JULHO 2018
Sistema de alimentação
splitfeeding para uma produção de ovos
mais rentável
avicultura.info
E D I Ç ÃO B R A S I L
Densidade das aves e sua
do ovo antes 33 Manejo da incubação
07 influência na temperatura
David Jiménez Zarza
efetiva
Gerente Técnico e Comercial, Aviagen S.A.U
Brian Fairchild & Mike Czarick Departamento de Ciências Avícolas, Universidade da Geórgia
Tecnologias emergentes para a
44 identificação da condição do 19
peito de madeira
Bater de asas: gênese das interdições na planta
Dianna Bourassa
Departamento de Ciências Avícolas Auburn University, Auburn Alabama
Eduardo Cervantes Consultoria Internacional – Gerência Produtiva e Inovadora em Processamento de Aves
25
Tecnologia de combate às bactérias nos túneis de depenação já é real Luiz Antônio Rasseli
Especialista em Controle de Qualidade em Dedos Depenadores de Aves
49
Sistema de alimentação splitfeeding para uma produção de ovos mais rentável Jon de los Mozos1, Felipe Sánchez Fernández2 & Adriano Perez Bonilla2 Trouw Nutrition R&D center Trouw Nutrition Global Marketing
1 2
1 aviNews América Latina Julho 2018
avicultura.info Investigar um surto de
59 doença de Marek: abordagem
67
diagnóstica progressiva Isabel M. Gimeno
Paulo Renê da Silva Junior
Faculdade de Veterinária da Universidade Estadual da Carolina do Norte (Estados Unidos)
IMW_Solução Natural_8,5cm x21,5cm_ES_REVISADO.pdf
1
17/04/2018
Como melhorar os índices produtivos das codornas Médico Veterinário graduado pela Universidade Federal de Lavras e consultor em coturnicultura
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76
Controle eficaz da salmonela nas rações Equipe técnica Nutriad
83
Fontes herbáceas para suplementação de vitamina E natural na nutrição animal Ray Jones, Marcelo Paolella & Hamilton Ida Equipe técnica Nuproxa
93
Natural beak smoothing na Índia: menos estresse, melhores resultados
avicultura.info 3 aviNews América Latina Julho 2018
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Juntos, além da saúde animal
CONTRIBUIÇÕES HISTÓRICAS DO XIV SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE PATOLOGIA E PRODUÇÃO DA AMEVEA DA COLÔMBIA
D
urante a semana de 21 a 25 de maio desse ano foi realizado o XIV Seminário Internacional de Patologia e Produção aviária para profissionais e médicos veterinários especializados em avicultura. O XIV Seminário Internacional de Patologia e Produção Aviária, organizado pela Associação Colombiana de Médicos Veterinários e Zootecnistas Especialistas em Avicultura (AMEVEA) e o departamento de Medicina Aviária (agora chamado de Saúde de Populações) da Universidade da Geórgia, foi realizado pela décima vez na cidade de Athens, Georgia.
A última edição do seminário foi um sucesso graças à visão, ao entusiasmo e ao incansável trabalho do Conselho da AMEVEA e, em particular, do Dr. Pedro Villegas, responsável pela organização, coordenação do programa técnico e edição de suas memórias.
BRASIL
EDITOR
As memórias do seminário possuem trabalhos de 34 conferencistas com temas que foram selecionados cuidadosamente por sua relevância nas áreas de gestão, prevenção de doenças, nutrição e patologia aviária para o bem-estar de galinhas reprodutoras, poedeiras comerciais e frangos de corte.
O comitê editorial da revista aviNews dá aqui o merecido reconhecimento e deseja felicitar à AMEVEA da Colômbia e ao Dr. Pedro Villegas por seus esforços e numerosas contribuições em benefício das gerações de profissionais e da indústria avícola no mundo hispânico.
GRUPO DE COMUNICAÇÃO AGRINEWS S.L. DESIGN GRÁFICO & WEB Marie Pelletier Enrique Núñez Ayllón Maitê Paier Antunes Ana Lorena Ríos de la Llave Sergio Rodríguez Núñez Oriol Marquès PUBLICIDADE Luis Carrasco +34 605 09 05 13 lc@agrinews.es Simone Dias +55 (11) 98585-2436 brasil@grupoagrinews.com DIREÇÃO TÉCNICA Dr. Gregorio Rosales, MVZ, MS, PhD., DACPV
Edgar Oviedo, Especialista de extensão-nutrição e manejo de frangos de corte
REDAÇÃO José Luis Valls Osmayra Cabrera Daniela Morales Priscila Beck TRADUÇÃO Diana Sorgato | Tikinet
Gostaríamos de reconhecer todos as empresas provedoras de produtos e serviços que tornam possível, através de seu apoio e patrocínios, a realização de eventos técnicos como o LPN Congress em Miami, Flórida, entre 23 e 25 de outubro. Esse congresso tem alto valor qualitativo sobre avicultura e nutrição animal e é dirigido exclusivamente ao público latino-americano. A direção técnica é liderada pelos Doutores Rosales e Edgar Oviedo na sala de frangos, Dr. Antonio Gilberto Bertechini na sala de postura, e na sala de nutrição e alimentação de monogástricos, o Dr. Mario Penz Junior.
PREPARAÇÃO/REVISÃO Hamilton Fernandes | Tikinet Mônica Silva / Tikinet COLABORADORES Winfridus Bakker Juan Carlos López Mike Czarick Dr. Susan Watkins Rodrigo Castillo Jorge Amado
Brian Jordan Ramiro Hernán Delgado Franco Douglas Waltman Douglas Zaviezo Víctor Naranjo
Barcelona - Espanha Tel: +34 93 115 44 15 info@grupoagrinews.com redacao@grupoagrinews.com
A direção da revista não é responsável pela opinião dos autores. Todos os direitos reservados. Imagens: Noun Project / Freepik/Dreamstime
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5 aviNews América Latina Julho 2018
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DENSIDADE DE AVES & SUA
INFLUÊNCIA NA TEMPERATURA EFETIVA Brian Fairchild & Mike Czarick Departamento de Ciências Avícolas, Universidade da Geórgia
frangos
O
controlador das condições ambientais dentro do galpão avícola toma decisões sobre o
funcionamento dos equipamentos de ventilação/aquecimento baseadas quase
e u m ida
Existem alguns controladores que ajustam a ventilação mínima em função dos níveis de umidade. do
ar do ga
o
Quando se trata do funcionamento do sistema de aquecimento do galpão, extratores, modo de ventilação (entrada versus túnel) e painéis de refrigeração por evaporação, as decisões são tomadas com base na temperatura do ar do galpão.
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e
exclusivamente na temperatura.
7 aviNews América Latina Julho 2018 | Densidade das aves e sua influência na temperatura efetiva
A temperatura de conforto das aves — a sensação de frio ou calor — depende de muitos outros fatores além da simples temperatura do ar
É excessiva uma temperatura de 24 °C para um lote de aves? frangos
O fato de que uma temperatura de 24 °C (75 °F) seja excessiva para um lote de aves na idade de abate depende da velocidade do ar e da umidade relativa.
24ºC
Sensação de calor
Sensação de frescor
Conforme aumenta a umidade, a ave perde menos calor através da respiração e, portanto, se sentirá mais quente, embora a temperatura do galpão não tenha mudado.
Ao aumentar a velocidade do ar, aumenta a perda de calor pela ave e ela se sentirá mais fresca, novamente, embora a temperatura do galpão não tenha mudado.
Embora o controlador ambiental do galpão faça um bom trabalho ao manter a temperatura programada, pode não fazer tão bom trabalho ao controlar o conforto das aves se a umidade relativa e a velocidade do ar não forem consideradas ao ajustar a programação.
90% Uma temperatura de 24° C (75°F) sem movimento de ar
24ºC
e com uma umidade de 90% provavelmente provocará estresse por calor nas aves.
Uma temperatura de 24 °C (75 °F) com uma velocidade do ar de 3,55 m/s (700 pés/min) e uma umidade relativa de 20% pode levar as aves a sentir frio.
8 aviNews América Latina Julho 2018 | Densidade das aves e sua influência na temperatura efetiva
20%
Densidade das aves Sobre o conforto das aves, a
Apesar de a maioria dos avicultores
densidade pode ter um efeito
entender que a umidade e a velocidade
superior ao da umidade relativa e
do ar podem afetar o conforto térmico
ao da velocidade do ar.
das aves, a densidade das aves é um fator subestimado.
Figura 1. Temperatura corporal interna em aves de lotes de baixa densidade e densidade comercial (Temperatura = 24 °C).
44
Grupo de densidade comercial
43,5
0,08m2/ave
42,5 42 41,5 41
Grupo de baixa densidade 0,06m2/ave
40,5
frangos
Tª corporal profunda (ºC)
43
75%
A Figura 1 mostra a média da temperatura corporal interna em frangos de corte de sete semanas de idade, distribuídos em dois grupos de diferentes densidades, em um galpão com 24°C (75 °F). A umidade relativa do galpão era de 75% e não foram utilizados ventiladores durante os dois dias de duração do estudo. Embora a temperatura do galpão, a umidade relativa e o movimento do ar fossem iguais para ambos os grupos, a temperatura corporal média foi muito diferente.
12:00 PM
10:00 AM
08:00 AM
06:00 AM
04:00 AM
02:00 AM
10:00 PM
12:00 AM
08:00 PM
06:00 PM
04:00 PM
02:00 PM
12:00 PM
10:00 AM
08:00 AM
06:00 AM
04:00 AM
02:00 AM
10:00 PM
12:00 AM
08:00 PM
06:00 PM
40
Nas aves do grupo de densidade comercial (0,08 m2/ave = 0,8 pés2/ave), a temperatura foi aproximadamente 2 °F superior.
No caso das aves do grupo de baixa densidade, a temperatura corporal oscilou em uma faixa normal de 41 a 41,5 °C (106 a 107 °F).
Ainda que 2 °F possa não parecer muito, geralmente é necessário uma variação de 5 a 10 °F na temperatura do ar para que se produza um aumento de 2 °F na temperatura corporal interna.
9 aviNews América Latina Julho 2018 | Densidade das aves e sua influência na temperatura efetiva
Temperatura das aves As imagens térmicas capturadas das aves dos dois currais (Foto 1 e 2) confirmam que as aves estavam mais quentes no aviário de densidade comercial, embora as condições ambientais fossem idênticas.
Foto 1. Imagem térmica do lote de frangos de corte de baixa densidade (6 pés2/ave = 0,6 m2/ave).
37,77ºC
32,22ºC 26,6ºC 23,33ºC
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Foto 2. Imagem térmica de lote de frangos de corte de densidade comercial (0,8 pés2 = 0,08 m2/ave).
37,77ºC
32,22ºC
frangos
26,6ºC 23,33ºC
A temperatura das penas das aves, bem como a da cama circundante, era muito maior no aviário de densidade comercial, em comparação com o aviário de baixa densidade
11 aviNews América Latina Julho 2018 | Densidade das aves e sua influência na temperatura efetiva
Temperatura cefálica
A temperatura cefálica (Foto 3 e 4), que conforme demonstram os estudos tende a se correlacionar com a temperatura corporal, foi 2°F maior nas aves do aviário de densidade comercial.
Foto 3. Temperatura cefálica máxima de um frango de corte de um lote de baixa densidade (6 pés2/ave = 0,6 m2/ave).
A elevação da temperatura corporal nos aviário de alta densidade se deve à redução no movimento do ar em torno da ave quando estão muito próximas entre si.
40ºC 37,77ºC 32,22ºC 26,6ºC 23,33ºC
É importante entender que, mesmo em climas frios, há movimento do ar em torno da ave devido ao
Foto 4. Temperatura cefálica máxima de um frango de corte de um lote de densidade comercial (0,8 pés2/ave = 0,08 m2/ave).
frangos
funcionamento da entrada de ar e às correntes naturais formadas pela ascensão do ar quente das aves.
40ºC 37,77ºC 32,22ºC
Embora a quantidade de movimento entre as aves seja leve quando comparada com a dos galpões com ventilação em túnel em climas quentes, resulta em uma quantidade significativa de calor sendo retirada das aves, o que faz com que elas se sintam mais frescas. Conforme aumenta a densidade, o movimento do ar em torno da ave diminui de forma natural, o que reduz a quantidade de calor eliminado e eleva a temperatura corporal.
12 aviNews América Latina Julho 2018 | Densidade das aves e sua influência na temperatura efetiva
26,6ºC 23,33ºC
Períodos de escuridão e densidade A densidade parece ter um efeito maior sobre a temperatura corporal interna durante a noite, quando as luzes se apagam e as aves dormem.
Neste estudo, o período de escuridão foi da 0h às 4h.
Nas aves do aviário de densidade comercial, a temperatura corporal média mais que dobrou, resultando em uma diferença de até 3-4 °F entre ambos os aviários.
Quando as aves se deitam, a porcentagem de superfície de circulação do ar diminui significativamente. Tendo em conta que, para aves alojadas em densidades comerciais, o movimento do ar pelos flancos destas é muito limitado devido à estreita proximidade entre elas, de forma que a perda de calor da parte
frangos
Grupo de densidade comercial
Para as aves do aviário de baixa densidade, a temperatura corporal média variou aproximadamente 1 °F.
inferior é inclusive pior e prejudicial para
O aumento da temperatura corporal quando se desligam as luzes é consequência direta de uma queda da perda de calor nas aves deitadas.
as aves. Quanto mais tempo as aves permanecem deitadas, maior é o aumento de temperatura.
Apagamento das luzes
Grupo de baixa densidade
Considerando que, quando as luzes estão apagadas, as aves passam mais tempo deitadas, e sendo este o período em que se observa maior efeito da densidade na temperatura corporal, mesmo assim isso não significa que se deve ter uma densidade de 0,6m²/ave para garantir que estejam confortáveis.
13 aviNews América Latina Julho 2018 | Densidade das aves e sua influência na temperatura efetiva
Da mesma forma que a velocidade do ar e a umidade relativa, a densidade das aves deve ser considerada na hora de programar o sistema de controle ambiental do galpão, principalmente em temperaturas quentes.
Conforme o espaço se torna mais
É importante considerar a densidade ao
limitado para o final do lote e o
determinar a temperatura-alvo para o final
movimento de ar em torno das aves
do lote.
é reduzido de forma natural, a diferença
O fato de criar uma ave em um lote de
entre a temperatura atual do ar (tal como
alta ou baixa densidade não tem muito
indicam os sensores de temperatura) e
efeito sobre sua temperatura corporal
a temperatura efetiva (a temperatura
durante a maior parte do lote.
percebida pelas aves) aumenta.
frangos
Tabela 1. Idade das aves versus temperatura-alvo (teórica).
