Revista Automotive Business - edição 19

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Automotive

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INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA

OS MAIS INFLUENTES DE 2013 OS LEITORES ESCOLHERAM OS CINCO PROFISSIONAIS QUE SERÃO DECISIVOS PARA O SETOR EM 2013: GUIDO MANTEGA, DILMA ROUSSEFF, CLEDORVINO BELINI, THOMAS SCHMALL E JAIME ARDILA. DESCUBRA O QUE ELES PODEM FAZER E SUA REAÇÃO AO SABER DA INDICAÇÃO




ÍNDICE ÍNDICE

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CAPA | OS MAIS INFLUENTES DE 2013

OS DONOS DAS MAIORES APOSTAS Os leitores de Automotive Business elegeram cinco personalidades que serão decisivas para influenciar o setor automotivo este ano: Guido Mantega (foto de Silvia Costanti/Valor/Folhapress), Dilma Rousseff (Agência Brasil), Cledorvino Belini (foto de Luis Prado), Thomas Schmall (foto de Luis Prado) e Jaime Ardila (Divulgação). Descubra o que eles já fizeram e ainda podem fazer. 4 $XWRPRWLYHBUSINESS 4 $XW $XXWR $X RP PRWLY WLWLYHBU WLYH BU BUS US SIINE IN N NEESS SS


48 LANÇAMENTO UM DEGRAU ACIMA Peugeot 208 brasileiro é global

8 NEGÓCIOS IVECO LANÇA VERTIS HD Caminhão completa linha Ecoline 24 CARREIRAS LUIZ CORRALLO COMANDA DELPHI Empresa está pronta para Inovar-Auto 50 REPARAÇÃO A GUERRA DE R$ 100 BILHÕES Concessionárias vs. independentes

60 PR PRÊMIO REI

40 FINALISTAS EM 8 CATEGORIAS Candidatos dependem de voto popular Ca

36 INVESTIMENTOS APOSTA NO REGIME AUTOMOTIVO Aportes podem superar R$ 67 bilhões 40 MÁQUINAS AGRÍCOLAS NOVO FÔLEGO NO MERCADO Demanda de tratores elevada 44 SUPRIMENTOS MERCEDES DESTACA FORNECEDORES Prêmio Interação foi entregue a 13 parceiros

72 ARTIGO NOVA ERA DE INOVAÇÃO Brasil precisa recuperar o atraso 74 COBIÇA ORGANIZAÇÃO As atrações do mercado

ANYPAD OFFICE: para transformar o iPad em desktop

CORREÇÃO – A capacidade de produção de bombas na Melling do Brasil é de 3 milhões de unidades por ano, e não de 5 milhões, como foi publicado na edição de dezembro

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EDITORIAL

REVISTA

www.automotivebusiness.com.br

Paulo Ricardo Braga Editor paulobraga@automotivebusiness.com.br

OS PERSONAGENS DO INOVAR-AUTO

O

s leitores da newsletter e portal Automotive Business elegeram os profissionais que terão papel decisivo na indústria automobilística em tempos de Inovar-Auto. O resultado aparece na capa desta edição e na anålise de Pedro Kutney nas påginas internas. Os jurados do Prêmio REI, que contribuíram para a matÊria de capa, receberam outra tarefa, årdua: selecionar os melhores cases, entre os 182 inscritos na edição 2013 da premiação, que reconhece as melhores iniciativas do setor automotivo, sob o ponto de vista da excelência e inovação. Os quarenta finalistas, que você confere nesta revista, serão agora submetidos ao voto de nossos leitores e dos participantes do IV Fórum da Indústria Automobilística e do I Fórum de RH. A entrega dos trofÊus ocorrerå em junho. Dedicamos sete påginas a uma avaliação dos negócios no setor de reparação automotiva, revisando o ponto de vista dos diferentes atores do canal oficial e do segmento independente, que disputam um mercado avaliado em R$ 100 bilhþes por ano, para atender uma frota que se aproxima de 40 milhþes de veículos. Você vai saber como convivem as montadoras, os fabricantes de autopeças, as distribuidoras, o comÊrcio varejista e as oficinas, tendo como pano de fundo na disputa o regime tributårio, as inovaçþes tecnológicas, as mudanças no período de garantia dos veículos e a legislação de propriedade industrial. Confira, tambÊm, o levantamento realizado por Automotive Business sobre os investimentos de montadoras e empresas de autopeças, que podem superar R$ 67 bilhþes atÊ 2017 e agregar outros aportes em P&D para inovação, tecnologia industrial e engenharia. Você deve ler, ainda, a seção Carreiras para saber as mudanças no setor e as matÊrias sobre måquinas agrícolas (que podem ter um bom ano em 2013) e os vencedores do Prêmio Mercedes-Benz, entregue aos melhores fornecedores. Enquanto finalizåvamos esta edição, ultimåvamos os preparativos para a quarta edição do Fórum da Indústria Automobilística que, em 1º de abril, no Sheraton WTC, em São Paulo, trarå à tona as verdades que agitam o setor. AtÊ a próxima edição.

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Editada por Automotive Business, empresa associada Ă All Right! Comunicação Ltda. Tiragem de 13.000 exemplares, com distribuição direta a executivos de fabricantes de veĂ­culos, autopeças, distribuidores, entidades setoriais, governo, consultorias, empresas de engenharia, transporte e logĂ­stica e setor acadĂŞmico. Diretores Maria Theresa de Borthole Braga Paula Braga Prado Paulo Ricardo Braga Editor ResponsĂĄvel Paulo Ricardo Braga (Jornalista, MTPS 8858) Editora-Assistente Giovanna Riato Redação Camila Franco, Giovanna Riato, MĂĄrio Curcio, Pedro Kutney e Sueli Reis Colaboradores desta edição Guilherme Arruda, Luciana Duarte e Valter Pieracciani 'HVLJQ JUiĂ€FR Ricardo Alves de Souza )RWRJUDĂ€D SURGXomR H FDSD EstĂşdio Luis Prado Tel. 11 5092-4686 www.luisprado.com.br Publicidade Carina Costa, Greice Ribeiro, Monalisa Naves Editor de NotĂ­cias do Portal Pedro Kutney Media Center e WebTV Marcos Ambroselli Comunicação e eventos Carolina Piovacari $WHQGLPHQWR DR OHLWRU &50 H GDWDEDVH Josiane Lira ImpressĂŁo Margraf Distribuição ACF AcĂĄcias, SĂŁo Paulo Redação e publicidade Av. IraĂ­, 393, conjs. 51 a 53, Moema, 04082-001, SĂŁo Paulo, SP, tel. 11 5095-8888 redacao@automotivebusiness.com.br



NEGÓCIOS

IVECO COMPLETA LINHA ECOLINE COM VERTIS HD

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Iveco concluiu no início de 2013 os lançamentos da Linha Ecoline, gama de modelos Euro 5, com o novo Vertis HD (High Duty) que chegou nas versões leve e média, com PBT (Peso Bruto Total) de 9 toneladas e de 13 toneladas mais cabine dupla. O caminhão chega para completar a lacuna que se abriu em 2012, quando a marca ficou de fora do segmento de 8 t a 15 t. Com o novo Vertis HD, a Iveco mira no varejo, setor da economia que mais absorve caminhões nesta faixa de PBT. As estimativas apontam que as vendas devem alcançar as 3,5 mil unidades em 2013, participação de 8% nesse mercado. Inspirado na estrutura do médio Tector, o novo Vertis HD vem com o motor FPT NEF 4, com potências de 177 cv para a versão leve e 182 cv para o médio, mais potentes se comparados com as versões Euro 3. (Sueli Reis)

NOVA LEVA DE COMERCIAIS CHINESES

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á estabelecidas no Brasil com seus automóveis, as chinesas JAC Motors e Chery iniciaram as vendas de veículos comerciais leves no País. A JAC começou a trazer em dezembro o T140, com PBT (Peso Bruto Total) de 3,5 toneladas. Este é o primeiro de quatro veículos do mesmo segmento que serão produzidos na fábrica que a empresa ergue em Camaçari (BA), com início da produção previsto para 2014. Para introduzir a nova linha, a empresa ampliou em R$ 100 milhões o investimento programado para a planta, que agora deve receber R$ 1 bilhão. Os novos modelos serão distribuídos em rede independente. Já

os caminhõezinhos da Chery Automobile, vendidos com a marca Rely (foto), serão trazidos ao País pela Venko Motors e não pela organização chinesa, que está construindo fábrica no Brasil. A importadora foi responsável por introduzir os automóveis da montadora no mercado nacional. Após o fim do contrato de três anos com a matriz da companhia, a Venko fechou novo acordo de cinco anos, renovável por mais cinco, para lançar os comerciais leves no País. Assim, a importadora assume o lançamento da Rely no Brasil, incluindo o desenvolvimento da rede, assim como fez com a Chery. (Sueli Reis)

GM ACELERA PRODUÇÃO EM GRAVATAÍ

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General Motors anunciou a abertura do terceiro turno de trabalho na fábrica de Gravataí (RS), com a contratação de 1.450 trabalhadores. A decisão pretende atender o crescimento da demanda pelo Onix, lançado em outubro de 2012 na versão hatchback e em fevereiro deste ano na configuração sedã, com o nome de Novo Prisma.

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COM NOVA PRESIDÊNCIA, SAE FOCA INOVAR-AUTO

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esenvolver estudos a fim de aprofundar as oportunidades do Inovar-Auto, a política industrial para o setor automotivo nacional no período 2013-2017. Para Ricardo Reimer, que assumiu a presidência da SAE Brasil no biênio 2013-2014, essa é a principal meta de sua gestão. “Com certeza, o objetivo

mais importante para nós e a indústria é o atendimento do InovarAuto”, destaca. Engenheiro de produção pela FEI e administrador de empresas pela FGV, ele também é presidente do Grupo Schaeffler para a América do Sul. “O Inovar-Auto nos traz um horizonte. Temos tempo para trabalhar e a indústria, para ser bem-sucedida, precisa desse planejamento”, avalia. “O novo regime é o primeiro passo nesse sentido e mostra que o Brasil agora pensa diferente, de maneira mais estratégica”, acrescenta. Ele garante que a SAE Brasil, por meio de seus associados e comissões, está pronta a ajudar no cumprimento dos objetivos de desenvolvimento tecnológico contidos na política para o setor. Assista ao vídeo com Ricardo Reimer

FENATRAN

JÁ TEM 250 EXPOSITORES

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organização da 19ª edição da Fenatran, que ocorre entre 28 de outubro e 1º de novembro deste ano, prevê recorde de público para o evento. O Salão Internacional do Transporte já tem 250 expositores confirmados e deve atrair 57 mil visitantes de 45 países. A mostra marcará a retomada do crescimento do mercado após a delicada fase de transição para a tecnologia Euro 5, que tornou os veículos mais caros e abalou as vendas.


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Em 2012 o reuniu 94 III F贸rum 6 profissio do setor automoti nais vo


NEGÓCIOS

PROGRAMAS DE

RENOVAÇÃO DE FROTA

AVANÇAM NO PAÍS

INICIATIVAS EM SÃO PAULO E NO RIO DE JANEIRO PODEM ESTIMULAR O SURGIMENTO DE MAIS PROGRAMAS QUE SUBSIDIEM A COMPRA DE CAMINHÕES NOVOS

SÃO PAULO Lançado em maio de 2012, o projeto piloto para a região do Porto de Santos teve as dez primeiras unidades aprovadas, que serão do extrapesado Iveco Stralis. O programa oferece crédito do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com juro de 0,25% ao mês, subsidiado pelo governo estadual e que chega ao cliente com taxa zero. A compra do caminhão novo está vinculada à retirada de um antigo de circulação. O objetivo é financiar mil caminhões novos.

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RIO DE JANEIRO O Estado desenvolve programa que pretende reduzir de 17 para 12 anos a idade média da frota e estimular a aquisição de 39 mil caminhões em cinco anos. O pacote concederá isenção de ICMS e crédito de 12% do valor do veículo, que o comprador poderá usar para abater o imposto pago sobre suas atividades. Para receber o incentivo é preciso vender um caminhão antigo, com mais de 20 anos de uso, a uma recicladora. (Giovanna Riato)


MERCEDES-BENZ QUER 15 MIL

CAMINHÕES EM JUIZ DE FORA

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Mercedes-Benz quer esquentar a produção na fábrica mineira de Juiz de Fora. A empresa concluiu a última etapa da transformação da unidade, fruto de investimento de R$ 450 milhões. A planta foi inaugurada há cerca de 15 anos para produzir automóveis e passou por reforma de 18 meses para começar a fabricar caminhões. Apesar de ter começado a montar o leve Accelo e o extrapesado Actros ali no primeiro semestre de 2012, apenas em janeiro a fábrica começou a operar plenamente, com todos os processos, incluindo modernas linhas de montagem bruta de cabines (soldagem) e de pintura, as últimas a ficarem prontas. Com os últimos ajustes feitos, a Mercedes-Benz espera encerrar este ano com 15 mil unidades produzidas nas linhas de montagem mineiras. Em 2012 a fábrica montou 10 mil veículos.

VOLVO TESTA CAMINHÃO

GÁS-DIESEL NO BRASIL

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Volvo já testa no Brasil seu caminhão com tecnologia bicombustível gás-diesel. A fabricante importou da Suécia para esta primeira experiência um cavalo mecânico modelo FM 460, com motor de 460 cavalos flexível, que funciona com mistura no diesel de até 75% de Gás Natural Liquefeito (GNL). O veículo circula no interior de São Paulo pela GásLocal, que transporta o GNL produzido pela White Martins, única no País que executa o processo de liquefação do metano. “Esta é a solução proposta pela Volvo para uso de combustível alternativo em veículos comerciais

pesados, que apresentamos pela primeira vez no Brasil”, explica Sergio Gomes, diretor de estratégia de caminhões do Grupo Volvo América Latina. Segundo ele, a tecnologia metano-diesel traz ganho de 10% em redução de emissões de CO2 em comparação com um motor Euro 5 movido só a diesel. O caminhão também pode rodar usando apenas diesel, porém sem os mesmos ganhos ambientais e econômicos oferecidos pelo gás natural. O objetivo dos testes é conhecer o comportamento do caminhão na realidade brasileira. Se a avaliação for positiva e houver interesse, a Volvo poderá estudar a produção nacional.




NEGÓCIOS

HYUNDAI NACIONAL PÕE O PÉ NA TERRA HB20X CONCORRE EM SEGMENTO QUE CRESCE ACIMA DO MERCADO

HB20X traz som com Bluetooth e comandos de áudio no volante.

