ANO XXIV • Nº 529 • 24 DE MAIO A 10 DE JUNHO DE 2016 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO
A LUTA NÃO VAI PARAR! DIGA SIM AOS SEUS DIREITOS
Sindicato na luta contra demissões de bancários Pág. 2
Em defesa dos bancos públicos Pág. 3
Sindicato participa de oficina de saúde em São Paulo Pág. 7
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2 DEFESA DO EMPREGO
EDITORIAL
Sindicato na defesa do emprego dos funcionários do Bradesco
O Brasil passa por uma nova conjuntura. O difícil cenário encontrado depois do golpe está fazendo com que os direitos dos trabalhadores sejam ameaçados pela implantação de uma “Pauta Bomba” dentro do Congresso Nacional. Esta pauta tem como objetivo a retirada de direitos trabalhistas, implantação da terceirização e privatizações. O projeto “Ponte para o Futuro”, lançado por Michel Temer, traz várias ameaças aos direitos trabalhistas contidas em suas supostas propostas para o país superar os reflexos da crise econômica internacional. O que está em risco são avanços históricos da classe trabalhadora. Há uma ameaça a tudo que conseguimos conquistar até hoje. É uma tragédia anunciada. A categoria bancária é a única no País que tem uma convenção coletiva. A nossa Campanha Nacional Unificada será em meio a todo este furacão. Vamos entrar em um período complexo e muito difícil para a classe trabalhadora. Alguns dos 55 projetos do programa golpista ameaçam os direitos trabalhistas. Entre os pontos, está a regulamentação e redução da idade para entrada no mercado de trabalho e prevalência do negociado sobre o legislado, ou seja, a dita modernização do trabalho que prejudica em benefício do capital e do aumento dos lucros. Assim, as palavras de ordens são mobilização, organização e muita luta, para manter os nossos direitos e conquistas. Suzineide Rodrigues
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onda de demissões imotivadas no Bradesco foi alvo de um protesto organizado no dia 18 de maio pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco, na agência do Bradesco localizada no Derby, Recife. Contraditoriamente ao crescimento dos seus lucros, que no primeiro trimestre já soma R$ 4,12 bilhões. Em todo ano de 2015 tivemos 49 bancários demitidos do Bradesco e, em 2016, 25 demissões já aconteceram de janeiro a maio, correspondendo a mais de 50% do que no ano anterior. Durante o ato de protesto a agência ficou fechada para o público das 10h às 12h. Neste intervalo, os diretores do Sindicato se reuniram com os bancários daquela agência para conversar sobre o assunto em questão e também distribuir panfletos informativos, conversando também com os usuários do banco e a população. A presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, destacou que apenas a mobilização permanente pode barrar essa onda de demissões, que é nacional. Em 2016 o Bradesco extinguiu 1.491 postos de trabalho em todo o Brasil e há rumores de que só em Pernambuco serão demitidos 300 funcionários do Bradesco. “Com a compra do HSBC, o Bradesco se comprometeu a não demitir ninguém, mas, em contrapartida, está demitindo seus próprios funcionários. O Sindicato dos Bancários vai continuar lutando pelos empregos dos funcionários do Bradesco e do HSBC e não deixará que
DIRETORIA EXECUTIVA Presidenta: Suzineide Rodrigues Comunicação: Daniella Almeida Secretária-Geral: Sandra Trajano Finanças: Jaqueline Mello Administração: Geraldo Times Assuntos Jurídicos: João Rufino Bancos Públicos: Renato Tenório Bancos Privados: Adeílton Filho
Cultura, Esportes e Lazer: Fábio Sales Assuntos da Mulher: Eleonora Costa Saúde do Trabalhador: Wellington Trindade Formação: Anabele Silva Intersindical: Fernando Batata Ramo Financeiro: Andreza Camila Duarte Aposentados: Luiz Freitas
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Lucros altos dos bancos gera indignação com demissões
