ANO XXII • Nº 493 • 06 A 31 DE OUTUBRO DE 2014 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO
CAMPANHA NACIONAL DOS BANCÁRIOS
VENCEMOS O CABO DE GUERRA P
elo 11º ano consecutivo, a Campanha Nacional dos Bancários terminou de forma vitoriosa para os trabalhadores. Depois de sete dias de uma forte greve, os bancários conquistaram um dos maiores aumentos reais de salário da
última década, valorização do piso, avanços nas condições de trabalho e mais direitos. Em Pernambuco, a greve contou com mais de 80% de adesão na capital e no interior. Para a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, os bancá-
rios estão de parabéns pela forte greve e pelas conquistas. “Nosso movimento garantiu um dos melhores acordos dos últimos anos. O tema da Campanha Nacional deste ano foi o cabo de guerra entre bancários e bancos. No fim, os trabalhadores venceram essa
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batalha”, diz. Neste jornal especial pós-campanha, você vai conferir como foi a luta dos bancários, a greve e as principais conquistas garantidas na nova Convenção Coletiva e nos acordos específicos dos bancos.
2 CAMPANHA NACIONAL 2014
VITÓRIA DOS BANCÁRIOS
M
ais uma vez, a luta dos bancários rendeu uma série de conquistas para a categoria. Pelo 11º ano consecutivo, a Campanha Nacional garantiu aumento real de salários, avanços nas condições de trabalho e mais direitos. Mas, para garantir essas conquistas, os bancários tiveram de encarar uma forte greve de sete dias. Segundo a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, em Pernambuco a paralisação contou com mais de 80% de adesão. “Os bancários estão de parabéns pela forte greve e pelas conquistas. Nosso movimento garantiu um dos melhores acordos dos últimos anos. Tivemos um dos maiores ganhos reais da década e valorizamos o piso em 9%, com repercussão em toda Jaqueline Mello
curva salarial nos bancos públicos. Garantimos, ainda, um reajuste histórico no vale-refeição”, diz. Jaqueline destaca que, além das cláusulas econômicas, os bancários conquistaram avanços na pauta social, entre eles, a inclusão, na Convenção Coletiva, de uma cláusula contra as metas abusivas. “Também garantimos importantes avanços em questões relativas à saúde e condições de trabalho”, avalia Jaqueline. VITÓRIA DA UNIDADE
Jaqueline ressalta que a década
de campanhas vitoriosas é fruto da unidade dos bancários de bancos públicos e privados. “Na década de 1990, amargamos uma série de derrotas, principalmente nos bancos públicos. O governo FHC implantou uma política de reajuste zero no BB, Caixa e BNB e retirou, ainda, vários direitos. Nos bancos privados, conseguíamos algum reajuste, mas sempre abaixo da inflação. Foi um período em que as greves visavam, apenas, garantir a manutenção dos direitos”, conta. Quando Lula assumiu a presi-
dência, em 2003, o governo aceitou uma reivindicação histórica do movimento sindical bancário: unificar a campanha salarial dos bancos públicos com os privados e cumprir, no mínimo, a Convenção Coletiva. As questões específicas do BB, Caixa e BNB passaram a ser negociadas em paralelo para serem incluídas em acordos aditivos à Convenção. “Com todos os bancários unidos, nossa campanha ganhou força e a pressão foi fundamental para garantirmos essa década de grandes conquistas”, finaliza Jaqueline.
DINHEIRO NO BOLSO
Aumento real dos bancários é maior que de outras categorias Entre as principais categorias em campanha no segundo semestre, os bancários conseguiram conquistar um dos melhores aumentos reais de salários. Os 8,5% de reajuste representa ganho de 2,02% acima da inflação em todas as verbas, incluindo a PLR. Já o reajuste de 9% no piso representa 2,5% de aumento real, enquanto o vale refeição, que subiu 12,2%, garante um ganho de 5,5% acima da inflação. Os comerciários, por exemplo, conseguiram reajuste de 8% para os
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salários, com aumento real de 1,55%. Na Petrobras, o índice foi de 9,71%, o que representa ganho real de 2,33% a 3% somente até o 5º nível (acima disso apenas a inflação – sendo que eles têm 17 níveis). R$ 9 BILHÕES
As conquistas econômicas da Campanha Nacional dos Bancários 2014 injetarão mais de R$ 9,030 bilhões nos próximos 12 meses na economia brasileira, segundo projeção do Dieese. Só o reajuste de 8,5%
nos salários representa um acréscimo anual de cerca de R$ 3,312 bilhões. A PLR injetará R$ 5,112 bilhões. “É um dinheiro que sairá do lucro dos bancos diretamente para o bolso dos bancários”, diz a secretária de Finanças do Sindicato, Suzineide Rodrigues. Apenas a antecipação do pagamento da PLR, que será efetuada até o dia 23 de outubro, proporcionará um impacto de cerca de R$ 2,008 bilhões. Além disso, o reajuste de 12,2% e 8,5% nos vales refeição e alimentação, respectivamente, garantirão mais
R$ 606,015 milhões em um ano. Os ganhos acima da inflação dos bancários já somam 20,7% nos salários, desde 2004. No caso dos pisos, o ganho real nessa década representa 42,1%. Suzineide Rodrigues
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SAÚDE E CONDIÇÕES DE TRABALHO
Greve garante avanços no combate às metas abusivas e ao assédio moral
A