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esde fevereiro, cerca de 180 concessionárias Hyundai Brasil estão vendendo o HB20X, hatch com apelo aventureiro derivado do HB20, lançado em setembro de 2012. Também produzido em Piracicaba (SP), o novo modelo tem dois níveis de acabamento, Style e Premium, ambos com câmbio manual de cinco marchas e opção automática de quatro velocidades. O preço inicial é de R$ 48.755, correspondentes ao Style manual. Todos utilizam motor flex 1.6 de 16 válvulas e 128 cv quando abastecido com etanol. A previsão anual da Hyundai é de produzir 150 mil unidades da família HB. Dessas, 10 mil devem ser da versão aventureira. O gerente de produto, Rodolfo Stopa, põe fé no HB20X: “O segmento ‘cross’, formado por essas derivações com

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apelo off-road, cresce mais do que o mercado. De 2011 para 2012 ele teve alta de 9%”, revela, com base em levantamento feito pela montadora. No mesmo período, a venda de automóveis e comerciais leves subiu 6,1%. Os principais concorrentes do HB20X são o VW Crossfox (motor 1.6 de 8 válvulas) e o Renault Sandero Stepway (1.6 de 8 ou 16 válvulas). Em relação ao HB20 convencional, o estreante piracicabano recebeu para-choques dianteiro e traseiro com desenho diferenciado. Sua carroceria subiu quatro centímetros com o uso de molas mais longas e pneus de perfil mais alto. Há também outros detalhes exclusivos para o HB20X, como apliques laterais de plástico, racks no teto e rodas de liga leve. O interior tem pedais de alumínio. Todo

BEM ACABADO A nova versão do Hyundai repetiu a boa impressão deixada durante o lançamento do HB20, como na qualidade dos materiais, na posição dos comandos e instrumentos. O rádio tem boa recepção em qualquer frequência, mesmo quando distante das emissoras. Falta alguma agilidade em estrada à versão automática do HB20X. Na cidade, o câmbio automático cumpre bem seu papel e faz valer os R$ 3,2 mil extras cobrados por ele. O carro manual é melhor na estrada. Essa transmissão de cinco marchas utilizada pela Hyundai está acima da média, tem engates muito fáceis. Desde a versão Style, o HB20X vem com ar-condicionado, direção hidráulica, airbag duplo, volante ajustável em altura e profundidade, freios ABS, vidros, travas e retrovisores com acionamento elétrico. A versão Premium tem também acendimento automático dos faróis, sensor traseiro de estacionamento e banco traseiro bipartido, entre outros itens. (Mário Curcio)



NEGÓCIOS

HONDA CIVIC ANTECIPA 2014 COM OPÇÕES 2.0 A

s concessionárias Honda já vendem desde fevereiro a linha 2014 do sedã Civic, que traz como principal novidade o motor 2.0. Flexível, ele produz até 155 cv quando abastecido com etanol, mas adota o conceito Flex One, que dispensa o tanquinho de gasolina para as partidas a frio. Esse novo propulsor está disponível a partir da versão LXR, que tem câmbio automático de cinco marchas como item de série e preço sugerido de R$ 74.290. O Civic mais completo, 2.0 EXR, tem tabela de R$ 83.890. O novo propulsor também é produzido em Sumaré, embora ainda utilize componentes importados como o sistema VTEC e outros itens internos, mas a Honda já teria iniciado o processo de nacionalização de algumas peças. O motor 1.8 permanece em linha na versão 2014 de entrada, a LXS, que tem opção manual (agora de seis marchas) por R$ 66.690 ou

NOVO MOTOR FLEX ONE DISPENSA TANQUINHO automática de cinco velocidades e tabela de R$ 69.900. Esse propulsor mantém a tecnologia flexível anterior, com subtanque de gasolina para a partida em dias de temperatura mais baixa. A Honda, contudo, admite a possibilidade de estender o novo sistema a este e outros motores durante o ano. O Flex One utiliza componentes Bosch e Keihin. “Ele dá um passo adiante em relação aos primeiros sistemas sem tanquinho”, explica o engenheiro Alfredo Guedes Júnior. “No novo Civic 2.0, o aquecimento do combustível tem início a partir do destravamento das portas pelo chaveiro”, diz. No começo, esse processo se iniciava somente ao virar a chave no contato e, numa primeira evolução, a partir da abertura da porta do motorista, como nos Peugeot 308, por exemplo. Ano passado, o Civic foi o segundo sedã médio mais vendido, com 50.490

unidades, atrás do Toyota Corolla, com 56.365 unidades. “Houve atraso na chegada do carro às concessionárias”, lembra o diretor de assuntos institucionais, Paulo Takeuchi, referindose a dificuldades com fornecimento de peças importadas do Japão e Tailândia por causa de catástrofes naturais ocorridas em 2011. Em 2013, a fabricante quer vender ao menos 60 mil unidades. A mudança dos modelos 2014 não resultou em diferenças de design, mas houve ajustes na linha. Desde a versão LXS 1.8 há Bluetooth, controles de som no volante, chave do tipo canivete e porta-malas com revestimento interno. O câmbio automático com borboletas atrás do volante é item padrão desde a versão 2.0 mais acessível, LXR. Teto solar, navegador GPS e recursos eletrônicos para controle de tração e auxílio à estabilidade são exclusivos do EXR. (Mário Curcio)

PERSPECTIVAS – As vendas da Honda em 2012 alcançaram 134.938 automóveis e comerciais leves emplacados, número recorde. “Para este ano estimamos cerca de 150 mil”, afirma o diretor de relações institucionais, Paulo Takeuchi. O crescimento passaria de 10% dessa forma. A montadora sabe que o Civic não poderá responder sozinho por este salto e quer ampliar a rede das atuais 200 para 240 concessionárias até o fim de 2014. A Honda também espera crescimento das vendas do Fit com a versão Twist e do City com SE. A montadora já se concentra nos produtos montados aqui, pois a imposição de cotas para modelos importados restringiu a vinda do CR-V (que também será flex) para algo entre 10 mil e 12 mil unidades.

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NEGÓCIOS

4 EVENTOS INDISPENSÁVEIS PARA 2013 FÓRUNS E WORKSHOPS INOVADORES ESTÃO FOCADOS NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA

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utomotive Business organizou quatro eventos de interesse de profissionais da indústria automobilística em 2013, com temas específicos sobre a evolução do programa Inovar-Auto (IV Fórum da Indústria Automobilística), gestão de recursos humanos (Fórum de RH), comunicação e marketing (A Revolução do Marketing) e estratégia (Planejamento 2014). “Ao lado do nosso já tradicional fórum, em

1o de abril, escolhemos outros temas atuais, pouco explorados em simpósios dirigidos para o segmento automotivo, como marketing e RH. Já o workshop de planejamento deve repetir o sucesso do anterior, oferecendo insights valiosos para o planejamento de 2014”, explicou Paula Braga Prado, diretora dos eventos. Confira, a seguir, o que você pode esperar dos três fóruns e do workshop programados.

O programa do IV Fórum da Indústria Automobilística terá como foco as implicações do Inovar-Auto para montadoras e fabricantes de autopeças, avaliando o impacto das novas regras para a gestão de negócios de empreendimentos locais e importadores de veículos. Ao lado de palestras e debates serão promovidos uma exposição de tecnologia, com 35 participantes, e workshops de relacionamento voltados para a cadeia de suprimentos, polos automotivos e carreiras profissionais. O encontro deve reunir 900 a mil pessoas.

O encontro avaliará as questões fundamentais relativas ao desenvolvimento de pessoal e estratégias na área de recursos humanos, tendo em vista a crescente demanda de profissionais para atender o crescimento da indústria automobilística. O evento tratará de questões relativas a carreira, treinamento, remuneração, relações trabalhistas, ambiente de trabalho e retenção de talentos. São convidados para o programa representantes de montadoras, fabricantes de autopeças, universidades e consultorias.

O programa trará insights para profissionais de montadoras, autopeças, agências de propaganda e de serviços sobre a reinvenção do marketing nos negócios automotivos. As palestras e debates indicarão como empresas e profissionais da indústria automobilística estão reagindo às mudanças frenéticas em estratégias e tecnologias em produto, manufatura, gestão e marketing na indústria automobilística. Estará em pauta o avanço do marketing digital e das mídias sociais no ambiente de negócios e comunicação.

Encontro dirigido para profissionais de estratégia, planejamento, marketing, vendas e finanças de montadoras de veículos e fornecedores de autopeças e serviços empenhados em estudos e planejamento das atividades em 2014. Um debate sobre estratégias e competitividade, dicas de profissionais experientes no planejamento, insights, forecast, o papel da inovação, cenários para a economia global e regional, a agenda de negócios e o impacto do novo regime automotivo.

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PORTAL

| AUTOMOTIVE BUSINESS

AS NOVIDADES QUE VOCÊ ENCONTRA EM WWW.AUTOMOTIVEBUSINESS.COM.BR CHERY QUER RECUPERAR TERRENO PERDIDO

Depois de registrar queda expressiva nas vendas em 2012 como efeito do aumento do IPI para carros importados, a Chery quer retomada este ano. Com fábrica nacional a ser inaugurada em novembro, empresa pode trazer do exterior 37,5 mil veículos este ano sem a alíquota majorada.

TOYOTA ENTREGA PRIUS TÁXI EM SÃO PAULO

Depois do elétrico Nissan Leaf, o Toyota Prius passou a compor a frota de táxis da cidade de São Paulo. Já circulam no município 20 unidades do modelo como parte do projeto da prefeitura para estimular a aquisição de táxis híbridos. O programa prevê a aquisição de outros 96 veículos.

PARA HABIB, DA JAC, MERCADO NÃO CRESCERÁ EM 2013

O presidente da JAC Motors, Sergio Habib, acredita que as vendas de veículos no mercado nacional não crescerão em 2013. O executivo aponta como fatores limitadores da expansão o adiantamento das compras no ano passado, impulsionado pela redução do IPI, e o crédito ainda restrito.

WEB TV www.automotivebusiness.com.br/abtv INCRÍVEIS MULHERES AUTOMOTIVAS

ENTREVISTA

ENTREVISTA

IVANYRA CORREIA, CFO da Penske Logistics para o Brasil analisa a carreira

JON SEDERSTROM, diretor da filial brasileira da JD Power, fala das expectativas para o mercado.

SIDNEY DEL GAUDIO assume o comando da American Axle Manufacturing (AAM) na América do Sul.

EXCLUSIVO QUEM É QUEM A ferramenta exclusiva e gratuita traz os contatos de quem comanda o setor automotivo. automotivebusiness.com.br/ quemquem.aspx

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ESTATÍSTICAS Acompanhe a evolução das estatísticas das principais organizações do setor. automotivebusiness.com.br/ estatisticas.aspx



CARREIRA

CORALLO ASSUME A DELPHI E GARANTE: “ESTAMOS PRONTOS PARA O INOVAR-AUTO” CAMILA FRANCO, AB

AUTOMOTIVE BUSINESS – Quais serão seus maiores desafios na presidência da Delphi? LUIZ CORALLO – Continuar crescendo. Manter a empresa competitiva no cenário nacional e no internacional e estar preparado para lidar com mudanças – sejam elas previsíveis ou não.

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novo presidente da Delphi para a América do Sul, Luiz Roberto Corallo, chega para dar continuidade ao trabalho de Gábor Deák. Ele assegura que a empresa já está preparada para o Inovar-Auto, novo regime automotivo, mas não descarta mudanças e adaptações. O executivo lembra que a organização já trabalha globalmente com a filosofia de comprar de fornecedores locais e ter produção nos mercados consumidores. Confira a entrevista com o executivo que também acumula a vice-presidência das divisões Thermal e Powertrain para a região.

AB – Quais características da gestão anterior devem ser mantidas? LC – A Delphi sempre pensa na sustentabilidade do negócio. E continuará pensando. Precisamos crescer sem perder o foco em manter a rentabilidade. Tenho certeza de que tenho muitos desafios e é com muita satisfação que darei continuidade ao trabalho consistente que a Delphi vem apresentando. AB – Qual será o impacto do Inovar-Auto na estratégia da empresa para o Brasil?

LC – Trabalhamos mundialmente com três megatendências que direcionam o desenvolvimento tecnológico da Delphi: Safe, Green e Connected. Esta estratégia está ligada ao comprometimento de estar em linha com a legislação, desenvolvendo tecnologias seguras e ecologicamente corretas. Antes do decreto, já trabalhávamos com tecnologias para reduzir o consumo de combustível. Podemos citar o sistema de partida a frio, que elimina o tanquinho, resulta em um funcionamento mais eficiente e minimiza as emissões; o de injeção direta de combustível GDi, que proporciona melhor eficiência na combustão, reduzindo as emissões e o consumo de combustível; e o “5MVC”, um mini compressor variável com cinco pistões que apresenta potencial de redução de consumo. Além disso, “comprar onde se consome e produzir onde se vende” já faz parte da estratégia da Delphi em todos os mercados em que atua.

BERTAGNI NA VICE-PRESIDÊNCIA DA GMB

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time de 2,5 mil profissionais de engenharia de produto da GM do Brasil ganhou nova liderança em janeiro de 2013, quando Pedro Manuchakian, vice-presidente do departamento, aposentou-se. William Bertagni substitui o executivo, que ficou 41 anos na empresa. Em 29 anos na GM, Bertagni já teve

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passagens pela Europa, como responsável técnico da primeira transmissão que seria fabricada pela empresa no Brasil, a F15. Ele atuou também na GM Daewoo, na Coréia do Sul, como chefe global de engenharia de compactos. Em agosto de 2012, retornou ao Brasil para se preparar para a vice-presidência.


JOÃO IRINEU PASSA A DIRIGIR POWERTRAIN DA CHRYSLER NOS EUA

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oão Irineu Medeiros, então diretor de desenvolvimento de produto da Fiat Chrysler para a América do Sul, assumiu em fevereiro como diretor adjunto da Chrysler Powertrain NAFTA nos Estados Unidos. Em dois anos ele estará de volta, trazendo os resultados de sua missão, que passa pela transformação de grandes motores a gasolina em produtos mais econômicos e eficientes.

SANDRO BENEDUCE, NOVO PRESIDENTE DA CONTINENTAL

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Continental Brasil e Argentina está sob novo comando. Sandro Beneduce é o novo presidente da companhia para a região, substituindo Maurício Muramoto, que se aposentou. Beneduce está na organização há 13 anos e atuou em operações no Brasil e no exterior. Mais recentemente liderava a divisão de interiores da companhia no País.


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OS MAIS INFLUENTES DE 2013

OS DONOS

DAS MAIORES APOSTAS NA OPINIÃO DOS LEITORES DE AUTOMOTIVE BUSINESS, CINCO PERSONALIDADES SERÃO DECISIVAS PARA INFLUENCIAR OS RUMOS DO SETOR AUTOMOTIVO ESTE ANO: CLEDORVINO BELINI, DILMA ROUSSEFF, GUIDO MANTEGA, THOMAS SCHMALL E JAIME ARDILA. CONFIRA O QUE ELES FIZERAM E PODEM FAZER PEDRO KUTNEY

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ledorvino Belini ganhou tudo (ou quase) o que quis em 2012, incluindo uma política industrial inteirinha para chamar de sua. No começo deste ano, ele venceu mais uma: o presidente da Anfavea, a associação dos fabricantes de veículos, e do Grupo Fiat Chrysler na América Latina, é a personalidade que mais deverá influenciar (ou continuar influenciando) os rumos do setor automotivo brasileiro em 2013. Essa é a opinião dos leitores que acompanham o portal, a newsletter e o Twitter de Automotive Business. O dirigente foi o mais bem pontuado de uma lista de 15 nomes colocada para votação direta via internet, entre os dias 1º e 15 de fevereiro passado (veja quadro). Logo abaixo de Belini, pela ordem, os mais bem votados foram: Dilma Rousseff, a presidente da República;

Guido Mantega, ministro da Fazenda; Thomas Schmall, presidente da Volkswagen do Brasil; e Jaime Ardila, presidente da General Motors América do Sul (GMSA). Na opinião dos leitores, serão estes os cinco atores principais do setor este ano. Os atos das cinco personalidades mais influentes do setor automotivo em 2013 serão observados de muito perto pela indústria como um todo. Para o bem ou para o mal, eles servirão de exemplo. Se o sucesso de todos os cinco foi grande até aqui, os desafios e responsabilidades serão maiores ainda daqui para frente, pois é quando se colocará em prática o modelo de desenvolvimento adotado. Espera-se que a competência desses influentes atores solte as amarras do crescimento com atualização tecnológica.

OS ELEITOS DOS LEITORES

1o 2o 3o 4o 5o

Cledorvino Belini Dilma Rousseff Guido Mantega Thomas Schmall Jaime Ardila

Presidente da Anfavea (até abril/2013) e do Grupo Fiat Chrysler América Latina Presidente da República Ministro da Fazenda Presidente da Volkswagen do Brasil Presidente GM América do Sul

1.296 pontos* 1.291 pontos 965 pontos 611 pontos 517 pontos

*Cada escolha como primeiro nome valeu 5 pontos, em segundo 4, em terceiro 3, em quarto 2 e em quinto 1.