essas arbitrariedades aconteçam. Vamos tomar todas as medidas cabíveis para proteger os empregos dos bancários”, afirmou Suzineide. O secretário de Bancos Privados, Adeílton Filho, destaca que há um perfil dos funcionários demitidos. “Dos dezenove bancários demitidos de abril a maio deste ano, doze tem mais de vinte e nove anos de banco, quatro têm mais de dezenove anos e três tem de oito a dez anos de casa. Com isso, muitos estão perto de se aposentar e com dificuldades para se inserir no mercado de trabalho”. Os clientes dos bancos também são penalizados por essas demissões. “Além de uma sobrecarga de trabalho para os funcionários que ficam no banco, o atendimento aos clientes piora muito. O Bradesco tem lucros exorbitantes e retribui aos funcionários e correntistas com demissões e mau atendimento”, afirma Ronaldo Cordeiro, diretor do Sindicato. Os Bancários também ressalta-
ram as ameaças de perdas de direitos que os trabalhadores brasileiros já estão enfrentando com o atual Governo Federal Interino, após o golpe à democracia e que a luta tem que ser permanente para garantir os avanços já conquistados. “Precisamos continuar participando dos atos a favor da democracia”, comentou Geraldo Times, secretário de Administração do Sindicato. Diante disso, no dia 25 de maio, em São Paulo, vai acontecer uma reunião de negociação com os diretores do Bradesco para tratar da Pauta Específica, da utilização do Ponto Eletrônico e do combate às demissões. A Contraf/CUT e o Sindicato dos Bancários de Pernambuco orientou que no dia 25 de maio aconteça o Dia Nacional de Luta em Defesa do Empreso e Contra as Demissões no Bradesco. Nesta luta do Sindicato, oito funcionários já foram reintegrados aos bancos, fortalecendo nossa luta.
Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco Circulação quinzenal Redação: Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife Telefone: (81) 3316.4233 / (81) 3316.4221. Correio Eletrônico: comunicacao@bancariospe.org.br Sítio na rede: www.bancariospe.org.br Jornalista responsável: Jônatas Campos (DRT/PE 3411). Conselho Editorial: Suzineide Rodrigues, Daniella Almeida, Adeilton Filho, Epaminondas Neto e Cleonildo Cruz. Redação: Camila Lima, Micheline Américo, Wellington Correia e Brunno Porto Diagramação: Tempus Comunicação. Fotos: Agência Lumen | Tempus Comunicação. Tiragem: 11.000 exemplares
3 MOBILIZAÇÃO
Sindicato não vai parar de lutar
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iante do prosseguimento do golpe, os bancários vão fortalecer a mobilização em defesa dos bancos públicos e contra o PLS (Projeto de Lei do Senado), que diz respeito ao Estatuto das Estatais e que é um grave e arbitrário retrocesso. Este Projeto de Lei que pretende privatizar os bancos públicos. A presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, ressalta que a entidade vai continuar lutando pelo fortalecimento dos bancos públicos. “A privatização é iminente, tendo em vista o projeto apresentado pelo PMDB denominado ‘Ponte para o Futuro’, que estamos chamando de ‘Ponte para o Abismo’. A luta é pelos bancos públicos e pela Caixa 100% Pública”.
Quem mais vai perder é a população, que tem através da Caixa o repasse do “Bolsa Família” e o financiamento para o “Minha Casa Minha Vida”, colocando em risco a autonomia dessas estatais e atingindo também o BB, BNB, BNDES, Correios e Petrobras. A secretária de Comunicação do Sindicato, Daniella Almeida, destaca que, além da reestruturação, os empregados da Caixa Econômica podem ter que encarar desafios ainda maiores. “É provável que tenhamos que encarar tentativas de abertura do capital e até mesmo privatização do banco, por isso precisamos fazer uma mobilização permanente em defesa da Caixa Econômica permanecer pública”.
A CAIXA É DO POVO BRASILEIRO
Aconteceu no dia 3 de maio, em Brasília, um seminário com o tema “A Caixa é do povo brasileiro”. As diretoras do Sindicato, Terezinha Santiago e Dinarte dos Santos, participaram das discussões. No evento, a secretária de Formação do Sindicato e diretora da Fenae, Anabele
Silva, que participou da organização do seminário, ressaltou a necessidade de unificação do movimento sindical com outros segmentos da sociedade em defesa da Caixa 100% pública como contraponto à ofensiva neoliberal de enfraquecimento das empresas públicas.