Independentemente de criar uma ave de 1,81 kg (4 lb) em uma densidade de 0,07 m2/ave (0,7 pés2/ave) ou uma ave de 3,62 kg (8 lb) em uma densidade de 0,1 m2/ave (1 pés2/ave), a temperaturaalvo poderia ser a mesma durante as primeiras 3-4 semanas do lote porque, em todo caso, haveria suficiente espaço entre as aves e a densidade teria pouco efeito sobre a temperatura efetiva (Tabela 1).
Idade (dias)
Ave de 1,81 Kg (4lb)
Ave de 3,62 Kg (8lb)
0
33,88ºC
33,88ºC
7
31,11ºC
31,11ºC
14
27,22ºC
27,22ºC
21
23,88ºC
23,88ºC
28
21,11ºC
21,11ºC
35
21,11ºC As aves sentem calor
21,11ºC As aves estão confortáveis
No entanto, durante a quinta (e possivelmente a quarta) semana de um lote de aves de 1,81 kg (4 lbs), haveria muito menos espaço em comparação com o lote de 3,62 kg (8 lbs), de forma que, se fosse mantida a mesma temperatura no galpão, as aves de 1,81 kg (4 lbs) sentiriam mais calor.
14 aviNews América Latina Julho 2018 | Densidade das aves e sua influência na temperatura efetiva
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伀倀윀픀䔀匀 䐀䔀 䜀䄀䤀伀䰀䄀匀 䔀一刀䤀儀唀䔀䌀䤀䐀䄀匀 䔀 䔀一刀䤀儀唀䔀䌀촀嘀䔀䤀匀
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Para compensar o efeito da limitação de espaço entre as aves na idade de abate sobre a temperatura efetiva, a temperaturaalvo deve ser reduzida durante as últimas duas semanas de engorda, independentemente da idade das aves criadas.
É difícil determinar atualmente quanto se deveria reduzir a temperatura-alvo no final do lote para compensar os efeitos da densidade sobre a temperatura-alvo.
Atualmente, a Universidade da Geórgia está realizando estudos para lançar luz sobre esse tema, mas por enquanto os produtores devem levar em conta que, quanto maior for a limitação de espaço entre as aves, maior será a diferença entre os indicadores dos sensores de temperatura do galpão e a temperatura que as aves sentem.
Densidade das aves e sua influência na temperatura efetiva
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BATER DE ASAS: GÊNESE DAS
INTERDIÇÕES NA PLANTA processamento
Eduardo Cervantes Lopez Consultoria Internacional – Gerência Produtiva e Inovadora em Processamento de Aves
C
om este sugestivo título desejo chamar a sua atenção, caro
leitor, para a grande importância dessa reação dos frangos quando, por alguma circunstância, se encontram em condições de estresse durante a engorda, o pré-abate e o processamento. Tradicionalmente comenta-se que a consequência do bater de asas é que as asas são maltratadas em diferentes graus de severidade. No entanto, analisando a situação minuciosamente, podemos concluir que há outros efeitos colaterais, ainda mais onerosos, que afetam outras partes do corpo com maior valor comercial.
19 aviNews América Latina Julho 2018 | Bater de asas: gênese das interdições na planta
Essa reação em cadeia do bater de asas se inicia nos galpões e decorre das visitas dos responsáveis por monitorar diariamente os frangos nas granjas. Esse trabalho disciplinado implica que o pessoal deve entrar nos galpões para inspecionar se todos os equipamentos estão funcionando normalmente, verificar a uniformidade e a vitalidade do lote e também para registrar a mortalidade etc.
lombos de seus companheiros lhes causam arranhões, porque tentam segurar-se para não cair.
Esse trabalho implica caminhar em meio aos
Essa fixação temporária lhes causa arranhões
animais. Se o pessoal o fizer deslocando-se
que podem levar a infecções, adquirindo
em um ritmo normal, como o faz fora dessas
outras dimensões dramáticas quanto à
instalações, as aves mudarão seu habitual
qualidade da carcaça processada, cuja
comportamento tranquilo para um estado de
classificação precisa ser de nível A.
máximo alerta, que manifestam caminhando rápido e fazendo pequenos voos, e a pista de aterrissagem são as costas das
processamento
Quando os frangos caminham sobre os
companheiras nos galpões.
Simultaneamente o reiterado bater provoca danos às suas próprias asas e às dos seus companheiros. Se o frango estiver sobre outro, baterá as asas contra seu próprio
Durante essa via crucis, os frangos batem as
corpo. Se nesse momento houver outro
asas intensamente, para fugir da situação de
vizinho, as asas impactarão contra sua
perigo que estão vivenciando: um intruso
parte superior. Se ambos baterem as asas
entrou no galpão, e desconhece-se suas
simultaneamente, estas serão maltratadas
intenções.
tanto interna quanto externamente.
20 aviNews América Latina Julho 2018 | Bater de asas: gênese das interdições na planta
Uma vez depenadas, detecta-se hematomas na última falange – ponta da asa –, na penúltima – região
As sequelas mais onerosas são as hemorragias produzidas na região do peito.
do cúbito e do rádio e na parte distal da articulação do osso úmero. Na planta, ao sair da última depenadora, as carcaças apresentam uma coloração vermelho escuro. cúbito e rádio última falange
Quando os frangos batem as asas, fazem voos curtos. Por esse motivo, os peitorais interiores – os filés –, são pouco exercitados, já que os frangos não têm a totalmente as asas. úmero
O peitoral maior é o que realiza mais trabalho cada vez que as aves abaixam as asas. Os peitorais, como todos os músculos, são irrigados por uma rede de vasos sanguíneos, os quais são submetidos a grandes pressões quando os animais batem as asas, principalmente ao movê-las
Nas aves mais pesadas essa situação se torna mais crítica, porque os vasos capilares que transportam os nutrientes, o oxigênio e/ou o gás carbônico e os resíduos
AVES LIGEIRAS
AVES PESADAS
para baixo.
Nas aves de menor peso as hemorragias são menores. Essas afecções à qualidade das carcaças, na maioria dos casos, são detectadas durante o desmembramento
do metabolismo se rompem, da mesma
e/ou desossamento. No entanto, alguns
forma que outros vasos de maior diâmetro,
vasos sanguíneos ficam com fissuras.
expelindo parte do sangue que mobilizam,
Muitas delas terminam se abrindo durante
dando origem a grandes hemorragias.
o processamento.
21 aviNews América Latina Julho 2018 | Bater de asas: gênese das interdições na planta
processamento
oportunidade de estender
Continuando com a jornada no pré-abate,
Pendurado no transportador aéreo de
se o bater de asas intenso aparecer durante
abate. Lembramos os fatores que o
a captura e o engaiolamento dos frangos,
propiciam:
a sequência de danos à qualidade dos animais que chegam à planta, explicada anteriormente, repete-se. A cor dos hematomas e hemorragias será escura. Na planta de processamento, se a infraestrutura física e operacional não for adequada, o bater de asas tornará a
Iluminação Desajuste do massageador de peito Tamanho dos frangos que supera o espaço disponível quando os ganchos estão a uma distância de 6 polegadas entre si.
ocorrer nos seguintes cenários:
Com MINAZEL PLUS, as MICOTOXINAS não são mais um problema.
Especialistas em prevenção
RECOMENDAÇÃO FINAL:
pendura até a entrada no aturdidor. As alterações de direção geram estresse nas aves porque, devido à ação da força centrífuga, os animais se separam uns segundos do massageador de peito, sentindo-se desprotegidos
Criar uma cultura básica a fim de que nas granjas, quando o pessoal entrar nos galpões para realizar seu trabalho de controle diário, caminhe lentamente como os frangos. Ao agir dessa forma, as aves se manterão
Pré-choque na entrada do tanque de
tranquilas, ao concluir que os
aturdimento
responsáveis por atendê-las são animais
Saída do tanque: fase tônica – os frangos
maiores que elas.
vibram, às vezes com muita intensidade,
Deve-se agir do mesmo modo durante
incluindo o bater de asas.
a captura e o engaiolamento das aves.
Aturdimento insuficiente em
Com esta nova filosofia empresarial
processamento a grandes velocidades.
deve-se reduzir extremamente os danos
Não é possível retirar as aves conscientes
às asas – parte das aves que cada
dos ganchos. Por esse motivo, devem
dia tem maior demanda – e o efeito
ser sacrificadas assim mesmo. Em
colateral de batê-las, as hemorragias e
consequência, estando completamente
os hematomas no peito.
conscientes sentirão muita dor, e a manifestarão contorcendo-se e batendo as asas intensamente.
processamento
Muitas curvas no trajeto após a
Esta nova filosofia permitirá disponibilizar mais quilos de carne de frango, produzida pelas granjas e transformada em produtos de muito
Bater de asas: gênese das interdições na planta
boa qualidade.
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23 aviNews América Latina Julho 2018 | Bater de asas: gênese das interdições na planta
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COMBATE A BACTÉRIAS NOS TÚNEIS DE DEPENAÇÃO JÁ É REAL
abatedouro
Luiz Antônio Rasseli Especialista em Controle de Qualidade em Dedos Depenadores de Aves
E
ste artigo tem por objetivo contribuir para melhor entendimento, alertando quando o
caso, quanto aos riscos efetivos à Saúde Pública por causa de dedos depenadores mal construídos e, portanto, responsáveis por contaminação cruzada com origem em túneis de depenação.
A Salmonella tem sido combatida com sucesso, mas quando chega na área de depenagem tudo se complica por culpa de dedos construídos de forma duvidosa e sobre os quais os usuários não detêm nenhum controle.
Dedos depenadores podem proteger até 99,99% contra bactérias. Ou ajudar para sua disseminação, segundo estudos científicos. Por isso são elementos críticos. 25 aviNews América Latina Julho 2018 | Tecnologia de combate às bactérias nos túneis de depenação já é real
1
Figura 1. Mercado de dedos depenadores de aves –Brasil, 1º semestre de 2018–
No caso N°1 –onde há segurança– estão os dedos produzidos com:
10%
Proteção bactericida
Caso 1
Carcaças protegidas
segurança
Livres da contaminação cruzada São obrigatoriamente construídos com material nobre e virgem e proteção antimicrobiana até mesmo nas suas partes mais interiores. Portanto, possuem imunidade ao longo de toda vida útil. Se fazem acompanhar sempre de laudos oficiais emitidos por entidades reconhecidas.
20%
abatedouro
2
Caso 2
Em risco
70%
No caso N°2 estão os dedos feitos com: Matéria-prima de origem duvidosa Sem comprovação de procedência rastreável Materiais reciclados ou regenerados São ofertados sem nenhuma garantia real, com agravante que não possuem nenhuma proteção bactericida. É natural que potencializem a infecção das carcaças. Para confundir usuários, tais peças até se fazem, às vezes, acompanhar de “laudos” não reconhecidos por órgãos oficiais, antigos ou que versam sobre resultados diversos do fim proposto.
Dedos depenadores produzidos com matéria-prima nobre, com proteção bactericida contra Salmonella
Dedos depenadores ditos “atóxicos” que, na mesma medida que não contribuem para proliferação das bactérias, tampouco atuam contra.
26 aviNews América Latina Julho 2018 | Tecnologia de combate às bactérias nos túneis de depenação já é real
Dedos depenadores, em geral, feitos com matériaprima de origem duvidosa.
Com pouco tempo de uso dedos de qualidade duvidosa se apresentam desgastados, acentuando a fixação de bactérias em toda sua superfície, especialmente na região que tem contato direto com as penas –Figura 2.
Diferença entre dedos em função do material A diferença entre dedos de material nobre
Figura 3. Diferença percebida a olho nu, entre um material nobre, de fabricação superior, e um material duvidoso, inferior.
e os de material duvidoso já é visível antes mesmo de serem postos em operação. Lembram pneus na cor, no odor e no visual –Figura 3. São feitos buscando baratear custos, para competição entre fabricantes preocupados
abatedouro
em ganhar mercado e não com excelência. É natural que sejam potencialmente perigosos, abrindo flanco para as bactérias se alojarem fortemente em suas partes corroídas, onde hajam desgastes, quebras, rachaduras, ranhuras, fendas, reentrâncias, até em locais imperceptíveis a olho nu.
Consequências da escolha de um material de fabricação de baixa qualidade As consequências são péssimas, visto não existirem protocolos de higienização e desinfecção rigorosos bastante, que consigam sucesso nestes casos. Dependendo do estado do dedo, apesar dos esforços de sanitização feitos nos túneis, tal labuta acaba não valendo de nada e a próxima depenagem já poderá até estar previamente fadada à contaminação.
27 aviNews América Latina Julho 2018 | Tecnologia de combate às bactérias nos túneis de depenação já é real
Dedos sofrem desgastes e quebram facilmente porque o atrito no momento em que estão operando é impressionante. Peças mal construídas se corroem com a fadiga, inclusive os “dedos de silicone” ou “poliuretano termoplástico” –Figura 4–, todos nichos ideais para proliferação logarítmica de bactérias.
A própria ANVISA , na tentativa de coibir recorrentes abusos, publicou o Anexo 3.10. que pouco adiantou, já que ainda há quem fabrique dedos com matéria-prima de segundo uso, oriunda de reciclagem de borracha –Figuras 6 e 7.
Segundo pesquisas feitas nos Estados Unidos o impacto sofrido pela carcaça no ato da depenação, guardadas as proporções, seria similar ao do pneu de um avião ao pousar –Figura 5. Assim, todo cuidado com dedos é pouco, visto que partículas suas se alojarão na pele e até mesmo em partes da carne.
Até tempos atrás pneus velhos e resíduos sucateados de elastômeros eram lixo tóxico muito incômodo para toda sociedade, de difícil degradação. Para sorte do meio ambiente vieram as Indústrias de Reciclagem, onde detritos imprestáveis das Indústrias da borracha são reduzidos a um pó preto, cáustico, fedorento, de baixa qualidade e barato, reutilizados na produção de novos artefatos de borracha de uso não humano, como nas rampas da Basílica de Aparecida –Figura 8–, Indústrias de Recauchutagem, rodovias, etc.
O regenerado obtido deste tipo de reciclagem não deveria nunca ser reutilizado em peças que possam ter contato com alimentos
Dedos de silicone ou de “poliuretano termoplástico” Silicone é um tipo de borracha “atóxica”,
Algo que chama surpreendentemente a
sendo esta sua única vantagem. Como
atenção é que, com o uso:
oposição ao seu uso há quatro pontos Mudam perigosamente da cor clara
negativos:
Se deformam
Propensão à quebra
Soltam fiapos que podem penetrar nas
Apto à deformação
carcaças –Figura 9
abatedouro
para o amarelo Falta-lhe resistência à abrasão
Aplicação de silicone
Alto custo Sua aplicação só é boa em produtos que tenham contato direto com os seres humanos (preservativos, chupetas, etc.), mas não para fabricação de peças que exijam esforços contínuos, desgastes e resistência. Portanto, não existem “dedos de silicone”.
