ANO XXVI • Nº 599 • 1º A 15 DE JUNHO DE 2019 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO
E V E GR L A R GE
14 Bancários voltam às ruas em defesa da Educação pública p. 3
de junho
Sindicato coleta assinaturas contra reforma da Previdência p. 5
Reintegração garante emprego de bancária do Santander p. 8
WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR
2 EDITORIAL LUTE PELA SUA APOSENTADORIA
Manifestações fortes e pacíficas marcaram o mês de maio. Milhares de trabalhadores e estudantes foram às ruas para protestar contra as medidas anunciadas pelo governo Bolsonaro. Os protestos se multiplicaram por todo o País, criando um ambiente político propício para a construção de uma forte Greve Geral. No dia 14 de junho, vamos parar o Brasil contra a proposta do governo que acaba com nossos direitos previdenciários e a aposentadoria. A classe trabalhadora já mostrou do que é capaz em abril de 2017, quando mais de 50 milhões de trabalhadores realizaram a greve geral contra a então proposta de reforma da previdência do ilegítimo Temer. A proposta de Bolsonaro é ainda pior, especialmente para as mulheres. E o modelo de capitalização, que já falhou em 60% dos países onde foi implementado, além de acabar com a contrapartida do Estado e das empresas, não oferece nenhuma garantia aos trabalhadores. Esta reforma da Previdência só é boa para os banqueiros. Só a luta unificada da classe trabalhadora será capaz de impedir o desmonte do sistema de Seguridade Social. Por uma Previdência pública e solidária e em defesa da aposentadoria faremos a maior Greve Geral da história deste País! SUZINEIDE RODRIGUES Presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco
Reforma da Previdência prejudica mais as mulheres
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ara debater os impactos negativos da Reforma da Previdência na vida das mulheres, as dirigentes do Sindicato do Bancários de Pernambuco e da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Nordeste (Fetrafi-NE) participaram de uma audiência pública, no dia 27 de maio, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Realizada pelo mandato da deputada Federal, Marília Arraes (PT), e da deputada Estadual, Teresa Leitão (PT), com organização e apoio da Comissão Especial sobre a reforma da Previdência da Alepe e da Subcomissão Especial de Seguridade da Mulher da Câmara dos Deputados, o encontro reuniu mulheres representantes de movimentos feministas e sindicais. A audiência esclareceu pontos relevantes da misógina reforma da Previdência, constatando que a proposta é prejudicial principalmente
Suzineide Rodrigues cobra taxação de grandes fortunas em audiência pública na Alepe
para as mulheres. Na avaliação da presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Suzineide Rodrigues, as medidas do governo Bolsonaro representam um grave retrocesso na vida das mulheres. “Os bancos vão ganhar muito com a capitalização e eles fizeram essa conta. As mulheres serão as mais prejudicadas por essa reforma. Por que não cobram das grandes fortunas? ”, indagou ao plenário. A proposta do governo estabelece que a aposentadoria seja concedida
às mulheres que atingirem idade mínima de 62 anos e tempo mínimo de contribuição de 20 anos, sendo necessário 40 anos de contribuição para garantia da aposentadoria integral. A secretária da Mulher do Sindicato, Eleonora Costa, destaca a unidade das trabalhadoras. “Não vamos desistir de lutar. As mulheres do campo e da cidade estão unidas para impedir a aprovação dessa reforma misógina, que desconsidera a jornada tripla das trabalhadoras”, conclui.
