A VOZ DE RIO DAS PEDRAS - N º 35

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EDIÇÃO ESPECIAL DE FIM DE ANO

AS PODEROSAS MULHERES DA NOSSA COMUNIDADE FOTO DE RICARDO DE SOUZA

FOTO DE RICARDO DE SOUZA

LETÍCIA, BIA e a professora Nair trouxeram a escritora Luly Trigo (de óculos) à E. M. Rio das Pedras em dia de festa cultural. PÁGINA 9 FOTO DE LAERTE GOMES

DANIELE DOS SANTOS é uma das belas guerreiras que lutam pela inserção das mulheres de Rio de Pedras na sociedade livre de preconceitos. PÁGINA 7

ANO II - N0 35 - RIO DE JANEIRO, 17 DE DEZEMBRO DE 2014

KAKAU MORAES, um ícone da consciência social com o trabalho que desenvolve de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. I N F O R M A Ç Ã O

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C I D A D A N I A

w w w.avozd er io d a s pedra s.com.br

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Jornal on-line: http://issuu.com/avozderiodaspedras

O MELHOR NATAL DA CIDADE Rio das Pedras tem centenas de lojas com os mais variados produtos. Do mais simples ao mais caro, há de tudo para decoração de Natal e presentes para a família e amigos sem sair do bairro. Um comércio que nada fica a dever ao da Saara, no Centro do Rio. FOTOS DE LAERTE GOMES

E MAIS ESPÍRITO DE NATAL TRAZ DOM ORANI PARA ALMOÇAR NA NOSSA PARÓQUIA FOTO DE RICARDO DE SOUZA

RUA VELHA

RUA NOVA

RUA DO AMPARO

RUA DO COMÉRCIO

Em outra inesquecível visita, o cardeal arcebispo do Rio de Janeiro celebra missa, almoça e se diverte com os fiéis para fechar 2014 com esperança de um 2015 ainda melhor.

RUA DO AMPARO

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JOVENS EMPREENDEDORES MUDAM DE VIDA SEM SAIR DA COMUNIDADE FOTO DE RICARDO DE SOUZA

RUA DO AMPARO

As fotos mostram bem o que é o comércio de Rio das Pedras: atendentes simpáticos, sempre sorridentes, dispostos a ajudar nas escolhas a serem feitas. E essas escolhas se tornam um tanto complicadas diante de tantas opções oferecidas pelas lojas nos seus mais variados ramos de comércio. Roupas, sapatos, eletro-eletrônicos, cama e mesa, roupa infantil... Mas eles ajudam. É isso, tem tudo de que você precisa. Então, vá às compras e boas festas!

AV. LUIZ CARLOS CONCEIÇÃO

Quatro histórias que se cruzam para mostrar que é possível melhorar o padrão de vida com qualidade, segurança e perspectiva de crescimento profissional. PÁGINA 6

PÁGINAS 4 e 5

RIO DAS PEDRAS É O CAMPEÃO SUB-20 DO RIO

FERA NO TAEKWONDO, HALVES LIMA É UM EXEMPLO DE DETERMINAÇÃO

FOTOS DE LAERTE GOMES FOTO DE LAERTE GOMES

Com bom futebol e muita garra, o Rio das Pedras conquistou o título do Campeonato Amador Sub-20 da Capital com vitória por 1 a 0 sobre o Adelphi, no campo do Bonsucesso.

O troféu e as medalhas de ouro que em clima de festa os campeões exibem. De frente, Pará, autor do gol do título PÁGINA 12

Com determinação e trabalho num trailer, Halves Lima se tornou um campeão de taekwondo e continua a derrubar adversários e obstáculos para ser um campeão da vida. PÁGINA 10


Nesta época devemos ficar atentos, pois aumentam os possíveis danos ao consumidor. A lei obriga os fornecedores de produtos a trocá-los quando impróprios para uso”

Agradecemos a oportunidade que este jornal dá à subprefeitura de falar sobre o bairro e mostrar quais são os investimentos previstos para beneficiar os seus moradores”

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A VOZ DO DIREITO

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o fim do ano, é tradição a troca de presentes. É nesta época que o consumidor deve ficar atento, posto que aumentam os possíveis danos ao consumidor. Nunca é demais lembrar que, apesar de os lojistas aceitarem a troca de mercadorias quando não se gosta do produto, seja pela cor, modelo ou tamanho, certo é que não há obrigatoriedade em fazê-la. A lei obriga os fornecedores de produtos a trocá-los quando impróprios para uso. Caso o produto não funcione ou esteja arranhado, quebrado, se a roupa está desgastada, o zíper não funciona etc., os lojistas devem efetuar a troca. Importante ressaltar que

CRISTINA GOMES CAMPOS DE SETA *

FESTAS NATALINAS E DIREITO DO CONSUMIDOR apesar de as lojas limitarem a troca de produtos em até três dias após a compra, a lei não estabelece limite temporal. As lojas são responsáveis pelos produtos viciados, podendo ser judicialmente obrigadas, juntamente com o fabricante, a trocálos ou a indenizar o consumidor.

Sustentabilidade no lixo Carla Batista, consultora de Viagens, enviou-nos a seguinte mensagem: “Tenho um projeto aqui para o Rio das Pedras de sustentabilidade envolvendo o lixo. Aguardo contato para maiores informações.” 쏆 Nota da Redação: Estamos em contato com a Carla para fazer uma matéria a respeito. O tema é importante para a nossa comunidade e temos abordado em algumas oportunidades.

mercializados. Brinquedos sem o selo são de venda proibida pela ausência de testes que garantam a sua idoneidade. É muito comum brinquedos sem tal autorização serem vendidos, mas esses devem ser evitados. A finalidade é impedir a venda dos que possam se separar em pedaços pequenos ou

*Cristina Gomes Campos de Seta é juíza da 9ª Vara Cível do Méier

A VOZ DO LEITOR

Moradores falam do lixo

A Comlurb pediu-nos para divulgar que está desenvolvendo uma ação de conscientização junto à população do Rio de Janeiro, no sentido de descartar o lixo corretamente, principalmente vidro quebrado e outros objetos perfuro cortantes, para evitar que os garis da coleta se cortem. Diz a Comlurb em mensagem a este jornal: “Prevenir é sempre melhor do que remediar e, fazendo isso, o cidadão ainda estará protegendo outras pessoas que normalmente pegam em sacos de lixo, como domésticas, porteiros e o próprio morador. Os funcionários da Comlurb estão programando uma ação de conscientização nos bairros, para conversar comos moradores, visando evitar acidentes. A ação contará com a presença do grupo musical da companhia, “Chegando de Surpresa” e com o gari Renato Sorriso, que distribuirão folhetos e estarão orientando às pessoas como descartar seu lixo. O procedimento correto para o descarte de vidro quebrado é embalar os pedaços em jornal ou embalagem resistente, que feche. Depois, é só ensacar! E se puder colocar um aviso, melhor ainda. Desta forma, é possível cuidar da segurança da família e ainda preservar a integridade física do próximo. Dois objetos costumam causar dúvidas frequentes: lâmpadas fluorescentes e agulhas. As lâmpadas, que possuem mercúrio, não devem ser descartadas no lixo domiciliar. As pessoas devem leválas ao local onde foram compradas, que é obrigado a recebê-las, conforme determina a Lei Estadual 5131/2007. Quanto às agulhas, é indicado que se coloque dentro de garrafas PET, antes do descarte.”

Importante lembrar os cuidados na compra de brinquedos, porque é neles que se encontra a maior incidência de acidente de consumo, problemas gerados à saúde do consumidor. Os brinquedos devem ser previamente testados pelo Inmetro e somente os que tenham o selo deste órgão podem ser co-

com pilhas pastilhas porque estas podem ser engolidas, perfurando o estômago das crianças. Brinquedos tipo ioiô, com corda elástica, podem enrolar no pescoço da criança, causando-lhes a morte. Este ano, o maior problema é em relação à caneta-laser. Tais objetos não são brinquedos, não podendo ser entregues a crianças, sendo proibida a venda caso a potência seja maior que cinco miliwatts. Elas podem causar cegueira se apontadas para os olhos de outra pessoa. Atenção! Feliz Natal!

Eric Castro compartilhou: “A questão é a seguinte. Com todas as críticas que tenhamos ao Sr. Eduardo Paes, a iniciativa de multar quem joga lixo no chão estava surtindo efeito, a cidade do Rio estava mais limpa, mas o povo não quer ser educado. A evolução da sociedade depende de sua cooperação e interesse.” Flavia Lima postou no Facebook: “O lugar tem muita variedade. Só acho que o comércio e os moradores deveriam ser mais organizados em relação ao lixo, pois não basta só a colheita, tem que haver conscientização” Também Neyvaluci Oliveira opinou: “Acho que deveríamos criar uma campanha de conscientização junto aos moradores, ou dar mais ênfase às já existentes. Também acho que o número de locais apropriados para o descarte não é o suficiente.” Quiteria Bezerra desabafou: “Uma vergonha falar que moro em Rio das Pedras. Antigamente, quando falávamos que morávamos aqui, as pessoas diziam: ‘Como é calma aquela comunidade.” Agora, quando falo, as pessoas dizem: ‘Como é suja! Nossa, passo na Engenheiro e fico com nojo de tanto lixo!’ E o pior é a falta de respeito com os donos de comércio. Deixam na porta deles, e se vejo lixo na porta do comércio é lógico que não vou comprar nada lá, porque além do cheiro ruim ainda corre o risco de ter ratos.” Já Terezinha Carvalho postou no Face: ”Infelizmente, aqui em Rio das Pedras está virando rotina. Tirando a falta de educação da população, aqui está precisando de mais lixeiras também”

Subprefeitura agradece parceria Recebemos da jornalista Nida Rego, assessora de imprensa da Subprefeitura da Barra e Jacarepaguá, a seguinte mensagem: "Agradecemos a oportunidade que o jornal A Voz de Rio das Pedras dá à subprefeitura de falar sobre o bairro e mostrar quais são os investimentos previstos para beneficiar os moradores de Rio das Pedras. Um jornalismo sério e comprometido com a comunidade. Toda a equipe está de parabéns pelo trabalho que distribui na comunidade quinzenalmente. Em nome da Prefeitura do Rio e do subprefeito Alex Costa agradecemos e nos colocamos à disposição para futuros esclarecimentos. A subprefeitura está sempre de portas abertas para atender os moradores da nossa

região e levar seus pleitos até os órgãos municipais."

