Jornal dos Bancários - ed. 498

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ANO XXIII • Nº 498 • 16 A 31 DE JANEIRO DE 2015 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

PROTESTO NO ANIVERSÁRIO

EM DEFESA DA CAIXA

O

ano mal começou e o Sindicato já definiu qual será a primeira batalha de 2015: lutar para que a Caixa continue sendo um banco 100% público. Em dezembro, veículos de comunicação noticiaram que o governo federal estuda a possibilidade de abrir o capital da Caixa. O Sindicato se contrapõe à proposta e já realizou o primeiro protesto no dia 12 de janeiro, aniversário de 154 anos da Caixa. O Sindicato e outras entidades representativas dos bancários, também, solicitaram audiência com a presidenta Dilma para discutir o assunto. Página 5

VIDAS EM JOGO

HSBC

Protesto do Sindicato exige mais segurança dos bancos

Funcionários da Losango são transformados em bancários

Um protesto contra a falta de segurança nos bancos agitou o Recife no dia 15 de janeiro. O ato foi promovido em frente ao Banco do Brasil da Avenida Norte, agência que, no início deste mês, foi alvo dos assaltantes pela quarta vez em dois anos. Página 4

Sindicato pressiona contra mudanças na Cassi e nos planos do Santander Página 7

Os empregados da financeira Losango, em Pernambuco, acabam de se incorporar à categoria bancária, com todos os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho. O acordo foi finalizado agora, depois de uma década de luta. Página 7

LEIA TAMBÉM Funcionários querem avançar nas negociações com o Bradesco Página 6

Sindicato realiza Baile à Fantasia para os Aposentados no dia 23 Página 8

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Bancário demitido ilegalmente pelo Santander é reintegrado Página 4


2 EDITORIAL

Tema livre

A realidade das terceirizações Muitos trabalhadores, para não ter vontade de ir Você já perdeu paciência com o operador de telemarketing do banco ou da empresa de celular? ao banheiro fora dos períodos programados, evitam Pois saiba que esse trabalhador, provavelmente, beber água. Caso sintam necessidade, fazem de tudo está adoecendo por causa do assédio moral e da para segurar, prejudicando a própria saúde. Uma das trabalhadoras, de tanto usar pausas pessoais pressão desmedida que sofre. No final de dezembro, o Ministério do Trabalho por conta de sua cistite, começou a ser chamada, na autuou quatro bancos e três operadoras de telefo- frente de todos, de “Miss Mijona”. Desde então, ela nia, após uma megaoperação, feita por mais de começou a ir trabalhar usando fraldas geriátricas. O monitoramento do trabaum ano, em sete estados. Além lho dos atendentes é ostensivo da terceirização irregular, o goA luta continua e serve como instrumento de verno encontrou problemas de este ano para, de assédio. A rotatividade é enoradoecimento em massa e asséuma vez por todas, me, e 75% dos trabalhadores dio moral. enterrar os projetos saem por pedido de demissão Bradesco, Citibank, Itaú, no Congresso ou demissão por justa causa, Santander, Net, Oi e Vivo reque só acabam formas de extinção do contrato ceberam, juntos, 932 autos de com a saúde e a a baixo custo. Segundo cálculos infração, que resultaram em R$ da equipe de auditores fiscais, 318 milhões em multas e R$ 2 qualidade de vida o operador de teleatendimento bilhões em indenizações. do trabalhador que trabalha para as sete emA ação é uma das maiores já realizadas no país, segundo o MTE. Porém, mais presas denunciadas, em média, adoece a partir de do que números, são pessoas que vivem um ver- 120 dias no emprego. Esta situação dos atendentes de telemarketing dadeiro inferno. A fiscalização, que teve início em Pernambuco e se tornou nacional, encontrou mui- pode ser estendida para os bancários, caso os bantas histórias tristes. O site Repórter Brasil acom- cos consigam aprovar, no Congresso Nacional e na panhou a operação no Recife e relatou os abusos Justiça, seus projetos que liberam a terceirização indiscriminada. No ano passado, terminou sem sutrabalhistas. Em geral, os trabalhadores são obrigados a cesso a negociação entre centrais sindicais, govercumprir a chamada “jornada britânica”, quando no e empresas para discutir um acordo em torno se deve entrar, sair e realizar as pausas sempre do projeto de lei 4.330, que legaliza a terceirização nos mesmos horários, em oito marcações progra- irregular e tramita desde 2004 no Congresso. A luta madas por dia, que não podem ter variação de continua este ano para, de uma vez por todas, ennem um minuto para mais ou para menos. Como terrar este e outros projetos que só acabam com a saúde e a qualidade de vida do trabalhador. máquina!