lém das conquistas econômicas, a grande greve nacional dos bancários obteve avanços nas cláusulas sociais. Dois dos principais problemas enfrentados pela categoria hoje, as metas abusivas e o assédio moral, foram contemplados na nova Convenção Coletiva, com cláusulas que avançam no combate a esses males. O secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix, destaca que as metas abusivas e o assédio moral foram apontados pelos bancários, no início da construção da pauta de reivindicações, como problemas a serem combatidos. “Por conta das metas e do abuso na cobrança, os bancários estão vivendo hoje uma verdadeira epidemia de adoecimentos físicos e psíquicos”, diz Fabiano. Segundo dados do INSS, 18.671
bancários doentes foram afastados do trabalho em 2013, um crescimento de 41% em relação aos últimos cinco anos. Desse total de auxílios-doença acidentários registrados pelo INSS, 52,7% tiveram como causas principais os transtornos mentais e do sistema nervoso. OS AVANÇOS
Além da proibição da publicação de ranking individual de resultados e da cobrança de metas por parte do gestor via SMS, a nova cláusula estenderá a vedação de cobrança de resultados por qualquer meio eletrônico e plataforma digital. Em outra cláusula, os bancos também assumem o compromisso para que o “monitoramento de resultados (metas) ocorra com equilíbrio, respeito e de forma positiva para prevenir conflitos nas relações
de trabalho (assédio moral)”. A partir de agora, o bancário que se sentir pressionado por cumprimento de metas, colocando em risco sua saúde física e mental, terá mais um canal de denúncias, que é o Sindicato. E os bancos terão prazo para dar uma resposta sobre o caso.
Fabiano Félix
CONQUISTAS ANTIGAS
COMPENSAÇÃO
Convenção Coletiva assegura direitos de outras campanhas
Reposição das horas paradas na greve deve ser feita sem pressão
Os bancários arrancaram uma série de novos direitos na Campanha Nacional 2014, mas as conquistas anteriores estabelecidas pela Convenção Coletiva de Trabalho – que já conta 22 anos – estão mantidas em todo o país. Continuam garantidos, por exemplo, o vale-cultura de R$ 50 para os trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos e o abono-assiduidade (um dia de folga por ano, para fazer o que quiser). Em caso de dificuldade no reconhecimento desses direitos por parte dos bancos, denuncie
ao Sindicato pelo 3316-4233. MAIS DIREITOS
Neste ano, direitos antigos também foram ampliados. Os bancários conseguiram, por exemplo, que a opção pela extensão de direitos como o plano de saúde aos casais homoafetivos seja feita diretamente aos departamentos de RH ou Gestão de Pessoas e não no local de trabalho. O objetivo é evitar qualquer tipo de constrangimento a quem quiser fazer uso dessa conquista e preservar o trabalhador postulante. Os bancos também têm de divulgar mais esse direito entre os bancários.
Os dias parados na greve não serão descontados do salário dos bancários. Os bancos aceitaram a compensação de uma hora por dia. A reposição deve ocorrer no período de 15 a 31 de outubro, para quem trabalha seis horas, e até 7 de novembro, para quem trabalha oito horas. As horas que sobrarem serão anistiadas após essas datas. O secretário de Administração do Sindicato, Epaminondas França, destaca que os bancários não devem aceitar pressão dos bancos para compensar as horas paradas na greve. “É preciso haver bom-senso do gestor. Os bancários que se sentirem prejudicados devem procurar o
Sindicato para tomarmos as medidas cabíveis”, alerta Epaminondas. Segundo ele, no ano passado muita gente sofreu pressão. “Os bancos usaram a compensação de horas para punir os grevistas e isso é uma postura inaceitável”, diz. Em caso de dúvida ou problema na compensação das horas, ligue para o Sindicato: 3316-4233.
Epaminondas França
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4 CAMPANHA NACIONAL 2014
Bancários começam a receber conquistas da greve de 7 dias
O
Comando Nacional dos Bancários e a federação dos bancos (Fenaban) assinaram, no último dia 13, a nova Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, conquistada após uma semana de greve. Também foram assinados os acordos aditivos específicos dos bancários do Banco do Brasil, da Caixa e do Banco do Nordeste (BNB), além do acordo de Participação nos Resultados (PR)
com o HSBC. Com a assinatura dos acordos, os bancos começam a pagar a primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A data-limite para o crédito é 23 de outubro. Mas os sindicatos cobraram e vários bancos anteciparam o pagamento da PLR, como o Banco do Brasil, a Caixa, o Bradesco e o Itaú. O valor da primeira parte da PLR Fenaban corresponde, na re-
gra básica, a 54% do salário mais a parte fixa de R$ 1.102,79, limitado a R$ 5.915,95 e ao teto de 12,8% do lucro líquido. Já o adicional da PLR, que também será creditado até 23 de outubro, corresponde a 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre, limitado a R$ 1.837,99. O restante deve ser pago até 2 de março de 2015. Além da PLR, o Itaú também paga o programa da Participa-
ção Complementar de Resultados (PCR) de R$ 2.080. Veja quanto você deve receber de PLR em www.bancariospe.org.br OUTRAS CONQUISTAS
Além da PLR, os bancos também já estão pagando os reajustes conquistados nos salários e verbas. Como a data-base dos bancários é 1º de setembro, as diferenças devem ser creditadas de forma retroativa.