Moradora elogia subprefeito Recebemos do moradora

Marineide Alves o seguinte e-mail: “Em primeiro lugar, gostaria de cumprimentar a equipe desse jornal pelo trabalho que vem desempenhando e por trazer a palavra das autoridades sobre as necessidades de Rio das Pedras. Achei muito positivas e interessantes as perguntas feitas ao subprefeito Alex Costa e fiquei satisfeita porque ele não deixou nenhuma delas sem resposta. Só espero que as promessas que ele fez de de construir uma cheche, duas escolas e mais uma Clínica de Família sejam cumpridas ainda na gestão do prefeito Eduardo Paes.”

Ainda sobre o subprefeito Sempre bem-vinda, recebemos nova mensagem do morador Leo Tigrão. Diz o seguinte: “Gostaria de agradecer a todos os jornalistas de A Voz de Rio das Pedras a atenção e dedicação com as minhas sugestões para a mobilidade da nossa comunidade. É nítida a importância de vocês em Rio das Pedras e um exemplo a ser seguido em outras comunidades do Rio de Janeiro. Sou leitor assíduo desse jornal e li a entrevista na edição passada com o subprefeito da Barra da Tijuca e Jacarepaguá, Alex Costa. Ficou bem bacana. Sempre que posso enviou sugestões para a apreciação dos nossos representantes políticos em prol da comunidade. Como sempre, Rio das Pedras fica em último plano. Passageiros e motoristas de ônibus que circulam pela comunidade pediram a construção de um terminal rodoviário decente e digno. Na entrevista concedida ao jornal, o subprefeito disse que não há projeto. Verdade seja dita: o que falta é interesse em fazer algo pelos moradores. Em Rio das Pedras falta infraestrutura, saneamento básico, falta área de lazer para crianças. Outro ponto que sempre questiono é a bagunça da Avenida Engenheiro Souza Filho quando tem feira aos domingos. É uma bagunça imensa, onde motos, carros, vans se misturam com a feira livre obstruindo e atrapalhando o trânsito, que já não é dos melhores. Sugestão para a prefeitura: a feira era na Rua Nova e não sei por que motivo veio para próximo da Engenheiro Souza Filho. Seria melhor continuar onde estava e deixar e deixar a Engenheiro Souza Filho e a Via Light (como é chamada a Rua do Canal) livres para o

trânsito.” 쏆 Nota da Redação: Concordamos com o Leo Tigrão quanto aos inconvenientes criados para o trânsito da Engenheiro Souza Filho pela tradicional feira armada aos domingos na extensão daquela avenida e da Via Light. Achamos que poderia ser estudada a transferência das barracas da Engenheiro para ocupar toda a extensão da Via Light. Depois de ouvir vários comerciantes e moradores, porém, registramos que a sugestão do Leo de voltar com a feira para a Rua Nova foi entendida como um retrocesso, porque daria um tremendo nó no trânsito de Rio das Pedras. Quanto às outras colocações, são absolutamente pertinentes.

Aluno da PUC elogia o jornal Recebemos do jovem Távim Moura (foto), aluno de Publicidade da PUC-Rio, que esteve na nossa redação recolhendo informações para um trabalho sobre o papel dos meios de comunicação comunitários na melhoria dos bairros periféricos na cidade, a seguinte mensagem:"Gostaria de agradecer imensamente a equipe de A Voz de Rio das Pedras que me

recebeu tão bem quando pedi um pequeno bate papo para um trabalho da faculdade. Tive a mesma impressão com eles que sempre tive ao ir no Rio das Pedras, de um lugar com facilidade em acolher e tratar bem quem é de fora, não importa que seja. É claro que todos os lugares tem os seus problemas, o que não poderia ser diferente no Rio das Pedras com a questão do lixo e do esgoto, mas a comunidade é forte e unida. Acredito que, com a ajuda do Jornal, pouco a pouco esses problemas vão ser resolvidos para a melhoria da qualidade de vida dos moradores. Obrigado ao jornal e à própria comunidade. Vocês são demais."

Moradora quer ser parceira Julia Fernandes enviou o seguinte e-mail: “Sou moradora antiga do Rio das Pedras. Sou formada em economia pela UFF. Me identifiquei muito com a proposta

do jornal. Gostaria muito de trabalhar com vocês de alguma forma. Podemos nos encontrar? Gostaria de conhecê-los melhor. Aguardo contato. Abraços e parabéns pelo trabalho.” 쏆 Nota da Redação: O contato foi feito e aguardamos a disponibilidade daJulia para ela começar a fazer um trabalho voluntário com o jornal, voltado à melhorar a desordem urbana que reina na comunidade.

Ajudem animais abandonados Padrinhos e madrinhas do Adoção Legal precisam de ajuda para auxiliar peludos abandonados. Quer ajudar um animal carente mas não pode adotar? Seja padrinho ou madrinha de um cãozinho em necessidade! Com apenas R$ 30 mensais você ajudará a mudar a vida de um focinho carente! Ajudamos ao abrigo da Dona Lazica, oferecemos e buscamos lares temporários, damos cuidados veterinários, tratamento, castração, vermifugação, vacinação e ração de qualidade até que os peludinhos sejam encaminhados a uma nova família. Eles realizam um trabalho sério e voluntário. Contatos: Página do Facebook Adoção Legal, celulares 99889-0234 Vivo, 986936264 Oi, 98105-4502 TIM, 99140-3372 Claro, email: adocaolegal@ig.com.br. A conta para depósitos de apadrinhamento é do Bradesco, Conta poupança 1001217-1 Agência 3358-8 Lidia Tavares.

Natal com Cristo Railson Pereira enviou mensagem divulgando o “Natal com Cristo” da 1a Igreja Batista de Rio das Pedras, realizado no dia 6 de dezembro, junto à 1ª Igreja Batista de Copacabana. “O evento acontece todos os anos liderado pela missionária Silvia Monteiro. O projeto ‘Crescendo com Jesus’, realizado em nossa comunidade, é voltado para crianças e adolescentes, mas conta com a participação de alguns pais e familiares. As crianças que fazem parte do projeto tiram fotos e dão seus dados para que recebam presentes doados pela igreja de Copacabana. Estes presentes foram entregues no evento animado com teatro, música, culto, almoço etc...”

쐀 Cartas para a redação de A VOZ DE RIO DAS PEDRAS, a/c do Núcleo de Cidadania, Rua Nova n0 105, loja 2. e -mails para contato@avozderiodaspedras.com.br

EXPEDIENTE EDITOR-CHEFE Aziz Ahmed

REPORTAGEM Ricardo de Souza

TRATAMENTO DE IMAGENS Eduardo Jardim

ANALISTA DE MÍDIA E WEBMASTER Claudia Gonzaga

(Reg. 10.863 - MTPS) azizahmed@uol.com.br

rdszavozderiodaspedras@gmail.com

efjardim02@gmail.com

claudiamulti@uol.com.br

Haroldo Habib brigliahabib@gmail.com

www.avozderiodaspedras.com.br

EDITOR EXECUTIVO Laerte Gomes

FOTOGRAFIA Fábio Costa

gomes.laerte@gmail.com

fabiocostafotografias@gmail.com

CONSULTORES Cláudia Franco Corrêa Irineu Soares

Maria Etatiane Costa Barroso Juliana Barcellos da Cunha e Menezes

Uma publicação da Livraria e Editora Citibooks Ltda. CNPJ: 05.236.806/0001-5

Rua Jardim Botânico 710, CEP 22.460-000 para a Associação Comercial do Rio das Pedras (em organização). Rua Nova 105 – Loja, Rio das Pedras - Tel.: 4108-8439 41088 439

PUBLICAÇÃO 20 mil-exemplares - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - Impresso Gráfica e Editora Jornal do Commercio na Gráfica e Editora Jornal dona Commercio PUBLICAÇÃO QUIZENALQUIZENAL Tiragem: 20Tiragem: mil exemplares DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Impresso


Hoje, o Natal está mais ligado ao consumo. As pessoas ficam em casa bebendo e comemorando, quase ninguém vem à igreja, e se esquecem da essência da data”

Dom Orani Tempesta está sempre aqui e ele é desse jeito simples com a gente. Ele é a mesma pessoa aqui e na Lagoa (bairro da Zona Sul), onde trabalho”

3 RIO, 17 DE DEZEMBRO DE 2014

CHAMADO ÀS RAÍZES DO NATAL EM MISSA NA NOSSA PARÓQUIA, DOM ORANI PEDIU QUE FIÉIS NÃO DEIXEM CONSUMISMO ANULAR A VERDADEIRA ESSÊNCIA DA DATA 1

