UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA (CAMPUS JUNDIAÍ) CURSO DE ARqUITETURA E URBANISMO
HABITAÇÃO de interesse SOCIAL CLENICE AMORIM LAGO ASSIS | TFG 2016
JUNDIAÍ - SP 2016
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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA (CAMPUS JUNDIAÍ) CURSO DE ARqUITETURA E URBANISMO
HABITAÇÃO de interesse SOCIAL CLENICE AMORIM LAGO ASSIS | TFG 2016
Monografia
apresentada para obtenção do título em nível de Graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Paulista – UNIP, sob orientação da Professora Drª . Valéria de Paiva.
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“Moradia adequada é mais do que um teto sobre a cabeça. Também significa privacidade adequada; espaço adequado; acessibilidade física; segurança adequada; segurança da posse; estabilidade estrutural e durabilidade; iluminação, aquecimento e ventilação adequados; infraestrutura básica adequada, como equipamentos de água, esgoto e coleta de lixo; qualidade ambiental e fatores relacionados à saúde apropriados; bem como localização adequada e acessível ao trabalho e outros equipamentos básicos: tudo isso deve estar disponível a custos acessíveis. A adequação deve ser determinada conjuntamente com a população em questão, tendo em mente a perspectiva para o desenvolvimento gradual” (Agenda Habitat, parágrafo 60).
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“O lar deve ser o tesouro da vida”. (Le Corbusier)
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DEDICATÓRIA
Ao Pai, aos meus pais e a minha família, com todo o meu amor!
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amigos e familiares que aceitaram e respeitaram minha ausência mesmo sem entender como uma pessoa pode ficar tão antissocial só porque estuda Arquitetura e Urbanismo. Bem, aqui está a resposta, estava numa gestação prolongada, eis aqui minha cria!
Agradeço
em especial aos familiares: Clodoaldo, Adeildo, Valéria e Bárbara. Vocês são os melhores desse meu mundo bagunçado! Meu porto seguro!
Aos desconhecidos que em meio
a loucura do dia a dia, do aprendizado, da procrastinação, das expectativas, das discórdias, dos risos e choros, das gargalhadas, piadas, churrascos, das altas madrugadas e das noites sem dormir, tornaram-se conhecidos, colegas, ora cúmplices, companheiros, parceiros e amigos.
Em
especial para as donas das frases abaixo, (em ordem alfabética, igual lista de chamada) que entre nós haja sempre encontros, café quente, abraço apertado, sorriso sincero, alegria escancarada, muitas gargalhadas, altos áudios e muitas resenhas. De vocês levo sempre o melhor!!!!!!!
“Vamos? Vamos!” / “Nyce, temos que comemorar!” – a que topa até uma cachacinha e tem esperança de ficar RICA. “Nicinha, tudo bem amore? Eu tô com uma enxaqueca daquelas” – a que está sempre disposta a ajudar, mesmo com dor. “Só Jesus na causa, Ni! Mas vai dar certo, amiga!” – a que tem fé por nós duas. “Ni, precisa de alguma coisa? Posso ajudar em algo? – a que oferece ajuda, mas o dela ela não fez ainda. “Oii Niceeee, tá tudo bem? Como está o tc? – a que sempre pergunta pra poder saber se já é hora do puxão de orelha. “Nega, como estão as coisas? Vem hoje? Tô com saudades!” – a aquariana, tão igual eu, tão carente de abraços. “Bonita, vem ficar comigo?! Quer um café? Minha arquiteta exclusiva, vamos fazer vídeo e maquete, vai ficar tudo lindo!” – a que acha que vai dar tempo, não faz parte do grupo escolar, tá explicado!
Amor eterno por todos!
Juntos somos sempre mais fortes!
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AGRADECIMENTOS
Aos
dedicação, nos transmitindo seus conhecimentos para que possamos ser hoje, melhor do que éramos ontem.
As queridas mestras Tati Sousa
e Flávia Tarricone, que com todo o amor do mundo pela profissão e principalmente pelo próximo estiveram próximas a mim nesse último e decisivo ano, orientando e acolhendo como só pessoas muito especiais e iluminadas fazem. Sim, espero que nossa cumplicidade seja além faculdade e além profissão, porque para mim vocês
são muito mais que professoras, são amigas amadas. Ao querido mestre Thales Righi e a Arquiteta querida Juliana Dalbello que, com todo carinho se propuseram a ler meu material, e embora eu não tenha enviado (porque procrastinei), agradeço de todo o meu coração e alma.
A minha querida orientadora Valéria de Paiva Eu poderia escrever um livro sobre a nossa jornada de 2016 até agora, pois
sou capaz de contar sobre as inúmeras vezes que eu estava insegura e você me dizia que eu ia conseguir, você nunca deixou transparecer o contrário, embora eu soubesse que precisava de mais tempo! Obrigada por me fazer acreditar sempre, pois foi por isso que me mantive lúcida nos momentos mais difíceis, por aceitar ser minha orientadora, pois como já lhe disse, você foi sem dúvida minha melhor escolha. Obrigada por todossss os abraços! Terá sempre meu respeito, minha admiração e amizade sincera! Todas as palavras do mundo serão poucas para expressar minha gratidão! Então, que o Pai lhe abençoe sempre e lhe proporcione inúmeros momentos felizes para comemorar e agradecer!
Disse Jesus, “Quem tem um bom amigo, tem um tesouro!” Gratidão eterna a todos vocês.
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AGRADECIMENTOS
Aos mestres, que ao longo destes cinco anos contribuíram com carinho e
RESUMO
O presente trabalho de conclusão de curso propõe a
implantação de conjunto para moradias de Interesse Social em vazio urbano infraestruturado oriundo da obsolescência dos meios de produção como contraponto às localizações periféricas características de produção habitacional de Interesse Social. Essa premissa baseia-se no objetivo colocado pela PMJ de evitar a expansão da mancha. O projeto propõe diversidade tipológica para atender o perfil familiar atual colocado pelo IBGE (2010) além de nortear-se pelas diretrizes de Desenho Universal para HIS do Estado de São Paulo.
PALAVRAS-CHAVE: desenho universal, inclusão
social, novo perfil familiar.
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ABSTRACT
The present work of course completion proposes the
implementation of a set of housing of social interest in an empty urban infra structure structured by the obsolescence of type of production as a counterpoint to the peripheral locations characteristic of social habitation production. This premise is based on PMJ directive of preventing the spread of the spot. The project proposes typological diversity to meet the current family profile set by the IBGE (2010) and is guided by the guidelines of Universal Design for HIS of the State of São Paulo.
KEYWORDS:
universal design, social inclusion,
new social profile.