M obilização

As centrais sindicais acabam de anunciar que farão duas grandes mobilizações unificadas em defesa dos empregos, direitos e pela revogação das Medidas Provisórias 664 e 665 anunciadas pelo governo, no fim do ano passado. A primeira medida altera o acesso à pensão por morte e ao auxílio-doença. A segunda, ao seguro-desemprego, abono salarial e ao seguro-defeso pago aos pescadores artesanais.

R esposta

nas ruas

O Dia Nacional de Luta em Defesa dos Empregos e dos Direitos será a primeira das manifestações e acontecerá no dia 28 de janeiro, em todo o país, com assembleias e paralisações. Já a Marcha da Classe Trabalhadora ocorrerá no dia 26 de fevereiro, em São Paulo. Para a CUT, as medidas anunciadas pelo governo são ataques aos direitos trabalhistas e, por isso, é necessário dar uma resposta nas ruas a essas ações.

Reunião

com governo

A expectativa das centrais para a reunião com os ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rosseto, e do Trabalho, Mano-

Acompanhe o Sindicato também pelas redes sociais

el Dias, marcada para o próximo dia 19, é que seja sinalizada a retomada do diálogo e a construção de uma mesa permanente de negociação. Para os dirigentes sindicais, é prioritário regulamentar o parágrafo 4º do artigo 239 da Constituição, que trata da taxação

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das empresas com alta rotatividade, e a Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) contra demissão imotivada.

DIRETORIA EXECUTIVA Presidenta: Jaqueline Mello Secretário-Geral: Fabiano Félix Comunicação: Anabele Silva Finanças: Suzineide Rodrigues Administração: Epaminondas França Assuntos Jurídicos: Justiniano Junior Bancos Privados: Geraldo Times Bancos Públicos: Daniella Almeida

Cultura, Esportes e Lazer: Adeílton Filho Saúde do Trabalhador: Wellington Trindade Secretária da Mulher: Sandra Trajano Formação: João Rufino Ramo Financeiro: Flávio Coelho Intersindical: Renato Tenório Aposentados: Luiz Freitas

16 a 31 de janeiro de 2015

Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco Circulação quinzenal Redação: Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife Telefone: 3316.4233 / 3316.4221. Correio Eletrônico: comunicacao@bancariospe.org.br Sítio na rede: www.bancariospe.org.br Jornalista responsável: Fábio Jammal Makhoul. Conselho Editorial: Jaqueline Mello, Anabele Silva, Geraldo Times e João Rufino. Redação: Camila Lima, Fabiana Coelho, Fábio Jammal Makhoul e Wellington Correia. Diagramação: Studio Fundação Design & Editorial. Fotos: Beto Oliveira e Ivaldo Bezerra. Impressão: NGE Tiragem: 11.000 exemplares


3 POLÍTICA E CIDADANIA

Sindicato cobra avanços durante a posse de Dilma

O

Sindicato dos Bancários de Pernambuco participou da posse da presidenta Dilma Rousseff. Além de marcarem presença num momento histórico do país, os dirigentes do Sindicato cobraram avanços na pauta da classe trabalhadora. “Apoiamos a eleição da presidenta Dilma e acreditamos no seu governo. Mas temos de ficar vigilantes para que as demandas dos trabalhadores sejam atendidas e nenhum direito seja retirado”, disse a secretária de Finanças do Sindicato, Suzineide Rodrigues. Entre as reivindicações da classe trabalhadora, Suzineide destaca a defesa do emprego e o fim do Fator

Caravana do Sindicato chamou a atenção durante a posse da presidenta Dilma

Previdenciário. “Também queremos saúde e educação de qualidade, o combate à corrupção, reformas agrária e tributária e banda larga para todos. E, como bancários, defendemos o fortalecimento dos

bancos públicos. O primeiro passo, nesta luta, é pressionar o governo para manter a Caixa 100% pública”, enumerou Suzi. Além de Suzineide, representaram os bancários de Pernambuco na

posse de Dilma os diretores do Sindicato Chico Assis, Maria José Leódido e Eleonora Costa, e a diretora da Fetrafi-NE (Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Nordeste) Tereza Souza.

