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E D I Ç ÃO B R A S I L
energética com 07 Economia ventiladores em túnel
da contaminação 47 Redução por salmonella durante o processamento
Brian Fairchild & Mike Czarick
Scott M. Russell
Departamento de Ciências Avícolas, Universidade da Geórgia
21
Departamento de Zootecnia Avícola, Universidade da Geórgia
Avaliação de desempenho e diagnóstico de estresse em frangos pelo desenvolvimento de nova estratégia molecular Fábio Pértille Médico veterinário, Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
29
Práticas ou manejo da planta incubadora. Diminuição da mortalidade precoce na granja Juan Carlos López
DVM, MVSc, PhD, Hendrix Genetics
57
O início da postura Período-chave para o sucesso de um lote de poedeiras Rafael Lera García
37
Veterinário Especialista, Técnico da Hendrix Genetics Poedeiras
Prevenção e controle da doença de Marek A. Gregorio Rosales DVM, MS, Ph.D, DACPV Consultor em saúde avícola
66
Entrevista com Daniel Pigatto Presidente da Tectron
1 aviNews América Latina Abril 2018
avicultura.info 73
Nutrição do frango durante a primeira e última semana Antônio Mário Penz Junior
XIII Seminário Internacional de Patologia e Producão Aviária. AMEVEA Universidad da Geórgia, Cargill Animal Nutrition
Suporte nutricional durante
87 a temporada de estresse calórico
Marco A. Rebollo DVM, Zinpro Corp.
Segurança e eficácia no
100 controle da doença de Newcastle
Ceva Saúde Animal
Aplicação do cobre como
103 superfície antimicrobiana na medicina veterinária Ronise Depner
93
Síndrome de nanismo infeccioso em frangos de corte Guillermo Zavala
MVZ, MAM, MSc, PhD, Dipl. ACPV Avian Health International, LLC
MVZ, Médica Veterinária
LPN CONGRESS 2018,
108 evento oficial de nutrição
animal e avicultura de toda América Latina
3 aviNews América Latina Abril 2018
O FUTURO PROMISSOR DA CARNE DE FRANGO
A
carne de frango é a segunda mais
consumida no mundo, mas se posiciona cada vez mais para ser a primeira. Seu consumo proporciona uma boa fonte de proteínas de alto valor, importantes vitaminas, minerais e menos gordura saturada que outras carnes. O baixo teor de gordura saturada e colesterol da carne de frango a torna um alimento ideal para aqueles que se preocupam com a saúde e para os atletas. Essa boa imagem da carne de frango deve ser preservada, com muito cuidado, principalmente agora que as mídias sociais espalham informações negativas com grande rapidez. A carne de frango tem um preço acessível, o que a torna um alimento imprescindível para o desenvolvimento dos países.
Outro ponto que começa a ganhar a atenção dos países mais desenvolvidos é o impacto ambiental produzido na obtenção da proteína animal. A avicultura é a segunda fonte de proteína animal menos poluente no nível ambiental. A produção de 1 quilo de carne de frango gera somente 3,5 quilos de CO2; enquanto a de 1 quilo de carne de porco produz 6 quilos de CO2; a de gado, 43 quilos de CO2; e a de carne ovina, 51 quilos de CO2. A América Latina precisa cuidar de seu meio ambiente e da grande quantidade de recursos naturais. É preciso resolver problemas de saúde pública e passar a informar e educar o consumidor antes que haja desinformação; para isso, é imprescindível investir na formação dos profissionais que trabalham diariamente no setor avícola.
Um evento que certamente contribuirá para isso é o LPN Congress, que será realizado na cidade de Miami entre os dias 23 e 25 de outubro. O LPN é um congresso de alto valor qualitativo sobre avicultura e nutrição animal, exclusivamente voltado para o público latino-americano. A direção técnica é liderada pelos doutores Gregorio Rosales e Edgar Oviedo Oviedo no salão de frangos, pelo doutor Antonio GIlberto Bertechini no salão de postura; e, no salão de nutrição e alimentação de monogástricos, pelo doutor Mario Penz Junior.
Na edição Brasil de dezembro de 2017, traduzimos ao português um artigo e um anúncio da MSD Saúde Animal, originalmente publicado em espanhol na aviNews América Latina. A iniciativa nos levou ao equívoco de veicular no Brasil propaganda de um produto ainda não registrado no país. Tal iniciativa é de única e exclusiva responsabilidade do Grupo de Comunicação Agrinews, que não consultou previamente o anunciante a respeito da veiculação do conteúdo no Brasil.
BRASIL
EDITOR
GRUPO DE COMUNICAÇÃO AGRINEWS S.L. DESIGN GRÁFICO & WEB Marie Pelletier Enrique Núñez Ayllón Maitê Paier Antunes Ana Lorena Ríos de la Llave Sergio Rodríguez Núñez Oriol Marquès PUBLICIDADE Luis Carrasco +34 605 09 05 13 lc@agrinews.es Simone Dias +55 (11) 98585-2436 brasil@grupoagrinews.com DIREÇÃO TÉCNICA Dr. Gregorio Rosales, MVZ, MS, PhD., DACPV
Edgar Oviedo, Especialista de extensão-nutrição e manejo de frangos de corte
REDAÇÃO José Luis Valls Osmayra Cabrera Daniela Morales Priscila Beck TRADUÇÃO Diana Sorgato | Tikinet Caique Zen | Tikinet PREPARAÇÃO/REVISÃO Hamilton Fernandes | Tikinet COLABORADORES Winfridus Bakker Juan Carlos López Mike Czarick Dr. Susan Watkins Rodrigo Castillo Jorge Amado
Brian Jordan Ramiro Hernán Delgado Franco Douglas Waltman Douglas Zaviezo Víctor Naranjo
Barcelona - Espanha Tel: +34 93 115 44 15 info@grupoagrinews.com redacao@grupoagrinews.com
www.avicultura.info lpncongress.com A direção da revista não é responsável pela opinião dos autores. Todos os direitos reservados. Imagens: Noun Project / Freepik/Dreamstime
Revista de distribuição gratuita DIRIGIDA A VETERINÁRIOS E TÉCNICOS
Depósito Legal Avinews B11597-2013
5 aviNews América Latina Abril 2018
ECONOMIA ENERGÉTICA
COM VENTILADORES EM TÚNEL Brian Fairchild & Mike Czarick Departamento de Ciências Avícolas, Universidade da Geórgia
O
s ventiladores “eletrônicos”
frangos
com variador de frequência ou ventiladores em túnel de
velocidade variável podem resultar numa espetacular economia de energia.
A quantidade de energia elétrica utilizada por um ventilador de extração não é determinada pelo tamanho do motor, mas sim pela velocidade com que giram as pás do ventilador
Foto 1. Ventilador de 55” de velocidade variável
Foto 2. Ventilador tradicional de parede inclinada de 48” dos anos 1990
7 aviNews América Latina Abril 2018 | Economia energética com ventiladores em túnel
Quanto mais rápido o ventilador gira, maior é a quantidade de ar movimentada e maior é a potência consumida.
ENERGIA UTILIZADA PELO VENTILADOR
Podemos alterar tanto a quantidade de ar O fato de que o uso de energia aumenta exponencialmente com a velocidade do ventilador, significa que os aumentos relativamente pequenos na sua velocidade podem gerar aumentos muito grandes na quantidade de energia utilizada pelo equipamento.
movimentada como a energia consumida por um ventilador em túnel simplesmente aumentando ou diminuindo o tamanho da polia do motor, o que alteraria a velocidade com que as pás giram.
MOVIMENTO DO AR DO VENTILADOR Embora a capacidade de movimento do ar de um ventilador aumente proporcionalmente com sua velocidade, o 400 rpm
uso de energia aumenta exponencialmente com a velocidade.
1.000 W
Temos um ventilador que gira a 400 rpm (move 20.000 cfm) usando 1.000 watts de potência.
Se a velocidade do ventilador
frangos
20.000 cfm
aumentar 20%, a capacidade de movimento de ar do ventilador aumentará 20%, aproximadamente. 480 rpm
24.000 cfm
1.730 W
Aumentamos o tamanho da polia do motor para que o ventilador gire a 480 rpm (aumento de 20% do mov. de ar).
Por exemplo, se você tiver um ventilador que move 20.000 cfm (≈566 m3/min) girando a 400 rpm e aumentar a velocidade do ventilador para 480 rpm, instalando uma polia de motor maior, a capacidade de movimento de ar do ventilador aumentará 20% a 24.000 cfm (≈680m3/min).
480 rpm 400 rpm
x 20 000 cfm
24.000 cfm
mov. ar
+73%
consum. elétrico
Consequentemente, o uso de energia NÃO aumentará 20%, mas quase duplicará para 1.730 watts
IMPORTANTE
480 rpm
+20%
Os produtores NÃO devem substituir suas polias de motor de ventilador existentes por outras maiores para aumentar a capacidade de movimento de ar de seus ventiladores.
Aumento de 20% 24.000 cfm
8 aviNews América Latina Abril 2018 | Economia energética com ventiladores em túnel
Embora inicialmente possa ser menos dispendioso substituir as polias do motor do que instalar ventiladores adicionais, o uso da energia do ventilador quase duplica para um aumento de 20%, gerando um sobrecusto a longo prazo longo prazo.
Reduzir a velocidade do ventilador em 20% fará com que a capacidade de movimento de ar do ventilador no exemplo anterior diminua de 20.000 cfm para 16.000 cfm, mas a quantidade de energia utilizada pelo ventilador será reduzida pela metade, para 512 watts.
Aumentar a velocidade do ventilador não costuma ser um bom investimento; no entanto, diminuir a velocidade do ventilador pode gerar uma economia substancial de energia.
400 rpm
20.000 cfm
1.000 W
Reduzimos em 20% o movimento Diminuição do consumo em 50%
Quanto maior for a redução na velocidade do ventilador, mais drástica será a redução no uso de energia do ventilador.
512 W
frangos
16.000 cfm
VENTILADOR: Potência vs. Velocidade A Figura 1 mostra um exemplo de como o uso de energia varia com a velocidade do ventilador para um ventilador em túnel de velocidade variável de 55”.
Quando a velocidade do ventilador é reduzida de 550 rpm para 450 rpm, uma redução de aproximadamente 20%, o uso de energia do ventilador quase é reduzido pela metade, para 780 watts.
2
Mas é possível obter economias de potência ainda mais drásticas reduzindo a velocidade do ventilador de 550 rpm para 340 rpm. 3
A redução de 38% na velocidade do ventilador reduz o consumo de energia do ventilador em 65%, para apenas 350 watts, aproximadamente a mesma quantidade de potência que um ventilador de circulação de 1/3 hp-18” utiliza.
1.300 1.200 1.100
Potência em W
Quando opera na velocidade máxima, o ventilador usa 1.400 watts de potência.
1
1.400
Potencia del ventilador (vatios)
1
1.500
1.000 900 800
2
700 600 500 400
3
300 200 100 0
00 5050 100 400 450 450 500 100 150 150 200 200 250 250 300 300 350 350 400 500 550 550 600 600 Velocidade em rpm
Velocidad del ventilador (RPM)
9 aviNews América Latina Abril 2018 | Economia energética com ventiladores em túnel
A Figura 2 ilustra a relação linear geral entre a velocidade do ventilador e a capacidade de movimento de ar.
Reduzimos a velocidade de 550 rpm para 340 rpm Diminuição da velocidade em 38%
550 rpm
Pressão 0,10’’
29.000 cfm
Reduzimos em 20% a velocidade
350 rpm
14.000 cfm
menos 52% na capacidade de movimento de ar 450 rpm
22.000 cfm menos 24% na capacidade de
Ao reduzir a velocidade do ventilador de 550 para 340 rpm, uma redução de 38% na velocidade, diminui a capacidade de movimento de ar do ventilador a aproximadamente 14.000 cfm (redução de 52%).
movimento de ar
frangos
A 550 rpm e a uma pressão estática de 0,10”, o ventilador de 55” move aproximadamente 29.000 cfm. Quando a velocidade é reduzida em 20%, a capacidade de movimento de ar do ventilador diminui para aproximadamente 22.000 cfm (redução de 24%).
A redução real na capacidade de movimento de ar dos ventiladores, neste caso, NÃO é diretamente proporcional à velocidade do ventilador, uma vez que o ventilador está movendo o ar sob uma pressão estática de 0,10” e não zero.
Capacidade de movimento do ar vs. velocidade do ventilador
Capacidade de movimento de ar 0.10 (cfm)
Pressão 0,10’’
30.000 28.000 26.000 24.000 22.000 20.000 18.000 16.000 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000
Capacidade de movimento do ar ao reduzir 52%
Redução de 38% da velocidade
200
250
300
350 400 450 Velocidade do ventilador (RPM)
500
Figura 2. Capacidade de movimento do ar vs. velocidade do ventilador
10 aviNews América Latina Abril 2018 | Economia energética com ventiladores em túnel
550
600
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Ventilador de velocidade variável Com um ventilador de velocidade variável, à medida que se reduz a velocidade do ventilador, reduz-se significativamente sua capacidade de mover o ar baixo com alta pressão estática. Poderíamos ter um caso onde a velocidade do ventilador é reduzida em 20%, mas considerando que está movendo o ar sob alta pressão estática (0,15”), a capacidade de movimento de ar do ventilador poderia ser reduzida em 50% ou mais. Se a velocidade do ventilador for excessivamente reduzida, é possível que um ventilador de velocidade variável não seja capaz de gerar suficiente pressão para abrir seu próprio obturador.
Geralmente, recomenda-se que os exaustores de velocidade variável não operem abaixo de 60% de sua velocidade “total” indicada. Embora possa ser difícil entender isso no início, a observação dos ventiladores nos diz que, do ponto de vista da economia de energia, é melhor operar mais ventiladores em menor velocidade, do que menos ventiladores em velocidade alta.
Não é a quantidade de ventiladores operantes que determinará as faturas de energia, mas sim a velocidade em que estão operando.
frangos
IMPORTANTE
Se operarem a toda velocidade, três ventiladores moverão um total de 87.000 cfm (29.000 cfm a 0,10 × 3) e consumirão 4.200 watts (1.400 watts × 3). Mas operar cinco ventiladores a 375 rpm (68%) moverá a mesma quantidade de ar e consumirá apenas um total de 2.250 watts de potência (450 watts × 5). Uma economia de quase 50%, ou seja, mais ventiladores, porém contas de energia elétrica mais baixas!
13 aviNews América Latina Abril 2018 | Economia energética com ventiladores em túnel
Foto 1. Ventilador de 55” de velocidade variável
6
Foto 2. Ventilador tradicional de parede inclinada de 48” dos anos 1990
GALPÃO B
Ventiladores de velocidade variável
55“
GALPÃO DE CONTROLE A 8
4
Ventiladores de parede inclinada
Ventiladores originais
48“ 2
frangos
Exaustores de parede lateral Recentemente, um estudo começou a analisar o uso de ventiladores de túnel de velocidade variável para reduzir o custo operacional do ventilador. O estudo foi realizado num criadouro de frangos de corte com dois galpões no noroeste da Geórgia. Os galpões tinham paredes do tipo cortina de 40’ × 500’, foram construídos na metade da década de 1990 e estavam equipados com oito ventiladores de parede inclinada de 48” e dois exaustores de parede lateral de 36”.
36”
Foto 3. Ventiladores de 55” de velocidade variável equipados com controladores de velocidade (ventiladores superiores)
Num dos galpões, foram instalados seis ventiladores de velocidade variável de 55” e quatro dos ventiladores originais de 48” foram mantidos no local por segurança (Foto 1). Cada um dos ventiladores estava equipado com um “controlador de velocidade” que permitia ajustar a velocidade dos ventiladores entre 60 e 100% .
A operação do ventilador foi controlada através do controlador ambiental que enviou sinais de ligado/desligado para uma “caixa de controle” que, por sua vez, ativou o controlador de velocidade de cada ventilador conforme necessário (Foto 4).
14 aviNews América Latina Abril 2018 | Economia energética com ventiladores em túnel
Foto 4. Controlador com interface de ventilador (caixa azul) e medidores de potência (esquerda)
A velocidade inicial de cada um dos seis ventiladores de 55” (GALPÃO B) foi definida para que os ventiladores movessem a mesma quantidade de ar que a dos ventiladores existentes de 48” (340 rpm ou 62%) do GALPÃO A. O objetivo é que quando o controlador no GALPÃO B com ventiladores de velocidade variável ligasse um ventilador em túnel, este movesse a mesma quantidade de ar que os ventiladores de 48” no GALPÃO A. Quando o controlador solicitou um sétimo ventilador em túnel, a velocidade dos seis ventiladores de velocidade variável (GALPÃO B) foi aumentada para igualar a capacidade de movimento de ar de sete ventiladores de 48” (395 rpm ou 71%) do GALPÃO A. Do mesmo modo, quando o controlador solicitou um oitavo ventilador em túnel, a velocidade dos ventiladores de velocidade variável (GALPÃO B) foi aumentada para igualar a capacidade de movimento de ar de oito ventiladores de 48” (450 rpm ou 82%) do GALPÃO A.
Com a configuração a seguir: - GALPÃO A operando com 8 ventiladores - GALPÃO B operando com 6 ventiladores a 82% A velocidade do ar na área zero de ambos os galpões foi de aproximadamente 2,43m/s e 1,5m/s nas laterais. Os seis ventiladores de 55” do GALPÃO B foram capazes de mover aproximadamente 30% mais de ar quando funcionaram a 100%, embora o controlador ambiental tenha sido definido somente para permitir 100% em caso de temperaturas internas excessivas. É importante considerar que o objetivo do estudo não era aumentar a velocidade do ar no galpão com os novos ventiladores (GALPÃO B), mas fazer coincidir a capacidade de movimento de ar do sistema de ventilação existente com ventiladores muito mais eficientes energeticamente.
2
Potência do ventilador (watts)
A Figura 3 ilustra o uso total de energia dos ventiladores em túnel de acordo com o número de ventiladores que operam em cada galpão
Capacidade de movimento do ar vs. velocidade do ventilador Figura 3. Uso total de potência do ventilador vs. número de ventiladores operando
8.500 8.000 7.500 7.000 6.500 6.000 5.500 5.000 4.500 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0
1 0
GALPÃO DE CONTROLE A 48”
GALPÃO B Variable 55” 0
1
2
3 4 5 Número de ventiladores operando
GALPÃO DE CONTROLE A 8
1.000 W Potência fixa
Situação inicial
48“
0
GALPÃO B
GALPÃO DE CONTROLE A
6 Ventiladores Velocidade Variável
6 Ventiladores
operam a 68%
1.000 W x 6 = 6.000 W
Situação 7 ventiladores
Ventiladores de parede inclinada
350 W x 6 = 2.100 W
6 Ventiladores Velocidade Variável
1.000 W x 7 = 7.000 W
8 Ventiladores
530 W x 6 = 3.710 W
8
Cada um dos oito ventiladores de 48” do galpão de controle (GALPÃO A) usa aproximadamente 1.000 watts de potência independente de que seja o primeiro ventilador ou o oitavo ventilador a ser ligado.