Conferência de Formação da CUT debate futuro do trabalho A 4ª Conferência Nacional de Formação da CUT, realizada entre os dias 17 e 31 de maio, debateu as transformações do mundo do trabalho, a reorganização do capital financeiro e os impactos que as medidas do governo Bolsonaro podem provocar na vida dos trabalhadores. O Sindicato dos Bancários de Pernambuco participou do evento, em Minas Gerais (BH). A dirigente do Sindicato, Gina Ramo, que representou a entidade na agenda, destaca que o centro das discussões foram “as transforEXPEDIENTE Jornalista Responsável: Beatriz Albuquerque
Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco Ed. 599 / Circulação quinzenal Redação: Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife/PE Telefone: (81) 3316 4233 E-mail: comunicacao@bancariospe.org.br Site: www.bancariospe.org.br Tiragem: 6.000 exemplares
1º a 15 de junho de 2019
Conselho Editorial: Epaminondas França, Beatriz Albuquerque, Josenildo Santos, Suzineide Rodrigues, Expedito Solaney e Cândida Fernandes Redação: Beatriz Albuquerque e Brunno Porto Diagramação: Bruno Lombardi Fotos: Kevin Miguel
Dirigente do Sindicato, Gina Ramo, integrou a delegação de Pernambuco no evento
mações resultantes da 4ª revolução industrial que estão transformando o mundo do trabalho e precarizando direitos, piorando a vida da classe trabalhadora”. Com o mote “Somos e Fazemos
o Trem da História”, a conferência construiu uma proposta base para a Política Nacional de Formação (PNF) da CUT, que será definida e aprovada no Congresso da Central, em outubro deste ano.
DIRETORIA EXECUTIVA Presidenta: Suzineide Rodrigues Comunicação: Epaminondas França Cultura, Esporte e Lazer: Adeilton Filho Secretária-Geral: Sandra Trajano
Assuntos da Mulher: Eleonora Costa
Finanças: Terezinha Santiago
Saúde do Trabalhador: Andreza Camila
Administração: Geraldo Times
Formação: Adriana Correia
Assuntos Jurídicos: João Rufino
Intersindical: Rubens Nadiel
Bancos Públicos: Cândida Fernandes
Ramo Financeiro: Diana Ribeiro
Bancos Privados: Expedito Solaney
Aposentados: Maria José Leódido
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Bancários participam do ato em defesa da Educação rumo à Greve Geral
Bancários reivindicam fortalecimento dos bancos públicos por mais investimentos em educação
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s bancários de Pernambuco aderiram ao ato em defesa da Educação pública e da Previdência Social solidária, no dia 30 de maio. Convocado pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), os protestos que aconteceram em todo o País contaram com apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais. A mobilização nacional é uma preparação para a Greve Geral convocada para o dia 14 de junho. Milhares de estudantes, professores e trabalhadores de diversas ca-
tegorias se concentraram na rua da Aurora. Bandeiras, faixas e cartazes traziam críticas ao corte de 30% das verbas discricionárias das Universidades e Institutos Federais e também à reforma da Previdência. Cerca de 120 mil pessoas participaram do ato no Recife. “O direito à educação é que faz o País crescer. Um País que não pesquisa, que não investe em extensão, é um País fadado ao fracasso. Não vamos permitir isso. Esse governo quer dar todo o nosso patrimônio de mão beijada: o Banco do Brasil, a Caixa, o Banco do Nordeste, a Petrobras e tantas outras empresas,
que para nós são muito caras, assim como é a Educação. Só com a luta garantimos os nossos direitos”, afirmou o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, João Rufino. Os cortes nos recursos da Educação foram anunciados no início do mês de maio pelo ministro da Educação Abraham Weintraub. Após os atos de 15 de maio, o governo anunciou no último dia 22 a liberação de R$1,6 bilhões. No entanto, essa verba liberada era referente a outro bloqueio preventivo bilionário que o governo realizou em 2 de maio sem anúncio, não se tratando dos cortes de R$5,2 bilhões que levaram o povo às ruas.
“A presença do Sindicato dos Bancários nesse ato é muito importante, principalmente quando os bancos públicos são os principais financiadores de crédito educacional. A Caixa e o Banco do Brasil são agentes públicos do governo que ajudam milhares de estudantes”, destaca a secretária de Bancos Públicos do Sindicato, Cândida Fernandes. A marcha dos estudantes e trabalhadores percorreu o Centro do Recife e findou na Praça da Independência (Diário), por volta das 19h. A classe trabalhadora mostrou força e disposição para o 14 de junho, dia da Greve Geral.
