Venâncio Aires Capital Nacional do Chimarrão
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
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ESTEIO - Parque de Exposições Assis Brasil
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
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ESTEIO - Parque de Exposições Assis Brasil
Em cada canto, uma história para contar, uma paisagem para apreciar e uma tradição para seguir. Este é o nosso Rio Grande do Sul, um estado repleto de belezas naturais, atrações turísticas e culturais. Encantador e poético como nenhum outro.
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SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO...................................................................... 06 2. INTRODUÇÃO.......................................................................... 08 3. RECURSOS OFICIAIS PARA AQUISIÇÃO E CONSTRUÇÃO NO BRASIL E RIO GRANDE DO SUL.......................................... 10 4. DESEMPENHO DO SETOR IMOBILIÁRIO.............................. 12 5. PRODUÇÃO DE IMÓVEIS EM PORTO ALEGRE..................... 14 5.1. Ofertas de imóveis novos ...............................................................14
6. EMPREGO E DESEMPREGO........................................................ 18 6.1. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED...............................18 6.2. Cadastro Geral de Empregados e Desempregados − CAGED.. 20
7. SITUAÇÃO HABITACIONAL ................................................... 24 7.1. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD (2012).24 7.1.1. Domicílios.................................................................................24 7.1.2. Proporção de Domicílios .......................................................27 7.1.3. Quantidade de Moradores ...................................................29 7.1.4. Proporção de Moradores......................................................32 7.1.5. Média dos Moradores ...........................................................33 7.2. Situação da moradia em Porto Alegre .........................................34
8. MERCADO IMOBILIÁRIO ....................................................... 36
8.1. Locação de Imóveis em Porto Alegre ...........................................37 8.1.1. Ofertas .....................................................................................37 8.1.2. Preços Médios.........................................................................40 8.1.3. Aluguéis - Comparativos dos preços de oferta com preços contratados.................................................40 8.1.4. Inadimplência de aluguéis ....................................................43 8.2. Comercialização de imóveis em Porto Alegre.............................45 8.2.1. Comercialização de imóveis novos em Porto Alegre .......45 8.2.2. Comparativo da Velocidade de Vendas de Imóveis Novos - 2008 a 2013.....................................................45 8.2.3. Ofertas de Imóveis Usados em Porto Alegre.....................46
8.2.4. Arrecadação do ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre – Valores e Guias de Arrecadação.....................52
9. CONDOMÍNIOS EM PORTO ALEGRE.................................... 56 9.1. Administração de Condomínios ....................................................56 9.2. Despesas dos Condomínios...........................................................56 9.3. Inadimplências de Pagamentos nas Quotas Condominiais.....58 9.3.1. Inadimplência – Evolução em 2013.....................................58 9.3.2. Inadimplência – Histórico e repercussão do Novo Código Civil.........................................................................59 9.4. Distribuição Geográfica dos Condomínios em Porto Alegre: 2013 ............................................................................61
10. O MERCADO IMOBILIÁRIO NO CONTEXTO ECONÔMICO DO QUINQUÊNIO 2009/2013 ...................... 69 11. INADIMPLÊNCIAS NO BIÊNIO 2012/2013 ......................... 70 12. ESTUDOS ESPECIAIS............................................................. 72 12.1. Imóveis residenciais mobiliados e semimobiliados ...........72 12.2. Estudo sobre Financiamento Imobiliário - Caixa Econômica Federal ...........................................................................73 12.2.1. Brasil................................................................................75 12.2.2. Região Sul........................................................................75 12.2.3. Rio Grande do Sul ..........................................................77 12.2.4. Perfil do Mutuário..........................................................77 12.3. Salas comerciais continuam um bom investimento...........80 12.4. Bolha Imobiliária .....................................................................85 12.5. Mobilidade: breve análise de sua importância na vida das pessoas e seu reflexo no setor imobiliário...............87
13. CONCLUSÕES ....................................................................... 95 14. EXPECTATIVAS PARA 2014 .................................................. 96 15. AGRADECIMENTOSPANORAMA .............................................................. 97 DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
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Apresentação
Foi na segunda metade do século XX que a Ciência da Administração floresceu. Tivemos os clássicos que a criaram e pensaram seus fundamentos. Mas, de fato, somente após a Segunda Guerra Mundial é que ficou patente a necessidade de se encarar a gestão com o viés que viria desaguar em programas de qualidade e padronização. Em nossa época, em qualquer livraria ou biblioteca, encontra-se copiosa literatura sobre o tema e até, como em outros gêneros, tem seus gurus. Acompanhando o desenvolvimento da administração científica, a Estatística ganhou uma posição destacada, posto que a fase da intuição já há bastante tempo perdeu lugar para a solidez de informações como base para processos decisórios competentes. O Banco Mundial, num de seus Relatórios do ano 2000 disse: “Por que as estatísticas importam? Em termos simples, elas são a evidência sobre as quais as políticas são construídas. Elas ajudam a identificar necessidades, estabelecer objetivos e monitorar progressos. Sem boas estatísticas, o processo de desenvolvimento é cego; os fazedores de políticas não conseguem aprender com seus erros, e o público não as tem como confiáveis”. Não é somente na administração pública que a Estatística tem importância. Em realidade, não existe faixa de atividade que pesquisas e estatísticas não tenham como contribuir para conhecer os fenômenos, analisá-los e entendêlos. Na gestão empresarial, a importância é capital. Pode fazer a diferença entre o êxito ou o fracasso. O “Panorama do Mercado Imobiliário” editado pelo Sistema SECOVI/RS chega a sua 24ª edição, trazendo uma coleção ampliada de informações. Dados
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que já são tradicionais são enriquecidos por estudos de certas constatações que impunham um exame mais acurado e que servirão para que, tanto o poder público quanto as empresas, tenham conhecimento de cenários aptos a um cotejo com suas performances particulares. A maioria dos levantamentos aqui constantes refere-se ao mercado imobiliário da Capital gaúcha. Contudo, é sabido que as praças se movimentam de forma muito semelhante e, salvo exceções, as pesquisas apresentadas trazem detalhes e possíveis interpretações razoavelmente aplicáveis ao universo particular de cada um. Marca registrada dos Panoramas anuais, a coleção de fotos de nosso estado se faz presente. Desta feita, com flagrantes significativos colhidos em muitas partes do Rio Grande do Sul, valorizando sua natureza e suas obras. A esforçada equipe responsável por este trabalho merece todos os elogios e ela, por seu turno, faz questão de agradecer as organizações públicas e privadas que sempre atenderam com grande boa vontade aos pedidos de colaboração, reconhecimento que a Diretoria do Sistema SECOVI/RS enfatiza. A Estatística retrata, a Economia interpreta, o bom senso pede passagem e o homem decide. Que a inteligência sempre agregue e a sorte ajude.
Moacyr Schukster Presidente
ERECHIM - Prefeitura Municipal
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
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SÃO FRANCISCO DE PAULA - Parque das Cachoeiras
2 INTRODUÇÃO
O presente Panorama do Mercado Imobiliário apresenta informações sobre o mercado imobiliário e a ele, de alguma forma, relacionadas, assim como ao cenário econômico em geral. Focaliza a praça de Porto Alegre em primeiro plano e, quando conveniente, estende-se para dados que podem aperfeiçoar ou ampliar a visão dos fenômenos estudados. Por esse motivo, convém iniciar lembrando que a situação econômica europeia ainda é um fator preocupante, e que os países continuam na busca de uma recuperação passados 5 anos da crise financeira global. Questões que envolvem as taxas de desemprego, as dívidas e o baixo investimento externo são as principais dificuldades enfrentadas no Velho Mundo. No entanto, a Europa pode estar atingindo o chamado “ponto de virada” segundo a Comissão Europeia. O PIB já apresenta crescimento e as perspectivas para próximos anos também indicam uma expansão, todavia, esta possivelmente será branda e prolongada durante anos. No Brasil, em 2013, a Selic ganhou destaque no mercado, porém em sentido inverso ao apresentado em 2012. No ano passado, foi adotada a política de juros baixos com a finalidade de incentivar a produção e o consumo, fechando dez./2012 com 7,25% a.a., nível mais baixo da história do Copom. Em 2013, a fim de conter a inflação e assegurar a tendência de declínio dos preços para 2014, o Copom iniciou o ciclo de alta da Selic, que em dez./2013 já se encontrava em 10% ao ano. A inadimplência em 2013 apresentou certa recuperação com relação a 2012, quando bateu recordes. O mercado de trabalho continua aquecido, com o desemprego brasileiro atingindo números historicamente baixos. Apesar dos incentivos governamentais para a aquisição de imóveis,
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podemos considerar o ano de 2013 como moderado quando nos referimos ao mercado imobiliário. Mesmo com o Programa Minha Casa Minha Vida tendo se consolidado ao longo do período e o aumento no limite do preço dos imóveis para o uso do FGTS, o segmento apresentou certo comedimento em relação a anos anteriores, visto tanto nos negócios que envolviam locação quanto comercialização. Identificado foi um expressivo crescimento no volume de ofertas disponíveis nos dois cenários. A velocidade de locações média em Porto Alegre (dez./2012 a nov./2013) de 16,78% apresentou queda quando comparada ao mesmo período do ano anterior (dez./2011 a nov./2012) quando foi de 24,07%. O SECOVI/RS e a AGADEMI, como se sabe, mantêm funcionando um departamento especializado, responsável por acompanhar, avaliar e possibilitar o conhecimento da evolução de variáveis pertinentes ao segmento. O que torna possível às empresas, aos condomínios e aos diversos atores da dinâmica econômica conhecer números passíveis de emprego em análises comparativas. O setor de Pesquisa do Sistema SECOVI/RS mapeia e acompanha mensalmente os indicadores econômicos gerais e setoriais, gerando informações, por amostragem, sobre locação e comercialização de imóveis usados, compreendendo ofertas e preços médios, além das despesas condominiais. Armazena e monitora os dados disponíveis sobre produção e comercialização de imóveis novos, bem como as principais variáveis e indicadores correlacionados ao mercado imobiliário nos âmbitos estadual e nacional. O segmento imobiliário nacional teve um ano equilibrado e os resultados permaneceram positivos. Aspectos como elevação no limite
dos imóveis para a utilização do FGTS, aumento da renda média da população, baixo nível de desemprego, disponibilidade de crédito, dentre outros, contribuíram para este cenário. O mercado abrangido pelas entidades compreende a atividade imobiliária exercida em 6.007 empresas, localizadas em 411 municípios no estado, área de sua jurisdição, sendo 2.235 em Porto Alegre e 3.772 no interior, cadastradas nas entidades. As empresas atuam na comercialização e locação de imóveis, bem como administram 15.708 dos aproximadamente 24.438 condomínios de sua área de atuação, considerando-se os dados de dezembro de 2013. Dentre as variáveis pesquisadas pelo Departamento de Economia e Estatística com levantamentos próprios ou de fontes oficiais pertinentes ao mercado imobiliário podemos destacar: • A inadimplência de aluguéis (dez./2012 a nov./2013), 4,41%; • Inadimplência de condomínios (dez./2012 a nov./2013), 15,61%; • Velocidade de vendas de imóveis novos em Porto Alegre (nov./2012 a out./2013), 8,24%; • Arrecadação do ITBI, em Porto Alegre (dez./2012 a nov./2013) que teve variação de 8,01% em relação ao mesmo período do ano anterior (dez./2011 a nov./2012); • Residiam em imóveis alugados 14,47% da população de Porto Alegre, segundo estimativa do SECOVI/RS e da AGADEMI. Cumpre-nos agradecer as diversas fontes de dados que enriquecem este Panorama, cujos subsídios proporcionam cotidianamente elementos de importância capital para a investigação, que é objeto do Departamento e que se confia sirvam aos nossos representados e à sociedade.
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
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OFICIAIS PARA 3 RECURSOS AQUISIÇÃO E CONSTRUÇÃO
NO BRASIL E RIO GRANDE DO SUL
Nos últimos 12 meses (jul./2012 a jun./2013) foram investidos mais de R$ 5,492 bilhões de reais para aquisição e construção de imóveis habitacionais no Rio Grande do Sul, um aumento de 28,31% em relação ao mesmo período do ano anterior (jul./2011 a jun./2012). No Brasil, os recursos investidos entre jul./2012 e jun./2013 atingiram mais de R$ 95,377 bilhões, registrando um aumento de 19,29%, comparando-se com os dados de jul./2011 a jun./2012. O Rio Grande do Sul representou 5,76% do total nacional no período de 12 meses fechados em jun./2013, apresentando certa estabilidade em relação ao período anterior, de jul./2011 até jun./2012, na qual obteve 5,35% dos recursos financeiros destinados à aquisição e construção de imóveis. GRÁFICO Nº 1 − Evolução, em períodos de 12 meses de financiamento, em R$, oferecidos para aquisição e construção no Brasil - jul./08 a jun./13
Fonte: Banco Central do Brasil, SFH, SBPE – Estatísticas Básicas Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
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Discriminando-se por tipo de utilização dos recursos observase que, no mesmo período de 12 meses, fechados em jun./2013, nos financiamentos para aquisição de imóveis, o Rio Grande do Sul participou com 6,16% do montante nacional, enquanto no período anterior a participação gaúcha foi de 6,18%; nos valores destinados à construção, 4,86% no período de 12 meses (fechados em jun./2013), enquanto no período anterior era de 4,02%, verificando-se um pequeno aumento na partilha dos recursos federais para esta categoria. Os gráficos e quadro a seguir mostram a destinação dos recursos no período de jul./2008 a jun./2013. GRÁFICO Nº 2 − Evolução, em períodos de 12 meses de financiamento, em R$, oferecidos para aquisição e construção no Rio Grande do Sul – jul./08 a jun./13
Fonte: Banco Central do Brasil, SFH, SBPE – Estatísticas Básicas Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
QUADRO Nº 1 − Financiamentos habitacionais, em R$, para aquisição e construção de imóveis, Brasil e Rio Grande do Sul – jul./08 a jun./13 MÊS
PARA AQUISIÇÃO (R$)
PARA CONSTRUÇÃO (R$)
BRASIL
RS
% RS/BRASIL
BRASIL
RS
% RS/BRASIL
BRASIL
RS
% RS/BRASIL
BRASIL
RS
% RS/BRASIL
Jan./11
2.808.218.077
175.054.165
6,23
1.843.972.751
99.537.286
5,40
Jul./08
1.452.556.886
103.652.382
7,14
1.979.819.379
127.328.635
6,43
Fev./11
2.894.732.404
160.788.304
5,55
2.249.052.252
135.719.071
6,03
Ago./08
1.296.609.790
98.784.098
7,62
2.184.591.034
45.472.716
2,08
Mar./11
3.091.467.563
172.362.008
5,58
3.118.469.577
43.583.467
1,40
Set./08
1.434.801.361
107.106.346
7,46
1.499.992.490
158.263.554
10,55
Abr./11
3.327.654.937
205.507.867
6,18
2.833.225.839
51.242.203
1,81
Out./08
1.356.019.479
105.430.257
7,77
1.037.760.912
62.743.079
6,05
Maio/11
3.825.085.850
222.943.923
5,83
3.234.398.949
169.444.115
5,24
Nov./08
1.287.566.529
96.505.302
7,50
1.018.029.289
84.442.819
8,29
Jun./11
3.813.951.935
242.245.688
6,35
3.965.682.631
71.840.935
1,81
Dez./08
1.248.965.073
84.522.272
6,77
1.286.353.703
173.854.867
13,52
TOTAL
37.636.097.479
2.321.573.095
6,17
31.728.374.730
1.308.202.215
4,12
Jan./09
1.098.199.044
88.245.804
8,04
794.274.485
31.477.105
3,96
Jul./11
3.961.628.371
230.417.886
5,82
2.677.770.947
57.538.616
2,15
Fev./09
1.066.761.231
74.051.813
6,94
657.942.974
97.418.380
14,81
Ago./11
4.514.061.583
274.006.730
6,07
3.345.456.735
62.162.502
1,86
Mar./09
1.334.043.572
103.098.782
7,73
920.329.959
40.937.212
4,45
Set./11
4.375.299.833
231.124.027
5,28
2.973.275.016
167.135.318
5,62
Abr./09
1.367.122.282
96.527.184
7,06
984.372.981
56.697.230
5,76
Out./11
3.456.784.436
217.369.384
6,29
2.652.440.334
97.961.375
3,69
Maio/09
1.463.882.397
101.323.979
6,92
902.590.687
62.253.438
6,90
Nov./11
4.074.748.686
257.095.941
6,31
2.646.229.758
156.456.688
5,91
Jun./09
1.697.543.038
114.590.835
6,75
1.260.470.603
34.957.498
2,77
Dez./11
4.580.076.621
318.038.038
6,94
3.653.207.031
68.687.045
1,88
TOTAL
16.104.070.682
1.173.839.054
7,29
14.526.528.496
975.846.533
6,72
Jan./12
3.848.833.334
257.657.694
6,69
1.835.598.108
91.483.434
4,98
Jul./09
1.955.224.950
138.190.598
7,07
985.816.586
36.717.479
3,72
Fev./12
3.423.483.205
191.324.434
5,59
1.687.402.896
118.378.101
7,02
Ago./09
2.026.993.811
143.072.429
7,06
1.154.723.462
39.565.863
3,43
Mar./12
4.351.777.506
262.271.328
6,03
2.455.395.153
167.767.525
6,83
Set./09
2.045.861.255
141.014.593
6,89
1.558.774.397
33.364.617
2,14
Abr./12
3.535.933.610
203.920.672
5,77
2.191.324.048
79.393.364
3,62
Out./09
1.619.338.685
119.205.235
7,36
1.757.128.560
96.977.349
5,52
Maio/12
4.439.309.966
283.567.242
6,39
1.858.501.053
55.408.377
2,98
Nov./09
2.113.854.061
146.847.001
6,95
1.537.237.973
30.825.860
2,01
Jun./12
4.807.281.662
322.906.234
6,72
2.608.968.137
108.323.238
4,15
Dez./09
2.390.637.109
141.329.063
5,91
1.438.730.542
107.613.080
7,48
TOTAL
49.369.218.813
3.049.699.610
6,18
30.585.569.216
1.230.695.583
4,02
Jan./10
1.859.527.490
121.389.971
6,53
1.016.036.675
86.951.389
8,56
Jul./12
4.833.907.595
325.842.176
6,74
1.613.252.372
63.709.623
3,95
Fev./10
1.835.817.197
99.560.944
5,42
1.152.757.751
22.662.304
1,97
Ago./12
5.652.340.089
359.154.873
6,35
2.584.515.658
132.786.198
5,14
Mar./10
2.527.707.785
138.230.425
5,47
1.586.349.367
103.580.456
6,53
Set./12
4.416.452.540
265.929.863
6,02
2.492.638.752
194.716.671
7,81
Abr./10
2.420.296.586
137.949.599
5,70
1.926.774.855
57.714.014
3,00
Out./12
5.174.749.203
331.239.864
6,40
2.402.832.013
66.731.381
2,78
Maio/10
2.527.091.660
155.073.890
6,14
1.722.759.471
40.070.866
2,33
Nov./12
4.815.959.814
288.528.943
5,99
2.887.147.415
37.304.466
1,29
Jun./10
2.741.767.572
179.214.867
6,54
2.523.921.415
97.943.266
3,88
Dez./12
5.390.619.399
315.446.296
5,85
3.468.756.934
221.073.598
6,37
TOTAL
26.064.118.161
1.661.078.615
6,37
18.361.011.054
753.986.543
4,11
Jan./13
5.017.168.894
299.528.340
5,97
1.676.758.069
84.004.156
5,01
Jul./10
2.878.404.180
205.300.939
7,13
2.206.740.703
219.764.965
9,96
Fev./13
4.219.977.683
242.478.046
5,75
1.590.825.609
189.271.171
11,90
Ago./10
2.959.339.375
190.849.141
6,45
2.134.188.120
89.374.568
4,19
Mar./13
5.757.202.999
345.697.031
6,00
2.140.853.602
96.348.959
4,50
Set./10
3.053.446.480
175.521.950
5,75
2.343.721.722
124.101.789
5,30
Abr./13
6.386.324.980
375.790.165
5,88
1.921.958.720
65.292.572
3,40
Out./10
2.530.088.759
155.857.855
6,16
2.938.692.361
193.892.526
6,60
Maio/13
6.608.248.471
387.840.105
5,87
3.146.645.902
148.154.771
4,71
Nov./10
2.960.050.663
201.374.834
6,80
2.192.698.147
66.500.527
3,03
Jun./13
7.447.399.779
513.343.275
6,89
3.730.486.367
142.069.126
3,81
Dez./10
3.493.657.256
213.766.421
6,12
2.667.531.678
43.200.763
1,62
TOTAL
65.720.351.446
4.050.818.977
6,16
29.656.671.413
1.441.462.692
4,86
Fonte: Banco Central do Brasil, SFH, SBPE – Estatísticas Básicas Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
11
4
DESEMPENHO DO SETOR IMOBILIÁRIO
O desempenho do setor imobiliário nos últimos 12 meses, mostra: • Locações de imóveis em Porto Alegre: a oferta média de imóveis para alugar apresentou acréscimo de 19,09% no período jan./2013 a dez./2013, comparando com igual período de 2012 (jan./2012 a dez./2012). Em 2013, os preços médios dos aluguéis de imóveis residenciais ofertados, no acumulado 12 meses, aumentaram 7,81%. Em 2011 (jan./2011 a dez./2011), o estoque médio era de 4.621 unidades, tendo em 2012 atingido a média de 5.717 ofertas; em 2013, 6.808 ofertas. • Inadimplência: a análise da inadimplência dos aluguéis nos 12 meses fechados em nov./2013 registrou a média de 4,41%, enquanto no ano anterior foi de 4,27%.A inadimplência dos condomínios nos 12 meses fechados em nov./2013 teve média de 15,61%, apresentando alta quando comparada com o mesmo período do ano anterior, de 13,82%. • Aluguel como rendimento: os valores de oferta dos aluguéis residenciais em Porto Alegre, em média, subiram 7,81% nos últimos 12 meses (jan./2013 a dez./2013). Enquanto a poupança rendeu aproximadamente 6,49%, no mesmo período. Nos 12 meses imediatamente anteriores (jan./2012 a dez./2012), o preço dos aluguéis ofertados havia crescido 9,02% e a poupança em torno de 6,42%. Apesar da valorização dos aluguéis em 2013 ter sido menos dinâmica que
2012, continua competitiva com outros tipos de investimento, como a caderneta de poupança, ainda acrescendo a valorização do imóvel. • Velocidade de oferta de locações: definida como a relação entre o número de imóveis alugados e ofertados. Houve retração no ano de 2013 (dez./2012 a nov./2013), com média de 16,78%, quando comparada ao mesmo período do ano anterior (dez./2011 a nov./2012) quando apresentou média de 24,07%. • Velocidade de vendas de imóveis novos: indica o movimento do mercado de imóveis novos de Porto Alegre. Esta velocidade teve média de 10,21% no ano de 2011 (nov./2010 a out./2011), e, no mesmo período do ano de 2012, teve retração, apresentando média de 7,84%. De nov./2012 a out./2013 a velocidade média tornou a crescer, atingindo 8,24%. (Fonte: SINDUSCON- RS) • Comercialização de imóveis usados: a variação média do estoque dos imóveis usados foi de 23,90% comparando os períodos de jan./2013 a dez./2013 com o mesmo período do ano anterior (jan./2012 a dez./2012). A média mensal em 2012 foi de 5.954, e em 2013, de 7.377. • Condomínio: 24.438 condomínios existentes nos 411 municípios da área de abrangência do SECOVI/RS e da AGADEMI, sendo 15.708 ou 64,28% administrados pelas empresas especializadas. Porto Alegre tem 13.723 condomínios, dos quais 10.377 ou 75,62% são administrados. Estima-se que aproximadamente 66,57% da população da capital do Rio Grande do Sul vivem em condomínio. Estes dados demonstram a importância da Instituição na economia da cidade.
QUADRO Nº 2 − Evolução dos preços médios, por tipo, do m² para locação e venda de imóveis usados em Porto Alegre: dez.− /2008/2009/2010/2011/2012/2013 Tipo Ano
12
1 dormitório Locação (R$/m²)
Venda (R$/m²)
2 dormitórios Locação/Venda
3 dormitórios
Locação (R$/m²)
Venda (R$/m²)
Locação/Venda
Locação (R$/m²)
Venda (R$/m²)
Locação/Venda
2008
10,26
1.245,52
0,82
10,13
1.354,89
0,75
12,41
1.575,78
0,79
2009
11,40
1.785,26
0,64
10,96
1.708,27
0,64
14,15
1.909,99
0,74
2010
12,94
2.010,77
0,64
13,05
2.072,07
0,63
16,22
2.190,35
0,74
2011
15,80
2.494,65
0,63
15,54
2.354,00
0,66
20,75
2.571,39
0,81
2012
16,57
2.855,12
0,58
17,43
2.737,48
0,64
20,92
2.937,47
0,71
2013
18,50
3.163,26
0,58
19,49
3.076,60
0,63
21,56
3.347,28
0,64
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
• Recursos para o setor imobiliário: a análise dos recursos aplicados pelo SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) para a aquisição de imóveis mostra que a participação do Rio Grande do Sul no Brasil foi de 6,16% de jul./2012 a jun./2013, enquanto que, nos 12 meses imediatamente anteriores (jul./2011 a jun./2012), esse percentual foi de 6,18% do total investido em todo o Brasil. No que se refere aos recursos para construção investidos no Rio Grande do Sul, considerando os mesmos períodos para análise, em 2013 o percentual foi de 4,86%, sendo em 2012, 4,02%. O quadro a seguir contém os dados que embasaram as análises sobre o desempenho do setor imobiliário, nos anos de 2012 e 2013. QUADRO Nº 3 − Principais variáveis do setor imobiliário de Porto Alegre e indicadores 2012/2013 Especificações
2012
2013
Índice médio de inadimplência de aluguéis (%) (dez.-nov.)
4,27
4,41
Índice médio de inadimplência de condomínios (%) (dez.-nov.)
13,82
15,61
Índice médio de inadimplência do comércio (%) (dez.-nov.)
12,74
12,99
Média de cheques s/ fundo (2ª devolução ‰) no Brasil (dez.-nov.)
20,12
20,15
Oferta média de imóveis para locações (unidades) (jan.-dez.)
5.717
6.808
Oferta média para comercialização de imóveis usados (unidades) (jan.-dez.)
5.954
7.377
Variação das ofertas de imóveis para locação (%) (jan.-dez.)
23,73
19,09
Variação das ofertas de imóveis para comercialização (%) (jan.-dez.)
12,94
23,90
Velocidade média de locações (%) (dez.-nov.)
24,07
16,78
Velocidade média de vendas de imóveis novos (%) (nov.-out.)
7,84
8,24
Preços médios dos aluguéis residenciais (Acumulado %) (jan.-dez.)
9,02
7,81
Taxa de desemprego - RMPA - Média (%) (dez.-nov.)
7,05
6,40
Recursos para construção/aquisição de imóveis no Brasil (Var.%) (jul.-jun.)
15,27
19,29
Recursos para construção/aquisição de imóveis no RS (Var.%) (jul.-jun.)
17,92
28,31
Participação do RS/BR nos recursos para construção/aquisição (%) (jul.-jun.)
5,35
5,76
IGP-M/FGV (Acumulado %) (jan.-dez.)
7,82
5,51
IPC/IEPE (Acumulado %) (jan.-dez.)
