Análise Urbana

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ANÁLISE

URBANA

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO


ÁREA 12 Andressa Zerbinatti Felipe Carvalho Natália Moraes Valéria Oliveira Análise urbana desenvolvida pelos alunos da Universidade Católica de Pernambuco para a disciplina de Urbanismo I do curso de Arquitetura e Urbanismo.

“inicialmente nós moldamos as cidades - depois elas nos moldam. Assim, quanto mais humano for o espaço urbano que produzirmos, mais valorizada nossa dimensão humana estará. Uma cidade de pessoas para pessoas.” (GEHL, 2015)

Abril/2017


SUMÁRIO 1.Introdução 2.Aspectos Históricos 2.1. Evolução urbana 2.2. Patrimônio e elementos de paisagem 3.Aspectos Legislativos 3.1 Regulamentações vigentes 4. Aspectos Morfotipológicos 4.1 Do traçado urbano 4.2 Das quadras 4.3 Dos lotes 4.4 Das edificações 5. Referencias Bibliograficas



INTRODUÇÃO A temática urbana ganhou relevância nos debates das sociedades contemporâneas, seja pelos bons ou maus exemplos. Discute-se a necessidade da inclusão da dimensão humana nos planejamentos urbanísticos. Contudo, para que se estabeleçam diretrizes urbanas ou se iniciem projetos de intervenção, faz-se necessária uma análise da área, identificando suas potencialidades e necessidades. O presente trabalho teve como objetivo inicial o levantamento de dados sobre uma área determinada pertencente aos bairros dos Coelhos e Boa Vista. Para tanto, foram analisadas as suas quadras, lotes, eixos viários, tipologias, usos, etc. Assim, a partir de gráficos esquemáticos, foi possível avaliar o perfil da área de estudo. Ainda, foram considerados aspectos históricos e legislativos para formação de um conjunto coeso de dados.


ASPECTOS GERAIS A área geral de estudo se localiza nos bairros da Boa Vista e dos Coelhos, é delimitada pela Rua São Gonçalo, Rua Visconde de Goiana, Rua dos Prazeres e Rua José de Alencar.


MAPA SITUAÇÃO

RU AV

ISC ON

DE

GO

IAN

A

RU AS ÃO LO

G O NÇ A

J D

RUA JORN. EDMUNDO BITENCOURT

RU A OS É E

EA L R

NC A

RUA DO JASMIM

RUA DOS PRAZERES

N URBANISMO 1

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EIXOS VIÁRIOS Podemos classificar os eixos viários em quatro tipos: eixo metropolitano, que percorre cidades; eixo urbano, que interliga bairros, eixo local, que corta apenas um bairro; eixo microlocal que caracteriza becos, vielas e ruas sem saídas. Nessa área especifica existe a predominância de eixos urbanos, pois conectam o bairro da Boa Vista com o bairro dos Coelhos, e um eixo microlocal, que define uma rua sem saída, resultado da reentrância da Rua São Gonçalo. As vias do local têm em sua maioria forma regular, enquanto a Rua São Gonçalo possui uma forma mais irregular, aumentando sua largura no encontro com o eixo microlocal.


MAPA EIXOS VIÁRIOS

LEGENDA EIXO METROPOLITANA EIXO URBANA EIXO LOCAL EIXO MICROLOCAL

N URBANISMO 1

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ASPECTOS HISTÓRICOS EVOLUÇÃO URBANA A partir da análise dos mapas de evolução da área, nota-se que no ano de 1917 já existiam porções do polígono estudado. Porém o entorno ainda era bastante diferente, com uma área alagada e outra, que seria no futuro o bairro dos coelhos, separada do restante por um trecho do rio Beberibe. Com o decorrer dos anos, percebe-se que a área alagada foi aterrada, criando novas quadras, as quadras estudadas no polígono foram criando forma, até que em 1965 ganhou sua forma atual, diferente apenas devido a existência de uma rua que passava no meio e, que como demonstrado no mapa de 1987, foi integrada as quadras e enfim criou-se o traçado visto no mapa de 2017.