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BELINI, PRINCIPAL CIPAL ARTICULADOR ADOR DO INOVAR-AUTO AUTO

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m boa medida, a escolha de Cledorvino Belini e dos outros quatro por um público qualificado (em sua maioria, participantes ativos de setor) reflete menos o futuro e mais o passado, o que eles já fizeram até aqui. No caso de Belini, desde que assumiu o comando da Anfavea, em 2010, o dirigente adotou forte discurso pró-competitividade. No primeiro ano de sua gestão, encomendou um estudo à consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC), que levou ao governo para demonstrar os gargalos que levaram a indústria automobilística instalada no Brasil a perder competitividade, tanto no cenário internacional como também dentro do próprio quintal, onde as importações começaram a tomar mercado e superar por larga margem as exportações. Ao que parece, funcionou a insistência em bater inúmeras vezes na mesma tecla (ou na mesma porta), com muitas visitas a gabinetes de ministros em Brasília e da própria presidente. Três anos após assumir a Anfavea, Belini deixa o comando da entidade em abril deste ano com uma marca que nenhum outro dirigente conseguiu: a aprovação do maior pacote de política industrial já visto em mais de 50 anos de história da indústria automobilística no País, o Inovar-Auto, cuidadosamente costurado junto ao governo por cerca de dois anos – e ainda continua sendo em alguns pontos que precisam de regulamentação por meio de portarias. O próprio Belini reconhece o tamanho de sua atuação: “Estou no setor automotivo há quatro décadas e não

gitados os e me lembro de anos tãoo ag agitados eríoodo qque ue intensos quanto os do pe período eiraa ddee 20 008. se seguiu à crise financeira 2008. Nesses anos, tive a oportunidade ortuuniddade de de trabalhar com dezenas, ce centenas enteenaas dee colegas, com inúmeras autoridaas au utoridades, para ajudar a compor soluções mporr so oluções que permitissem ao nosso setor sso se etor não apenas superar as dificuldades culdad ades momentâneas, mas dotá-lo de uma política industrial capaz de incrementar a competitividade da indústria e do produto nacional”, disse ele a Automotive Business. “Demos passos importantes, mas ainda há muito por fazer. O importante é estarmos abertos ao diálogo e termos clareza do futuro que queremos construir para a indústria automobilística brasileira”, acrescentou, deixando claro que, apesar de sair da presidência da Anfavea em abril, ainda quer influir nos rumos do desenvolvimento futuro do setor. INVESTIMENTOS Com o novo regime automotivo fortemente defendido por Belini – e também

GRAND SIENA: um dos lançamentos de 2012. Com fila de espera nas concessionárias, ajudou a Fiat a se manter na liderança

as medidas-tampão de sobretaxação a importados aprovadas em 2011 e aplicadas em 2012 –, a indústria doméstica ganhou fôlego, conseguiu proteção por seis anos contra a concorrência externa pela via do aumento de imposto, com 30 pontos extras de IPI sobre veículos estrangeiros de fora do Mercosul ou México, ou com baixo conteúdo local. Com isso, ficou difícil competir no mercado brasileiro sem ter fábrica aqui, o que muitas empresas que até então só importavam passaram a considerar (veja nesta edição levantamento completo sobre os novos investimentos). O protecionismo, contudo, não saiu de graça. Com o Inovar-Auto,

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OS MAIS INFLUENTES DE 2013

do que estava. Entre fabricantes, novos investidores e importadores, 47 empresas pediram habilitação ao Inovar-Auto – e nenhuma das associadas à Anfavea teve dificuldade em se habilitar a participar do programa inicialmente. Não foi só. Quando o mercado entrou em declínio e o ritmo de vendas prenunciava o primeiro desempenho negativo em mais de uma década, Belini foi rápido em negociar meFÁBRICA DA FIAT EM BETIM (MG) terá capacidade elevada de 800 mil para 950 mil veículos por ano. didas emergenciais de Companhia constrói ainda planta em Goiana (PE) curto prazo. Conseguiu do governo incentivos foi desenhado um horizonte, de 2013 ao consumo com a redução de IPI e a 2017, com incentivos fiscais para destravamento do crédito, por meio quem produzir carros mais eficientes, de corte de juros e depósitos compulmetas de redução de consumo e exi- sórios. Assim o dirigente deixará para gência de investimento em pesquisa, trás três anos consecutivos de recordesenvolvimento e inovação no País. des históricos de vendas de veículos Dessa forma a política costurada pela – apesar da queda de quase 2% na Anfavea de Belini conseguiu garantir produção anual em 2012, a primeira investimentos que já estavam em cur- em dez anos, a situação teria sido pior so e atrair novos aportes, que supera- sem os incentivos, lembrou o presirão R$ 67 bilhões até 2017 para am- dente da Anfavea. Belini previa que seria assim. Tanto pliar fábricas, desenvolver produtos e aplicar em engenharia e inovações que foi uma opção pessoal presidir a Anfavea. Até meses antes de tomar tecnológicas. Pelo conjunto da obra, pode-se di- posse, ele não era o sucessor natuzer que o Inovar-Auto foi a grande vi- ral, nem sequer vice-presidente, que tória e o maior legado de Belini. Trata- normalmente é o escolhido como -se de política com muitas falhas, que próximo presidente. Quem ocupava não combate problemas estruturais, esta posição na época era Valentino não incentiva exportações nem aca- Rizzioli, presidente da CNH, empresa ba com o pecado original da maior do Grupo Fiat, que guardou a vaga carga tributária do mundo sobre os para o chefe. No rodízio acertado veículos. Nem tudo saiu do jeito que pelas montadoras, era vez de a Fiat ele e seus pares queriam – algumas indicar o nome para a presidência, obrigações, como atingir metas de assim Belini decidiu assumir o cargo, eficiência energética, não estavam na justamente para ficar à frente das nelista de desejos da indústria. Ainda as- gociações sobre a nova política indussim, é preciso reconhecer que para as trial do setor. Em paralelo às suas obrigações asmontadoras a situação ficou melhor

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sociativas, o dirigente pilota o maior investimento em curso de toda a indústria no País, de R$ 10 bilhões, que a Fiat aplica entre 2011 e 2014, incluindo a construção de uma nova fábrica de R$ 4 bilhões em Pernambuco. “Belini foi fundamental no programa Inovar-Auto, bem articulado nas esferas governamentais, mas não descuidou da Fiat, que manteve a liderança (de vendas)”, avalia o consultor Francisco Satkunas. “Como estamos falando de 2013, sendo prevista a sucessão na presidência da Anfavea após abril, Belini terá grande valor nos bastidores, ajudando a conciliar interesses para dar sustentabilidade às conquistas alcançadas”, acrescenta. O passado recente de articulações vitoriosas certamente determinou a escolha de Belini pelos leitores de Automotive Business como personalidade que mais continuará a influenciar o setor automotivo em 2013, apesar de agora voltar suas atenções ao comando do Grupo Fiat Chrysler na América Latina. Na companhia, sua prioridade este ano é cumprir a meta de vender acima de 1 milhão de veículos na região, manter a Fiat competitiva diante do mercado cada vez mais concorrido e assegurar a expansão da empresa no Brasil. Para isso, está programada a ampliação de Betim (MG), que terá a capacidade elevada de 800 mil para 950 mil unidades por ano a partir de 2014, e o início da construção da segunda fábrica de automóveis no País, em Goiana (PE). Belini lembra que também pretende contribuir com sua atuação nos fóruns empresariais dos quais participa, como o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). Aos 63 anos, o executivo estaria próximo da aposentadoria, mas nega que vá deixar agora a direção da Fiat – ainda que tenha se notabilizado por negar fatos que acontecem logo a seguir. Ele garante que sua agenda está cheia este ano inteiro.



OS MAIS INFLUENTES DE 2013

A FORÇA DO GOVERNO

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om pontuação muito próxima de Belini, a segunda personalidade mais votada na enquete de Automotive Business foi a presidente da República, Dilma Rousseff, que se não dá indícios de entender muito a respeito da indústria automotiva (não respondeu às questões enviadas pela reportagem), está empenhada em fazer o PIB bra-

sileiro voltar a crescer com vigor – e um meio de fazer o “pibão” acontecer é estimular o maior setor industrial do Brasil, responsável por cerca de 5% desse resultado. O fato é que a presidente concedeu quase tudo o que o setor automotivo pediu desde o início de seu mandato, em 2011. Nesse período, foram multiplicados os anúncios de investimentos no País em seu gabinete no Planalto, onde recebeu a visita de uma dúzia de presidentes locais e mundiais de fabricantes de veículos. Dilma incluiu com destaque o setor automotivo em seu plano de desenvolvimento nacional, o Brasil Maior, de onde emergiu o Inovar-Auto em abril de 2012. Além das políticas específicas para a indústria de veículos,

também foram adotados benefícios genéricos importantes, como a desoneração da folha de salários (aproveitada pelos fabricantes de autopeças) e o Reintegra, que permite a restituição presumida de impostos incidentes sobre as exportações. Isso sem falar no campo macroeconômico, com corte significativo dos juros para o patamar mais baixo da história, desvalorização cambial e redução do custo da energia elétrica. “Por causa da sua importância para manutenção e criação de empregos e geração de impostos, o setor automotivo é fundamental para a economia. Certamente a presidente continuará apoiando o segmento e fará os ajustes necessários para sua sustentabilidade”, avalia o consultor Francisco Satkunas.

A presidente DILMA ROUSSEFF recebeu uma série de executivos do setor automotivo em seu gabinete. Da esquerda para a direita: IAN ROBERTSON, do conselho de administração do Grupo BMW, ROBERTO CORTES, presidente da MAN Latin America, e CARLOS GHOSN, CEO da Aliança Renault Nissan

O CHEFE DO COFRE

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inda dentro do governo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi o terceiro mais votado como personagem mais influente do setor em 2013. É compreensível. Ele é o homem do dinheiro, dos juros, dos impostos, do câmbio e piloto da macroeconomia do País. Foi de sua sala que saíram as principais medidas que aqueceram o consumo de veículos no País em 2012.

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Mantega entende que foi justamenam mennte essa a razão de sua escolha pelos peeloss leitores: “No ano passado, implantaplannta-mos uma série de medidas para araa esar timular a retomada do crescimento mento do setor automotivo do País. Além Alé lém de impulsionarem as vendas, as memedidas valorizaram a produção nacionaacioonal e ampliaram a competitividade viddadee da indústria automobilística”, disse disse o ministro a Automotive Business sin nes ess.


“Reduzimos o IPI para automóveis, estimulamos o financiamento e lançamos o novo regime automotivo, que está entrando em vigor em 2013 e vai alavancar bilhões de reais em rendimentos para a indústria automotiva nos próximos anos”, completou. Mantega ajudou (e muito) a costurar o Inovar-Auto com um jeito “diferente” de conceder incentivos fiscais: aumentando o imposto antes para cortá-lo depois, desde que atendidas certas exigências. Seja como for, até agora as montadoras Em abril de 2012, DILMA, MANTEGA e PIMENTEL anunciaram o programa Brasil conseguiram dele o seu Maior, que inclui o Inovar-Auto, novo regime automotivo principal benefício: a proteção contra a concorrência de impor- da vez menores”, justifica Mantega. Desenvolvimento, Fernando Pimentel, tados pela via da sobretaxação. “Queremos que a indústria automobi- foi lembrado na votação, mas ficou na “O Brasil é o quarto maior mercado lística continue dinâmica, contribuin- sexta posição dos mais influentes, com de veículos do mundo e a cadeia da do para o crescimento do PIB brasilei- pontuação bem abaixo de seu colega indústria automobilística representa ro, para a geração de emprego e para da Fazenda. Apesar de o Inovar-Auto mais de 20% do PIB industrial do País. a inovação tecnológica.” ter sido escrito dentro do MDIC, já faz Com um esforço conjunto, podereCuriosamente, Mantega teve mais tempo no Brasil que nada acontece mos ter um produto cada vez melhor, votos do que outro personagem do sem o aval do guardião da chave dos mais eficiente, moderno, com menos governo que tem forte influência sobre cofres públicos. Os eleitores parecem emissões de carbono e a preços ca- as políticas industriais: o ministro do compreender isso muito bem. p

LÍDERES DO MERCADO

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ompletam a lista das cinco personalidades mais influentes do setor em 2013 dois executivos de primeiro escalão da indústria: Thomas Schmall, que comanda a Volkswagen no Brasil, e Jaime Ardila, presidente da divisão América do Sul da GM. Eles foram, respectivamente, o quarto e o quinto mais bem pontuados na eleição de Automotive Business. Ao lado de Cledorvino Belini, da Fiat, Schmall e Ardila representam no Brasil algumas das maiores montadoras do mundo,

que dominam em torno de 60% 0% dass vendas no mercado brasileiro e ppiloilotam os maiores investimentos ddee to todo odo o setor no País, com ampliações çõe ões de fábricas e forte renovação do por portfólio rtfóólio de produtos. Por isso os três têm m forç força ça econômica e influência política, a, além m de servir de exemplo a seus pares. res. Os presidentes das grandess m mononntadoras têm a responsabilidadee ddee es-tabelecer as políticas internas qu que, ue, de fato, vão fazer o Inovar-Auto acontecer onteceer nas ruas nos próximos anos. “O m melhor elhor que podemos fazer para crescer é inv invesn es-


OS MAIS INFLUENTES DE 2013

FÁBRICA DA VOLKSWAGEN EM SÃO CARLOS é alvo de investimento de R$ 335 milhões

tir fortemente em inovação, novos produtos e infraestrutura no País”, afirmou Schmall sobre seus próximos passos para influenciar positivamente o setor. “Nem todos os anos vamos crescer 10%, mas o importante é mantermos a tendência de crescimento sustentável, para assegurar que o País possa alcan-

çar seu pleno desenvolvimento, mesmo em um ambiente mundial de muitos desafios. Para isso, gostaria de manter o foco na ampliação das relações comerciais entre o Brasil e os países da América Latina e Europa. Mas para o Brasil ganhar em agilidade e aumentar sua competitividade, reduzir a burocra-

cia e simplificar a tributação se tornam itens fundamentais”, defende. Quando chegou, no fim de 2006, Schmall encontrou a companhia recém-saneada por seu antecessor, “com os alicerces prontos para construir uma bela casa em cima”, disse o executivo na época, um dos mais jovens a assumir a presidência de uma montadora aqui até então. Aos 49 anos, o alemão naturalizado brasileiro conseguiu erguer paredes altas durante sua gestão, com crescimento de 45% no volume de produção das fábricas brasileiras do grupo de 2006 a 2012, consolidando a empresa como maior fabricante e exportadora de veículos do País. “Os desafios do mercado são o nosso combustível. Depois da reestruturação em 2006 e 2007, possibilitando o retorno dos resultados positivos no Brasil, continuamos investindo e de 2007 para cá renovamos 100% de nossos produtos. A partir de 2012 entramos em uma fase de globalização tecnológica e essa inovação garantirá o futuro da Volkswagen aqui”, avalia Schmall, que até 2016 comanda um plano de investimento recorde, de R$ 8,7 bilhões.

AMPLIAÇÃO E RENOVAÇÃO AMP

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urio notar que o colombiano urioso Jaime Jaim m Ardila, 58 anos, chegou à ppresidência da GM Brasil em 2007, 2007 07, praticamente prat pr ati na mesma época que Schmall, Schm ma e ambos seguiram a mesma cartilha cartiilh lha e, portanto, deixam a mesma lição: liliçã ção: investimento inv nveestt em ampliação de fábricas e modernização mo completa do portfólio no no País, País Pa ís como única forma de resistir à crescente cresce cen concorrência. “Lançamos nove novos novvos modelos nos últimos dezoito meses, mese es, sete sete dos quais em 2012, e todos aceitação no mercado. eles têm têm m excelente exc O cliente clieente e o público, em geral, percebem

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que a marca Chevrolet está fazendo grande esforço para atender as necessidades do exigente mercado brasileiro”, disse Ardila, para justificar sua escolha entre os leitores. “Vamos continuar trabalhando nas três áreas onde nossa contribuição é importante: investimento, tecnologia e aumento da produção e emprego”, completa o executivo, que em 2010 foi alçado ao comando da então recém-criada divisão GM South America, estruturada justamente pelo aumento da importância da região para a companhia.


Ardila garante que a GM está pronta para atender os desafios do Inovar-Auto. Ele cita a inauguração, em fevereiro, da nova fábrica de motores em Joinville (SC), “o que irá nos permitir modernizar nossa linha de motores, gerar novos empregos e contribuir com as exigentes metas estabelecidas pelo governo na nova política para o setor”. O executivo destaca, ainda, que mesmo depois de toda a renovação do portfólio, vem aí um novo programa de investimentos e mais três novos modelos só este ano, um deles desenvolvido e produzido no Brasil – como já aconteceu com o Chevrolet Onix, lançado em outubro passado com grande sucesso, que obrigou a GM a abrir o terceiro turno na fábrica de Gravataí (RS), gerando 2.450 novos postos de trabalho (1.450 na GM e mil nos sistemistas).