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é de fato é devoção sem fanatismo. Foi o que se viu na Paróquia de São João Batista, sob o esmerado comando do padre Marcos Vinício no último dia 14. O evento, que começou religiosamente às 9h30min, com missa celebrada pelo cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, foi um exemplo de comunhão entre os fiéis que ouviram e assimilaram com o coração aberto as palavras do nosso querido Dom Orani. Já consagrado como o Cardeal de Rio das Pedras, o líder religioso fez questão de criticar o consumismo exacerbado que deforma e anula a essência das coisas mais importantes da vida. – Deus enviou Seu filho para ficarmos mais perto dele e a proximidade com o Natal é uma oportunidade de refletirmos e nos atualizarmos Deus próximo de nós – iniciou Dom Orani a sua pregação. Ele seguiu a sua fala com voz cadenciada e firme e entreteve os mais de 500 fiéis que estiveram presentes à inauguração da oitava etapa das obras da paróquia com as salas do Centro de Evangelização. — Hoje, o Natal está mais ligado ao consumo. As pessoas ficam em casa bebendo e comemorando e se esquecem da essência da data — observou. Dom Orani falou sobre o fato de poucas pessoas irem à igreja no Natal e enfatizou a importância de reencontrar o verdadeiro sentido do dia do nascimento de Jesus. — O mundo de hoje vai perdendo esses valores, e para os cristãos católicos o sentido da vida é o Senhor que está presente em nós — afirmou. Na sequência, sugeriu uma reflexão aos presentes. — É uma oportunidade de questionar se nos preparamos cristãmente para o Natal, que está muito além do consumo porque é a presença de Cristo que dá sentido à nossa vida – reiterou Dom Orani. O religioso citou as palavras do Papa Francisco sobre esperança e paz para deixar fixadas nos corações e mentes dos educados fiéis que reverenciaram e certamente assimilaram a sua mensagem,

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1 - Dom Orani (ao centro) e seus auxiliares nos preparativos para iniciar a comunhão; 2, 3 e 4 – Atentos, fiéis acompanham a pregação do cardeal arcebispo do Rio de Janeiro; 5 – Ao fim da missa, Dom Orani deixa o altar; 6 – A placa de São João Batista, que dá nome à paróquia do nosso bairro; 7 – Valdemir com a mulher, Maria José, e a filha Raíssa; 8 – A fiel Severina Maria Furtado; 9 – Maria Lúcia de Souza; 10 – Maria Vitória e o filho Michel Leonardo: fé em família

ESPAÇO RESERVADO PARA OS COLABORDORES DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE RIO DAS PEDRAS Contato: arcead@gmail.com

como deixou claro Maria Lúcia de Souza, moradora da Rua da Passagem e com 30 anos de Rio das Pedras. — Dom Orani está sempre aqui e ele é desse jeito simples com a gente – disse, emocionada. Maria Lúcia fez questão de reforçar a simplicidade do cardeal: — Ele é a mesma pessoa aqui e na Lagoa (bairro da Zona Sul), onde trabalho. As palavras de Maria Lúcia foram compartilhadas por Severina Maria Furtado, moradora do Pinheiro, há 35 anos em Rio das Pedras e com 14 anos de catequese. — Conheço Dom Orani há 14 anos e como pastor ele é humilde, tem carinho pelas pessoas da forma que é como cardeal. Ele é a mesma pessoa — afirmou. Quem também manifestou orgulho de fazer parte da história da construção da sede da paróquia foi Maria Vitória Pereira Sobrinho, há 42 anos moradora na comunidade. — Quando cheguei era apenas um barraquinho. Com a ajuda dos paroquianos foi adquirido o terreno e construída a nossa igreja — revelou Maria Vitória, que estava acompanhada do filho Michel Leonardo. Um dos próximos passos da paróquia é obter recursos para construir um elevador para dar mais conforto aos fiéis que têm dificuldade de subir os quase 80 degraus para praticar sua fé. Morador da Vila do Amor e há 17 anos em nosso bairro, Valdemir Gomes estava acompanhado da mulher, Maria José, e da filha Raíssa. Eles não têm problemas em subir os degraus que levam seus corações ao encontro de Jesus porque o sentimento que toma a família para poder estar perto de alguém com a espiritualidade de Dom Orani não tem preço. — É muito bom, é maravilhoso estar aqui com a minha família. Sempre trago minha filha para a catequese — disse Valdemir. O padre Marcos Vinício comentou sobre a presença de Dom Orani no bairro: — A presença de Dom Orani Tempesta representa a unidade da nossa Igreja Católica. Sem dúvida, ele tem um carinho muito grande pela periferia, pelos carentes e isso é um sinal da sua comunhão com sua simplicidade e humildade do Papa Francisco.

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Na Sapataria Rio dos Pés, a meta é vender de R$ 160 mil a R$ 180 mil até o fim das festas, avisa o gerente Carlos.

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Na Cristal Graffiti, o plano é mais ambicioso. O gerente Juan quer atingir a quantia de R$ 225 mil, R$ 15 mil a mais do que em 2013.

Bermuda jeans a R$ 15 e calcinha a R$ 2,5? É verdade! Basta ir às lojas Ula Ula. A informação é do gerente Anderson.

RIO, 17 DEZEMBRO DE 2014

Na Luana Tur, viagens somente de avião. E vale a pena, segundo a empresária Luana: Rio-Fortaleza-Rio ou Rio-João Pessoa-Rio custa entre R$ 370 e R$ 420.

5 RIO, 17 DEZEMBRO DE 2014

RIO DAS PEDRAS, A SAARA DA ZONA OESTE R U A D O A M PA R O

COMÉRCIO DO NOSSO BAIRRO DÁ SHOW DE VARIEDADE A PREÇOS CONVIDATIVOS

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RUA VELHA

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rinquedos, enfeites para árvores de natal, portas e portões de casa, jardins, variedade de roupas, calçados, tênis, sandálias, sapatilhas, relógios, camisas polo, bermudas, eletrodomésticos, celulares, iPhones, iPads etc, etc, multidões num vaivém constante. Não, não estamos nos quarteirões que englobam 11 ruas e 1.200 lojas da Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega, a famosa Saara, considerada o maior shopping a céu aberto da América Latina (talvez até do mundo). Estamos mesmo é em Rio das Pedras, o querido bairro no qual o comércio nada fica a dever ao do Centro da cidade. Na verdade, não há exagero algum na afirmação. Ao caminhar pelas ruas e avenidas da nossa comunidade, saltam aos olhos as muitas opções. Não apenas de artigos, mas também da quantidade de lojas. E começa então a busca pelo melhor preço, pela marca preferida, ou mais conhecida, pelo mais novo modelo e, o principal, pela melhor oferta. O comércio de Rio das Pedras é tão aquecido que muitos estabelecimentos têm meta de venda a cumprir nesta época. Numa sapataria, a pretensão é de R$ 160 mil a R$ 180 mil; numa loja multimarcas e de artigos variados, o alvo chega a R$ 225 mil (segundo o gerente, em 2013 as vendas atingiram R$ 210 mil); em outras os valores não foram revelados, mas pelo estoque armazenado deu para imaginar altas quantias. Para não perder muito tempo, almoçar, lanchar e jantar, pois as lojas ficam abertas até de madrugada, são opções oferecidas pelo próprio comércio, tal o número de bares, restaurantes e lanchonetes à disposição. Se há necessidade de cortar o cabelo, pintá-los, fazer as unhas, cuidar dos pés, não há problema: em qualquer rua ou beco são encontradas lojas especializadas. Em algumas ruas, salões de beleza e barbearias estão uns em frente aos outros. Isso quando não são colados, porta com porta. Se a opção da família for uma viagem para visitar parentes em qualquer parte do país, tudo bem (Norte e Nordeste, principalmente, são os lugares mais procurados). As agências de turismo oferecem a escolha desejada: ônibus ou avião. Em dezembro, a demanda cresce em torno de 60% a 70% em relação a outros meses do ano. Mas ainda assim não há como deixar de viajar, porque elas dão conta do recado e garantem sua passagem. A forma de pagamento nas lojas ou nas agências de turismo? A que os moradores do nosso bairro mais gostam: à vista, com dinheiro ou com cartão (são poucos os que parcelam). Para manter a tradição, A Voz de Rio das Pedras deseja a todos boas festas e feliz ano-novo! Antes, porém, boas compras.