Quando os primeiros seis ventiladores de velocidade variável estão ligados, estão configurados para operar a 68% da velocidade máxima para igualar a capacidade de movimento de ar dos ventiladores de 48” no galpão adjacente. Como resultado, consumirão apenas cerca de 350 watts em comparação com os 1.000 watts consumidos pelos ventiladores de 48” no galpão adjacente (65% de redução no uso de energia).
Quando o controlador solicitar um sétimo ventilador no galpão de controle A, cada um dos seis ventiladores de velocidade variável será acelerado um pouco para coincidir com a capacidade total de movimento de ar de sete ventiladores de 48” e o uso de energia de cada ventilador aumenta para 530 watts.
2
6 Ventiladores Velocidade Variável
1.000 W x 8 =8.000 W
7
1
7Ventiladores
Situação 8 ventiladores
6
740 W x 6 = 4.440 W
Quando o controlador solicitar um oitavo ventilador, a velocidade dos seis ventiladores aumentará novamente e o uso de energia de cada ventilador aumentará para 740 watts.
Embora o uso de energia de cada um dos ventiladores de velocidade variável aumente à medida que o controlador aciona o sétimo e o oitavo ventilador no galpão de controle, o resultado é uma redução significativa no uso total de energia dos ventiladores.
16 aviNews América Latina Março 2018 | Economia energética com ventiladores em túnel
Uso total de potência do ventilador cada hora (kw*hrs)
8 7
Potência quando conectado a um sistema de registro de dados configurado para registrar o consumo de energia a cada 15 minutos. A Figura 4 ilustra o uso total de energia do ventilador, por hora, durante os primeiros dez dias do lote de reprodutoras. Observamos uma redução significativa no uso total de energia do ventilador.
GALPÃO DE CONTROLE A 48” GALPÃO B Variável 55”
6 5 4 3 2 1
Figura 4. Uso de potência do ventilador a cada hora
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ut 30 O
ut 29 O
ut 28 O
ut 27 O
ut 26 O
ut 25 O
ut 24 O
23 O
ut
ut 22 O
ut 21 O
20 O
ut
0
A Figura 5 ilustra o custo diário de operação dos ventiladores em cada um dos galpões assumindo um custo de energia de $ 0,10 kW/h. Como era de se esperar, os ventiladores em túnel de velocidade variável reduziram o uso de energia desse equipamento entre 46% e 65%, dependendo do número de ventiladores que operem ao longo do dia.
frangos
Embora estejamos no início de um estudo de um ano, esta janela inicial para a economia potencial de energia no uso de ventiladores de velocidade variável ilustra porque existe um interesse crescente neste conceito.
9$
Custo diário de energia do ventilador
8$
Custo diário por ventilador a 0,10 kW/h
7$ 6$ 5$
GALPÃO B Variável 55”
GALPÃO DE CONTROLE A 48”
4$ 3$ 2$ 1$
Figura 5. Custo diário de energia do ventilador a $0,10 por kW/h
18 aviNews América Latina Abril 2018 | Economia energética com ventiladores em túnel
ut 30 O
ut 29 O
t 28 O u
ut 27 O
ut 26 O
25 O ut
t 24 O u
ut 23 O
ut 22 O
21 O ut
20 O
ut
0$
Ventiladores em túnel de velocidade variável Uma garantia do futuro Devido ao potencial de economia de energia significativo, há poucas dúvidas de que, no futuro, os galpões de aves de produção utilizem ventiladores em túnel de velocidade variável.
Número ideal de ventiladores Qual é o número ideal de ventiladores de velocidade variável que deve ser instalado? Quando os ventiladores de velocidade variável operam a
Mas antes de se tornarem comuns, há
toda velocidade, tendem a não ser
uma série de perguntas a responder:
muito mais eficientes do que muitos
Economia
ventiladores de velocidade fixa.
Atualmente, os ventiladores de velocidade variável e os controles associados são duas ou três vezes mais dispendiosos do que os ventiladores tradicionais de
A chave para economizar energia é instalar ventiladores suficientes. Quanto mais ventiladores forem instalados, menos horas deverão operar a 100% e maiores serão as
velocidade fixa.
frangos
economias de energia. No entanto, o custo inicial será maior.
Vida útil/confiabilidade Os ventiladores de velocidade variável requerem controladores
Economia energética
de velocidade eletrônicos que,
Economia de energia em comparação
se falharem, fazem com que seja
com os ventiladores modernos.
praticamente impossível operar com a ventilação.
Este estudo atual está analisando a substituição de velhos ventiladores em
Controle
túnel com classificações de eficiência energética mais baixas que a maioria
Atualmente, nem todos os controladores ambientais das granjas de aves de produção podem ser modificados facilmente para controlar adequadamente muitos ventiladores de velocidade variável.
dos ventiladores em túnel modernos. Os estudos devem ser realizados comparando o ventilador moderno, igual ou similar, com e sem tecnologia de velocidade variável.
A resposta a estas preguntas e a outras serão abordadas futuramente, à medida que continuem os testes nesta granja e em outras, onde atualmente estamos experimentando esta nova e promissora tecnologia.
Economia energética com ventiladores em túnel BAIXAR O PDF
19 aviNews América Latina Abril 2018 | Economia energética com ventiladores em túnel
QUER MAiS Do Seu CULTIVO DE LEVEDURA? Grandes mentes pensaM igual. Sou um frango inteligente, com seus melhores interesses de fundo. Alcancei todos meus objetivos de peso, consistentemente e com facilidade. E suas aves também podem fazer o mesmo. Meu segredo? A-MAX™ minimiza os riscos de variação na qualidade do alimento e através da cepa comprovada de levadura ajuda a estar preparado para as demandas de crescimento, produção e manutenção. É hora de trocar? Acredito que sim.
#ScienceHearted
Para mais informações sobre A-MAX, contate seu nutricionista veterinário o representante da ARM & HAMMER™ ou visite AHanimalnutrition.com. © 2018 Church & Dwight Co., Inc. ARM & HAMMER, A-MAX y sus logotipos son marcas registradas de Church & Dwight Co., Inc. AMP04182637ESP
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
E DIAGNÓSTICO
DE
ESTRESSE EM FRANGOS PELO DESENVOLVIMENTO DE NOVA
ESTRATÉGIA MOLECULAR frangos
Dr. Fábio Pértille Médico veterinário, Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
21 aviNews América Latina Abril 2018 | Diagnóstico de estresse em frangos pelo desenvolvimento de nova estratégia molecular
A galinha é um organismo ideal para estudos em filogenia, embriologia, medicina e diversas áreas da pesquisa. A proteína de frango é conhecida por
Para atingir estes padrões de produção de
possuir baixo grau de gordura, elevado
carne de alta qualidade, foram aplicados
grau de insaturação de ácidos graxos e
grandes avanços em nutrição e gestão destes
baixos níveis de sódio e colesterol, que
animais.
respondem à demanda atual do consumidor.
frangos
O frango doméstico (Gallus gallus domesticus) tem sido uma das principais fontes de proteína de alta qualidade para humanos
Todavia, grande parte dos avanços até então alcançados, são advindos da alta pressão de seleção dos animais em programas de melhoramento genético para obtenção de índices ótimos: Carcaça Eficiência Crescimento
22 aviNews América Latina Abril 2018 | Diagnóstico de estresse em frangos pelo desenvolvimento de nova estratégia molecular
frangos
Baseado em informações genômicas, o uso de abordagens moleculares tem sido uma ferramenta fundamental para entender genes que controlam características de interesse comercial para melhorar as estratégias de seleção dentro dos programas de melhoramento já existentes
Estas abordagens moleculares não só contribuem para a melhoria da seleção, mas também para a compreensão da história evolutiva das galinhas e dos mecanismos genéticos e epigenéticos envolvidos neste processo evolutivo e na diversificação genética desta espécie. Este entendimento também é importante em um contexto humanitário para melhorar as necessidades dos animais e seus ambientes de criação, visto que os modelos atuais de produção em larga escala são questionados em relação à saúde e bemestar animal.
23 aviNews América Latina Abril 2018 | Diagnóstico de estresse em frangos pelo desenvolvimento de nova estratégia molecular
Neste sentido, nosso grupo de pesquisa no Brasil uniu esforços em colaboração com um grupo de pesquisa na Suécia para otimização de técnicas moleculares para identificação de marcadores que nos ajudassem a entender os genes controladores de caraterísticas de desempenho
Sequenciamento de próxima geração (NGS)
e bem-estar em frangos.
Para entender os mecanismos moleculares que regem estas características de interesse, especialmente na última década, surgiram abordagens de sequenciamento de alto rendimento, também chamados de sequenciamento de próxima geração (NGS, Next-Gen Sequencing)
Estas metodologias forneceram uma grande quantidade de informações a serem usadas tanto para identificação de mutação genética, como variações epigenéticas por meio de marcadores moleculares chamados: polimorfismos de nucleotídeos únicos (SNPs) e janelas de metilação diferencial no DNA (DMRs).
Neste sentido, tendo em vista a demanda na criação de um método de custo eficiente, realizamos simulações in silico para seleção de uma enzima de restrição (ER) que de uma fração reduzida do
responsáveis por alterações
genoma da galinha de forma
funcionais no genoma da galinha,
eficiente, econômica, confiável
ou podem ser localizados em
e reprodutível para descoberta,
regiões genômicas neutras, sendo
caracterização e validação de SNPs
fundamentais em muitos processos
e regiões metiladas.
e atividades genéticas.
frangos
permitisse o sequenciamento Esses marcadores podem ser
Esta estratégia possibilitou a obtenção de fragmentos
Além disso, a NGS permitiu o desenvolvimento
que apresentam distribuição
de painéis de SNP que permitem testes
abrangente e enriquecem regiões
generalizados de associações de SNPs com
de microcromossomos, que são
fenótipos específicos de interesse. No entanto,
subrepresentados nos painéis
estes painéis de SNPs têm cobertura limitada
de genotipagem disponíveis
em regiões genômicas funcionalmente
comercialmente.
importantes em populações experimentais. Embora a NGS tenha poder suficiente para detectar polimorfismos informativos, seu alto
in silico: Feito por computador
custo a torna impraticável para utilização no melhoramento genético animal, estudos de associação genômica ampla (GWAS) e estudos para detecção de DMRs por imunoprecipitação do DNA metilado (MeDIPS).
25 aviNews América Latina Abril 2018 | Diagnóstico de estresse em frangos pelo desenvolvimento de nova estratégia molecular
Regiões dos microcromossomos são ricas em
Assim, a partir de uma abordagem
genes com alto conteúdo de CpG*.
desenvolvida em Cornell, EUA, descrita
A citosina (C) dos dinocleotídeos CpGs é passível de metilação em animais, podendo ser utilizada como marcador epigenético.
anteriormente para o milho, realizamos uma detalhada descrição, passo a passo, da otimização completa do protocolo reprodutível com base no sequenciamento reduzido do genoma do frango.
Citosina
ESTUDO
462 A partir de 462 animais genotipados usando este protocolo, foi possível identificar SNPs associados com características de desempenho em galinhas.
frangos
Parte destes SNPs já foram descritos como associados com as mesmas características em outras populações e outros revelaram novas regiões candidatas. O detalhamento destas regiões genômicas associadas com desempenho foi também publicado em forma de artigo científico.
Esta metodologia de baixo custo também teve colaboração de pesquisadores da Universidade Federal da Amazônia para aplicação da técnica em uma espécie (Colossoma macropomum) de peixe da Amazônia, conhecido como Tambaqui.
A metodologia desenvolvida também permitiu um aprimoramento na técnica de sequenciamento de DNA metilado por imunoprecipitação (MeDIPseq), visto que nossa abordagem utilizando RE mostrou um padrão de cobertura no genoma que o torna único em comparação com outras abordagens. Esse perfil inclui não apenas um enriquecimento de diferentes regiões funcionais, mas também uma alta interrogação de microcromossomas, que são regiões ricas em CpG e apresentam maior densidade de genes do que os macrocromossomos. Isto nos fez considerar o uso desta metodologia para o desenvolvimento de outros estudos envolvendo acesso de perfis de metilação de indivíduos. SNPs: Polimorfismos de nucleótidos únicos
*Ilhas CpG: regiões de DNA onde existe uma grande concentração de pares de citosina e guanina ligados por fosfatos
26 aviNews América Latina Abril 2018 | Diagnóstico de estresse em frangos pelo desenvolvimento de nova estratégia molecular
Tradicionalmente, a análise de regiões diferencialmente metiladas (DMR) considera o genoma completo e tem custo elevado. Nossa descoberta possibilitou reduzir o preço da técnica por meio da utilização de uma ER derivada da otimização do GBS*.
CONCLUS ÕES
Os CpGs enriquecidos por digestão com enzima de restrição podem ser usados como sentinelas de estresse prolongado.
Em resumo, nosso trabalho resultou na descoberta de regiões genômicas, associadas ao desempenho em galinhas, e na mensuração de estresse em animais, por quantificação de
Utilizamos DNA de eritrócitos de galinhas, visto que são células de fácil acesso a campo e fácil isolamento do tecido sanguíneo, em condições diferentes de criação (criados em gaiola vs aviário aberto).
regiões diferencialmente metiladas. Esta metodologia nos aproxima muito do desenvolvimento de uma de estresse em animais, submetidos a diferentes condições de criação,
Identificamos centros de regiões diferenciadamente metiladas.
e da realidade da aplicação direta dos resultados obtidos por meio de
Estas DMRs podem ser acessadas no repositório (EMBL-EBI) do European Nucleotide Archive (ENA) sob número de acesso PRJEB21356.
*GBS: Genotipificação por sequenciação
frangos
ferramenta definitiva para diagnóstico
ferramentas moleculares ao campo.
Avaliação de desempenho e diagnóstico de estresse em frangos pelo desenvolvimento de nova estratégia molecular BAIXE O PDF
Este trabalho contou com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e, atualmente, sua continuidade recebe o respaldo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). As referências podem ser requeridas por petição.
27 aviNews América Latina Abril 2018 | Diagnóstico de estresse em frangos pelo desenvolvimento de nova estratégia molecular
PLANTA DE INCUBAÇÃO LIVRE DE PREOCUPAÇÕES É um estado de espírito. Saber que a equipe está bem, que o HVAC é eficiente e que os embriões estão acomodados em um ambiente perfeito.
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PRÁTICAS OU MANEJO
DA PLANTA INCUBADORA
DIMINUIÇÃO DA MORTALIDADE PRECOCE NA GRANJA
incubação
Juan Carlos López, DVM, MVSc, PhD Hendrix Genetics
A
terceira fase do ciclo total de vida de um frango até chegar ao abatedouro ocorre na planta
incubadora: 20 a 21 dias de incubação
+ 35 a 40 dias na granja.
Os manejos e práticas realizados na planta incubadora podem aumentar o potencial genético dos pintos, comprometê-lo e, no pior dos casos, ser a causa da mortalidade ao chegar à granja
29 aviNews América Latina Abril 2018 | Práticas ou manejo da planta incubadora
Desinfecção correta dos ovos e transporte para a granja
Recebimento dos ovos férteis e armazenamento na planta Deve-se controlar a temperatura dos ovos
Partindo do princípio de que os ovos
ao serem descarregados do caminhão e no
dessa indústria provêm de aves saudáveis,
trajeto para dentro da planta.
devemos garantir que: Haja coleta frequente dos ovos.
Aumentos na T
Os ninhos sejam suficientes, estejam
podem fazer com
limpos e sejam fechados à noite.
que os ovos “suem”.
A desinfecção, independente do produto utilizado, seja realizada o mais cedo possível.
Ao diminuir novamente a temperatura ao entrar na planta incubadora, os
Os ovos sejam armazenados em
agentes patogênicos que estavam na
temperatura abaixo do zero
superfície da casca podem ter acesso
incubação
fisiológico.
ao interior dos ovos.
O caminhão, que transporta os
Os agentes patogênicos que
ovos da granja para a planta, seja
penetraram podem causar
previamente limpo, desinfetado e
mortalidade embrionária durante o
sua temperatura seja igual ou menor
processo de incubação, ou estarem
que a do recinto de armazenamento
presentes nas aves no momento
dos ovos na granja.
do nascimento e serem causa de mortalidade na granja.
Tabla 1. Tabela de referência da temperatura para evitar que os ovos suem.
Zero fisiológico 1
Temperatura fora do local de armazenamento
Temperatura do local de armazenamento
15°C
18°C
21°C
24°C
21°C
—
—
—
> 85 % HR
18°C
—
—
> 83 % HR
> 71 % HR
16°C
—
> 89 % HR
> 74 % HR
> 60 % HR
11ºC
> 74 % HR
> 64 % HR
> 53 % HR
> 44 % HR
É quando a temperatura é baixa o suficiente para manter a atividade celular do embrião a um nível reduzido, mas que seja reversível, isto é, que o embrião esteja apto a continuar seu desenvolvimento posterior.
30 aviNews América Latina Abril 2018 | Práticas ou manejo da planta incubadora
Reidratante em gel para pintinhos Melhora o arranque e o peso corporal do pintinho na primeira semana de vida. Melhora o sistema imunolĂłgico e gatrointestinal do pintinho. Melhor qualidade de pintinho.
O objetivo do pré-aquecimento é fazer com que os ovos, antes de serem colocados na incubadora, tenham temperatura e grau de desenvolvimento semelhantes, o que favorece que o maior número de aves nasça ao mesmo tempo e que não se desidratem
Temperatura embrionária
A temperatura embrionária é o fator mais determinante não somente para o nascimento, mas também para o desenvolvimento corporal adequado e, portanto, para a boa sobrevivência na granja. Temperaturas acima de
desnecessariamente nos nascedouros
101oF (38,3oC) têm sido
à espera de que as outras aves estejam
associadas a problemas de
prontas.
patas, malformação e mau posicionamento (Foto 1).
O tempo de pré-aquecimento deve ser o necessário para que a temperatura interna dos ovos chegue a 25°C (77°F)
Problema de cicatrização umbilical (Foto 2).
incubação
Pré-aquecimento
Temperatura, ventilação e umidade
do saco da gema
carbono (mais de 1000 ppm no local das
(Foto 3. Esquerda, saco da
incubadoras; mais de 3000 ppm dentro
gema 8%; direita, 25%).
da incubadora) são o resultado de uma ventilação inadequada, que deve ser corrigida.