Com bons resultados de vendas do ONIX, General Motors abriu terceiro turno em Gravataí (RS)

ENTENDA A VOTAÇÃO

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s personalidades que mais vão influenciar os rumos o setor automotivo em 2013 foram escolhidas em duas etapas de votação. A primeira ocorreu em janeiro, quando dezessete especialistas escolhidos por Automotive Business foram convidados a indicar, em ordem de importância, os nomes que, na opinião deles, seriam os atores mais influentes em determinar as tendências e o futuro desenvolvimento da indústria. Cada integrante desse grupo pôde indicar quem quisesse para formar uma lista de, no máximo, dez pessoas. As indicações dos consultores foram pontuadas conforme a ordem de relevância: ao primeiro nome da lista foram atribuídos dez pontos, ao segundo, nove, e assim por diante até o décimo indicado, que recebeu um ponto. Ao todo, os especialistas citaram 28 nomes, entre executivos e especialistas da indústria e membros do governo. Os quinze primeiros, que somaram pontuação maior, foram encaminhados à votação dos leitores. Na segunda etapa da eleição, de 1o a 15 de fevereiro, os 30 mil leitores que recebem de segunda a sexta-feira a newsletter de Automotive Business e os seguidores do portal no Twitter foram convidados a votar e, dessa forma, escolher a matéria de capa da edição janeiro/fevereiro da revista Automotive Business, que circula em março para 13 mil pessoas em montadoras, fornecedores de autopeças, concessionários, governo e analistas que recebem a publicação bimestral. Da lista de quinze nomes, os leitores votaram nos cinco que julgavam ser as mais influentes personalidades no setor automotivo em 2013. A votação também foi pontuada pela ordem de escolha, com cinco pontos para o primeiro na lista, quatro para o segundo e assim por diante até um para o quinto. O time de dezessete especialistas que escolheu a lista inicial de votação é formado por Arnaldo Brazil, do escritório de engenharia da MSX; Arnaldo Pellizzaro, da ABI Consultoria; Carlos Arce, consultor; Carlos Campos, da consultoria Prime Action; David Wong, da Kaiser Consultoria, Fábio Peake Braga, diretor da SAE Brasil; Francisco Satkunas, consultor; Ivan Witt, diretor da Steer Recursos Humanos; Julian Semple, consultor da Carcon Automotive; Luso Ventura, da Mobilidade Engenharia; Marcelo Ciofi, da consultoria PwC; Marcos Amatucci, da ESPM; Martin Volmer, do escritório de engenharia Edag do Brasil; Moacir Ricci, consultor; Paulo Garbossa, da ADK; Renato Romio, do Instituto Mauá; e Valter Pieracciani, da Pieracciani Consultoria.

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INVESTIMENTOS

APOSTA NO INOVAR-AUTO INVESTIMENTOS PODEM SUPERAR R$ 67 BILHÕES ATÉ 2017 CAMILA FRANCO, AB

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Inovar-Auto, programa de desenvolvimento tecnológico e adensamento da cadeia de produção automotiva, em vigor desde 1o de janeiro de 2013, computou no primeiro mês 33 empresas habilitadas como produtoras, importadoras e investidoras. Os investimentos oficiais das chamadas novas entrantes somaram R$ 4,2 bilhões, com a chegada da Chery, JAC Motors e Nissan. Nada menos de 47 empresas pediram habilitação no Inovar-Auto, o que, para o ministro Fernando Pimentel, do MDIC, revela o acerto do novo regime automotivo. A Anfavea, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, estima que as montadoras associadas aplicarão, de 2013 a 2017, R$ 60 bilhões no País, destinados ao aumento da capacidade de produção, novos produtos, inovação e engenharia. Somente em pesquisa e desenvolvimento (P&D), para atender o mínimo de investimentos exigido pelo Inovar-Auto, serão necessários cerca de R$ 14 bilhões. Ao mesmo tempo, o Sindipeças, Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, calcula uma média de US$ 1,8 bilhão (R$ 3,6 bilhões) em aportes de suas associadas por ano, para acompanhar o

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ritmo das montadoras. Assim, os investimentos em cinco anos das empresas de autopeças somarão R$ 18 bilhões. Levantamento promovido por Automotive Business diretamente com as montadoras de veículos leves e pesados revela que a soma dos aportes em curso ou programados até 2017 representa R$ 49,52 bilhões, o que eleva o total de investimentos, com o acréscimo dos R$ 18 bilhões de autopeças, para a extraordinária cifra de R$ 67,52 bilhões. Esse valor pode crescer ainda mais com novas aplicações a serem anunciadas para atender programas voltados para P&D, inovação, engenharia e tecnologia. Estão incluídos na soma de aportes das montadoras também alguns recursos anunciados em 2010, 2011 e 2012. Após a corrida para construção de novas instalações, desenvolvimento de produtos e aplicações em tecnologia e engenharia, o País terá capacidade para produzir mais de 6 milhões de veículos, mantendo posição provavelmente entre os quatro maiores fabricantes no ranking global. Confira, a seguir, os investimentos em curso no Brasil já previstos. As taxas cambiais adotadas são US$ 1 = R$ 2 e 1 euro = R$ 2,62.


EMPRESAS JĂ INSTALADAS NO PAĂ?S AGRALE ‡ 5 PLOK}HV HP SDUD DXPHQto de 10% do volume de produção e modernização das fĂĄbricas de Caxias do Sul (RS), que fazem chassis de Ă´nibus, utilitĂĄrios MarruĂĄ e caminhĂľes. CAOA ‡ 5 PLOK}HV SDUD LQLFLDU D SURGXomR do utilitĂĄrio ix35 em AnĂĄpolis (GO). FIAT ‡ 5 ELOK}HV GH D DSOLFDdos no aumento da capacidade para 950 mil carros/ano em Betim (MG), novos produtos e tecnologias. Desse total, R$ 4 bilhĂľes serĂŁo destinados para a construção da fĂĄbrica de Goiana (PE), com capacidade de 250 mil carros/ano, a partir de 2014. ‡ 5 PLOK}HV SDUD QRYD SODQWD de motores em Goiana, a operar em 2015. FORD ‡ 5 ELOK}HV QR DXPHQWR GH FDSDFLdade da fĂĄbrica de Camaçari (BA) para 300 mil carro/ano e modernização da unidade da Troller, em Horizonte (CE). ‡ 5 PLOK}HV QD FRQVWUXomR GH Iibrica de motores em Camaçari. ‡ 5 PLOK}HV QDV RSHUDo}HV GH FDminhĂľes. ‡ 5 PLOK}HV QR DXPHQWR GH FDSDcidade da fĂĄbrica de motores e transmissĂľes de TaubatĂŠ (SP). ‡ 5 PLOK}HV QD SURGXomR GR New Fiesta em SĂŁo Bernardo do Campo (SP). GENERAL MOTORS Investimentos nĂŁo informados. HONDA Investimentos nĂŁo informados. HYUNDAI MOTOR BRASIL ‡ 5 ELOKmR 86 PLOK}HV QD construção da fĂĄbrica de Piracicaba (SP), de 2010 a 2012, com capacidade de 150 mil carros/ano e cerca de 2 mil empregados.

INTERNATIONAL/NAVISTAR ‡ 5 PLOK}HV 86 PLOK}HV QD FRQVtrução de centro de testes de caminhĂľes em JaguariĂşna (SP) a partir de 2012. IVECO ‡ 5 PLOK}HV QD FRQVWUXomR GH SDUTXH de fornecedores em Sete Lagoas (MG), que operarĂĄ a partir de 2014. ‡ 3DUWH GRV 5 ELOK}HV ELOKmR GH euros), anunciados pela empresa para 2010-2014 em todo o mundo, no desenvolvimento de Ă´nibus a partir de 2012 em Sete Lagoas. ‡ 5 PLOK}HV QD IDEULFDomR GH PLO Guarani/ano no complexo de Sete Lagoas. MAN ‡ 5 ELOKmR GH D SDUD DXmento da oferta de veĂ­culos comerciais das marcas Volkswagen e MAN, visando Ă atuação em novos nichos de mercado (veĂ­culos comerciais leves) e expansĂŁo da capacidade produtiva em Resende (RJ). O complexo sul-fluminense ganhou tambĂŠm um novo parque de fornecedores com investimentos adicionais para as plantas da Maxion, Meritor e Suspensys. MERCEDES-BENZ ‡ 5 ELOKmR GH D QD PRdernização e ampliação da capacidade para 80 mil caminhĂľes/ano na planta de SĂŁo Bernardo do Campo (SP); obras na nova fĂĄbrica de Juiz de Fora (MG), que opera desde 2012 com mais de 10 mil caminhĂľes/ano, e em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias. MITSUBISHI ‡ 5 ELOKmR QD GXSOLFDomR GD FDSDFLGDGH produtiva para 100 mil veĂ­culos/ano em CatalĂŁo (GO), nacionalização de produtos e nova fĂĄbrica de motores. NISSAN ‡ 5 ELOK}HV D SDUWLU GH SDUD QRva fĂĄbrica em Resende (RJ) que farĂĄ, a partir de 2014, 200 mil veĂ­culos por ano. ‡ 5 PLOK}HV QR FHQWUR GH SHVTXLVD H tecnologia, a ser definido em 2013 entre SĂŁo Paulo e Rio de Janeiro.

PSA PEUGEOT CITROĂ‹N ‡ 5 ELOK}HV DSOLFDGRV DWp QR aumento da produção para 220 mil veĂ­culos/ano e 280 mil motores/ano em Porto Real (RJ), novos veĂ­culos e motores, criação de centro de pesquisa, desenvolvimento e design. RENAULT ‡ 5 ELOKmR GH D QR ODQoDmento de veĂ­culos. ‡ 5 PLOK}HV QD DPSOLDomR GD Iibrica de automĂłveis de Curitiba (PR) para 380 mil veĂ­culos e 500 mil motores por ano. SCANIA Investimentos nĂŁo informados. SUZUKI ‡ 5 PLOK}HV GH D QD produção de 7 mil Jimny por ano desde dezembro de 2012. TOYOTA ‡ 5 ELOKmR 86 PLOK}HV HP 2012 para construção da fĂĄbrica de Sorocaba (SP), com capacidade de 70 mil Etios por ano. ‡ 5 ELOKmR DWp QD FRQVWUXomR da planta de motores e transmissĂľes de Porto Feliz (SP), para produção de 200 mil transmissĂľes e motores do Etios e Corolla por ano. VOLKSWAGEN ‡ 5 ELOK}HV DWp LQFOXLQGR 5 427,8 milhĂľes para nova cabine de pintura em TaubatĂŠ (SP), e R$ 335 milhĂľes no aumento da capacidade produtiva para 4,8 mil motores/dia na fĂĄbrica de SĂŁo Carlos (SP). VOLVO ‡ 5 ELOKmR 86 PLOK}HV GH a 2015 para atualização da linha de caminhĂľes com a chegada do extrapesado FH, melhorias e expansĂŁo da fĂĄbrica de Curitiba (PR) e lançamento de mais uma marca de caminhĂľes do grupo (Mack, UD ou Renault Trucks).

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INVESTIMENTOS

EMPRESAS QUE ESTĂƒO CHEGANDO AO PAĂ?S BMW ‡ 5 PLOK}HV PLOK}HV GH euros) na fĂĄbrica em Araquari (SC), que começarĂĄ a operar em 2014 com mil trabalhadores e capacidade para 30 mil carros/ano.

DAF ‡ 5 PLOK}HV 86 PLOK}HV de 2012 a 2013 na planta em Ponta Grossa (PR) para produção, a partir de setembro, de 10 mil caminhĂľes pesados ao ano.

CHERY ‡ 5 PLOK}HV 86 PLOK}HV de 2013 a 2017 na fåbrica em Jacareí (SP), com 3 mil profissionais, a ser inaugurada em 2013, produzindo 150 mil unidades/ano de três carros (dois hatches e um sedã). ‡ ,QYHVWLPHQWR HP FHQWUR GH 3HVTXLVD H Desenvolvimento (a definir).

FOTON AUMARK DO BRASIL ‡ 5 PLOK}HV GH D H PDLV R$ 750 milhĂľes atĂŠ 2020 na construção de fĂĄbrica (sem local definido) para produção de 16 mil caminhĂľes/ano, de 3,5 atĂŠ 24 toneladas, a partir de 2015. Na segunda etapa, farĂĄ tambĂŠm caminhĂľes pesados e extrapesados.

CN AUTO ‡ 5 PLOK}HV QD IiEULFD GH /LQKDres (ES), que produzirĂĄ modelos Hafei a partir de 2014. Na primeira fase, a planta farĂĄ picapes de cabine dupla e estendida, com 500 empregados e capacidade de 12 mil unidades/ano em um turno. Em 2015 entrarĂĄ em produção a caminhonete Towner cabine dupla e o potencial subirĂĄ para 25 mil/ano. Em 2016 serĂŁo incorporadas vans pequenas para carga e passageiros e, com dois turnos, o ritmo poderĂĄ chegar a 47 mil/ano com cerca de 1,2 mil funcionĂĄrios.

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FOTON MOTORS DO BRASIL ‡ 5 PLOK}HV 86 PLOK}HV HP fĂĄbrica de vans e micro-Ă´nibus em Camaçari (BA), que inicia operaçþes em 2013, empregando mil trabalhadores. AtĂŠ 2016 deve montar 30 mil veĂ­culos por ano. GEELY ‡ $ PDLRU SURGXWRUD LQGHSHQGHQWH FKLQHsa de veĂ­culos negocia construção de fĂĄbrica no Brasil. JAC ‡ 5 ELOKmR DWp QD IiEULFD GH &Dmaçari (BA), que terĂĄ linha de montagem para 10 mil caminhĂľes de pequeno

porte por ano, alĂŠm de linha com capacidade de 100 mil unidades/ano para dois novos carros, um hatch e um sedĂŁ. Geração de 3,5 mil empregos diretos e 10 mil indiretos. METRO-SCHACMAN ‡ 5 ELOKmR QD IiEULFD GH &DUXDUX 3( que farĂĄ a partir de 2013, com mil trabalhadores, cinco modelos de caminhĂľes pesados e extrapesados com 20 configuraçþes, alĂŠm de chassis e carrocerias para Ă´nibus. A capacidade inicial serĂĄ de 10 mil veĂ­culos/ano. SHIYAN YUNLIHONG ‡ 5 PLOK}HV QD IiEULFD HP &DPDquĂŁ (RS) que, a partir de 2013, montarĂĄ 5 mil comerciais leves e caminhĂľes mĂŠdios por ano, com gradativa nacionalização de componentes, chegando a 20 mil unidades em 5 anos. SINOTRUK ‡ 5 PLOK}HV QD IiEULFD GH /DJHV (SC), que montarĂĄ, a partir de 2014, 5 mil caminhĂľes por ano em regime CKD, gerando 400 empregos diretos e 700 indiretos. O aporte financeiro pode chegar a R$ 1 bilhĂŁo por conta de investimentos em tecnologias, gestĂŁo, distribuição e venda dos veĂ­culos comerciais.



MÁQUINAS AGRÍCOLAS

VENDA DE TRATORES

(Mercado interno)

Ano 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013*

Unidades 29.476 28.803 17.729 20.435 31.300 43.414 45.437 56.420 52.296 55.800 56.000

*Projeção

Fonte: Anfavea

NOVO FÔLEGO IMPULSIONA MERCADO ANFAVEA PREVÊ NOVO RECORDE NAS VENDAS DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS, MAS EXPORTAÇÕES SEGUEM ESTAGNADAS EM 2013 LUCIANA DUARTE

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e 2012 foi o melhor ano da história para o segmento de máquinas agrícolas no Brasil, 2013 promete ser ainda melhor. Após cravar a venda de 69,3 mil unidades no ano passado, superando em 6,2% os resultados de 2011, o setor espera ampliar em 4% a 5% os negócios este ano, para 73 mil unidades, segundo projeções da Anfavea. Uma combinação de fatores como a safra recorde de grãos, os preços das commodities em bons patamares e os juros atrativos para financiamento devem garantir o resultado, aposta Milton Rego, vice-presidente da entidade. “Essa junção de fatores deve puxar para cima as vendas de máquinas de maior potência para

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dar conta da produção”, explica. Rego diz que São Paulo foi o Estado que mais consumiu tratores de média potência, entre 100 cv e 120 cv, atrás de Minas Gerais. Os estados cultivam cana-de-açúcar e laranja por agricultores familiares. “Não foi por acaso que nesses Estados os programas de fomento à agricultura familiar, como o Mais Alimentos, alcançaram os melhores resultados”, lembra. No Centro-Oeste e Matopiba (que compreende Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), o executivo diz que devido à rentabilidade excelente do milho, da soja e das novas áreas, a potência média é muito mais alta – perto de 180 cv.

