Mundo Imobiliário nº. 8

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Porto Alegre • Ano 2 Nº 8 • Agosto de 2015

COLE A ETIQUETA AQUI

A NOVA FACE DO FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO

Páginas 4 a 7 Após sucessivos períodos de mercado superaquecido, o segmento imobiliário se vê, atualmente, em um novo momento quanto ao financiamento. Para falar dos reflexos desse cenário, o Mundo Imobiliário convidou integrantes de bancos e imobiliárias para mais um Mesa Redonda.

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ÍNDICE APONTA NÍVEL DE CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO DO SETOR IMOBILIÁRIO

EMPREENDEDORISMO ENGAJADO

Com o objetivo de medir o patamar de atividades e as expectativas sobre o segmento, o Secovi/RS – Agademi criou o Índice de Confiança do Empresário do Setor Imobiliário (ICE-SI).

Formação de novos líderes é a missão do Núcleo Nova Geração de Empresários.


PALAVRA DO PRESIDENTE

FINANCIAMENTO: UM SIGNIFICADO Se existe algo indiscutível no mercado imobiliário é que velocidade de vendas deriva em grande parte da disponibilidade de financiamento. Recentemente, a instituição financiadora líder reduziu a 50% os valores para empréstimo com base em imóveis. Tal impõe ao comprador que disponha dos outros 50%, o que torna a faixa de possíveis compradores muito menor. Moacyr Schukster Isso porque estamos saindo de um tempo pós-grande Presidente do Secovi/ RS – consumo, que não estimulou a poupança. Agademi Há alguns decêndios, falava-se amiúde sobre a necessidade de incremento na chamada “poupança nacional” para equivalente investimento. Agora, as menções nesse sentido são bastante raras, quando deveria ser o contrário. Olvidamos de que quando se reduzem as verbas para financiamento é que a poupança não as sustentou. O tão comentado “ajuste” das contas nacionais coloca os especialistas num dilema clássico. Para reduzir a inflação que toma corpo, contraise o investimento. Decorre daí desemprego. Seria o preço a pagar. Raciocínio inverso defende “um pouco de inflação”, mas com economia a pleno. São os monetaristas versus os estruturalistas. Esta é uma época dos primeiros, os monetaristas, de onde investimentos – leiam-se financiamentos de qualquer tipo – ficam liberados sob a premissa rigorosa do controle inflacionário. Que não se erre a calibragem.

AGENDE-SE

PALESTRA: MARKETING E COMUNICAÇÃO NA INTERNET 11.08.2015 l Porto Alegre | Sede das Entidades | Ministrante: André Wohlfahrt (Analista de Sistemas)

CURSO: CONFLITOS NA RESTITUIÇÃO DE IMÓVEIS LOCADOS 17.08.2015 l São Leopoldo | ACIS SL Ministrante: Luciane L. Silveira (Advogada)

WORKSHOP: REDAÇÃO DE ATAS 18.08.2015 l Porto Alegre | Sede das Entidades | Ministrante: Rosane Severino Campos (Instrutora de Língua Portuguesa)

WORKSHOP: A IMPORTÂNCIA DA FOTOGRAFIA DIGITAL NA OPERAÇÃO IMOBILIÁRIA 19.08.2015 l Novo Hamburgo | ACI NH Ministrante: Amauri Fausto (Fotojornalista)

Informações e inscrições: www.secovirsagademi.com.br SERVIÇOS Secovi/RS – Agademi

AÇÃO NO INTERIOR | Promover atividades de capacitação no interior do Estado voltadas ao setor imobiliário é o objetivo da Entidade com a Ação no Interior. São realizados periodicamente cursos, palestras e workshops sobre as áreas de interesse do segmento, permitindo aos colaboradores das imobiliárias atualização e capacitação em suas cidades e regiões. Os eventos incluem temas como atendimento, locação, compra e venda e administração de condomínios. Acompanhe a agenda do 2º semestre pelo site www.secovirsagademi.com.br, e pelos informativos digitais semanais do Secovi/RS – Agademi.

