ANO XXIII • Nº 506 • 16 A 31 DE MAIO DE 2015 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO
ELEIÇÃO DO SINDICATO
TRABALHO RECONHECIDO Bancários reelegem a direção do Sindicato com mais de 83% dos votos válidos. Votação maiúscula consagra o trabalho da diretoria que, agora, terá Suzineide na presidência
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partir de 4 de julho, uma nova gestão assume a diretoria do Sindicato. A presidenta eleita, Suzineide Rodrigues, será a primeira pessoa de bancos privados a assumir o cargo após a intervenção militar. A vitória da Chapa 1, com mais de 83% dos votos, é o reconhecimento do trabalho da atual direção. A eleição aconteceu nos dias 13 e 14, em um belo espetáculo de democracia. Página 3
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Dia Nacional de Paralisação
No dia 29 de maio, vamos todos cruzar os braços contra qualquer retrocesso. A luta é contra a retirada de direitos do trabalhador, seja pelo projeto que escancara a terceirização, seja pelas medidas de ajuste fiscal do governo. É também contra as várias propostas que tramitam no parlamento e que prejudicam os setores mais excluídos da sociedade. Páginas 4 e 5
2 EDITORIAL
Tema livre
O espetáculo da democracia Eleição é sempre uma festa! Mesmo o candidato do interior do Norte tem os mesmos direitos de que perde, comemora a vitória da democracia. Ain- quem trabalha em uma agência Prime do Itaú do da mais quando o processo eleitoral é transparente, Sudeste do país. Isso não foi sempre assim. Foi preciso muita tranquilo, feito com a participação de todos. Foi assim no Sindicato dos Bancários: da escolha, por luta e organização. Mas o pior: também pode deiassembleia, da Comissão Eleitoral que coordenou xar de ser assim caso seja aprovado o malfadado o processo, até a divulgação dos editais, inscrição PL 4330, que escancara a terceirização. Um sindicato forte e representativo é condição das chapas, votação e apuração dos votos, tudo essencial para a garantia de conquistas e direitos. transcorreu como uma festa da democracia. E o envolvimento da base A escolha feita pela catena escolha de seus dirigengoria, de manter na direção Um sindicato forte e tes sindicais fortalece a reo grupo que vem conduzindo a entidade atualmente, representativo é condição presentação sindical. Com a terceirização irsignifica o reconhecimento essencial para a garantia de um trabalho. Um recode conquistas e direitos. restrita, também esta festa da democracia está amenhecimento que é essencial E o envolvimento da para fortalecer a represenbase na escolha de seus açada. Ao invés de uma convenção nacional, de tatividade do Sindicato e, dirigentes fortalece a negociações unificadas e consequentemente, sua forrepresentação sindical. de um sindicato forte, inteça diante dos patrões. ressa ter empregados disQuem faz o Sindicato não são seus diretores, mas os seus associados. tribuídos em várias pequenas empresas, cada qual Quem está na diretoria expressa a vontade de sua com seu acordo específico e seu pequeno sindibase e recebe a função de ajudar na organização catinho, sem representatividade e sem qualquer dos trabalhadores. Mas não há como organizar envolvimento com a base. Comemoremos o Sindicato que temos: ele foi quem não está disposto a brigar pelos seus direitos. Os bancários têm uma bela história de orga- conquistado com muita luta! Comemoremos este nização e luta. Tanto que são uma das poucas espetáculo da democracia: ele fortalece nossa cacategorias que têm uma Convenção Coletiva Na- tegoria. Comemoremos! E lutemos, para que necional: quem trabalha em um posto do Bradesco nhum retrocesso seja possível!