“Hoje o Brasil consome um mix de 55/45 de tratores abaixo e acima de 100 cv de potência. Há quatro anos, com a crise de crédito e rápida expansão dos programas de agricultura familiar essa relação era 70/30”, resume. DESAFIO Apesar do otimismo que cerca a indústria nacional, ainda causa preocupação entre as principais marcas a estagnação das exportações. No ano passado a queda foi de 7,8% em relação a 2011, com volume de 16,8 mil unidades. “Se as boas relações entre o Brasil e a Argentina forem restabelecidas, vamos repetir esse resultado em 2013”, aponta Rego.


O dirigente da Anfavea reconhece que nos últimos três anos as exportações da indústria brasileira definharam. “Hoje produzir no Brasil está mais caro do que nos Estados Unidos. Uma parte da indústria brasileira que não tinha fábrica na Argentina já se instalou por lá e deve garantir o abastecimento daquele mercado nos próximos anos”, conta. Antes das medidas protecionistas impostas pelo governo argentino em 2011, o país vizinho consumia cerca de dois terços do volume produzido no Brasil. “Eles não atendem alguns de nossos pedidos e apresentam problemas com peças de reposição”, lamenta o dirigente. “Nossa previsão inicial para esse ano é repetir os números de 2012, ou seja, 16 mil unidades”, prevê.

A NOSSA PREVISÃO INICIAL PARA ESSE ANO É REPETIR OS NÚMEROS DE 2012, DE 16 MIL UNIDADES

MILTON REGO, vice-presidente da Anfavea


MÁQUINAS AGRÍCOLAS

DEMANDA DE TRATORES PERMANECE ELEVADA MERCADO AQUECIDO EM 2013 SERÁ PUXADO PELA EXPECTATIVA DE RECORDE DA SAFRA DE GRÃOS E PREÇOS DE COMMODITIES GUILHERME ARRUDA, DO RIO GRANDE DO SUL

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s fabricantes de tratores concordam que 2013 será um ano muito parecido com 2012, talvez até melhor. A convicção vem da tocada ascendente do campo nos últimos três anos. Para a indústria, mesmo não ocorrendo a repetição da quebra da produção de grãos nos Estados Unidos, que obrigou o país a importar milho e soja do Brasil, a agricultura pode gerar um volume de vendas na ordem de 55 a 56 mil unidades. A boa perspectiva é alimentada pela safra de grãos recorde, na faixa de 186 milhões de toneladas, pela manutenção dos preços das commodities (e, consequentemente, da renda dos agricultores) e também pela oferta de colheitadeiras e equipamentos que exi-

gem cada vez mais tratores de alta performance para obter ganhos maiores de produtividade. A migração da faixa de potência está em alta contínua. Desde 2010 a venda de tratores para a área agrícola situa-se acima das 50 mil unidades anuais, que coincide com a consolidação do Mais Alimentos. O resultado foi uma explosão deste mercado. “A agricultura familiar deu um salto com o Mais Alimentos. Quem estava atrás se colocou em dia”, informa Docelino dos Santos, gerente comercial da Tramontini, de Venâncio Aires (RS). Flávio Crosa, diretor comercial da Agrale, observa: “O Brasil é um país extremamente rico. No geral, temos terras boas, água, sol. É um dos raros

CARLITO ECKERT, diretor comercial Massey Ferguson

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países que têm boas áreas a ser desbravadas”. Ele comemora o fato de a Agrale crescer 15%, enquanto o mercado total registrou alta de 6,7%. O desempenho nos modelos acima de 100 cv foi ainda maior, quase 45%, com a migração de faixa de potência. Para Crosa, a agricultura empresarial, que utiliza os modelos pesados e extrapesados, terá em 2013 um bom desempenho por causa da manutenção dos juros do Finame PSI. “A taxa vai mudar na metade do ano, de 3% para 4%, mas ainda assim permanecerá atrativa.” A produtividade, que cresceu em torno de 10%, enquanto a área plantada cresceu 3%, é atribuída à tecnologia dos equipamentos. “As safras anteriores eram boas, mas os preços não. Em 2012, os preços subiram e isso gerou renda e estímulo para investir”, comenta Alexandre Vinícius, gerente comercial da Valtra, marca que detém 23% de participação no mercado de tratores e trabalha para crescer um ponto porcentual que pode vir da lavoura de cana-de-açúcar, a partir da retomada da produção de etanol. A Massey Ferguson trabalha com a projeção de repetir em 2013 os números dos últimos três anos, com base na boa renda dos produtores rurais, preço das commodities, produtividade das lavouras, além da disponibilidade de financiamento e taxas atrativas. “E também existe necessidade de renovação e modernização de frota”, salienta Carlito Eckert, diretor comercial.



PREMIAÇÃO

| SUPRIMENTOS

MERCEDES RECONHECE OS MELHORES FORNECEDORES PRÊMIO INTERAÇÃO FOI ENTREGUE A 13 PARCEIROS DE NEGÓCIOS

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reze empresas receberam o Prêmio Interação Mercedes-Benz na terça-feira, 11 de dezembro, na sede da montadora, em São Bernardo do Campo (SP). A cerimônia, 21a da série histórica, teve a presença do presidente Jürgen Ziegler, do head of procurement para caminhões e ônibus da Daimler AG, Holger Steindorf, e do diretor de compras no Brasil, Ricardo Santos. “Dois mil e doze não foi um ano só de alegrias. Junto com nossos parceiros tivemos que superar inúmeros desafios diante das oscilações no mercado que levaram a constantes mudanças na programação das linhas de montagem”, admitiu Ziegler. Ele explicou que a fábrica de Juiz de

Fora, em Minas Gerais, faz a montagem dos pesados Actros e dos leves Accelo, complementando a linha de veículos comerciais Euro 5 produzida em São Bernardo do Campo. “Avançamos bem com o Euro 5. Somos líderes de mercado com essa tecnologia e esperamos ser os primeiros em todas as faixas em que atuamos”, afirmou o executivo, destacando que os caminhões ficaram mais econômicos com a introdução das tecnologias exigidas na adoção do Proconve P7. Ele antecipa que 2013 será também um ano desafiador. “Precisamos apostar no crescimento do País para evoluir. Medidas de incentivo ao consumo e à infraestrutura, como taxas do Finame

baixas e reduções do IPI, serão bem-vindas para manter aquecido o setor industrial.” Referindo-se aos fornecedores, disse que espera a continuidade dos esforços para introdução do Euro 5, comprometimento com a operação e altos padrões de qualidade nos componentes e serviços. Santos admitiu que os primeiros meses do ano passado foram muito difíceis para a cadeia de produção, com a redução de atividades após um período agitado no fim de 2011, quando a demanda atingiu picos históricos. “Depois de recordes atípicos, foi preciso promover ajustes e buscar novo ritmo para enfrentar a queda na demanda”, observou, exortando os parceiros de negócio a encarar com

RICARDO SANTOS, diretor de compras da MercedesBenz do Brasil, o presidente JÜRGEN ZIEGLER e o head of procurement para caminhões e ônibus da Daimler AG, HOLGER STEINDORF, na entrega do Prêmio Interação

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prudência e equilíbrio o período de retomada que se configura. O diretor de compras da Mercedes-Benz vê com bons olhos a evolução do Inovar-Auto, programa do governo que dita as novas regras para o setor automotivo, mas entende que haverá impacto importante na cadeia de suprimentos, exigindo um grande esforço de inovação. “Será preciso decifrar cuidadosamente o conteúdo do novo plano, que traz desafios para a equação dos custos”, advertiu. Ele não escondeu a preocupação com as difíceis relações comerciais entre Brasil e Argentina, que têm atrapalhado o livre comércio e as trocas de componentes entre as operações da marca nos dois países. “Dois mil e treze deverá ser melhor do que 2012, mas dificilmente chegaremos aos resultados obtidos em 2011”, concluiu Santos.

A Savar destacou-se no fornecimento de soluções inovadoras de embalagem, com atuação principalmente na Central de Operações Logísticas da Mercedes-Benz do Brasil na planta de Campinas, SP. Seus desenvolvimentos contribuíram para projetos de sustentabilidade. Entre os diretores da montadora estão o diretor comercial da Savar, CÍCERO MÁRIO DAMASCENO DA SILVA (com o troféu), e RICARDO PINHEIRO (placa)


PREMIAÇÃO

| SUPRIMENTOS

Premiada em logística, a ThyssenKrupp Metalúrgica Campo Limpo fornece virabrequins dos motores BR 300, 400, 457 e 900. É reconhecida pelo alto grau de qualidade de seus produtos, excelência no atendimento e estreita cooperação para desenvolver componentes, garantindo a entrega otimizada. Recebeu o troféu MICHAEL HÖLLERMANN, CEO do ThyssenKrupp Forging Group, e, a placa, WALTER MEDEIROS, CEO da ThyssenKrupp Metalúrgica Campo Limpo

Ganhadora na categoria excelência operacional em logística, a V&M do Brasil fornece tubos de aço sem costura a partir do processo de produção autossustentável, que credencia seus produtos como verdes. Recebeu o troféu RODRIGO RIBEIRO RENNÓ, superintendente de tubos automotivos e industriais, e a placa, LUCIANO GANINO, gerente de vendas de tubos Automotivos

VENCEDORES DO PRÊMIO INTERAÇÃO 2012 RESPONSABILIDADE AMBIENTAL 1o lugar – Santos Brasil 2o lugar – ZF do Brasil 3o lugar – Acumuladores Moura INOVAÇÃO Schaeffler Brasil EXCELÊNCIA OPERACIONAL EM QUALIDADE Borrachas Daud Takata Brasil LOGÍSTICA V&M do Brasil ThyssenKrupp Metalúrgica Campo Limpo

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EXCELÊNCIA EM CUSTOS Polirim do Brasil EXCELÊNCIA EM INDIRETOS E SERVIÇOS Gevisa Savar Embalagem Sumont INICIATIVA E COMPROMETIMENTO COM QUALIDADE E SERVIÇOS Dytec Tecalon



INDÚSTRIA

| LANÇAMENTO

UM DEGRAU ACIMA COM O PEUGEOT 208 PSA COMEÇA A FABRICAR UM CARRO VERDADEIRAMENTE GLOBAL NO BRASIL, QUE GANHA IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO DA EMPRESA PEDRO KUTNEY

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hillippe Varin, presidente mundial do grupo PSA Peugeot Citroën, foi conduzido ao palco instalado no interior da fábrica de Porto Real (RJ) a bordo do Peugeot 208, que um ano após ser lançado no mercado europeu, começou no fim de janeiro a ser produzido em larga escala também no Brasil, na única planta que monta o modelo fora da Europa. O cuidadoso motorista de Varin no evento foi o governador do Rio de Janeiro em pessoa, Sérgio Cabral, que lembrou o esforço de sua gestão para transformar o Estado no segundo maior polo automotivo do País. A solenidade de lançamento indus-

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trial do Peugeot 208 brasileiro, um carro realmente global (e não só para mercados emergentes), simboliza o quanto o País e a América do Sul ganharam relevância na estratégia de internacionalização da PSA. As vendas do grupo fora da Europa saltaram de 24% em 2009 para 33% em 2011 e 38% em 2012, com objetivo declarado de chegar a 50% até 2015. “O Brasil, como quarto maior mercado do mundo, é essencial para essa estratégia”, destacou Varin. As adaptações feitas no 208 para os mercados sul-americanos e as melhorias na fábrica de Porto Real para construir o modelo consumiram

R$ 800 milhões, parte considerável do programa de R$ 3,7 bilhões planejado para o Brasil no período 2012-2015. Esses recursos já serviram também para a introdução do novo Citroën C3, outro carro global da fabricante, na mesma linha de montagem, e ainda vão pagar a entrada em linha da primeira derivação do 208, o monovolume 2008, que começa a ser produzido na planta fluminense no início de 2014. Para tentar superar os maus resultados, Varin lembrou que a PSA já determinou cortes de 1 bilhão em 2011, mais 1,5 bilhão em 2012, ao mesmo tempo em que lançou um plano estratégico até 2015 que prevê a busca de rentabilidade pela via da “subida de gama”. Ele destacou que os modelos premium da Peugeot e Citroën nos últimos cinco anos dobraram a participação nas vendas do grupo e representam 18% do faturamento. A intenção é fazer esse porcentual crescer também fora da Europa. Ou seja: o Brasil entrou no


mapa da empresa e participa do jogo global com produtos idem. STATUS ELEVADO O Peugeot 208 traz à tona uma série de simbologias, por ser o mais importante lançamento e a maior aposta da PSA atualmente no mundo. “É um pequeno carro no qual depositamos grandes ambições”, disse Varin. “O 208 é uma importante evolução para atender as expectativas dos atuais 15 milhões de clientes no mundo dos modelos Peugeot da série 2.” Na Europa, o 208 cumpre a missão de ser o mais vendido de sua categoria nos últimos meses. No Brasil, o carro chega às concessionárias em abril com a expectativa de ser o Peugeot mais vendido. Este ano a projeção é produzir 55 mil unidades para o mercado brasileiro e outros países da região, o que toma cerca de um quarto da capacidade instalada de Porto Real – após os investimentos recebidos, até o fim de 2013 a capacidade produtiva da planta aumenta de 150 mil unidades/ ano para 220 mil modelos Peugeot e Citroën, com potencial para fazer 40 veículos por hora, em três turnos. Para fabricar o 208, a planta de Porto Real recebeu diversas melhorias e modernizações. A automação aumentou bastante com a chegada de 83 novos robôs. Todas as portas, capô e tampa traseira são produzidos por robôs. Modernas soldas a laser fazem a junção das chapas superiores do teto. Uma

PHILLIPPE VARIN, CEO da PSA, ao lado do governador do Rio de Janeiro, SÉRGIO CABRAL, recebe o primeiro Peugeot 208 feito no Brasil

ilha robotizada na linha de montagem final foi criada especialmente para montar o teto de vidro Cielo do 208. Com os novos modelos que chegaram à linha de produção de Porto Real, também mudou a motorização. A fábrica de motores recebeu investimentos para ampliar a capacidade de 220 mil para 280 mil unidades/ano e agora produz três modelos: 1.4 8V (que só equipa o 207 hatchback) e os novos 1.5 8V e 1.6 16V – este último com sistema de pré-aquecimento que

dispensa o uso do tanquinho de gasolina para partida a frio com etanol. No Brasil, a PSA teve e ainda recebe incentivos para crescer em Porto Real. Boa parte dos aportes foi financiada a juros baixos pelo BNDES. Com a chegada da Nissan à vizinha Resende, o governo fluminense estendeu ao grupo francês os mesmos benefícios para as obras de ampliação. O principal foi a postergação de 90% do recolhimento do ICMS, com grande desconto para pagamento.


REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

A GUERRA DE R$ 100 BILHÕES MONTADORAS E SUAS CONCESSIONÁRIAS DISPUTAM COM A REPARAÇÃO INDEPENDENTE UM MERCADO BILIONÁRIO, EM QUE OS AVANÇOS TECNOLÓGICOS E A BRIGA PELA PROPRIEDADE INDUSTRIAL TERÃO PAPEL DECISIVO. VEJA COMO FICA O CONSUMIDOR DIANTE DESSE EMBATE

GIOVANNA RIATO E PAULO RICARDO BRAGA. FOTOS DE LUIS PRADO

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arantir a manutenção da frota nacional de veículos, que cresceu 14% em 2012, aproximando-se de 39 milhões de unidades após o emplacamento de 3,8 milhões de veículos até fim de dezembro, é um desafio e tanto – que tende a ganhar proporções crescentes. Previsões da Anfavea, entidade dos fabricantes de veículos, indicam novos recordes de produção e vendas. Até 2017, quando as novas fábricas estimuladas pelo programa Inovar-Auto se consolidarem, o País terá condições para produzir 6 milhões de unidades por ano, um volume desafiador para a infraestrutura viária capenga. A capacidade de as concessionárias e oficinas independentes darem conta de consertar tantos automóveis e veículos comerciais é colocada em xeque, mesmo com o atrativo de um mercado avaliado em cerca de R$ 100 bilhões por ano em peças e serviços, dos quais R$ 70 bilhões estão na reposição independente. A disponibilidade de peças para a reparação é um dos desafios. “Há importadores de veículos que ainda não têm balcão para vender componentes à rede independente, concentrando a reparação apenas em sua rede própria”, conta Antonio Fiola, presidente do Sindirepa. O impacto poderá ser maior nos próximos anos, com o amadurecimento da frota de veículos de duas dezenas de marcas entrantes e a consequente demanda por manutenção, que poderá ser superior à capacidade de atendimento das concessionárias. A Anfape, Associação Nacional dos

HÁ IMPORTADORES DE VEÍCULOS QUE NÃO TÊM BALCÃO PARA VENDER COMPONENTES À REDE DE REPARAÇÃO INDEPENDENTE ANTONIO FIOLA, presidente do Sindirepa

RAIOS X DO SETOR Os dados mais recentes do GMA, Grupo de Manutenção Automotiva, do fechamento preliminar de 2012, indicam que a movimentação financeira do setor passou de R$ 70 BILHÕES. O número leva em conta o resultado de mais de 90 MIL empresas de reparação veículos, além de fabricantes, distribuidores e varejistas de autopeças. A quantidade de pessoas empregadas nessa cadeia supera 1 MILHÃO

Fabricantes de Autopeças, advoga a livre concorrência no mercado de autopeças aparentes de carroceria, como para-choques, lataria e lanternas. Esses componentes, justamente os mais vulneráveis em acidentes, têm o desenho protegido pela legislação. CANAIS A indústria de autopeças é a mola propulsora do mercado nacional de reposição. As quinhentas associadas ao Sindipeças movimentam 90% do faturamento do setor e, entre elas, 40 são fornecedoras de sistemas automotivos. Cerca de 320 dessas empresas atuam no mercado original e no canal independente simultaneamente, enquanto as outras 180 operam em apenas em um dos canais. As autopeças chamadas originais (e às vezes de genuínas), por terem o aval das fabricantes de veículos, vão para as montadoras ou, em pequena

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escala, diretamente para as concessionárias, em operação de despacho direto (direct shipment). As relações comerciais são guiadas pela Lei Ferrari (6729), que regula o negócio entre fabricante de veículos e suas revendas. As peças originais abastecem os consertos realizados nas oficinas das concessionárias, mas podem alimentar também as vendas em balcão e, não raro, um eficiente serviço de entrega na praça. É notório que as concessionárias existentes no País não dão conta, sozinhas, de atender a frota circulante. Assim, depois do período de garantia, que em geral varia de um a três anos, com raras exceções, é comum o proprietário fazer os reparos na rede independente. Estima-se que, mesmo no período da garantia, ocorra uma evasão de 20% dos carros novos, que escapam das revendas em razão dos custos de serviços ou distância aos centros de atendimento. “Não é possível imaginar o bom funcionamento da frota de veículos sem a existência de uma eficiente distribuição de autopeças e uma rede de oficinas com elevada capilaridade”, observa Antonio Fiola, o presidente do Sindirepa, a entidade dos reparadores, que inclui oficinas de todas as especialidades e quilates. A rede de suprimentos no canal independente é mais longa que a original e registra diversos acidentes de percurso. Enquanto na Europa e Estados Unidos há uma disciplina exemplar nos negócios do atacado ao varejo, aqui as coisas são diferentes. Ao lado dos componentes entregues pelas empresas fabricantes de autopeças locais, há também os importados. O sistema de vendas nem sempre é pacífico, pois o fenômeno pós-China vem causando uma série de transformações no comportamento da cadeia comercial até então existente, notadamente na identifica-

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A MANUTENÇÃO DA FROTA, de veículos é feita por 4,1 mil concessionárias de veículos leves e 93,5 mil oficinas independentes

ção de quem é o cliente, quem produz ou importa, do valor das marcas, enfim, sinalizando para um movimento de reestruturação. CONCENTRAÇÃO Embora a frota brasileira de autoveículos se renove lentamente, o rejuvenescimento com o ingresso de carros novos é expressivo e traz modificações importantes na maneira de fazer a conservação dos veículos. Um dos motivos é o crescente conteúdo de eletrônica, que leva os proprietários a procurar as concessionárias oficiais, em detrimento da cadeia de distribuição independente e das oficinas. “Existe aí um contrassenso. As concessionárias não têm fôlego para atender o conserto de todos os car-

ros, enquanto as oficinas enfrentam dificuldade no acesso a informações técnicas e equipamentos de diagnóstico. As oficinas têm também dificuldade para obter peças indispensáveis. No final, o consumidor é prejudicado”, desabafa Antonio Fiola, diretor do Sindirepa Nacional, entidade dos reparadores. Há 50 anos no mercado, a distribuidora de autopeças Jahu adotou um exemplar sistema logístico para controle de estoque e atendimento aos pedidos, no qual investiu pesado durante dois anos de implantação e automatização. A empresa diz estar pronta para oferecer aos clientes catálogo completo que detalha a aplicação dos mais de 25 mil itens que vende. “Somos obrigados a buscar


EDEWARD ACERBI E ALCIDES ACERBI NETO: dois anos e investimento milionário para automatizar o sistema logístico de armazenamento de autopeças. As novas instalações são mostradas no detalhe

informação no mercado e produzir o nosso próprio material, já que a montadora e a concessionária não nos oferecem nada”, explica Alcides Acerbi Neto, diretor da empresa familiar fundada pelo seu pai, Edeward Acerbi. O problema tende a se agravar com o aumento do conteúdo eletrônico nos veículos, que restringe ainda mais o diagnóstico e reparo. Segundo ele, as fabricantes de veículos deveriam vender apostilas completas sobre cada modelo disponível no mercado. Ele concorda que o proprietário do carro acaba pagando o preço da restrição à informação. Quando não encontra assistência na rede independente, o consumidor precisa ir ao canal oficial, onde a fatura chega a ser quatro vezes maior.

Apenas por força da legislação, esse fluxo poderia mudar. Acerbi acredita que essa transformação acontecerá lentamente. “A regulamentação será indispensável com o tempo. Já vemos algum movimento nesse sentido com a questão da certificação das autopeças, por exemplo, que eliminará aventureiros do mercado”, lembra. MONTADORAS Durante o período de garantia, a manutenção da frota de veículos é feita pelas 4,1 mil concessionárias de veículos leves existentes no País, segundo dados da Fenabrave, federação dos distribuidores. Esta rede está ligada às montadoras. Depois disso, a maioria dos proprietários dos carros procura a rede independente, onde

encontra 93,5 mil oficinas, muitas delas relacionadas a seguradoras. “Na cadeia de reposição original, incluindo as montadoras, há uma evidente prioridade para o carro novo, especialmente na comercialização. Tão logo termina o período de garantia, o consumidor procura a manutenção na cadeia independente”, lembra Fiola. O Sindirepa/SP considera que a lei nº 9.279, sobre a propriedade industrial, configura a concentração de mercado, possibilitando por até 25 anos a produção, importação de peças externas do veículo, como lataria, farol, lanterna, calota e espelhos, prejudicando o consumidor, a indústria, as seguradoras, distribuidores, varejistas e as oficinas. “O consumidor fica

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sem opção de escolha, enquanto se compromete a livre concorrência”, diz Fiola, chamando a atenção para um movimento internacional intitulado Right to Repair, que reivindica o acesso às informações dominadas pelas montadoras, no intuito de beneficiar a livre concorrência. Segundo ele, com a restrição da oferta, o proprietário do veículo só pode comprar diversos tipos de peça para reparar seu carro na concessionária. “Nessa situação, a rede pode pedir o preço que quiser. Além disso, ela não têm a quantidade necessária para atender e o cliente fica com o carro parado”, descreve Fiola. Ele afirma que mais de 10% dos veículos que vão para reparo após uma colisão não podem ser consertados de imediato por falta de peça. “A propriedade industrial só beneficia a montadora.” Se nem todos os estabelecimentos oferecem certificados de excelência no atendimento, há inúmeros deles capazes de fazer inveja a concessionárias e aquelas que investem pesado em equipamentos e pessoal. E, da mesma forma que a Fenabrave (federação dos concessionários) mantém uma universidade para atender os associados, o segmento da distribuição e reparação dá passos para qualificação profissional. O Grupo de Manutenção Automotiva reúne representantes de entidades como Sindipeças, sindicato da indústria de componentes, Sincopeças, sindicato do comércio varejista de peças, Sicap/Andap, associação dos distribuidores de autopeças, Sindirepa, sindicato da indústria de reparação de veículos, e Abrapneus, revendedores de pneus, em defesa do segmento independente. “O objetivo do GMA é propor estudos para proporcionar um ambiente equilibrado para a disputa de mercado”, esclarece o diretor Luiz Sérgio Alvarenga.

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AS CONCESSIONÁRIAS RECEBEM PEÇAS COM IVA DE 33,08%, ENQUANTO O ÍNDICE DAS DISTRIBUIDORAS É DE 65,10% TRIBUTOS A substituição tributária, sistema de recolhimento de impostos centrado no topo da cadeia, mudou em boa parte a forma de trabalhar no segmento independente, que se insurgiu contra a nova prática, que beneficiaria as montadoras na disputa pelo mercado. Enquanto as concessionárias recebem as peças das montadoras

com 33,08% de IVA (Índice de Valor Agregado) no Estado de São Paulo, as distribuidoras e varejistas obtêm componentes da indústria com índice de 65,10%. Os distribuidores e varejistas, desta forma, operam carregados de impostos a ser recuperados em prazos que podem ser longos. O canal independente reage ao novo regime tributário com a contratação de especialistas para mensurar o efeito fiscal e buscar outra equação junto aos governos estaduais. Enquanto essa questão de curto prazo causa indigestão ao setor, há problemas de longo prazo, relativos à propriedade industrial, que deixam igualmente aflitos fabricantes de veículos, empresas de autopeças, distribuidores e oficinas. É tarefa fácil chegar às raízes dessa disputa, que afeta negócios em toda a cadeia de produção e distribuição automotiva. Quando uma montadora encomenda uma autopeça para seus veículos, o desenho e os ferramentais podem ficar sob responsabilidade do fornecedor, abrindo-se ou não a possibilidade de o mesmo componente ser vendido no mercado. A legislação brasileira protege apenas o desenho das peças aparentes. Ocorre que a maioria das montadoras não tem fôlego para atender o mercado nacional de reposição como um todo e ficam brechas para a atuação de fabricantes abastecerem o mercado independente, mesmo sob risco de ações judiciais. A vigilância das montadoras sobre essa aparente violação de seus direitos varia na medida de seus interesses – e muitas vezes elas se calam em razão de não terem capacidade à altura do exigido. A falta de componentes para reparos conspira contra as marcas, que acabam não se interessando em endurecer o jogo contra iniciativas dos independentes.



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As 500 associadas ao Sindipeças respondem por 90% da receita do setor 320 autopeças atuam no mercado original e no canal independente 39 MILHÕES de veículos é a frota nacional estimada 4,1 MIL concessionárias atendem os carros no período de garantia 93,5 MIL é o número de oficinas independentes

Indústria de autopeças Montadoras

Distribuidoras Concessionárias

Postos de combustível

Lojas de peças Oficinas independentes

Seguradoras Hipermercados

Centros automotivos

Consumidor

Dono de carro, frotista, locadora etc.

TECNOLOGIA É BARREIRA PARA OFICINAS

A

s novas tecnologias embutidas nos veículos constituem uma forma de proteção das montadoras contra a ingerência do segmento independente em seus negócios. Devido à complexidade envolvida na produção, diminui a possibilidade de vingarem os clones das peças, deixando alguns fabricantes sem ação. A nova realidade afeta dezenas de milhares de oficinas, que não têm acesso aos componentes (só disponíveis nas concessionárias), a sistemas de diagnóstico dos veículos, desenhos de conjuntos e manuais de reparação. O resultado é que os carros novos, com maior conteúdo tecnológico, dificilmente escapam da reparação nas concessionárias, pagando muitas vezes um preço salgado. Quando o carro sai da garantia, o problema pode se acentuar. “Há uma tendência de substituir sistemas e não suas partes, levando a um evidente desperdício de componentes e materiais”, alerta Fiola. “No passado trocávamos somente as lâmpadas. Hoje substituímos

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lanternas inteiras quando a lâmpada queima”, lembra. Fiola analisa que os avanços das montadoras chegam em todas as frentes, tornando complicada a engenharia reversa para diversificação das fontes de fornecimento. As novidades para agradar ao consumidor estão

nas áreas de segurança, powertrain e painéis inteligentes, com navegação e funções de entretenimento. DESAFIOS Luiz Sérgio Alvarenga, cuja carreira esteve sempre próxima do setor de reposição, demonstra preocupação



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ainda maior com o impacto das novas tecnologias automotivas e de tecnologia da informação na reparação dos veículos. Atualmente diretor executivo do Sicap/Andap e profissional de relações institucionais do Sindirepa, foi eleito coordenador do Grupo de Manutenção Automotiva. Não é difícil entender os novos dilemas. Se hoje a leitura nos sistemas de diagnose como os OBD (on board diagnostics) já representam uma restrição à atuação das oficinas independentes, o que di-

zer do efeito do protocolo SAE J2534 previsto para 2018 nos Estados Unidos, junto com a cloud computing (computação na nuvem) na avaliação do desempenho dos veículos, em tempo real? Um detalhe: muitos componentes novos só funcionarão com uma senha secreta. “Se os problemas no dia a dia já são enormes, o futuro traz novas preocupações que podem significar a própria sobrevivência de partes da cadeia automotiva”, adverte Al-

varenga. Ele chama a atenção também para o rejuvenescimento da frota, que já ocorre na prática com o crescimento das vendas. Da frota de 34,1 milhões veículos contabilizada pelo Sindipeças e Anfavea, no final de 2011, nada menos de 44% eram unidades com até cinco anos de idade. Apenas 1,3 milhão tinham mais de 20 anos. Em 2013 a indústria pode produzir 3,9 milhões de veículos e, em 2015, chegará perto dos 5 milhões.

GARANTIA ESTENDIDA FAVORECE CONCESSIONÁRIA

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te atrativos, merecendo atenção Prime Action, consultoria esestratégica. pecializada em canais de maO especialista afirma que o farketing, vendas e serviços, entende bricante de autopeças, como reque o avanço crescente dos períogra geral, prefere vender no afterdos de garantia de veículos, assomarket, segmento no qual o lucro ciado à sofisticação dos sistemas pode ser significativamente maior. automotivos, traz vantagem com“As empresas costumam sofrer petitiva para as concessionárias com o aperto das montadoras, na disputa pelo consumidor com embora levem vantagem com os as oficinas independentes. “O auvolumes das encomendas OEM e mento da complexidade nos componentes dos carros não é uma com a uniformidade nos fornecimentos. No aftermarket há uma boa notícia para a maioria dessas multiplicação de peças e lotes meoficinas”, diz o diretor Daniel Ghonores”, afirma. vatto. Ele entende que as reven- DANIEL GHOVATTO, da Ele esclarece também que o das de veículos autorizadas dão Prime Action: fabricante de termo ‘“peça genuína”, usado por agora maior atenção à receita autopeças prefere aftermarket algumas montadoras, não significom serviços, o que não acontecia ca necessariamente que o produno passado. Estimativas da consultoria indicam que os negócios to seja diferente do batizado como ‘“peça original”, com veículos novos representam 75% do faturamen- termo que designa indistintamente os componentes to das concessionárias e 60% do lucro bruto. No caso fabricados por empresa de autopeças. Há ainda as de veículos usados, a relação é de 15% e 10%. Mas a peças que não se enquadram nessas classificações, proporção muda bastante quando se trata das peças, por causa da origem desconhecida ou por não terem que trazem apenas 7% do faturamento geral, mas con- especificações das originais. tribuem com 20% do lucro bruto. No que diz respeito Ghovatto acredita que a estratégia acertada para atua peças a relação é também da ordem de três para um ação nas cadeias de aftermarket é pensar no consumi(3% e 10%). Moral da história: a rentabilidade de peças dor final e evitar guerras de preços intermináveis entre e serviços torna esses dois itens de pós-vendas bastan- parceiros de um mesmo negócio.