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SUMÁRIO DEDICATÓRIA............................................................................................................5 AGRADECIMENTOS...................................................................................................6 RESUMO....................................................................................................................8 ABSTRACT..................................................................................................................9 SUMÁRIO................................................................................................................10 FIGURAS..................................................................................................................12 INTRODUÇÃO..........................................................................................................14 OBJETIVOS...............................................................................................................15 JUSTIFICATIVA.........................................................................................................16 METODOLOGIA.......................................................................................................17 1. TEMA...................................................................................................................18 1.1. Habitação como abrigo....................................................................................19 1.1.2. Produção Habitacional..................................................................................20 1.1.3. Aglomerados Subnormais............................................................................22 1.1.4. Proposta........................................................................................................24 2. SÍTIO....................................................................................................................26 2.1. Apresentação da Região..................................................................................27 2.1.2. Sistema de Circulação...................................................................................28 2.1.3. Sistema de Circulação Micro .......................................................................29 2.1.4. Análise dos Conflitos....................................................................................29 2.1.5. Macrozona....................................................................................................30 2.2. Análise de Levantamentos...............................................................................31 2.2.1 Legislação......................................................................................................32 2.2.2 Uso Real do Solo...........................................................................................34 2.2.3 Gabarito........................................................................................................34 2.2.4 Mapa de Atualização....................................................................................35 2.2.5 Topografia.....................................................................................................36 2.2.6 Orientação Solar e Ventos Dominantes.......................................................37
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SUMÁRIO 2.2.7 Áreas Permeáveis..........................................................................................38 2.2.8 Área do Projeto e Tipologia do Entorno.......................................................39 2.2.9 Equipamentos Públicos...............................................................................41 3. REF. PROJETUAIS.................................................................................................42 3.1 Ateliê Du Pont Jardins Arquibancada - Paris (França)......................................43 3.1.2 Ateliê Du Pont Música da Cidade - Nanterre (França) ...............................44 3.2 Visita Técnica - Habitação para Idosos............................................................45 3.2.1 Ficha Técnica.................................................................................................45 3.2.2 Análise Projetual...........................................................................................46 3.2.3 Análise Funcional..........................................................................................47 3.2.4. Análise Urbana.............................................................................................48 3.2.5. Análise Ambiental........................................................................................48 3.3. Levantamento Fotográfico...............................................................................49 3.4. Estudo de Caso - Jardim Edite.........................................................................50 3.4.1 Ficha Técnica.................................................................................................50 3.4.2. Análise Projetual..........................................................................................51 3.4.3. Análise Funcional.........................................................................................52 3.4.4. Análise Urbana.............................................................................................53 3.4.5. Análise Ambiental / Relatório Fotográfico..................................................54 4. PROJETO..............................................................................................................55 4.1. Programa de Necessidades.............................................................................56 4.1.2. Análise do Entorno.......................................................................................57 4.1.3. Diretrizes do Plano de Intervenção..............................................................59 4.2. Partido Arquitetônico......................................................................................60 5. REF. BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................61 5. Referências Bibliográficas...................................................................................62 5.1. Sites Citados.....................................................................................................64 REF. BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................................64
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FIGURAS
Figura 1: Residencial Cravos – Fazenda Grande - 2012..........................................21 Figura 2 :Jardim São Camilo – 2015.......................................................................21 Figura 3: Jardim Novo Horizonte - 2015.................................................................21 Figura 4 e 5: Organização familiar detectda pelo Censo 2010..............................21 Figura 6: Distribuição da população.......................................................................22 Figura 7: Mapa de vulnerabilidade social (IPVS) de Jundiaí - 2010........................23 Figura 8: Borneo-Sporenburg.................................................................................25 Figura 9: Projeto das fachadas 5 anos mais tarde . Quinta Monroy, Chile............25 Figura 10: Aglomerado Urbano de Jundiaí.............................................................27 Figura 11: Sistema Viário Macro.............................................................................28 Figura 12: Jundiaí eixo São Paulo / Brasília via Rodovias Anhanguera e Bandeirantes...........................................................................................................28 Figura 13: Imagem da área central com demarcação dos conflitos viários. .........29 Figura 14: Sistema viário da área de Levantamento.............................................29 Figura 15: Mapa da Macrozona de Jundiaí............................................................30 Figura 16: Imagem da área central de Jundiaí......................................................31 Figura 17: Mapa do Zoneamento da cidade de Jundiaí.........................................32 Figura 18: Zoneamento da área de Levantamento................................................32 Figura 19: Mapa de uso real do solo......................................................................34 Figura 20: Mapa de gabarito..................................................................................34 Figura 21: Imagens do mapa de atualização..........................................................35 Figura 22: Imagens 1, 2, 3, 4 e 5 da área de atualização.......................................35 Figura 23: Representação do Corte A-A................................................................36 Figura 24: Maquete topográfica de estudo............................................................36 Figura 25: Representação da orientação solar e ventos dominantes...................37 Figura 26: Mapa das áreas permeáveis.................................................................38 Figura 27: Imagens das áreas permeáveis.............................................................38 Figura 28: Mapada área do projeto e tipologia do entorno.................................39 Figura 29: Imagens 1, 2, 3 E 4 da tipologia do entorno........................................39 Figura 30: Mapa da área do projeto e o limite do lote..........................................40 Figura 31: IImagens 1, 2, 3, 4, 5 e 6 da área da área do projeto...........................40
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FIGURAS
Figura 32: Principais Equipamentos Públicos da área de estudo..........................41 Figura 33: Imagens referência Jardins Arquibancada............................................43 Figura 34: Imagens referência Jardins Arquibancadas...........................................44 Figura 35: Croqui Cortes.........................................................................................46 Figura 36: Imagem da análise projetual – sem escala...........................................46 Figura 37: Imagem da análise funcional – sem escala...........................................47 Figura 38: Imagem da análise urbana – sem escala...............................................48 Figura 39: Imagem da análise ambiental - sem escala..........................................48 Figura 40: Imagens da Vila dos Idosos...................................................................49 Figura 41: Imagem análise projetual - sem escala.................................................51 Figura 42: Imagem Edifício em Lâmina – 4 pavimentos – sem escala...................52 Figura 43: Imagem Edifício Torre – 17 pavimentos – sem escala..........................52 Figura 44: Imagem implantação.............................................................................52 Figura 45: Imagem análise urbana – antes da desapropriação ............................53 Figura 46: Imagem análise urbana – atual ...........................................................53 Figura 47: Imagens da edificação..........................................................................54 Figura 48: Programa de Necessidades...................................................................56 Figura 49:Análise do entorno.................................................................................57 Figura 50: Imagem da fachada do Complexo Fepasa ao fundo.............................57 Figura 51: Passagem sob linha férrea - Av. dos Ferroviários..................................57 Figura 51: Passagem sob linha férrea - Av. Liberdade............................................57 Figura 52: Imagem da CECE Antônio Ovídeo Bueno e da praça Rildo Michel Martho ...................................................................................................................58 Figura 53: Pontos de ônibus na Avenida Antônio Frederico Ozanan e na Avenida Itatiba......................................................................................................................58 Figura 54: Imagem da praça José Luiz Borin..........................................................58 Figura 55: Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza - FATEC............58 Figura 56: Imagem da passarela interligando a outra margem do Rio Jundiaí.....58 Figura 57: Diretrizes do plano de intervenção.......................................................59 Figura 58: Coquis da área de projeto.....................................................................60
INTRODUÇÃO
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948)
e a Constituição Federal de 1988 garantem o direito à habitação. Estas colocam esse direito como competência da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, portanto, estes devem promover programas de construções de moradias, melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico, combaterem as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promover à integração social dos setores desfavorecidos e o direito a moradia e mobilidade pela pessoa com deficiência. (CF. 1988). O presente trabalho vem propor a inclusão desse grupo de pessoas menos favorecidas em local próximo ao centro, evitando a mancha urbana e também a segregação social, utilizando-se como base para escolha do local LEITE (2013) que “reciclar o território é mais inteligente do que substituí-lo.(...) e que “reestruturá-lo produtivamente é possível e desejável no planejamento estratégico.” A escolha do tema parte do princípio do direito à moradia digna por todo e qualquer cidadão, concordando com Le Corbusier de que “o lar deve ser o tesouro da vida”. Assim, toda a base de estudo está fundamentada, o que torna nítida a necessidade de revisão das leis para HIS em todo o país, visto que o que está sendo produzido pelo mercado não condiz com o novo perfil familiar e também não está adequado ao portador de necessidades especiais ou mobilidade reduzida.