BANCOS PÚBLICOS
DIREITO GARANTIDO
Campanha unificada rende novos avanços no Banco do Brasil, Caixa e Banco do Nordeste
Pressão da greve arranca participação nos resultados de R$ 3 mil no HSBC
A forte greve encampada pelos bancários em todo o país obrigou os bancos públicos a incorporar novos avanços nos acordos aditivos à Convenção Coletiva. No Banco do Brasil, o reajuste de 9% no piso da carreira de mérito valoriza todos os segmentos do funcionalismo, com impacto imediato para mais de 40 mil bancários. O BB também aceitou pagar todas as horas extras, acabando com o banco de horas. Na Caixa, os 9% de reajuste são apli06 a 31 de outubro de 2014
cados em todos os níveis das tabelas salariais de cargos efetivos, além de garantir um delta de promoção por mérito para os empregados a partir de janeiro. A Caixa também manteve a PLR social e se comprometeu a contratar mais 2 mil bancários para aliviar a sobrecarga de trabalho. Já no Banco do Nordeste, além do reajuste de 9% sobre verbas de cargos em todos os níveis, o banco se comprometeu a contratar mais 1.300 bancários.
A pressão da greve nacional dos bancários surtiu efeito e as negociações com o HSBC arrancaram uma importante conquista para os funcionários. O banco inglês garantiu o pagamento de R$ 3 mil, sob forma de participação nos resultados (PR), com antecipação de R$ 2 mil em outubro e R$ 1 mil em fevereiro de 2015. O acordo foi assinado no dia 13 e a primeira parcela sai até o dia 23. Trata-se de uma conquista para os trabalhadores, uma vez que a instituição exibiu prejuízo no balanço do primeiro semestre de 2014. Conforme o atual modelo de distribuição de lucros previsto na Convenção Coletiva de Trabalho, nos casos de prejuízos, o ban-
co está desobrigado de qualquer pagamento a título de antecipação de PLR. Para o diretor do Sindicato, Alan Patrício, o resultado negativo do banco só tem um único culpado: a própria empresa, que atua sem foco no mercado brasileiro. “Há uma série de problemas no HSBC, menos um: o seu corpo de funcionários. Os bancários se dedicam demais ao banco, suportando toda sorte de pressão para o cumprimento de metas abusivas. Esse esforço tem que ser reconhecido e valorizado”, afirma Alan, que também é secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro).
5 ESPECÍFICAS
Negociações continuam no Santander, Banrisul e BNDES
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s negociações específicas continuam ocorrendo em alguns bancos, a exemplo do Santander, Banrisul e BNDES, além das financeiras. No Banrisul, os funcionários continuam em greve no Rio Grande do Sul, principal base do banco estadual. A última proposta do banco, rejeitada em assembleia, previa reajuste de 8,5% na 13ª Cesta Alimentação e estabelecia um calendário para reativação da Comissão de Plano de Carreira, com perspectiva de apresentação das considerações finais em abril de 2015. Em Pernambuco, existe apenas uma agência do Banrisul. Já os funcionários do BNDES estão concluindo as negociações sobre a PR (Participação nos Resultados). Geralmente, esta discussão ocorre após o estabelecimento do Acordo Coletivo de Trabalho mas, este ano, o banco propôs a inversão
de comissões por venda de produtos, Grupo de Trabalho paritário sobre Previdência Complementar e manutenção do plano de saúde do funcionário na aposentadoria nas mesmas condições vigentes quando na ativa. FINANCIÁRIOS
do processo. “Essa proposta gerou preocupação entre os funcionários, que temem que as conquistas alcançadas em relação à PR sejam utilizadas para barganhar avanços menores no ACT”, destaca a secretária de Bancos Públicos do Sindicato, Daniella Almeida. Ficou agendada, para os próximos dias 16 e 17, o início das negociações para a renova-
ção do acordo. No Santander, também foram retomadas as rodadas de negociação sobre o aditivo à Convenção Coletiva Nacional. Entre as principais reivindicações estão garantia de emprego, mais contratações, fim das metas para os caixas e das reuniões diárias para cobrança de resultados, proibição de descontos
Também entre os financiários, as negociações com a Fenacrefi (entidade patronal) foram retomadas. Entre as reivindicações dos trabalhadores estão reajuste de 11,38% (6,07% de reposição da inflação mais 5% de aumento real) e a parcela adicional da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Outras demandas prioritárias são o vale-cultura de R$ 50 mensais para todos os trabalhadores, a unificação da data base com a dos bancários para 1º de setembro, o combate ao assédio moral e a internalização dos promotores de crédito.