Centrais Sindicais realizam plenária unificada no Sindicato dos Bancários
Plenária realizada no Sindsep reúne sindicatos cutistas e das demais centrais sindicais
O Sindicato dos Bancários de Pernambuco sedia, no dia 6 de junho, às 15h, a plenária unificada das centrais sindicais para construção da Greve Geral. A paralisação nacional contra a reforma da Previdência está convocada para 14 de junho. Na ocasião, será realizado o balanço parcial do número de entidades que devem aderir à Greve Geral, assim como deverá ser feito um balanço dos atos dos dias 15 e 30 de maio. Os protestos em defesa da Educação pública funcionaram como termômetro para os trabalhadores. “As mobilizações apontam para
uma crescente insatisfação popular diante das medidas do governo Bolsonaro e prepararam um bom ambiente para a construção da Greve Geral”, avalia a presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues. No dia 3 de junho, as centrais fazem panfletagem nas estações de metrô para dialogar com a população sobre os impactos da proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo. Carros de som com spots convocando a classe trabalhadora para a Greve Geral também irão circular no Recife nas primeiras semanas de junho.
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COE Itaú debate emprego e saúde com o banco
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s bancários do Itaú foram cobrar a direção do banco, no dia 24 de maio, esclarecimentos sobre a informação que ganhou o noticiário nas últimas semanas de que 400 agências seriam fechadas em todo o Brasil. A instituição garantiu que a informação não é verdadeira e manteve os dados passados no último encontro. Até a data da reunião, 86 agências foram fechadas no Brasil, envolvendo 501 funcionários. Desses, foram realocados 460 trabalhadores e 41 foram demitidos. O encontro também marcou o retorno do Grupo de Trabalho de Saúde, que foi interrompido na época do Campanha Nacional 2018. De acordo com o dirigente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Wel-
Funcionários do Itaú reivindicam retorno das negociações sobre Programa de Readaptação
lington Trindade, que participou da reunião, o primeiro tema debatido foi a cláusula 29, que é a complementação do auxílio doença previdenciário e o auxílio acidentário. Os bancários reivindicam que os afastados possam pagar a dívida de forma
parcelada. O banco apresentou uma nova metodologia, que já vem aplicando há algum tempo, de retirar a dívida da complementação da conta do trabalhador em até três vezes, caso não tenha o valor todo disponível, para
evitar negativação da conta. Em relação ao programa de readaptação do banco, os bancários reivindicam a volta das negociações para adequar o programa. “Nós queremos que as condições de trabalho também sejam alteradas no retorno, para que o trabalhador não sofra novamente com o mesmo problema. Também cobramos a definição de um calendário para as reuniões do GT. A ideia é fazer reuniões periódicas para avançar os temas em debate”, afirma Wellington. Foi cobrado do banco ainda a solução para os problemas na entrega dos documentos do afastamento e debatida a possibilidade da implementação da entrega desses documentos na plataforma do IU Conecta para diminuir os problemas.
Proposta para a Cassi não é aprovada, mesmo com maioria de votos a favor O Banco do Brasil divulgou no dia 27 de maio, o resultado da Consulta ao Corpo Social da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) sobre a proposta para sustentabilidade da Cassi. Dos votos válidos, a maioria dos associados votou pela aprovação da proposta, com 55.444 votos a favor e 49.577 votos contrários. Para proposta ser aprovada, mais de dois terços dos votantes precisavam ser favoráveis. O Sindicato dos Bancários de Pernambuco e a maioria das entidades representativas indicaram o voto no “sim” pela manutenção da Cassi. “Conseguimos a maioria dos votos, mas não alcançamos os 2/3 exigidos pelo Estatuto. Agora, o que temos é
Sandra Trajano: futuro da Cassi é uma incógnita, mas defenderemos o corpo social
uma incógnita sobre o futuro da Cassi. Entendemos o processo que levou as pessoas a votarem pelo ‘não’. Mas, ressaltamos que nenhuma das posições (sim e não) ganhou. Diante
UMA NOVA EXPERIÊNCIA DE ALIMENTAÇÃO E CULTURA NO CORAÇÃO DO RECIFE 1º a 15 de junho de 2019
do resultado, podemos assegurar que estaremos a postos para defender os interesses do corpo social”, afirma Sandra Trajano, secretária-Geral do Sindicato.
