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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
BIBLIOTECA PÚBLICA GLAUCIA CAROLINA ROCHA PEREIRA R.A. B29IFG-0
JUNDIAÍ / SP – 2016
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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
BIBLIOTECA PÚBLICA GLAUCIA CAROLINA ROCHA PEREIRA
Monografia apresentada para obtenção do título em nível de Graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Paulista - UNIP, sob orientação do(a) Prof.ª Arq. e orientador(a) Ludmila Corrêa.
JUNDIAÍ / SP – 2016
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EPÍGRAFE
“Os que confiam no Senhor serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre”. Salmos, 125:1.
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DEDICATÓRIA
Esta realização eu dedico em primeiro lugar a Deus, o Único que é Eterno e Infinito e ao meu esposo Rafael Pereira, que me apoiou de forma incondicional, sempre com muito amor, paciência, carinho e atenção para que uns dos meus maiores sonhos fossem realizados.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus que sempre me ajudou me dando luz, direção, sabedoria e foco para que eu conseguisse alcançar este objetivo que consiste em concluir o presente trabalho. Sou grata a minha família e amigos por terem entendido a minha ausência ao longo desses cinco anos, além de confiarem e apoiarem nesse desafio. Agradeço a Prof.º Mestre Ludmila Corrêa que sempre me incentivou, nos momentos que pensei em desistir ela esteve do meu lado me apoiando e motivando, além de sempre ser muito paciente e compreensível. E finalmente a todos aqueles que diretamente ou indiretamente colaboraram para a realização deste sonho e contribuíram no meu desenvolvimento pessoal e profissional.
Meus sinceros agradecimentos !!!
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RESUMO
Este presente trabalho consiste em desenvolver um projeto de uma biblioteca pública em um ponto estratégico na Cidade de Jundiaí, localizado próximo das vias principais (Avenida Antônio Segre, Avenida Antônio Frederico Ozanan, Avenida União dos Ferroviários e Rua dos Bandeirantes) visando ser um atrativo para crianças e adultos proporcionando também, um espaço de encontro, de cultura e lazer para toda a população da cidade de Jundiaí e cidades vizinhas. Este tema desenvolve-se pois em Jundiaí há apenas três bibliotecas com acervo restrito em quantidade e tema. Com esse trabalho espera-se promover um ganho expressivo para a cultura, lazer, e socialização além de transpor uma das principais barreiras que os estudantes principalmente de cursos superiores enfrentam por necessitarem de um acervo mais rico e mais estruturado capaz de atender as mais diversas demandas.
Palavras Chaves: (Biblioteca; Cultura; Jundiaí.)
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ABSTRACT
This work has as a purpose the development of a project for a public library in a strategic location in Jundiaí City, located near the main roads (Antônio Segre Avenue, Antônio Frederico Ozanan Avenue, União dos Ferroviários Avenue and Street of Bandeirantes) aiming to be an attractive both for children and for adults providing a great place for chatting, culture and relaxing for all everyone from Jundiai and near cities. This theme has the development in Jundiai city, because there are just three libraries, with a very small collections and theme. With this work is expected to promote a significant gain for culture, leisure and socialization in addition to overcome one of the main barriers that students mainly from higher education faced by requiring a richer and more structured collection able to meet the most diverse demands.
Keywords: (Library; Culture; Jundiaí.)
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INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é desenvolver uma Biblioteca Pública na cidade de Jundiaí, para que esta possa atender tanto a população e escolas do seu entorno, bem como os estudantes de cursos superiores e técnicos em suas respectivas áreas. A cidade de Jundiaí está situada a 65 km da capital Paulista e apenas 45 km da cidade de Campinas, ambas sedes de região metropolitanas, que indica uma localização privilegiada, com infraestrutura disponível, diversos serviços, bens de consumo e com bons indicadores de qualidade de vida. Vinculado com o objetivo do trabalho, está o objetivo do projeto que é desenvolver um espaço público para a população servindo de suporte para as escolas e universidades da cidade. A procura de acervos com foco especifico, como livros de engenharia, arquitetura e tecnologias avançadas é bem expressiva devido ao aumento do número de faculdades/universidades com uma gama de variedade de cursos. Esse fator nos direciona na percepção de que a cidade de Jundiaí atualmente não supre a necessidade ter um acervo mais rico, logo é necessário qualificar outro local para melhorar essa questão, pois a população local necessita recorrer à outras bibliotecas na região. O levantamento quanto as bibliotecas existentes e o levantamento de dados sobre a cidade auxiliou na escolha do terreno. Este localizado próximo ao centro da cidade de Jundiaí, é limítrofe a Avenida União dos Ferroviários uma das avenidas com maior importância. A pesquisa sobre o tema caracterizando-se como uma área de fácil acesso, com serviços de transporte e infraestrutura instalados, indicando que a localização é estratégica e privilegiada permitiu o embasamento teórico para o desenvolvimento de projeto cujo partido arquitetônico está vinculado a topografia do terreno e ao eixo de ligação entre as duas ruas limítrofes ao terreno e ao visual para o jardim botânico da cidade localizado nas proximidades.
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JUSTIFICATIVA Um ponto relevante para a escolha do tema foi às condições que se encontram as outras bibliotecas públicas existentes na cidade de Jundiaí, que possuem um número restrito de acervo e com pouca variedade de tema. O resultado é a falta de livros para algumas áreas mais específicas e o uso de espaços pequenos e com estrutura fora dos padrões necessários para abrigar os usuários já que nem todos os prédios foram construídos para ser uma biblioteca. A Biblioteca Pública proposta neste trabalho não gerará nenhum conflito com as já existentes, porém agregará valores às demais bibliotecas no âmbito de conteúdo e acervos mais atuais, que além de manter os tradicionais acervos, abrange uma maior variedade de atividades culturais, bem como meios de multimídias, tornando-a mais dinâmica a fim de atender um maior número e quantidade de usuários com necessidades diversas. Além disso, um dos objetivos é que ela possa ter um acervo diferenciado, com ênfase no desenvolvimento do mundo atual, que será em tecnologias, engenharias, fotografias, cinema, teatro, artes, designer industrial, designer digital, softwares, arquitetura e cultura, pois às bibliotecas de Jundiaí possuem
um acervo voltado para parte histórica. Assim vê-se a necessidade de uma biblioteca com acervo que abranja outros temas. Contudo vale ressaltar que a arquitetura tem o objetivo de criar um espaço que seja capaz de atrair pessoas de diferentes níveis de conhecimento, cultura e interesses, para consultar os exemplares disponíveis e expandir seus conhecimentos e coabitarem este espaço, socializar e trocar experiências. Com isso é ideal que a Biblioteca Pública esteja inserida em um lugar com grande circulação de pessoas, podendo proporcionar uma utilização diversificada e de fácil acesso. Devido a isso foi escolhido o terreno, que se localiza próximo ao centro da cidade, com facilidade de acesso através de automóveis e transportes públicos. Ressaltando que a cultura assim como a educação, é base para qualquer população. Por isso é preciso incentiva-las e criar mecanismos para que se desenvolvam com maior qualidade no país, a fim de abranger um maior público e diminuir a desigualdade ao acesso as informações e oportunidades, criando assim um centro de formação, difusão e social.