6,98
8,56
OSÓRIO - Parque Eólico
Fonte: DEE SECOVI/RS - AGADEMI; FGV; IEPE/UFRGS; DEE SINDUSCON-RS; Banco Central do Brasil; SFH, SBPE – Estatísticas Básicas; CDL/POA; SERASA EXPERIAN; Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
13
DE IMÓVEIS 5 PRODUÇÃO EM PORTO ALEGRE Com base na pesquisa sobre o Mercado Imobiliário da CII (Comissão da Indústria Imobiliária) do SINDUSCON-RS, que divulga dados sobre imóveis novos produzidos em Porto Alegre e ofertados para venda,é possível acompanhar a evolução do setor imobiliário na capital do estado. O denominado “XVI Censo do Mercado Imobiliário de Ofertas de Imóveis Novos” considera dados recolhidos em maio/2013 e divulgados em set./2013.
QUADRO Nº 4 − Evolução da distribuição da oferta dos imóveis novos nos últimos quatro anos − 2010/2011/2012/2013 Tipos
2010
2011
2012
2013
Unidades
%
Unidades
%
Unidades
%
Unidades
%
Apto. JK
0
0,00
0
0,00
28
0,33
10
0,12
Foram identificados 361 empreendimentos em 180 empresas, totalizando 8.291 unidades novas em oferta com área total de 821 mil m², sendo 644 mil m² de área privativa. Para cada empresa foram cadastradas, em média, 2,01 empreendimentos e ofertadas 46,06 unidades.
Apto. 1 Dorm.
219
3,86
202
3,07
275
3,26
316
3,81
Foram levantadas faixas de preços das unidades novas lançadas no mercado e divulgada distribuição por valor na cidade de Porto Alegre.
Casa 3 Dorm.
5.1. Ofertas de imóveis novos
Observou-se que em 2013 o incremento das unidades “em obras” foi significativo, passando de 50,30%, em maio/2012, para 69,06%, em maio/2013, mostrando forte aumento nas ofertas de imóveis para fins residenciais. Em contrapartida, os imóveis considerados “na planta” tiverem decréscimo em seu percentual, passando de 41,81% para 24,53% no mesmo período. Notou-se que as unidades com área privativa com mais de 60m² até 80m² representam o maior percentual do total ofertado para venda, 32,31%; seguido das unidades de mais de 45 m² até 60m², com 26,27% das 8.291 ofertas. Analisando-se as faixas de preço de ofertas de imóveis novos, observa-se o valor de maior percentual e incremento com 16,26% sendo o da faixa de R$ 377.827,20 até R$ 461.788,80.
14
Os quadros a seguir contêm os resultados do Censo do SINDUSCON-RS.
Apto. 2 Dorm.
2.341
41,22
3.016
45,88
3.773
44,79
3.780
45,59
Apto. 3 Dorm.
2.111
37,17
2.443
37,17
3.470
41,20
3.024
36,47
Apto. 4 Dorm.
104
1,83
108
1,64
106
1,26
137
1,65
Subtotal
4.775
84,08
5.769
87,77
7.652
90,85
7.267
87,65
Casa 2 Dorm.
93
1,64
72
1,10
53
0,63
52
0,63
316
5,56
324
4,93
192
2,28
250
3,02
Casa 4 Dorm.
88
1,55
33
0,50
24
0,28
24
0,29
Subtotal
497
8,75
429
6,53
269
3,19
326
3,93
Cobert. 1 Dorm.
4
0,07
1
0,02
1
0,01
1
0,01
Cobert. 2 Dorm.
5
0,09
4
0,06
11
0,13
20
0,24
Cobert. 3 Dorm.
42
0,74
30
0,46
28
0,33
43
0,52
Cobert. 4 Dorm.
1
0,02
1
0,02
0
0,00
0
0,00
Subtotal
52
0,92
36
0,55
40
0,47
64
0,77
Flats
0
0,00
5
0,08
2
0,02
4
0,05
Salas/Conj.
290
5,11
246
3,74
357
4,24
514
6,20
Lojas
12
0,21
29
0,44
8
0,09
15
0,18
Outros
53
0,93
59
0,90
95
1,13
101
1,22
Total
5.679
100,00
6.573
100,00
8.423
100,00
8.291
100,00
Fonte: DEE SINDUSCON-RS
GRÁFICO N° 3 − Unidades novas em ofertas à venda por estágio da obra em maio/13
Fonte: DEE SINDUSCON-RS
GARIBALDI - Vinícola
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
15
QUADRO Nº 5 − Evolução da distribuição dos imóveis novos, por faixa de valor –2010/2011/2012/2013 Valor em R$
2010
2011
2012
QUADRO Nº 6 − Histórico das ofertas de imóveis novos por área privativa das unidades
2013
Área privativa
2010
2011
2012
2013
Unidades
%
Unidades
%
Unidades
%
Unidades
%
Unidades
%
Unidades
%
Unidades
%
Unidades
%
até 125.942,40
826
15,98
577
9,38
496
6,59
183
2,41
até 45m²
1.118
19,69
917
13,95
884
10,50
993
11,98
+ 125.942,40 até 181.916,80
312
6,04
734
11,94
389
5,17
828
10,91
+ de 45 até 60m²
1.005
17,70
1.636
24,89
2.105
24,99
2.178
26,27
+ 181.916,80 até 237.891,20
836
16,18
1.173
19,08
890
11,82
1.014
13,36
+ 237.891,20 até 307.859,20
864
16,72
966
15,71
1.221
16,22
815
10,74
+ 307.859,20 até 377.827,20
626
12,11
778
12,65
1.395
18,53
982
12,94
+ 377.827,20 até 461.788,80
437
8,46
658
10,70
1.150
15,28
1.231
16,22
+ 461.788,80 até 601.724,80
573
11,09
471
7,66
807
10,72
1.028
13,55
+ 601.724,80 até 811.628,80
288
5,57
271
4,41
569
7,56
677
8,92
+ 811.628,80 até 1.091.500,80
154
2,98
188
3,06
222
2,95
263
3,47
+ 1.091.500,80 até 1.441.340,80
122
2,36
132
2,15
182
2,42
216
2,85
acima de 1.441.340,80
130
2,52
201
3,27
207
2,75
352
4,64
Subtotal
5.168
100,00
6.149
100,00
7.528
100,00
7.589
100,00
Informaram
5.168
91,00
6.149
93,55
7.528
89,06
7.589
91,53
Não Informaram
511
9,00
424
6,45
925
10,94
702
8,47
Total
5.679
100,00
6.573
100,00
8.453
100,00
8.291
100,00
Fonte: DEE SINDUSCON-RS
De acordo com o SINDUSCON-RS, a liderança da oferta de apartamentos, ocorreu nos imóveis com 2 dormitórios, sendo 40% na faixa de valor entre R$ 126 mil e R$ 238 mil. Das salas e conjuntos comerciais, 77% estão na faixa de valor entre R$ 378 mil e R$ 602 mil. A notar-se, também, a sensível queda na oferta de propriedades de preço até R$ 125 mil, aparentemente compensada pela elevação da oferta na faixa seguinte.
16
+ de 60 até 80m²
1.616
28,46
2.015
30,66
3.100
36,80
2.679
32,31
+ de 80 até 100m²
734
12,92
933
14,19
1.038
12,32
1.045
12,60
+ de 100 até 120m²
348
6,13
296
4,50
337
4,00
400
4,82
+ de 120 até 150m²
331
5,83
302
4,59
368
4,37
408
4,92
+ de 150 até 200m²
296
5,21
214
3,26
168
1,99
148
1,79
+ de 200 até 250m²
60
1,06
102
1,55
111
1,32
193
2,33
+ de 250 até 300m²
45
0,79
40
0,61
41
0,49
82
0,99
+ de 300 até 400m²
51
0,90
50
0,76
57
0,68
24
0,29
+ de 400 até 500m²
25
0,44
20
0,30
10
0,12
16
0,19
+ de 500m²
6
0,11
8
0,12
19
0,23
6
0,07
Não informado m²
44
0,77
40
0,61
185
2,20
119
1,44
Total
5.679
100,00
6.573
100,00
8.423
100,00
8.291
100,00
Fonte: DEE SINDUSCON-RS
QUADRO Nº 7 − Evolução do número de unidades em oferta por estágio da obra Ano
Estágio da Construção Concluídas
Em Obra
Na Planta
Total
Unidades
%
Unidades
%
Unidades
%
Unidades
2003
983
18,99
3.513
67,86
681
13,15
5.177
2004
1.185
18,45
4.083
63,58
1.154
17,97
6.422
2005
1.367
21,09
4.186
64,58
929
14,33
6.482
2006
1.484
27,51
2.848
52,79
1.063
19,70
5.395
2007
1.215
22,16
3.013
54,95
1.255
22,89
5.483
2008
841
12,73
3.511
53,16
2.253
34,11
6.605
2009
652
10,39
4.165
66,39
1.457
23,22
6.274
2010
407
7,17
3.475
61,19
1.797
31,64
5.679
2011
433
6,59
5.139
78,18
1.001
15,23
6.573
2012
664
7,88
4.237
50,30
3.522
41,81
8.423
2013
531
6,40
5.726
69,06
2.034
24,53
8.291
Em comparação com o ano anterior, ocorreu um decréscimo de -1,57% no total de unidades ofertadas para venda. O percentual do estágio “em obra” teve elevação, de 50,30% em maio/2012, para 69,06% em maio/2013. O estágio “na planta” teve decréscimo em seu percentual, de 41,81% para 24,53% no mesmo período. O estágio “concluídas” quase não sofreu alteração. Para o SINDUSCONRS, o desempenho do setor imobiliário apresentou mudanças significativas, exemplificando o incremento de 35% no volume de imóveis em obra e redução de 42% de imóveis na planta.
GRÁFICO N° 4 − Evolução do número de unidades em ofertas por estágio da obra
Fonte: DEE SINDUSCON-RS
Fonte: DEE SINDUSCON-RS
Entre os anos de 2008 e 2013, o comportamento das informações referentes aos estágios “em obra” e “na planta” seguiu claramente uma tendência de ordem inversa e sazonal. Na medida em que ocorre um crescimento no estágio “em obra”, existe uma queda no estágio “na planta” e o mesmo ocorre na ordem inversa no ano seguinte. Observa-se desse modo um comportamento sazonal a cada dois anos.
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013 FONTOURA XAVIER - Terra do Pinhão
17
PORTO ALEGRE - Pôr-do-sol no Guaíba
6 EMPREGO E DESEMPREGO 6.1. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED
O Informe PED é uma publicação mensal divulgada pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), órgão do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, com informações e análises sobre o mercado de trabalho na Região Metropolitana de Porto Alegre, destacando-se o desemprego, o nível de ocupação e de rendimentos.
18
Foram analisados os períodos de dez./2011 a nov./2012 e dez./2012 a nov./2013, sendo que as informações permitem avaliar que a taxa média de desemprego no primeiro período era de 7,05%, caindo para 6,40% nos últimos 12 meses. Ainda, constata-se que a mais alta taxa de desemprego foi em abr./2012, apresentando 7,8% e a mais baixa foi em out./2013, quando apresentou 6,1%.
QUADRO Nº 8 − Evolução do emprego e desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre – dez./11 a nov./13 Meses
NÚMERO DE DESEMPREGADOS
POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA
TAXA DE DESEMPREGO %
Dez./11
120.000
1.879.000
Jan./12
123.000
QUADRO Nº 9 − Relação entre PEA (População Economicamente Ativa) e a estimativa de população da RMPA (Região Metropolitana de Porto Alegre) – dez./11 a nov./13 Meses
População Economicamente Ativa
PEA/RMPA
6,4
Dez./11
1.879.000
49,80%
1.892.000
6,5
Jan./12
1.892.000
50,15%
Fev./12
132.000
1.888.000
7,0
Fev./12
1.888.000
50,04%
Mar./12
145.000
1.903.000
7,6
Mar./12
1.903.000
50,44%
Abr./12
149.000
1.904.000
7,8
Abr./12
1.904.000
50,46%
Maio/12
139.000
1.904.000
7,3
Maio/12
1.904.000
50,46%
Jun./12
137.000
1.908.000
7,2
Jun./12
1.908.000
50,57%
Jul./12
134.000
1.921.000
7,0
Jul./12
1.921.000
50,91%
Ago./12
132.000
1.915.000
6,9
Ago./12
1.915.000
50,76%
Set./12
131.000
1.901.000
6,9
Set./12
1.901.000
50,38%
Out./12
132.000
1.882.000
7,0
Out./12
1.882.000
49,88%
Nov./12
133.000
1.896.000
TAXA MÉDIA DE DESEMPREGO (Dez./11 a Nov./12)
7,0
Nov./12
1.896.000
50,25%
7,05
Dez./12
1.901.000
50,12%
Jan./13
1.913.000
50,44%
Dez./12
124.000
1.901.000
6,5
Jan./13
121.000
1.913.000
6,3
Fev./13
1.913.000
50,44%
Fev./13
119.000
1.913.000
6,2
Mar./13
1.909.000
50,33%
Mar./13
124.000
1.909.000
6,5
Abr./13
1.901.000
50,12%
Abr./13
124.000
1.901.000
6,5
Maio/13
1.906.000
50,25%
Maio/13
124.000
1.906.000
6,5
Jun./13
1.901.000
50,12%
Jun./13
125.000
1.901.000
6,6
Jul./13
1.903.000
50,17%
Jul./13
128.000
1.903.000
6,7
Ago./13
1.880.000
49,56%
Ago./13
122.000
1.880.000
6,5
Set./13
1.888.000
49,78%
Set./13
117.000
1.888.000
6,2
Out./13
1.885.000
49,70%
Out./13
115.000
1.885.000
6,1
Nov./13
1.893.000
49,91%
Nov./13
117.000
1.893.000
3.793.000
-
TAXA MÉDIA DE DESEMPREGO (Dez./12 a Nov./13) Fonte: PED/FEE Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
6,2 6,40
População RMPA 2013* Fonte: PED/FEE Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI *Estimativa da População FEE - nov./13
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
19
GRÁFICO Nº 5 − Análise da relação entre PEA (População Economicamente Ativa) e a população estimada (nov./13) para a Região Metropolitana de Porto Alegre − dez./11 a nov./13
Fonte: PED/FEE Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
6.2. Cadastro Geral de Empregados e Desempregados − CAGED
Ainda, conforme os dados do CAGED verificou-se que, no acumulado do ano de 2013 (janeiro a outubro), houve um acréscimo na ordem de 1.464.457 postos de trabalho, determinando uma expansão de 3,70% no nível de emprego quando comparamos com o estoque em dez./2012. Já nos últimos 12 meses (nov./2012 a out./2013), o aumento foi de 1.036.889 postos de trabalho, representando uma elevação de 2,59%, considerando o estoque em out./2012. No entanto, este crescimento dos últimos 12 meses foi inferior ao acumulado apenas neste ano (jan./2013 a out./2013), fato ocorrido, principalmente, em razão do saldo do mês de dez./2012 ter sido negativo em 496.944 postos de trabalho. Ainda, cabe salientar, que tradicionalmente os meses de dezembro apresentam uma sazonalidade negativa, ocasionados por alguns fatores como: entressafra agrícola, término do ciclo escolar, esgotamento da bolha de consumo no final do ano, entre outros.
GRÁFICO Nº 6 − Evolução do Nível de emprego − Brasil – out./12 a out./13
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) foi criado pelo Governo Federal, através da Lei nº 4.923/65, que instituiu o registro permanente de admissões e dispensas de empregados, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho − CLT. Este Cadastro Geral serve como base para a elaboração de estudos, pesquisas, projetos e programas ligados ao mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que subsidia a tomada de decisões para ações governamentais.
20
Dados Gerais:
Fonte: CAGED Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
No Brasil, em out./2013, foram gerados 94.893 empregos formais celetistas, correspondente ao crescimento de 0,23% em relação ao estoque do mês anterior. O resultado deste saldo teve um expressivo aumento quando comparado com o mesmo mês do ano anterior, onde o saldo foi de 66.988 positivo. O aumento do emprego em out./2013 foi oriundo da declaração de 1.841.106 admissões e de 1.746.213 desligamentos, ambos os maiores do período.
No Rio Grande do Sul, em out./2013, houve uma elevação de 9.544 postos de trabalho, ocasionando uma expansão de 0,36% comparando com o estoque do mês anterior. Essa elevação foi ocasionada pela declaração de 132.139 admissões e 122.595 desligamentos. No acumulado do ano de 2013 (janeiro a outubro), ocorreu expansão de 4,10% no nível de emprego considerando o estoque em dez./2012, equivalente a um crescimento de 106.497 postos de trabalho. Para os últimos 12 meses (nov./2012 a out./2013), o crescimento
foi de 96.333 postos de trabalho, determinando a elevação de 3,69% quando comparamos com o estoque em out./2012. Enquanto isso, na Região Metropolitana de Porto Alegre, no mês de out./2013, ocorreu uma elevação de 2.966 postos de trabalho, registrando uma elevação de apenas de 0,24% com relação ao estoque do mês anterior. Essa elevação foi ocasionada pela declaração de 60.661 admissões e 57.695 desligamentos. No acumulado do ano de 2013 (janeiro a outubro), ocorreu crescimento de 3,35% no nível de emprego quando comparamos com o estoque de dez./2012, equivalente ao acréscimo de 39.464 postos de trabalho. Atividades Imobiliárias e Condomínios Para uma análise específica do segmento, foram desagregadas as informações e avaliados os setores relacionados às atividades imobiliárias e condomínios.
GRÁFICO Nº 7 − Comparativo da taxa de variação do nível de emprego acumulada nos últimos 12 meses − nov./12 a out./13
Fonte: CAGED Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
No Brasil, em out./2013, ocorreu uma expansão de 0,70% nas atividades imobiliárias, enquanto nos condomínios houve uma variação praticamente nula de -0,04% em relação ao estoque do mês anterior.
Nos últimos 12 meses (nov./2012 a out./2013), no segmento de atividades imobiliárias, ocorreu um aumento de 6,24% nos postos de trabalho comparando com o estoque em out./2012. No período (jan./2013 a out./2013), as admissões se caracterizaram por: 58,87% das pessoas do sexo masculino, 29,70% tinham entre 18 e 24 anos (faixa etária com maior percentual), 48,33% possuíam ensino médio completo e, na média, os colaboradores foram admitidos com um salário de aproximadamente R$ 1.183,73. Já nos condomínios, no mesmo período (nov./2012 a out./2013), houve um crescimento, porém em uma forma menos acentuada, atingindo o nível de 1,46% na taxa de emprego comparando com o estoque em out./2012. As admissões no período (jan./2013 a out./2013) tiveram a seguinte distribuição: 73,53% das pessoas do sexo masculino, 30,60% tinham entre 30 e 39 anos (faixa etária com maior percentual), 38,83% possuíam ensino médio completo e, na média, os colaboradores foram admitidos com um salário de aproximadamente R$ 970,05. GRÁFICO Nº 8 − Comportamento do emprego formal, no Brasil, nos últimos 12 meses - nov./12 a out./13
Fonte: CAGED Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
No Rio Grande do Sul, em out./2013, houve uma elevação de apenas 0,27% no nível de emprego para o segmento relacionado às atividades imobiliárias. Já em relação ao segmento condomínios, houve uma redução de -0,20% em relação ao estoque de funcionários do mês anterior. PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
21
Nos últimos 12 meses (nov./2012 a out./2013), no segmento de atividades imobiliárias, ocorreu um aumento de 4,94% nos postos de trabalho considerando o estoque em out./2012. No período (jan./2013 a out./2013), as admissões foram de: 58,30% das pessoas do sexo feminino, 33,51% tinham entre 18 e 24 anos (faixa etária com maior percentual), 52,29% possuíam ensino médio completo e, na média, os colaboradores foram admitidos com um salário de aproximadamente R$ 1.101,79. Em relação aos condomínios no Rio Grande do Sul, no mesmo período (nov./2012 a out./2013), houve uma elevação, porém, em um menor ritmo, atingindo 1,17% de crescimento no nível de emprego quando comparamos com o estoque em out./2012. As admissões no período (jan./2013 a out./2013) foram provenientes de: 53,97% das pessoas do sexo masculino, 27,79% tinham entre 30 e 39 anos, seguido das pessoas entre 40 e 49 anos com 24,06%. Em torno de 38,59% possuíam ensino médio completo e, na média, os colaboradores foram admitidos com um salário em torno de R$ 779,61.
possuíam ensino médio completo e, na média, os colaboradores foram admitidos com um salário de aproximadamente R$ 1.345,01. No segmento de condomínios na capital, nos últimos 12 meses (nov./2012 a out./2013), houve um crescimento de 0,27% no nível de emprego quando comparamos com o estoque em out./2012. As admissões no período (jan./2013 a out./2013) foram provenientes de: 55,31% das pessoas do sexo masculino, 28,90% tinham entre 30 e 39 anos, seguido das pessoas entre 40 e 49 anos com 24,12%. Com relação ao grau de instrução, 38,90% possuíam ensino médio completo, enquanto 25,38% tinham apenas o ensino fundamental completo e, na média, os colaboradores foram admitidos com um salário de aproximadamente R$ 763,71.
GRÁFICO Nº 10 − Comportamento do emprego formal, em Porto Alegre, nos últimos 12 meses - nov./12 a out./13
GRÁFICO Nº 9 − Comportamento do emprego formal, no Rio Grande do Sul, nos últimos 12 meses − nov./12 a out./13
Fonte: CAGED Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
Fonte: CAGED Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
Em Porto Alegre, nos últimos 12 meses (nov./2012 a out./2013), no segmento de atividades imobiliárias, ocorreu um aumento de 4,51% nos postos de trabalho considerando o estoque de out./2012. No período (jan./2013 a out./2013), as admissões foram de: 60,42% das pessoas do sexo feminino, 30,75% tinham entre 18 e 24 anos (faixa etária com maior percentual), 55,88%
22
MARCELINO RAMOS - Ponte Ferroviária
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
23
7 SITUAÇÃO HABITACIONAL 7.1. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD (2012)
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios − PNAD investiga de forma permanente as características gerais da população. É uma fonte de dados importante para análise da situação socioeconômica do país e de identificação das características regionais. No mercado imobiliário, é de grande valia, pois permite conhecer e monitorar aspectos relevantes da situação das moradias brasileiras, bem como sua condição de ocupação e quantidade de moradores, possibilitando, assim, uma análise de seu comportamento no decorrer dos anos. Para o segmento habitação, ela mostrou-se bastante reveladora. Os domicílios por condição de ocupação subdividem-se em: próprios, alugados, cedidos e outra condição, a última quando o domicílio é ocupado em condição diferente das demais, como, por exemplo, no caso de invasão. Publicam-se, neste Panorama, as distribuições domiciliares e habitacionais, por condição de ocupação, nos níveis geográficos Brasil, Rio Grande do Sul e Região Metropolitana de Porto Alegre. Essas distribuições serão analisadas pela relevância que têm para o setor habitacional, embora o tema possa ser objeto de maiores considerações técnicas e analíticas. 7.1.1. Domicílios
Ainda em comparação com as informações da PNAD/2007, em termos absolutos, a quantidade de domicílios “próprios” no Brasil em 2012 é 13,96% maior. Na mesma base de comparação, os “alugados” foram os que mais tiveram incremento, acrescendo em 19,87% e os “cedidos” tiveram decréscimo de -17,71%. Na comparação 10 anos, feita com os dados da PNAD/2002, o crescimento domiciliar como um todo, considerando todas as condições, cresceu 30,98%. Os imóveis “próprios” cresceram 32,96%; os “alugados”, 54,12%; os “cedidos” caíram -13,19% e os sob “outra condição” -3,27%.
GRÁFICO N° 11 − Distribuição de domicílios, por condição do domicílio, no Brasil nos anos de 2002, 2007 e 2012 (em %)
Fonte: PNAD 2002/2007/2012 Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
a) Brasil b) Rio Grande do Sul De acordo com a PNAD/2012, os domicílios existentes no Brasil são 62,85 milhões, sendo 47,00 milhões de “próprios” (74,8%), 11,11 milhões de “alugados” (17,7%), 4,48 milhões de “cedidos” (7,1%) e 237 mil domicílios sob “outra condição” (0,4%). O crescimento domiciliar, considerando todas as condições, foi de 12,72% em relação à PNAD/2007.
24
Segundo a Pesquisa, os domicílios existentes no Rio Grande do Sul somaram 3,78 milhões, sendo 3,09 milhões de domicílios “próprios” (81,7%), 458 mil “alugados” (12,1%), 209 mil “cedidos” (5,5%) e 26 mil em “outra condição” (0,7%).
TERRA DE AREIA - Terra do Abacaxi
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
25
Comparando com a PNAD/2007, em termos absolutos, a quantidade de domicílios no Rio Grande do Sul em 2012 é 7,47% maior. A variação foi elevada pelos imóveis “próprios” que cresceram 11,07%. Na mesma base de comparação, os “alugados” tiveram acréscimo de 3,15%, enquanto os “cedidos” caíram -19,62% e os sob “outra condição” -23,53%. Na comparação 10 anos, feita com os dados da PNAD/2002, o crescimento domiciliar como um todo, onde se consideram todas as condições, cresceu 18,07%. Os imóveis “próprios” cresceram 22,51%; os “alugados”, 21,81%; os “cedidos” caíram -27,93% e os sob “outra condição” cresceram 62,50%.
GRÁFICO N° 12 − Distribuição de domicílios, por condição do domicílio, no Rio Grande do Sul nos anos de 2002, 2007 e 2012 (em %)
decréscimo de -5,91%, os “cedidos” decréscimo de -11,69% e os sob “outra condição” decréscimo de -8,33%. Na comparação 10 anos, feita com os dados da PNAD/2002, o crescimento domiciliar como um todo, onde se considera todas as condições, cresceu 19,34%. Os imóveis “próprios” cresceram 23,41%; os “alugados”, 14,38%; os “cedidos” caíram -18,07% e os sob “outra condição” cresceram 22,22%.
GRÁFICO N° 13 − Distribuição de domicílios, por condição do domicílio, na Região Metropolitana de Porto Alegre nos anos de 2002, 2007 e 2012 (em %)
Fonte: PNAD 2002/2007/2012 Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI Fonte: PNAD 2002/2007/2012 Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
Na RMPA, os domicílios somaram 1,41 milhão, sendo 1,16 milhão de “próprios” (82,1%), 175 mil “alugados” (12,3%), 68 mil “cedidos” (4,8%) e 11 mil sob “outra condição” (0,8%).
Em termos de comparação dos níveis geográficos estudados neste Panorama por dados relativos, a RMPA é a que possui maior percentual de domicílios “próprios”, seguida do Rio Grande do Sul. Este, com 81,7%, está 6,9 pontos percentuais acima da média nacional (74,8%). A RMPA, na mesma base de comparação, está 7,3 pontos percentuais acima da média brasileira.