Poliuretano termoplástico Existem sim peças de material “poliuretano termoplástico”, apelidados “dedos de silicone”. Que nada mais são que um
Até hoje não se sabe se seu material construtivo faz parte da Lista Positiva da ANVISA e do próprio FDA e se possuem também Grau Alimentício, já que se desconhecem seus laudos.
tipo comum de plástico que, a uma dada
E também se, ao se transmutarem da cor clara
temperatura, apresenta alta viscosidade,
para amarelo, tal metamorfose poderia estar
podendo então ser conformado e moldado
trazendo riscos à saúde humana e até que
no formato de qualquer coisa, como, por
ponto esta mudança de cor contribuiria para
exemplo, dedo depenador.
a incidência de contaminação cruzada no momento da depenagem.
29 aviNews América Latina Julho 2018 | Tecnologia de combate às bactérias nos túneis de depenação já é real
Para ter em conta... A depender da peça que se eleja, todas estas situações
Voltando aos dedos em geral, todos absorvem umidade ambiente. Dependendo da qualidade e a forma como são produzidos, isto pode contribuir fortemente para criação
são fatores que potencializam o advento de contaminação cruzada. Basta que se recorde o estado lastimável que fica a área ao final de cada dia –Figura 10.
de nichos favoráveis à fixação bacteriana e desenvolvimento de biofilme. Terminado o abate entram em operação equipes de limpeza, higienização e desinfecção. Mas, dependendo do estado caótico dos dedos em operação, a tarefa acabará se mostrando infrutífera. Apesar da depenação ser rápida, se dedos forem de qualidade duvidosa bastam apenas umas poucas carcaças com
abatedouro
Salmonella no túnel para que a linha inteira se contamine. O desastre é quase certo, pois o território é altamente propício a riscos.
Plantas de abate A bem dos abatedouros estes deveriam se unir e exigir das autoridades rigorosa fiscalização (que nunca houve) nas fábricas de dedos. Com certeza ocorrerão novidades, pois nada melhor que
São tidos como “críticos”, pois sem eles não há depenação
incentivar a transparência do setor desconhecido dos abatedouros, que é onde, afinal, reside o incubatório de muitos dos problemas vividos hoje.
Recentemente se conseguiu desenvolver Formulação Antibacteriana que chega a ser eficaz em até 99,99% contra Salmonella, confirmado por CONTROLBIO e ratificado
É nos dedos que as
pelo SENAI. Inclusive com benefício de
penas se enroscam ao
que as peças seguem operando contra as
longo da depenação.
bactérias ainda quando os dedos sofram
Portanto, dependendo da
desgastes.
escolha, dedos podem se transformar em bênçãos ou na tempestade perfeita.
No que depender desta avançada tecnologia, as bactérias estão com seus dias contados e a contaminação cruzada na depenagem também. Para os consumidores de carnes de aves é positivo.
30 aviNews América Latina Julho 2018 | Tecnologia de combate às bactérias nos túneis de depenação já é real
Benefícios de dedos construídos com materiais nobres e proteção bactericida
da média, pois não sofrem decomposição em seu conteúdo ou eficácia, mesmo que em altas
Por consequência, ajudam a prevenir a fabril, especialmente se aliado na sua construção a materiais nobres.
temperaturas e tampouco são lixiviados para o meio ambiente. Protegem as carcaças durante todo o tempo enquanto estiverem em operação, não
2
importando a que ponto sofram desgastes.
Pelo fato de que a proteção está em toda a peça, incluindo seu interior, a eficácia contra a
3
6 7
proliferação de bactérias no ambiente
Contribui para reduzir o uso de produtos químicos no saneamento de plantas alimentares, em especial em túneis de depenação.
8
A Proteção Bactericida permanece intacta durante a moldagem dos dedos por injeção, compressão ou
Salmonella perdurará enquanto
transferência. Isto significa
estiver em operação.
segurança de obtenção de
O efeito técnico é a obtenção de um material claramente resistente à proliferação de bactérias,
4
9
peças sempre perfeitas em quaisquer circunstâncias.
Dedos construídos com material
aumentando significativamente a
nobre e ainda com proteção
segurança alimentar dos
bactericida elevam substancialmente
produtos originados nos abatedouros usuários.
Dedos construídos com esta formulação ajudam a controlar num nível de até 99,99% a contaminação cruzada nos túneis de depenação.
5
abatedouro
1
Apresentam durabilidade acima
o grau de segurança dos produtos cárneos.
10
Isto significa redução de custos de produção com maximização de resultados.
Esta proteção pode ser aplicada também no abate de suínos,
11
máquinas colheitadeiras de alimentos, Tecnologia de combate às bactérias nos túneis de depenação já é real
BAIXAR O PDF
ordenhadeiras de vacas, etc.
aviNews América Latina Julho 2018 | Tecnologia de combate às bactérias nos túneis de depenação já é real
31
MANEJO DO OVO
ANTES DA
INCUBAÇÃO David Jiménez Zarza Gerente Técnico e Comercial, Aviagen S.A.U
granja de matrizes deve tornar-se um pintinho saudável na granja de
criação de frangos de corte. Após a galinha botar o ovo, a qualidade deste só pode piorar, nunca será igual, por isso devemos prestar atenção ao
Dentro do ovo, um embrião está tão vivo como um pintinho de um dia, a única diferença é que não o vemos. A maioria das causas que podem influenciar na variabilidade da
trânsito entre a postura do
incubabilidade ou na perda
ovo incubável e o início da
de qualidade do pintinho
incubação.
matrizes
O
que começa sendo um ovo fértil na
se origina de um manejo inadequado do ovo antes de ser incubado.
©Simone Castellana
33 aviNews América Latina Julho 2018 | Manejo do ovo antes da incubação
Alojamento com ninhos São o ponto de partida para começar a
Os níveis de postura no chão devem ser
medir e falar da qualidade do pintinho.
os mínimos possíveis, devemos procurar
Os ninhos devem ser acessíveis, confortáveis e devem estar limpos. Devemos contar com pelo menos um terço
níveis inferiores a 1%, e em caso de superar 3%, devemos encontrar as causas e soluções.
de tapetes extras para poder limpá-los e trocá-los periodicamente.
matrizes
Manejo dos Ninhos Manter ninhos fechados até aparecerem os primeiros ovos
Eliminar as áreas sombreadas ou com pouca iluminação
Manter os ninhos e slats limpos, em boas condições
A intensidade na entrada dos ninhos deve ser mais baixa que na área da cama
Fechar os ninhos 1 hora antes do desligamento das luzes e abri-los 1 hora antes do acendimento destas. Se houver um alto nível de postura, abrir de 2 a 4 horas antes de acender as luzes
Os sistemas de ventilação devem ser mantidos em temperaturas entre 18 e 24°C
Pouca altura do slat (desde rente ao chão em ninhos com fossos até 30 cm do chão) Inclinação do slat < 5% Máximo 40 fêmeas/metro linear Alimentar durante os primeiros 30 minutos ou 6 horas após o acendimento Acesso à agua o tempo todo, desde que se comece a oferecer o alimento Não usar cercas elétricas Supervisionar o comportamento durante a alimentação Distribuição uniforme da luz Intensidade correta (mínimo 40-60 lux)
34 aviNews América Latina Julho 2018 | Manejo do ovo antes da incubação
Evitar as correntes de ar nos ninhos Distribuição uniforme da ventilação em todo o galpão Estimular as aves a subir ao slat Percorrer o galpão 10-12 vezes/dia durante as três primeiras semanas de postura. Deslocar as aves que estejam tentando aninhar Levantar cuidadosamente as aves que estejam tentando botar ovo no chão e colocá-las em um ninho Acostumar as aves ao barulho do ninho. Colocá-lo em funcionamento várias vezes ao dia, inclusive antes de o primeiro ovo ser botado Até 25% da postura dos ovos podem ser recolhidos à tarde, de preferência uma vez que o ninho esteja fechado (a maioria é comercial)
OVOS CONTAMINADOS & MORTALIDADE & PINTINHO Status ovo
Total bactérias
Coliformes
14 dias mortalidade
Ninho limpo
600
123
0,9
Ligeiramente sujo
20.000
904
2,3
Sujo
80.000
1,307
4,1
X133
X10
J.M. Mauldin,1998
Postura no chão e ovos sujos Estas são más notícias; não vão nos ajudar e vão piorar todo o processo
Ovos quebrados, fissurados, sujos, postura no chão Temperatura ambiente Incubabilidade e temperatura antes do armazenamento Os ovos quebrados, fissurados, sujos, postura no chão: Aumentam a contaminação bacteriana e com fungos como Aspergillus
Muita postura no chão e ovos sujos produzem “ovos que estouram” e disseminam a contaminação na incubadora Além disso, dispersam a contaminação ao embrião, o que aumenta a mortalidade do pintinho na granja de corte Recomenda-se não incubar os ovos sujos e evitar a postura no chão, mas é preciso trabalhar na melhoria do manejo para reduzir essa incidência. Normalmente não é economicamente viável não incubá-los (quando o preço do pintinho for elevado ou a produção for insuficiente).
Aumentam o risco de os ovos estourarem
Recolhê-los e manejá-los separadamente
Reduzem a qualidade do pintinho
Identificá-los claramente:
Reduzem a incubabilidade
matrizes
Os ninhos e a esteira transportadora vão influenciar em:
SE CARREGARMOS OVOS SUJOS
Marcá-los na granja Acomodá-los na parte baixa dos reboques Incubá-los em máquinas separadas
35 aviNews América Latina Julho 2018 | Manejo do ovo antes da incubação
O que fazemos com os ovos sujos? O ovo possui muitos mecanismos de defesa para lutar contra a contaminação: Cutícula
Um ovo lavado continua sendo
Casca
um ovo sujo, um ovo limpo é
Membranas
aquele que nunca esteve sujo
Proteínas antimicrobianas no albume
SEM LAVAR
LAVADOS
Muitas das técnicas usadas para desinfetar
matrizes
podem prejudicar muitos desses mecanismos
Luz U-V
ou interferir no funcionamento da casca.
Os produtos químicos reagem com a cutícula
Podemos usar diversas técnicas para fazer um ovo parecer “limpo”, mas o que
CUTÍCULA
Lixas, esponjas, panos úmidos usados em granjas para fazê-los parecer limpos, mas… são contaminados rapidamente.
Assim somente conseguimos que pareçam limpos, mas, além de contaminá-los, fechamos os poros, o que torna o processo de incubação mais difícil para o embrião. Ovos de postura no chão ou sujos que são lavados apresentam porcentagem de nascimento até 20% inferior àqueles que estão limpos e até 7 vezes mais mortalidade de pintinhos no final da primeira semana (4-7%).
CASCA VERDADEIRA
Composição do ovo
fazemos é correr o risco de piorar as coisas
MEMBRANA EXTERNA
MEMBRANA INTERNA
A cutícula Dá brilho ao ovo Cobre os poros e proporciona proteção microbiológica extra, principalmente quando o ovo está fresco
36 aviNews América Latina Julho 2018 | Manejo do ovo antes da incubação
Câmara para ovos
Microtrincas e fissuras Os ovos que apresentam rupturas de casca ou
É uma sala que deve ser dedicada, única e exclusivamente, ao armazenamento dos ovos produzidos. Deve ter capacidade de armazenamento de vários dias e capacidade de climatização entre 18 e 23 oC.
fissuras perceptíveis não devem ser incubados, já que ocorrerá a morte do embrião por desidratação e contaminação. Outras vezes se tratam de microtrincas, que não são detectadas, e esses ovos passam a ser incubados. A
ELEMENTOS:
incubabilidade se vê reduzida e, nos casos em que o filhote nasce, a mortalidade até os 14 dias
Bom isolante.
de vida chega a ser 4 vezes maior (5-7%) que
Cortina de ar em ambas as portas de
quando falamos de pintinhos procedentes de
entrada e saída do ovo.
ovos limpos.
Ventiladores para distribuir o ar de maneira uniforme.
Nesses casos, as perdas de peso durante a
Termógrafo para verificar as variações
incubação são maiores do que em circunstâncias
de temperatura.
normais, produzindo pintinhos menores e com
matrizes
maiores níveis de contaminação.
22,4ºC
Esta casuística pode ter relação com: Equipamento da granja: ninhos, esteiras, sistema centralizado de coleta,
16,9ºC
embaladoras…
Má distribuição do ar dentro da câmara de armazenamento requer circuladores de ar
Resfriamento muito rápido Transporte Espessura da casca Idade do lote
Quando empilhamos os ovos em bandejas é de vital importância ir deixando espaço entre as pilhas e ir colocando-os uniformemente;
Nutrição Devemos realizar vistorias após cada processo
se fizermos pilhas muito grandes e em muito
de manipulação de ovos e anotar a quantidade
pouco tempo, a temperatura interior da pilha ficará muito elevada e implicará grandes perdas de incubação.
de ovos com microtrincas ou quebrados; se os valores forem muito altos em algum dos momentos devemos adotar medidas para reduzir seu impacto.
Hoje em dia já dispomos da tecnologia necessária para descartar esses ovos fissurados e evitar sua incubação A temperatura dos ovos dentro da pilha pode variar em até 8 ºC em relação aos que estão no exterior.
37 aviNews América Latina Julho 2018 | Manejo do ovo antes da incubação
O transporte As distâncias entre granjas de matrizes e
Deve-se evitar sempre o resfriamento de
incubadoras podem ser as mais diversas, mas
ovo recém-carregado, principalmente se
na imensa maioria dos casos que o método
o caminhão já estiver carregado com ovos
de transporte mais usado dos ovos é o
procedentes de outras granjas.
caminhão.
Quando resfriamos o ovo, o volume da
É importante manter as mesmas condições
albumina e da gema se reduz, aumentando
ambientais entre o caminhão e o depósito
assim o volume da câmara de ar, a
de ovos da granja para conservar o potencial
qual permite a entrada de ar exterior
de nascimento.
(contaminado ou não) por sucção dentro
Normalmente a temperatura do caminhão
do ovo.
deve ser igual à do depósito da granja. Devemos evitar os golpes entre reboques
matrizes
de ovos e vibrações fortes; os caminhões
-
devem contar com um bom sistema de suspensão e fixar bem os reboques. Os caminhos de acesso às granjas e incubadoras
+
devem estar no melhor estado possível. Devemos usar medidores que registrem e salvem os dados de temperatura durante o transporte para verificar as variações de temperatura durante o trajeto. Da mesma forma, recomenda-se medir a temperatura externa e interna de vários ovos de diferentes locais para constatar as temperaturas. Após o transporte, os ovos devem descansar ao menos 12 horas antes de se iniciar a incubação. A limpeza e desinfeção de todos os elementos envolvidos no transporte de ovos é de vital importância para evitar a propagação de patógenos.
