA. E os japone-
ses, com a recente escalada do iene, só pensam em construir novas instalações fora do seu país. SPORTAGE flex de 2 litros segue a mesma fórmula de privilegiar o desempenho com etanol, em termos de potência e torque. São 178 cv (mais 5,3%), porém a Kia não informa o consumo, impedindo a comparação correta entre os combustíveis. Câmbio automático de seis marchas também é novidade no utilitário esporte sul-coreano. Mantidas opções 4x2 e 4x4. CHERY já vende, sem prévio aviso, o monovolume compacto Face com motor flex de 1,3 litro/91 cv. Trata-se da mesma unidade motriz do hatch S18. Parte de R$ 30.000, ainda sem aplicação do valor elevado do IPI. Pelo menos os chineses tendem a absorver essa diferença.
CÂMBIOS automáticos convencionais não são o ponto forte de fabricantes franceses, até por falta de interesse de compradores, que preferem câmbio manual, em especial na França. Houve alguma melhora, porém o Peugeot 308 perde muito de sua vivacidade em desempenho, mesmo com motor de 2 litros. As trocas de marcha são hesitantes e lentas, abaixo do padrão. ENTRE as coisas estranhas que, às vezes, se leem nos manuais de proprietários está uma curiosa recomendação da Toyota. No Corolla flex, a cada 10.000 km, o proprietário deveria se lembrar de abastecer com um tanque de gasolina, caso utilize sempre etanol. É flex ou não é? Que seria dos motores puramente a etanol, dos anos 1980, se só podiam utilizar um combustível? Se alguém esquecer da reco-
mendação do manual, não há problema, segundo a fábrica. Ah, bom! AUDI Q3 impressiona pelo estilo atual, em particular visto de ¾ de traseira, interior muito bem cuidado e combinação de recursos eletrônicos. Dimensionalmente semelhante ao Tiguan, o modelo oferece mais 11 cv, quatro opções de controle de rodagem e um sistema atualizado do conhecido recurso de roda-livre para poupar combustível. Estará no mercado em abril. MAGNÍFICO motor quatro cilindros turbo de 1,6 litro/165 cv (projetado pela BMW) passa a equipar o Peugeot 408. Trata-se da mesma unidade já usada nos 3008 e RCZ, além dos Minis. Será a versão de topo, Griffe THP, deste sedã derivado do 308/C4, fabricado na Argentina, ao preço de R$ 81.490.
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FÓRUM DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
AUDITÓRIO do Fórum em abril de 2011, no Golden Hall
RELACIONAMENTO E INSIGHTS ESTRATÉGICOS A TERCEIRA EDIÇÃO DO FÓRUM DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA AVALIARÁ O IMPACTO DO REGIME AUTOMOTIVO, DOS NOVOS EMPREENDIMENTOS E PLATAFORMAS. UM DOS DESTAQUES SERÁ O NETWORK CAFÉ, UM WORKSHOP DA CADEIA DE PRODUÇÃO
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omo evoluirá o mercado automotivo em 2012? Como ficarão as empresas do setor automotivo diante do novo decreto para disciplinar o regime automotivo, estendendo até 2016 o IPI gordo e criando flexibilidade para novos empreendimentos? O crédito presumido do IPI será um atrativo para apressar a
construção de fábricas no País? O governo vai fiscalizar o volume de peças nacionais incorporadas aos veículos, como gostaria o Sindipeças? Como evoluirão as relações de comércio com México e Argentina? Quem vai ganhar e perder com o pacote? Automotive Business convidou profissionais relacionados à cadeia de
suprimentos e produção para avaliar essas questões, que afetam diretamente os investidores responsáveis por aportes da ordem de R$ 60 bilhões em novas fábricas, produtos e serviços até 2015 – o maior ciclo de investimento na história do setor. Eles terão um encontro oportuno no III Fórum da Indústria Automobilís-
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tica, dia 9 de abril no Golden Hall, palco de alguns dos maiores eventos promovidos na capital paulista, para uma reflexão sobre as profundas transformações no parque industrial. Uma das atrações do fórum será o Network Café, que promoverá encontro entre profissionais da cadeia de suprimentos e os representantes das áreas de compras e engenharia de montadoras de veículos leves e pesados. O encontro ocorrerá no andar abaixo do Golden Hall, onde haverá estandes dedicados a cada fabricante que confirmou presença. A expectativa é reunir 60 profissionais à disposição dos fornecedores.
NETWORK CAFÉ durante a segunda edição do Fórum Automotive Business
ECONOMIA E INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA EM PAUTA
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programa terá início com uma Nóbrega, sócio-diretor da Tendências avaliação do mercado de com- Consultoria, fazer a leitura dos cenábustíveis, ouvindo ponderações do rios para a economia. Painel sobre o CEO da Cosan, Marcos Lutz, e avalia- mercado de caminhões terá a presenção do programa de eficiência ener- ça de Alcides Cavalcanti, diretor de gética que integrará o regime automotivo, com apresentação de Paulo Cardamone, diretor-geral para a América do Sul da IHS Automotive, que realizou estudos para dar suporte às decisões do governo. Um painel de debates sobre a evolução das compras automotivas terá os diretores mailson da nóbrega: de compras João Pimentel, leitura dos cenários econômicos da Ford, Orlando Cicerone, da GM, e Osias Galantine, da Fiat; e o gerente-executivo de compras Renato Abel Crespo, vendas e marketing da Iveco; Oswaldo da Volkswagen do Brasil. Os quatro Jardim, diretor de operações da Ford acompanharão o Network Café, que Caminhões; Ricardo Alouche, diretor dará espaço, na sequência, à entre- de vendas e marketing da MAN Latin vista com Paulo Butori, presidente America; e Tânia Silvestri, diretora de do Sindipeças, tendo como questões vendas e marketing de caminhões na centrais o conteúdo de componentes Mercedes-Benz. Diretores responsáveis por novos nos carros e as relações comerciais empreendimentos no Brasil falarão com México e Argentina. Caberá ao ex-ministro Mailson da de seus planos. Foram confirmados
para o painel Luis Curi, presidente da Chery Brasil; Marco Antonio Davila, presidente da DAF; Reinaldo Muratori, diretor de engenharia e planejamento da Mitsubishi Motors; Sérgio Habib, presidente da JAC Motors Brasil, além de executivo da Fiat Automóveis que apresentará o programa da empresa para o polo de Pernambuco. A etapa final terá Cledorvino Belini, presidente da Anfavea, e a sócia-diretora da Prada Consultoria, Letícia Costa, ao lado de convidados de montadoras e do governo. O terceiro Fórum Automotive Business repetirá ingredientes dos eventos anteriores, como promover no megaespaço das palestras uma exposição de produtos, tecnologias e serviços. Nos intervalos do programa os participantes farão networking, visitarão estandes e participarão de ações promocionais, especialmente no Network Café. Haverá novidades, como palco central e projeção dinâmica com até oito quadros na tela dupla de 18 m de largura. n
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mercado
| lançamento s10
S10 TEM PROJETO NACIONAL NOVA GERAÇÃO CHEGA PARA MANTER A LIDERANÇA Mário CUrcio
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ezessete anos após o lançamento da primeira geração, a General Motors apresentou a nova Chevrolet S10. Na picape reformulada, o projeto de design e engenharia foi desenvolvido no Brasil. A linha de São José dos Campos (SP) recebeu R$ 800 milhões de investimento para produzi-la. Essa é a única fábrica que irá montá-la na América do Sul. “Podemos produzir cerca de 4.500 unidades por mês”, estima o vice-presidente de engenharia da GM, Pedro Manuchakian. A picape, segundo ele, tem índice de nacionalização entre 65% e 70% e começou a ser feita no Brasil em janeiro. Da Tailândia, onde a caminhonete é montada desde o segundo semestre de 2011, vêm alguns componentes forjados para suspensão. A oferta de opções é grande e a lista tem 11 preços diferentes. “Haverá 21 versões até agosto. As próximas opções (com acabamentos simplificados) serão voltadas a frotistas”, revela o diretor de marketing do produto, Hermann Mahnke. Esses clientes são empresas com demandas no campo como Bayer, Syngenta e Monsanto. Em regra, adquirem cabines duplas com motor a diesel e tração 4x4. “As
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companhias elétricas também são grandes compradoras da S10. Usam cabines simples, a diesel ou flex.” Na tabela atual, a versão mais em conta é a LS Cabine Simples com motor flex, tração 4x2, câmbio manual de cinco marchas e preço sugerido de R$ 58.868. Para a mais completa, uma LTZ Cabine Dupla que associa motor a diesel, tração 4x4 e câmbio automático, o valor informado é de R$ 135.250. A GM espera manter a liderança entre as médias mesmo com a chegada da nova Ford Ranger, que também passou por mudanças e estará à venda em breve: “Sabemos que todo o mundo estará atrás de nós e respeitamos a concorrência, mas temos um produto competitivo”, disse Manuchakian. Em 2011 foram emplacadas 42.818 unidades da S10, 33.259 da Toyota Hilux, 22.140 da Mitsubishi L200 e 14.988 da Ford Ranger. Entre as mudanças que a S10 recebeu está um novo motor turbodiesel. O projeto é da italiana VM Motori, da qual a General Motors é dona de 50% (os outros 50% são
da Fiat). A GM licenciou a MWM International para produzi-lo no Brasil. Ele é feito em Canoas (RS) e utiliza a tecnologia EGR de recirculação dos gases de escape para atender aos novos limites de emissões. A cilindrada é a mesma do propulsor antigo, 2,8 litros, mas a potência subiu para 180 cv. A turbina utilizada é uma Honeywell Garret com geometria variável. O ângulo das palhetas é alterado por um atuador elétrico em vez das câmaras de vácuo convencionais, o que melhora as respostas do turbo em diferentes rotações. O motor 2.4 flexível recebeu cárter estrutural de alumínio, mudanças na admissão, escape e gerenciamento eletrônico mais sofisticado. Perdeu 1 cv de potência, mas ganhou torque. Rende até 147 cv e produz 24,1 m.kgf de torque. As transmissões utilizadas também são diferentes. A caixa manual é feita pela Eaton. Tem carcaça de alumínio e utiliza sincronizadores triplos para primeira e segunda marchas a fim de facilitar os engates. A ré também é sincronizada. Os engates ainda não são leves como num carro de passeio, mas estão um pouco mais próximos disso. A transmissão automática tem seis marchas e permite
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trocas sequenciais na alavanca. É semelhante àquela que equipa o Cruze. A tração 4x4 e a reduzida mantêm o acionamento elétrico, por um botão no painel. COMPRADOR Ao detalhar o atual perfil dos compradores de S10, o diretor de marketing da GM, Gustavo Colossi, revelou: “Vinte por cento deles estão na cidade de Goiânia (GO), enquanto São Paulo (SP) tem 6%.” Outros mercados importantes para a picape são Cuiabá (MT), Campo Grande (MS) e Ribeirão Preto (SP). “Dos compradores, 45% são fazendeiros ou empresários; 41% rodam com a picape ao menos uma vez por semana em estrada não pavimentada; e 45% vivem em
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cidades com menos de 500 mil habitantes.” Colossi também acredita no sucesso da picape por causa do crescimento do setor agropecuário brasileiro: “De 1995 para 2011, a produção de grãos do Brasil saltou de 79,3 milhões para 159,4 milhões de toneladas. Em 1996 o País exportou 150 mil toneladas de carne bovina e esse número passou a 1,094 milhão de toneladas em 2011.” O avanço na produção de etanol foi lembrado por Colossi. MELHOR PARA DIRIGIR Melhorou bastante a posição de dirigir da S10. O formato do banco, tamanho do volante e disposição dos instrumentos estão mais próximos do interior
de um automóvel. O acabamento não impressiona, mas condiz com a proposta da picape. As suspensões garantem conforto e boa estabilidade até mesmo em piso ondulado. A versão cabine dupla anterior tinha suspensões macias demais, o que prejudicava seu controle em curvas. Isso mudou na nova geração. Outro destaque são as dimensões da cabine. Os passageiros de trás têm mais espaço para os joelhos e se sentam em posição mais confortável. As caçambas têm volume entre 1,57 m³ (cabine simples) e 1,06 m³ (cabine dupla). As versões a diesel são mais agradáveis de dirigir por causa da potência extra, mas o motor 2.4 flex também tem boas respostas. n
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mercado
Ramalho: Dot é simples e acessível
nanotecnologia para inibir roubos
E marchionne pode levar sistema tetrafuel aos EUA CEO DO GRUPO FIAT CHRYSLER APOSTA EM MAIOR UTILIZAÇÃO DO GÁS NATURAL NA AMÉRICA DO NORTE
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emos caixa suficiente para investir nas tecnologias de redução de emissões. E também já temos soluções desenvolvidas, como o sistema Tetrafuel, que você conhece melhor do que eu no Brasil.” Assim Sergio Marchionne, CEO da Fiat Chrysler, respondeu a Automotive Business sobre como levantaria recursos para investir no desenvolvimento de soluções para atender legislações cada vez mais restritivas. Projetado no Brasil pelo braço de componentes do Grupo Fiat, a Magneti Marelli, o Tetrafuel foi adotado pela primeira vez em 2006 no Fiat Siena. O sistema multicombustível permite que o motor funcione com gás natural ou 100% de gasolina, 100% de etanol ou a mistura dos dois em qualquer proporção. Marchionne avalia que a invenção brasileira pode ser usada
nos Estados Unidos. “É possível, está pronto, podemos usar.” Para isso, Marchionne torce para que o país passe a incentivar o maior uso de gás natural, abrindo espaço para o Tetrafuel. Mas o chefe da Chrysler e Fiat avalia que as apertadas metas de economia impostas pelo governo americano (algo como 23,4 km/l até 2025) serão atingidas de uma forma ou de outra. “Se não pudermos cumprir objetivos mais de uma década adiante será melhor fecharmos as portas e fazer outras coisas”, brincou Marchionne, em coletiva a jornalistas americanos, concedida logo após sua palestra no congresso anual dos concessionários americanos, em Las Vegas. “Minha melhor leitura do futuro é que as respostas para bater as metas de 2025 envolvem o uso de múltiplas tecnologias.” (Pedro Kutney) n
nquanto a introdução do chip de identificação veicular sofre adiamentos, o sistema Dot, da DNA Security, do grupo Dekra Brasil, utiliza nanotecnologia para inibir roubos e permite a rastreabilidade e rápida identificação de componentes automotivos via bancos de dados na Internet. Até 7 mil micropontos, invisíveis a olho nu, gravam nas peças um código único identificável globalmente. “É um sistema revolucionário, capaz de melhorar a segurança de motoristas, mercadorias transportadas e gerenciadores de risco. A tecnologia reúne simplicidade e inteligência a custo acessível”, assegura José Ramanho, consultor de negócios da Dekra, explicando que até modernos aparelhos de rastreamento eletrônico já podem ser anulados pelos jammers, popularmente conhecidos como “capetinhas”. A aplicação do Dot em um carro custa R$ 199 e o selo colocado no para-brisa adverte que as peças estão marcadas e deixaram de ser interessantes para o comércio ilegal. Utilizado em larga escala por fabricantes de motos ou automóveis, o serviço custaria apenas uma fração do valor cobrado no varejo e poderia se tornar um antídoto contra roubos. A tecnologia ainda não foi comprada por montadoras.
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agenda do setor automotivo dita novas regras sistemas de Freios ABS, airbags, proconve p7 e L6, chip do siniav e política de resíduos sólidos são temas em pauta do setor Igor Thomaz
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egurança, vigilância, reciclagem: 2012 mal começou e uma parte importante de sua agitada agenda automotiva já foi colocada em prática. No ano em que o setor deverá equipar 30% dos modelos produzidos com sistema de freios ABS, podemos comemorar também a chegada do Proconve P7, que exige veículos pesados menos poluentes, e outros avanços. “Uma grande conquista é a nova norma de colisão frontal com critério biomecânico, que já está valendo. Todo veículo lançado no País será submetido ao teste”, comenta Marco Saltini, vicepresidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A norma prevê o uso de dummies em crash tests. Munidos de sensores, eles simulam os efeitos de um acidente no corpo humano. Em 2014, todos os modelos vendidos no Brasil passarão pela prova. Já o Sistema Nacional
marco saltini, vice-presidente da Anfavea
de Identificação Automática de Veículos (Siniav), com início previsto para setembro, depende do poder público, que instalará as antenas de monitoramento e o chip. “Temos apenas que reservar uma área no para-brisa para alojá-lo e evitar que o sistema cause interferência eletromagnética no veículo”, observa o executivo. PROCONVE L6 As mudanças seguem em 2013, com a fase L6 do Proconve, que exigirá veículos leves menos poluentes, e os freios ABS
gm promove crash test no campo de provas de Indaiatuba, SP
HARLEY BUENO, diretor da AEA
chegando a 60% da frota, número que saltará a 100% em 2014. No mesmo ano, todos os automóveis produzidos contarão com duplo airbag e toda a frota receberá o chip do Siniav. “Estas questões estão equacionadas, a lição de casa tem sido feita pelo setor”, comenta Saltini. Em discussão, a Política Nacional de Resíduos Sólidos regulamentará a reciclagem de todas as peças dos veículos gravemente sinistrados. “A reciclagem de pneus, baterias e lubrificantes é um sucesso e o mercado percebeu sua rentabilidade. Aço e vidro temperado também passam pelo processo, mas ainda não há regulamentação, é difícil dizer quando existirá uma lei abrangente”, diz Harley Bueno, diretor de reciclagem e segurança veicular da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA). n
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MERCADO
APERTO NA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NOVAS REGRAS SOBRE CONSUMO E EMISSÕES SÃO PREPARADAS PARA INTEGRAR O REGIME AUTOMOTIVO Paulo Ricardo Braga
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em alarde, o governo promove estudos para adotar uma legislação de eficiência energética e emissões de CO2 para completar as regras do novo regime automotivo, em próxima etapa, e atender a demanda do mercado por veículos mais eficientes. Um dos objetivos será o alinhamento a padrões globais, incorporando ao programa metas de eficiência definidas pelo Ministério do Desenvolvimento (MDIC) e Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), mobilizando o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “Europa, Estados Unidos e Japão têm legislado sobre o tema há mais de uma década. Para ter uma industria automobilística competitiva, o País tem de se alinhar às metas internacionais, definidas por governos que se preocupam com a sociedade e o meio ambiente”, analisa Paulo Cardamone, diretor geral da IHS Automotive para a América do Sul, que coordenou estudos para subsidiar a tomada de decisão. O programa em discussão, para veículos leves, deve ter metas
de um lado, e pela legislação, de outro, a indústria será estimulada a produzir veículos mais eficientes, com incentivos tributários na esfera do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Sabese, por informações de bastidores, que a maioria dos fabricantes de veículos já está empenhada em desenvolver novas famílias de motores e implantar novas fábricas. A Ford anunciou aporte em Camaçari, BA, para fabricar motor de 3 cilindros que equipará a nova geração do Ka. Em paulo cardamone, diretor geral Joinville, SC, avançam as da IHS Automotive na América do Sul obras da GM na área de powertrain. A Volkswagen produzirá os novos EA progressivas em quilômetros por 211 em São Carlos, SP, e a Fiat, litro para etanol e gasolina definidas depois de promover investimentos a curto prazo, embora seja difícil na modernização da fábrica de cobrar das montadoras respostas Campo Largo, PR, avalia a melhor à nova legislação antes de 2015 ou solução para abastecer a produção 2016. Haverá benefícios para as em Pernambuco. A Mitsubishi marcas que superarem os objetivos terá unidade para propulsores e penalidades para as que ficarem em Catalão, GO. A PSA Peugeot abaixo das expectativas, como Citroën, com a Bosch, eliminou acontece na Europa e Estados o tanquinho de seus motores flex Unidos. Está previsto um sistema de e, em segunda etapa, lançará etiquetagem, alinhado à legislação motores de 3 cilindros eficientes, de eficiência energética, tendo possivelmente com blocos de como foco o consumidor, dentro de alumínio e injeção direta. Cada montadora vai encontrar parâmetros técnicos. a melhor solução para melhorar o consumo e reduzir emissões, NOVOS MOTORES na maioria das vezes recorrendo Pressionada pelo mercado,
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OS NOVOS MOTORES BRASILEIROS TERÃO COMO REFERÊNCIA PADRÕES AVANÇADOS DEMONSTRADOS PELO FORD ECOBOOST 1.0, QUE EQUIPA O NOVO FOCUS EUROPEU a soluções globais já disponíveis, seja para downsizing ou aplicação de turbo, injeção direta, controle variável de válvulas (VVT), redução de peso de componentes e outras tecnologias avançadas. Os veículos importados, hoje em geral mais eficientes do que os nossos, serão submetidos às mesmas regras. “O Brasil é praticamente o único grande mercado sem legislação de
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eficiência energética, o que deixa as montadoras locais sem obrigação de adicionar tecnologia aos sistemas de propulsão. O que se buscou até agora foi oferecer motores baratos e não competitivos do ponto de vista global”, alerta Cardamone, explicando que as regras de eficiência energética permitirão que o País volte a concorrer em mercados internacionais. n
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mercado
MERITOR GANHA FÔLEGO EM BARUERI UNIDADE DE AFTERMARKET PROJETA RECEITA 25% MAIOR EM 2012
A
inauguração do novo centro na América do Sul. Pelas projeções de operações da Meritor para de Morino, a receita da empresa o segmento de reposição, na reposição para o segmento de em Barueri, a 30 km de São Paulo, pesados deve avançar cerca de 20% trará duplo benefício para a empresa. este ano. O crescimento só não será De um lado, permitirá expandir seus maior porque as operações com esforços de comercialização no componentes remanufaturados, mercado de reposição, que promete como eixos, ainda não emplacaram crescer em 2012. Ao mesmo tempo, de forma decisiva, como ele gostaria: a mudança abrirá espaço, no local “É uma questão quase cultural. Há ocupado anteriormente, em Osasco, poucos casos de avanços rápidos SP, para atender as duas fábricas nessa atividade”, explica. da marca que aceleram as linhas Os negócios poderiam evoluir de montagem para acompanhar melhor também se o governo o ritmo do mercado de veículos argentino não estivesse dificultando comerciais. bastante as importações de Angelo Morino, diretor geral componentes automotivos. Morino da Divisão de Aftermarket, esteve estima que as vendas ao país vizinho empenhado nos últimos meses vão cair 50% no primeiro trimestre, em definir a mudança e estruturar tendo em vista as restrições, que os 5.000 m2 que serão dedicados possivelmente têm o objetivo de ao estoque e distribuição logística forçar a produção local e equilibrar a de eixos, cardãs, componentes de balança comercial argentina. freio e suspensão a toda a América O centro de distribuição de Barueri do Sul. A nova área, 50% maior estará mais integrado à operação que a anterior, exigiu investimento global de aftermarket da Meritor, de R$ 1,7 milhão para sua adequação e traz benefícios como maior pé direito (que amplia a área de armazenamento na vertical), sistema de drenagem para reutilização da água de chuva e um interessante projeto de iluminação natural. Já teve início um intenso movimento de operadores logísticos nas dez docas da Divisão de Aftermarket preparadas para receber caminhões, que têm como rota certa a rodovia angelo morino: Meritor atende Castelo Branco e o a maioria dos fabricantes de caminhões Rodoanel de São Paulo na direção de distribuidores
que tem braços fortes na Índia, China e Austrália. As filiais naqueles países serão utilizadas, quando for conveniente, para abastecer as vendas de produtos adequados para o mercado sulamericano, combatendo a penetração de componentes concorrentes oriundos da Ásia que visam à penetração no Brasil e vizinhança. No segmento OEM a Meritor atende a maioria dos fabricantes de caminhões, veículos industriais, fora de estrada, ônibus e militares. A receita total da corporação no ano fiscal encerrado em setembro de 2011 foi de US$ 4,6 bilhões, dos quais 57% provenientes do segmento de caminhões, 22% do segmento de indústrias e 21% da área de reposição e reboques. A operação na América do Sul respondeu por 15% do faturamento global. No Brasil ela distribui componentes com as marcas Meritor, Master, Suspensys, Timken e Euclid. Nos planos para 2012 a Meritor inclui um esforço extra para oferecer aos clientes pacotes completos de sistemas, componentes e serviços. “Pretendemos convencer prospects de que eles podem encontrar conosco todas as soluções para a reposição de veículos comerciais”, observa Morino. Com alguma folga na área de armazenamento e nos sistemas logísticos, ele pretende abrir outras frentes de receita, como serviços logísticos para terceiros. n
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P7 traz negócios para voss ALEMÃ QUER CRESCER 5% EM 2012
A
decolagem do Proconve 7 abre boas perspectivas de negócios para a multinacional alemã Voss Automotive, que possui duas fábricas em Diadema, no ABC paulista. Especialista em mangueiras e conexões automotivas, a empresa está ainda praticamente sozinha no suprimento a sistemas que utilizam as tecnologias SCR, de póstratamento dos gases com a injeção da solução de ureia (Arla 32) no escapamento. Nessas aplicações, os componentes devem ser imunes ao efeito corrosivo do produto químico e as tubulações utilizam poliamidas (nylon) nas paredes internas. Em 2011 a Voss faturou cerca de
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R$ 100 milhões com as operações no País, atendendo a maioria das montadoras. Sergio Andreatini, presidente, projeta uma evolução de 5% na receita em 2012 e aposta na comercialização de produtos com maior valor agregado para chegar a essa meta. Ele admite, no entanto, que no segmento de veículos comerciais pode haver até uma redução nos volumes, ante as vacilações nas compras de caminhões novos, que agora devem atender a legislação de emissões mais rígida, equivalente a Euro 5. “Vamos crescer com a evolução do mercado interno, que pode dobrar nos próximos anos. Esperamos
sergio andreatini aposta nas novas tubulações para Euro 5
atender os fabricantes recém chegados ao País no segmento de pesados, como DAF e Sinotruck, e algumas marcas no segmento de leves”, observa o executivo, que trabalhou na Siemens VDO e na Mercedes-Benz, na área de desenvolvimento, antes de se juntar à Voss. n
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CAPA|INVESTIMENTOS | REGIME AUTOMOTIVO
UMA CORRIDA DE
r$ 60 BILHÕES sob NOVO REGIME, MONTADORAS E AUTOPEÇAS iniciam O MAIOR INVESTIMENTO NA HISTÓRIA NO SETOR, ENQUANTO OS ACORDOS COM MÉXICO E ARGENTINA DERRAPAM
PAULO RICARDO BRAGA
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T
ome fôlego para uma corrida de US$ 35,5 bilhões (cerca de R$ 60 bilhões), que só terminará em 2015, quando a indústria automobilística tiver inaugurado ou ampliado quase três dezenas de fábricas de Unidade da PSA Peugeot veículos e elevado a capacidade de Citroën em Porto Real, RJ, receberá aporte extra de produção para mais de 6 milhões R$ 2,3 bilhões até 2015 de unidades/ano. O mercado interno será um dos quatro maiores do mundo ao final da maratona de investimentos, com um portfólio invejá- portados não originários do Mercosul vel de veículos para atrair clientes ou do México, dobrando para 1% os mais exigentes e ansiosos por inova- investimentos obrigatórios em P&D e ção. A Anfavea calcula que as monta- trazendo maior flexibilidade a novos doras associadas farão aportes de empreendimentos. A decisão final de US$ 22 bilhões, enquanto as empre- montar fábrica local, no entanto, passará pela análise sas de autopeda promessa de ças, filiadas ao crédito presumido Sindipeças, vão é o investimento do IPI, entendido aplicar US$ 2,5 bilhões ao ano projetado para o setor como uma espépara acompanhar automotivo até 2015 cie de poupança a ser utilizada pelo o ritmo (outros interessado quando as linhas de monUS$ 10 bilhões). O restante do pacote virá de tagem locais começarem a operar, e newcomers, que deverão acrescen- pela facilidade para atingir o grau de tar US$ 3,5 bilhões com as iniciati- nacionalização exigido, de 65%. A média anual de inversões, no civas da Chery (US$ 400 milhões, Jacareí, SP), Hyundai Brasil (US$ 600 clo atual de quatro anos, somará namilhões, Piracicaba, SP), JAC Motors da menos de US$ 8,88 bilhões, mais (US$ 600 milhões, Camaçari, BA), que o triplo da média de US$ 2,38 biDAF (US$ 200 milhões, Ponta Grossa, PR), Suzuki (US$ 60 milhões, Itumbiara, GO), SsangYong, Changan e Haima (US$ 300 milhões, Linhares, ES), já anunciadas, e empreendimentos projetados pela Shacman e Sinotruk (caminhões), Effa/ Lifan, BMW e Land Rover. A maioria dessas empresas aguardava o novo decreto para o regime automotivo, cujo conteúdo vazou dia 2 de março, à espera da assinatura da presidente Dilma Roussef. As novas regras valerão de 2013 a 2016, mantendo os 30 pontos extras no IPI de im-
US$ 35,5 bilhões
lhões aplicada por montadoras e autopeças de 1980 a 2011. A Anfavea computou US$ 47,3 bilhões naquele período (incluindo máquinas agrícolas e considerando valores nominais, convertidos em dólar pela taxa média de cada ano) e o Sindipeças, outros US$ 28,8 bilhões, totalizando US$ 76 bilhões em plantas, capacidade de produção, produtos e processos industriais, inovação e engenharia. Apenas em 2011 foram contabilizados aportes de US$ 5 bilhões. Haverá recursos do BNDES e bancos oficiais para assegurar a decolagem dos empreendimentos, junto com incentivos expressivos de Estados e municípios, e linhas de crédito para pesquisa, desenvolvimento e inovação, a serem anunciadas mais adiante. O País conta com 19 montadoras de veículos e 7 de máquinas agrícolas, operando 53 fábricas de motores, componentes e produtos finais nos polos industriais automotivos em oito estados brasileiros. Há cerca de 500 empresas fornecedoras de autopeças. O atual programa de investimentos avaliado em R$ 60 bilhões, acompanhado de regras mais equilibradas contidas na complementação revelada em março, pode cor-
A Chinesa Chery foi a primeira das newcomers a anunciar fábrica no País
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CAPA|INVESTIMENTOS | rEGIME AUTOMOTIVO
O alto grau de nacionalização exigida dos novos produtos de newcomers e a demora do governo em completar COM O MÉXICO as regras do regime automotivo chegou a provocar insegurança entre os TRARIA SÉRIOS investidores. Sem marcos regulatórios para balizar os novos empreenPREJUÍZOS AOS dimentos, os aplicadores ficaram em alerta, à espera de definições, e nem PROGRAMAS que sequer procuraram o Sindipeças, caminho óbvio para conhecer detalhaestão sendo damente a cadeia de suprimento. A revisão do regime automotivo, desenvolvidos que promete melhores soluções, foi atropelada em fevereiro pelas discussões com Argentina e México sobre letícia costa, sócia-diretora da Prada Consultoria as regras de livre comércio no segmento. O país vizinho passou, sisteresponder a parte das expectativas do vou concordância, como demonstrou maticamente, a bombardear as impresidente da Anfavea, Cledorvino Be- na edição do Plano Brasil Maior, no ano portações brasileiras, elevando o lini, que ao tomar posse como presi- passado, elegendo o segmento como grau de burocracia na concessão de licenças. “Pequenas falhas na dodente da entidade, em 2010, mani- estratégico e prioritário. cumentação constituem motivo pafestou o desejo de testemunhar um ra cancelamento. Assim, o fabricangrande pacto nacional em favor da novo cenário competitividade e a produção de car- A avalanche de recursos destinados te brasileiro precisa ficar de plantão ao mercado au- à espera da aprovação das licenças ros locais com tomotivo parece para começar a produzir, porque terá autopeças brasiainda pouco vul- poucos dias para enviar a encomenleiras. No entannerável ao tsu- da”, disse a Automotive Business o to, por questões será a média anual nami que des- presidente da TMD Friction Brasil, estruturais como de aportes no setor monta a econo- Feres Macul, assegurando que as dia fragilidade da mia da Europa. ficuldades chegaram a extremo. infraestrutura e baixa capacidade de gestão do gover- Repete-se, assim, com outro enredo, Enquanto a relação com a Argentino, o poder de competição dos pro- a imunidade do País à crise interna- na chega a ganhar status de pastelão, dutos nacionais avançará lentamen- cional, enquanto se esboça um porto sob vistas grossas do governo brate. O conteúdo de autopeças nacio- seguro para negócios. O cenário atu- sileiro para não agravar as dificuldanais tornou-se o grande xis da ques- al leva o minisdes internas no tão, como alerta o Sindipeças: apesar tro Guido Mantevizinho, as reda exigência de 65% de peças brasi- ga a respirar com centes disputas leiras para evitar o recolhimento do IPI certo alívio. Aficom o México, é o aporte estimado gordo, ainda é fácil burlar as regras e nal, foi ele o prinque inicialmenpara as newcomers cipal avalista das a fiscalização. te pareciam puBelini costuma enfatizar que a in- regras que dera cena, podem dústria automobilística agrega longa e ram contornos ao Decreto 7567, tido se complicar. Depois de registrar salcomplexa cadeia econômica, multipli- como o ponto de partida para estru- dos positivos expressivos na balança cadora de novas economias antes e de- turação do novo regime automotivo. comercial, o Brasil passou à condipois da fabricação de seus produtos, Não foram poucas as polêmicas no fi- ção de importador de veículos em vodesde as matérias-primas e insumos às nal de 2011, provocadas pelo conteú- lume expressivo e força para reverter autopeças, rede de distribuição e servi- do protecionista, que trazia evidentes a situação. “Algumas montadoras locais repetiram a equação do Mercosul ços automotivos. O governo compro- vantagens para os fabricantes locais.