Comparando com a PNAD/2007, em termos absolutos, a quantidade de domicílios na Região Metropolitana de Porto Alegre em 2012 é 7,34% maior. A variação foi elevada pelos imóveis “próprios” que no período cresceram 11,27%. Na mesma base de comparação, os “alugados” tiveram
Seguindo a tendência, o aumento no número de imóveis “próprios” diminuiu o percentual de “alugados”. O Rio Grande do Sul ficou 5,6 pontos percentuais abaixo da média nacional (17,7%) com 12,1%, enquanto que, a RMPA ficou 5,4 pontos percentuais abaixo da média nacional.
c) Região Metropolitana de Porto Alegre – RMPA
26
GRÁFICO N° 14 − Evolução dos domicílios próprios por nível geográfico (em %)
Quanto ao percentual de participação dos domicílios por condição de ocupação em cada nível geográfico, na PNAD/2002 verifica-se que a maior parte se refere a domicílios “próprios”, seguidos em ordem de proporção pelos “alugados”, pelos “cedidos” e, por último, pelos domicílios em “outra condição”. O Rio Grande do Sul e a RMPA já se destacam pela maior proporção de domicílios “próprios” e menor proporção de imóveis “alugados” ao comparar com a proporção nacional. Há uma menor proporção de domicílios “cedidos” e uma maior proporção de domicílios em “outra condição” na RMPA ao compará-la com o País e com o Rio Grande do Sul, o que ressalta as peculiaridades do mercado imobiliário da região.
Fonte: PNAD 2002/2007/2012 Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
As principais investidoras no mercado imobiliário são as famílias. E são, sem dúvida, as maiores clientes, já que algumas almejam sua primeira moradia, enquanto outras projetam a troca de seu bem em função do aumento de sua renda. O comportamento nos diferentes níveis geográficos ao longo dos anos em análise sofre pequenas oscilações.
GRÁFICO N° 16 − Distribuição de domicílios por condição de ocupação e nível geográfico no ano de 2007 (em %)
Comparando a PNAD/2012 com a PNAD/2007, o melhor desempenho foi da RMPA, que subiu de 79,2% em 2007 para 82,1% em 2012 (2,9 pontos percentuais). 7.1.2. Proporção de Domicílios GRÁFICO N° 15 − Distribuição de domicílios por condição de ocupação e nível geográfico no ano de 2002 (em %) Fonte: PNAD/2007 Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
Fonte: PNAD/2002 Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
O cenário em 2007 permaneceu em distribuição similar a 2002. Domicílios “próprios”, seguidos de “alugados”, depois “cedidos” e por último os sob “outra condição”. Começa-se a perceber o distanciamento do percentual de “alugados”. O apresentado pelo Rio Grande do Sul (12,6%) é 4,02 pontos percentuais inferior ao índice brasileiro (16,6%). Em 2002, essa diferença era de 3,30 pontos percentuais. PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
27
NOVA PETRÓPOLIS - Labirinto Verde
GRÁFICO Nº 17 − Distribuição de domicílios por condição de ocupação e nível geográfico no ano de 2012 (em %)
28
GRÁFICO Nº 18 − Diferença, em pontos percentuais, da proporção de domicílios por condição de ocupação e nível geográfico entre os anos de 2012 x 2007
Fonte: PNAD/2012 Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
Fonte: PNAD 2007/2012 Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
Nos dados da PNAD/2012 referentes à participação percentual de domicílios por condição de ocupação, confirma-se o aumento da proporção de domicílios “próprios” em todos os níveis geográficos. Em comparação à PNAD/2007, acreditase que alguns fatores possam ter facilitado esse aumento, como os incentivos governamentais quanto ao crédito imobiliário (Minha Casa Minha Vida), a estabilidade da moeda e o maior poder de barganha da população (aumento da renda). Observa-se que as diferenças percentuais não se referem ao aumento absoluto no número de domicílios (que era esperado, devido ao aumento da população), mas sim às diferenças percentuais da participação de cada tipo de imóvel na participação total, que serão analisadas no gráfico a seguir:
O comportamento dos domicílios “alugados” no Rio Grande do Sul e na RMPA seguiu uma tendência contrária à observada no Brasil. Observou-se uma diminuição na proporção de domicílios “alugados” nesses níveis geográficos e um aumento na proporção de domicílios “alugados” em nível nacional. No Rio Grande do Sul e na RMPA, o crescimento na proporção de domicílios “próprios” é mais acentuado do que no Brasil, corroborando com o comportamento dos moradores em relação à condição de ocupação, o que caracteriza o mercado imobiliário da região.
7.1.3. Quantidade de Moradores
GRÁFICO N° 19 − Distribuição de moradores, por condição do domicílio, no Brasil nos anos de 2002, 2007 e 2012 (em %)
a) Brasil A PNAD/2012 somou 196,00 milhões de moradores no Brasil, sendo 149,11 milhões em domicílios “próprios” (76,1%), 32,17 milhões em domicílios “alugados” (16,4%), 13,91 milhões em domicílios “cedidos” (7,1%) e 810 mil sob “outra condição” (0,4%). Comparando com a PNAD/2007, em termos absolutos, a quantidade de moradores no Brasil em 2012 é 4,78% maior que em 2007. Na condição imóveis “próprios”, o percentual chega a 5,34% e quando se fala em quantidade de moradores em imóveis “alugados” esse acréscimo chega a 13,82%. A quantidade de moradores em domicílios “cedidos” e sob “outra condição” caiu -14,14% e -21,59%, respectivamente. Já em relação à PNAD/2002, o número de moradores em domicílios em 2012 é 13,71% maior. Os moradores em domicílios “próprios” cresceram 14,54%, mas a quantidade de moradores na condição de locatários foi a que teve maior variação positiva, 38,24% em relação à PNAD/2002. Já a quantidade de moradores na condição “cedidos” teve decréscimo de -22,66% e a quantidade de moradores sob “outra condição”, caiu -13,18%.
QUADRO Nº 10 − Evolução na distribuição dos moradores por condição de ocupação no Brasil (em %) Anos
Condição de Ocupação do Domicílio Próprio
Alugado
Cedido
Outra condição
Total
2002
75,5%
13,5%
10,4%
0,5%
100,0%
2007
75,7%
15,1%
8,7%
0,6%
100,0%
2012
76,1%
16,4%
7,1%
0,4%
100,0%
Fonte: PNAD 2002/2007/2012 Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
Fonte: PNAD 2002/2007/2012 Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
b) Rio Grande do Sul No estado do Rio Grande do Sul são 10,79 milhões de moradores, sendo 8,91 milhões em domicílios “próprios” (82,6%), 1,20 milhão em domicílios “alugados” (11,1%), 596 mil em domicílios “cedidos” (5,5%) e 81 mil moradores sob “outra condição” (0,8%). Comparando com a PNAD/2007, em termos absolutos, a quantidade de moradores no Rio Grande do Sul em 2012 é 1,96% maior que em 2007. Em imóveis “próprios” esse percentual chega a 5,30%. Divergindo do Brasil, o Rio Grande do Sul apresentou queda na quantidade de moradores em domicílios “alugados” (-2,28%) e os moradores em domicílios “cedidos” e sob “outra condição” caíram -22,70% e -31,93%, respectivamente. Já considerando a PNAD/2002, o aumento dos moradores em 2012, considerando todas as condições, foi de 4,89%. Os moradores em domicílios “próprios” cresceram 8,03% e os “alugados”, 8,99%. Já a quantidade de moradores em propriedades cedidas teve decréscimo de -32,58%.
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
29
Na mesma base comparativa, contrariando a quantidade de moradores na condição “cedidos”, que teve forte queda, a de moradores sob “outra condição” cresceu 55,77%.
QUADRO Nº 11 − Evolução na distribuição dos moradores por condição de ocupação no Rio Grande do Sul (em %) Anos
Condição de Ocupação do Domicílio Próprio
Alugado
Cedido
Outra condição
Total
2002
80,2%
10,7%
8,6%
0,5%
100,0%
2007
80,0%
11,6%
7,3%
1,1%
100,0%
2012
82,6%
11,1%
5,5%
0,8%
100,0%
Fonte: PNAD 2002/2007/2012 Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
Comparando com a PNAD/2007, em termos absolutos, a quantidade de moradores na RMPA em 2012 é 3,28% maior que em 2007. Com imóveis“próprios” esse percentual chega a 6,82%. Acompanhando o Rio Grande do Sul e divergindo do Brasil, a RMPA apresentou queda na quantidade de moradores em domicílios “alugados” (-9,51%) e os moradores em domicílios “cedidos” e sob “outra condição” caíram -15,53% e -15,38%, respectivamente. Já considerando a PNAD/2002, o aumento dos moradores em 2012, considerando todas as condições, foi de 6,98%. Os moradores em domicílios “próprios” cresceram 9,39% e os “alugados”, 4,68%. A quantidade de moradores na condição “cedidos” teve decréscimo de -20,94%. Na mesma base comparativa, contrariando a quantidade de moradores na condição “cedidos”, que teve expressiva queda, a de moradores sob “outra condição” cresceu 10,00%.
GRÁFICO N° 20 − Distribuição de moradores, por condição do domicílio, no Rio Grande do Sul nos anos de 2002, 2007 e 2012 (em %)
QUADRO Nº 12 − Evolução na distribuição dos moradores por condição de ocupação na Região Metropolitana de Porto Alegre (em %) Anos
Condição de Ocupação do Domicílio Próprio
Alugado
Cedido
Outra condição
Total
2002
81,7%
11,3%
6,2%
0,8%
100,0%
2007
80,7%
12,7%
5,6%
1,0%
100,0%
2012
83,5%
11,1%
4,6%
0,8%
100,0%
Fonte: PNAD 2002/2007/2012 Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI Fonte: PNAD 2002/2007/2012 Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
c) Região Metropolitana de Porto Alegre A RMPA possui 4,03 milhões de moradores, sendo 3,36 milhões em domicílios “próprios” (83,5%), 447 mil moradores em domicílios “alugados” (11,1%), 185 mil em domicílios “cedidos” (4,6%) e 33 mil moradores sob “outra condição” (0,8%).
30
CARLOS BARBOSA - Festiqueijo
GRÁFICO N° 21 − Distribuição de moradores, por condição do domicílio, na Região Metropolitana de Porto Alegre nos anos de 2002, 2007 e 2012 (em %)
Fonte: PNAD 2002/2007/2012 Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
GRÁFICO Nº 22 − Evolução dos moradores em domicílios próprios por nível geográfico (em %)
Fonte: PNAD 2002/2007/2012 Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
31
Em dez anos, nota-se que os percentuais de moradores em domicílios “próprios” no Rio Grande do Sul e na RMPA estão em um patamar acima da média nacional, e também, no período, tiveram maior aumento em pontos percentuais que os apresentados no Brasil.
GRÁFICO Nº 24 − Distribuição de moradores por condição de ocupação e nível geográfico no ano de 2007 (em %)
7.1.4. Proporção de Moradores GRÁFICO Nº 23 − Distribuição de moradores por condição de ocupação e nível geográfico no ano de 2002 (em %)
Fonte: PNAD/2007 Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
Fonte: PNAD/2002 Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
Analisando os dados da PNAD/2002 referentes ao percentual de moradores por condição de domicílio, percebe-se a predominância de moradores em domicílios “próprios” em todos os níveis geográficos, seguidos pela parcela de indivíduos morando em domicílios “alugados”, e pela parcela de indivíduos morando em domicílios “cedidos” e, por último, os moradores de domicílios em “outra condição”. Porém, o Rio Grande do Sul destaca-se por ter um maior percentual de moradores em domicílios “próprios” do que o percentual nacional, sendo essa diferença ainda mais acentuada ao comparar o Brasil com a Região Metropolitana de Porto Alegre (6,2 pontos percentuais). Com relação aos moradores em domicílios “cedidos”, ocorre um comportamento inverso: possuem uma menor participação percentual no total de moradores da RMPA e no Rio Grande do Sul do que o percentual nacional. Quanto aos moradores de domicílios “alugados”, o seu percentual de participação na RMPA é maior do que no estado todo (0,6 ponto percentual), mas ambos mantêm-se abaixo do percentual nacional de moradores em domicílios “alugados” (13,5%).
32
Na PNAD/2007, verificou-se um aumento percentual nos moradores em domicílios “próprios” no Brasil quando comparado com a PNAD/2002 e uma diminuição no Rio Grande do Sul e na RMPA. Na mesma base comparativa, os moradores em domicílios “alugados”, aumentaram percentualmente em todos os níveis geográficos, tendo destaque no Brasil onde cresceram 1,61 ponto percentual passando de 13,5% em 2002 para 15,1% em 2007. Em contrapartida, os moradores na condição “cedidos” tiveram decréscimo em todos os níveis geográficos na comparação da PNAD/2007 com a PNAD/2002. GRÁFICO Nº 25 − Distribuição de moradores por condição de ocupação e nível geográfico no ano de 2012 (em %)
Fonte: PNAD/2012 Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
Nos dados da PNAD/2012, que se referem ao percentual de moradores por condição de domicílio, permanece a predominância de moradores em domicílios “próprios” em todas as regiões, seguidos em ordem pela proporção de moradores em domicílios “alugados”, “cedidos” e em “outra condição”. Porém, a diferença, em pontos percentuais, da participação de moradores nos diferentes tipos de domicílio, ao comparar com os dados da PNAD/2007, varia nos diferentes níveis geográficos, conforme evidenciado no gráfico a seguir. Ressalta-se que essa comparação não leva em conta o crescimento em números absolutos de moradores, mas sim o tamanho da proporção de moradores. Assim, não será reflexionado aqui o crescimento da população no período de cinco anos, mas sim a diferença real da participação do número de moradores em cada tipo de imóvel.
GRÁFICO Nº 26 − Diferença, em pontos percentuais, da proporção de moradores por condição de ocupação e nível geográfico entre os anos de 2012 x 2007
Fonte: PNAD 2007/2012 Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
Analisando o gráfico, verifica-se que o crescimento da proporção de moradores em domicílios “próprios”, apesar de ser verificada em todos os níveis geográficos, foi mais acentuado no Rio Grande do Sul e na RMPA do que no Brasil. Além disso, o Rio Grande do Sul e a RMPA não seguiram a tendência nacional, que indicava um aumento da proporção de moradores em domicílios “alugados”, tendo decréscimo nessa condição de ocupação. Ou seja, apesar de a quantidade de moradores ter aumentado tanto nos imóveis “próprios” quanto nos “alugados” no Brasil, no Rio Grande do Sul
e na RMPA, tanto a quantidade quanto a proporção de moradores em domicílios “alugados” diminuiu, ao passo que a proporção de moradores em domicílios “próprios” aumentou acima do nível nacional. Fazendo a leitura dos dados, verifica-se que, tanto no Rio Grande do Sul quanto na RMPA, o comportamento dos indivíduos quanto à moradia é diferenciado em relação aos demais estados da federação, ou seja, identifica-se aqui, uma maior disposição dos habitantes em adquirir habitação própria e uma menor incidência em domicílios “alugados”. 7.1.5. Média dos Moradores Analisando a PNAD/2012, nota-se que a densidade domiciliar brasileira apresentou queda nos últimos dez anos, passando da média de 3,59 moradores por domicílio em 2002 para 3,12 em 2012. Na mesma base de comparação, a densidade domiciliar do Rio Grande do Sul passou de 3,21 para 2,85. No período analisado, a média de moradores por domicílio na RMPA passou de 3,17 para 2,84. Em 2007 a densidade domiciliar do Brasil atingiu a média de 3,35, enquanto a do Rio Grande do Sul foi de 3,01 e a da Região Metropolitana de Porto Alegre, 2,95 moradores por domicílio. A proporção de domicílios com até três moradores no Brasil passou de 51,1% (PNAD/2002) para 63,5% na PNAD/2012, representando um acréscimo de mais de 15,61 milhões de domicílios. A variação do número de residências, segundo a quantidade de moradores, deu-se de forma mais expressiva nos domicílios brasileiros com um morador, que no período de 10 anos atingiu 84,25%. Fato interessante é que, a ordem crescente do número de moradores nas residências é a ordem inversa de crescimento ao longo do período. A variação para os domicílios com 2 moradores foi 75,60% (de 8,742 milhões para 15,351 milhões), para os domicílios com 3 moradores, 46,79% (de 10,954 milhões para 16,080 milhões); e para os domicílios com 4 moradores, 14,11% (de 11,304 milhões para 12,900 milhões). Nos domicílios a partir de 5 moradores, observam-se decréscimos. PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
33
QUADRO N° 13 − Domicílios particulares permanentes, pelo número de moradores, números absolutos (em mil) e participação no total, 2002-2012 Número de moradores
2012
2002
Números absolutos (em mil)
Percentual (%)
Números absolutos (em mil)
Percentual (%)
1 morador
8.489
13,51
4.607
9,69
2 moradores
15.351
24,43
8.742
18,38
3 moradores
16.080
25,59
10.954
23,03
4 moradores
12.900
20,53
11.304
23,77
5 moradores
5.900
9,39
6.237
13,11
6 moradores
2.381
3,79
2.941
6,18
7 moradores
973
1,55
1.348
2,83
8 moradores ou mais
775
1,23
1.425
3,00
Total
62.849
100,0
47.559
100,0
Fonte: PNAD 2002/2012 Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
34
No Rio Grande do Sul há uma maior proporção de moradores em domicílios “próprios” em comparação com a média nacional, evidência de que o povo gaúcho está mais arraigado à ideia de casa própria. Nacionalmente observa-se um aumento da ocupação no sistema de locação, fenômeno que pode ser explicado pela inclinação das pessoas a não se prenderem em suas cidades, permitindo-se trocar de domicilio à medida que surgem novas oportunidades de trabalho. 7.2. Situação da moradia em Porto Alegre Conforme a estimativa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, de primeiro de julho de 2013, a população residente em Porto Alegre é de 1.467.816 pessoas, ocupando a décima posição dentre os municípios brasileiros. A situação da moradia em Porto Alegre, atualizando para o ano de 2013, registrou a existência de 533.751 domicílios particulares permanentes, dos quais 89.617 (16,79%) são de domicílios alugados. Estima-se que residam em domicílios alugados aproximadamente 212.392 moradores (14,47%), com média de 2,37 moradores por domicílio, conforme o Censo 2010.
O número de moradores no Brasil cresceu 13,71% em dez anos (comparação da PNAD/2012 com a PNAD/2002), enquanto a quantidade de domicílios mais que duplicou, chegando a 30,98%. No Rio Grande do Sul, o número de moradores cresceu 4,89% e os domicílios 18,07% no período, apresentando uma diferença entre o crescimento de domicílios e o crescimento de moradores ainda maior do que a observada no Brasil. Na mesma base comparativa, na RMPA, o número de moradores aumentou em 6,98%, enquanto a quantidade de domicílios cresceu 19,34%.
Considerando-se que 13,79% da população de 1.467.816 pessoas de Porto Alegre residem em aglomerados subnormais, constata-se que esse número seria aproximadamente 202.458 moradores. Estes estariam distribuídos em 58.770 domicílios. Por este critério, em 2013, a média dos moradores residentes em aglomerados subnormais seria de 3,44 por domicílio, sendo superior à média de 2,75 moradores por domicílio, verificada na cidade formal.
Os dados expostos evidenciam as alterações que a população e seu habitat experimentaram nos recentes anos, destacando-se o aumento na quantidade de habitações superando o aumento proporcional de habitantes, um possível indicativo de que o déficit habitacional está sendo enfrentado vitoriosamente. As famílias estão optando por ter menos filhos, também contribuindo para a diminuição observada na quantidade de habitantes por domicílio.
Utilizando-se como parâmetro os dados do Censo 2010, estima-se que a população residente em 2013 na RMPA seja de 4.143.367 moradores. Os dados foram projetados utilizando-se a taxa de crescimento entre os Censos 2000/2010. O quadro a seguir, expõe a situação atualizada do setor habitacional em Porto Alegre e Região Metropolitana, em 2013.
BOM RETIRO DO SUL - Barragem Eclusa
QUADRO Nº 14 − Variáveis do setor habitacional em Porto Alegre e RMPA − 2013 Discriminação População residente − POA
2013 1.467.816
Taxa de crescimento anual da população de POA 2000/2010
0,35%
Número de domicílios particulares permanentes – POA *
533.751
Nº de domicílios alugados − POA *
89.617
Nº de moradores em domicílios alugados – POA *
212.392
Nº de moradores por domicílios − POA
2,75
Nº de moradores por domicílios alugados − POA
2,37
Nº de aglomerados subnormais − POA
108
Moradores em aglomerados subnormais – POA *
202.458
Número de domicílios em aglomerados subnormais – POA *
58.770
População residente RMPA
4.143.367
Taxa de crescimento da RMPA 2000/2010
0,79%
Défice Habitacional Aparente (projetado) – POA *
58.770
Fonte: Censo 2000/2010; PNAD/2012 Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI * Projeções com base na estimativa da população em 2013 – IBGE Obs.: Definição de Aglomerado Subnormal: cada conjunto constituído de, no mínimo, 51 unidades habitacionais carentes, em sua maioria, de serviços públicos essenciais, ocupando ou tendo ocupado, até período recente, terreno de propriedade alheia (pública ou particular) e estando dispostas, em geral, de forma desordenada e densa.
Percebe-se que, apesar do investimento do governo em programas como o Minha Casa Minha Vida, ainda cerca de 13,79% da população porto alegrense vive em aglomerados subnormais, muitos sem acesso à habitação adequada, vivendo em moradias consideradas precárias. Esse indicador aponta quão grande é o desafio a ser enfrentado quando se considera a meta colocada pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) do Governo Federal de zerar o déficit habitacional brasileiro e urbanizar o universo de assentamentos precários até 2022. PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
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NOVO HAMBURGO - Prédios históricos em Hamburgo Velho
8
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MERCADO IMOBILIÁRIO
8.1. Locação de Imóveis em Porto Alegre 8.1.1. Ofertas Nossas pesquisas são feitas por amostragem, as quais, nos últimos 12 meses (jan./2013 a dez./2013), registraram estoque médio de 6.808 unidades ofertadas para locação, incluindo todos os tipos de imóveis. No mês de dez./2013, as ofertas foram de 7.198 unidades. O comparativo, em relação ao ano anterior (jan./2012 a dez./2012), dos totais de todos os tipos de imóveis para aluguel registrou variação de 19,09%. A análise mensal detalhada da soma de todos os tipos, nos últimos 12 meses (jan./2013 a dez./2013), destacam as variações de mar./2013 com 3,04%, jun./2013 com 3,39%, ago./2013 com -3,69%, set./2013 com 3,99% e dez./2013 com 2,86%. Comparando a média mensal dos estoques dos imóveis para fins residenciais de jan./2013 a dez./2013 com a média dos estoques de imóveis de jan./2012 a dez./2012, verificou-se aumento de 21,99%. O comparativo em períodos iguais dos anos 2012 e 2011 apresentou aumento de 28,69%. No mês de dez./2013, segundo dados amostrais, estavam disponíveis para locação, em Porto Alegre, 3.689 imóveis residenciais. As ofertas para fins comerciais registraram aumento de 15,56%, comparando-se os estoques médios de jan./2013 a dez./2013, com o ano anterior (jan./2012 a dez./2012). Observa-se que, em igual período de 2012 e 2011 (janeiro a dezembro), ocorreu acréscimo na média de 22,43%, constatando-se o mês de dezembro de 2012 com 2.966 unidades e o mês de dezembro de 2011 com 2.379 unidades. No mês de dez./2013, segundo dados amostrais, estavam disponíveis para locação em Porto Alegre, 3.172 imóveis comerciais. Observou-se, no mercado de locações, em 2013, um estoque médio mensal total de 6.808 unidades (jan./2013 a dez./2013). No período, o mês que apresentou a maior variação mensal negativa foi ago./2013, com -3,69%. A maior oscilação positiva foi registrada em set./2013, quando apresentou variação de 3,99%.
QUADRO Nº 15 − Evolução do número de imóveis ofertados para locação, por tipo, em Porto Alegre – jan./13 a dez./13 TIPOS
RESIDENCIAL
COMERCIAL
OUTROS TIPOS
TOTAL
Meses
nº
Var.%
nº
Var.%
nº
Var.%
nº
Var.%
Jan./13
3.330
4,45
2.918
-1,62
232
15,42
6.480
1,97
Fev./13
3.228
-3,06
2.977
2,02
234
0,86
6.439
-0,63
Mar./13
3.339
3,44
3.041
2,15
255
8,97
6.635
3,04
Abr./13
3.370
0,93
2.988
-1,74
259
1,57
6.617
-0,27
Maio/13
3.463
2,76
2.963
-0,84
280
8,11
6.706
1,35
Jun./13
3.592
3,73
3.068
3,54
273
-2,50
6.933
3,39
Jul./13
3.638
1,28
3.047
-0,68
289
5,86
6.974
0,59
Ago./13
3.514
-3,41
2.931
-3,81
272
-5,88
6.717
-3,69
Set./13
3.603
2,53
3.079
5,05
303
11,40
6.985
3,99
Out./13
3.607
0,11
3.111
1,04
300
-0,99
7.018
0,47
Nov./13
3.596
-0,30
3.095
-0,51
307
2,33
6.998
-0,28
Dez./13
3.689
2,59
3.172
2,49
337
9,77
7.198
2,86
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI Obs.: Residenciais: Apartamentos, casas, coberturas, mobiliados e semimobiliados; Comerciais: Salas/Conjuntos, casa para comércio, lojas, prédios, pavilhões/depósitos; Outros tipos: Garagens/boxes, terrenos, peças, chácara/sítios, outros.
GRÁFICO Nº 27 − Evolução do número de imóveis ofertados para Locação, por tipo, em Porto Alegre - jan./13 a dez./13
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
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mapa 1 - Distribuição Geográfica do Total de Ofertas de Imóveis para Locação em Porto Alegre - DEZ./13
O geoprocessamento, conforme o mapa, mostra a distribuição espacial por bairro, das unidades ofertadas para aluguel, em Porto Alegre, no mês de dez./2013. A faixa de maior concentração de ofertas está nos seguintes bairros: Centro Histórico, Petrópolis, Menino Deus, Sarandi, Partenon, Rio Branco, Passo D’Areia, Floresta e Moinhos de Vento, representando 39,40% da distribuição em Porto Alegre.
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
38
Assim como no ano anterior, em 2013 constata-se novamente aumento expressivo nos estoques dos imóveis residenciais e comerciais em relação ao mesmo período do ano anterior (jan./2012 a dez./2012), variando positivamente em 21,99% e 15,56%, respectivamente. A maior variação de estoque nos últimos doze meses (jan./2013 a dez./2013) ocorreu nos imóveis “outros tipos” com 23,24%. Enquanto que, nos anos de 2012, 2011 e 2010 houve expressiva queda dos estoques médios anuais deste tipo de imóvel ofertado para locação. No que tange os residenciais, o aumento de 21,99% encontrado em 2013, ficou abaixo do percentual apresentado em 2012 com relação a 2011 com 28,69%, porém, ficou próximo a 2009, quando houve um aumento dos estoques, ocasionado pelo arrefecimento do setor, resultante da crise econômica de 2008.
