Avinews brasil agosto 2017

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EDIÇÃO BRASIL

AGOSTO 2017

Inatividade dos pintinhos ao chegarem à

granja

Juan Carlos López p. 37

Efeito da vacinação contra

coccidiose na multiplicação de oocistos em frangos & perus

Robert L. Owen & Hannah Menges p. 84


Tem uma coisa que é inquestionável

Confiança vem de história: De Heus

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EDIÇÃO BRASIL

6/15 Influenza aviária e estabelecimento de uma cultura de biossegurança Diante da constante ameaça da influenza aviária, devemos estabelecer e implementar programas eficientes de biossegurança.

Dr. Técnico

Guillermo Zavala MVZ, MAM, MS, PhD., Dipl. ACPV Avian Health International, LLC, professor adjunto na Universidade da Geórgia

A. Gregorio Rosales

37/43

DVM, MS, Ph.D, DACPV Consultor de Sanidade Avícola Athens, Alabama 35613 - USA

A inatividade dos pintinhos ao chegarem à granja As primeiras horas depois das aves chegarem à granja determinam em grande parte seu futuro.

17/24

Juan Carlos López

O correto uso dos painéis evaporativos para melhorar o ambiente das aves Os sistemas de resfriamento evaporativo são utilizados para reduzir a temperatura interna dos galpões, diminuindo os efeitos indesejáveis do estresse calórico nas aves.

DVM, MVSc., PhD, Hendrix Genetics, Kitchener, Ontário, Canadá

47/55

Adelino Henkes

Caracterização da mortalidade: ferramenta útil para melhorar a produtividade

27/34

A caracterização da mortalidade pode ser utilizada para determinar os principais fatores que influenciam negativamente na viabilidade dos lotes.

Técnico Agropecuário Cooperativa Coopavel, Cascavel, Paraná, Brasil

Sistemas de comedouros para pintinhos recém-nascidos Na Universidade da Geórgia foi realizado estudo sobre o desempenho de pintinhos segundo o tipo de comedouro utilizado nos primeiros dias de vida.

Brian Fairchild, Mike Czarick & Abdul Alqhtani Departamento de Zootecnia Avícola, Universidade da Geórgia

Luis Armel Ramírez & Carlos Eduardo Garcia M.V.Z., PRONAVICOLA (Lohmann Colômbia)

57/63 Boas parcerias para seu negócio lucrar mais Reportagem da INSAVI

1 aviNews América Latina Agosto 2017


EDIÇÃO BRASIL

84/89

64/65 Farmabase acelera expansão internacional Reportagem da Farmabase

67/72 Miopatias em frangos de corte Um novo tipo de miopatia em frangos de corte está ocorrendo em muitos países, como os Estados Unidos. Este texto faz uma análise da doença.

S.F. Bilgili PhD, Universidade de Auburn, Alabama

74/82 Pneumovirose aviária no continente americano: situação atual e programas de controle utilizados Neste artigo destacamos experiências em diferentes países latino-americanos, assim como repassamos os pontos-chave para aumentar a eficiência de programas de controle.

Javier Sanz Corella DVM, Gerente de Produto Corporativo, Unidade de Negócios de Aves da Hipra, Espanha

O Grupo de Comunicação agriNews gostaria de destacar e diferenciar o compromisso notável e significativo de contribuição e colaboração dos autores dos artigos. O esforço conjunto tornou possível oferecer a nossos leitores um conteúdo técnico de qualidade, portanto, queremos reiterar nossos sinceros agradecimentos.

2 aviNews América Latina Agosto 2017

O efeito da vacinação contra a coccidiose na multiplicação de oocistos em frangos e perus Resumo de experiências na vacinação de aves comerciais contra a coccidiose com uma primeira vacinação por pulverização na incubadora e uma segunda vacinação por pulverização no ambiente durante o alojamento das aves por idade.

Robert L. Owen & Hannah Menges Best Veterinary Solutions, Inc.

90/95 Aditivos fitogênicos: aprendendo com a natureza a melhorar o desempenho Dr. Stefan Hirtenlehner

Gerente de Comunicações Técnicas da Delacon

96/100 Entrevista com Mário Penz Diretor Global de Contas Estratégicas da Cargill Nutrição Animal

102/104 Xilanase: redução de custos pela melhor liberação energética Equipe técnica da ABVISTA

107/112 7º Seminário Latino-Americano de Incubação Reportagem da JAMESWAY


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Devemos tomar a iniciativa diante da influenza aviária

A

BRASIL

influenza aviária na

Por fim, não se trata apenas de

EDITOR

América Latina continua

medidas teóricas, mas também

nos preocupando. Vários

práticas. Periodicamente, simulações

GRUPO DE COMUNICAÇÃO AGRINEWS S.L.

países da região apresentaram

são feitas em campo e em

iniciativas para enfrentar a doença,

laboratório, e ensaios de eutanásia

mas poucos são os que realmente

ou despovoamento massivo são

se preocupam com o tema.

realizados, de modo que tudo flua

Ainda não há planos de contingência sérios que denotem uma verdadeira colaboração entre governo, indústria, academia e autoridades locais. Nos países com experiência produtiva em relação à influenza aviária, há planos de contingência extremamente detalhados, incluindo até mesmo a distância que se deve percorrer e o tempo em minutos para conseguir de vários fornecedores alternativos o equipamento de biossegurança necessário e as duchas portáteis para poder entrar em uma granja afetada. São conhecidos minuciosamente a legislação local para dispor sanitariamente das aves sacrificadas, os métodos de descarte, os procedimentos de compostagem e a variedade de organizações que podem contribuir em determinado momento com o despovoamento,

rapidamente se a influenza aviária estiver presente. Além disso, há programas de indenização sem os quais seria bem difícil erradicar a influenza aviária. A leitura de artigos sobre a influenza aviária e a participação em simpósios não bastam. É preciso um plano de contingências detalhado e uma cadeia de liderança. Se isso não ocorrer, seja por falta de orçamento ou de iniciativa de nossos governos, a indústria deve tomar a iniciativa, começando por redesenhar os programas de biossegurança, de forma que o foco específico seja prevenir a influenza aviária. Os antigos programas de biossegurança precisam se modernizar e se adaptar para enfrentar as urgências atuais, que incluem segurança de alimentos e influenza aviária.

o descarte das aves e a limpeza

Cabe reiterar que se não há

e desinfecção das granjas.

iniciativas oficiais, o mínimo que

A indústria local conta com o apoio das forças policiais, dos governos locais, estaduais e federais, além

devemos fazer é preparar nossas próprias empresas com planos de biossegurança e de contingência.

de planos para recorrer à mão

Nesta edição, incluímos um

de obra de fontes alternativas,

breve artigo sobre esse tema,

como internos de prisões locais,

que pode servir como guia inicial

por exemplo. Estão previstos no

para desenvolver planos de

orçamento os reagentes químicos

biossegurança próprios para cada

e os profissionais de laboratório

empresa. Também abordamos

necessários em uma eventualidade.

temas como produção, nutrição, incubação, processamento, patologia e outras áreas de interesse.

A direção da revista não é responsável pela opinião dos autores. Todos os direitos reservados. Imagens: Noun Project / Freepik/Dreamstime

DESIGN GRÁFICO & WEB Marie Pelletier Enrique Núñez Ayllón Maitê Paier Antunes Sergio Rodríguez Núñez PUBLICIDADE Nathalia Ferrufino +54 9 (11) 3611-2200 int@grupoagrinews.com Simone Dias +55 (11) 98585-2436 brasil@grupoagrinews.com Luis Carrasco +34 605 09 05 13 lc@agrinews.es DIREÇÃO TÉCNICA Guillermo Zavala, MVZ, MAM, MS, PhD., Dipl. ACPV

REDAÇÃO José Luis Valls Osmayra Cabrera Daniela Morales Priscila Beck TRADUÇÃO Glaiane Quinteiro | Tikinet COLABORADORES Guillermo Zavala Gregorio Rosales Adelino Henkes Brian Fairchild Mike Czarick Abdul Alqhtani Juan Carlos López

Luis Armel Ramirez Carlos Eduardo García S.D. Bilgili Robert L. Owen Hannah Menges Mário Penz

Barcelona Espanha Tel: +34 93 115 44 15 info@grupoagrinews.com

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5 aviNews América Latina Agosto 2017


INFLUENZA AVIÁRIA

&

ESTABELECIMENTO

DE UMA

CULTURA DE BIOSSEGURANÇA

A. Gregorio Rosales DVM, MS, PhD, DACPV Consultor de Sanidade Avícola Athens

Situação e problemática atual biossegurança

S

egundo analistas financeiros, atualmente os principais desafios para a indústria avícola mundial

são: instabilidade financeira por causas político-econômicas; oscilações nos custos e disponibilidade dos insumos; restrições para o comércio; e, sem dúvida, o vírus influenza aviária.

6 aviNews América Latina Agosto 2017 | Influenza aviária e estabelecimento de uma cultura de biossegurança


Com os recentes surtos ocorridos em alguns países da União Europeia, Ásia, África e nos Estados Unidos, sem dúvida, muitas empresas tiveram sua produtividade e rentabilidade

Os surtos locais no âmbito mundial estimulam a importação de ovos para consumo e carne de frango e peru de empresas de países que estão livres desse vírus.

fortemente afetadas, em alguns casos, de modo irreversível.

Infelizmente, apesar dos esforços em conter ou reduzir os efeitos clínicos desse problema nos países afetados, é muito provável que o vírus ocorra novamente ou que continue evoluindo

biossegurança

e se propagando nessas áreas.

7 aviNews América Latina Agosto 2017 | Influenza aviária e estabelecimento de uma cultura de biossegurança


Erradicar a influenza aviária é um método de controle muito eficiente, no entanto é bastante custoso, demanda recursos, organização e coordenação entre os órgãos oficiais de saúde animal e as empresas avícolas. Até o momento, a vacinação com o vírus ativo, recombinado e inativado é somente uma forma de diminuir os prejuízos econômicos, mas não evita a infecção, nem o contágio do vírus no ambiente.

biossegurança

A vacinação pode ser a melhor estratégia uma vez que os produtos disponíveis podem: Induzir a resposta imunológica adequada. Ter um alto nível de semelhança com o vírus selvagem. Enquanto sejam utilizados e combinados com medidas rápidas de localização, restrição no movimento

Os exames epidemiológicos do surto ocorrido nos Estados Unidos em 2014-2015 também apontam que falhas na biossegurança provavelmente levaram ao contágio inicial do vírus em aves migratórias para granjas comerciais. Esse contágio inicial serviu como foco da infecção e transmissão do vírus com capacidade de se adaptar a um novo hospedeiro. As conclusões desses estudos mostram que a melhor defesa para as empresas avícolas hoje e no futuro depende de programas restritos de biossegurança.

das aves infestadas e de seus produtos, da cama do aviário contaminada e/ ou eliminação controlada de ninhadas contaminadas.

As pesquisas demostraram que o vírus é endêmico para várias espécies de aves aquáticas e se propaga durante as migrações dessas aves por vários continentes na mudança das estações.

8 aviNews América Latina Agosto 2017 | Influenza aviária e estabelecimento de uma cultura de biossegurança


MELHORAM a saúde digestiva

i DIMINUEM e/ou eliminam o uso de antibióticos Diminuem

DESINFETANTES TRATAMENTOS DE ÁGUA DETERGENTES ALGICIDAS ACIDIFICANTES SECANTES DE CAMA REIDRATANTE EM GEL PARA PINTINHOS DISENTERIA, ILEÍTE

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Como podemos avançar? Diante da constante ameaça da influenza aviária, primeiramente as empresas líderes e os executivos devem estabelecer e implementar programas eficientes de biossegurança para garantir benefícios e competitividade a suas empresas em curto e longo prazo. Infelizmente, os estudos de mercado em muitos países em desenvolvimento que atualmente sofrem também com o impacto da influenza aviária mostraram que a demanda por produtos avícolas continua sólida e rentável e se mantém crescente à

biossegurança

medida que aumenta a população e/ou sua renda econômica.

Por isso, a população seguirá demandando e consumindo produtos avícolas devido ao seu preço razoável, aceitação e valor nutritivo. Esses produtos serão fornecidos por empresas nacionais, criando empregos e ajudando a economia? Ou os consumidores ficarão satisfeitos ao comprar produtos importados livres da influenza aviária?

11 aviNews América Latina Agosto 2017 | Influenza aviária e estabelecimento de uma cultura de biossegurança


Custos e benefícios da biossegurança Um programa de biossegurança eficiente

No entanto, é complicado estabelecer a

precisa de compromisso e dedicação

relação de custo-benefício de cada medida

de todos os níveis operacionais de uma

conceitual, estrutural ou operacional de

empresa e deve começar pelo mais alto

biossegurança diante das diversas situações

nível corporativo, sendo necessários

dessa área.

investimentos em recursos humanos e físicos.

Na Tabela 1 há um guia prático para avaliação de custos e benefícios. Essa

Investir em um programa de biossegurança

tabela contém informações adaptadas que

é obter um bom retorno do investimento e

foram produzidas originalmente pelo dr.

participação no mercado.

Jean-Pierre Vaillancourt da Universidade de Montreal no Canadá.

Todas as pessoas na empresa devem entender que a prevenção da influenza

biossegurança

aviária e de outras doenças tem os seguintes ganhos: Garantir a produtividade zootécnica e econômica; Cumprir com as expectativas da produção; Evitar falhas na distribuição de produtos aos clientes; Cumprir as normas de controle e qualidade estabelecidas oficialmente ou exigidas pelos clientes e/ou na exportação; Evitar prejuízos na eliminação de ninhadas, quarentenas e períodos prolongados de repouso; Diminuir os custos no tratamento; Manter um negócio rentável que ofereça empregos estáveis, ganhos financeiros e crescimento.

12 aviNews América Latina Agosto 2017 | Influenza aviária e estabelecimento de uma cultura de biossegurança


Guia prático para avaliação de custos e benefícios dos planos de biossegurança

Custos

Isolamento / distância de outras granjas

$$$

Eliminação da cama longe de outras granjas

$$

Testes sorológicos do estado de saúde da ninhada

$$

Introdução de aves com estado de saúde conhecido

$

Sistema todos dentro / todos fora (all-in all-out)

$$

Cerca perimetral ao redor do poleiro

$$$

Porta de acesso controlada

$$

Avisos de entrada proibida de funcionários não autorizados

¢

Estacionamento longe do poleiro

¢

Requisitos para a entrada de carros

¢

Instalações para lavagem e desinfecção de carros

$$

Portas com fechaduras ou cadeados

¢

Eliminação das aves mortas na granja

$$

Compostagem da cama usada antes de ser retirada

$

Mudar a cama depois de cada ninhada

$$

Período de pelo menos 2 semanas de descanso

$

Sistema de controle de insetos e roedores

$

Entrada restrita de visitantes

¢

Instalações com banho na entrada e saída

$$$

Roupa limpa fornecida pela granja

$

Sapatos limpos fornecidos pela granja

$

Uso no mínimo de botas de plástico nas visitas

¢

Troca de roupa ao sair e voltar à granja

¢

Auditoria de procedimentos de biossegurança e execução

$

Potenciais benefícios

biossegurança

Procedimentos

Tabela 1. Guia prático para avaliação dos custos e benefícios dos planos de biossegurança. Adaptado do dr. J. P. Vaillancourt, 2001, The Cost-Benefit of Biosecurity Canadian Poultry

13 aviNews América Latina Agosto 2017 | Influenza aviária e estabelecimento de uma cultura de biossegurança


O segredo do sucesso A

biossegurança... É fundamental para ter um bom retorno financeiro na empresa, cumprindo objetivos na manutenção e incremento dos lucros. Deve ser parte da cultura corporativa das empresas de hoje e do futuro. Tem custos que são devidos aos benefícios.

biossegurança

Apresenta três níveis:

Conceito – localização e tamanho da granja. Infraestrutura – construção, portas e cercas perimetrais. Práticas operacionais – troca de roupas, sapatos, banhos na entrada.

Um programa de biossegurança bem-sucedido vai depender da educação e treinamento de todos os membros da empresa.

A biossegurança é responsabilidade de todos

14 aviNews América Latina Agosto 2017 | Influenza aviária e estabelecimento de uma cultura de biossegurança


Com os “pés no chão” A IMPLEMENTAÇÃO do programa Por outro lado, ao se desenvolver um

As normas e práticas de biossegurança

programa e investir em infraestrutura e

podem ser vistas como “custosas,

recursos humanos não se deve considerar

inconvenientes, exageradas e dogmáticas”.

que todos os funcionários da empresa

Essas percepções dificultam o progresso

cumprem os requisitos e procedimentos sem

e devem ser resolvidas com prática,

erros em seu trabalho diário.

comunicação, estabelecimento dos objetivos comuns e da filosofia de trabalho em equipe.