38 aviNews América Latina Julho 2018 | Manejo do ovo antes da incubação
Por outro lado, se a temperatura do caminhão for maior que a do depósito da granja existe o risco de “transpiração” e contaminação do ovo (condensação produzida quando a superfície mais fria do ovo é exposta ao ar mais quente e/ou úmido).
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matrizes
Inclusive quando a temperatura for igual entre ambas as partes, a mesma “transpiração” pode ocorrer durante a carga ou descarga se o ambiente for excessivamente úmido. Nesse caso, o mais indicado é aumentar a temperatura do depósito dos 18-20oC recomendados a 23 oC, ou ainda pré aquecê-los até esta mesma temperatura de 23 ºC quatro horas antes do transporte dos ovos
Condições de armazenamento dos ovos
“SUOR DE OVOS” Ocorre quando há aumentos de temperatura e/ou umidade: Do depósito ao caminhão Do caminhão à incubadora Do depósito da sala à incubadora Se tiverem suado, deixar que sequem antes de:
Temperatura (ºC)
% HR
granja
18-23 ºC
75%
incubadora
18-20 oC
75%
<5
18 C
75%
>5
15 ºC
75-80%
>13
15 ºC
75-80%
o
O binômio temperatura de armazenamento do ovo e dias de depósito e sua relação com a perda de incubação e a qualidade do filhote, além da técnica do SPIDES* (Short
Fumigá-los
periods of incubation during egg storage),
Passá-los para uma sala mais fria
junto com novas pautas de manejo do ovo
Colocá-los em uma sala com movimento de ar para facilitar a secagem se isso
incubável, são temas que merecem um capítulo à parte.
chegar a ocorrer.
40
Dias de armazenagem
*Conteúdo sobre a técnica SPIDES desenvolvido na edição de dezembro de 2017 da aviNews España aviNews América Latina Julho 2018 | Manejo do ovo antes da incubação
Manejo do ovo antes da incubação
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mbora os reprodutores primários trabalhem já ativamente para diminuir a frequência de miopatias em geral,
abatedouro
uma nova investigação está sendo realizada para detectar de forma automatizada carcaças de frango afetadas por miopatias como a de “peito de madeira”. Neste breve artigo resumimos algumas das novas tecnologias com foco na identificação in vivo ou na planta de processamento de miopatias de forma automatizada.
44 aviNews América Latina Junho 2018 | Tecnologias emergentes para a identificação da condição do peito de madeira
Geralmente os problemas de peito de madeira são identificados e as carcaças classificadas manualmente, através da palpação de carcaças suspeitas por parte de empregados capacitados nas plantas de processamento. Atualmente estão sendo investigadas diferentes tecnologias para identificar rapidamente essa e outras miopatias de forma automatizada.
Algumas dessas tecnologias incluem: Imaginologia através de ultrassom Imaginologia fotográfica para determinar a morfologia do peito Análises da impedância bioelétrica
abatedouro
dos músculos peitorais Espectroscopia, imaginologia de terceira dimensão (3D) Imaginologia “hiperespectral Vis-NIR”
45 aviNews América Latina Julho 2018 | Tecnologias emergentes para a identificação da condição do peito de madeira
ULTRASSOM
IMAGENS FOTOGRÁFICAS A geração de imagens fotográficas,
A geração de imagens através de
que ajudam a determinar com precisão a
ultrassom para prever os problemas
forma do peito em carcaças completas,
do peito de madeira está sendo
também tem sido utilizada para
investigada utilizando aves vivas
correlacionar a presença e a severidade
antes de serem processadas.
do problema de peito de madeira. Essa
As imagens por ultrassom são
tecnologia permite que as carcaças
correlacionadas com a presença e a
com peito de madeira possam ser
severidade dos problemas do peito
separadas rápida e automaticamente das
de madeira nos peitos já desossados,
carcaças normais antes de passar para
o que permite prever a presença de
a estação posterior de dessossamento e
problemas de peito de madeira.
processamento.
abatedouro
IMPEDÂNCIA BIOELÉTRICA A tecnologia de análise por impedância bioelétrica
Também estão sendo
funciona através da
desenvolvidas tecnologias para
medição da facilidade de
a identificação do peito de
sinais elétricos para serem
madeira imediatamente após o dessossamento, o que permite a fácil separação dos filés de peito
transmitidos através do tecido muscular.
afetados.
ESPECTROSCOPIA A espectroscopia serve para medir a composição da carne de frango mediante a detecção da passagem da luz através do tecido muscular.
46 aviNews América Latina Julho 2018 | Tecnologias emergentes para a identificação da condição do peito de madeira
A imaginologia de terceira dimensão (3D) se baseia em fatores próprios da morfologia dos filés de peito, que incluem espessura, volume, área, peso e densidade, para poder
TERCEIRA DIMENSÃO
detectar rapidamente peitos afetados.
Finalmente, a “hiperespectroscopia Vis-NIR”
HIPERESPECTROPIA Vis-NIR
permite gerar imagens através da análise de diferenças ínfimas na longitude da onda, para poder separar e descartar os filés de peito afetados por essa miopatia e os distingue
Tecnologias emergentes para a identificação da condição do peito de madeira
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SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
SPLITFEEDING PARA UMA PRODUÇÃO DE OVOS MAIS RENTÁVEL Jon de los Mozos1, Felipe Sánchez Fernández2 & Adriano Perez Bonilla2 Trouw Nutrition R&D center 2 Trouw Nutrition Global Marketing
poedeiras
1
O método Splitfeeding proporciona uma ótima contribuição de nutrientes. Mediante o fornecimento de duas dietas diferentes por dia, satisfaz as demandas de nutrientes da galinha durante o processo de formação do ovo.
49 aviNews América Latina Julho 2018 | Sistema de alimentação splitfeeding para uma produção de ovos mais rentável
Desde 2005 vem se desenvolvendo um novo programa de alimentação de poedeiras chamado Splitfeeding, para satisfazer as necessidades específicas de nutrientes produzidos em cada fase de formação do ovo, necessidades que variam ao longo do dia.
As galinhas poedeiras botam a
poedeiras
maioria dos ovos durante a manhã
As necessidades de aminoácidos,
(Etches, 1986; Larbier y Leclercq, 1992).
energia, cálcio e fósforo das poedeiras
O intervalo entre duas posturas
variam durante o dia, atendendo às
sucessivas é de 24 a 26 horas (Keshavarz,
diferentes necessidades de nutrientes
1998). Após a postura, a próxima
da galinha para a formação dos
ovulação ocorre 30 minutos depois.
diversos componentes do ovo.
A clara se forma nas quatro primeiras
Os sistemas de alimentação
horas do processo de formação do
em poedeiras com uma dieta
ovo e, a seguir, o ovo se desloca para
única, com níveis constantes de
o útero, onde a casca se deposita em
nutrientes, podem não proporcionar
torno da albumina. A duração desse
o uso otimizado dos nutrientes
processo é de aproximadamente
(Chah, 1972; Leeson e Summers, 1997).
não permanecem constantes, mas
20 horas (Larbier y Leclercq, 1992).
A formação da casca ocorre principalmente durante as últimas horas da tarde e à noite.
O resultado do uso de Splitfeeding é a produção mais rentável de ovos devido a uma melhor qualidade da casca, maior número de ovos aptos para a venda, menor custo de produção e melhora dos rendimentos produtivos.
As necessidades nutricionais das poedeiras variam durante o dia em função da evolução da formação do ovo
50 aviNews América Latina Julho 2018 | Sistema de alimentação splitfeeding para uma produção de ovos mais rentável
Formação da casca: Últimas horas da tarde e durante a noite CICLO de postura
Maior ingestão de Cálcio
POSTURA
Maior ingestão de aminoácidos & energia
24h - 26h
+ 30 min
Após a ovulação
4H
Formação da clara
poedeiras
20H Ovo para o útero Depósito da casca sobre a albumina
Quando se oferece às aves dietas que permitem a escolha de nutrientes, observa-se que há um aumento da ingestão de aminoácidos e energia durante a manhã, perto do momento em que o ovo é produzido. A ingestão de cálcio é maior durante a parte final do dia.
51 aviNews América Latina Julho 2018 | Sistema de alimentação splitfeeding para uma produção de ovos mais rentável
Ensaios de projeto experimental O trabalho de pesquisa realizado pela equipe de pesquisadores do Nutreco Poultry Reseach Center teve como objetivo determinar de forma precisa as necessidades nutritivas de diferentes elementos durante a manhã e a tarde quando se proporcionam duas dietas:
Chah (1972), num estudo, ofereceu às galinhas dietas em que elas podiam escolher por si mesmas os nutrientes. A ingestão diária total de aminoácidos, energia e cálcio foi, respectivamente, 11% , 8% e 26% menor que nas galinhas alimentadas com uma dieta única (Figura 1).
Energia
Isso sugere que a galinha utiliza de forma mais eficiente a energia, os aminoácidos, o cálcio e o fósforo ao consumir esses nutrientes nos momentos do dia em que suas necessidades são maiores. Portanto, a prática de fornecer uma dieta única pode NÃO ser uma estratégia adequada para o uso otimizado de nutrientes.
Aminoácidos Cálcio
poedeiras
Fósforo
Figura 1. Ingestão de nutrientes ao longo do dia com uma única comida e um sistema de alimentação de escolha. INGESTÃO DE ENERGIA
INGESTÃO DE PROTEÍNA
Deficiência
55
4
45
INGESTÃO DE CÁLCIO 1
Deficiência
3
35
2 Excesso
Excesso
25
1
15 6
10
14
18
22
Hora do dia
8% menos ingestão de energia
0
Excesso
0,75 Cálcio (g)
PC (g)
EM (Kcal)
Alimentação fracionada Comida única
Deficiência
0,5 0,25
6
10
14
18
22
0
Hora do dia
11% menos ingestão de proteína
52 aviNews América Latina Julho 2018 | Sistema de alimentação splitfeeding para uma produção de ovos mais rentável
6
10
14
18
22
Hora do dia
26% menos ingestão de proteína
O resultado desse projeto de pesquisa foi o desenvolvimento do programa de alimentação Splitfeeding, no qual se proporcionam duas dietas ao dia com o objetivo de satisfazer melhor as necessidades dinâmicas de nutrientes no processo de formação do ovo:
1 2
Dieta da manhã: satisfaz as necessidades nas fases iniciais da formação do ovo. Dieta da tarde: satisfaz as necessidades da formação da casca.
Figura 2. Efeito do Splitfeeding na ingestão de nutrientes em comparação com uma dieta única. A
Cada teste foi realizado com um único nutriente, determinando o nível otimizado de energia, aminoácidos, cálcio e fósforo para dietas da manhã e da tarde durante todo o ciclo de postura.
A
B B
Em comparação com o sistema tradicional de dieta única, com o Splitfeeding se obtém uma redução na ingestão total de nutrientes (Figura 2), e o rendimento produtivo é no mínimo tão bom como quando se emprega uma única dieta.
A
G de PC /dia
Kcal/d Controle
EMA reduzida
Controle
100
100
99
95
98
poedeiras
B
90
B
97 96
85
95
80 75
93 92
A
70
Ingestão de cálcio % rel Comida única
A
Alimentação fracionada
Ingestão de P dig. % rel Comida única Alimentação fracionada
B B
A
O Splitfeeding melhora a qualidade da casca
Em todos os experimentos realizados com o Splitfeeding, observou-se uma melhora constante da qualidade da casca (peso, espessura ou SWUSA). (Figura 3). Kcal/d Controle
G de PC /dia EMA reducida
Controle
PC reducido bajo
PC reducido alto
Figura 3. Efeitos do Splitfeeding na produção de ovos não aptos para a venda
SWUSA, mg/cm2
Casca, espessura mm
Casca, peso em g
P < 0,05
P < 0,05
8300
0,381
6,28
0,280
6,26
λ 1,3%
6,22
λ 1,3%
0,378
0,375
6,16
0,374
6,14
0,374
Alimentação fracionada
λ 1,3%
8200 8150
0,376
6,18
P < 0,05
8250
0,379 0,377
6,20
Comida única
PC muito reduzido
A
A
94
6,24
PC pouco reduzido
8100 8050
Comida única
Alimentação fracionada
54 aviNews América Latina Julho 2018 | Sistema de alimentação splitfeeding para uma produção de ovos mais rentável
Comida única
Alimentação fracionada
Figura 4. Efeitos do Splitfeeding na produção de ovos aptos para venda
O efeito de uma mudança no sistema de alimentação de uma dieta única para o Splitfeeding foi testado em um lote velho de galinhas (de 91 a 98 semanas de idade). Nas primeiras quatro semanas (91 a 94) utilizou-se uma alimentação única, e nas quatro semanas seguintes (95 a 98) as poedeiras foram alimentadas com um programa Splitfeeding.
-30%
8 6 4 2 0
Ovos quebrados e sem casca, % g
Ovos produzidos %
Ovos produzidos aptos para venda %
Alimentação única (91-94)
73,17
66,74 b
Splitfeeding (95-98)
72,23
69,26 a
1,71
1,79
Dieta e período
EEM (n= 128)
Com o Splitfeeding, reduziu-se significativamente a porcentagem de ovos quebrados ou defeituosos em comparação com o período anterior, com a dieta única, além de aumentar significativamente o número de ovos aptos para venda. (Figura 4).
Alimentação fracionada
Nos três experimentos em que se estudaram os efeitos da excreção de nutrientes, os resultados demonstraram que o Splitfeeding é um programa de alimentação mais sustentável ao reduzir a excreção de nitrogênio, fósforo e cálcio nas fezes (Figura 5).
O Splitfeeding reduz a excreção de nutrientes nas fezes
Com o Splitfeeding, conseguiu-se uma menor ingestão diária de nutrientes e um melhor uso desses nutrientes, dado que estes foram fornecidos quando as poedeiras precisavam deles.
4,1
2,10 2,08
4
-10%
3,9 3,8
-5%
2,06 2,04 2,02
3,7
2,00
3,6
1,98
3,5
1,96
3,4
1,94
Nitrogênio,% 8,3 8,2
poedeiras
Comida única
Fósforo,%
78,0
-4,1%
76,0
8,1
74,0
8,0
72,0
7,9
70,0
7,8
68,0
7,7
-8%
65,0
Cálcio,%
Umidade,%
Figura 5. Efeitos do Splitfeeding na excreção de nutrientes e na composição fecal
55 aviNews América Latina Julho 2018 | Sistema de alimentação splitfeeding para uma produção de ovos mais rentável
O Splitfeeding é um sistema alternativo de nutrição com o qual a galinha chega perto de realizar um comportamento de alimentação voluntário e fisiológico, ajustando melhor a ingestão de nutrientes às diferentes necessidades ao longo do dia, conforme o processo de formação do ovo.