AGÊNCIAS DO INTERIOR
Insegurança: Bancários e população vivem rotina de terror
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xplosões de agências bancárias têm sido recorrentes em Pernambuco, especialmente no interior do estado. Duas agências foram alvo de bandidos no dia 17 de maio, causando medo e insegurança aos trabalhadores e usuários do sistema bancário. Em Ponte dos Carvalhos, no Cabo de Santo Agostinho, Grande Recife, a ação aconteceu na Caixa Econômica Federal, e em Jatobá, no Sertão do Estado, os bandidos explodiram uma agência do Banco do Brasil.
O secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, João Rufino, que é representante no Nordeste do Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Contraf, ressalta os prejuízos da insegurança bancária para a população das pequenas cidades. “Além do clima de insegurança e tensão, após as explosões, as agências permanecem muito tempo fechadas. Os principais prejudicados são os cidadãos que têm que se dirigir a outras cidades para ter
atendimento bancário. Isso também enfraquece a economia local”, exemplifica Rufino. Desde o último trimestre de 2015, 19 agências do Banco do Brasil, em Pernambuco, permanecem fechadas, depois de terem sido alvo de explosões. De acordo com Rufino, o governo do Estado não garante a segurança das cidades do interior. “O efetivo policial no interior é insignificante e não há um controle eficaz dos explosivos que chegam
com facilidade às mãos dos criminosos”, explicou. O Coletivo Nacional de Segurança da Contraf levará esse tema para a próxima reunião da CCASP (Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada), que é coordenada pela Polícia Federal e controlada pelo Ministério da Justiça. “Tentaremos criar um grupo de trabalho sobre o assunto, para estudar medidas para reduzir essas ocorrências”, conclui Rufino.
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4 DIA DE LUTA
Sindicato realiza dia de luta pa classe trabalhadora e os direito
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o Dia de Luta contra o Golpe e em Defesa de Direitos, que aconteceu no dia 10 de maio, as agências bancárias localizadas na Avenida Conde da Boa Vista e o Banco do Brasil da Guararapes, paralisaram suas atividades, até o meio-dia. Diversas outras categorias também pararam no dia de Luta. O ato fez parte da série de protestos realizados pela Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, que reúne centrais sindicais, sindicatos, partidos políticos e movimentos populares contra o golpe político, judiciário e parlamentar em marcha no país. O país vem atravessando uma grave crise política e institucional, fruto da falta de reformas profundas no Estado Brasileiro e o que vem ocorrendo desde o dia 12 de maio, quando o Senado aceitou o pedido da abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, é uma série de ameaças aos históricos direitos trabalhistas conquistados com muita luta, que podem causar danos irreparáveis ao país e, principalmente, a toda classe trabalhadora. Em pouco mais de uma semana, um dos principais programas do Governo Federal com o protagonismo da Caixa Econômica, o Minha Casa Minha Vida, já sofreu seu mais fulminante ataque, com a revogação da contratação de 11 mil unidades pelo ministro pernambucano do governo interino, Bruno Araújo. Também já estão em marcha ataques aos principais progra-
mas sociais em operação hoje no país como o Bolsa Família, FIES, PRONAF e outros programas de repasses e de créditos com forte participação dos bancos públicos. Os atos de paralisação das agências também serviu para reunir a diretoria dos Bancários com a base para análises da conjuntura política. Segundo a presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, os debates nas agências foram amplos. “Conversamos sobre o que está por trás desse golpe: os interesses do grande capital, a disputa pelo pré-sal e os 55 projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional e que, se forem aprovados, representarão enormes perdas de direitos para nós trabalhadores”, afirmou. Um desses é o PL 4918/2016, que sucedeu o PLS 555, que diz respeito ao Estatuto das Estatais. Pela análise dos Bancários, um grave e arbitrário retrocesso para todos os bancos públicos e a sociedade. O texto da propositura abre os caminhos para a privatizações. O Sindicato dos Bancários se coloca em defesa da classe trabalhadora e contra o PL 4918. O retrocesso destas propostas, movidas por interesses econômicos, coloca em risco a autonomia das estatais e bancos públicos brasileiros, atingindo não só a Caixa Econômica, mas também o Banco do Brasil, Banco do Nordeste, BNDES, Correios e Petrobras. Banco do Nordeste - Depois das reuniões nas agências, o Sindicato dos Bancários reali-