Experiências do autor e de outros colegas mostram que a implementação das práticas de biossegurança pode fracassar por falta de treinamento, conscientização e recursos.

A biossegurança é um compromisso que deve ser entendido, aceito e executado por todos. Deve ser a filosofia que norteia as decisões e

A implementação do programa exige convicção e participação de todos os envolvidos nos processos administrativos

biossegurança

De nada serve um programa teórico de biossegurança se não há roupas e sapatos limpos suficientes na granja, se a estrutura dos banheiros de entrada é ineficiente, se não há sabão e água morna etc.

operações cotidianas de uma empresa.

Para garantir um bom resultado, o programa deve contar com um sistema de auditoria que detecte falhas para que sejam tomadas medidas para solucioná-las.

e de produção, o que precisa de liderança na empresa, de trabalho em equipe e de comunicação. Uma estratégia estabelecida e que mantenha a cultura da biossegurança se

O programa de biossegurança não deve se apoiar somente em ações de punição.

dá por meio de um programa obrigatório de educação e treinamento anual para todos os funcionários. É importante estabelecer requisitos obrigatórios na contratação de funcionários, em treinamentos básicos, nas regras das condições de trabalho diárias e nas consequências quando há falhas no cumprimento das normas do programa.

v

A cultura de biossegurança tem um bom resultado por meio de celebrações e reconhecimentos dos funcionários e produtores que se destacam pela dedicação ao programa

15 aviNews América Latina Agosto 2017 | Influenza aviária e estabelecimento de uma cultura de biossegurança


Por meio século cuidando de sua produção de aves. Em todo o mundo.


O CORRETO USO

DOS PAINÉIS

EVAPORATIVOS

PARA MELHORAR O AMBIENTE DAS AVES Adelino Henkes Técnico Agropecuário - Cooperativa Coopavel, Cascavel, Paraná, Brasil

D

iversos estudos já

frango

discutiram os melhores métodos de resfriamento

do ambiente interno das granjas para conseguir melhores resultados técnicos em lotes de frangos de corte. É necessário buscar soluções adequadas para controlar a temperatura e, dessa forma, conseguir o melhor retorno econômico.

17 aviNews América Latina Agosto 2017 | O correto uso dos painéis evaporativos para melhorar o ambiente das aves


MAIOR

Eficiência produtiva Mortalidade MENOR

Os sistemas de resfriamento

As placas ou painéis de evaporação são

evaporativo são utilizados para

um sistema de resfriamento totalmente

reduzir a temperatura interna

integrado, desenvolvido para resolver

dos galpões, diminuindo os

os problemas de altas temperaturas em

efeitos indesejáveis do estresse

ambientes controlados de forma rápida e

calórico nas aves, o que aumenta

fácil.

a eficiência produtiva e reduz a mortalidade, além de melhorar o

A água é bombeada até a parte superior da

ganho de peso diário das aves.

parede de evaporação, onde é distribuída pelo sistema de tubos ou perfurações, garantindo que toda a superfície do painel se mantenha úmida, buscando o maior contato possível do ar com a água.

Os sistemas de painéis por evaporação necessitam de ventilação mecânica forçada que move o ar pelos painéis, dependendo das condições climáticas da região onde

A evaporação da água retira calor do ar, desde que este último fique úmido e a velocidade do ar seja suficiente, enquanto a umidade do ar que entra não for excessiva.

será implantado o sistema.

frango

O objetivo é reduzir pelo menos 5ºC da temperatura do ar interno do galpão.

Distribuidor de água Painel evaporativo Como conseguir o resfriamento evaporativo do ambiente nos galpões?

Ar resfriado mais limpo e úmido

Ar externo

Utilizar nebulizadores de água de alta e baixa pressão Instalar painéis evaporativos de

Figura 1. Bomba de circulação de água

fibras de celulose ou de polímeros

Os painéis são construídos com materiais muito absorventes. Tanto as folhas onduladas quanto os materiais adesivos possibilitam a permeabilidade.

Detalhe dos painéis em uma parede de evaporação

O processo de evaporação deixa o ar úmido livre de poluição, minerais e bactérias.

18 aviNews América Latina Agosto 2017 | O correto uso dos painéis evaporativos para melhorar o ambiente das aves


Tanto a nebulização de alta ou baixa pressão quanto o sistema de painéis por evaporação são métodos que utilizam a evaporação da água para diminuir a temperatura do ar.

Um estudo comparativo dos resultados entre o sistema de nebulização de baixa pressão e o sistema de placas evaporativas mostrou que os painéis de evaporação no galpão são mais eficientes que o sistema de nebulização. Neste estudo foi observado que a mortalidade foi 10% menor que a registrada no galpão onde estava instalado o sistema de nebulização. Ressalta-se que os lotes de frango estudados eram novos, ou seja, as aves foram colocadas e retiradas no mesmo dia em ambos os galpões.

Mas ocorreu uma melhora no ganho de peso e conversão alimentar. A diferença nos resultados se deve à eficiência relativa de cada um desses sistemas. O sistema de nebulização tem geralmente 40 a 50% de eficiência, enquanto o sistema de painéis de evaporação tem 70% de eficiência. Os painéis de evaporação possibilitam um resfriamento mais eficiente em relação a se atingir pelo menos 5ºC a menos na temperatura interna do galpão.


A durabilidade dos painéis de evaporação e sistemas depende diretamente das condições de manutenção. Um painel de evaporação bem

Figura 2. Painel de evaporação em excelente estado

manuseado e conservado deve ter vida útil de 8 a 10 anos e em alguns casos chega-se a 13 anos. É evidente que isso também depende da qualidade ou da dureza da água na granja. Os fatores que determinam a durabilidade de um painel de evaporação são a limpeza do sistema, o pH e a dureza da

frango

água.

Vantagens do sistema de resfriamento por painéis de celulose

Mecanismos de perda de calor para frangos de corte

1

IRRADIAÇÃO Irradiação do calor nas regiões corporais sem penas, como

Baixo consumo de energia e de água,

parte inferior das asas

enquanto o sistema novamente faz

e dos pés.

circular grande parte da água utilizada no processo. É imprescindível entender o papel da

Ocorre perda de calor sem gasto de

umidade no conforto térmico dos

energia que deve ser usada para ganhar

frangos de corte.

peso:

A água, por exemplo, é muito

A ave se sente confortável

eficiente para baixar a temperatura

enquanto não ocorre calor e

de uma granja. No entanto, a

umidade excessivos – com

diminuição da temperatura não

isso não há aumento da

significa necessariamente o

conversão alimentar.

conforto das aves.

20 aviNews América Latina Agosto 2017 | O correto uso dos painéis evaporativos para melhorar o ambiente das aves


2

RESPIRAÇÃO Através da respiração Quando a irradiação já não é suficiente para manter ou baixar a temperatura corporal, e a ave começa a ofegar e usar a energia do alimento para baixar sua temperatura corporal, ocorrem perdas econômicas. Durante a ofegação do animal, o vapor de água é liberado através do bico, carregando o excesso de temperatura e liberando-o em

frango

forma de calor.

Para que a liberação ocorra de maneira apropriada, o ambiente externo não deve ser muito úmido, já que assim a água não será liberada, sendo acumulada no trato respiratório das aves. Portanto, a partir dessas informações podemos concluir que o excesso de umidade é especialmente prejudicial às aves.

21 aviNews América Latina Agosto 2017 | O correto uso dos painéis evaporativos para melhorar o ambiente das aves


Automatização avícola não é somente resolução de problemas. É

criar soluções.

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Ao sermos os criadores dos sistemas estamos dedicados a cuidar de todas as necessidades e requisitos de nossos clientes. Com um enfoque em criar soluções inovadoras e específicas de acordo com cada problema para cada situação – granja, condição climática ou aplicação média ou baixa – com nosso produto estrela Orion e nosso premiado produto Fortica com tela tátil. Com nossa nova sede em Medellín, Colômbia e nossos distribuidores na América do Norte, temos a capacidade de oferecer serviços a todo o continente.

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Como podemos utilizar adequadamente o painel de evaporação? O ar que passa pela placa de evaporação deve ter velocidade mínima para que Em um galpão de pressão negativa,

a evaporação e perda de temperatura

a umidade sempre deve ser o

ocorram corretamente.

último recurso para a climatização adequada do ar.

1

Devemos utilizar toda a potência de extração do ar para depois utilizar a umidade. Isso ocorre porque a água tem

Problemas ao ligar o painel evaporativo SEM todos os exaustores funcionando

o poder apenas de diminuir a sensação térmica com a

2

Em segundo lugar, é importante

Quando ligamos a placa antes

a maneira de esfriar a placa na

de todos os exaustores, não

cortina de evaporação.

alcançamos a velocidade

frango

velocidade do vento.

necessária, e a água não esfria o suficiente na passagem pelo aparelho, o que leva a um umedecimento substancial da cama na região próxima à entrada do ar. Ocorre uma grande diferença na temperatura de entrada e de saída do ar no outro lado do galpão. Outro problema quando ligamos muito antes a parede úmida sem que ocorra extração suficiente do ar é o aumento da sensação térmica, uma vez que não temos velocidade suficiente do ar para diminuir a temperatura, sendo incorporada a umidade no ambiente.

23 aviNews América Latina Agosto 2017 | O correto uso dos painéis evaporativos para melhorar o ambiente das aves


Para que os frangos de mais de 28 dias estejam confortáveis, primeiro utilizamos todos os exautores de ar e depois ligamos as placas evaporativas. Depois que a placa cumpre sua função não será usada fora da zona de conforto das aves. O painel de evaporação não deve ser acionado quando os frangos não

Figura 3. Quando a zona de conforto dos frangos é respeitada, observa-se uma distribuição uniforme deles pelo galpão

estão preparados para a combinação de alta velocidade do ar e seu

frango

umedecimento, que somente deve ocorrer na quarta semana de vida ou mais tarde, mas não antes.

Vale a pena lembrar que a sensação térmica das aves é diferente da do ser humano; por esse motivo é necessário ter cuidado quando realizamos as avaliações da temperatura ambiente e do conforto das aves.

24 aviNews América Latina Agosto 2017 | O correto uso dos painéis evaporativos para melhorar o ambiente das aves


A escolha certa para o controle completo da sua granja

QUANDO ESCOLHER

AMACS PARA SUA GRANJA:

Se queremos otimizar todo o investimento.

• •

Se desejamos um controle exato de alimentação e ventilação. Se queremos que a ave esteja em un ambiente ideal, em que seja estimulada sua produção e não se deixe nenhum parâmetro aleatório.

Se optamos por um sistema seguro e confiável, no qual temos um sistema de segurança permanente no caso de alguma falha.

• • • • •

Se queremos recompilar informações de todas as aves. Se queremos centralizar a informação da granja somente em um lugar de maneira segura e eficiente. Se optamos por realizar uma análise da informação coletada. Se desejamos conhecer os problemas antes de acontecerem. Se optamos por ter um controle e manejo da granja de qualquer parte do mundo.

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SISTEMAS DE COMEDOUROS

PARA

PINTINHOS RECÉM-NASCIDOS Brian Fairchild, Mike Czarick & Abdul Alqhtani Departamento de Zootecnia Avícola, Universidade da Geórgia

frango

N

a Universidade da Geórgia, estudamos o desempenho dos pintinhos, segundo o tipo de

comedouro usado nos primeiros dias de vida.

Para isso, foi realizado um

Figura 1. Tipo de comedouro Turbo grow 2 (TG2)

experimento com comedouros durante oito dias: Comedouro Turbo grow 2 oval TG2, Figura 1. Comedouro tipo bandeja retangular frequentemente utilizado pela indústria – Figura 2.

Figura 2. Comedouro-padrão tipo bandeja

27 aviNews América Latina Agosto 2017 | Sistemas de comedouros para pintinhos recém-nascidos


14

boxes experimentais

Figura 3. Boxes experimentais para estudo no Centro de Pesquisas Aviárias da Universidade da Geórgia

7

comedouros TG2

frango

O estudo foi realizado no Centro de Pesquisas da Universidade da Geórgia e nas instalações com 14 boxes experimentais (Figura 3), dos quais 7 utilizavam exclusivamente o comedouro TG2, enquanto os demais utilizavam o comedouro tipo bandeja retangular de 33 × 56 cm.

7

comedouros tipo bandeja retangular

Foram colocados 50 machos de 1 dia de vida nesses boxes experimentais cujas dimensões eram de 1,20 × 1,50 m. A iluminação fornecida era contínua durante as primeiras 24 horas e depois durante duas horas por dia durante o decorrer do estudo.

50

machos de 1 dia de vida

Tamanho do box experimental

1,20 × 1,50 m 24h 2h/dia primeiras Luz contínua

28 aviNews América Latina Agosto 2017 | Sistemas de comedouros para pintinhos recém-nascidos

depois


Antes de colocar os pintos foram inseridos:

1

3,7 kg de alimento no comedouro TG2.

2 kg de alimento em cada comedouro tipo bandeja.

24h 2

3

4

O alimento foi pesado seis horas depois de colocar os pintos e diariamente durante o estudo. Os pintos foram pesados no primeiro, quinto e oitavo dia de vida.

No oitavo dia de vida foram pesados individualmente em quatro boxes experimentais, representando os dois experimentos para avaliar as diferenças na uniformidade dos pintos.

5

Também foram quantificados o alimento e o excremento presente nos comedouros dos boxes experimentais de controle, separados por uma malha para avaliar quanto material da cama do aviário ou esterco acumulava-se nos comedouros.

Não houve diferenças estatísticas na mortalidade já que em nenhum dos boxes experimentais teve perdas superiores a dois pintos durante o estudo

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Os pintos consumiram mais nos comedouros tipo bandeja no 1º, 4º, 5º e 7º dia (1 g/pinto, 1 g/pinto, 2 g/pinto e 4 g/ pinto, respectivamente) (Tabela 1).

Consumo alimentar gramas/ave

Não foram encontradas diferenças estatísticas no consumo alimentar a partir do 7º dia. Em geral, no comedouro tipo bandeja os pintos consumiram mais que no comedouro TG2 (6 g/pinto).

Dia 1

Dia 2

Dia 3

Dia 4

Dia 5

Dia 6

Dia 7

Dia 8

Total

Bandeja

8g

9g

12g

19g

24g

27g

35g

35g

170g

TG2

7g

9g

12g

18g

22g

26g

31g

36g

164g

Tabela 1. Consumo de alimento (gramos/ave)

frango

O desperdício de comida não foi mensurado objetivamente neste estudo. No entanto, não foi observado durante a bicagem do alimento que parte dele era jogado fora da bandeja, nem alimento na cama do aviário. A inexistência de alimento na cama do aviário não indica necessariamente que não foi desperdiçado, mas, se isso ocorreu, a quantidade foi tão pequena que era impossível observá-la concretamente na cama do aviário formada com cascas de madeira de pinheiro.

30 aviNews América Latina Agosto 2017 | Sistemas de comedouros para pintinhos recém-nascidos



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Peso corporal Dia 0

Dia 5

Dia 8

Bandeja

44g

110g

182g

TG2

44g

112g

188g

Valor P

Não significativo

Não significativo

0,0065

Tabela 2. Peso corporal (gramas)

O peso corporal foi significativamente diferente no final do estudo: As aves que se alimentavam no comedouro TG2 pesavam 6 g a mais que as aves que se alimentavam em bandejas (Tabela 2). Não foram encontradas diferenças significativas quanto à uniformidade do peso corporal no final do experimento, sendo o coeficiente de variação de 9,4% nas aves que se alimentavam no comedouro TG2, e 10,1% nas aves que se alimentavam no comedouro tipo bandeja.

Dias 0-5

Dias 6-8

Dias 0-8

Bandeja

1,09

1,34

1,22

TG2

1,01

1,24

1,12

Valor P

0,0001

0,0002

0,0001

frango

Conversão alimentar bruta A conversão alimentar no período de 0-5 dias, 6-8 dias e 0-8 dias foi significativamente menor nos boxes experimentais com comedouros TG2 (Tabela 3).

Tabela 3. Conversão alimentar bruta (alimento em gramas/peso corporal em gramas)

Figura 4. Plataforma de pesagem das aves

33 aviNews América Latina Agosto 2017 | Sistemas de comedouros para pintinhos recém-nascidos


O comedouro TG2 teve desempenho semelhante no uso do alimento, mas apresentou maior capacidade para armazenar a comida comparado às bandejas adicionais. Como os pintos não ficam sobre o alimento nos comedouros TG2, geralmente não há presença de excrementos ou do material da cama. A alimentação nas 6, 24 e 48 horas indica que os pintos que se alimentavam nesses dois tipos de comedouros foram capazes de localizar o alimento em ambos os sistemas

frango

sem nenhuma diferença.