METODOLOGIA A metodologia empregada no desenvolvimento desse trabalho consistiu em leitura de livros, artigos além de muitas informações disponíveis em meio eletrônico. Outro método utilizado foi o levantamento de análises do terreno, sendo: topografia, entorno, uso e ocupação do solo, focando antes de tudo na legislação.
Com todos esses pontos levantados, foi adotado como próximo passo a busca por referências projetuais, em seguida foi realizado a análise de programa de necessidade para elaboração do mesmo. Com isso foi desenvolvido o fluxograma do projeto, avaliado sua volumetria e como elemento fundamental houve a concepção do projeto.
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1. TEMA
A palavra biblioteca tem sua origem da palavra grega bibliotheke, resultado da junção de duas palavras do idioma grego, são elas biblio e tëke, que significam respectivamente, livro e depósito, por isso era entendida como o depósito responsável pela guarda de materiais escritos, papiros e pergaminhos e são por definição locais destinados a uma coleção de informações que podem ser escritas em livros ou digitalizadas, proporcionando acesso ao conhecimento, cultura e obras criativas. Atualmente essa ideia é pouco precisa, já que os sentidos de biblioteca, seja na literatura científica da área ou nas necessidades dos sujeitos-leitores, são muito mais amplos. “Através dos séculos, coleções de livros serviam para simbolizar a cultura e o conhecimento, na maioria das línguas, a palavra biblioteca passou a significar não somente os livros, mas também os prédios que os abrigam”. (CAMPEBELL, 2015).
Desde as primeiras bibliotecas essa palavra tem sido empregada para designar um local onde se armazenam livros dispostos ordenadamente para estudo e consulta, podendo ser concreto ou virtual que reúna coleção de informações de qualquer tipo. Por volta do ano 700 a.C as bibliotecas não eram públicas, serviam apenas como depósito de livros, os acervos ficavam em armários, e as disposições arquitetônicas dos edifícios tinham o objetivo de impedir a saída dos livros. (CAMPEBELL, 2015). A primeira biblioteca surgiu no ano de 3.000 a.C. na Mesopotâmia. Esta Biblioteca, a de Nínive, armazenava placa de argilas com manuscritos esculpidos, e chegou a possuir cerca de 25.000 placas em sua coleção e foi fundada pelo rei assírio Assurbanipal II (século VII a. C.). (CAMPEBELL, 2015). A Biblioteca de Nínive estava localizada em um palácio, propriamente esses depósitos pequenos se localizavam próximos a entrada principal do palácio, onde residia o rei. (CAMPEBELL, 2015).
Esses depósitos pequenos e compactos eram trancados com selos nas portas. A existência da Mesopotâmia antiga é de significância cultural, mas as evidências encontradas até hoje mostram que eram desinteressantes do ponto de vista arquitetônico. (CAMPEBELL, 2015). Os Egípcios formaram suas bibliotecas, sendo a biblioteca de Hórus em Edfu, localizada dentro de um templo, ao qual a sala onde abrigava a biblioteca era equivalente a pouco mais de que um armário amplo com nichos nas paredes feitas de pedras e nessas paredes também havia escritas. (CAMPEBELL, 2015). Na Grécia as bibliotecas estavam localizadas também em templos, a primeira biblioteca foi a de Pérgamo e sua arquitetura era uma estrutura de quatro cômodos, o primeiro e maior tinha plataformas de pedra de 90cm de altura posicionadas a 50 cm das paredes de três lados e as outras salas uma era sala de banquetes e as outras salas de leituras. (CAMPEBELL, 2015). A Biblioteca de Alexandria foi fundada em 280 a.C. por Ptolomeu I Sóter (o Salvador), e existiu até a Idade Média. Possuía cerca de 700.000 rolos de papiros e pergaminhos. A biblioteca estava localizada dentro do templo das Musas. Esta biblioteca tinha seus livros organizados em uma série de depósitos e corredores montados em pátios, inclusive os livros eram lidos no próprio local. (CAMPEBELL, 2015). A biblioteca se perdeu devido a sucessivos desastres naturais e saques. Mas em 2002, houve uma inauguração da Nova Biblioteca de Alexandria. As bibliotecas romanas consistiam em uma sala ampla que media 16,7 x 10,9 m e era uma espaço único, com duas sacadas e uma plataforma alta que circulava as paredes, as quais tinham nichos enfileirados. (CAMPEBELL, 2015). A idade média foi a grande época das bibliotecas ligadas a ordens religiosas, não só entre sacerdotes católicos, mas também nos centros árabes, nos monastérios irlandeses, entre outras religiões. (CAMPEBELL, 2015).