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OBJETIVOS
GERAL: O presente trabalho propõe a implantação de
HIS em vazio urbano infra estruturado, em concordância com o objetivo estratégico da PMJ de evitar a dispersão da mancha urbana e a segregação das classes mais pobres, contrapondo-se ao que tem sido tradicionalmente oferecido pelo mercado tanto no que se refere a localização, quanto as tipologias.
ESPECÍFICOS: Inclusão da população de baixa renda na área
central, utilizando-se de vazio urbano com infraestrutura instalada e garantia da sustentabilidade; Propor diversidade tipológica para atender ao perfil familiar e as diferentes composições familiares; Propor unidade habitacional com Diretrizes do Desenho Universal.
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JUSTIFICATIVA
A proposta para o projeto de habitação social pretende
se contrapor ao que têm sido oferecido pelo mercado tanto em tipologias padronizadas em áreas periféricas, quanto ao não cumprimento da Constituição Federal de 1988 e a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) no que se refere ao direito a moradia digna. Baseando-se portanto, no colocado por LEITE (2012,13) de que “reciclar o território é mais inteligente do que substituí-lo” (...) e que “reestruturá-lo produtivamente é possível e desejável no planejamento estratégico”, propõese a implantação em vazio urbano com infraestrutura próximo a área central onde até 2004 funcionava a empresa Fleishmann Royal, indo de encontro ao objetivo da PMJ no seu PD (2016) de evitar a expansão da mancha urbana. Ainda têm por objetivo evitar a segregação e estigmatização de qualquer usuário, atendendo em 100% das unidades habitacionais com os princípios do Desenho Universal, como por exemplo, espaços que possam ser utilizados por usuários com capacidades diferentes, uso simples e intuitivo, esforço físico mínimo e dimensionamento de espaços.
De acordo com dados da SERASA EXPERIAN (2015), a estimativa é de que o Brasil possui mais de 45 milhões de pessoas com algum tipo de mobilidade reduzida, representando em média 24% da população (IBGE, 2010) e ainda, que 17% do total da população (24 milhões de pessoas) possuem mais de 61 anos. Fonte: http://www.exporevestir.com.br/responsabilidade-social-workshopsobre-acessibilidade Acesso: Fevereiro, 2017.
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METODOLOGIA
A metodologia para o desenvolvimento do presente
trabalho inclui:
1) Pesquisa bibliográfica sobre o tema para caracterização dos traços distintos da produção habitacional de interesse social, no que se refere a localização periférica e às tipologias ofertadas em forma de unidades habitacionais prontas, padronizadas e sem diversidade;
Pesquisa e análise de influências para 2) identificação dos exemplos e soluções que possam se contrapor ao que é oferecido pelo mercado, produzindo um diagnóstico e identificação dos condicionantes projetuais; Levantamento e análise da área de 3) intervenção com relação à legislação, uso real do solo, gabarito de altura, etc, para diagnóstico e identificação do entorno e itens como topografia e insolação. Pesquisa sobre diretrizes do Desenho 4) Universal para o Estado de São Paulo , Código de Vigilância Sanitária estadual e especificações para conformação das unidades habitacionais.
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1. TEMA
1.1. HABITAÇÃO COMO ABRIGO 1.1.2. PRODUÇÃO HABITACIONAL 1.1.3. AGLOMERADOS SUBNORMAIS 1.1.4. PROPOSTA
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Desde
sempre o ser humano utiliza-se de abrigo para sua segurança e sobrevivência, inicialmente nas cavernas e árvores e, posteriormente construindo seu abrigo com materiais da região. Assim, a casa expressa a necessidade do homem de proteger sua família, de se firmar em um determinado local, de socialização. (SCHWEIZER & PIZZA, 1998 apud PAIVA, 1998, p 39). A Declaração dos Direitos Humanos de 1948 coloca no Artigo 17° 1. Toda a pessoa, individual ou colectiva, tem direito à propriedade. 2. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade; e a Constituição Federal de 1988 garante o direito à habitação como competência da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Estes devem promover programas de construção de moradias, melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico, combaterem as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promover à integração social dos setores desfavorecidos e o direito a moradia e mobilidade pela pessoa com deficiência. (CF. 1988). Pode-se perceber que o direito à habitação não se restringe a moradia,
como abrigo
para PAIVA (1998, p 50) “o direito a um pedaço de terra é o ponto de partida para a transformação de um indivíduo sem direito de usufruir a cidade em cidadão.” Dados da Fundação João Pinheiros (2016; p29) apontam uma estimativa para o déficit habitacional 2013 correspondente a 5,846 milhões de domicílios, e em 2014 observouse um aumento perfazendo um total de 6,068 milhões de unidades. Entre 2013 e 2014 na cidade de São Paulo o déficit habitacional passou de 1,254 milhão para 1,327 milhão de unidades, no entanto a realidade não reflete os dispostos, nem na CF e na DH da ONU, nem quantitativamente nem qualitativamente. De acordo com o levantamento realizado para a atualização do Plano Diretor, a empresa DEMACAMP (2015) identificou que o déficit habitacional de Jundiaí neste mesmo ano de 2015 é de 12.627 domicílios, o estudo divide o déficit em assentamentos precários (3.837 domicílios) e o déficit fora de assentamentos (8.790 domicílios), e estimou a “demanda demográfica futura por moradias” para 2025 em 14.069 domicílios.
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TEMA
1.1. Habitação
Habitacional
“As densas e grandes cidades se expandiram formando regiões metropolitanas, com extensas periferias ocupadas por população pobre expulsa das áreas centrais ou atraídas de outros pontos do território brasileiro em busca de trabalho, renda e acesso a bens, serviços e equipamentos urbanos. Os moradores das periferias continuam desprovidos de infraestrutura básica, a cada dia mais distantes dos centros urbanos e ainda têm que enfrentar, em seus obrigatórios deslocamentos para as áreas centrais, o insuficiente e caro sistema de transporte”, contribuindo para a segregação social. (EC, 2001).
Bonduki
(2008, p.82) coloca que, “após décadas de política habitacional impulsionada pelo Governo Federal, parece nítida a percepção dos fracassados programas públicos e também do mercado atual na incapacidade de gerar mecanismos para enfrentar o problema. Há uma necessidade de se reformular estratégias para atender a população de menor poder aquisitivo”, pois o que tem sido oferecido para essa parcela da população parece não atender as suas necessidades básicas, nem quantitativamente nem qualitativamente.
A
produção habitacional de interesse social caracteriza-se, em geral, dos seguintes aspectos:
1) A produção de habitações em áreas periféricas com conjuntos habitacionais de médio e grande porte, em pouco tempo de construção e com uso restrito de materiais; 2) As tipologias das unidades padronizadas, excluindo de seu contexto as diferenças sociais e climáticas; 3) O tamanho das habitações cada vez mais reduzido para gerar maior quantidade e reduzir custos; 4) Desconsideração frequente pela topografia e insolação; 5) Pouca ou nenhuma área verde de uso comum; 6) Programa de necessidades não atende a demanda cujo o perfil familiar mudou nas últimas décadas (IBGE, 2010). 7) Habitações não adequadas ao portador de deficiência motora.