Até o final da primeira semana de vida, as aves se alimentavam mais no comedouro tipo bandeja, enquanto as que se alimentavam no sistema TG2 apresentaram vantagem numérica e não estatística por terem maior peso corporal e melhor conversão alimentar.

*Nota: Os nomes comerciais ou comuns são utilizados neste texto exclusivamente com fins informativos e descritivos. O Serviço de Extensão Agrícola e a Universidade da Geórgia não asseguram, nem fazem propaganda de nenhum dos produtos mencionados; e não deve ser interpretado que alguns dos referidos produtos excluem a importância de outros.

34 aviNews América Latina Agosto 2017 | Sistemas de comedouros para pintinhos recém-nascidos



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A INATIVIDADE DOS PINTINHOS AO CHEGAREM À GRANJA

incubação

Juan Carlos López Hendrix Genetics, Kitchener, Ontário, Canadá

A

s primeiras horas depois de as aves chegarem à granja determinam em

grande parte seu futuro. A mortalidade nos pintos tem como principal causa problemas de mobilidade e/ou incapacidade para buscar alimento e água. Essa “inatividade” tem diferentes causas, objeto de revisão deste texto.

37 aviNews América Latina Agosto 2017 | A inatividade dos pintinhos ao chegarem à granja


Consequências de altas temperaturas embrionárias durante a incubação

A alta temperatura interfere na correta utilização dos nutrientes da vesícula vitelina na gema (Leksrisompong et al.,2007 ).

Se o restante da vesícula vitelina é considerável (superior a 15-20%) no momento da bicagem, isso pode dificultar a saída das aves pela câmara de ar gerando lacerações nas articulações (articulações avermelhadas) que afetarão a atividade das aves na chegada ao

incubação

galpão – Figura 1a.

Figura 1a. Articulações avermelhadas

Uma vesícula vitelina muito grande significa que o desenvolvimento corporal das aves não foi adequado – Figura 1b. Em outras palavras, as condições de incubação não permitiram que os embriões utilizassem adequadamente os nutrientes da gema para seu desenvolvimento muscular e ósseo.

Figura 1b. Vesícula vitelina grande

As aves com vesículas vitelinas menores são geralmente mais desenvolvidas (maiores) (Wolanski et al., 2003).

O objetivo é obter vesículas vitelinas que representem menos de 10% do peso corporal total no momento de retirar os pintos da incubadora (Cobb 2012)

Esses 10% (relação da vesícula vitelina vs. peso corporal) deve ser o resultado da temperatura da incubação e ventilação corretas, com uma ventilação adequada no nascimento.

38 aviNews América Latina Agosto 2017 | A inatividade dos pintinhos ao chegarem à granja


Vesículas vitelinas pequenas As vesículas vitelinas pequenas não devem ocorrer por prolongamento sem necessidade do tempo de permanência dos pintos no nascedouro, o que os faz perder peso e utilizar os nutrientes da

Aves com vesículas vitelinas grandes, ao chegarem à granja, não sentem vontade de ir em busca de alimento. Acredita-se que a presença da vesícula vitelina grande cheia de ácidos graxos desestimula a busca por alimentos (Esquema 1). Se há água e comida disponíveis, as aves não precisam dos nutrientes da gema,

incubação

Vesículas vitelinas grandes

vesícula vitelina para sobreviver.

Vesícula vitelina pequena

conforme demonstraram estudos em que as aves que tiveram retiradas a vesícula se desenvolveram igualmente às aves que a mantiveram (Thaxton, 1984; Richards 1991;

Puvadolpirod et al., 1997 ).

Vesículas vitelinas grandes

Número de aves fora da casca

1%

30h

Quantidade máxima de aves fora da casca trinta horas antes da hora

25%

75%

Nas 23-24 horas

12 horas

23h-24h

previstas para o nascimento

12h

antes do nascimento

programada para sua retirada do nascedouro

No caso de perus são recomendados 1-5% fora da casca 36 horas antes do nascimento (Hybrid Turkeys).

39 aviNews América Latina Agosto 2017 | A inatividade dos pintinhos ao chegarem à granja


A alta temperatura durante a incubação dificulta o consumo de proteínas importantes para a formação dos ossos, além de modificar o comprimento e o peso normal dos ossos e da densidade do condrócito (Oviedo-Rondón et al., 2008 ) (Figura 2 ).

Figura 2

Evite temperaturas embrionárias (medidas na casca do ovo) superiores a 38-38,3°C e concentrações de oxigênio inferiores a 21%. A temperatura pode ser medida com um termômetro infravermelho utilizado em humanos, mas deve ser colocado dentro da incubadora pelo

incubação

menos 10 minutos antes da medição.

Figura 3 39-40,5°C T° retal dos pintos

Depois que os pintos saem da casca, a temperatura retal deles deve estar entre 39,4-40,5°C, como mostra a (Figura 3).

Alta umidade durante a incubação A alta umidade durante a incubação não permite a adequada perda de peso, por isso a câmara de ar será pequena. As aves têm nesse caso dificuldades para sair e machucam as pernas (Figura 4 ).

Recomenda-se ajustar os perfis de incubação para que a perda de peso por transferência seja entre 12 e 14%. Durante o nascimento a relação ave vs. ovo (rendimento) deve ser de 66-68%, dependendo do tempo que as aves devem esperar antes de chegar a seu destino.

40 aviNews América Latina Agosto 2017 | A inatividade dos pintinhos ao chegarem à granja

Figura 4. Dificuldade para sair do ovo por causa da alta umidade durante a incubação


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Baixa ou alta temperatura durante a espera na planta e/ou transporte na granja A temperatura do veículo de transporte

Depois da vacinação das aves e da separação por sexagem e tratamento do bico, devem recuperar sua temperatura corporal ideal, 39,4-40,5°C, antes de serem transportadas até as granjas. Se as condições de armazenagem na planta

deve ser tal que independentemente da leitura dos sensores, no momento da abertura da porta para descarregar as aves, a temperatura retal delas seja entre 39,4-40,5°C.

são adequadas, as aves devem perder no máximo entre 0,3%-0,4% por hora.

A Figura 5 mostra

A Figura 6 mostra aves

aves com temperatura

com temperatura

incubação

retal entre 38,3-38,8°C

Figura 6

durante a saída do

retal correta, ativas em busca de alimento

caminhão

e água.

Figura 5

Pré-aquecimento dos ovos para conseguir

A região esquerda da Figura 7 mostra

um desenvolvimento embrionário uniforme e

uma ave que nasceu 36 horas antes

checagem da temperatura e da uniformidade

do previsto e teve que esperar sem

de ventilação das incubadoras e nascedouros.

necessidade 24 horas para chegar a

Essas ações têm o objetivo de reduzir a janela de nascimento e minimizar o número de aves

seu destino, em detrimento de sua musculatura peitoral.

que nascem fora do tempo esperado e que sejam deixadas à espera sem necessidade, produzindo apenas perda de peso. As aves que têm rápido acesso ao alimento e água depois do nascimento apresentam desenvolvimento corporal (Geyra et al., 2001; Maiorka

& et al., 2003); e imunológico (maior peso bursal; aparecimento precoce da IgA biliar e centros germinais) melhores que aquelas que têm a alimentação postergada (Dibner et al., 1998 ).

42 aviNews América Latina Agosto 2017 | A inatividade dos pintinhos ao chegarem à granja

Figura 7


Baixa Tº do piso

Baixa ou alta temperatura na recepção das aves no galpão Se o material da cama do aviário e/ou o piso têm baixa temperatura, as aves perdem calor nos pés e, se a situação persistir, ficam sentadas perdendo maior calor corporal por condução e radiação. Instintivamente, para se conservarem, não

Alta Tº ambiental

irão se mexer, nem buscar água e alimento. Se a temperatura ambiente estiver muito alta, as aves ficam muito ativas no início, andando de um lado a outro sem se alimentar; começam a ofegar e, se persistir a situação, ficam desidratadas, o que leva à inatividade e, por último, à mortalidade na primeira semana de vida.

Lembre-se que nos primeiros dias as aves não conseguem regular sua temperatura corporal de forma autônoma e dependem da temperatura exterior. Horas antes de chegarem, o galpão deve estar em temperatura adequada, incluindo a cama do aviário e não apenas o ar. O piso em si deve estar em uma temperatura entre 28 e 30°C (Figura 8 ).

Figura 8. Temperatura ideal do piso na chegada dos pintos ao galpão Os pintos originários de lotes de reprodutoras jovens podem precisar de mais tempo para regular sua temperatura corporal (4-6 dias). Acredita-se que isso ocorre porque os pintos de ovos originários de aves adultas têm maior proporção de gema e gorduras que os pintos de ovos de lotes jovens (Yadgary et al., 2010 ).


Ventilação incorreta e/ou iluminação O dióxido (CO2) e o monóxido (CO) de carbono são gases que devem ser monitorados. O CO2 é produzido por um combustível de calefação, pela respiração das aves, além de estar normalmente no ar (300-500ppm). Altos níveis de CO2 produzem

Buscar uma temperatura da casca durante a incubação próxima a 37,7°C. A relação da vesícula vitelina vs. peso total ideal deve ser menor que 10% durante a retirada das aves, desde que a janela de nascimento seja adequada. A perda de peso por transferência

inatividade e falta de apetite (Donaldson

deve oscilar entre 12-14%, e o

et al., 1995 ).

rendimento deve ser entre 66 e

incubação

68%. À noite, a pouca circulação do ar propicia a

Desde a saída das aves da casca

formação de “microclimas” com altos níveis

até a chegada delas à granja, a

de dióxido de carbono e baixos níveis de

temperatura retal das aves deve

oxigênio, situação potencializada com o

estar entre 39,4-40,5°C.

agrupamento das aves. Os pintos não devem perder mais de 0,3-0,5% do peso corporal por O CO produzido pelos aquecedores é um gás muito perigoso, porque apresenta 200 vezes mais afinidade com a hemoglobina que o oxigênio.

hora (aclimatar a sala de espera para eles). Minimizar a janela de nascimento e evitar atrasos no consumo de alimento e água.

A falta de luz suficiente e uniforme também produz inatividade. As aves precisam ter acesso fácil a comedouros e bebedouros.

A temperatura do piso sem os restos da cama deve estar entre 28°C e 30°C. Na recepção, os níveis de CO2

Recomenda-se evitar níveis de CO2 superiores a 2.500 ppm e de CO maiores que 25 ppm. A intensidade de luz deve estar entre 30 e 40 lux, e em situações de

devem ser menores que 2.500 ppm e os de CO inferiores a 25 ppm. A intensidade de luz deve ser entre 30-40 lux e, no caso de inatividade, até 100 lux.

inatividade pode-se chegar a 100 lux (Watts 2008 ). Referências fornecidas pelo autor.

44 aviNews América Latina Agosto 2017 | A inatividade dos pintinhos ao chegarem à granja


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CARACTERIZAÇÃO DA MORTALIDADE: FERRAMENTA ÚTIL PARA MELHORAR A PRODUTIVIDADE

U

m dos principais desafios para

Identificar a mortalidade é um

quem trabalha na indústria

método simples e prático, que

avícola é melhorar a eficiência da

pode ser utilizado como ponto

produção.

poedeiras

Luis Armel Ramírez, M.V.Z. Carlos Eduardo Garcia, M.V.Z. PRONAVICOLA – Lohmann Colômbia

de partida para determinar os

Entre as estratégias para melhorar o desempenho produtivo das aves de postura, o controle da mortalidade é uma prioridade.

principais fatores que influenciam negativamente na viabilidade dos lotes. Identificadas as causas, o passo

Cabe ressaltar que as causas da mortalidade das aves apresentam diferenças importantes entre as empresas

seguinte é estabelecer medidas corretivas e/ou preventivas, específicas para cada causa.

do setor, inclusive as que compartilham as mesmas condições geográficas, de infraestrutura e linhagens genéticas utilizadas.

47 aviNews América Latina Agosto 2017 | Caracterização da mortalidade: ferramenta útil para melhorar a produtividade


DESCRIÇÃO DA METODOLOGIA O objetivo é identificar e corrigir os aspectoschave que provocam mortalidades acima do normal. A caracterização pode ser rápida ou demorar um pouco. Vai depender basicamente da disponibilidade de tempo, vontade e interesse nesse trabalho. É importante entender especificamente por que as aves estão morrendo na granja.

poedeiras

Figura 1. Pesagem de 100% da mortalidade em certo período

PASSO 1. PESAR 100% DA MORTALIDADE Devemos estabelecer que tipo de ave

Comparação de Peso – idade (sem) 75 2033

1980 1474

está morrendo mais: as aves muito pesadas ou as mais leves etc. 97.4%

Cada perfil de peso pode indicar diferentes causas, por isso as medidas

72.5%

corretivas e preventivas também devem direcionar a diferentes estratégias. O Gráfico 1 apresenta uma análise do peso da mortalidade.

No Gráfico 1 pode ser observado a média que alcança 72,5% do comprimento referente ao peso esperado para a idade e linhagem genética.

Peso-padrão

Média de peso por lote

Média de peso por tabela

Gráfico 1. Comparação entre a média de peso da mortalidade, lote e padrão.

Nesse caso a condição corporal crítica das aves estava ocasionando aumento da mortalidade e deterioração dos parâmetros produtivos.

48 aviNews América Latina Agosto 2017 | Caracterização da mortalidade: ferramenta útil para melhorar a produtividade


PASSO 2. CARACTERIZAÇÃO OU CLASSIFICAÇÃO DOS RESULTADOS Antes da pesagem, cada ave deve ser marcada e identificada para correlacionar as lesões encontradas durante a necropsia com o respectivo peso corporal.

Peso

Peso

Peso

Resultados

Resultados

Resultados

452

455

506

Caquexia

Caquexia

Caquexia

2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 27

665

510

446

Fratura femoral

Caquexia

Caquexia

820

502

470

Degola

Caquexia

Caquexia

470

538

1492

Caquexia

Caquexia

Prolapso médio

913

424

Hemorragia da coxa

Caquexia

455

473

Caquexia

Caquexia

951

467

645

493

Caquexia

Caquexia

684

1333

Caquexia

Afogamento

910

1424

Marek

Decapitação

986

485

Caquexia

Caquexia

912

Decapitação

12

11

4

Peso Média Mortalidade

Peso Média Lote

Peso Tabela

740

647

730

1463

1400

1.045

52.8

46.2

52.1

104.5

Caquexia

Caquexia

%

#

média

%PT

66,7

18

508

36

Mortalidade com peso abaixo do peso médio da mortalidade

29,6

8

1031

74

Mortalidade com peso abaixo do peso médio do lote

1

1492

107

Mortalidade com peso acima do peso médio do lote

3,7

poedeiras

# 1

0

Mortalidade com peso acima do peso na tabela

100

Tabela 1. Rastreamento da mortalidade no galpão 1, Lote 011, Idade: 17 semanas

49 aviNews América Latina Agosto 2017 | Caracterização da mortalidade: ferramenta útil para melhorar a produtividade


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Fisicamente é importante verificar a presença de lesões compatíveis com o quadro do prolapso e bicagem. Também deve ser avaliada a condição geral dos ossos: A resistência deles pode ser avaliada pela quebra das pernas. Caso sejam fraturadas com facilidade ou se dobrarem – ossos de borracha –, há problemas de mineralização.

Figura 2. Alterações na formação da quilha do esterno

O osso da quilha do esterco deve ser

66,6

29,6

3,8

Gráfico 2. % Classificação da Mortalidade por Peso Lote 011

Com o resultado da necropsia é obtida uma lista de achados que devem ser guardados em tabelas e gráficos para identificar quais são os com maior frequência e relevância No Gráfico 3, podemos observar a

CAUSAS DA MORTALIDADE - IDADE (SEM) 47 3,7% 7,4%

Prolapso

No entanto, também mostra claramente os fatores prioritários nas estratégias de

Enterite

controle.

Não identificada

11,1%

variabilidade desse tipo de avaliação.

É recomendável que a lista de causas

66,7% Fragilidade óssea

ou fatores não seja muito grande. Os resultados similares e os menos relevantes podem ser colocados em uma mesma categoria.

11,1%

Traumatismo

Por exemplo: peritonite, coligranuloma e necrose na cavidade abdominal podem ser identificados como contaminação bacteriana.

Gráfico 3. Exemplo na caracterização da mortalidade segundo os dados apresentados

51 aviNews América Latina Agosto 2017 | Caracterização da mortalidade: ferramenta útil para melhorar a produtividade

poedeiras

reto e ter boa formação.

Mortalidade com peso abaixo do peso médio da mortalidade Mortalidade com peso abaixo do peso médio do lote Mortalidade com peso acima do peso médio do lote


FREQUENTES RESULTADOS NA CARACTERIZAÇÃO DA MORTALIDADE Lesões relacionadas à deficiência mineral É comum observar que grande parte da mortalidade está diretamente relacionada com a fragilidade óssea e outras lesões comuns da osteoporose. Na maior parte desses casos, a incidência das aves afetadas supera 50%.