A falta de utilização do saco da gema (sacos da gema maiores que 15%) contribui para a falta de
Em nascedouros, o nível mais alto dentro
desejo das aves de buscar alimento e água
da máquina não deve superar 6000 ppm; geralmente está num nível entre 3500-4500 ppm. Após o nascimento das aves, o nível de CO2 deve ser inferior a 2500 ppm. Sem um nível adequado de oxigênio nos nascedouros, o mecanismo de utilização do saco da gema se vê comprometido
Umidade
Ventilação
Falta de utilização Níveis muito altos de dióxido de
A umidade das incubadoras deve ser tal que, no momento da transferência, os ovos tenham perdido cerca de 12% do peso inicial. Perdas muito baixas de peso serão refletidas em câmaras de ar pequenas que dificultarão a saída das aves, resultando em lacerações conhecidas como articulações avermelhadas. Uma ave com problemas locomotores ao chegar à granja, não vai caminhar em busca de comida e alimento e vai morrer de inanição e desidratação na primeira semana na granja
33 aviNews América Latina Abril 2018 | Práticas ou manejo da planta incubadora
Janela de nascimento Calcular a janela de nascimento é uma prática
T corporal das aves em nascedouros e durante o armazenamento
que deve ser rotineira. Isso proporciona
Após a maior parte das aves terem saído
informação vital sobre o número de horas
da casca, deve-se medir sua temperatura
de incubação total que os ovos estão
corporal e realizar os ajustes necessários
demandando, já que por diferentes manejos
para que estejam entre 39,4 e 40oC
na granja a condutância das cascas pode
(temperatura cloacal) (103 e 104oF).
mudar e, portanto, o perfil de incubação que
Durante o processo de sexagem e
incorreto.
incubação
Em frangos de corte, no máximo 2% das aves devem estar fora das 30 horas do momento programado para que sejam processados
Processo de determinação do sexo & vacinação
tem sido usado com sucesso pode ser agora
vacinação, a temperatura corporal das aves pode baixar, mas devem recuperá-la no recinto de espera, antes de serem transportadas. Temperaturas superiores ou inferiores produzem grandes perdas de peso. Ao terminar de serem processadas, as aves devem ser enviadas para a granja o quanto antes para que se alimentem e bebam água.
Um atraso desnecessário no fornecimento de ração e água afeta negativamente o desenvolvimento intestinal, a imunidade e o ganho de peso das aves
A sobrevivência das aves ao chegar à granja depende depende, em grande medida, das condições das condições ambientais oferecidas durante a incubação.
Temperatura embrionária, perda de peso, janela de nascimento ou temperatura cloacal são algumas das medições necessárias para garantir o correto desenvolvimento embrionário e o bem-estar das aves.
Práticas ou manejo da planta incubadora. Diminuição da mortalidade precoce na granja BAIXE O PDF
34 aviNews América Latina Abril 2018 | Práticas ou manejo da planta incubadora
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PREVENÇÃO & CONTROLE DA DOENÇA DE MAREK
A. Gregorio Rosales, DVM, MS, Ph.D, DACPV Consultor em saúde avícola
O
patologia
vírus da doença de Marek “MDV” é um herpes-vírus extremamente contagioso que pode causar:
Mortalidade Imunossupressão severa Tumores Infiltrações linfocitárias em diferentes órgãos e tecidos Outros vírus da família dos retrovírus também são capazes de causar doenças tumorais em reprodutoras pesadas, como as leucoses e a reticuloendoteliose.
A doença de Marek continua sendo uma ameaça mundial para a saúde e para a viabilidade e rendimento produtivo de reprodutoras pesadas. O vírus continua evoluindo e torna-se mais letal
Em alguns casos, podem ocorrer infecções mistas de vírus de Marek e retrovírus aviários, dificultando o diagnóstico; além disso, ocasionalmente podem surgir tumores espontâneos de origem não infecciosa.
Este artigo é uma breve revisão das práticas mais importantes de controle e prevenção de Marek, processos adequados de vacinação e as etapas para um diagnóstico correto.
37 aviNews América Latina Abril 2018 | Prevenção e controle da doença de Marek
Vírus de Marek. Infecção e transmissão 1
O vírus de Marek se replica no epitélio folicular das penas e é disseminado no ambiente através de células epiteliais descamadas que se combinam com a poeira ambiental, onde o vírus pode sobreviver por longos períodos.
2
3
A infecção começa quando os pintinhos inalam ar contaminado com poeira ou células da descamação, e o vírus chega aos pulmões, onde é capturado por macrófagos e células dendríticas.
A poeira contaminada pode acumular nas roupas, calçados, ovos e materiais de embalagem.
Entorno
Ela se dispersa no ar com extrema facilidade e, assim, serve de veículo para a transmissão do vírus.
patologia
O vírus chega aos folículos das penas, onde completa o ciclo de replicação e é excretado dentro de células epiteliais descamadas, que se incorporam à poeira do ambiente.
Linfoma MD
Fase latente: linfócitos
É importante reconhecer que, ainda que a vacinação pode reduzir o grau de infecção e transmissão do vírus, é incapaz de prevenir totalmente a infecção, replicação e liberação de vírus patogênicos no ambiente. É impossível evitar que aves saudáveis, produtivas e livres de problemas clínicos sejam portadoras de vírus patogênicos, sendo, portanto, fonte de infecção para outras aves.
Infiltração de nervos
Transformação de linfócitos 3/4 semanas
38 aviNews América Latina Abril 2018 | Prevenção e controle da doença de Marek
Linfócito T potencialmente infectado
4
As células dentríticas processam e transportam o vírus para órgãos linfoides, onde infetam os linfócitos B e, posteriormente, os linfócitos T.
patologia
Replicação precoce nos pulmões
Infecção
Linfócito B
Fase citolítica precoce Morte celular
Linfócito T ativado 1 semana Morte celular
5
A vacinação previne a proliferação de linfócitos T tumorais (onde o vírus pode estar latente antes de gerar tumores)
39 aviNews América Latina Abril 2018 | Prevenção e controle da doença de Marek
Historicamente, a vacinação tem sido um fator determinante para a prevenção da doença e o crescimento da indústria. A maioria das vacinas disponíveis é de vírus vivo e associada a células.
Vacinas comerciais de vírus vivo As vacinas comerciais de vírus vivo incluem:
Vacinas de vírus vivo
e/ou serotipo 1 -CVI-988 (Rispens)-
2
Com a combinação dos serotipos 1 e 2, maximiza-se o grau de proteção. A combinação de HVT com Rispens é a mais usada para proteger reprodutoras contra vírus extremamente virulentos.
Vacinas de vetores ou recombinantes
rHVT/NDV: Marek+Newcastle rHVT/ILTV: Marek+Laringotraqueíte rHVT/AIV: Marek+Influenza aviária rHVT/IBDV/NDV: Marek+Gumboro+Newcastle rHVT/IBDV/ILTV: Marek+Gumboro+Laringotraqueíte
Vacinas recombinantes
In ovo patologia
Subcutânea ou intramuscular Vacinas HVT
1
Serotipos 2 -SB-1 y 301/B1-
Serotipo 3: Herpes-vírus de peru (HVT)
rHVT/IBDV: Marek+Gumboro
No nascimento, por via subcutânea ou intramuscular
A vacina HVT pode ser combinada com vacinas de:
Serotipo 2: SB-1 y 301/B1
As vacinas de vetores ou recombinantes são combinações de rHVT com inserções genéticas de outros vírus.
Na vacina de vírus vivo, ele se replica e permanece dentro de células cultivadas para a produção das vacinas, que podem ser injetadas: Em embriões, aos 18 dias de incubação (método in ovo)
Serotipo 1: CVI-988 (Rispens)
Vacinas tradicionais
Vacinas
As vacinas recombinantes contêm HVT, que funciona como vetor para inserir genes codificadores de proteínas imunizantes de outros vírus. Induzem imunidade contra o vetor HVT e contra as proteínas expressas do vírus forasteiro. As vacinas recombinantes não devem ser usadas isoladamente em reprodutoras, nem combinadas com outros vírus HVT ordinários ou rHVT recombinantes, pois a resposta para as proteínas do vírus invasor será comprometida.
40 aviNews América Latina Abril 2018 | Prevenção e controle da doença de Marek
Manipulação e preparação de vacinas As vacinas associadas a células são conservadas em nitrogênio líquido (–196°C/ –320°F) e são reconstituídas em diluentes específicos fornecidos pelo fabricante. As vacinas livres de células são liofilizadas e refrigeradas, mas não são usadas industrialmente. A reconstituição e a administração das vacinas devem ser realizadas seguindo estritamente os protocolos recomendados pelo fabricante.
patologia
A higiene rigorosa da sala de preparação de vacinas e da equipe de vacinação é um requisito imprescindível para evitar contaminações.
A importância da constante formação Os processos de armazenamento, descongelamento, reconstituição, higiene e administração das vacinas demandam treinamento periódico e auditorias rotineiras por especialistas em controle interno e externo de qualidade.
É imprescindível seguir sempre as recomendações das empresas produtoras de vacinas. Não se deve incorporar aditivos e/ou antibióticos indiscriminadamente aos diluentes das vacinas.
Os produtores devem consultar veterinários especialistas, familiarizados com os produtos disponíveis, sobre diferentes estratégias de vacinação, desafios locais e processos de seleção, manipulação, preparação e administração de vacinas.
41 aviNews América Latina Abril 2018 | Prevenção e controle da doença de Marek
Administração da vacina A administração de vacinas in ovo tem melhorado a proteção contra doenças e tem tido efeito positivo na resposta imune não específica contra outros agentes.
patologia
Em situações de grande desafio e quando frangos são transportados em viagens longas, é comum administrar uma vacina in ovo seguida de uma segunda dose no nascimento.
42 aviNews América Latina Abril 2018 | Prevenção e controle da doença de Marek
A administração de uma vacina in ovo, seguida de uma segunda dose no nascimento, tem melhorado substancialmente a proteção em áreas com alta densidade avícola, granjas de idades múltiplas e em operações que reutilizam a cama aviária
As vacinas já reconstituídas devem ser mantidas sob refrigeração e devem ser administradas num período de 30 a 60 minutos, além de serem periodicamente agitadas com suavidade para prevenir a sedimentação das células e garantir uma dose uniforme.
Falhas na vacinação
Fatores que influenciam as falhas de vacinação Deficiências no armazenamento, na manipulação, na preparação e na administração de vacinas.
Os pintinhos não estarão protegidos até que o vírus da vacina estabeleça a viremia, o que pode levar entre 4 e 5 dias. É essencial diminuir o risco de infecção precoce pelo vírus de Marek e outros agentes imunossupressores, o que se pode obter com limpeza, desinfecção,
Títulos vacinais baixos ou diluição excessiva de vacinas. Uso de aditivos (antibióticos) que afetam o pH e/ou a osmolaridade do diluente. Interferência de outros vírus na resposta contra a vacina de Marek. Exposição precoce a vírus de Marek muito letais.
descanso sanitário e
Imunossupressão por outros agentes
biossegurança.
infecciosos (Gumboro ou anemia
Fatores do manejo
infecciosa). Estresse calórico durante o nascimento, processamento ou transporte. Condições impróprias durante a criação e o desenvolvimento. Alta densidade, espaço insuficiente para comedouros e bebedouros, distribuição deficiente de alimento, ou baixo peso e baixo desenvolvimento corporal. Baixa qualidade de ingredientes nutricionais, altos níveis de micotoxinas ou níveis inadequados de nutrientes essenciais.
Diagnóstico As lesões tumorais podem surgir a partir das 3 semanas de idade, mas são mais frequentes durante o desenvolvimento e perto da maturidade sexual. Recentemente, observaram-se problemas relacionados ao pico da produção, fenômeno conhecido como Marek tardio.
patologia
O isolamento do vírus tem pouco valor diagnóstico porque mesmo as aves protegidas e saudáveis podem ser infectadas.
Amostras recomendadas para o diagnóstico Frequentemente é necessário o uso de
O diagnóstico deve ser baseado no
métodos imuno-histoquímicos, ou
histórico clínico, incluindo mortalidade, lesões que incluam nervos periféricos engrossados, tumores em vários órgãos internos, nódulos na pele e irregularidades na forma e na coloração dos olhos (olho cinza), que devem ser confirmadas pela histopatologia.
moleculares,que possam detectar proteínas específicas, ou altas concentrações de DNA do vírus de Marek nos tecidos, descartando outros vírus oncogênicos.
É importante coletar uma série completa de tecidos para serem examinados por um especialista em patologia aviária
As amostras recomendadas para o diagnóstico são resumidas a seguir: Histopatologia (tecidos afetados em uma solução de formaldeído a 10%): Fígado, rim, baço, proventrículo, nervos periféricos (ciático, vago, mesentéricos), encéfalo, bursa de Fabricius, gônadas, pele e olhos. Exames PCR e imuno-histoquímica Tecidos afetados congelados, impressão dos tecidos em cartões FTA, tecidos fixados e em blocos de parafina.
44 aviNews América Latina Abril 2018 | Prevenção e controle da doença de Marek
Quando há mortalidade e possíveis tumores, devem ser selecionadas aves caquéticas e/ou letárgicas ou paralisadas, ou que tenham morrido recentemente, para realizar os métodos confirmatórios descritos. Deve-se coletar um histórico clínico detalhado, incluindo o histórico de vacinação, mortalidade semanal e porcentagem de aves com lesões aparentemente tumorais.
patologia
Uma vez confirmado o diagnóstico, devem ser investigadas as possíveis causas. É possível encontrar infecções mistas com vírus de Marek e outros vírus tumorais, o que requer exames adicionais. O isolamento do vírus somente é adotado, ocasionalmente, para caracterizar sua patogenicidade em aves suscetíveis. O controle da doença de Marek depende da correta seleção de vacinas; de um excelente processo de manipulação de vacinas e da vacinação; de biossegurança, limpeza e desinfeção; e do controle de outros agentes imunossupressores. O diagnóstico confirmatório exige uma abordagem correta no laboratório e a exclusão de outras possíveis causas de tumores. Prevenção e controle da doença de Marek BAIXE O PDF
45 aviNews América Latina Abril 2018 | Prevenção e controle da doença de Marek
REDUÇÃO DA
CONTAMINAÇÃO POR SALMONELLA DURANTE O PROCESSAMENTO
O
s problemas de qualidade da cama aviária e o uso de nebulizadores para combater o calor podem fazer
A aviNews presta homenagem
com que as aves se molhem e se sujem com
ao Dr. Scott Russell, publicando
material da cama e excrementos, o que
uma versão resumida deste
pode gerar sério problema de contaminação
artigo escrito pouco antes de
na planta de processamento, por haver uma
seu falecimento.
grande quantidade de matéria orgânica no tanque de escaldagem.
A água contaminada entrará em contato com a pele restante das aves, de forma que, durante sua passagem pela depenadeira, as bactérias da água suja vão se fixar à pele e aos folículos das penas.
47 aviNews América Latina Abril 2018 | Redução da contaminação por salmonella durante o processamento
abatedouro
Scott M. Russell Departamento de Zootecnia Avícola, Universidade da Geórgia
A contaminação da pele e dos folículos
O objetivo é diminuir ao
das penas pela presença de agentes
máximo a matéria fecal
bacterianos na água, pode ser reduzida
presente sobre a pele das
em até 90% ao instalar uma escova e uma
carcaças antes que elas
ducha com cloro antes e depois do tanque
cheguem ao chiller.
escaldador.
Tanque de escaldagem O tanque de escaldagem é um dos pontos de contaminação com Salmonella mais importantes em qualquer planta de processamento. A maioria desses tanques não tem um fluxo de água adequado em
Figura 1. Substituição de múltiplos tanques de escaldagem para diluir a matéria orgânica
O fluxo de água deve ser abundante, de modo que a matéria orgânica no tanque possa ser efetivamente diluída. Uma prática recomendada é instalar múltiplos tanque de escaldagem para diluir ao máximo a matéria orgânica, como ilustrado na Figura 1.
Tanque 1
Saída de água
Tanque 2
Direção do fluxo de água
Tanque 3
Objetivo
abatedouro
contracorrente.
A água deve circular contra a direção das carcaças para uma lavagem efetiva.
O objetivo é reduzir ao mínimo a quantidade de matéria orgânica que entra no chiller, onde a eficácia de qualquer agente oxidante como o cloro é reduzida drasticamente, conforme aumenta a matéria orgânica.
48 aviNews América Latina Abril 2018 | Redução da contaminação por salmonella durante o processamento
Direção das aves
Entrada de água
Controle da contaminação cruzada com Salmonella no tanque de escaldagem Paradoxalmente, a ação de retirar a matéria orgânica de aves contaminadas,
Avaliação da eficácia da escaldadeira
na realidade, aumenta ainda mais a contaminação das outras carcaças, uma
A avaliação microbiológica do tanque de
vez que a matéria orgânica retirada infecta
escaldagem é fundamental para determinar
a água do tanque de escaldagem, criando
se o equipamento representa um ponto
assim condições para contaminação
de alto risco para contaminação por
cruzada.
Salmonella.
O uso de múltiplos tanques de escaldagem é muito importante para reduzir a contaminação.
A Figura 3 mostra um exemplo de tanque escaldador que não opera corretamente. Os possíveis motivos para esse problema incluem:
temperatura do tanque de escaldagem de aproximadamente 55 °C para 38-43 °C. Esta prática é prejudicial, pois faz a matéria orgânica submergir para o fundo do tanque
Temperatura muito baixa do tanque abatedouro
Algumas empresas reduzem a
Abastecimento de água insuficiente A água flui na mesma direção que as carcaças em vez de fazê-lo na contracorrente
e isso facilita a contaminação por Salmonella, que vive e, inclusive, se multiplica a 38 °C.
Figura 2. Escaldador funcionando como um banho e não como uma estação de lavagem em contracorrente Os tanques de escaldagem antigos não dispõem de um fluxo de água em contracorrente, sendo essa a pior situação para o controle da Salmonella. A situação se agrava quando a planta de processamento tem restrições de abastecimento de água.
49 aviNews América Latina Abril 2018 | Redução da contaminação por salmonella durante o processamento
Figura 3. Tanque de escaldagem com funcionamento inadequado, o que aumenta a contaminação por Salmonella conforme as carcaças transitam por ele
Uma vez implementadas essas correções,
70
microbiológica. A Figura 4 ilustra um cenário
60
realista numa planta de processamento que opera corretamente.
50 40 20
Figura 4. Tanque de escaldagem com funcionamento adequado, caso em que a contaminação é reduzida antes, durante e após a escaldagem das carcaças
10
70
30
0
Pré-escaldagem
Pós-escaldagem
abatedouro
Correção do problema Este problema pode ser corrigido com uma (ou mais) das seguintes ações: Estabelecer um fluxo de água em contracorrente
Prevalência de Salmonella (% positivo)
Prevalência de Salmonella (% positivo)
é importante fazer nova avaliação
60 50 40 30 20 10 0
Pré-escaldagem
Pós-escaldagem
Garantir uma temperatura da água de, no mínimo, 50 °C
Enfim, a escaldadeira é um
Instalar um sistema de escovação e
ponto importante para fazer
duchas de cloro imediatamente após o
intervenções que permitam o
sangramento para retirar o excesso de
controle efetivo da Salmonella,
matéria fecal antes da escaldagem
sendo especialmente relevante
Considerar a adição de algum produto químico no tanque
quando as avaliações microbiológicas demonstrem que o tanque de escaldagem é um ponto de risco importante.