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1.1.2. Produção
questão da padronização das unidades habitacionais se agrava quando se considera a mudança do perfil familiar. De acordo com matéria da revista Isto É, em 2016, “a família brasileira está se organizando de forma diversificada, parecida com a europeia ou americana como aumento do número de pessoas que vivem sozinhas, registros civis de casamento homoafetivos, divórcios; recasamentos, queda na fecundidade, idosos com 65 anos ou mais vivem só.
Figura 1: Residencial Cravos – Fazenda Grande - 2012 Programa Municipal de Jundiaí – FUMAS 499 unidades
Figura 2 :Jardim São Camilo – 2015 Programa Municipal de Jundiaí - FUMAS 400 unidades
Figura 3: Jardim Novo Horizonte - 2015 Programa Municipal de Jundiaí - FUMAS 1088 unidades
Figura 4 e 5: Organização familiar detectda pelo Censo 2010 Fonte: http://http://istoe.com.br/247220ILIA/ Acesso: Fevereiro, 2017.
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A
Subnormais
TEMA
1.1.3. Aglomerados
Auto construção, é há bastante
tempo, opção para as populações carentes que não tem acesso nem aos alugueis nem aos programas habitacionais. Segundo dados do IBGE (2010) São Paulo é o Estado com a maior população vivendo em aglomerados subnormais, definidos como “conjunto constituído por 51 ou mais unidades habitacionais caracterizadas por ausência de título de propriedade”, além de pelo menos um dos seguintes aspectos:
Irregularidade das vias de circulação e do tamanho e forma dos lotes e/ou; Carência de serviços públicos essenciais (como coleta de lixo, rede de esgoto, rede de água, energia elétrica e iluminação pública) (IBGE, 2010, p 3).”
Conforme relatório PLHIS (Plano
Local de Habitação e Interesse Social) (2015), Jundiaí apresenta baixos níveis de vulnerabilidade, isto é, processo de exclusão social 4,5,6 e 7, somando 22,5% do total da população. Se comparada com o estado de São Paulo, a realidade é bem menor.
Figura 6: Distribuição da população segundo Grupos do Índice Paulista de Vulnerabilidade Social - IPVS 2010 – Estado de São Paulo e Município de Jundiaí. Fonte: IPVS, Fundação Seade, 2010. Acesso: Fevereiro, 2016
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TEMA
Jundiaí
apresenta na grande porção do território, baixíssima, muito baixa e baixa vulnerabilidade, sendo possível identificar abaixo os Grupos 5 (Alta vulnerabilidade) e 6 (Muito alta vulnerabilidade), apresentando-se próximos aos bairros Tamoio, Nambi, São Camilo, Fazenda Grande, Nova Odessa e Novo Horizonte.
Figura 7: Mapa de vulnerabilidade social (IPVS) do município de Jundiaí - 2010. Fonte: Fundação SEADE – Índice de Vulnerabilidade Social 2010. Acesso: Fevereiro, 2016.
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Nesse
contexto, o presente trabalho propõe adensamento habitacional em área próxima ao centro, que após um processo de desindustrialização perdeu parte de sua função produtiva, tornando-se obsoleta e transformando-se em um território oportuno, com potencial evidente de desenvolvimento. Contrapondo-se dessa forma à tradicional localização periférica do mercado e das políticas habitacionais, mas concordando com o objetivo estratégico da prefeitura de evitar, no que tange ao parcelamento e às unidades habitacionais a dispersão da malha urbana (PMJ, 2015), e respalda-se ainda no colocado por LEITE (2012,13) que “reciclar o território é mais inteligente do que substituí-lo”. (...) e que “reestruturá-lo produtivamente é possível e desejável no planejamento estratégico.”, portanto, a proposta para habitação baseia-se na demanda e no potencial da área classificada como ZEIS pela Legislação Municipal. (PD, 2016). Como não é possível pensar em habitação sem pensar em espaço urbano, a proposta utiliza-se do conceito de LAMAS (1993, p.84) que afirma ser “através de edifícios que se constitui o espaço urbano e se organizam os diferentes espaços
identificáveis e com “forma própria”: a rua, a praça, o beco, a avenida ou outros espaços mais complexos [...]”. No contexto da sustentabilidade, além de aproveitar a infraestrutura instalada e reduzir a segregação característica dos grandes projetos voltados para HIS em áreas periféricas, a proposta busca orientar-se pela alta densidade e baixa elevação, pois conforme HAUGHTON & HUNTER (1994) (...) “densidades urbanas maiores tem sido consideradas importantes para se alcançar um desenvolvimento sustentável (...)”, pois devido a grande concentração de pessoas maximiza o uso da infraestrutura instalada e reduz a expansão das pessoas para áreas periféricas, aumenta a diversidade de uso tornando as ruas mais permeáveis diminuindo a criminalidade, reduz necessidades de viagens uma vez que o comércio e os serviços são de caráter local e viabiliza a implantação do transporte coletivo. Como diferencial, o projeto estabelece diferentes tipologias para abarcar a diversidade familiar, destacando-se do oferecido tradicionalmente no mercado por programas habitacionais como o MCMV, e no passado COHAB, etc.
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1.1.4. Proposta
FRAMPTON (2008), os conjuntos habitacionais de baixa elevação e alta densidade são uma opção extremamente viável e atende a demanda tanto de classes mais altas quanto mais baixas. Exemplos dessa tendência são o projeto Quinta Monroy no Chile, onde o proprietário recebe a casa com possibilidade de ampliação, e no projeto da Península de Borneo em Amsterdã, no qual o proprietário compra o lote individualmente.
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Para
Figura 8: Borneo-Sporenburg. Comparação das fachadas típicas do centro de Amsterdã e o resultado da “experiência” de Scheepstimmermanstraat. A interpretação moderna do antigo ambiente de canais levou a converter os antigos empenas em terraços. Fonte: http://urban-networks.blogspot. com.br/2014/05/regeneracion-urbana-enamsterdam-la.html Acesso: Agosto, 2016.
Figura 9: Projeto das fachadas 5 anos mais tarde . Quinta Monroy, Chile. Fonte: http://incrementalhouse.blogspot.com.br/2008/10/chile-quinta-monroy.html Acesso: Agosto, 2016.