Figura 3. Casos de deficiência mineral. Observa-se fragilidade óssea e ausência de osso medular Para solucionar esse problema é preciso verificar aspectos importantes, como a relação cálcio/fósforo, assegurar que as proporções do cálcio fino e do cálcio

Figura 4. Exemplo de granulometria para o cálcio suplementar

grosso no alimento sejam adequadas, e avaliar a possibilidade de suplementos

poedeiras

com partícula grossa de cálcio – 4 a 6 milímetros – à tarde.

Avaliar a possibilidade de suplemento com partícula de cálcio grossa à tarde favorece a disponibilidade de cálcio no intestino durante as horas

Figura 5. Silo ou funil auxiliar para o suplemento de cálcio

de maior intensidade na formação da casca do ovo, processo que acontece principalmente durante a noite.

Bicagem/Prolapso 8,7%

O prolapso/bicagem ocorre geralmente

Alterações hepáticas

em lotes cuja estrutura corporal não foi bem formada na fase de desenvolvimento – Gráfico 4.

15,2

Fragilidade óssea

Além disso, isso também pode ocorrer em lotes com problemas na uniformidade e em casos nos quais os diferenciais de intensidade luminosa entre os galpões de

54,3% Bicagem/Prolapso

15,2%

Cont. bacteriana

desenvolvimento e os de produção são muito altos.

Gráfico 4. Caracterização da alta incidência de prolapso/bicagem

52 aviNews América Latina Agosto 2017 | Caracterização da mortalidade: ferramenta útil para melhorar a produtividade


Peso (g)

1500

Muito leves Acima do peso Com ganho exagerado de peso antes da postura

podem ser: deficiências

0,90

nutricionais, ovos muito

0,80 0,70 0,60

1000

0,50 0,40

grandes, problemas de manejo etc.

0,30

500

0,20 0,10

0

Outras possíveis causas

1,00

Mort. Acum (%)

Aves 2000

5

10

15

Peso Real vs. Tabela

20

25

Gráfico 5. Casos típicos que apresentam “crise de mortalidade” Lohmann Brown classic - Gráfico de desenvolvimento


CONDIÇÃO CORPORAL

Se há lotes muito leves durante as primeiras semanas, sendo forçado em seguida o ganho de

Para diminuir a incidência de prolapsos deve

peso adicional, principalmente depois das doze

ser assegurada a obtenção de peso desde

semanas, as aves apresentam uma estrutura

as primeiras semanas e durante todo o

corporal inadequada: tamanho baixo e níveis de

desenvolvimento.

gordura excessivo.

Também é preciso implementar medidas

que requer manejo individual das aves.

Ganho (gramas)

separar todas as aves leves em cada tarefa

Ossos

12

acima de 85% antes do início da produção. No caso da uniformidade, uma estratégia é

Proteína

14

eficientes para alcançar uniformidade

Gordura

10 8 6 4 2 0

0

1

2

4

6

8

10

12

14

16

Idade (semanas) Gráfico 6. Condição corporal em função do ganho de peso em gramas ao longo das semanas de vida e de proteína, ossos e gordura

Ysillevitz, 2007

18

20


INTENSIDADE LUMINOSA As linhagens genéticas atuais têm potencial para alcançar altos níveis produtivos, em moderadas condições de intensidade luminosa (IL).

Por exemplo, em galpões com ambientes controlados é suficiente trabalhar entre 5 e 7 lux na fase de desenvolvimento e entre 10 e 15 lux na de produção.

Figura 6. Alta mortalidade de aves localizadas em áreas de alta luminosidade

Deve-se considerar que excessos na

Quando é caracterizada a mortalidade devido

intensidade luminosa (IL) não são

à localização no galpão, encontraremos nas

aconselháveis de maneira alguma nos dois

áreas despovoadas as medições mais altas

ambientes (galpão de desenvolvimento/ excessos podem acarretar altos níveis

Isso é observável nas laterais e nos pisos

de estresse nas aves, comportamentos

superiores das baterias, tanto nos galpões

agressivos e desencadear determinada

abertos quanto nos galpões fechados que

incidência de prolapso e bicagem.

utilizam cortinas translúcidas.

poedeiras

quanto à intensidade luminosa.

galpão de produção), uma vez que

Uma forma de corrigir a gradação excessiva na IL é utilizar cortinas escuras nos galpões de produção e trabalhar a intensidade luminosa nos sistemas que incluem luz regulada.

MORTALIDADE POR LOCALIZAÇÃO Hora de Medição 1 pm 50.130 Aves Idade 62 Semanas Lote 285 Galpão 15, LSL ARUAS

T A Méd Baixo

27 3800 4800 5700

T A Méd Baixo

29 6000 5400 8000

T A Méd Baixo

30 2800 1700 5000

4 3

3

6

4 3

1 1

2

2 3

2 5

2 2

2 5

1

3 2

12 14

10 6

11 6

T A Méd Baixo

27 4500 1400 940

T A Méd Baixo

28 1800 520 300

T A Méd Baixo

28 1890 480 200

1 1

3 1

3 2

1

5 2

2 7

2 1

3 9

4 9

1 1

2 6

3 11

4 4

13 18

12 29

T A Méd Baixo

23 2660 1400 860

T A Méd Baixo

24 4100 2150 2300

T A Méd Baixo

28 4150 2200 1480

139 55

aviNews América Latina Agosto 2017 | Caracterização da mortalidade: ferramenta útil para melhorar a produtividade


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56 aviNews América Latina Agosto 2017 | Insavi. Boas parcerias para seu negócio lucrar mais


BOAS PARCERIAS PARA SEU

NEGÓCIO LUCRAR MAIS informe publicitário

Equipe técnica da INSAVI

O

s produtores de ovos na América Latina, como os de outros continentes, trabalham

com muita concorrência. Somente as empresas que utilizam as linhagens de postura mais produtivas, bons equipamentos e tecnologias de ponta, podem conseguir uma posição considerável nesse mercado.

Um projeto aviário bem-sucedido vai depender em grande parte da qualidade, durabilidade e confiabilidade das instalações como as oferecidas pela INSAVI.

Para isso, é muito importante ter boas parcerias para seu negócio lucrar mais.

57 aviNews América Latina Agosto 2017 | Insavi. Boas parcerias para seu negócio lucrar mais


Equipamentos

1970 A INSAVI Equipamentos Avícolas é uma

Venezuela

empresa muito reconhecida no setor avícola desde 1970. A empresa cresce a cada ano, aumentando a eficiência

Projeto da Venezuela: Gaiolas de desenvolvimento

de seus produtos, sem perder a

INSAVI Gaiolas de postura INSAVI

qualidade e visão de futuro.

Estar um passo à frente da concorrência é um grande desafio que a INSAVI consegue cumprir.

Secagem do esterco INSAVI

Projeto realizado por uma empresa venezuelana com tecnologia de ponta, com o objetivo de ser sustentável e aumentar a produtividade.

Parcerias Para melhorar seus negócios, todo informe publicitário

avicultor deve contar com boas parcerias, como fornecedores de equipamentos avícolas de ponta, com alto nível de qualidade em sua produção, muita responsabilidade e vontade de crescer utilizando tecnologia.

Muitos países, como Colômbia, Brasil e Venezuela, estão no caminho do sucesso, com a empresa-fabricante INSAVI Equipamientos Avícolas S.L., colaboração que já dura vários anos.

Brasil

PROJETO BRASIL O projeto que a INSAVI realiza no Brasil é formado por 5 galpões para codornas que abastecem com ovos frescos a maior parte do mercado brasileiro.

58 aviNews América Latina Agosto 2017 | Insavi. Boas parcerias para seu negócio lucrar mais


“A alta qualificação técnica dos engenheiros da INSAVI garante uma excelente estrutura, fabricação e montagem de equipamentos avícolas de ponta a serviço da lucratividade de sua empresa” Alberto Suárez & Jaime Garriga Sócios da INSAVI Equipamientos Avícolas S.L Atualmente as granjas com equipamentos INSAVI têm melhor posição em avanços tecnológicos de informe publicitário

ponta.

Europa Em 2016 foi inaugurado um novo tipo de galpão de desenvolvimento para futuras poedeiras, um projeto realizado para alojar 250 mil poedeiras em gaiolas INSAVI. Durante a fase de planejamento, os técnicos da INSAVI fizeram um estudo completo do equipamento necessário segundo a exigência do projeto e as demandas do cliente. Especificamente nesse galpão foram instaladas 6 fileiras com 6 níveis, divididas em duas alturas por uma passagem, para o melhor manejo das aves. O galpão de desenvolvimento oferece

O galpão para 250 mil poedeiras em gaiolas INSAVI é um projeto pioneiro na Europa

condições ideais para o correto desempenho das futuras poedeiras, garantindo assim o futuro rendimento de produção delas, instalação totalmente automatizada e um excelente sistema de ventilação e controle de temperatura. Depois, as aves são colocadas em gaiolas de postura.

59 aviNews América Latina Agosto 2017 | Insavi. Boas parcerias para seu negócio lucrar mais


Hoje os avanços no setor avícola aproximam as condições de produção às condições naturais de uma galinha de postura, sendo necessária alta tecnologia.

A INSAVI equipou vários galpões de postura que são bem-sucedidos em instalações chamadas “aviários”. Nessas instalações, as aves têm boas condições de vida e muita liberdade para se

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movimentar no galpão.

Além disso, a INSAVI fornece: Sistema automático de alimentação muito eficiente Sistema específico para coleta de ovos Coleta automática de esterco

Também funciona em vários galpões um equipamento automático no sistema aviário para o desenvolvimento de futuras galinhas de postura. Do ponto de vista tecnológico é um grande avanço porque as galinhas jovens não têm dificuldades, nem inconvenientes no momento da mudança para o galpão de postura no sistema de aviário.

60 aviNews América Latina Agosto 2017 | Insavi. Boas parcerias para seu negócio lucrar mais

Sistema de coleta de ovos

INSAVI


Esterco

O equipamento de secagem de esterco é muito bem-sucedido

Coleta de esterco

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Secagem do esterco da INSAVI

as na Europa, Atualmente las s sem gaio s instalaçõe s preferida ” são as mai e re -f e g a “c stura têm inhas de po al g s a s la e –n ve podem ade, inclusi total liberd galpão. ex terior do sair para o ssa duzidos ne Os ovos pro s e são custam mai instalação ores que r consumid o p s o d ra procu em-estar am com o b se preocup animal.

80%

umidade O equipamento de secagem de esterco da INSAVI começa o processo com 80% de umidade

Secagem de esterco

10 % umidade

A umidade final do esterco no equipamento de secagem INSAVI é de 10%.

Transporte do esterco

O esterco sai do equipamento de secagem INSAVI seco, sem mau cheiro e é fácil de ser transportado para venda.

61 aviNews América Latina Agosto 2017 | Insavi. Boas parcerias para seu negócio lucrar mais


Atualmente, o consumidor europeu considera muito importante as condições de vida dos animais em uma granja industrial moderna. Como consequência, as grandes redes de distribuição de alimentos exigem cada vez mais do avicultor o compromisso com a qualidade de vida das poedeiras, e isso engloba tanto a granja como seu fornecedor de equipamentos avícolas

INSAVI. informe publicitário

Sem dúvida, temos exemplos de parcerias muito frutíferas, com grandes perspectivas para o futuro.

62 aviNews América Latina Agosto 2017 | Insavi. Boas parcerias para seu negócio lucrar mais


SISTEMAS PARA POSTURA E

DESENVOLVIMENTO

Galinhas em gaiolas Galinhas no piso (campeiras, aviário) Codornas em gaiolas Secador de esterco

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FARMABASE ACELERA

EXPANSÃO INTERNACIONAL

empresa

O laboratório brasileiro líder no mercado de saúde animal para avicultura e suinocultura, a Farmabase compra a argentina Cevasa e aumenta sua presença global

E

m um mercado dominado por multinacionais estrangeiras, a Farmabase fugiu do padrão e

se destaca como empresa em franco desenvolvimento. Em vez de ser incorporada por algum investidor com interesse em crescimento no Brasil, país fundamental quando o assunto é a rede produtora de proteína animal, a empresa se expande internacionalmente ao adquirir a indústria veterinária argentina Cevasa.

A estratégia, inédita para uma empresa de capital nacional, teve início em março deste ano com a entrada no mercado argentino.

As operações da Cevasa

Com isso, a Farmabase tornou-se

de 50 países

a primeira indústria veterinária brasileira a possuir um complexo fabril fora do país.

64 aviNews América Latina Agosto 2017 | Farmabase acelera expansão internacional

estão espalhadas por mais

Alexandre Machado Vice-presidente de operações da Farmabase


Vistas aéreas da fachada de Cevasa

Equipe de trabalho nos laboratórios de Farmabase

De uns tempos para cá, percebemos que crescer no mercado brasileiro se tornou um desafio, pois já ocupamos uma posição de destaque; portanto, optamos por expandir nosso negócio para outros países

Guilherme Machado Vice-presidente financeiro da Farmabase Atualmente, a empresa é uma das

A argentina Cevasa é encarada como a

maiores do segmento de saúde

porta de entrada para diferentes mercados

animal no Brasil. Fundada em 1994, a

internacionais, uma vez que a companhia

Farmabase lidera o mercado de saúde

exporta para mais de 50 países localizados

animal nos segmentos de aves e suínos

na América Latina, África, Oriente Médio,

no Brasil, concorrendo diretamente

Ásia e Leste Europeu.

com empresas internacionais. Com fábrica localizada na cidade de

Hoje a companhia possui um

empresa

Pilar, na província de Buenos Aires, a

complexo industrial em Jaguariúna

Cevasa obtém 50% de sua receita por

(SP) onde fica localizada também

meio de suas exportações.

a sua sede. Além de Centros de Distribuição em Maringá (PR), Pará de

De acordo com as avaliações de Alexandre

Minas (MG) e Fortaleza (CE).

Machado, vice-presidente de operações da Farmabase, a rede de distribuição da Cevasa impulsionará as vendas externas da Farmabase, agregando conhecimento e know-how para os registros de nossas soluções em sanidade fora do Brasil.

Centros próprios de distribuição Fortaleza/CE, Maringá/PR e Pará de Minas/MG

1997

1ª empresa de saúde animal a obter certificação internacional de GMP em território brasileiro

Fundação da Farmabase

2017 Maior portfólio voltado para saúde e performance suína e aviária

Plantas fabris Jaguariúna/SP e Pilar (Argentina - província de Buenos Aires)

Líder nos segmentos de saúde aviária e suína

65 aviNews América Latina Agosto 2017 | Farmabase acelera expansão internacional



MIOPATIAS

FRANGOS DE CORTE

S.F. Bilgili PhD, Universidade de Auburn, Auburn, Alabama

Miopatia dorsal

U

m novo tipo de miopatia em frangos de corte está ocorrendo em muitos países, como os Estados

Unidos, enfermidade que afeta o músculo do trapézio das aves.

patologia

EM

Esse músculo está localizado no dorso, entre as asas do frango. Trata-se de dois lados bem definidos que estão inseridos nos úmeros. A principal função do músculo trapézio nas aves é manter as asas próximas ao corpo sem permitir que desçam. O músculo trapézio é formado principalmente por fibras musculares aeróbicas “lentas” que se contraem lentamente e são resistentes ao cansaço.

F. C. Zimmermann (2008) utilizou inicialmente o termo “miopatia dorsal cranial” ou “miopatia dorso-cranial” para descrever as mudanças degenerativas relacionadas aos músculos do trapézio.

67 aviNews América Latina Agosto 2017 | Miopatias em frangos de corte


Lesões bilaterais e sintomas da miopatia dorsal

Peito de madeira Recentemente foi detectado outro tipo de

Pequenas petéquias ou hemorragias moderadas a severas Edema na região afetada Espessamento dos músculos Necrose leve, moderada ou severa

miopatia com grandes perdas econômicas. Esse tipo de miopatia, chamada de “peito de madeira” (Woody Breast, em inglês), afeta músculos peitorais dos frangos de corte. Os músculos do peito adquirem consistência muito dura (densa), fácil de ser identificada na palpação.

Finalmente surge a fibrose ou formação do tecido cicatrizante. Em geral, a pele que reveste os

patologia

músculos apresenta cor anormal que pode variar entre amarelada ou vermelha e pode ser facilmente detectada antes de ser retirada a pele,

Geralmente afeta a parte ventral do peito, principalmente nos extremos laterais, embora possa ocorrer em outras partes das aves. As áreas afetadas perdem cor muito rápido e podem ser verificadas durante a palpação do peito.

observando-se cuidadosamente os

Frequentemente as lesões são

canais durante a etapa na planta de

acompanhadas de um líquido viscoso

processamento.