1917

1965


1987

2017


PAT R I M Ô N I O E ELEMENTOS DA PA I S AG E M CAPELA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

A Capela presente no local conecta-se a Congregação das Irmãs de Nossa senhora da Gloria, datada de 1791. Possui uma arquitetura que se destaca das outras edificações e remete as mudanças históricas vividas pela quadra onde está implantada, evidenciando o período no qual ela já existia. Acredita-se que a área descampada aos fundos da capela abriga o cemitério dos judeus. Devido ao fato do bairro dos Coelhos antigamente ser utilizado como local de sepultamento. IGREJA SÃO GONÇALO

A igreja São Gonçalo pode ser identificada desde o mapa de 1917, porém, possui em sua fachada um registro datando-a desde 1712. Ela foi restaurada e hoje possui características diferentes das de quando foi construída. IEPs

Essa área destacada tem grande importância histórica para o local, pois possui antigas edificações protegidas como Imóveis Especiais de Preservação (IEP). Sendo assim necessário a preservação de suas características, não podendo ser demolidos ou descaracterizados. Porém, uma grande parte desse local está sem uso, e abandonado.


ELEMENTOS REFERENCIAIS

LEGENDA SHOPPING COMÉRCIO SERVIÇO USO MISTO

HABIT. FORMAL HABIT. INFORMAL INSTITUCIONAL CULTURAL

VAZIO/SEM USO

EDUCACIONAL SAÚDE CEMITÉRIO RELIGIOSO URBANISMO 11 URBANISMO

NN

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ANDREA CÂMERA CÂMERA ANDREA

ANDREA STORCH STORCH ANDREA

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ASPECTOS LEGISL ATIVOS A área objeto de estudo pertence à Zona Especial de Preservação do Patrimônio Histórico-Cultural - ZEPH 08: Bairro da Boa Vista, que possui edificações significativas datadas do séc. XVII e XVIII, tombadas a nível estadual e federal. Ainda, destaca-se a coexistência entre um Setor de Preservação Rigorosa (SPR) e um Setor de Preservação Ambiental (SPA), dentro da mesma ZEPH. Por fim, existem na localidade Imóveis Especiais de Preservação (IEP).

Quadro 02 - Imóveis Especiais conforme Plano Diretor do Recife

IMÓVEIS ESPECIAIS

Imóveis Especiais de Interesse Social (IEIS) Imóveis Especiais de Preservação (IEP)

Edificações públicas ou privadas, desocupadas, subutilizadas, visando à reabilitação de imóveis para a promoção de Habitação de Interesse Social - HIS, incluindo usos mistos. Exemplares isolados de arquitetura significativa para o patrimônio histórico, artístico ou cultural da cidade do Recife, cuja proteção é dever do Município e da comunidade.

Quadro 01 - Zonas Especiais conforme Plano Diretor do Recife

Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS)

ZONAS ESPECIAIS

Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Histórico-Cultural (ZEPH)

Áreas de assentamentos habitacionais de população de baixa renda, surgidos espontaneamente, existentes, consolidados ou propostos pelo Poder Público, onde haja possibilidade de urbanização e regularização fundiária e construção de habitação de interesse social. Áreas formadas por sítios, ruínas, conjuntos ou edifícios isolados de expressão artística, cultural, histórica, arqueológica ou paisagística, considerados representativos da memória arquitetônica, paisagística e urbanística da cidade.

Áreas, potenciais ou consoliZonas Especiais de dadas, que concentram Dinamização Econômiatividades múltiplas, classifica cadas de acordo com a sua (ZEDE) configuração espacial Zona Especial do Aeroporto (ZEA)

ZEIS I

ZEIS II

Setor de Preservação Rigorosa (SPR) Setor de Preservação Ambiental (SPA) ZEDE I ZEDE II

Área onde se encontra situado o Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freire e o seu entorno.