NOVOS ASSOCIADOS

DLAR IMÓVEIS LTDA. Representante: Leozahyr F. de Borba Neto Cidade: Porto Alegre

HENRIQUE BERNARDI GONÇALVES INTERMEDIAÇÃO DE IMÓVEIS – EIRELI Representante: Henrique Bernardi Cidade: Caxias do Sul

EXPEDIENTE

IMOBILIÁRIA SANVICENTE LTDA. Representante: Marcelo Seger Sanvicente Cidade: Porto Alegre

Coordenação Geral: Maria Angélica Schröder Garcia (Marketing Secovi/RS – Agademi) Comitê Editorial: Moacyr Schukster, Helena Terezinha Amaral Gomes, Andréia Martins e Carolina Cioccari Lannes Alves Produção Editorial: Prática – Conteúdo | Comunicação | Relacionamento Jornalista Responsável: Vanessa Fernandes (Reg. 11259) Redação: Larissa Oliveira (Reg. 15661) Design Gráfico: Roka Estúdio Ilustração de capa: Edgar Vasques Fotografia: Marcelo Amaral e Arquivo Secovi/RS – Agademi As declarações contidas nesta publicação são de responsabilidade de seus autores e não expressam, obrigatoriamente, o posicionamento editorial do informativo Mundo Imobiliário ou das diretorias do Secovi/RS e da Agademi.

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JEFFERSON VENES DE OLIVEIRA E CIA. LTDA Representante: Jefferson Venes de Oliveira Cidade: Alegrete

REPUBLICARE IMÓVEIS LTDA. – EPP. Representante: Jeverson de Mattos Lang Cidade: Porto Alegre

GUILHERME WÜRTH SIMON Associado Colaborador Cidade: Porto Alegre


RADAR

SECOVI/RS – AGADEMI CRIA ÍNDICE PARA MEDIR CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO DO SETOR IMOBILIÁRIO Com o objetivo de medir o nível de atividades e as expectativas empresariais do segmento imobiliário, o Departamento de Economia e Estatística do Secovi/RS – Agademi criou, nos moldes dos índices de confiança do comércio e da indústria, o Índice de Confiança do Empresário do Setor Imobiliário (ICE-SI). O indicador é resultado da combinação de três componentes que mapeiam a percepção do empresário sobre: o momento presente da economia brasileira e gaúcha, do setor imobiliário e de sua empresa (Índice de Condições Atuais – ICAE-SI); suas expectativas de curto prazo (Índice de Expectativas – IEE-SI); e suas expectativas de contratação de funcionários e investimentos (Índice de Investimentos – IIE-SI). A primeira edição do ICE-SI, que terá divulgação trimestral, é referente ao último mês de maio. A pesquisa apontou baixa confiança do empresário, atingindo uma média de 77,1 pontos, em um

universo com amplitude de 0 a 200 pontos. O resultado acaba por refletir a atual conjuntura da economia brasileira, que apresenta período de desaceleração, evidenciado por fatores como alta da inflação, restrição de crédito, piora no mercado de trabalho e baixa no rendimento real.

Método de mensuração As respostas do questionário enviado aos empresários são transformadas algebricamente para a construção do índice. A média de 100 pontos é o ponto central, portanto o índice abaixo desse número representa falta de confiança ou pessimismo do empresário, e acima confiança ou otimismo. Do universo de entrevistados, 77% são homens, 45% têm ensino superior completo, 63% são de empresas que possuem de 1 a 10 funcionários, e 43% são de empresas que possuem entre 21 e 40 anos de atividade no mercado.