(transudado) localizado na parte mais

Também pode apresentar uma

grossa do músculo.

inflamação secundária por deficiências

As lesões são completamente assépticas,

nutricionais, deficiências de vitamina

sendo descritas pelos funcionários das

E e/ou selênio, degenerações por

plantas de processamento como “alteração

intoxicações com ionóforos ou cobre,

degenerativa crônica” do peito.

ou simplesmente uma miopatia como resultado de exercício súbito e intenso.

Uma análise mais completa desse tipo de miopatia pode ser encontrada no trabalho Miopatia dorsal cranial em frangos de corte: caracterização anatomopatológica, colheita e análise de dados. MS Thesis. Universidade do Rio Grande do Sul.

68 aviNews América Latina Agosto 2017 | Miopatias em frangos de corte


A histologia revela...

Fragmentação muscular Hialinização Inflamação e edema intracelular das miofribrilas Reposição das fibras musculares com necrose do tecido conjuntivo Infiltração com macrófagos e presença de áreas irregulares de

As lesões também são atribuídas aos problemas de hipóxia ou anoxia, resultado da alteração vascular localizada. Além disso, podem ser originárias da diminuição da perfusão nos tecidos elásticos.

Figura 2. Peito de madeira (Foto: S. F. Bilgili)

As bordas endurecidas do peito são resultado da degeneração muscular que envolve as fibras adjacentes à fáscia muscular. Embora não sejam conhecidas as causas das alterações circulatórias, sabe-se que há redução na entrada de sangue capilar nas fibras musculares hipertróficas.

É possível que as reduções de perfusão durante a etapa de alta

Acredita-se que as estrias brancas observadas no peito de alguns frangos podem ou não estar relacionadas às alterações observadas no peito de madeira.

demanda metabólica são suficientes para levar a esse tipo de degeneração muscular

Figura 1. Miopatia dorso-cranial aguda. Fotos: S. F. Bilgili & G. Hébert. S. F. Bilgili

G. Hébert

69 aviNews América Latina Agosto 2017 | Miopatias em frangos de corte

patologia

tecido adiposo


Estrias brancas As estrias brancas do peito são caracterizadas pela presença do tecido adiposo em excesso ou de gordura acumulada ao longo das fibras musculares do peito devido à degeneração das fibras individuais do músculo.

Miopatia com necrose dos músculos peitorais

Isso é diferente do peito de madeira, que é definido como uma degeneração extensa das fibras musculares com disposição de colágeno nas áreas afetadas, o que leva à dura consistência dos músculos do

patologia

peito.

A gravidade das miopatias, como a do peito de madeira ou as estrias brancas, têm aumentado nos últimos anos, principalmente nas empresas que processam aves muito pesadas

Figura 4. Miopatia peitoral superficial. Foto: S. F. Bilgili.

e que se concentram na produção de peito de frango. Ambas as miopatias podem chegar a ocorrer na mesma ave e ao mesmo tempo.

Representa provavelmente a última etapa de um processo degenerativo dos músculos peitorais de frangos de corte. Na superfície dos músculos ocorrem hemorragias locais (petéquias) principalmente na região adjacente entre as asas. A gravidade pode variar; também pode ter uma aparência gelatinosa e cheia de sangue nos tecidos afetados e via subcutânea.

Figura 3. Estrias brancas (grau II) no músculo peitoral do peru. Foto: S. Russell.

70 aviNews América Latina Agosto 2017 | Miopatias em frangos de corte


PLANÈTE ÉLEVAGE RENNES PLANÈTE ÉLEVAGE RENNES PLANET LIVESTOCK FRANCE RENNES PLANETA 12-15 PLANÈTE ÉLEVAGE RENNES PLANET LIVESTOCK Setembro FRANÇA FRANCE AGROPECUÁRIO PLANET LIVESTOCK FRANCE PLANÈTE ÉLEVAGE PLANET PLANÈTELIVESTOCK ÉLEVAGE PLANET LIVESTOCK

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A miopatia com necrose afeta frequentemente o músculo inteiro sem evidência de traumatismo. Como consequência as lesões podem ser observadas muitas vezes somente depois de ser retirada a pele que recobre os tecidos com edema

Histologicamente, as mudanças degenerativas são consistentes com as miopatias de exercício. Ou seja, há necrose focal disseminada, hipercontração das fibras musculares, infiltração com macrófagos e acúmulo de tecido fibroso. Essas alterações estruturais são

patologia

características de problemas de isquemias e são frequentes em músculos com necrose e fibrose, quando as proteínas musculares são trocadas pelo colágeno de ligações cruzadas. A isquemia muscular também pode ocorrer na ausência de crescimento, na mobilidade ou em problemas de postura.

Figura 5. Miopatia do músculo do peito profundo. Foto: G. Zavala.

A prevalência comercial e a severidade das lesões miopáticas não foram caracterizadas apropriadamente. No entanto, existem estudos para tentar compreender a origem do problema e reduzir as perdas econômicas associadas aos novos tipos de miopatia em frangos de corte.

72 aviNews América Latina Agosto 2017 | Miopatias em frangos de corte


o i r á s r e v i n A roteção de rgãos ensíveis

Aflatoxina

Fígado

Fumonisina

Fígado

Toxina T-2

Lesão Oral

Ocratoxina

Rins

2.5 kg

DOSES


PNEUMOVIROSE AVIÁRIA NO CONTINENTE

AMERICANO:

&

SITUAÇÃO ATUAL PROGRAMAS DE CONTROLE UTILIZADOS

patologia

Javier Sanz Corella,DVM Gerente de Produto Corporativo, Unidade de Negócios de Aves da Hipra, Espanha

A

pneumovirose aviária ou

Desde a detecção como agente

metapneumovírus aviário

causador da SHS, o aMPV está

(aMPV) é o agente causador

associado a quadros clínicos em

da rinotraqueíte infecciosa (TRT)

diversos países e em diferentes tipos

em perus e da Síndrome da Cabeça

de ave.

Inchada (SHS, na sigla em inglês) em frangos de corte, poedeiras e matrizes. Detectada por Buys & Du Preez em 1978 na África do Sul (Buys & Du Preez, 1980), atualmente é uma doença conhecida e está presente nos programas de controle na maioria dos países.

Essa situação é resultado de um diagnóstico clínico preciso dos casos suspeitos e de interesse cada vez maior para se prevenir e tratar a doença. Neste artigo destacamos experiências em diferentes países latino-americanos, assim como repassamos os pontos-chave para aumentar a eficiência de programas de controle.

74 aviNews América Latina Agosto 2017 | Pneumovirose aviária no continente americano: situação atual e programas de controle utilizados


Replicação do aMPV

Conhecendo o metapneumovírus aviário

Replicação no trato reprodutivo APÓS A VIREMIA

Método de transmissão

Replicação no trato respiratório superior

O metapneumovírus aviário replica-se no trato respiratório superior das aves de qualquer idade desde o nascimento (Hafez,

1993; Cook, 2000 ) e no trato reprodutivo após uma fase virêmica. É transmitido horizontalmente via contato direto ou indireto com partículas eliminadas no ar pelas aves

patologia

doentes (Jones et al., 1986; Cook et al., 1991; Panigrahy et al., 2000; Alkhalaf et al., 2002 ). A soroprevalência nas aves de produção é alta, embora nem sempre esteja acompanhada de sintomas clínicos em frangos de corte (O’Brien 1985; Hafez and Löhren

1990; Owoade et al. 2006 ).

É replicado em células epiteliais ciliadas dos cornetos nasais e na traqueia, causando deformação e perda dos cílios nessas áreas, o que facilita a entrada de agentes secundários (Majó et al., 1996 ) que complicam e agravam o processo patológico.

75 aviNews América Latina Agosto 2017 | Pneumovirose aviária no continente americano: situação atual e programas de controle utilizados


Sintomas clínicos Quadro respiratório entre 20 a 35 dias de idade em frangos

FRANGOS

24 horas após a infecção podemos detectar o pneumovírus aviário na cavidade nasal e na traqueia, onde obtém-se a quantidade máxima de vírus entre 3 e 6 dias após a infecção.

Geralmente limita-se ao trato respiratório superior (traqueia e cornetos nasais).

A infecção causada pelo aMPV favorece a entrada e a manifestação de infecções respiratórias secundárias em frangos e perus, conforme tem sido demonstrado por vários

patologia

patógenos respiratórios (Naylor et al.,

Os sintomas podem se caracterizar por espirros, tosse, congestão nasal, conjuntivite e seios nasais com edemas

1992; Van de Zande et al., 2001; Marien et al., 2005; Van Loock et al., 2006 ).

MATRIZES & POEDEIRAS As matrizes e poedeiras também estão suscetíveis a sofrer replicação do vírus no oviduto, o que diminui a postura, além de afetar a qualidade da casca dos ovos. Além disso, podemos citar torcicolo e opistótono e sintomas no sistema nervoso, devido a infecções bacterianas ascendentes desde o ouvido médio, produzindo osteomielite do crânio (Majó et

al.,1996 ).

Podem ocorrer complicações como cabeça inchada devido a infecções bacterianas

Nas aves de produção, acredita-se que o estresse é um fator que desencadeia a maioria dos quadros clínicos, mais comuns em poedeiras e reprodutoras, sendo este o momento em que os casos clínicos mais aparecem.

76 aviNews América Latina Agosto 2017 | Pneumovirose aviária no continente americano: situação atual e programas de controle utilizados


Diagnóstico essencial em um bom planejamento de vacinas

Há mais problemas em países onde não se conhece a doença e onde os kits ELISA não estão registrados, seja pela falta de interesse comercial

Diagnóstico clínico

É comum encontrarmos situações em que as infecções causadas pelo aMPV geram quadros clínicos que podem ser confundidos com:

Pasteurelose aviária Coriza infecciosa Quadros de influenza de baixa patogenicidade

dos laboratórios, seja porque o registro foi recusado pelas autoridades sanitárias.

O diagnóstico definitivo deve ser pela interpretação de testes laboratoriais, principalmente sorológicos (ELISA), e como confirmação de casos duvidosos, mediante o uso do diagnóstico por PCR. O diagnóstico definitivo é complicado em razão do

Nesses casos, o diagnóstico é bem complicado e lento, o que pode atrasar a aplicação de medidas de prevenção ou de tratamento. Nos países onde não há kits ELISA comerciais, utilizamos principalmente a detecção do vírus por meio do PCR.

breve período em que o vírus pode ser localizado

v

no tecido-alvo e da baixa sintomatologia manifestada pelas aves durante esses

As afecções produzidas pelo aMPV produzem quadros clínicos que podem ser confundidos com muitas doenças respiratórias

momentos(1), sendo possível identificá-lo até 17 dias após a incubação(2). Felizmente, a maioria dos países latino-americanos dispõe de bons serviços de diagnóstico (públicos e/ou privados) que podem ajudar a detectar o aMPV.

Em nosso caso, graças ao serviço ELISA – CIVTEST TRT – e do PCR real time – AVIANPNEUMOCHECK – e dos serviços Diagnos distribuídos pela América Latina – Brasil, México, Peru, entre outros – fornecemos um serviço essencial para o correto diagnóstico, monitoração e controle do aMPV.

Baxter-Jones & Jones, 1989; Alexander 1991; Majó et al. 1995 (1)

(2)

Jing et al. 1993

77 aviNews América Latina Agosto 2017 | Pneumovirose aviária no continente americano: situação atual e programas de controle utilizados

patologia

O diagnóstico clínico não é 100% confiável: somente pode ser usado como base para o diagnóstico definitivo.

Diagnóstico definitivo


Programas de vacinação utilizados na América Latina Atualmente, na América Latina são diversos os programas de vacinação, dependendo do

VACINAS INATIVADAS

estado da doença em cada país, assim como

% ALTA DE AVES IMUNIZADAS

das diferentes situações epidemiológicas.

VACINAÇÃO QUASE INEXISTENTE DE POEDEIRAS & FRANGOS

República Dominicana

IMPLANTAÇÃO RECENTE DE PROGRAMAS DE VACINAÇÃO

México

patologia

Guatemala Venezuela

El Salvador

Vacinas inativadas

Equador

Colômbia

Nos países onde são permitidas apenas vacinas inativadas (como é o caso do México, Colômbia, República Dominicana etc.),

Brasil

Peru

os programas de vacinação são implantados com base

Argentina

na epidemiologia de cada região. Em geral, trabalha-se com duas doses de vacina inativada: a primeira dose

Chile

sempre antes do primeiro contato com o vírus no ambiente e a segunda dose entre 2 e 3 semanas antes da transferência das aves às granjas de produção.

Segundo os resultados obtidos dos serviços diagnósticos da HIPRA no México e na Colômbia, os lotes de aves matrizes e poedeiras analisados são positivados entre 6 e 12 semanas de idade, dependendo da região de criação.

78 aviNews América Latina Agosto 2017 | Pneumovirose aviária no continente americano: situação atual e programas de controle utilizados


Título médio de anticorpos para aMPV entre galinhas na Colômbia Segundo nossa experiência e graças à análise de mais de 1.000 amostras de sangue na Colômbia, a aplicação de um programa de 2 doses de vacina inativada (G2) diante da aplicação de uma (G1) ou nenhuma dose (G0) de vacina inativada diminuiu a entrada e circulação do vírus no ambiente em granjas imunizadas, como é observado na Figura 1, que compara os níveis de anticorpos entre galinhas da Colômbia.

a

20000 18000

Aves G0

a

16000

Aves sem nenhuma dose

Aves G1

Aves G2

Aves com 1 dose

Aves com duas doses

14000 b

12000

b b

10000

a

8000 6000

b c

a

4000 2000 0

30-39 semanas

20-29 semanas

40-45 semanas

Figura 1. Título médio de anticorpos para o aMPV de diferentes grupos do estudo nas diferentes idades.

patologia

Índices sobrescritos apontam para diferenças significativas utilizando o teste U de Mann-Whitney com p-valor < 0,05

As vacinas inativadas são muito

Para maximizar a eficiência dos programas

importantes para as aves em longos

de vacinação diante do aMPV, nossas

ciclos, e essenciais em situações em que

recomendações se apoiam em vários pilares

não é permitida a aplicação de vacinas

comuns para todas as situações:

vivas, já que são o único método de

Principais funções das vacinas inativadas

controle. Diminuir a excreção do vírus de campo em caso de infecção.

Os programas de vacinação devem sempre começar antes da existência do contato com o vírus de campo. Para

Diminuir a gravidade do quadro

isso, é necessário utilizar o estudo dos

clínico respiratório em caso de

resultados ELISA para as diferentes

infecção.

idades durante a criação.

Evitar a replicação do vírus

Aplicar as vacinas vivas diretamente

de campo no trato reprodutivo

no tecido-alvo (trato respiratório

protegendo a quantidade e

superior) via spray de gota grossa ou

qualidade dos ovos.

ocular. Para programar as idades de vacinação, as aplicações entre vacinas vivas e vacinas vivas e inativadas não devem ter intervalo maior do que 6 semanas.

79 aviNews América Latina Agosto 2017 | Pneumovirose aviária no continente americano: situação atual e programas de controle utilizados


Os programas de vacinação mais comuns para o aMPV na América Latina combinam vacinas vivas com vacinas inativadas, sob diferentes esquemas dependendo do país e das condições epidemiológicas. Programas de 2 a 3 doses de vacina viva, mais uma dose de vacina inativada antes da transferência para granjas de produção. Programas de 1 dose de vacina viva mais uma dose de vacina inativada antes da transferência

A avaliação pode ser realizada facilmente pela sorologia ELISA: as vacinas vivas com baixa soroconversão podem ser usadas na avaliação quando há alta circulação do vírus e, dependendo dos resultados, pode-se adaptar o programa de vacinação de uma estratégia sazonal para uma contínua, ou vice-versa. Vários autores já comprovaram que as vacinas vivas são eficazes independentemente da soroconversão que produzem (Cook et al. 1989; Williams et al. 1991; Ganapathy & Jones, 2007; S.Corella et al. 2015) já que a imunidade produzida é principalmente local, celular e humoral (Cook et al. 1989; Williams et al. 1991; Jones et al. 1992).

patologia

para granjas de produção.

Existem pontos de vista particulares que poderiam complementar o aspecto já mencionando e que são totalmente dependentes do tipo de ave objeto do programa de vacinação, como:

Perus de corte Trabalha-se com 2 a 3 doses dependendo do manejo e forma de produção. Esse tipo de ave é muito mais suscetível ao vírus, por isso

Frangos de corte

são trabalhados períodos mais

A vacinação é utilizada como

21 dias).

ferramenta de prevenção sazonal durante a época do ano com maiores problemas, ou de forma contínua em áreas nas quais foram comprovadas grande circulação do vírus.

curtos entre vacinas vivas (10 a

O estado de saúde dos lotes deve ser identificado, no que se refere ao vírus da enterite hemorrágica para evitar problemas imunossupressores nos perus e, portanto, perda da eficiência do programa de vacinação.