É SÓ R$ 20
DIGA SIM AO DESCONTO ASSISTENCIAL Encerrada mais uma Campanha Nacional vitoriosa, que garantiu entre outras coisas um dos maiores aumentos reais dos últimos vinte anos, o Sindicato chama os bancários a contribuírem com os custos da Campanha. O desconto assistencial, aprovado em assembleia no dia 31 de julho, é uma taxa única de R$ 20, que será descontada em folha de pagamento. “É uma contribuição facultativa, que ajuda o Sindicato a equilibrar as contas e fortalece a organização da categoria”, afirma a secretária de Finanças do Sindicato, Suzineide Rodrigues. Segundo Suzi, como todos os anos, o Sindicato vai publicar um
balanço, com todas as despesas de campanha, para que os bancários possam saber como foi investida sua contribuição. OPOSIÇÃO
Quem não quiser colaborar com os R$ 20, pode fazer a oposição ao desconto assistencial entre os dias 14 e 27 de outubro. O bancário que mora no Recife ou na região metropolitana da capital deve comparecer no Sindicato ou enviar um representante munido de procuração com firma reconhecida para preencher e assinar sua oposição. Quem mora no interior, pode fazer a oposição pelo correio, através de
carta registrada postada até o próximo dia 27. “Não deixe de contribuir. O valor é pequeno para quem paga, mas será
de grande ajuda para o Sindicato”, afirma Suzineide. Mais informações pelo telefone 3316-4233. 06 a 31 de outubro de 2014
6 PRINCIPAIS CONQUISTAS NOS BANCOS PRIVADOS Reajuste 8,5% (2,02% de aumento real) Piso 9% de reajuste (2,49% de aumento real) Participação nos Lucros e Resultados A regra básica da PLR fica em 90% do salário reajustado em 8,5% mais valor fixo de R$ 1.837,99, limitado ao valor de R$ 9.859,93. Se o total distribuído ficar abaixo de 5% do lucro líquido, a PLR salta para 2,2 salários, com teto de R$ 21.691,82. A parcela adicional foi mantida em 2,2% do lucro líquido dividido igualmente entre todos os funcionários, até o limite individual de R$ 3.675,98. A primeira parcela é paga até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva e a segunda até 2 de março de 2015. Na regra básica o valor do adiantamento será de 54% do salário mais fixo de R$ 1.102,79, limitado a R$ 5.915,95 e ao teto de 12,8% do lucro líquido - o que ocorrer primeiro. Na antecipação da parcela adicional será pago 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2014, limitado a R$ 1.837,99
PRINCIPAIS CONQUISTAS NO BANCO DO BRASIL - Reajuste de 8,5% (2,02% de aumento real) nos salários e benefícios - Reajuste de 9% (2,49% acima da inflação) do piso em toda a carreira do PCR. - Substituição de Gerente de Módulo nas PSO - Módulo Suporte Operacional (SOP) por caixas, conforme instruções internas. - Substituição de funções gerenciais nas Unidades de Negócios com somente uma Gerência Média, conforme instruções internas. - O BB contratará dois mil funcionários, sendo mil até 31 de dezembro de 2014 e mil até 31/12/2015.
Auxílio-refeição R$ 26 por dia (R$ 572 ao mês), reajuste de 12,2%
- O banco retroagirá a 1º de setembro de 2005 a pontuação de mérito dos caixas. Os efeitos financeiros e o pagamento serão retroativos a 1º de setembro deste ano.
Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta R$ 431,16 (reajuste de 8,5%)
- Elevação do valor da Unidade de Saúde de R$0,36 para R$0,55 (52%).
Combate às metas abusivas Os bancos incluirão na Convenção Coletiva o compromisso de que a cobrança de metas “ocorra com equilíbrio, respeito e de forma positiva para prevenir conflitos nas relações de trabalho”. Caso isso não aconteça, deverá ser denunciado ao Sindicato via instrumento de combate ao assédio moral e agora às metas abusivas. Além disso, a cobrança de metas passará a ser proibida não somente por SMS, mas também por qualquer outro tipo de aparelho ou plataforma digital.
- O BB pagará Vantagem em Caráter Pessoal (VCP) por 120 dias para descomissionamentos de funcionários que tenham mais de 5 anos na comissão; excluídos os descomissionamentos por sanção disciplinar e por desempenho (3 ciclos avaliatórios).
Gestantes As bancárias demitidas que comprovarem estar grávidas no período do aviso prévio serão readmitidas automaticamente.
- Pagamento em dinheiro de todas as horas extras prestadas (fim do banco de horas).
Casais homoafetivos Os bancos irão divulgar a cláusula de extensão dos direitos aos casais homoafetivos, informando que a opção deve ser feita diretamente com a área de RH de cada banco, e não mais com o gestor imediato, para evitar constrangimentos e discriminações. Certificação CPA 10 e CPA 20 Quando exigido pelos bancos, os trabalhadores terão reembolso do custo da prova em caso de aprovação. 13º salário para os afastados Quando o bancário estiver recebendo complementação salarial, terá também direito ao adiantamento do 13º salário, a exemplo dos demais empregados. Reabilitação profissional Cada banco fará a discussão sobre o programa de retorno ao trabalho com o movimento sindical. Aceitaram, ainda, debater com os sindicatos o acordo que será fechado com o INSS, antes de apresentá-lo ao órgão, a respeito da reabilitação nos termos da lei. Novas tecnologias Realização de seminários periódicos para discutir sobre tendências de novas tecnologias. Campanha sobre assédio sexual Os bancos assumiram o compromisso de realizar uma campanha com os bancários para combater o assédio sexual no trabalho.
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- Instalação de mesa temática sobre Gestão de Disciplina e Perdas (Gedip).