Aberto todos os dias da semana
Das 8h às 20h O Café bar funciona até meia-noite
O resultado da consulta foi apresentado na mesa de negociação com as entidades de representação do funcionalismo do BB. Segundo o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Wagner Nascimento, será iniciado novo ciclo de debates com os funcionários da ativa e aposentados. A Contraf-CUT enviou ofício ao BB solicitando a reabertura das negociações. “A reabertura das negociações é imprescindível para a perenidade da nossa Caixa de Assistência e nosso papel responsável é cobrar uma solução que garanta atendimento de ativos e aposentados com a manutenção da contrapartida do BB”, concluiu o coordenador da CEBB.
Av. Martins de Barros,387 Bairro de São José, Recife
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Assembleia irá deliberar adesão dos bancários à Greve Geral
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o dia 11 de junho, os bancários de Pernambuco deliberam sobre a adesão da categoria à Greve Geral. A mobilização nacional contra a PEC 006/2019 da reforma da Previdência foi convocada pelas centrais sindicais para o dia 14 de junho. A Assembleia Geral Extraordinária será realizada às 18h, na sede do Sindicato dos Bancários de Pernambuco. A greve geral pela aposentadoria e por mais empregos está sendo organizada pela Central Única dos Trabalhadores e demais centrais sindicais - CTB, Força Sindical, CGTB, CSB, Nova Central, CSP- Conlutas e Intersindical. O Sindicato dos Bancários de Pernambuco tem percorrido as agências bancárias para debater com os trabalhadores sobre o desmonte da Seguridade Social e participado dos atos públicos em defesa da aposentadoria rumo à Greve Geral. “A orientação da diretoria do Sindicato é pela aprovação da adesão à Greve Geral, pois entendemos que essa deforma da Previdência é o fim do direito à aposentadoria de milhões de trabalhadoras e
CALENDÁRIO DE ASSEMBLEIAS 05 DE JUNHO, ÀS 18H30 Eleição de delegações: Congresso Nacional da Contraf- CUT, Conferência Regional da Fetrafi/NE, 13º CONCUT e 15º CECUT
Orientação da diretoria é pela adesão à mobilização nacional
trabalhadores. A categoria bancária é reconhecida por sua combatividade e estará unida as demais categorias nesta luta”, afirma a presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues. A reforma da Previdência de Bolsonaro acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição e impõe a obrigatoriedade da idade mínima de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres; aumenta o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 20 anos; e muda o cálculo do valor do benefício para reduzir o valor pago pelo INSS - trabalhadores vão receber apenas 60% do valor do benefício. Para ter acesso à aposentadoria integral, a trabalhadora e o trabalhador terão de contribuir por pelo menos 40 anos.
06 DE JUNHO, ÀS 18H30 Eleição da delegação para o Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil
Além disso, a reforma exclui da Constituição Federal a regra que determina a reposição da inflação para os benefícios acima do salário mínimo pagos a aposentados e pensionistas da iniciativa privada e do setor público. E desvincula os valores dos benefícios do salário mínimo. Essas mudanças podem rebaixar drasticamente os valores dos benefícios, inclusive de quem se aposentou antes de a reforma ser aprovada. A secretária-Geral do Sindicato, Sandra Trajano, reforça a dimensão dos impactos, caso a reforma seja aprovada. “A proposta afeta os trabalhadores da ativa, os aposentados, assim como os que ainda vão ingressar no mercado de trabalho. A chamada ‘nova Previdência’ não
11 DE JUNHO, ÀS 18H Deliberação sobre adesão à Greve Geral 11 DE JUNHO, ÀS 19H Eleição da delegação para o Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal 13 DE JUNHO, ÀS 18H30 Eleição da delegação para o Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil
combate privilégios e beneficia empresários e banqueiros. Não aceitaremos retirada de direitos. Rumo à Greve Geral”, conclui.