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Ato teve a presença do presidente da CUT, Carlos Veras. Diretor dos Bancários e f
zou um ato em frente ao BNB da Avenida Conde da Boa Vista para dialogar com a categoria e com a população. O diretor do Sindicato, Luiz Higino da Rocha, destacou a necessidade das mobilizações. “Alguns colegas não estão se dando conta da real ameaça aos nossos direitos”, comentou. A secretária-geral do Sindicato, Sandra Trajano, falou do que foi ressaltado nas conversas com os bancários e a importância destes diálogos para a democracia. “Estamos diante de um momento que é preciso muita cautela. Nossa conversa com os bancários foi necessária para deixar a categoria bem in-
formada sobre o que pode acontecer daqui pra frente. Tudo isso pela decorrência do golpe contra a presidenta Dilma que, consequentemente, vai trazer perdas de direitos para classe trabalhadora”, disse Sandra. Caixa Econômica - Ainda durante o Dia Nacional de Luta, diretores do Sindicato visitaram também a Girec (Gerência de Recuperação de Crédito) da Caixa, setor que será extinto em Pernambuco, caso a proposta de reestruturação do banco se concretize. A ideia é que o setor seja centralizado em estados do Sudeste. Neste caso, cerca de 80 funcionários em Pernambuco seriam realocados, e muitos
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para debater os direitos da itos dos bancários
Funcionários de bancos públicos e privados aderiram ao ato
ários e funcionário do BNB, Fernando Batata que discursou na frente do banco
deles perderiam gratificações pelas funções que exercem. “Não vamos enfraquecer. Se o momento é de indefinição, precisamos fortalecer nossa luta e resistência pela Caixa 100% pú-
blica, em benefício dos empregados e da população. É isso que temos dito aos colegas”, declarou a secretária de Finanças do Sindicato, Jaqueline Mello, que também é empregada da Caixa.
Diretores visitam a Girec, que está sob ameaça de fechamento
Presidenta dos Bancários, Suzineide Rodrigues, em agência
PRAÇA DA DEMOCRACIA - 20 DE MAIO
Os bancários estiveram presentes na Sexta da Resistência, juntamente com a Frente Brasil Popular, a Frente Povo sem Medo, a CUT e os movimentos sociais na
defesa dos bancos públicos (Caixa, BNDES, Banco do Nordeste e Banco do Brasil), contra as privatizações e o governo ilegitimo e golpista de Temer.
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6 VISITA SINDICAL
Condições inadequadas de trabalho
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ois grupos de diretores do Sindicato dos Bancários visitaram, entre os dias 24 e 29 de abril, cerca de 70 agências em 28 cidades do Sertão pernambucano, buscando conhecer o local de trabalho dos bancários e o que eles têm a dizer sobre os problemas da categoria. Essas duas viagens encerraram o primeiro ciclo de visitas do ano. O diretor do Sindicato que coordena as visitas, Flávio Coelho, conta que a presença regular da entidade nesses locais de trabalho é muito valorizada pelos bancários. “Sempre somos muito bem recebidos e os bancários ressaltam, com frequência, a importância desse contato direto com o Sindicato”, afirma Flávio. Os principais problemas verificados foram condições inadequadas de
trabalho e a insegurança nas agências. “Encontramos bancários trabalhando em ambientes insalubres, com mobiliário e ares-condicionados quebrados. Além disso, há um clima de tensão em decorrência das frequentes investidas criminosas aos bancos”, comenta Flávio. Em algumas agências, além da insegurança, foram constatados problemas como número de pessoal desproporcional à demanda de trabalho e a forte pressão dos bancos para que os funcionários atinjam metas. As cidades de Afrânio, Belém do São Francisco, Cabrobó, Dormentes, Floresta, Ibimirim, Inajá, Itacuruba, Jatobá, Lagoa Grande, Orocó, Petrolândia, Santa Maria da Boa Vista e Tacaratú, foram visitadas pelos diretores Flávio Coelho e Cleber da
Pé na estrada: diretores Cleber da Rocha e Flávio Coelho
Rocha. As cidades de Araripina, Ouricuri, Salgueiro, Mirandiba, Serrita, São José do Belmonte, Exu, Terra Nova, Cedro, Verdejante, Moreilândia, Parnamirim, Bodocó e Granito, receberam a visita das diretoras Sandra Trajano e Janaína Knust. Sandra conta que, devido à enorme quantidade de clientes esperando atendimento, as diretoras nem conse-
guiram entrar em algumas agências. “A situação é tão alarmante que só vendo para crer. Outro problema é que as agências que são explodidas por criminosos passam meses para serem reabertas”, denuncia. O Sindicato encerrou o primeiro ciclo de visitas aos bancários do interior do Estado. O segundo ciclo de visitas do ano será iniciado em julho.