QUADRO Nº 16 − Variação percentual da média anual (jan.-dez.) do número de imóveis ofertados para locação, por tipos, em Porto Alegre − 2009 a 2013 VARIAÇÃO % DA MÉDIA ANUAL TIPOS
2009
2010
2011
2012
2013
Residencial
22,78
-8,63
-9,37
28,69
21,99
Comercial
9,12
3,84
1,98
22,43
15,56
Outros Tipos
2,84
-9,62
-20,38
-9,42
23,24
Total
15,46
-3,71
-5,18
23,73
19,09
%
Mês
%
Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
QUADRO Nº 17 − Evolução % da velocidade de locações em Porto Alegre – dez./07 a nov./13 Mês
%
Mês
%
Mês
%
Mês
%
Mês
Dez./07
22,50
Jan./08
27,67
Dez./08
23,55
Jan./09
32,28
Dez./09
22,13
Jan./10
27,78
Dez./10
30,79
Dez./11
39,19
Dez./12
13,89
Jan./11
35,71
Jan./12
26,73
Jan./13
18,96
Fev./08
33,22
Fev./09
25,92
Fev./10
26,70
Fev./11
42,58
Fev./12
30,78
Fev./13
19,37
Mar./08
34,52
Abr./08
30,75
Mar./09
31,70
Abr./09
31,17
Mar./10
33,15
Mar./11
38,34
Mar./12
27,49
Mar./13
20,11
Abr./10
27,93
Abr./11
33,25
Abr./12
23,70
Abr./13
19,52
Maio/08
31,09
Maio/09
28,89
Maio/10
28,98
Maio/11
34,16
Maio/12
23,50
Maio/13
16,08
Jun./08
29,59
Jul./08
32,16
Jun./09
25,27
Jun./10
26,72
Jun./11
37,57
Jun./12
19,12
Jun./13
15,22
Jul./09
26,89
Jul./10
29,71
Jul./11
30,70
Jul./12
23,65
Jul./13
18,03
Ago./08
30,67
Ago./09
26,21
Ago./10
31,08
Ago./11
30,09
Ago./12
22,53
Ago./13
16,79
Set./08
29,08
Set./09
22,63
Set./10
29,14
Set./11
28,57
Set./12
17,19
Set./13
14,77
Out./08
30,80
Out./09
25,39
Out./10
27,27
Out./11
21,83
Out./12
16,70
Out./13
16,11
Nov./08
32,47
Nov./09
22,91
Nov./10
26,65
Nov./11
21,61
Nov./12
18,21
Nov./13
12,50
Média
30,38
Média
26,90
Média
28,10
Média
32,10
Média
24,07
Média
16,78
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
39
GRÁFICO Nº 28 − Evolução % da Velocidade de Locações em Porto Alegre − dez./07 a nov./13
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
A exemplo da apurada no ano anterior, a velocidade média anual de locações prossegue em baixa, ficando a de 2013 como a mais reduzida delas (16,78%). Aumento no estoque ofertado e/ou alguma acomodação na economia do país, podem justificar o fenômeno. 8.1.2. Preços Médios Em 2013, viu-se um mercado de locações desacelerado, pressionado pelo excesso de ofertas e pela queda na ocupação. Os preços médios dos aluguéis ofertados residenciais apresentaram variação de 7,81% nos últimos 12 meses (jan./2013 a dez./2013), sendo inferior ao mesmo período do ano anterior (jan./2012 a dez./2012), quando apresentou variação de 9,02%. No mesmo período (jan./2013 a dez./2013), os indicadores IGP-M (FGV) e IPC/IEPE (UFRGS) variaram 5,51% e 8,56%, respectivamente. O acumulado do ano 2013 só é maior que 2009 quando fechou o período com suba de 6,74%. O ano de 2011 foi o que apresentou acumulado 12 meses mais elevado para os preços dos aluguéis residenciais, chegando a 19,91%, enquanto o IGP-M no mesmo período variou 6,63%. O quadro a seguir, mostra a evolução percentual acumulada dos preços médios de alguns tipos de imóveis e a variação média mensal acumulada dos residenciais e comerciais, comparada com as variáveis econômicas.
40
SANTO ANTÔNIO DA PATRULHA - Festa Nacional da Cachaça, Sonho e Rapadura
QUADRO Nº 18 − Evolução do preço médio, em Porto Alegre, dos imóveis para locação e das variáveis econômicas – jan.-dez. – 2008/2009/2010/2011/2012/2013
QUADRO Nº 19 − Comparativo dos preços médios de oferta e de aluguéis contratados de apartamentos 1 dormitório, em Porto Alegre – jan./12 a nov./13
PREÇOS MÉDIOS ALUGUÉIS/ VARIÁVEIS
2008
2009
2010
2011
2012
2013
Aluguéis Residenciais - Acumulado 12 meses
11,41
6,74
12,46
19,91
9,02
7,81
Apartamentos: JK
13,36
8,11
9,21
20,70
9,56
14,08
1 Dormitório
13,15
8,31
12,53
24,44
6,36
2 Dormitórios
13,22
4,89
15,56
17,25
16,37
14,81
13,92
9,39
-1,25
Casas: 2 Dormitórios 3 Dormitórios
Período
Aluguéis (R$)
Aluguéis contratados/ ofertados (%)
Oferta (estoque)
Contratados
Jan./12
670,68
617,05
-8,00
10,15
Fev./12
663,70
666,13
0,37
10,11
Mar./12
669,55
678,98
1,41
37,31
-0,27
Abr./12
701,23
665,00
-5,17
-3,13
27,54
0,72
34,43
-9,23
3,91
Maio/12
694,78
681,29
-1,94
Salas/Conjuntos
12,44
19,80
33,61
32,59
11,45
6,42
Jun./12
710,42
644,12
-9,33
Lojas
28,53
33,02
15,57
33,92
38,93
4,76
Jul./12
710,54
696,15
-2,03
Garagens/Boxes
6,58
9,74
11,32
11,70
6,38
6,45
Ago./12
713,94
653,00
-8,54
IGP-M/FGV
9,81
-1,72
11,32
5,10
7,82
5,51
Set./12
718,32
653,90
-8,97
IPC/IEPE
8,19
2,93
5,92
6,63
6,98
8,56
Out./12
719,30
683,70
-4,95
Nov./12
725,85
695,63
-4,16
Dez./12
709,42
733,19
3,35
Jan./13
721,50
717,46
-0,56
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI; FGV; IEPE/UFRGS Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
De forma semelhante ao comportamento observado no ano de 2012, em 2013 o mercado de locações de imóveis manteve o ritmo desacelerado, apresentando aumento expressivo dos estoques de ofertas, resultando em nova queda na velocidade média de locação. Com as facilidades para conseguir comprar um imóvel, muitos estão deixando o mercado de aluguéis e adquirindo a casa própria. Em anos anteriores, principalmente em 2011, tivemos um aumento considerável nos aluguéis. Do ano passado para cá, vimos os preços variarem mais próximos da inflação, ou seja, tendendo a acompanhá-la. 8.1.3. Aluguéis - Comparativos dos preços de oferta com preços contratados Apartamentos de um e dois dormitório(s) – Estes tipos de imóveis residenciais são os de maior frequência, por este motivo foram selecionados para efeito de comparação dos valores dos aluguéis contratados e ofertados. O período analisado é o de jan./2012 a nov./2013, com objetivo de avaliar o comportamento evolutivo de ofertas e contratos do segmento residencial.
Fev./13
723,83
716,82
-0,97
Mar./13
747,10
742,18
-0,66
Abr./13
751,21
739,14
-1,61
Maio/13
762,00
715,08
-6,16
Jun./13
767,51
716,02
-6,71
Jul./13
774,80
743,79
-4,00
Ago./13
784,56
759,10
-3,25
Set./13
784,11
752,05
-4,09
Out./13
767,21
725,30
-5,46
Nov./13
778,77
761,93
-2,16
Média dez./12-nov./13
756,00
735,17
-2,76
Var.(%) nov./13-nov./12
7,29
9,53
-
Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
41
A média referente aos 12 meses (dez./2012 a nov./2013) dos aluguéis ofertados para apartamentos de 1 dormitório foi de R$ 756,00 e a média dos contratos novos alugados no mesmo período foi de R$ 735,17. Os preços médios dos últimos 12 meses dos aluguéis contratados para apartamento de 1 dormitório foram da ordem de -2,76% aos ofertados no mesmo período.
GRÁFICO Nº 29 − Comparativo dos preços médios contratados e ofertados, de apartamentos de 1 dormitório, em Porto Alegre – jan./12 a nov./13
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
QUADRO Nº 20 − Comparativo dos preços médios de oferta e de aluguéis contratados de apartamentos 2 dormitórios, em Porto Alegre – jan./12 a nov./13 Período
Aluguéis (R$) Oferta (estoque)
Contratados
Jan./12
968,46
950,77
-1,83
Fev./12
980,46
962,63
-1,82
Mar./12
997,20
935,96
-6,14
Abr./12
1.032,90
934,64
-9,51
Maio/12
1.029,81
844,53
-17,99
Jun./12
1.053,74
899,09
-14,68
Jul./12
1.034,53
916,24
-11,43
Ago./12
1.063,91
882,71
-17,03
Set./12
1.081,10
1.018,15
-5,82
Out./12
1.086,64
909,43
-16,31
Nov./12
1.091,18
894,36
-18,04
Dez./12
1.109,97
980,73
-11,64
Jan./13
1.121,43
1.031,56
-8,01
Fev./13
1.106,08
1.116,62
0,95
Mar./13
1.098,81
1.058,59
-3,66
Abr./13
1.096,94
962,36
-12,27
Maio/13
1.119,26
1.036,03
-7,44
Jun./13
1.132,15
1.015,52
-10,30
Jul./13
1.119,72
1.007,81
-9,99
Ago./13
1.144,25
1.072,40
-6,28
Set./13
1.158,23
987,86
-14,71
Out./13
1.153,78
1.000,98
-13,24
Nov./13
1.168,78
937,07
-19,82
Média dez./12-nov./13
1.127,45
1.017,29
-9,77
Var.(%) nov./13-nov./12
7,11
4,78
-
Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
42
Aluguéis contratados/ ofertados (%)
Nos apartamentos de 2 dormitórios, a média 12 meses (dez./2012 a nov./2013) dos aluguéis contratados foi da ordem de -9,77% inferior aos ofertados no período. Os preços médios dos últimos 12 meses para aluguéis ofertados foram de R$ 1.127,45 e dos aluguéis contratados, de R$ 1.017,29. Variações percentuais negativas elevadas oriundas da razão entre aluguéis contratados/ofertados podem estar atribuídas ao fato de que imóveis de preços mais baixos tiveram preponderância. Os preços dos apartamentos alugados (contratos novos) de 1 e 2 dormitório(s) no mês de nov./2013 oscilaram em 9,53% e 4,78%, respectivamente, quando comparados com o mesmo mês do ano anterior. Já o IGP-M/FGV, nos últimos 12 meses (dez./2012 a nov./2013), atingiu o valor de 5,60%.
GRÁFICO Nº 30 − Comparativo dos preços médios contratados e ofertados, de apartamentos de 2 dormitórios, em Porto Alegre – jan./12 a nov./13
8.1.4. Inadimplência de aluguéis Considera-se inadimplência o não pagamento do aluguel a partir de um dia após o seu vencimento. A inadimplência total do mercado de locações, incluindo imóveis residenciais, comerciais e outros, considerando-se o período de dez.−nov., de cada ano, vinha caindo até 2011 (em 2009 a média foi de 4,95%; em 2010, 4,24%; e em 2011, 3,71%). Porém, em 2012 atingiu 4,27% (dez./2011 a nov./2012) e em 2013 elevou-se ainda mais, chegando ao percentual médio de inadimplência de 4,41% (dez./2012 a nov./2013). A elevação da inadimplência pode estar associada ao fato de que, embora o mercado de trabalho tenha continuado aquecido, a alta da taxa de juros penalizou as pessoas que possuíam dívidas vinculadas a cheque especial e cartão de crédito, dificultando o pagamento destas e consequentemente de outras, incluindo os aluguéis. Nos últimos 12 meses (dez./2012 a nov./2013), o índice mais elevado foi em nov./2013, com 5,02%, e o menor foi em jan./2013, com 3,59%. Os demais meses em análise tiveram certa estabilidade, permanecendo em um intervalo de 4,19% a 4,75%. Os inquilinos com processos em ação de despejo representaram, em média, 0,67%, enquanto a média total de inadimplência no período dez./2012 a nov./2013 foi 4,41%.
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
O quadro a seguir, mostra a evolução percentual do índice de inadimplência nos aluguéis em Porto Alegre.
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
43
QUADRO Nº 21 − Evolução (%) do índice de inadimplência nos aluguéis − com e sem ação judicial de despejo − em Porto Alegre – dez./07 a nov./13 % de inquilinos com atraso nos pagamentos * Mês
C/ação
S/ação
Total
Mês
C/ação
S/ação
Total
Mês
C/ação
S/ação
Total
Dez./07
1,03
3,87
4,90
Dez./09
1,02
3,33
4,35
Dez./11
0,56
3,67
4,23
Jan./08
1,03
3,94
4,97
Jan./10
1,10
3,59
4,69
Jan./12
0,63
3,50
4,13
Fev./08
1,06
4,20
5,26
Fev./10
1,13
4,54
5,67
Fev./12
0,69
3,56
4,25
Mar./08
1,07
4,47
5,54
Mar./10
1,01
3,68
4,69
Mar./12
0,71
3,24
3,95
Abr./08
1,02
3,95
4,97
Abr./10
0,89
3,61
4,50
Abr./12
0,73
2,91
3,64
Maio/08
1,34
3,11
4,45
Maio/10
0,81
3,64
4,45
Maio/12
0,78
2,65
3,43
Jun./08
0,88
3,68
4,56
Jun./10
0,79
3,13
3,92
Jun./12
0,70
3,51
4,21
Jul./08
0,80
3,46
4,26
Jul./10
0,65
3,15
3,80
Jul./12
0,72
3,72
4,44
Ago./08
0,82
3,88
4,70
Ago./10
0,83
2,93
3,76
Ago./12
0,72
3,56
4,28
Set./08
0,79
3,44
4,23
Set./10
0,75
3,07
3,82
Set./12
0,75
4,77
5,51
Out./08
0,66
3,74
4,40
Out./10
0,78
2,79
3,57
Out./12
0,78
3,92
4,70
Nov./08
0,75
3,91
4,66
Nov./10
0,47
3,20
3,67
Nov./12
0,72
3,77
4,50
Média 12 MESES (DEZ.-NOV.)
0,94
3,80
4,74
Média 12 MESES (DEZ.-NOV.)
0,85
3,39
4,24
Média 12 MESES (DEZ.-NOV.)
0,71
3,57
4,27
Dez./08
0,84
3,71
4,55
Dez./10
0,60
2,77
3,37
Dez./12
0,75
3,85
4,60
Jan./09
0,91
3,99
4,90
Jan./11
0,70
2,84
3,54
Jan./13
0,62
2,98
3,59
Fev./09
1,10
4,33
5,43
Fev./11
0,75
2,88
3,63
Fev./13
0,74
3,90
4,65
Mar./09
1,11
4,19
5,30
Mar./11
0,59
3,29
3,88
Mar./13
0,73
3,57
4,30
Abr./09
1,13
4,08
5,21
Abr./11
0,70
3,01
3,71
Abr./13
0,72
3,49
4,21
Maio/09
1,22
4,44
5,66
Maio/11
0,66
2,82
3,48
Maio/13
0,70
3,84
4,54
Jun./09
1,20
3,93
5,13
Jun./11
0,99
2,77
3,76
Jun./13
0,54
4,21
4,75
Jul./09
1,04
3,76
4,80
Jul./11
0,69
2,78
3,47
Jul./13
0,54
3,73
4,27
Ago./09
1,15
3,51
4,66
Ago./11
0,72
3,16
3,88
Ago./13
0,58
3,61
4,19
Set./09
1,20
3,30
4,50
Set./11
0,72
3,22
3,94
Set./13
0,62
3,60
4,22
Out./09
1,03
3,72
4,75
Out./11
0,66
3,00
3,66
Out./13
0,70
3,88
4,58
Nov./09
0,95
3,50
4,45
Nov./11
0,70
3,46
4,16
Nov./13
0,75
4,27
5,02
Média 12 MESES (DEZ.-NOV.)
1,07
3,87
4,95
Média 12 MESES (DEZ.-NOV.)
0,71
3,00
3,71
Média 12 MESES (DEZ.-NOV.)
0,67
3,74
4,41
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI *Considera-se atraso nos pagamentos a partir de 1 dia
44
GRÁFICO Nº 31 − Evolução % do índice de inadimplência nos aluguéis − com e sem ação judicial de despejo em Porto Alegre − 2008 a 2013
GRÁFICO Nº 32 − Evolução da comercialização de imóveis novos em Porto Alegre nos últimos 12 meses − nov./12 a out./13
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
Fonte: DEE SINDUSCON-RS Elaboração: DEE SECOVI/RS - AGADEMI
8.2. Comercialização de imóveis em Porto Alegre
8.2.2. Comparativo da Velocidade de Vendas de Imóveis Novos - 2008 a 2013
8.2.1. Comercialização de imóveis novos em Porto Alegre Conforme os dados do SINDUSCON-RS nos últimos 12 meses (nov./2012 a out./2013), foram comercializados 5.389 imóveis. O mês de mar./2013 foi o mês no qual ocorreram as maiores vendas, com 872 unidades, sendo “salas/conjuntos” o tipo mais comercializado no mês com 408 unidades (46,79%). Com 3.218 unidades, os apartamentos de 2 e 3 dormitórios representaram 59,71% do total vendido nos últimos 12 meses. Na categoria “comerciais”, foram vendidas nos últimos 12 meses (nov./2012 a out./2013) 1.333 salas/conjuntos e 8 lojas. Das 1.333 salas comercializadas, 53,94% foram comercializadas entre os meses de março e abril. Das 8 lojas, 7 foram vendidas em abril e uma foi vendida em setembro de 2013.
A análise da comercialização de imóveis novos, em Porto Alegre, é apresentada a seguir com base nos dados da velocidade de vendas e estoques, apurados e divulgados na pesquisa mensal do SINDUSCON-RS. A velocidade de venda dos imóveis novos nos últimos 12 meses (nov./2012 a out./2013), de 8,24%, foi superior em 0,40 ponto percentual à apresentada nos 12 meses imediatamente anteriores (nov./2011 a out./2012), quando foi de 7,84%. Quando comparada ao período nov./2009 a out./2010, época em que o mercado estava aquecido e apresentou 13,96% de velocidade média de vendas, os últimos 12 meses foram inferiores em 5,72 pontos percentuais. Convém lembrar que a queda na velocidade média de vendas, de nov./2010 a out./2013, em relação ao período citado anteriormente, pode ser encarada como um ajuste de mercado, esperado após momentos de forte demanda.
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
45
LINHA NOVA - Primeira Cervejaria do Estado
As oscilações mensais da velocidade de vendas no mercado local têm demonstrado características sazonais. Nos últimos 12 meses (nov./2012 a out./2013) notou-se maior velocidade de vendas em março e abril e posteriormente, em ago./2013. Nos 12 meses imediatamente anteriores (nov./2011 a out./2012), notou-se maior velocidade de venda no segundo trimestre de 2012 (abril, maio e junho). As variações mensais, dos últimos 12 meses da velocidade de vendas, não indicam uma tendência, pois de 8,42%, em nov./2012, chegou a 3,91%, em jan./2013. Já em mar./2013 elevou-se consideravelmente para 14,04%, e em out./2013 apresentou 7,42%. O quadro a seguir, mostra a velocidade das vendas, de imóveis novos, mês a mês, em Porto Alegre, de nov./2008 a out./2013. GRÁFICO Nº 33 − Velocidade de vendas de imóveis Novos em Porto Alegre - nov./08 a out./13 – (%)
QUADRO Nº 22 − Evolução % da velocidade de vendas de imóveis novos em Porto Alegre − nov./08 a out./13 Meses
%
Meses
%
Meses
%
Meses
%
Meses
%
Nov./08
9,61
Nov./09
21,63
Nov./10
10,34
Nov./11
8,13
Nov./12
8,42
Dez./08
6,42
Dez./09
17,45
Dez./10
19,18
Dez./11
8,69
Dez./12
5,35
Jan./09
8,46
Jan./10
11,77
Jan./11
7,36
Jan./12
5,51
Jan./13
3,91
Fev./09
4,27
Fev./10
15,96
Fev./11
9,45
Fev./12
4,29
Fev./13
6,09
Mar./09
5,94
Mar./10
12,53
Mar./11
9,31
Mar./12
8,44
Mar./13
14,04
Abr./09
10,61
Abr./10
12,78
Abr./11
8,42
Abr./12
11,71
Abr./13
11,05
Maio/09
15,36
Maio/10
18,72
Maio/11
9,98
Maio/12
12,57
Maio/13
7,77
Jun./09
10,46
Jun./10
13,70
Jun./11
8,23
Jun./12
10,66
Jun./13
9,74
Jul./09
7,05
Jul./10
11,63
Jul./11
8,19
Jul./12
6,30
Jul./13
5,47
Ago./09
11,31
Ago./10
11,81
Ago./11
7,68
Ago./12
4,78
Ago./13
12,74
Set./09
13,57
Set./10
10,33
Set./11
16,30
Set./12
4,73
Set./13
6,85
Out./09
12,77
Out./10
9,16
Out./11
8,08
Out./12
8,24
Out./13
7,42
Média
9,65
Média
13,96
Média
10,21
Média
7,84
Média
8,24
Fonte: SINDUSCON-RS Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
46
Fonte: SINDUSCON-RS Nota: velocidade de vendas (relação das vendas sobre as ofertas). Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
8.2.3. Ofertas de Imóveis Usados em Porto Alegre As informações aqui contidas foram coletadas por amostragem sobre a disponibilidade de imóveis por tipo, finalidade, preços médios e bairros de Porto Alegre, fazendo-se distinção entre as vendas e as “transferências” (venda de chaves). Os dados estão expostos nos quadros que constam neste Panorama, referentes ao período de jan./2013 a dez./2013.
GRÁFICO Nº 34 − Ofertas para comercialização de imóveis usados em Porto Alegre - jan./13 a dez./13
QUADRO Nº 23 − Ofertas para comercialização de imóveis usados em Porto Alegre – jan./13 a dez./13 MESES
RESIDENCIAL
COMERCIAL
OUTROS FINS
TOTAL
Jan./13
5.355
379
469
6.203
Fev./13
5.616
395
474
6.485
Mar./13
6.031
450
516
6.997
Abr./13
6.233
455
560
7.248
Maio/13
6.343
461
574
7.378
Jun./13
6.559
468
576
7.603
Jul./13
6.479
503
590
7.572
Ago./13
6.457
469
599
7.525
Set./13
6.644
482
611
7.737
Out./13
6.726
484
623
7.833
Nov./13
6.731
463
633
7.827
Dez./13
6.960
465
693
8.118
Média 12 meses
6.345
456
577
7.377
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
No período de jan./2013 a dez./2013, a média 12 meses foi de 7.377 unidades ofertadas, apresentando crescimento de 23,90% em relação à média do período imediatamente anterior (jan./2012 a dez./2012) quando foi de 5.954 ofertas. O mês que apresentou o maior número de ofertas foi o mês de dez./2013, com 8.118 unidades, e o mês de menor oferta foi jan./2013, com 6.203 unidades, configurando expansão considerável no estoque no contexto da dinâmica do mercado de imóveis usados.
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
47
QUADRO Nº 24 − Ofertas para comercialização de imóveis usados em Porto Alegre, mês a mês – jan./13 a dez./13 TIPOS
Jan./13
Fev./13
Mar./13
Abr./13
Maio/13
Jun./13
Jul./13
Ago./13
Set./13
Out./13
Nov./13
Dez./13
RESIDENCIAIS
5.355
5.616
6.031
6.233
6.343
6.559
6.479
6.457
6.644
6.726
6.731
6.960
138
140
146
143
145
145
134
136
135
150
158
147
JK Apto. 1 dormitório
643
666
687
741
717
741
743
729
759
730
708
763
Apto. 2 dormitórios
1.521
1.570
1.707
1.733
1.760
1.865
1.825
1.829
1.855
1.888
1.850
1.898
Apto. 3 dormitórios
1.050
1.127
1.197
1.277
1.276
1.306
1.306
1.292
1.369
1.338
1.352
1.437
Apto. 4 dormitórios
56
64
65
70
68
85
84
89
85
87
78
81
Apto. 5 dormitórios
1
2
2
2
2
3
6
3
4
7
2
9
Casa 1 dormitório
14
14
16
10
11
17
18
10
10
14
14
13
Casa 2 dormitórios
218
217
226
225
242
230
203
253
230
245
256
265
Casa 3 dormitórios
710
744
795
776
832
849
828
840
869
907
926
918
Casa 4 dormitórios
258
295
311
315
320
331
336
351
352
356
360
357
Casa 5 dormitórios
71
78
75
88
95
101
99
93
96
103
110
107
Cobert. 1 dormitório
19
20
27
26
24
28
26
23
27
32
25
23
Cobert. 2 dormitórios
100
96
111
120
121
120
134
131
138
136
141
145
Cobert. 3 dormitórios
147
161
186
185
177
195
175
178
182
190
179
198
Cobert. 4 dormitórios
25
24
25
26
31
28
31
33
34
37
36
41
Cobert. 5 dormitórios
4
5
2
2
5
6
5
7
6
4
5
6
125
124
150
152
173
164
176
144
162
153
180
182
Mobiliados Semimobiliados
255
269
303
342
344
345
350
316
331
349
351
370
COMERCIAIS
379
395
450
455
461
468
503
469
482
484
463
465
Casa para comércio
33
25
39
39
42
32
42
34
34
30
29
29
Loja
52
42
62
61
54
68
67
52
56
62
57
54
Sala/Conjunto
203
218
231
226
242
251
270
255
255
254
244
246
Sala Mobiliada
7
2
6
15
8
5
6
4
5
7
5
6
Pavilhão/Depósito
23
28
30
26
28
31
31
31
40
35
39
36
Prédio
61
80
82
88
87
81
87
93
92
96
89
94
OUTROS TIPOS
469
474
516
560
574
576
590
599
611
623
633
693
Garagem/Box
36
32
31
50
33
50
33
29
30
30
31
20
Chácara/Sítio
10
11
18
13
16
18
28
23
27
29
21
26
Terreno
368
380
399
431
463
438
472
485
484
496
513
574
0
0
2
2
5
2
1
1
4
2
3
4
Flat
48
Outros
55
51
66
64
57
68
56
61
66
66
65
69
Total
6.203
6.485
6.997
7.248
7.378
7.603
7.572
7.525
7.737
7.833
7.827
8.118
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
Analisando-se as ofertas de imóveis residenciais, constatou-se que estes representaram, em dez./2013, cerca de 85,74% do total, destacando-se os apartamentos de 2 dormitórios, que chegaram a 27,27% do segmento. Seguemse os de 3 dormitórios com 20,65%. Foram apuradas as“transferências”, definidas como imóveis adquiridos por meio de financiamentos e vendidas sem alterar o contrato junto ao financiador. Em dez./2013, atingiram um total de apenas 14 unidades. A prática tende ao desaparecimento devido às facilidades que os bancos passaram a oferecer para formalizar os negócios.
mapa 2 - Distribuição Geográfica do Total de Ofertas de Imóveis USADOS em Porto Alegre - DEZ./13
Os imóveis comerciais, com participação de 5,73% do total em 2013 (dezembro), se mantiveram em patamar que pode ser considerado estável, destacando-se as salas/conjuntos, com 52,90% do segmento.
GRÁFICO Nº 35 − Participação nas ofertas de imóveis usados para venda, em Porto Alegre - dez./13
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
O mapa a seguir visualiza a distribuição espacial dos imóveis disponíveis para venda, segundo os bairros da cidade. Constata-se que apenas em oito bairros (Centro Histórico, Petrópolis, Menino Deus, Sarandi, Partenon, Jardim Itu-Sabará, Cristal e Tristeza) estão localizadas 33,59% das ofertas. Nestes bairros, segundo a amostra, encontram-se pouco mais de um terço das ofertas disponíveis para comercialização de imóveis usados da cidade de Porto Alegre. A maioria dos demais bairros forma um conjunto rarefeito de locais com reduzida oferta de imóveis usados.
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
49
Os quadros a seguir, informam os preços de ofertas para comercialização de imóveis usados.