Sindicato coleta assinaturas contra reforma da Previdência Em protesto contra a nefasta reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco aderiu ao Dia Nacional de Luta, 22 de maio, convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). No Centro do Recife (PE), diretores da entidade altertaram a população sobre os impactos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 006/2019 e coletaram assinaturas contra o desmonte da Seguridade Social. A ação aconteceu das 9h às 17h, na Praça da Independência (Diário), com apoio da Escola Móvel da CUT. Mais de 800 assinaturas foram coletadas. O abaixo-assinado
unificado das centrais sindicais será enviado ao Congresso Nacional. O dirigente do Sindicato e da CUT Pernambuco, Fabiano Moura, destaca que o momento é de intensificar a pressão aos deputados e senadores. “Os trabalhadores e trabalhadoras estão nas ruas para dizer que não vão aceitar a retirada de direitos. Além do abaixo-assinado, a participação nos atos contra a reforma da Previdência é fundamental para defendermos a Seguridade Social”, afirma. O Dia Nacional de Luta contra a Reforma da Previdência foi realizado em todo País pelas categorias que compõem o macrossetor de serviço da CUT, como trabalhadores
Mais de 800 assinaturas foram coletadas no Dia Nacional de Luta
dos setores financeiro, de comunicação, do comércio, processamento de dados e vigilantes. Os segmentos de serviços contemplam mais
de 67% dos 90 milhões de trabalhadores brasileiros empregados e são responsáveis por 73% do Produto Interno Bruto (PIB).
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Privatização dos bancos públicos: mais de 50% das cidades ficarão sem agências
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aso os bancos públicos sejam privatizados, aproximadamente 57% das cidades brasileiras vão ficar sem agências bancárias. Este alarmante levantamento foi realizado pelo Banco Central do Brasil, que ainda informou que atualmente, dos 5.590 municípios brasileiros, 3.365 (60,2%) contam com uma ou mais agência bancária. Novecentos e cinquenta municípios (17%) são atendidos apenas por bancos públicos. A secretária de Bancos Públicos do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Cândida Fernandes, ressalta que a entidade luta contra privatizações diariamente, já que esta realidade é, comprovadamente, a pior opção para população.“Temos no Brasil vários exemplos de catastróficas privatizações. É de conhecimento da maioria que a venda do nosso patrimônio não beneficia a população mais carente, favorecendo apenas o mercado. Vender os bancos públicos é retirar dos mais pobres seus benefícios, sua casa própria e outros programas sociais que
Banco do Nordeste, maior banco de desenvolvimento regional da América Latina, tem papel social defendido pelos bancários
hoje são uma realidade. Não vamos permitir que este desmonte se concretize”, afirma Cândida. Os bancos públicos são fundamentais para o desenvolvimento do Brasil. O mantra repetido pelo movimento sindical há anos fica evidente ao se analisar os números de agências bancárias espalhadas pelo Brasil. Para presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Suzi-
neide Rodrigues, estes dados são de fundamental importância, já que podemos enxergar o que pode vir com as privatizações. “A população destas áreas terá que se deslocar para outros municípios para ter acesso a uma unidade bancária e a serviços básicos, como o saque da aposentadoria. São lugares que os bancos privados não querem estar. Para eles, só interessa estar onde conseguem lucrar com a
população”, destaca Suzineide. Em parceria com o mandato do deputado Estadual Doriel Barros, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco articulou para o próximo dia 25 de junho, às 9h, a realização de uma audiência pública, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), sobre a importância do Banco do Nordeste para o desenvolvimento regional.