QUEBRA DO PACTO
US$ 8,88 bilhões
US$ 3,5 bilhões
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CAPA|INVESTIMENTOS | rEGIME AUTOMOTIVO
e tornaram o México base de produção complementar”, observou Letícia Costa, sócia-diretora da Prada Consultoria, alertando que uma eventual quebra de contrato, mesmo após 12 meses de carência, traria prejuízos sérios aos programas atuais. A tentativa de acrescentar caminhões e ônibus ao acordo parece não ter despertado interesse entre mexicanos. Um dos motivos seria a facilidade de buscar nos Estados Unidos lotes de veículos comerciais usados, em bom estado, a preços irrisórios, algo que já ocorre também com automóveis, em regime de livre mercado. A disposição de endurecer a revisão do pacto revela o fortalecimento do nosso parceiro, vizinho do mercado nor- até 2008. Hoje vendemos lá fora apete-americano que abriu as portas de nas 15%”, diz Feres Macul, presidente diversos países para seus produtos da empresa especializada em materiais automotivos, coisa que o Brasil derra- de atrito para freios, como pastilhas e pa em promover. lonas, lamentando a perda de compeNão é uma tatitividade. refa das mais diLevantamenfícil compreender to da Pricewaserá a aplicação das por que o México terhouseCoo ganha preferên- montadoras associadas pers em 2011 cia de muitas emsinalizou que os à Anfavea presas, em razão custos de prodos menores custos de produção e pe- dução no Brasil são até 60% superiola facilidade de exportação. Em Indaia- res aos de países concorrentes no setuba, SP, um profissional da TMD Fric- tor automotivo. Para um índice 100 tion pode receber salário de R$ 4,2 mil da China, o Brasil fica com 160, o por mês. Trabalhador com qualificação México com 120 e a Índia com 105. equivalente na filial mexicana de Que- Aqui o aço tem preço 40% superior ao rétaro custa à empresa US$ 800, com encargos. A energia elétrica Ford Novo Ka: sob o na fábrica paulista é novo regime, o substituto será 40% mais cara que lá. produzido em Camaçari, BA Além da TMD, também Teksid e Tupy já elegeram o México como base de produção para avançar com maior facilidade no mercado internacional. “Chegamos a exportar 40% da nossa produção no Brasil
US$ 22 bilhões
PEQUENAS FALHAS LEVAM AO CANCELAMENTO DAS NOSSAS LICENÇAS DE IMPORTAÇÃO NA ARGENTINA feres macul, presidente da TMD Friction Brasil
da China, Índia e México. O preço da água e da eletricidade no Brasil (0,81 euro/m3 e 0,10 euro por kWh) é o dobro do mexicano. Quem espera mudança cambial para alterar essa realidade poderá ficar frustrado. O experiente Octávio de Barros, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, projeta o dólar a R$ 1,65, no final de 2012, muito longe do que gostariam os empresários locais. Mas ele tem outras notícias: os emergentes continuarão sendo a bola da vez, com a China crescendo a 8,2% em 2012, focada no mercado doméstico; a produção industrial brasileira avançará 2,52% em 2012, ante os mirrados 0,29% de 2011. A economia brasileira caminha para US$ 3,3 trilhões no final de 2013. “Apesar de todas as dificuldades, o mercado brasileiro ainda é um grande atrativo”, admite Macul. Concordam com o executivo as empresas que vão dirigir ao País, até 2015, os aportes de R$ 60 bilhões no setor automotivo.
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NOVAS REGRAS PARA O SETOR AUTOMOTIVO ENQUANTO NEWCOMERS GANHAM FLEXIBILIDADE PARA CHEGAR AOS 65% DE CONTEÚDO LOCAL E CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI, OS ATUAIS FABRICANTES INVESTIRÃO MAIS EM PESQUISA, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO
C
om alguma demora, marcada por prudência não demonstrada na edição do Decreto 7567, equacionado às pressas por exigência da presidente Dilma Roussef para dar partida ao novo regime automotivo, os ministérios do Desenvolvimento (MDIC), Fazenda e Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) deram passo para corrigir distorções dos pacotes anteriores. A complementação das regras do regime obrigará os fabricantes atuais a dobrar as aplicações em pesquisa e desenvolvimento para se livrar do IPI extra e os newcomers terão flexibilidade para atingir os 65% de conteúdo local, após a abertura das
linhas de montagem. Haverá, ainda, uma espécie de desconto na forma de crédito presumido do IPI na importação de veículos antes da efetiva maturação dos investimentos. As duas questões que afetam os serão decisivas para a atração de investimentos e serão analisadas caso a caso para definir a vantagem que podem trazer aos empreendimentos. A flexibilização do conteúdo local é tida como indispensável para definir a viabilidade dos novos produtos, evitando o pagamento do IPI gordo. Já a recuperação do IPI recolhido durante a construção da fábrica, na importação de veículos, tende a ser alvo de polêmica pelo
reativar exportações de veículos é um dos objetivos do novo regime automotivo
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grau de retorno financeiro, que pode ser parcial. Existe nó a desatar: parte da equipe econômica crê que o crédito presumido só valerá se houver correspondência entre o veículo importado e o produzido futuramente no País, enquanto outros advogam que a regra é contraditória, diante da rápida mudança de modelos no mercado. habilitação O decreto que recebe a aprovação da presidente Dilma Roussef avança na tentativa de aumentar o grau de tecnologia e inovação incorporado aos veículos nacionais, elevando de 0,5% para 1% a parcela do faturamento que as montadoras precisam aplicar em P&D. Em nova etapa, a política será facilitada pela oferta de crédito da Finan-
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ciadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a programas com expressivo conteúdo local, com juros da ordem de 4,5%. Portaria do Ministério do Desenvolvimento (MDIC), de 31 de janeiro, já havia habilitado todas as associadas à Anfavea para a comercialização dos veículos que produzem no Brasil sem o IPI gordo. O governo apenas examinou os processos entregues pelas montadoras, informando estarem aptas a gozar da isenção por assegurar 65% de conteúdo local e realizar no Brasil ao menos seis das onze etapas produtivas estipuladas no decreto de setembro de 2011. Nenhuma verificação in loco foi realizada. O prazo para comprovar o investimento em P&D e inovação tecnológica será ainda defi-
nido. As montadoras deverão renovar periodicamente as informações sobre conteúdo local, sujeitas a auditoria. competitividade Para uma indústria que acumula defasagens tecnológicas e duvidosos patamares de eficiência, a proteção à produção local nas fases iniciais do regime automotivo traz fôlego e reforça o poder de competir à medida que outros países incentivam suas operações automotivas a conquistar espaço no Brasil. Poucos duvidam, no entanto, que a consolidação da indústria nacional só virá mediante efetiva gestão do governo e medidas de estímulo à infraestrutura e à criação e absorção de novas tecnologias e inovação, como promete o Plano Brasil Maior nas próximas etapas. n
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autopeças
| INVESTIMENTOS
trem dos fornecedores ainda acelera
LENTAMENTE
Fábricas de autopeças devem investir US$ 12,5 bilhões até 2016, mas aportes são insuficientes para acompanhar o crescimento das linhas de produção no País PEDRO KUTNEY
A
potente locomotiva dos fabricantes de carros e caminhões no Brasil, acelerada por US$ 26,5 bilhões em investimentos projetados até 2016, puxa um longo trem de fornecedores rumo à corrida do ouro do setor automotivo brasileiro. Para participar dessa viagem, que deve levar a um mercado esperado de 5 milhões de veículos por ano já em 2015, os “passageiros” desse trem vão pagar uma cota estimada em US$ 12,5 bilhões em investimentos programados nos próximos cinco anos, ao ritmo de US$ 2,5 bilhões por ano, de acordo com o mais recente levantamento do Sindipeças com seus associados (a entidade reúne cerca de 500 fabricantes de autopeças no País). Os fabricantes de veículos no Brasil pretendem fazer novos produtos e aumentar a capacidade de dezoito fábricas de carros e nove de caminhões. Também vão construir oito novas plantas de automóveis e seis de caminhões, elevando o número total de unidades de produção de veículos no País das atuais 24 para 38, com capacidade para fazer 6,5 milhões de unidades por ano a partir de 2015. A cadeia de suprimentos também precisa crescer consideravelmente para sustentar o crescimento do setor. Ninguém parece duvidar que exis-
PARA SOBREVIVER SÃO NECESSÁRIOS INVESTIMENTOS CONSTANTES EM FÁBRICAS E PRODUTOS Virgílio Cerutti, presidente da Magneti Marelli no Mercosul
ta ouro na mina automotiva brasileira, mas não se sabe se há para todos. “Quando olhamos os planos de negócios de todos os que estão chegando até 2014, chegamos a um mercado total de 200%”, diz Virgilio Cerutti, presidente da Magneti Marelli no Mercosul, braço de componentes do Grupo Fiat que fornece para todos os fabricantes de veículos na região e fatura perto de US$ 2 bilhões por ano, na segunda maior operação da empresa fora da Itália. Apesar das precauções que devem ser tomadas com projeções otimistas
demais, Cerutti reconhece que o momento é de crescimento e a produção está aquecida em todas as treze fábricas da empresa no Brasil: “Existem oportunidades. Vários clientes estão pedindo mais produtos. Mas o mercado brasileiro de autopeças é bastante competitivo e aberto. Para sobreviver são necessários investimentos constantes em fábricas e produtos.” insuficiente A indústria de autopeças tem 60 anos de história no Brasil e forma uma ex-
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retrato da indústria de autopeças no PAÍS • 60 anos no Brasil • 75% de capital estrangeiro • 500 fabricantes (mais de 2.000 há 20 anos) • 200 empresas giram 80% da receita do setor • N os últimos 6 anos, investiu US$ 52 para cada US$ 100 aplicados pelas montadoras • Receita de US$ 55,9 bilhões em 2011
tensa cadeia de suprimentos. Nos anos 1990, grande parte das empresas nacionais foi absorvida por grandes corporações multinacionais. Hoje o capital estrangeiro domina 75% do setor. Durante o período de consolidação, muitos fornecedores desapareceram: de mais de 2 mil associados ao Sindipeças, há vinte anos, restaram perto de 500. E 200 são responsáveis por 80% do faturamento total dos fabricantes de componentes automotivos nos País. O movimento de consolidação criou um setor robusto no topo, mas ainda frágil na base, onde se encontram os subfornecedores tiers 2 e 3. Por isso, a produção e os investimentos dos fornecedores deixaram de acompanhar como deveriam o crescimento dos fabricantes de veículos. Segundo o levantamento do Sindipeças, nos últimos seis anos, para cada US$ 100 investidos
pelas montadoras finais, os fornecedores investiram apenas US$ 52. Enquanto a produção física de veículos no País cresceu mais de 100% nos últimos dez anos, a indústria de autopeças evoluiu 40%, segundo dados da pesquisa industrial do IBGE. Os investimentos dos fabricantes de autopeças no Brasil equivalem a 3,5% do faturamento do setor, que chegou a US$ 55,9 bilhões em 2011 e está projetado para atingir US$ 56,1 bilhões em 2012. Segundo o Sindipeças, o ideal seria que esse porcentual ficasse situado acima de 5%, pois os aportes atuais em expansão e modernização das fábricas de autopeças são insuficientes para acompanhar o crescimento da produção de veículos. Nesse cenário, as importações de peças estão preenchendo o espaço vazio deixado pelos fornecedores nacio-
nais. Desde 2007 a balança comercial de autopeças do País apresenta resultado negativo. Em 2011, o déficit foi de US$ 4,5 bilhões, com exportações de US$ 11 bilhões e importações de US$ 15,5 bilhões. O Sindipeças projeta deterioração US$ 1 bilhão maior desse quadro este ano, com vendas externas de US$ 11,2 bilhões, compras de US$ 16,7 bilhões e balanço no vermelho em US$ 5,5 bilhões. “A produtividade está caindo no Brasil porque falta automação e o custo de mão de obra está aumentando. Os tiers 2 e 3 também precisam mudar e se modernizar, ou a cadeia não funciona, não é sustentável”, ponderou Alexander Seitz, vice-presidente de compras da Volkswagen América do Sul, ainda no meio de 2011, ano em que pilotou orçamento em torno de US$ 10 bilhões para gastar com
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AUTOPEÇAs
| INVESTIMENTOS
É ESTRATÉGICO PRODUZIR O MÁXIMO PERTO DOS CLIENTES, MESMO QUE ISSO SIGNIFIQUE ALGUM PREJUÍZO Gábor Deák, presidente da Delphi América do Sul
US$ 26,5 bilhões é o investimento dos atuais fabricantes de carros e caminhões no Brasil até 2016 fornecedores no Brasil e na Argentina. O executivo reconheceu que aumentou suas compras externas, tanto que no ano passado o índice de nacionalização médio da Volkswagen recuou de 80% para perto de 75%. Mas Seitz garantiu que quem mais importa componentes atualmente não são exatamente as montadoras e sim os sistemistas, que entregam conjuntos prontos, considerados nacionais, com diversos itens importados incorporados. nacionalização Para Seitz, os empresários do setor de autopeças deveriam aproveitar o momento propício para modernizar suas fábricas. “Acho que nunca mais eles terão a chance de comprar máquinas tão baratas”, disse, destacando o câmbio favorável para importar maquinário. O problema é que o dólar desvalorizado também torna atraente aumentar as compras de peças no exterior. Contudo, por mais vantajoso que isso possa parecer, também é arriscado do ponto de vista logístico. Exemplo disso foram Honda e Toyota após o terremoto e tsunami que atingiram diversos de seus fornecedores no Japão, fazendo submergir a produção das fábricas em
US$ 12,5 bilhões é o que vão aplicar os fornecedores locais de autopeças para acompanhar as montadoras 14 fábricas novas serão inauguradas até 2015, elevando o total para 38 5 milhões de veículos/ano é a projeção das vendas para 2015 US$ 4,5 bilhões foi o déficit da balança comercial de autopeças, que está no vermelho desde 2007 US$ 5,5 bilhões é o déficit projetado para a balança comercial de autopeças em 2012, com exportações de US$ 11,2 bilhões e compras externas de US$ 16,7 bilhões.
todo o mundo por falta de peças. Por isso, tanto montadoras como sistemistas têm aumentado os esforços de nacionalização de componentes. O Brasil pode produzir hoje a maior parte das autopeças de que precisa, mas existem certos buracos negros na cadeia brasileira de suprimentos automotivos. São componentes que não são fabricados por nenhum fornecedor no País e precisam ser 100% importados. É o caso, por exemplo, de semicondutores e eletrônicos em geral, que ganham cada vez mais espaço nos carros. “É inviável importar tudo em um país que já produz mais de 3,5 milhões de veículos por ano. É estratégico produzir o máximo que pudermos perto dos clientes, mesmo que isso signifique algum prejuízo. Trabalhamos para aumentar o conteúdo local”, assegura Gábor Deák, presidente da Delphi América do Sul. A empresa ampliou seu faturamento na região de US$ 300 milhões em 2003 para US$ 1,2 bilhão em 2010, o equivalente a 8% das vendas da companhia no mundo. As compras de fornecedores brasileiros superam os US$ 700 milhões/ano. Os investimentos têm ficado constantes na casa dos US$ 40 milhões/ano, para elevar a produção das doze fábricas no Brasil e desenvolver produtos. “Em 2011 investimos mais em aumento de capacidade e inauguramos uma fábrica de chicotes elétricos em Conceição dos Ouros (MG). Este ano acredito que direcionaremos mais recursos ao desenvolvimento de sistemas”, conta Deák..
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AUTOPEÇAS
| INVESTIMENTOS
PROTECIONISMO TRAZ OPORTUNIDADE COM O NOVO REGIME AUTOMOTIVO, LEVA VANTAGEM QUEM JÁ ESTÁ AQUI
C
om a aceleração das importações de carros, em 2011 o governo brasileiro aumentou a taxação em 30 pontos porcentuais sobre o IPI de veículos importados de fora do Mercosul e do México, com os quais mantém acordos de livre comércio. Ao mesmo tempo, as novas regras exigem dos fabricantes locais o uso mínimo de 65% de conteúdo nacional e operações industriais locais para escapar do imposto maior. O aperto do protecionismo traz aos fornecedores já instalados a oportunidade extra de aumentar suas vendas. “A tendência é de aumento do protecionismo e leva vantagem quem já está aqui. Estamos bem preparados para isso”, diz José Manoel Fernandes, diretor de vendas e marketing da Meritor América do Sul, o maior fornecedor de eixos, cardãs e caixas di-
ferenciais para caminhões na região. Com o expressivo aquecimento do mercado de veículos pesados, o faturamento da operação sul-americana cresceu 40% no ano passado, para cerca de US$ 700 milhões, e a empresa precisou acelerar seu programa de investimentos de US$ 27 milhões no período 2011-2012, incluindo a construção de uma nova fábrica de montagem de diferenciais em Resende (RJ), para atender a MAN, um de seus maiores clientes. Se as vendas continuarem a crescer, Fernandes prevê que a Meritor terá de injetar mais US$ 30 milhões na unidade brasileira em 2013 e 2014. “Existem muitos novos fabricantes de caminhões chegando ao Brasil e nós estamos conversando com todos eles”, revela. Se por um lado os novos fabricantes de veículos que chegam ao Brasil são uma oportunidade para aumentar os pedidos de quem já está no País, também representam um risco. “Muitas dessas companhias, principalmente as asiáticas, trazem consigo novos fornecedores, que vão competir com quem já está aqui”, avalia Gá-
A TENDÊNCIA É DE AUMENTO NO PROTECIONISMO JOSÉ MANOEL FERNANDES, diretor de vendas e marketing da Meritor para a América do Sul
bor Deák, presidente da Delphi para a América do Sul. Exemplo disso é a Hyundai, que começa a produzir em Piracicaba (SP) em 2013 e já fechou contratos com 29 fornecedores, dos quais nove vêm da Coreia e nunca tinham investido no Brasil antes. De uma forma ou de outra, o fato é que o previsto expressivo aumento da produção de veículos no Brasil desperta o interesse de fabricantes de autopeças em todo o mundo. Outro exemplo disso pode ser claramente observado no comportamento da canadense Magna, que até 2009 mantinha no País só uma pequena fábrica. Em apenas dois anos, a sistemista construiu mais três unidades, comprou outras cinco e está erguendo mais duas, formando um parque de onze plantas em solo brasileiro, com aportes que devem passar de US$ 500 milhões. As oportunidades são variadas, como mostra a brasileira MVC, uma joint venture entre a montadora de carrocerias de ônibus Marcopolo (26%) e a fabricante de derivados químicos Artecola (74%). A empresa vem aumentando significativamente seu faturamento com o fornecimento de peças plásticas para fábricas de carros, à razão de 20% a 25% ao ano. As vendas somaram US$ 70 milhões em 2011 e devem saltar para US$ 80 milhões este ano. Os investimentos programados até 2015 são de US$ 13,5 milhões. “Precisamos expandir nossa capacidade para atender novos clientes. Devemos fornecer para novos projetos da Nissan, Mitsubishi e Suzuki nos próximos anos”, conta Gilmar Lima, diretor-geral da MVC.