Com esse objetivo, fornecemos com o Splitfeeding duas dietas diferentes ao dia:
Dieta da manhã, planejada para satisfazer as necessidades quando o albume está se formando e se produz a postura.
poedeiras
Dieta da tarde, planejada para satisfazer as necessidades associadas à formação da casca.
Esta adaptação das necessidades fisiológicas da galinha poedeira durante o dia permite que o sistema Splitfeeding seja um programa de alimentação mais eficaz: O Splitfeeding contribui para o fornecimento otimizado dos nutrientes de que as galinhas precisam durante o processo de formação do ovo, o que resulta em uma produção de ovos mais rentável e sustentável. Benefícios proporcionados pelo Splitfeeding:
1 2 3
Melhora da qualidade da casca e aumento do número de ovos aptos para venda. Produção de ovos mais rentável através da redução do custo de produção. Melhora da eficiência dos nutrientes e sustentabilidade. Sistema de alimentação splitfeeding para uma produção de ovos mais rentável
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56 aviNews América Latina Julho 2018 | Sistema de alimentação splitfeeding para uma produção de ovos mais rentável
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INVESTIGAR UM SURTO DE
DOENÇA DE MAREK
ABORDAGEM DIAGNÓSTICA PROGRESSIVA patologia
Isabel M. Gimeno Faculdade de Veterinária da Universidade Estadual da Carolina do Norte (Estados Unidos)
A
Doença de Marek (MD, do inglês Marek’s Disease) é uma grave
Os pontos críticos para estabelecer uma
ameaça para a indústria avícola e
imunidade adequada contra o MD incluem:
seu controle depende majoritariamente de uma vacinação eficaz. Quando ocorre um surto de MD, a
Manipulação adequada da vacina durante o procedimento de vacinação
maioria das empresas realiza uma
Correta administração da vacina
auditoria dos protocolos de vacinação
Replicação do vírus vacinal no frango
na incubadora. Além disso, outros aspectos críticos devem ser monitorados para poder entender melhor a origem do surto.
Incentivo a uma imunidade adequada, capaz de proporcionar proteção contra o vírus da Doença de Marek (MDV)
Neste artigo se analisa um surto de MD de forma progressiva para ressaltar os principais fatores responsáveis pelas falhas na vacinação/proteção.
59 aviNews América Latina Julho 2018 | Investigar um surto de doença de Marek: abordagem diagnóstica progressiva
Um monitoramento adequado da vacinação pode ser realizado através da medição da
Conhecendo o problema
replicação do vírus vacinal no pintinho de A doença de Marek (MD) é linfoproliferativa,
uma semana de vida.
causada pelo vírus MDV, um herpes-vírus que
Monitorar a vacinação não somente
afeta os frangos.
proporciona informações sobre a
1960
proteção do lote contra a MD, mas também serve para confirmar que a vacinação foi realizada corretamente.
Marek com sucesso a partir do final dos anos 60. No entanto, esporadicamente ocorrem surtos de MD em lotes vacinados,
A proteção contra a MD pode ser
o que provoca perdas econômicas
monitorada através da avaliação da carga
significativas e grande preocupação para
viral de MDVs oncogênicos em pintinhos a
a indústria avícola.
partir das 3 semanas de vida. Em caso de suspeita de vírus mais virulentos, pode-se
Uma vez que se tenha confirmado um surto
determinar o patotipo das cepas isoladas
de MD, é importante avaliar todos os pontos
para estabelecer o programa vacinal
críticos que tenham levado a uma falha na
apropriado.
imunização. Neste artigo conferimos os passos a seguir para investigar um surto de
Entender todos os pontos críticos
patologia
Conseguiu-se controlar a doença de
MD (Figura 1).
mencionados é a única forma de melhorar de forma efetiva os métodos de controle de MD.
Figura 1. Pontos críticos das falhas na imunização e pontos de controle Infecção precoce com MDV
Sequência de eventos Pontos críticos nas falhas de imunização Pontos de controle
Armazenamento e reconstituição da vacina
Administração da vacina
Manejo e/ou administração adequada de vacina
Titulação da vacina Ensaio de placa
Replicação da vacina no frango
Inibição por anticorpos maternos
Imunossupressão
Resposta imune contra a vacina
Estabelecimento da imunidade
Administração de outras vacinas
Replicação viral PCR em tempo real
Proteção
Cepas de campo de MDV altamente virulentas
Carga de DNA de MDV PCR em tempo real
(A) O resultado esperado após a vacinação contra a MD é o estabelecimento da imunidade e proteção contra a doença. Os passos necessários para o sucesso desse processo incluem o armazenamento, a reconstituição e a administração corretas; a adequada replicação do vírus vacinal no frango; o desenvolvimento de uma boa resposta imunitária; e o estabelecimento da imunidade (B) Vários fatores (em vermelho) podem afetar negativamente a sequência de eventos necessários para conseguir uma proteção adequada após a vacinação contra a MD (C) no caso de uma falha na imunização, existem três pontos de controle que podem ser monitorados: nível de anticorpos, replicação do vírus no frango e carga de DNA do MDV (diagnóstico precoce) Figura adaptada de Gimeno and Pandiri
60 aviNews América Latina Julho 2018 | Investigar um surto de doença de Marek: abordagem diagnóstica progressiva
Monitoramento da vacinação Verificação da vacinação As vacinas MD estão associadas a células e requerem cuidados especiais durante
Quando ocorre um surto de MD, as empresas
o armazenamento, a reconstituição e a
devem realizar uma auditoria da vacinação
administração.
para comprovar que as vacinas são manipuladas corretamente e que nenhum dos passos mencionados anteriormente foi
-196ºC
comprometido.
As vacinas MD são armazenadas em nitrogênio líquido a -196 °C. O descongelamento da vacina deve ser realizado em água morna durante alguns segundos e, imediatamente a seguir, deve-se colocá-la em gelo
patologia
até a reconstituição com o diluente adequado
As vacinas MD são suspensões instáveis de células, e uma diluição inadequada resulta em uma baixa uniformidade das doses. Além disso, a agitação periódica da vacina é necessária para evitar a sedimentação das células. A vacina reconstituída deve ser mantida refrigerada e deve ser utilizada rapidamente (30-60 minutos).
A adição de antibióticos, outros aditivos ou outras vacinas às vacinas contra MD podem comprometer significativamente o título de anticorpos destas
61 aviNews América Latina Julho 2018 | Investigar um surto de doença de Marek: abordagem diagnóstica progressiva
Titulação da vacina (ensaio de placa) A titulação das vacinas MD pode ser feita através de ensaio de placa. É importante que a titulação seja feita:
A contagem de células vivas tem demonstrado ser uma alternativa para avaliar a manipulação
A partir de ampolas
realizada na planta de incubação.
Realizar uma titulação das vacinas MD a partir da vacina reconstituída é difícil, considerando que a técnica requer instalações que permitam o cultivo celular, e há poucas plantas de incubação que contam com elas
Contagem de células
A partir da vacina reconstituída
da pena ou no baço. O uso de sangue não é recomendado, já que foram notificados muitos falsos negativos.
Os resultados obtidos a partir de amostras do baço e do cálamo da pena são muito compatíveis, tendo o cálamo da pena uma vantagem logística ao poder ser obtida a partir de um frango vivo. É essencial recolher amostras individuais dos frangos.
quantidade de vírus vacinal presente na vacina, ao menos pode proporcionar provas diretas de uma manipulação inadequada se o número de células rapidamente após sua reconstituição.
1 semana de vida O melhor momento para monitorar a vacinação é quando os frangos têm uma semana de vida, já que é possível diferenciar os frangos que receberam a dose completa daqueles que receberam a dose diluída.
3 semanas de vida
patologia
pela determinação do DNA viral no folículo
proporcione informações sobre a
mortas for muito elevado ou se aumentar
Monitoramento da replicação da vacina em frangos A replicação da vacina pode ser avaliada
Embora a contagem de células não
A partir de 3 semanas de vida, o vírus vacinal pode ser detectado na maioria dos frangos, independentemente da dose vacinal administrada.
A porcentagem de amostras em que o vírus vacinal pode ser detectado na primeira semana de vida depende da:
As amostras podem ser armazenadas a -70 °C ou podem ser coletadas em cartões FTA e mantidas em temperatura ambiente
Idade de vacinação Dose vacinal Cepa vacinal empregada Fatores fundamentais
-70ºC
na hora de interpretar
62 aviNews América Latina Julho 2018 | Investigar um surto de doença de Marek: abordagem diagnóstica progressiva
os resultados
Monitoramento da infecção precoce com MDV oncogênico Após a administração das vacinas MD, leva máximo de proteção.
para cada sorotipo e são empregados frequentemente para diferenciar as vacinas
A infecção por MDVs oncogênicos geralmente
dos sorotipos 2 e 3 e os vírus do sorotipo 1.
ocorre antes dos 5-7 dias nas granjas, o que
Ao empregar a cepa vacinal CVI988 do sorotipo 1, é necessário usar iniciadores
coloca em risco a eficácia da vacina. É possível determinar se ocorreu uma infecção
específicos de CVI988 e que não
precoce do lote através da quantificação da carga
amplifiquem outros sorotipos 1 de MDV.
de DNA de MDV no folículo da pena, no baço ou no sangue de frangos de 1 semana de vida.
Essa técnica requer condições rigorosas; deve-se tomar muito cuidado durante sua realização, bem como na hora de interpretar os resultados.
-70ºC
É crucial coletar amostras individuais dos frangos. As amostras podem ser armazenadas a -70 °C ou coletadas em cartões FTA e mantidas em temperatura ambiente
patologia
Iniciadores específicos para cada sorotipo
aproximadamente 5-7 dias para atingir o nível Têm-se descrito iniciadores específicos
3 semanas de idade
Monitoramento da proteção/diagnóstico precoce Recentemente demonstramos que a avaliação da carga de DNA de MDV no folículo da pena ou em amostras de sangue a partir de 3 semanas de idade pode ser útil para prever a proteção de um lote (9-11).
Caso sejam coletadas amostras de sangue, é importante que o anticoagulante empregado seja EDTA, e é essencial evitar misturar amostras de diferentes aves. As amostras podem ser armazenadas a -70 °C ou coletadas em cartões FTA e mantidas em temperatura ambiente
Lotes protegidos adecuadamente Nos lotes protegidos adequadamente contra a MD, a maioria dos frangos tem uma carga baixa de DNA de MDV, compatível com níveis de latência.
Lotes não protegidos adequadamente No entanto, nos lotes que não estão protegidos corretamente, muitos frangos têm uma elevada carga de DNA viral em níveis comparáveis aos tumores induzidos por MDV.
-70ºC aviNews América Latina Julho 2018 | Investigar um surto de doença de Marek: abordagem diagnóstica progressiva
63
Patotipificação de MDV Apesar de terem sido realizadas várias
Um diagnóstico preciso da MD é
tentativas para encontrar marcadores
muito importante para descartar
moleculares de virulência, até o momento a
outras doenças tumorais induzidas por
única forma de determinar o patotipo dos
vírus ou síndromes não neoplásicas
MDVs isolados é através de testes biológicos.
causadoras de lesões nervosas. No entanto, uma vez que a MD tenha sido confirmada, é necessário investigar o surto e identificar os
O teste “gold standard” ou padrão de referência se baseia em medir a capacidade do MDV de alterar a imunidade proporcionada por várias vacinas MD, estando os MDV virulentos (vMDV) protegidos por HVT; os MDV muito virulentos (vvMDV) protegidos por HVT+SB-1; e os MDV muito virulentos plus (vv+MDV) protegidos por CVI988.
do e to
logi
Em muitos casos há mais de um fator, mas a única forma de encontrar uma solução adequada é entender as causas desencadeadoras do surto.
a
É realizado em frangos suscetíveis SPF que possuem anticorpos maternos e requerem o uso de cepas MDV protótipo para cada patotipo (JM, Md5, e 648. para v, vv e vv+, respectivamente)
Estudo & análises
fatores que contribuíram para ele.
Esse teste requer tempo e uma infraestrutura disponível apenas em poucos laboratórios
Ao suspeitar de um aumento da virulência, recomenda-se investigar se o protocolo vacinal empregado pode proteger efetivamente contra esses isolados em concreto.
Outras alternativas
M
patologia
Definição e conceito
Prova Gold Standard
Foram descritos testes alternativos ao teste patotipificação “gold standard”, como a atrofia dos órgão linfoides, neuropatotipificação e carga de DNA viral. Todas as provas alternativas podem diferenciar facilmente v e vv+, mas são incapazes de discernir entre MDV vv e vv+. Será necessário realizar mais estudos para simplificar a patotipificação de MDV e para aumentar sua disponibilidade em outros laboratórios. Investigar um surto de doença de Marek: abordagem diagnóstica progressiva
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64 aviNews América Latina Julho 2018 | Investigar um surto de doença de Marek: abordagem diagnóstica progressiva
COMO MELHORAR OS ÍNDICES PRODUTIVOS
CODORNAS Paulo Renê da Silva Junior
Médico Veterinário graduado pela Universidade Federal de Lavras e consultor em coturnicultura
? codornas
DAS
67 aviNews América Latina Julho 2018 | Como melhorar os índices produtivos das codornas
codornas
OD
Z E LU
PER Í
OD
ÃO
MAN E
JO
NUTRIÇ
Fase de produção As codornas têm dificuldade para fazer a reposição de cálcio nos ossos durante seu
Início de postura A codorna deve chegar ao início de postura com a carcaça formada e com peso acima dos 160 gramas. Para que isso ocorra, são necessários cuidados especiais desde o início da recria.
período de produção, o que evidencia ainda mais a necessidade de aguardar a completa formação da carcaça para atingir melhores resultados e, também, mostra o quanto a nutrição na recria é importante.
Recria O início da recria requer cuidados e tem manejo complicado devido à necessidade de temperaturas mais altas, entre 34oC e 36oC. Uma desatenção nessa fase pode resultar em perdas sensíveis no desenvolvimento das codornas, prejudicando o ganho de peso, formação da carcaça e a uniformidade.
68 aviNews América Latina Julho 2018 | Como melhorar os índices produtivos das codornas
A vida produtiva das codornas japonesas é influenciada pelo manejo, nutrição e período de luz na recria, determinando a viabilidade e longevidade produtiva da ave.