80 aviNews América Latina Agosto 2017 | Pneumovirose aviária no continente americano: situação atual e programas de controle utilizados


Outras medidas de controle Na América Latina uma das medidas erroneamente chamadas de controle é o uso de antibióticos profiláticos, assim como os curativos quando aparecem quadros bacterianos secundários.

Nas doenças causadas por vírus, os tratamentos com antibióticos servem somente para limitar os efeitos das infecções bacterianas secundárias, de

Benefícios da racionalização dos antibióticos

do TRT ou SHS deve ocorrer

A aplicação de vacinas deve

por meio da vacinação,

diminuir o uso de antibióticos,

da biosseguridade,

o que torna mais barata e

proporcionando aos animais

eficaz a vacinação do que o

o máximo conforto.

tratamento.

patologia

tal maneira que o controle

O mercado e a opinião pública exigem a redução do uso de antibióticos na Os tratamentos com antibióticos

criação e no corte das aves de

são eficazes durante a aplicação,

produção.

mas os processos bacterianos reaparecem rapidamente quando cessa o tratamento, já que a causa principal não foi solucionada (a

Diminuir o uso de antibióticos e a

aMPV).

consequente melhora da opinião pública e do mercado deve levar a benefícios na produtividade, bem como na imagem das empresas produtoras de ovos e carne.

81 aviNews América Latina Agosto 2017 | Pneumovirose aviária no continente americano: situação atual e programas de controle utilizados


As razões para utilizar as vacinas em caso de aMPV ganharam força durante a última década com base nos seguintes motivos:

Evitar a mortalidade, quadro clínico e perdas econômicas causadas pela patologia. Melhora na qualidade do produto final (ovos ou carne). Racionalização do uso de antibióticos.

patologia

A HIPRA proporciona os meios necessários para apoiar a indústria avícola latino-americana no diagnóstico e no controle do aMPV

O controle do metapneumovírus aviário não é muito complexo, desde que os programas de controle sejam fundamentados em um correto diagnóstico, programa de vacinação e aplicação nos lotes imunizados.

Atualmente a inclusão das vacinas para o aMPV na América Latina varia de país para país, com altas porcentagens de aves imunizadas no Peru, Colômbia, Equador, Brasil, Venezuela etc. Em outros países em que se iniciou com matrizes pesadas, mas a vacinação de poedeiras e frangos é menor ou inexistente (República Dominicana, Chile ou Argentina). Por último, países que estão começando programas de controle em matrizes pesadas há menos de 3 anos (México, El Salvador, Guatemala).

Referências fornecidas pelo autor.

82 aviNews América Latina Agosto 2017 | Pneumovirose aviária no continente americano: situação atual e programas de controle utilizados


Vacina viva atenuada, subtipo B, para frangos, contra o pneumovírus aviário

A

Vacina inativada, subtipo B, para frangos, contra o pneumovírus aviário

arreira que protege sua produção

Rápida replicação no sistema respiratório superior Ampla distribuição e permanência no tecido Produz excelente resposta imunológica celular

Elevado título do vírus inativado por dose Excelente adjuvante Elaborada de acordo com as normas NCF/BPL

Proteção cruzada com o subtipo A Homologia com o subtipo predominante no mundo Administração versátil: ocular-nasal, nebulização e via oral diluída na água

HIPRAVIAR® SHS, liofilizada para suspensão. COMPOSIÇÃO: Vírus vivo da Rinotraquíte dos Perus, cepa 1062 ≥ 102,4 DICT50. INDICAÇÃO: Imunização ativa de frangos de corte, poedeiras e matrizes reprodutoras contra Síndrome da Cabeça Inchada, e em perus contra Rinotraquíte dos Perus. VIA DE ADMINISTRAÇÃO: Via ocular-nasal: Administrar uma gota da vacina (0,03 ml) por ave, no olho ou orifício nasal, com o auxílio de um dosador padrão. Via oral: Usar água limpa e potável, sem a presença de cloro ou outros desinfetantes. O volume de água para reconstituição da vacina depende do consumo diário, que está relacionado com a idade das aves, temperatura ambiental e manejo das aves. Nebulização: Validar o equipamento que será utilizado e verificar a quantidade de água. É recomendável utilizar gota grossa nas primovacinações; nas revacinações pode-se utilizar gota fina. POSOLOGIA: 1 dose por ave. Agitar suavemente assegurando uma completa reconstituição do tablete liofilizado antes de sua aplicação. EFEITOS SECUNDÁRIOS E CONTRAINDICAÇÕES: Deve-se evitar vacinar aves doentes. PERÍODO DE CARÊNCIA: Zero dias. PRECAUÇÕES ESPECIAIS: Transportar e conservar em local refrigerado (entre 2°C e 8°C). Proteger da luz. Não congelar. A vacina tem um prazo de validade de 18 meses. Mantenha fora do alcance de crianças. APRESENTAÇÃO: Caixa contendo 10 frascos de 1.000 doses. Caixa contendo 10 frascos de 5.000 doses. Caixas contendo 10 frascos por 1000 doses, ou 10 frascos por 5000 doses. HIPRAVIAR®TRT, emulsão injetável. COMPOSIÇÃO: Vírus da Rinotraqueíte Aviária, inativado, cepa 1062, subtipo B, origem do frango: 106 DICT50. INDICAÇÕES: Imunização ativa de: galinhas poedeiras e reprodutoras com Síndrome de Cabeça Inchada, e em perus contra Rinotraquíte dos Perus. VIA DE ADMINISTRAÇÃO: Via subcutânea: Na parte dorsal média do pescoço. Via intramuscular: No peito. POSOLOGIA: 1 dose de 0,5 ml/ave. Administrar a vacina quando ela atingir a temperatura entre 15°C e 25°C. Agitar antes e durante sua administração. EFEITOS SECUNDÁRIOS E CONTRAINDICAÇÕES: Deve-se evitar vacinar aves doentes. PERÍODO DE CARÊNCIA: Zero dias. PRECAUÇÕES ESPECIAIS: Transportar e conservar em local refrigerado (entre 2°C e 8°C), ao abrigo da luz. Não congelar. A vacina tem um prazo de validade de 24 meses a partir de sua fabricação. Mantenha fora do alcance de crianças. APRESENTAÇÃO: Frasco de 500 ml (1.000 doses). FABRICANTE E TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE COMERCIALIZAÇÃO: Laboratório Hipra, S.A. Avda. la Selva, 135, 17170 Amer (Girona), Espanha.


O EFEITO DA VACINAÇÃO

CONTRA A COCCIDIOSE

NA MULTIPLICAÇÃO

DE OOCISTOS EM FRANGOS & PERUS

patologia

Robert L. Owen & Hannah Menges Best Veterinary Solutions, Inc.

G

eralmente as vacinas contra a coccidiose são pulverizadas na incubadora, e a multiplicação

de oocistos vai depender da eficiência dos coccídios para se multiplicarem no intestino das aves e da esporulação no meio ambiente já que os coccídios são excretados na cama do aviário. O processo em que os oocistos se multiplicam no intestino leva aproximadamente sete dias tanto nos frangos como em perus, e depende da obtenção de uma dose adequada de oocistos no início, assim como das condições físicas dos galpões para que a esporulação dos coccídios seja favorecida.

A vacinação dupla na incubadora e no ambiente foi proposta pelo doutor John McCarty, quando sugere que ao colocar oocistos esporulados no ambiente desde o primeiro dia de vida faz todo o processo de reciclagem dos coccídios e a resposta imunitária começar o mais cedo possível.

84 aviNews América Latina Agosto 2017 | O efeito da vacinação contra a coccidiose na multiplicação de oocistos em frangos e perus


Este texto apresenta um resumo de experiências de campo e de experimentos na vacinação de aves comerciais contra a coccidiose com uma primeira vacinação por pulverização na incubadora e uma Os resultados dos experimentos

segunda vacinação por pulverização no

mostrados ao longo deste artigo

ambiente durante o alojamento das aves

revelaram pico de multiplicação de

por idade.

oocistos mais cedo, o que confirma a hipótese do doutor John McCarty. Ainda é necessário demonstrar se essa estratégia terá como resultado a diminuição de doenças intestinais

O principal objetivo é reduzir a prevalência de enterite necrótica em frangos de corte e em perus.

clínicas (incluindo a enterite necrótica)

Conforme são retirados cada vez mais medicamentos do mercado para controlar a coccidiose e a enterite, torna-se necessário aprimorar a capacidade de vacinação efetiva contra a coccidiose.

Além disso, trata-se de determinar se essa prática pode causar alteração

patologia

em situações de campo.

no padrão de multiplicação dos coccídios nas aves imunizadas. Para isso foram realizados estudos no Centro de Ciência e Tecnologia da Best Veterinary Solutions, Inc. (BVS) utilizando frangos de corte e perus.

O doutor McCarty está revolucionando a aplicação das vacinas em seus conceitos originais de aplicação de programas de iluminação no perído perivacinal.

O tratamento da cama de aviário pode

Dr. John McCarty

ser um grande passo para otimizar o controle de coccídios e doenças intestinais secundárias como as clostridioses.

Os autores agradecem ao doutor John McCarty por compartilhar suas ideias e nos estimular na realização desses estudos.

85 aviNews América Latina Agosto 2017 | O efeito da vacinação contra a coccidiose na multiplicação de oocistos em frangos e perus


Perus

O ambiente foi pulverizado com vacina contra coccidiose.

Dois experimentos foram realizados separadamente com a finalidade de estudar o efeito de um aditivo para o alimento que continha orégano na multiplicação da coccidiose em perus imunizados com uma vacina comercial contra a coccidiose.

Na chegada ao Centro de Ciência e Tecnologia da BVS cada ave foi imunizada com uma dose individual via oral equivalente a cinco vezes (5x) à dose comercial.

patologia

As aves imunizadas foram colocadas em grupos de 10 aves em boxes experimentais que continham forração com lascas de madeira.

Dias 26, 27, 28 Dias 33, 34, 35

Dias 19, 20, 21

Foi realizada uma contagem de oocistos com uma câmera de McMaster, fornecendo-se água e alimento à vontade durante os estudos

1

160 aves de incubadoras comerciais

Experimento 1 Não foram pulverizadas vacinas sobre a cama de aviário

2

10 aves imunizadas V.O (5x) por box experimental

12

boxes experimentais

Dias 5, 6, 7 Dias 12, 13, 14

Ambos os experimentos foram idênticos; incluíram 160 aves de uma incubadora comercial local.

16

Foram coletadas amostras fecais em todos os grupos.

boxes experimentais

4

boxes experimentais

Experimento 2 Foi pulverizada uma dose equivalente a 5x em cada box experimental utilizando-se um pulverizador manual.

Foram utilizados aditivos para alimento à base de orégano Não foram utilizaram aditivos para alimento à base de orégano

86 aviNews América Latina Agosto 2017 | O efeito da vacinação contra a coccidiose na multiplicação de oocistos em frangos e perus


Grupo pulverizado Dado que não houve diferenças significativas na contagem de oocistos entre grupos, os dados de todos os grupos em cada experimento foram inseridos para representar os boxes experimentais pulverizados vs. não pulverizados.

25000 Oocistos/gramas

20000 15000 10000 5000 0

5 6 7 12 13 14 19 20 21 26 27 28 33 35 Idade em dias

Figura 1. Contagem de oocistos em todos os grupos

Grupo não pulverizado 25000 20000 15000 10000 0

patologia

5000 5 6 7 12 13 14 19 20 21 26 27 28 33 35 Idade em dias B

A

D

C

Oocistos/gramas

A contagem diária foi agrupada de maneira que pudesse ser representada nas contagens semanais.

20000 15000 10000 5000 0 1

2

3

4

5

Idade em semanas

Pulverizado

Não pulverizado

Figura 2. Contagem semanal de oocistos

Com isso, demonstra-se que a pulverização de oocistos sobre a cama do aviário, somada à vacinação oral, foi capaz de minimizar a alta multiplicação de oocistos uma semana antes. A pulverização de oocistos na cama de aviário também pode desencadear uma resposta imunológica mais rápida. Além disso, foi reduzida a eliminação de oocistos por meio do intestino nas 4ª e 5ª semanas.

87 aviNews América Latina Agosto 2017 | O efeito da vacinação contra a coccidiose na multiplicação de oocistos em frangos e perus


Frangos de corte Foram obtidos pintos de um dia de vida de uma incubadora comercial local. Os frangos foram imunizados via pulverização na incubadora com uma dose comercial de uma vacina contra coccidiose.

No Centro de Ciência e Tecnologia foram colocados boxes experimentais divididos em quatro grupos.

H2O

patologia

1 O box experimental de controle foi pulverizado somente com água.

1X

2

Os boxes experimentais do segundo grupo foram pulverizados com uma dose comercial (1x) da mesma vacina utilizada anteriormente.

5X

10X

3

Os boxes experimentais do terceiro grupo foram pulverizados com uma dose cinco vezes maior (5x) que a utilizada na incubadora.

Os boxes experimentais do quarto grupo receberam uma dose 10 vezes maior (10x) que a utilizada na incubadora.

4

Foram obtidas amostras fecais de todos os grupos. Dias 6, 7, 8

Dias 20, 21, 22

Dias 13, 14, 15

Dias 27, 28, 29

Foram realizadas contagens de oocistos da mesma forma que os estudos anteriores realizados com perus. Foram fornecidos água e alimento à vontade durante os estudos.

88 aviNews América Latina Agosto 2017 | O efeito da vacinação contra a coccidiose na multiplicação de oocistos em frangos e perus


Controle Dose pulverizada 5x

Oocistos/grama 35000

Dose pulverizada 1x Dose pulverizada 10x

30000

Os resultados dos experimentos com os frangos são mostrados na Figura 3.

25000 20000 15000 10000 5000 0 1

2

3

4

Idade em semanas

Figura 3. Contagem semanal de oocistos no grupo controle e nos demais grupos experimentais com várias doses (1x, 5x, 10x) da vacina contra coccidiose Oocistos/grama 30000

Ninhada pulverizada

25000 Ninhada não pulverizada

20000 15000

patologia

10000 5000 0 1

2

3

4

Idade em semanas

Figura 4. Contagem semanal de oocistos nos frangos de corte alojados na cama de aviário pulverizada ou não pulverizada com a vacina contra a coccidiose

Um resultado inesperado dos experimentos com frangos de corte é que somente uma dose de vacina pulverizada na cama de aviário foi eficaz ao alcançar o pico máximo de multiplicação mais rápido que a utilização de múltiplas doses de

Dado que não houve resultados significativos relacionados à dose sobre a contagem de oocistos na cama de aviário, foram combinados dados da mesma forma como os realizados nos experimentos com perus cuja finalidade é representar boxes experimentais imunizados vs. não imunizados. Os resultados desse experimento são iguais aos observados no experimento em perus no que se refere à multiplicação dos coccídios nas aves imunizadas nas quais a quantidade de oocistos atingiu o pico uma semana mais rápido e o número de oocistos estava diminuindo ao final do experimento.

vacina (5x ou 10x). A importância disso é que caso essa prática se transforme em um manejo frequente na indústria desse setor, o custo de aplicação da vacina continuará sendo razoável, especialmente se os tratamentos terapêuticos puderem ser reduzidos para lotes com problemas intestinais.

89 aviNews América Latina Agosto 2017 | O efeito da vacinação contra a coccidiose na multiplicação de oocistos em frangos e perus


ADITIVOS FITOGÊNICOS: APRENDENDO COM A NATUREZA COMO

MELHORAR O DESEMPENHO Dr. Stefan Hirtenlehner Gerente de Comunicações Técnicas da Delacon

M

nutrição

ais do que nunca, existe uma forte conscientização em prol do bem-estar

animal e uma grande demanda para a segurança da cadeia alimentar. Assim, os apelos por processos produtivos que garantam a segurança de consumidores, animais e ambiente estão se tornando cada vez mais veementes.

Esse aumento da pressão do consumidor estimulou a pesquisa e o desenvolvimento de aditivos alimentares alternativos, no intuito de tentar reduzir o uso de antibióticos como promotores de crescimento e, portanto, contrapor-se ao estabelecimento das resistências.

90 aviNews América Latina Agosto 2017 | Aditivos fitogênicos: aprendendo com a natureza como melhorar o desempenho


Pioneirismo é estar adiante no tempo Há quase 30 anos, a empresa austríaca

Elas podem consistir em muitos grupos

DELACON cunhou o termo “aditivos alimentares

diferentes de ingredientes ativos, como:

fitogênicos”, os quais representam uma alternativa natural para os produtores da pecuária e empresas que desenvolvem programas de alimentação sem antibióticos.