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AUTOPEÇAs
| INVESTIMENTOS
os grandes investidores acharão as maiores pepitas P
aralelamente ao crescimento orgânico do mercado brasileiro de veículos, o aumento da renda dos brasileiros, de 33% entre 2003 e 2011, está elevando os padrões de compra da população e isso afeta diretamente os fornecedores, que são obrigados a oferecer mais itens para agregar valor aos veículos produzidos no País. O maior rigor da legislação de emissões e de segurança também força a inclusão de novos componentes. “Por isso alguns segmentos estão crescendo mais depressa do que outros”, explica Gábor Deák, presidente da Delphi América do Sul. Ele cita o exemplo do ar-condicionado, instalado em menos de 20% dos veículos produzidos no Brasil até 2007 e hoje presente em 70%, “com tendência de chegar próximo de 100%”. Desde quando assumiu a presidência da Delphi, o executivo já precisou dobrar pelo menos duas vezes a capacidade da fábrica de compressores de ar-condicionado em Jaguariúna (SP), que hoje pode produzir até 2 milhões de unidades por ano. O aperto da legislação também traz oportunidades. A Robert Bosch já anunciou que investirá cerca de US$ 13 milhões para construir, ainda este ano, uma nova fábrica de sistemas ABS, antitravamento de freios, e ESP, de controle eletrônico de estabilidade. A lei brasileira obriga a instalação de ABS em todos os veículos vendidos no País a partir de 2014, o que deverá elevar as vendas atuais do sistema da Bosch na região, hoje em torno de 500 mil unidades/ano. Para aproveitar
poluentes da norma Euro 5, adotada pelo Brasil para motores diesel desde o primeiro dia de 2012, os dois maiores fornecedores de turbocompressores precisaram fazer investimentos. A BorgWarner aplicou quase US$ 9 milhões em 2011 a fim de preparar seus produtos para o Euro 5, dentro de seu programa de US$ 40 milhões até 2013, que inclui a construção de uma nova fábrica no País, em Itatiba (SP). A Honeywell, fabricante dos turbos Garrett, investiu US$ 5 milhões e já prepara novos aportes na unidade de Guarulhos (SP). Limites mais apertados de emissões abrem espaço para o desenvolvimento de motores mais efibotelho: mais tecnologia em cientes e econômicos. Por isso carros cada vez mais compactos todos os fornecedores de componentes de powertrain no País investem para garantir seu futuro a mesma oportunidade, em breve a no mercado. “Como estratégia geral, Continental também deverá anunciar a ordem é investir em tecnologia para aumento da eficiência”, afirma Virgilio a fabricação do ABS no País. O ESP não é obrigatório, mas a Cerutti, presidente da Magneti Marelli Bosch aposta que será cada mais pro- no Mercosul, que se prepara para procurado, assim como outros itens de duzir sua nova geração de centrais segurança e conforto. “A tendência é eletrônicas de controle de motores que carros cada vez mais compactos bicombustíveis, que funcionam com recebam mais tecnologia. O acesso etanol ou gasolina, usados por mais dos países emergentes a novos siste- de 80% dos veículos novos vendidos mas também será ampliado”, avalia no Brasil. A Continental, por sua vez, Besaliel Botelho, presidente da Robert vai gastar cerca de US$ 13,5 milhões Bosch América Latina. O faturamento para montar um centro tecnológico da empresa na América do Sul supera de desenvolvimento de motores em US$ 3 bilhões por ano e o Brasil res- Salto (SP). Na corrida do ouro automotivo ponde por 80% das vendas. O esperado aumento das exigên- no Brasil, parece existir muito espacias da legislação ambiental provoca ço para antigos e novos garimpeiros, evoluções dos fornecedores. Para mas só grandes investidores acharão atender aos limites de emissões de as maiores pepitas. n
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| TÂNIA SILVESTRI fotos: crédito
entrevista
estratégias PARA VOLTAR À LIDERANÇA PAULO RICARDO BRAGA
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T
rabalhar intensamente em ações de marketing e vendas. Essa será uma das estratégias da diretora de vendas e marketing de caminhões na Mercedes-Benz do Brasil, Tânia Silvestri, para recuperar o terreno perdido pela marca no mercado interno e voltar a brigar pelo primeiro lugar do ranking nacional de vendas. Contratada há oito anos, depois de atuar na Johnson & Johnson, Whirpool (Multibras) e Compac, ela passou pelas diretorias de marketing e desenvolvimento da rede de concessionários antes de ocupar a posição atual, que aceitou enquanto ocorriam as mudanças na legislação de emissões para veículos comerciais. Casada, com três filhos, a executiva garante que gerencia bem a intensa agenda de compromissos familiares e profissionais. Nos últimos meses a carga de trabalho esteve acima do normal com as mudanças na companhia para ingressar na era do Euro 5, ou Proconve 7, no Brasil. Em paralelo à intensa atividade na empresa para adequação das novas tecnologias de powertrain ao diesel S50 e a sistemas de pós-tratamento rígidos para limpeza dos gases de combustão, ela participou da maratona para treinar a cadeia de suprimento, produção e distribuição e ensinar a lidar com as novidades, o que incluiu os funcionários da montadora, fornecedores, a rede de distribuidores e os frotistas. Passada essa primeira onda, que levou ao lançamento dos caminhões na Fenatran, em 2011, e ao início da comercialização em janeiro (as vendas devem deslanchar a partir de abril) Tânia Silvestri busca novo fôlego para colocar em prática as novas estratégias da diretoria de vendas. Agora com duas fábricas (a pioneira de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, e a reestruturada em Juiz de Fora, que já montou carros) e um portfólio de produtos totalmente renovado, é hora de aproveitar os vacilos dos adversários para ganhar participação.
ESTAMOS BASTANTE AFINADOS DO PONTO DE VISTA TECNOLÓGICO. mERGULHAMOS NA REDE DE REVENDEDORES PARA TREINAR OS PROFISSIONAIS AUTOMOTIVE BUSINESS – O que foi mais difícil na mudança da legislação para P7? TÂNIA SILVESTRI – O desafio principal foi sincronizar todas as iniciativas envolvidas, dentro da empresa e com nossos parceiros, para bater o martelo e levar os caminhões à Fenatran. A feira representou um marco para todos os fabricantes. Há alguma apreensão sobre o comportamento e uso dos motores, já que o mercado lida com novidades operacionais?
TÂNIA SILVESTRI– Estamos bastante afinados do ponto tecnológico. Mergulhamos na rede de revendedores para treinar os profissionais e continuamos promovendo campanhas educativas. Tenho boas expectativas. A Mercedes-Benz já está comercializando caminhões P7? TÂNIA SILVESTRI – Sim, desde o mês de janeiro. Mas o que ocorreu principalmente ao longo de 2011 foi a antecipação de compra dos veículos P5, ou Euro 3, dos quais
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ENTREVISTA
| TÂNIA SILVESTRI
ainda existem estoques. Os fabricantes podem faturar os caminhões P5 que estão no pátio até o final de março. Assim, abril deve marcar o início das vendas com mais força. A antecipação de compras em 2011 terá impacto sobre o volume comercializado em 2012? TÂNIA SILVESTRI – A Anfavea e a maioria dos fabricantes têm projetado um recuo de 5% a 10% nas vendas do ano. Esse recuo será causado pelo aumento no preço dos veículos? TÂNIA SILVESTRI – Haverá uma combinação de efeitos, somando a aquisição programada, já feita pelos frotistas em 2011, e também a nova tabela de preços. Qual será o aumento praticado pela Mercedes-Benz? TÂNIA SILVESTRI – Vamos aplicar um reajuste da ordem de 8%, como havíamos antecipado na Fenatran.
Outros fabricantes chegaram a anunciar reajustes maiores. Como justificar essa evolução? TÂNIA SILVESTRI – Não é difícil explicar. De um lado a própria legislação fez exigências que só poderiam ser atendidas com tecnologias e produtos mais sofisticados. O gerenciamento do motor e o tratamento das emissões são mais complexos, para reduzir de forma até certo ponto radical o impacto sobre o meio ambiente. Esse era o propósito básico. Mas a Mercedes-Benz escolheu o momento para promover atualizações tecnológicas, incorporando valor aos caminhões. Os motores serão até 10% mais econômicos. Haverá um rendimento maior do powertrain, com maior eficiência operacional. Foram agregados itens para garantir maior conforto, segurança e conectividade. O repasse poderia ter sido menor? TÂNIA SILVESTRI – O valor de tudo que foi incorporado aos veículos e os benefícios superaram bastante a
correção que foi feita nas tabelas. O ponto de equilíbrio será definido pelo mercado e pela forte concorrência no segmento de caminhões, apesar da demanda estar em patamar histórico elevado. O operador logístico está preparado para avaliar investimentos e despesas com as novas tecnologias? TÂNIA SILVESTRI – Não tenho dúvida a respeito. Seja na ponta do lápis, com a calculadora ou com softwares avançados que permitem simular as mais diversas variáveis. A Mercedes-Benz, por exemplo, comercializa uma dessas ferramentas virtuais. Como avançará o mercado de veículos comerciais até o horizonte da Copa do Mundo e das Olimpíadas? E depois? TÂNIA SILVESTRI– A Mercedes-Benz enxerga com otimismo a evolução do mercado na América Latina e atuará decididamente para ocupar
O VALOR DE TUDO QUE FOI INCORPORADO AOS VEÍCULOS PROCONVE 7 SUPERA BASTANTE A CORREÇÃO QUE FOI FEITA NAS TABELAS DE PREÇOS
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novos espaços, seja nos Brasil, que representa 80% da demanda, ou nos demais países. Os cenários para caminhões, no entanto, estão atrelados à evolução da economia. Entendo que há sinais positivos que se estendem muito além da Copa e das Olimpíadas, com a evolução da área agrícola e da infraestrutura logística.
distribuição e serviços de pós-venda serão um obstáculo importante para
newcomers. Não se trata apenas de abrir as revendas
Quais serão os desafios dos novos fabricantes de caminhões que estão chegando ao Brasil? TÂNIA SILVESTRI – Todos que nós já enfrentamos e muitos outros para a consolidação das operações de suprimento e produção. A distribuição será um obstáculo importante, já que não será fácil encontrar grupos empresariais prontos para atuar como revendedores e prestar serviços. Não se trata apenas de abrir as revendas e colocar as operações para funcionar. Será preciso conhecer os diferentes segmentos de mercado e as necessidades dos frotistas, estruturar os serviços de pós-venda. Os fabricantes tradicionais estão há anos buscando a proximidade com os clientes. Os fabricantes e importadores que estão chegando sabem que essa conquista não ocorre do dia para a noite. O desafio para as novas marcas será muito maior do que vender caminhões.
o patamar cresce para 1,10% a 1,40%. A diferença pode ser extraordinária. O financiamento oficial só está disponível para veículos com 60% de conteúdo local e, pelo menos no primeiro momento, não deve beneficiar os newcomers. A inauguração da nova fábrica de Juiz de Fora muda alguma coisa para a Mercedes-Benz? TÂNIA SILVESTRI – Será o início da retomada da liderança que já tivemos no segmento. Vamos ganhar a capacidade produtiva que faltava e também agilidade com a montagem do Actros e do Accelo em Juiz de Fora. Estamos muito motivados com a nova fábrica. A produção de caminhões já começou em Juiz de Fora? TÂNIA SILVESTRI – Sim, mas falta azeitar as linhas de montagem e a logística das operações, que é um pouco diferentes do que fazemos em São Bernardo. A produção vai crescer no tempo certo, mas já temos os Actros brasileiros para serem levados à experimentação dos frotistas.
As operações Finame são decisivas para a comercialização de caminhões? TÂNIA SILVESTRI– As taxas da Finame ficam na casa de 0,90% a 0,92% ao mês. No caso de crédito bancário
Como isso tem sido feito? TÂNIA SILVESTRI – É um programa nunca antes visto, que envolve recursos expressivos. Faz parte da nossa estratégia principal e das ações de vendas e marketing. n
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sistemistas
| dana
3.200
é o número de colaboradores da empresa no Brasil
eixos ainda representam parte importante nos negócios da Dana na América do Sul
ALÉM DO MERCADO DE CAMINHÕES a DANA AMÉRICA DO SUL RESPONDE POR 15% DA RECEITA GLOBAL DO GRUPO, que DEVE ANUNCIAR UMA AQUISIÇÃO OU UMA NOVA ÁREA DE negócios PARA AMPLIAR A ATUAÇÃO EM SEGMENTO DE MAIOR VALOR AGREGADO Natalia Gómez
C
onhecida pela atuação no setor de eixos e cardãs para caminhões no Brasil, a Dana atraiu os holofotes do mercado recentemente ao fechar acordo milionário com a Sifco para fortalecer sua presença neste ramo. Mas muito além deste setor vai a atuação da companhia norte-americana no País. Os negócios da multinacional, que caminham a passos largos no fornecimento de componentes e sistema de transmissão off road (fora de es-
trada) e de materiais de vedação para motores, como juntas, tampas de válvula e carters, devem crescer sobre novo pilar de atuação, que está para ser anunciado globalmente. O próximo passo, que terá repercussões em solo brasileiro, está sendo conduzido em segredo. O presidente da Dana para a América do Sul, Harro Burmann, nada adianta a respeito, mas explica que a companhia está se reposicionando para fortalecer a atuação em áreas que
têm grande uso de tecnologia, e portanto, com produtos e serviços de maior valor agregado, como é o caso dos materiais para vedação. O segmento, chamado de Power Tecnology Group (PTG) leva a tecnologia usada pela Dana na Europa. A companhia produz módulos de vedação com todos os componentes integrados. Uma inovação está no módulo de tampa de válvulas, produzido em termoplástico, material que o torna mais leve e econômico quando com-
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US$ 7,6 bilhões
parado à tampa metálica utilizada anteriormente no motor. A produção para o mercado nacional é feita em Gravataí (RS), e a solução modular de vedação está presente em motores da Volkswagen, Tritec e MWM-International. A unidade gaúcha produz todos os itens que o PTG fabrica mundialmente. Na área de fora-de-estrada, a companhia atende setores como construção, mineração, agrícola e militar. Assim como no PTG, neste segmento a tecnologia é europeia. “Mundialmente a Dana é líder nesta área”, diz Burmann. A fábrica voltada para veículos fora-de-estrada, situada em Gravataí, passa por duplicação que será concluída no primeiro semestre de 2012. O investimento não foi divulgado. De acordo com o executivo, a área agrícola é especialmente promissora no País. Segundo ele, a Dana acaba de fechar acordo de fornecimento com um grande cliente produtor de trato-
foi o faturamento global da Dana em 2011, somando US$ 4,5 bilhões em produtos on highway, US$ 1,8 bilhão off highway e US$ 1,8 bilhão com o PTG. A empresa projeta avanço de 5% em 2012
US$ 1,4 bilhão
foi a receita da companhia na América do Sul em 2011, com US$ 1,3 em on highway, US$ 70 milhões em off highway e US$ 60 milhões no PTG. A previsão é manter o nível em 2012 res. “Tínhamos esta atividade fora do Brasil, mas não aqui. Agora estamos com grande foco nisso”, afirma. A área de construção também entusiasma o executivo, pois hoje existe muito material importado que pode ser substituído por produto feito no País. A atividade de fora-de-estrada
da Dana era concentrada apenas na montagem no Brasil, mas a companhia já atua com 50% de material nacional e avança para internalizar a produção. O restante vem da Itália. Sobre o quarto pilar de atuação da Dana, que ainda não foi anunciado, Burmann não dá detalhes. “Não está totalmente definido, mas pode ser uma aquisição ou o anúncio de uma nova área de atuação”, diz. A América do Sul, região liderada por Burmann, corresponde a 15% dos negócios globais da companhia e gera faturamento de US$ 1,4 bilhão, com a contribuição de US$ 1,1 bilhão do Brasil. A parceria com a Sifco, concluída em 2011, foi o primeiro pacto do gênero firmada pela Dana desde seu período de concordata que terminou em 2008. No início daquele ano, a empresa contratou Gary Convis, conhecido executivo que foi o primeiro presidente não japonês da Toyota nos Estados Unidos. n
Não chego com discurso de chefe. Já estive no lugar dos funcionários Harro Burmann, presidente da Dana para América do Sul
O
presidente da Dana no Brasil fala com entusiasmo sobre a experiência com Gary Convis, o executivo que criou uma divisão da empresa por regiões autônomas, destinando um presidente para cada uma delas. Burmann, que na época trabalhava nos Estados Unidos, foi escolhido para comandar a América do Sul em 2008. Gaúcho de 44 anos, Burmann está na Dana há quase 24 anos, onde começou como estagiário na forjaria. Depois de ficar onze anos nesta área, passou por diferentes posições
como gerente geral de eixos, diretor global para motores nos Estados Unidos, até assumir a presidência da América do Sul. “Depois da forjaria, não fiquei mais de três anos em nenhum cargo”, conta. A rotina atual do executivo é um reflexo da sua ampla experiência no chão de fábrica. Diariamente, Burmann chega ao trabalho às 7 horas, veste jaleco e circula pela fábrica, exigindo o mesmo interesse de seus engenheiros. “Não chego com discurso de chefe. Sou uma pessoa que já esteve no lugar dos funcionários.”
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perfil
| AETHRA
Queremos ser reconhecidos pela capacidade tecnológica e engenharia avançada
PIETRO Sportelli, presidente
AETHRA SISTEMISTA em alta
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e você enxerga apenas empresas estrangeiras no ranking das maiores e melhores empresas de autopeças no Brasil, prepare-se para conhecer melhor a Aethra. A companhia mineira, de capital nacional, investe com determinação no parque industrial, conquista a maioria dos fabricantes de veículos da região e opera dentro de padrões internacionais. Os lucros têm sido sistematicamente aplicados na construção de novas unidades e introdução de solu-
Paulo Ricardo Braga
ções avançadas em projetos, dentro de um modelo que pode servir de inspiração para fortalecer a indústria nacional. Abrir novas frentes de negócios tornou-se rotina para o presidente Pietro Sportelli, que acompanha de perto cada encomenda dos clientes e programa de expansão da companhia. Da janela do escritório, à margem da Rodovia Fernão Dias, em Contagem, próximo a Belo Horizonte, o executivo observa sua iniciativa mais recente –
o edifício que receberá a maior parte dos 300 engenheiros da companhia. Enquanto estrutura esse núcleo high tech, que norteará o desenvolvimento tecnológico da Aethra e trabalhará em sintonia com os técnicos de cada divisão do grupo, Sportelli agendou a inauguração, para março, da planta de Córdoba, na Argentina. Será a décima unidade do grupo brasileiro na firme trajetória de expansão, driblando marolas na economia e oscilações nas encomendas das montadoras.
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R$ 1,2 bilhão
foi o faturamento da Aethra em 2011
4 mil
é o número de colaboradores da empresa O fornecimento de serviços, partes e sistemas, endereçados aos fabricantes de veículos no Mercosul, levou a uma receita bruta de R$ 1,2 bilhão em 2011, resultado que coloca a sistemista em posição privilegiada no ranking das companhias nacionais do setor. Outro empreendimento, novo em folha, em Contagem, materializou o desejo de incorporar à organização uma instalação modelo de tecnologia e eficiência. Dedicada à produção de componentes vitais para a segurança veicular, como subsistemas do eixo traseiro, travessa da suspensão dianteira e reservatórios de combustível de aço, a Thera é a menina dos olhos de Sportelli, exibida com orgulho. “O aprendizado obtido nessa planta será importante na modernização das outras filiais”, explicou. SISTEMISTA “Queremos ser reconhecidos como sistemista competente, mas também pela capacidade tecnológica e engenharia avançada”, observa Sportelli, referindo-se aos serviços integrados, desde a concepção de projetos, codesign e engenharia simultânea até os testes, simulações e início de produção. Enquanto a Thera simboliza o lado mais moderno da companhia, as instalações em Córdoba representam o primeiro passo na internacionalização
cabines completas são um dos produtos da sistemista
a thera representa o lado mais avançado da aethra, que inicia a internacionalização com a unidade de córdoba da Aethra, que já exporta produtos e serviços. A empresa, fundada em 1992, soma 18 anos no suprimento de componentes automotivos para o mercado interno. Depois de crescer próximo da Fiat Automóveis, principal cliente, da qual está distante alguns quilômetros, a empresa estruturou novas divisões na própria sede, na região metropolitana de Belo Horizonte e em outros Estados. A empresa está presente em Taubaté, SP, onde produz
grupos soldados, como a travessa do painel, e comanda o módulo de cabines no consórcio modular da MAN, em Resende, MG, respondendo pelo projeto e armação dentro da planta industrial da montadora. Duas filiais estão situadas em Curitiba, PR. Uma delas produz itens estampados de médio e grande portes, grupos montados, soldados e pintados, como a travessa do painel e a viga dos para-choques dianteiro e traseiro. A outra
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perfil
| AETHRA
Instituímos a cultura de plataformas para disciplinar o desenvolvimento de produtos e sua manufatura Caio Arantes, diretor industrial
responde por conjuntos estampados em linhas automáticas e progressivas, junto dos grupos montados e soldados, como assoalhos, subconjuntos de portas e laterais de veículos. EM MINAS A sede da Aethra, conhecida como Centauro, abriga um complexo de escritórios administrativos e instalações de serviços e produção. A equipe de engenharia trabalha em codesign, projetos e criação de protótipos e engenharia de processo para peças e sistemas automotivos. Na área fabril são produzidos grupos e subconjuntos e itens estampados de médio e grande portes, como laterais externas, capô, portas, assoalhos completos, chassis do compartimento de carga para veículos leves e subconjuntos completos dos veículos. Já a Hammer, próxima, faz itens estampados de pequeno e médio portes em linhas automáticas e progressivas, além de grupos montados, soldados e pintados, como defletores térmicos, molduras e barras de proteção das portas e bagageiros.
NOVA ORGANIZAÇÃO LEVA A PLATAFORMAS E A EQUIPES MULTIFUNCIONAIS
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nova maneira de organizar o trabalho na Aethra levou os gerentes de projeto a coordenar times multifuncionais com pessoal experiente em materiais, processo, produção e engenharia. “Instituímos a cultura de plataformas para disciplinar o desenvolvimento de produtos e sua manufatura”, revela Caio Arantes, diretor industrial. Ele assegura que a empresa possui a maior ferramentaria para a indústria automobilística do País, qualificada para projetos simultâneos. “Para nos tornarmos desenvolvedora de veículos, avançamos nos serviços de engenharia, com estações de CAD, CAM e CAE. Avançamos em soft tooling, protótipos, corte a laser 5D, criação de ferramentais, linhas de solda, montagem e produção just in time sequencial para atender todos os polos automotivos”, assegurou. Protótipos de estampados e conjuntos médios e grandes, como portas e laterais para veículos, são tarefa de uma divisão em Belo Horizonte, que fabrica modelos de cabines completas. A Aethra Betim manufatura subsistemas de eixos traseiros, travessas da suspensão dianteira e tanques. Ferramentais de produtos estampados de médio e grande portes, como portas e laterais para veículos, são feitos na Aethra TEC, que possui fresadoras para usinagem em CAM, digitalizadora computadorizada de modelos para cópia das figuras dos ferramentais e máquinas de usinagem com CNC Fídia de última geração. A divisão executa ainda o ajuste final e try out de séries produtivas.
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Marley lemos: em busca dos melhores padrões internacionais
engenharia a quatro mãos com as montadoras de veículos
C
om a ênfase na área de engenharia e desenvolvimento de tecnologia, em colaboração com fabricantes de veículos, a Aethra avança na direção dos melhores padrões internacionais no projeto e manufatura automotivos. Marley Lemos, superintendente de engenharia, cita como exemplo a utilização de aços dual phase, mais resistentes, em chapas mais finas para aliviar o peso das carrocerias e trazer ganhos na eficiência energética do powertrain. Esforços combinados com a área de engenharia trazem otimismo também ao diretor industrial, Caio Arantes, que trabalha na instalação de equipamentos para a prensagem a quente, novidade importante em tarefas de estampagem exigentes. A evolução na área de ferramentaria é outro fator para ganhar agilidade no atendimento da estamparia, como portas, laterais, tetos e para-lamas. A confecção de protótipo ainda é exigida pelas montadoras, apesar de todos os avanços na computação e projetos virtuais. A partir de propostas de estilo ou desenhos matemáticos dos fabricantes de veículos, a
engenharia da Aethra projeta e desenvolve em CAD as medidas funcionais e características técnicas e construtivas de produtos. Protótipos funcionais são criados a partir de ferramentais de baixa escala, de resina especial ou fundidos cerâmicos, que podem ser feitos em modernas máquinas a laser de cinco eixos. RESERVATÓRIOS Lemos não hesita em garantir que os reservatórios de aço trazem ganhos em relação aos similares de plástico. Ele participou do desenvolvimento dos tanques do Novo Uno e do Novo Palio e garante que o processo construtivo leva a uma economia de 25% em material, sem elevar custos de manufatura. Os reservatórios, com materiais organometálicos, utilizados também pelo VW Fox, usam chapas pré-pintadas com A-36, tinta criada nos Estados Unidos que dispensa banhos de estanho, pintura catódica e proteção externa de PVC contra batidas. Outro segredo está na solda, que dispensa adição de metal ao passar pelas “costureiras” que fazem a consolidação das partes.
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fornecedores
| prêmio honda
os MELHORES PARA A HONDA No 14o Encontro de Fornecedores, A Honda Automóveis PReMIOU os principais PARCEIROS COMERCIAIS E APRESENTOU OS PLANOS PARA 2012
A
Honda premiou, dia 24 de janeiro, no Espaço Via Appia, em Valinhos, SP, os fornecedores que se destacaram no atendimento à montadora em 2011. A fabricante de automóveis de Sumaré, no interior de São Paulo, reconheceu a atuação dos parceiros comerciais nas categorias Qualidade e Atendimento; Avaliação no Desenvolvimento do Fornecedor; Destaque Empresarial; e Atendimento a Peças de Reposição. Foram concedidos 23 prêmios, a 22 empresas (a Saint-Gobain Sekurit foi contemplada em duas categorias).
PREMIADOS Pela marca Fumagalli, fabricante de rodas de aço, a Maxion Wheels integrou a lista de premiados em Qualidade e Atendimento, recebendo também certificado de atendimento das metas de qualidade e logística. A empresa, que detém a marca Hayes Lemmerz, equipa com rodas de aço e alumínio os
modelos Fit, City e Civic produzidos na América do Sul. O diretor-geral da Saint-Gobain Sekurit, José Luiz Redondo, avaliou que o prêmio Destaque Empresarial, nas categorias Desenvolvimento e Atendimento a Peças de Reposição, é um reconhecimento ao cumprimento dos rigorosos padrões de qualidade impostos pela Honda, tanto em produtos como em serviços. Ele destacou também a iniciativa da Saint-Gobain Sekurit ao instalar unidade modular no distrito industrial de Sumaré para fornecer à montadora, em regime de pronta entrega e assistência técnica permanente, conjuntos completos de vidros (para-brisa, vidros laterais e vigia traseiro) para Fit, Civic e City. A Mubea foi premiada como Destaque Empresarial na Categoria Desenvolvimento na área de chassis, com o produto molas de suspensão. Fazem parte do portfólio da empresa barras estabilizadoras de suspensão, molas de válvula e abraçadeiras. “O prêmio Honda é expressivo e reforça nosso com-
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fornecedores | prêmio honda
PREMIADAS Qualidade e Atendimento
Basf - Divisão Catalisador Colauto Adesivos e Massas Iochpe-Maxion – Fumagalli Pirelli Pneus Yutaka do Brasil
Desenvolvimento
Takata-Petri Metalúrgica de Tubos de Precisão Mangels Indústria e Comércio Saint-Gobain – Sekurit Benteler Componentes Automotivos Mecaplast do Brasil Mubea do Brasil Stickolor Auto-Adesivos Destaque Empresarial
G-KT do Brasil (Qualidade) Sumidenso Indústrias Elétricas (Qualidade) NGK (Atendimento) Thyssenkrupp Automotive (Atendimento) Styron do Brasil (Desempenho Comercial) TRW Automotive (Desempenho Comercial) Schaeffler Brasil (Desempenho Comercial)
peças de reposição
Saint-Gobain – Sekurit NS São Paulo Componentes Automotivos IPA São Paulo
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fornecedores | prêmio honda
promisso com a fabricante, nos motivando a superar expectativas”, disse Milton Vendramine, vice-presidente automotivo de vendas de sistemas de transmissão para a América do Sul da LuK, do Grupo Schaeffler. A empresa recebeu o Prêmio Destaque Empresarial, pelo desempenho, e certificado de performance em qualidade e logística. Por meio da Luk, a Schaeffler for-
nece à Honda Automóveis do Brasil o conjunto de embreagem e volante do motor para o Fit 1.4 e 1.5 e City 1.5. Todos os modelos do Civic contam com o autotensionador hidráulico da marca INA. A Sika Colauto, premiada na categoria Qualidade e Atendimento, considerou a conquista do prêmio o reconhecimento de um excelente trabalho
e do compromisso da empresa com seus clientes e parceiros. A Mangels foi premiada na categoria Desenvolvimento 2011. A montadora escolheu a empresa pela performance em auditorias durante o desenvolvimento da nova roda do Civic fornecida à Honda. O prêmio foi recebido pelo diretor superintendente da Divisão de Rodas, Ivens Pantaleão.