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Dado o interesse em manter a informação restrita aos grupos dominantes, as bibliotecas eram prédios e difícil acesso, localizada em monasterios e todo o acesso era controlado pelos religiosos. (CAMPEBELL, 2015). As bibliotecas dos mosteiros juntou-se com as bibliotecas universitarias europeias a partir do século XIII. (CAMPEBELL, 2015). Por meio dos levantamentos e pesquisas pode se notar que as bibliotecas da antiguidade e da Idade Média não foram criadas para ser acessivel ao grande público, e sim significavam poder e o acúmulo de conhecimento para uma pequena elite. Essas bibliotecas se mantiveram até o Renascimento com o carater religioso. Mas é no resnascimento que as bibliotecas tem um papel de disseminar a informação. (CAMPEBELL, 2015). A coleção de livros e da organização das bibliotecas passaram a ser algo importante, e tinham apoio de duques, mercadores e reis para manter essas bibliotecas. (CAMPEBELL, 2015). A preocupação com a disposição arquitetônica, a organização interna, e outros detalhes começaram a ser avaliados com mais atenção, sendo assim surgiu o bibliotecário que tinha essa função. (CAMPEBELL, 2015). Foi assim uma porta de abertura para uma nova era na história das bibliotecas. (CAMPEBELL, 2015). No Brasil a primeira biblioteca pública instalada está localizada em Salvador, sendo construída em 1811, abriga registros valiosos da história. A Biblioteca Nacional está localizada no Rio de Janeiro (fig. 1), tendo como seu núcleo original a antiga livraria de D. José, organizada sob a inspiração de Diogo Barbosa Machado, Abade de Santo Adrião de Sever. A coleção de livros foi iniciada para substituir a Livraria Real, que foi consumida pelo incêndio que sucedeu o terremoto de Lisboa de 1º de novembro de 1755.
Fig. 01 - Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Biblioteca_Nacional_do_Brasil
Inaugurada em 1810, com a vinda da Família Real a transferência da Biblioteca Real de Lisboa para o Brasil representou para todo o país o início da Biblioteca Nacional, a qual só ocupou um prédio definitivo muitas décadas depois em 1910. Esse prédio que foi projetado pelo engenheiro Francisco Marcelino de Souza Aguiar, apresenta estilo eclético, combinando elementos neoclássicos e de art-nouveau. (Disponível em: https://www.bn.gov.br/sobre-bn/historico)
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Em São Paulo, a primeira Biblioteca pública da cidade foi fundada em 1925, localizada na Rua da Consolação (fig. 2).
Fig. 2 – Localização da Biblioteca Mario de Andrade Fonte: Google Earth
Com o nome de Biblioteca Mario de Andrade (fig. 3), teve o objetivo em atender toda a população. Esta contempla um acervo com mais de três milhões de itens, dos mais variados tipos. É considerada a segunda maior biblioteca do país, superada pela Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. (Disponível em: https://www.bn.gov.br/sobre-bn/historico).
Ressaltando que durante o desenvolvimento do trabalho foi realizada uma visita no local e foi possível observar o seu entorno, seu estilo, bem como a sua utilização por estudantes, crianças e adultos. Foi evidenciado que a sua localização e condição de inserção na praça Dom José Gaspar são determinantes para um desfrute de um estar público e na configuração do edifício, a entrada da Av. São Luiz e a grande entrada pela rua da Consolação determinaram eixos estruturadores da volumetria e desenvolvimento da ocupação de todo o prédio. Os espaços internos são muito agradáveis, amplos, com iluminação natural e iluminação artificial. A entrada é ampla contendo um folyer que serve de acesso ao teatro, um corredor totalmente envidraçado que permite acessar outras áreas do prédio (área de leitura acervo, sanitário e cafeteria), além desses detalhes foi possível validar que os espaços internos atende às necessidades e o proporciona o conforto aos frequentadores. Todo o conjunto foi detalhado respeitando as condições de reversibilidade. O edifício atual foi projetado pelo francês Jacques Pilon. Ele contém diversas salas de leituras, sala de convivência e um auditório, uma extensa área verde que o rodeia, uma entrada evidente e monumental. O edifício de proporções monumentais é considerado um dos marcos do movimento art. Déco, com formas geométricas e pé direito mais alto, estilo popular no século XX e influenciado pelo cubismo. (Disponível em: https://www.bn.gov.br/ sobre-bn/historico)
Fig. 3 - Biblioteca Mario de Andrade Fonte: http://www.archdaily.com.br/
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Em Jundiaí há apenas 3 bibliotecas, que estão indicadas na fig. 4, são elas, o Gabinete de Leitura Ruy Barbosa (Associados), a Biblioteca Municipal Prof° Nelson Foot (Pública) e a Biblioteca do SESC (Pública). Localizam se na região central de Jundiaí elas são antigas ou pequenas, com acervos similares e com o mesmo objetivo: empréstimo de livros e pesquisas, não tornando convidativo as pessoas.
Fig. 4- Mapa de Localização das Bibliotecas em Jundiaí Fonte: https://www.google.com/earth/
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O Gabinete de Leitura Ruy Barbosa, (fig. 5), foi a primeira biblioteca da cidade, fundada por José Feliciano e está localizado na Rua Cândido Rodrigues, centro de Jundiaí.
Fig. 6- Gabinete de Leitura Ruy Barbosa Fonte: http://www.redebrasilatual.com.br Fig. 5 – Localização do Gabinete de Leitura Ruy Barbosa Fonte: https://www.google.com/earth/
O Gabinete (fig. 6) foi inaugurado em 1908, e era localizado na Rua do Rosário. Em 1922 foi construída uma nova sede com estilo arquitetônico neoclássico, construído especificamente para atender as expectativas que se tem de uma biblioteca, conta com mais de 45.000 volumes, divididos em obra de livre circulação entre associados e obras de pesquisa e também parte de seu acervo pode ser acessado via internet. A Biblioteca apresenta acervo com documentos históricos e também parte da pinacoteca, com mais de 100 quadros. (Disponível em http://www.gabinete.org.br/).
O centro literário forma um conjunto arquitetônico com a Praça Ruy Barbosa, localizada a frente da edificação A biblioteca possui dois andares sendo eles: pavimento térreo contendo acervo em geral, leitura periódica, acervo infantil, anfiteatro com capacidade para 62 pessoas, área de café, recepção e sanitários. O pavimento superior contém acervo geral, área de pesquisa, sala de estudo e recepção. A estrutura do prédio é constituída de autoportante de tijolos de barro maciços e vigamento de ferro e concreto. Sua cobertura é de telhas cerâmicas do tipo francesa, quatro águas encerradas por platibandas, a vedação é de tijolo de barro maciço. (Disponível em http://www.gabinete.org.br/). Analisando o edifico em questão, nota-se a necessidade de mais cuidado com os ambientes internos e melhor acessibilidade, o ambiente destinado a acervo é pequeno e estreito, e a circulação destinada as pessoas é reduzida, já por outro lado a arquitetura do edifício chama atenção por ser um prédio de patrimônio histórico e se encontrar em um corredor de patrimônios históricos da cidade.