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2. SÍTIO
2.1. APRESENTAÇÃO DA REGIÃO 2.1.2. SISTEMA DE CIRCULAÇÃO 2.1.3. Sistema de Circulação Micro 2.1.4. Análise dos Conflitos 2.1.5. Macrozona 2.2. Análise de Levantamentos 2.2.1 Legislação 2.2.2 Uso Real do Solo 2.2.3 Gabarito 2.2.4 Mapa de Atualização 2.2.5 Topografia 2.2.6 Orientação Solar e Ventos Dominantes 2.2.7 Áreas Permeáveis 2.2.8 Área do Projeto e Tipologia do Entorno 2.2.9 Equipamentos Públicos
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Jundiaí,
localizada a 49km de distância da cidade de São Paulo e 37km de Campinas, apresentando uma área total de 431 Km², sendo 191 km² em área urbana, que corresponde a 44,31% do território, e 240 km² em área rural (55,69% da área total), dos quais 23,02% constituem Área de Conservação Rural, e 32,67% Território de Gestão da Serra do Japi (2012, Plano Diretor Estratégico). Limita-se ao Norte com os Municípios de Vinhedo, Itatiba e Louveira, ao Sul com Cajamar, Franco da Rocha e Pirapora do Bom Jesus, à leste com Campo Limpo Paulista, Jarinu e Várzea Paulista, e à Oeste com Cabreúva e Itupeva. (PLHIS, 2015). Jundiaí está integrada à Região Administrativa de Campinas e é sede do AUJ, a mais recente unidade regional do estado de São Paulo, criado em 2011, é constituído por sete municípios: Cabreúva, Campo Limpo Paulista, Itupeva, Jarinu, Jundiaí, Louveira e Várzea Paulista e com uma população estimada em 2015 pelo IBGE (2016) em 401.896 hab. No final da década de 1980, a região que hoje corresponde ao AUJ tinha um caráter industrial, passando a apresentar a predominância do setor de serviços e comércio, e nos últimos anos, o setor de logística, pertencente à área deserviços, tem crescido, apro-
da Região
veitando-se da posição geográfica, proporcionando a melhor acessibilidade às metrópoles de São Paulo e Campinas e ao Aglomerado Urbano de Piracicaba. (FANELLI e SANTOS JÚNIOR, 2013). Recentemente Jundiaí foi eleita a terceira melhor cidade do Brasil para se viver, com destaque nos setores Econômico, Segurança e Digital (Revista América Economia, 2015).
Figura 10: Aglomerado Urbano de Jundiaí Fonte: Google, 2016. Acesso: Fevereiro, 2016
HABITAÇÃO
de interesse
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SÍTIO
2.1. Apresentação
2.1.2. Sistema
a Lei Federal 12.587/2012 que trata da Política Nacional da Mobilidade Urbana, o sistema viário, parte da infraestrutura de mobilidade urbana, é composto por vias que fazem interligações entre as áreas do município e da região, conectando os bairros centrais, passando pelos intermediários e chegando a área periférica da cidade, bem como as cidades da região. (P.D. Jundiaí, 2015).
Figura 11: Sistema Viário Macro Fonte: PMJ, 2015 Acesso: Maio, 2016
De
forma geral, Jundiaí se encontra inserida geograficamente como eixo de ligação entre São Paulo, Campinas, Sorocaba e a Microrregião Bragantina. O Município de Jundiaí é composto por rodovias estaduais que interligam Jundiaí aos municípios vizinhos do AUJ e as regiões como RMSP e a RMC.
Figura 12: Jundiaí eixo São Paulo / Brasília via Rodovias Anhanguera e Bandeirantes Fonte: Google, 2016. Acesso: Maio, 2016.
HABITAÇÃO
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SOCIAL 28
SÍTIO
Conforme
de Circulação
2.1.3. Sistema
de Circulação Micro
conexão direta com diversas rodovias e possui acessos para as cidades vizinhas, facilitando o fluxo e interconexões entre as cidades do AUJ. Por ser composta por um sistema viário com vias locais pavimentadas e vias coletoras que interligam a duas importantes vias arteriais, a área escolhida está localizada em uma quadra com infraestrutura básica necessária para atender a população do bairro.
Área de levantamento Figura 13: Imagem da área central com demarcação dos conflitos viários. Fonte: PMJ, 2016. Acesso: Maio, 2016.
2.1.4. Análise
dos Conflitos
Na área em estudo os conflitos
ocorrem em horários de pico, normalmente entre 17:00 e 19:20 hs. É possível identificar também que parte do volume de carros devese ao uso institucional com a FATEC na Avenida dos Ferroviários, e esta ser trajeto curto para as faculdades UNIP e Anhanguera, que se encontram no extremo da cidade. Figura 14: Sistema viário da área de Levantamento Fonte: PMJ, 2016. Acesso: Maio, 2016
HABITAÇÃO
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SÍTIO
Em um contexto geral, Jundiaí faz
2.1.5. Macrozona
A
SÍTIO
área de projeto está localizada na Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana, porção do território assim definida por abrigar diversidade de padrões de uso do solo e de atividades urbanas, a norte do município de Jundiaí, trata-se de uma gleba que se tornou obsoleta inserida devido a desindustrialização da empresa Fleishmann da área em 2004. Com localização privilegiada, próxima a área central e abundante em equipamentos públicos, possui em seu entorno eixos viários permitindo fácil locomoção, tanto de transporte público / privado e a pé.
Figura 15: Mapa da Macrozona de Jundiaí Fonte PMJ, 2016 Acesso: Maio, 2016
HABITAÇÃO
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SOCIAL 30
2.2. Análise
de Levantamentos
Área de Intervenção potencial para adensamento habitacional de interesse social. Foram considerados os aspectos como localização próxima ao centro com oferta de infraestrutura e equipamentos públicos, como forma de evitar a segregação. Assim, o local escolhido, localizado na região Norte da cidade de Jundiaí, fazia parte de uma gleba que foi dividida e agregou-se diretrizes viárias, conforme prefeitura municipal. (PMJ, 2016). Possui em seu entorno vários eixos viários que interligam a área aos demais bairros da cidade e dos municípios do AUJ.
Figura 16: Imagem da área central de Jundiaí Fonte: Google Earth, 2016. Edição: Clenice Amorim, 2016
Rio
HABITAÇÃO
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SOCIAL 31
SÍTIO
O local de projeto foi selecionado à partir de levantamentos sobre as áreas com
Legislação
A
área de intervenção situase na Zona de Desenvolvimento de Corredores Urbanos (ZDCU) e no Zoneamento Especial (ZEIS ), definida pelo PD Lei 8683/2016.
Está especificamente enquadra-
da na ZEIS 2, definidas pela PMJ (2016) por áreas vazias localizadas na Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana, não utilizadas ou subutilizadas, adequadas a implantação de empreendimentos de Habitação de Interesse Social, em quaisquer das suas modalidades ou linhas de financiamento.
Área de intervenção Figura 17: Mapa do Zoneamento da cidade de Jundiaí, com identificação da área de levantamento. Fonte: PMJ, 2016. Acesso: Maio, 2016
Figura 18: Zoneamento da área de Levantamento Elaboração por fonte: PMJ, 2016 Acesso: Maio, 2016
HABITAÇÃO
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SOCIAL 32
SÍTIO
2.2.1
proposta do projeto de arquitetura e suas diretrizes de parcelamento do solo estão elaborados de acordo com a legislação vigente do Plano Diretor nº 8683/2016 e portanto com os seguintes parâmetros:
Parcelamento do Solo: Dimensões das quadras: Comprimento máximo: 100m Percentual mínimo da área a ser doada: Área livre de uso público = área verde + sistema de lazer: 20% Área de equipamento urbano comunitário: 5%
TIPO: Habitação Multifamiliar Vertical ÁREA: 21.997,25m² Coeficiente de Aproveitamento: Básico – 1 = 21.997,25m² Altura da Edificação: 15m Taxa de Ocupação: 80% = 17.597,80m² Taxa de Permeabilidade do Solo: 20% = 4.399,45m² Densidade habitacional QTmínimo/UH (m²): 20m² = 1.099,86 UH. Permeabilidade visual mínima (lote): 50% Vagas de garagem: 1 por unidade habitacional Recuos mínimos: Frente: 2 Fundo: 2
Figura: Representação do gabarito permitido Elaboração: Clenice Amorim, 2016
HABITAÇÃO
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SOCIAL 33
SÍTIO
A
2.2.2
Uso Real do Solo
O uso
SÍTIO
do solo prevalece o residencial térreo com um corredor comercial e de serviços contornando o perímetro do levantamento.
