Programa Vila Viva - PBH Vilas S達o Tomaz e Aeroporto
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O Programa Vila Viva nas Vilas São Tomaz/Aeroporto tem por objetivo realizar a requalificação urbana e ambiental das Vilas Aeroporto e São Tomaz através de intervençoes estruturantes físicas, sociais e ambientais, possibilitando a regularização fundiária e a legitimação deste assentamento e sua integração à cidade formal. Localizado na região da Pampulha, este conjunto de vilas com mais de quatro mil famílias, é um espaço de grande importância ambiental e ecológica para a cidade, tendo em seu interior o Ribeirão Pampulha. A pressão social de ocupação e a degradação por lançamento irregular de lixo e esgoto, vêm comprometendo esta região e seu papel ambiental, contribuindo enormemente para a insalubridade e risco desta população. Mais de 1200 famílias viviam nas margens do Ribeirão, cujas águas contaminadas invadiam casas, ruas e becos nas grandes chuvas ocorrentes em toda a bacia hidrográfica da Pampulha, já que o início deste cursod'água acontece na saída do vertedouro da lagoa percorrendo um vale aberto antes ocupado por moradias.
O programa prevê o reassentamento destas famílias e a requalificação deste espaço. Todo o trabalho de requalificação segue orientação do PCA, Plano de Controle Ambiental, tendo por objetivo potencializar os efeitos positivos da intervenção. Potencializar ultrapassa o limite da preservação e conservação. Um Plano de Controle Ambiental não deve se resumir a conter as ações prejudiciais da intervenção física, mas sim estar no controle destas intervenções, dirigindo e apresentando propostas de sustentabilidade e principalmente propostas que ampliem os resultados positivos desta intervenção.
A área definida pela mancha de inundação das cheias foi destinada ao Parque do Ribeirão. Sua antiga várzea natural. O Programa Vila Viva partiu na direção de transformar esta área de proteção ambiental numa área pública.
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A renaturalização de um córrego tão degradado se transforma na construção de recursos naturais, de cursos d’água e suas matas ciliares. Se transforma na construção de um ambiente mais saudável e mais acessível à cidade através da integração entre meio ambiente e espaço urbano.
área de inundação
Esta construção, este processo de transformação de um canal de esgoto em um curso d’água, é um grande desafio, mas acima de tudo um aliado do Programa ao possibilitar a visibilidade da recuperação de suas margens com o processo de renaturalização de um local antes ocupado por moradias e degradado pelo lançamento de lixo e esgoto.
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vias intervenção área de inundação após a intervenção
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proposta geral de intervenção
par ribedo que i ra o área destinada ao parque vias da intervenção unidades habitacionais
Plano de Ocupação das àreas do Parque do Ribeirão
Área 1 Área 1 Área 2
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Área 3 Área 4 Área 5
Áreas de proteção
Por que esportes radicais? O grande número de jovens moradores das vilas foi decisivo na direção do planejamento de ocupação destas áreas. Um tema jovem, uma linguagem jovem, um diálogo possível com com a comunidade, com a juventude de toda a cidade.
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Foram assim selecionados esportes de grande apelo jovem e cultural. Esportes radicais. Esportes urbanos. A decisão por estes esportes tem também o papel de transformar o olhar do jovem em relação ao espaço em que vive. Ajudando no reconhecimento da cidade como lugar de todos.
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A implantação de praças para a prática de esportes radicais no Parque do Cardoso no Aglomerado da Serra, pelo Programa Vila Viva, obteve resultados muito positivos em relação a ocupação e apropriação destes lugares, antes degradados e abandonados. Nas praças implantadas foram realizadas oficinas com jovens e crianças, de parkour, skate, capoeira, basquete. Mais de mil pessoas passaram pelas oficinas realizando atividades e aprendendo maneiras seguras da pratica de esportes radicais.