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A Biblioteca Municipal Prof. Nelson Foot está localizada na Rua Dr. Cavalcanti n° 396, no bairro Vila Arens em Jundiaí (Fig. 7). Foi criada em 11 de dezembro de 1969 e inaugurada em 18 de dezembro de 1970, conta com atualmente 60.000 itens, entre livros, material multimídia e braile.
O arquiteto Jorge Luiz Vernaglia afirma que o conceito é um eixo central reversível, que dá para desmontar tudo sem tirar um parafuso, tendo o interior agradável e funciona muito bem como biblioteca. (Disponível em http://biblioteca.jundiai.sp.gov.br/noticias/). Abaixo, na fig. 8, é possível observar a fachada da biblioteca.
Fig. 7 – Mapa de localização da Biblioteca Prof° Nelson Foot Fonte: https://www.google.com/earth/
Ocupa uma área de 2.840 m², localizada dentro do complexo Argos, com iluminação natural e acesso a população. Contêm salas de leitura, área de convivência, gibiteca, espaço infanto-juvenil, auditório com 89 lugares, área de exposição e acervo. Também tem acesso à internet e terminais de consulta. O edifício era um antigo galpão da fábrica têxtil, e passou por uma reformulação para servir como biblioteca. Possui um pé direito de mais de 6 metros de altura, alvenarias foram conservadas, juntamente com a estrutura em aço. As telhas mantiveram o formato original, mas a cor utilizada foi a branca. A iluminação natural foi mantida, a acessibilidade é total. Sua fachada é voltada para a Rua José do Patrocínio. Os espaços internos são bem compactos, amplos, mas sem utilidade devido à falta de equipamentos de conforto ao público, como mesas e estofados para leitura, a área de exposições é pequena e sem muitos atrativos para o usuário, inclusive é afetado por ruídos devido a movimentação de carros na avenida próxima e paralela a biblioteca.
Fig. 8- Biblioteca Municipal Prof. Nelson Foot Fonte: http://turismo.jundiai.sp.gov.br
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O SESC foi inaugurado em abril de 2015 e está localizado na Avenida Antônio Frederico Ozanan, próximo a Prefeitura e ao Jardim Botânico de Jundiaí (fig. 9). E atrai o público com suas atividades culturais, de lazer, e pelo arrojado desenho arquitetônico de seu edifício aos quais segue conceitos de sustentabilidade e respeita as características do terreno e tendo uma integração com a natureza em volta.
Fig. 10- Biblioteca do SESC Jundiaí – Imagem Interna Fonte: http://www.tvejundiai.com.br
Fig. 9 – Mapa de localização do SESC Fonte: https://www.google.com/earth/
A Biblioteca (Fig. 10) possui uma área de 223m², com ambientes de leitura, acervo, informática, área de estudos, área infantil, leituras periódicas, equipamentos com acessibilidade e recepção. Conta com mais de 5.000 volumes, divididos entre livros de literatura, infantil, juvenil, adulta, dicionário, enciclopédia, livros temáticos (artes, dança e etc.), revistas e jornais. (Disponível em http://www.tvejundiai.com.br/noticias/e-jundiai-ganha-oficialmente-a-unidade-do-sesc-no-proximo-sabado18/).
Analisando a biblioteca foi possível evidenciar que os ambientes são confortáveis, dinâmicos, atrativos, bem distribuídos e todos os setores sendo interligados. A arquitetura em si é simples, mas moderna e convidativa, pois a biblioteca está dentro do SESC, ao qual já possui uma arquitetura exuberante. Porém a biblioteca tem um espaço limitado para circulação e ampliação do acervo. Fazendo uma análise dos programas de necessidades das bibliotecas existentes em Jundiaí, é notório que todas tem a mesma finalidade com empréstimo de livros, mas não possui nenhum tipo de atração ao público, como áreas verdes, áreas de exposição e áreas externas para leitura. Através das análises feitas, a biblioteca proposta neste trabalho contara com espaço amplos, diversidade de acervo com foco especifico, como livros de engenharia, arquitetura e tecnologias avançadas, auditório, midiateca, acessibilidade, acomodações confortáveis e terraços.
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2. SÍTIO Apresentação da Região Jundiaí surge em 1615, ocupando as margens do Rio Jundiaí, mas passou a ocupar áreas mais altas para defesa. Essas áreas foram organizadas com traçado quadriculado à partir de quatro ruas centrais (fig. 11), que são Rua Direita (atualmente Barão de Jundiaí), Rua do Meio (Rua do Rosário), Rua Nova (Senador Fonseca) e Rua Boa Vista (Zacarias de Góes).
Nos anos 1930 e 1940 ocorreu um novo impulso industrial e após a inauguração da Rodovia Anhanguera, em 1948 mais empresas procurou a cidade, aproveitando a abertura da economia ao capital estrangeiro em 1950. Foi nessa época que vieram para o município as indústrias metalúrgicas. (Disponível em http://www.jundiai.sp.gov.br/a-cidade/historia/). A cidade está localizada a 55 km da capital paulista e a 45 km de Campinas. Corresponde a uma cidade muito privilegiada, a 30 quilômetros do Aeroporto Internacional de Viracopos, a 80 km do aeroporto de Cumbica – Guarulhos e a 7 km do aeroporto de Jundiaí, tendo uma boa infra-estrutura e bons indicadores de qualidade de vida. É formada por 401.896 mil habitantes e uma área territorial de 431,170 km². (Disponível em https://www.jundiai.sp.gov.br/a-cidade/perfil/) Jundiaí é sede do Aglomerado Urbano (fig. 12) ao qual conta com os municípios vizinhos sendo eles: Cabreúva, Campo Limpo Paulista, Itupeva, Jarinu, Jundiaí, Louveira e Várzea Paulista.
Fig. 11- Mapa de localização das quatro ruas Fonte: Google Maps Edição: Glaucia Pereira, 2016
À partir da segunda metade do século XIX a produção cafeeira ganhou força para o oeste e isso promoveu o crescimento da cidade, junto com o café vieram à ferrovia e as indústrias. (Disponível em http://www.jundiai.sp.gov.br/a-cidade/ historia/).