- O banco se compromete a bloquear, até dezembro de 2014, o acesso às estações de trabalho para todos os funcionários que estiverem com a jornada de trabalho encerrada no ponto eletrônico. - O BB disponibilizará aos funcionários o pagamento do vale-transporte em dinheiro, observadas as regras do programa. - O novo curso “Conciliação: Mediação para Gestores” passará a ser pontuado nas oportunidades do sistema TAO para concorrências às funções de Gerente Geral em Unidades de Negócios. - O banco desenvolverá curso sobre Assédio Moral e Sexual, incentivando a participação de todos os funcionários, com pontuação para as concorrências a funções gerenciais. - O BB disponibilizará no mínimo 30 turmas da Oficina Gestão do Clima Organizacional, a fim de capacitar gestores a aprimorar o clima de suas unidades. - O banco permitirá, de outubro a dezembro de 2014, a realização de jornada extraordinária, vinculada ao Plano de Funções, na forma das instruções normativas que tratam do assunto.
PRINCIPAIS CON
Reajuste salarial p A Caixa aplicará real), definidos na m te do piso da catego tabelas salariais de c
Participação nos L a) PLR Regra Fen mais a parcela adicio b) PLR Adicional Ca tribuído igualmente p A Caixa garantirá ção base a todos os soma da PLR Fenaba atinja este teto.
Mais contratações Dois mil novos tra dos até dezembro de
Saúde Caixa Manutenção no Sa te indireto a filhos co que não possuam r Manutenção, na con dos filhos portadores e incapazes, com m sem renda.
Vale-cultura A partir de 1º de distribuição do vale pregados que o requ neração base igual o mos, conforme os te 12.761/2012 e seu re
Horas extras Manutenção da cl ção da jornada de tra gamento, com adicio hora normal, ou a co ordinárias realizadas lizada para 1 hora co minutos. A partir de j das horas extras real 20 empregados, incl
Auxílio-educação Serão oferecidas a ção, 500 para pós e
Tarifas Isenção de anuida CAIXA Mastercard e Manutenção do enq dos no programa de ção dos juros do che isenção de tarifas de rio é creditado.
Conf cobertu
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NQUISTAS NA CAIXA
para cargo efetivo os 9% (2,49% de aumento mesa da Fenaban para reajusoria, em todos os níveis das cargo efetivo.
Lucros e Resultados naban, com a regra básica onal. Caixa: 4% do lucro líquido dispara todos os empregados. no mínimo uma remuneras empregados, mesmo que a an e PLR adicional Caixa não
s abalhadores serão contratae 2015.
aúde Caixa como dependenom idade entre 21 e 27 anos renda superior a R$ 1.800. ndição de dependente direto, s de deficiência permanente mais de 27 anos, solteiros e
janeiro a Caixa estenderá a e-cultura também aos emueiram e que tenham remuou inferior a 8 salários míniermos estabelecidos pela Lei egulamento.
láusula referente à prorrogaabalho, assegurando-se o paonal de 50% sobre o valor da ompensação das horas extras na proporção de 1 hora reaompensada e igual fração de janeiro, pagamento de 100% lizadas em agências com até luindo os tesoureiros.
até 300 bolsas para gradua800 para idiomas.
dade dos cartões de crédito e Visa a seus empregados. quadramento dos empregae relacionamento para redueque especial. Será oferecida e conta corrente onde o salá-
PRINCIPAIS CONQUISTAS NO BNB Ausências permitidas Para efeito de ausência permitida para levar filho ou dependente menor ao médico, será elevada a idade para até 18 anos, incluído enteados.
Reajustes salariais 9% sobre verbas de cargos em todos os níveis e remuneração mínima (piso). 8,5% de reajuste para sem-funções e no piso das funções
Licença-maternidade Será garantido ao empregado a continuidade da licença-maternidade, até o término do período previsto inicialmente, em caso de falecimento da mãe e sobrevida do filho.
Adiantamento de PLR 8,75% do lucro do 1º semestre (2,2% linear; 3% PLR social linear e 3,55% de parte fixa e variável).