Área de Intervenção Figura 19: Mapa de uso real do solo Elaboração: Clenice Amorim, 2016
2.2.3
Gabarito
O gabarito
predominante é de 1 a 2 pavimentos, existindo apenas dois prédios de 4 pavimentos no entorno próximo e duas torres com 15 pavimentos.
Figura 20: Mapa de gabarito Elaboração: Clenice Amorim, 2016
HABITAÇÃO
de interesse
SOCIAL 34
2.2.4
Mapa de Atualização
Entre
SÍTIO
2005 e 2014, houve um visível crescimento próximo à área de intervenção. A transferência da empresa Fleischmann Royal para Curitiba em 2004, tornou a área obsoleta com demolição da construção somente em 2010. Em 2012, surgiu um conjunto de construções comerciais de grande porte, como as concessionárias Comercial Andreta e Nissan. Em 2012, foram iniciadas as obras para o Complexo viário Léta e Oswaldo Bárbaro, finalizadas em 2014, para interligar a área central ao norte, avançando sob a ferrovia através da Frederico Ozanam, conectando os bairros que margeam o outro lado do Rio Jundiaí.
Figura 22: Imagens 1, 2, 3, 4 e 5 da área de atualização. Fonte: Goolge Earth, 2016.
4
4
Área de Intervenção Figura 21: Imagens do mapa de atualização Fonte: Google Earth, 2016
HABITAÇÃO
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Topografia É um terreno com área de 20.365m² contendo um desnível de 4m² de altura representado no corte A-A, mas houve uma terraplenagem que tornou-o plano.
Figura 23: Representação do Corte A-A Edição: Clenice Amorim, 2016.
Figura 24: Maquete topográfica de estudo Fonte: Clenice Amorim, 2016.
HABITAÇÃO
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SOCIAL 36
SÍTIO
2.2.5
2.2.6
Orientação Solar e Ventos Dominantes
encontra privilegiado pelos ventos (sudeste) por estar acima da cota da rua e no entorno além de haver uma nascente, não haver edificações.
Figura 25: Representação da orientação solar e ventos dominantes Edição: Clenice Amorim, 2016.
HABITAÇÃO
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SOCIAL 37
SÍTIO
O terreno se
2.2.7
Áreas Permeáveis
Nas
Figura 26: Mapa das áreas permeáveis Edição: Clenice Amorim, 2016.
SÍTIO
proximidades da área do projeto verifica-se uma grande porção de área permeável, algumas massas arbóreas (imagens 1, 3 e 4), vazio urbano (imagem 2) e uma grande área do Complexo Fepasa, onde existem áreas abandonadas que dividem espaço com usos institucionais, como o Poupatempo, FUMAS e FATEC.
Figura 27: Imagens das áreas permeáveis Fonte: Google Earth, 2016.
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SOCIAL 38
2.2.8
Área do Projeto e Tipologia do Entorno
O
SÍTIO
entorno é composto por casas térreas, com exceção de dois prédio com 5 pavimentos localizados na Rua Sívio Romério, esquina com a Av. Guilherme de Almeida. Observase que o fechamento por muros altos prejudica a vivência das ruas e calçadas.
Área de Intervenção
Figura 28: Mapada área do projeto e tipologia do entorno Edição: Clenice Amorim, 2016.
Figura 29: Imagens 1, 2, 3 E 4 da tipologia do entorno Fonte: Google Earth, 2016.
HABITAÇÃO
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SOCIAL 39
1
Área de Intervenção
SÍTIO
Figura 30: Mapa da área do projeto e o limite do lote Fonte: Google Earth, 2016.
Figura 31: IImagens 1, 2, 3, 4, 5 e 6 da área da área do projeto. Fonte: Google Earth, 2016.
HABITAÇÃO
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SOCIAL 40
2.2.9
Equipamentos P�blicos
Os
SÍTIO
equipamentos públicos como saúde, educação, cultural e público, atendem a demanda dos bairros centrais.
Figura 32: Principais Equipamentos Públicos da área de estudo Fonte: Clenice Amorim, 2016.
HABITAÇÃO
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HABITAÇÃO
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SOCIAL 42
3. REF. PROJETUAIS
3.1. ATELIÊ DU PONT – JARDINS ARQUIBANCADAS 3.1.2. ATELIÊ DU PONT – MÚSICA DA CIDADE 3.2 Visita Técnica - Habitação para Idosos 3.2.1 Ficha Técnica 3.2.2 Análise Projetual 3.2.3 Análise Funcional 3.2.4. Análise Urbana 3.2.5. Análise Ambiental 3.3. Relatório Fotográfico 3.4. Estudo de Caso - Jardim Edite 3.4.1 Ficha Técnica 3.4.2. Análise Projetual 3.4.3. Análise Funcional 3.4.4. Análise Urbana 3.4.5. Análise Ambiental / Relatório Fotográfico
Ateliê Du Pont Jardins Arquibancada - Paris (França) 3.1
Comunicação entre espaço interno e externo;
Ruas internas; Arborização – privacidade para as unidades térreas;
Acesso das unidades habitacionais térreas; Áreas de uso comum no âmago.
Figura 33: Imagens referência Jardins Arquibancada Font e: http://ateliedupont.fr/ Acesso: Maio, 2016.
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REF. PROJETUAIS
20 unidades de Habitação Social Área: 1.300m² Autor projeto: Ateliê Du Pont Arquiteto Chefe: Luc Pinsard Cliente: Habitat Paris Sustentabilidade: BBC Effinergie H & E Perfil Performance Option Entrega: Dez/2015
Ateliê Du Pont M�sica da Cidade - Nanterre (França)
3.1.2
Vias de uso comum;
Unidades habitacionais térreo com quintais privados;
Solução para estacionamento - subsolo. Figura 34: Imagens referência Jardins Arquibancadas. Fonte: http://www.ateliedupont.fr/ Acesso: Maio, 2016.
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SOCIAL 44
REF. PROJETUAIS
157 unidades de Habitação Social Área: 11.687m² Autor projeto: Julie Delzongle, Claire Chauvois Arquiteto Chefe: Eve Honnet Cliente: Nexity Seeri Sustentabilidade: BBC Effinergie H & E Perfil Performance Option Entrega: 2015 – Finalista ArchiDesignClub - Prêmios 2016
Visita T�cnica Habitação para Idosos 3.2
Fic�a T�cnica
Local: Pari, São Paulo Projeto: 2013 à 2007 Cliente: COHAB/SP Área de Intervenção: 7.270m² Área construída: 8.290m² Arquitetura e Urbanismo: Vigliecca & Associados Hector Vigliecca, Luciene Quel, Ruben Otero e Ronald Werner (autores); Lílian Hun e Ana Carolina Penna (coordenação); Paulo Serra e Luci Maie (administração); Mário Rodrigues Exhigo, Indiana Marteli, Maíra Carrilho e Fábio de Bem (colaboradores). Principal uso: O projeto é destinado a pessoas acima de 65 anos, moradores da capital há pelo menos 4 anos e com faixa salarial até 3 salários mínimos. Característica do local: O edifício foi projetado para envolver a Biblioteca Municipal Adelpha Figueiredo localizada no mesmo lote.