Fig. 12– Aglomerado Urbano de Jundiaí Fonte: Google Maps, 2016
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A região que hoje corresponde ao AUJ (Aglomerado Urbano de Jundiaí), no final da década de 1980 tinha um caráter industrial, passando a apresentar a predominância do setor de serviços e comércio, e nos últimos anos o setor de logística tem crescido, aproveitando-se da posição geográfica. (FANELLI e SANTOS JÚNIOR, 2013). A malha viária do município compreende as seguintes estradas: (Rodovia dos Bandeirantes, Rodovia Anhanguera, Estrada Velha de São Paulo-Campinas, Rodovia Marechal Rondon e Rodovia das Estâncias (Circuito das Águas) como indica a (fig. 13). (Disponível em http://www.jundiai.sp.gov.br/acidade/historia/).
A malha viária do município compreende as seguintes estradas: (Rodovia dos Bandeirantes, Rodovia Anhanguera, Estrada Velha de São Paulo-Campinas, Rodovia Marechal Rondon e Rodovia das Estâncias (Circuito das Águas) como indica a (fig. 13). (Disponível em http://www.jundiai.sp.gov.br/acidade/historia/).
Fig. 14- Mapa de localização das rodovias principais Fonte: Google Maps Edição: Glaucia Pereira, 2016
Por meio das rodovias Anhanguera e Bandeirantes, conseguimos acessar a avenida Jundiaí e avenida Prefeito Luís Lattorre, ambas dessas se encontram na avenida nove de julho ao qual chegam na avenida União dos Ferroviários que é a principal avenida de acesso ao terreno e através da avenida União dos Ferroviários temos acesso secundário do terreno pela rua dos Bandeirantes (fig. 15). Fig. 13- Mapa de localização das rodovias Fonte: Google Maps Edição: Glaucia Pereira, 2016
As principais rodovias (fig. 14) que cortam a cidade de Jundiaí são: Rodovia Anhanguera e Rodovia dos Bandeirantes e através delas conseguimos ter acesso ao terreno. A região que hoje corresponde ao AUJ (Aglomerado Urbano de Jundiaí), no final da década de 1980 tinha um caráter industrial, passando a apresentar a predominância do setor deserviços e comércio, e nos últimos anos o setor de logística tem crescido, aproveitando-se da posição geográfica. (FANELLI e SANTOS JÚNIOR, 2013).
Fig. 15- Mapa das principais avenidas Fonte: Google Maps Edição: Glaucia Pereira, 2016
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Localização A área de projeto está localizada na região oeste da cidade, no bairro Vila Municipal conforme (fig. 16), próximo ao centro.
Fig. 16- Mapa da região oeste e bairro Vila Municipal Fonte: http://www.jundiai.sp.gov.br/a-cidade/historia Edição: Glaucia Pereira, 2016
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O terreno (fig. 17) possui uma das faces voltada para a Av. União dos Ferroviários, e a outra face voltada para à Rua Bandeirantes, criando-se um eixo de ligação permitindo permeabilidade entre uma rua e outra.
Fig. 17- Localização do Terreno Fonte: http://www.jundiai.sp.gov.br/a-cidade/historia Edição: Glaucia Pereira, 2016
Fig. 18- Mapa do Entorno e equipamentos públicos Fonte: Google Maps Edição: Glaucia Pereira
Justificativa do Sítio
A área destinada (fig. 18) à implantação da Biblioteca é considerada sub-utilizada em uma região servida de infraestrutura, sendo interessante para a municipalidade que essas áreas sejam ocupadas para o retorno da aplicação dos recursos.
A escolha do terreno se fez devido o mesmo estar localizado próximo ao centro da cidade de Jundiaí, por ser um ponto estratégico para atender as escolas e universidades tanto do bairro quanto da cidade toda, além de ter um acesso privilegiado por estar cercado das rodovias e avenidas, tanto para veículos quanto para transportes públicos.
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ANÁLISE DOS LEVANTAMENTOS Topografia O acesso do terreno é pela Avenida União dos Ferroviários e pela Rua dos Bandeirantes. Para maior esclarecimento, na fig. 19 mostra o mapa de topografia.
Fig. 19-Mapa da Topografia Edição: Glaucia Pereira, 2016
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Segundo o levantamento plani-altimetrico, fornecido pela prefeitura de Jundiaí, o terreno está localizado em área com desnível apresentando 7 metros (fig. 20).
O ponto mais alto está situado na Rua dos Bandeirantes na cota 713 (fig. 21) e O mais baixo na Avenida União dos Ferroviários na cota 706 (fig. 22).
Tal fato apresenta-se como desafio na implantação da edificação, mas é favorável para a drenagem de águas de chuva. O desafio da implantação do edifício no terreno deu suporte no desenvolvimento do partido arquitetônico da biblioteca, resultando na distribuição dos setores da biblioteca em blocos e, consequentemente, em níveis diferentes seguindo a topografia do terreno.
Fig. 20- Mapa da Topografia Fonte: Glaucia Pereira, 2016
Fig. 21- Corte AA da topografia Fonte: Glaucia Pereira, 2016
Fig. 22- Corte BB da topografia Fonte: Glaucia Pereira, 2016
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Levantamento Fotográfico Para melhor entendimento do terreno, foram realizadas visitas de campo (fig. 23), a fim de registrar as condicionantes do lote, as principais vistas do entorno, os usos e gabaritos de altura das edificações vizinhas, condições de trafego e insolação.
Fig. 23- Mapa das Vistas Edição: Glaucia Pereira, 2016
Na (fig. 24), pode ser notado a declividade do terreno e o gabarito de altura da vizinhança na rua dos Bandeirantes.
Fig. 24- Imagem 01 Fonte: Imagem registrada por Glaucia Pereira, 2016.
Na (fig. 25) é notável a vista do prédio da prefeitura municipal de Jundiaí, juntamente o Jardim Botânico e o prédio do Sesc, ao qual deu-se o partido através do eixo visual.
Fig. 25- Imagem 02 Fonte: Imagem registrada por Glaucia Pereira, 2016.