TRANSLOVATO FOI A MELHOR TRANSPORTADORA DA HONDA MONTADORA ENTREGOU PRÊMIOS DO PROGRAMA DE RECONHECIMENTO TRANSPORTE
A Honda realizou em 15 de dezembro a premiação de seu Programa de Reconhecimento Transporte 2011, no Hotel Premium Norte, em Campinas, SP. As categorias da iniciativa incluíram a melhor transportadora, o melhor gerente comercial, operacional e atendente, além da melhor filial visitada das transportadoras que prestam serviços para a Rede Honda em todo o território nacional. O processo de escolha de critérios e avaliação das empresas concorrentes foi conduzido pela própria fabricante. A transportadora vencedora foi a Transportes Translovato Ltda., avaliada em critérios como pontualidade, atendimento, processo e sustentabilidade. A seleção do melhor profissional levou em conta o conhecimento sobre processos e produtos da Honda, o menor índice de extravio e a agilidade e proatividade na solução das demandas. Foram premiados Cristina Benatti (TNT Mercurio Cargas e Encomendas Expressas S/A) como melhor gerente comercial; Carlos Albuquerque (Translovato) como melhor gerente operacional e Daiana Oliveira (Translovato) como melhor atendente. Uma filial de cada empresa foi premiada, segundo a avalição de performance
e índice de extravio. Foram apresentados também os resultados dos seis meses de programa até dezembro em um comparativo mês a mês durante 2011. Em todos os demonstrativos foi registrada uma meNERI LOVATO, presidente da Translovato lhora sensível no (centro), recebe o prêmio desempenho das empresas de transporte e logística após o início do programa, em julho. O levantamento apontou que a melhora pode ser sentida pelo consumidor final: o número de reclamações sobre demora de peças no SAC da Honda em todo o País caiu 100% na comparação do primeiro com o segundo semestre. O número de pedidos extraviados sofreu a expressiva redução de 96,6% na comparação com o mesmo período. Já a média dos pedidos entregues dentro do prazo entre os dois semestres saltou de 85,4% para 98%. A Honda já confirmou a manutenção do programa para o próximo ano, que também contará com premiação ao fim de 2012. Os vencedores receberão uma viagem para visitar a fábrica da Honda Motos da Amazônia em Manaus e conhecerão todo o processo de fabricação da marca. n
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serviços
receita para ganhar com a satisfação do cliente ATENÇÃO TOTAL AO CLIENTE DA VOLKSWAGEN REGISTRA USUÁRIOS 25% MAIS SATISFEITOS E RECEITA AVANÇA 20% NAS REVENDAS CERTIFICADAS Jairo Morelli
E
m cenário de comoditização na manufatura e produtos automotivos, como chegar à diferenciação e fidelizar clientes, recorrendo a iniciativas na área de serviços? A resposta pode estar nos serviços de pós-venda, embora não existam fórmula mágicas para atender fabricantes e distribuidores. Na esteira desse raciocínio, a Volkswagen priorizou no planejamen-
to estratégico, traçado em 2008 para alcançar a liderança global em produtos e serviços em 2018, a excelência no atendimento. “Aplicamos recursos consideráveis em pesquisas de mercado para identificar as carências nas revendas. A partir dos resultados, definimos um novo processo de trabalho e desenhamos o programa Atenção Total ao Cliente”, explica Marco Aurélio Froes, especialista em pós-vendas e coordenador da iniciativa. A Holomática foi selecionada como parceira no desenvolvimento do modelo de concessionária ideal na prestação de serviços e colocou três dezenas de consultores para atuar diretamente da rede de distribuição, promovendo treinamento, melhorando fluxos e qualificando pessoal. O ATC começou com 300 concessionárias (do total de 600) e certificou 270 até o fim de 2011. Froes assegura que as casas certificadas regiseduardo quadrado: traram um avanço na satisfação modelo da revenda ideal dos consumidores em 25% e da receita em 20%, com tendência de al-
ta. “Nossa expectativa é fechar o ano com 80% da rede certificada e mudanças no relacionamento com 95% dos clientes”, esclarece o executivo. A implantação da nova filosofia de atendimento contempla, em média, quatro meses de treinamentos, ministrados por profissionais da empresa de São Bernardo do Campo. O custo dos serviços fica em torno de R$ 45 mil para cada revenda, mas pode avançar para R$ 140 mil, dependendo do escopo de trabalho. Após a certificação vêm as avaliações mensais e as recertificações semestrais. Para a concessionária obter a certificação, deve atingir um grau máximo de funcionamento baseado em nove critérios de atendimento ao cliente. A avaliação adota critérios baseados na prospecção, agendamento prévio dos serviços (um dos pontos fortes do programa), recepção customizada e entrega das peças e trabalhos realizados pela concessionária. Além da qualificação na gestão, com o atestado as revendas recebem compensações financeiras da montadora para os serviços correspondentes à garantia. Os adicionais são vantajosos e podem chegar a acréscimo de 30% das compensações tradicionais. n
marco froes: processo para atenção total a clientes
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| INVESTIMENTOS
fotos: DIVULGAÇÃO
VEÍCULOS PESADOS
Linha de montagem dos caminhões man em Resende, RJ
fabricantes de caminhões
apostam no Brasil PEDRO KUTNEY
INVESTIMENTOS EM EXPANSÃO DA PRODUÇÃO E NOVAS FÁBRICAS JÁ SOMAM US$ 3,5 BILHÕES ATÉ 2015 E PODEM CRESCER
“S
e nós não estivéssemos aqui há mais de 50 anos, com certeza viríamos agora”, disse no fim de 2011 Jürgen Ziegler, presidente da Mercedes-Benz do Brasil, que fabrica caminhões no País desde 1957 – foi a primeira planta da empresa fora da Alemanha. Ziegler e outra dezena de fabricantes estão em uma mesma corrida do ouro estimu-
lada pela perspectiva de continuação do crescimento acelerado das vendas de veículos comerciais pesados, com vendas que podem superar 220 mil unidades por ano a partir de 2020, segundo projeções da própria Daimler, para quem o Brasil já é o maior mercado em vendas de caminhões da marca Mercedes-Benz. No Brasil, 70% de todos os bens cir-
culam sobre caminhões, desde produtos agrícolas e minérios até produtos industrializados – incluindo os próprios veículos. O crescimento econômico da última década aumentou ainda mais a necessidade de transporte rodoviário de cargas, em ritmo tão alucinante que duplicou as vendas domésticas de caminhões. De 60 mil unidades vendidas no ano 2000, os negócios
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foram alçados para capacidade. Hoje é o recorde de quase a quinta marca mais 160 mil em 2010, vendida no País. de todos os bens uma expansão de Roger Alm, pre43,5% sobre 2009, sidente da Volvo do circulam no País e cresceram quase Brasil, reforça que as sobre caminhões 10% em 2011, para perspectivas do mer172,9 mil. cado de caminhões Esse desempenho transformou o são muito positivas: “Esperamos por País no quarto maior produtor de veí- uma década de crescimento.” A Volvo culos comerciais pesados do mundo, terminou 2011 com expansão nas venatraindo a atenção de velhos e novos das domésticas de 24,5% sobre 2010 fabricantes, que juntos têm programas e hoje o mercado brasileiro é o maior de investimento confirmados em an- da companhia sueca no mundo. Alm damento desde 2007 que já somam revelou que já está em gestação um US$ 3,5 bilhões até 2015, incluindo novo programa de a ampliação de seis das nove fábricas investimentos que em operação atualmente no País e a deverá superar os construção de três novas unidades in- US$ 250 milhões dustriais, além do desenvolvimento de aportados de novos produtos. Mas o valor pode pas- 2009 a 2011. sar de US$ 4 bilhões considerando o Existem diverperíodo 2011-2020 com alguns anún- sos fatores ecocios que ainda são esperados para o nômicos que susprimeiro trimestre deste ano, levando tentam a corrida em conta novas injeções de capital em dos caminhões expansões de capacidade e a chegada em alta velocidade três fabricantes chineses. “Poucos países rivalizam com o Brasil. É um país confiável para investidores. Exceto pela China, não há paralelo no mundo”, avalia Marco Mazzu, presidente da operação brasileira da Iveco, que Foton se prepara para anunciar novos inves(no alto, à direita) e Sinotruk timentos. Desde que começou a pro(abaixo) duzir, em 2000, a fábrica da Iveco em pretendem montar Sete Lagoas (MG) mais que triplicou sua caminhões no País
70%
de. A contínua expansão de renda dos brasileiros, de 33% de 2003 a 2011, provoca a maior circulação de mercadorias no País. A força da agricultura brasileira também favorece as vendas: são quase 160 milhões de toneladas de grãos e 600 milhões de toneladas de cana-de-açúcar para colher e transportar todos os anos, em ritmo crescente. Outro fator de estímulo são as obras de infraestrutura, especialmente com a aproximação da Copa do Mundo de Futebol em 2014, que o Brasil vai sediar, e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Todo
Aerostar será produzido pela International na nova fábrica
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VEÍCULOS PESADOS
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INVESTIMENTOS
POUCOS PAÍSES RIVALIZAM COM O BRASIL. É UM PAÍS CONFIÁVEL PARA INVESTIDORES Marco Mazzu, presidente da Iveco Mercosul
172,9 mil
caminhões foram emplacados em 2011, 10% mais que em 2010 esse volume de coisas para fazer e transportar exigirá algumas centenas de milhares de caminhões. Outra oportunidade para os fabricantes está na necessidade de renovação da frota brasileira de caminhões, que hoje soma 1,8 milhão de veículos em circulação, mas metade tem mais de dez anos de uso. Segundo especialistas, o Brasil tem potencial para a renovação de 600 mil caminhões com mais de 20 anos de idade. Para isso já existem programas de financiamento com taxas de juros reduzidas, que vêm incentivando a compra de caminhões novos. O Brasil atrai plantas de produção de
SE NÓS NÃO ESTIVÉSSEMOS AQUI HÁ MAIS DE 50 ANOS, COM CERTEZA VIRÍAMOS AGORA
O INVESTIMENTO É A CONTINUAÇÃO LÓGICA DO EXCELENTE DESEMPENHO DOS NEGÓCIOS NO BRASIL
Jürgen Ziegler, presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO para a América Latina
Georg Pachta-Reyhofen, CEO da MAN
caminhões não só por causa do de sua antiga fábrica de São Bernardo seu potencial econômico, mas do Campo (SP) – a primeira e única da também porque oferece uma empresa fora da Suécia, em operação proteção financeira extra contra desde 1957. A valorização da moeda importações. O banco brasileiro brasileira tornou essa estratégia insusde fomento, o BNDES, garante tentável e hoje a Scania exporta cerca o financiamento de veículos co- de 20% dos caminhões produzidos na merciais pesados pelo programa planta brasileira. Finame com taxas muito atraentes, de O índice da marca sueca ficou agora 8% a 12% ao ano, mas só para aqueles mais parecido com o da maioria dos modelos com no mínimo de 60% de con- fabricantes de veículos comerciais peteúdo nacional, o que se transforma em sados instalados no País, que em 2011 um potente estímulo à fabricação local. exportaram 12% da produção total de Não é só o mercado doméstico que caminhões, de 216,3 mil. Ao todo, conta. O Brasil também se tornou ao longo dos últimos anos um exportador de caminhões. O exemplo mais impressionante é o da suede conteúdo nacional é ca Scania, que no início dos o desafio para os novos anos 2000 fez do País uma fabricantes de caminhões base exportadora, mandando para Europa e outros países terem acesso às taxas de 8% cerca de 60% da produção a 12% do Finame
60%
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AS PERSPECTIVAS PARA O MERCADO DE CAMINHÕES SÃO MUITO POSITIVAS NO BRASIL Roger Alm, presidente da Volvo do Brasil e América Latina
26,3 mil unidades seguiram principalmente para mercados da América Latina e África. Se não é o melhor número da história, também não é o pior e ajuda a manter a escala de produção em alta. Não é de hoje que o mercado brasileiro atrai fabricantes de veículos comerciais pesados. Quase todos o9s que se instalaram no Brasil começaram fazendo caminhões. A primeira, em 1945, foi a estatal FNM, depois comprada pela Alfa Romeo e pela Fiat, que desistiu do negócio e fechou a fábrica em 1985. Mercedes-Benz e Scania montaram no País suas primeiras plantas estrangeiras no fim dos anos 1950. Na mesma época, Ford e General Motors deram início às operações brasileiras com modelos de caminhões. Depois disso, só em 1977 a Volvo decidiu vir. Em 1981 a Volkswagen entrou no negócio de caminhões e, em 1983, a brasileira Agrale decidiu ingressar no mercado também. No fim dos anos 1990, com a es-
NOSSA NOVA PLANTA FOI PROJETADA PARA RECEBER EXPANSÕES PELOS PRÓXIMOS 30 ANOS Waldey Sanchez, presidente da Navistar América do Sul
SOMOS MUITO COMPETITIVOS COM AS FÓRMULAS ADOTADAS NA OPERAÇÃO Marcos de Oliveira, presidente da Ford Brasil e Mercosul
perança de retomada do crescimento caminhões no Brasil e a International econômico no Brasil, a Navistar/Inter- decidiu paralisar as vendas doméstinational começou a fazer caminhões cas, mas continuou a montar o pesado em ala alugada da Agrale em Caxias 9800 somente para exportações para do Sul (RS). E o Grupo Fiat resolveu países da África e Nova Zelândia. retomar o negócio de veículos pesaEntre altos e baixos, o mercado brados no País, com sileiro de caminhões a construção de finalmente deu uma uma fábrica da guinada para cima a Iveco em Sete Lapartir da metade dos goas (MG). Contu- de caminhões estão anos 2000, quando do, naqueles tema produção dos oito em circulação e pos a produção fabricantes instalados 600 mil, com mais mal chegava às no País (Agrale, Ford, 70 mil unidades/ de 20 anos de idade, International, Iveco, ano e no começo Mercedes-Benz, Scaestariam no alvo dos anos 2000 de um programa de nia, Volkswagen e Voljá existiam nove renovação de frota vo) rompeu a barreira jogadores para didas 100 mil unidades/ vidir um bolo não ano, para não mais muito grande. A crise econômica que sair desse patamar desde então. Asassolou o mercado brasileiro no início sim, os investimentos começaram a da década tratou de fazer a seleção na- fluir novamente até chegar ao nível histural. Em 2001 a GM desistiu de fazer tórico atual, nunca visto.
1,8 milhão
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VEÍCULOS PESADOS
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INVESTIMENTOS
CAPACIDADE PODE SOMAR 460 MIL CAMINHÕES/ANO
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portes previstos deverão trazer mercado de caminhões, International projeta que o mercado brasileiro de seis novas fábricas de cami- e Mercedes-Benz já anunciaram mais caminhões deverá quase dobrar de tanhões ao Brasil, fazendo o duas novas fábricas. A International manho nos próximos oito anos, ultranúmero de plantas saltar de nove colocou US$ 30 milhões para moder- passando 300 mil unidades/ano. Para para quinze. Com isso a capacidade nizar a linha de produção alugada da capitalizar esse crescimento, Sanchez de produção instalada pode subir de Agrale e assim voltou a vender dois quer uma marca full range, com mo330 mil para 430 mil unidades/ delos em todos os segmentos, de ano. De 2011 até 2015 estão semileves a extrapesados. Para isconfirmados investimentos de so, os leves e médios, ausentes do US$ 2,8 bilhões, mas algo entre de caminhões vão se juntar portfólio da International, poderão US$ 800 milhões e US$ 1,3 bilhão ser projetados por meio das assoàs 9 atuais. há mais em novos aportes até o fim desta ciações já mantidas na China, com década pode ser anunciado nos US$ 1 bilhão a ser anunciado a JAC Motors, e na Índia, com a próximos meses, o que catapulMahindra, que têm esses veículos. taria a capacidade de produção para modelos de caminhões no Brasil, mas Já a Mercedes-Benz, que por muitos mais de 460 mil/ano. quer muito mais do mercado brasileiro anos foi líder em vendas de caminhões Hoje há nove fabricantes e nove e investirá US$ 200 milhões em uma no Brasil e hoje é a segunda marca plantas de caminhões no Brasil – a nova planta, em local ainda a ser anun- mais vendida, é a que tem o maior proHyundai CAOA se juntou aos oito em ciado brevemente, que inicialmente grama de investimento em curso: US$ 2011 com o modelo médio HD 78, produzirá um novo modelo projetado 880 milhões de 2010 a 2015. Todo o que começou a fabricar em Anápolis no Brasil e já apresentado, o Aerostar. portfólio de produtos foi renovado em (GO), uma operação licenciada pela “A nova planta foi projetada para re- 2011. A capacidade da antiga fábrica coreana Hyundai para o Grupo CAOA, ceber expansões pelos próximos 30 de São Bernardo do Campo (SP) foi o importador oficial da marca no Pa- anos”, conta Waldey Sanchez, presi- aumentada de 65 mil para 75 mil uniís. Existem mais quatro chegando: as dente da Navistar América do Sul. Ele chinesas Sinotruk (CNHTC), Shacman (Shaanxi), Foton e a americana Paccar, que virá com a marca holandesa DAF. Dessas, só a Paccar de fato já divulgou o local da fábrica, que começa a operar em 2013 em Ponta Grossa (PR), após investimento de US$ 200 milhões. “O Brasil é o mais importante mercado sul-americano e prevemos crescimento constante nos próximos anos. Claro que existirão períodos de baixa, mas as perspectivas são excelentes”, diz Bob Christensen, vice-presidente executivo da Paccar. “Nós também vamos exportar para mercados da América do Sul a partir de nossa planta brasileira”, enfatizou o executivo. Além dos novos participantes do
6 novas fábricas
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dades/ano. E desde janeiro a planta de Juiz de Fora (MG) começou a fazer o modelo leve Accelo e montar o pesado Actros, que chega em CKD. Inicialmente, a unidade mineira foi inaugurada em 1999 para produzir carros (lá foram feitos o Classe A até 2003 e depois o Classe C só para exportação), mas como o negócio não prosperou em 2010 a Mercedes-Benz decidiu transformar o local para a produção de caminhões. “Com esses investimentos nos preparamos para enfrentar a forte concorrência e queremos retomar a liderança”, diz o presidente Jürgen Ziegler. A alemã MAN entrou no País em 2008 com a compra da unidade de caminhões da Volkswagen, a marca líder de mercado hoje em dia. O plano de investimento atual, de US$ 535 milhões até 2016, é o maior já feito pela empresa e deverá criar a maior fábrica de caminhões do Brasil, com o aumento da capacidade da planta de Resende (RJ) de 82 mil para 100 mil unidades/ano. Além dos modelos Volkswagen que já produz, a fábrica também começou este ano a montar os pesados TGX da marca MAN. Resende, inaugurada em 1995, tem um regime produtivo de alta eficiência, o consórcio modular, formado por oito fornecedores que atuam diretamente na montagem dos veículos. “Entre 1995 e 2011, tivemos três ciclos de grandes investimentos, totalizando R$ 3 bilhões (cerca de US$ 1,8 bilhão). Agora, somaremos
A DAF anunciou a construção da fábrica em Ponta Grossa, no Paraná, para montar a linha XF
mais de R$ 1 bilhão (US$ 535 milhões) a esse valor. Investiremos no desenvolvimento de uma nova geração de veículos, em novas motorizações e na pesquisa de tecnologias sustentáveis. Faremos ainda a prospecção de segmentos do mercado em que ainda não atuamos (semileves) e consolidaremos a marca MAN na América Latina”, ex-
4 newcomers estruturam operações: Sinotruk, Schacman, Foton e DAF US$ 880 milhões será o investimento da Mercedes-Benz entre 2010 e 2015, para ampliar a planta do ABC paulista e reinaugurar a unidade de Juiz de Fora US$ 660 milhões é a aplicação da Ford em caminhões entre 2009 e 2015, em instalações, renovação do Cargo e a nova família de extrapesados US$ 535 milhões é o aporte da MAN até 2016 para elevar a capacidade da unidade de Resende a 100 mil unidades/ano e lançar a linha de caminhões da marca A fábrica da International receberá US$ 200 milhões para produzir o Aerostar, projetado no Brasil
plicou Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America, que em outubro foi mais um dos muitos executivos da indústria automotiva que visitaram a presidente brasileira Dilma Rousseff para comunicar grandes investimentos no País. “A MAN Latin America faz parte do Grupo MAN há três anos. O investimento é a continuação lógica do excelente desempenho dos negócios no Brasil e será justificado pelo mercado que oferece grande potencial de crescimento”, declarou Georg Pachta-Reyhofen, CEO da MAN. A Ford, terceira marca de caminhões mais vendida no Brasil, adotou a estratégia de crescer dentro de sua estrutura já existente, com substanciais ganhos de eficiência na planta de São Bernardo do Campo (SP). Nos últimos dez anos, a produtividade pulou de 23 mil para 48 mil unidades por ano em apenas um turno de trabalho. A Ford alcançou esse desempenho graças a um peculiar sistema de produção modular, em que grandes partes já chegam montadas dos fornecedores, como a cabine, que é estampada, soldada, pintada e montada pela Automotiva Usiminas em Pouso Alegre (MG), e os motores vêm da Cummins em Guarulhos (SP). Tudo é juntado na linha de montagem final ao ritmo de um caminhão a cada dois minutos e quarenta segundos, ou 22 unidades por hora. “Com essa fórmula nós somos muito competitivos”, diz Marcos de Oliveira, presidente da Ford Brasil e Mercosul. Com menos investimento em manufatura, a maior parte dos US$ 660 milhões programados para o período 2009-2015 vai para o desenvolvimento de produtos, incluindo US$ 265 milhões para uma nova família de caminhões extrapesados. Ao que tudo indica, a competição no mercado de veículos pesados no Brasil será tão grande quanto o substantivo tamanho dos investimentos programados para os próximos anos. n
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sustentabilidade
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Orlando Merluzzi, diretor de gestão da rede Iveco, institui a 100a revenda da marca como modelo e quer reeditar o projeto da arquiteta Cristina Cangueiro nas próximas concessionárias
bem-vindo à revenda verde FOMOS TOMAR UM CAFÉ NA 100a REVENDA DA IVECO, APRESENTADA COMO MODELO DE SUSTENTABILIDADE. anotamos as novidades para você checar JAIRO MORELLI
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m plano audacioso de reestruturação da rede de distribuição mobilizou esforço extra da cúpula diretiva da Iveco no País durante os últimos cinco anos. O trabalho, iniciado em 2007 e que custou à rede R$ 430 milhões, culminou com a substituição de 50% dos grupos financeiros que dominavam as operações e permitiu dobrar o número de concessionárias para 102 casas e garantir cobertura em todo o território nacional. Com pouco mais de 9% de participação nas vendas, em mercado de 210 mil
unidades (a Iveco soma caminhões a partir de 2,8 toneladas), a empresa quer chegar a 12% do mercado no médio prazo. A trajetória passará por uma nova etapa estratégica, que contempla 137 pontos no mapa de revendas ao final de 2015. Para o diretor de gestão e desenvolvimento de rede da marca, Orlando Merluzzi, a ampliação dará cobertura a regiões metropolitanas e algumas cidades do interior. “Queremos fortalecer o atendimento e preencher uma ou outra lacuna no interior do país.” A expectativa é elevar para 2 mil os boxes de serviço
(hoje são 1.100) e capacidade instalada para 500 mil passagens/ano. Na maratona para solidificar a rede, a fabricante italiana decidiu dar um passo agressivo no quesito sustentabilidade, traduzido com a inauguração da Mercalf em Jundiaí, no interior de São Paulo, como concessionária modelo, apontada por Merluzzi como a mais ecológica do planeta. “Recebi consultas até de representantes de outras marcas, espantados com o projeto. Quer coisa melhor?”, comemora o executivo. E não é para menos. A nova casa conta com sistemas de reaproveitamento de águas fluviais, captação de energia solar, paredes, tetos e solo verdes e mais uma série de soluções inimaginadas até então, aplicadas até mesmo no processo de construção. Orquestrada pela arquiteta Cristina Cangueiro, a obra custou R$ 12 milhões, apenas 10% a mais do que seria consumido por um projeto convencional. Ela calcula que o retorno do aporte será rápido. “Com as economias proporcionadas, ele virá em cinco anos”, estima. A Mercalf ocupa espaço de 15 mil metros quadrados, com 3,8 mil metros de área construída e 24 boxes.