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DIRETORIA EXECUTIVA Presidenta: Jaqueline Mello Cultura, Esportes e Lazer: Adeílton Filho Saúde do Trabalhador: Wellington Trindade Secretária da Mulher: Sandra Trajano Formação: João Rufino Ramo Financeiro: Flávio Coelho Intersindical: Renato Tenório Aposentados: Luiz Freitas
16 a 31 de maio de 2015
notícia
Por 232 a favor, 210 contra e 2 abstenções, o plenário da Câmara aprovou emenda que modifica o fator previdenciário. A nova regra estabelece que o trabalhador receberá seus proventos integrais, quando, no cálculo da aposentadoria, a soma da idade com o tempo de contribuição for 85 para mulher, 95 para homem e 80 para professora e 90 para professor. A emenda segue para o Senado.
A bolição quem ?
para
Negros são as principais vítimas das mortes provocadas por arma de fogo no país, conforme levantamento mais recente do Mapa da Violência 2015. Das 39.686 vítimas de disparo de arma de fogo, em 2012, 28.946 eram negros e 10.632, brancos. Ou seja, as vítimas desse tipo de morte foram 2,5 vezes mais de negros do que de brancos.
P alavra
de patrão
Palavras da vice-presidenta do Itaú, Cláudia Politanski, sobre o PL da terceirização: “É um projeto bom, de avanço”. A declaração foi dita durante festa de 15 anos do jornal Valor, no começo do mês. “Essa discussão sobre atividade-meio e fim é falaciosa. É muito difícil usar esse critério...”, ela declarou, defendendo a criação de um “sindicatão” para representar terceirizados.
M aioridade
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Secretária-Geral: Azenate Albuquerque Comunicação: Anabele Silva Finanças: Suzineide Rodrigues Administração: Epaminondas França Assuntos Jurídicos: Justiniano Junior Bancos Privados: Geraldo Times Bancos Públicos: Daniella Almeida
B oa
penal
Em nota divulgada no dia 11, a ONU no Brasil demonstrou preocupação com a possibilidade de redução da maioridade penal para 16 anos, objeto da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 171/93, que tramita na Câmara. Para a entidade, o encarceramento de adolescentes de 16 e 17 anos poderia acentuar ainda mais as vulnerabilidades dessa faixa da população à violência e ao crime.
Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco Circulação quinzenal Redação: Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife Telefone: 3316.4233 / 3316.4221. Correio Eletrônico: comunicacao@bancariospe.org.br Sítio na rede: www.bancariospe.org.br Jornalista responsável: Fábio Jammal Makhoul. Conselho Editorial: Jaqueline Mello, Anabele Silva, Geraldo Times e João Rufino. Redação: Camila Lima, Fabiana Coelho, Fábio Jammal Makhoul e Wellington Correia. Diagramação: Studio Fundação Design & Editorial. Fotos: Beto Oliveira e Ivaldo Bezerra. Impressão: NGE Tiragem: 11.000 exemplares
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Bancários elegem nova direção com 83,19% dos votos Primeira funcionária de bancos privados a ocupar a presidência após a intervenção militar, Suzineide dará continuidade ao trabalho da atual gestão
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oi eleita, com 83,19% dos votos válidos, a nova direção do Sindicato dos Bancários de Pernambuco. Durante os dias 13 e 14, 4.674 bancários, entre pessoal da ativa e aposentados, deixaram seu voto nas 46 urnas espalhadas pelas várias agências do estado. A Chapa 1, encabeçada pela atual secretária de Finanças, Suzineide Rodrigues, recebeu 3.856 votos (83,19%). A Chapa 2, liderada pelo bancário Delano Gusmão de Vasconcelos, do Banco do Brasil, teve 779 votos (16,81%). Foram, ainda, registrados 24 votos nulos e 15 brancos. Suzineide tem uma larga trajetória de militância, tanto no movimento popular quanto no sindical, e será a primeira pessoa de bancos privados a ocupar a presidência do Sindicato no período após a intervenção militar. Funcionária do Bradesco desde 1986, ela já participava de greves e manifestações antes mesmo de fazer parte da direção sindical. Participou
inclusive do movimento que retomou o Sindicato das mãos dos herdeiros da intervenção militar. A nova gestão assume o Sindicato em um período conturbado, de sucessivos ataques aos trabalhadores. “Nosso foco vai continuar sendo a mobilização e a organização dos trabalhadores. Temos muitos desafios e muitas ameaças pela frente, a
exemplo do PL 4330, que escancara a terceirização. Precisamos de um sindicato forte e combativo para representar os trabalhadores”, ressalta Suzineide. Para a presidenta Jaqueline Mello, os resultados das eleições mostram que a categoria aprova o trabalho realizado pela atual gestão. “Conseguimos organizar os trabalhadores
e, juntos, derrubar projetos nocivos aos trabalhadores, a exemplo da recente tentativa de abrir o capital da Caixa. Temos feito campanhas salariais vitoriosas, com conquistas importantes. E precisamos avançar ainda mais”, lembra Jaqueline. O mandato da atual direção termina em julho e a nova gestão assume a entidade até 2018.