MAPA LEGISLAÇÃO

LEGENDA ZEPH - SPR ZEPH - SPA IEP N URBANISMO 1

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LINHA DO TEMPO

1988

Lei de Uso e Ocupação do Solo A Lei nº 16.176/1996 estabelece critérios e parâmetros de uso e ocupação do solo, com o objetivo de orientar e ordenar o crescimento da cidade. Assim, realiza a divisão do Recife em 33 (trinta e três) unidades urbanas, além de delimitar um zonemento.

2001

Lei Orgânica do município do Recife (Reformada e atualizada pela emenda n° 21/2007) Lei ordinária que funciona como uma espécie de “Constituição Municipal”. Dispõe sobre o Plano Diretor, determinado seus objetivos específicos e criando o Conselho de Desenvolvimento Urbano, dentre outras providências. 2008

Lei nº 18.046/2014 Regulamenta a Zona Especial de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural (ZEPH 08 - Boa Vista), instituindo o plano específico para os Setores de Preservação Ambiental (SPA).

Constituição Federal do Brasil Prevê em seu art. 182, § 1º, que a Política de Desenvolvimento Urbano será efetivada por meio de um Plano Diretor naquelas cidades com mais de vinte mil habitantes. Esse planejamento urbanístico, executado pelo Poder Público Municipal, deverá ser aprovado pela Câmara Municipal e terá como objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. 1996

Estatuto da Cidade A Lei no 10.257/2001 regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal, estabelecendo diretrizes gerais para elaboração de políticas urbanas, além de determinar que a lei que instituir o Plano Diretor de cada cidade deverá ser revista a cada 10 (dez) anos. 2007

Plano Diretor do município do Recife (revisado pela Lei nº 17.511/2008) É o instrumento básico para orientar a política de desenvolvimento e de ordenamento da expansão urbana do município, dividindo o ambiente urbano em duas macrozonas: Macrozona de Ambiente Construído (MAC) e Macrozona do Ambiente Natural (MAN). Ainda, define como Zonas Especiais as Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), as Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Histórico-Cultural (ZEPH), as Zonas Especiais de Dinamização Econômica (ZEDE) e a Zona Especial do Aeroporto (ZEA).

2014

2017


R E G U L A M E N TA Ç Õ E S VIGENTES Conforme o art. 115 do Plano Diretor do Recife (Lei nº 17.511/2008), as ZEPHs serão regulamentadas por lei específica. Sendo assim, é a Lei nº 18.046/2014 que define condições de uso e ocupação do solo dos Setores de Preservação Ambiental (SPA 1, SPA 2, SPA 3 e SPA 4 da ZEPH - 8.1; e, SPA da ZEPH - 8.3). Já os Setores de Preservação Rigorosa permanecem com seus parâmetros estabelecidos na Lei de Uso e Ocupação do Solo (Lei nº 16.176/96). Por fim, os Imóveis Especiais de Preservação são regidos pela Lei nº 16.284/97.

*LEGENDA n = Número de pavimentos Af = Afastamento frontal Al = Afastamento lateral Afi = Afastamento frontal inicial Ali = Afastamento lateral inicial

Quadro 03 - Parâmetros urbanísticos

As edificações poderão colar os 2 (dois) primeiros pavimentos, em 2 (duas) das divisas laterais e de fundos, obedecendo as condições estabelecidas em lei.