ITAÚ
SANTANDER
Falta de segurança fecha Agência
Descaso com pautas dos bancários
Porta detectora de metais não estava funcionando
Mais uma agência bancária foi interditada pelo Sindicato dos Bancários. Desta vez, por falta de segurança, no dia 11 de maio, a agência do Itaú, localizada no bairro da Madalena, no Recife, sofreu ação do Sindicato, que constatou que a porta de detectores de metais não estava funcionando, deixando vulnerável a segurança de funcionários e clientes da agência. Os diretores do Sindicato, Luiz Henrique de Oliveira e Fábio Regis, interditaram a agência e entraram em contato com o banco para que a situação fosse imediatamente regularizada.
Luiz Henrique ressalta que é inadmissível uma agência bancária abrir o atendimento sem que a porta de detectores de metais esteja funcionando. “Em 2016, em Pernambuco, vários assaltos a agências bancárias já aconteceram. Nossa luta em defesa dos funcionários e clientes dos bancos é pelo fortalecimento da segurança. Não podemos conceber que uma agência funcione sem um item essencial como a porta de detectores de metais. Precisamos continuar lutando contra essas irregularidades dentro dos bancos”, relatou Henrique.
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No dia 11 de maio, os bancários aprovaram pauta de reivindicações
Aconteceu, em São Paulo, no dia 19 de maio, um encontro para tratar de assuntos de relevância dos bancários e em especial para os do banco Santander. Assuntos referentes à pauta específica, emprego, saúde, plano de saúde, previdência e metas abusivas, foram abordados. No dia 12 de maio, foi entregue a pauta específica de reivindicações para o Santander, através da COE (Comissão de Organização dos Empregados), que foi submetida em assembleia, no dia 11 de maio, e aprovada por unanimidade. No encontro em São Paulo, o banco tratou com descaso as demandas da ca-
tegoria, não dando nenhum posicionamento aos bancários presentes, embora grande parte dos pontos do documento já é de conhecimento do Santander. Também não foram dadas respostas para as cláusulas que necessitam de renovação. Tereza Souza, diretora da Fetrafi-NE, comentou que “o Sindicato e os bancários vão continuar na luta pelos direitos da categoria. O Santander não deu nenhuma posição às nossas reivindicações, mas vamos continuar lutando”. Participaram representando o Sindicato dos Bancários de Pernambuco a Tereza Souza, Chico de Assis, Kátia Cadena e Marcílio França.