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PRÊMIO REI

40 FINALISTAS DISPUTAM

PRÊMIO REI 2013 JÚRI SELECIONOU CANDIDATOS DE OITO CATEGORIA CATEGORIAS QUE SERÃO SUBMETIDOS AO VOTO POPULAR

Faça o download em PDF deste caderno especial do Prêmio REI http://www.automotivebusiness.com.br/revistasabpdf/premiorei2013.pdf

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s finalistas da terceira edição do Prêmio REI – Reconhecimento à Excelência e Inovação, promovido por Automotive Business, já são conhecidos. Os 40 cases apresentados nas páginas seguintes serão submetidos a eleição popular para definição dos oito vencedores de 2013, nas categorias Empresa do Ano, Profissional de Montadora, Profissional de Autopeças, Veículo Leve, Comercial Pesado, Marketing e Propaganda, Manufatura e Logística e Autopeças. Caberá aos leitores de Automotive Business e aos participantes de seus fóruns escolher as melhores iniciativas registradas entre março de 2012 e 1º de fevereiro de 2013. Os 182 cases recebidos pelos organizadores do Prêmio REI 2013 foram avaliados por um júri de 19 profissionais

da indústria automobilística, a maioria deles constituída por consultores escolhidos por Automotive Business por serem notáveis conhecedores do setor. Os vencedores da eleição popular serão conhecidos em junho, quando será promovida a cerimônia de entrega dos troféus. “Os cases foram organizados por categoria e submetidos à apreciação do Júri. Os profissionais de Automotive Business não votaram. Os jurados tiveram a prerrogativa de incluir outros candidatos ao Prêmio que julgaram relevantes”, explica Paula Braga Prado, diretora de Automotive Business. As iniciativas habilitadas a concorrer correspondem ao período compreendido entre março de 2012 e 1º de fevereiro de 2013. Mais informações estão em www.automotivebusiness.com.br/premiorei2013.

OS JURADOS DO PRÊMIO 2013 ARNALDO BRAZIL MSX ARNALDO PELLIZZARO ABI Consultoria CARLOS ARCE AutoEntusiastas DAVID WONG Kaiser Consultoria FÁBIO PEAKE BRAGA SAE Brasil FRANCISCO SATKUNAS consultor IVAN WITT Steer RH JEANNETTE GALBINSKI Setec Consultoria JULIAN SEMPLE Carcon Automotive

MARCOS AMATUCCI ESPM MARIO GUITTI IQA MARTIN VOLLMER Edag do Brasil MOACIR RICCI Consultor PAULO CARDAMONE IHS Automotive PAULO GARBOSSA ADK RENATO PERROTTA Semcon STEPHAN KEESE Roland Berger VALTER PIERACCIANI Pieracciani

MARCELO CIOFFI PWC

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PRÊMIO REI

EMPRESA DO ANO FIAT AUTOMÓVEIS A Fiat superou em 2012 sua marca histórica de vendas no País, com o melhor desempenho em 36 anos de presença aqui, demonstrando agilidade e flexibilidade. Foram emplacados 838.219 automóveis e comerciais leves Fiat, que apontam crescimento de 11,1% em relação a 2011 (754.276 unidades). A Fiat liderou pelo 11º ano e cresceu acima do mercado, que encerrou 2012 com 3.634.510 unidades emplacadas, 6,1% acima de 2011. Assim, a Fiat ganhou participação, com 23,1% de market share em comparação com 22% em 2011. FORD MOTOR COMPANY BRASIL A Ford concluiu em 2012 parte do investimento de R$ 4,5 bilhões programado para o período de 2011 a 2015 no País, com o lançamento de três modelos globais. As novas gerações de Ranger, EcoSport e Fusion transformaram o padrão nos respectivos segmentos. A empresa iniciou a construção da fábrica de motores em Camaçari (BA) e remodelou a unidade de São Bernardo do Campo (SP) para a produção do New Fiesta global. A fábrica de Taubaté recebeu investimentos para o aumento da produção e iniciou a exportação do motor Sigma para a Europa. HYUNDAI DO BRASIL A empresa promoveu com bastante sucesso e interesse da mídia a introdução da marca no País em 2012, inaugurando a fábrica em Piracicaba (SP) para 150 mil carros por ano. O sucesso de venda dos veículos foi expressivo, provocando filas de espera. A empresa investiu US$ 700 milhões na unidade paulista, que produz três modelos, desenvolvidos exclusivamente para o Brasil: a família HB. Depois do HB20 hatch, com motores flex 1.0 e 1.6 e opção de câmbio automático nas versões 1.6, a família HB cresceu, em 2013, com o crossover HB20X e o sedã. MAN LATIN AMERICA Em 2012, a MAN Latin America demonstrou papel de liderança e vanguarda no desenvolvimento de tecnologias sustentáveis para a mobilidade. Na Rio+20 contribuiu para o avanço da definição de uma política sustentável, apresentando veículos que proporcionam ganhos ao meio ambiente. No evento, a empresa apresentou uma solução inédita com o primeiro ônibus bicombustível diesel-GNV. Expôs outras tecnologias de ponta para países emergentes, como caminhão híbrido diesel-hidráulico e pesquisas com biocombustíveis. VOLKSWAGEN DO BRASIL A empresa teve em 2012 o melhor ano de sua história, com recordes de vendas e de produção. Foi a maior fabricante e exportadora do País, crescendo mais do que a indústria. Anunciou a ampliação da fábrica de motores de São Carlos e ofereceu o maior número de modelos com soluções de redução de consumo e emissões (Fox, Gol e Voyage Bluemotion); apresentou a iniciativa global Think Blue, pela mobilidade sustentável; inaugurou nova seção de pintura em Taubaté. A Fundação Volkswagen chegou à marca de 1,2 milhão de alunos e 12 mil educadores.

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Um debate sobre estratégias na área de pessoal, desenvolvimento profissional, treinamento, remuneração, retenção de talentos, melhor ambiente para trabalhar, relações trabalhistas


PRÊMIO REI

PROFISSIONAL DE MONTADORA CARLOS ALBERTO DE OLIVEIRA ANDRADE Presidente do Grupo CAOA Trouxe ao mercado brasileiro veículos que se tornaram desejo dos consumidores, como o i30, ix35, Veloster, Elantra, Sonata, além dos modelos produzidos no Brasil como Tucson e os caminhões HR e HD78. A marca passou por um reposicionamento e os veículos são reconhecidos pela qualidade, inovação e sofisticação. Em 2012, o empresário comemorou cinco anos de operações da fábrica, que ergueu com capital 100% nacional em Anápolis. Recebeu o título de Distribuidor do Ano, honraria concebida pela matriz sul-coreana. CARLOS GOMES Presidente da PSA Peugeot Citroën América Latina Manteve em curso a transformação do Grupo no Brasil apesar das dificuldades da matriz e da retração nas vendas da empresa no País, garantindo a aplicação de R$ 3,7 bilhões até 2015. Consolida, em Porto Real, as mais modernas plataformas compactas da PSA e amplia a capacidade de produção de veículos, comandando a troca dos carros do segmento compacto. Preparou a chegada do Peugeot 208 e apostou nos novos motores EC5 e TU4. A PSA brasileira virou referência mundial do Grupo no campo dos biocombustíveis e materiais verdes. CLEDORVINO BELINI Presidente da Fiat Chrysler América Latina e da Anfavea Conduziu com firmeza a posição da Anfavea na edição e regulamentação do Inovar-Auto. As associadas à entidade não tiveram dificuldade em se habilitar dentro da legislação proposta pelo MDIC. Conduziu a Fiat à superação, em 2012, registrando o melhor desempenho em seus 36 anos de presença no País. A Fiat liderou o mercado brasileiro pelo décimo primeiro ano (23,1%) e cresceu 11,1%, acima do mercado. O grupo Fiat Chrysler chegou próximo à marca de 1 milhão de veículos vendidos na América Latina. ROBERTO CORTES Presidente da MAN Latin America Mostrou força como um dos principais interlocutores junto ao governo federal para extensão de benefícios na compra de caminhões e ônibus. Garantiu a décima liderança consecutiva em vendas de caminhões na região. Único líder brasileiro com cadeira nas conferências internacionais do principal salão de veículos comerciais do mundo, recebeu título de Mr. Truck do Handelsblatt, jornal alemão. Comandou três períodos consecutivos de investimentos no Brasil, totalizando R$ 3 bilhões, sendo R$ 1 bilhão em 2012-2016. THOMAS SCHMALL Presidente da Volkswagen do Brasil À frente da maior fabricante e exportadora de automóveis do País desde 2007, resume 2012 como o melhor ano da operação, com recordes de vendas e produção. Foi responsável por conquistas como 26 anos consecutivos de liderança de vendas do Gol; renovação dos produtos (maior do mercado, com 22 modelos). Fez saltar em 24% a produção anual de veículos, entre 2007 e 2012, como segunda maior operação da marca no mundo. Na sua gestão, as vendas no País cresceram 42% (de 2007 a 2012) e a subsidiária conquistou investimento de R$ 8,7 bilhões até 2016.

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PRĂŠMIO REI

PROFISSIONAL DE AUTOPEÇAS DANIEL RAUL RANDON Presidente da Fras-le Tem em seu DNA o traço forte do empreendedorismo. HĂĄ 5 anos no comando da Fras-le, maior fabricante de lonas para freio do mundo, com atuação em 80 paĂ­ses. Conduziu a instalação das unidades fabris da China e Estados Unidos, bem como a aquisição da Controil. Sua gestĂŁo estĂĄ focada no objetivo de ser uma empresa global sustentĂĄvel com faturamento de R$ 1 bilhĂŁo em 2013. Seu desempenho mostra-se relevante tambĂŠm junto ao Conselho do Sindipeças e do ComitĂŞ de Competitividade Setorial – Brasil Maior. GĂ BOR DEĂ K Presidente da Delphi ApĂłs inĂşmeras conquistas em quase 40 anos de trabalho, incluindo 15 anos em posiçþes-chave na Delphi da AmĂŠrica do Sul, anunciou a aposentadoria no final de 2012. Defensor da indĂşstria automobilĂ­stica brasileira, dedicou-se ao desenvolvimento da SAE Brasil. Foi vice-presidente e membro do conselho de administração do Abipeças/Sindipeças. Presidiu a Delphi para a AmĂŠrica do Sul de 2003 a 2012, quando o faturamento passou de US$ 490 milhĂľes para mais de US$ 1 bilhĂŁo. Implementou o Formare na empresa. LUIS AFONSO PASQUOTTO Presidente da Cummins South America e Vice-Presidente da Cummins Inc. Comandou com determinação a empresa na passagem de Euro 3 para Euro 5, oferecendo ao mercado soluçþes completas para os novos powertrains. No inĂ­cio de 2012 anunciou a quarta unidade fabril no PaĂ­s, em Itatiba (SP), com investimento inicial de US$ 37 milhĂľes. Comandou tambĂŠm a nova estrutura organizacional da Cummins Brasil, anunciada em julho de 2012, ao nomear novos diretores para as unidades de motores, geração de energia e distribuição, para diversificar e ampliar as atividades alĂŠm das fronteiras da produção de motores diesel. RICARDO REIMER 3UHVLGHQWH GD 6FKDHIĂ HU $PpULFD GR 6XO Com trinta anos dedicados ao mercado automotivo, comanda o grupo desde 2004. Em 2012, implementou linha de produção de R$ 20 milhĂľes para novos revestimentos, contribuindo para reduzir em 80% as emissĂľes de CO2. Estimula o desenvolvimento de profissionais, por meio de intercâmbio de engenheiros ou de programas como o Geração Schaeffler e o Formare. Faz parte do Conselho Superior do Sindipeças e da diretoria da Câmara Brasil Alemanha. Presidiu o Congresso SAE em 2009 e assume a presidĂŞncia da SAE para o biĂŞnio 2013/2014. SĂ?LVIO BARROS 'LUHWRU *HUDO 0HULWRU $PpULFD GR 6XO Apresentou saldo favorĂĄvel, apesar das dificuldades do setor, cuja produção caiu acima de 40% em 2012. Manteve os investimentos, preparando a empresa para a retomada. Reestruturou a companhia, ampliou a gama de produtos, consolidou a fabricação de cardĂŁs, adequou produtos para Euro 5. Implementou eixos com tecnologia laser e redução nos cubos; e seguiu com a construção da nova fĂĄbrica de eixos em Resende (RJ) e expansĂŁo do laboratĂłrio de engenharia local. Conduziu a fusĂŁo de negĂłcios entre a divisĂŁo de aftermarket e a de veĂ­culos comerciais.

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VEÍCULO LEVE BMW SÉRIE 3 A sexta geração do carro-chefe de vendas da marca alemã ficou mais encorpada, sem perder o apelo jovial. Motor seis cilindros em linha, agora, só na versão 335i, 3.0 de 306 cv e câmbio automático de oito marchas. As versões quatro-cilindros 2.0 turbo do sedã podem ter potência de 156 cv (320i) ou 248 cv (328i).

CHEVROLET ONIX O sucessor do Corsa chegou com o desafio de fortalecer a marca no segmento mais disputado e de maior volume no mercado brasileiro, o de hatches compactos. Produzido em Gravataí (RS), conta com motores 1.0 de 80 cv e 1.4 de 106 cv, ambos flex. É o primeiro de sua categoria com tela central com comandos por toque, como um tablet.

FORD ECOSPORT O utilitário compacto mais vendido do país chega à sua segunda geração com uma mudança de estilo radical. Feito sobre a base do New Fiesta, o novo EcoSport foi desenvolvido no Brasil, mas agora como modelo global. A mecânica também evoluiu, com a presença de câmbio automatizado de dupla embreagem e seis marchas na versão top. Utiliza os motores 1.6 de 115 cv, 2.0 de 147 cv e traz opção de tração 4x4.

HYUNDAI HB20 O primeiro modelo produzido pela marca coreana em Piracicaba (SP) chegou conquistando clientes e gerando filas de espera nas lojas. Com carroceria desenhada para o mercado brasileiro, disputa mercado com os carros mais vendidos do país. Vem com motores 1.0 de 80 cv e 1.6 de 128 cv, ambos flex. Este segundo tem opção de câmbio automático de quatro marchas. Já tem versão de roupagem aventureira, batizada de HB20X.

UNICAMP – VEÍCULO ELÉTRICO O veículo estudantil campeão da Fórmula SAE Brasil Elétricos 2012 reuniu esforços de alunos, professores, empresas e centros de pesquisa no desenvolvimento de baterias, conjunto inversor/controlador de potência e motor elétrico da Yasa/Oxford. Representará o País em competição nos EUA e será apresentado como projeto estudantil em setembro de 2013 na Europa (Italia ATA). O aprendizado com o projeto atende diretrizes contidas no programa Inovar-Auto em eficiência energética, domínio de manufatura e P&D e normas de segurança.

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PRÊMIO REI

COMERCIAL PESADO IVECO Caminhão Tector O veículo semipesado da nova geração Ecoline Euro 5 promete economia e versatilidade no segmento. Lançado em maio de 2012, traz 41 possibilidades de configuração. As versões Tector e Tector Attack acenam com mais conforto e menor custo e ampliam o alto padrão de modernidade e conforto trazidos pela versão anterior. Com a nova frota, a Iveco disputará o segmento de caminhões que mais cresceu no País, com 60 mil unidades vendidas. Os novos modelos do Tector derivam do europeu Eurocargo, terceiro do mundo na categoria. MAN Caminhão TGX A MAN Latin America lançou os primeiros caminhões MAN em 2012 para atender ao exigente segmento de extrapesados dentro das normas Proconve P7. Os TGX prometem elevado nível de conforto, tecnologia adequada ao País e baixo consumo de combustível, garantindo alta produtividade e menores custos operacionais. O desenvolvimento da versão nacional contou com 30 anos de experiência da engenharia brasileira e um extenso programa de testes que culminou com mais de 250 melhorias implantadas. VOLARE Escolarbus 4x4 Para atender à demanda do Programa Caminho da Escola no transporte de estudantes na zona rural, a Volare lançou o modelo Escolarbus 4x4, primeiro do gênero com tração nas quatro rodas para trafegar em locais de difícil acesso, sem estradas, onde um veículo com tração convencional não passa. O modelo recebeu eixo dianteiro tracionado e sistema de transmissão com a opção de utilização 4x2 (tração nas rodas traseiras), 4x4 (tração em todas as rodas) e 4x4 com reduzida. O desenvolvimento, em tempo recorde, teve parceria da Agrale e Dana. MERCEDES-BENZ Caminhão Accelo, o novo “Mercedinho” O fabricante considera muito positiva a performance do Accelo 815, conhecido como o novo “Mercedinho”. O modelo, para até 8 toneladas de PBT, figurou entre os modelos mais vendidos do mercado brasileiro e foi líder de vendas no padrão Euro 5, em seu segmento. O Accelo acena com melhor desempenho e maior agilidade no transporte de cargas com a tecnologia exclusiva BlueTec5 e economia de combustível de até 6%. O modelo atende autônomos, empresas de transporte ou de carga própria, distribuidores e atacadistas. VOLVO Ônibus híbrido Em 2012 a Volvo iniciou a produção de ônibus híbridos no Brasil. Os primeiros 30 já circulam em Curitiba. Segundo o fabricante, o veículo possui a solução híbrida mais avançada já desenvolvida. Mais de 700 híbridos da marca circulam no mundo. O veículo funciona com motores diesel e elétrico, que trabalham em paralelo ou de forma independente. A tecnologia permite economia de combustível de até 35% e reduz em 90% a emissão de poluentes em relação aos ônibus com tecnologia Euro 3. O veículo não emite ruído em 30% a 40% do tempo.