50 aviNews América Latina Abril 2018 | Redução da contaminação por salmonella durante o processamento
Adição de produtos químicos ao tanque de escaldagem e controle das temperaturas Uma pesquisa da U.S. Poultry & Egg
Nenhum desses produtos é efetivo, pois
Association (Associação Americana de
o cloro perde a eficácia imediatamente
Produção de Aves e Ovos) revelou que
ao entrar em contato com matéria
aproximadamente 50% das empresas
orgânica e o hipoclorito de sódio não tem
utilizam cloro no tanque e 50% hipoclorito
impacto significativo sobre os níveis de
de sódio.
contaminação bacteriana.
Figura 5. Efeito de um produto químico para esterilizar a água da escaldadeira (redução de bactérias aeróbicas)
Pode-se considerar a adição de um
Controle
Tratamento
6
NaClO
desinfetante ácido, o que permite reduzir a temperatura da água, embora tenha grande impacto sobre a eficácia e o custo
5 3
Benefícios da utilização de produtos químicos no tanque de escaldagem
2 1 str a Am 1 ost ra Am 2 ost ra Am 3 ost ra Am 4 ost ra Am 5 ost ra Am 6 ost ra Am 7 ost ra Am 8 ost ra Am 9 ost ra 10
0
As Figuras 5 e Figura 6 ilustram as concentrações de bactérias antes e após a escaldagem quando se utiliza água sem produtos químicos e quando se utiliza produtos para reduzir o índice bacteriológico.
Quando se utiliza produtos químicos no tanque de escaldagem é possível reduzir a temperatura da água, o que pode trazer os seguintes benefícios: Facilidade na remoção das penas (quando a água é acidificada) Menor proliferação bacteriana,
Figura 6. Efeito de um produto redutor do índice bacteriológico sobre a concentração de E. Coli (unidades formadoras de colônias) detectada em carcaças imediatamente após a escaldagem Tratamento
5
Diminuição dos problemas de superescaldagem, especialmente no músculo do peito Diminuição no custo de energia para
4
manter a temperatura do tanque de
3
escaldagem
2
Menor cozimento excessivo da gordura subcutânea, o que permite melhores
0
rendimentos
str a Am 1 ost ra Am 2 ost ra Am 3 ost ra Am 4 ost ra Am 5 ost ra Am 6 ost ra Am 7 ost ra Am 8 ost ra Am 9 ost ra 10
1
Am o
Log10 unidade de formação de colônias/mL
Controle
incluindo a da Salmonella
51 aviNews América Latina Abril 2018 | Redução da contaminação por salmonella durante o processamento
abatedouro
da escaldagem
4
Am o
Log10 unidade de formação de colônias/mL
Cl
Controle da contaminação cruzada na depenadeira Os dedos de borracha das máquinas maiores riscos de contaminação cruzada nas plantas de processamento, por entrarem em contato direto com superfícies contaminadas para, posteriormente, entrar em contato com o resto das carcaças.
Pesquisas realizadas na universidade da Geórgia mostram que a água que se acumula no fundo dessas máquinas pode conter facilmente até 1 milhão de bactérias por mililitro, mesmo quando é utilizada água com uma concentração de cloro de 40 ppm.
Figura 7. Prevalência da Salmonella antes e depois da depenagem
Prevalência de Salmonella (% positivo)
depenadeiras representam um dos
A Figura 7 mostra o aumento da prevalência de Salmonella durante a depenagem.
AviPlus® P é a mais avançada combinação microencapsulada de ácidos orgânicos e compostos naturais idênticos para melhorar o crescimento e eficiência alimentar na avicultura, com aprovação específica da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA). É um produto exclusivo, cujos ingredientes são liberados lenta e oportunamente ao longo do trato gastrointestinal, onde podem melhorar de forma sinérgica a integridade intestinal, aumentando a eficiência na absorção de nutrientes e, consequentemente, o desempenho produtivo. Sua inovação e eficácia estão comprovadas por patentes internacionais e publicações em revistas científicas. AviPlus® P. Escolha a diferença que faz a diferença.
80 70 60 50 40 30 20 10 0
Antes da depenagem
Depois da depenagem
Avaliação da contaminação cruzada nas depenadeiras
Estudos subsequentes comprovaram que esta ação também tem grande impacto na redução da salmonella nas carcaças conforme saem do chiller.
Um problema quanto ao uso de produtos
Controle
Tasker Blue
6 5 4 3 2 1 0
Antes da depenagem
Depois da depenagem
abatedouro
Os efeitos foram realmente surpreendentes, pois a adição dos produtos Tasker Blue resultou em uma diminuição de 2,7 log10 (mais de 99%) de bactérias sobre a superfície das carcaças ao chegar à estação de reprocessamento.
Figura 8. Recontagem de bactérias aeróbicas antes da depenadeira e após a estação de reprocessamento Recontagem de bactérias aeróbicas (log10 cfu/mL)
A Figura 8 ilustra os dados resultantes de avaliações realizadas em tanques de escaldagem, depenadeiras e estações de pulverização tipo Nova York, onde foi adicionada água clorada (controles) ou o produto “Tasker Blue”.
Desinfecção química da cadeia de processamento
químicos no tanque escaldador ou na máquina depenadeira é que os
Em geral, existem três métodos para
administradores não estão acostumados
reduzir bactérias patógenas na cadeia do
a investir em nenhum ponto “no início do
processamento, excluindo-se:
processamento”, mas sim ao final. O investimento no início do processamento pode mudar rapidamente conforme for modificada a legislação relativa aos níveis de contaminação permissíveis para
O tanque de escaldagem A depenadeira O sistema de resfriamento Os sistemas de imersão após o resfriamento
Salmonella.
53 aviNews América Latina Abril 2018 | Redução da contaminação por salmonella durante o processamento
O propósito deste equipamento é lavar e esterilizar o equipamento de processamento que entra em contato com as carcaças, de forma a evitar a transferência da contaminação para outras estações e de
Efetividade do Cl
Propósito
Duchas
reduzir a contaminação cruzada entre
do cloro é o acúmulo de gordura ou de outros materiais orgânicos sobre o equipamento, o que impede a penetração do produto e seu combate às bactérias. Esses microrganismos são liberados
carcaças.
facilmente quando entram em contato físico
É importante contar com alta pressão da
com as carcaças, o que pode ocorrer com
água e adicionar produtos químicos como
frequência em equipamentos como escovas
o cloro. Pode-se utilizar também dióxido
dedicadas à retirada da matéria fecal após a
de cloro, ácido peracético, ou produtos
evisceração.
como Zentox ou TOMCO (ácido hipocloroso
Um ponto de alto risco é a máquina que retira o bucho, pois é comum encontrar patógenos como Salmonella e Campylobacter nesse órgão.
acidificado).
pH
abatedouro
Uma restrição importante para a efetividade
Para que o cloro funcione deve ser inferior a 6,5 após a adição do hipoclorito de sódio, o que pode ser obtido adicionando-se ácido cítrico ou dióxido de carbono à água
A Figura 9 ilustra alguns pulverizadores que não estão funcionando e outros que apresentam padrão de distribuição de água muito irregular.
pH nos sistemas de lavagem
corretamente, o pH da água O pH de todos os sistemas de lavagem deve ser mantido abaixo de 6,5 e deve haver um programa de qualidade que constantemente verifique a acidez da água para manter um bom controle da contaminação por bactérias. Deve-se verificar a pressão das duchas e garantir a desobstrução dos bicos pulverizadores.
Figura 9. Equipamento de lavagem funcionando de forma deficiente
Os bicos dos pulverizadores devem estar posicionados de forma que possam efetivamente lavar a superfície do equipamento que entra em contato com as carcaças, e de forma que a água lave as carcaças de fato.
54 aviNews América Latina Abril 2018 | Redução da contaminação por salmonella durante o processamento
Duchas para lavagem interna e externa das carcaças
Existem vários produtos químicos sendo testados experimentalmente para este
Estas duchas devem ser constantemente verificadas quanto aos níveis de:
propósito, entre eles: Dióxido de cloro
Cloro
Ácido peracético
Concentração de outros produtos
Zentox & TOMCO (ácido hipocloroso
químicos
acidificado)
pH Pressão e distribuição da água
A maioria das empresas utiliza cloro nos sistemas de lavagem
abatedouro
Recomendações gerais para estações de lavagem Algumas recomendações gerais para essas estações de lavagem incluem: Manter a pressão da água. Manter o nível correto de pH. Manter a concentração correta de cloro ou de qualquer outro produto químico. Manter a distribuição correta da água sobre as carcaças.
Um estudo conduzido por Northcutt et al. (USDA/ARS,2005) sugere que a adição de cloro às duchas de lavagem interna e externa das carcaças não tem efeito positivo nas contagens bacterianas de aeróbicos, como E. coli, Salmonella ou Campylobacter, pois em muitas circunstâncias o cloro não é capaz de penetrar na matéria orgânica se estiver em grande quantidade nas carcaças.
Redução da contaminação por Salmonella durante o processamento BAIXAR O PDF
55 aviNews América Latina Abril 2018 | Redução da contaminação por salmonella durante o processamento
O INÍCIO DA
POSTURA
PERÍODO-CHAVE PARA O
SUCESSO LOTE DE POEDEIRAS DE UM
poedeiras
Rafael Lera García Veterinário Especialista, Técnico da Hendrix Genetics Poedeiras
U
m dos períodos mais críticos da vida de uma poedeira e que tem impacto determinante nos
resultados produtivos de um lote, é o início da postura.
Num sentido amplo, esta fase inicial da postura compreenderia o tempo decorrido desde o alojamento das aves no galpão de produção até o tempo para que as galinhas atinjam o peso corporal adulto, o que na prática seria um período de 17 semanas a 30-35 semanas de vida.
57 aviNews América Latina Abril 2018 | O início da postura: período-chave para o sucesso de um lote de poedeiras
Manejo da nutrição durante o início da postura Num primeiro momento, as aves precisam superar o estresse do transporte e se adaptar ao novo ambiente. Mas o desafio fundamental é, a partir do aparecimento dos primeiros ovos, conseguir suprir as necessidades nutricionais das aves, não somente das produtoras (número e tamanho de ovos), que aumentam exponencialmente em poucas semanas, mas das de crescimento, que não concluirão até
Treinamento em recria
as 35 semanas de idade aproximadamente. Superar esse desafio com sucesso vai depender de diversos fatores, como: As características do alimento,
poedeiras
tanto em composição como em granulometria. Manejo na prática, não somente na granja de produção, mas também daquele que se tenha estabelecido previamente na fase de recria.
O objetivo da fase de recria deve ser o de obter um lote de frangas de qualidade, o que será determinado basicamente por: Cumprimento do perfil de peso corporal em recria Uniformidade do lote Capacidade de ingestão Idade para a maturidade sexual Estado de saúde do lote
As galinhas com um aparelho digestivo bem desenvolvido e uma boa capacidade de ingestão terão mais facilidade para aumentar rapidamente seu consumo, que idealmente deveria aumentar em torno de 40%, entre 5% de produção e o pico de postura
Frequentemente, tende-se a pensar fundamentalmente no peso da ave e na uniformidade, e deixando-se de lado um critério fundamental como o desenvolvimento da capacidade de ingestão. Na recria, e a partir da idade mais precoce possível, é preciso preparar as aves para satisfazer suas necessidades futuras, acostumando-as a ritmos de alimentação adequados, bem como favorecendo o desenvolvimento do seu aparelho digestivo.
58 aviNews América Latina Abril 2018 | O início da postura: período-chave para o sucesso de um lote de poedeiras
Características nutricionais do alimento
Sem dúvida, as aves manifestam maior apetite no
Quanto às características nutricionais
final do dia para enfrentar
do alimento, o utilizado na fase de
as necessidades energéticas
desenvolvimento, geralmente a partir das
noturnas.
10 semanas de idade, deverá ser uma fórmula relativamente pouco concentrada
De manhã, quando a luz é
(nível de energia inferior ao da fórmula
acesa e o aparelho digestivo
de crescimento, mas também inferior ao
está vazio, também se
da fórmula que será usada no início da
observa um pico de consumo
postura):
de alimento.
Altos níveis energéticos nessa fase aparelho digestivo e apresentam o
Na prática, a partir das 6 semanas de idade,
risco de frear o consumo no início
é recomendável ajustar os horários e a
da postura.
quantidade de alimento distribuído para que as aves consumam a ração completa
É recomendável diluir a dieta com matériasprimas que forneçam alto conteúdo de fibra insolúvel de estrutura grossa, o que vai favorecer o desenvolvimento e a funcionalidade do bucho e da moela.
diariamente, de forma que os comedouros fiquem vazios, preferivelmente para a metade do dia, durante um tempo que irá aumentando progressivamente (no mínimo 1 hora).
Em todo caso, deve-se evitar as distribuições de alimento muito frequentes, pois provocam um comportamento de seleção de partículas nas aves e uma maior heterogeneidade do lote
59 aviNews América Latina Abril 2018 | O início da postura: período-chave para o sucesso de um lote de poedeiras
poedeiras
limitam o desenvolvimento do
Programa de iluminação Sabe-se que a idade em que se aplica e a amplitude do estímulo luminosoé um dos fatores de maior impacto sobre a maturidade sexual das poedeiras.
Na prática, recomenda-se um primeiro aumento de, no mínimo,
Por outro lado, o peso corporal no
1 hora no momento do estímulo
momento do aumento do fotoperíodo
luminoso (quando se atingiu o peso
terá efeito determinante sobre o peso
corporal e a uniformidade desejada
do ovo, não somente no início, mas
em função do perfil de tamanho
durante todo o ciclo da postura.
do ovo buscado), e continuar com aumentos da mesma amplitude
No entanto, nem sempre se leva em conta
(1 hora) ao menos nas semanas
que outro objetivo fundamental dos
imediatamente posteriores.
programas de iluminação é favorecer o
Considerando que a maioria dos programas de iluminação em
Numa fase em que, como se sabe, o
produção termina em 16 horas de
consumo é crítico, se os aumentos na
luz, um objetivo razoável seria
duração da luz forem curtos, ou se sua
atingir um mínimo de 14 horas de
aplicação for muito lenta e prolongada,
luz quando o lote estiver em 50%
dificilmente será possível conseguir esse
de produção.
efeito estimulante sobre a ingestão de alimento.
Programa de iluminação e evolução do peso corporal e consumo 20 190
18
As curvas de consumo de
16
alimento, peso corporal e
14
aumento da duração da
12
iluminação devem seguir evolução praticamente
Horas de luz
poedeiras
consumo de alimento.
170 150
10
130
8 110
6
paralela em condições
4
ótimas (Figura 1).
2 0
90
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
Idade (semanas)
Luz
Peso corporal
Consumo
Figura 1. Exemplo de programa de iluminação e evolução de peso corporal e consumo (Dekalb White, gaiola enriquecida, Holanda).
60 aviNews América Latina Abril 2018 | O início da postura: período-chave para o sucesso de um lote de poedeiras
26
70
Ajustar a concentração de aminoácidos ao consumo real e margem de segurança
No início da postura, o principal objetivo será satisfazer as necessidades de aminoácidos para produção e crescimento
No entanto, o consumo no início da postura
Principalmente quando a uniformidade do
é limitado e deve aumentar rapidamente
lote não é suficiente, o desafio é formular de
de um nível baixo após o transporte – cerca
forma adequada para suprir as necessidades
de 85 g – a valores acima de 110 g-115 g em
das aves mais produtivas e permitir o
poucas semanas, antes do pico de postura.
desenvolvimento das mais atrasadas.
nessa fase deve ter concentração mais alta de aminoácidos do que em fases posteriores de produção, ajustado ao consumo de alimento observado na
Dependendo da uniformidade, pode ser recomendável utilizar uma margem de segurança para os aminoácidos, ao menos para a metionina, de aproximadamente 6% acima do recomendado.
granja, mas também à massa diária de
Com esta estratégia, também se
ovo produzida – porcentagem de postura
favorece uma máxima utilização dos
x peso médio do ovo –, que é o fator de
aminoácidos sulfurados para um
maior impacto sobre as necessidades de
aumento rápido do peso do ovo, já que
aminoácidos.
é nesta fase de início de postura que as alterações nutricionais surtem maior efeito sobre o calibre do ovo.
Um aspecto muito importante, mas que muitas vezes não se leva em conta, é o fato de que, apesar de que logicamente devemos trabalhar com valores médios para alimentar adequadamente um lote de poedeiras, este lote é composto de aves com necessidades e desempenhos individuais diversos
61 aviNews América Latina Abril 2018 | O início da postura: período-chave para o sucesso de um lote de poedeiras
poedeiras
Isso implica que o alimento utilizado
Favorecer o consumo de energia Relação entre energia metabolizável do alimento e ingestão calórica 370
Infelizmente, durante o período entre 18 e 25 semanas, a capacidade de consumo das aves é limitada e elas nem sempre são capazes de satisfazer as crescentes necessidades de energia e de outros nutrientes (Figura 2), o que pode repercutir em crescimento insuficiente das galinhas e picos de produção não sustentados.
350
Ingestão calórica (Kcal/dia/ave)
330
310
290
270
250
Necessidades energéticas da poedeira durante sua vida produtiva
2000
2500
350
250
Horas de luz
poedeiras
3500
Balnave et Robinson 2000
Vilarino et al. 1996 Pegurl et coon 1991
Hanns et al. 2004
CNEVA ISA 1996
Zou et al. 2005
Hanns et al. 2000
Van der Lee et al. 2001a 300
Leeson et al. 2001a
200
Figura 3. Relação entre energia metabolizável do alimento e ingestão calórica (vários experimentos).
150
Produção
100
Crescimento
Temperatura Atividade Empenamento
Manutenção
50
0
3000
Energia metabolizável (Kcal/kg)
16
26
36
46
56
76
86
96
Idade (semanas)
Baseado no padrão Isabrown Figura 2. Necessidades energéticas da poedeira durante sua vida produtiva
Embora muitos estudos tenham demonstrado que as poedeiras são capazes de regular razoavelmente seu consumo de alimento (g/ave/dia) em razão da concentração energética deste último, essa regulação não é perfeita e, geralmente, observa-se consumo de energia superior (expresso em kcal/ave/dia) quando são adotadas dietas com níveis elevados de energia metabolizável (Figura 3).
No início da postura, é prioritário atingir logo o peso corporal adulto, o que significa aves robustas, com mais oportunidade de manter boa persistência durante o ciclo de postura e com melhor capacidade de resposta diante de possíveis desafios ou fatores de estresse (sanitários, ambientais, de manejo etc.)
Uma questão controversa é o nível de energia recomendável durante esta fase para se atingir esses objetivos
62 aviNews América Latina Abril 2018 | O início da postura: período-chave para o sucesso de um lote de poedeiras
O consumo de energia é superior quando se adotam dietas com níveis elevados de energia metabolizável.
Técnicas de alimentação
Deve-se, em parte, ao efeito aglomerante de finos e favorável sobre a palatabilidade da adição de óleos ou gorduras, matérias-primas que entram em maior proporção nas fórmulas mais concentradas.
As galinhas são granívoras, e sempre deverão preferir partículas mais grossas às mais finas
Sempre será possível aproveitar esse efeito e utilizar fórmula mais concentrada no início da postura para o crescimento, principalmente nos
Um erro relativamente frequente observado no âmbito da granja,
lotes cujo manejo anterior não tenha
especialmente quando o consumo é baixo,
sido favorável ao desenvolvimento da
como ocorre na fase de início da postura, é
capacidade de ingestão.
o excesso de distribuição de alimento.