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AV. E N G E N H E I R O S O U Z A F I L H O

Na VAG Turismo, à Rua Velha 111, telefone (21) 3415-0048, você viaja para qualquer parte do país. Mas somente depois do atendimento feito por Gabriela (à esquerda) ou sua mãe, dona Alda, ao fundo, de costas. Elas comandam a tradicional e concorrida agência fundada pelo patriarca Valdir, que criou a sigla VAG (as iniciais de cada um dos nomes). Nesta época do ano a procura aumenta: 60% das passagens vendidas são de ônibus, e 40%, de avião; À direita, também na Rua Velha, no número 181, você pode ir à Festa Rio, que tem artigos para festas, é óbvio, variedade de brinquedos, jogos de luz para árvores de natal, frente de residências, condomínios, jardins, portas, portões e similares. Luís está lá para atendê-lo, com muitos brinquedos

R U A N O VA Deu para reparar a expressão de satisfação da cliente ao perceber a variedade de cores e modelos dos calçados femininos na Sapataria Rio dos Pés? Pois é! Você também terá a mesma reação se for até lá. A loja está estabelecida à Rua Nova 34. A vitrine masculina fica à direita da entrada, igualmente repleta de novidades e de boas marcas. O gerente Carlos e sua equipe de atendentes aguardam você; À direita, bermudas, camisas polo, relógios,camisetas regata, T-shirt, jeans, tênis, skate, artigos variados numa loja multimarcas. Tudo isso você encontra na Cristal Graffiti, à Rua Nova 93. O gerente Juan e sua simpática e divertida equipe de atendentes terão o maior prazer em ajudá-lo a fazer sua opção, diante de tantas das melhores e mais sofisticadas e concorridas marcas do mercado

RUA DO COMÉRCIO Bolsas, cintos, sandálias e muitos outros artigos femininos estão na Donna Pietra (Rua do Comércio 7-B). Lá, Vanessa e Mariana terão prazer em ajudar você e suas amigas a fazerem a opção certa para vocês passarem um fim de ano com elegância e charme. Vá conferir também na filial que fica à Avenida Luiz Carlos da Conceição; À direita, seu filho está para nascer? Falta o enxoval? Seu filho ou sua filha já usa roupinha ou vestidinho? Já começa a se preocupar com a aparência? Já demonstra vaidade? Não se preocupe. Basta ir à Rua do Comércio 13, endereço da Modas Lady Baby. Maria Araújo vai resolver seu problema rapidinho, porque na loja dela tem de tudo para crianças

1- Valentina Modas, à Rua do Amparo 49. Você encontra, além do sorriso da tímida Inês, vestidos e blusas dos mais variados gostos e tamanhos. Vá conferir a variedade de estampas e padronagens; 2 Felipe e Salete, da Pura Sedução (Rua do Amparo 49-A), oferecem camisolas, lingerie e cuecas, claro, na sortida loja; 3 - Na Rua do Amparo 30, na Majestade Kids, você tem à disposição o atendimento de Poliana, roupas infantis, artigos para presente e também para enfeites de árvore de Natal; 4 - Daniel espera você na Color Patu (Rua do Amparo 30) com enorme variedade de brinquedos na área infantil de seu bazar e papelaria

A Luana Tur negocia sua viagem para qualquer lugar do Brasil, você ganha de brinde uma caneta esferográfica de boa qualidade (daquelas tique-tique) e ainda ouve de Luana (sócia do marido) sobre o conforto de viajar de avião, pois a agência vende somente passagens aéreas. Segundo Luana, as tarifas de ônibus estão um pouquinho acima das de avião, transporte que oferece a vantagem de se fazer uma viagem para os estados do Norte ou do Nordeste em poucas horas, em vez de ficar de três a quatro dias na estrada. O endereço da Luana Tur é Avenida Engenheiro Souza Filho 445. Os telefones: (21) 4101-1533 e 3415-0923. Se você tiver urgência de reservar sua passagem, pode ligar também para o número 7752-9050

AV. L U I Z C A R L O S C O N C E I Ç Ã O Na loja Ula Ula, estabelecida à Avenida Luiz Carlos da Conceição 9, é incrível a quantidade de artigos a preços bem modestos. O gerente Anderson avisa que são toalhas de banho, calcinhas, bermudas jeans e muitos outros. Ele lembra que há ainda a Ula Ula infantil, na própria Luiz Carlos, e também uma outra filial na Areinha; 2 - No número 17 da Luiz Carlos, a gerente Marcela e sua turma estão a postos para mostrar ventiladores, geladeiras, aparelhos de arrefrigerado e o artigo mais vendido na F. M. Utilidades Domésticas: fogão. Marcela não disfarça a satisfação ao revelar o detalhe, porque, segunda ela, é sinal de que os moradores da comunidade estão se alimentando mais. E vibra

AV. L E O N E L B R I Z O L A Logo na entrada da Avenida Engenheiro Leonel de Moura Brizola você encontra tudo de que é preciso para uma bela e perfeita reunião de Natal e confraternização de Ano Novo com a família e amigos. Bolas, bonecos, árvores de tamanhos variados, enfeites de todos os tipos e muito mais. Trata-se da loja Três Princesas. A atendente Tarcila é nova no ramo do comércio, mas não demonstra dificuldade para falar sobre cada item vendido na loja que impressiona pelo volume de artigos expostos. Mas vá logo garantiro seu, porque a procura tem sido grande nos últimos dias


Hoje só trabalho na Belcorp, o que eu quero para realizar o meu sonho, ou de ajudar as pessoas a realizarem os sonhos delas”

Comecei sem expectativa e hoje, além do aumento do salário (seis vezes maior), lidero uma equipe com 277 consultores e quero chegar lá na BMW!"

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COMO A VIDA DE ADRIANO, JUAREZ, FRANCIVELTON E ADELANIA ESTÁ MUDANDO DEPOIS QUE ELES ENTRARAM NA REDE MUNDIAL DE COSMÉTICOS BELCORP FOTOS DE FABIO COSTA

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lém de moradores de nossa comunidade, Adriano (Rua Negrão de Lima), Juarez (Casinhas), Francivelton (Pinheiro) e Adelania (Areinha) têm em comum o sonho de vencerem na vida numa atividade que lhes dê estabilidade financeira aliada à qualidade de vida, sonho de 10 em cada 10 brasileiros. Até aí não seria nada de anormal não fosse o fato de que eles estão conseguindo, cada um em patamar diferente, obter sucesso no mesmo lugar, no caso, na mesma empresa. A Belcorp, multinacional distribuidora de cosméticos com atuação em 16 países, é a responsável pela transformação na vida desses quatro batalhadores que, graças a muita dedicação, estão vendo suas vidas se transformarem. Concebida através do Marketing Multinível, formato em que os ganhos se dão a partir da comissão pelas vendas de produtos e de recrutamento de

ADRIANO RIBEIRO

ADELAINE MOTA

QUATRO EMPREENDEDORES E UM DESTINO

No meio da descontraída conversa com a equipe, entra na sala Adelaine Mota, de 26 anos, com suas duas filhinhas no colo. Ela é consultora há apenas 15 dias e, ao ser questionada sobre o novo trabalho, não reluta. — Mal recebi o kit com os produtos e já vendi tudo! — festeja, com jeito tímido, mas sem esconder o otimismo com o horizonte da sua nova atividade. Ela trabalha como diarista. Assim como Francivelton, de sua equipe, já sonha com o dia em que poderá dar adeus ao trabalho de diarista para galgar todos os degraus dentro da hierarquia da Belcorp. — Atualmente ela é apenas uma consultora. Ainda não tem equipe, ganha 30% do que vende, mas dependendo dos produtos pode chegar a 100% — explica Adriano Ribeiro, o mais graduado de todos os presentes. Adriano fez questão de deixar os contatos para nossa comunidade ter condições de aderir ao projeto de empreendedorismo que está transformando a vida desses quatro sonhadores. Eles estão vendo a realidade chegar de uma forma que jamais imaginaram.

SAIBA MAIS outros consultores, a empresa atua desde 2011 no Brasil e está com um escritório instalado em nossa comunidade há 40 dias. Adriano Ribeiro, de 30 anos, é um consultor Esmeralda da Belcorp, mas há pouco tempo era frentista de um posto na Muzema e ganhava R$ 700,00. Hoje, está à frente do escritório da empresa, instalado na Rua Nova, vive sorridente com um salário seis vezes maior do que na época do posto. — Ter uma base física faz toda a diferença para a expansão do negócio, porque passa mais credibilidade. A meta é ter 600 consultores ativos até outubro de 2015 — revela, convicto, e já dando a receita de como se tornar um membro da sua equipe. — Qualquer um pode ser consultor. Quem já trabalha, para adquirir uma renda extra; quem já é consultor de outras marcas; e, é claro, quem não está trabalhando porque vai começar como consultor e pode se tornar um líder. Eu mesmo comecei sem a menor expectativa que pudesse significar nada demais e hoje, além do aumento do salário, lidero uma equipe com 277 consultores ativos e quero chegar lá na BMW! Mas como é isso de BMW? Segundo Adriano, chegando a um determinado nível, o consultor ganha da empresa primeiro um Mitsubishi Lancer e, mais à frente, o desejado BMW, o sonho de todos os presentes

no escritório. — O mais legal é que na Belcorp tem um plano de carreira, uma perspectiva de crescimento contínuo — afirma Adriano. Outro entusiasmado é Juarez Borges, de 40 anos, que está há apenas um mês na empresa mas já pulou diversas etapas e hoje é nível empresário, o que significa ter 20 pes-

JUAREZ BORGES

soas ativas como consultoras em sua rede. — Hoje trabalho só na Belcorp, mas isso é fruto de muito esforço que vai de recrutar, ensinar e acompanhar a equipe — explica Juarez. Além de ser um verdadeiro batalhador, Juarez demonstra um lado humano que torna a sua luta e a dos companheiros ainda mais digna e admirável. — É um trabalho que eu quero para realizar o meu sonho, o de ajudar as pessoas a realizarem os sonhos delas — abre o coração Juarez, o mais falante e entusiasmado de todos. Quem sonha seguir os passos de Adriando e Juarez e viver só da venda dos produtos Belcorp é Francivelton de Brito Almeida, de 27 anos. Hoje ele ainda tem o promissor negócio como uma renda extra, mas já vislumbra o dia em que não vai mais precisar trabalhar como estoquista do Ponto Frio. — Já bati uma meta. Hoje sou consultor ouro, pulei duas etapas e já tenho gente cadastrada no Maranhão, minha terra natal — conta orgulhoso Franacivelton, que trabalha à tarde na rede de eletroeletrônicos e dedica as manhãs na consolidação do seu projeto de vida. — Sei que ainda falta, mas meu sonho é ganhar primeiro o Mitsubish e depois o BMW — diz, com olhar de quem já se vê de posse dos carrões.