Inscrições para Eleição dos (as) Delegados (as) Sindicais seguem até dia 8 de junho Os (As) candidatos (as) que pretendem participar das eleições para delegados (as) sindicais precisam ficar atentos (as) ao prazo de inscrição, que se encerra no dia 8 de junho. Os (As) bancários (as) interessados (as) devem, necessariamente, ser sindicalizados (as), sem tempo mínimo de filiação. A presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, destaca a função dos (as) delegados (as) de ser um elo entre o Sindicato e a base.“Ser delegado (a) sindical em uma conjuntura de profundo desmonte social, na qual o governo não mede esforços para retirar direitos da classe trabalhadora, exige compromisso e dis-
posição. Esses novos representantes estarão diretamente em contado com a base, deixando as bancárias e bancários bem informados sobre as ações do Sindicato e mobilizando a categoria. É hora de construirmos coletivamente as estratégias para impedirmos os retrocessos”, afirma. As eleições acontecem entre os dias 17 e 19 de junho. Funcionários (as) de todos os bancos públicos que atuam em Pernambuco poderão participar do pleito. Os (As) novos (as) representantes do Banco do Brasil, Caixa, BNDES e Banco do Nordeste serão conhecidos (as) no dia 25 de junho. As inscrições podem ser realizadas
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As eleições acontecem entre os dias 17 e 19 de junho
diretamente pelo site do Sindicato dos Bancários de Pernambuco (bancariospe.org.br) ou por meio de ficha de inscrição, também disponibilizada pelo site, preenchida e assinada,
enviada à secretaria da Presidência por correspondência, e-mail (presidencia@bancariospe.org.br) ou entregue pessoalmente. Acesse: www. bancariospe.org.br/eleicaodelegado
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Empregados participam de Dia Nacional de Luta em defesa da Caixa
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s empregados da Caixa de todo o Brasil realizaram atos, no dia 28 de maio, para marcar o Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa. A ação objetivou esclarecer para os clientes e à população as medidas que visam o fatiamento e desmonte do banco público. A mais iminente delas é a venda de participações nas áreas de loterias. Diretores do Sindicato dos Bancários de Pernambuco visitam departamentos da Caixa (CICOB/GIFUG) para alertar os empregados sobre o prejuízo social que representa o leilão da Lotex. “Os recursos das loterias são fundamentais para o desenvolvimento do Brasil, pois ajudam a subsidiar programas para educação, cultura, segurança e saúde. Pelo histórico da iniciativa privada, não acreditamos que esse setor irá investir no social. Estamos mobilizados em defesa da Caixa 100% pública”, afirma a dirigente do Sindicato, Susana Morais.
Leilão da Lotex é suspenso pela sétima vez
O leilão da Loteria Instantânea (Lotex) estava marcado para ocorrer na data do ato dos bancários, na Bovespa a partir das 10h, mas foi cancelado no final da tarde do dia 27 de maio. Esta é a sétima vez que o certame é adiado. A primeira tentativa de realizar o leilão foi em julho de 2018. A disputa, então, foi postergada para o final de novembro, depois para fevereiro, março, abril e maio deste ano. E agora, sem data prevista. A Justificativa foi a falta de interessados.