Na fase de início da postura é essencial continuar pesando as aves com regularidade, até as 35 semanas de vida, para poder implementar os ajustes nutricionais ou de manejo que sejam necessários caso se observem desvios em relação ao objetivo.
A distribuição muito frequente favorece um comportamento alimentar seletivo das aves e como consequência o acúmulo de finos no comedouro. Tal como se descreveu para a fase
Sobre o consumo, tanta importância como o nível energético, ou inclusive maior, terá a granulometria do alimento e as técnicas de alimentação (horários e quantidades) das aves, aplicadas na granja
de recria, na produção também é essencial conseguir um período em que o comedouro fique vazio a cada dia, forçando, assim, as aves a consumir também as partículas de menor tamanho, que contêm a maior parte de vitaminas e minerais, o que garante uma nutrição bem balanceada.
63 aviNews América Latina Abril 2018 | O início da postura: período-chave para o sucesso de um lote de poedeiras
poedeiras
favorecer o consumo de energia e
garantir o CONSUMO antes da noite
Considerando o comportamento das galinhas, sua fisiologia e o ciclo diário de formação do ovo e, especialmente da casca, na produção é recomendável garantir maior consumo nas horas que precedem a noite, de forma que, aproximadamente, 60% do total da ração diária seja consumida à tarde e o restante na manhã seguinte, de forma que o momento em que o comedouro fique vazio seja na metade do dia, e por uma duração máxima de 1h30min (Figura 4).
60% à tarde
Distribuição de alimento para estimular o consumo
poedeiras
6h-7h 60% alimento
40% alimento Noite
Comedouro vazio 1 1/ h 2
Noite
16h de luz
Figura 4. Técnica de distribuição de alimento para estimular o consumo.
Esta técnica de alimentação será mais eficaz e fácil de colocar em prática quando as aves forem previamente “treinadas” na fase de recria. O início da postura: período-chave para o sucesso de um lote de poedeiras BAIXE O PDF
64 aviNews América Latina Abril 2018 | O início da postura: período-chave para o sucesso de um lote de poedeiras
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entrevista
Entrevista com
DANIEL PIGATTO Presidente da Tectron
66 aviNews AmĂŠrica Latina Abril 2018 | Entrevista com Daniel Pigatto Monteiro, presidente da Tectron
Tecnologias brasileiras de nutrição animal conquistam EUA
Em 1940, o autor baiano Assis Valente já dizia: “o Tio Sam está querendo conhecer a nossa batucada”. E emendou: “anda dizendo que o molho da baiana melhorou seu prato”, referindo-se ao estrondoso sucesso, nos EUA, da cantora portuguesa, radicada no Brasil, Carmen Miranda.
entrevista
E em 2018 o Brasil continua a encantar os Estados Unidos da América. Só que desta vez não é o molho da baiana melhorando o prato dos norteamericanos, são as tecnologias desenvolvidas pela Tectron, empresa brasileira de nutrição e saúde animal, que entram, de maneira inédita, em solo norte-americano. A TECTRON é uma empresa brasileira nascida em 2002, com objetivo de criar soluções inteligentes para o mercado de nutrição e saúde animal. Sua fábrica está localizada no município de Toledo, região oeste do Paraná, onde são desenvolvidas tecnologias focadas no tripé sustentabilidade, evolução e viabilidade econômica. A partir de 2015, a TECTRON deu início a um processo de internacionalização e hoje exporta para nove países com produtos em fase de registro em mais de 35 países. Em janeiro de 2018, a abertura da Tectron USA foi anunciada durante a IPPE (International Production & Processing Expo), em Atlanta (EUA). Na ocasião, a aviNews conversou com Daniel Pigatto Monteiro, presidente da Tectron, que nos contou um pouco sobre a história da empresa até a chegada ao posto de primeira empresa brasileira de nutrição a conseguir registrar um produto a ser comercializado nos Estados Unidos. Confira!
67 aviNews América Latina Abril 2018 | Entrevista com Daniel Pigatto Monteiro, presidente da Tectron
Que caminho foi percorrido até o lançamento da TECTRON USA? De 2015 para cá, nós começamos o processo de internacionalização da TECTRON. Hoje, exportamos para nove países e estamos com produtos em registro em mais de 35 países. Com base nisso, obtivemos registro de alguns produtos nos Estados Unidos, o que é um fato inédito. Na história da nutrição animal do Brasil, nunca antes uma empresa brasileira conseguiu a aprovação do governo americano para vender um aditivo nos EUA, porque não se trata de um processo fácil. Foi um trabalho de quase três anos.
entrevista
Com o fato de estarmos iniciando a comercialização de um produto nos EUA, entendemos a necessidade de trazer a empresa para Miami, pois vamos abastecer não só os Estados Unidos, mas também o México e o Canadá. Trata-se de uma estrutura com escritório comercial e depósitos para armazenar os produtos vindos do Brasil. E muito em breve vamos iniciar a fabricação dos produtos “made in USA”. Porém, antes disso, por volta dos meses de maio, junho, está programada a abertura da TECTRON Europa, em Madrid (Espanha), com a finalidade de atender o mercado europeu.
Quais as especificidades das tecnologias desenvolvidas pela Tectron para o mercado norte-americano e para o mercado europeu? Atualmente estamos atuando muito focados em três tecnologias. Uma delas a TecMax Pro, que são proteases termoestáveis para uso em ração de todas as espécies animais. Basicamente, você coloca uma protease na ração e economiza, retirando dela parte do farelo de soja e óleo de soja. Então, você tem uma economia direta na formulação, de 5 a 10 dólares por tonelada, pela simples decisão de usá-la. Inclui na ração o TecMax Pro, tira parte do farelo de soja e o óleo de soja e sai economizando no dia seguinte em que a fórmula entrar em produção, na fábrica de rações. TecMax Pro tem tudo a ver com economia de nutrientes e diminuição no custo fórmula. A segunda é uma tecnologia exclusiva de tripla fermentação denominada KeyPro. Nós fazemos uma tripla fermentação do que o Brasil tem de mais competente e moderno, que é fermentação de produtos de canade-açúcar, com fermentação de cervejaria e também de panificação. Selecionamos e purificamos os metabólitos nutricionais e criamos um produto que vem com DNA tecnológico do mundo food, que serve ao mundo feed para melhorar o consumo da ração pelo animal, a digestibilidade e os resultados zootécnicos de ganho de peso e conversão alimentar, para melhorar a nutrição e saúde animal. KeyPro tem tudo a ver com melhoria de performance zootécnica.
68 aviNews América Latina Abril 2018 | Entrevista com Daniel Pigatto Monteiro, presidente da Tectron
Nasce assim a linha ProTec de produtos 100% naturais e saudáveis, que não só sequestram micotoxina, mas também protegem esses órgãos vitais e a imunidade do animal. ProTec tem tudo a ver com a evolução do conceito básico de proteção contra micotoxinas. Esses são os nossos três carros-chefes para a Europa e Estados Unidos.
O anúncio da nova unidade nos Estados Unidos foi durante a IPPE, aqui em Atlanta. Como essa notícia foi recebida pelos clientes que passaram pelo estande da Tectron e que balanço vocês fazem da presença Tectron na IPPE 2018? A notícia foi recebida, de maneira geral, com bastante alegria por quem já acompanha a trajetória da TECTRON nesses 15 anos. Nós só estamos aqui porque as nossas tecnologias foram aprovadas para estar nos EUA. É um motivo de muito orgulho para nós como representantes do setor brasileiro de nutrição animal, que é um dos mais competentes do mundo. É também motivo de orgulho para quem é brasileiro, para quem trabalha na TECTRON e para quem vive e sobrevive do setor de proteína animal no Brasil como um todo.
O balanço que fazemos da IPPE é muito bom. Nós debutamos na feira esse ano, com um estande bonito e moderno. Fomos muito bem recebidos, bem aceitos pelos clientes que aqui vieram. Claro que nós somos uma empresa que está iniciando sua trajetória no caminho mundial. Então, muita gente não nos conhecia, mas quem entrou no estande entendeu a nossa tecnologia e o nosso propósito, e arrisco dizer que se surpreendeu. Saímos daqui com muitos negócios engatilhados em várias partes do mundo, que é o mais importante do ponto de vista dos negócios.
Aproveitando, vocês também promoveram um encontro técnico que debateu essas tecnologias comentadas aqui. Quais foram as participações e qual sua avaliação desse encontro? No dia anterior ao início da IPPE fizemos o nosso primeiro encontro global para discutir, difundir e posicionar nossos parceiros globalmente estratégicos sobre as tecnologias que nós produzimos. Nos reunimos em um hotel durante uma manhã inteira e realizamos uma apresentação muito proveitosa. Além do pessoal do Brasil, tivemos técnicos e dirigentes de empresas da Argentina, Chile, Colômbia, México, Estados Unidos, Canadá, Paquistão, China, Índia e Turquia. Foi uma excelente oportunidade de desmistificar, orientar e informar tecnicamente sobre o uso de proteases. E ainda pudemos compartilhar toda a evolução tecnológica utilizada para criar o Tecmax Pro, ProTec e KeyPro.
Grande parte do sucesso da TECTRON se deve ao fato de que nossas tecnologias foram aprovadas para estar nos EUA.
69 aviNews América Latina Abril 2018 | Entrevista com Daniel Pigatto Monteiro, presidente da Tectron
entrevista
E a terceira tecnologia tem a ver com evolução dos adsorventes de micotoxinas, focando a necessidade de proteger fígado, rim, intestino, melhorar a condição imune, já que as micotoxinas são imunossupressores.
Considerando a filosofia da Tectron, de que “não há linha de chegada para a corrida da qualidade”. Certamente, já há novas pesquisas sendo desenvolvidas. Você pode comentar um pouco sobre isso? Trabalhamos no passo a passo. Então, dessas tecnologias que nós estamos desenvolvendo, o carro-chefe delas é a protease termoestável TecMax Pro. Para ser divulgada para o mercado, envolveu mais de seis anos de trabalho, de investimento, investigação e pesquisa. Então, hoje ela está consolidada para ser apresentada ao mercado mundial. O passo seguinte, que é a linha Keypro, esses metabólitos de fermentação, já estamos há bastante tempo trabalhando e está quase pronto para concluirmos todas as pesquisas desenvolvidas.
entrevista
A linha ProTec tem pouco mais de dois anos e está em processo de maturação final, necessitando um tempinho mais para as últimas pesquisas e assim ser apresentada no mercado de uma forma tecnicamente robusta.
Durante a feira, nas várias vezes em que passamos pelo estande da Tectron, observamos você e o diretor internacional de vendas da empresa, Jorge Benitez Belon, constantemente presentes, atendendo pessoalmente ao público. Essa dedicação direta tem a ver com a filosofia da empresa? Eu acho que uma empresa, que como todas, nasce pequena, se torna média e tem o sonho de ser uma empresa grande, vê nas pessoas fator primordial para fazer a diferença. O jeito que a gente está atendendo ao mercado é diferente. Somos uma equipe motivada. São as pessoas que movem o mundo. E ter uma equipe motivada, que pensa positivo, tem tudo a ver com a filosofia da Tectron.
O que quer dizer Tectron? Tecnologia, Nutrição e o On quer dizer que somos uma empresa ligada, que não desliga nunca.
E, com isso, temos bastante serviço para os próximos dois anos. As próximas tecnologias deverão surgir por volta de 2020.
Entrevista com Daniel Pigatto BAIXE O PDF
70 aviNews Abril 2018 | Entrevista con Daniel Pigatto Monteiro, presidente de Tectron
^ ^
Proteases termoestáveis para aumentar o rendimento e diminuir o custo da alimentação
Tecnologia de tripla fermentação natural para melhorar performance e saúde animal
Detoxificação polimodal a base de tecnologias para proteger e mitigar as micotoxinas
Um excelente alimento... ou nem tanto??
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A MM006-08
Os nutricionistas criam alimentos com uma composição ideal usando as melhores matérias-primas. No entanto, não podem controlar as condições existentes no campo, ou durante o armazenamento. As micotoxinas podem afetar gravemente a saúde e o crescimento dos animais. A Nutriad é uma empresa líder em soluções para o controle dos fungos e micotoxinas nos alimentos e nas matérias-primas com as quais estes são elaborados. A Nutriad disponibiliza para você uma gama completa, prática e homologada na UE, de soluções válidas para diversos tipos de espécies, como UNIKE® PLUS, TOXY-NIL® e MOLD-NIL®. Essas soluções foram submetidas a testes exaustivos análise de micotoxinas que lhes dá informações precisas sobre o estado dos campos; isto, aliado com a aplicação do MYCOMAN®, lhe permitirá escolher o produto e a dose idôneos da forma mais rápida possível. Ajudamos nossos clientes a proteger seus animais e melhorar o rendimento de suas produções.
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DE FRANGOS DURANTE A
PRIMEIRA & ÚLTIMA SEMANA formulação
Antônio Mário Penz Junior XIII Seminário Internacional de Patologia e Produção Aviária. AMEVEA Universidade da Geórgia, Cargill Nutrição Animal
Por que são tão importantes a primeira e a última semana de vida do frango?
A
evolução genética dos frangos trouxe alguns desafios para os especialistas. A nutrição e o
consumo de alimento são alguns deles, uma vez que o período de vida dos animais em produção diminuiu significativamente. As duas fases abordadas neste artigo implicam o desafio mais importante da produção de frango de corte e podem corresponder a 30% ou 40% da vida total dos animais.
A qualidade da dieta da primeira semana é fundamental
73 aviNews América Latina Abril 2018 | Nutrição de frangos durante a primeira e última semana
Primeira semana
Os pintinhos saem de uma condição embrionária, em que a base energética de sua nutrição é a gordura da gema e a proteína da clara. Imediatamente após o nascimento, a base energética provém do amido, componente nutricional com o qual nunca teve contato na vida embrionária e a base proteica de outras proteínas, que podem ter digestibilidades diferentes, dependendo das fontes. Também nesta fase se desenvolve a
formulação
base da estrutura muscular, que será importante para a formação posterior das coxas. Por todas essas limitações iniciais é que a qualidade da dieta da primeira semana é fundamental.
Os pintinhos devem aprender a consumir água rapidamente para compensar a desidratação, ocorrida desde o nascimento até a chegada à granja, e favorecer o consumo de alimento e sua digestibilidade. Nos primeiros dias de vida eles não têm o sistema de termorregulação desenvolvido. Assim, na condição de “poiquilotérmicos”, devem ficar num ambiente com temperatura
Nas primeiras horas há uma redução
muito uniforme, para não perder calor
significativa dos níveis de glicogênio
indevidamente.
endógeno, que precisam ser substituídos, de preferência, por glicogênio proveniente do consumo de amido de milho ou de outra fonte de amido.
Há uma razoável correlação entre o peso de 7 dias e o peso do abate. Assim, apresentar bom peso aos 7 dias tem importância significativa na produção
Os pintinhos devem aprender a consumir
final do lote. Recomenda-se, como
alimento rapidamente para que seu sistema
referência, que os pintinhos, aos 7 dias,
digestivo tenha rápida transformação
tenham perto de 4,5 vezes o peso do
anatômica e fisiológica. O rápido consumo
primeiro dia.
de alimento favorece o desenvolvimento efetivo do sistema imune.
Os pintinhos devem APRENDER a consumir rapidamente água e alimento 74 aviNews América Latina Abril 2018 | Nutrição de frangos durante a primeira e última semana
Última semana
Nutrição na primeira semana
Geralmente é a semana que apresenta maior mortalidade. Por isso é que em algumas condições os frangos são submetidos a restrição alimentar, nas mais variadas intensidades. Então se define que terá de 5 a 7 dias,
Consumo de alimento e água Este é o primeiro grande desafio nesta semana de vida dos pintinhos. Aqui as preocupações básicas estão relacionadas a: Consumo de alimento
em relação ao consumo do alimento. Este
Estrutura física do alimento
período pode variar de acordo com:
Consumo de água A relação consumo água/alimento deve ser
Sexo
2:1 desde o primeiro dia de vida.
Uniformidade
O consumo de alimento e sua estrutura física,
Temperatura
junto com o consumo de água, representam
Densidade
ponto importante no início da vida dos
correta dos nutrientes para esta fase e a manipulação de aditivos que requerem
pintinhos, pois precisam de água para consumir alimentos por produzir pouca saliva. Diz-se que
formulação
Isso pode dificultar a administração
os “frangos comem porque bebem”. Os frangos devem ter partículas grossas à
prazos legais de retirada.
disposição para vê-las facilmente e assim
É possível que em diferentes dias da última semana se retirem frangos do galpão, causando períodos de estresse e retirada de alimento não recomendados, além de aumentar os riscos de biossegurança.
estimular os mecanorreceptores do bico, para maior consumo. Desde a primeira semana de vida, preferem comer partículas grossas, quando têm esta possibilidade
(Bueno, 2006). Krabbe (2000) mostrou que o aumento das partículas da dieta de pré-iniciação aumentou a energia metabolizável da dieta, assim como elevou a retenção de nitrogênio e de matéria seca.
Se os frangos forem separados por sexo, toda a programação de retirada deverá exigir diferentes estratégias. Além disso, as dietas nesta fase e na fase anterior podem
A relação consumo água vs. alimento deve ser de 2:1 desde o primeiro dia de vida
ter composições diferentes e requerem
Um consumo imediato e na quantidade
estratégias específicas para quantidades de
correta permite o desenvolvimento e a
alimento e sua distribuição.
secreção das enzimas digestivas, que são substratos dependentes (Nitsan, 1995). Esse consumo imediato permite ainda uma absorção mais rápida do saco vitelino, o que favorece o desenvolvimento do sistema imune das aves.
75 aviNews América Latina Abril 2018 | Nutrição de frangos durante a primeira e última semana
Dibner et al. (1988) demostraram que pintinhos submetidos a jejum de 72 horas, tiveram uma significativa redução no desenvolvimento da bolsa de Fabricius (Doença de Gumboro). A falta de consumo de alimento também compromete a síntese de glicogênio, indispensável para a manutenção da atividade cerebral dos pintinhos e seu crescimento.
Qualidade dos ingredientes A qualidade do alimento é outro tema fundamental para o devido desenvolvimento dos pintinhos na primeira semana. Essas aves provêm de uma condição diferente na fase embrionária e dependem de muitos
A quantidade de glicogênio no pintinho,
fatores ambientais para começar a acostumar-se
proveniente de sua vida embrionária, não lhe
a uma nova condição. Se não receberem dietas
permite ter níveis normais deste metabólito
com ingredientes de alta digestibilidade, elas
por mais de um dia. Após este período, a
se atrasarão desde o início e serão identificadas
apatia da ave é significativa (Best, 1966).
variações nos lotes. Conhecer a qualidade dos ingredientes
Os frangos submetidos a jejum nos dois primeiros dias terão porcentagem de peito menor do que aqueles que consumam alimento nesse período. IMW_Solução Natural_8,5cm x21,5cm_ES_REVISADO.pdf
1
17/04/2018
é o primeiro passo para ter uma dieta eficiente na primeira semana. De nada serve ter uma fórmula teoricamente bem elaborada se o alimento que chega aos pintinhos não 13:53:08
corresponde à teoria.