ESPAÇO RESERVADO PARA OS COLABORDORES DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE RIO DAS PEDRAS Contato: arcead@gmail.com

Para fazer parte da Belcorp, você pode entrar em contato pelos telefones 981729327 (Adriano); 7756-0665_ID 112*68777 (Juarez); e 98162-8559 (Francivelton), ou na Rua Nova 20, 2º andar, sala 2, na sede da Amarp. Conheça a empresa no site http:/www.somosbelcorp.com.br

FRANCIVELTON DE BRITO ALMEIDA

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Universitários da Estácio fazem trabalho sobre comunicação comunitária e recebem uma aula sobre o que nosso jornal realiza em Rio das Pedras.

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O objetivo do nosso jornal, como o próprio nome diz, é ser a VOZ de Rio das Pedras, uma ponte para levar os pleitos da comunidade ao poder público”

RIO, 17 DE DEZEMBRO DE 2014

PERGUNTEM AOS UNIVERSITÁRIOS

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rimeiro, foram turmas de alunos da PUC-Rio. Depois, vieram da UFRJ. Agora, foi a vez de a aluna Thais Mendes, do curso de Publicidade e Propaganda da Estácio – Campus West Shopping, pedir entrevista com a nossa equipe para trabalho de Comunicação Comunitária. Ela e os colegas da turma Alberto Teixeira, Juliana Muniz, Leandro França e Rafaelle Garjioni enviaram um questionário à Redação do nosso jornal, que, com essas iniciativas, está levando os encantos de Rio das Pedras para dentro das universidades. Nesse sentido, perguntas foram conduzidas pelos universitários e respondidas pelo nosso editor-chefe, jornalista Aziz Ahmed. Depois da entrevista, que vai publicada a seguir, se alguém tiver alguma curiosidade sobre a rotina do nosso bairro, pergunte aos universitários.

ALUNOS DA ESTÁCIO LEVAM OS ENCANTOS DE RIO DAS PEDRAS PARA A SALA DE AULA

— Participam, efetivamente, um editor, um diretor de arte, um fotógrafo e dois repórteres. Temos ainda uma pessoa que cuida do nosso jornal nas redes sociais. Isso está definido no expediente do jornal, assim como a indicação da nossa sede e da empresa responsável. Nosso jornal ainda é novo. Conta com colaboração de pessoas da comunidade. Estamos abrindo canais para avançar sobre essa pluralidade, em contato com escolas, para trazer estudantes a se juntar à nossa voz.

FOTO DIVULGAÇÃO

AZIZ AHMED — Nosso jornal começou a circular em maio de 2013. Primeiro, com circulação mensal. A partir de setembro do mesmo ano, a periodicidade passou a ser quinzenal, com tiragem, desde o primeiro número, de 20 mil exemplares e distribuição gratuita à comunidade.

— Como o próprio nome diz, o objetivo é ser A VOZ de Rio das Pedras. Foi o nome criado pelo empresário que fundou o jornal. Ele mantém um Núcleo de Pesquisas e Cidadania na comunidade que está dando suporte para a organização da Associação Comercial de Rio das Pedras. Esse empresário, Ronald Guimarães Levinshon, dono da Nova Marapendi Empreendimentos Imobiliários, convidou dois empreendedores com investimentos e interesses na região – Carlos Carvalho, da Carvalho Hosken, e Paulo Cesar Meireles, da Construtora Santa Cecília – para parceiros nesse projeto de transformar Rio das Pedras em bairro, dotar a comunidade de um mínimo de ordenamento urbano e melhorar a qualidade de vida dos seus moradores. Com isso, toda a região do entorno, onde os três têm projetos ambiciosos, será valorizada.

— Uma equipe mínima, voluntária, se encarrega do processo de produção. Fazemos reportagens na

Da esquerda para a direita, os universitários Alberto Teixeira, Juliana Muniz, Leandro França, Thais Mendes e Rafaelle Garjioni

comunidade, ouvindo a voz de comerciantes e moradores, e servimos de ponte para levar as reivindicações dos moradores às autoridades. É só fazer uma consulta às edições que estão no nosso site (www.avozderiodaspedras.com.br) para entender o alcance social e jornalístico do nosso projeto.

— A comunidade participa enviando sugestões, acompanhando as nossas coberturas e, não raro, enviando material para publicação. Estamos sempre abertos à participação de estudantes residentes na comunidade e temos publicado material por eles produzido ao longo desses 19 meses de circulação. Nossa parceria com a comunidade é total, em todos os setores de cobertura: lazer, cidade, entretenimento, comportamento,

ficante. Melhor do que ficar jogando buraco na praça.

esporte, economia etc.

— Os custos são reduzidos em função do caráter voluntário tanto do nosso trabalho quanto dos colaboradores. A Associação Comercial arca com as despesas de restituição dos nossos gastos em material, locomoção e alimentação e cobre também os custos de impressão e distribuição.

— O jornal está registrado, tem um jornalista profissional responsável, que sou eu. Faço uma coluna no jornal “O Povo” e sou conselheiro da ABI. Milito em jornal desde 1961 e, como meus colegas, tenho história. Fazer um jornal comunitário, para um grupinho de profissionais já aposentado, é estimulante e muito grati-

— Totalmente. Começamos do zero, voltados à filosofia de um sábio que disse que uma grande caminhada começa com o primeiro passo. Já caminhamos um bocado na direção de alguns objetivos, mas sabemos que, indefinidamente, haverá sempre novos obstáculos a vencer e um caminho sinuoso a percorrer. Essa é a essência do trabalho jornalístico. Abaixo da nossa logomarca está o nosso lema: “Informação e Cidadania”. É isso que queremos dar a esse povo trabalhador e guerreiro de Rio das Pedras, uma comunidade com a quase totalidade de moradores vindos do Nordeste. Um dia, entrevistando um nordestino aqui, ele me disse: “Esta cidade existe graças a nós. Fomos nós que a construímos”. Ele queria dizer que a mão de obra nordestina foi que construiu o Rio de Janeiro. E não está longe da verdade. E esse povo transformou Rio das Pedras num lugar incrível, onde as pessoas têm prazer de viver, apesar das carências e da ausência de serviços básicos e da presença efetiva do poder público.

— Fazemos avaliações pontuais. Como disse, conseguimos avançar na nossa marcha rumo ao infinito. Conseguimos parcerias com a Light, que está acabando com as ligações clandestinas. Para se ter uma ideia, 72% das ligações de luz são “gatos”. A caça aos “gatos” já começou. A comunidade quer pagar conta de luz e nós levamos esse pleito à concessionária, que ouviu a nossa voz. A Com-

lurb aumentou o aparato de equipamentos e pessoal para manter isso aqui limpo. A Cedae criou um núcleo. A prefeitura e o governador Pezão prometeram obras necessárias. A prefeitura vai construir duas creches, duas escolas e mais uma Clínica de Família. O estado já desapropriou uma área para construir uma UPA24. Coincidência ou não, são melhorias anunciadas a partir do momento em que chegamos. Lógico que não foi o jornal, mas foi a voz da comunidade, da Associação de Moradores e de autoridades comprometidas com o bem-estar público.

— Vamos continuar nesse caminho. Vez por outra, com alguma correção de rumo. Rio das Pedras é uma comunidade pacífica, na qual você não vê gente na rua portando armas, não há barricadas, não há violência aparente, não há tráfico de drogas. Você chega a qualquer hora do dia ou da noite e encontra bares, restaurantes e lojas funcionando. Além de casas de show, que atraem a geração dourada da Zona Sul.

— Nossa mobilização é profissional, jornalística. Os projetos sociais, culturais, religiosos e esportivos são realizados por iniciativa de lideranças da comunidade. Nós damos o suporte jornalístico, damos cobertura e essa sinergia torna a nossa parceria com a comunidade algo fascinante para profissionais calejados como nós.

— Essa é uma próxima etapa. Ainda estamos começando a nossa marcha, mas caminhamos nessa direção.

— Assim como alguns universitários ficam curiosos e escolhem nosso jornal para esse tipo de trabalho, de monografia, como este que você está fazendo, alguns jornais nos procuram como fonte e para contato. Não raro, nossas matérias servem de pauta para a grande mídia, impressa e televisiva. Nossas reportagens são compartilhadas com sites de outras comunidades. É para o bem de Rio das Pedras? Ótimo. Contem conosco. Podem reproduzir, copiar, divulgar.