Licença-adoção A Caixa faculta a qualquer dos adotantes o gozo da licença-adoção, incluindo ainda os 60 dias concedidos pelo programa “Empresa Cidadã”. O outro adotante poderá gozar o período equivalente à licença-paternidade. Delta merecimento A Caixa concederá uma referência (delta) a título de promoção por mérito, a partir de janeiro de 2015, aos empregados com no mínimo 180 dias de efetivo exercício em 2014 e sem ocorrências restritivas. Estabilidade provisória de emprego Renovação da cláusula referente às estabilidades provisórias de emprego. Auxílio-doença A Caixa manterá a sistemática de suplementação do auxílio-doença pago pelo INSS. Adicional de insalubridade e de periculosidade A Caixa continuará a pagar o adicional de insalubridade ou de periculosidade, sempre que na prestação de serviços se verificar o seu enquadramento nas atividades ou operações insalubres ou perigosas. Licença para tratamento de saúde A Caixa renova a cláusula onde considera como de efetivo exercício os primeiros 15 dias de licença para tratamento de saúde do empregado. A Caixa garantirá ao empregado a titularidade da função gratificada ou cargo em comissão, pelo período da licença para tratamento de saúde (LTS) ou licença por acidente de trabalho (LAT) até o limite de 180 dias. Comissões de conciliação A Caixa se compromete a renovar a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho que regulamenta a CCV/CCP por ocasião do seu vencimento. Jornada em escala de revezamento A Caixa assegurará regime de escala de revezamento aos empregados lotados nas unidades em que haja necessidade de funcionarem ininterruptamente ou habitualmente
fira todas as conquistas da greve e a ura completa da Campanha Nacional em
www.bancariospe.org.br
Auxílio-refeição R$ 26 por dia (R$ 572 ao mês), reajuste de 12,2% Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta R$ 431,16 (reajuste de 8,5%) Mais contratações Aumento do quadro de pessoal em mais 1.300 vagas (200 admissões até o fim do ano). Auxílio Creche (filho até idade de 71 meses) R$ 358,82 (reajuste de 8,5%) Auxílio Creche (filho até idade de 83 meses) R$ 306,96 (reajuste de 8,5%) Auxílio Funeral R$ 823,30 (reajuste de 8,5%) Incapacidade Decorrente de Assalto R$ 139.450,09 (reajuste de 8,5%), auxílio maior que o da Convenção Coletiva Auxílio Portadores de Necessidades Especiais R$ 336,71 (reajuste de 8,5%) Vale Cultura R$ 50,00 a serem disponibilizados este mês para o público-alvo, retroativos a setembro Ponto Eletrônico Iniciou em 22 de setembro piloto de integração da ferramenta à rede do Banco e iniciará paulatinamente a extensão às demais unidades, planejando conclusão no primeiro semestre de 2015. Dívidas de CDC Suspensão das parcelas de outubro, novembro e dezembro de 2014, exceto CDC Veículos e CDC Antecipação de Imposto de Renda. Renegociação de dívidas CDC em até 60 meses. Função de Gerente de Negócio – Pronaf Criação de mais um nível com promoção mediante desempenho da carteira. Acréscimo de R$ 486,68 (+8,5% = R$ 528,05) Diárias Unificar as tabelas hoje distintas para Treinamentos, Viagens a Serviço, Fóruns de Gestão, Adições e Remoções para Viagens a Serviço e reajustar o valor das diárias em 9% Simplificação do Processo de Concorrência para Caixa Executivo Considerará somente as fases de Avaliação Curricular e Parecer Gerencial, bem como reduzirá o tempo mínimo de Banco para concorrer a essa função para apenas 3 meses. Análise da estrutura organizacional de algumas agências de modo a verificar a necessidade de adicionar função em comissão de Caixa Executivo no prazo de até 180 dias Camed Disponibilizará, em até 90 dias, um fundo destinado custear procedimentos e/ou medicamentos de alto custo, fora do rol da ANS
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8 CAMPANHA NACIONAL 2014
A HISTÓRIA DA GREVE EM FOT GREVE APROVADA
Depois de um mês e meio de negociações sem avanços, bancários aprovam a greve em assembleia realizada no dia 25 de setembro.
Grev mobiliz
SEGUNDO DIA DE GREVE (1/10)
Greve cresce e atinge 70% dos bancos em Pernambuco. Ato do Sindicato (foto 5) agita os bancos da avenida Guararapes, região central do Recife.
QUARTO DIA DE GREVE (3/10)
Greve paralisa 82% dos bancos de Pernambuco e cresce em todo o país, forçando os bancos a retomar as negociações. No Recife, Sindicato realiza dois protestos: no Banco do Brasil da Sete de Setembro e no Itaú da Agamenon Magalhães.
QUINTO DIA DE GREVE (4/10)
Em negociações que avançam a madrugada, bancos melhoram a proposta de acordo e Sindicato orienta a aprovação.
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TOS
PRIMEIRO DIA DE GREVE (30/9)
ve começa forte, com 55% de adesão em Pernambuco. Sindicato realiza atos de zação e protesto nas principais agências do Banco do Brasil, Caixa e BNB do Recife.
TERCEIRO DIA DE GREVE (2/10)
Greve já atinge 73% dos bancos pernambucanos. Às vésperas do 1º turno das eleições presidenciais, Sindicato protesta em frente à sede do Banco Central do Brasil, no Recife, para repudiar as propostas de candidatos que defendem a independência do BC.
QUARTO DIA DE GREVE (3/10)
Greve paralisa 82% dos bancos de Pernambuco e cresce em todo o país, forçando os bancos a retomar as negociações. No Recife, Sindicato realiza dois protestos: no Banco do Brasil da Sete de Setembro e no Itaú da Agamenon Magalhães.
SÉTIMO DIA DE GREVE (6/10) Em assembleia lotada, bancários aprovam por unanimidade a proposta de acordo da Fenaban e encerram a greve. Funcionários do BB e da Caixa também aprovam acordo específico; Empregados do BNB aceitam proposta no dia seguinte. COROAÇÃO DA VITÓRIA Após mais uma dura Campanha Nacional, bancários assinam Convenção Coletiva com a Fenaban e acordos específicos com BB, Caixa e BNB, coroando mais uma jornada vitoriosa, em 13 de outubro.