CARAVANAS

FORMAÇÃO

Bancários do interior sofrem com a quantidade de trabalho

Dirigentes participam de Seminário Internacional de Direitos Humanos

O Sindicato concluiu em dezembro o último ciclo de viagens ao interior do estado de 2014. Desde o início de novembro, todas as regiões do estado receberam visitas: foram 65 municípios e 164 agências e postos do Agreste, Zona da Mata e Sertão. Segundo o diretor do Sindicato Fábio Sales, que coordena as caravanas, a receptividade dos trabalhadores é sempre muito boa, mas os problemas continuam os mesmos: “poucos bancários e muita demanda”, resume. O problema é ainda mais grave no Santander, por conta do recente fechamento de agências, com demissão de trabalhadores. E nos bancos públicos, por conta das demandas geradas pelos projetos sociais. Nas próximas semanas, o Sindicato reinicia o ciclo de visitas ao interior. “Assumimos o compromisso de dar mais atenção aos bancários do interior e estamos cumprindo. Como eles estão distantes da capital, temos realizado visitas a Fábio cada três meses”, afirma Sales Fábio Sales.

O Sindicato participou no mês passado do 8º Seminário Internacional de Direitos Humanos da Universidade Federal da Paraíba, cujo tema foi “Ditaduras Militares, Estado de Exceção e Resistência Democrática na América Latina”. Nos cinco dias de seminário, foram apresentados mais de 150 trabalhos sobre os mais diversos temas relacionados à ditadura, entre eles gênero, ligas camponeses, anistia e tortura. Diversos integrantes das Comissões Estaduais e Nacional da Verdade, vítimas de crimes políticos e torturas durante o regime militar, participaram do evento. A secretária de Comunicação do Sindicato, Anabele Silva, conta que o relatório da Comissão Nacional da Verdade, entregue à presidenta Dilma Rousseff, foi tema de muitas discussões. “A expectativa dos palestrantes – pessoas que estudam a ditadura brasileira

ou a vivenciaram – é que o relatório não seja o marco final da Comissão, mas que crie espaço para que a justiça em relação às vítimas da ditadura seja feita”, afirma Anabele. Além dela, participaram do Seminário os diretores do Sindicato Chico Assis, Daniella Almeida, Eleonora Costa, Fábio Sales, Justiniano Júnior, Luiz Freitas e Pedro Villa-Chan.

Anabele Silva

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4 VIDAS EM JOGO

Protesto dos bancários exige mais segurança dos bancos

O

Sindicato realizou, no dia 15 de janeiro, um protesto contra a falta de segurança nos bancos. O ato foi promovido em frente ao Banco do Brasil (BB) da Avenida Norte, no bairro da Encruzilhada. No início deste mês, a agência foi alvo dos assaltantes, pela quarta vez em dois anos. Segundo a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, o ato não foi só contra a insegurança dessa agência. “Temos problemas de segurança em vários bancos. Esse protesto visa a chamar a atenção da Prefeitura para um problema que ela tem condições de coibir”, explica. Segundo ela, só no ano passado, Pernambuco sofreu treze assaltos a banco. “Em metade desses assaltos, os bandidos utilizaram o mesmo procedimento: quebrar a vidra-

Manifestação foi realizada em frente ao BB da Avenida Norte, agência símbolo da falta de segurança bancária

ça com uma marreta. Isso revela a necessidade dos vidros blindados, que é uma reivindicação antiga e que os bancos se recusam a atender. Neste ponto, a Prefeitura tem condições de intervir e cobrar do banco a implantação de vidros

blindados, como manda a Lei Municipal 17.647/2010, que trata da segurança nos bancos do Recife”, diz Jaqueline. BB DA AVENIDA NORTE

Enquanto a Prefeitura não age,

o Sindicato pressionou o BB. Em reunião realizada no último dia 8, o banco assumiu o compromisso de melhorar a segurança na agência da Avenida Norte. Segundo a Superintendência do banco, a unidade passará por uma reforma para a implantação do novo layout de segurança. Enquanto isso, permanecerá fechada. O diretor do Sindicato João Rufino conta que, depois da investida criminosa, doze funcionários da agência entraram de licença com alterações psicológicas. “Os representantes do banco garantiram que esses bancários só voltam ao trabalho quando estiverem recuperados. A agência não tem data para reabrir, e os clientes devem procurar outras unidades”, diz Rufino.