ÍNDICE DE CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO DO SETOR IMOBILIÁRIO (ICE–SI) Falta de confiança

Confiança

0

200

77,1 pts

Índice de Condições Atuais

Índice de Expectativas

Índice de Investimentos

(ICAE–SI): 54,0 pts

(IEE–SI): 92,1 pts

(IIE–SI): 93,1 pts

77,1

Índice Geral Índice Condições Atuais Condições atuais da economia brasileira Condições atuais do Estado do RS Condições atuais do setor imobiliário Condições atuais da sua empresa

54,0

Índice Geral Índice Expectativa Expectativas da economia brasileira

26,9

Expectativas do Estado do RS

36,2

Expectativas do setor imobiliário

53,8 99,2

Expectativas da sua empresa

77,1

Índice Geral

92,1 73,1 80,0

77,1

Índice Investimento

93,1

Investimento na empresa

90,0

Contratação de funcionários

96,2

90,0 125,4

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MESA REDONDA

A NOVA FACE DO FINAN

A

pós sucessivos anos de mercado superaquecido, o segmento imobiliário se vê atualmente em um novo momento quanto ao financiamento do imóvel próprio, principalmente dos usados. Os bancos, atentos à inadimplência e acompanhando a alta da taxa básica de juros (Selic) – que há um ano encontrava-se em 10,90% e hoje chegou a 13,65% –, também elevaram seus juros em algumas modalidades. Em maio, a Caixa Econômica Federal limitou no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) a cota financiável para 50%. A medida, reflexo do aumento histórico dos saques dos fundos de poupança, impactou o mercado, visto que o sistema é uma das principais vias de financiamento de moradias no Brasil. Assim, um novo cenário desponta. A Caixa vê outras linhas de financiamento ganhando força e bancos como o Banco do Brasil expandem sua presença em SBPE. Para falar dos reflexos deste contexto, que aponta uma readequação da classe média que parte em busca de imóveis mais compatíveis com a nova realidade, o Mundo Imobiliário convidou integrantes da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil para conversar com dois representantes do segmento em mais um Mesa Redonda.

CENÁRIO ATUAL

DISNEY BARROCA NETO

DISNEY BARROCA NETO Superintendente de Negócios de Habitação da Caixa Econômica Federal (POA)

OSMAR PEDROSO DA SILVA JR. Gerente de Mercado Pessoa Física do Banco do Brasil (POA)

ANDRÉ GUSTAVO PESSOA DE OLIVEIRA Vice-presidente da imobiliária Ducati (POA)

JOÃO COMERLATO Diretor Comercial da imobiliária Comerlato (POA)

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Observamos que o mercado como um todo mudou a sua dinâmica, o que não significa que ele tenha desaquecido. Ao analisarmos os números do mercado imobiliário, podemos cometer um engano se o analisarmos somente pelas médias. Precisamos considerar nichos específicos e ver o que ocorre em cada um deles. Atualmente, mais de 70% da demanda habitacional existente é por imóveis do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). O segmento da habitação popular continua crescendo muito, tanto que aplicamos mais recursos neste segmento neste ano do que no ano passado. No primeiro trimestre de 2015, a Caixa contratou R$ 10,7 bilhões em financiamentos habitacionais com recursos do FGTS, incluindo subsídios. No mesmo período de 2014, foram contratados R$ 8,2 bilhões com recursos do Fundo. Somente no âmbito do Programa MCMV, a Caixa aplicou R$ 11,1 bilhões, nos três primeiros meses deste ano, enquanto no ano passado, no mesmo período, foram aplicados R$ 8,8 bilhões. Já nos financiamentos pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), o momento brasileiro é de alerta quanto à captação líquida na poupança. Isso faz com que os bancos tenham de fazer um uso mais prudente do seu orçamento. É um momento de reinvenção que tem a ver com a forma com que o crédito imobiliário tem o seu funding (captação de recursos).”