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10 BANCÁRIOS CHEIOS DE GARRA
Histórias de gente que vai à luta por direitos e conquistas
C
aroline, João Batista, Marconi, Ana Luíza, Ísis, Camila... o Sindicato ouviu algumas histórias de bancários cheios de disposição nesta Campanha Nacional. Gente que faz greve todo ano, que mobiliza os colegas, desafia as dificuldades e defende seus direitos. Já no primeiro dia de greve, muitos trabalhadores fecharam suas agências e se uniram aos diretores do Sindicato nas atividades em frente aos bancos públicos. Funcionária e delegada sindical da Caixa, Ísis Monteiro, começou a trabalhar em plena greve, no ano de 2005. Como estava em estágio probatório, não pôde participar. “Prometi para mim que, no ano seguinte, participaria”, afirmou. Desde então, ela participa ativamente de todas as Campanhas. Como ela, Camila Duarte, delegada sindical do Banco do Brasil, nunca deixou de participar de uma greve desde quando entrou no banco, em 2003. E faz questão de ajudar os colegas dos bancos privados: “Em geral, somos muito bem recebidos, pois eles precisam do nosso apoio em suas agências para que possam participar da greve”, disse a bancária. Caroline Mercês, com nove anos de Caixa, também tem muitas histórias de greve para contar. Como a do dia em que os funcionários inventaram uma tática para se contrapôr à discriminação e ao atendimento, por parte dos gerentes, apenas dos clientes de maior poder
aquisitivo. “Quando os clientes mais simples chegaram, nós liberamos o acesso e os orientamos a dizer que eram clientes empresariais. Assim, os gerentes foram obrigados a atendê-los também”. SEM MEDO
João Batista Gomes, do Banco do Brasil do Cabo de Santo Agostinho, não deixou de fazer greve quando passou a receber uma comissão. Pelo contrário, faz questão de ressaltar que, este ano, todas as agências da cidade fecharam. Mas em 2006, João foi o único bancário da agência a cruzar os braços, no primeiro dia de greve. “Passei de mesa em mesa, convidando os colegas. Como ninguém quis ir comigo, saí da agência sozinho”, contou.
Caroline Mercês
Camila Duarte Ana Luiza Chaves e Marconi Chaves
UNIDOS ATÉ NA GREVE
Há também os grevistas em dose dupla, como Marconi Chaves e Ana Luiza Chaves. Os dois são parceiros de vida, de trabalho e de greve. Trabalham na Caixa e são casados há nove anos. “O legal é que um estimula o outro a participar das mobilizações e, juntos, nós tentamos convencer outros”, afirma Marconi. A filhinha de sete anos, Sofia, aguardava a greve ansiosamente. É que o trabalho, no dia a dia, deixa pouco tempo para o casal curtir a filha. Durante a greve, eles participam das atividades de Campanha, pela manhã, e passam a tarde em família.
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João Batista Gomes
Ísis Monteiro
11 LAZER
A vida além do trabalho e das lutas
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epois da greve e de toda a luta da Campanha Nacional, o Sindicato oferece aos bancários uma série de opções de lazer e descontração para todas as idades. No próximo dia 19, por exemplo, o Sindicato realiza a tradicional Festa do Dia das Crianças dos Bancários: será num domingo, no Clube de Campo (km 14,5 da Estrada Aldeia). Os filhos e netos dos bancários poderão participar das brincadeiras organizadas pelos recreadores, além de se divertir na piscina de bolas, na cama elástica, no pula-pula, no tobogã, no camarim de transformação, no futebol de sabão, no muro de escalada. E a personagem de desenho animado Peppa Pig confirmou presença na festa. Serão distribuídos para as crianças pipoca, algodão-doce, picolé, crepe, cachorro quente e sacolinhas com guloseimas. O Sindicato vai disponibilizar gratuitamente o transporte até o Clube de Campo. Quem tiver interesse, deve reservar sua vaga pelos telefones 33164226 ou 3316-4238 (falar com Vera ou Lúcia). APOSENTADOS
O Café da Manhã dos Aposentados, que acontece geralmente na terceira sexta-feira do mês, será realizado, em outubro, no dia 24. O adiamento de uma semana foi para dar um tempo maior para o Sindicato se organizar após o encerramento da greve.
Instituído desde 2010, o Café da Manhã dos Aposentados já ganhou destaque no calendário de atividades do Sindicato. “Foi uma forma que encontramos para trazer de volta ao Sindicato os que tanto já contribuíram com a luta da categoria. Além disso, encontrar os amigos e ter um bom papo faz bem ao corpo e à mente”, afirma o secretário de Aposentados do Sindicato, Luiz Freitas. FUTEBOL
A bola não para de rolar no Campeonato de Futebol dos Bancários de Pernambuco. A primeira fase da competição está entrando num momento decisivo. Por enquanto, o time do Bradesco está liderando, mas seguido de perto pela Apcef. “No sábado, dia 18 de outubro, os dois líderes se enfrentam em disputa que promete muita emoção”, avisa o secretário de Cultura, Esportes e Lazer do Sindicato, Adeílton Filho, que coordena o Campeonato. Os jogos ocorrem sempre nas manhãs de sábado e domingo, no Clube de Campo. CLUBE DE CAMPO
Estão abertas as inscrições para quem quiser ocupar uma vaga nos chalés do Clube de Campo do Sindicato durante o mês de novembro. Uma novidade: as inscrições agora são feitas pela internet. O Sindicato disponibilizou um link para que os interessados preencham seus dados em www.bancariospe.org.br.