Eleição tranquila e participativa Os dois dias de eleição nas agências bancárias e na sede do Sindicato transcorreram em clima de tranquilidade. O senhor João Pereira da Silva Filho, aposentado do Bandepe, foi um dos primeiros a deixar seu voto em uma das duas urnas que ficaram na sede. Ele, que se sente responsável, junto com outros colegas, pela construção de um sindicato forte, lembra da entidade desde os tempos em que funcionava na Conde da Boa Vista. “E este vínculo com a categoria se mantém”, ressaltou. Empregada do Bradesco da Conde da Boa Vista, Lenilza Leitão destacou a importância de cada bancário se fazer representar por meio de sua diretoria. “Nós temos nossas reivindicações, então precisamos escolher quem vai nos representar e atuar em defesa de nossas demandas”, diz. Segundo Fernando Antônio de Lima, que integra a Comissão Eleitoral, eleita em assembleia para coordenar o processo, todos os prazos legais foram cumpridos e não houve nenhuma impugnação, apenas substituição de nomes em ambas as chapas.
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4 29 DE MAIO: DIA NACIONAL DE PARALISAÇÃO
Sindicato convoca todos os traba a construírem uma grande mobili
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o próximo dia 29, todos estão convocados a cruzar os braços contra a retirada de direitos. A recente aprovação, pela Câmara dos Deputados, de projetos como o PL 4330, que escancara a terceirização, e as medidas de ajuste fiscal do governo, exigem a organização dos trabalhadores. “Vamos construir uma grande paralisação, maior do que a que fizemos no dia 15 de abril contra a aprovação do PL 4330 pela Câmara”, conclama a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello. A paralisação ensaia uma possível greve geral, caso estes projetos avancem, no Senado e no governo. Estão juntos os movimentos sociais e a maioria das centrais sindicais. “É uma luta que diz respeito a todos. Estão em jogo projetos que atingem os trabalhadores, mas também que atingem toda sociedade, sobretudo os mais excluídos. É o caso do projeto de redução da maioridade penal”, ressalta a secretária de Finanças, Suzineide Rodrigues. AJUSTE FISCAL
As MPs 664 e 665, aprovadas pela Câmara nos dias 6 e 13, fazem parte do pacote de ajuste fiscal elaborado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e foram anunciadas pelo governo no dia 30 de dezembro do ano passado, sem qualquer debate com as centrais sindicais. As medidas mudam as regras de concessão e dificultam o acesso a benefícios como seguro-desemprego, abono salarial, seguro-defeso, pensão por morte e auxílio-doença. Para a CUT, essas medidas, assim como a aprovação precipitada do PL 4330, penalizam os trabalhadores mais fragilizados, em especial os que são o público alvo do sistema de seguro-desemprego e pensão por morte. Desde o anúncio do pacote, a central 16 a 31 de maio de 2015
tem realizado atividades, algumas delas com a participação do Sindicato. É o caso do Dia Nacional de Luta no dia 26 de janeiro, da Mobilização Nacional em Defesa dos Direitos Trabalhistas no dia 2 de março; além de reuniões e vigílias no Congresso Nacional. Para o movimento sindical, o ajuste fiscal não pode ser feito nas costas do trabalhador. “É preciso debater a taxação das grandes fortunas, a diminuição da sonegação fiscal, o aumento da arrecadação do imposto territorial rural e sobre herança”, afirma o
presidente da CUT, Vagner Freitas. APROVADAS
A MP 665 foi aprovada pela Câmara no dia 6, por 252 a 227 votos. A medida aumenta o tempo de trabalho para que os trabalhadores possam solicitar, pela primeira vez, o seguro-desemprego. Também estabelece um tempo mínimo de seis meses de trabalho para acesso ao abono-salarial, que passa a ser proporcional aos meses trabalhados. Antes, todos recebiam um salário mínimo, independente-