Temperatura Um dos problemas mais comuns nessa fase é o excesso de calor, que causa desidratação, apatia, redução no consumo de ração e amontoamento, podendo levar a taxas elevadas de mortalidade. Outro problema seria o frio. Quando sentem frio, tendem a se amontoar
codornas
buscando aquecimento e, nessas situações, algumas codornas ficam impedidas de sair para se alimentar e beber água, o que gera desuniformidade e pode também levar a altas taxas de mortalidade. Após esse período crítico, entre 3 a 5 dias de vida, é preciso reduzir gradativamente a temperatura, preparando a codorna para retirar completamente a fonte de calor, o que deve ocorrer entre 10 e 15 dias de vida. Nas épocas mais frias do ano pode ser necessário fornecimento de calor à noite, até o 15º dia de vida, mesmo a codorna já estando empenada.
69 aviNews América Latina Julho 2018 | Como melhorar os índices produtivos das codornas
Luminosidade A luminosidade é outro fator que deve ser controlado. Nos primeiros dias são fornecidas 24 horas diárias. Após 15 dias de vida, reduz-se gradativamente a luz fornecida, visando atrasar a maturidade sexual das codornas, até atingir 13 horas de luz por dia no 21° dia. Mantém-se assim até o início da produção de ovos.
Para recrias realizadas no chão, com estruturas de alvenaria, recomenda-se: O anoitecer deve ser natural As luzes devem ser acesas antes do amanhecer, pois as codornas tendem a se amontoar buscando os primeiros feixes de luz que entrem por frestas (portas, janelas, telhas), podendo gerar altas mortalidades em função desses amontoamentos.
Galpões abertos Em galpões abertos, com sistema de cortinas, esse cuidado não é necessário, pois o dia amanhece uniforme dentro do galpão.
Recria em gaiolas Já em recria de gaiolas, sendo de alvenaria, ou cortinas, o amontoamento não ocorrerá. Esse período de luz deve ser levado até início da postura, quando a luz deve sofrer aumento de 1 hora semanal, até
codornas
atingir 16 horas diárias.
Em algumas regiões pode ser que sejam necessários períodos de luz de até 18 horas, dependendo do clima (calor) e da necessidade de ampliar o consumo de ração, sendo o período noturno mais fresco e, portanto, mais propício para estimular o consumo. Esse complemento de luz (de 16 para 18 horas) pode ser adicionado ao final do dia, no início do dia, ou em um intervalo noturno (neste caso apenas 1 hora).
71 aviNews América Latina Julho 2018 | Como melhorar os índices produtivos das codornas
Ajuste do bico Outro ponto importante é a data e a qualidade do ajuste de bico. É um procedimento delicado e de custo elevado, porém é muito eficiente para reduzir problemas de prolapso, desuniformidade e pico de produção.
Densidade durante a recria Outro fator importante e que pode
O primeiro ajuste de bico (aos 10 dias de
influenciar a formação da carcaça da
vida) pode ser mais suave, o segundo e
codorna é a densidade utilizada na recria.
mais severo próximo aos 30 dias.
codornas
Quando está acima da recomendada, Esses procedimentos melhoram o ganho
as codornas têm seu desenvolvimento
de peso e o empenamento para o primeiro
prejudicado e a uniformidade do lote fica
ajuste de bico, sendo que o segundo ajuste
comprometida.
de bico é importante para um consumo mais homogêneo da ração (garante o
Além de respeitar a área em cm²
consumo da dieta balanceada), as aves
recomendada pela linhagem, é
“ciscam” menos e, consequentemente,
importante observar qual a medida
reduzem o desperdício de ração, além de
de comedouro disponível por codorna
evitar a bicagem da cloaca.
alojada e também o número de bebedouros (nipple) disponíveis para as
É importante que a pessoa que realiza o
codornas. O comedouro deve oferecer, no
ajuste de bico tenha conhecimento para
mínimo, 1,4 cm por codorna e, para cada
tal, pois se exagerar pode “abrir o bico
20 codornas, deve possuir no mínimo
da ave” e se o corte for menor que o
1 nipple.
necessário, o bico volta a crescer e pode trazer problemas. Em galpões climatizados, com sistema dark house e iluminação controlada, com baixa luminosidade, o ajuste de bico torna-se opcional, pois a codorna fica mais calma e a diferença de mortalidade e produção torna-se bem menor, quando compararmos com lotes que sofreram ajuste de bico.
72 aviNews América Latina Julho 2018 | Como melhorar os índices produtivos das codornas
Transferência para o galpão de postura Com o controle da luminosidade, manejo adequado na recria, nutrição de qualidade, as aves vão se desenvolver de forma adequada e podem ser transferidas para postura entre 37 e 40 dias, antes do início da postura, que ocorrerá por volta dos 42 a 45 dias de vida.
No galpão de postura, é necessário verificar a pressão e vazão do bebedouro e o acesso
A data da transferência precisa de uma margem de segurança, que impeça o transporte de codornas já em postura, evitando que ocorra postura interna, quebra de ovos no oviduto além de lesões no ovário que podem prejudicar o início de produção das codornas e até mesmo a viabilidade.
a ração no comedouro, pois em algumas situações as codornas podem ter dificuldade para beber água ou comer, o que deve ser rapidamente observado e corrigido. É extremamente importante que os galpões tenham apenas uma idade de aves e que se utilize o sistema “todos dentro todos fora” (all in all out).
o manuseio das aves deve ser realizado de
Não existe limpeza e desinfecção bem feitos,
forma suave e evitando causar lesões na
se dentro do galpão ainda restarem aves de
aves:
outro lote. O processo adequado de limpeza
codornas
A transferência exige muitos cuidados,
e desinfecção quebra o ciclo de bactérias As caixas de transporte das codornas
e vírus patogênicos presentes no galpão e
devem estar limpas e desinfetadas.
diminui o desafio da codorna, tornando a
Não podem permitir que as codornas passem a cabeça para fora da caixa,
tarefa de se adaptar ao novo ambiente mais fácil.
o que aumenta o risco de morte por
Com os cuidados citados anteriormente
decapitação ou estrangulamento.
é possível reduzir significativamente a
Devem ter um espaço entre o piso e o fundo da caixa para evitar a amputação de dedos ao arrastar uma caixa sobre a outra.
mortalidade no início de postura das codornas, além de melhorar a taxa de postura e prolongar o pico de postura, garantindo ovos com boa qualidade de casca por um período maior.
A densidade utilizada na caixa deve ser adequada, temperatura adequada, visto que durante o dia podem ocorrer variações de temperatura e de umidade no ambiente que podem interferir no conforto da codorna durante o transporte.
73 aviNews América Latina Julho 2018 | Como melhorar os índices produtivos das codornas
Conclusões Um lote de codorna que inicia a postura com as aves abaixo do peso adequado, sem completar o desenvolvimento da carcaça e/ou com baixa uniformidade, terá maior mortalidade no início de produção e terá uma vida produtiva
codornas
menor, quando comparada com um lote
Em luminosidades maiores, ou com luz natural, isso ocorre porque logo após a postura, devido à coloração avermelhada da cloaca e seu
que atenda essas exigências.
movimento de contração para retornar
A principal causa de mortalidade
codornas, por curiosidade, bicam a
no início do ciclo produtivo está
cloaca levando a formação de edema
relacionada ao prolapso e a causa do
e dificultando o retorno a forma
prolapso está diretamente relacionada
normal, ficando exposta a bicagens
ao peso corporal da codorna e sua
consecutivas, aumentando o edema e
carcaça. Outro fator importante na
ocasionando o prolapso no momento
questão do prolapso é o ajuste de bico,
da postura do próximo ovo.
à forma original (piscando), as outras
quando tem maior luminosidade, para que as codornas não fiquem bicando a cloaca umas das outras.
74 aviNews América Latina Julho 2018 | Como melhorar os índices produtivos das codornas
O alto índice de crescimento do mercado de codornas nos últimos anos e a demanda por ovos fizeram os coturnicultores investirem em granjas
Porém, o setor deve repensar a
com estruturas caras e modernas.
maneira de olhar para o manejo
E, para honrar os compromissos financeiros assumidos, além da
da granja, priorizando o manejo sanitário e o bem-estar das aves,
dificuldade de se encontrar mão
que devem ter suas necessidades
de obra qualificada, os granjeiros e
atendidas para que consigam
técnicos deixaram de lado algumas
expressar todo seu potencial
ações de manejo que são extremamente
genético.
importantes para atingir altos níveis produtivos. Como as instalações eram novas e os investimentos não paravam de acontecer, sempre alojando novos galpões, isso mascarava o problema que estava por vir.
Como melhorar os índices produtivos das codornas
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CONTROLE EFICAZ DA SALMONELA NAS RAÇÕES
O
controle da salmonela é um dos principais desafios para o setor de
reportagem publicitária
produção animal. A salmonela é
uma bactéria muito disseminada que pode sobreviver por longo tempo, inclusive com baixos níveis de umidade. Dada a complexidade do controle da salmonela, é necessário adotar várias medidas para reduzir a contaminação, a proliferação e a sobrevivência da salmonela nas rações.
76 aviNews América Latina Julho 2018 | Controle eficaz da salmonela nas rações
As bactérias do gênero Salmonella
A relação existente entre as rações
(doravante, “a salmonela”) são um dos
destinadas ao consumo animal e a
principais grupos de micróbios patogênicos
salmonelose em pessoas e animais é
associados a um menor rendimento dos
conhecida há muitos anos. No entanto, dado
animais e a doenças de origem alimentar
que a salmonela está muito disseminada e é
nos consumidores.
muito persistente em uma ampla variedade de materiais, implica um problema difícil de
A contaminação das rações e das matérias-
resolver com uma única medida de controle.
primas críticas, como as farinhas de sementes oleaginosas e de proteínas de
O tratamento térmico é uma das principais
origem animal, é uma das principais vias
medidas para eliminar as bactérias presentes
de entrada da salmonela nos processos de
nas rações, mas é provável que não baste
produção animal.
para evitar totalmente a (re)contaminação por salmonela. Em muitos casos, recorre-se a uma combinação de tratamento térmico e
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químico para eliminar as bactérias.
Controle da salmonela nas rações
A salmonela é muito difícil de controlar e requer um programa de prevenção que inclua todos os meios possíveis. Por esse motivo, costumam-se combinar três estratégias diferentes para eliminar
1 Em primeiro lugar, é importante minimizar a contaminação das matérias-primas e das rações.
Procurar eliminar
a salmonela das rações
a maior
destinadas ao consumo
quantidade
animal.
possível de
3
micróbios
Adotar
patogênicos.
medidas para evitar a propagação das bactérias na ração.
2 77 aviNews América Latina Julho 2018 | Controle eficaz da salmonela nas rações
1 Prevenção da contaminação Considera-se que as matérias-primas introduzidas no moinho de ração são a principal fonte de contaminação por salmonela. Além disso, pode-se produzir contaminação adicional em cada um dos passos seguintes ao processamento. Algumas matérias-primas passam por mais de dez etapas de processamento antes de chegar ao moinho de ração. Portanto, é fundamental dispor de fornecedores que possam oferecer produtos certificados
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livres de salmonela.
Durante o recebimento das matérias-primas, é preciso tomar precauções para que não contaminem o restante do conteúdo do
2 Prevenção da proliferação
moinho de ração. Precisamente por esse
O principal fator que contribui para a
motivo, considera-se que a poeira é um dos principais fatores de risco no moinho.
proliferação bacteriana é a umidade. Geralmente o ambiente do moinho de ração
Além disso, é imprescindível exterminar os
não contém suficiente umidade para permitir
roedores, pássaros e insetos no interior do
a proliferação bacteriana. No entanto,
moinho de ração, já que todos eles podem
existem certas fontes de umidade que são
ser portadores da salmonela.
muito difíceis de evitar, como a condensação
O pessoal da fábrica também é um vetor
e a umidade ambiental.
importante de propagação da salmonela.
Além disso, durante o processo de fabricação
O uso de roupas de trabalho e calçados
a umidade é utilizada em ocasiões como
especiais pode contribuir para reduzir o
medida “higiênica”, por exemplo, para
risco de contaminação.
aumentar a temperatura no condicionador.
Sobra dizer que, como parte do protocolo integral de higiene do moinho de ração, é crucial que os caminhões que transportam a ração acabada para os clientes estejam limpos. É necessário implantar protocolos de higienização tanto para os caminhões que entregam a ração pronta para os clientes quanto para aqueles que transportam as matérias-primas da ração.
Essa umidade pode fazer com que a salmonela sobreviva e se prolifere, principalmente quando está presente em pontos localizados do sistema de produção.
A detecção desses pontos é uma importante tarefa do pessoal do moinho. Um método de amostragem e uma avaliação de riscos adequados podem ajudar a identificar esses pontos de proliferação.
78 aviNews América Latina Julho 2018 | Controle eficaz da salmonela nas rações
Os ácidos orgânicos, como os ácidos
Inicialmente há duas medidas para eliminar
fórmico e propiônico, agem em vários
as bactérias no processo de moagem da
níveis:
ração: Tratamento térmico (especialmente através de granulação)
NA RAÇÃO
3 Eliminação da salmonela
Os ácidos orgânicos têm a capacidade de alterar a regulação do pH intracelular e os processos metabólicos de
Tratamento químico.
diferentes bactérias. Além de suas
Os tratamentos químicos geralmente
propriedades bacteriostáticas,
consistem na adição de ácidos à ração. Os
também são tóxicos para diversos
ácidos de uso mais comum são os ácidos
micróbios patogênicos que
fórmico e propiônico; há numerosos
produzem doenças intestinais de
estudos que demonstram a sua capacidade
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origem alimentar.
de eliminação da salmonela em rações A eficácia dos ácidos varia enormemente e depende de numerosos fatores, como: A composição
NA FÁBRICA
destinadas ao consumo animal. Os ácidos orgânicos têm um efeito protetor residual a longo prazo, o que reduz a recontaminação e a contaminação cruzada nos equipamentos
O nível de umidade
de moagem e
O formato físico da ração
alimentação.
ácidos A forma química do produto ácido (por exemplo, se é um ácido puro ou um sal ácido).
NOS ANIMAIS
O nível de adição da combinação de A ação antimicrobiana dos ácidos orgânicos não se limita à matriz da ração, mas também atinge as partes próximas ao tubo digestivo. No entanto, os efeitos dos ácidos orgânicos vão além da atividade antimicrobiana: regulam a flora intestinal, melhoram a atividade das enzimas digestivas, aumentam a secreção pancreática e melhoram o estado da mucosa gastrointestinal.
79 aviNews América Latina Julho 2018 | Controle eficaz da salmonela nas rações
CONCLUSÕES Há muito tempo se sabe que existe uma evidente relação entre as rações destinadas ao consumo animal e a presença de salmonela em animais e inclusive em pessoas.