QUADRO Nº 25 − Ofertas de imóveis usados para venda, em Porto Alegre, segundo os tipos e preços médios mensais – dez./13 TIPOS
Nº de Ofertas Total
Transfs.**
Preço (R$) *
TIPOS
Mínimo
Máximo
Médio
Nº de Ofertas Total
Transfs.**
Preço (R$) * Mínimo
Máximo
Médio
JK
147
104.000,00
159.000,00
129.973,83
Cobert. 5 dormitórios
6
***
***
***
Apto. 1 dormitório
763
2
112.000,00
245.000,00
165.502,23
Mobiliados
182
145.000,00
910.000,00
404.618,06
Apto. 2 dormitórios
1.898
6
148.000,00
380.000,00
241.759,58
Semimobiliados
370
128.000,00
926.000,00
426.705,34
Apto. 3 dormitórios
1.437
2
175.000,00
850.000,00
427.840,49
Casa para comércio
29
460.000,00
1.300.000,00
867.400,00
Apto. 4 dormitórios
81
220.000,00
1.400.000,00
604.459,68
Loja
54
197.000,00
850.000,00
435.090,91
Apto. 5 dormitórios
9
***
***
***
Sala/Conjunto
246
29.000,00
660.000,00
243.023,01
1
Casa 1 dormitório
13
***
***
***
Sala Mobiliada
6
***
***
***
Casa 2 dormitórios
265
120.000,00
520.000,00
268.875,45
Pavilhão/Depósito
36
490.000,00
2.070.000,00
1.157.521,74
Casa 3 dormitórios
918
199.000,00
1.020.000,00
532.723,26
Prédio
94
195.000,00
3.500.000,00
1.452.280,49
Casa 4 dormitórios
357
280.000,00
1.550.000,00
772.197,56
Garagem/Box
20
28.000,00
45.000,00
36.916,67
Casa 5 dormitórios
107
150.000,00
2.000.000,00
833.677,71
Chácara/Sítio
26
***
***
***
Cobert. 1 dormitório
23
215.000,00
438.000,00
307.786,67
Terrenos ****
574
55.000,00
3.200.000,00
706.187,97
Cobert. 2 dormitórios
145
270.000,00
720.000,00
450.369,17
Flat
***
***
***
Cobert. 3 dormitórios
198
450.000,00
1.320.000,00
832.556,34
Tipo Indefinido
130.000,00
1.600.000,00
662.643,10
Cobert. 4 dormitórios
41
456.000,00
1.550.000,00
923.965,52
TOTAL
3
4 69 8.118
14
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI Obs.: 1)*Não incluem transferências; item definido como imóveis usados financiados e transferidos pelo mutuário; 2)** Incluídas no total de ofertas; 3)*** Número reduzido de imóveis; 4)**** Não inclui loteamentos. 5) Preços muito abaixo ou muito acima da amostra não estão considerados conforme a metodologia utilizada na pesquisa.
Considerando-se os preços em geral, observou-se evolução percentual diferenciada entre os diversos tipos de imóveis em oferta para venda. Conforme o comparativo entre os preços de dez./2012 e dez./2013, o preço médio do metro quadrado (m²) dos apartamentos de 2 dormitórios registrou alta de 12,39%; os de 3 dormitórios subiram 13,95%; e as casas de 3 dormitórios variaram 15,69%, no que se refere aos imóveis residenciais. Nos imóveis comerciais, comparando-se dez./2012 e dez./2013, as salas/conjuntos tiveram aumento de 23,05% no valor do m² e os terrenos acréscimo de 16,39%.
50
A análise da oscilação dos dados apresentados está baseada no preço médio de oferta do m² por tipo de imóvel na cidade de Porto Alegre, conforme os anúncios divulgados na imprensa da capital, na Internet e no painel de informantes do SECOVI/RS e da AGADEMI.
QUADRO Nº 26 − Ofertas para venda de imóveis usados, R$/m², em Porto Alegre, mês a mês – dez./12 a dez./13 *Valor Médio em R$/m² TIPOS
Dez./12
Jan./13
Fev./13
Mar./13
Abr./13
Maio/13
Jun./13
Jul./13
Ago./13
Set./13
Out./13
Nov./13
Dez./13
Apto. 1 dorm.
2.855,12
2.918,20
2.963,79
2.935,56
2.950,54
2.977,42
3.008,86
3.005,13
3.064,01
3.078,89
3.056,09
3.102,92
3.163,26
Apto. 2 dorm.
2.737,48
2.753,60
2.769,71
2.797,42
2.842,30
2.898,54
2.925,84
2.938,68
2.944,20
2.983,55
3.011,60
3.050,65
3.076,60
Apto. 3 dorm.
2.937,47
2.966,87
2.991,74
3.037,53
3.045,05
3.085,41
3.139,49
3.150,21
3.228,16
3.250,35
3.240,23
3.291,23
3.347,28
Casa 3 dorm.
2.067,26
2.031,83
2.047,51
2.169,81
2.157,73
2.208,71
2.248,96
2.230,83
2.263,86
2.288,04
2.259,78
2.318,99
2.391,54
Casa 4 dorm.
2.004,00
2.061,36
2.120,17
2.236,04
2.289,53
2.208,25
2.299,75
2.225,58
2.293,80
2.322,14
2.335,06
2.338,06
2.356,14
Cobert. 3 dorm.
2.461,20
2.500,56
2.541,51
2.601,62
2.600,39
2.618,95
2.668,49
2.669,88
2.721,14
2.880,96
2.876,18
2.999,84
2.997,68
Loja
2.823,83
2.767,83
2.795,06
2.768,38
2.956,50
3.058,95
3.075,56
3.351,89
3.050,50
3.146,49
2.938,83
3.216,30
3.352,45
Sala/Conjunto
2.843,02
3.048,95
2.744,79
3.044,03
3.067,41
2.967,32
3.121,77
3.224,44
3.171,45
3.434,38
3.581,52
3.502,74
3.498,28
Terrenos**
766,41
751,59
776,29
778,83
789,66
792,28
810,06
833,39
796,26
808,00
849,83
899,62
892,01
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI. *Somente os tipos com amostragem representativa **Não incluem loteamentos
A partir dos resultados expostos no quadro acima, é possível a comparação com as ofertas para locação. Foram utilizados somente os apartamentos de 1, 2 e 3 dormitório(s), por apresentarem padrões de construção e preço de oferta mais homogêneos, possibilitando maior consistência ao índice. O resultado, para o mês de dez./2012 e dez./2013, está representado nos quadros 27 e 28. QUADRO Nº 27 − Comparativo entre a amostragem de ofertas para locação e venda de imóveis residenciais – dez./12 Preço médio ofertado (R$/m²) Tipos Apto. 1 dormitório
QUADRO Nº 28 − Comparativo entre a amostragem de ofertas para locação e venda de imóveis residenciais – dez./13
Relação %
Locação
Venda
Locações/Vendas
16,57
2.855,12
0,58
Preço médio ofertado (R$/m²) Tipos Apto. 1 dormitório
Relação %
Locação
Venda
Locações/Vendas
18,50
3.163,26
0,58
Apto. 2 dormitórios
17,43
2.737,48
0,64
Apto. 2 dormitórios
19,49
3.076,60
0,63
Apto. 3 dormitórios
20,92
2.937,47
0,71
Apto. 3 dormitórios
21,56
3.347,28
0,64
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
51
Analisando-se os quadros 27 e 28, verifica-se que a maior variação na relação entre o preço de oferta de locações e de vendas nos meses de dez./2012 e dez./2013 ocorreu no tipo apartamento de 3 dormitórios com 0,71% e 0,64%, respectivamente. Os demais se mantiveram estáveis no período estudado. Quando comparada essa relação locação/venda com dez./2008 (Quadro nº 29), nota-se que os percentuais observados há cinco anos, são bem mais dispersos do que os atuais. Conforme mencionado no Panorama 2012, tal fato pode ser atribuído ao Efeito Renda, já que o ganho dos cidadãos não acompanhou a valorização dos imóveis, que embora em 2013 esteja mais moderada que em 2012, ainda foi muito além da inflação. QUADRO Nº 29 − Comparativo entre ofertas para locação e venda de imóveis residenciais – dez./08 Preço médio ofertado (R$/m²) Tipos
Locação
Venda
Relação % Locações/Vendas
Apto. 1 dormitório
10,26
1.245,52
0,82
Apto. 2 dormitórios
10,13
1.354,89
0,75
Apto. 3 dormitórios
12,41
1.575,78
0,79
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
Dados provenientes das pesquisas do SECOVI/RS demonstram que o preço médio dos imóveis residenciais para locação aumentou 69,16% no período jan./2009 a dez./2013, enquanto o IGP-M, segundo seus números índices, variou 30,81% no mesmo período. Os imóveis residenciais para
52
comercialização tiveram seu preço acrescido em 85,68%, enquanto o INCC-M apresentou variação de 38,41%, segundo seus números índices para os últimos 60 meses (fechados em dez./2013). Inobstante o percentual de renda tenha reduzido em cinco anos, tal diminuição foi amplamente compensada pela elevação do valor dos imóveis. O que, mais uma vez, parece evidenciar quão importante é colocar a valorização das propriedades, mais o aluguel, para a devida apreciação do investimento. 8.2.4. Arrecadação do ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre – Valores e Guias de Arrecadação O ITBI é um imposto de âmbito municipal que incide diretamente sobre os negócios imobiliários. Constitui-se em variável importante para o acompanhamento da comercialização de imóveis e, por este motivo, é monitorado, mensalmente, pelo SECOVI/RS e pela AGADEMI, por meio do Departamento de Pesquisas, com informações obtidas na Secretaria Municipal da Fazenda do Município de Porto Alegre (SMF-PMPA). Analisando-se o comportamento da arrecadação nominal mensal nos últimos 12 meses (dez./2012 a nov./2013), verifica-se que foram arrecadados R$ 232.372.024,98, com acréscimo de 8,01% na comparação com o mesmo período do ano anterior (dez./2011 a nov./2012), quando foram arrecadados R$ 215.143.340,95. No total, em 2012, foram arrecadados R$ 214.181.744,79. Em 2013, até novembro, a arrecadação referente ao ITBI foi de R$ 214.910.981,28.
QUADRO Nº 30 – Arrecadação nominal do ITBI da PMPA, variação % da arrecadação e nº de guias emitidas – dez./08 a nov./13 Mês
Valor Nominal ITBI (R$)
∆%
Nº de guias de Arrecadação do ITBI
Média Guia (R$)
Mês
Valor Nominal ITBI (R$)
∆%
Nº de guias de Arrecadação do ITBI
Média Guia (R$)
Dez./08
11.461.471,92
7,91
3.532
3.245,04
Jul./11
16.144.582,03
-2,24
3.773
4.278,98
Jan./09
8.375.314,25
-26,93
2.713
3.087,10
Ago./11
18.673.192,97
15,66
3.727
5.010,25
Fev./09
6.510.995,47
-22,26
2.056
3.166,83
Set./11
17.099.150,22
-8,43
3.298
5.184,70
Mar./09
10.668.209,59
63,85
3.272
3.260,46
Out./11
15.163.370,10
-11,32
3.264
4.645,64
Abr./09
9.220.458,00
-13,57
3.082
2.991,71
Nov./11
18.065.155,20
19,14
4.195
4.306,35
Maio/09
10.897.257,00
18,19
3.228
3.375,85
Dez./10 a Nov./11
188.599.471,22
25,34
39.481
4.776,97
Jun./09
11.527.187,00
5,78
3.375
3.415,46
Dez./11
18.422.639,86
1,98
3.648
5.050,07
Jul./09
12.458.205,00
8,08
3.894
3.199,33
Jan./12
15.163.469,09
-17,69
3.077
4.928,00
Ago./09
11.458.819,00
-8,02
3.625
3.161,05
Fev./12
11.222.302,49
-25,99
2.670
4.203,11
Set./09
11.673.684,00
1,88
3.423
3.410,37
Mar./12
17.671.040,63
57,46
3.115
5.672,89
Out./09
12.673.136,00
8,56
3.472
3.650,10
Abr./12
16.065.326,57
-9,09
3.165
5.075,93
Nov./09
12.454.513,86
-1,73
3.548
3.510,29
Maio/12
15.477.563,73
-3,66
3.409
4.540,21
Dez./08 a Nov./09
129.379.251,09
2,82
39.220
3.298,81
Jun./12
19.369.038,39
25,14
3.450
5.614,21
Dez./09
14.585.662,64
17,11
3.616
4.033,65
Jul./12
20.731.622,00
7,03
3.180
6.519,38
Jan./10
9.189.619,39
-37,00
2.779
3.306,81
Ago./12
23.764.048,72
14,63
4.171
5.697,45
Fev./10
7.149.368,82
-22,20
2.229
3.207,43
Set./12
17.517.317,71
-26,29
2.563
6.834,69
Mar./10
13.703.462,55
91,67
3.497
3.918,63
Out./12
21.160.478,03
20,80
3.879
5.455,14
Abr./10
11.344.439,84
-17,21
3.017
3.760,17
Nov./12
18.578.493,73
-12,20
3.214
5.780,49
Maio/10
14.376.451,11
26,73
3.240
4.437,18
Dez./11 a Nov./12
215.143.340,95
14,07
39.541
5.441,02
Jun./10
12.704.996,80
-11,63
3.050
4.165,57
Dez./12
17.461.043,70
-6,01
3.090
5.650,82
Jul./10
13.740.288,15
8,15
3.388
4.055,58
Jan./13
16.675.442,62
-4,50
3.118
5.348,12
Ago./10
13.532.900,72
-1,51
3.384
3.999,08
Fev./13
11.580.582,07
-30,55
2.266
5.110,58
Set./10
12.521.480,48
-7,47
2.829
4.426,12
Mar./13
16.160.011,95
39,54
2.949
5.479,83
Out./10
14.375.472,12
14,81
3.342
4.301,46
Abr./13
19.816.775,37
22,63
3.502
5.658,70
Nov./10
13.241.808,06
-7,89
3.132
4.227,91
Maio/13
19.961.338,71
0,73
3.589
5.561,81
150.465.950,68
16,30
37.503
4.012,10
Jun./13
19.664.166,61
-1,49
3.340
5.887,48
Dez./10
18.014.297,19
36,04
3.338
5.396,73
Jul./13
25.317.272,00
28,75
4.189
6.043,75
Jan./11
13.108.159,75
-27,23
2.821
4.646,64
Ago./13
21.578.844,57
-14,77
3.528
6.116,45
Fev./11
10.876.347,86
-17,03
2.311
4.706,34
Set./13
20.023.436,42
-7,21
3.044
6.578,00
Mar./11
13.790.795,47
26,80
2.874
4.798,47
Out./13
24.178.214,17
20,75
3.849
6.281,69
Abr./11
15.351.226,09
11,32
3.059
5.018,38
Nov./13
19.954.896,79
-17,47
3.236
6.166,53
Maio/11
15.798.150,28
2,91
3.514
4.495,77
Dez./12 a Nov./13
232.372.024,98
8,01
39.700
5.853,20
Jun./11
16.515.044,06
4,54
3.307
4.993,97
Dez./09 a Nov./10
Fonte: SMF-PMPA Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
53
Sテグ FRANCISCO DE PAULA - Parque das Cachoeiras
54
No período analisado, os dados indicam que, no movimento do mercado de imóveis em Porto Alegre, os efeitos da crise econômica global aparentemente se fizeram sentir apenas no início de 2010, período de celebração de escrituras de vendas feitas em época de redução de ritmo de negócios. No entanto, é preciso considerar que a escrituração dos imóveis novos acontece de 24 a 36 meses, em média, após a venda efetiva.
A quantidade de guias do imposto foi de 39.541, de dez./2011 a nov./2012, e em igual período de 2013 (dez./2012 a nov./2013) atingiu 39.700, com aumento de 0,40%. A quantidade de guias praticamente permaneceu estável no período, enquanto que o valor nominal teve elevação de 8,01%. Disso, infere-se que o valor médio das transações aumentou no período citado.
Os gráficos e o quadro exteriorizam e demonstram o histórico e a curva de tendência de evolução deste importante tributo municipal.
GRÁFICO Nº 36 − Evolução total anual da arrecadação nominal do ITBI da Prefeitura Municipal de Porto Alegre – dez./08 a nov./13
Fonte: Prefeitura Municipal de Porto Alegre (PMPA) Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
GRÁFICO Nº 37 – Evolução do total anual do nº de guias do ITBI da Prefeitura Municipal de Porto Alegre – dez./08 a nov./13
Fonte: Prefeitura Municipal de Porto Alegre (PMPA) Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
55
9 CONDOMÍNIOS EM PORTO ALEGRE 9.1. Administração de Condomínios
A administração de condomínios tem destacada relevância nas atividades acompanhadas pelo SECOVI/RS − AGADEMI. Em dezembro de 2013, os registros nas entidades eram de 24.438 condomínios, sendo 13.723 em Porto Alegre e 10.715 no interior, abrangendo os 411 municípios de jurisdição do SECOVI/RS. Especula-se que 13.723 condomínios da cidade de Porto Alegre possuam 355.343 economias. Estas seriam ocupadas por aproximadamente 977.192 pessoas, ou 66,57% da população da capital. Dos 24.438 condomínios da jurisdição do SECOVI/RS − AGADEMI, 15.708 são administrados por empresas do setor, representando, 64,28%. Em Porto Alegre, dos 13.723 condomínios, 75,62% são administrados por empresas do setor, ou seja, 10.377 condomínios.
Destaca-se a rubrica “Pessoal” que apresentou os maiores gastos, 30,81% nos 12 meses e 28,99% no mês de nov./2013. A rubrica “Obras” teve participação média de 11,24% nos últimos 12 meses e em nov./2013 apresentou participação acima da média, com 16,03% das despesas. A rubrica “Segurança” continua tendo destaque entre os gastos. Nos últimos 12 meses teve participação média de 12,94% e no mês de nov./2013, teve participação de 12,58%. QUADRO Nº 31 – MÉDIA DE PARTICIPAÇÃO ACUMULADA % 12 MESES E PARTICIPAÇÃO % NOV./13, POR RUBRICA, NAS DESPESAS DOS CONDOMÍNIOS EM PORTO ALEGRE
Ainda, segundo os dados do CAGED, na atividade de Condomínios Prediais, em Porto Alegre, eram 14.099 assalariados com carteira assinada até out./2013. No mesmo período e atividade citados acima, no Rio Grande do Sul, eram 23.313 empregados enquanto no Brasil esse número foi de 550.065 assalariados.
Rubricas
Média % de participação 12 meses*
Participação Nov./13
1. Pessoal
30,81
28,99
2. Gás/Combustíveis
2,57
2,90
3. Água
11,84
10,48
9.2. Despesas dos Condomínios
4. Luz
3,71
3,28
5. Limpeza/Higiene
1,35
1,26
O condomínio tem administração basicamente escorada em seu orçamento e a seu redor giram as regras de convivência, observância das leis e o bom relacionamento entre os condôminos.
6. Elevadores
5,01
4,33
7. Seguros
0,90
0,79
8. Conservação
5,52
5,51
9. Obras
11,24
16,03
10. Diversos
14,11
13,85
11. Segurança
12,94
12,58
TOTAL DE DESPESAS
100,00
100,00
O trabalho, realizado por SECOVI/RS - AGADEMI, analisa amostra de demonstrativos de despesas mensais de condomínios residenciais e comerciais de um conjunto de bairros da Capital gaúcha e os agrupa em onze rubricas. Os índices e percentuais encontrados auxiliam síndicos e administradores a comparar a distribuição de recursos sob sua responsabilidade.
56
Avaliando-se a estrutura dos gastos no mês de nov./2013, observa-se que os percentuais de participação de cada rubrica, no total de despesas, foram semelhantes à média dos doze meses durante o ano de 2013.
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI * 12 meses: Dez./12 a Nov./13
BENTO GONÇALVES - Casa de Pedra
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
57
Observando a variação total de despesas, verifica-se que nos doze meses (dez./2012 a nov./2013) acumulou 12,81%, sendo o principal destaque positivo o mês de nov./2013, com 6,05%, seguido dos meses de jun./2013 e maio/2013, com 3,38% e 3,32%, respectivamente. As maiores variações negativas ocorreram nos meses de fev./2013 (-3,74%) e mar./2013 (-3,59%). Analisando somente o ano de 2013 observa-se o acumulado de 9,52%. Pode-se concluir que as administrações tiveram aumento considerável das despesas condominiais, especialmente no mês de nov./2013. A apuração das variações das despesas de condomínios a fim de não ter efeitos sazonais, é calculada através de média móvel.
QUADRO Nº 32 – VARIAÇÃO MENSAL % TOTAL DE DESPESAS, DEZ./12 a NOV./13, em PORTO ALEGRE Meses
Variação Mensal (%)
Dez./12
3,00
Jan./13
-0,89
Fev./13
-3,74
Mar./13
-3,59
Abr./13
2,68
Maio/13
3,32
Jun./13
3,38
Jul./13
0,61
Ago./13
0,14
Set./13
1,46
Out./13
0,15
Nov./13
12,81
% 2013(jan.-nov.)
9,52
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
58
6,05
% 12 Meses dez./12 a nov./13
9.3. Inadimplências de Pagamentos nas Quotas Condominiais 9.3.1. Inadimplência – Evolução em 2013 Pesquisa mensal, por amostragem representativa, realizada no período de dez./2012 a nov./2013 sobre atrasos nos pagamentos das quotas condominiais, apresentou média de inadimplência total de 15,61%. Comparando-se ao período imediatamente anterior (dez./2011 a nov./2012), a média foi de 13,82%. Diante disso, nos últimos 12 meses, constatou-se acréscimo de 1,79 ponto percentual. No ano de 2013 observou-se queda dos percentuais na inadimplência a partir de jul./2013, porém apresentou leve suba em nov./2013. A média do primeiro semestre (dez./2012 a maio/2013) foi 16,10% e a do segundo semestre (jun./2013 a nov./2013), 15,12%. No período analisado, o mês de maior índice de inadimplência foi em fev./2013 com 17,77% e o menor em dez./2012 com 13,18%. Estratificando-se por tipo de condomínio, a pesquisa apurou que, neste mês de nov./2013, houve menor inadimplência nos condomínios mistos, com 11,11%, tendo os comerciais registrado 11,54% e os residenciais 15,24% das unidades em atraso, enquanto em nov./2012 esses percentuais foram 16,03%, 11,56% e 17,58%, respectivamente. Os condomínios foram classificados em residenciais, comerciais e mistos. Uma vez que o critério de inadimplência depende do período a ser considerado, os quadros 33 e 34 apresentam os percentuais dos dois períodos de atraso pesquisados, em nov./2012/2013, e a participação por tipo de condomínio.
QUADRO Nº 33 − Inadimplência nos condomínios por período de atraso em Porto Alegre – nov./12 Percentual de economias em atraso em nov./12 (%) Tipo de condomínio Período de atraso
Residencial
Comercial
Misto
MÉDIA*
8,55
5,71
10,02
8,51
Até 29 dias De 30 a 60 dias
2,54
1,45
1,86
2,41
Mais de 60 dias
6,49
4,39
4,14
6,16
17,58
11,56
16,03
17,08
Total
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI *média ponderada por tipo de imóvel.
Os quadros a seguir contêm os dados do período avaliado.
QUADRO Nº 34 − Inadimplência nos condomínios por período de atraso em Porto Alegre – nov./13 Percentual de economias em atraso em nov./13 (%) Tipo de condomínio Período de atraso
quotas condominiais. No período de dez./2001 a nov./2002, o percentual médio de atrasos foi de 10,17%. A evolução posterior atingiu o ápice em 2005 (dez./2004 a nov./2005) com 13,97%. Nos anos posteriores, ficou no patamar dos 13% até 2011 (dez./2010 a nov./2011), quando apresentou leve queda. Em 2012 (dez./2011 a nov./2012), voltou a subir, apresentando média de inadimplência de 13,82%, mantendo a alta em 2013, atingindo 15,61% (dez./2012 a nov./2013), sendo o maior percentual de toda a série analisada. Nos últimos dez anos, a alta na inadimplência foi de 3,97 pontos percentuais, passando de 11,64% em 2003 (dez./2002 a nov./2003) para 15,61% em 2013 (dez./2012 a nov./2013).
QUADRO Nº 35 − Inadimplência no pagamento das taxas condominiais, em Porto Alegre, médias de dez.-nov./02/13 (%) ANO
sem ação de cobrança
Total
0,92
9,24
10,17
0,85
10,78
11,64
1,01
11,24
12,24
2005
0,90
13,07
13,97
2006
0,62
12,37
12,99
2007
0,78
12,65
13,43
2008
0,97
12,05
13,01
2009
1,07
12,41
13,48
2010
0,73
12,42
13,15
2011
0,51
12,06
12,57
2012
0,58
13,24
13,82
2013
0,27
15,34
15,61
Residencial
Comercial
Misto
MÉDIA*
2002
Até 29 dias
6,72
4,76
6,11
6,55
2003
De 30 a 60 dias
2,28
1,54
1,51
2,17
2004
Mais de 60 dias
6,24
5,24
3,49
5,95
15,24
11,54
11,11
14,68
Total
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI *média ponderada por tipo de imóvel.