Na (fig. 26), visualiza o acesso à Avenida União dos Ferroviários, ao qual também é um dos partidos, a criação do eixo de ligação de uma rua à outra.
Fig. 26- Imagem 03 Fonte: Imagem registrada por Glaucia Pereira, 2016.
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E na (fig. 27) é possível notar toda a fachada do terreno pela Rua dos Bandeirantes e ainda ter a vista ao longe do prédio da prefeitura, o jardim Botânico e o Sesc.
Fig. 27- Imagem 04 Fonte: Imagem registrada por Glaucia Pereira, 2016.
Fig. 29. - Imagem visualizando a prefeitura, o jardim Botânico e Sesc. Fonte: Imagem registrada por Glaucia Pereira, 2016.
A fig. 28, fig. 29 e fig. 30 mostram mais detalhes do local, para maior entendimento.
Fig. 28 - Imagem Rua dos Bandeirantes Fonte: Imagem registrada por Glaucia Pereira, 2016.
Fig. 30- Imagem da declividade do Terreno. Fonte: Imagem registrada por Glaucia Pereira, 2016.
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Insolação e Ventos Predominantes
A cidade de Jundiaí está localizada em uma região com clima tropical de altitude, caracterizado por chuvas de verão e temperatura média anual de 19° C e 27° C. No outono, a temperatura é amena com média em torno de 23° C e no inverno costuma ter dias ensolarados e secos, com temperaturas que raramente caem abaixo dos 15° C já na primavera os dias são bastantes quentes e secos, sendo fatores que vão de encontro com um dos resultados (conforto por exemplo) que esse trabalho busca enfatizar.
O terreno possui duas fachadas principais, sendo uma a norte voltado para a Avenida União dos Ferroviários e outra a sul para a Rua dos Bandeirantes. Como ao norte há incidência do sol em boa parte do dia, por isso foi considerada uma proteção nessa fachada, já a fachada sul por ter pouca insolação, os acervos foram voltados à mesma.
Já as fachadas Leste e Oeste receberão tratamentos com brises móveis na vertical e o acervo será recuado para o centro dos pavimentos. Através da incidência do sol, que por ser bem marcante proporciona uma iluminação natural em todo edifício. Os Ventos Predominantes na região de Jundiaí são ventos Sudeste, que proporciona uma ventilação agradável em todo o edifício. Na fig. 31 é possível visualizar o mapa de insolação e ventos predominantes.
Fig. 31- Mapa de Insolação e Ventos predominantes Edição: Glaucia Pereira, 2016
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Uso e Ocupação do Solo
O entorno tem como predomínio diversas ocupações, sendo edifícios mistos, comercial, serviços, institucionais, industrial, edificações, sem uso, vazios, onde isso serve de base para validar a importância do local, pois diversos públicos terão acesso à biblioteca (fig. 32).
O entorno da localização do terreno, possui ligações viárias com as principais ruas que cortam a cidade, são elas: Rua Antônio Segre e Avenida União dos Ferroviários, onde nota-se que há por perto uma certa movimentação de pessoas devido às ocupações mencionadas. Os equipamentos públicos (escolas e faculdades) da região também terão o suporte da biblioteca, por estarem localizados próximo do entorno e devido à localização privilegiada, o acesso de transporte público é bem fácil.
Fig. 32- Mapa de Uso e Ocupação do Solo Edição: Glaucia Pereira, 2016
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Gabarito
Analisando o gabarito de altura (fig. 33), nota-se que predomina edificações de até 1 pavimento, que são residências. Sendo assim o projeto vai conseguir certo destaque, pois será mais alto que os demais gabaritos do seu entorno. Ressaltando o aproveitando do visual do Jardim Botânico que fica na fachada norte, criando um eixo visual que é um dos partidos do projeto.
Fig. 33- Mapa de Gabarito de Altura Edição: Glaucia Pereira, 2016
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Zoneamento
O terreno está localizado na ZQB (Zona de Qualificação dos Bairros) de acordo com o Plano Diretor de Jundiaí (fig. 34). Localiza-se próximo ao CC2 – Corredor de Comércio e Serviços Diversificados de médio porte na Avenida Antônio Segre. O zoneamento ZQB, previsto no Plano Diretor, permite a instalação de equipamentos públicos. Estando este projeto em acordo com as normativas da cidade.
As diretrizes da proposta em questão estão de acordo com a legislação vigente 8386/2016 seguindo os normativos (PDU Jundiaí): • Área do Terreno: 4.252,66 m² • Taxa de Ocupação: 60% equivalente à 2.551,60 m² • Coeficiente de Aproveitamento: 2,4 = 10.206,39 m². • Altura da Edificação: 14 metros • Quantidade de Pavimentos: até 4 pavimentos • Características de lote área mínima = 150 Frente = 3 Laterais = Dispensado Fundos = 2 Fig. 34-Mapa do Zoneamento Edição: Glaucia Pereira, 2016
O projeto proposto possui 3 pavimentos, utilizará os 14 metros de altura, e o recuo frontal e posterior possuirá 5 metros, na lateral direita 10 metros e lateral esquerda 4 metros de recuo.
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Sistema Viário
O terreno está limitado por duas ruas, a Avenida dos Ferroviários e a Rua dos Bandeirantes, como pode ser visto na (fig. 35). A Avenida União dos Ferroviários está classificada como via estrutural, pois oferece um fluxo intenso de ciclista, ônibus e pessoas e a Rua dos Bandeirantes é denominada como via de indução pelo fato de ter um fluxo menor.
Fig. 35-Mapa do Sistema Viário Edição: Glaucia Pereira, 2016
O acesso de pedestres será feito pelas duas ruas e o acesso de veículos será feita pela rua dos Bandeirantes, já que esta possui menor fluxo de pessoas, ciclistas, ônibus e veículos.
Além dessas definições é fundamental enfatizar sobre o sistema de circulação, conforme mostrado na fig. 36.
Fig. 36. - Mapa do Sistema Viário Edição: Glaucia Pereira, 2016 A área é bem provida de sistema de transporte público. A Rua dos Bandeirantes possui baixo fluxo de veículos por isso foi adotado a entrada secundaria do projeto juntamente com o estacionamento e a Avenida União dos Ferroviários possui fluxo maior, sendo escolhido para ser a fachada principal, para ter um certo destaque, proporcionando melhor integração da população com o edifício.