Área 1 Vila São Tomaz Rua Santo Antonio Esportes: Futebol(campo de saibro) e BMX(pista e obstaculos de terra)
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Situação da área: Áreas em processo de indenização e remoção Área praticamente toda desocupada Sustentabilidade: Piso permeável e baixo custo de implantação
unidades habitacionais
FUTEBOL Campo em piso de saibro para treinamento dos times de futebol da Vila São Tomaz(demanda apontada pela comunidade)
BMX
par ribedo que i ra o Pista de Bicicross(BMX) ou para mountainbike com obstáculos e piso em terra, para treinamento e uso recreativo. Em BH existe uma grande carência de pistas para a prática destes esportes, embora o número de usuários de bicicleta esteja aumentando.
Área 2 Vila São Tomaz Rua Comendador Wigg Esportes: Skateboard, Longboard, Mountainboard Situação da área: Áreas em processo de indenização, desapropriação e remoção Grande parte já desocupada
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Sustentabilidade: Piso impermeável e custo médio de implantação com exceção da pista de mountainboard, com o piso e obstáculos em terra.
unidades habitacionais
SKATE O skate é o segundo esporte em número de praticantes no Brasil, ficando atrás apenas do futebol. BH conta com atletas profissionais de alto nível técnico e associações deste esporte.
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MONTAINBOARD Modalidade do skate para pistas de terra.
LONGBOARD Modalidade para asfalto ou pistas em concreto. Esporte com grande crescimento no número de atletas e de eventos.
Área 3 Vila Aeroporto Beira Córrego Esportes: Slack line Situação da área: Áreas em processo de indenização e remoção Área toda desocupada
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Sustentabilidade: Piso permeável e baixíssimo custo de implantação
unidades habitacionais
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SLACK LINE Esporte em grande crescimento no Brasil e BH. Modalidades recreativas e de competição. Esporte associado a apropriação de praças e espaços públicos.
Área 4 Vila Aeroporto Rua Edgar Quintel Esportes: Quadra Poliesportiva e praça de ginástica
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Situação da área: Áreas em processo de indenização e remoção Área ainda ocupada por muitas moradias Sustentabilidade: Piso impermeável e alto custo de implantação
unidades habitacionais
QUADRA POLIESPORTIVA Demanda da comunidade para suporte a Escola Maria Cândida da Silveira que não possui equipamentos para a prática de esportes e aulas de Educação Física.
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GINÁSTICA
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A área destinada ao Parque, antes ocupada por moradias, lixo e entulho, localizada na antiga várzea natural do curso dágua e portanto área de preservação ambiental, será renaturalizada e revegetada de acordo com o RCA-Relatório de Controle Ambiental “A implantação deste Parque, que terá seu perímetro cercado com alambrado, além de proteger a várzea do córrego Pampulha, garantindo não só sua permeabilidade, mas a recuperação de sua qualidade ambiental, visa também garantir o controle sobre esta área tão vulnerável à ocupação informal.” RCA
Recuperar uma área degradada em solo urbano depende quase que exclusivamente do respeito conquistado por este espaço na população que convive diretamente com o local. Para que isto aconteça o projeto de recuperação deve ser claro e objetivo. Como construir uma relação sustentável dos moradores de assentamentos urbanos com áreas de proteção ambiental?
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O caminho escolhido foi o do potencial comunicativo do projeto paisagístico. O caminho foi encontrar uma linguagem comum entre o morador e o paisagismo. E a linguagem desenvolvida foi o jardim. Desenhar um projeto de recuperação ambiental numa linguagem construída pelos próprios moradores. Iniciar um diálogo entre o espaço e o morador mas com palavras do próprio morador.