SANTANDER

Funcionário demitido com doença ocupacional garante reintegração Arthur Câncio dos Santos, depois de dez anos de serviços prestados ao Santander, foi demitido ilegalmente em abril do ano passado. Há cerca de dois anos, ele já fazia tratamento com um reumatologista e um psicólogo. Tinha um laudo médico declarando que ele não tinha condições de trabalhar, mas preferiu guardá-lo na gaveta, com medo de “ficar marcado”. O Sindicato o encaminhou ao INSS, que atestou a doença ocupacional e, em dezembro, ele foi reintegrado. Arthur trabalhava em uma agência que tem um histórico cruel de insalubridade e insegurança: a agência do Cabo. O Sindicato já

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Arthur foi acompanhado na reintegração por diretores do Sindicato

denunciou, várias vezes, a falta de condições de trabalho no local. Os bancários convivem com uma demanda muito além da capacidade: as filas dão voltas pelo lado

de fora da agência, e os trabalhadores são ameaçados diariamente pelos clientes. Além disso, há problemas de mobiliário e outros comprometimentos estruturais.

A insegurança é outro problema. O próprio Arthur chegou a fugir de uma tentativa de assalto, quando ele e outros colegas foram abordados na saída do trabalho, em 2013. Trabalhadores da unidade já foram vítimas de três sequestros e sete tentativas de assalto ou arrombamentos. “No ato de reintegração, na agência de Prazeres, ele encontrou alguns colegas que trabalharam com ele. Todos ficaram muito felizes com a reparação da injustiça praticada pelo banco”, conta o secretário de Saúde do Sindicato, Wellington Trindade. Apesar da reintegração oficial, Arthur permanece afastado para tratar da saúde.


5 MOBILIZAÇÃO E PRESSÃO

Sindicato exige manutenção da Caixa 100% pública

N

o aniversário de 154 anos da Caixa, comemorado em 12 de janeiro, Sindicato e bancários uniram-se em defesa do banco 100% público. Em dezembro, veículos de comunicação noticiaram que o governo federal estuda a possibilidade de abrir o capital da Caixa. O Sindicato se contrapõe à proposta e, com o apoio da categoria, luta pelo fortalecimento do banco público. Durante o dia do aniversário do banco, diretores do Sindicato visitaram agências e departamentos da Caixa, no Recife, e conversaram com os bancários sobre a importância de a empresa manter-se sob o poder exclusivo do Estado. Em Carta Aberta aos Bancários, publicada em outubro, Dilma havia reforçado seu compromisso com a Jaqueline Mello

categoria de fortalecer os bancos públicos. A presidenta da Sindicato, Jaqueline Mello, conta que os bancários estão dispostos a cobrar o cumprimento desse compromisso, motivados por questões que vão muito além do corporativismo. “Os empregados da Caixa, inclusive os que trabalham em setores estratégicos, como a gerência de habitação, de governo e de FGTS (áreas essenciais para implementação de políticas públicas do governo federal), compreendem a função social da Caixa e reivindicam que o banco continue 100% público”, afirma Jaqueline. O secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Justiniano Júnior, explica que a abertura do capital enfraqueceria a atuação da Caixa, que é protagonista na implementação das principais políticas públicas do governo federal. “Em caso de abertura do capital, os acionistas privados, naturalmente, buscariam maiores lucros e colocariam em segundo plano o papel social da empresa. Os programas sociais implementados com o apoio da Caixa beneficiam milhões de brasileiros”, afirma. A secretária de Finanças do Sindicato, Suzineide Rodrigues, completa