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Deve-se ter a mesma preocupação em relação à FARINHA DE SOJA. Quanto mais elevado o nível de proteína crua, menor o nível de fibra crua e melhor o desempenho dos frangos nos primeiros dias de vida (Gerber et al, 2006). Quando a farinha de soja é de má qualidade,
Moore et al. (2005)também fizeram referência à importância da leucina na dieta inicial, pois seu metabólito, βhidroxi βmetil butirato, aumentou o peso de perus, a quantidade de células-satélite e, consequentemente, o músculo do peito.
o principal sintoma na primeira semana é a presença de cloaca suja, sinal de que a digestibilidade dos ingredientes foi reduzida, proporcionando um aumento da velocidade de passagem pelo trato digestivo – aumento do peristaltismo. Além disso, favorece a renovação
Em geral, por sua disponibilidade na América,
das células intestinais e altera a composição
destacam-se os seguintes ingredientes:
microbiana do trato digestivo.
Milho
Uma cloaca suja na primeira semana de vida
Farinha de glúten de milho
pode ser consequência da má qualidade
Farinha de soja
da gordura empregada na dieta e/ou da presença de polissacarídeos não amiláceos
proporcionam a energia e a proteína das
(NSP, na sigla em inglês)
dietas
Milho Em relação ao MILHO, cada vez ganha mais crédito a recomendação de que deve ser o mais limpo possível (os processos de pré-limpeza são inevitáveis), e que a seleção se dê por densidade, empregando mesas densimétricas. Estes procedimentos melhoram a uniformidade do ingrediente e diminuem significativamente a presença de micotoxinas. Silva et al. (2008) mostraram que milhos mais densos apresentam mais energia do que os menos densos, tanto para
Farinha de carne
Farinha de carne, como os macros que
Referente à GORDURA, não somente a qualidade é importante, por tudo o que pode provocar no intestino, como descrito acima. Também é importante o tipo de gordura que se deve empregar na dieta pré-inicial. Wiseman y Salvador (1991) já demonstraram que pintinhos jovens digerem gorduras saturadas com menos eficiência do que os mais velhos. Os ácidos graxos saturados promovem menos ativação da colipase e a formação de micelas, importantes neste período de vida, quando a atividade de lipase geralmente é mais baixa do que em períodos posteriores.
animais mais jovens como para os mais velhos.
Maiorka et al. (1997) demonstraram que, na
Os milhos mais densos apresentam menos
primeira semana, eles não digerem a gordura
micotoxinas (aflatoxinas, fumonisinas etc.)
adicionada à dieta, o que foi identificado quando se observou que não tinham resposta
Os milhos mais densos têm mais energia e menos micotoxinas
com ganho de peso e conversão alimentar ao aumentar a gordura (energia) da dieta.
77 aviNews América Latina Abril 2018 | Nutrição de frangos durante a primeira e última semana
formulação
Halevy et al. (2000) mostraram que o jejum dos pintinhos nos dois primeiros dias de vida compromete o desenvolvimento das células-satélite e o futuro desenvolvimento das células musculares.
Farinha de soja
Vieira e Moran (1999) já haviam demonstrado que 24 horas de atraso no alojamento dos pintinhos diminui o ganho de peso e aumenta a mortalidade.
Água A ÁGUA pode ser considerada como ingrediente ou nutriente. Aumentar seu consumo promove, de forma linear, o
Fernandes et al. (2009) já haviam demonstrado que o aumento de lisina nas dietas proporcionava aumento no peso do peito e do filé de peito; além de elevar a espessura do filé de peito em frangos com 7 dias.
consumo de alimento que, por sua vez, aumenta o ganho de peso (Viola, Penz e Ribeiro, 2005).
Tesseraud et al (2011) identificaram que a metionina tem função especial na primeira
Todos os cuidados com a quantidade, a
semana de vida dos frangos, que é a
qualidade e a temperatura da água são
estimulação da atividade gênica das aves.
fundamentais para o bom desempenho na
Na forma de seus metabólitos, glutamina
primeira e demais semanas de vida das aves.
e cisteína, funciona como inibidor dos
Os mesmos autores identificaram que a falta
processos oxidativos celulares.
de água comprometeu o desenvolvimento das vilosidades do duodeno.
A produção de mucina é importante para proteger o hóspede contra a ação dos patógenos, das enzimas digestivas e do
formulação
quimo, bem como para auxiliar o processo da digestão e absorção dos nutrientes. Aminoácidos importantes na síntese de mucina, como treonina, glicina + serina e procisteína, são fundamentais nas dietas de frangos (Horn et al., 2009 y Lehmann et al., 2009).
Proteína e aminoácidos
Em 2010, Wijtten et al., trabalhando com uma
A proteína e os aminoácidos são
outra com 30% a mais de proteína que a
componentes nutricionais fundamentais
primeira, identificaram maior desenvolvimento
nesta fase da vida dos pintinhos.
do duodeno, acompanhado de um maior
dieta com um valor normal de proteína e
ganho de peso na primeira semana de vida Wijtten et al. (2012), comparando dietas com proteínas de alta digestibilidade (farinha
dos frangos. Isso foi observado para frangos machos Cobb 500 e Ross 308.
de pescado, proteína de batata e glúten de milho) com dietas à base de farinha de soja,
Everaert et al. (2010) observaram que dietas mais
observaram melhores ganhos para os frangos
ricas em proteína favorecem a absorção do
que receberam a dieta de alta digestibilidade.
saco vitelino na primeira semana de vida
Esta diferença se mostrou mais efetiva nos
deles, podendo ser reconhecida por um
primeiros 4 e 7 dias de idade.
melhor desenvolvimento do sistema imune das aves, 70% da estrutura imune dos tecidos digestivos.
78 aviNews América Latina Abril 2018 | Nutrição de frangos durante a primeira e última semana
Minerais
A relação entre cálcio e fósforo disponível a partir da dieta da primeira semana é muito importante. Deve-se respeitar os níveis mínimos de cada um dos minerais. A Granja Experimental de Provimi, Holanda
Deficiências marginais de sódio na primeira semana vêm acompanhadas de perda de peso, aumento de conversão alimentar e falta de uniformidade do lote
(2011), demostrou que a relação ideal é próxima a 2:1 nos períodos de 1 a 3 dias e
Evidências práticas confirmam a observação
1 a 17 dias de idade.
de Stevens et al. (1984), pois deficiências
Na primeira semana, se o nível de cálcio aumentar acima de 1%, mantendo a relação de 2:1 com o fósforo disponível, os resultados de ganho de peso diminuirão. O sódio é um mineral importante nesta fase de produção. Stevens et al. (1984) demonstraram que a absorção de glicose e metionina após a eclosão pode estar relacionada com uma deficiência de sódio, mineral que faz parte do mecanismo de transporte de carboidratos e aminoácidos.
marginais de sódio nesta idade vêm acompanhadas de perda de peso, aumento de conversão alimentar e falta de uniformidade dos lotes.
Muitas vezes, devido à preocupação com o tema das camas úmidas, o nível de sódio é diminuído, o que pode melhorar a cama, mas, eventualmente, comprometer o desenvolvimento dos frangos
Com MINAZEL PLUS, as MICOTOXINAS não são mais um problema.
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Maiorka et al (1998) y Vieira et al (2003) demonstraram a importância da suplementação de sódio em dietas de pré-iniciação e como se comportaram as umidades das excretas e das carcaças dos frangos. Os dados mostram que nessa fase específica, aumentar o valor de sódio na dieta melhora o rendimento dos frangos sem comprometer a umidade das excretas e das carcaças. Também foi possível identificar a importância da relação do cloreto de sódio e do bicarbonato de sódio na primeira semana de vida. A melhor relação entre essas duas fontes de sódio foi de 63% de cloreto de sódio, para uma dieta que tinha como sódio total 0,21% (Provimi Brasil, 2009).
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Nutrição na última semana
As empresas devem contar com programas nutricionais adaptados às datas do abate. Em geral, as dietas que aumentam a
nutricionistas ajustarem as necessidades nutricionais dos frangos. Alguns parâmetros
energia diminuem os nutrientes e mantêm ou aumentam as relações de aminoácidos digeríveis com a lisina digerível.
importantes devem ser considerados antes de
Na produção de frangos sexados é
formular a dieta para a última semana, como:
fundamental considerar dietas diferentes para
Idade de abate das aves (28, 35, 42 ou
todas as fases, principalmente após os 21 dias de idade. Formulações para machos e fêmeas
49 dias).
têm diferenças de preços, que podem atingir
Aves separadas por sexo ou de forma
valores ponderados de preço mínimo 3%,
mista e com alimentação diferenciada
incluindo também a decisão do produto final.
Formas de alimentar os frangos nesta fase
Na formulação de venda de frangos
(ad libitum ou até restrições alimentares
vivos, as demandas são diferentes
através de regime de luz).
das exigidas pelos frangos que serão
Disponibilidade de alimento por quantidade definida por dia ou por retirada de alimento de forma mais ou menos intensa.
esquartejados, caso em que as diferenças de custo de formulação são significativas. O mais complexo na última semana são as restrições alimentares. Os frangos
Propósito dos frangos produzidos
consomem quantidades de nutrientes com
(venda como vivo ou como produto
aumento diário. As referências em calorias ou
para ser empregado em processos de
porcentagem de nutrientes das dietas são as
transformação das carcaças).
que acomodam os consumos adequados para cada dia, pois ocorre um aumento diário de
Os tecidos dos frangos têm diferentes
consumo total do alimento.
crescimentos alométricos: o peito tem valor maior (1,26) do que as coxas (1,06), diferença presente em fases mais tardias do
Quando há restrições, ou a densidade
desenvolvimento (Govaerts et al., 2000 e Schmidt
dos nutrientes deve ser aumentada para
et al., 2009), sendo diferente a demanda de
compensar as reduções de consumo ou
aminoácidos conforme o propósito final de
os frangos devem ter acesso a menos
produção.
nutrientes a cada dia (o que implica, por
Quando a idade de abate muda, a composição das fórmulas não pode ser a mesma, já que os períodos fisiológicos e de desenvolvimento variam em períodos muito curtos
sua vez, uma suplementação marginal de todos os aditivos, reduzindo sua velocidade de crescimento), geralmente a segunda situação é a mais comum, pois a ideia é reduzir a velocidade de consumo, por alguma razão metabólica e que leva a um aumento de mortalidade.
81 aviNews América Latina Abril 2018 | Nutrição de frangos durante a primeira e última semana
formulação
A última semana é muito desafiante para
Energia Sobre o consumo da energia, foram realizados diversos estudos para identificar
Os machos sempre responderão melhor do que as fêmeas aos aumentos de energia metabolizável
seus efeitos no desempenho de machos e fêmeas em fases finais de produção,
Uma melhor resposta ao aumento de
em que o consumo de alimentos é muito
energia metabolizável dos machos se
representativo.
explica com certa clareza, já que nesta
Dozier III et al. (2011), trabalhando com machos e fêmeas
idade as diferenças de ganho diário
Ross x Ross 708, no período de 36 a 47 dias, empregando uma
entre os dois sexos são significativas – os
amplitude de EMAn de 3.140 a 3.240 kcal/kg, desenvolveram
machos precisam de mais energia para
dois experimentos. No experimento 1, independente do sexo, o
continuar com ganhos mais elevados do
aumento de energia teve efeito quadrático para o ganho de peso
que as fêmeas.
e consumo de energia e efeito linear para consumo de alimento, conversão alimentar e conversão calórica.
formulação
Proteínas e aminoácidos Rostagno et al. (2007) apresentaram um trabalho
Os autores encontraram respostas
de seu grupo de pesquisa (Paéz, 2007), no qual
quadráticas para rendimento de carcaça
trabalharam com modelos de crescimento
(0,88%), rendimento de filé (0,93%) e
e deram especial atenção às demandas de
rendimento total de peito (0,93%).
lisina digerível das dietas.
Assim, com os valores obtidos, os autores
A redução de lisina aumentou a deposição de
concluíram que os machos de alto
gordura abdominal. No entanto, os autores
desempenho precisam de 0,93% de lisina
não constataram que a redução de proteína
total, o que, segundo eles, representa 0,85%
da dieta compromete o desempenho e
de lisina digerível.
o rendimento de peito dos frangos, mas identificaram um aumento da gordura abdominal. Corzo et al. (2006), trabalhando com machos e fêmeas Hubbard Ultra Yield, entre 42 e 56 dias de idade, avaliaram as demandas de lisina total, empregando uma faixa destes aminoácidos de 0,68% a 1,10%. As fêmeas não apresentaram nenhuma resposta aos diferentes níveis de lisina para todos os parâmetros medidos. No entanto, os machos apresentaram uma resposta
Dozier III et al (2008) avaliaram a demanda de lisina digerível para machos e fêmeas Ross x Ross 708, num período entre 49 e 63 dias de idade. Neste trabalho, os autores, como no trabalho de Corzo et al. (2006), também identificaram uma diferença entre sexos, para a demanda de lisina digerível. As demandas para machos foram de 0,87%, para crescimento, e 0,90%, para rendimento de peito. Para fêmeas, a demanda para crescimento foi de 0,81%.
linear para a suplementação para conversão alimentar.
82 aviNews América Latina Abril 2018 | Nutrição de frangos durante a primeira e última semana
Dozier et al. (2010) também foram capazes de identificar diferenças entre linhas genéticas de alto desempenho. Os autores trabalharam com Ross x Ross TO16 e Cobb x Cobb 700, entre
Minerais Dandu y Angel (2003) demonstraram a importância de avaliar as demandas de fósforo (P), principalmente nas fases finais da produção de frangos, considerando que representam de 45% a 65% do total consumo dos animais.
28 e 42 dias de idade. Os frangos Ross e Cobb
Geralmente, P se expressa como P total (tP),
apresentaram, para ganho de peso, demandas
fósforo disponível (dP) e fósforo não fítico
de 0,988% e 0,965%, para conversão alimentar,
(nPP). O primeiro representa, como a palavra
1,053% e 1,012%, para peso da carcaça, 0,939%
diz, o total de P obtido por análise. Fósforo
e 1,029%, e para peso do peito, 0,962% e
disponível refere-se à parte do P total que é
0,987%, respectivamente.
empregada pelo animal. No entanto, Fósforo
Em 1999, Kidd e colaboradores, ainda trabalhando com exigências totais de aminoácidos, definiram a importância da treonina no ganho de peso, a conversão alimentar e o rendimento
não fítico é aquele que não está associado com o inositol e, por isso, é não fítico, sendo seu valor obtido pela diferença entre os valores analisados de tP e P fítico.
de peito de machos Ross x Hubbard no
No experimento em que trabalharam com frangos machos
período entre 42 e 56 dias de idade. A resposta
Ross 308, no período de 42 a 49 dias de idade, os autores
foi quadrática para esses três parâmetros e,
identificaram a exigência de 0,16% de nPP, sendo o
no final, a recomendação foi de 0,67%, de
nível de cálcio 0,72%. Os autores defendem esta forma
treonina total. Os autores comentaram que isso
de determinação de fósforo, pois está mais próxima da
corresponderia a 0,60% de treonina digerível e
necessidade real do animal, sendo sua recomendação
que sua relação com lisina digerível deveria ser
mais precisa, eliminando, assim, um possível excesso de
de 70%.
suplementação deste mineral.
Mejia et al. (2012) avaliaram a relação lisina digerível: arginina
Rousseau et al. (2012) também conseguiram demonstrar,
digerível de dietas para machos Ross x Ross 708, no período de
trabalhando com frangos Ross PM3, com idade entre 21
21 a 42 dias, submetidos a ambiente com alta temperatura.
e 38 dias, que é possível formular dietas com nível mais
Os autores concluíram que a melhor resposta é de 110% para
baixo de fósforo não fítico que os comumente empregados.
conversão alimentar, ainda que os valores entre 105 e 120 não tenham mostrado resultados estatisticamente diferentes. Não foram encontradas diferenças para consumo de alimento, ganho de peso e mortalidade, assim como para rendimento de carcaça e de peito e gordura abdominal Mejia et al. (2011) demonstraram que machos Ross x Ross 708, num período de 28 a 42 dias de idade, têm uma demanda de
Os autores reforçaram que é necessário compatibilizar o nível de fósforo não fítico com o de cálcio e com a fitasa, se esta for adicionada à dieta. Os principais efeitos foram observados nas características ósseas dos animais e não em seu rendimento.
relação Ile digerível: Lys digerível de 68,9% para desempenho e de 71,7% para rendimento de peito.
83 aviNews América Latina Abril 2018 | Nutrição de frangos durante a primeira e última semana
formulação
A demanda de aminoácidos pode ser diferente de acordo com o propósito final da produção
Restrição alimentar
Cornejo et al. (2007) realizaram restrição qualitativa em frangos Hubbard, através da diminuição dos níveis de energia
Como comentamos anteriormente, a
metabolizável e do aumento dos níveis de proteína crua da
restrição alimentar nas últimas fases de
dieta. Isso foi feito com o propósito de diminuir a relação
produção de frangos requer avaliação caso a
energia/proteína da dieta. As aves foram divididas em 4
caso, desde quando se inicia a restrição até a
grupos, um grupo-controle, com alimentação à vontade e
forma como é aplicada e a sua intensidade.
outros três grupos com restrição alimentar de 7 a 14, de 7 a 21 e de 22 a 35 dias de idade.
As duas principais razões para aplicar a restrição são diminuir problemas
O ganho de peso acumulado (1 a 49 dias de idade) dos frangos
metabólicos de final de produção (ascitis,
do grupo-controle foi estatisticamente superior daqueles
morte súbita, problemas nas pernas etc.),
que receberam qualquer uma das restrições. Considerando
que resultam numa maior mortalidade, ou
somente a restrição de 21 a 35 dias, constata-se que não afetou
para buscar melhor conversão alimentar do
significativamente o consumo de alimento, mas alterou o
lote.
ganho de peso e a conversão alimentar dos frangos
O risco, quando indevidamente manejado, é que o lote tenha uma redução de ganho de peso e pior conversão alimentar,
formulação
permanecendo por mais tempo no galpão para atingir o peso e tenha a uniformidade do lote comprometida.
Uma vez estabelecida a restrição, e se posteriormente o alimento voltar a ser oferecido à vontade, o consumo aumentará, mas não haverá tempo para compensar as perdas ocorridas durante o período de restrição alimentar
A nutrição da primeira semana, assim como
A primeira semana é importante para a uniformidade final do lote
a da última semana de vida dos frangos, é
Somando os dois períodos, podem representar até 40% do período total de criação. No entanto, cada fase tem suas
Primeira semana
características importantes.
Última fase
muito importante para a produção de um lote.