9.3.2. Inadimplência – Histórico e repercussão do Novo Código Civil A repercussão do Novo Código Civil (NCC), que entrou em vigor em janeiro de 2003, foi significativa para o aumento da inadimplência das
com ação de cobrança
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
59
QUADRO Nº 36 − Inadimplência no pagamento das taxas condominiais em Porto Alegre, jan./08 a nov./13 (%) Mês/Ano
com ação de cobrança
sem ação de cobrança
Total
Mês/Ano
com ação de cobrança
sem ação de cobrança
Total
Mês/Ano
com ação de cobrança
sem ação de cobrança
Total
Jan./08
0,79
11,87
12,66
Jan./10
0,79
12,76
13,55
Jan./12
0,79
12,13
12,92
Fev./08
0,80
12,29
13,09
Fev./10
0,84
12,70
13,54
Fev./12
1,02
11,83
12,85
Mar./08
0,75
Abr./08
0,86
12,73
13,48
Mar./10
0,68
12,13
12,99
Abr./10
0,70
12,80
13,48
Mar./12
0,81
11,98
12,79
12,81
13,51
Abr./12
0,74
12,10
12,84
Maio/08
0,76
12,13
12,89
Maio/10
0,71
12,54
13,25
Maio/12
0,69
13,59
14,28
Jun./08
0,80
12,08
12,88
Jun./10
0,66
11,98
12,64
Jun./12
0,74
13,60
14,34
0,83
11,58
12,41
Jul./12
0,59
12,53
13,12
Jul./08
0,88
11,68
12,56
Jul./10
Ago./08
1,25
11,28
12,53
Ago./10
0,59
11,63
12,22
Ago./12
0,35
13,50
13,85
Set./08
1,25
11,61
12,86
Set./10
0,88
12,58
13,46
Set./12
0,25
14,86
15,11
Out./08
1,17
11,83
13,00
Out./10
0,74
11,90
12,64
Out./12
0,29
14,55
14,84
Nov./08
1,30
11,91
13,21
Nov./10
0,53
12,66
13,19
Nov./12
0,28
16,80
17,08
Dez./08
1,14
15,96
17,10
Dez./10
0,59
12,45
13,04
Dez./12
0,26
12,92
13,18
Jan./09
1,23
11,52
12,75
Jan./11
0,51
11,65
12,16
Jan./13
0,25
15,98
16,23
Fev./09
1,26
11,39
12,65
Fev./11
0,45
12,44
12,89
Fev./13
0,22
17,55
17,77
Mar./09
1,28
11,46
12,74
Mar./11
0,55
12,31
12,86
Mar./13
0,23
17,41
17,65
Abr./09
1,25
11,34
12,59
Abr./11
0,58
12,27
12,85
Abr./13
0,25
15,77
16,02
Maio/09
1,19
11,26
12,45
Maio/11
0,57
11,83
12,40
Maio/13
0,24
15,50
15,74
Jun./09
1,27
11,03
12,30
Jun./11
0,52
12,11
12,63
Jun./13
0,24
15,93
16,17
Jul./09
0,95
11,84
12,79
Jul./11
0,55
11,90
12,45
Jul./13
0,25
15,22
15,48
Ago./09
0,79
13,19
13,98
Ago./11
0,47
11,96
12,43
Ago./13
0,25
14,85
15,10
Set./09
0,85
14,02
14,87
Set./11
0,44
11,88
12,32
Set./13
0,35
14,71
15,06
Out./09
0,81
13,00
13,81
Out./11
0,41
11,69
12,10
Out./13
0,36
13,86
14,22
0,48
12,20
12,68
Nov./13
0,34
14,34
14,68
0,37
11,45
11,82
Dez./13
*
*
*
Nov./09
0,81
12,95
13,76
Nov./11
Dez./09
0,84
13,10
13,94
Dez./11
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI *Dados em apuração
Analisando-se a inadimplência do pagamento das quotas condominiais com ação de cobrança judicial, no período de 2008 a 2013, verifica-se que a inadimplência com ação de cobrança das quotas atrasadas era de 0,79% em jan./2008, passando para 0,34% em nov./2013. Observa-se que, no período, foram nos meses de nov./2008 com 1,30% e mar./2009 com 1,28%, quando ocorreram os maiores
60
CANELA - Parque Temático Mundo a Vapor
aumentos percentuais das ações de cobrança judicial. Entretanto, em 2013 verificou-se expressiva queda deste tipo de ação, em fev./2013 chegou a 0,22%, representando o menor patamar em ações de cobrança de toda a série, iniciada em jan./1999. As quotas condominiais sem ação de cobrança tiveram comportamento evolutivo semelhante ao total de inadimplentes, porque representam, aproximadamente 99% dos atrasos de pagamentos dos últimos 12 meses (dez./2012 a nov./2013). Parece óbvio, portanto, que o condômino inadimplente continua preferindo liquidar prioritariamente dívidas com maiores encargos, mas tem o cuidado de não atrasar tanto, de modo que a cobrança não caia na esfera judicial.
9.4. Distribuição Geográfica dos Condomínios em Porto Alegre: 2013
Considerando a relevância do tema condomínios, o SECOVI/RS e a AGADEMI prosseguiram com a técnica de geoprocessamento para conhecer a distribuição geográfica dos condomínios. Dos 13.723 condomínios de Porto Alegre, 9.404 (68,53%) são do tipo residencial, 533 (3,88%) são condomínios comerciais, 807 (5,88%) são condomínios mistos, e 2.979 (21,71%) não tiveram seu tipo informado. A seguir o quadro e os mapas, por bairro, referentes à dez./2013.
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
61
QUADRO Nº 37 − Distribuição Geográfica dos Condomínios em Porto Alegre - dez./13 Bairros
62
N° Condomínios N° Condomínios N° Condomínios (Residenciais) (Comerciais) (Mistos)
N° Condomínios (Totais) *
Bairros
N° Condomínios N° Condomínios N° Condomínios (Residenciais) (Comerciais) (Mistos)
N° Condomínios (Totais) *
Petrópolis
989
55
36
1.420
Boa Vista
92
9
3
153
Centro Histórico
725
105
112
1.068
São Sebastião
118
0
0
135
Jardim Lindóia
72
1
2
126
Rio Branco
559
41
37
795
Menino Deus
571
22
35
759
Medianeira
90
1
10
121
Santana
462
8
37
600
Cavalhada
67
3
7
116
Auxiliadora
282
29
14
430
Santa Tereza
65
1
3
95
Cidade Baixa
321
15
49
430
Chácara das Pedras
48
2
3
88
Floresta
264
38
52
420
Teresópolis
50
4
9
87
Mon’t Serrat
281
4
5
404
Navegantes
48
8
18
86
Passo D’Areia
228
16
24
373
Camaquã
55
2
1
81
São João
249
13
27
364
Bom Jesus
56
2
6
79
Bela Vista
234
2
4
358
Praia de Belas
56
4
3
79
Partenon
237
3
21
350
Ipanema
36
1
3
66
Moinhos de Vento
238
36
7
335
Jardim do Salso
57
0
0
66
Bom Fim
265
10
11
318
Três Figueiras
35
3
3
63
Azenha
211
12
39
308
Nonoai
38
4
4
62
Higienópolis
204
5
3
277
Restinga
47
1
2
62
Jardim Botânico
192
5
5
264
Jardim São Pedro
41
1
6
60
Cristo Redentor
177
7
22
262
Vila Jardim
32
2
6
51
São Geraldo
127
10
52
237
Glória
28
0
3
44
Independência
184
8
15
233
Santa Maria Goretti
29
2
6
42
Santa Cecília
157
4
16
204
Farroupilha
31
3
1
40
Tristeza
92
5
9
197
Humaitá
25
0
3
40
Jardim Itu-Sabará
107
0
7
194
Vila Nova
23
0
0
39
Vila Ipiranga
125
0
9
186
Vila Assunção
19
0
0
29
Santo Antônio
129
0
18
178
São José
20
0
1
27
Protásio Alves
115
2
3
165
Jardim Carvalho
15
0
3
22
Rubem Berta
99
1
7
155
Aberta Dos Morros
8
2
0
21
Sarandi
90
9
15
155
Cel. Aparício Borges
13
0
0
19
Cristal
112
5
4
154
Vila João Pessoa
13
0
0
18
QUADRO Nº 37 − CONTINUAÇÃO Bairros
N° Condomínios N° Condomínios N° Condomínios (Residenciais) (Comerciais) (Mistos)
N° Condomínios (Totais) *
Agronomia
5
0
1
13
Guarujá
9
0
0
13
Espírito Santo
3
4
1
11
Hípica
4
0
1
11
Vila Floresta
10
0
0
11
Pedra Redonda
4
0
0
9
Chapéu do Sol
3
0
0
7
Passo das Pedras
3
1
1
7
Vila Conceição
2
0
0
7
Belém Novo
0
1
0
6
Cascata
1
1
0
3
Lomba do Pinheiro
2
0
0
3
Marcílio Dias
1
0
0
3
Belém Velho
0
0
1
2
Farrapos
2
0
0
2
Anchieta
0
0
1
1
Arquipélago
1
0
0
1
Lami
1
0
0
1
Mário Quintana
0
0
0
1
Serraria
0
0
0
1
Total
9.404
533
807
13.723
Fonte: TI SECOVI/RS − AGADEMI *O número de condomínios totais é superior à soma dos tipos, pois nem todos os condomínios tiveram seu tipo informado.
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
63
mapa 3 - Distribuição Geográfica do Total DE condomínios em Porto Alegre - DEZ./13
Examinando-se a distribuição geográfica dos mapas do total dos condomínios em Porto Alegre, referentes à dez./2013, constata-se que, entre as faixas de distribuição, a maior concentração está na de 400 a 1.500 condomínios, sendo que 46,10% estão localizados nos bairros Petrópolis, Centro Histórico, Rio Branco, Menino Deus, Santana, Auxiliadora, Cidade Baixa, Floresta e Mon’t Serrat. Classificando-se os condomínios quantitativamente, quanto à localização, por bairro, verifica-se que acima de 200, representam 74,39% (10.209). São eles: Petrópolis, Centro Histórico, Rio Branco, Menino Deus, Santana, Auxiliadora, Cidade Baixa, Floresta, Mon’t Serrat, Passo D’Areia, São João, Bela Vista, Partenon, Moinhos de Vento, Bom Fim, Azenha, Higienópolis, Jardim Botânico, Cristo Redentor, São Geraldo, Independência e Santa Cecília.
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
64
mapa 4 - Distribuição Geográfica dos condomínios residenciais em Porto Alegre - DEZ./13
Dos 13.723 condomínios totais existentes em Porto Alegre, 9.404 são residenciais, representando 68,53%. Por apresentarem grande percentual dos condomínios totais, os condomínios residenciais possuem distribuição geográfica semelhante. Verifica-se forte concentração de 50,18% na faixa entre 250 a 1.000, que estão localizados nos bairros Petrópolis, Centro Histórico, Menino Deus, Rio Branco, Santana, Cidade Baixa, Auxiliadora, Mon’t Serrat, Bom Fim e Floresta.
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
65
mapa 5 - Distribuição Geográfica dos condomínios COMERCIAIS em Porto Alegre - DEZ./13
Porto Alegre tem 13.723 condomínios, 533 deles são sabidamente comerciais e representariam 3,88%. Eles distribuem-se mais fortemente no Centro Histórico, com 19,70%. Outros 41,46% espalham-se pelos bairros Petrópolis, Rio Branco, Floresta, Moinhos de Vento, Auxiliadora e Menino Deus. Os restantes se dispersam por outros bairros em menor quantidade.
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
66
mapa 6 - Distribuição Geográfica dos condomínios MISTOS em Porto Alegre - DEZ./13
Dos 13.723 condomínios totais existentes em Porto Alegre, 807 são mistos, representando 5,88%. Verifica-se forte concentração de 13,88% no bairro Centro Histórico, 18,96% distribuídos entre os bairros Floresta, São Geraldo e Cidade Baixa (faixa de 40 a 79) e outros 34,45% distribuídos entre bairros da faixa de 20 a 39 condomínios, dos quais se destacam os bairros Azenha, Rio Branco, Santana, Petrópolis e Menino Deus.
Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
67
BOM PRINCÍPIO - Parque Municipal do Morangão
68
IMOBILIÁRIO 10 ONOMERCADO CONTEXTO ECONÔMICO
DO QUINQUÊNIO 2009/2013
O SECOVI/RS e a AGADEMI acompanham, mensalmente, as principais variáveis do mercado imobiliário principalmente no que se refere aos quantitativos de ofertas para locações e preços, comercialização de imóveis usados, despesas de condomínios, inadimplências de aluguéis e condomínios. Realizam, também, comparativos com os indicativos macroeconômicos em níveis regionais e nacionais, inclusive de inflação. Neste Panorama, acrescentouse avaliação sobre a variação do comportamento do mercado e o reflexo, sobre ele, das crises econômicas internacionais. No exterior, a crise que ainda percorre a Europa influenciou também o mercado de imóveis. Porém, segundo dados da Cushman & Wakefield (C&W), investidores continuam dispostos a adquirir imóveis em mercados mais estáveis como França, Alemanha e Reino Unido. E ainda, há aqueles que em busca de oportunidades melhores, admitem estarem prontos para assumirem maiores riscos noutros mercados do continente. Esse momento delicado pelo qual passa boa parte da Europa atraiu muitos investidores brasileiros do mercado imobiliário, assim como ocorreu em 2008 com a crise americana. Porém, de acordo com estudos, apesar da crescente procura por imóveis em países da Europa, a preferência dos investidores brasileiros para este tipo de investimento ainda continua sendo os Estados Unidos. No quinquênio, o percentual de crédito imobiliário em relação ao PIB elevou-se em 5,4 p.p.. Segundo dados do Banco Central, esse percentual em jun./2013 era de 7,5%, enquanto em 2008 era de 2,1% (dados de junho, segundo a Infomoney). Como esse percentual ainda é considerado pequeno, quando comparado a grandes potências mundiais, significa que ainda há um grande espaço para crescimento, informação importante para quem deseja investir no segmento.
Todo investimento, tanto no mercado externo quanto interno deve ser analisado cautelosamente, considerando suas peculiaridades. No Brasil, nos últimos anos, investimentos em imóveis tiveram ótimos resultados. Embora a valorização dos residenciais em 2013 tenha desacelerado com relação a 2012, os imóveis ainda continuam atraentes, superando muitas outras opções de investimento. Com a população brasileira crescendo e com o declínio do número de habitantes por domicílio, fatores identificados na PNAD/2012, relacionados ao fato de que, ainda que não de preferência universal, uma das aspirações do brasileiro é comprar a casa própria, o mercado é próspero. Como ressaltado no Panorama 2012, a habitação ao longo dos anos, não aparece exclusivamente como fator de qualidade de vida, mas passa a ganhar cada vez mais espaço no mundo dos negócios. No mercado da capital do Rio Grande do Sul, nos últimos 5 anos a Prefeitura Municipal de Porto Alegre (PMPA) emitiu 195.315 guias de ITBI representando a quantidade de transações feitas no período. No mesmo período, o SINDUSCONRS levantou a venda de 24.604 imóveis novos. Apesar de que se sabe que o imóvel novo vendido acaba sendo escriturado 2 a 3 anos posteriormente a data da venda, assumindo-se que estamos trabalhando com médias, poderíamos chegar às seguintes conclusões: • Nos últimos 5 anos, a média de negócios imobiliários anuais em Porto Alegre foi de 39.063; • Imóveis novos vendidos tiveram a média anual de 4.920 imóveis; • Do total de guias, isto é, das vendas, pode-se inferir que 12,60% representam imóveis novos/lançamentos. PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
69
GRAVATAÍ - A bromélia é a flor símbolo da cidade
NO 11 INADIMPLÊNCIAS BIÊNIO 2012/2013
70
Com relação à inadimplência em Porto Alegre, em 2013, houve aumento no patamar da inadimplência para aluguéis (da média de 4.27% em 2012 para 4,41% em 2013) e aumento no patamar para condomínios (da média de 13,82% em 2012 para 15,61% em 2013). As comparações acima citadas referem-se ao período dez./2012 a nov./2013 versus o mesmo período do ano anterior, dez./2011 a nov./2012.
Para a inadimplência do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), a comparação com os demais resultados ficou impossibilitada em função de informações mais atuais estarem ainda num período de apuração. Nos últimos 12 meses disponíveis (jul./2012 a jun./2013), a média da inadimplência do SFH foi 4,07%, enquanto no período anterior (jul./2011 a jun./2012) era de 5,27%.
No mesmo período, observamos uma certa estabilidade tanto na inadimplência do comércio de Porto Alegre (média de 12,74% em 2012 para 12,99% em 2013) como nos cheques sem fundo no Brasil (média de 20,12% em 2012 para 20,15% em 2013).
O quadro permite a análise detalhada, mês a mês, das variações de indicadores específicos do ramo imobiliário, ou a ele correlacionados, nos últimos 24 meses.
QUADRO N° 38 - Evolução de variáveis do mercado imobiliário em Porto Alegre e cheques sem fundo no Brasil – dez./11 a nov./13 Variação (%) Meses
Taxa de Desemprego
Velocidade de Locações
Velocidade de Vendas Imóveis Novos
Inadimplência de Condomínios
Inadimplência de Aluguéis
Inadimplência do Comércio**
Inadimplência do SFH
Cheques sem fundo***
ITBI
Dez./11
6,4
39,19
8,69
11,82
4,23
9,1
5,36
19,92
1,98
Jan./12
6,5
26,73
5,51
12,92
4,13
10,7
5,09
19,31
-17,69
Fev./12
7,0
30,78
4,29
12,85
4,25
13,1
5,06
20,02
-25,99
Mar./12
7,6
27,49
8,44
12,79
3,95
14,1
4,93
21,88
57,46
Abr./12
7,8
23,70
11,71
12,84
3,64
11,5
4,81
20,81
-9,09
Maio/12
7,3
23,50
12,57
14,28
3,43
16,1
4,69
21,98
-3,66
Jun./12
7,2
19,12
10,66
14,34
4,21
10,9
4,56
20,17
25,14
Jul./12
7,0
23,65
6,30
13,12
4,44
13,9
4,42
19,96
7,03
Ago./12
6,9
22,53
4,78
13,85
4,28
10,8
4,25
19,66
14,63
Set./12
6,9
17,19
4,73
15,11
5,51
13,4
4,42
18,69
-26,29
Out./12
7,0
16,70
8,24
14,84
4,70
14,3
4,29
19,36
20,80
Nov./12
7,0
18,21
8,42
17,08
4,50
15,1
4,18
19,63
-12,20
Dez./12
6,5
13,89
5,35
13,18
4,60
11,8
4,03
20,45
-6,01
Jan./13
6,3
18,96
3,91
16,23
3,59
12,8
3,97
20,18
-4,50
Fev./13
6,2
19,37
6,09
17,77
4,65
13,8
4,00
19,00
-30,55
Mar./13
6,5
20,11
14,04
17,65
4,30
13,1
3,97
23,58
39,54
Abr./13
6,5
19,52
11,05
16,02
4,21
13,7
3,88
20,86
22,63
Maio/13
6,5
16,08
7,77
15,74
4,54
13,3
3,80
21,54
0,73
Jun./13
6,6
15,22
9,74
16,17
4,75
13,0
3,60
19,44
-1,49
Jul./13
6,7
18,03
5,47
15,48
4,27
13,9
*
20,26
28,75
Ago./13
6,5
16,79
12,74
15,10
4,19
13,5
*
18,74
-14,77
Set./13
6,2
14,77
6,85
15,06
4,22
11,9
*
18,11
-7,21
Out./13
6,1
16,11
7,42
14,22
4,58
12,3
*
19,62
20,75
Nov./13
6,2
12,50
*
14,68
5,02
12,7
*
20,04
-17,47
Fonte: FEE, SECOVI/RS-AGADEMI, SERASA EXPERIAN, CDL/POA, Prefeitura Municipal de Porto Alegre (PMPA), BACEN, DEE SINDUSCON-RS Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI * Dados em apuração ** Segundo a CDL/POA, refere-se à inadimplência do comércio, bancos e financeiras *** Compensado por mil
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
71
12
ESTUDOS ESPECIAIS
GRÁFICO N° 38 – Pergunta: Quais os motivos de ter aumentado tão significativamente as ofertas de imóveis mobiliados e semimobiliados?
O exame dos dados dos últimos anos permite enfoques especiais sobre o que aqui está compilado. Destacamos cinco análises por parecerem particularmente oportunas. 12.1. Imóveis residenciais mobiliados e semimobiliados O expressivo aumento na oferta ocorrido nos últimos cinco anos de imóveis residenciais mobiliados e semimobiliados identificados nas pesquisas do SECOVI/ RS, mereceu o interesse de entender tal fenômeno que acontece no mercado imobiliário. Procuramos encontrar respostas para algumas questões como: na visão das imobiliárias, porque se aumentou tanto o número destes tipos de imóveis? Há um perfil específico que procura por estes tipos de imóveis? É mais difícil locar ou vender um imóvel com tais características? No futuro, como se comportarão estes tipos de imóveis? Com o intuito de sanar tais dúvidas, implementamos uma pesquisa junto às empresas que operam em locação e compra e venda. Para tanto, preparamos um questionário de forma on-line para que as imobiliárias respondessem, visando assim obtermos as respostas sobre o tema proposto. A seguir, os resultados.
Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
Por possuir características específicas, indaga-se se a negociação deste tipo de imóvel seria mais fácil ou mais difícil. E o resultado obtido foi que 66,7% dos respondentes acreditam ser mais difícil negociar um imóvel com mobília em relação aos imóveis sem mobília. Já 20,0% dos participantes da pesquisa acreditam ter o mesmo grau de dificuldade.
GRÁFICO N° 39 – Pergunta: E como o Sr(a). avalia o grau de dificuldade para negociar um imóvel mobiliado ou semimobiliado?
Quando questionados sobre quais os motivos que levaram ao aumento na oferta para locação ou venda dos imóveis mobiliados ou semimobiliados, 63,3% dos respondentes afirmaram que “os móveis foram feitos sob medida, dificultando levá-los para outro imóvel”.A segunda opção mais assinalada foi“buscar um público específico que procura imóveis com mobília” com 36,7%.
Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
72
O público que normalmente procura este tipo de imóvel também foi analisado, vindo a mostrar características bastante particulares. A pesquisa apresentou que o principal público a procurar imóveis com as características mobiliadas ou semimobiliadas são as “pessoas que pretendem ficar uma temporada na cidade”, com 66,7% das respostas do estudo. Em seguida, apontaram os “Estudantes/ Universitários” com 56,7% e os “casais em processo de separação em função da divisão de bens” com 36,7%. GRÁFICO N° 40 – Pergunta: O Sr(a). identifica o público que mais procura por estes tipos de imóveis?
Conclui-se que alugar ou vender um imóvel mobiliado ou semimobiliado fica mais difícil do que se estivesse completamente vazio. No que concerne à locação, tais inquilinos preferem alugar por temporada. Estudantes/Universitários e casais que se separam também o preferem. A venda de imóvel mobiliado ou semimobiliado é mais demorada porque na maior parte das vezes o comprador já tem os seus móveis ou prefere escolhê-los ao seu gosto. 12.2. Estudo sobre Financiamento Imobiliário - Caixa Econômica Federal A Caixa Econômica Federal, segundo a Associação Brasileira de Bancos e o Brasil Econômico (01/11/2013), é a maior Instituição do sistema financeiro quando o assunto envolve crédito imobiliário, tendo 55% de sua carteira voltada para a habitação. O valor de saldo da carteira imobiliária da Instituição na data citada pela fonte correspondia a 69% do mercado.
Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
Finalizando a pesquisa, questionamos se os imóveis com mobília continuarão crescendo no futuro. E o resultado foi que 56,7% dos respondentes acreditam que no futuro os imóveis mobiliados e semimobiliados crescerão na mesma proporção que os demais imóveis, determinando assim uma equiparação com os demais preços praticados no mercado. GRÁFICO N° 41– Pergunta: O Sr(a). acredita que mudará o cenário para as ofertas deste tipo de imóvel no futuro?
Devido à grande representatividade, pode-se fazer uma análise consistente do comportamento do financiamento imobiliário nacional com os dados da Instituição. Com o intuito de contribuir para um aprofundamento do tema “financiamentos imobiliários e perfis dos mutuários”, assunto importante no mercado imobiliário, a Caixa Econômica Federal, forneceu gentilmente seus dados, para que pudéssemos divulgar em nosso Panorama. Os dados extraídos correspondem aos financiamentos nos últimos 5 anos no Brasil, na Região Sul e no Rio Grande do Sul. QUADRO N° 39 – Valores Contratados (recursos aplicados), nos níveis geográficos estudados - 2009 a 2013* (em mil reais) Ano 2009
Ano 2010
Ano 2011
Ano 2012
Ano 2013*
R$ (em mil)
R$ (em mil)
R$ (em mil)
R$ (em mil)
R$ (em mil)
47.053.494
75.929.408
77.402.703
106.196.283
100.625.217
Região Sul
8.896.634
13.554.955
15.172.383
19.837.686
19.340.506
Rio Grande do Sul
3.609.589
5.601.011
5.687.067
7.290.730
6.730.290
Brasil
Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
*Posição de 30/09/13 - ano incompleto Fonte: Caixa Econômica Federal
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
73
Em uma análise geral, já se percebe que o crescimento dos valores contratados de 2010 para 2011 foi bem inferior aos identificados nos demais períodos. Tal condição procede nos três níveis geográficos estudados, sendo o Rio Grande do Sul o nível de menor crescimento, com apenas 1,54%.
QUADRO N° 40 – Financiamentos assinados (famílias beneficiadas), nos níveis geográficos estudados - 2009 a 2013* Ano 2009
Ano 2010
Ano 2011
Ano 2012
Ano 2013*
Quantidade
Quantidade
Quantidade
Quantidade
Quantidade
Brasil
896.745
1.231.509
1.057.675
1.229.492
1.412.231
Região Sul
139.782
185.512
233.228
253.840
289.413
Rio Grande do Sul
51.509
71.633
89.602
97.800
101.724
reais em financiamentos imobiliários. Com relação aos financiamentos assinados (quantidade de contratos assinados), no ano de 2012 foram assinados mais de 1,2 milhão de contratos, enquanto em 2011 essa quantidade correspondia a pouco mais de 1,0 milhão de contratos, assinalando um aumento de 16,24%. GRÁFICO N° 42 – Valores contratados (recursos aplicados) pela Caixa Econômica Federal, nos anos de 2009, 2010, 2011, 2012 e expectativa para 2013
*Posição de 30/09/13 - ano incompleto Fonte: Caixa Econômica Federal
Já nos financiamentos assinados, em 2011, o nível geográfico Brasil apresentou redução de - 14,12%, cenário bem diferente da Região Sul e do Rio Grande do Sul, que apresentaram crescimento de mais de 25% na quantidade de contratos com relação a 2010. A seguir, uma análise mais detalhada de cada nível geográfico. 12.2.1. Brasil Analisando os dados, no Brasil, pode-se perceber extraordinário crescimento dos recursos aplicados para financiamentos imobiliários na comparação do fechamento do ano de 2010 com 2009. O montante de valor financiado passou de aproximadamente R$ 47,1 bilhões para mais de R$ 75,9 bilhões, tendo um crescimento de 61,37%. No mesmo período, a quantidade de contratos assinados cresceu 37,33%.
74
A Caixa Econômica Federal atingiu, no Brasil em 2012, aproximadamente R$ 106,2 bilhões de reais em contratações do crédito imobiliário. Esse montante é 37,20% maior que 2011, quando foram aplicados mais de R$ 77,4 bilhões de
Fonte: Caixa Econômica Federal Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
Em 2013, considerando as informações até o dia 30 de setembro, os valores contratados para financiamentos na Caixa Econômica Federal (mais de R$ 100,6 bilhões) já correspondiam a aproximadamente 95% do total do ano de 2012. E, a expectativa da Instituição é de que até o final de 2013, sejam atingidos mais de R$ 130 bilhões em financiamentos imobiliários. Com relação à quantidade de contratos, na data, estava em mais de 1,4 milhão e já havia ultrapassado a quantidade total de contratos assinados em 2012 (pouco mais de 1,2 milhão). Com relação aos financiamentos assinados por dia, para termos a mesma base e assim ser possível a comparação, consideramos para mensuração dos financiamentos, os anos já fechados por 365 dias, e, os meses de 2013 como contendo 30 dias (até setembro, 270 dias). Com isso, na média em 2013, no Brasil são fechados por dia mais de 5.230 contratos de financiamentos imobiliários. Em 2012, eram 3.368 contratos assinados, representando um crescimento de 55,28%. Se compararmos a 2009, quando pelo método eram 2.457 contratos assinados, o crescimento no número de financiamentos assinados na Caixa Econômica Federal chega a 112,90%.
12.2.2. Região Sul
12.2.3. Rio Grande do Sul
Analisando os dados, na Região Sul, pode-se perceber extraordinário crescimento dos recursos aplicados para financiamentos imobiliários na comparação do fechamento do ano de 2010 com 2009. O montante de valor financiado passou de aproximadamente R$ 8,9 bilhões para mais de R$ 13,5 bilhões, tendo um crescimento de 52,36%. No mesmo período, a quantidade de contratos assinados cresceu 32,72%.
No Rio Grande do Sul, também pode-se perceber extraordinário crescimento dos recursos aplicados para financiamentos imobiliários na comparação do fechamento do ano de 2010 com 2009. O montante de valor financiado passou de pouco mais de R$ 3,6 bilhões para pouco mais de R$ 5,6 bilhões, tendo um crescimento de 55,17%. No mesmo período, a quantidade de contratos assinados cresceu 39,07%, sendo superior ao crescimento nacional no período (37,33%).