que os trabalhadores e clientes da Caixa, também, seriam prejudicados. “Interesses privados seriam atendidos em detrimento dos direitos trabalhistas e da qualidade na prestação dos serviços”, ressalta. As principais preocupações dos empregados da Caixa, segundo a secretária de Comunicação do Sindicato, Anabele Silva, em relação à abertura de capital são: “a precarização das condições de trabalho; o aumento da competitividade com outros bancos e o aumento das metas; a perda da papel social do banco; e a brecha para privatizá-lo”. A secretária de Bancos Públicos do Sindicato, Daniella Almeida,

conta que uma reunião com representantes dos empregados da Caixa de todo país está prevista para o final de janeiro. “Nesse encontro, será estabelecido o calendário anual de luta em defesa da Caixa 100% pública. A ideia é engajar toda a população brasileira,”, diz. A Fenae (Federação Nacional do Pessoal da Caixa) e Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), assim como outras entidades representativas dos trabalhadores, também, são contrárias à abertura do capital da Caixa. Os representantes dos bancários já solicitaram audiência com a presidenta Dilma para discutir o assunto. 16 a 31 de janeiro de 2015


6 BRADESCO

Bancários querem avançar nas negociações com o banco

R

epresentantes dos bancários do Bradesco de todo o país se reuniram no mês passado, em São Paulo, para discutir ações e estratégias para avançar nas negociações com o banco em 2015. Os funcionários de Pernambuco foram representados pela secretária de Finanças do Sindicato, Suzineide Rodrigues. Segundo Suzi, os bancários do Bradesco querem avançar nas discussões das reivindicações que já integram a pauta há anos. Entre elas, o programa de reabilitação profissional, parcelamento do adiantamento de férias, concessão do auxílio-educação e a extensão

do vale-cultura para todos os trabalhadores do banco. “Temos reivindicações que já integram a nossa pauta há mais de vinte anos. O Bradesco tem recusado demandas que todos os outros bancos já atenderam, como o auxílio-educação. Com a lucratividade que o banco tem registrado, não há motivos para negar essas reivindicações que só visam a valorizar os bancários”, destaca Suzi. A comissão nacional dos funcionários do Bradesco também definiu, na reunião, aumentar a pressão sobre o banco para construir um programa de retorno do trabalhador afastado por problemas de saúde.

Suzineide representa Pernambuco na Comissão Nacional dos Funcionários do Bradesco

BANCO DO NORDESTE

CAIXA

Conquista da Campanha 2014, BNB lança fundo de assistência à saúde

Vale-Cultura é ampliado para todos os empregados que ganham até R$ 6.304

O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) lançou em dezembro o Fundo de Assistência para Demandas Diferenciadas e Atuação em Saúde Preventiva. Segundo o diretor do Sindicato Fernando Batata, os funcionários reivindicam este fundo há mais de sete anos. “Só conseguimos tirar esta reivindicação do papel na Campanha Nacional passada, depois de muita pressão dos sindicatos”, conta Batata. O fundo já nasce com um montante de R$ 3 milhões de reservas oriundas de receitas da Camed Corretora e destinado a custear despesas médicas, aparelhos, tratamentos e medicamentos de alto custo, itens não amparados pelo rol de eventos autorizados pela Agência Nacional de Saúde (ANS).

A Caixa ampliou o Vale-Cultura para todos os empregados que ganham até oito salários mínimos. Os bancários que recebem Remuneração Base de até R$ 6.304 já podem solicitar o benefício, conquistado na Campanha Nacional de 2013. A secretária de Bancos Públicos do Sindicato, Daniella Almeida, lembra que até agora o Vale-Cultura era destinado apenas para quem tinha Remuneração Base de até cinco salários mínimos mensais. “Agora, muito mais bancários terão direito ao Vale-

DÍVIDAS

Depois de muita pressão dos sindi16 a 31 de janeiro de 2015

catos, o BNB cedeu e aceitou a criação do Programa de Crédito Consolidado voltado para os funcionários. Segundo Fernando Batata, o programa fazia parte da pauta de reivindicações dos empregados na última Campanha Nacional. “O objetivo do programa é garantir uma reestruturação das dívidas dos funcionários com o BNB, beneficiando, inclusive, os aposentados, pensionistas e ex-empregados, com melhores condições de pagamento”, explica Batata.