ELAS SE UNEM E ABREM GUERRA CONTRA OS VÁRIOS TIPOS DE VIOLÊNCIA FOTOS DE LAERTE GOMES

AS SUPERMULHERES DO NOSSO BAIRRO

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las lavam, passam, cozinham, cuidam dos filhos, leva-os ao colégio, vão buscá-los, fazem compras, dão atenção aos maridos, claro!, ficam preocupadas com a aparência e sempre arranjam um tempinho para os salões de beleza... Ufa! Mas se engana quem pensa que as mulheres de Rio das Pedras fazem somente isso (somente isso?) no seu dia a dia. Cientes da participação feminina mundo afora, elas não querem ficar para trás na corrida pela integração total da mulher na sociedade. Por isso, estão atentas aos acontecimentos, entregam-se de corpo e alma às iniciativas que visam a combater preconceitos, tabus e discriminação contra as mulheres. Um desses momentos aconteceu na Clínica da Família Otto Alves de Carvalho, nos dias 25 e 27 de novembro, com o tema Preconceito contra a Mulher na Sociedade. Com organização da gerente técnica da clínica Areta Peixoto Vellasques, a psicóloga Daniele Aparecida dos Santos reuniu um grupo para discutir um tema que preocupa o mundo inteiro: a violência contra a mulher. A ideia surgiu na I Caminhada pelo Fim da Violência contra a Mulher, no dia 23 (um do-

A psicóloga Daniele Aparecida dos Santos (de pé) recebe a animada mãe para uma rápida conversa sobre as filhas antes do início da palestra; Acima, Daniele (à esquerda) ao lado da gerente técnica Areta Peixoto Vellasques, organizadora do encontro

mingo), e logo foi encampada pelas duas batalhadoras e sempre preocupadas com a melhoria de vida e o bem-estar das mulheres do nosso bairro. Durante a palestra, na qual as integrantes do Grupo de Prevenção à Violência falaram das mais variadas formas de agressão, como a doméstica, sempre presente em todas as

partes do mundo, uma delas deixou a psicóloga estarrecida: a violência sexual nas ruas da comunidade. — Fiquei chocada. Todas elas lamentaram o fato de que a violência sexual não para. E é na região dos prédios, o que torna o fato mais preocupante — explicou Daniele. A pergunta se tornou inevitável: — Alguma das participantes ad-

mitiu ter sido violentada? — Não, nenhuma delas. Felizmente — respondeu Daniele categoricamente. Dentro do tema abordado, houve exibição de filmes. Depois, uma roda de debates sobre o que haviam visto, sobre o que o grupo pretende, quais sugestões poderão ser dadas e as providências a serem tomadas, pois

outros encontros acontecerão. Saldo dos 25 e 27? Ninguém melhor do que Daniele para comentar: — Excelente. Fiquei muito satisfeita com o resultado geral. A reação do grupo só nos leva a pensar em novos encontros. Precisamos que essas mulheres notáveis de Rio das Pedras se integrem mais e mais com os problemas da nossa sociedade.


Os homens não me aceitam como sou. Fui educada para respeitar e dialogar, e quando isso falta estraga tudo, porque a sociedade é muito machista"

A sociedade não sabe usar camisinha e eu ensino quando me apresento na comunidade. Tem muito adolescentes e adultos que não sabem usar preservativo"

8 RIO, 17 DE DEZEMBRO DE 2014

FOTO DE RICARDO DE SOUZA

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ascida em Vaz Lobo e criada em Rocha Miranda (dois subúrbios da Zona Norte do Rio), Kakau Moraes, de 44 anos, só se realizou como cidadã consciente da sua missão na Terra há 15 anos, quando chegou à nossa comunidade. Ela chegou para socorrer uma tia que morava no Anil e passava um perrengue por causa de uma enchente. Louca por sapatos (nesse caso, é louca mesmo), resolveu aceitar o convite para ser representante da loja na qual comprava os seus pares. Um belo dia, veio parar em Rio das Pedras. E ficou. Kakau foi casada por 13 anos. Traída, separou-se, mas tem três filhos: Thamiris, de 22 anos, Thayane, de 21, e o caçula Nathan, de 14, fruto de um relacionamento que durou dez anos. O inusitado da história desse segundo casamento é que um belo dia o ex-marido mandou ela escolher entre trabalho dela ou ele, e Kakau está sendo feliz para sempre com o trabalho pelo qual é apaixonada e jamais vai se separar. — Os homens não me aceitam como sou — reclama, num tom que mistura lamento e desdém pelos homens que não estão preparados para lidar com uma mulher que nasceu para ser protagonista, para liderar e, acima de tudo, transformar o lugar em que vive. Pelas palavras seguintes, ela sabe o que diz. — Fui educada para respeitar e dialogar, e

A 'LOUCA' NÃO PASSA DE UMA ROMÂNTICA

quando isso falta, atrapalha, estraga tudo, porque a sociedade é muito machista — detona a guerreira do bem, que é tachada de louca pelas pessoas por suas performances bizarras que faz em seu trabalho de prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Quando chegou à comunidade, Kakau se sentia uma dondoca, segundo as próprias palavras. Isso porque tinha uma vida regrada de dona de casa com tudo certo, mas Rio das Pedras fez as pedras rolarem na vida dela e tudo mudou. Há um ano e meio ela é agente administrativa da Clínica da Família da Gardênia Azul, trabalho que começou há três anos em Rio das Pedras, onde tem orgulho de dizer que se formou desde que aqui chegou. — Na verdade, Rio das Pedras está me formando — acrescenta Kakau, que, além de ser educadora social formada pelo Íbis, também foi mediadora da Secretaria de Segurança Pública, coordenou o projeto Cívicos do Pan, durante o Pan-Americano disputado no Rio, em 2007, e é compositora, com participação no CD da ONG Pró Mundo, com a música “Entre Nós”, sua música de trabalho. Se você pensa que acabou, está enganado. Além de cantora, a mulher de olhos brilhantes é poeta, ativista na luta contra Aids e tuberculose. — Ainda não estou satisfeita com o trabalho de conscientização que faço porque ele é solitário e isso torna difícil a obtenção de resultados — avisa, sem chororô, essa andorinha que sabe que não faz verão sozinha, mas está sempre disponível, 24 horas por dia pelas redes sociais, pelo telefone e sempre tem gente procurando essa

mulher que é um exemplo de consciência cidadã. — Os jovens me procuram mais porque têm mais coragem de falar comigo do que em casa com os pais Por ironia do destino, a filha Thamiris engravidou aos 17 anos porque quis e não por acidente, como faz questão de frisar. E não foi por falta de orientação da mãe. Se na rua ela "perturba", imagine em casa. E de tanto "perturbar", a "louca", que nada mais é do que uma romântica, tem quase 3.500 seguidores no Facebook, 2.700 em seu perfil pessoal e 780 na página “Sexo só de Camisinha”. — Meu sonho é ter um programa de rádio para discutir prevenção, saúde sexual e dar espaço para o monte de talentos que existe em Rio das Pedras. Os amigos me ajudam muito. Não posso deixar de mencionar Jerry Adriani, que é meu braço esquerdo, porque sou canhota (risos) — diz a sonhadora, que conta com um exército de amigos e apoiadores para transformar seus devaneios em realidade. — Ela também conta com o apoio da Pertec, empresa de internet que chega junto em tudo. Enquanto vai viabilizando seus projetos, Kakau segue sonhando com formas de dar visibilidade ao seu trabalho: — Sonho escrever para o jornal A Voz de Rio das Pedras e também com um centro cultural para trabalhar os valores e formar os talentos da comunidade.

A "Louca romântica", que tem uma sensibilidade e uma sanidade que se todos tivessem o mundo seria melhor, mantém o senso crítico com os moradores do lugar que jura não trocar por nenhum outro. — Em Rio das Pedras reclama-se muito e faz-se muito pouco. A questão do lixo está aí como exemplo. Em qualquer lugar o lixo pode sustentar muitas famílias, mas aqui não há uma consciência — reclama, acrescentando. — Não adianta conscientizar e não ter solução, não dar condições para a comunidade resolver essa questão. As autoridades precisam ouvir os moradores. Eles querem chegar com o pacote pronto e isso não funciona. Kakau aproveita para zoar os homens que compõem nossa sociedade extremamente machista, segundo nossa briosa guerreira. — A sociedade não sabe usar camisinha e eu ensino nas minhas loucuras, quando me apresento na comunidade. Tem muito adolescente e, principalmente, adultos que não sabem usar preservativo — afirma Kakau, que deixa uma última observação que só ratifica o machismo em nossa sociedade. — Como podemos atingir algum resultado na prevenção se não existe diálogo das mulheres com os parceiros e muito menos dos pais com os filhos? Kakau deixa esse incômodo do bem na mente dos pais que se bloqueiam em abrir um canal de comunicação saudável com a parceira e com os próprios filhos. Kakau é do bem, ela é uma das vozes de Rio das Pedras.