“A cada rodada o governo oferece melhores condições para os investidores. Em janeiro, o valor das tarifas para uso da rede lotérica na comercialização da Lotex teria piso de 4,34% e limite de 5,66% sobre o valor da aposta. Com as mudanças, foi para uma faixa entre 1,1% e 1,7%. Agora, o governo informa que irá dialogar novamente com o mercado para avaliar alternativas possíveis. É uma negociata extra leilão que visa baixar o valor da
Lotex, beneficiando exclusivamente o mercado”, avalia a presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues. No ano passado, as loterias operadas exclusivamente pela Caixa arrecadaram R$ 13,9 bilhões, dos quais R$ 5,4 bilhões (39% do total) foram transferidos para programas sociais. O edital do leilão da Lotex prevê corte nos repasses de verbas para os programas sociais, que cairá drasticamente para 16,7%, se a venda for efetivada. Entre as iniciativas que recebem recursos das Loterias Caixa, destacam-se o Programa de Financiamento Estudantil (FIES), Fundo Nacional de Cultura (FNC), Fundo Penitenciário Nacional (FUNPEN) e Fundo Nacional de Saúde (FNS). Na área do esporte nacional, os repasses são feitos para o Ministério do Esporte, Comitê Olímpico Brasileiro, Comitê Paralímpico Brasileiro, clubes de futebol e Confederação Brasileira de Clubes.
Comando Nacional reflete sobre importância dos bancos públicos O Comando Nacional dos Bancários realizou, no dia 30 de maio, uma oficina sobre a importância dos bancos públicos para o desenvolvimento socioeconômico do País. A reflexão foi facilitada pelo economista e professor Luiz Gonzaga Belluzzo. A presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Suzineide Rodrigues, participou da oficina, em São Paulo. “Não há inclusão social sem instituições públicas que promovam o desenvolvimento social. Reduzir o quadro de empregados e vender áreas lucrativas é preparar o banco para a privatização. Não vamos permitir o desmonte do patrimônio brasileiro. Os bancários irão intensificar a campanha em defesa da Caixa, do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste”, afirma.
Belluzo: bancos públicos contribuem para o desenvolvimento social e econômico do País
Para Belluzzo corremos um grande risco de, com base em uma ideologia do século 19, desestruturarmos toda a arquitetura da economia e do patrimônio público do nosso país. “As pessoas ouvem os comentaristas da Globo News e passam a acreditar que todo o investimento público deve ser cortado e toda empresa pública deve ser privatizada. Precisamos parar de demonizar as
coisas. Sem o investimento público o país não sai da recessão”, ponderou Belluzzo, lembrando ainda que, para sair da crise de 2008, os Estados Unidos investiram US$ 4 trilhões de recursos públicos em bancos privados. O economista disse que o governo e os meios de comunicação prejudicam a imagem dos bancos públicos dizendo que eles não são eficientes.
“Na verdade, os bancos privados querem se apropriar dos bancos e fundos públicos para ampliar ainda mais sua capacidade de obter lucros.” “É fundamental ampliarmos o debate sobre os bancos públicos para a sociedade. Mostrar a importância e a eficiência que eles têm para a implantação de políticas sociais e a contribuição que dão para o desenvolvimento econômico e social do País. Essa é uma argumentação que as pessoas conseguem entender”, explicou. “E não se trata de uma defesa corporativa. Mas, de uma questão central para que a economia do país consiga se recuperar. O mundo todo está vendo que não há nenhuma possibilidade de inclusão sem as empresas e os bancos públicos”, concluiu.
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PDV: Direito ao Saúde Caixa depende do ACT e da CGPAR 23
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Caixa anunciou a abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) no dia 17 de maio. O documento divulgado pela estatal garante que o plano de saúde será assegurado aos empregados optantes, que atendam a pelo menos uma das três condições: aposentados pelo INSS durante a vigência do contrato de trabalho com a Caixa; admitidos já na condição de aposentados pelo INSS com o mínimo de 120 meses de contribuição para o Saúde Caixa; ou empregados que não estão aposentados pelo INSS na data do desligamento, mas que venham a se aposentar até 31 de dezembro de 2019. Nesse caso, o empregado deve comprovar a aposentadoria junto à Caixa até 31 de março de 2020. O plano está assegurado aos que se aposentarem, segundo a cláusula 32 do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que tem vigência até 31 de agosto de 2020. Após essa data a re-
Suzineide Rodrigues: manutenção dos direitos está diretamente relacionada à capacidade de mobilização
forma trabalhista desobriga a empresa continuar honrando o tratado no último acordo até a assinatura do próximo e a CGPAR 23 faculta à empresa a concessão do direito à assistência à saúde e em caso positivo, impede que os termos da negociação estejam claros no acordo. Na mesma nota em que a Caixa anuncia o PDV, afirma que, a partir de junho, iniciará a convocação dos aprovados no concurso de 2014 e
que os candidatos serão convocados de acordo com a necessidade da empresa. A cláusula 32 do ACT vigente assegura o Saúde Caixa para os admitidos até 31/08/2018. Portanto, os convocados após essa data já entrarão no banco sem o plano, sem isonomia com os colegas. “O Saúde Caixa, historicamente é direto assegurado em cláusula do ACT, por força de mobilização e negociação dos empregados da Caixa.