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3. REFERÊNCIAS PROJETUAIS Biblioteca e Midiateca de Dalarna Ficha Técnica: Arquitetos: ADEPT Localização: Suécia Área: 30.000,00 m² Ano do Projeto: 2014 A biblioteca (fig. 37) tem o formato interno em espiral, o espiral do conhecimento cria diversos ambientes. O edifício tem seu próprio caráter espacial que reúne as funções da biblioteca e multimídia em sinergia com o complexo universitário existente. (Disponível em http://www.archdaily.com.br/).
No seu interior (fig. 38), possui uma escada com arquibancada integrada, que dão acesso a outro pavimento e ao mesmo tempo serve de espaço para leitura.
Fig. 38- Interior com escada e arquibancada Fonte: http:// www.archdaily.com.br
Fig. 37- Fachada Fonte: http:// www.archdaily.com.br
• Essa referência tem relação com a forma e a ideia de escada/arquibancada que será utilizada no ambiente acervo infanto juvenil, acervo adulto e área de leitura para criar os níveis e permitir que seja usado para criar um visual mais dinâmico.
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Biblioteca de São Paulo Ficha Técnica: Arquitetos: Aflalo/Gasparini arquitetos Localização: Av. Cruzeiro do Sul, 2630 – Carandiru – São Paulo Área: 4.527,00m² Ano do Projeto: 2010
A biblioteca (fig. 39), contribuiu para um impacto urbano, onde funcionava um presidio agora abre espaço para o mundo da leitura e conhecimento.
A biblioteca está organizada (fig. 40) como se fosse uma livraria para atrair o público não leitor. (Disponível em http:// www.archdaily.com.br/).
Fig. 40- Interior Fonte: http:// www.archdaily.com.br Fig. 39- Fachada Fonte: http:// www.archdaily.com.br
O prédio possui uma área ampla com iluminação zenital, garantindo a flexibilidade de layout interno.
• Essa referência contribuiu para a organização dos espaços, pois são amplos e com uma certa flexibilidade, onde serão empregados esses conceitos nas áreas de acervo infanto juvenil e adultos da biblioteca proporcionando maior integração visual por todo o pavimento e permitindo uma sensação de amplitude.
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Biblioteca Gerardo Anker Ficha Técnica: Arquitetos: L+A arquitectos Localização: Avenida Diego Vasquez de Cepeda, Quito – Equador. Área: 740,00m² Ano do Projeto: 2013
O objetivo (fig. 41) foi utilizar a localização e criar por meio de pontos de vistas interessantes experiências espaciais (fig. 42). Isto foi conseguido devido a rotação dos volumes e fachadas transparentes. (Disponível em http://www.archdaily. com.br/).
Fig. 42- Interior Fonte: http:// www.archdaily.com.br Fig. 41- Fachada Fonte: http:// www.archdaily.com.br
• Essa referência influenciou na forma, nos ambientes e espaços, e na fachada com a utilização de vidros e pé direto duplo que proporcionará um resultado similar para o presente projeto.
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4. PROPOSTA Programa de Necessidades Analisando as bibliotecas de Jundiaí é possível notar que o acervo que as compõe é limitado, pois estão relacionados em grande parte, a história. Ficando assim defasado na questão mais atual.
Pesquisas Hoje as bibliotecas municipais e estaduais são consideradas equipamentos de cultura no Brasil e são comtempladas pelas políticas do Ministério da Cultura (MinC). De acordo com o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), de abril de 2015, o Brasil possui 6.102 bibliotecas públicas em 26 estados e no Distrito Federal, sendo: • 503 na Região Norte • 1.847 na Região Nordeste • 501 na Região Centro-Oeste • 1.958 na Região Sudeste • 1.293 na Região Sul
Na fig. 43 abaixo é possível notar que crianças com faixa etária de idade de 11-13 anos, em idade escolar, possuem um hábito maior de leitura onde tal fato pode ser explicado pelas exigências de leituras nos currículos escolares. Já o oposto pode ser notado na faixa a partir de 70 anos, nos quais os números de não leitores são bem expressivos.
Fig. 43- Gráfico retirado do Instituto Pro-Livro (IPL) Fonte: http://prolivro.org.br/home/images/2016/Pesquisa_Retratos_da_Leitura_no_Brasil_-_2015.pdf
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Já na fig. 44 é possível verificar a importância da biblioteca devido a sua representação para a população. Verifica-se a necessidade da biblioteca ser um local mais convidativo e atrativo para todos, focando em mudar a imagem atual de servir somente para estudos.
Fig. 44- Gráfico (o que a biblioteca representa) retirado do Instituto Pro-Livro (IPL) Fonte: http://prolivro.org.br/home/images/2016/Pesquisa_Retratos_da_Leitura_no_Brasil_-_2015.pdf
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A fig. 45 permite um bom direcionamento no que se refere ao motivo que a população busca para frequentar as bibliotecas, inclusive é possível observar que a expectativas estão voltadas a um lugar que possa ter títulos mais atuais, interessantes, que pode significar variedade dos temas.
Fig. 45- Gráfico (o que faria você frequentar bibliotecas) retirado do Instituto Pro-Livro (IPL) Fonte: http://prolivro.org.br/home/images/2016/Pesquisa_Retratos_da_Leitura_no_Brasil_-_2015.pdf
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Com base nessas observações é fundamental expor sobre as bibliotecas da cidade de Jundiaí o qual está relacionada ao presente trabalho. Para o desenvolvimento do projeto da Biblioteca foi elaborado um Programa de necessidades, ao qual a arquitetura entrasse em harmonia com o terreno, considerando a insolação, ventos predominantes, iluminação e visual. O programa está divido da seguinte maneira, conforme as figuras (Tab. 1) a seguir:
Tab 1- Programa de Necessidades Fonte: Glaucia Pereira, 2016.
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Setorização A setorização (fig. 46) foi definida de acordo com as funções e atividades exercidas em cada ambiente e para cada setor. Levando em consideração a topografia do terreno, surgindo assim alguns níveis
Fig. 46- Setorização Fonte: Glaucia Pereira, 2016
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Fluxograma
Fig. 47- Fluxograma pavimento térreo Fonte: Glaucia Pereira, 2016.