Setores de Preservação Ambiental (SPA 1)

Setores de Preservação Rigorosa (SPR 1)

Deverá ser localizada na parte posterior do terreno, no mínimo, 60% (sessenta por cento) da área resultante da taxa de solo natural. O afastamento frontal deverá ser nulo até 02 pavimentos, correspondendo ao gabarito máximo de 7,50m (sete metros e cinquenta centímetros). A partir de 03 pavimentos, os afastamentos deverão ser obtidos mediante a seguinte fórmula: Af = Afi + (n-4)0,25 Al = Ali + (n-4)0,25 Afu = Al (*) É necessária uma análise especial para cada caso a critério do órgão competente, objetivando a restauração, manutenção do imóvel e/ou sua compatibilização com a feição do conjunto integrante do sítio, sendo permitida a demolição dos imóveis cujas características não condizem com o sítio, ficando o parecer final a critério da Comissão de Controle Urbanístico (CCU); ZEPH selecionada com proposta de Plano Específico. Não será permitida nos IEP qualquer intervenção que implique em demolição, descaracterização dos seus elementos originais ou alteração da volumetria e da feição da edificação original.

Imóveis Especiais de Preservação (IEP)

Não será permitido o desmembramento dos terrenos dos IEP. Qualquer uso é permitido nos IEP, desde que não acarrete descaracterização do imóvel, observados os requisitos de instalação estabelecidos na LUOS. As intervenções de qualquer natureza nos IEP ficam sujeitas à consulta a prévia e à análise especial por parte dos órgãos competentes do Município. O proprietário do IEP terá direito de construir nova edificação, na área remanescente do terreno, se houver, utilizando o potencial construtivo inerente ao aludido imóvel, na forma da LUOS.


ASPECTOS MORFOTIPOLÓGICOS Conforme Lamas¹, utiliza-se o termo morfologia para designar o estudo da configuração e da estrutura exterior de um objeto. Isto é, trata-se de uma ciência que estuda as formas, interligando-as com os fenômenos que lhes deram origem. Nesse sentido, entende-se que a morfologia urbana busca explicar a paisagem urbana e a sua razão de ser, considerando aspectos exteriores da cidade e as relações entre eles. A partir desse estudo obtêm-se inúmeras leituras possíveis, que são consequências dos múltiplos fenômenos que podem influenciar a construção das formas. Contudo, é possível que existam fenômenos com maior importância que outros, razão pela qual deve-se interligar essas diferentes leituras para que forneçam uma análise mais apropriada sobre uma região. Destaca-se a relevância da distinção entre forma e morfologia. A primeira compreende as características exteriores e físicas da cidade ou região, enquanto a morfologia é a disciplina que estuda a própria forma urbana e sua evolução no tempo. Ainda, esse estudo deve considerar os níveis ou momentos de produção do espaço urbano, que possuem lógica própria, além das suas inter-relações. Em resumo, pode-se afirmar que a morfologia urbana reúne dados de diferentes disciplinas, a fim de explicar um único fato concreto: cidade como fenômeno físico e construído.²

¹LAMAS, Jose M. Ressano Garcia. Morfologia urbana e desenho da cidade. 2. ed. Lisboa: Fundacao para a ciencia e Tecnologia, 2000. p.37 ²Ibdem, p. 38



EDIFICAÇÕES Da análise do mapa de edificações observa-se a relação entre a área construída e área livre, além do tipo de afastamento predominante na região. Em outras palavras, evidenciam-se as áreas edificadas das não edificadas, sejam públicas ou privadas. Assim, nota-se que os centros das quadras possuem uma maior proporção de áreas livres, uma vez que a maioria edificações não possui recuo frontal no polígono destacado. Além disso, algumas áreas não edificadas pertencem a lotes vazios, em que predominam a vegetação. No geral, a área edificada é superior à não edificada, sugerindo uma densidade construtiva alta.