A manutenção desse direito está diretamente relacionada à capacidade de mobilização dos empregados, para renegociar o assunto no próximo acordo”, destaca a secretária de Bancos Públicos do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Cândida Fernandes. A manutenção do Saúde Caixa depende não só do ACT, mas também da revogação da CGPAR 23, que desobriga a empresa a colocar à assistência à saúde como pauta do próximo ACT. A presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, afirma que as entidades representativas estão articuladas com os parlamentares para reverter a retirada de direitos. “A deputada Érika Kokay (PT/DF) protocolou o PDC 956/2018 para sustar os efeitos da CGPAR 23, que viola direitos assegurados em acordos coletivos de trabalho, estatutos e convenções das entidades de autogestão. Vamos pressionar os parlamentares para barrar o desmonte dos planos de autogestão”, conclui.
Sindicato conquista 12ª reintegração em 2019 No dia 31 de maio, a bancária Juliana Lemos, funcionária do Santander Cais do Apolo, foi reintegrada. Esta é a 12ª conquista pela garantia do emprego, em 2019, do Sindicato dos Bancários de Pernambuco. A secretária da Mulher do Sindicato, Eleonora Costa, responsável pela assistência sindical na área onde está localizada a unidade de trabalho da bancária reintegrada, enfatiza que diante atual conjuntura política, é importante que os bancários estejam atentos aos desmandos cometidos pelos bancos. “O número de demissões é alarmante. A pressão constante nos bancos leva ao adoecimento das nossas companhei-
ras e companheiros. Em muitos casos, o bancário é surpreendido ao voltar à agência, depois de um período de licença médica”, afirma. Juliana Lemos, que exerce atividade de Gerente Pessoa Jurídica e tem mais de seis anos de serviços prestados ao Santander, adquiriu ao longo dos anos de trabalho uma Lesão por Esforço Repetitivo e Distúrbio Osteomusculare Relacionado ao Trabalho (LER/DORT). “A injustiça que o banco cometeu contra mim é muito grave. O banco alegou que eu estava frequentando academia durante o período que estava afastada para tratar a minha lesão. Po-
rém, por indicação médica, faço meus exercícios para fortalecer a musculatura e, consequentemente, melhorar a minha saúde”, ressalta Juliana. O dirigente do Sindicato, Ronaldo Correia, acompanhou a reintegração da bancária, que foi demitida no dia 2 de maio deste ano, primeiro dia de retorno das suas atividades. Ela retornou ao banco mesmo sem o devido restabelecimento da sua lesão e o banco, sem considerar a avaliação médica, comunicou o seu desligamento. “A postura do banco foi inaceitável. O Sindicato dos Bancários me deu todo suporte e conseguimos reverter essa injustiça. Hoje, ser sindicalizado é fundamental.
É muito bom saber que podemos contar com uma entidade que presa pelos nossos direitos”, conclui.
Sindicato garante direito ao emprego no Santander
Participe de mais este encontro, com muita comida típica e no ritmo do São João
28/6 9h , às
1º a 15 de junho de 2019
Av. Manoel Borba, 564 Boa Vista - Recife/PE