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Fig. 48– Fluxograma 1º pavimento Fonte: Glaucia Pereira, 2016.
Fig. 49- Fluxograma 2° pavimento Fonte: Glaucia Pereira, 2016
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Volumetria
Fig. 50- Volumetria simples Fonte: Glaucia Pereira, 2016.
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Partido Arquitetônico
A concepção da forma arquitetônica se desenvolveu a partir do primeiro eixo (fig. 51), um eixo de ligação de uma rua (Avenida União dos Ferroviários) para outra rua (Rua dos bandeirantes).
Fig. 51- Eixo de ligação de uma rua a outra. Fonte: Glaucia Pereira, 2016.
Outro eixo visual foi criado (fig. 52), ao qual devido ao gabarito baixo do entorno, consegue-se avistar o jardim Botânico.
Fig. 52- Eixo de ligação de uma rua a outra e eixo visual. Fonte: Glaucia Pereira, 2016.
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Devido a esses eixos de ligações a forma do prédio começou a existir (Fig. 53
Com auxílio de análises do terreno, e por este ter um desnível de 7 metros (Fig. 54), a solução foi utilizar ao máximo esse desnível.
Fig. 54. – corte esquemático do desnível Fonte: Elaborado pela Autora
Fig. 53- Rascunho da forma Fonte: Elaborado pela Autora
Assim começou a elaboração do volume que foi dividido em blocos separados pela circulação e uma área de exposição, com escadaria. Esses blocos ficaram separados para criar a ligação de uma passagem de pedestres. De acordo com a legislação do plano diretor os recuos foram obedecidos e a taxa de ocupação também. E premissa básica foi a de criar uma linguagem contemporânea, inovadora e ao mesmo tempo funcional e confortável, tomando como partido a declividade do terreno. Devido a todas as análises feitas, pode ser um projeto que respeita a legislação, juntamente compõe uma arquitetura contemporânea, ou seja, um lugar atrativo para a população.
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Estrutura A estrutura recebera pilares de concreto retangular com dimensão de 20X30 devido a parede externa do edifício possuir 0,20 cm e pilares redondos no interior do edifício devido a estética, a laje nervurada será usada, pois é capaz de vencer os vãos existentes no projeto de 6 metros. Esse tipo de estrutura tem suas vantagens, sua armadura é mais simples, otimiza vãos com maior envergadura, a estrutura é segura e sem perigo de corrosão, economia de concreto e aço. A estrutura da laje nervurada (fig. 55) do projeto em questão terá uma altura de 25 cm de acordo com os normativos das formas para a preparação da mesma, é concebida através de formas recuperáveis e é um conjunto de vigas que se cruzam (fig. 56) e que são solidarizadas por uma capa ou mesa de compressão.
Fig. 56– Esquema de Estrutura da Biblioteca Edição: Gláucia Pereira
Fig. 55– Laje Nervurada Fonte: http://blogaecweb.com.br/
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Materiais O projeto tem um estilo contemporâneo e propõe o uso de janelas em fitas e estruturas transparentes e em vidro, além da fluidez dos espaços entre os ambientes. O material utilizado em toda a fachada do prédio é o concreto aparente, houve a necessidade de proteger a fachada norte com um painel de madeira e nas fachadas leste e oeste a utilização dos brises móveis verticais, os mesmos não necessitam de cálculos, mas estão afastados a 60 cm do edifício possibilitando que o próprio usuário mova ele. A cobertura receberá telha de sanduíche (fig. 57) com 5% de inclinação, a escolha desse material para a cobertura terá muitas vantagens como, a redução térmica, ação retardantes na redução de chamas, e não absorve água.
Auditório - Acústica O projeto contempla um auditório (fig. 58) com capacidade para 126 pessoas, contem camarim, vestiário, banheiros e cabine de som. Nele serão realizadas palestras, debates, filmes, teatro, apresentações musicais e atividades abertas ao público.
Fig. 57– Telha Sanduiche Fonte:http://www.siote.com.br/
Essa cobertura estará apoiada sobre uma estrutura simples de aço galvanizado e está escondida dentro de uma platibanda.
Fig. 58– Auditório Edição: Gláucia Pereira
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O tratamento acústico deste ambiente é feito de acordo com os cálculos do Tempo de reverberação apresentados na (Tab. 2).
O gráfico (fig. 59) abaixo mostra que o Tempo de reverberação calculado se encaixa no item: Auditório para fala.
Tab 2– Tabela de Materiais Edição: Gláucia Pereira Fig. 59– Gráfico de Reverberação Edição: Gláucia Pereira
TR= 0,16x volume -------------- TR = 0,16 x 807,00 = 0,63 seg. AS 206,4537 Tab 3– Tabela de Cálculos Edição: Gláucia Pereira
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Abaixo encontra-se a planta com as linhas sonora (fig. 60) e o refletor (fig. 61).
Fig. 60– Planta do Auditório com linhas sonoras Edição: Gláucia Pereira
Fig. 61– Corte AA com refletor Edição: Gláucia Pereira
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PERSPECTIVAS
Fig. 62– Perspectiva – Avenida União dos Ferroviários Edição: Gláucia Pereira
Fig. 63– Perspectiva Escadaria e acesso à Rua dos Bandeirantes – Avenida União dos Ferroviários Edição: Gláucia Pereira
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Fig. 64– Perspectiva Fachada – Rua dos Bandeira Edição: Gláucia Pereira
Fig. 62– Perspectiva – Avenida União dos Ferroviários Edição: Gláucia Pereira
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Fig. 66– Perspectiva – Espaço interno Edição: Gláucia Pereira
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BIBLIOGRAFIA Livros Alexander, C.; Ishikawa, S.; Silverstun. M. et al. Uma linguagem de padrões. Tradução: Alexander Salvaterra. Editora Bookman companhia.Ed. 1° edição, 2013. Botelho, Manoel Henrique Campos. Concreto armado eu te amo. Para arquitetos. 2º edição. Editora Blucher, 2011 Campebell, James W.. A biblioteca. Uma história mundial. Volume único. 1º edição. 2015. Editora Sesc São Paulo Neufert. Arte de projetar em arquitetura. 18. ed. G. Gili, Ltda, 567. 259p
Sites
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