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MARKETING E PROPAGANDA FORD MOTOR COMPANY BRASIL Go Further (Ir Mais Longe) A Ford introduziu em 2012 a nova assinatura da marca, Go Further (Ir Mais Longe), que revela o objetivo de estar cada vez mais perto do consumidor, de maneira global, criativa, inspiradora e humana. A campanha do EcoSport, com forte presença no Facebook, YouTube e outras mídias sociais, mostra o sucesso dessa proposta. Combinando os elementos de talento e inovação, tecnologia acessível e pessoas servindo pessoas, a campanha mostrou o novo posicionamento global da marca. HYUNDAI CAOA MONTADORA Estratégia agressiva com investimento maciço em propaganda A CAOA atribui boa parte de seu sucesso à estratégia de marketing para atingir a classe média alta, com objetivos claros e bem definidos. A comunicação baseia-se na reprodução das avaliações de prêmios concedidos por importantes publicações internacionais e exibição ostensiva dos diferenciais dos produtos, incluindo a garantia de 5 anos. Em 2012 foi traçada uma estratégia agressiva fundamentada no investimento maciço em propaganda. IVECO LATIN AMERICA Patrocínio do Corinthians O patrocínio ao Corinthians nas semifinais e final da Copa Santander Libertadores 2012 foi um investimento de oportunidade da Iveco na estratégia de visibilidade. O objetivo da ação foi tornar mais visível o nome da montadora em momento importante de crescimento da empresa no Brasil e América Latina. Nos quatro jogos finais, a montadora teve a marca estampada para 150 milhões de espectadores (TV). O número de fãs da Iveco no Facebook saltou de 2.100 para mais de 120 mil pessoas durante a ação. NISSAN DO BRASIL Patrocínio das Olimpíadas/Paraolimpíadas Rio 2016 Escolhida pelo Comitê Rio 2016 patrocinadora oficial na categoria Automóveis, a Nissan fornecerá 4,5 mil veículos movidos a energia limpa para os dois eventos. A campanha publicitária com o filme “Olimpíadas” (TV aberta e ações nas redes sociais durante os jogos de Londres) anuncia o patrocínio e reforça a identificação da marca com o Brasil. Outra ação é o Time Nissan, de 30 atletas com potencial de medalhas em 2016. Cada um terá carro da marca e o apoio dos mentores Hortência Marcari e Clodoaldo Santos. VOLKSWAGEN DO BRASIL Campanha do Fusca traz Chacrinha e Rivellino para a internet Por meio de teasers no YouTube, com ícones como Chacrinha e Rivellino, a VW revive o Fusca gerando curiosidade do público para o lançamento da campanha publicitária iniciada em fevereiro de 2013. Inovadores e irreverentes, os teasers mobilizaram os internautas e se tornaram virais nas redes sociais. No filme “Chacrinha” há um recado bem humorado para o pessoal do futuro sobre o Fusca 2012. Em “Rivellino”, são utilizadas imagens de uma entrevista do jogador fazendo referências ao Fusca atual.

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PRÊMIO REI

MANUFATURA E LOGÍSTICA DELPHI Delphi concentra compras no Brasil e desenvolve fornecedores locais Em linha com a estratégia global da empresa em “comprar onde se consome e produzir onde se vende”, a área de compras da Delphi anunciou em 2012 o plano de ampliar o índice de nacionalização de componentes e dar continuidade à estratégia de concentrar a maior parte de suas compras no Brasil – minimizando o fator risco ao trazer um componente de longe, por exemplo. A previsão é que o atual índice de localização de 70% alcance a meta de 75% a 78% ainda em 2013. MAN LATIN AMERICA )OH[LELOL]DomR GH SURFHVVR SURGXWLYR JDUDQWH FRPSHWLWLYLGDGH A empresa promoveu uma das maiores modificações e capacitações de linha previstas em curto tempo para a indústria automobilística. Foram três semanas para que a linha de produção dos veículos extrapesados TGX, que até então eram exclusivos na mesma, abrissem espaço à produção de veículos Micro Bus. O takt time do caminhão extrapesado passou por redução de 38%, com melhorias de linha e conceitos logísticos. Foi liberado espaço na linha principal para viabilizar os volumes de 2013. MERCEDES-BENZ Nova fábrica de caminhões em Juiz de Fora A planta é das mais modernas e inovadoras em produção de caminhões. O I-Park, com fornecedores alocados na planta, agiliza a entrega de componentes na linha de montagem (just in sequence). A fábrica apresenta alta flexibilidade, otimização dos processos e da logística interna. Há portais de qualidade na linha de montagem, com estações de verificação e autocontrole da produção. É uma das únicas no mundo que fazem uso dos avançados veículos autoguiados (AGVs) na linha de montagem. RENAULT Uma nova fábrica dentro da fábrica O Complexo Ayrton Senna da Renault passou por transformações sem paralelo: durante oito semanas, a produção foi interrompida para uma grande operação que envolveu as áreas de carroceria, pintura, montagem e logística, além de toda a infraestrutura. A empresa “reconstruiu” uma nova fábrica dentro daquela já existente, em apenas dois meses. Da complexa tarefa participaram 120 empresas e 1,5 mil operários, empenhados em um projeto brasileiro e inédito no Grupo Renault. VOLKSWAGEN DO BRASIL 1RYD VHomR GH SLQWXUD QD 9RONVZDJHQ GH 7DXEDWp Inaugurada em 2012 a nova seção de pintura (R$ 427 milhões e 64 mil m²) oferece a mais alta tecnologia mundial em equipamentos e eficiência ambiental, reduzindo em 30% o consumo de energia e em 20% a água por carro produzido e elevando a capacidade da fábrica para 1.300 veículos/dia. Inédito na região, o transportador das fases iniciais permite giro de 360º das carrocerias, melhorando a proteção anticorrosiva; 110 robôs tornam a pintura 100% automatizada. O processo elimina o primer e utiliza tintas à base d’água.

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AUTOPEÇAS ARTECOLA (FRÀEUD $XWRPRWLYH Empresa investiu R$ 25 milhões em pesquisa, equipamentos e matérias-primas para desenvolver a Ecofibra Automotive. O fornecimento de peças como porta-pacotes, medalhões e painéis de portas, revestimento lateral, de teto, assoalho e porta-malas avançou 57% em 2012. Reciclável, a ecofibra mescla polímeros com fibras naturais, como coco, madeira e cana-de-açúcar, e tem menor peso e tempo para produção de moldes e peças, melhor aparência, redução de ruído interno e de custo. BOSCH ABS para motos de baixa cilindrada A Bosch desenvolveu ABS para motos de baixa cilindrada, contribuindo para reduzir o índice de fatalidades entre motociclistas. O ABS monitora a velocidade das rodas. Se uma delas ameaça bloquear em uma frenagem intensa ou em pistas escorregadias, o sistema regula a pressão de frenagem de forma direcionada, garantindo frenagem otimizada. Mantêm-se a estabilidade e a capacidade de manobra, mesmo em condições adversas do solo, reduzindo o risco de queda e encurtando a distância de frenagem. DELPHI Minicompressor variável para veículos compactos Fabricantes de automóveis que lidam com o desafio de incluir em seus veículos soluções cada vez mais leves e compactas têm como aliado o novo “5MVC - Mini Compressor Variável” da Delphi, desenhado para atender necessidade de espaço reduzido e menor peso. O minicompressor apresenta vantagem no desempenho: um veículo equipado com esse componente variável economiza 5% a 11% no consumo de combustível em relação a veículos equipados com compressores de deslocamento fixo. MAN Motores MAN D08 com EGR Em resposta ao Proconve P7, que vigora desde 2012, a MAN desenvolveu o sistema EGR para os motores D08, dispensando a utilização do aditivo Arla 32, requerido pelos sistemas SCR. A empresa foi a única do segmento a oferecer essa alternativa e explica que a confiança na escolha foi tamanha que mudou o motor do líder de vendas, o VW Constellation 24.250. A estratégia se mostrou acertada, já que o VW Constellation 24.280 sagrou-se o caminhão P7 mais vendido do País em 2012, com 5.084 unidades. UNICAMP 3RZHUWUDLQ SDUD D )yUPXOD 6$( (OpWULFD O powertrain desenvolvido pela Unicamp na construção do veículo para disputar a Fórmula SAE Elétrica em 2012 apresentou bons resultados, permitindo à equipe sagrar-se campeã da categoria e em 2013 representar o Brasil em competições nos Estados Unidos e Itália (ATA). O projeto de P&D e manufatura envolveu 25 alunos, professores, empresas e teve apoio da Instituto de Pesquisas Eldorado; Höganäs AB; IDGMI, CPFL; Greenworks, SAE Brasil; Magnetti Marelli e Ekion para o domínio de baterias, motores e eletrônica de potência.

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| VALTER PIERACCIANI DIVULGAÇÃO

ARTIGO

O PAÍS PRECISA MUITO RAPIDAMENTE RECUPERAR O ATRASO E TORNAR-SE EM TRÊS ANOS UM PLAYER GLOBAL NO TABULEIRO DA INOVAÇÃO

VALTER PIERACCIANI é sócio-fundador da Pieracciani, consultoria focada na gestão da inovação

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UMA NOVA ERA PARA A INOVAÇÃO NO BRASIL

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irigentes e profissionais das indústrias em todos os níveis, membros da academia e governos, pela primeira vez, estão em consenso em torno de um tema: precisamos de mais inovação no Brasil e temos de juntar forças para acelerar a transição de um Brasil produtor para um Brasil inovador. Que a inovação traz desenvolvimento econômico, emprego e competitividade, ninguém duvida. Basta olhar para a Coreia do Sul, que escolheu a via da inovação há 30 anos e hoje, com um território do tamanho do Estado de Pernambuco e sem as tais riquezas naturais das quais o Brasil sempre se vangloriou, já tem um PIB que é um terço do nosso. Esta revolução tem a ver diretamente conosco. Não há “motor” mais forte, no campo da inovação, do que a indústria da mobilidade.

Diferentemente de outros setores, no automotivo boa parte do desenvolvimento e da inovação poderá ser feita aqui no País, por engenharias que são mais rápidas, flexíveis, criativas e produtivas do que as dos “gringos”. Atuando em um mercado enorme, que paga bem pelos veículos e que premiará cada vez mais a inovação. Não só no que se refere aos compradores, que levarão isso em conta quando forem trocar o seu primeiro carro pelo segundo, mas em relação aos governos que tudo farão para acelerar a revolução da inovação. Prova disto é o InovarAuto. Se antes com a Lei do Bem o Governo nos mostrava a cenoura de: “Se você inovar, terá direito a pagar menos impostos”, agora aparece o chicote: “Se você não inovar o suficiente, eu aumento os seus impostos.” Neste contexto

de aceleração para um Brasil inovador será mais complexo gerenciar resultados. Não bastará fazer um bom produto e vendê-lo bem. Será preciso operar cuidadosamente vendas por tipo e por consumo de combustível de cada veículo, investimentos em engenharia e inovação, captura, organização e rastreabilidade das informações dos projetos inovadores realizados internamente e a gestão dos investimentos na cadeia de fornecedores e universidades. Esta abordagem mais sistêmica assegurará que entre o máximo de dinheiro (financiamentos subsidiados, subvenções econômicas, etc.) de um lado e saia o mínimo (redução de impostos) de outro. Assim, não bastará fortalecer as engenharias, mas será preciso elevar muito a qualidade da administração das áreas de P,D&I.


A boa notícia é que isto funciona e dá resultados. As montadoras que investem nesta direção estão contratando profissionais e aumentando suas participações de mercado. As outras estão demitindo. Recente pesquisa que realizamos mostrou a enorme correlação que existe entre o número de inovações realizadas por cada montadora e o gradiente (elevação) na curva de vendas destas mesmas casas. O coeficiente de correlação entre as duas variáveis medidas é muito próximo de um. Prova científica do que já sabíamos. Precisamos inovar mais por um motivo simples: temos de vender mais e ser mais competitivos. Não são todos os dirigentes que despertaram para o fato de que chegou a hora de ação. Há ainda mais energia em oratória do que em “trajetória” de inovação.

Fazer inovação significa arriscar, algumas vezes ousar tomando decisões rápidas, definidas em bases não totalmente comprovadas, e isto causa urticária em muitos dos executivos do setor. Não é por menos. Eles passaram os últimos 25 anos acreditando que tinham de planejar tudo antes, estabelecer padrões e reduzir variabilidades. Antítese da inovação. Em todo tipo de inovação, o risco “mora ao lado”. Não só na inovação radical, aquela desejada porque dá mais lucro por mais tempo, mas nas inovações incrementais e rápidas também. Inovar não é só transformar, nem só copiar. É sentir, perceber, decidir, tomar risco, experimentar. A mudança de paradigma do fazer certo da primeira vez passa para o incerto e experimental e será uma dura prova à qual boa parte de vocês, leitores, não sobreviverá. Empresas inteiras não

conseguirão mudar com a velocidade extraordinária que a realidade impõe. Nossa crença é de que veremos em cinco anos um novo cenário, uma nova arena competitiva na qual existirão duas categorias de empresas: as inovadoras e as mortas. Lembro-me, como se fosse ontem, quando no começo da década de 1980 trabalhei em P&D em uma indústria de pneus e decidimos construir uma das primeiras pistas de prova do Brasil. Fora da empresa olhavam para nós como se fôssemos extraterrestres. Hoje o País é diferente. O ministro da Fazenda fala em inovação tecnológica e incentiva coisas como estas. O Brasil precisa muito rapidamente recuperar o atraso e tornar-se em três anos um player global no tabuleiro da inovação. Revolução da qual você, leitor, e cada um de nós somos agentes centrais. Bom trabalho.

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COBIÇA

(Preços pesquisados em janeiro)

ORGANIZAÇÃO A estante Mig Nic, do designer Rodrigo Mota, tem prateleiras em acrílico com 12 mm de espessura e diversas opções de cores. A estrutura é em aço inoxidável polido. Largura: 90 cm. Altura: 2 m. R$ 2.598. www.byartdesign.com.br

O AnyPad Office vai transformar seu iPad em desktop de um jeito prático e de fácil transporte. Com controle de regulagem de altura e angulação, o suporte, em poliéster e aço cromado, custa R$ 299. www.asys.com.br

Converge é uma docking station da Quirky que deixa à vista seus eletrônicos enquanto carregam. Todos os dispositivos USB podem ser conectados, com a exceção dos aparelhos Blackberry Torch, Curve and Barnes & Noble Nook. R$ 299,00. www.quirkybrasil.com.br.

O aspirador de pó e água Consul Facilite tem adaptador para uso nos veículos e bateria de 7,2 volts com autonomia de 20 minutos. Preço sugerido: R$ 279. loja.consul.com.br.

A Adega Sophistiqué Dual em metal da Art des Caves oferece duas temperaturas diferentes, uma para cada compartimento. A parte superior tem espaço para 15 garrafas de vinhos brancos e espumantes e, a de baixo, para 45 rótulos tintos. Vendida em 15 cores por R$ 7.160. www.artdescaves.com.br

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Cinto de segurança salva vidas

Volare 4x4 é indicado ao Prêmio REI Reconhecimento à Excelência e Inovação - 2013. O 4x4 é um veículo que possui design diferenciado e características que facilitam sua condução. O primeiro ônibus off road, desenvolvido para trafegar em áreas de difícil acesso, o Escolarbus 4x4 coloca a Volare mais uma vez entre as melhores do setor automotivo. Agora é com você. Contamos com o seu voto, pois esta é a melhor resposta para coroar um projeto pioneiro e inovador.

www.volare.com.br fb.com/OnibusVolare

@OnibusVolare



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