MAPA EDIFICAÇÕES

LEGENDA EDIFICADO NO POLÍGONO EDIFICADO FORA DO POLÍGONO NÁO EDIFICADO N URBANISMO 1

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QUADRAS Para a análise do tamanho das quadras foram considerados os valores não só da área de estudo, mas também de toda área objeto da disciplina de Urbanismo I. Dessa forma, as quadras foram classificadas conforme suas áreas em: grande, média e pequena. O polígono destacado possui uma quadra grande, uma média e duas pequenas. Ainda, duas possuem formato retangular, uma triangular e uma irregular. Contudo, apesar dessa classificação, pela perspectiva do pedestre as distâncias percorridas são grandes, uma vez que não há permeabilidade física nas quadras. Essa característica destoa dos preceitos enunciados por Jane Jacobs, que afirma que “a maioria das quadras deve ser curta; ou seja, as ruas e as oportunidades de virar esquinas devem ser frequentes. ”³ Gráfico 01 - Tamanho das quadras

25%

25%

50%

PEQUENA

³JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2014. p. 197

MÉDIA

GRANDE


MAPA TAMANHOS DAS QUADRAS

LEGENDA PEQUENA MÉDIA GRANDE N URBANISMO 1

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LOTES Após a análise do tamanho dos lotes do entorno imediato e da área de estudo, classificaram-se os lotes em: grandes, médios e pequenos. Desse modo, observa-se que na área predominam lotes pequenos com formato regular. Ainda, a maioria possui característica alongada e são majoritariamente ocupados por uma única edificação sem recuo frontal ou lateral, criando uma espécie de barreira física. Por outro lado, percebe-se que, devido à grande quantidade da edificações com a tipologia de casas porta e janelas, há uma maior interação entre os espaços públicos e privados: quem passa pela calçada pode estabelecer contato direto com quem está dentro da edificação. Essa característica revela um potencial positivo para a área, já que “inúmeras unidades estreitas e muitas portas ao longo das ruas comerciais proporcionam as melhores oportunidades de interação entre compradores e vendedores, enquanto as várias portas garantem vários pontos de troca entre o lado de dentro e o lado de fora.” 4

Gráfico 02 - Tamanho dos lotes

3%

2,4%

94%

PEQUENO

MÉDIO

GRANDE


MAPA TAMANHOS DOS LOTES

LEGENDA PEQUENO MÉDIO GRANDE N URBANISMO 1

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GABARITO Conforme se observa no Gráfico 03, o gabarito da região é considerado baixo. Há uma predominância de edifícios térreos (64%) se comparados com edifícios de 2 pavimentos (29,44%), de 3 a 4 pavimentos (5,55%) e de 5 a 10 pavimentos (1,11%). Nesse sentido, Jan Gehl afirma que “os conjuntos de casa de até dois andares e meio tem mais vida de rua e socialização por domicílio do que os edifícios mais 5 altos.” Isto é, há uma maior probablidade das pessoas frequentarem os espaços públicos viários da região, já que essa proximidade com a rua sugere que o deslocamento para dentro e para fora do edifício não é tão longo. Gráfico 03 - Gabarito

5,55%

64%

29,44%

5

GEHL, Jan. Cidade para pessoas 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 2015. p. 68

1,1%

TÉRREO

2 PAVIMENTOS

3 A 4 PAVIMENTOS

5 PAVIMENTOS


MAPA GABARITOS

LEGENDA TÉRREO 2 PAVIMENTOS 3 A 4 PAVIMENTOS 5 A 10 PAVIMENTOS

11 A 20 PAVIMENTOS MAIS DE 20 PAVIMENTOS N URBANISMO 1

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USOS Predomina na área o uso residencial, evidenciado pelas habitações formais que equivalem a 58% dos lotes. Porém, mesmo em minoria, observa-se a existência de uso misto, comércio, serviço, saúde, institucional, cultural, educacional e uma quantidade de lotes vazios ou sem uso, os quais contribuem na porção de áreas não edificadas no território. No geral, o espaço possui uma certa diversidade de usos, apesar da predominância 6 habitacional. Segundo Jane Jacobs, essa diversidade visa garantir a presença de pessoas em horários diferentes por motivos diferentes. Assim, o espaço ganha maior vitalidade, favorecendo os deslocamentos a pé. Gráfico 04 - Usos