A última fase é muito complexa, pois, antes de estabelecer qualquer programa nutricional, é fundamental definir:
Na primeira semana, o frango
A idade de abate dos frangos
é preparado para seu máximo
Se serão criados separados por sexo
desenvolvimento futuro. Qualquer
ou não
restrição de ganho nesta fase vai comprometer o desempenho final dos animais. Nesse período, desenvolve-se toda a estrutura de digestão e absorção,
Se serão estabelecidas restrições alimentares nesse período. Todas essas variáveis devem ser levadas em conta no momento da formulação.
permitindo melhor aproveitamento dos nutrientes nas fases seguintes.
Nutrição de frangos durante a primeira e última semana BAIXAR O PDF
84 aviNews América Latina Abril 2018 | Nutrição de frangos durante a primeira e última semana
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87 aviNews América Latina Abril 2018 | Suporte nutricional durante a temporada de estresse calórico
S
abemos que mesmo contando com a tecnologia mais avançada de controle ambiental (aviários isolados,
ventilados, fechados, com paineis etc.), o controle nunca será 100%, especialmente nesses momentos de calor externo.
Bastam algumas horas para causar mortalidades significativas, além do impacto crônico no baixo peso e conversão desfavorecida.
A zona térmica neutra das aves está entre 19° e 25°C (DaghirN.J., 1998). Em época de calor, as temperaturas dentro do galpão
frangos
climatizado facilmente excedem os 28° C. Dependendo da umidade relativa, estas temperaturas podem cair na zona de risco (<65%HR) e até de emergência (<90% HR) (Baumgard, L. 2013). Por não contar com glândulas sudoríparas, as aves dependem muito da perda evaporativa pela respiração ofegante, a qual, se for prolongada, leva à hiperventilação seguida de descompensação metabólica (alcalose, desequilíbrio ácido-base, imunodepressão, afecção gastrointestinal etc.) e morte.
O manejo que é dado às aves em época de calor inclui: Diminuir densidades Abastecimento pleno de água fresca Aumentar o fluxo de ar no galpão
Além disso, as aves contam com uma densa
Administrar eletrólitos
camada de penas e, no caso do frango de
Restringir o acesso ao alimento prévio às
engorda, na sua relação massa corporal,
horas críticas
a capacidade ventilatória é ainda mais
Molhar as aves*
desfavorável.
88 aviNews América Latina Abril 2018 | Suporte nutricional durante a temporada de estresse calórico
Quanto à nutrição, também são comuns ajustes preventivos para estresse calórico.
Ao preparar as dietas para épocas quentes deve-se considerar alguns pontos importantes: Ajustar a nutrição ao consumo de alimento. O principal fator associado às
frangos
perdas produtivas por calor é a redução no consumo de alimento. Não obstante, é importante considerar que há fatores associados ao estresse calórico per se, que serão mencionados a seguir. O uso de alimento em pellet ajuda a manter o consumo e o desempenho.
Ajustes de energia e suas fontes. Níveis
*Os foggers só devem ser usados quando a umidade não é muito alta (<85%), já que do contrário, longe de ajudar, agravarão a situação
maiores de temperaturas implicam maior eficiência de energia, mas também o risco de morte posterior ao consumo – eficiência devido a
Foram feitas tentativas deletar de aclimatização em algumas zonas tropicais; expondo as aves gradualmente ao calor (4 a 5 dias, 32-35 °C, Hillerman and Wilson, 1955).
menores requerimentos de manutenção. Aumentar a proporção de energia proveniente de gorduras (até 21,7% das calorias para frango de corte, Dale & Fuller, 1980) ajuda a reduzir o aumento térmico inespecífico.
89 aviNews América Latina Abril 2018 | Suporte nutricional durante a temporada de estresse calórico
As aves sob estresse calórico sofrem mudança metabólica derivada da liberação de gluco e mineralocorticoides.
frangos
Isto implica: Aumento no metabolismo das gorduras, sendo importante, portanto, não exceder os níveis de energia.
É importante considerar o máximo de íons possíveis para estabelecer um adequado equilíbrio eletrolítico (mEq/Kg); Na, K, Cl, Ca, fosfatos, sulfatos, Mg. Eventualmente, é importante contar com análises dos
Redução do metabolismo das
ingredientes e da água em relação ao
proteínas (Waldroup et al., 1970),
conteúdo, para conseguir maior precisão.
ainda que não haja aumento da necessidade de aminoácidos. Por
Aumentar os níveis de vitaminas A, E e C
isso, a formulação por aminoácidos
tem sido de grande ajuda (Moreng, 1980;
digestíveis é fundamental (Brake et
Cheville, 1970; Njoku, 1984).
al., 1998). Perda de minerais: Ca, Na, K, Zn, Fe y Cr (El Husein, 1981; Klassing, 1988; Sahin et al., 2005). No entanto, devese considerar níveis ótimos e usar fontes de grande biodisponibilidade.
A administração de bicarbonato de sódio pode ser útil como fonte compensatória de sódio sem agregar mais cloro e tem sido controversa em relação a seu efeito como fonte de carbonatos. O uso de vitamina C provou ser importante também.
90 aviNews América Latina Abril 2018 | Suporte nutricional durante a temporada de estresse calórico
Em um estudo feito em broilers Ross 308, submetidos a estresse calórico de 21 a 35 dias (33ºC, 85%HR), na comparação com uma amostra que tinha picolinato de cromo aos 35 dias, foram observadas melhoras em:
Recentemente foi desenvolvido o uso combinado de zinco e cromo (III), combinando aminoácidos (complexos metal aminoácidos, Availa®Mins, Zinpro Corp.).
Ganho de peso Conversão alimentar Rendimento do peito Níveis de albumina e imunoglobulinas
Efeito de Availa®Craa e Availa®Znb em Frango Ross 308 Baixo Estresse Calóricoc a 35 d
1,6
Estudos prévios demonstraram melhoras na saúde intestinal com o uso dessa fonte de zinco para preservar o intestino (Peirce, S. et. al. 2013).
1.477 y
1,5
1,4
frangos
Índice de conversão g
1.507 z
Availa-Cr (o MiCroPlex®): complexo de metionina de cromo (Zinpro corp. USA) Availa-Zn: complexo de zinco-aminoácidos (Zinpro corp. USA) c 33ºC and 85% de umidade relativa Controle: 120 ppm Zn de ZnSO4 + 0,8 ppm Cr de tri-picolinato de cromo Availa-Zn/Cr: 80 ppm Zn de ZnSO4 + 40 ppm Zn de Availa-Zn + 0,5 ppm Cr de Availa-Cr/MiCroPlex yz Literais diferentes, diferem estatisticamente, p ≤ 0.06 a
b
1,3
Machos Controle
Availa-Zn/Cr
As aves submetidas ao estresse por calor
O cuidado das fontes e com os níveis
são capazes de se adaptar, se a exposição
nutricionais são fundamentais, assim como
for gradual; no entanto, a perda produtiva
a suplementação de eletrólitos e algumas
sucede tanto por redução no consumo
vitaminas. O uso de Zn e Cr de complexos
como pelo transtorno metabólico que se
metal aminoácidos (Availa®Mins) oferecem
desencadeia.
uma nova alternativa para mitigar os efeitos produtivos adversos do estresse calórico.
A exposição súbita a altas temperaturas leva, sem dúvida, ao aumento da mortalidade.
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91 aviNews América Latina Abril 2018 | Suporte nutricional durante a temporada de estresse calórico
SÍNDROME DE
NANISMO INFECCIOSO EM FRANGOS DE CORTE
P
oucos aspectos da síndrome de nanismo e raquitismo (runting
patologia
Guillermo Zavala MVZ, MAM, MSc, PhD, Dipl. ACPV Avian Health International, LLC
stunting syndrome, ou RSS, em
inglês) foram definidos claramente. A RSS é provavelmente multifatorial. Na síndrome há grande proporção de indivíduos menores que o normal.
93 aviNews América Latina Abril 2018 | Síndrome infecciosa de nanismo em frangos de corte
100%
A síndrome de nanismo e raquitismo
100%
(RSS) foi descrita pela primeira vez
100%
por volta dos anos 1970. Desde então, tem-se especulado muito sobre sua origem: genética, manejo, meio ambiente, nutrição e alimentação, agentes infecciosos ou uma combinação desses e
PARVOVIRUS
de outros fatores. Levantou-se a suspeita quanto à participação de diferentes vírus entéricos,
81,3%
entre eles:
80%
Astrovírus
Rotavírus
Reovírus
Picornavírus
Parvovírus
Calicivírus
66,7% ASTROVIRUS
patologia
56,3%
60%
12,5%
0%
20%
ROTAVIRUS
REOVIRUS 50%
Em suma, os vírus mais frequentes foram: Vírus detectados em 8 experimentos com frangos de corte alojados em camas contaminadas. Porcentagem do total de amostras Porcentagem do total de amostras positivas Porcentagem do total de amostras negativas
1 Parvovírus 2 Astrovírus 3 Rotavírus 4 Reovírus Embora não sejam os mais frequentes, o astrovírus e o reovírus aparentemente são os vírus de maior patogenicidade.
94 aviNews América Latina Abril 2018 | Síndrome infecciosa de nanismo em frangos de corte
As causas do impacto econômico são: Atraso no crescimento Eliminação de aves atrasadas Mais dias para alcançar o peso de comercialização Baixa uniformidade, tanto na granja, quanto na planta de processamento Problemas de segurança alimentar resultantes de maior contaminação fecal das carcaças
Há muitas causas possíveis para o atraso no
Microscopicamente: as lesões incluem
crescimento e a perda de uniformidade. No
a formação de cistos localizados nas
caso da RSS, o atraso torna-se evidente a
criptas de Lieberkühn, o encurtamento
partir de 5 ou 6 dias de idade. Embora não
e a fusão das vilosidades intestinais e
aumente diretamente, a mortalidade pode
patologia
Conversão alimentar e outros fatores
a infiltração de células
crescer por causa da eliminação de aves
inflamatórias.
atrasadas. Surge diarreia aquosa profusa, que rapidamente umedece a cama. Os frangos parecem febris e não se alimentam. As aves afetadas podem demorar 1 ou 2 dias a mais para consumir a quantidade adequada de ração inicial.
Macroscopicamente: o intestino delgado apresenta palidez e paredes finas, com conteúdo aquoso e alimento mal digerido. O fígado fica pequeno, escuro e sem reservas de gordura. A vesícula biliar pode estar cheia de bílis.
Intestino pálido, com conteúdo aquoso; fígado sem reservas de gordura e vesícula biliar repleta de bílis
Intestino com paredes adelgaçadas e transparentes, com conteúdo aquoso e alimento não digerido
95 aviNews América Latina Abril 2018 | Síndrome infecciosa de nanismo em frangos de corte
Conhecida como enterite multicística, a formação de cistos nas criptas de Lieberkühn causa grande impacto ao impossibilitar que as células das criptas se multipliquem e preencham as vilosidades. As células das criptas são a origem das células que preenchem as vilosidades, indo ao ápice de cada uma delas.
Cistos/Seção Transversal de Duodenos
patologia
Enterite multicística. As criptas de Lieberkühn se apresentam dilatadas (ectasia vascular), com epitélio atenuado (plano) e detritos celulares no lúmen.
100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 5
10
15
20
25
30
Idade (dias) Número médio de cistos por seção transversal de duodeno em aves de 5 a 35 dias. Foram examinados os duodenos de 311 frangos, representando 6 integrações com problemas de RSS no sul dos Estados Unidos. O gráfico ilustra claramente que a maior incidência de lesões por RSS ocorre entre os 7 e 14 anos de idade.
96 aviNews América Latina Abril 2018 | Síndrome infecciosa de nanismo em frangos de corte
35
Durante essa migração, as células se
Além disso, a diarreia aquosa aumenta
especializam, dividindo-se em três tipos
a umidade da cama, gerando problemas
principais:
respiratórios e digestivos. A cama úmida favorece, por exemplo, a esporulação
Enterócitos, encarregados de digerir, absorver e aproveitar os nutrientes; Células enteroendócrinas, cuja função é regular o trânsito de nutrientes e a secreção de enzimas;
de oocistos de Eimeria. Terminada a etapa crítica da RSS, entre 7 e 14 dias de idade, podem ocorrer outros problemas gastrointestinais, como a coccidiose clínica ou subclínica, seguida da proliferação de clostrídios causadores de enterite necrótica.
Células caliciformes, produtoras de mucopolissacarídeos, que contêm imunoglobulina A (IgA) e contribuem para a proteção contra patógenos. Se as células das criptas não podem se dividir e preencher o epitélio das
patologia
Aves de 7 dias com cama molhada e comportamento anormal
vilosidades, estas encurtarão gradualmente, à medida que as células envelheçam sem serem substituídas por novas células
Esses problemas podem gerar desafios
geradas pelas criptas. Esse fenômeno
relacionados à segurança alimentar. A
reduz a capacidade do intestino de digerir,
diarreia aquosa faz com que aves levem
absorver e aproveitar nutrientes.
uma quantidade maior de matéria fecal para a planta de processamento, acarretando risco de contaminação por Salmonella e Campylobacter. A fragilidade intestinal também pode induzir a ruptura de vísceras e contaminação fecal.
Numerosos vírus intestinais foram detectados, sendo os astrovírus e os reovírus os mais relevantes. Algumas vacinas autógenas para reprodutoras têm o objetivo de gerar Vilosidades normais de frangos saudáveis
Vilosidades encurtadas de frangos infectados experimentalmente com astrovírus aviário
imunização passiva para a progênie, mas os resultados positivos não foram consistentes. Por isso, procurar outras medidas de controle é fundamental.
97 aviNews América Latina Abril 2018 | Síndrome infecciosa de nanismo em frangos de corte
A partir de pesquisas realizadas na Universidade da Geórgia, foi possível determinar que os fatores de manejo que causam mais impacto são: vazio sanitário, reutilização da cama e criação em baixas temperaturas.
A natureza infecciosa da RSS foi claramente demonstrada por diversos experimentos em que pintinhos do mesmo lote de reprodutoras, incubados na mesma incubadora e nascidos no mesmo nascedouro, foram alojados separadamente, em um ambiente perfeitamente limpo, desinfectado e com cama nova, ou em um ambiente com camas contaminadas,
Foi investigada também a possível participação de agentes infecciosos. O maior impacto positivo foi obtido com um vazio sanitário de pelo menos 18-21 dias em granjas altamente contaminadas.
provenientes de granjas severamente afetadas com RSS.
Foi estabelecido um programa intensivo de limpeza e desinfecção, e as camas deixaram de ser reutilizadas. Também ficou demonstrado que o nanismo aumenta drasticamente com a temperatura baixa das aves nos primeiros dias de vida.
Nesse período curto, permitiu-se que a cama contaminada
Os pintinhos foram criados por um período de 10 a 12 dias, com apenas 2 dias de vazio sanitário ao final desse período.
permanecesse no ambiente contaminado, e que o ambiente limpo fosse novamente sujeito a uma exaustiva desinfecção, com provimento de novas camas antes de que outro grupo experimental de pintinhos fosse alojado. Esse proceso foi repetido 27 vezes e, em 100% dos casos, as
patologia
aves alojadas no ambiente contaminado apresentaram, já
Por isso, é fundamental aderir a práticas de manejo que impeçam o esfriamento das aves e favoreçam o consumo de alimento, desestimulando o consumo de cama aviária. Por fim, a espessura da cama demonstrou ser um fator determinante para a redução da síndrome. É importante contar com pelo menos 10 cm de espessura de cama, especialmente em granjas repetidoras.
entre 10 e 12 dias de idade, peso corporal 50% menor que o das aves alojadas no ambiente limpo.
Isso ilustra o papel fundamental da biossegurança, da limpeza e da desinfecção no controle da RSS.
98 aviNews América Latina Abril 2018 | Síndrome infecciosa de nanismo em frangos de corte
Uma última prática que pode contribuir substancialmente para reduzir problemas causados pela
CONCLUSÕES
RSS é fermentar e aquecer a cama contaminada.
Resumidamente, as ações mais importantes Dentro da série de experimentos
para controlar a síndrome infecciosa de
mencionada, ficou demonstrado
nanismo incluem:
que o aquecimento da cama a 40 °C durante 100 horas reduziu o
Limpeza, desinfecção e camas
impacto negativo de RSS em lotes
novas.
subsequentes de filhotes.
Aumento do tempo de vazio
Se implementarmos um programa
sanitário.
eficaz de compostagem da
Aquecimento e fermentação da
cama, será possível reduzir a
cama (compostagem).
viabilidade de agentes infecciosos
Impedir que a temperatura dos pintinhos baixe nas primeiras horas
patologia
participantes da RSS.
e estimular desde cedo o consumo de alimento. O tipo, a quantidade e a distribuição dos comedouros é essencial.
Síndrome infecciosa de nanismo em frangos de corte BAIXAR O PDF
99 aviNews América Latina Abril 2018 | Síndrome infecciosa de nanismo em frangos de corte
SEGURANÇA E EFICÁCIA NO CONTROLE DA DOENÇA DE
NEWCASTLE Vectormune® ND
CEVA Saúde Animal
vacinas
A
doença de Newcastle (ND) é uma doença altamente contagiosa com impacto econômico muito alto e uma das principais barreiras ao comércio internacional da avicultura. A vacinação é uma parte crucial dos programas de prevenção contra esta doença. No entanto, os planos convencionais de vacinação apresentam sérios problemas de eficácia em razão dos altos títulos de anticorpos maternos dos pintinhos de um dia e da enorme dificuldade para alcançar uma vacinação adequada das aves no campo.
Neste contexto, era necessária uma nova geração de vacinas e a tecnologia de vacinas vectorizadas com rHVT-F, como a Vectormune® ND, supera totalmente os obstáculos acima mencionados (Paniago et
Vectormune® ND é uma vacina vetorizada que usa HTV cujo genoma foi inserido: O gene “F” extraído do vírus da EN (VEN). O vetor HVT utilizado (cepa FC 126, gerada após um número reduzido de passagens), a inserção do gene “F”, o local de inserção e o promotor selecionado para garantir a expressão do gene F, são elementos-chave da singularidade desta vacina. A vacina Vectormune® ND da Ceva Saúde Animal tem um design estrutural único. A proteína “F” (“fusão”) é o epítopo presente na superfície de qualquer VEN, permitindo a união e penetração nas células alvo. Se existe imunidade contra a proteína “F”, o VEN não pode infectar as células e induzir a EN. Isso explica a eficácia muito alta de Vectormune® ND contra mortalidade e perdas de desempenho. Como a replicação de VEN dentro do organismo da ave também é impedida, ocorre uma redução significativa na eliminação do vírus de desafio.
al. 2016).
VETOR HVT Vírus vacinal
100
GENE “F” PEC Promotor DOADOR Vírus EN VEN D26
GENOMA HVT
aviNews América Latina Abril 2018 | Segurança e eficácia no controle da doença de Newcastle
Vectormune® ND
Unidade equivalente de títulos (lg EID 50/0,2 ml)
O início da imunidade induzida por Vectormune® ND depende diretamente da replicação do vírus do vetor HVT e, consequentemente, da expressão do gene de fusão (F) do vírus da doença de Newcastle. A proteção aumenta progressivamente ao longo do tempo, atingindo proteção total em torno de 3 a 4 semanas de idade. Na verdade, a imunidade pode já ser detectada às duas semanas de idade. Sob condições epidemiológicas especiais, as vacinas vivas podem ser aplicadas como reforço no incubatório e/ou campo (10-15 dias de idade).