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O programa de sustentabilidade traz árvores de reflorestamento (1), reuso de água (2), concregrama (3), painéis de energia solar (4), parede verde interna (5), postes de energia solar (6), talude (7) e telhado verde (8)
CONFIRA O PROJETO A
primeira ação sustentável, conta Cristina, se deu com a preservação de uma encosta em rocha no terreno. “Instalamos escadas hidráulicas e sistema de canaletas e irrigações para que a proteção fosse possível”, explicou. Adequações no solo foram feitas com terra do próprio local, que permitiu elevar o piso da concessionária e evitar o trânsito de caminhões, diminuindo a emissão de poluentes. Para a preservação dos lençóis freáticos e suavização da temperatura foi usado concreto especial. As paredes e tetos verdes também auxiliam na redução do calor. “O pé-direito alto de 6 metros e as soluções combinadas permitiram baixar a temperatura no showroom em até 7 graus, evitando a instalação de aparelhos de ar-condicionado”, esclareceu a arquiteta. As paredes trazem ainda sistema de irrigação para manutenção da umidade interna. Nos pilares, o emprego de formas de papelão evitou o descarte de madeira. Após o processo foram revendidas, garantindo certo retorno
Cristina Cangueiro: aporte terá retorno rápido
financeiro. O trabalho de escoramento, que normalmente gera muito entulho, recorreu à locação de escoras metálicas. Restos de ferro também foram reaproveitados na construção de trilhos para captação de chuva. A impermeabilização das lajes na cobertura utilizou óleos recuperados na operação da revenda, enquanto o aquecimento da água por meio da captação de energia solar possibilitou redução de 45% no uso de desengraxantes. “Passamos a lavar caminhões com água quente, o que facilita a remoção
das sujeiras”, diz Cristina. A mesma tecnologia é utilizada para o banho dos funcionários. Os sistemas de captação de águas fluviais proporcionam redução de até 93% no consumo. A acessibilidade, também está na base do projeto, com sinalização em braile e deslocamentos verticais e horizontais facilitados. Na visão de Merluzzi, o respeito ao meio-ambiente deve avançar nos próximos anos e todos os setores seguirão por este caminho. “A sustentabilidade será exigência em futuras licitações e no fechamento de contratos.” Ele vai estimular as soluções aplicadas na Mercalf em novos projetos de revendas e, ao atender consultas, já descobriu: haverá um trabalho extra para adequar as soluções a cada região e projeto. “O que funciona aqui, pode não ter o mesmo resultado no Nordeste.” O princípio da sustentabilidade da Mercalf, no entanto, já comprovou ser uma receita a ser conferida e multiplicada, até nos pequenos detalhes, como utilizar árvores frutíferas na jardinagem. n
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FORNECEDORES
MUITO PRAZER. MEU NOME É AISIN GIGANTE JAPONESA ABRE NOVA FÁBRICA NO BRASIL E PROJETA RECEITA DE R$ 400 MILHÕES EM 2015, COM A PRODUÇÃO DE BANCOS, PORTAS, MOTORES, FREIOS E TRANSMISSÕES JAIRO MORELLI
JAPONESA é a quarta maior no ranking global de autopeças
O
mercado brasileiro não para de atrair investimento estrangeiro. E no setor automotivo a realidade não é diferente. A falta de capacidade e qualidade para atender determinadas demandas crescentes abrem leque de ouro para novos players, que já perceberam o potencial e as brechas do negócio. De olhos bem abertos para este cenário promissor, a japonesa Aisin – desconhecida nacionalmente, mas que leva o status de quarta maior fornecedora de autopeças do mundo,
com presença em vinte países – acaba de anunciar a abertura de sua segunda fábrica no País. A nova unidade, cuja estruturação acontece na cidade de Itu, no interior de São Paulo, recebeu R$ 65 milhões destinados à produção de partes de bancos e portas para tradicionais clientes da empresa, como Toyota e Honda, e servirá como reforço para a pequena fábrica de Barueri, também em São Paulo. Na planta, ainda em fase de instalação de máquinas, é possível ver pouca
coisa, já que a operação só começará em agosto. Sua grandiosidade, entretanto, demonstra que algo importante está por vir. E, de fato, virá. A partir de 2014, a planta passará a fabricar também partes de motores, transmissões manuais e freios, produtos de maior valor agregado e que permitirão multiplicar o faturamento da empresa, dos R$ 65 milhões estimados para 2012, para R$ 400 milhões em 2015. “Esta é nossa meta e já estamos conversando com algumas montadoras para viabilizar estes projetos. Mas ainda não temos nada fechado, são negociações demoradas e que dependem de diversos fatores”, despista, em bom japonês, o simpático presidente da Aisin do Brasil, Hideki Kawamura. Em poucas palavras, o objetivo da multinacional é abocanhar clientela de peso como Fiat, Ford, General Motors e Volkswagen que, atualmente, sofrem com falta de capacidade e fornecedores. Para isso, foi criada, no final do ano passado, estrutura independente de vendas e a divisão Automotive, cuja direção ficará nas mãos do nipônico Takeshi Osada. Enquanto as peças para o powertrain não se tornam realidade em Itu, as atenções estarão voltadas à estamparia de partes do banco do novo carro compacto que a Toyota produzirá em Sorocaba, no interior de
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São Paulo, assim como ao processo de nacionalização de componentes. “Um dos desafios que traçamos para a divisão Automotive é localizar o máximo possível de peças utilizadas em nossos produtos. A maioria dos componentes que hoje trazemos do México e adaptamos e montamos em Barueri deverá ser produzida integralmente em Itu”, antecipa Osada. Além do operacional produtivo, desenvolvimentos locais também acontecerão mas, vale ressaltar, sempre pelas mãos de profissionais oriundos da matriz. De acordo com Osada, onze engenheiros japoneses serão trazidos, ainda este ano, para comandar os novos projetos e treinar o time local. “Engenheiros brasileiros também serão contratados e, alguns deles, levados para o Japão em aperfeiçoamento”, conta o executivo. E este será o formato de trabalho desenvolvido por aqui, com muita cautela, um pouco de desconfiança, sem o risco de entregar para a concorrência os diferenciais da companhia, que promete produtos de qualidade elevada. A prática se estende até mesmo às linhas de montagem, que chegam prontas do Japão. “Apenas algumas máquinas complementares deverão ser compradas por aqui.” Desta forma, acreditam os diretores da Aisin, será possível aumentar o nível de automação da operação local, já que a unidade de Barueri, por ter sido construída em outro momento do mercado e com outras intenções, conta com muita interferência humana
nos processos. “Isso ocorrerá em Itu, de maneira gradativa. Mas é uma das nossas intenções”, afirma Kawamura. Com esta estruturação a Aisin espera conseguir brigar de frente com concorrentes de peso como Valeo, em portas, TRW, em freios, Mahle, em motores, entre outros fortes players instalados no País. “Nossa expectativa é chegar a 2015 com a mesma
força destas companhias”, diz Osada. Com tantas possibilidades e metas, a empresa já reformula seu plano de negócios, que deverá estar pronto somente no início do segundo semestre. “Muitas coisas mudaram e oportunidades apareceram. A partir de junho, teremos com maior clareza tudo que deverá ser feito e quais outros investimentos serão realizados”, observa. n
HISTÓRIA – A Aisin, apesar de ainda ser desconhecida do grande público, já tem alguns bons anos de Brasil. Segundo Kawamura, as portas foram abertas em 1974, com a montagem de escritório para a venda de máquinas de costura provenientes do mercado mexicano. A produção de autopeças começou apenas em janeiro de 2003, em Jandira, interior de São Paulo, onde eram produzidas dobradiças de portas, limitador e fechadura eletrônica. Em 2006, as operações foram transferidas para a vizinha Barueri. Mundialmente, a companhia tem 74 mil funcionários e fornece grande variedade de produtos para motores, transmissões, portas e chassis. O portfólio compreende também equipamentos residenciais, como camas e máquinas de costura, hospitalares e de ar condicionado.
KAWAMURA e Osada: planos para crescimento
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fotos: DIVULGAÇÃO
TECNOLOGIA
RECEITA PARA O CAMINHÃO DE 2020
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A Mercedes-Benz revela como evoluirão os caminhões, que terão o diesel como combustível premium e motores até 20% mais econômicos, com alta performance e emissões domadas. novas tecnologias prometem NÍVEL surpreendente DE segurança, conforto e RECURSOS DE COMUNICAÇÃO Paulo Ricardo Braga
A cabine do Actros, projetada sob medida para valorizar a vida a bordo, antecipa avanços em design e um nível elevado de eletrônica embarcada. Conectividade, com recursos da internet, GPS, e-mail e comandos de voz vão se tornar comuns nas famílias de veículos rodoviários e urbanos
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WALTER SLADEK e georg weiberg, da Mercedes-Benz, concebem os caminhões do futuro
A eletrificação depende de custos e novas soluções. já a transmissão, cérebro dA OPERAÇÃO, desperta grande INTERESSE
É
comum ouvir palpites sobre a evolução dos caminhões até o fim da década: eles serão cada vez mais verdes, seguros e eficientes. Não satisfeito com a resposta óbvia e genérica, aceitei o convite para debater as soluções no transporte de cargas, em futuro próximo, propostas pela Mercedes-Benz. Em encontro com o vice-presidente global de engenharia da montadora, Georg Weiberg, acompanhado de Walter Sladek, diretor de engenharia da marca no Brasil, registrei surpreendentes reflexões sobre tendências na concepção e projeto de caminhões e outros veículos comerciais. Um dos líderes do programa Shaping Future Transportation, apresentado em 2010 durante o IAA - International Commercial Vehicle Show, em Hannover, Alemanha, prometendo caminhões, ônibus e vans capazes de frear automaticamente diante de obstáculos e valorizar o uso de energia com mínimo impacto sobre o meio ambiente, Weiberg explicou os conceitos de clean, safe e value drive adotados pela empresa.
“Não existem plataformas verdadeiramente globais para caminhões. Há, sim, uma determinação de tornar os projetos flexíveis para atender a diferenças regionais e estimular a compatibilidade de componentes e procedimentos de manufatura e homologação”, disse o executivo, no início da entrevista. No desenvolvimento de novos modelos, a Mercedes-Benz envolve profissionais de diversos centros de tecnologia ao redor do mundo para compreender as necessidades de cada mercado. Exigências das frotas, topografia, clima e até características culturais fornecem diretrizes para novos projetos. Weiberg entende que a indústria de veículos comerciais já atingiu a maior parte dos objetivos propostos no campo de emissões, com uma queda dramática nos volumes de óxidos de nitrogênio e particulados nos gases de escapamento na fase Euro 6, que chega à Europa. A preocupação agora, na caminhada para Euro 7, é uma redução expressiva no consumo de combustível – que acentuará a redução
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a mercedes quer reduzir em 20% o consumo de combustível dOS caminhões até 2020 de emissões. A meta é um ganho de 20% até 2020, sem levar em conta o efeito de fórmulas como misturas de diesel e combustíveis renováveis. PÓS-TRATAMENTO Os engenheiros trabalharão para reduzir perdas por atrito e melhorar a performance aerodinâmica dos veículos, enquanto aperfeiçoam o desempenho do powertrain e buscam um melhor equilíbrio entre motor e sistema de pós-tratamento, que combina as tecnologias EGR e SCR para proporcionar resultados previstos na legislação. Como referência na progressão dos custos envolvidos para atender normas mais rígidas, Weiberg toma por base um motor diesel de 10 mil euros. O sistema de pós-tratamento nos padrões Euro 5 custa 2 mil a 3 mil euros. Já no caso de Euro 6, o patamar é de 5 mil a 6 mil euros. “A Mercedes-Benz aplica 400 milhões de euros por ano em estudos e experimentos na área de emissões”, esclarece. O uso de biodiesel, diesel de cana, gás natural e etanol não traduz necessariamente redução de particulados e da maioria dos gases indesejáveis na saída do escapamento, embora no ciclo completo, desde a cultura, os combustíveis verdes ofereçam vantagem ambiental. As tecnologias para utilização desses produtos alternativos vêm sendo aperfeiçoadas, embora ocorram tropeços, como acontece com o biodiesel brasileiro, que apresenta proble-
mas de qualidade a serem equacionados. “O etanol é um velho conhecido nosso, desde os anos 1980. Funciona bem com adição de um acelerador de ignição ou em combinação com diesel”, afirma Walter Sladek, diretor de engenharia no Brasil, que avalia também a associação de gás natural com diesel. Para ele, há eletrônica embarcada trará aplicações importantes avanços em segurança e conectividade para esses combustíveis em determinados nichos, como usinas de cana-de-açúcar que dependerá de investimentos significatêm interesse na utilização de etanol tivos e de incentivos para constituição ou do diesel de cana, testado com de frotas para serviços públicos. O preço desses veículos, especialmente bons resultados. O diesel, apesar das novidades e das baterias, ainda é obstáculo signiprogressos com combustíveis reno- ficativo”, observa Weiberg. Ele explica váveis, será a primeira escolha para que um Atego híbrido custa cerca de abastecimento de veículos comerciais 40 mil euros na Europa e não poderá pelas próximas décadas, preservando ser montado em série antes de chegar a liderança disparada em relação a ao patamar de 15 mil a 20 mil euros. Sistemas híbridos, associando mooutras opções e uma invejável valorização do caminhão na hora da reven- tores elétricos e a combustão, têm sido da. Novas tecnologias de segurança e testados mas nem sempre vencem a eletrônica embarcada serão adiciona- fase de protótipos. Caminhões movidos das aos projetos, mas a eletrificação exclusivamente a energia elétrica em do powertrain será restrita por um longos percursos são inviáveis dentro bom tempo e dependerá essencial- das concepções tecnológicas atuais: mente de reduções de custos e novas exigiriam um pacote de baterias de 52 toneladas para percorrer três mil quitecnologias. “A disponibilidade de veículos híbri- lômetros, que seriam vencidos com um dos ou elétricos no transporte de carga motor a combustão e mil litros de diesel.
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tecnologia
“A densidade da energia acumulada nas baterias ainda é baixa em comparação com a oferecida pelo diesel, cuja eficiência energética pode evoluir para 22 litros por cem quilômetros até 2020, ante os atuais 30 litros”, avalia o vice-presidente da Mercedes-Benz. Uma das receitas para chegar a esse padrão de consumo serão mecanismos de recuperação térmica. Ao contrário dos elétricos, o powertrain híbrido, em comboios para percorrer longas distâncias, pode ser viável. Já os híbridos urbanos, pela capacidade de recuperar energia em frenagens ou utilizar start stop, despertam interesse a despeito dos custos elevados ainda envolvidos e da autonomia limitada das baterias. CÉREBRO Soluções serão otimizadas para cada aplicação. “Não há um caminho único”, assegura Weiberg, enfatizando que as estratégias terão em comum a busca de maior economia e performance, pensando na integração aerodinâmica do cavalo-trator com os reboques. Ele destaca também a evolução da dupla embreagem para veículos comerciais e as modernas transmissões automáticas ou automatizadas. “A transmissão é o cérebro do powertrain, sistema que define o ritmo e o regime de operação do motor. Temos dedicado esforços significativos para minimizar os níveis de fricção e otimizar as trocas de marcha, promovendo maior inteligência eletrônica para garantir a operação ideal do motor sob o ponto de vista de eficiência e consumo”, explica. Há uma atenção crescente também na definição de relações de diferenciais mais adequadas, levando em conta fatores como a topografia e as condições de carga do veículo. Na trajetória em direção ao caminhão do futuro, os recursos à disposição do condutor e seu conforto estarão em
O DIESEL CONTINUARÁ SENDO A PRIMEIRA ESCOLHA NO ABASTECIMENTO DE VEÍCULOS COMERCIAIS PELAS PRÓXIMAS DÉCADAS destaque, ao lado de sistemas extras de segurança, capazes de facilitar manobras e evitar acidentes. São previsíveis avanços significativos em eletrônica embarcada e telemática, promovendo níveis elevados de conectividade e ferramentas para manutenção preventiva e gestão ótima de frotas. Weiberg define três pilares para chegar ao caminhão ideal, passando pelo clean drive (otimização do powertrain e redução de emissões), value drive (redução do custo total da operação) e safety drive (segurança do veículo e motorista na interação com o tráfego). Para ele, a prioridade para agregar valor à marca será confiabilidade em alto grau, o que exigirá esforços em validação de produtos. TECNOLOGIA As questões em pauta nos debates entre a indústria e os operadores de transporte na Europa incluem as especificações dos implementos, já que composições longas e pesadas podem trazer problemas e perigo no tráfego. Sistemas logísticos específicos serão relevantes para equacionar o transporte de longo curso e a distribuição local. Resolvidas essas
questões, será possível imaginar caminhões de 50 toneladas percorrendo longos trechos em rotas com sistemas inteligentes de transporte para garantir performance extra e poupar o esforço do condutor, um personagem que não perderá sua função para sistemas driveless tão cedo, diante de questões como segurança e legislação envolvidas. O excesso de tecnologia pode induzir a excesso de confiança, a ponto de o condutor transferir a responsabilidade da segurança para o veículo? A discussão existe há algum tempo, admite Weiberg, mas não há dúvida de que os sistemas ativos e passivos têm papel positivo indiscutível. Depois da aula com os especialistas da Mercedes-Benz, que promovem o diesel ao primeiro plano como combustível e destacam que ainda está longe o tempo em que ruas e estradas serão dominadas por veículos movidos a eletricidade, concluímos que nossos engenheiros terão desafios crescentes para tornar o atual powertrain mais eficiente, acionando veículos cada vez mais verdes, seguros e conectados – um palpite mais do que convincente. E você, o que pensa a respeito? n
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prêmio interação
MERCEDES-BENZ destacou OS MELHORES FORNECEDORES DE 2011 montadora entregou também no clube monte líbano, em são Paulo, o prêmio de responsabilidade ambiental
E
m ano marcado pela renovação da linha de caminhões e chassis de ônibus, tiveram significado especial dois eventos promovidos pela Mercedes-Benz do Brasil dia 6 de dezembro, no Clube Monte Líbano, em São Paulo: o 20º Prêmio Interação e a segunda edição do Prêmio de Responsabilidade Ambiental. “Homenageamos os nossos fornecedores, reconhecendo os que mais se destacaram em 2011 pela excelência em qualidade, logística, custos e inovação, materiais indiretos, serviços e sustentabilidade ambiental”, disse Ricardo Vieira Santos, diretor de compras de material da montadora, explicando que foi uma ocasião oportuna para celebrar resultados e reafirmar parcerias.
EXCELÊNCIA EM QUALIDADE Apontada pela Excelência Operacional em Qualidade, a ThyssenKrupp Metalúrgica Campo Limpo está comemorando 50 anos de operação e tem a Mercedes-Benz como parceira de primeira hora: o virabrequim número um produzido pela empresa no Brasil foi uma peça para a fabricante de São Bernardo do Campo, SP. Em 2011 o destaque foi para o fornecimento de virabrequins das famílias de motores BR 300, BR 400 e BR 900. A Fras-le, fabricante de materiais de fricção, foi outra ganhadora dessa categoria. No Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, em Caxias do Sul, RS, ela conta com laboratórios químico, físico e piloto para assegurar a performance dos produtos.
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prêmio interação | mercedes-benz
A Durametal, que completou o trio de vencedores na excelência operacional em qualidade, participou do projeto Make or Buy, assumindo a usinagem de todos os tambores de freio. Segundo o cliente, durante o processo, demonstrou possuir uma logística pró-ativa. LOGÍSTICA A Lopsa foi a ganhadora do Prêmio Interação na categoria “Excelência operacional em logística”. Investimento em tecnologia, informatização e automação, planejamento de qualidade e alinhamento à globalização
são prioridades para o fornecedor, que se destaca no setor de usinagem e montagem de conjuntos pela logística e atendimentos em programas sequenciados. ESPECIAL A Tuper Exhaust Systems, que recebeu o Prêmio Especial, atua no desenvolvimento e fabricação de sistemas de exaustão para a indústria automotiva. Os projetos são desenvolvidos em parceria com os clientes, que muitas vezes confiam à Tuper a responsabilidade total pela solução do sistema de exaustão.
AS MELHORES INICIATIVAS EM RESPONSABILIDADE AMBIENTAL O projeto Produtos Limpos e Ar Puro valeu ao Grupo Hübner o primeiro lugar na segunda edição do Prêmio de Responsabilidade Ambiental da Mercedes-Benz. Ele desenvolveu um sistema inovador em nível mundial, no qual todo o carvão vegetal utilizado nos processos produtivos é obtido a partir da carbonização da madeira pelo sistema Bricarbras, com metodologia ecologicamente correta, sem emissão de poluentes atmosféricos. Schulz e Denso do Brasil foram também apontadas pelas boas práticas ambientais em seus processos industriais, reiterando o compromisso com o desenvolvimento sustentável. A Schulz foi selecionada pelo projeto Inovação e Sustentabilidade que, por meio de sinergia com fornecedores, incorporou ao processo de moldagem como nova matéria-prima o Pó de Carvão Aditivado. O resultado foi a redução de 67% no consumo de areia nova e de 62% no descarte de areia de moldagem. A inovação traduziu-se em ganhos de qualidade do produto, redução de refugo por defeitos relacionados à areia de moldagem e ganhos econômicos. A Denso do Brasil foi selecionada pelo projeto Fábrica Eco Eficiente, demonstrando compromisso ambiental na implantação da nova unidade em Santa Barbara d’Oeste, SP. Com o objetivo de tornar a nova planta eficiente do ponto de vista ecológico, foi aplicado o princípio corporativo denominado “Eco Fábrica” quanto ao projeto e construção das instalações, uso racional de energia elétrica e água e gerenciamento de resíduos. Mais de cinco dezenas de trabalhos inscritos para o prêmio ambiental foram submetidas à avaliação de uma comissão julgadora formada por representantes da Mercedes-Benz e da área de meio ambiente do BNDES e das faculdades FAAP e FEI, de São Paulo.
INOVAÇÃO Ganhadora da categoria Inovação, a Kromberg&Schubert fabrica chicotes elétricos convencionais, chicotes modulares e chicotes modulares sequenciados. A estrutura de desenvolvimento e fabricação permite ao fornecedor oferecer aos clientes os chicotes modulares free option, o maior diferencial de seus produtos. A Kroshu destacou-se pela inovação na modularização de chicotes e flexibilidade no fornecimento de variantes à Mercedes-Benz do Brasil. INDIRETO E SERVIÇOS Foram premiadas em Excelência Operacional em Material Indireto e Serviços a Atlas Copco, Construcione e Heating & Coooling. A Atlas Copco, fornecedora de sistemas de fixação, apertadeiras pneumáticas e elétricas, garante a qualidade e a rastreabilidade nas principais montagens dos produtos, focando a otimização de processos e prazos. A Construcione promoveu reformas e obras na planta de São Bernardo do Campo e comandou a execução da adequação da fábrica de Juiz de Fora. A Heating & Cooling, cujo relacionamento com a montadora supera vinte anos, oferecendo serviços de engenharia térmica, instalações e infraestrutura, foi escolhida pelo comprometimento com os objetivos técnicos e comerciais, sem abrir mão da qualidade e segurança. EXCELÊNCIA EM CUSTOS Em Excelência em Custos a vencedora foi a Metalúrgica Riosulense, no segmento de itens fundidos e usinados, que aceitou participar do projeto Cost Oriented Supplier Development, metodologia global da Daimler voltada para a redução de custos, atuando na simplificação técnica e comunização de produtos, análise dos geradores de custos e otimização dos processos produtivos. n
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peugeot 308
leão ensaia retomada NOVO HATCH MÉDIO MARCA O RECOMEÇO
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Peugeot pretende começar a retomar terreno perdido no Brasil nos últimos três anos com o hatch médio 308, que chega às suas 167 concessionárias (que podem ser 190 até o fim do ano) no País em março a partir de R$ 53.990. Fabricado na Argentina, o carro é o de maior volume lançado pela Peugeot no País desde o 207 tropicalizado, que veio no fim de 2008. Frédéric Drouin, que em janeiro assumiu a presidência da Peugeot no Brasil, explica que boa parte do recuo da marca no País é devido à falta de produtos para participar do mercado de frotistas, o problema de suprimento de peças do Japão após o terremoto que atrasou lançamentos, e o fim de ciclo do 307, que o 308 substitui sem aumento de preço. Drouin aposta que a virada começa este ano, quando a marca francesa completa 20 anos no Brasil, com meta de vender 100 mil unidades (foram 85,8 mil em 2011). “Nos próximos meses vamos encaixar produtos em diversos segmentos, de R$ 33 mil a R$ 140 mil”, disse o executivo durante o lançamento do 308, em Ouro Preto (MG), no começo de fevereiro. Depois do hatch médio, Drouin conta que virão o sedã grande 508 e o conversível 308 CC. Para o começo de 2013 chega o hatch compacto 208, que conviverá com toda a família 207 (hatch, perua e sedã).
O 308 é um bom começo, porque finalmente a Peugeot decidiu fabricar no mercado sul-americano um carro atualizado tecnologicamente. Apesar de aportar por aqui só quatro anos depois do lançamento na Europa, o modelo chega em linha com o modelo europeu. Para lançar o carro na América do Sul a PSA Peugeot Citroën investiu 120 milhões de euros, principalmente para adaptar o 308 à realidade local, com ângulo de ataque ajustado para as ruas brasileiras, bateria e ar-condicionado mais potentes, vedações mais eficientes e pequenas modificações estéticas.
Com cinco opções de preços, de R$ 53.990 a R$ 70.990, a estimativa é vender perto de 1 mil unidades do 308 por mês. A Peugeot espera aproveitar a herança do 307, que conquistou 76.373 consumidores no Brasil desde o lançamento, em 2002. Segundo pesquisas da marca, o design felino (aprofundado no 308) foi o principal argumento de 45% dos compradores do Peugeot 307. Além disso, 92% das avaliações do carro foram positivas. O raciocínio da Peugeot é que muitos dos clientes do 307 comprem agora o 308. (Pedro Kutney) n
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transportes
CONSOLIDAÇÃO À VISTA NO SETOR DE IMPLEMENTOS Depois da expansão e chegada de novos fabricantes, a competição pode levar a um movimento de fusões e compras Luciana Duarte
A
tendência na oferta de soluções completas e preços mais competitivos deve levar o pulverizado setor de implementos rodoviários a uma inevitável consolidação. Para Rafael Wolf Campos, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), a estabilidade econômica vivenciada no País favoreceu a expansão dos negócios e a chegada de novas empresas. Entre 2004 e 2011 o número de fabricantes nacionais de implementos rodoviários associadas à entidade saltou de 44 para 159, enquanto a produção de equipamentos avançou de 83,8 mil para 190,8 mil unidades por ano. “Sustentar os volumes atuais de reboques, semirreboques e carrocerias sobre chassis exigirá um movimento natural de fusões para ganhos de escala”, prevê o executivo. O movimento será favorecido pela
nentes e até aço inox da Ásia, Europa e Estados Unidos para baratear seus produtos. “Com a crise em alguns países os preços de equipamentos e matérias-primas lá fora estão bem mais vantajosos que os nacionais”, compara o presidente. Nos últimos anos, o setor representado pela Anfir assistiu a importantes movimentos de integração entre fabricantes, como a fusão entre as fabricantes de implementos Pastre e a Boreal, além da venda da catarinense Fole Indústria de Implementos Rodoviários para o grupo Randon. “Os volumes são limitados e não se justificam tantas empresas para atender a demanda nesse segmento. Acredito que devem desaparecer no mínimo 60 rafael wolf: fusões são a empresas nos próximos alternativa para ganhar escala anos”, prevê Erino Tonon, vice-presidente de operações Randon. Para o executivo, a necessidade de baixar custos de união entre empresas “é o caminho produção para preservar a competi- natural para garantir o crescimento tividade, enquanto parte da indústria orgânico, ampliar a capacidade de nacional já importa alguns compo- produção e a linha de produtos”.