A Caixa Econômica Federal atingiu, na Região Sul em 2012, mais de R$ 19,8 bilhões de reais em contratações do crédito imobiliário. Esse montante é 30,75% maior que 2011, quando foram aplicados mais de R$ 15,1 bilhões de reais em financiamentos imobiliários. Com relação aos financiamentos assinados (quantidade de contratos assinados), no ano de 2012 foram assinados mais de 253,8 mil contratos, enquanto em 2011 essa quantidade correspondia a pouco mais de 233,2 mil contratos, assinalando um aumento de 8,84%. Em 2013, considerando os dados até 30 de setembro, os valores contratados para financiamentos na Caixa Econômica Federal (mais de R$ 19,3 bilhões) nos três estados da Região Sul já correspondiam a aproximadamente 98% do total do ano de 2012. A quantidade de contratos, na data, estava em mais de 289,4 mil e já havia ultrapassado a quantidade total de contratos assinados em 2012 (pouco mais de 253,8 mil). Até a data, a Região Sul era a segunda no Ranking das grandes regiões quanto à quantidade de recursos aplicados em crédito imobiliário para o ano de 2013, ficando atrás somente da Região Sudeste. Utilizando método igual ao citado anteriormente quando nos referimos aos financiamentos assinados por dia no Brasil, a média para a Região Sul em 2013 é de 1.072 contratos, sendo 54,13% maior que em 2012, quando pelo método de avaliação, eram assinados 695 contratos por dia. Se compararmos os resultados de 2013 com 2009, quando eram assinados 383 contratos por dia, o crescimento no número de contratos assinados chega a impressionantes 179,90%, demonstrando grande expansão da operação.
A Caixa Econômica Federal atingiu, no Rio Grande do Sul em 2012, aproximadamente R$ 7,3 bilhões de reais em contratações do crédito imobiliário. Esse montante é 28,20% maior que 2011, quando foram aplicados aproximadamente R$ 5,7 bilhões de reais em financiamentos imobiliários. Com relação aos financiamentos assinados (quantidade de contratos assinados), no ano de 2012 foram assinados 97,8 mil contratos, enquanto em 2011 essa quantidade correspondia a pouco mais de 89,6 mil contratos, assinalando um aumento de 9,15%. Em 2013, considerando os dados até 30 de setembro, os valores contratados para financiamentos na Caixa Econômica Federal (mais de R$ 6,7 bilhões) no Rio Grande do Sul já correspondiam a mais de 92% do total do ano de 2012. A quantidade de contratos, na data, estava em mais de 101,7 mil e já havia ultrapassado a quantidade total de contratos assinados em 2012 (97,8 mil). Ressaltando que para o cálculo de contratos por dia, o SECOVI/RS utilizou como padrão ano como 365 dias e mês como 30 dias, somando até set./2013, 270 dias, sendo de critério próprio e somente para comparação, portanto, sem vínculos com os critérios da Caixa Econômica Federal. Sendo assim, dos dados apurados, no Rio Grande do Sul em 2013 são assinados aproximadamente 377 contratos por dia, enquanto que, no ano passado eram assinados 268, representando um crescimento de 40,61%. Se compararmos 2013 com 2009, pelo método aplicado, quando eram assinados 141 contratos por dia, o crescimento é de 166,97%.
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
75
QUADRO N° 41 - Participação percentual do Rio Grande do Sul em relação à Região Sul Ano 2009 Ano 2010 Ano 2011 Ano 2012
Ano 2013*
Valores contratados (recursos aplicados)
40,57%
41,32%
37,48%
36,75%
34,80%
Financiamentos assinados = quantidade de contratos assinados (famílias beneficiadas)
36,85%
38,61%
38,42%
38,53%
35,15%
*Posição de 30/09/13 Fonte: Caixa Econômica Federal
Na série, exposta pelo quadro 41, nota-se que a maior participação do estado na Região Sul foi em 2010, tanto para valores contratados quanto para financiamentos assinados, quando o percentual atingido foi de 41,32% e 38,61%, respectivamente. Em 2013, do total de recursos aplicados em crédito imobiliário na Região Sul do país, cerca de 34,8% foram destinados ao Rio Grande do Sul. Segundo a Caixa Econômica Federal, o estado foi o quinto em âmbito nacional em valores contratados, com mais de R$ 6,7 bilhões, e o quarto em financiamentos assinados.
QUADRO N° 42 - Participação percentual do Rio Grande do Sul em relação ao Brasil Ano 2009
Ano 2010
Ano 2011
Ano 2012
Ano 2013*
Valores contratados (recursos aplicados)
7,67%
7,38%
7,35%
6,87%
6,69%
Financiamentos assinados = quantidade de contratos assinados (famílias beneficiadas)
5,74%
5,82%
8,47%
7,95%
7,20%
*Posição de 30/09/13 Fonte: Caixa Econômica Federal
Com relação à participação percentual do Rio Grande do Sul em relação ao Brasil, observando a série, a maior percentagem para valores contratados foi
76
DOIS IRMÃOS - Berço do Café Colonial
verificada em 2009 com 7,67% e para financiamentos assinados o auge ocorreu em 2011 com 8,47%. 12.2.4. Perfil do Mutuário Brasil A. Fator Faixa Etária No fechamento de 30 de setembro de 2013, 57,7% dos mutuários no Brasil tinham até 35 anos. Essa faixa já abrigou um maior percentual de mutuários em anos anteriores, porém, em 2013, a faixa etária acabou estendendo-se até 45 anos, tendo leve crescimento nesta faixa (36 a 45 anos) quando comparada a 2012 conforme observado no gráfico abaixo.
GRÁFICO N° 43 – Perfil do mutuário para financiamentos imobiliários conforme a Caixa Econômica Federal no Brasil - 2009 a 2013 - Fator Faixa etária
Fonte: Caixa Econômica Federal Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
B. Fator Sexo Analisando o perfil do mutuário por sexo, verificou-se uma maior participação das mulheres nos financiamentos imobiliários, aumentando em 2,9 pontos percentuais na comparação de 2009 com 2013, passando de 35,8% para 38,7%.
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
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GRÁFICO N° 44 – Perfil do mutuário para financiamentos imobiliários conforme a Caixa Econômica Federal no Brasil - 2009 a 2013 - Fator Sexo
Rio Grande do Sul A. Fator Faixa Etária No Rio Grande do Sul, percebe-se um maior percentual, embora que singelo, nas faixas etárias mais elevadas (acima de 46 anos) do que as observadas no Brasil. Assim como no país, no estado, o maior percentual dos tomadores de crédito imobiliário na Caixa encontra-se na faixa etária até 35 anos com 58,7%. Em 2013, houve acréscimo nesta faixa em relação a 2012, quando o percentual era de 57,1%, mas seu auge foi em 2010 quando representou 60,5% dos tomadores de crédito.
Fonte: Caixa Econômica Federal Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
C. Fator Renda
GRÁFICO N° 46 – Perfil do mutuário para financiamentos imobiliários conforme a Caixa Econômica Federal no Rio Grande do Sul - 2009 a 2013 - Fator FaIXA Etária
Impressionante crescimento de 9,4 pontos percentuais para mutuários com renda de até 3 salários mínimos na comparação de 2013 com 2009. Os percentuais passaram de 23,7% em 2009 para 33,1% no ano corrente, sendo que, a faixa de renda dominante na época (3 a 6 salários mínimos) caiu 10,2 pontos percentuais, passando de 37,2% em 2009 para 27,0% em 2013. Nota-se aí uma mudança no perfil do novo mutuário brasileiro. GRÁFICO N° 45 – Perfil do mutuário para financiamentos imobiliários conforme a Caixa Econômica Federal no Brasil - 2009 a 2013 - Fator Renda Fonte: Caixa Econômica Federal Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
B. Fator Sexo
Fonte: Caixa Econômica Federal Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
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A elevação da participação das mulheres nos financiamentos imobiliários ainda é maior no Rio Grande do Sul no período analisado do que no Brasil. Na comparação de 2013 com 2009, tomadores de crédito do sexo feminino cresceram 5,2 pontos percentuais, passando de 35,5% em 2009 para 40,7% em 2013.
GRÁFICO N° 47 – Perfil do mutuário para financiamentos imobiliários conforme a Caixa Econômica Federal no Rio Grande do Sul - 2009 a 2013 - Fator Sexo
Resumindo colocamos em destaque: - A Caixa atingiu de janeiro a setembro de 2013 mais de R$ 100,6 bilhões em valores contratados em crédito imobiliário no Brasil; - Considerando os primeiros 9 meses, o ano já ultrapassou a quantidade total de contratos de todo ano de 2012, atingindo até setembro mais de1,4 milhões; - Os valores contratados no Rio Grande do Sul até 30/09/2013 já correspondiam a mais de 92% de todo o montante contratado no ano 2012;
Fonte: Caixa Econômica Federal Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
C. Fator Renda A faixa de 3 a 6 salários mínimos sofreu grande redução, caindo 13,3 pontos percentuais na comparação de 2013 com 2009. Em contraponto, a faixa de renda com até 3 salários cresceu 10,2 pontos percentuais, passando de 27,9% em 2009 para 38,1% em 2013. Assim como no Brasil, a mudança de perfil do novo mutuário é identificada. GRÁFICO N° 48 – Perfil do mutuário para financiamentos imobiliários conforme a Caixa Econômica Federal no Rio Grande do Sul - 2009 a 2013 - Fator Renda
- O Rio Grande do Sul representou 6,69% do montante fornecido ao crédito imobiliário em 2013 no Brasil e 34,80% da Região Sul, alcançando até set./2013 mais de R$ 6,7 bilhões; - Os mutuários com até 3 salários mínimos no Brasil representaram 33,1% dos financiamentos em 2013, aumentando em 9,4 pontos percentuais em relação aos mutuários desta faixa salarial em 2009 (23,7%); - No Rio Grande do Sul, os mutuários com até 3 salários mínimos chegaram a 38,1% dos financiamentos em 2013 crescendo 10,2 pontos percentuais em relação aos mutuários desta mesma categoria salarial em 2009 (27,9%); - 57,7% dos mutuários que assinaram contratos em 2013 no Brasil tinham até 35 anos enquanto no Rio Grande do Sul este número chegou a 58,7%; - Ainda predominam na solicitação de financiamento as pessoas do sexo masculino tanto no Brasil (61,3%) quanto no Rio Grande do Sul (59,3%). No entanto, este percentual, em anos anteriores já atingiu patamares mais elevados; - No Rio Grande do Sul, na comparação de 2013 com 2009, tomadores de crédito do sexo feminino cresceram 5,2 pontos percentuais, passando de 35,5% em 2009 para 40,7% em 2013.
Fonte: Caixa Econômica Federal Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
Fontes: Caixa Econômica Federal e ABBC.
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
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12.3. Salas comerciais continuam um bom investimento O investimento no mercado imobiliário já vem de anos, como reserva de valor e fonte de renda. O dinamismo da economia atrai cada vez mais os investidores a optarem por imóveis comerciais, destacando-se os imóveis do tipo sala/conjunto. Estudos do SEBRAE e dados do SECOVI/RS, complementados com fontes do SINDUSCON-RS, Receita Federal e Banco Central do Brasil, apontam um cenário otimista para o desenvolvimento de Micro e Pequenas Empresas (MPE) a nível nacional e sul-rio-grandense, e o impacto positivo que esse crescimento tem causado no mercado imobiliário. As mudanças políticas em favor dos Pequenos Negócios, entre elas a criação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, em 2006, a implantação do Microempreendedor Individual (MEI), em 2009, e a ampliação dos limites de faturamento do Simples Nacional, em 2012, tem contribuído para um aumento considerável no número de novas empresas em nosso país, impulsionando a economia com a geração de renda e empregos. Segundo dados da Receita Federal, o número de empresas registradas no Simples Nacional expandiu 139,39% de dez./2009 a set./2013, chegando a 7,9 milhões. A principal medida responsável por este crescimento foi a implantação do Microempreendedor Individual, representando 43,04% do total de empresas registrado em set./2013. GRÁFICO N° 49 – Evolução dos optantes pelo Simples Nacional - Dez./09 a Set./13
Esse cenário econômico mais favorável vem contribuindo também para o aumento das taxas de sobrevivência das Micro e Pequenas Empresas: a taxa de sobrevivência de 2 anos apresenta evolução, de 73,6%, entre as empresas constituídas em 2005, a 75,6% entre as empresas constituídas em 2007, segundo pesquisa publicada em jul./2013 pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). No mês de set./2013 os pequenos negócios geraram 159.105 novos empregos. O setor de maior destaque entre as Micro e Pequenas Empresas foi o de Serviços, com a criação de 57.546 postos de trabalho. Destacou-se também o setor de Comércio, gerando 45.974 postos de trabalho, com tendência esperada de manutenção de ritmo forte de contratações até dezembro em função das festas de final de ano. O terceiro maior representante no número de empregos gerados foi o setor da Construção Civil, com 29.767 novos postos de trabalho, conforme dados publicados pela pesquisa Análise do Emprego – Brasil, publicada pelo SEBRAE. A pesquisa também mostra que, de forma semelhante ao cenário nacional, no estado do Rio Grande do Sul o crescimento no número de Microempresas (ME), Empresas de Pequeno Porte (EPP) e Microempreendedores Individuais também tem sido significante, tendo obtido o quarto lugar no Ranking nacional do saldo de empregos gerados por estas categorias em set./2013, com um total de 12.147 novos postos de trabalho, sendo 4.169 no setor de Serviços, 4.125 no setor de Comércio e 1.456 empregos gerados pela Construção Civil. Além destes setores, no Rio Grande do Sul destacou-se também o setor da Indústria de Transformação, com 1.623 novos postos de trabalho. O estado gaúcho também apresenta aumento da taxa de sobrevivência de 2 anos, passando de 72,9% para empresas fundadas em 2005 a 75,4% para empresas fundadas em 2007. E, assim como no Brasil, a categoria de maior desenvolvimento foi a dos Microempreendedores Individuais, tendo o Rio Grande do Sul, em dez./2013, mais de 200 mil MEI cadastradas, segundo dados da Receita Federal.
Fonte: SEBRAE/Receita Federal Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
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Interessado nessa nova categoria em desenvolvimento, o SEBRAE realizou, no ano de 2012, uma pesquisa nacional com Microempreendedores Individuais, com o objetivo de melhor identificar o perfil deste público. Neste estudo, destacaram-
se os setores Comércio (39%) e Serviços (36%) como os principais ramos de atuação escolhidos pelos Microempreendedores Individuais, seguidos pelo setor Industrial, com 17% dos MEI, e Construção Civil, com participação de 8%. Quando analisadas as participações relativas dos setores entre as MEI e as MPE, percebemos a importância do setor Comércio na constituição de novas empresas. Enquanto ele representa cerca de 40% de todas as MEI registradas, sua participação entre as MPE é ainda mais expressiva, com valor de 56%. Importante salientar que este é o único setor em que a sua participação é maior entre as MPE do que entre as MEI.
GRÁFICO N° 51 – Microempreendedores Individuais – local onde operam seu negócio
GRÁFICO N° 50 – Distribuição de Microempreendedores Individuais (MEI) e Micro e Pequenas Empresas (MPE) por setores Fonte: SEBRAE
Fonte: SEBRAE/Receita Federal (2012) Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
Questionados quanto ao local de operação de seu negócio, 43% dos Microempreendedores Individuais disseram operar em sua própria residência, 12% operam o negócio na rua, 11% atendem no local de trabalho do cliente e 34% operam seu negócio em estabelecimento comercial. Sobre as perspectivas de crescimento, 70% dos Microempreendedores Individuais manifestaram a intenção de expandir seu negócio até que ele se tornasse uma microempresa. Dado o aumento observado na taxa de sobrevivência de dois anos e o provável crescimento dos empreendimentos, existe uma forte tendência de que, mesmo empreendedores que atualmente operam seu negócio na própria residência ou no local de trabalho do cliente, futuramente também passem a operar seu negócio em estabelecimento comercial, representando um grande potencial de demanda destes imóveis nos próximos anos.
Desta forma, além de impulsionar a economia do país com a criação de novos postos de trabalho, o desenvolvimento das Pequenas Empresas e Microempreendedores Individuais também incentiva movimentações no mercado imobiliário por meio do aumento da demanda de imóveis do tipo comercial, tornando o mercado imobiliário brasileiro cada vez mais atraente a investidores. Segundo dados do Banco Central, entre jul./2012 e jun./2013 foi investido o total de R$ 95,37 bilhões de reais na aquisição e construção de imóveis comerciais no Brasil, investimento 37,50% maior que o observado dois anos antes, entre jul./2010 e jun./2011. No estado do Rio Grande do Sul, o crescimento foi ainda maior, de 51,31%, tendo totalizado R$ 5,49 bilhões de reais investidos entre jul./2012 e jun./2013, contra os quase R$ 3,63 bilhões investidos entre jul./2010 e jun./2011. Analisando os dados do XVI Censo do Mercado Imobiliário de Porto Alegre divulgado pelo SINDUSCON-RS em 2013, grande parte dos investimentos em imóveis comerciais novos nos últimos anos foi para salas/conjuntos comerciais de pequeno porte (com até 80m²). Nos últimos quatro anos foram construídas 1.112 salas/conjuntos comerciais de pequeno porte, sendo 78,96% delas com até 45m², 8,45% de 45 a 60m² e 12,59% de 60 a 80m².
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
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GRÁFICO N° 52 – Evolução da oferta de imóveis novos do tipo sala/conjunto para comercialização, comparação por tamanho do imóvel
Segundo os dados do SECOVI/RS, entre os imóveis usados do tipo sala/ conjunto disponíveis para comercialização observou-se aumento de 65,43% no número de ofertas de set./2010 a set./2013. Em ritmo semelhante aos imóveis novos, os imóveis usados do tipo sala/conjunto com até 80m² apresentaram aumento de preço de 84,86% neste período, custando em média R$ 191.558,73 em set./2013. Descontada a inflação de 25,02% do INCC-M no período, o aumento real do preço de compra destes imóveis foi de 47,86% em três anos. GRÁFICO N° 54 – Evolução do preço médio dos imóveis usados do tipo sala/conjunto para comercialização, comparação por tamanho do imóvel*
Fonte: SINDUSCON-RS Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
O preço de comercialização das salas com até 80m² aumentou 84,91% de 2010 a 2013, atingindo o preço médio de R$ 476.103,42. O INCC-M/FGV (Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado) variou, no período de maio/2010 a maio/2013, 24,26%, sendo assim, o preço dos imóveis novos do tipo sala/conjunto, descontada a inflação do período, teve aumento real de 48,81% em três anos.
GRÁFICO N° 53 – Evolução do preço médio dos imóveis novos do tipo sala/conjunto para comercialização, comparação por tamanho do imóvel*
Fonte: SINDUSCON-RS Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI *Média ponderada
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Fonte: DEE SECOVI/RS – AGADEMI *Média ponderada
GRÁFICO N° 55 – Evolução do preço médio dos imóveis do tipo sala/conjunto para comercialização, comparação imóveis novos e imóveis usados*
Fonte: SINDUSCON-RS; SECOVI/RS – AGADEMI Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI *Média ponderada
GRAMADO - Kikito (Festival de Cinema)
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
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Para a locação, observou-se aumento de 163,02% no número de ofertas dos imóveis do tipo sala/conjunto com até 80m². O preço médio de aluguel nesse período subiu 97,97%, chegando a R$ 1.445,53 em set./2013. O IGP-M/FGV (Índice Geral de Preços - Mercado), principal índice utilizado para reajustes no preço de aluguéis, variou conforme seus números índices, no período set./2010 a set./2013, 21,23%. Desta forma, o preço médio de aluguel de imóveis do tipo sala/ conjunto com até 80m², descontada a inflação, apresentou crescimento real de 63,30% em três anos, variação superior ao aumento real dos imóveis novos e usados para comercialização no mesmo período. GRÁFICO N° 56 – Evolução do preço médio dos imóveis usados do tipo sala/conjunto para locação, comparação por tamanho do imóvel*
de um imóvel próprio. Para essa escolha, é importante avaliar se o imóvel tem o tamanho e a estrutura necessária para atender às necessidades da empresa a curto e longo prazo, facilidade de acesso, vagas de estacionamento para clientes, visibilidade e proximidade do público alvo. Além de avaliar cuidadosamente o espaçamento e condições de uso do imóvel, uma localização favorável é imprescindível para o sucesso do negócio, especialmente no caso de empresas do setor de comércio. Percebe-se um crescimento comercial em bairros próximos ao Centro, com destaque de investimento em imóveis novos nos bairros Petrópolis (19,69% do total de salas novas ofertadas nos últimos 4 anos), Moinhos de Vento (11,94%), Floresta (10,59%), Auxiliadora (10,31%) e Bom Fim (10,02%), conforme dados do SINDUSCON-RS. Os bairros Petrópolis, Moinhos de Vento e Floresta apresentaram posições de destaque também no Ranking de ofertas de imóveis para locação, com 5,71%, 4,94% e 4,70% das ofertas de imóveis, respectivamente, conforme dados do SECOVI/RS.
GRÁFICO N° 57 – Distribuição das salas comerciais novas, proporção sobre o total ofertado de 2010 a 2013
Fonte: SECOVI/RS – AGADEMI *Média ponderada
Ao comparar os dados do SECOVI/RS com o SINDUSCON-RS pode-se destacar o aumento na oferta de imóveis para locação, indicando que as novas salas estão sendo absorvidas pelo mercado, especialmente por investidores. Este fato também está refletido no aumento de preço de aluguel observado entre as salas com até 80m² neste período, que foi, descontada a inflação, maior do que o aumento observado na comercialização de novos e usados. As salas novas, em sua maioria, apresentam melhor estrutura e tecnologia, tendo, portanto, custos de manutenção que refletem nos valores cobrados ao serem disponibilizadas para locação. Dado este aumento no custo de locação de imóveis comerciais, em conjunto com os incentivos e facilidades para a obtenção de crédito, torna-se mais interessante a um empreendedor que esteja iniciando um negócio a aquisição
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Fonte: SINDUSCON-RS Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
A restrição de espaço disponível para novos empreendimentos fez com que o Centro Histórico fosse pouco representativo no Ranking de bairros, com apenas 5,40% do total de salas novas ofertadas nos últimos quatro anos. Apesar de ter recebido pouco investimento em salas novas, o
bairro Centro Histórico tem crescente número de ofertas, representando 26,09% das salas comerciais disponíveis para locação e 28,39% das ofertas de salas usadas para comercialização. De set./2010 até set./2013 o crescimento do número de ofertas destes imóveis no bairro Centro Histórico foi de 114,93% para locação e 20,45% para comercialização. O aumento no número de ofertas no bairro Centro Histórico pode estar ocorrendo como consequência do crescimento comercial dos bairros próximos ao Centro, as empresas estariam “migrando” para os novos empreendimentos em busca de melhor estrutura. O bairro Centro Histórico apresenta limitações estruturais que dificultam a circulação de veículos, com intenso tráfego e poucas áreas destinadas a estacionamento, tornando-o pouco favorável a empreendimentos que necessitem espaço para carga/descarga de mercadorias, ou empreendimentos que tenham como público pessoas de maior poder aquisitivo, que comumente se deslocam em veículos próprios. Apesar da dificuldade de circulação de veículos, o Centro Histórico é o ponto de maior circulação de pessoas da cidade, bem servido de transporte público a todas as regiões de Porto Alegre e também da Região Metropolitana. Essa característica propicia um contato direto com o público consumidor, fazendo do Centro um ponto comercial excelente para empresas que invistam em produtos acessíveis à classe média, que continua incorporando mais pessoas. Como se pode perceber, o mercado de imóveis do tipo sala comercial permanece interessante, e tem se expandido do Centro da cidade em direção aos bairros próximos com alto potencial de exploração comercial, tais como Petrópolis, Moinhos de Vento, Floresta, Auxiliadora e Bom Fim. Assim, surgem novas oportunidades de crescimento às Micro e Pequenas empresas, com possibilidade de expandir ou fundar seu negócio nessas novas regiões, desenvolvendo a economia brasileira, gerando renda, empregos e tributos, além de dar à população mais alternativas de consumo. Fontes: SECOVI/RS; SINDUSCON-RS; SEBRAE; Banco Central do Brasil; Receita Federal.
12.4. Bolha Imobiliária O assunto “bolha imobiliária” sempre ganha ênfase quando os preços sobem além da inflação. Quando isso acontece, especulações se existe ou não a formação da bolha e quais as consequências decorrentes do estouro dela se tornam um dos assuntos mais comentados por economistas, analistas de mercado e potenciais compradores de imóveis. Em uma linguagem informal, bolha imobiliária seria um aumento do preço do imóvel muito além do preço normal deste, em um curto espaço de tempo, e que, tende ou não, a não se manter por muito tempo (infla e desinfla). Alguns especialistas afirmam que o mercado passa por uma bolha imobiliária, outros descartam essa possibilidade. Mas afinal, está ocorrendo bolha imobiliária no Brasil? De fato, os preços dos imóveis nos últimos anos em algumas cidades brasileiras mais que dobraram quando comparadas com a inflação do período. Dados de Porto Alegre, divulgados pelo SECOVI/RS, mostram que nos 60 meses fechados em out./2013, o preço do m² dos imóveis residenciais usados para venda cresceu 119,48%, enquanto o INCC-M/FGV 38,95% e o IPCA/ IBGE 30,82%. Até dez./2013 o acumulado dos cinco anos para o preço do m² dos residenciais chegou a 126,80%. O estouro da bolha imobiliária nos Estados Unidos em 2008 ainda deixa muitos sob tensão. Supõe-se que o fomentador do estouro da bolha tenha sido o excesso de crédito e a grande especulação no mercado imobiliário americano na época. Segundo especialistas, os bancos americanos chegavam a financiar 110% do imóvel. Isso porque os consumidores até recebiam presentes e viagens se fechassem o negócio. As transações eram feitas pelos bancos sem cuidados maiores com garantias de pagamento. Antes da crise, cada pessoa podia hipotecar até dez unidades e o valor da prestação do imóvel era flutuante, ou seja, se o valor do imóvel subisse, subia-se a parcela mensal. Segundo a pesquisa “Risco de bolha ou motor do crescimento?” da Bain & Company, nos países mais afetados pela crise imobiliária em 2007/2008, financiavaPANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
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se mais de 75% do valor do imóvel. Em casos mais extremos financiava-se até 130%, podendo até mobiliá-lo. Os países que adotavam financiar acima de 75% eram considerados como zona crítica; entre 65 e 75%; zona de atenção e abaixo de 65%; zona segura. No Brasil, como já é possível encontrar empréstimos com até 30 anos, o Loan-to-value ratio-LTV está beirando os 65%, o que levaria os indicadores de “condições de crédito imobiliário” a uma zona de atenção, ainda que não crítica.
GRÁFICO N° 58 – Percentual financiado DO VALOR DO IMÓVEL por países - LTV: Loan-to-value ratio
compromissos assumidos no ano passado, porém, esses índices ainda encontram-se em patamares altos e por isso, devem permanecer sob vigilância. O mercado brasileiro também é mais cauteloso, possuindo um sistema de financiamento habitacional mais rigoroso quanto à aprovação e liberação do crédito. Compromete apenas cerca de 30% da renda do mutuário e pré-fixa os valores das prestações, podendo ter uma correção anual de acordo com a cláusula do contrato, mas impede que se financie mais de uma vez o mesmo imóvel, sem a quitação total do débito anterior. Na relação crédito habitacional/Produto Interno Bruto,segundo dados do Banco Central de set./2013, a razão da participação de pessoas físicas e jurídicas estava em 7,9% com aproximadamente R$ 371 bilhões de reais. Em set./2012 este percentual era de 6,4% com aproximadamente R$ 277 bilhões de reais. Segundo analistas, o cenário só é preocupante quando essa relação excede 50% e conforme relatado, o país ainda tem muita margem até atingir este patamar de representatividade.