mente do número de meses traba dos com carteira assinada. Os representantes dos traba dores tiveram dificuldade para acesso às galerias e acompanha votação. O presidente da Câm Eduardo Cunha, somente autoriz acesso ao local com a distribuiçã senhas aos partidos, de acordo co tamanho das bancadas. A CUT pr sou recorrer à Justiça. Uma comi de dirigentes só conseguiu entra Casa no dia 13, quando seria vo a MP 664, graças a um habeas co
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alhadores ização
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alhaa ter ar a mara, za o o de om o recissão ar na otada rpus
Edilson Rodrigues / Agência Senado
Terceirização é debatida no Senado
Vamos construir uma paralisação maior do que a que fizemos no dia 15 de abril contra a aprovação do PL 4330
De lideranças sindicais a auditores fiscais, de parlamentares a juristas, nenhum dos presentes na audiência pública “Terceirização: revogação da Lei Áurea e fortalecimento do trabalho escravo”, realizada no dia 14, no Senado, mostrou ter dúvidas sobre a relação entre trabalho terceirizado e piores condições trabalhistas. Diante do auditório lotado, o presidente da CUT, Vagner Freitas, alertou para os prejuízos da terceirização sem limites, prevista pelo projeto de lei 4330 aprovado pela Câmara e que agora tramita no Senado como PLC 30. Depois, respondendo a quem cobra propostas dos trabalhadores, ele entregou um projeto
consensuado pelas centrais sindicais para regularizar a situação dos trabalhadores terceirizados. O anteprojeto é resultado das discussões, em 2009, de um grupo bipartite, formado pelas várias centrais sindicais e a Secretaria de Relações do Trabalho do governo federal. “O PL 4330 não fala em regulamentação dos 12 milhões de trabalhadores terceirizados, mas em precarizar os outros 40 milhões que têm carteira assinada”, ressaltou. Presidente do Senado, Renan Calheiros endossou as palavras de Vagner e afirmou que a Casa trabalhará exclusivamente para regulamentar a terceirização apenas para quem já está dentro do processo.
Ivaldo Bezerra / Lúmen
Direitos Urbanos
ENQUANTO ISSO, NA CÂMARA DO RECIFE...
concedido pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber. A medida foi aprovada por 277 a 178 votos. Ainda que o relatório do deputado Carlos Zarattini (PT-SP) tenha apresentado mudanças como a redução de dois para um ano e meio no tempo de contribuição para ter direito à pensão por morte e a manutenção do valor integral da aposentadoria, a CUT se manifestou contrária à medida. “Além de retirar direitos, foi imposta sem negociação ou diálogo”, afirma Vagner Freitas.
Em uma manobra para impedir a discussão e o cumprimento das exigências do Ministério Público, a Câmara dos Vereadores aprovou, no último dia 04, o Projeto Novo Recife para o Cais José Estelita. O projeto não estava previsto para ser votado, foi incluído como votação extra-pauta e as galerias foram fechadas à participação dos movimentos sociais. Vereadores contrários ao projeto se retiraram do plenário. O prefeito Geraldo Júlio, que estava em São Paulo, sancionou o projeto à distância. Vários atos já foram realizados pelo Movimento Ocupe Estelita contra a manobra da Câmara e a submissão do prefeito Geraldo Júlio às
grandes construtoras. Um dia antes da votação extraordinária, um ofício chegou ao gabinete da presidência da Câmara. Nele, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) orienta que o projeto volte às instâncias iniciais e seja discutido por uma câmara técnica. Entre os argumentos, estão o de que o projeto não prevê o reassentamento das famílias ocupantes na área de preservação ambiental e em situação de risco ou qualquer diretriz que promova a inclusão sócio-espacial, através da requalificação de áreas de urbanização precária - dois pontos estabelecidos no Plano Diretor da cidade.