A Nutriad oferece uma estratégia de prevenção
Dado que a salmonela está muito
da salmonela em vários níveis:
disseminada e pode sobreviver durante
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muito tempo, é necessário implantar uma estratégia rigorosa de controle.
Descontaminação das matérias-primas
No moinho de ração, é preciso aplicar uma
críticas e das rações para eliminar a
combinação de três estratégias diferentes: Prevenção da contaminação Prevenção da proliferação Eliminação de bactérias. O tratamento térmico e químico da ração
salmonela. Proteção residual contra a recontaminação e a contaminação cruzada. Atividade de amplo espectro contra outros micróbios patogênicos contidos nos alimentos e contra a proliferação de mofo e fungos.
é eficaz para eliminar bactérias como a salmonela; ademais, o tratamento químico não somente tem efeitos benéficos para a ração, mas também para a fábrica e para os animais.
Melhora das condições higiênicas da água potável.
Além disso, a acidificação é uma parte essencial de uma estratégia multifuncional para conseguir um controle otimizado da salmonela nos processos de produção de
Melhora da ingestão e digestão da ração. Redução da transmissão horizontal dos micróbios patogênicos contidos nas rações
rações.
Melhora da saúde intestinal. Maior rendimento dos animais. Controle eficaz da salmonela nas rações
Redução da colonização da salmonela.
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80 aviNews América Latina Julho 2018 | Controle eficaz da salmonela nas rações
Os frangos concordam: saúde digestiva é fundamental DESCUBRA A NOSSA LINHA DE PRODUTOS VOLTADOS A PERFORMANCE DIGESTIVA A integridade intestinal é fundamental no desenvolvimento de animais saudáveis e de alto desempenho. Há mais de 50 anos estudamos como a composição da ração e a contaminação ambiental interagem com a funções digestivas dos animais, prevendo a futura redução do uso de antibióticos. Os nutricionistas e veterinários da Nutriad foram pioneiros na utilização de butirato revestido e livre. Desenvolvemos as linhas de produtos ADIMIX®, EVACIDE® e APEX® buscando aprimorar a performance digestiva e a saúde intestinal. Gostaríamos de partilhar com você o nosso conhecimento e experiência. Será bom para você, e
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FONTES HERBÁCEAS PARA SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA E NATURAL NA
NUTRIÇÃO ANIMAL
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Ray Jones, Marcelo Paolella & Hamilton Ida Equipe técnica Nuproxa
Q
uase cem anos depois da sua descoberta, em 1922, a recomendação de suplementação com vitamina E para a nutrição otimizada de
animais de produção e de estimação é praticamente um consenso. Desde que se conseguiu a síntese da vitamina E, em 1938, na forma de acetato de alfa-tocoferol, sua suplementação dietética tem sido utilizada para garantir saúde, fertilidade, produtividade e longevidade de diferentes espécies. No entanto, pesquisas mais recentes suscitaram novos questionamentos sobre a eficiência e eficácia da suplementação com vitamina E sintética (acetato de alfa-tocoferol).
83 aviNews América Latina Julho 2018 | Fontes herbáceas para suplementação de vitamina E natural na nutrição animal
Já existem evidências de que as formas
No entanto, o alfa-tocoferol não funciona
naturais da vitamina E (presentes na natureza
sozinho e requer outros antioxidantes, como
em forma de tocoferóis e tocotrienóis)
o ácido ascórbico (vitamina C), glutationa,
podem ser mais eficientes e eficazes como
superóxido dismutase etc., para ser reciclado
suplemento do que as formas sintéticas,
e funcionar completamente.
proporcionando benefícios superiores aos do acetato de alfa-tocoferol.
De fato, sem esses antioxidantes complementares, o alfa-tocoferol pode tornar-se um pró-oxidante e iniciar a
A vitamina E (alfa-tocoferol) é reconhecida
peroxidação lipídica.
como um potente antioxidante, essencial para a manutenção e integridade das membranas celulares, e um composto eficaz para prevenir e tratar as condições
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de estresse oxidativo.
Resumindo, o alfa-tocoferol funcionará melhor em um meio que contenha outros antioxidantes.
Diferenças entre a vitamina E natural e a sintética Vitamina E é a denominação dada a um grupo de oito compostos lipossolúveis em seu estado natural, vegetal, com atividades antioxidantes. São classificados em duas famílias, tocoferóis e tocotrienóis, as quais se dividem em quatro subfamílias: α (alfa), β (beta), γ (gama), y δ (delta) (Figura 1). H3C
CH3 O
CH3 CH3
HO CH3 H3C
CH3 O
CH3
CH3 O
CH3
CH3 O
CH3 CH3
beta-Tocoferol
CH3
CH3
O
CH3
CH3 CH3
CH3
O
CH3
CH3
CH3 CH3
HO CH3
CH3
CH3
gama-Tocotrienol
CH3
CH3
CH3
alfa-Tocotrienol
CH3
CH3
gama-Tocoferol CH3
CH3
HO
CH3 CH3
CH3
O CH3
H3C
CH3
CH3
HO
CH3
CH3
CH3 delta-Tocoferol
HO
CH3
alfa-Tocoferol Vitamina E
CH3
HO
HO
CH3
H3C
O
CH3
CH3
CH3
CH3 CH3
HO
CH3
delta-Tocotrienol
CH3
CH3
beta-Tocotrienol
Figura 1 – Vitamina E natural (famílias e subfamílias)
84 aviNews América Latina Julho 2018 | Fontes herbáceas para suplementação de vitamina E natural na nutrição animal
O alfa-tocoferol é a forma mais abundante nas partes verdes das plantas, enquanto os tocotrienóis são encontrados
Antioxidante
principalmente nas sementes.
Esses compostos são antioxidantes, portanto, protegem a planta da toxicidade do oxigênio. Os tocoferóis e tocotrienóis eliminam os radicais peroxil dos lipídios, impedindo assim a propagação da peroxidação lipídica nas membranas, e os produtos subsequentes
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dos radicais tocoferoxil e tocotrienoxil, respectivamente, são reciclados para tocoferóis e tocotrienóis através da ação concertada de outros antioxidantes. Além disso, os tocoferóis e os tocotrienói protegem os lipídios e outros componentes da membrana ao reprimir fisicamente e reagir quimicamente com o oxigênio singleto (Munné-Bosch & Alegre, 2010). O alfa-tocoferol é conhecido por ter a maior atividade biológica e manter as maiores concentrações no plasma e nos tecidos de animais e humanos. O alfa-tocoferol produzido naturalmente pelas plantas se apresenta numa forma única: o estereoisômero RRR, sendo esta a forma produzida na natureza, como se pode esperar, é totalmente reconhecível e aproveitável pelos organismos, isto é, o alfa-tocoferol apresenta máxima atividade biológica como vitamina E.
85 aviNews América Latina Julho 2018 | Fontes herbáceas para suplementação de vitamina E natural na nutrição animal
No entanto, a forma mais comum de vitamina
2R Estereoisômeros retidos pela proteína de transferência de tocoferol
E usada para suplementação animal é a sintética (all-rac-alfa-tocoferol). Essa forma é quimicamente sintetizada a partir da reação
CH3 HO
catalisada entre trimetilhidroquinona e isofitol, CH3
que é submetida a uma destilação molecular de alto vácuo para resultar no dl-alfa-tocoferol purificado.
de 8 estereoisômeros do alfa-tocoferol em quantidades equivalentes, que se diferenciam
CH3
pelas conformações de três carbonos quirais nas posiciones 2, 4’ e 8’: RRR, RSR, RRS, RSS,
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CH3
CH3
S
CH3
Figura 2 - Os oito estereoisômeros da vitamina E sintética
CH3
HO
CH3
S SCH
CH3
3
H
S CH H 3
O
CH3
SSS-alfa-Tocoferol
CH3
S
CH3 H
S
CH3 H
O CH3
HO
CH3
HO
CH3
CH3
CH3
R
S
CH3
CH3
S
CH3
H CH3
CH3 CH3
O CH3
CH3
R
RSR-alfa-Tocoferol
H
R S
CH3
CH3 H
CH3 CH3
O CH3
CH3
R
RRS-alfa-Tocoferol
Enquanto todos têm atividade antioxidante
CH3
in vitro, somente as formas com a conformação R na posição 2 têm atividade biológica como vitamina E nos organismos. O dl-alfa-tocoferol contém somente 12,5%
H
R S CH3
de RRR-alfa-tocoferol (análogo ao natural).
CH3 H
CH3 CH3
SRS-alfa-Tocoferol
CH3
R
CH3 H
HO
CH3
CH3
CH3
RSS-alfa-Tocoferol
O
Por sua instabilidade, para poder ser utilizado em dietas o dl-alfa-tocoferol purificado deve ser submetido à esterificação, geralmente realizada com
S S
CH3
CH3
CH3 H
R
H CH3
O CH3
CH3
R
H
SRR-alfa-Tocoferol
CH3
CH3
CH3
CH3
CH3
2S Estereoisômeros não retidos pela proteína de transferência de tocoferol HO
R
H
O
HO
CH3
CH3
RRR-alfa-Tocoferol
R
CH3
SRR, SSR, SRS e SSS-α- tocoferol (Figura 2).
CH3
CH3
HO
química, é composto de uma combinação
R
H
O
CH3
O dl-alfa-tocoferol, obtido através de síntese
R
CH3
H
SSR-alfa-Tocoferol
ácido acético (outro processo químico), CH3
que resulta no acetato de alfa-tocoferol,
CH3
suplementos e aditivos de vitamina E
a forma comercial mais comum dos sintética.
86 aviNews América Latina Julho 2018 | Fontes herbáceas para suplementação de vitamina E natural na nutrição animal
Absorção e metabolização O alfa-tocoferol natural, enquanto se encontra nas plantas, é naturalmente protegido pelas estruturas celulares vegetais, que lhe conferem estabilidade natural. Além disso, já se encontra na forma disponível para ser absorvido ao chegar ao intestino, uma vez que não está esterificado e está 100% na forma RRR. Por outro lado, ao chegar ao intestino delgado, o acetato de alfa-tocoferol
Resumindo, uma pequena parte do dl-alfa-tocoferol é transferida do fígado para o restante do organismo para atuar como vitamina E, com grande parte simplesmente sendo metabolizada e excretada.
(vitamina E sintética) precisa ser hidrolisado por uma esterase pancreática para liberar o alfa-tocoferol para que este possa ser incorporado em uma fase lipídica e ser absorvido.
Fígado
a absorção intestinal, pode gerar
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Este passo adicional, requerido para Quilomícron
problemas para certos tipos de animais, como leitões recém-desmamados e pintinhos muito jovens, pelo atraso no tempo de absorção em comparação com a vitamina E natural (Wilburn et al., 2008). Ambas as formas de vitamina E, natural e sintética, são absorvidas pelo intestino e transportadas por quilomícrons para o fígado, essencialmente sem discriminação
Intestino
entre os diferentes isômeros. No entanto, uma vez que chegam ao fígado, a Proteína de Transferência de alfa-tocoferol (α-TTP), responsável por transferir o alfa-tocoferol do fígado e distribuí-lo aos tecidos do organismo, é específica para a forma natural RRR do alfa-tocoferol. A α-TTP pode transportar a forma RRR e pouco, ou nada, das outras formas. Estas posteriormente são metabolizadas no fígado e, finalmente, são excretadas sem desempenhar qualquer função como vitamina E no organismo (Chung et al., 2015; Hosomi et al., 1997; Lim & Traber, 2007; Traber & Arai, 1999).
87 aviNews América Latina Julho 2018 | Fontes herbáceas para suplementação de vitamina E natural na nutrição animal
Fontes de vitamina E na alimentação animal Os produtos à base de acetato de dl-alfa-tocoferol (vitamina E sintética) representam a fonte suplementar de vitamina E mais comumente utilizada na alimentação de animais de produção. Além de ser uma fonte sintetizada
Parte da vitamina E requerida pelos animais de produção procede dos ingredientes das dietas. São tocoferóis e tocotrienóis na forma realmente natural.
quimicamente, como mencionamos, é um acetato que requer uma etapa digestiva
Como descrito anteriormente, além de
e contém somente 12,5% de RRR-alfa-
apresentarem alta atividade biológica e
tocoferol.
serem naturalmente estáveis (pela proteção das estruturas celulares vegetais), estão
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Existem também no mercado
associados a outros antioxidantes naturais
produtos que obtêm o alfa-
que reciclam os tocoferóis e tocotrienóis.
tocoferol a partir de óleos
No entanto, tais níveis podem ser muito
vegetais. Estes são obtidos a partir da matériaprima original após vários passos de processamento químico. Além disso, devido à natureza instável do alfa-tocoferol depois de extraído das plantas, esses produtos também utilizam a esterificação para conferir-lhes
variáveis devido a diversos fatores, entre outros, a qualidade dos ingredientes e seu estado de conservação. Por esse motivo, para muitas espécies, os nutricionistas optam por garantir os níveis adequados através de fontes específicas de vitamina E que são adicionadas aos alimentos.
estabilidade, isto é, são produtos à base
Então, qual será a solução para garantir
acetato de alfa-tocoferol e requerem a etapa
os níveis de vitamina E natural nas dietas
de hidrólise no trato intestinal para que
animais formuladas?
possam ser absorbidos.
Nesse sentido, para garantir os níveis
Em função de todo o processo químico,
requeridos de vitamina E usando fontes
deveriam ser referidos como “naturais
genuinamente naturais, há produtos no
derivados” e não “naturais”. No entanto,
mercado que consistem em formulaçõe
esses produtos contêm somente o alfa-
herbáceas. Ervas como o manjericão
tocoferol na forma RRR, o que os diferencia
sagrado ou tulsi (Ocimum sanctum) e
muito das fontes sintéticas com dl-alfa-
a groselha espinhosa índia ou amla
tocoferol.
(Emblica officinalis), entre outras, são
Sua principal limitação para o uso na nutrição animal é o alto custo em comparação com as fontes sintéticas.
reconhecidas por seus efeitos antioxidantes e protetores e têm sido utilizadas há milhares de anos na medicina ayurveda.
88 aviNews América Latina Julho 2018 | Fontes herbáceas para suplementação de vitamina E natural na nutrição animal
Se antigamente sua utilização se dava por
O custo dos produtos herbáceos para
empirismo, experiência e conhecimento
suplementar a vitamina E pode ser
transmitido de uma geração para outra,
competitivo em comparação com as fontes
hoje existem inúmeras evidências científicas
sintéticas, mas há desafios para uma
que demostram claramente suas formas
suplementação segura.
de ação. Os mecanismos e associações complexas entre seus diversos componentes são atualmente objeto de múltiplos estudos científicos.