Daniella Almeida

Fernando Batata

-Cultura na Caixa. No ano passado, apenas quem ganhava, no máximo, R$ 3.620 tinha o direito”, lembra Daniella, que é empregada da Caixa. Os interessados em adquirir o Vale-Cultura podem solicitar seu cartão pelo autoatendimento do SISRH (opção 4.1). O benefício, no valor mensal de R$ 50, é fornecido por meio de cartão eletrônico. Desde a implantação do programa, já aderiram ao benefício cerca de 20 mil empregados da Caixa. Segundo dados do banco, os bancários utilizaram o Vale-Cultura principalmente para comprar livros e ir ao cinema. Atualmente, a rede credenciada conta com mais de 7.500 estabelecimentos comerciais em todo o país. Mais informações podem ser obtidas pelos empregados da Caixa na intranet do banco ou pelo telefone 0800 721 2222.


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Funcionários da financeira Losango, agora, são bancários

O

s empregados da financeira Losango, em Pernambuco, acabam de se incorporar à categoria bancária, com todos os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho. Em assembleia realizada no último dia 13, na sede do Sindicato, os trabalhadores aprovaram por unanimidade o acordo de reenquadramento de categoria. Após a assembleia, os trabalhadores comemoraram muito a mudança. “Agora seremos representados pelo Sindicato dos Bancários e acreditamos que, com o acesso aos direitos da categoria, teremos mais qualidade de vida”, explica Paulo Cézar, que trabalha na financeira há 14 anos. Para ele, as principais conquistas alcançadas pela incorporação dos funcionários à categoria bancária são a equiparação salarial e os benefícios financeiros. Para Rosa Cruz, que trabalha na Losango há 15 anos, a bancariza-

Alan Patrício

Trabalhadores aprovaram reenquadramento de categoria por unanimidade em assembleia realizada no Sindicato

ção da financeira é um divisor de águas para os seus funcionários. “Trabalhávamos como promotores de vendas e realizávamos as mesmas atividades de um bancário, mas não tínhamos o reconhecimento e os benefícios da categoria”, conta Rosa. A presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, destaca que o acor-

do é fruto da luta dos sindicatos de bancários da CUT que, há anos, estão pressionando os bancos para garantir que todos os trabalhadores do ramo financeiro tenham os mesmos direitos dos bancários. O diretor do Sindicato e representante do Nordeste na Comissão Nacional dos Funcionários do HSBC, Alan Patrício, explica que

a grande maioria dos empregados muda a jornada de trabalho de 8h para 6h, deixa de receber o salário mínimo e passa a ganhar o piso da categoria, dentre outras conquistas. “O acordo também prevê uma indenização adicional, para quem quiser aceitar, como forma de quitação do tempo de serviço passado”, destaca Alan.

MOBILIZAÇÃO

Sindicato na luta contra mudanças na Cassi e aumento nos planos de saúde do Santander O Sindicato está na luta contra a intenção da direção do Banco do Brasil de obrigar a Cassi a aumentar a mensalidade dos associados em 50%, passando a cobrar 4,5% dos Azenate Albuquerque

salários dos ativos ou dos benefícios dos aposentados. Aquilo que havia sido divulgado como boato foi apresentado à Cassi pelos diretores indicados pelo banco, que além disso levaram proposta de suspender programas de saúde, tal como o PAC. “Uma das principais características da Cassi é o seu modelo de autogestão, em que custos e benefícios são divididos, e todos participam das decisões. Não vamos aceitar aumento de coparticipação nem quebra na solidariedade”, afirma a diretora do

Sindicato, Azenate Albuquerque, que é funcionária do BB. Os sindicatos e dirigentes eleitos da Cassi não aceitam solução que onere somente os associados. Defendem o aprofundamento da Estratégia de Saúde da Família, fortalecendo as Clinicassi, investindo na medicina preventiva, melhorando o atendimento aos associados e reduzindo despesas. Este é o modelo de saúde mais avançado existente no mundo hoje. SANTANDER

Os funcionários do Santander

estão indignados com reajustes no plano de saúde aplicados desde dezembro do ano passado. O Bradesco Saúde - convênio que hoje atende a maioria dos trabalhadores do Santander - aumentou as mensalidades em 20% para funcionários da ativa e aposentados, e ainda elevou a coparticipação, cobrada em determinados atendimentos, de 15% para 20%. As alterações foram mais uma vez feitas sem nenhuma negociação com a Contraf-CUT e os sindicatos, que já solicitaram uma reunião com o banco. 16 a 31 de janeiro de 2015

Ivaldo Bezerra

BEM-VINDOS


8 É CARNAVAL!