Unidade equivalente de títulos (lg EID 50/0,2 ml)
Extraído do estudo SCI-137-2011
Redução da Excreção do Vírus do Desafio
% de proteção
Vectormune®ND Controle
20 0
2
3
4
6
100
% de proteção
80 60 40 20 0
3
4
6
10
15
25
33
40
Idade dos animais desafiados em semanas
Extraído do estudo SCI-159-2010
55 72
Espectro de proteção
Duração da imunidade
Idade dos animais (semanas)
Uma vacinação com o Vectormune® ND em poedeiras comerciais de um dia de idade, após uma proteção clínica completa contra desafio pela VEN às 4 semanas de idade, induz 100% de proteção clínica até as 72 semanas de idade. Além disso, há uma alta proteção contra queda de produção e mortalidade (estudo DV-055-2007, desafio com cepa genótipo VII da Malásia às 3, 4, 6, 10, 15, 25, 33, 40, 55 e 72 semanas de idade; Palya et al., 2014).
7 dias após desafio orofaríngeo 7 dias após desafio cloacal
Vectormune® ND
Controle Extraído do estudo SCI-007-2011
7 6 5 4 3 2 1 0
Vectormune®ND
Vacina viva contra EN
Controle
Tipo de vacina aplicada
60 40
4 dias após desafio cloacal
Idade dos animais desafiados (dias)
100 80
4 dias após desafio orofaríngeo
Redução da excreção do vírus após o desafio aos 25 dias de idade (estudo SCI-155-2012, cepa desafio da indonésia do genótipo VIIa). O grupo vacinado com Vectormune® ND apresentou uma boa redução no nível de excreção do vírus em comparação com as aves-controle (vacina inativada). Os resultados de excreção do vírus de desafio indicado no estudo SCI-007-2011 (desafio por um paramyxovirus de ganso genótipo VIId da África do Sul aos 28 dias de idade) demonstram claramente a menor excreção viral em aves vacinadas com o Vectormune® ND em comparação com aves do grupo controle (vacinas vivas).
A Vectormune® ND foi testada em estudos de desafio usando vários genótipos do VEN (II, IV, V, VII, VIIa, VIIb, VIId e VIII) com excelentes níveis de proteção (Paniago et al., 2016). A experiência de campo gerada por mais de 27 bilhões de aves vacinadas em todo o mundo, em diferentes contextos epidemiológicos, tem demonstrado claramente os grandes benefícios do uso de Vectormune® ND para um controle mais eficaz da mortalidade e excreção do vírus da EN e, assim, proporcionar maiores lucros e tranquilidade para a indústria avícola. Segurança e eficácia no controle da doença de Newcastle BAIXAR O PDF
101 aviNews América Latina Abril 2018 | Segurança e eficácia no controle da doença de Newcastle
vacinas
Início da Imunidade
A proteção clínica está resumida no gráfico do estudo SCI137-2011 (cepa desafio da Malásia do genótipo VII).
7 6 5 4 3 2 1 0
APLICAÇÃO DO COBRE COMO
SUPERFÍCIE ANTIMICROBIANA
NA
MEDICINA VETERINÁRIA
O
Dra.Ronise Depner Médica Veterinária
cobre é um metal de transição na tabela periódica. Sua capacidade
investigação
de facilmente doar ou receber elétrons é a fonte de muitas de suas propriedades úteis, incluindo condutividade térmica e elétrica e das propriedades antimicrobianas.
Sua forma oxidada é indicada como Cu+2 Sua forma reduzida é indicada como Cu+1 Trata-se de um microelemento necessário para quase todos os organismos vivos, incluindo humanos, contribuindo com numerosos processos metabólicos. Entretanto, íons de cobre em níveis elevados são tóxicos para a maioria dos organismos.
102 aviNews América Latina Abril 2018 | Aplicação do cobre como superfície antimicrobiana na medicina veterinária
O mais antigo uso médico
O registro permite a comercialização com o
já registrado do cobre é
argumento de que o cobre “elimina 99,9%
mencionado no Smith
das bactérias dentro de duas horas”. Sua
Papyrus. Esse texto
utilização foi autorizada para a fabricação
médico egípcio escrito
de produtos para ambientes comerciais,
entre 2600 e 2200 antes de Cristo,
residenciais e de saúde. A agência esclarece
descreve a aplicação do cobre para
que as ligas de cobre devem ser utilizadas
esterilizar ferimentos torácicos e água
como um complemento e não para a
potável. Gregos, romanos, astecas e
substituição das práticas-padrão de limpeza
outros povos tratavam dores de cabeça,
e desinfecção das superfícies. Acrescenta
doenças pulmonares, queimaduras,
ainda que tais produtos não representam
vermes intestinais e infecções no ouvido
nenhum risco à saúde pública.
com o cobre. Sua utilização se difundiu na medicina a partir do século XIX e seu uso como agente antimicrobiano continuou até a disponibilização de antibióticos em escala comercial em
investigação
1932. O estudo das propriedades antimicrobianas das superfícies metálicas de cobre é relativamente recente e ganhou destaque quando o órgão norte-americano Environmental Protection Agency (EPA) registrou quase 300 ligas distintas de cobre como antimicrobianas em 2008.
Antes disso, uma série de estudos demonstrou o efeito bactericida do cobre e suas ligas contra cinco cepas de bactérias testadas de acordo com os protocolos da EPA: Apesar da antiguidade de sua O cobre é o primeiro metal a ter
descoberta e utilização, o cobre
reconhecido tal status.
tem suas propriedades ainda pouco exploradas e suas aplicações estão longe de serem esgotadas.
103 aviNews América Latina Abril 2018 | Aplicação do cobre como superfície antimicrobiana na medicina veterinária
ASPECTOS GERAIS DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA
Entre os vários micro-organismos já
Com relação à atividade antimicrobiana do
comprovadamente inativados pelo cobre, alguns são de interesse em
cobre e de suas ligas, estudos concluíram
medicina veterinária, como:
que o efeito antimicrobiano aumenta à medida que a temperatura passa da
Escherichia coli O157: H7
refrigeração para a temperatura ambiente
Staphylococcus aureus meticilina-resistente (MRSA)
e à medida que o teor de cobre das ligas aumenta.
Salmonella enterica
A maior resistência à corrosão leva a menor disponibilidade de íons cúpricos (Cu+2)
Campylobacter jejuni
e consequentemente menor atividade
Listeria monocytogenes
antimicrobiana.
Candida albicans
investigação
As superfícies manchadas liberam Cu+2
Virus Influenza
mais facilmente, exibindo atividade inibitória mais rapidamente que as superfícies brilhantes. Entretanto, espessa camada de óxido de cobre reduz a atividade antimicrobiana das superfícies de contato.
MECANISMO DE AÇÃO ANTIMICROBIANA (ANTIBACTERIANO, ANTIVIRAL E ANTIFÚNGICO) O mecanismo pelo qual se dá a morte microbiana em superfícies de contato de cobre é chamado de contact killing, ou morte por contato. A toxicidade ocorre devido à sua tendência em alternar seu estado de oxidação entre cuproso (Cu1+) e cúprico (Cu2+).
Como o efeito antimicrobiano é uma propriedade contínua do cobre, a recontaminação é mitigada.
Em condições aeróbicas, esse ciclo redox leva à geração de radicais hidroxila altamente reativos que danificam as biomoléculas, como DNA, proteínas e lipídeos. Fatores que aumentam as espécies reativas de oxigênio (ROS) aumentam a taxa de morte bacteriana.
Radical hidroxilo
Assim, a produção de radical hidroxila pela reação de Fenton-like contribui para a inativação dos microorganismos.
104 aviNews América Latina Abril 2018 | Aplicação do cobre como superfície antimicrobiana na medicina veterinária
A “morte por contato” se efetua por:
APLICAÇÕES EM SAÚDE PÚBLICA
Sucessivos danos na membrana
Pesquisadores comprovaram, na prática
Influxo de cobre para dentro das células
hospitalar, a funcionalidade do cobre
Danos oxidativos
superfícies podem auxiliar o uso de
e suas ligas, confirmando que essas antibióticos, desinfetantes e a prática de
Morte celular Degradação do DNA
lavagem de mãos, minimizando o risco de aparecimento e disseminação de microorganismos resistentes.
Superfícies secas de cobre metálico tem maior poder antimicrobiano que as mesmas superfícies quando úmidas.
Os números médios de bactérias recuperadas das superfícies hospitalares contendo cobre foram entre 90% e 100% menores do que os das superfícies controle em um hospital do Reino Unido. Já em um posto de saúde em Grabouw, África do Sul, as superfícies de cobre tiveram uma carga microbiana
investigação
71% menor.
PERSPECTIVAS DE FUTURO Os materiais de cobre Células microbianas expostas a superfícies
podem também ser
secas de cobre acumulam grandes quantidades
úteis como superfícies
de íons mais rapidamente que nas superfícies
antimicrobianas em
úmidas. Elas sofrem extensos danos nas
confinamentos, bebedouros e
membranas e perdem a integridade celular em
comedouros para os animais, materiais de
poucos minutos.
gaiolas e recipientes de armazenamento.
Em condições de anaerobiose, a ausência de
Os custos podem ser diluídos pelo menor
oxigênio apenas aumentou o tempo necessário
uso de antibióticos e diminuição do
para a inativação de 109 células de E. coli (de
risco de seleção para cepas de bactérias
1 para 2 minutos) em plaqueamento seco, mas
multirresistentes aos antibióticos.
não as protegeu da morte. O cobre metálico pode ser aplicado em O contato com as células pode oxidar
áreas com alta exposição à contaminação
diretamente a superfície de cobre, levando à
como as encontradas em abatedouros
liberação de íons Cu+1. Esses não são muito
avícolas. O uso de chapas de cobre seria
solúveis e não são estáveis em aerobiose,
útil para diminuir a contaminação cruzada
porém são mais tóxicos que os íons Cu+2.
causada por bactérias patogênicas como
Sendo assim, as condições de anaerobiose não
Salmonella enterica e Campylobacter jejuni
aumentam significativamente a sobrevivência
e evitar a formação de biofilmes.
em cobre metálico.
105 aviNews A. Latina Marzo 2018 | Aplicación del Cobre como superficie antimicrobiana en la medicina veterinaria
CONCLUSÕES Está claro que o uso do cobre e suas ligas como superfície antimicrobiana pode ser muito útil em diversas áreas da medicina veterinária. Hospitais e clínicas Laboratórios
Grande parte dos desinfetantes utilizados atualmente possuem restrições de uso, como o formaldeído, conhecido pela sua ação carcinogênica, e o iodo e os ácidos, que possuem ação corrosiva.
Instrumentos cirúrgicos Instalações Fômites Abatedouros
investigação
Laticínios, entre outros
O uso de superfícies antimicrobianas de cobre poderá resultar em menores taxas de infecções e menor utilização de antibióticos, resultando em menores chances de desenvolvimento de microorganismos multirresistentes, com
Além da já comprovada ação das
benefícios para a saúde animal e humana.
superfícies de cobre contra bactérias e vírus e fungos, sua aplicação prática na parasitologia também deve ser
Poder-se-á contar ainda com a redução de
considerada.
custos com:
Na avicultura, há uma extensa possibilidade
Tratamento de doenças animais
de aplicação do cobre e suas ligas, a
Melhor desempenho zootécnico
começar pelos incubatórios onde a limpeza dos
Maior lucratividade
equipamentos e das salas
Menor gasto com saúde pública
é fundamental para
pela redução da transmissão das
a sanidade dos
zoonoses
pintinhos. Depner RFR, Depner RA, Lucca V, Lovato M. O cobre como superfície de contato antimicrobiana e sua potencial aplicação na Medicina Veterinária. Veterinária e Zootecnia 2015;22(4):532-543.
Aplicação do cobre como superfície antimicrobiana na medicina veterinária BAIXE O PDF
106 aviNews América Latina Abril 2018 | Aplicação do cobre como superfície antimicrobiana na medicina veterinária
Para um padrão científico de ouro
Os pioneiros sempre lutam pelo ouro
…e assim conquistar o registro zootécnico para o Biostrong 510 EC. Foi demonstrada e confirmada a segurança e a eficácia do aditivo fotogênico para ração de frangos de corte e galinhas poedeiras até o início da postura. Encontre mais informações online!
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2018
LPN CONGRESS
Evento oficial da NUTRIÇÃO ANIMAL & AVICULTURA eventos
de toda a AMÉRICA LATINA
O LPN Congress 2018 é o ponto
20 1 8
ress g n Co
LPN iami M
25 & 4 23, 2 o 2018 br Outu
de encontro oficial da nutrição de monogástricos e avicultura de toda a América Latina. Este espetacular congresso internacional é marcado pelo altíssimo valor qualitativo da programação voltada, única e exclusivamente, ao público latino-americano do setor avícola e de nutrição animal.
108 aviNews América Latina Abril 2018 | LPN Congress, onde se unem a avicultura e a nutrição animal de TODA a América Latina
Direção técnica
Público alvo O LPN Congress 2018 foi pensado com foco no seguinte público:
Sala de produção de FRANGOS, REPRODUTORAS PESADAS E INCUBAÇÃO
Diretores de produção
Dr. Gregorio Rosales
Veterinários
Consultor privado
Técnicos zootecnistas Nutricionistas Consultores
Dr. Edgar Oviedo
Granjas de postura Plantas de incubação Fábricas de alimentos Plantas de processamento
Especialista de extensão-nutrição e manejo de frangos de corte
Sala de produção de OVOS CRIA - RECRIA eventos
Integradoras
Empresas
Profissionais
Gerentes
Dr. Antonio Gilberto Bertechini Pesquisador do CNPq
Miami
Sala de NUTRIÇÃO ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS Dr. Mário Penz
Key Accounts Director de Cargill Nutrición Animal
A organização do LPN Congress 2018 já concluiu a programação técnica sobre avicultura e nutrição animal, construída especialmente para atender os anseios do público latino-americano.
lpncongress.COM
109 aviNews América Latina Abril 2018 | LPN Congress, onde se unem a avicultura e a nutrição animal de TODA a América Latina
Workshops... Terça-feira 23 de outubro 2018
Durante o primeiro dia serão realizados 4 workshops, cada um patrocinado por uma empresa especializada do setor.
eventos
A TECTRON está patrocinando um workshop sobre nutrição e alimentação A JAMESWAY está patrocinando um workshop sobre incubação e reprodutoras A LOHMAN patrocina um WORKSHOP SOBRE AVICULTURA DE POSTURA A EXAFAN patrocina um workshop sobre instalações
Tradução simultânea ao espanhol e português Para a organização do LPN Congress 2018 é fundamental oferecer esta opção de tradução simultânea ao público do evento, possibilitando
Quando a palestra for em inglês, as traduções serão realizadas tanto para o espanhol, como para o português
sua participação e envolvimento nas palestras sem preocupação com o idioma.
110 aviNews América Latina Abril 2018 | LPN Congress, onde se unem a avicultura e a nutrição animal de TODA a América Latina
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S E S S ÃO P L E N Á R I A Perspectivas globais e regionais na América Latina para a produção de proteína animal
Programação técnica Quarta-feira 24 de outubro 2018
Durante o segundo dia acontece a sessão plenária que colocará em debate as perspectivas globais e regionais para a produção de proteína animal na América Latina. Os participantes contarão com três
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SALA de carne, reprodutoras e incubação
SALA de nutrição alimentação de monogástricos
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salas temáticas:
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Moderada pelo Dr Antonio Gilberto Bertechini concentrará conferências sobre as interações entre genética, nutrição, sanidade, economia e manejo na produtividade da indústria de ovos e/ou os desafios presentes e futuros para a indústria de ovos: experiência europeia.
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SALA de ovos, cria e recria
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Moderada pelo Dr. Gregorio Rosales e pelo Dr. Edgar Oviedo debaterá temas como o manejo epidemiológico e econômico de doenças respiratórias em frangos e reprodutores e/ou a importância do Benchmarking na produção de carne de aves.
Moderada pelo Dr. Antonio Mário Penz destaca várias palestras como o impacto das micotoxinas na produção livre de antibióticos e/ou os efeitos da nutrição sobre a imunologia das aves e suínos.
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111 aviNews América Latina Abril 2018 | LPN Congress, onde se unem a avicultura e a nutrição animal de TODA a América Latina
Quinta-feira 25 de outubro 2018
S E S S ÃO P L E N Á R I A Big Data na avicultura: como resgatar e utilizar, produtivamente, milhões de dados na produção avícola
lpncongress.COM SALA de carne, reprodutoras e incubação
eventos
Moderada pelo Dr. Gregório Rosales e pelo Dr. Edgar Oviedo, sediará debates sobre temas como as perspectivas e desafios na produção de perus na América Latina e/ou a melhora do rendimento e a redução de perdas na planta de processamento. O Double Tree Hilton Hotel Miami Airport & Convention Center foi selecionado para abrigar o LPN Congress 2018, ponto de encontro
SALA de nutrição alimentação de monogástricos
da avicultura e nutrição animal de toda a América Latina. Trata-se de um hotel extraordinário, que oferece instalações ideais para acolher um evento dessa categoria. O Double Tree Hilton Hotel Miami
Moderada pelo Dr. Antonio Mário Penz, destacará várias palestras como os cuidados na produção pós-retirada do AGP e/ou como implementar a produção em tempo real em granjas.
Airport & Convention Center tem excelente localização, a apenas alguns minutos da esquina suloeste do Aeroporto Internacional de Miami
SALA de ovos, cria-recria
(MIA) e apenas 25 minutos de South Beach e do centro das atrações de Miami.
Moderada pelo Dr. Antonio Gilberto Bertechini, debaterá sobre a redução das perdas de produtividade de ovos associadas a problemas sanitários, nutricionais ou de manejo em plantas classificadoras e empacotadoras
112 aviNews América Latina Abril 2018 | LPN Congress, onde se unem a avicultura e a nutrição animal de TODA a América Latina
Com a presença das team leaders do MIAMI HEAT
Não perca!
Abertura & Evento Social 23 de outubro O LPN Congress 2018, com o
de compartilhar experiências e
objetivo de estreitar as relações
opiniões com setor avícola e de
profissionais e servir como elo
nutrição de monogástricos de
entre os produtores, empresas,
toda a América Latina.
técnicos e demais representantes da indústria avícola e da nutrição de monogástricos, contará com uma fantástica sala de exposições de 16.000 m2.
O evento social que vai marcar a abertura do LPN Congress será realizado no dia 23 de outubro na área de exposições.
A área de exposições é o espaço onde as empresas participantes irão expor suas novidades, além
LPN Congress 2018, o evento oficial da nutrição animal e avicultura da América Latina BAIXE O PDF
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Assessoramento técnico Protocolos, formações etc.
Implantação de Protocolos
Seguimento dos resultados
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