HABITAÇÃO
de interesse
SOCIAL 45
REF. PROJETUAIS
3.2.1
3.2.2
Análise Projetual
O programa é composto por três salas para tv e jogos, quatro salas de uso
REF. PROJETUAIS
múltiplo, salão comunitário com cozinha e sanitários, quadra de bocha, área verde, espelho d’água e horta comunitária; Possui três caixas de circulação vertical com elevadores e escadas; 25% das unidades são adaptadas para portadores de deficiência física e as demais estão preparadas caso haja necessidade.
Figura 35: Croqui Cortes Fonte: http://www.vigliecca.com.br/pt-BR/ projects/elderly-housing Acesso: Novembro, 2016
Figura 36: Imagem da análise projetual – sem escala Edição: Clenice Amorim, 2016
HABITAÇÃO
de interesse
SOCIAL 46
3.2.3
Análise Funcional
A
Vila dos idosos é um condomínio de 4 pavimentos contendo 145 apartamentos, destes:
57 apartamentos possuem um
16 Quitinetes e 9 apartamentos estão alocadas no térreo, uma vez que são destinadas para pessoas com dificuldade de locomoção.
REF. PROJETUAIS
dormitório e 43m², são adaptados as necessidades físicas dos moradores, possuem portas mais largas, áreas com maior facilidade de acesso, ventilação cruzada e piso e janelas com altura adequada, espaço de convívio em todos os andares próximo as portas;
88 quitinetes de 29m², destas,
Figura 37: Imagem da análise funcional – sem escala Edição: Clenice Amorim, 2016
HABITAÇÃO
de interesse
SOCIAL 47
3.2.4.
Análise Urbana
O
conjunto residencial está localizado no Bairro Pari, próximo ao centro da cidade de São Paulo o que possibilita o uso do transporte público com facilidade. O lote possui uma forma complexa, utilizando-se de três frentes demonstrando uma estrutura urbana fragmentada, por isso foi projetado para usufruir do terreno da melhor forma possível.
3.2.5.
Análise Ambiental
O
projeto é composto por uma grande quantidade de área verde, um espelho d’água e horta comunitária, tudo isso proporciona maior integração entre os moradores.
Figura 39: Imagem da análise ambiental - sem escala Croqui : Clenice Amorim, 2016
HABITAÇÃO
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SOCIAL 48
REF. PROJETUAIS
Figura 38: Imagem da análise urbana – sem escala Croqui : Clenice Amorim, 2016
Fotográfico
REF. PROJETUAIS
3.3. Levantamento
Figura 40: Imagens da Vila dos Idosos Acervo: Clenice Amorim, 2016
HABITAÇÃO
de interesse
SOCIAL 49
Estudo de Caso - Jardim Edite
3.4.1
Fic�a T�cnica
Local: Brooklin, SP. Projeto: 2008 a 2013 Área de Intervenção: 18.000m² Área construída: 25.714m² Arquitetura e Urbanismo: MMBB e H+F arquitetos Marta Moreira, Milton Braga, Fernando de Mello Franco e H+F arquitetos Eduardo Ferroni, Pablo Hereñú Colaboradores: MMBB Eduardo Martini, Marina Sabino, Giovanni Meirelles, Cecilia Góes, Gleuson Pinheiro Silva, Adriano Bergemann, André Rodrigues Costa, Maria João Figueiredo, Martin Benavidez, Naná Rocha, Tiago Girao, Guilherme Pianca, Gisele Mendonça, Eduardo Pompeu, Rafael Monteiro, Lucas Vieira e H+F Tammy Almeida, Joel Bages, Natália Tanaka, Diogo Pereira, Gabriel Rocchetti, Danilo Hideki, Thiago Benucci, Mariana Puglisi, Luca Mirandola, Thiago Moretti, Luisa Fecchio, Bruno Nicoliello, Renan Kadomoto, Carolina Domshcke Cliente: Prefeitura Municipal de São Paulo - Secretaria Municipal da Habitação (Sehab/Habi) e Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU) Coordenador de projeto: Luiz Fernando Fachini Principal uso: O projeto é destinado aos moradores da favela homônima existente no bairro do Brooklin, após um incêndio em 2007 houve a necessidade de se extinguir a favela. Característica do local: O edifício foi projetado para abrir espaço para o convívio de diferenças.
HABITAÇÃO
de interesse
SOCIAL 50
REF. PROJETUAIS
3.4.
3.4.2.
Análise Projetual
O programa de necessidades é composto: 252 unidades Três equipamentos públicos, que são: Uma creche com 1400m², Uma unidade de saúde com 1300m², e Um restaurante-escola com 850m². Os equipamentos públicos são resultados da demanda
REF. PROJETUAIS
dos moradores, uma vez que o entorno é corporativo.
Figura 41: Imagem análise projetual - sem escala Fonte: http://www.au.pini.com.br/au/solucoes/ galeria.aspx?gid=3936 Acesso: Novembro, 2016
HABITAÇÃO
de interesse
SOCIAL 51
3.4.3.
Análise Funcional
Com uma densidade favorável ao coeficiente menor do que 4, o conjunto é composto por três torres de 17 pavimentos e duas lâminas com blocos de 4 pavimentos (sendo o último duplex) sem elevadores, oferecidos as famílias com recurso de até 3 salários mínimos. As unidades possuem 50 m² e são compostas por dois dormitórios, sala, cozinha e área de serviço.
REF. PROJETUAIS
Figura 42: Imagem Edifício em Lâmina – 4 pavimentos – sem escala Fonte: http://www.au.pini.com.br/au/solucoes/galeria.aspx?gid=3936
Figura 43: Imagem Edifício Torre – 17 pavimentos – sem escala Fonte: http://www.au.pini.com.br/au/solucoes/galeria.aspx?gid=3936
Figura 44: Imagem implantação Fonte: http://www.au.pini.com.br/au/solucoes/galeria.aspx?gid=3936 Croqui: Clenice Amorim
HABITAÇÃO
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SOCIAL 52
3.4.4.
Análise Urbana
O conjunto residencial Jardim Edite é definido como habitação social, porém
Figura 45: Imagem análise urbana – antes da desapropriação Edição: Clenice Amorim, 2016.
O seu entorno é relativamente de baixa densidade, com muitas casas e
poucos edifícios. Os prédios possuem as mesmas características do seu entorno, conversando entre si, o que inclui esses moradores na sociedade de uma forma mais digna.
Figura 46: Imagem análise urbana – atual Edição: Clenice Amorim, 2016.
HABITAÇÃO
de interesse
SOCIAL 53
REF. PROJETUAIS
possui uma forte característica de integração social uma vez que se encontra inserido no cruzamento das avenidas Eng. Luís Carlos Berrini e Jornalista Roberto Marinho, junto à ponte Estaiada, no centro financeiro e de serviços da capital.
Análise Ambiental / Relatório Fotográfico
3.4.5.
A implantação se dá sem movimentação na topografia
REF. PROJETUAIS
e sem alterações no sistema viário, visto haver uma rua que atravessava o lote e estava encoberta pela favela. Não existem áreas residuais, nem recuos laterais de frente ou fundo, todo o conjunto se articula com a área pública, assim com o uso público no térreo, a área está sempre movimentada e segura. Há eficiência térmica e energética com ventilação cruzada, deixando o ambiente mais iluminado e ventilado. As áreas de uso comum foram planejadas para ser espaço de convívio e socialização.