CIAMENTO IMOBILIÁRIO

OSMAR PEDROSO DA SILVA JÚNIOR

ANDRÉ GUSTAVO PESSOA DE OLIVEIRA

O Rio Grande do Sul não é, historicamente, o estado que mais gera novos financiamentos imobiliários ao ano. Entretanto, foi o que aconteceu no primeiro semestre de 2015, tendo o Estado ultrapassado outros como Rio de Janeiro e Minas Gerais. No Banco do Brasil, somente no primeiro semestre, crescemos 75 milhões de reais em novos financiamentos, e temos a expectativa de crescer mais dentro do SBPE e do Programa MCMV. Temos uma boa oportunidade de mercado com as mudanças no sistema da Caixa Economia Federal e Banrisul e vamos aproveitá-la. Muitas imobiliárias acreditam que os clientes não têm outras opções em financiamento, e se surpreendem quando descobrem que o Banco do Brasil continua financiando 80% do valor do imóvel, chegando a até 90% a depender do caso. A carteira imobiliária do Banco do Brasil está aberta.”

Hoje, a venda é mais difícil. Os clientes, mais informados, discutem taxas, prazos e percentuais que podem ser financiados. Mas, por outro lado, o mercado gaúcho vive um momento diferente do que se vive nas demais praças nacionais. Temos uma diminuição muito grande de unidades em estoque para lançamentos. Por isso, a questão do financiamento acabou não prejudicando tanto as vendas na Ducati, principalmente as de imóveis novos. Prevemos um crescimento de 30% em 2015 alavancado por esses imóveis.”

JOÃO COMERLATO Nós que trabalhamos muito com imóveis avulsos constatamos que as vendas caíram. Seja pela redução dos financiamentos, pela diminuição da capacidade de pagamento do comprador ou pela incerteza de tomar um financiamento e não ter como pagar. Antes, o comprador tinha de ter uma poupança de 5% do valor do imóvel para financiar pela Caixa. Hoje, precisa de 50%. As pessoas não fizeram essa poupança e também não têm a verba mensal para o pagamento do empréstimo, pois o juro subiu e o mercado está sazonal. Acredito que isso motivou essa forte desaceleração nos usados. Penso também que o mercado local pode se direcionar para a venda direta, fugindo do custo do dinheiro.”

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MESA REDONDA

NOVAS DEMANDAS E FAIXAS DE IMÓVEL

DISNEY BARROCA NETO

OSMAR PEDROSO DA SILVA JÚNIOR

A busca por imóveis de menor valor é uma realidade, pois o déficit habitacional brasileiro ainda é muito grande. Segundo dados do Ministério das Cidades, em 2012 (último dado divulgado), o déficit era de 5,7 milhões de moradia. O mercado do MCMV continua muito aquecido; todas as linhas de financiamento estão abertas e não houve qualquer alteração nas condições de financiamento, tanto para pessoa física, quanto para pessoa jurídica. Observemos os resultados do Feirão Caixa da Casa Própria de Porto Alegre. No ano passado, encaminhamos R$ 1,09 bilhão em negócios. Este ano, somamos R$ 1,22 bilhão, já com a nova cota de juros e de financiamento para a linha SBPE. Os brasileiros continuam adquirindo imóveis, e procuram o que podem comprar. Por exemplo, quem buscava um imóvel de R$ 210 mil, na região metropolitana de Porto Alegre, hoje procura um imóvel de R$ 170 mil. Isso possibilita o acesso a linhas de crédito mais baratas, reduzindo significativamente o valor da prestação do financiamento. As construtoras também estão mudando o ticket médio de seus lançamentos, em um alinhamento às demandas do mercado, e também porque os lançamentos enquadrados no Programa MCMV têm um processo de análise diferenciada na Prefeitura Municipal de Porto Alegre, que visa dar mais celeridade à aprovação.”

Temos pensado muito no que fazer para alavancar o financiamento imobiliário junto à classe média. Sabemos que o mercado está retraído e queremos crescer. A classe média aumentou e agora está com dificuldade de encontrar imóvel. Nossa participação de mercado ainda é muito pequena, e por isso precisamos correr atrás para crescer muito mais. Existe oportunidade de mercado. O Banco do Brasil conseguiu crescer em poupança e também trabalhará com isso para alavancar o financiamento.”