Substâncias pungentes Substâncias amargas Óleos essenciais Saponinas

Hoje em dia, a DELACON é líder global em fitogênicos e, com a ajuda de pesquisas intensivas de longa duração, alçou esses produtos de origem vegetal de uma posição de nicho

Flavonoides Mucilaginosos Taninos

de mercado a uma aplicação mais

Os Aditivos Fitogênicos (AF), geralmente definidos como aditivos à base de plantas ou botânicos, representam um grupo de substâncias naturais utilizadas na

nutrição

convencional.

Em razão dessa vasta gama, os AF oferecem muito mais do que propriedades aromatizantes. Os efeitos são múltiplos e visam principalmente a melhorias no desempenho dos animais.

alimentação animal. Essas substâncias são derivadas de: Porém, ainda há uma falta de conhecimento e experiência sobre os AF e seus modos de ação.

Ervas aromáticas Especiarias Outras plantas e seus extratos, como óleos essenciais

91 aviNews América Latina Agosto 2017 | Aditivos fitogênicos: aprendendo com a natureza como melhorar o desempenho


Já que os aditivos fitogênicos da Delacon consistem principalmente em Da mesma forma, é difícil imaginar que

óleos essenciais, substâncias amargas

ingredientes encontrados diariamente

e pungentes, saponinas, flavonoides,

nas prateleiras de nossa cozinha tenham

taninos e produtos mucilaginosos, é

o poder de melhorar o desempenho

claro que eles não atuam apenas na

dos animais. Portanto, os AF podem ser

estimulação sensorial, mas também são

encarados com um certo ceticismo.

eficazes e potentes em influenciar a

Novamente, é a DELACON que empreende sérios esforços na obtenção de dados

fisiologia de várias espécies em diversos níveis.

sobre a eficácia de amplo espectro, realizando pesquisas intensivas que incluem experimentos in vivo, bem como experimentos a campo, em colaboração com universidades e estações de pesquisa mundo afora.

nutrição

Um ponto crucial no desenvolvimento dos AF é encontrar a formulação apropriada e eficaz das diferentes substâncias de origem vegetal.

Os fitogênicos são potentes para melhorar a utilização dos nutrientes, estimular a atividade enzimática e até mesmo mostrar efeitos antibacterianos e antiinflamatórios.

Além disso, os AF, por utilizarem extratos vegetais em vez de substâncias químicas de natureza idêntica, apresentam modos de ação mais amplos na nutrição animal, devido aos efeitos sinérgicos dos diversos agentes contidos em uma planta – essa eficácia de alto nível não pode ser obtida com a utilização de substâncias de modo de ação único.

92 aviNews América Latina Agosto 2017 | Aditivos fitogênicos: aprendendo com a natureza como melhorar o desempenho


Benefícios para todos O espectro dos benefícios decorrentes da

Os animais se beneficiam por

aplicação dos AF na alimentação dos animais

melhorias na saúde e reforço no

é tão amplo quanto o seu modo de ação.

sistema imunológico, por inflamação intestinal reduzida, promoção da flora

Os fitogênicos usados como potencializadores de desempenho naturais comprovadamente oferecem um retorno sobre o investimento.

intestinal e redução nas emissões de amônia. Os agricultores se beneficiam pela redução nos custos de alimentação, devido à melhor digestão e utilização dos nutrientes. Dessa forma, o melhor desempenho animal resulta em maior margem de lucro para os produtores. Os consumidores se beneficiam naturais e seguros na cadeia de

capacidade de reduzir a emissão de

alimentos, evitando o risco de

amônia, metano e outros gases com

estabelecer as resistências contra os

efeito estufa.

antibióticos.

nutrição

ao consumir produtos totalmente Também foi comprovada a

O ambiente se beneficia pela redução

Vantagens na aplicação dos aditivos fitogênicos

na emissão de gases tóxicos e gases com efeito estufa, tais como amônia, CO2 e metano.

Redução da emissão dos gases do efeito estufa Produtos naturais e seguros na cadeia alimentar Melhora a digestão e o aproveitamento dos nutrientes Melhora o desempenho do animal Aumenta o lucro com as exportações Melhora a sustentabilidade da produção pecuária

93 aviNews América Latina Agosto 2017 | Aditivos fitogênicos: aprendendo com a natureza como melhorar o desempenho


Registro zootécnico Uma avaliação independente Apesar disso, como já foi mencionado, muitas pessoas ainda têm pouco conhecimento e experiência sobre os modos de ação e a maneira ideal de aplicar os aditivos fitogênicos na alimentação. Em especial, elas estão inseguras sobre em qual produto confiar, pois pensam que há uma carência de dados de pesquisas significativos.

Na União Europeia, aditivos alimentares precisam ser registrados para garantir sua segurança para os animais-alvo, os consumidores e o ambiente. No âmbito desse processo de registro, o aditivo alimentar será alocado em uma destas cinco categorias: Categorias do processo de registro para alimentos balanceados

nutrição

Por isso, a DELACON decidiu dar um passo enorme para provar a eficácia de seus aditivos fitogênicos e se esforçou para obter o registro como aditivo zootécnico.

Aditivos tecnológicos Qualquer substância adicionada ao alimento por uma finalidade tecnológica Aditivos sensoriais Qualquer substância cuja adição alimentar melhore ou altere as propriedades Aditivos nutriciona Incluem grupos funcionais de “elementos-traço”, “vitaminas”, “aminoácidos” e “ureia” Aditivos zootécnicos Qualquer aditivo usado para afetar favoravelmente o desempenho dos animais em boa saúde ou usados para afetar favoravelmente o meio ambiente Coccidiostáticos e histomonostáticos

A autorização como “aditivo zootécnico”, necessária para reivindicar oficialmente qualquer efeito sobre o desempenho animal, exige provas do benefício alegado e um requerimento ao Comitê Europeu. Nesse abrangente e complexo processo de registro, o Comitê Europeu nomeia cientistas independentes da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA), que avaliam os dados científicos sobre o produto obtidos em vários ensaios (realizados em diferentes países) e fornecidos pelo requerente. Após uma intensa avaliação desses dados, a EFSA formula um parecer científico sobre a eficácia e a segurança do produto. Somente após essa etapa, delegados dos Estados-membros têm a oportunidade de fazer mais perguntas sobre o produto, as quais precisam ser plenamente respondidas pelo requerente, antes de a decisão final ser tomada pelas autoridades do Comitê Europeu.

O registro zootécnico, que garante a eficácia dos produtos fitogênicos, é concedido exclusivamente aos produtos com significativos efeitos benéficos sobre o desempenho dos animais Embora diferentes regiões usem sistemas comparáveis para autorizar aditivos para alimentos, o processo de registro da UE é um padrão internacional, reconhecido mundialmente.

94 aviNews América Latina Agosto 2017 | Aditivos fitogênicos: aprendendo com a natureza como melhorar o desempenho


Eficácia comprovada dos aditivos fitogênicos O argumento mais convincente contra o supramencionado ceticismo é o fato de que aditivos fitogênicos produzidos com base na ciência foram capazes de superar essa rigorosa e independente avaliação científica.

Em 2012, a DELACON novamente foi pioneira, tornando-se a primeira empresa a receber um registro zootécnico pela UE para aditivos fitogênicos – Fresta® F, um produto para a produção de suínos.

Como potencializador de desempenho natural, o Biostrong® 510 CE contribui para a saúde intestinal das aves, melhorando a integridade do intestino. Vale mencionar que esse produto natural também tem o potencial de aumentar o peso corporal em frangos de corte e de melhorar a taxa de postura, bem como a massa e o peso dos ovos em galinhas poedeiras.

Os aditivos fitogênicos (AF) são uma ferramenta poderosa para uma lucrativa produção animal, quando usados como

Em 2017, a empresa repetiu esse sucesso ao

potencializadores naturais do desempenho

receber um registro zootécnico para um de

na nutrição animal de várias espécies.

seus aditivos fitogênicos para a produção de Usar os efeitos sinérgicos de vários agentes de

aves.

nível dos AF e revela seu amplo espectro de

e declarou que o Biostrong® CE 510 tem

diferentes modos de ação.

nutrição

extratos de plantas melhora a eficácia de alto A EFSA considerou o produto seguro e eficaz potencial para ser eficiente na melhoria do desempenho de frangos e espécies aviárias

Além das vantagens para os animais

menores, criadas tanto para o corte quanto

e o meio ambiente decorrentes da

para a postura.

maior digestibilidade de nutrientes e da redução nas emissões de gases, também os consumidores e os produtores se beneficiarão quando

Além de ganhos na digestibilidade de

esses produtos seguros e naturais

nutrientes, independentes da idade, os quais

melhorarem as taxas de conversão

resultam em melhor conversão alimentar,

alimentar dos animais-alvo.

este AF mostrou-se poderoso em reduzir as concentrações de amônia aérea (em média, 32%) e, portanto, é vantajoso para o ambiente e a saúde do animal.

Todos esses benefícios são comprovados para determinados produtos fitogênicos por um processo de avaliação rigoroso e independente conduzido pelas mais altas autoridades europeias.

Essa categorização como aditivo alimentar zootécnico comprova a eficácia e verifica as alegações de desempenho declaradas – em 2017, o Biostrong® 510 CE recebeu esse Padrão Ouro Científico como aditivo fitogênico para a produção avícola.

95 aviNews América Latina Agosto 2017 | Aditivos fitogênicos: aprendendo com a natureza como melhorar o desempenho


Entrevista com...

MÁRIO PENZ

E

m entrevista à aviNews, o diretor

A nutrição sempre foi um dos pilares da

Global de Contas Estratégicas da

evolução da avicultura brasileira. Ao lado

Cargill Nutrição Animal, Antônio

da genética, os avanços na alimentação

Mário Penz Junior, fala sobre o futuro da

animal foram decisivos para a melhora

nutrição avícola, elenca as áreas em que

contínua do desempenho zootécnico

a disciplina vem apresentando resultados

e econômico na produção avícola.

entrevista

mais promissores e comenta os desafios atuais do setor.

Nos dias de hoje o avanço no conhecimento da nutrição continua imprescindível. Desenvolvendo-se rapidamente em várias frentes, o conhecimento em nutrição tem ajudado o setor não só a otimizar o desempenho produtivo das aves, como tem enfrentado desafios e exigências em várias áreas como a sanitária, de bem-estar animal e de segurança alimentar.

96 aviNews América Latina Agosto 2017 | Entrevista com Mário Penz


O aumento de exigências relacionadas ao bem-estar animal, redução do uso de antibióticos promotores de crescimento, sanidade vêm desafiando a avicultura. De que forma a nutrição tem ajudado o setor a enfrentar esses desafios? A nutrição vem atuando em várias áreas, ajudando a avicultura a enfrentar esses desafios. A necessidade da redução do uso de antibióticos melhoradores de desempenho na produção avícola, em especial, não é uma exigência nova. Ela já existe há mais de 20 anos na Europa e, consequentemente, o conhecimento científico para atender a essa demanda vem evoluindo. O que se vê, à medida que os europeus passaram a exigir a retirada, por precaução, desse tipo de substâncias da produção animal, é que os Diretor Global de Contas da Cargill Nutrição Animal

nutricionistas passaram a ter uma responsabilidade

Nesta entrevista, Mário Penz fala sobre o futuro da nutrição avícola, elenca as áreas em que a disciplina vem apresentando resultados mais promissores e comenta os desafios atuais do setor. Os melhores trechos do bate-papo você confere a seguir.

Antes, com o uso dos antibióticos melhoradores de desempenho, o que se olhava era o agente causador de uma eventual patologia ou micro-organismos que agiam no trato intestinal. Ou seja, como aquele agente era eliminado ou suas ações eram minimizadas? Hoje o foco mudou. Com a exigência de retirada desses aditivos, os novos produtos passaram a focar muito mais no hospedeiro. E o hospedeiro, que é o animal, depende de uma boa nutrição.Um animal bem nutrido, em tese, tem uma qualidade imunológica melhor desenvolvida e mais preparada para enfrentar uma eventual agressão, momentânea, pontual. Basta lembrar que 70% da resposta imune das aves ocorre nos enterócitos e que, portanto, esses animais com com enterócitos saudáveis estarão mais preparados para enfrentar qualquer eventual desafio microbiano. Atribuo essa evolução aos 20 anos de pesquisa que todos nós, aqui ou lá fora, fizemos em busca dessa substituição.

97 aviNews América Latina Agosto 2017 | Entrevista com Mário Penz

entrevista

ainda maior no processo de produção.


Para onde aponta o futuro

Na opinião do senhor, em quais frentes a

da nutrição avícola?

nutrição de aves vem se desenvolvendo mais rapidamente? Nutrição de

Existem várias frentes. Temos temas que são lição de casa, que já estão sobre a mesa, e para os quais precisamos ter mais atenção, como é o caso, por exemplo, da qualidade das matérias-primas. Isso é fundamental.

precisão, nutrigenômica, uso de novos ingredientes como o plasma? Acredito que cada uma dessas áreas terá sua participação no avanço da avicultura. A genômica tem nos ajudado a conhecer melhor os animais e suas reais potencialidades.

Mas temos que avançar também em

O conhecimento do DNA abre frentes de

áreas com as quais outras indústrias

estudo, com capacidade de promover

estão trabalhando, que é a avaliação do

avanços significativos na produção. Isso não

processo de produção em tempo real.

pode ser ignorado. O uso de ingredientes

Nós não podemos mais nos limitar a

diferenciados na nutrição de aves, como

fazer uma avaliação do resultado de um

o plasma, também é um bom exemplo.

determinado lote ou de uma atividade

entrevista

produtiva depois que ela já foi concluída. A nutrição vai contribuir muito mais quando estiver de posse de informações em tempo real – me refiro aos índices, como ganho de peso, conversão alimentar, consumo de água, mortalidade dos frangos etc. Assim, os nutricionistas estarão muito mais habilitados para fazer alterações no decorrer da produção. Costumo dizer que, dessa forma, estaremos muito mais preparados para ajudar a consertar o avião em pleno voo. Porque depois que o avião já pousou não há muito o que fazer. Acredito, portanto, que a nutrição vai participar mais efetivamente em fenômenos que são contínuos e constantes durante a produção.

O plasma, assim como tantos outros ingredientes, estará presente nas dietas porque permitem enriquecê-las, colaborando para o aumento da produtividade, da imunidade das aves. Ingredientes de alta digestibilidade e com características nutricionais especiais estimulam o desenvolvimento dos enterócitos. Hoje o nutricionista não olha apenas o animal. Ele está preocupado com a integridade intestinal das aves. Ou seja, quais os ingredientes, com seus nutrientes, que trazem benefícios a essa estrutura. Esses certamente serão os escolhidos. Inclusive, alguns ingredientes que no sistema convencional de formulação de custo mínimo não entrariam nas fórmulas, passarão a ser usados, porque serão considerados como “aditivos diferenciados”. E quando um aditivo diferenciado mostra na prática que deve estar presente, ele passa a ser visto de outra forma.

A genômica tem nos ajudado a conhecer melhor os animais e suas reais potencialidades. 98 aviNews América Latina Agosto 2017 | Entrevista com Mário Penz


Dentre essas frentes de estudo

Atualmente a palavra “precisão” está

qual chama mais sua atenção?

muito em voga. Existe a agricultura de precisão, bovinocultura de precisão,

O que hoje mais me estimula é o que chamamos de formulação não linear. Isto é, o desafio não é mais formular a ração com

avicultura de precisão. Dentro da área de nutrição de precisão alguma tendência que merece destaque?

menor custo, mas sim aquela que traz ao negócio o maior retorno econômico. Restringir

Uma área que está avançando muito e

o resultado zootécnico como determinante

que para mim é algo impressionante é a

de ganho é algo que já ficou para trás.

formulação em linha. Ou seja, hoje, usando conhecimentos de NIR (Near Infrared

aquilo que disponho, o que me traz o melhor benefício econômico como produto final? E, às vezes, nós nutricionistas, quando formulamos com custo mínimo, estamos olhando o nosso silo, nos baseando em nossos próprios pressupostos para formular uma dieta mais barata. Mas, a dieta mais barata condiz com o melhor resultado de campo que lá no final vai proporcionar um menor custo de produção? Essa associação ainda não é comum. Existem várias iniciativas nesse sentido. Nosso grupo está trabalhando nessa área e sentimos que o caminho é por aí.

Spectroscopy), é possível determinar a composição dos ingredientes no momento em que estão indo em direção ao misturador e, de acordo com sua composição imediata, antes da próxima batida, identificar as diferenças de composição nutricional desses ingredientes e reformular a próxima batida, de acordo com aquilo que está passando antes do misturador. Isso nos permite, em

entrevista

Hoje temos que saber o seguinte: com

vez de criar uma margem de segurança, baseada nos históricos de informação de composição nutricional dos ingredientes, diminuir essa margem de segurança, assegurando maior precisão ao processo. Esse sistema permite identificar essa margem de segurança em tempo real e, imediatamente, alterar a próxima mistura. Considero esse um grande avanço e algo que está vindo para ficar, queiramos ou não. A indústria avícola, para avançar daqui para a frente, não poderá ser conservadora.