NOTAS

Sindicato realiza Baile à Fantasia para Aposentados

Luiz Freitas

de

Bruin / FreeImages

O secretário de Aposentados do Sindicato, Luiz Freitas, reforça o convite: “Vamos começar a programação de 2015 do Sindicato para os aposentados com uma grande festa. E, a partir de fevereiro, retomaremos os cafés da manhã mensais, pensando sempre em novas alternativas de confraternização e atividades, como fizemos no ano passado com a visita ao Instituto Brennand”, diz Freitas.

Paul

O

Sindicato realiza no dia 23 de janeiro, sexta-feira, um Baile à Fantasia de Carnaval em homenagem aos bancários aposentados. A festa começa às 20h e será realizada no Círculo Militar do Recife, em parceria com a Apcef-PE e duas associações de aposentados da Caixa: Aeap e Uneicef. Segundo a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, além de antecipar o carnaval dos bancários aposentados, o Baile à Fantasia visa a comemorar o Dia dos Aposentados, celebrado em 24 de janeiro.

ATRAÇÕES DA FESTA

O Baile à Fantasia será animado pela Escola de Samba Sambadeiras, Banda e Orquestra Vegas e por Getúlio Cavalcanti Bloco Lírico. Bancários aposentados associados ao Sindicato não pagam nada para entrar e ainda têm direito a levar um acompanhante de graça. Os interessados devem retirar seus convites na Secretaria-geral do Sindicato (Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife).

Poemas Reunidos

A entrada dá direito ao Open Bar, com cerveja, refrigerante, água, caipirosca e caipirinha à vontade. Também haverá barracas com comidas à venda. Mais informações no Sindicato pelo telefone (81) 3316-4233.

ESPORTE E LAZER

O livro “Poemas Reunidos”, de Valmir Jordão, foi lançado em dezembro com apoio do Sindicato, e reúne trinta poemas inéditos e outros mais antigos. O lançamento ganhou ares de reencontro poético. Um descontraído recital tomou conta do auditório, com cada poeta dando sua contribuição espontânea para engrandecer a noite.

Chalés do Clube de Campo

Ouricuri é campeão do Torneio de Futebol Society do BNB dos Sertões O 1º Torneio de Futebol Society dos Funcionários do BNB dos Sertões agitou Petrolina no dia 10. Foram sete jogos, dos quais participaram quatro equipes, compostas por funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). O Sindicato apoiou a realização do Torneiro. O time campeão foi o Ouricuri, que venceu o Juazeiro (Bahia), na final, com o placar de 2 a 0. O terceiro colocado foi o Petrolina, que contou com reforço de funcionários de Floresta. E a quarta equipe participante foi a de Araripina. O secretário de Cultura, Esportes e Lazer do Sindicato, Adeílton Filho, avalia como excelente a iniciativa de

16 a 31 de janeiro de 2015

O Sindicato apoiou a realização do torneio e participou da premiação do campeão

realizar um campeonato de bancários no interior. “Esse foi o primeiro torneio de prática esportiva que o Sindicato apoiou no Sertão. Ele abre precedentes para que grupos de bancários do interior organizem outros even-

tos similares e contem com o nosso apoio”, afirma Adeílton. O diretor do Sindicato Fábio Sales também acompanhou o Torneio, junto com Adeílton, e os dois participaram da premiação das equipes vencedoras.

A hospedagem nos chalés do Clube de Campo do Sindicato teve um pequeno reajuste a partir de de janeiro. A locação para o final de semana, sábado e domingo, custa agora R$ 90. As mensalidades do sócio-amigo do Clube de Campo também tiveram um pequeno aumento para R$ 80. O Sindicato também disponibiliza dois campos de futebol para locação. O campo grande custa R$ 150 e o pequeno, R$ 60.


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