PÓS-GREVE
Sindicato garante duas reintegrações de bancários demitidos pelo Santander Fábio de Morais Luna e Ana Elizabete Borba foram reintegrados ao Santander por determinação da Justiça. Os dois são portadores de doença ocupacional e, dispensados pelo banco, procuraram o Sindicato, que não homologou a demissão. Eles foram encaminhados ao INSS que
reconheceu a lesão e foram buscar seus direitos na Justiça. Ana Elizabete foi reintegrada logo após o encerramento da greve. Seu histórico de doença ocupacional é antigo. Ela passou cinco anos afastada do trabalho e retomou, no ano passado, suas atividades na agência.
O banco apenas esperou que encerrasse o período de licença para efetuar a demissão. No entanto, as perícias constataram que os problemas de saúde persistem. Fábio foi contratado pelo banco em cumprimento da cota, exigida pela Lei, de 5% de contratações de
portadores de necessidades especiais. Foi demitido pelo Santander, que alegou que estava contratando outra pessoa para cumprir a cota. O bancário, que já demonstrava sintomas de doença ocupacional, procurou o Sindicato e os exames constataram as lesões. 06 a 31 de outubro de 2014
12 ELEIÇÕES 2014
Aécio vai acabar com os bancos públicos se for eleito
O já nomeado ministro da Fazenda em um eventual governo do tucano, Armínio Fraga, disse que “não vai sobrar muito” dos bancos públicos na sua gestão
O
s bancos públicos estão correndo sério risco de desaparecer, caso o candidato Aécio Neves (PSDB) seja eleito presidente. O já nomeado ministro da Fazenda em um eventual governo do tucano, Armínio Fraga, tem defendido a redução do papel dos bancos públicos na economia brasileira. Em um áudio divulgado pelo blog O Cafezinho, ele chega a dizer que não sabe bem “o que vai sobrar (dos bancos públicos) no final da linha, talvez não muito”. A gestão do PSDB, aliás, sempre foi péssima para os bancários, sobretudo para os funcionários do Banco do Brasil, Caixa e BNB. Nos dois mandatos de FHC, entre 1995 e 2003, os bancários viram seus salários ficarem 8,6% menores em relação à inflação. A situação para os trabalhadores dos bancos públicos era ainda pior: a perda real no período foi de 36,3% no Banco do Brasil e de 40% na Caixa. Para piorar a situação, o governo retirou uma série de direitos dos funcionários dos bancos públicos. Com a eleição de Lula, um presidente da República oriundo da classe trabalhadora, a história mudou. O número de bancários, por exemplo, que havia caído 30,3% no Brasil entre 1994 e 2002,
Trabalhadores com Dilma Trabalhadores de diversas categorias lotaram a sede do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, no dia 9, para participar da plenária de apoio à reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT). A sede da entidade ficou pequena para abrigar tantos apoiadores, que acabaram fechando a avenida Manoel Borba, onde fica o Sindicato, no início da noite.
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BANCÁRIOS NO GOVERNO FHC
BANCÁRIOS NOS GOVERNOS LULA/DILMA
PERDA SALARIAL
GANHO SALARIAL
(1995 A 2003)
Bancos Privados
Banco do Brasil
(2004 A 2014)
Caixa Federal
+21,3%
+20,7%
+21,3%
linha da inflação
-8,6%
linha da inflação
-36,3%
Bancos Privados
-40% EMPREGO BANCÁRIO NO PAÍS (1994 A 2002)
Caixa Federal
EMPREGO BANCÁRIO NO PAÍS (2003 A 2013)
CONGRESSO DE PATRÕES
QUEDA DE 36,3%
Sindicato
Banco do Brasil
entrevista para o jornal O Estado de São Paulo, Armínio Fraga foi enfático: “O salário mínimo cresceu muito ao longo dos anos. É uma questão de fazer conta. Não apenas o salário mínimo, mas o salário em geral. Esse é outro tema que precisa ser discutido”. Para Jaqueline, esse tipo de declaração não é repercutido pela imprensa, e muita gente pode votar enganado no segundo turno das eleições. “É bom pesquisar e verificar que há dois projetos em jogo para o país: um que defende o trabalhador e outro que só é bom para a elite financeira”, destaca a presidenta do Sindicato.
AUMENTO DE 28% dos
Bancários
subiu 28% de 2003 a 2013. Entre 2004 e 2014, os empregados dos bancos privados acumularam ganhos reais, acima da inflação, de 20,7%. Nos públicos, esses aumentos reais somaram 21,3%. Para a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, além do governo do PSDB ser péssimo para os bancários, os demais trabalhadores também sofreram. “Até hoje os tucanos defendem a
de
São Paulo
terceirização de todas as áreas, inclusive nas atividades-fim, com vários projetos no Congresso que praticamente acabam com a CLT e com a carteira de trabalho. O fator previdenciário é outro mal criado pelos tucanos”, diz O PSDB, agora, quer voltar com a mesma política de desemprego e arrocho salarial que prejudicou tanto os trabalhadores nos anos 1990. Em recente
Deputados e senadores que defendem agendas conservadoras ganharam força no Congresso Nacional nas eleições deste ano. Para o Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), os trabalhadores podem ter problemas para resistir a uma pressão empresarial, principalmente no caso de vitória de Aécio. Segundo o Diap, a bancada de parlamentares que defendem os trabalhadores caiu dos atuais 83 para 46. Enquanto isso, 190 deputados irão compor a bancada empresarial na próxima legislatura.