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NA JSL ALUGAR CAMINHÃO É BOM NEGÓCIO
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iversificar negócios é uma decisão cada vez mais frequente entre as centenas de transportadoras brasileiras. Em recente iniciativa, a JSL, maior conglomerado de transporte de cargas do País, instituiu o aluguel de caminhões. Inspirada em modelo americano, a unidade do ABC Paulista oferece um sistema flexível de locação com opções de contratos diários, semanais, mensais ou anuais. “É a primeira loja do gênero no Brasil”, garante Irecê Andrade, a diretora comercial da empresa. Com um investimento de R$ 7,5 milhões em infraestrutura e aquisição de 43 caminhões, a JSL vai atender empresas e pessoas físicas. “Queremos popularizar o serviço. O locatário pode utilizar seu motorista, mas só retira o veículo depois de realizar um teste de direção”, explica a executiva. Apesar de a primeira loja ficar em São Paulo, o serviço pode ser contratado por telefone em qualquer região do Brasil. Por enquanto, a loja oferece os veículos das marcas Volkswagen (8.150, 24.250, 26.260, 19.320), Scania (G380) e Iveco (35S14). (LD)
André Ferreira, Mira Júnior e Tayguara Helou
transportadores apostam na sinotruk Sócios da Metalcar abrem revenda de pesados
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ois meses depois de assumirem o controle compartilhado da empresa paulista Metalcar Implementos, André Ferreira, diretor da Rápido 900, Mira Júnior, diretor de compras e suprimentos da Mira Transportes, e Tayguara Helou, controller da Braspress, decidiram investir em revendas de caminhões pesados. Os três jovens empresários, que pertencem à terceira geração das famílias controladoras de transportadoras tradicionais, abriram concessionárias da marca chinesa Sinotruk, fornecedora de caminhões pesados da China National Heavy Duty Truck Group Corporation. Enquanto concluem as estruturas funcionais para atendimento exclusivo
aos clientes nos municípios de Ribeirão Preto (SP), São José do Rio Preto (SP) e no Triângulo Mineiro (MG), os empreendedores já divulgam o novo negócio em sua poderosa rede de contatos. “A estratégia de crescimento se concentra no relacionamento que temos com muitos frotistas”, diz Ferreira. Os empresários não revelam o volume de investimentos, mas garantem que não será difícil comercializar a marca chinesa no Brasil. “Os caminhões Sinotruk foram desenvolvidos em cooperação com a Volvo e a MAN, duas marcas mundialmente conhecidas. Não há porque o frotista desconfiar ou não querer experimentar o produto”, opina Ferreira, da Rápido 900. (LD) n
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fé no renascimento do mercado CONCESSIONÁRIOS DOS ESTADOS UNIDOS COMEMORAM A RETOMADA DAS VENDAS Pedro Kutney, de Las Vegas, Estados Unidos
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fechados, pedindo proteção divina ao negócio de vender carros. Com a fé na força do dinheiro que traz estampado “Em Deus Nós Confiamos” em cada cédula circulante de dólar, que começou a girar com maior intensidade no ano passado, o setor de distribuição dos Estados Unidos ainda comemora o resultado de 2011, com 12,8 milhões de veículos leves vendidos, em alta de 11,3% sobre os 11,5 milhões de 2010, confirmando assim a recuperação que vem sendo construída desde 2009, quando as vendas chegaram ao fundo do poço, com 10,3 milhões de unidades – isso em um mercado que chegou a ter o impressionante tamanho de 16 milhões de carros em 2007. “Sobrevivemos à pior crise que já se abateu sobre o setor automotivo americano”, afirmou Stephen Wade, que durante 2011 ocupou a presidência da associação dos concessionários O MERCADO CRESCE e a americanos, a NADA. distribuição recupera margens A sazonalidade do mercado americano, em combi-
a cidade do jogo e do pecado, como é conhecida Las Vegas, nos Estados Unidos, os conservadores concessionários americanos fizeram seu congresso anual em clima de otimismo, com apostas firmes na retomada do mercado e forte apelo religioso-patriótico – incluindo logo na abertura oficial do evento, em 4 de fevereiro, a interpretação emotiva da canção God Bless America por uma cantora adolescente de bochechas vermelhas, hino nacional com fuzileiros portando a bandeira no palco e sermão de um pastor de olhos
nação com os inesperados desastres naturais, impediu a formalização de um resultado ainda melhor em 2011. “Nossos meses fortes de vendas aqui são maio, junho e julho (início da Primavera e Verão no Hemisfério Norte). E justamente nesse período ficamos sem carros, por causa do terremoto no Japão”, conta Bill Underriner, presidente da NADA na gestão 2012. O dirigente explicou que o número de unidades vendidas poderia ter sido de 500 mil a 700 mil unidades maior se não fossem as intempéries que atingiram principalmente as fábricas japonesas de chips, fundamentais para a produção de qualquer automóvel atualmente. “Faltaram modelos importados e também os fabricados nos Estados Unidos que dependem de componentes estrangeiros.” LIÇÃO APRENDIDA Nesse processo, as marcas japonesas, mais dependentes de fornecimento externo, foram as que mais perderam terreno nos Estados Unidos, permitindo que as americanas recuperassem participação – a General Motors terminou 2011 de volta ao
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ABERTURA do congresso em Las Vegas, nos Estados Unidos
topo do ranking perdido para a Toyota desde 2007. Para Underriner, no entanto, os desastres naturais ajudaram as montadoras locais, mas não explicam tudo: “É preciso considerar também que as americanas progrediram, diminuindo a diferença de qualidade com os carros japoneses.” Underriner diz que a produção voltou ao normal no país, mas continua abaixo da demanda. Pela primeira vez em muitos anos, são as concessionárias que “puxam” os carros, em vez de receber produtos “empurrados”. “Esse movimento ocorre porque muitas fábricas foram
fechadas durante a crise de 2008 e 2009, quando a capacidade era de 16 milhões de veículos por ano. Agora as linhas voltaram a ficar quase 100% ocupadas, mas a capacidade é menor.” Para Underriner, essa é a principal lição deixada pela recessão: “Aprendemos a ganhar mais vendendo menos”, avalia, destacando que, mesmo entregando menos carros, todas as três montadoras de Detroit voltaram a apresentar lucros. A lucratividade dos concessionários também está em franca ascensão, mas não sem dor. As margens melhoraram porque o setor encolheu: de 22,2 mil
lojas em 2000, esse número foi reduzido a 16,5 mil hoje e continua a cair, proporcionando um maior número de negócios por ponto de venda, ainda que o mercado seja menor hoje. Uma das renascidas das cinzas foi a Chrysler, que sob o controle da Fiat e o comando do CEO Segio Marchionne apresentou em 2011 o maior crescimento de vendas e participação de mercado nos Estados Unidos entre todos os fabricantes presentes no país, com avanço de 26% sobre 2010, fechando o balanço do ano com lucro operacional de US$ 2 bilhões e 2 milhões de unidades vendidas em todo o mundo. Com esse resultado na mão e um discurso sofisticado, Marchionne foi recebido como salvador da pátria pelos concessionários em Las Vegas – a despeito de ter apresentado o discurso mais à esquerda do evento. Sem meias-palavras, o presidente dos grupos Fiat e Chrysler disse em seu discurso no congresso da NADA que a recessão dos últimos anos serviu para tirar os fabricantes da “inação” alimentada pela “arrogância”. O executivo lembrou que por muitos anos o setor trabalhou destruindo seu futuro. “Nossas companhias deixaram de obter lucros do negócio de fabricar e vender carros, começaram a viver de atividades correlatas, como os financiamentos. Isso desviou a atenção de fazer automóveis que as pessoas querem comprar”, avaliou. “Sob a liderança do presidente Barak Obama, o país ganhou coragem para forçar a reestruturação da indústria, assegurando que as empresas que emergiram da concordata fossem capazes de assentar as fundações para construir um novo processo de crescimento e desenvolvimento”, provocou Marchionne a plateia republicana – que dois dias depois aplaudiu de pé a palestra do beligerante ex-presidente George W. Bush, que logrou para si a salvação
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da indústria automobilística americana com dinheiro dos contribuintes. CICLO VIRTUOSO Com ou sem crise e salvadores, o mercado americano continua sendo o respeitável segundo maior do mundo, com perspectiva de atingir quase 14 milhões de unidades vendidas este ano. “Entramos em um ciclo virtuoso, com estoques em baixa e demanda em alta”, analisou Paul Taylor, economista-chefe da NADA. Ele acredita que um conjunto de fatores deve manter as vendas em alta: “O crédito está barato (com juros de cerca de 5% ao ano para a compra de carros em planos de 24 a 72 meses), o nível de emprego voltou a subir e a idade média da frota nunca foi tão alta. Isso sugere que em breve muitos
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consumidores deverão tomar a decisão de comprar um carro novo”, explica o economista. De fato, o tempo de uso dos automóveis em circulação nos Estados Unidos é o mais alto des-
APRENDEMOS A GANHAR MAIS VENDENDO MENOS BILL UNDERRINER, presidente da NADA na gestão 2012
de 1995, quando o índice era de 8,4 anos, contra 10,8 hoje. As perspectivas positivas para o mercado americano foram compartilhadas pelos mais de 20 mil visitantes que passaram pela feira e palestras da con-
venção da NADA em Las Vegas este ano. O encontro local atraiu também o interesse internacional de 1,5 mil concessionários de 36 países – muitos do Brasil, incluindo a diretoria da associação das concessionárias brasileiras, a Fenabrave, e o presidente da entidade, Flávio Meneghetti, empossado em janeiro. Sinal de que, apesar da crise e dos muitos erros já cometidos, todos querem aprender a vender mais com a fé inabalável no consumo dos americanos. Afinal, foram os concessionários do país que criaram a cultura de massa do automóvel: ainda em 1917, trinta revendedores se reuniram para ir à capital do país, em Washington, para convencer os congressistas a desistir de taxar os carros como bens de luxo. Eles conseguiram. Muitos gostariam de fazer o mesmo. n
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ARTIGo
| semcon
o projeto de carros ambientalmente corretos, mais seguros e agradáveis A Semcon revela o projeto de pesquisa do qual participa, liderado pela Volvo Cars, com nove parceiros
Anders Sundin Manager Ergonomics/HMI, Automotive Sweden anders.sundin@semcon.com Renato Perrotta Regional Manager Semcon Brazil renato.perrotta@semcon.com
A
Semcon participa de um projeto de pesquisa de interface homemmáquina (Human Machine Interface – HMI) e sistemas otimizados, seguros, eficientes, amigáveis que respeitam o meio ambiente (Environmental Friendly efficient Enjoyable and Safety Optimized Systems – EFESOS), de 2009 a 2013, com o objetivo de tornar a condução dos carros do futuro com menor impacto ao meio ambiente, agradável e segura por meio de sistemas otimizados. O projeto, liderado pela Volvo Cars na Suécia e financiado (9 milhões de euros) e por diversos parceiros da indústria e de universidades, tem cerca de 50% do custo a cargo de autoridades suecas, como parte do Programa Estratégico de Pesquisa e Inovação Veicular. No total, nove parceiros industriais e universidades técnicas estão envolvidos. A iniciativa pretende investigar, avaliar e
demonstrar soluções técnicas para a interação segura e agradável com os Sistemas de Informação de Bordo (IVIS), como manter a atenção do condutor a um nível adequado, melhorar a satisfação de uso e demonstrar uma inovação aberta e distribuída. Outro objetivo é o desenvolvimento de métodos e ferramentas para assegurar que sistemas de segurança ativa, informações ao condutor e sistemas de infotainment desenvolvidos estão em total acordo com a cognição e limitações físicas dos motoristas para produzir o efeito ideal – implantando assim uma abordagem holística para elaborar e avaliar o HMI durante o desenvolvimento. Exemplos de áreas de pesquisa são Interações Multimodais, que investigam como usar e combinar modalidades cognitivas e de percepção de maneira que suportem a interação segura, com funções avançadas durante
a condução; e Internet a bordo, com avaliação de seu impacto sobre o comportamento do condutor, em situações como a busca de extensas informações enquanto dirige. Outras áreas a serem abrangidas são as Infraestruturas de Design Aberto (sobre tendências que podem ser identificadas na área da inovação e fontes abertas para desenvolvimento de software) e ainda novas formas de utilização de som 3D e projetos de vibração para alertar e divertir os usuários do carro. Além dos dois casos descritos na página ao lado, outros exemplos de trabalhos em curso são o projeto contra sonolência na direção, a busca por novas maneiras de introduzir um design afetivo (design emocional) no projeto do carro e a exploração com mais detalhes da forma como o design pode acomodar diferenças culturais no comportamento do condutor, que acontece por exemplo entre a Europa e a China.
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SEGURANÇA E SATISFAÇÃO NO USO DE TOUCH SCREEN E TOUCH PAD
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objetivo do teste foi a exploração de conceito e comparação de tecnologias já existentes de interação com o usuário para manipulação de mensagens de texto, com foco em segurança no trânsito, facilidade de uso e satisfação. O simulador de direção usado havia sido recém-construído pela Volvo Cars Corporation. A questão geral da pesquisa era sobre a extensão em que segurança, facilidade de uso e satisfação são atendidas pelos
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conceitos touch screen e touch pad durante a digitação no veículo. Os resultados demonstram que a interface touch screen deu melhores resultados que a interface touch pad. Os pormenores são apresentados em Sundin A, Patten C.J.D., Bergmark M, Hedberg A, Iraeus I-M, Pettersson I. Methodical aspects of text testing in a driving simulator. International Ergonomics Association Conference IEA2012. Recife 13-16 February 2012.
PONTOS DE CONTATO VERDES NO USO DE INTERNET DENTRO E FORA DE VEÍCULOS
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conteúdo inovador deste trabalho, avaliando emoções, valor central e identidade no desenvolvimento do HMI, é a nova abordagem do “comportamento verde” no uso do carro, não só durante a condução, utilizando o Design de Experiência e a ciência comportamental com o
Volvo Cars Corporation HMI Usability Lab
objetivo de explorar a mudança de comportamento, marcas e utilização de tecnologias em torno de nós como Internet, smartphones e redes sociais. A lógica de negócios por trás dessa abordagem, além de uma pegada de carbono reduzida, é a de afetar a experiência do consumidor na interação com a marca, com o objetivo de reforçar ou de “tornar verde” a imagem da marca. Mais informações podem ser encontradas em Nätterlund K, Sundin A, Romell I, Gustavsson M. On Attitudes towards Green Touch Points in the Use of In- and Off Vehicle Internet. VDI conference Electronic Systems for Motor Vehicles, BadenBaden 12-13 Oct 2011. n
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TECNOLOGIA INOVAÇÃO
atendimento nota 10 – No cadastro, o motorista escolhe como deseja ser identificado ao chegar ao posto e aos postos de serviço, pelo automóvel ou pelo nome. À noite, LEDs indicam o caminho até a bomba com o combustível desejado
fotos: DIVULGAÇÃO
Câmara e sensores RFID ligados ao programa de fidelidade da BR Distribuidora identificam o veículo e o motorista, personalizando o atendimento, da bomba aos serviços de conveniência
próxima parada:
POSTO DO FUTURO Protótipo de alta tecnologia e sustentabilidade, a iniciativa inaugura conceito inovador de interatividade com o consumidor Solange Calvo
A
bastecer o carro não é mais uma tarefa corriqueira. Não no Posto do Futuro, desenvolvido em conjunto pela Petrobras Distribuidora (BR) e Intel, inaugurado no fim do ano passado, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O empreendimento envolveu tecnologias emergentes de interatividade com o consumidor, que
possibilitam customizar o atendimento em todas as frentes do posto, desde o abastecimento à loja de conveniência e outros serviços. Essas características credenciam a iniciativa – que consumiu R$ 2,4 milhões, incluindo tecnologias e obras físicas – como a primeira dessa categoria no mundo. Foram 12 meses de dedicação
de ambas as empresas, que resultaram em um ambiente em que todos os recursos se integram por meio da tecnologia da informação (TI), proporcionando atividades e interações futuristas. Desde a chegada ao posto, o motorista pode selecionar o combustível no painel localizado na entrada e seguir a cor referente marcada no
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A tecnologia de ponta aplicada Ao posto sinaliza para onde vai o mercado e é onde estaremos José Lima de Andrade Neto, presidente da BR
chão, ou sinalização com LEDs (à noite), que o levará à bomba escolhida. Tudo isso é um desdobramento natural da vocação por inovação da distribuidora, segundo José Lima de Andrade Neto, presidente da BR. “A tecnologia de ponta aplicada nesse posto sinaliza para onde vai o mercado e é onde estaremos”, diz. Fernando Martins, presidente da Intel Brasil, acrescenta a ousadia de o Posto do Futuro ter sido totalmente desenvolvido no País. “É um modelo para a indústria em todo o mundo e exemplo da criatividade brasileira na aplicação de tecnologias de última geração.” É a criação de um novo conceito, de acordo com os presidentes. E tudo começa ao abastecer. Uma tela ao lado da bomba de combustível mostra informações sobre o veículo, ou motorista, identificado por meio de câmeras com capacidade de reconhecimento e sensores RFID ligados a painéis de mídia. Isso é possível, pois as tecnologias estão integradas à base de dados do programa de fidelidade da Petrobras Distribuidora (que reúne mais de 7 mil postos de serviços com a sua bandeira em todo o País), armazenada no modelo de computação em nuvem (cloud computing) da Petrobras. No
cadastro, o motorista escolhe como deseja ser identificado, pelo automóvel ou pelo nome. INTEGRAÇÃO A integração é o ponto-chave do projeto, na avaliação de Max Leite, diretor de inovação da Intel Brasil. “Trabalhamos na criação de uma solução específica, o software Posto do Futuro. Ele integra todas as tecnologias, representando o maior desafio”, diz, destacando que se trata de um sistema aberto, que nasceu com o objetivo de facilitar a interoperabilidade na plataforma, possibilitando
CLOUD COMPUTING A BR Distribuidora e a Intel lideraram o projeto do Posto do Futuro, que recebeu recursos de R$ 2,4 milhões e envolveu tecnologias emergentes de interatividade com o consumidor e forte dose de CRM, TI e cloud computing
a participação de variados parceiros. É um conjunto de tecnologias que abriga processadores de baixo consumo de energia (Intel Atom) e também os de alto desempenho da segunda geração da família Intel Core. “A expansão da plataforma criada com a integração de recursos de outras empresas aprimora os recursos e enriquece os benefícios para os clientes do posto”, afirma Leite. Fazem parte do portfólio de parceiros empresas como Cisco, Idea Labs, Engeset, Multiway e General Electric (GE), esta última com equipamento de carga de veículos elétricos e nas bombas de combustível com mídia digital e sistema de automação. A Cisco participa da inovação com o Cisco Cius, dispositivo portátil de comunicação e colaboração, em formato de tablet, com aplicativos específicos para a marca BR, que permitem aos usuários do posto envolvimento com todos os serviços. Os consumidores podem conversar em tempo real com especialistas da BR, por meio de videoconferência em alta definição, tirar dúvidas sobre rotinas de manutenção, como troca de óleo de veículos, ou mesmo obter informação sobre outros serviços oferecidos.
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INOVAÇÃO
PROJETO É MODELO PARA A INDÚSTRIA EM TODO O MUNDO E EXEMPLO DA CRIATIVIDADE BRASILEIRA NA APLICAÇÃO DE TECNOLOGIAS DE ÚLTIMA GERAÇÃO FERNANDO MARTINS, presidente da Intel Brasil
Quem tem cartão fidelidade BR também vai poder utilizá-lo no tablet Cisco e obter informações sobre o catálogo de produtos e promoções mensais das lojas BR Mania e acessar mapas de endereços específicos da cidade, entre outros serviços. “A inclusão de dispositivos móveis nesse projeto reforça o pioneirismo da BR no País, proporcionando mais agilidade, segurança e qualidade de atendimento aos clientes”, destaca Rodrigo Abreu, presidente da Cisco do Brasil. Inicialmente, o projeto contará com
DISPOSITIVOS MÓVEIS REFORÇAM O PIONEIRISMO DA BR NO PAÍS COM SEGURANÇA E QUALIDADE DE ATENDIMENTO RODRIGO ABREU, presidente da Cisco do Brasil
quatro unidades do Cius, que rodam aplicativos de colaboração da Cisco em plataforma móvel e permitem comunicação em tempo real. Além do Cius, o projeto da Cisco para o Posto do Futuro inclui também toda a infraestrutura de servidores, equipamentos wireless, roteadores e switches. ENERGIA SOLAR Entre as atrações está um sistema de energia solar para aquecer a água que lava os carros. “A água quente reduz o uso de detergentes químicos e soma-
-se ao mecanismo de jatos de água que elimina as tradicionais escovas dessas máquinas, capazes de riscar a pintura dos veículos”, explica Paulo da Luz, gerente de tecnologia da rede de postos da Petrobras. O sistema também alimenta o Eletroposto, onde é possível carregar veículos elétricos (usando a energia solar), que recebem 80% da carga em menos de uma hora. Nessa esteira, corre a Nissan, com o Leaf, veículo 100% elétrico, pronto para ser carregado no Posto do Futuro. De acordo com a montadora japonesa, ele tem autonomia de até 160 quilômetros com uma única carga da bateria. Nesse ambiente futurista, desperdício é proibitivo. A água usada para a lavagem dos carros vem 80% das chuvas e é reaproveitada para atender variadas operações. Com isso, o posto terá 50% de redução no consumo. O mesmo ocorre com a energia. Existe um aerogerador, capaz de captar a energia do vento, iluminar o local em situações de emergência e ainda o chamado “telhado branco” e iluminação “zenital”, de indução magnética e de LEDs. Esses procedimentos, somados, conduzem a uma economia de energia estimada em 50%.
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high tech é totalmencrm avançado na Otebanheiro autolimpante. “A cada uso, ele limpa sozinho o vaso sanitário, por e a pia, tornando o espaço br, com promoções rotação, agradável ao usuário”, explica o gerenda Petrobras. personalizadas te Nade tecnologia loja de conveniência, mais
A Petrobras Distribuidora utiliza forte CRM para personalizar o atendimento aos clientes de seu programa de fidelidade
com a ajuda da tela sensível ao toque é possível traçar rotas rodoviárias
atrações. As portas da geladeira, verdadeiros banners digitais, podem promover os produtos que estão em seu interior. Para fechar com chave de ouro, existe um grande painel digital, que chamam de quiosque, totalmente interativo e sensível ao toque. Nele, é possível acessar serviços como traçar uma rota rodoviária para o lugar desejado no Brasil e imprimir o roteiro para facilitar a viagem. Esse material poderá ser enviado por e-mail ou até mesmo por SMS. “Vamos desenvolver inúmeras aplicações para essa tecnologia. Tudo isso é apenas o começo. Muito da base de dados do programa de fidelidade da BR poderá gerar uma série de serviços, em linha com as expectativas dos clientes”, informa Nelson Costa Cardoso, CIO da Petrobras Distribuidora. O executivo diz que ao reconhecer a pessoa, a tecnologia poderá proporcionar promoções personalizadas para esse cliente dentro do Posto do Futuro. O painel pode reconhecer se a pessoa é do sexo feminino ou masculino e direcionar campanha específica para ela. “É forte ferramenta de relacionamento com o consumidor. Moderna, integrada, CRM do futuro”. O conceito do Posto do Futuro nos remete ao filme Minority Report, de Steven Spielberg, de 2002, que conta a história de um futuro (2054) em que a tecnologia interage de maneira intensa e personalizada com o cidadão, mexendo consideravelmente com o comportamento da sociedade. Quem quiser chegar mais perto do futuro, abasteça na Avenida das Américas, 3757, Barra da Tijuca, e atravesse o portal do tempo. n
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prêmio rei
OS FINALISTAS DO
PRÊMIO REI
64 candidatos foram selecionados por um júri especializado para a segunda etapa do prêmio Automotive Business, que reconhece as melhores iniciativas da indústria automobilística, destacadas pela excelência e inovação
Faça o download em PDF deste caderno especial do Prêmio REI www.automotivebusiness.com.br/PREMIOREI.pdf
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Jurados do Prêmio REI 22 profissionais participaram da análise e seleção das sugestões e cases apresentados pelo mercado. Eles não votaram em categorias com as quais têm interesse direto Carlos Arce AutoEntusiastas David Wong Kaiser Consultoria Fábio Peake Braga SAE Brasil Francisco Satkunas Consultor Ivan Witt Steer Recursos Humanos Jeannette Galbinski Setec Consultoria João Irineu Medeiros Fiat Automóveis/FPT
Martin Vollmer Edag do Brasil Moacir Ricci Consultor Neuto Reis NTC & Logística Paulo Cardamone IHS Automotive Paulo Garbossa ADK Reinaldo Muratori Mitsubishi Motors Renato Romio Instituto Mauá
Julian Semple Carcon Automotive
Ricardo Abreu Mahle Metal Leve
Luso Ventura Mobilidade Engenharia
Sadao Hayashi NHT
Mario Guitti IQA Marco Saltini MAN Latin America
Stephan Keese Roland Berger Valter Pieracciani Pieracciani
categorias Pág.
Pág.
PROFISSIONAL DE 2012 98
106 MARKETING E PROPAGANDA
EMPRESA DE 2012 99
107 MANUFATURA
AUTOMÓVEL 100 108 LOGÍSTICA COMERCIAL LEVE 101
109 AUTOPEÇAS METÁLICOS
CAMINHÃO E ÔNIBUS 102
110 AUTOPEÇAS POWERTRAIN
ELÉTRICO E HÍBRIDO 103
111 AUTOPEÇAS QUÍMICOS
ENGENHARIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 104
112 AUTOPEÇAS ELETRÔNICOS
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 105
113 AUTOPEÇAS SISTEMISTAS
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prêmio rei
JúRI APONTA OS EXECUTIVOS E EMPRESAS
QUE PODEM SER REIS finalistas do prêmio rei, ESCOLHIDOS por um júri independente, vão para a segunda fase da eleição, que envolve o voto democrático dos leitores Automotive Business
O
s presidentes Carlos Gomes, Cledorvino Belini, José Luiz Gandini e Roberto Cortes, que comandam as operações locais da PSA Peugeot Citroën, Fiat Chrysler, Kia Motors e MAN Latin America, disputarão o título de Profissional de 2012 do Prêmio REI – Reconhecimento à Excelência e Inovação, promovido
por Automotive Business em segunda edição. Belini e Gandini representam também os extremos opostos de ferrenha disputa que envolve a Anfavea, entidade dos fabricantes locais, e a Abeiva, associação das empresas importadoras de veículos sem linhas de montagem no País. Outros 60 candidatos passaram
à segunda fase da premiação, junto com os 4 presidentes, depois de selecionados por 22 jurados que analisaram duas centenas de sugestões e cases enviados por empresas relacionadas à indústria automobilística. O Júri apontou os quatro melhores candidatos, em 16 categorias, para a segunda etapa de votação, aberta aos assinantes da newsletter Automotive Business, que é enviada diariamente para 25 mil endereços de e-mail. A eleição final, da qual não participam os diretores da revista, newsletter e portal Automotive Business, estende-se também aos participantes do III Fórum da Indústria Automobilística, dia 9 de abril, no Golden Hall do WTC, em São Paulo, SP. Na categoria Empresa de 2012 foram selecionadas para a final a Delphi, Fiat Automóveis, Iveco e MAN Latin America. Em Automóveis, estão na disputa Chevrolet Cruze, Ford New Fiesta Hatch, Hyundai Elantra e Nissan March, Evento de entrega dos todos apresentados com troféus do Prêmio REI em 2011 boas novidades em 2011. No segmento de comerciais
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leves, entraram na fase final o Chevrolet S10, Range Rover Evoque, Renault Duster e BMW X3. Entre os caminhões a escolha ficará entre o Ford Cargo 2012, Iveco Stralis NR Eurotronic, Mercedes-Benz Actros e VW Constellation 24.280 6x2. Os elétricos e híbridos na final são o Aris, utilizado em entregas de Sedex, Constellation 6x2 diesel-hidráulico, Nissan Leaf, que pode estrear em frotas no Brasil, e o ônibus diesel-elétrico da Volvo, que será montado em Curitiba. A MAN LA foi a recordista em cases selecionados, colocando 8 finalistas na relação de 64. Entre as empresas de autopeças, o destaque ficou para a Delphi, com representantes em 5 categorias, mesmo número que obteve na primeira edição do Prêmio REI, em 2011. A entrega de certificados e troféus aos vencedores será realizada em maio, em São Paulo.