KAKAU É UMA VOZ DO BEM PREGANDO NA NOSSA COMUNIDADE ESPAÇO RESERVADO PARA OS COLABORDORES DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE RIO DAS PEDRAS Contato: arcead@gmail.com

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A Bia havia me emprestado o livro e após devorá-lo tivemos a ideia de falar com a professora Nair para que a Luiza viesse à nossa escola"

Estou apaixonada pelo trabalho, sempre acalentei isso. Constatar que ele está aumentando o hábito da leitura só me deixa ainda mais feliz"

9 RIO, 17 DE DEZEMBRO 2014

SEMEANDO CULTURA NA COMUNIDADE ESCRITORA LULY TRIGO É ATRAÇÃO NA SALA DE LEITURA NA ESCOLA MUNICIPAL RIO DAS PEDRAS

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FOTOS DE RICARDO DE SOUZA

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etícia Pimenta tem a mesma idade da personagem do último livro de Luiza Trigo, a Luly, intitulado "Meus 15 anos”. Ana Beatriz é chamada de Bia, assim como a personagem central da obra da escritora, uma cidadã do mundo recebida calorosamente pelos alunos da Escola Municipal Rio das Pedras, dia 26 de novembro, graças à professora Nair, que está à frente do projeto da Sala de Leitura e viabilizou sua vinda. Segundo Letícia, tudo começou assim. — A Bia havia me emprestado o livro da Luiza e após eu devorá-lo tivemos a ideia de falar com a professora Nair para que a Luiza viesse à nossa escola. Ela conseguiu o contato dela, marcou o encontro e a Luly veio! – disse, explodindo de felicidade a jovem que tem entre outros projetos estudar... jornalismo. Não bastasse a Letícia, a Bia, não a personagem, mas a amiga Ana Beatriz, também quer estudar jornalismo. Diante de tal revelação, esse repórter não titubeou e convidou as duas para futuras parcerias com o nosso jornal. Além da atitude proativa para trazer Luly a Rio das Pedras, Letícia mostrou ímpeto jornalístico ao fazer contato com a nossa redação para solicitar a presença da equipe no evento. Diante dessa postura de editora, como poderíamos recusar? E o dia histórico na escola contou com premiação dos participantes da redação sobre Moacyr Scliar – que foi enviada para a Academia Brasileira de Letras para um concurso que acontece anualmente –, além da exposição de trabalhos de artes e história e uma apresentação do coral e do teatro da escola. Isso no primeiro turno, porque no segundo rolou o mesmo evento, porém em ordem diferente. E Luly ficou lá, demonstrando muito mais do glamour que cerca a profissão: o que conta mesmo é encarar o ofício com seriedade. — Você precisa ter perseverança, não desistir e, o mais importante, depois de lançar um livro é trabalhar a venda – ensinou Luly na teoria, o que fez na prática a jovem escritora. Ela nasceu em berço literário. — Comecei cedo na literatura. Com 2 anos, meu pai, que trabalhava na editora Ática, era escritor de livros infantis e também trabalhava na Globo, assim como a minha mãe e, me inseriram no

4 1 - Bia e Letícia se olham realizadas em trazer Luly Trigo (no fundo) para a nossa comunidade; 2 - Luly e Bia, encantada com a ídolo; 3 - Luly autografa; 4 - Mayara não contém as lágrimas; Vitória (cabelos cacheados) é amparada por uma amiga por não conseguir o dinheiro para o livro que depois foi comprado com a ajuda dos amigos; 5 - A escritora e Pedro Lucas, que "monopolizou" com perguntas inteligentes; 6 - Liziane, a mãe da escritora, toda orgulhosa; 7 - Bia e Letícia

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mundo dos livros. Não tive muito para onde correr – revelou, com o simpático sorriso que ainda carrega traços da não muito distante adolescência. Mas se você pensa que a trajetória de Luly foi tranquila, pode esquecer. A hoje premiada diretora do curta-metragem “Delito” já sofreu bullying na escola e teve pou-

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quíssimos amigos da 4ª à 8ª séries. Dos 9 aos 12 anos a menina só queria jogar GTA, um game de ação com visualidade que pode ter influenciado a escritora, ainda que inconscientemente, a optar pela carreira de cinema, na qual forjou a formação acadêmica. Mas o curioso nessa história é que o pai, morrendo de vergonha

da alienação repentina da filha, presenteou-a com dois livros, entre eles “Harry Potter” (sua paixão na adolescência), mas foi após ler “Crepúsculo” que seu primeiro livro (“Carnaval”) chegou inteiro à sua cabeça. Assim como o livro chegou num rompante e foi escrito em uma semana, quatro dias depois ela resolveu enviar os originais

para a editora Rocco. — Minha mãe gostou, mas não conta, não é? – disse Luly olhando carinhosamente para a mamãe, Liziane, que acumula a função de assessora e estava toda orgulhosa, com sorriso de orelha a orelha na plateia. Depois de passar pelo crivo da irmã e de uma amiga, Luiza contou que quase teve um troço quando a editora enviou e-mail dizendo que ia publicar o livro. – Estava no meu quarto e chorei tanto que minha mãe achou que eu tivesse caído da cama – lembrou, com seu jeito moleca que levava a galera ao delírio a cada revelação que fazia. E no meio dessa galera estava Pedro Lucas, de 16 anos, do 9º ano da turma 909. O cara praticamente monopolizou as perguntas de forma tão inteligente que no fim foi aplaudido pelos amigos. Quem também chamou a atenção foi a aluna do 7º ano da turma 1702. Mayara chorava copiosamente na fila de autógrafos e depois que saiu com o livro de Luly nas mãos. Toda estilosa com seu gorro preto, perguntei o que ela achava da escritora e, quase sem voz, falando para dentro, Mayara respondeu, sempre abraçada ao namorado. — Ela é perfeita! – afirmou a jovem, que também escreve e sonha ser escritora. Outra aluna da escola que chamou a atenção pelo choro foi Vitória, por um motivo diferente. Ela estava sem o dinheiro para adquirir o livro, mas aquelas lágrimas bonitas comoveram a todos e levou a professora Nair a liderar uma coleta para realizar seu desejo. Ponto para Nair, que, ao fim do evento, ao falar do trabalho que vem realizando à frente da Sala de Leitura há dois anos e meio, resumiu o sentimento de quem assistiu ao entusiasmo dos alunos com um evento que só tem a acrescentar na formação intelectual e cidadã para o resto de suas vidas. – Estou apaixonada pelo trabalho que venho fazendo. Sempre acalentei fazer algo assim, e constatar que o trabalho está aumentando o hábito da leitura só me deixa ainda mais feliz – sintetizou, emocionada Nair, recebendo a aprovação imediata de outras professoras presentes. Que esse seja o primeiro de muitos eventos realizados pela escola, sob a regência da diretora da escola Patrícia Medeiros. Ela comandou a galera com a firmeza que o cargo pede, mas sem perder a ternura jamais.


No Rio, Halves Lima conquistou, além do Meet, em 2009, a Copa Sorac de Taekwondo. Assim, ele já mostrava do que seria capaz nos tatames. Somente depois ele ganhou o Carioca.

Nem mesmo a saudade da família, que ficou em São Benedito (apenas o irmão Felipe veio morar com ele), impede Halves Lima de seguir em busca de seu sonho maior de chegar à seleção.

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Os marombeiros do bairro se mostram tão afeitos à atividade que até participam de campeonatos de bodybuilding. De olho na fatia do mercado, empresários investem na inauguração de academias.

Um exemplo de superação em Rio das Pedras: o atleta Leonardo Santiago. Ele era obeso, decidiu praticar fisiculturismo, perdeu alguns quilos e hoje se apresenta em nível de competição oficial.

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FOTO DE LAERTE GOMES

PARA ENCHER RIO DAS PEDRAS DE ORGULHO

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OS MAROMBEIROS DA COMUNIDADE FOTOS DIVULGAÇÃO

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FISICULTURISTAS DA ACADEMIA NITRO BRILHAM NOS PALCOS DE BODYBUILDING

A DURA TRAJETÓRIA DE HALVES LIMA, CAMPEÃO DA VIDA E DE TAEKWONDO

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timista na pequena São Benedito, vencedor em Rio das Pedras. Quem vê o funcionário Cícero Alves de Lima atrás do balcão do trailer do Antônio, na Rua Nova, às voltas com sanduíches, sucos, doses de pinga, sempre atencioso e mostrando extrema ligeireza para cumprir sua tarefas no pequenino espaço, logo imagina estar diante de mais um nordestino em busca de vida melhor no Rio. Certo? Certíssimo. É isso o que Cícero faz: tenta melhorar de vida, com muita luta. Literalmente. Nos sonhos desse cearense, melhorar de vida é um deles. Mas na verdade ele quer mesmo é ser conhecido como campeão. Para isso, transforma-se no lutador de taekwondo Halves Lima (Halves com "H" mesmo: "Invenção minha", justifica). Com muito sacrifício, porque às segundas, quartas e sextas ele treina na Academia Kim, em Botafogo, e, aos sábados, na academia da Associação de Moradores e Amigos de Rio das Pedras (Amarp). Descanso somente aos domingos. Para conseguir isso ele faz um horário especial no trabalho e conta com a compreensão do patrão. — Ele é muito legal, me incentiva para treinos e competições. Ele me deu folga de uma semana. Fui para Arica, no Chile, para uma competição militar, chamada Copa Boinas Verdes. Voltei com a medalha de prata na minha categoria (63 quilos). Perdi para Noel Vial, um chileno de Iquique. Valeu pela experiência internacional. Viajei com ajuda da Associação de Moradores e da empresa Multimídia Cabos (para internet), aqui mesmo da comunidade, e tenho certeza de que não decepcionei — comenta o faixa preta, 10 dan, 1,73cm de altura. O interesse pelo taekwondo surgiu aos 12 anos, ao fim de um turno no Colégio Farias Brito. Cícero viu cartazes nos corredores sobre as aulas que seriam dadas pelo professor Antônio Carlos. Os golpes com pés e mãos e as voadores desperta-

ram sua atenção, deixaram o menino curioso. — Percebi que havia somente um jeito de descobrir se todos aqueles golpes que me fascinaram eram verdadeiros: precisava ser um dos alunos. Por isso, fui logo garantir a minha vaga no novo curso — lembra ele, sem disfarçar o entusiasmo. Até chegar a Rio das Pedras, sete anos se passaram. Foi o tempo em que Antônio Carlos preparou o garoto e avisou: "Seu lugar é no Rio ou em São Paulo." Por sugestão do professor, Halves não pensou duas vezes: — O professor já conhecia Rio das Pedras e me falou muito bem do lugar. Com razão. Foi para o Ceará, segundo me disse, em busca de paz. Então, eu vim, com 19 anos, e ele ficou. Assim que cheguei decidi competir e ganhei meu primeiro título, em 2009, o do Meet do Rio, categoria 63 quilos, a minha. Depois de um período dedicado somente a treinos, na Academia Kim, filiada à Federação de Taekwondo do Rio de Janeiro, e na Associação de Moradores de Rio das Pedras, Halves voltou a competir há seis meses. Em novembro, mais um título: o de campeão carioca pela Liga Nacional, defendendo a Federação Carioca de Taekwondo. Halves é mesmo um obstinado. Com salário de R$ 1.200, paga aluguel de quitinete, luz, gás, telefone e ainda sustenta o irmão Felipe, de 21 anos, que chegou do Ceará e ainda procura emprego. Além disso, gasta com a condução para os treinos em Botafogo, roupa, alimentação e etc. Mas não desiste. Ele sonha continuar competindo, conquistando títulos estaduais e nacionais para ganhar bolsa-atleta, chamar a atenção da Confederação Brasileira de Taekwondo e chegar à seleção brasileira: — Se eu conseguir, vai ser ótimo. Chegar à seleção, carioca ou brasileira, com certeza dará mais tranquilidade para eu projetar um futuro melhor, atingir todos os meus objetivos. Vou chegar lá, sim. Se Deus quiser. Alguém duvida?