7 SAÚDE
Sindicato participa da Oficina de Saúde do Trabalhador
O
Sindicato dos Bancários de Pernambuco esteve em São Paulo, nos dias 18 e 19 de maio, participando da 1ª Oficina Nacional de Saúde do Trabalhador, para definir os principais eixos da minuta na área da saúde do trabalhador. A Contraf-CUT reuniu em sua sede representantes dos trabalhadores do ramo financeiro de várias regiões do país, com o objetivo de qualificar o debate e definir as questões fundamentais para categoria. A mesa de abertura da Oficina contou com a participação dos secretários da Contraf-CUT, Walcir Previtalle (Saúde) e Carlos de Souza (Geral), do diretor do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e da Contraf-CUT, Mauro Salles Machado, e da diretora de Saúde e Condições de Trabalho da Fetec/SP, Rosangela de Farias Silva Lorenzetti, que des-
Debates sobre os limites do poder do empregador, além da discussão sobre condições do local de trabalho
tacaram uma maior participação dos trabalhadores na campanha nacional, fazer valer a efetividade das normas, além de estabelecer limites para o poder do empregador, onde os bancários possam trabalhar num local de trabalho mais saudável e avançar em seus direitos. Wellington Trindade, Secretaria de Saúde, afirmou que a participação no encontro em São Paulo mostra a
vontade de lutar pela saúde dos bancários de Pernambuco. “A luta que estamos enfrentando vai ser longa e precisamos ficar atentos a tudo que está acontecendo. Estamos lutando para que a saúde dos trabalhadores seja tratada com respeito. É com o diálogo que conseguimos pontuar nossos problemas e achar uma solução”, comentou Wellington.
HORA EXTRA
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Vigilância Sanitária faz vistorias em bancos
Atendendo a denúncia do Sindicato dos Bancários, a Vigilância Sanitária acompanhou, no dia 20 de maio, o diretor do Sindicato, Paulo Henrique, em várias vistorias em quatro unidades bancárias do Itaú, em Olinda. “Nós do Sindicato já sabemos de alguns pontos negativos dentro das agências, por isso denunciamos à Vigilância Sanitária para fazer essas intervenções”, relatou Paulo. A Vigilância Sanitária deu um prazo de 10 dias para que as agências cumpram com o que foi solicitado e o diretor do Sindicato promete voltar aos locais visitados, ainda no final do mês de maio, para saber se tudo foi atendido.
Eleições Funcef
TST debate critérios para cálculo das horas extras dos bancários Tribunal Superior do Trabalho (TST) realizou, no dia 16 de maio, uma audiência pública para discutir o divisor a ser utilizado para o cálculo das horas extras dos bancários. Os acordos coletivos da categoria devem contemplar a inclusão dos sábados no cálculo do valor do repouso semanal remunerado. Aberta no período da manhã pelo ministro do TST, Cláudio Brandão, a audiência teve cinco painéis, que reuniram representantes de sindicatos, federações e banqueiros, além de especialistas na área de cálculos, liquidação de sentenças judiciais e perícias contábeis. João Rufino, diretor Jurídico do Sindicato dos Bancários, esteve pre-
NOTA
sente na audiência e comentou sobre as contribuições dos advogados, representantes de várias federações, inclusive da Fetrafi e da Contraf. “No TST, apenas uma das oito turmas que julgam recursos daquela corte, tem divergência sobre o posicionamento defendido e adotado por todas as demais turmas, que são favoráveis à tese do sindicato. Isso mostra a importância de termos escritórios comprometidos e que se dedicam a defesa da tese e do direito da categoria”, declarou Rufino. No debate, a Contraf-CUT defendeu a atual regra do divisor durante a explanação da advogada Renata Cabral, assessora Jurídica da Confederação em Brasília. Também participaram do evento Jefferson de
Oliveira, assessor Jurídico da Contraf-CUT e Mauri Sérgio de Souza, secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT. Para Mauri Sérgio, “a audiência pública foi esclarecedora no sentido de que seja mantido o atual critério de considerar o sábado como dia útil não trabalhado, pois qualquer alteração provocaria perdas para a categoria, além de atentar contra o cálculo da jornada de trinta horas semanais”. Para garantir um melhor atendimento para os sindicalizados, o jurídico do Sindicato dos Bancários de Pernambuco está com novo horário. Os advogados atendem pela manhã, das 9h às 12h, e no período da tarde, das 14h às 17h.
Aconteceu entre os dias 16 e 18 de maio a eleição da Fundação dos Economiários Federais (Funcef). A Chapa 7 - Controle e Resultado - venceu as eleições para os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Votaram 70.815 participantes e assistidos, o que significa 52,4% dos 135.202 que estavam aptos. Entre os empregados ativos da Caixa Econômica Federal, o índice chegou a 58,3% (53.397 dos 91.552 aptos), enquanto que 41,1% dos aposentados e pensionistas exerceram esse importante direito (16.577 dos 40.303 aptos). Também votaram 406 funcionários da Fundação, 238 autopatrocinados e 137 trabalhadores do banco que estão cedidos.