ANDRÉ GUSTAVO PESSOA DE OLIVEIRA Atualmente, percebe-se que há uma diminuição no tamanho dos imóveis, com mais dormitórios e menos metros quadrados. Hoje, conseguimos lançar um apartamento de três quartos com suíte, sacada e churrasqueira em 65m2. No MCMV, há imóveis de dois quartos em 40m2. Vemos salas comerciais de 20m2. Os imóveis estão mais compactos para se atender às necessidades dessa faixa. Por isso, o usado não consegue acompanhar a valorização dos imóveis novos, ao longo do tempo.”

JOÃO COMERLATO Os imóveis com maior valor agregado, acima de 1 milhão e meio de reais, não dependem de financiamento. Para esses, o mercado está atuante. É no mercado geral – que inclui os do MCMV e também os imóveis de até 700 mil reais – que está a grande massa que necessita de financiamento e que espera a crise passar. Diferente de outros países, o Brasil não tem o hábito de fazer poupança.”

IMPACTOS E ALTERNATIVAS DAS IMOBILIÁRIAS

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ANDRÉ GUSTAVO PESSOA DE OLIVEIRA

JOÃO COMERLATO

Apesar de não termos sentido grande mudança com a redução do percentual financiável pela Caixa com fundos de poupança, existem alternativas a oferecer aos nossos clientes. No Itaú, que é o banco com que nós trabalhamos, a redução foi de apenas 10 pontos percentuais no valor financiável, uma diminuição mínima. De modo geral, isso acaba por ser uma oportunidade para os clientes, que conseguem negociar melhor. O lançamento de produtos de nicho, com boa liquidez, também tem ajudado na questão do não aumento dos estoques. E o que devemos fazer a partir de agora é expandir esse mercado. Nos últimos 3 anos, vende-se mais do que se lança em Porto Alegre, mostrando que o problema é mais no sentido da morosidade de aprovação dos projetos. Por outro lado, essa morosidade acabou por equilibrar o mercado, havendo uma diminuição dos estoques e fazendo com que se tenha boa procura por imóveis novos.”

O que tem se conseguido no caso de compra e venda de imóveis usados é um acordo de financiamento direto com os proprietários em 12, 18 ou 24 vezes, agregando o valor do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Ou seja, para o comprador fica garantido o imóvel e ele mantém um bom cadastro. O vendedor recebe uma entrada interessante. A prestação serve a ambos e essa venda se efetua. É uma maneira de conseguir com que os imóveis de valores não muito altos tenham a competência para serem vendidos, já que muitos ficam parados de 6 a 8 meses. Dessa maneira, temos obtido sucesso. Também temos tentado trabalhar com o proprietário que o valor do metro quadrado, que era de “X” ano passado em patamares que estavam altos, caiu no usado, no avulso, e não mais se manteve.”

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REALINHAMENTO DE JUROS

O FUTURO A MÉDIO PRAZO

DISNEY BARROCA NETO

DISNEY BARROCA NETO

Nos financiamentos com recursos do FGTS e pelo Programa MCMV, não houve qualquer tipo de alteração. Nos financiamentos pela linha SBPE, houve um realinhamento conjuntural. Neste, temos um empréstimo de até 35 anos, cujo funding é via poupança, Letra de Crédito Imobiliário (LCI) ou securitização. Ou seja, uma vez que a taxa básica da economia sobe, o custo de captação acompanha. Consequentemente, houve o realinhamento das taxas do financiamento habitacional, na linha SBPE. Uma alternativa importante disponível hoje é linha Pró-Cotista, pois ela permite atender parte da demanda do SBPE com taxas de juros mais atrativas.”

As perspectivas para o segundo semestre deste ano e para 2016 são muito positivas. A Caixa tem uma fatia grande no mercado, cerca de 70%, e queremos mantê-la. Enxergamos que o mercado tem as variáveis para continuar crescendo: existe demanda e recursos disponíveis para financiamento. Quem consegue observar essas variáveis, encontra oportunidades muito significativas de crescimento. Vivemos um momento de transição, porém acreditamos que há espaço e oportunidade para o mercado continuar a crescer. Além disso, virão alterações que devem fortalecer o mercado. A Caixa terá boas novidades no segundo semestre no financiamento à produção – crédito para Pessoa Jurídica, destinado à produção de novos empreendimentos. A expectativa para o lançamento da terceira fase do Programa MCMV e possíveis modificações nos valores do FGTS também devem refletir positivamente no mercado, tanto para a produção, quanto no financiamento individual de imóveis.”