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1 - Ainda como o cidadão Cícero Alves de Lima, ele chega para o trabalho no trailer do Antônio, seu patrão; 2 - Agora, como o lutador Halves Lima, na competição no Chile, ele aplica um de seus golpes no rival durante a luta final; 3 - Ao lado de um companheiro de equipe, Halves exibe com orgulho a bandeira de sua São Benedito; 4 - Ele mostra ter fair-play e posa ao lado do chileno que o derrotou e levou a medalha de ouro

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Foto 1 - Kiko Rodrigues (de vermellho) Guto Mendes (de branco) sócios e proprietários da Academia Nitro; Foto 2 - Guto Mendes ( de preto), Leonardo Santiago ( de amarelo- Aluno e Representante de Fisiculturismo da Nitro) ,Kiko Rodrigues ( de short azul); Foto 3- Rafael Schimidel ( Educador Físico e Fisiculturista da Nitro - Campeão Mr. Rio 2014; Foto 4 - Rafael Schimidel (Da esquerda- de sunga verde) Jaylson Dantas ( Ao meio - de vermelho) Leonardo Santiago da direitade preto) Atletas de Fisiculturismo da Academia Nitro

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ão é de hoje que as academias estão sendo cada vez mais frequentadas. O mundo fitness cresce constantemente e o mercado procura investir pesado em novos atrativos para atender ao seu público. Fundada há oito anos, a Academia Nitro, localizada na Avenida Engenheiro Souza Filho, principal via de Rio das Pedras, se destaca por sua participação em campeonatos de bodybuilding. Há três anos, vem participando de competições de fisiculturismo não só do Rio de Janeiro, mas de outros estados também. — A Nitro sempre atraiu a galera marombeira. Buscamos sempre ouvir os alunos para trazer o que eles exigem. Investimos em aparelhos modernos e as exigências deles nos levaram a estar na ponta nesse ramo de fisiculturismo. Não só em Rio das Pedras, eu diria que em todo o bairro de Jacarepaguá — disse Augusto Mendes, mais conhecido como Guto, que é sócio proprietário da academia. Ele ainda diz que ter representantes da Nitro em competições de bodybuilding não foi uma decisão que surgiu de uma ideia ou de algo plane-

ESPAÇO RESERVADO PARA OS COLABORDORES DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE RIO DAS PEDRAS Contato: arcead@gmail.com

jado, simplesmente as coisas aconteceram. Deu tão certo que oito atletas já representaram a academia, que está “fabricando” mais e mais. — Hoje temos seis atletas que participam ou estão se preparando para competições. Rafael Schimidel, Leonardo Santiago, Jaylson Dantas, Cristiano Jack, Lohan e Daniel Miranda formam o time da Nitro. Damos todo o suporte de treinamento, em alguns casos ajuda para suplementação e até para o deslocamento — afirmou Guto. Ele só não soube informar o número de campeonatos e de vitórias conquistados. Para ele, porém, o simples fato de os atletas serem convocados para subirem no palco já é um grande incentivo, porque participar de um campeonato de fisiculturismo não é fácil, é algo que requer dedicação e força de vontade. — Raramente os atletas sonharam se tornar fisiculturistas. Temos uma história linda de recuperação do atleta Leonardo Santiago, que saiu de um estado de obesidade para um nível muito bom de competição. Treinamento, dieta, descanso. Basicamente, são esses os preparos de um atleta de alto nível. É algo que dura o ano todo, são muitas fases até chegar ao dia de subir no palco. Tem que abdicar de muitas coisas, custa caro... Não é fácil — ressaltou Guto.

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UMA GOLEADA HISTÓRICA NO MARTELÃO

TRABALHO DE PONTA DA COMISSÃO

Além de campeão sub-20 da Capital, o time de Rio das Pedras protagonizou a maior goleada da competição deste ano: no campo do Solazer, arrasou por 15 a 0 o Heips.

Importante também para a conquista do Sub-20 Amador foi o trabalho realizado pela comissão técnica do Rio das Pedras: Roberto (presidente); Jorge (diretor); Léo (técnico); e Kenny (preparador físico). RIO, 17 DE DEZEMBRO DE 2014

OS JOVENS HERÓIS DE 2014

OS CAMPEÕES. Na fila de trás, a partir da esquerda: Adriano, Pablo, Marquinhos, Boi, Wagner, Fofão, Jacaré, Hugo e Alessandro; na fila da frente, na mesma ordem: Thiago, Mateus Rosa, Juninho, Fabrício, Brenner, Codó, Wellington, Pará, Edgard e Vítor. FOTO DE ROBERTO SILVA/DIVULGAÇÃO

TÍTULO DO SUB-20 DA CAPITAL É NOSSO FOTOS DE LAERTE GOMES

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RIO DAS PEDRAS VENCE POR 1 A 0 O ADELPHI E FAZ A FESTA DA COMUNIDADE

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uando Pará mandou a bola para o fundo da rede, aos quatro minutos do segundo tempo, não poderia imaginar que acabaria sendo o herói da brilhante conquista. Isso mesmo. Foi dele o gol da vitória por 1 a 0 do Rio das Pedras sobre o Adelphi, que valeu o título do Campeonato Amador Sub-20 da Capital, competição oficial da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Fferj). A decisão aconteceu no dia 29 de novembro, no Estádio Leônidas da Silva, do Bonsucesso, à Avenida Teixeira de Castro, e o resultado final fez justiça à campanha quase irretocável da garotada, que perdeu apenas três jogos. A conquista cresceu em importância pela qualidade do aguerrido adversário. Disposto a ser o dono da festa, o time do Adelphi, de Campo Grande, incentivado por sua torcida, partiu para pressionar o Rio das Pedras. E criou chances de gol. Algumas perdidas por falta de pontaria de seus atacantes, outras porque Adriano fez boas defesas ou porque a zaga evitou o pior. Depois de sofrer dez minutos de pressão, o técnico Léo enfim usou de uma estratégia que acabou sendo fundamental: adiantou a marcação, forçando o Adelphi a recuar. A pressão então passou a ser do Rio das Pedras, que, por sua vez, desandou a perder gols. Com Pará (três vezes), Marquinhos (duas), Brenner, Vi-

nícius... Ao Adelphi restou lutar e rezar pelo fim do primeiro tempo. De nada adiantou, porque o Rio das Pedras manteve a pressão tão logo começou o segundo tempo. E deu certo. Aos quatro minutos, depois de uma jogada pela direita, Fabrício cruzou para a área, a zaga do Adelphi falhou e Pará, livre de marcação, chutou de esquerda para marcar o gol do título. Ciente do valor do adversário, o Rio das Pedras continuou a pressionar, criou outras oportunidades de gol mas não as converteu. Somente a dez minutos do fim o Adelphi, mais na base do desespero, conseguiu equilibrar a partida e por duas vezes quase chegou ao empate. Na primeira, a zaga salvou em cima da linha; na segunda, Adriano fez difícil defesa. Depois de três minutos de acréscimo, o apito final e o início da merecida festa do campeão sub-20 da capital e de sua pequena, mas barulhenta e fanática, torcida. Rio das Pedras — Adriano, Fabrício, Hugo, Alessandro e Edgar; Vítor, Brenner, Vinícius (Paulo) e Thiago (Pablo); Pará (Matheus) e Marquinhos (Elienai).Técnico — Léo. Adelphi — Santiago, Alceu, Luan, Daniel e Mateus Silva; Jeanderson, Tuninho (Reginaldo), Bruno (Luiz) e Lucas; Henrique e Ceará. Técnico — Cosme Miranda. Árbitro — Pedro Goulart Martins, auxiliado por André Luís Azevedo de Souza e Antônio Luís Silva.

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1 - Pará, livre de marcação, chuta de pé esquerdo; 2 - Apesar do esforço, o goleiro Santiago, do Adelphi, não consegue evitar o gol; 3 - Logo depois, o artilheiro se junta a alguns companheiros para comemorar; 4 - Fim de jogo no campo do Bonsucesso, medalha de ouro no peito, todo o time de Rio das Pedras posa para a foto que ficará na história da comunidade; 5 - O presidente Roberto, entre o técnico Léo (à esquerda) e o diretor Jorge, não cabe em si de contentamento enquanto é fotografado por outros integrantes da vitoriosa comissão técnica


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