Além de ser necessária uma combinação correta, que promova a interação otimizada entre os componentes para executar plenamente o papel da vitamina E, a qualidade
Do que já se sabe, podemos destacar
dessas combinações herbáceas para garantir a
que 100% do alfa-tocoferol contido
consistência de sua composição é essencial.
configuração RRR.
Isso exige que os provedores, além de ter um profundo conhecimento da interação entre as
Adicionalmente, contém não somente
ervas e seus efeitos nos organismos, tenham
alfa-tocoferol, mas também todas as
um controle rígido e completo em sua
outras formas de vitamina E (tocoferóis
cadeia de suprimento, incluindo a produção
e tocotrienóis), bem como compostos
das ervas e os complexos métodos analíticos
conhecidos como fenilpropanoides, que
que lhes permitam controlar a qualidade de
agem sinergicamente com a vitamina
matérias-primas e produtos finais.
E, contribuindo para sua reciclagem e biodisponibilidade por mais tempo.
As diversas formas de vitamina E presentes nas fontes herbáceas formam complexos com fosfolipídios que lhes proporcionam estabilidade e uma base lipídica para melhor absorção intestinal. Numerosos relatos científicos
Portanto, a suplementação de vitamina E através de fontes herbáceas confiáveis na nutrição animal não é melhor somente pelo tipo de alfa-tocoferol proporcionado, mas também pela associação com outros compostos antioxidantes de ocorrência natural que interagem sinergicamente e pelo benefício econômico.
demonstram que, em suínos, aves de curral e gado, a combinação de compostos polifenólicos e vitamina E acaba sendo mais eficaz em termos de atividade antioxidante do que a vitamina E por si só (Lipinski et al., 2017; Fotina et al., 2013).
89 aviNews América Latina Julho 2018 | Fontes herbáceas para suplementação de vitamina E natural na nutrição animal
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nessas combinações herbáceas está na
Resultados de ensaios com fontes herbáceas Estudos que comparam a eficácia entre a suplementação de vitamina E em dietas animais com fontes sintéticas
frangos de corte sob condições comerciais. Controle
Parâmetros
(padrão da indústria de nutrição animal) e fontes herbáceas têm sido
Vitamina E sintética (100 mg/kg)
Herbal E® 50 (100 mg/kg)
Herbal E® 50 (50 mg/kg)
Peso inicial, g
38,1
37.4
36,2
37,3
Peso vivo 42 dias, g
1,715
1,725
1,740
1,730
Consumo de alimento, g
3,247
3,277
3,250
3,287
respostas da suplementação dietética
Taxa de conversão
1,91
1.90
1,87
1,90
de vitamina E natural com um produto
Mortalidade %
10 (4/40)
10 (4/40)
2,5 (1/40)
2,5 (1/40)
comercial específico, que consiste em
Rendimento de carcaça, %
65,2
65,7
66,1
66,4
uma combinação herbácea (entre
Vit. E no fígado, µg/100g
2,38
4,8
6,15
5,95
realizados nos últimos anos. Os dados a seguir demonstram as
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Tabela 1 - Comparação de parâmetros produtivos entre o uso de Herbal E® e vitamina E sintética em
outras, Ocimum sanctum e Emblica officinalis), em comparação com a Chatterjee et al., 2006
vitamina E sintética em frangos de corte.
No teste realizado por Chatterjee et al. (2006), Tabela 1, não houve diferenças significativas entre aves alimentadas com 50 mg/kg da combinação herbácea e com 100 mg/kg de vitamina E sintética. Os níveis de vitamina E no fígado foram mais altos nas aves suplementadas com qualquer das fontes de vitamina E, mas o nível mais elevado foi obtido com a suplementação com o produto herbáceo comercial. Esta maior concentração de vitamina E no fígado é um indicador da maior biodisponibilidade da vitamina E de origem herbácea e/ou a redução de sua taxa de excreção em comparação com a vitamina E sintética. Tabela 2 - Comparação de parâmetros produtivos entre a suplementação com vitamina E sintética e com Herbal E® em frangos de corte comerciais Parâmetros
Controle
Vitamina E sintética (100 mg/kg)
Herbal E® 50 (100 mg/kg)
Herbal E® 50 (50 mg/kg)
Peso vivo 42 dias, g
1,325
1,589
1,577
1,579
Consumo de alimento, g
3,059
3,128
3,169
3,143
alimentados com a fonte herbácea e
Taxa de conversão
2,31
1,97
2,01
1,99
vitamina E sintética, mas a mortalidade
Mortalidade, %
3,33
1,66
0
0
foi reduzida nas aves alimentadas com
Dani et al. (2009), Tabela 2, observaram que o rendimento dos frangos foi similar entre os grupos
qualquer nível da combinação de ervas. Dani et al., 2009
90 aviNews América Latina Julho 2018 | Fontes herbáceas para suplementação de vitamina E natural na nutrição animal
No estudo in vitro de Chatterjee e Agrawala (2005), Tabela 3,
Conclusões
demonstra-se que a mesma combinação herbácea comercial apresenta cerca de três vezes mais atividade antioxidante
A suplementação com vitamina E é reconhecida
que o acetato de alfa-tocoferol (vitamina E sintética). Foram
por ser benéfica e rentável na produção animal.
necessários 0,071 μM/ml do acetato de alfa-tocoferol para
O suplemento comumente utilizado para essa
inibir 50% dos radicais livres gerados, enquanto somente 0,029
finalidade é o acetato de dl-alfa-tocoferol
μM/ml do produto herbáceo bastou para fazer o mesmo em
(vitamina E sintética), em geral a 50%, que,
condições de estresse oxidativo induzido por ferro.
segundo pesquisas recentes, não seria a forma mais eficiente e eficaz de suplementação.
Tabela 3 - Comparação da produção de sêmen e recontagem entre a suplementação com vitamina E sintética e com Herbal E® em machos reprodutores de frangos de corte.
Combinações herbáceas com Ocimum sanctum, Emblica officinalis e outras ervas são fontes genuinamente naturais de vitamina E com muitas vantagens sobre a vitamina E sintética
Controle
Volume de sêmen, mL
0,37
0,47
0,47
Recontagem de espermatozoides, bilhões/mL
2,79
5,02
5,04
Herbal E® (150 mg/kg)
Chandrahas & Nagra, 2009 Os resultados do experimento de Das et al. (2009) mostram que a combinação herbácea com Ocimum sanctum, Emblica officinalis e outras ervas foi segura até 20 vezes a dose recomendada em ratos, os quais não apresentaram hematopoiese, toxicidade renal ou hepática após 90 dias de administração oral do produto.
para a produção animal, uma vez que:
1 Proporcionam vitamina E de forma natural, à base de
plantas, que é de duas a três vezes mais biodisponível para os animais em comparação com a vitamina E sintética;
2 A vitamina E natural é absorvida mais eficientementeque a vitamina E sintética;
3 Proporcionam não somente o alfa-tocoferol mais
biologicamente disponível, mas também todas as formas de vitamina E (tocoferóis e tocotrienóis), enquanto a vitamina E sintética proporciona unicamente acetato de dl-alfa-tocoferol, e somente uma pequena parte deste se encontra na forma mais biologicamente disponível;
4 Contêm ainda uma variedade de compostos fenólicos que complementam, melhoram e preservam as atividades da vitamina E quando são consumidos pelos animais;
5 Proporcionam vitamina E na forma que a natureza a
concebeu para ser utilizada de modo mais eficiente; os animais com acesso a formas naturais de vitamina E têm desempenho tão bom e até mesmo melhor que os animais suplementados com vitamina E sintética.
O uso de produtos comerciais à base de combinações herbáceas permite substituir Fontes herbáceas para suplementação de vitamina E natural na nutrição animal
BAIXAR O PDF
parcial ou totalmente a vitamina E 50 sintética, garantindo níveis produtivos equivalentes ou superiores.
91 aviNews América Latina Julho 2018 | Fontes herbáceas para suplementação de vitamina E natural na nutrição animal
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Parâmetros
Vitamina E sintética (200 mg/kg)
NATURAL BEAK SMOOTHING NA ÍNDIA reportagem publicitária
MENOS ESTRESSE MELHORES RESULTADOS
92 aviNews América Latina Julho 2018 | Natural beak smoothing na Índia: menos estresse, melhores resultados
P
ioneira no mercado avícola da Índia: essa é a melhor forma de descrever Life Line Feeds.
Há 20 anos
Há vinte anos investiu em ninhos para suas granjas de matrizes, em uma época em que as gaiolas ainda imperavam na Índia. Logo seriam também os primeiros
a instalar sistema de ambiente controlado (AC) em seus ninhos.
Atualidade
Neste ano foi dado um rotundo “sim” ao desgaste natural do bico: a última alternativa ao corte mecânico do bico com lâmina quente.
v
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O desgaste natural do bico
O desgaste natural do bico da Roxell tem demonstrado reduzir consideravelmente o estresse e o risco de infecção nas reprodutoras. E a Life Line Feeds tinha muita vontade de testar esses benefícios.
O que os levou a escolher o desgaste natural do bico da Roxell? O desgaste natural do bico da Roxell está perfeitamente alinhado com a filosofia do Diretor Executivo da Life Line Feeds, Kishore Kumar, para quem o bem--estar animal é uma das principais prioridades. Nos últimos anos, a Life Line Feeds realizou investimentos estratégicos em soluções para reduzir o estresse dos animais. A empresa avícola descobriu a solução da Roxell para o desgaste natural do bico durante a feira comercial VIV Ásia, em 2017. Rapidamente projetaram planos para testar a solução da Roxell.
93 aviNews América Latina Julho 2018 | Natural beak smoothing na Índia: menos estresse, melhores resultados
Como se estabeleceu o teste do desgaste natural do bico?
Características
Esse prato inferior possui uma estrutura metálica rugosa. Cada vez que os frangos se alimentam, seus
A Life Line Feeds decidiu testar a solução em
bicos tocam a textura rugosa do prato
cinco galpões de criação e produção.
inferior e, pouco a pouco, os bicos vão
se desgastando naturalmente. Os galpões de testes
O processo é indolor e proporciona
com galinhas e galos
grandes benefícios para a saúde das
foram divididos em
reprodutoras.
diferentes áreas.
Instalação de pratos de alimentação com solução de desgaste natural
Observação
Em primeiro lugar, instalaram-se os pratos de alimentação da Roxell com a solução de desgaste natural do bico em áreas delimitadas.
NATURAL BEAK SMOOTHING Smoothing, saving, performing
A Roxell lança o conceito Natural Beak Smoothing, que permite o controle constante do crescimento dos bicos, enquanto suas reprodutoras se alimentam.
/ Evita que as aves sofram estresse; / Garante o rendimento das aves; / Atende as normas de bem-estar.
ALIMENTAÇÃO
Saiba mais em naturalbeaksmoothing.roxell.com
Os pintinhos cujos bicos tinham sido cortados mediante o método mecânico com lâmina quente foram colocados em outras áreas, para que fosse possível comparar as diferenças no bando.
Definimos áreas para pintinhos que não tinham sido submetidos ao tratamento do bico e que comeriam em pratos de alimentação sem o desgaste natural do bico
Quais foram os resultados dos testes? Uma vez que os frangos dos galpões de testes com o desgaste natural do bico
completaram 17 semanas, a Life Line Feeds chegou às seguintes conclusões: Menor taxa de mortalidade
Motivo:
Houve queda de 1% na taxa de mortalidade nos galpões com o desgaste natural do bico
Os animais se mostraram menos estressados em comparação com o estresse provocado pelo corte mecânico do bico mediante lâmina quente.
Consumo de ração reduzido 1 g menos de ração/galinha e, em média, 50 g adicionais de peso corporal
Os animais com bicos compridos e deformados desperdiçam mais ração
Os sistemas de alimentação por pratos da Roxell permitem uma importante economia diária
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Uniformidade melhorada Melhora de 3% a 5% na uniformidade nos galpões com desgaste natural do bico
Nos galpões de testes com o desgaste natural do bico, a saúde geral dos animais melhorou e é mais consistente
Por que a Life Line Feeds optou pelos pratos de alimentação Vitoo, KiXoo e Boozzter? A alimentação de precisão é básica para garantir que as reprodutoras se criem de forma uniforme e saudável. Todas as aves
devem ter as mesmas oportunidades de alimentação. Os sistemas de alimentação por prato da Roxell para reprodutoras oferecem uma distribuição rápida e equitativa. Além disso, o design dos pratos evita o desperdício de ração mediante o uso de um prato interior e exterior. É óbvia a necessidade de menos ração para atingir o peso desejado. A Life Line Feeds também observou que um sistema de alimentação por pratos automático reduz o número de pessoal necessário.
95 aviNews América Latina Julho 2018 | Natural beak smoothing na Índia: menos estresse, melhores resultados
Como foi colaborar com a Roxell? A transição de bebedouros e comedouros
manuais para um sistema automático requer muitos ajustes. Mas a Roxell nos ofereceu um excelente suporte, e agora nos sentimos muito à vontade com os sistemas da Roxell. Sabemos que podemos contar com um bom serviço de pós-venda, e a equipe
Sobre a Life Line Feeds
da Roxell, na Índia, está sempre pronta para auxiliar-nos por telefone.
É uma empresa de processamento avícola totalmente integrada, fundada em Chickmagaluru, no sudoeste da Índia, em 1986.
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Estamos muito satisfeitos com a parceria entre a Roxell e a Life Line Feeds
A Life Line Feeds conta com 8 galpões de
criação e 40 galpões de produção para um total de 170 mil reprodutoras anuais.
55%
Comercializa 55% de seus frangos de corte através do nome comercial “Life Line’s Tender Chicken”.
2010
Em 2010 adotou sistemas de alimentação por pratos, de transportee ninhos coletivos da
Roxell. Sua última aquisição foi a solução de desgaste natural do bico para suas reprodutoras. Natural beak smoothing na Índia: menos estresse, melhores resultados
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OUTUBRO
Miami Congresso de alto valor técnico e área de exposições com estandes
Onde se unem a avicultura e a nutrição animal de TODA a América Latina
Com a direção técnica do Dr. Gregorio Rosales, consultor privado, e Dr. Edgar Oviedo, especialista de extensão, nutrição e manejo de frangos de corte na sala de produção de carne de aves, reprodutoras pesadas e incubação avícola avícola
Também o, Dr. Antonio Gilberto Bertechini, Professor Titular da Universidade Federal de Lavras e pesquisador do CNPq na direção técnica de avicultura de postura e Dr. Mário Penz, Key Accounts Diretor da Cargill Nutrição Animal na direção técnica de nutrição animal
Consulte todas as informações do evento em
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