OSMAR PEDROSO DA SILVA JÚNIOR Quando falamos em financiamento imobiliário, estamos falando em fazer um acordo com o cliente num período de até 35 anos. Nesse contexto, o banco precisa avaliar muito bem para isso ao fixar suas taxas. No Banco o Brasil, foram realinhados os juros do SBPE, Sistema Financeiro de Habitação e Carteira Hipotecária, que subiram dentro de um contexto de alta da taxa SELIC, que o banco precisa acompanhar pelos custos de captação. Já o financiamento alinhado ao FGTS, o Pró-Cotista, continua sem alteração na taxa de juros, com 9% ao ano. Hoje, nossa taxa no SBPE é de 10,79% + TR.”

CONDIÇÕES DE FINANCIAMENTO DE IMÓVEL USADO NO SISTEMA FINANCEIRO DA HABITAÇÃO – SFH PERCENTUAL MÁXIMO FINANCIADO

TAXAS DE JUROS EFETIVA (ANO) + TR

CAIXA

50%*

9,45%*

BANCO DO BRASIL

80%*

10,79%*

ITAÚ

80%

10,60%

BRADESCO

80%

9,50%

SANTANDER

70%

11,50%

BANRISUL

30%

11,35%

*Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo – SBPE

Observação: Dados obtivos nas páginas das instituições na internet.

OSMAR PEDROSO DA SILVA JÚNIOR O Banco do Brasil tem uma expectativa muito positiva para o segundo semestre, e percebo que será um período de acomodação. Vale destacar que devemos prestar bastante atenção na inadimplência, um cuidado que todos devemos ter constantemente, e nesse momento ainda mais. Esperamos um equilíbrio com possibilidade de crescimento. Nós, que ainda estamos com uma fatia pequena no mercado, queremos crescer muito.”

ANDRÉ GUSTAVO PESSOA DE OLIVEIRA Acredito que os novos lançamentos ajudarão o mercado como um todo, principalmente pela valorização. Observamos que a prefeitura (de Porto Alegre) vem revendo e agilizando os processos de liberação, e com isso teremos um volume histórico de lançamentos a partir das aprovações que estão tramitando. Acho que o mercado tem uma situação de baixo estoque, e acredito que isso movimentará bastante o segundo semestre. Estamos otimistas.”

JOÃO COMERLATO Prevemos que até o final deste ano o cenário continuará como está, e com a procura pelos usados decaindo. Os valores estão se reajustando por necessidade de venda. E acredito que com esse ajuste feito, há uma perspectiva de melhora para 2016. Também verificamos que as locações têm aumentado, com salas comerciais voltando a ser ocupadas. Parece que o susto da desocupação está passando. Nossa confiança em nós mesmos está voltando. O país não irá parar, e é possível pisar no acelerador devagarzinho.”

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LIDERANÇA

EMPREENDEDORISMO ENGAJADO FORMAR NOVOS LÍDERES É A MISSÃO DO NÚCLEO NOVA GERAÇÃO DE EMPRESÁRIOS

Fortalecer as empresas e desenvolver uma nova geração de jovens lideranças do segmento imobiliário, promovendo iniciativas de qualificação, associativismo e inovação no mercado do RS. Essa é a proposta que vem sendo construída pelo Secovi/RS – Agademi desde março de 2014, quando foi criado o Núcleo Nova Geração de Empresários. O Núcleo realiza encontros mensais no formato de reuniões-almoço, além de atividades diversas que objetivam a qualificação e o intercâmbio entre os participantes. A ideia começou com um convite da Entidade a alguns jovens gestores das imobiliárias filiadas, que já demostravam conexão com o tema ao participarem de atividades da associação. O pontapé inicial aconteceu durante a Convenção 2014 da Aliança Latino-Americana de Associações Imobiliárias. Desde lá, o Núcleo realiza encontros nos quais já foram debatidos temas como desenvolvimento humano, planejamento estratégico, cenário político, associativismo, gestão, PPCI e responsabilidade civil.