10%

1%

6% 58%

4% 1% 3% 7% 9% HABIT. FORMAL

COMÉRCIO

SERVIÇO

INSTITUCIONAL

RELIGIOSO

SAÚDE

VAZIO/SEM USO

USO MISTO

CULTURAL E EDUCACIONAL

6

JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2014. p. 167


MAPA USOS

LEGENDA SHOPPING COMÉRCIO SERVIÇO USO MISTO

HABIT. FORMAL HABIT. INFORMAL INSTITUCIONAL CULTURAL

VAZIO/SEM USO

EDUCACIONAL SAÚDE CEMITÉRIO RELIGIOSO URBANISMO 1

N

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USOS TÉRREO


MAPA USOS TÉRREO

LEGENDA SHOPPING COMÉRCIO SERVIÇO USO MISTO

HABIT. FORMAL HABIT. INFORMAL INSTITUCIONAL CULTURAL

VAZIO/SEM USO

EDUCACIONAL SAÚDE CEMITÉRIO RELIGIOSO URBANISMO 1

N

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TIPOLOGIA A tipologia predominante na área estudada é a TIPO 2, ou seja, casas porta e janela modificadas, seguida do TIPO 1, que são casas de porta e janela propriamente ditas. Ao se relacionar essa informação com os mapas de gabarito e usos observa-se a maneira como a tipologia predominante sugere um gabarito específico, além de sugerir um tipo de uso. Nesse caso, estão interligados o gabarito baixo (majoritariamente casas térreas) e o uso (majoritariamente habitacional). O local também contém sobrados, galpões, edifícios caixões, edifícios pilotis e religioso que se aplicam aos gabaritos mais altos e aos demais usos. Figura - Tipologia Gráfico 05 - Tipologia

6,45%

3%

3,22% 1

2

3

34% 12%

4

5

6

7

8

9

10

11

12

40,32% TIPO 1

TIPO 2

TIPO 3

TIPO 6

TIPO 11

TIPO 4, 7, 8, 12


MAPA TIPOLOGIA

LEGENDA TIPO 1 TIPO 2 TIPO 3 TIPO 4

TIPO 5 TIPO 6 TIPO 7 TIPO 8

TIPO 9 TIPO 10 TIPO 11 TIPO 12

N URBANISMO 1

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DENSIDADE H A B I TAC I O N A L

0.00 - 109.43

490.94 - 788.95

109.44 - 285.96

788.95 - 2608.60

285.96 - 490.94


MAPA DENSIDADE HABITACIONAL

LEGENDA 0.00 - 109.43 109.44 - 285.96 285.96 - 490.94 490.94 - 788.95

788.95 - 2608.60

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DENSIDADE POPUL ACIONAL

50%

50%

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490.94 - 788.95

109.44 - 285.96

788.95 - 2608.60

285.96 - 490.94


MAPA DENSIDADE POPULACIONAL

LEGENDA 0.00 - 109.43 109.44 - 285.96 285.96 - 490.94 490.94 - 788.95

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DENSIDADE CONSTRUÍDA

25% 25%

50% ATÉ AQ/2

MAIS DE 2 AQ ATÉ 4 AQs

MAIS DE 1AQ/2 ATE 1 VEZ

MAIS DE 4 AQs

MAIS DE 1 AQ ZTE 2 AQs


MAPA DENSIDADE CONSTRUÍDA

LEGENDA ATÉ AQ/2 MAIS DA 1AQ/2 ATÉ 1 VEZ MAIS DE 1AQ ATÉ 2AQs MAIS DE 2AQ ATÉ 4AQs

MAIS DE 4AQs

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS google maps GEHL, Jan. Cidade para pessoas 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 2015. JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2014. LAMAS, Jose M. Ressano Garcia. Morfologia urbana e desenho d a c i d a d e . 2 . e d . L i s b o a : F u n d a c a o p a r a a c i e n c i a e Te c n o l o g i a , 2000.

http://bairroboavistareci.blogspot.com.br/2011/04/patio-de-santa-cruz.html


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