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6 BANCO DO BRASIL
Bancários dão início à negociações sobre situação da Cassi
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esde o dia 12, representantes dos funcionários do Banco do Brasil deram início a uma mesa de negociações com o banco sobre a situação da Cassi – Caixa de Assistência dos funcionários. A secretária da Mulher do Sindicato, Sandra Trajano, bancária do BB, ressalta a importância das negociações, uma vez que a situação atual da Cassi exige o encontro de soluções, que não prejudiquem os associados. “A Cassi vem apresentando resultados negativos em suas contas ao longo dos últimos anos e há projeção de novo déficit em 2015. É importante apresentar propostas que não firam um dos princípios fundamentais de nosso plano, que é a solidariedade”, diz. Durante a negociação do dia 12, chegou-se a alguns consensos, como o de que é melhor investir na preven-
ção da saúde dos funcionários. Para os diretores eleitos da Cassi, o equilíbrio e a sustentabilidade da caixa de assistência poderiam ser garantidos com a extensão para o conjunto dos associados do Modelo de Atenção Integral à Saúde, baseado na Estratégia Saúde da Família. Segundo eles, estudos mostram que a adoção dessa estratégia reduziria a sinistralidade e garantiria, em cinco anos, economia de cerca de R$ 950 milhões, para um investimento de R$ 150 milhões. Durante a reunião, os representantes dos funcionários reforçaram a importância de manter o princípio da solidariedade e também a assistência aos funcionários ativos e aposentados pela Cassi. O banco, por sua vez, afirmou que o modelo de solidariedade deve ser aperfeiçoado, mas não apre-
sentou nenhuma proposta específica sobre o tema. Nova reunião foi marcada para o dia 19, também em Brasília. “É importante que os bancários acompanhem as discussões e se informem sobre as propostas”, afirma Renato Tenório, diretor do Sindicato. CONFERÊNCIA DE SAÚDE
A Cassi realiza no próximo dia 21, às 16h, a 8ª Conferência Estadual de Saúde, na sede da AABB, no Recife. O evento é aberto a todos os associados e contará com a participação da diretoria executiva da entidade, que prestará esclarecimentos sobre a atual situação da Cassi. Durante o evento, serão empossados os novos representantes do Conselho de Usuários da Cassi Pernambuco, Renato Tenório e Luiz Freitas.
CAIXA
Funcef também é tema de debates Também a Funcef, fundo de pensões dos empregados da Caixa Econômica, foi assunto de debates neste mês de maio. Em encontro no auditório do Sindicato, no último dia 8, o conselheiro da Funcef, Antônio Fermino (foto), discutiu o balanço de 2014 e a situação financeira da fundação. Antônio Fermino foi eleito pelos associados como representante no Conselho Deliberativo da entidade. O objetivo da conversa foi esclarecer boatos quanto a situação financeira da fundação. “Registramos um 16 a 31 de maio de 2015
déficit no balanço de 2014 e isso foi suficiente para que alguns meios de comunicação iniciassem uma campanha para tentar envolver a Funcef em suspeitas infundadas de corrupção”, afirma Fermino. Segundo ele, o déficit é resultado, sobretudo, de opções de investimento que resultaram em prejuízo. “Com os efeitos da crise, o comportamento do mercado de capitais afetou a maioria dos fundos de pensão”, explica. Ele garante: “Não há riscos para a solidez e a segurança do fundo”.
NOTAS
Relatório
Em votação realizada de 27 de abril a 4 de maio, os associados da Cassi aprovaram o Relatório Anual 2014. Votaram pela aprovação do Relatório Anual 28.652 associados, contra 13.034 que rejeitaram, 15.012 que votaram em branco e 19.413 que anularam o voto. Participaram da votação 76.111 associados.