Hoje, usando conhecimentos de NIR [Near Infrared Spectroscopy], é possível determinar a composição dos ingredientes no momento em que estão indo em direção ao misturador.

O negócio não pode parar de evoluir, pois entendemos que estamos bem. Em que pese todos os avanços e nossa posição confortável, precisamos olhar para outras indústrias que trabalham com robotização, com instrumentos de entendimento imediato de um fenômeno. Não podemos nos acomodar. Temos que nos antecipar às tendências.

99 aviNews América Latina Agosto 2017 | Entrevista com Mário Penz


O senhor acha que esse empecilho seja cultural? Acredito que tivemos grandes ganhos. Avanços estes que nos levaram aonde estamos. Essa evolução foi tamanha que novos avanços às vezes se tornam imperceptíveis. Para realmente garantirmos um novo salto temos que

entrevista

deixar paradigmas pré-estabelecidos. Existe aquela velha história de que “em time

Hoje o custo do frete de grãos do

que está ganhando não se mexe”. Em certos

Centro-Oeste brasileiro para Paranaguá

casos não é bem assim. Existem momentos

é duas vezes maior do que de Paranaguá

em que é necessário se insubordinar àquilo

para Jacarta, na Indonésia. O nosso grande

que está sendo considerado certo e tentar

diferencial hoje é o status sanitário

buscar outros caminhos. A competição

de nossa avicultura. Nossa condição

na avicultura mundial é muito acirrada.

sanitária é o nosso maior patrimônio.

Não é porque o Brasil é um país grande,

Temos, portanto, que primar por nossa

continental, com boa oferta de grãos, com

biosseguridade. Esse é o ponto mais

vocação para a produção de alimentos,

importante. Temos também que cuidar

em especial para a produção de aves,

das nossas fábricas de rações, dos nossos

que podemos nos acomodar. Existem

incubatórios, das nossas granjas de matrizes,

muitas outras variáveis que determinam

das nossas granjas de frangos. Mas, acima

a competitividade na avicultura. Veja

de tudo, trabalhar para manter intacto o

só a questão do frete de grãos.

status sanitário da avicultura brasileira.

Hoje o custo do frete de grãos do Centro-Oeste brasileiro para Paranaguá é duas vezes maior do que de Paranaguá para Jacarta, na Indonésia. O nosso grande diferencial hoje é o status sanitário de nossa avicultura. Nossa condição sanitária é o nosso maior patrimônio.

100 aviNews América Latina Agosto 2017 | Entrevista com Mário Penz


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XILANASE:

REDUÇÃO DE CUSTOS PELA MELHOR LIBERAÇÃO ENERGÉTICA

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Equipe técnica de ABVISTA

O

s produtores de frango têm que lidar com crescentes preços e custos de produção energética do

alimento, além da pressão por aumentar o uso da energia na dieta.

Melhorando a liberação de energia

Apesar disso, na tentativa de manter os níveis de utilidade, muitos nutricionistas

Os PSA presentes nos grãos de cereais

estão revisando o valor oferecido pelas

podem limitar o acesso ao amido e

enzimas que quebram polissacarídeos sem

aumentar a viscosidade do intestino,

amido (PSA).

reduzindo a eficiência dos nutrientes. Ao considerar os PSA, é necessário selecionar uma enzima capaz de maximizar a quebra de arabinoxilanos – os PSA mais v

comuns nos alimentos avícolas balanceados.

102 aviNews América Latina Agosto 2017 | Xilanase: redução de custos pela melhor liberação energética


A xilanase mais resistente ao calor produz maior energia A Econase XT pode propiciar uma economia de custos substanciais na redução da viscosidade digestiva intestinal e no aumento da permeabilidade das paredes

Estudos destacam um mecanismo adicional por meio do qual as xilanases podem melhorar a eficiência alimentar em geral, na quebra de longas cadeias de arabinoxilanos em cadeias curtas compostas (conhecidas como xilo-oligômeros). Esses xilo-oligômeros podem agir como prebióticos, melhorando o funcionamento do intestino grosso e a eficiência alimentar em geral.

O maior nível de atividade das bactérias benéficas e seu crescimento também motiva a produção de ácidos graxos voláteis (AGV), que podem ser absorvidos e usados pela ave como fonte de energia

Como todo prebiótico, os xilooligômeros agem como uma fonte de nutriente para as bactérias benéficas do intestino, promovendo benefícios à custa de bactérias potencialmente patógenas, o que leva a uma mudança positiva na composição do microbioma.

103 aviNews América Latina Agosto 2017 | Xilanase: redução de custos pela melhor liberação energética

informe publicitário

celulares vegetais na dieta.


3,32*

Resultados

informe publicitário

Melhores benefícios incluem: aumento na uniformidade dos frangos e redução no conteúdo da umidade da camada em até 15%.

1,37 ICA, g/g

O efeito prebiótico indireto da Econase XT não apenas aumenta a energia metabolizada, como também melhora significativamente o índice de conversão alimentar independentemente se as dietas são à base de grãos viscosos ou não viscosos.

Xilanase

1,33 ICA, g/g

2,34*

Sem xilanase

Figura 1. Influência da suplementação com xilanase Econase XT no desempenho (índice de conversão alimentar, ICA) e viscosidade do jejum de pintinhos (0 a 21 dias de idade). Média de dados de 6 réplicas por tratamento (8 aves/réplica). Efeito da xilanase no ICA (p=0,003) e na viscosidade (p<0,001) *Unidades de centipoise

Os resultados do experimento na Figura 1 mostram o impacto da xilanase Econase XT no índice de conversão O d alimentar (ICA) e o conteúdo da viscosidade no intestino 21 d (jejum) em frangos de 0 a 21 dias de idade. A redução substancial de 30% na viscosidade foi acompanhada pela melhora significativa de 4 pontos no ICA (1,33 vs. 1,37).

Para alcançar esses resultados é imprescindível que a xilanase selecionada seja desenvolvida para ser eficiente comercialmente.

A Econase XT é a única xilanase intrinsicamente termoestável até 95°C, garantia de excelente quebra de PSA, liberando tanta energia quanto seja possível para melhorar o ICA e reduzir custos. Com os resultados comprovados nas aves em vários níveis de ingredientes para o alimento, a Econase XT é excelente para maximizar o uso da energia na dieta.

104 aviNews América Latina Agosto 2017 | Xilanase: redução de custos pela melhor liberação energética


A XILANASE MAIS RESISTENTE AO CALOR GERA MAIOR ENERGIA Econase XT é a única xilanase intrinsecamente termoestável até 95°C, que ao ser incluída no alimento garante excelentes quebras de PNA, liberando tanta energia quanto seja possivel para oferecer um melhor ICA e redução de custos. Com resultados comprovados em uma ampla quantidade de ingredientes de alimentos para aves e suínos, Econase XT é a xilanase que maximiza a utilização de energia da dieta. Para mais informações, visite www.abvista.com

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7º SEMINÁRIO

N

os dias 26 e 27 de abril, representantes das principais empresas avícolas da América Latina e palestrantes

reconhecidos participaram do 7º Seminário Latino-Americano sobre Incubação, organizado por Jesus Campa (gerente de vendas para a América Latina) e Jim McKay (diretor de vendas na América) da Jamesway Incubators.

O evento reuniu mais de 125 participantes no Hotel Ocean Maya Royale, localizado em Playa del Carmen, no México. Nos dois dias de palestras, os participantes trocaram conhecimentos e experiências relacionadas à incubação, qualidade dos pintos, técnica SPIDES, saúde das matrizes, vacinação in ovo, manejo de incubadoras, entre outros.

107 aviNews América Latina Agosto 2017 | 7º Seminário latino-americano sobre incubação

eventos

LATINO-AMERICANO SOBRE INCUBAÇÃO


eventos

Limpeza e desinfecção da planta incubadora Eng. Ángel Salazar, Jamesway Incubator Company

Viabilidade aos 7 dias em relação ao tempo de armazenamento do ovo e as condições de incubação Dr. Keith Bramwell, Universidade do Arkansas

A palestra do engenheiro Ángel

A segunda palestra, “Viabilidade

Salazar, que falou sobre a importância

aos 7 dias em relação ao tempo de

da “Limpeza e desinfecção da planta

armazenamento do ovo e as condições

incubadora”, abriu o primeiro dia do

de incubação”, foi dada pelo dr. Keith

evento.

Bramwell, da Universidade do Arkansas,

Salazar destacou a necessidade de utilizar ovos incubados em plantas sem contaminação interna e a aplicação de planos de biossegurança. Como método de monitoramento recomendou a prova da função pulmonar, que permite identificar a contaminação microbiológica por unidade de peso.

que abordou os elementos que podem determinar a viabilidade dos ovos incubados e posterior rendimento das aves. Ao falar sobre os aspectos que devem ser considerados no manejo dos ovos, Bramwell indicou que o processo começa primeiro na granja e que não devemos esquecer que os ovos incubáveis contêm embriões que podem sofrer estresse por diferentes fatores.

Nunca é rentável introduzir na incubadora ovos de piso

A manutenção da temperatura constante durante o armazenamento, o tempo de armazenamento do ovo incubável e o processo de transporte não podem determinar apenas os números de nascimentos, mas também o rendimento dos frangos de corte durante sua vida.

108 aviNews América Latina Agosto 2017 | 7º Seminário latino-americano sobre incubação


SPIDES Jiggs Kilgore, Hubbard Breeders Jiggs Kilgore, da Hubbard Breeders, apresentou a palestra intitulada “SPIDES”, na qual falou sobre a necessidade dos criadores primários em utilizar essa técnica e sobre seus potenciais benefícios, considerando que o armazenamento pode diminuir a porcentagem de nascimentos e a qualidade dos pintos e aumentar a janela de nascimentos. Kilgore também explicou como a técnica simula o comportamento natural das aves e deu algumas dicas sobre sua implementação nas incubadoras de

A relação entre a incubação, a qualidade dos pintinhos e sua ênfase na genética atual do embrião Dr. Guadalupe Pardo, Cobb-Vantress

estágio único e de estágio múltiplo. Cobb-Vantress, apresentou “A relação entre a incubação, a qualidade dos pintinhos e sua ênfase na genética atual do embrião”. Considerando o aumento no metabolismo dos frangos, destacou a importância em realizar um adequado monitoramento da ventilação, da umidade, da viragem dos ovos, do transporte e do armazenamento, ressaltando um ponto ao se referir à incubação:

Hoje o embrião produz mais calor metabólico do que há 50 anos

109 aviNews América Latina Agosto 2017 | 7º Seminário latino-americano sobre incubação

eventos

O dr. Guadalupe Pardo, da


As duas últimas palestras do primeiro dia estiveram a cargo de Gerrit Van der Linde,

Fisiologia das matrizes e seu efeito na qualidade dos pintinhos Dr. Keith Bramwell, Universidade do Arkansas

da empresa Heering, e de Jerry Garrison, da Jamesway Incubators.

Transporte de filhotes Gerrit Van der Linde, Heering

O dr. Keith Bramwell, da Universidade de Arkansas, abriu o segundo dia de conferências com a palestra “Fisiologia das matrizes e seu efeito na qualidade dos

Em sua apresentação, intitulada “Transporte de filhotes”, Van der Linde destacou a importância dessa etapa e

pintinhos”. Nela, ressaltou o processo de fertilização das matrizes e citou alguns fatores que podem determiná-lo, como:

de seu impacto a curto, médio e longo prazo na porcentagem de nascimentos, mortes na chegada à granja, mortes nos primeiros 7 dias e rendimento dos frangos de corte.

eventos

Explicando como o estresse nos embriões pode influenciar na mortalidade na primeira semana, na perda de peso dos pintos, no desenvolvimento do sistema digestivo e

Tempo de armazenamento do esperma Baixo índice de penetração do esperma Sobrepeso Idade das fêmeas e dos machos Qualidade do esperma Interesse do macho Eficácia do acasalamento

na imunidade, disse Van der Linde:

Os frangos sobreviventes custam mais do que os que morrem na chegada à granja.

Dicas de equipamentos de estágio único e de estágio múltiplo mais lucrativos Jerry Garrison, Jamesway Incubators Finalmente, Jerry Garrison,

Garrison explicou as principais

representante da Jamesway

diferenças das incubadoras de estágio

Incubators, apresentou a palestra

único e de estágio múltiplo no que se

“Dicas de equipamentos de estágio

refere aos cuidados que se deve ter com

único e de estágio múltiplo mais

cada uma para conseguir os resultados

lucrativos”.

esperados.

110 aviNews América Latina Agosto 2017 | 7º Seminário latino-americano sobre incubação


Primovacinação na incubadora Dr. Hector García, Merial

A palestra intitulada “Primovacinação na incubadora” foi apresentada pelo dr. Hector García, da empresa Merial. Nela, abordou os diferentes programas de vacinação utilizados atualmente, os produtos empregados e seus processos, considerando os recursos humanos e técnicos disponíveis.

Patologias das matrizes que afetam diretamente o nascimento dos pintos BB Dr. Javier Alvarado, AVIAGEN

A idade e uniformidade embrionária, o local de aplicação (tamanho da agulha, na aplicação, a preparação da vacina

ministrou a palestra “Patologias das

e a dose aplicada são parâmetros

matrizes que afetam diretamente o

importantes a serem considerados na

nascimento dos pintos BB”.

aplicação de vacinas in ovo

eventos

posição dos ovos), a uniformidade O dr. Javier Alvarado, da Aviagen,

Ele destacou a importância de um programa adequado de biossegurança com monitoramento documentado para o diagnóstico de doenças bacterianas e virais e de presença de micotoxinas. O palestrante também destacou a necessidade de melhorar a comunicação interna em todas as áreas. Ao falar sobre o uso de programas de prevenção concluiu que:

Uma experiência prática de substituição do sistema de estágio múltiplo pelo sistema de estágio único Dr. Antonio González , Aviselva/Inasur O dr. Antonio González, da empresa Aviselva/Inasur da Espanha, apresentou os resultados de “Uma experiência prática de substituição

A sorotipagem do agente causador é importante para utilizar as vacinas adequadas

do sistema de estágio múltiplo pelo sistema de estágio único”, ao fim da qual a empresa concluiu que, a partir da mudança, houve uma melhora significativa em todos os parâmetros produtivos nos frangos de corte.

111 aviNews América Latina Agosto 2017 | 7º Seminário latino-americano sobre incubação


Manejando o calor metabólico na incubadora Jerry Garrison, Jamesway Incubators

Jamesway é referência em incubação para a indústria avícola mundial, dando apoio a todas as etapas do ciclo, desde o planejamento, o projeto, a instalação e a

Jerry Garrison, da Jamesway Incubators, falou sobre o impacto negativo do

manutenção dos sistemas de incubação e ventilação para as plantas incubadoras.

excesso de temperatura para a qualidade dos filhotes e como evitá-lo, tanto nas incubadoras de estágio único quanto nas

A empresa oferece uma linha completa de

de estágio múltiplo.

sistemas de incubação de estágio único

Para um adequado manejo do calor metabólico, que permita alcançar os resultados esperados, determinados aspectos devem ser considerados: Equipamentos de incubação

eventos

(compreensão do processo,

e de estágio múltiplo, ferramentas de controle, equipamentos de aquecimento, ventilação e ar-condicionado, soluções para recuperação de calor e uma enorme gama de acessórios para incubadoras e nascedouros.

conhecimento da máquina e de seu

Além disso, oferece serviços de assessoria

funcionamento, estabelecimento do

com especialistas para a construção ou

perfil correto)

modificação de plantas incubadoras,

Requisitos do equipamento

considerando as necessidades dos

de incubação (abastecimento

produtores para que possam tomar decisões

energético adequado, água de boa

corretas, evitando assim problemas

qualidade, ar comprimido limpo e

inesperados ou custos sem necessidade.

seco, boa ventilação, uniformidade e manutenção adequada dos ovos) Necessidades do embrião atual (calor, umidade, ventilação e viragem dos

O projeto e as tecnologias integradas

ovos)

nas incubadoras possibilitam um fácil manejo para os funcionários, de forma a garantir um ambiente adequado

Garrison apresentou resultados comparativos

para o nascimento dos pintinhos e

entre o uso de incubadoras de estágio único e

melhorar a rentabilidade energética e

de estágio múltiplo e falou sobre a importância

simplificar a manutenção.

de estabelecer o perfil adequado para que as máquinas consigam os resultados esperados.

Todas as incubadoras vêm completamente equipadas e podem ser utilizadas na técnica SPIDES.

112 aviNews América Latina Agosto 2017 | 7º Seminário latino-americano sobre incubação



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