SELEÇÃO O processo de seleção dos finalistas do Prêmio REI envolveu de forma diferente as 16 categorias. Para as 6 primeiras não foi solicitada a apresentação de cases, cabendo ao júri apontar profissionais, empresas e veículos que mereceram destaque pela excelência e inovação. Sugestões enviadas pelo mercado alimentaram a relação inicial de sugestões, junto com meticuloso levantamento promovido por Automotive Business e colaboradores. No caso das outras dez, voltadas para Engenharia, tecnologia e inovação, Responsabilidade socioambiental, Marketing e propaganda, Manufatura, Logística e Autopeças, foi necessário formalizar cases. Cases e sugestões foram previamente editados, em grande parte depois de esclarecimentos junto aos
autores, e colocados em planilhas eletrônicas para avaliação do Júri. Nessa etapa teve atuação decisiva a jornalista Marta Pereira, que se dedicou incansavelmente à leitura e edição de cases e sugestões, com o suporte dos jornalistas de Automotive Business. Os profissionais que recebem diariamente a newsletter de Automotive Business serão convidados a responder a um e-mail e se inscrever para votar na etapa final, por meio de senha. O processo é simples e seguro, sem possibilidade de duplicações de voto. O mailing para envio da newsletter foi “congelado” dia 14 de fevereiro, antes que seus leitores soubessem das regras finais para votação.
Informações sobre o prêmio estão em: www.automotivebusiness.com.br/premio2012
A INOVAÇÃO vira prioridade, mas avança lentamente na indústria
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rivilegiar a excelência é possivelmente a meta mais comum entre os objetivos corporativos, alinhada a missões de responsabilidade socioambiental e sustentabilidade. São muitas as empresas que levam a sério o desafio de aprimorar, até o limite de seus esforços, as operações, os produtos, os serviços e as relações com a comunidade. Em outra vertente, os planos e os recursos para incentivar a inovação começam a sair lentamente das gavetas, avançando a passo de tartaruga em direção ainda a ser acertada. O Prêmio REI – Reconhecimento à Excelência e Inovação, instituído por Automotive Business para reconhecer as melhores iniciativas de personalidades e empresas relacionadas à indústria automobilística, toma como régua de medida o grau de excelência e inovação agregado aos empreendimentos. Cabe às empresas, para participar do desafio, revisitar seus melhores cases e defendê-los diante de um júri constituído de profissionais experientes, muitos deles conhecidos pela carreira dedicada a tecnologias ou negócios automotivos. A inovação pode ser considerada propósito central na concepção do novo regime automotivo, que pretende disciplinar as atividades dos diferentes atores na cadeia local de suprimentos e produção, que se queixam da falta de competitividade ante adversários estrangeiros. Em tempos de globalização crescente, trata-se de uma disputa travada no mercado interno por duas dezenas de marcas representativas, sob bandeiras de diferentes nacionalidades. Trata-se, agora, de hastear mais alto os interesses nacionais. O alerta de que apenas empresas inovadoras vão sobreviver na cadeia de produção automotiva foi uma das fontes de inspiração para a instituição do Prêmio REI. Valorizando a criatividade e adicionando uma dose extra de eficiência à fórmula de revitalização, as empresas locais poderão buscar novo patamar de excelência e enfrentar em posição forte os adversários que aproveitam o momento de fragilidade na competitividade do parque industrial brasileiro.
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PROFISSIONAL DO ANO Carlos Gomes Presidente Brasil e América Latina da PSA Há apenas um ano no cargo, implementou uma nova organização, antecipou em 12 meses os investimentos previstos para o País, de R$ 1,4 bilhão, entre 2010 e 2012, e anunciou outros, totalizando R$ 3,7 bilhões, de 2010 a 2015. Divulgou a criação de uma nova política industrial para a PSA no Mercosul, a ampliação da Fábrica de Porto Real (RJ), a contratação de mais 800 funcionários, um plano de lançamento de 15 veículos, entre outros projetos. Inovou ao introduzir, para produção em massa, o sistema de partida a frio, com tecnologia Bosch.
Cledorvino Belini Presidente da Fiat Chrysler América Latina e da Anfavea O executivo conduziu com sucesso a Fiat Chrysler na região, levando mais uma vez a Fiat Automóveis à liderança nas vendas em 2011, com destaque para o desempenho do Novo Uno nos emplacamentos e expectativa para os resultados com o Novo Palio. Ele anunciou o maior plano de investimento do Grupo Fiat na região e o projeto Pernambuco, que levará à construção de um polo automotivo com um parque de fornecedores integrado, desbravando a região nordeste do País. Pode não ter tido o mesmo destaque como presidente da Anfavea, mas conduziu com firmeza as iniciativas da entidade quando foi preciso assegurar a posição das montadoras tradicionais presentes no País. José Luiz Gandini Presidente da Kia Motors do Brasil e da Abeiva Trouxe os primeiros veículos da marca coreana para o País, há exatos 20 anos. Sob sua administração, a empresa tornou-se um dos principais players do segmento de importação de automóveis, e apresentou modelos atraentes, bastante seguros e tecnológicos. O empresário trouxe também os primeiros modelos bicombustíveis fabricados na Coreia do Sul, especialmente para o mercado brasileiro. Na presidência da Abeiva por quatro mandatos, defendeu fortemente o segmento de importação automotiva, especialmente em 2011.
Roberto Cortes Presidente da MAN Latin America Em 2011, demonstrou mais uma vez a capacidade de liderança. Direcionou a empresa rumo ao topo da indústria de caminhões pelo 9º ano consecutivo, com a venda de 50.829 unidades, com 29,7% de participação, e avançou no segmento de chassis de ônibus. Conseguiu convencer a matriz, na Alemanha, a fazer o maior investimento de sua história no País: mais de R$ 1 bilhão. Sob seu comando, a MAN LA passou a montar caminhões da própria marca em Resende, RJ, e vai inaugurar um parque de fornecedores ao redor da fábrica.
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EMPRESA DO ANO Delphi Em 2011, a empresa inaugurou uma fábrica em Conceição dos Ouros (MG), expandiu as unidades de Jaguariúna (SP) e Itabirito (MG) e, pela 16a vez, ganhou o prêmio Destaque Tecnológico da SAE Brasil. A operação na América do Sul elevou de 3% para 10% a participação na receita global da corporação. Formou 140 jovens pelo Formare e levou seu projeto socioambiental para 15 mil crianças.
Fiat Automóveis No Brasil, obteve a liderança em automóveis e comerciais leves pelo 10o ano, com 22% do mercado. Apresentou o Novo 500, o Freemont e o Novo Palio. Iniciou seu maior ciclo de investimentos no País, com R$ 10 bilhões até 2014. Na área social, anunciou a construção da sede própria do Programa Árvore da Vida, idealizado e desenvolvido pela empresa, em parceria com as ONGs Fundação AVSI e CDM (Cooperação para a Morada Humana). Comemorou 35 anos de Brasil, com show de Andrea Bocelli, para 80 mil pessoas em Belo Horizonte (MG).
Iveco A Iveco mostra fôlego no mercado de caminhões: as vendas cresceram três vezes mais que o mercado em 2011 e o market share bateu em 9,2%, recorde da marca (conquistou cinco pontos percentuais em cinco anos). Na Fenatran, apresentou uma gama renovada, adequada ao Proconve P7, e revelou o novo modelo Stralis AS (a sétima família de produtos da marca em cinco anos), colocando-se no segmento premium dos pesados. A montadora instituiu o programa Padrões de Atendimento na rede e inaugurou a centésima revenda no País, que considera a primeira concessionária de caminhões sustentável do Brasil. Em 2011 confirmou investimentos na nova fábrica de blindados-anfíbios Guarani, desenvolvidos em parceria com o Exército Brasileiro. MAN LATIN AMERICA No ano em que comemorou 30 anos, a MAN Latin America anunciou o maior investimento de sua história para ampliar as operações no Brasil: mais de R$ 1 bilhão, entre 2012 e 2016. A empresa também realizou sua maior sequência de lançamentos de veículos e conquistou, pelo 9o ano consecutivo, a liderança de vendas de caminhões no mercado nacional, com a comercialização de 50.829 unidades (29,7% de participação). A empresa renovou a frota na passagem da legislação de emissões para Euro 5 (P7), iniciou a produção de veículos da marca MAN e vai inaugurar parque de fornecedores ao lado da fábrica para desafogar as linhas de montagem e ganhar agilidade.
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AUTOMÓVEL Chevrolet Cruze Com a missão de reviver os bons tempos do Monza, o sedã global da Chevrolet deu novos ares à marca: aposentou o Vectra e em poucos meses assumiu a segunda posição do segmento, ficando atrás apenas do Toyota Corolla. É oferecido com motor 2.0 flex de 144 cv, com opções de transmissão manual e automática de seis velocidades. Fruto de um projeto sul-coreano, o Cruze é um dos modelos de maior sucesso da GM nos Estados Unidos.
Ford New Fiesta Hatch Lanternas altas, esticadas para as laterais, linhas agressivas e vincos aparentes colocam o New Fiesta hatch anos à frente do modelo Rocam. Ainda assim, os dois convivem, já que a Ford decidiu manter o antigo Fiesta nas lojas. Produzido no México, o New Fiesta tem motor 1.6 flex de 115 cv e novidades como o controle de estabilidade, assistente de saída de rampa e sistema multimídia Sync, que equipa os modelos de luxo da marca, como Fusion e Edge.
Hyundai Elantra A marca coreana quer sacudir a briga dos japoneses pela liderança da categoria. Com visual totalmente esportivo, marcado por frente agressiva, o Elantra traz bom pacote de equipamentos, que inclui freios ABS, seis airbags e outros itens de conforto. Mas sob o capô ainda não havia a palavra flex em 2011: o motor é 1.8 com duplo comando de válvulas, de 160 cv, com câmbio manual ou automático de seis marchas. Acaba de ser eleito Car of the Year nos EUA.
Nissan March O primeiro compacto da Nissan ajudou a elevar bastante as vendas da japonesa no Brasil, e fez dela a marca que mais cresceu em 2011. Importado do México, o March já ultrapassou rivais como Renault Clio e Peugeot 207. É equipado com motor 1.0 flex de 74 cv, ou 1.6 16V flex de 111 cv, ambos com câmbio manual de cinco marchas. Traz airbag duplo e computador de bordo de série em todas as versões, e de oferece três anos de garantia.
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COMERCIAL LEVE Chevrolet S10 Desenvolvida no Brasil, a nova picape média global da GM só mantém o nome da antecessora. A plataforma é toda nova e a carroceria tem linhas arrojadas. Por dentro, o jeitão espartano fica para trás e o motorista se sente mais próximo de um moderno carro de passeio. Disponível nas configurações cabine simples ou dupla, pode vir com tração 4x2 ou 4x4, câmbio manual ou automático (seis marchas) e três versões de acabamento. O motor 2.4 flex ganhou torque e há um novo turbodiesel 2.8 de injeção direta.
Land Rover Range Rover Evoque Pela primeira vez, a tradicional fabricante inglesa entra na seara dos crossovers. Misto de utilitário esportivo e cupê (disponível com duas ou quatro portas), o Evoque se destaca pelo visual arrojado, quase idêntico ao do protótipo LRX que lhe serviu de inspiração. Motor 2.0 de 240 cv, câmbio automático de seis marchas e tração integral fazem do Evoque um esportivo que não treme na hora de ir para a terra. Acaba de ser eleito Truck of the Year nos EUA.
Renault Duster O primeiro rival de verdade do pioneiro crossover compacto Ford EcoSport chegou impressionando pelo volume de vendas. O Duster produzido no Paraná tem como trunfos a robustez e o espaço, já que deriva da plataforma dos Renault Logan e Sandero. Tem opções de motor 1.6 Flex de 115 cv ou 2.0 Flex de 142 cv. Este último pode vir acompanhado por câmbio automático de quatro marchas e tração 4x4. Os preços, outro ponto forte, variam entre R$ 51.800 e R$ 68.490.
BMW X3 A segunda geração do crossover de origem alemã (a produção é concentrada na Carolina do Sul, EUA) rompeu totalmente com a primeira. Para começar, cresceu a ponto de ter o porte do primeiro X5, seu irmão maior. Além disso, o desenho tem o arrojo que faltou ao X3 original. No Brasil, chega com motor 3.0 de seis cilindros em linha, com 258 cv (aspirado) ou 306 cv (biturbo), sempre com câmbio automático de oito marchas e tração integral.
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CAMINHÃO E ÔNIBUS Ford Cargo 2012 Primeiro caminhão global desenvolvido no Centro de Design e Engenharia da Ford no Brasil, a linha Novo Cargo se destaca pelo visual inovador e funcional, pelo conforto oferecido na nova cabine e também a força e a robustez já tradicionais da marca. Maior novidade mercado em 2011, esse projeto recebeu mais de R$ 670 milhões em investimentos e já foi desenvolvido para atender a norma Proconve P7.
Iveco Stralis NR Eurotronic O Stralis NR Eurotronic é inovador na linha extrapesada, equipado de série com moderna transmissão automatizada, única com 16 marchas, que dispensa o pedal da embreagem. No modelo de maior potência da gama Stralis NR (460 cv), a nova transmissão amplia em até 7% a economia de combustível em relação ao modelo manual, compõe o mais eficiente sistema de freio motor da categoria (até 985 cv de potência de frenagem). Com marchas selecionadas por teclas no painel, o modelo eleva o nível médio dos motoristas (melhores médias de consumo, direção mais segura, menor desgaste físico) e traz de série o Frota Fácil, com telemetria aberta e acesso a dados para controle de custos pelo frotista.
Mercedes-Benz Actros Caminhão considerado pelo fabricante como o mais completo do mercado nacional e com a tecnologia mais avançada, o Actros da linha 2012 é fabricado na unidade da Mercedes-Benz em Juiz de Fora (MG) e traz novidades no trem-de-força, segurança e conforto, além dos motores com tecnologia BlueTec 5, mais econômicos e ecológicos, capazes de acentuar a produtividade no transporte de cargas, contribuindo para a maior rentabilidade do cliente.
Volkswagen Constellation 24.280 6X2 O modelo mais vendido do Brasil agregou inovações tecnológicas e de segurança. O caminhão está equipado com o novo motor MAN D08, com tecnologia EGR, e, segundo o fabricante, oferece excelente desempenho e garante benefícios como boas retomadas de velocidade, baixo consumo de combustível e menor emissão de poluentes.
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ELÉTRICO E HÍBRIDO CPFL Elétrico faz entregas do Correio Em iniciativa conjunta, CPFL, Edra Aris e Correios efetuaram, durante mais de sete meses, a entrega de encomendas a bordo de um veículo elétrico. Fabricado pela Edra, o carro percorreu 68 km/dia, totalizando aproximadamente 9 mil km rodados pelas ruas de Campinas (SP), sem apresentar qualquer defeito significativo. Com a carga completa de cinco horas, em tomada de 220 V, o VE pode percorrer pouco mais de 100 km, a velocidade máxima de 80 km/h.
MAN LATIN AMERICA Tecnologia diesel/hidráulica recupera energia A MAN Latin America desenvolveu o VW 17.280 6X2 híbrido, com tecnologia diesel/hidráulica, com o mesmo conceito de recuperação da energia cinética (KERS) dos carros da Fórmula 1. O grande diferencial está no dispositivo de armazenagem mais simples e eficiente, com acumuladores hidráulicos. No item consumo de combustível, a montadora registrou redução de até 15%, impactando positivamente no meio ambiente.
NISSAN LEAF Elétrico pode estrear em frota de serviços no Brasil Em 2011 a Nissan assinou protocolo de intenções com a Prefeitura de São Paulo para a composição de uma frota do elétrico Leaf no centro da cidade. O modelo, lançado recentemente em diversos mercados, é 100% elétrico, com propulsor de 110 cv. Tem autonomia para rodar até 160 km e precisa de oito horas para ser totalmente recarregado em uma tomada caseira, ou menos de uma hora para recarga de 80%, em um posto elétrico. Tem design futurista por fora e por dentro, com destaque para a alavanca de câmbio em forma de joystick.
VOLVO Chassis de ônibus híbridos diesel/eletricidade A Volvo, de Curitiba (PR), foi escolhida para fabricar um ônibus híbrido da marca, sobre chassi 4x2, com um motor a diesel e outro elétrico, que funcionam em paralelo ou de forma independente. O motor elétrico é utilizado para arrancar e acelerar, até 20 km/h, e atua como gerador de energia em frenagens. O propulsor a diesel entra em funcionamento em velocidades mais altas. Com o veículo parado, no trânsito ou pontos de ônibus, o motor diesel fica desligado. Há economia de diesel de até 35%, redução de emissões de gases poluentes entre 80% e 90%.
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ENGENHARIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO FORD EcoSport como destaque global
A nova geração do EcoSport, que será vendida em mais de cem países, concretiza o surgimento de uma engenharia nacional efetiva da Ford, com participação em projetos globais, e contribui para o avanço nas vendas da marca (2 milhões de veículos compactos até 2015). Segundo a Ford, o EcoSport global contribui para que o Brasil assuma o papel de criador de veículos, em vez de simples consumidor e montador de produtos. O modelo foi totalmente renovado, da carroceria aos motores, passando pelos chassis, sob a liderança do design e da engenharia da Ford brasileira, com apoio da estrutura mundial da empresa.
IVECO Guarani – um blindado único
O Guarani, blindado 6x6 sobre rodas com capacidade anfíbia, para transporte de 11 militares, com 18 toneladas de PBT, foi desenvolvido no Brasil pela Iveco e o Exército Brasileiro, utilizando o maior número possível de “peças de prateleira” para reduzir custos, permitir a nacionalização e facilitar a manutenção. O modelo é o único de seu tipo no mundo com chassi (e não monobloco), o que reduz a complexidade produtiva, reduz custos e melhora o nível de proteção em aplicações antiminas. Um protótipo está em testes desde 2011 no campo de provas do Exército na Marambaia (RJ). O modelo será fabricado em linha exclusiva na fábrica da Iveco em Sete Lagoas (MG).
MAN LATIN AMERICA Nova tecnologia diesel/hidráulica
Apresentado na Fenatran 2011, o caminhão de lixo híbrido diesel/hidráulico da MAN introduziu novo sistema de recuperação de energia cinética em frenagens. Desenvolvido pela engenharia brasileira e inédito no mercado latino-americano, oferece potencial de redução de consumo de combustível de até 20% em aplicações do tipo “anda e para”. O custo de aquisição é significativamente inferior à tecnologia híbrido diesel/elétrico e os componentes do sistema de freio podem durar 80% mais. Os acumuladores hidráulicos permitem recuperar até 70% da energia cinética da frenagem. A iniciativa alia alta densidade de potência e maior durabilidade em comparação com dispositivos de armazenagem tradicionais elétricos. O veículo pode avançar de 0 a 25 km/h com a energia potencial armazenada nos acumuladores hidráulicos.
PSA Tech Center é referência global
O Latin America Tech Center (São Paulo, SP), é resposta ao plano de crescimento da PSA Peugeot Citroën na região, com o desenvolvimento de veículos, motores e pesquisas. A iniciativa tornou a operação brasileira referência mundial para a corporação em biocombustíveis e materiais verdes e traz reforço, investimento e ampliação das equipes locais de pesquisa, desenvolvimento e estilo, com unidades de apoio nas fábricas de Porto Real (RJ) e Palomar (Buenos Aires). Os trabalhos têm parceria nos centros mundiais da PSA (2 na França e 1 na China). O centro de P&D brasileiro conquistou funções importantes no Grupo PSA e autonomia em pesquisas e inovações. Foram abertas frentes de trabalho em biocombustíveis e materiais verdes, tornando o Latin America Tech Center centro de referência na PSA nesse campo.
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responsabilidade socioambiental CUMMINS A costura do Pano Pra Manga
A Cummins construiu o Centro Comunitário J. Irwin Miller em Guarulhos, SP que oferece treinamento e capacitação profissional aos moradores do bairro do Jardim Cumbica. Um dos programas desenvolvidos é a Oficina de Costura Pano Pra Manga, que já formou 87 pessoas e conta com seis profissionais que trabalham diariamente no projeto, comercializando produtos e gerando renda. Além do curso de corte e costura, os participantes recebem aulas de empreendedorismo. Os participantes atuam na captação de clientes, entre os quais a própria Cummins, para a qual fornecem jalecos, brindes e camisetas para uniforme confeccionadas em malha, com 50% de fibra (reciclagem de garrafas pets) e 50% algodão.
GKN Superação leva ao trabalho
O Programa SuperAção da GKN do Brasil, de Porto Alegre, RS, expõe crença de que a formação de pessoas com deficiência e a inserção no mundo do trabalho não são exclusiva responsabilidade das autoridades governamentais ou organizações dedicadas à sua causa -- é também um dever das empresas que operam no contexto do estabelecimento de parcerias partilhadas. Originalmente apre-sentado como um projeto em 2006, a iniciativa tomou forma e 86 beneficiados pelo programa SuperAção trabalhavam em 2011 nas mais diversas áreas da empresa, mostrando um grande crescimento e potencial. O programa inclui a preparação de membros da família para ajudar no processo de ver os filhos como pessoas que trabalham, contratados como funcionários da companhia e pagos de acordo com as funções desempenhadas.
SUSPENSYS Aposentadoria mais saudável
O Programa Novos Caminhos prepara o funcionário para a transição de carreira, após a aposentadoria. A partir dos 57 anos, ele tem a opção de participar das atividades do projeto, considerando a perspectiva de sua desvinculação da empresa aos 60 anos e tendo como critério-base estar aposentado pela Previdência Social. Funcionários com idade inferior a 57 anos que desejam se preparar para a desvinculação em até três anos também devem estar habilitados a se aposentar pela Previdência Social e/ou RandonPrev. A iniciativa orienta sobre saúde física e mental, envolvendo funcionário e família na elaboração das expectativas de atuação e planejamento financeiro. Em 2011, 80% dos funcionários aptos aderiram à iniciativa, com satisfação de 85%.
ARTECOLA Ecofibra de cana para a GM
A Artecola especializou-se em laminados fabricados com fibras naturais para diversos segmentos. Em parceria com a engenharia avançada da GM, desenvolveu a Ecofibra Automotive, derivada da cana-de-açúcar, para produção de porta-pacotes, leve, reciclável, substituindo barras metálicas. Inédito globalmente, o produto obteve o 1º lugar entre projetos inovadores da empresa, pela metodologia GM-Design For Six Sigma de 2011 e homologação para uso em fábricas da GM no mundo. A Artecola participou de cursos específicos para assimilar o desafio de conceber o produto inovador e utilizou softwares de simulação e metodologia de gerenciamento de projetos de última geração.
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MARKETING E PROPAGANDA FIAT Dustin Hoffman e o novo 500
“Fiat 500. É um carrão. Você que ainda não tinha percebido”, a mais importante campanha da Fiat em 2011, trouxe Dustin Hoffman como protagonista, que estrelou sob as lentes de Fernando Meirelles, para anunciar o novo 500. Criado pela Agência Fiat (Leo Burnett Tailor Made + Agência Click Isobar), o comercial gravado em Los Angeles e São Paulo, fez uma comparação divertida entre Dustin Hoffman (1,65m e 68 filmes) e o ator brasileiro Ricardo Macchi (1,90m e só uma novela de sucesso), brincando com a altura de cada um e o histórico da carreira para mostrar que não é preciso ser grande para ser um “atorzão”. E também não é preciso ser grande para ser um ‘carrão’, já que o novo 500 é um carro completo, exemplo de sofisticação, tecnologia, bom gosto e qualidade. O filme está em www.fiat.com.br/cinquecento.
MAN LATIN AMERICA Conceito ajudou a liderança
Para fortalecer e disseminar o conceito Sob Medida, principalmente para o já proprietário da linha de produtos dos Caminhões Volkswagen, a MAN criou campanha, com esforço de comunicação robusto. Após três meses de veiculação, as vendas totais cresceram 19%. Nos mesmo período, o site da empresa registrou aumento de acessos de 114,7% sobre os três meses anteriores. O número de visualizações registrou um crescimento de 57,4%. Com a assinatura: “Caminhões Volkswagen. Feitos sob medida para seu negócio”, foram criados anúncios para a mídia impressa e, para a televisão, filmes de 60” e 30”. Em um cenário de fazenda, com vacas pastando, funcionários montam um caminhão Volkswagen ao redor da carga: chassi, eixos, motor, cabine e rodas. Logo o caminhão fica pronto, sob medida para transportar o produto para o qual foi feito.
NISSAN Campanha Pôneis Malditos
A campanha publicitária desenvolvida em 2011 seguiu a linha de comunicação questionadora da Nissan e reforçou os diferenciais da picape Frontier do segmento. Com humor, o comercial mostrou que o motor das picapes da concorrência têm pôneis ao invés de cavalos, o que faz com que estes veículos não tenham força suficiente para enfrentar os desafios exigidos por quem busca uma picape de verdade, como a Frontier. O desafio na criação da campanha foi destacar que o motor da Frontier é o mais forte e potente da categoria, com 172 cavalos. A veiculação do comercial foi feita em rede nacional (TV aberta), paralelamente a ação nas redes sociais, como YouTube e Facebook. A campanha ‘Pôneis Malditos’ foi um sucesso e impulsionou as vendas da Frontier de maneira muito expressiva, depois de ir ao ar em 29 de julho.