Como encontrar então uma língua comum? Como construir esta Linguagem? Dando nomes. Encontrando elementos comuns a estes dois vocabulários. Aintervenção funcionando como ferramenta de comunicação. Aintervenção física inicia o diálogo entre a cidade e a favela, mas numa língua estrangeira, desconhecida. Aintervenção ambiental e paisagística traduz este diálogo para uma linguagem comum. Proporcionar a integração de vila e cidade através de intervenções estruturantes e da regularização fundiária, capacitando uma comunidade a diferenciar o público do privado através da requalificação espacial. Através de intervenções ambientais paisagísticas. Um projeto paisagístico deve se integrar ao espaço. Seus elementos devem ser facilmente identificados, inclusive suas relações. Relações com objetos construídos, com seu entorno direto, com a paisagem e também com os outros elementos do projeto. Clareando relações estéticas, funcionais e ecológicas. Facilitando o reconhecimento, a identificação e principalmente a integração com as obras físicas do Programa.
Projeto Paisagístico do Parque do Ribeirão
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Toda a área será revegetada e renaturalizada conforme projeto paisagístico aprovado pela SMMA-Secretaria Municipal de Meio-Ambiente. Melhorando a qualidade de vida da população e proporcionando para a cidade novos locais de convívio e recreação.
Fazer dos processos executivos ferramentas de capacitação, comunicação e integração entre vilas e cidade possibilita ao cidadão um novo olhar da cidade.
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"A cidade será educadora quando reconheça, exerça e desenvolva, para além das suas funções tradicionais (económica, social, política e de prestação de serviços), uma função educadora, isto é, quando assuma uma intencionalidade e responsabilidade, cujo objectivo seja a formação, promoção e desenvolvimento de todos os seus habitantes" Carta Das Cidades Educadoras - Declaração de Barcelona (1990) Essas ações buscam o exercício da cidadania num processo educativo e formativo. Participar destes processos executivos, favorece a co-responsabilidade sobre a própria cidade. Para a construção deste trabalho foi constituída a Equipe Ambiental, formada em junho de 2012.
Todo o trabalho da Equipe se desenvolve em quatro eixos: Capacitação Ações Formação e estruturação da Escola de Jardinagem Formação e estruturação do Vieiro Escola Execução Ações Renaturalização do Ribeirão Pampulha Recuperação de mata ciliar Jardins dos condomínios Jardins comunitários Recuperação de áreas degradadas Manutenção de praças e canteiros Arborização de vias e becos Educação Ambiental Ações Atividades educativas dos Programas de Educação Ambiental e Remoção e Reassentamento Realizacao de Cursos de Jardinagem para adultos e crianças Mobilização e comunicacao Ações Mobilização dos moradores do entorno do Parque Comunicação e apresentação dos profissionais formados pela Escola de Jardinagem ao mercado de trabalho
Área 5 Vila Aeroporto Rua Cecília Pinto Implantação do Viveiro Escola
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O processo de formação do viveiro foi participativo, com doações de mudas pela comunidade através do trabalho de mobilização e cadastro de moradores parceiros. Mas outro caminho desenvolvido tem sido de grande importância na apresentação deste trabalho. As mais de 1200 moradias removidas pelo programa são visitadas pela Equipe Ambiental e as plantas que seriam destruídas e levadas com o entulho, são transformadas em mudas no viveiro. Com isto os próprios moradores e trabalhadores da obra formaram uma rede de informação, solicitando a presença da equipe para a retirada e aproveitamento dos jardins da comunidade. Este trabalho de “reciclagem” de jardins demonstra respeito pela história de vida do cidadão além de dar visibilidade às ações da equipe.
Açþes desenvolvidas pela Equipe Ambiental
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PGE-Plano Global Específico Aotimização dos recursos é um dos objetivos do PGEPlano Global Específico, diagnóstico norteador das intervenções do Vila Viva. Favorecer a integração entre o processo executivo e o trabalho social amplia os resultados positivos de todo o Programa. Viabilizar a transformação de ações executivas em processos de capacitação e comunicação com as comunidades envolvidas, através de metodologias participativas, foi uma maneira encontrada pelo Vila Viva de alcançar estes objetivos. Capacitar o cidadão para uma nova realidade a ser construída.
Parque do Ribeirão Pampulha Um parque participativo Um parque radical Um parque construído pela própria cidade e para a cidade
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