Figura 47: Imagens da edificação Fonte: Google Earth, 2016. Imagens: Nelson Kon
HABITAÇÃO
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SOCIAL 54
HABITAÇÃO
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SOCIAL 55
4. PROJETO
4.1. PROGRAMA DE NECESSIDADES 4.1.2. ANÁLISE DO ENTORNO 4.1.3. DIRETRIZES DO PLANO DE INTERVENÇÃO 4.2. PARTIDO ARQUITETÔNICO
4.1. Programa
Observa-se
coletivo e a diversidade de tipologias das unidades habitacionais. Sua estrutura não está baseada em uma renda média familiar, visto se tratar de inclusão social dos grupos menos favorecidos considerando sua versatilidade cultural e o tamanho do núcleo familiar. À partir das disposições das “Diretrizes do Desenho Universal na Habitação de Interesse Social no Estado de São Paulo” (2008), as unidades são dimensionadas ao portador de deficiência motora, por isso, todas as unidades possuem acesso garantido por elevador. O programa inclui uma pequena área comercial de abrangência local e ambientes de convívio e implantação tipologias diversificadas, abarcando 1, 2, 4 e 6 pessoas/U.H.,
PROJETO
que os projetos propostos pelos programas habitacionais Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), Minha Casa Minha Vida (MCMV) e o programa municipal Fundação Municipal de Ação Social (FUMAS) oferecem, em linhas gerais, unidades habitacionais com metragens entre 42 e 48m², com pouca ou nenhuma área de lazer, e pouca diversidade tipológica. A presente proposta pretende contrapor a esse quadro tanto no que tange ao parcelamento como as unidades habitacionais. Portanto, o programa foi elaborado para atender a demanda e composição do perfil da população: serviços e equipamentos urbanos básicos, espaços verdes, comércio local e acesso ao sistema de transporte
de Necessidades
Figura 48: Programa de Necessidades Fonte: Diretrizes do Desenho Universal do Estado de São Paulo Edição: Clenice Amorim, 2016.
HABITAÇÃO
de interesse
SOCIAL 56
4.1.2. Análise
do Entorno
Figura 49:Análise do entorno Edição: Clenice Amorim, 2016.
O bairro Vila Liberdade está localizado entre a linha férrea e o córrego que se
Figura 50: Imagem da fachada do Complexo Fepasa ao fundo Acervo: Clenice Amorim, 2016.
PROJETO
configuram limites, colocado por Lynch (1960) dividindo o território urbano. Ainda com relação aos elementos de análise da morfologia urbana de Lynch, aborda caminhos estruturadores que são apresentados nos mapas como eixos viários e a passagem sobre a linha férrea que conecta o bairro ao centro de Jundiaí.
Figura 51: Passagem sob linha férrea - Av. dos Ferroviários Fonte: Google, 2016
Figura 51: Passagem sob linha férrea - Av. Liberdade Fonte: Google, 2016
A área do projeto está inserida às margens da ferrovia permitindo um
eixo
visual da fachada da FEPASA.
HABITAÇÃO
de interesse
SOCIAL 57
Quadra esportiva e praças.
Figura 52: Imagem da CECE Antônio Ovídeo Bueno e da praça Rildo Michel Martho Acervo: Clenice Amorim, 2016.
Pontos de ônibus na proximidade Figura 53: Pontos de ônibus na Avenida Antônio Frederico Ozanan e na Avenida Itatiba Fonte: Google, 2016.
Figura 54: Imagem da praça José Luiz Borin Fonte: Google Earth, 2016.
Faculdade
PROJETO
Passarela
Figura 55: Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza - FATEC Fonte: Google Earth, 2016.
Figura 56: Imagem da passarela interligando a outra margem do Rio Jundiaí Fonte: Google Earth, 2016.
HABITAÇÃO
de interesse
SOCIAL 58
4.1.3. Diretrizes
do Plano de Intervenção
Figura 57: Diretrizes do plano de intervenção Fonte: Clenice Amorim, 2016.
1)
Parque com arborização de pequeno porte, permitindo campo visual da
2) 3)
Revitalização do obelisco existente; Revitalização das passagens existentes e implantação de novas
passagens, diminuindo a distância entre elas; 4)
Abertura de passagem para pedestres, permitindo maior permeabilidade
entre os lotes; 5) 6) 7) 8)
Perímetro definido para adensamento populacional; Revitalização de áreas de equipamentos públicos; Perímetro definido como corredor comercial local; Potencial para área verde – bosque. HABITAÇÃO
de interesse
SOCIAL 59
PROJETO
linha férrea e do Complexo FEPASA;
4.2. Partido
Arquitetônico
IMPLANTAÇÃO À partir da análise dos caminhos,
fluxos e campos visuais foram estabelecidos eixos estruturadores quer foram definidos/ conformados/ organizados / delimitados – pelo posicionamento dos blocos edificados dando origem dessa forma às praças e demais áreas de uso comum. O que concorda com o colocado por Lamas (1993;84) de que “É através dos edifícios que se constitui o espaço urbano e se organizam os diferentes espaços identificáveis e com “forma própria”: a rua, a praça, o beco, a avenida ou outros espaços mais complexos (...)”. As praças e demais ambientes de uso comum também definidos a partir dos edifícios buscam atender a diversidade de perfil familiar.
A estrutura baseada em quadra
aberta possibilita permeabilidade e fruição pública de grande porção da área ao longo dos eixos estruturadores. Essa concepção de traçado está baseada também no colocado por Alexander (2013, 518) e relação à necessidade de espaços externos positivos, para evitar espaços residuais que não seriam utilizados. O gabarito adotado na proposta baseia-se em Jacobs (2000) como forma de assegurar segurança e em Alexander (2013, 21) que coloca que em áreas urbanas independente da densidade habitacional é importante manter “a maior parte das edificações com 4 pavimentos ou menos”, e complementa que as edificações que excedessem esse gabarito não deveria ser voltado para moradias.
TIPOLOGIA DAS UNIDADES a premissa do rojeto relacionado ao oferecimento de UHs, busca atender a diversidade de usuários definida pelo perfil familiar, assim como as diferentes etapas da vida e às diretrizes de Desenho Universal para HIS.
Figura 58: Coquis da área de projeto Croqui: Clenice Amorim, 2017.
HABITAÇÃO
de interesse
SOCIAL 60
PROJETO
Finalmente
5. REF. BIBLIOGRÁFICAS
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 5.1. SITES CITADOS
HABITAÇÃO
de interesse
SOCIAL 61
5. Referências
Bibliográficas
ALEXANDER, C., ISHIKAWA, S. e SILVERSTEIN,
Disponível
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http://www.mpsp.mp.br/
M. Uma linguagem de Padrões. Porto Alegre;
portal/page/portal/Cartilhas/manual-
Brookman, 2013.
desenho-universal.pdf Acesso em: 22 de Setembro, 2016.
ASCHER,
F.
(2001).
“Metropolização
e
transformações dos centros das cidades”. In:
EMELIANOFF, C. A noção da cidade sustentável
ALMEIDA, M.A.R. Os centros das metrópoles:
no contexto europeu: alguns elementos de
reflexos e propostas para a cidade democrática
enquadramento / Cyria Emelianoff. – Rio de
do século XXI. São Paulo, Editora Terceiro
Janeiro: UFRJ/IPPUR, 2003.
Nome/Viva o centro/Imprensa Oficial do Estado.
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