Experiências motivadoras A troca de informações é outro ponto importante na organização do núcleo, que ainda promove visitas técnicas a empresas de fora do Estado e rodadas de negócios onde os participantes relatam suas impressões sobre compra e venda, locação e administração de condomínios. William de Souza, Gerente Administrativo da Armazém Predial Imobiliário, de Porto Alegre, e integrante do grupo, destaca a visita técnica ocorrida em novembro do ano passado como uma experiência importante que o motivou a buscar melhorias em seu próprio negócio. Na ocasião, os empresários conheceram as empresas Lello e Grupo Hubert na capital paulista. “As atividades estão trazendo uma riqueza fantástica de conhecimento, com ações diretas a curto e longo prazos. Somos um grupo de jovens, cheios de energia, trazendo um ar de renovação às empresas. Isso tende a qualificar e fortalecer o nosso setor”, avalia. Francisco Stopassola, Sócio e Diretor de Locações da SP Imobiliária, de Canela, também integrante do Núcleo, reconhece que a troca de experiências e a integração são formas de multiplicar os conhecimen-

tos e melhorar o know-how de mercado. “As trocas têm nos levado a um novo estágio, o de reanalisar as atitudes e procedimentos e otimizá-los. Isso faz com que as empresas ganhem em qualidade e agilidade, tanto na tomada de decisões como no atendimento ao cliente”, garante.

Foco na capacitação Em 2015, os encontros ganharam a complementação de oficinas de capacitação por módulos do Sistema de Avaliação da Gestão Simplificado (SAGS/PGQP), ministradas pelo consultor da Fecomércio/RS, franqueado PGQP, Ricardo Abud. As atividades surgiram do interesse e da necessidade dos próprios integrantes do Núcleo na aplicação de um modelo de excelência em gestão consagrado internacionalmente, oferecendo assim, um diferencial para seus clientes. Ainda para este ano, há a intenção da realização de uma nova visita técnica, desta vez a empresas do Rio de Janeiro. Saiba mais: Integrantes das imobiliárias associadas ao Secovi/RS – Agademi interessados em ingressar no Núcleo Nova Geração de Empresários podem se inscrever e buscar mais informações através do telefone (51) 3221-3700 ou pelo e-mail secovi@secovi-rs-agademi.com.br.

Integrantes do Núcleo: Alexandre Stopassola (SP Imobiliária), André Salvaterra (Imobiliária Zona Norte), Angelo Stefani (Stefani Imóveis), Anne Lise Geyer de Oliveira (Imobiliária Bento Azevedo), Cassiano Bento Alves (Imobiliária Bento Alves), Fábio Sinhorelli (Condor Haim Assessoria Imobiliária), Francisco Stopassola (SP Imobiliária), Karen Stefani (Stefani Imóveis), Laurence Andressa Lorenzoni (Cedro Imóveis), Mateus Goularte (Imobiliária Goularte), Melissa Sperinde (Sperinde Imóveis), Plínio Anele (Morano Imobiliária), Rafael Padoin Nenê (Prol Imobiliária), Rodrigo Brandalise (Brandalise Imóveis), Shamir Haim (Condor Haim Assessoria Imobiliária), William de Souza (Armazém Predial Imobiliário).

PARA USO DOS CORREIOS Mudou-se

CEP

Não procurado

Falecido

Desconhecido

Ausente

Não existe no indicado

End. insuficiente

Inf. porteiro/síndico

Reintegrado ao serviço postal em: ____/____/____ Responsável: ________________________ ____/____/____

DEVOLUÇÃO: AGF Avenida Independência Av. Independência, 990 Porto Alegre/RS | CEP 90035-072


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