VOLKSWAGEN Reforço a atributos de marca
A VW do Brasil realizou em 2011 uma campanha voltada à comunicação institucional da marca, com foco em inovação,composta por quatro filmes divulgados em rede nacional de TV, três anúncios impressos e ações especiais nas redes sociais da internet para promover atratividade e interatividade na multiplicação das informações. Toda a ação manteve alinhamento global dos elementos de comunicação da marca. O filme “Brasil-Alemanha” estabelece conexão entre os dois países, ao relacionar a maneira alemã de fazer e desenvolver tecnologias de última geração e o típico jeito brasileiro de ser. Os filmes “Óculos”, “Bebê” e “Coral” apresentam as inovações tecnológicas dos produtos Volkswagen. As campanhas renderam recorde no Facebook, entre as fabricantes de automóveis.
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manufatura HONEYWELL Nova gestão para ser a melhor
A Honeywell Turbo Technologies (marca Garret), considerou excepcionais os resultados consolidados no Brasil em 2011, com redução de desperdícios para gerar ganhos significantes de produtividade em processos de manufatura e administrativos da empresa, de forma sustentável. A iniciativa promoveu mudanças profundas na organização, com avanços na gestão da produção. O modelo trouxe resultados mais confiáveis e estáveis e promoveu mudança de rotinas, hábitos e cultura. A unidade de Guarulhos, SP, recebeu certificação Prata da corporação, equiparando-se a fábricas da Coreia do Sul e Europa. Após 36 meses indicadores destacaram melhora de 84% no índice de qualidade dos produtos, zero acidente com afastamento ou atividades restritas, 32% de produtividade operacional e diminuição dos estoques de 12,5%.
MAN LATIN AMERICA Avanço no Consórcio Modular
Após a implementação do Consórcio Modular Production System (CMPS) na planta de Resende, RJ, surgiu a necessidade de aperfeiçoar os métodos de análise e solução dos problemas encontrados ao longo do processo produtivo. A metodologia A3 facilitou a transformação cultural e ajudou a consolidar o CMPS, e mudar o jeito de produzir veículos comerciais com uma nova conceituação de acompanhamento e celebração dos resultados nos processos produtivo, logístico e administrativo, disseminando a metodologia A3 em todos os níveis da fábrica, por meio de uma ronda realizada diariamente por toda a liderança do Consórcio Modular. Houve sinergia jamais imaginada entre áreas que tratam dos problemas da planta, com bons resultados no âmbito emocional dos funcionários e nos planos de capacitação da empresa, metas pessoais e problemas crônicos que aparentemente seriam extremamente complicados de solucionar.
TENNECO Sistemas de exaustão sem erro
A empresa entende que revolução é a palavra para definir a resposta que o maquinário MCS (Measure, Calibrate, Stuffing, medir, inserir e calibrar) trouxe para a produção de sistemas de exaustão para veículos leves e pesados do mercado original (OEM), com ganhos de produtividade. Desenvolvido pela engenharia da Tenneco, no Brasil, o novo processo fabril reduz a zero a margem de erro de produção. O MCS garante que 100% das peças produzidas correspondam ao projeto especificado, com rígido controle de qualidade do próprio maquinário, que também elimina o desperdício de matéria-prima e geração de resíduos. A nova linha de montagem MCS atende a todos os novos conversores catalíticos, em especial a aplicação diesel, diminuindo o tempo de produção e colocando a margem de erro na escala zero.
VOLKSWAGEN Evolução da fábrica digital
Em colaboração com a VW, a Siemens PLM trabalhou no desenvolvimento e simulação de novos processos em ambiente digital, para definir melhores alternativas, analisar interferências e avaliar o grau de manufaturabilidade antes da instalação física da fábrica real. O desafio solucionado foi transformar a manufatura de quatro plantas (Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP; São José dos Pinhais, PR; Taubaté, SP; e São Carlos, SP) em ambiente digital, adaptar esse ambiente às práticas da companhia e cadeia de fornecedores. O programa proposto foi a implantação de soluções de simulação predial, processos e fluxo produtivo que permitem criar diversas alternativas de processo, desde a concepção ao “off line”, com análise de interferências, reutilização de meios produtivos, flexibilização de linhas e redução de gargalos de forma a garantir os objetivos de volume, qualidade e rentabilidade.
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logística DELPHI Reduz custos de logística em 27%
O sistema de logística internacional gerencia a cadeia de suprimentos de itens importados de forma mais eficiente, integrando e padronizando as fábricas na América do Sul, buscando melhorar a gestão de toda a cadeia, aumento de produtividade e redução de custos. Após a implantação do sistema, a Delphi reduziu o tempo de trânsito dos embarques em 25%, o inventário em 18%, fretes especiais em 65% e o custo de logística total em 27%. A iniciativa, para elevar a produtividade nas 10 fábricas, foi implementada em 3 fases, para eliminar problemas alfandegários, falta de padronização de procedimentos, capacitação de pessoas, fornecedores e prestadores de serviço logístico envolvidos no processo e implantar regimes aduaneiros especiais, que proporcionassem diferencial competitivo para a empresa.
GEFCO Avanços no milk run da PSA
Com integração dos sistemas de gerenciamento de transportes, rastreamento de caminhões e mapas on line, a Gefco criou sistema para acompanhar operações milk run, acessado em tempo real, por computador ou smartphones e tablets. O projeto para a PSA Peugeot Citroën, em Porto Real (RJ), traz mais confiança e transparência em operações logísticas complexas de milk run e redução de custos. A solução elevou em 22% as operações milk run em 2011, em comparação a 2010. As estadias no cliente diminuíram em 25%. A capacitação das equipes reduziu em 15% as cargas emergenciais. Ocorreu 97,5% de atendimento às janelas de carga/descarga, ante 93% do ano anterior; e pontualidade nos fornecedores de 96%, comparado aos 92% do ano anterior. Houve evolução de 70% na agilidade do rastreamento; redução de10% no tempo de carga/ descarga e de 20% nos custos de operações via satélite e ligações.
ID LOGISTICS Reengenharia na Meritor e recordes
O crescimento de 20% na produção da Meritor na fábrica de Osasco, SP, com quebra de recordes e vendas, após a recuperação da crise iniciada em 2009, levou a a operadora logística ID Logistics a reestruturar a cadeia de abastecimento das linhas de produção. A iniciativa partiu da reengenharia nos fluxos operacionais na área de logística, buscando eficiência em custos, otimização das áreas de armazenagem, revisão de processos operacionais com ênfase em aumento da produtividade e maximização do espaço fabril, com revisão do fluxo inbound e planejamento de estoques internos e em centro de distribuição externo. Houve revisão do sistema de pedidos Kanban Eletrônico; implantação de projeto piloto de sequenciamento; e desenvolvimento de piloto para utilização de RFID em componentes e eixos.
MAN LATIN AMERICA Trailler Kanban otimiza operação
A MAN reduziu estoques internos, evitou paradas de linha, reduziu o uso de empilhadeiras e otimizou o fluxo de transporte e operação dos itens de suspensão dos veículos 6x2 (eixos traseiros, molas e peças avulsas) através da implementação do fluxo puxado com gestão visual. Foi desenvolvido o processo do Trailler Kanban composto de três carretas: na descarga, no Gate e no depósito avançado do fornecedor. A iniciativa visou reduzir o tempo médio de permanência de veículos, a quantidade interna de veículos em descarga, paradas da linha de produção, complexidade dos processos internos e estoques de materiais. A redução média de estoque desses materiais na planta com a introdução do novo processo foi de 67%. Houve recuo de 75% no custo de transporte entre o depósito avançado e MAN LA e redução no tempo de permanência de veículos na planta de 58%.
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autopeças - metálicos AETHRA Aços de alta-resistência nos carros
A utilização de aços de alta resistência Dual Phase (bifásicos, com propriedades diferentes em cada face) é essencial para a evolução de projetos automotivos. A Aethra passou a dominar essa tecnologia, com projeto multidisciplar que engloba ferramentas numéricas para predição de processo de manufatura e validação virtual de produto (cálculo estrutural) para peças que utilizam o material. O programa trouxe o domínio do ciclo de desenvolvimento de produto em aço Dual Phase, levando a componentes mais leves, seguros e resistentes e permitindo o uso de chapas de menor espessura . É possível antever possíveis problemas e soluções para o processo de estampagem. Consegue-se obter componentes/sistemas com menor massa e menor consumo de matéria-prima, gerando menor gasto energético em todo o processo de fabricação e, posteriormente, redução no consumo de combustível do veículo.
MAGNETI MARELLI Escapamento sem abraçadeira
A Divisão de Escapamentos desenvolveu e validou solução para eliminar a abraçadeira do sistema de escapamento, já disponível para novos desenvolvimentos e produtos correntes, visando redução de custos e massa nos veículos. A abraçadeira é componente com custo expressivo, que requer muita mão de obra na montagem e aperto na linha de produção. A solução encontrada foi “crimpar” (processo mecânico) as partes do sistema de escapamento que utilizavam a abraçadeira. Inicialmente, a crimpagem foi feita por meio de prensa, para verificar a eficácia da proposta. Após vários testes de vibração e rodagem em veículos, iniciaram-se os estudos dos meios de produção. A iniciativa permite montar componentes de forma segura e garantida, com ganhos econômicos, de massa e ambientais, pois a maioria das abraçadeiras, parafusos e porcas recebem tratamentos superficiais, no geral, com zinco.
MERITOR Cardãs dispensam manutenção
A Meritor desenvolveu a família de cardãs Lub for Life, denominada RPL. Com sistema de vedação selado de alto desempenho, o produto dispensa a renovação da graxa lubrificante e, consequentemente, a necessidade de manutenção. O projeto inovador facilita a montagem e desmontagem, reduzindo significativamente o tempo e os custos de reparo, além de aumentar a disponibilidade do veículo para operação. A família RPL destaca-se também pelo conjunto de mancais com duas carreiras de roletes, o que contribui para a distribuição das tensões superficiais, aumentando a vida útil dos rolamentos e cruzetas. O revestimento de nylon da haste do slip protege a superfície contra corrosão e reduz o atrito na superfície de vedação.
NORGREN Conexões pneumáticas avançadas
A nova família de conexões Norgren, de latão Form Fit, evoluiu para atender mercado sensível a custo, prometendo a confiabilidade, robustez e simplicidade de sistemas Push-in em latão. O desenvolvimento visou ao que há de mais avançado em tecnologia de simulação mecânica, materiais e processos de fabricação. O ganho real para o cliente final chegou a 5 kg no peso por caminhão e redução de custos em até 20% no sistema. Na etapa de forja a quente, foi desenvolvida a tecnologia “flash free”, na qual a peça sai da máquina sem rebarba, reduzindo a perda de material em até 50%, e com o mínimo sobremetal necessário para usinagem, diminuindo a produção de cavacos em até 70%. O processo de fabricação passou de 13 para 6 etapas. Houve redução do peso por conexão em até 40%, em comparação a família anterior Fleet Fit.
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autopeças - powertrain BORGWARNER Solução tríplice para Euro 5
A BorgWarner desenvolveu uma solução tríplice na mudança do powertrain para Euro 5, incluindo peças que contribuem diretamente para responder ao aumento de potência, recirculação dos gases e economia de combustível: os turbos R2S, embreagens viscosas e os módulos de resfriamento de gases de escape EGR Cooler. Os turbos R2S, de dois estágios em série, atendem diferentes regimes de rotação do motor diesel: um opera ativamente em baixa rotação e o outro atua em alta rotação. A redução no consumo de combustível e nas emissões é de 15% a 30%. As embreagens viscosas, com módulo eletrônico, atuam controladas pela temperatura do óleo que contêm, acionando ou bloqueando o funcionamento do ventilador. A economia é de até 4%. Os módulos de resfriamento EGR Coolers adotam placas de troca de calor inovadoras para reduzir a temperatura dos gases de escape e a formação de NOx e hidrocarbonetos.
BOSCH Flex Start elimina tanquinho na PSA
O sistema Flex Start para o motor EC5 da PSA Peugeot Citroën consagra o sucesso dos veículos bicombustíveis e a engenharia brasileira, promovendo o gerenciamento eletrônico para controlar o aquecimento do combustível e permitir a partida do motor em baixas temperaturas, quando abastecido com combustível contendo entre 85% e 100% de etanol. A iniciativa elimina o reservatório de gasolina (tanquinho) e melhora a resposta do motor à aceleração. Outra inovação é o wake up, que dá início ao pré-aquecimento do etanol quando a porta do motorista é aberta, eliminando o tempo de espera de 6 segundos, quando a temperatura ambiente é de +5ºC. O novo motor EC5 com Flex Start é o primeiro em larga escala a utilizar a tecnologia de partida a frio e equipa o novo Peugeot 308.
DELPHI Partida a frio traz avanços
O sistema de aquecimento integrado ao injetor de combustível permite a partida de motores flex com uso somente de etanol a temperaturas do motor abaixo de zero. A combustão tem resultado mais eficiente, com até 70% de redução de emissões no uso de etanol e até 20% quando no uso de gasolina. A tecnologia elimina o tanquinho de gasolina, pode ser usada em carros ou motos e baseia-se no aquecimento do etanol no injetor de combustível, através do aquecimento do próprio injetor – não são necessários injetores adicionais ou aquecedores. O aquecimento ocorre já nos primeiros pulsos de injeção, garantindo maior eficiência, podendo-se reduzir ou até eliminar o tempo de pré-aquecimento. A solução não causa impactos na montagem e permite a redução de emissões nas fases frias do ciclo de medição de emissões veiculares.
Estrutura de aço Liga de alumínio Cobertura polimérica
MAHLE Bronzina com alto desempenho
A Mahle desenvolveu uma bronzina bimetálica com cobertura polimérica capaz de suportar exigências de motores modernos, trabalhando com menor temperatura, menor atrito, menor desgaste e maior resistência à fadiga do que uma bronzina convencional. A cobertura é composta por polímero resistente a altas temperaturas, lubrificantes sólidos para menor atrito e partículas metálicas para maior durabilidade. O desenvolvimento responde ao fato de que, com o foco em redução de emissões e consumo, os motores utilizam tecnologias mais severas para os componentes (flexfuel, stop-start, óleos com baixa viscosidade etc.). Em bronzinas, isso significa minimização do filme de óleo e maior contato com o virabrequim. Para melhorar a lubrificação, minimizar atrito e aumentar durabilidade do componente, o desenvolvimento de uma nova cobertura se fazia necessário, mantendo a competitividade econômica.
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autopeças - químicos COVENTYA Parafusos mais leves e resistentes
Uma das alternativas para reduzir o peso dos veículos é diminuir o peso dos parafusos, aumentando sua força de tensão. Isso pode ser feito usando aços de alta resistência mecânica e à corrosão, com eletrodeposição de zinco ou zinco-liga. O que se sabia era que na eletrodeposição para aços de alta resistência mecânica deveria ser realizado um tratamento térmico especial para reduzir o risco de fragilização por hidrogênio. A Coventya financiou um estudo na universidade em Besancon, França, para demonstrar a não-fragilização por hidrogênio, quando da eletrodeposição de zinco-níquel. O resultado ajudou indústrias como VW, Scania, e Volvo e na decisão pela deposição de zinco-níquel em peças com a utilização de aço de alta resistência mecânica. Muitos parafusos hoje utilizados podem ser substituídos por outros de alta classe de resistência, diminuindo o peso do veículo e emissões de poluentes.
HENKEL DO BRASIL Pintura inova com economia
A Henkel introduziu no Brasil, com expressivo sucesso, a primeira aplicação automotiva do processo de pintura Aquence, obtendo já a partir do desenvolvimento do layout da planta da Lear ganhos agregados ao produto. A simplicidade e a redução das etapas do processo garantiram economia de 20% do investimento inicial. O maior gasto com os químicos na pintura de estruturas metálicas de bancos e encostos foi compensado pela redução do consumo de água, energia elétrica e mão de obra, levando a uma economia de 15% ao ano na comparação com os gastos de uma pintura convencional eletrostática. A não-emissão de gases tóxicos e a não-utilização de metal pesado, somadas à redução na demanda de água e do consumo de energia elétrica, pontos que tanto castigam os processos existentes de pintura, foram os motivos primordiais que levaram à decisão do cliente utilizar o Aquence.
SAINT-GOBAIN SEKURIT Para-brisa reduz ruído
A Saint-Gobain Sekurit desenvolveu para-brisa com propriedades acústicas que neutralizam ruídos de baixa e alta frequências, em 5 dB e 8 dB, respectivamente. A tecnologia envolve duas lâminas de vidro com camada intermediária especial de PVB (polivinil butirol), com propriedades acústicas. O projeto envolveu a equipe de engenheiros do laboratório de pesquisa da empresa e recursos avançados dos fornos e da linha de produção instalados na fábrica de Mauá, SP. Foram produzidas peças-protótipos e realizadas análises e ensaios no laboratório da empresa e testes de campo sob as mais variadas condições de utilização (tráfego urbano ou rodoviário). Além dos Citroën C3 Aircross e Picasso, Peugeot 408 e 3008, o para-brisa acústico é utilizado no Ford Fiesta Sedan.
YARA BRASIL Arla 32 para atender ao Proconve P7
A Yara utilizou a experiência na implementação do AdBlue (Europa) e DEF (América do Norte) para garantir a disponibilidade de seu Arla 32 (com a marca Air1) aos proprietários de veículos P7 (Euro 5) que utilizam a tecnologia SCR para pós-tratamento de gases poluentes. Antes mesmo do inicio da nova legislação de emissões, em 1o de janeiro de 2012, a Yara já havia equacionado o desafio logístico de levar o produto, cujo suprimento em nível nacional era visto como missão quase impossível. A empresa passou a fornecer o Air1 para o primeiro enchimento de três grandes montadoras e reposição pelas respectivas redes de concessionárias. Em solução multisourcing, a Yara estabeleceu três soluções: adquirir o produto de fabricantes locais e distribuir tanto a granel ou embalado; importar o produto já pronto para consumo com custos competitivos; e importar ureia técnica, para produção de Arla 32 por dissolução.
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autopeças - eletrônicos DELPHI A evolução da MAPEC brasileira
A nova central elétrica MAPEC 3.0 para mercados emergentes, desenvolvida por engenheiros brasileiros, possibilita aumento de funcionalidades e utiliza gerenciamento energético e telemetria para monitorar e ativar funções elétricas do veículo. Substituindo equipamentos mecânicos por eletrônica embarcada, a principal característica é a escalabilidade, podendo ser aplicada a diversas plataformas veiculares, além de fazer comunicação, à distância, com centrais telefônicas e centrais de serviços de marketing e manutenção de veículos. O desafio no projeto foi permitir, dentro de uma mesma solução de arquitetura veicular, a adição de funções elétricas e eletrônicas (incluindo novos opcionais) até mesmo após o lançamento dos modelos. Além havia a necessidade de disponibilizar um conceito sofisticado de tecnologia também para carros populares adicionando, agora, a possibilidade de comunicação por telemetria veicular.
KOSTAL Tecnologia de rastreadores antifurto
A pesquisa, desenvolvimento e produção da linha de rastreadores antifurto ocorreu na planta de São Bernardo do Campo (SP). Os produtos incorporam alta tecnologia para oferecer segurança aos proprietários de automóveis e motos. Desbloqueados, podem ser monitorados pela empresa de preferência do cliente. Projetos específicos foram desenvolvidos para Moto Honda e Volkswagen. A produção em larga escala exigiu investimento de R$ 20 milhões em nova linha automatizada. Depois colocada em atividade a linha de montagem, novos testes foram realizados com os rastreadores já instalados nos veículos e motocicletas. Os resultados obtidos nas avaliações superaram as expectativas tanto da Kostal como dos clientes.O sucesso do projeto foi tão grande que a tecnologia foi oferecida a plantas da empresa em outros países.
MAGNETI MARELLI Tecnologias para elétricos e híbridos
A Magneti Marelli está empenhada em tornar disponíveis no Brasil soluções para o desenvolvimento futuro de veículos elétricos e híbridos, a partir de trabalhos existentes na Europa, embora reconheça que existam obstáculos significativos, quanto a custos, para soluções competitivas e adoção comercial de componentes, como baterias, motor e eletrônica de potência (inversor, conversores e BMS - Battery Management System). As iniciativas buscadas, em andamento, em paralelo com a matriz na Itália, incluem a produção de protótipos de motores elétricos com tecnologia de alta eficiência; desenvolvimento do controle de potência do motor (inversor); integração da solução com o sistema do veículo, com monitoramento e indicação ao motorista da performance e consumo instantâneo (kW/h – km/l) e sistema de energia usado caso solução hibrida (ICE + Elétrico).
PST ELECTRONICS/PÓSITRON Rastreamento mais eficiente
O sistema de localização LC110 foi criado com a otimização de tecnologias de radiofrequência com espalhamento espectral, permitindo desenvolver uma rede de transmissão de dados com baixo custo, longo alcance e resistência a jamming (interferências indesejadas). Essas características permitem uma rápida expansão da rede, possibilitando a cobertura de novas praças de forma extremamente ágil. As tecnologias são GPS, RDS e GSM/GPRS. O sistema tem custo mais competitivo, altos índices de recuperação e é mais eficaz ao jamming. Com a solução, a empresa cobriu toda a região metropolitana de São Paulo e Campinas em apenas seis meses, obtendo índices de recuperação iguais ou até superiores às tradicionais redes baseadas GSM. A tecnologia proprietária de radiofrequência permitiu oferecer um equipamento com preço até 40% menor que o rastreador, sem perda de desempenho. A solução é endereçada a caminhões, motocicletas, veículos de passeio e de transporte de passageiros.
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autopeças - sistemistas BOSCH Flex Start elimina tanquinho
O sistema Flex Start para o motor EC5 da PSA Peugeot Citroën consagra veículos bicombustíveis e a engenharia brasileira, promovendo o gerenciamento eletrônico para controlar o aquecimento do combustível e permitir a partida do motor em baixas temperaturas, quando abastecido com combustível contendo entre 85% e 100% de etanol. A iniciativa elimina o tanquinho e melhora a resposta do motor à aceleração. Outra inovação é o wake up, que inicia o pré-aquecimento do etanol na abertura da porta do motorista. O motor EC5 com Flex Start é o primeiro em larga escala a utilizar a solução e está no novo Peugeot 308.
DANA Sistemas completos de driveline
Acordo estratégico com a Sifco, fabricante líder de eixos dianteiros não-tracionados e componentes forjados na América do Sul, levou a Dana a tornar-se fornecedor líder de driveline completo – incluindo eixos dianteiros e traseiros, eixos cardans e componentes de suspensão. O acordo permitiu adicionar eixos dianteiros não-tracionados para caminhões e ônibus à oferta de produtos na América do Sul e elevar a receita em US$ 500 milhões, para US$ 1,3 bilhão, já em 2011. A iniciativa assegurou o fornecimento de componentes-chave para os sistemas de eixos dianteiros não-tracionados (vigas, mangas e braços) que passaram a ser montados em Sorocaba, SP. A Dana adquiriu os direitos comerciais de distribuição dos sistemas de eixos dianteiros não-tracionados para veículos comerciais e responde por todas as relações com clientes, inclusive marketing, vendas, engenharia e montagem. A iniciativa leva a ganhos para todos os envolvidos.
DELPHI Sistemista amplia operações
Como parte dos planos para atender à crescente demanda do mercado, a Delphi na América do Sul investiu US$ 40 milhões em meios produtivos, RH, tecnologias, capacidade e desenvolvimento de fornecedores. Em 2011 foi inaugurada a planta de chicotes em Conceição dos Ouros (MG) e expandidas as de Itabirito (MG) e Jaguariúna (SP). A empresa recebeu o prêmio Destaque Tecnológico SAE pela 16a vez e avança para representar 10% no faturamento global da corporação (em 2005 eram 3%). Conceição dos Ouros começou com 200 funcionários e hoje tem mais de 600. Itabirito cresceu em capacidade e gerou novos empregos. Em Jaguariúna a capacidade anual de compressores subiu de 1,4 milhão para 2 milhões de unidades e a de trocadores de calor de 600 mil para 1,3 milhão. A Delphi promoveu o tradicional programa de desenvolvimento da base de fornecedores, para melhorar o desempenho de seus parceiros quanto a qualidade, entrega e custo; investiu em tecnologia e apresentou a inovadora MAPEC 3.0.
MERITOR Sistema de eixo inteligente
A Meritor desenvolveu em 2011 seu novo conceito de eixo inteligente, LogixDrive Intelligent System. Os benefícios incluem maior economia de combustível e redução da emissão de poluentes. Projetado para monitorar ativamente as condições de funcionamento do veículo, o LogixDrive é ativado por controle eletrônico, monitora constantemente a temperatura, velocidade e as condições de torque e frenagem para aplicar a quantidade otimizada de óleo lubrificante no eixo, reduzindo em 2% o consumo de combustível de veículos comerciais. O sistema LogixDrive aborda duas áreas de perda de potência nos eixos: atrito de engrenagens e rolamentos e a resistência do óleo devido à rotação das engrenagens. Em condições de cruzeiro, a necessidade de lubrificação do diferencial diminui, abrindo a possibilidade de redução do nível de óleo necessário, resultando na diminuição de perdas internas por atrito.
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cobiça
(preços pesquisados em fevereiro)
ELEGÂNCIA CASUAL A Swatch lançou novas versões dos relógios Full Blooded. Na cor Smoky Black o modelo ganha acabamento fosco e na Navy tem detalhe em acrílico. Ambos são feitos em aço com visor de vidro. Por R$ 550,00 e R$ 590,00, respectivamente. Shopping Pátio Paulista, Rua 13 de maio, 1947, São Paulo, SP, tel. 11 3253-7573.
A Belkin começa a vender no Brasil o seu portfólio de acessórios para produtos eletrônicos no primeiro semestre de 2012. Um dos destaques é a linha LiveAction Camera, para iPhone e iPod Touch. Os gadgets permitem tirar fotos e fazer vídeos com mais facilidade. Um dos produtos é o controle remoto para acionamento do obturador da câmera. Preço sob consulta. www.belkin.com.
Confeccionada em microfibra 100% reciclada com detalhes em alumínio, a pasta para documentos e notebook da linha Airline é novidade da Lexon, marca francesa recém-chegada ao mercado nacional. Por R$ 370,00. Dreux, Shopping Jardim Sul, Avenida Giovanni Gronchi, 5819, São Paulo, SP, tel. 11 3501-4660.
A Speak-er box, inusitada caixa de som com desenho do Dovetusai Studio, torna qualquer ambiente descontraído. Em plástico, o equipamento mede 13 cm por 15 cm. Por R$ 1.080,00. Skitsch. Al. Gabriel Monteiro da Silva, 256, São Paulo, SP, tel.11 3068-8891.
Feita em neoprene, a Gourmet Gateway, bolsa térmica da Built, é ideal para carregar um lanche rápido. O material é resistente a água e conserva a temperatura dos alimentos. Por R$ 135,00. www.cosenonparole.com.br.
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