Fonte: Bain & Company
Ainda, segundo o estudo, os principais pontos de alerta são o nível atual de comprometimento de renda, que vem se aproximando de uma zona mais crítica, e a valorização dos imóveis, cujos preços cresceram o dobro da velocidade do crescimento da renda familiar. Há outros dois fatores que podem levar a formação das crises imobiliárias a partir de bolhas: o excesso de concessão de crédito imobiliário e o aumento nas taxas de desemprego. O aumento do desemprego acarreta altos índices de inadimplência.
Ao observarmos o passar do tempo, no longo prazo, tomando-se por base as guias do ITBI, constata-se uma alavancagem no número de guias nos anos de 2005, 2006 e 2007, obtendo significativas variações com relação aos anos anteriores, chegando a crescer 9,7%, 13,6% e 13,7%, respectivamente. Nos últimos 12 meses (nov./2012 a out./2013), o número de guias informado pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre (39.678) é -2,08% inferior ao período imediatamente anterior (40.522), demonstrando certa acomodação no ritmo de negociações. No mesmo período de comparação, os preços dos imóveis (valores das transações) estão, em média, 7,63% mais altos. GRÁFICO N° 59 – Número de guias do ITBI emitidas por períodos - nov./08 a out./13
Em contraponto ao descrito acima, a taxa de desemprego no Brasil vem apresentando taxas de menor relevância, com índices muito baixos. Em out./2013, por exemplo, o percentual apresentado foi o menor desde dez./2012. Considerando apenas os números de outubro de cada ano, o de 2013 foi o menor desde 2002. Os índices de inadimplência observados em 2012 perderam fôlego em 2013, refletindo uma maior cautela e disciplina do consumidor com relação aos
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Fonte: Prefeitura Municipal de Porto Alegre (PMPA) Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
Notou-se também, uma maior quantidade de imóveis em estoque. Somente nos residenciais para venda, segundo dados do SECOVI/RS de imóveis usados, em cinco anos, aumentaram 69,85% (período out./2013 com out./2008). Tal fato pode ser atribuído a um arrefecimento do setor, evidenciado através de uma menor velocidade de vendas, conforme exposto no gráfico a seguir. GRÁFICO N° 60 – Velocidade média de vendas, média 12 meses, em Porto Alegre - set./09 a ago./13
Para especialistas, a redução no número de lançamentos é apenas um reflexo à realidade da demanda (queda de vendas, alto custo da mão-de-obra, inadimplência, são alguns dos fatores que influenciam) bem como, o aumento nas promoções nas vendas, sendo anunciados descontos expressivos, que nada mais é do que um estímulo à compra do estoque existente. Em outras palavras, pode ser conveniente para as construtoras/incorporadoras vender os imóveis por um preço convidativo do que mantê-los em estoque. Conforme ressaltado no estudo da Bain & Company, na ausência de bolha, o financiamento imobiliário poderá ser o motor de crescimento da construção, pois tem um impacto importante no desenvolvimento econômico e no crescimento do PIB pelo seu efeito ao longo da cadeia de valor inteira, desde o aço e o cimento, até materiais de acabamento, móveis e eletrodomésticos.
Fonte: CBIC- Dados SINDUSCON-RS Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
Segundo a CBIC, o SINDUSCON-RS lançou, nos últimos 60 meses (fechados em ago./2013), 23.633 unidades e vendeu 24.926. No acumulado do ano, já foram lançadas 2.994 unidades e vendidas 3.951. No mesmo período do ano passado, haviam sido lançadas 3.677 unidades e vendidas 3.248. Em contrapartida, a média de unidades ofertadas, ou seja, do estoque total do mês, de set./2012 a ago./2013 foi de 5.552 unidades, enquanto que, no período anterior (set./2011 a ago./2012), havia sido 4.688. QUADRO N° 43 - Vendas no mês e número de unidades lançadas - imóveis novos em Porto Alegre – set./07 a ago./13 Período
Vendas no mês
Nº de Unidades Lançadas
Variação Vendas no mês
Variação Unidades Lançadas
Set./07 a Ago./08 (base)
6.128
6.486
-
-
Set./08 a Ago./09
3.817
3.287
-37,71%
-49,32%
Set./09 a Ago./10
6.294
5.928
64,89%
80,35%
Set./10 a Ago./11
4.397
4.223
-30,14%
-28,76%
Set./11 a Ago./12
4.964
5.522
12,90%
30,76%
Set./12 a Ago./13
5.454
4.673
9,87%
-15,37%
Fonte: CBIC- Dados SINDUSCON-RS Eleboração: DEE SECOVI/RS - AGADEMI
Contudo, quando há formação de bolha, e atinge o seu auge, os preços tendem a cair rapidamente, o que não é identificado através dos números apurados. A denominada “bolha imobiliária” não parece ocorrer atualmente. O que vêm sendo observado é que os preços demonstram desaceleração, porém, tal pode ser considerada um ajuste normal de mercado. Fontes: Fernando Ferrari, Bain & Company, CBIC, SECOVI/RS, Prefeitura Municipal de Porto Alegre, BACEN, João da Rocha Lima, Evaldo Alves.
12.5. Mobilidade: breve análise de sua importância na vida das pessoas e seu reflexo no setor imobiliário O termo “mobilidade”, por definição da língua portuguesa, é a facilidade em mudar ou variar. Facilidade esta que há algum tempo não se vê mais, principalmente nos grandes centros urbanos, e que vêm alterando consideravelmente o comportamento da sociedade. Atualmente, a mobilidade é um assunto de relevante discussão, estando no centro das atenções e gerando um grande desafio para as cidades contemporâneas em todos os lugares do mundo.
PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
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No âmbito nacional, o debate determinou modificações em diretrizes que regem o assunto. Em janeiro de 2012, foi aprovada pela Presidência da República, a Lei 12.587, que instituiu algumas regras na Política Nacional de Mobilidade Urbana. Essa Lei ficou por 17 anos em tramitação no Congresso Nacional até sua aprovação, o que nos mostra que o problema da mobilidade urbana não é algo recente, e que preocupa, pelo menos, desde a década de 1990. Ainda, de acordo com o artigo 2° da Lei promulgada, “A Política Nacional de Mobilidade Urbana tem por objetivo contribuir para o acesso universal à cidade, o fomento e a concretização das condições que contribuam para a efetivação dos princípios, objetivos e diretrizes da política de desenvolvimento urbano, por meio do planejamento e da gestão democrática do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana.” A mobilidade está afetando algo essencial para o ser humano: sua qualidade de vida. Qualquer pessoa que precise se locomover no trânsito nos
horários de pico sabe como isso pode ser frustrante. Ficar horas e horas no trânsito, além de ocasionar perda de tempo (que poderia ser gasto com outras coisas) está deixando as pessoas estressadas e esgotadas fisicamente. Frota de Veículos Nos últimos anos principalmente, o aumento da frota em circulação contribuiu muito para esses enormes congestionamentos. Um estudo recente do IPEA em parceria com a PNAD, mostra que, em 2012, mais da metade dos domicílios brasileiros (54%) dispõe de automóveis ou motocicletas para os deslocamentos de seus moradores. Esse dado retrata a mudança do perfil de mobilidade da população brasileira, cada vez mais estruturado no uso dos veículos privados. De 2008 para 2012, por exemplo, o percentual de domicílios que possuía automóvel ou motocicleta subiu nove pontos percentuais (45% em 2008 para 54% de posse em 2012), sendo que as motocicletas tiveram o maior incremento no período.
GRÁFICO N° 61 – Total de posse de automóveis e motocicletas em 2012, por Unidade da Federação e Total no Brasil
Fonte: PNAD/IBGE Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
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VACARIA - Maior produtor de maçã do Estado
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Na comparação 2008/2012, segundo o IPEA, o estado do Piauí foi o que mais aumentou sua frota, variando 20,00 pontos percentuais no período. A quantidade de motocicletas foi a responsável pelo resultado, já que, somente neste tipo de transporte, o estado acarretou variação de 21,50 pontos percentuais.As motocicletas tiveram sua frota aumentada em todos os estados no período, e, caíram no Distrito Federal (0,50 ponto percentual). No Rio Grande do Sul, o incremento de carros e motos nos domicílios foi de 6,70 pontos percentuais.
Segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), quanto maior a renda da população, maior será o desejo de usar o transporte individualmente. Muitas pessoas preferem viajar sozinhas pelo conforto, privacidade, flexibilidade de horário e rapidez, diferentemente do que elas experimentariam se estivessem usando o transporte público.
Ainda, segundo o estudo, uma grande parte da população ainda não possui veículos privados à disposição, o que indica uma possível piora das externalidades negativas do transporte individual nos grandes centros urbanos, principalmente nas regiões com menor percentual de motorização (Norte e Nordeste), nos próximos anos. Por outro lado, a indústria automotiva ainda tem bastante campo para se desenvolver e as camadas mais baixas têm mais acesso a esse desejado bem durável.
Com relação à melhora nas condições de renda do trabalhador brasileiro, segundo a PNAD/2012, o rendimento médio mensal real foi estimado em R$ 1.507,00, considerando todas as pessoas de 15 anos ou mais de idade, ocupadas e com rendimento, representando um incremento de 5,8% em relação ao verificado em 2011 (R$ 1.425,00).
Segundo o DENATRAN, em cinco anos (comparação set./2013 com set./2008), o número de automóveis e motos cresceu 45,74% no Brasil. Estratificando, os automóveis cresceram 40,53% e a motocicletas, avassaladores 61,11%. Na Região Metropolitana de Porto Alegre, o aumento dos tipos analisados foi de 46,06%. Na capital gaúcha, o percentual atingiu 21,87% de aumento no período, onde carros e motos em set./2013 somaram 647.284 unidades. Já é notório que o trânsito não comporta tantas unidades com fluidez e a solução seria trabalhar mais com o coletivo. GRÁFICO N° 62 – Frota Total de veículos no Brasil – Set.− 2008/2009/2010/2011/2012/2013
Fonte: DENATRAN Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
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Renda
O aumento da renda, a expansão da classe média, a estabilidade no emprego, a facilidade de crédito, elevou o potencial de consumo das famílias brasileiras, o que fez com que o mercado automobilístico varejista focasse na propensão destas a consumir. Mercado imobiliário Corroborando com o aumento da frota de automóveis e o aumento da renda da população, as pessoas, aspirando melhorar seu bem estar e otimizar seu tempo, tendem a querer viver mais próximas do local onde trabalham. As áreas centrais das cidades são geralmente onde mais se concentram os locais de trabalho e lazer, porém, as possibilidades de expansão são muito baixas. Com a saturação do centro e seu entorno, o crescimento das cidades se volta a locais mais distantes. Concomitantemente, as áreas mais nobres possuem os preços mais altos, limitando seu público consumidor. A localização e os benefícios estruturais são diferenciais nos valores dos imóveis. Em sua maioria, as famílias procuram regiões mais distantes, devido ao seu baixo poder aquisitivo. Uma fonte de fomento para o desenvolvimento de bairros e regiões são os investimentos comerciais em Shopping Centers, pois impulsiona a economia local, além de gerar empregos, prestação de serviços à população, entretenimento
e lazer. Os Shoppings ainda impulsionam a valorização dos imóveis no entorno, através do crescimento urbano, principalmente no quesito infraestrutura. O mercado imobiliário é um eixo econômico de grande destaque no contexto do desenvolvimento da economia das cidades. A aquisição da casa própria, embora não seja uma aspiração universal, está entre as prioridades do brasileiro. Percebendo isso, as incorporadoras procuram fazer seus investimentos em locais de maior concentração de pessoas. Desta forma, as periferias se desenvolvem. Com o tempo, os bairros são moldados estruturalmente diante das atividades de mercado. O mercado imobiliário faz girar a economia como um todo, pois gera benefícios não somente às incorporadoras, mas também a quem adquire o imóvel, estimula o comércio, a geração de empregos, etc. Com vários estímulos e redução de burocracias para se adquirir a casa própria, o mercado imobiliário se viu impulsionado. O que vimos nos últimos anos foram grandes números de lançamentos imobiliários e de contratos efetivamente fechados. O Programa Minha Casa Minha Vida, lançado pelo governo para impulsionar as atividades de moradia, contribuiu muito para essa alavancagem no setor imobiliário, pois possibilitou o acesso à compra a uma maior parte da população. Mas os estímulos do governo não se limitam ao Minha Casa Minha Vida. A recente ampliação do valor dos imóveis financiados pelo Sistema Financeiro de Habitação- SFH, onde o trabalhador pode utilizar seu saldo do FGTS para compra, deverá aumentar as possibilidades para as pessoas que sonham em comprar a casa própria. No Rio Grande do Sul, o teto desses financiamentos passou de R$ 500 mil para R$ 650 mil. Segundo o Banco Central, o crédito imobiliário já supera o crédito pessoal como a principal modalidade de oferta de recursos concedida às famílias. O mercado de imóveis não está atrativo somente para investidores nacionais, passando a atrair também, maior capital estrangeiro. Segundo a Pesquisa da Associação de Investidores Estrangeiros de Imóveis – AFIRE (2012), o Brasil passou de 4º para o 2º lugar entre os países mais atraentes para os investimentos imobiliários globais. As oportunidades de crescimento deste mercado estão chamando a atenção dos investidores estrangeiros e a estabilidade da economia, granjeando investimentos.
Migração Uma melhor condição de renda, o mercado de trabalho aquecido e as condições facilitadas para o financiamento da casa própria, fazem muitos indivíduos migrar em busca de melhores condições de vida, de seu bem estar social. Segundo o dicionário, entende-se por migração o ato de movimentar-se (passar) de um lugar para outro. Assim, qualquer transição do indivíduo de seu habitat de origem, caracteriza-se migração. Há algum tempo atrás, notava-se um grande fluxo de pessoas para as grandes metrópoles. Hoje, pode-se perceber que está ocorrendo o sentido inverso: as pessoas estão deixando as grandes metrópoles, procurando lugares mais tranquilos, com maior segurança, melhor deslocamento, menos estresse, entre outros, principalmente onde os custos de vida e o mercado de trabalho se encontrem favoráveis. De fato, a qualidade de vida nas cidades médias está aumentando. Isso é claramente comprovado através dos números da última estimativa da população, em jul./2013 onde demonstra que a população de Porto Alegre cresceu apenas 2,63% quando comparada a jul./2008. No mesmo período, a cidade de São Leopoldo, por exemplo, localizada na RMPA, cresceu 7,32%. Segundo pesquisas do Censo 2010, nenhuma localidade com mais de 500 mil habitantes obteve crescimento igual ou superior a 3% e as cidades com mais de 1 milhão de habitantes não tiveram variações consideráveis, permanecendo praticamente estáveis. Em uma comparação feita entre as capitais, do Censo 2010 com os resultados da amostra de migração que consideraram as pessoas de cinco anos ou mais de idade que não residiam no município em 31/07/2005 em números absolutos, Porto Alegre recebeu, no período, 82.454 migrantes. Porém, foi apenas a 10ª colocada entre os 26 estados e o Distrito Federal, ficando atrás de São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia, Curitiba, Salvador, Fortaleza e Manaus.
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GRÁFICO N° 63 – Censo demográfico 2010 - resultados da amostra - migração - pessoas de 5 anos ou mais de idade que não residiam no município em 31/07/2005 - Capitais - Números absolutos
Fonte: Censo 2010
Em números relativos, na comparação com a contagem da população do Censo 2010, Palmas foi a capital que percentualmente mais recebeu migrantes, seguida de Florianópolis, Porto Velho, Vitória e Goiânia. Porto Alegre alcançou a 16ª colocação com 5,9% e o Rio de Janeiro ficou na última posição do Ranking com 3,2%. GRÁFICO N° 64 – Censo demográfico 2010 - resultados da amostra - migração - pessoas de 5 anos ou mais de idade que não residiam no município em 31/07/2005 - Capitais - Números relativos
Fonte: Censo 2010 Elaboração: DEE SECOVI/RS – AGADEMI
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GRÁFICO N° 65 – Censo demográfico 2010 - resultados da amostra - migração - pessoas de 5 anos ou mais de idade que não residiam no município em 31/07/2005 - Região Metropolitana de Porto Alegre - Números absolutos
Fonte: Censo 2010 Nota: Porto Alegre não está inserida nesta análise pois seus resultados já foram considerados na comparação entre capitais.
Na Região Metropolitana de Porto Alegre, em números relativos, na comparação com a contagem da população do Censo 2010, Araricá foi a cidade que percentualmente mais recebeu migrantes com 24,1%, seguida de Glorinha com 19,4%, Nova Santa Rita com 17,3%, Ivoti com 15,4% e Eldorado do Sul com 14,8%. Considerações Finais Como destacamos no texto, a mobilidade, ou mais precisamente a falta dela, é algo que gera bastante preocupação nas grandes metrópoles. No Brasil, com o crescimento expressivo na quantidade de veículos circulando nas ruas e rodovias e, além disso, a falta de investimentos na ampliação e alargamentos de vias públicas, a situação tende a se agravar. PANORAMA DO MERCADO IMOBILIÁRIO • 2013
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Regiões muito congestionadas, principalmente aquelas que possuem difícil acesso em determinados horários, podem desestimular empresas a se instalarem por lá, prejudicando seu desenvolvimento, e, em contrapartida, estimular moradores de prédios residenciais a procurar outros locais para adquirir residência. Com a renda do brasileiro aumentando e uma situação econômica estável, muitas pessoas, com o intuito de fugir destes enormes congestionamentos, estão migrando para locais mais próximos de onde trabalham, assim, podem aproveitar este tempo perdido no trânsito com outras coisas, como estudo, família e lazer, por exemplo. Os locais escolhidos para as novas residências podem ser na mesma cidade ou em outras. Conforme apresentamos, alguns dos destinos mais procurados são as regiões metropolitanas. No entanto, elas também começam a apresentar problemas de locomoção devido ao maior número de moradores. Segundo os Indicadores de mobilidade urbana da PNAD/2012 (IPEA), os moradores de municípios
QUATRO IRMÃOS - Centro de Cultura Leopoldo Cohen
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pertencentes às regiões metropolitanas (RMs) gastam um tempo significativamente maior nos seus deslocamentos casa/trabalho do que os moradores de municípios não metropolitanos. Nos últimos 20 anos os tempos de viagem nas RMs tiveram um crescimento três vezes maior do que os tempos de viagem dos trabalhadores das áreas não metropolitanas, mostrando que os problemas de mobilidade se agravaram intensamente nessas áreas e que as obras de mobilidade até então não foram suficientes para melhorar as condições de deslocamento da população. Segundo o IPEA resta ao poder público estabelecer políticas para mitigar as externalidades geradas pelo aumento do transporte individual, já que as tendências apresentadas corroboram a tese de piora das condições de trânsito nas cidades brasileiras.
Fontes: IPEA, DENATRAN, PNAD, FGV, BACEN, AFIRE, IBGE, Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República.
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CONCLUSÕES
As informações apresentadas, as análises e os comentários contidos neste “Panorama do Mercado Imobiliário” referentes ao ano de 2013 possibilitam, entre outras, as seguintes considerações: 13.1 – O período de jan./2013 a dez./2013 registrou aumento, em média, de 19,09% do estoque de imóveis para locação quando comparado com o mesmo período dos 12 meses anteriores. 13.2 − Os preços médios dos aluguéis residenciais ofertados oscilaram, nos últimos 12 meses (jan./2013 a dez./2013), em média 7,81%, percentual acima do crescimento do IGP-M 5,51%; no mesmo período. 13.3 − A inadimplência no pagamento dos aluguéis, em Porto Alegre, entre dez./2012 e nov./2013, em média foi de 4,41%, percentual superior ao registrado no período imediatamente anterior (dez./2011 a nov./2012), que foi, em média, 4,27%. Considerando inadimplência o atraso a partir de um dia, em nov./2013 registrou-se o mais alto percentual nos últimos 12 meses, com 5,02% dos inquilinos. Entre as economias inadimplentes, 0,75% possuíam ações de despejo, no mesmo mês. 13.4 − A velocidade média de vendas de imóveis novos de nov./2012 a out./2013 atingiu o nível de 8,24%, enquanto no mesmo período do ano anterior (nov./2011 a out./2012) havia sido 7,84%. No período atual, destacou-se o mês de março, com 14,04%, enquanto em janeiro foi de apenas 3,91%. (Fonte: SINDUSCON-RS) 13.5 − A velocidade média de locações dos últimos 12 meses (dez./2012 a nov./2013), foi de 16,78% e apresentou desaceleração em relação à média do mesmo período do ano anterior (dez./2011 a nov./2012) quando esteve em 24,07%. 13.6 − Nos financiamentos, no âmbito da aquisição de imóveis, o estado do Rio Grande do Sul, entre jul./2012 a jun./2013, teve destinado 6,16% dos recursos
para a aquisição de imóveis. Já nos financiamentos para a construção, o Rio Grande do Sul recebeu em torno 4,86%. No total dos financiamentos (agregando os recursos de aquisição e construção), o Rio Grande do Sul teve destinado 5,76% dos recursos aplicados no setor no país. 13.7 – A partir da amostragem utilizada de imóveis usados, em Porto Alegre, foram ofertadas 8.118 unidades em dez./2013, enquanto que a média no período de 12 meses (jan./2013 a dez./2013) foi de 7.377 unidades. Já a média mensal, no período jan./2012 a dez./2012, foi de 5.954 unidades, determinando uma variação de 23,90% entre os períodos apurados acima. Com relação aos preços do m², comparando os valores de dez./2012 e dez./2013, o preço médio dos apartamentos de 2 dormitórios registrou alta de 12,39%, enquanto o de 3 dormitórios subiu 13,95%. 13.8 − As despesas condominiais, apuradas por pesquisa mensal, em Porto Alegre, mostraram aumento de 12,81%, considerando-se os últimos 12 meses (dez./2012 a nov./2013). 13.9 − A inadimplência no pagamento das quotas condominiais, em Porto Alegre, no mês de nov./2013, considerando-se atraso mínimo de um dia, atingiu 14,68% na média ponderada por tipo de imóvel das economias pesquisadas, enquanto em nov./2012 era de 17,08%. Com ação judicial de cobrança estavam, apenas, 0,34% das economias incluídas na pesquisa em nov./2013. Ainda, neste mês, imóveis residenciais apresentavam 15,24% de unidades em atraso, enquanto os comerciais registravam 11,54%. 13.10 − Estima-se que, no ano de 2013, cerca de 89.617 imóveis alugados eram ocupados por aproximadamente 212.392 inquilinos. 13.11 − Calcula-se que aproximadamente 11,0% do total de domicílios da capital encontravam-se em aglomerados subnormais conforme o Censo 2010. Projetando-se este percentual sobre o número de domicílios estimados no ano 2013, encontra-se um défice habitacional aparente de aproximadamente 58.770 unidades, pelo critério das pessoas residentes.
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EXPECTATIVAS PARA 2014
O saudoso Professor Alvaristo Padilha recomendava não deixar de inserir numa retrospectiva um prognóstico para o novo ano. Numa economia turbulenta como a dos dias de hoje, onde se erra mais do que se acerta as previsões, em homenagem àquele grande estatístico, vamos arriscar e confiar que a realidade seja melhor que a expectativa. - No cenário internacional, o ano de 2014 deve ser melhor que o de 2013, com os países da zona do euro tendo sua situação amenizada. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia do bloco apresentou contração em 2013, porém, mesmo que pequeno, em 2014 terá resultado positivo. Os EUA devem permanecer em recuperação e a China, estabilizar seu crescimento; - Na economia brasileira, acredita-se que o PIB se comportará de maneira semelhante a 2013, sem grandes alterações. O FMI recomenda que, para consolidar o crescimento, os países latino-americanos devem “fortalecer medidas fiscais, conter o avanço de vulnerabilidades financeiras e buscar reformas que estimulem o crescimento econômico”. - Para o mercado imobiliário, supõe-se que a dinâmica seja parecida com 2013, comportamento que, aliás, vem sendo visto desde 2012; - Ainda, espera-se dos incorporadores alguma redução na produção dos imóveis, optando por liquidar seus estoques; - Os lançamentos esperados para os próximos anos tendem a ser cada vez mais compactos devido à falta de terrenos e da demanda por áreas bem localizadas, além de ajustar o preço do imóvel à capacidade de pagamento do mercado; - Especula-se que haverá uma maior liberação de recursos para os financiamentos imobiliários do que a observada em 2013.
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AGRADECIMENTOS
A elaboração deste Panorama não poderia ter sido concretizada sem a colaboração inestimável de todos os nossos parceiros. Gostaríamos de agradecer a todos que direta ou indiretamente participaram da elaboração deste, especialmente à direção e funcionários das imobiliárias que prestimosamente nos dão suporte para a realização dos trabalhos. Também, a relevante contribuição da Secretaria Municipal da Fazenda da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, da Caixa Econômica Federal, do Núcleo de Pesquisa Econômica Aplicada do Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas (IEPE) da UFRGS, do SINDUSCON-RS e da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre.
SECOVI/RS – AGADEMI COORDENAÇÃO DE INTELIGÊNCIA CORPORATIVA Carolina Cioccari Lannes Alves DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA Lucineli Jeremias da Silva Martins – Economista – CORECON/RS – 7942 Pricila Henkes Maciel – Estatística – CONRE 4ª região 9759 Luís Gustavo Raimundo Avila Cíntia Dias Pedroso Alexandro Guerra Felber
Consultoria: Scatter Consultoria em Estatística Sociedade Simples Ltda Estatístico responsável: Alexandre Vitoria Monguilhott – CONRE 4ª região 8982 COORDENAÇÃO DE MARKETING Maria Angélica Schroder Garcia Colaboração: Patrícia Moreira Hleveina Porto Alegre, 15 de janeiro de 2014.
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DIRETORIAS SECOVI/RS – AGADEMI
VICE-PRESIDENTE FINANCEIRO Flávio Roberto Stefani
GESTÃO 2010/2014 PRESIDENTE Moacyr Schukster 1º VICE-PRESIDENTE Gaspar Fiorini VICE-PRESIDENTE DE CONDOMÍNIOS Simone Camargo VICE-PRESIDENTE DE COMERCIALIZAÇÃO Gilberto Cabeda VICE-PRESIDENTE DE LOCAÇÕES Leandro Rossi de Moraes Hilbk
VICE-PRESIDENTE DE RELAÇÕES DO TRABALHO Jane Z. Simões Pires VICE-PRESIDENTE Adão Alves de Oliveira VICE-PRESIDENTE Walter Antonio Scuccimarra Marichal VICE-PRESIDENTE Marcelo Luiz Mignone Callegaro VICE-PRESIDENTE Véra Lucia Hahn SUPERINTENDENTE Helena Terezinha do Amaral Gomes
PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO Engenho de Ideias FOTOGRAFIAS Fábio Rebelo
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MOSTARDAS - Parque Nacional da Lagoa do Peixe
TV. FRANCISCO DE LEONARDO TRUDA, 98 / 9º ANDAR PORTO ALEGRE / RS / CENTRO HISTÓRICO / 90010-050 FONE: (51) 3221.3700 / FAX: (51) 3221.3818 secovi@secovi-rs-agademi.com.br www.secovirsagademi.com.br
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NOVA PETRÓPOLIS - Labirinto Verde