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8 REENCONTRO
Café da Manhã dos aposentados O clima de descontração e reencontro marcou mais uma edição do Café da Manhã dos Aposentados na sede do Sindicato dos Bancários, no dia 20 de maio. Entre participantes, a possibilidade de rever amigos e companheiros de trabalho é sempre destacada. “É a primeira vez que participo e estou gostando muito. Acho muito bom poder reunir velhos companheiros. A gente se encontra, fala sobre suas atividades, até porque muitos aposentados ainda trabalham. Eu mesma sou advogava. Essa troca de novas experiências é muito boa. Por isso acho essa iniciativa muito proveitosa”, externa a aposentada do Bandepe, Janete Bahia. Opinião compartilhada por Alexandre de Castro, ex-empregado da Caixa Econômica, que também participou pela primeira vez do evento. “Tive o prazer e a satisfação de rever três colegas da Caixa que há muito não via. De certa forma, esse café promove uma integração”. Alexandre também acredita que o encontro mensal pode ajudar a solucionar alguns problemas que afligem os aposentados e que tem no Sindicato um parceiro na busca de soluções. “Os aposentados se encontram, conversam, trocam ideias, falam dos seus problemas cotidianos. Acredito que esses problemas cheguem ao conhecimento da diretoria do Sindica-
Troca de ideias e reencontros
Alexandre de Castro
Fernanda Miranda
Janete Bahia
to”, concluiu Alexandre. Em sua primeira participação no Café, Fernanda Miranda, aposentada do extinto Banco Banorte, lembrou da ajuda que recebeu do Sindicato em um momento muito delicado de sua vida. “Em 1999 eu havia sofrido um acidente de trabalho, o banco ficou protelando e não quis emitir a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho). Eu vim aqui e o Sindicato trouxe um médico do Trabalho. Através desse médico, mediante os exames que eu já havia realizado e dos
Assembleias dos bancários do BB e da Caixa No próximo dia 1º de junho, às 19h, acontecerão as assembleias dos trabalhadores do Banco do Brasil e da Caixa que elegerão as delegações que vão participar dos seus respectivos congressos nacionais. As reuniões serão na sede dos Bancários. O 27º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (CNFBB) e o 32º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef) ocorrerão em um contex-
to político adverso, com ameaças contra as conquistas dos trabalhadores e onde a categoria será muito exigida, como explica a secretária Geral do Sindicato, Sandra Trajano. “Mais que nunca é hora de participação”, diz. Os funcionários do BB elegerão 11 delegados, enquanto os funcionários da Caixa levarão 10 representantes para seus respectivos congressos.
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outros exames que ele pediu, foi possível eu me aposentar. Por isso eu só tenho a agradecer”, relata Fernanda. Quanto ao Café da Manhã, a aposentada corrobora com a opinião dos colegas acima. “Muito bom para que a gente se encontre. O corre-corre da vida não permite que a gente se encontre. Com o Café, pelo menos uma vez por mês dá para rever algumas pessoas”. O tom político do evento ficou por conta da fala da presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues. A
presidenta foi enfática ao reafirmar o compromisso da entidade na defesa do interesse da categoria e da classe trabalhadora. “Este Governo interino vem ensaiando mudanças absurdas nas aposentadorias. Já anunciaram cortes de mais de 11 mil unidades do programa Minha Casa Minha Vida, falam em rever o Bolsa Família. Até a ajuda de custo que os alunos cotistas recebiam para estudar nas universidades, cerca de R$ 400, o interino da educação, Mendonça Filho, já cortou”, denuncia Suzineide.
JOGOS BANCÁRIOS A 5ª Edição dos Jogos já está chegando. No dia 28 de maio, no Clube de Campo de Aldeia, as disputas vão acontecer nas modalidades natação, tênis de mesa, vôlei, queimado e dominó, nas modalidades feminino e masculino em quatro faixas etárias: de 18 a 29 anos, de 30 a 39, de 40 a 49, e a partir de 50.