Lucro 1
No primeiro trimestre deste ano, enquanto muitas empresas apresentam prejuízos ou forte desaceleração dos ganhos, o lucro líquido dos três maiores bancos privados brasileiros - Itaú, Bradesco e Santander - somou R$ 11,6 bilhões. O montante é 24,9% maior do que o obtido no mesmo trimestre de 2014.
Lucro 2
O Itaú, maior banco privado brasileiro, teve lucro líquido de R$ 5,733 bilhões no primeiro trimestre, um aumento de 29,74% ante igual período de 2014. O Bradesco registrou nos três primeiros meses um lucro de R$ 4,274 bilhões, 23,1% a mais que em 2014. Já o BB aumentou seu lucro 117,3% em comparação com o ano passado. Foram R$ 5,818 bilhões no primeiro trimestre de 2015.
Menos empregados Apesar dos lucros crescentes, os bancos cortaram postos de trabalho nos últimos doze meses. O BB, mesmo com o lucro recorde e a abertura de 70 novas agências, teve seu quadro reduzido em 560 postos de trabalho. O Itaú fechou 2.248 postos, com redução de 2,6% em um ano. No Bradesco, o corte foi de 4.569 postos de trabalho, uma queda de 4,6% em doze meses.
7 NEGOCIAÇÃO PERMANENTE
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o próximo dia 26, acontece nova rodada de negociação permanente entre os representantes dos empregados e a Caixa Econômica. Uma das principais demandas é a aceleração no processo de contratações. A reivindicação já foi levada, inclusive, à presidenta do banco, Miriam Belchior, em documento entregue durante reunião no dia 6. Para os bancários, o fortalecimento da Caixa enquanto banco público passa também pela valorização dos funcionários e melhores condições de trabalho. No encontro do início do mês, a presidenta do banco fez questão de reafirmar que o governo não vai abrir o capital da Caixa. Também garantiu que pretende reforçar os canais de diálogo com os trabalhadores. Os bancários, por sua vez, entregaram um documento no qual destacam pontos importantes para melhorar as condições de trabalho e reforçar o papel social do banco. A contratação de mais trabalhadores está entre os destaques. “A expecta-
Reforço do banco como 100% público passa pela valorização dos empregados
tiva é de que saiam mais de três mil empregados com o Plano de Apoio à Aposentadoria, o que deve agravar ainda mais os problemas que já existem por conta da carência de pessoal e excesso de demandas”, afirma a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello. Outra reivindicação que consta no documento é o fim do programa GDP (Gestão de Desempenho de Pessoa). Para os trabalhadores, o mecanismo afronta todos os
princípios coletivos da relação de trabalho, institucionaliza a cobrança de metas individuais, rotula os empregados, acirra a competitividade e favorece o assédio moral e adoecimento. A negociação do dia 26 será a segunda de 2015. Outro ponto importante que está na pauta é a reclassificação da falta do dia 15 de abril, Dia de Paralisação contra o PL 4330, como dia de greve, e não como falta não justificada.
Ivaldo Bezerra / Lúmen
Bancários da Caixa exigem mais contratações
Frente Parlamentar em Defesa da Caixa é lançada Foi lançada, no dia 14, na Câmara dos Dpeutados, a Frente Parlamentar em Defesa da Caixa Econômica Federal. Para os trabalhadores, embora o governo já tenha anunciado que o banco vai permanecer 100% público, é importante que a sociedade se mantenha mobilizada em sua defesa. “Queremos reforçar o papel social do banco, como empresa propulsora do desenvolvimento econômico e das políticas públicas do país”, ressalta Jaqueline. Fazem parte da Frente os deputados Daniel Almeida (PCdoB/BA), Érica Kokay (PT/DF), José Carlos Nunes Júnior (PT/MA), Assis Carvalho (PT/PI), Edmilson Rodrigues (PSOL/PA) e José Stédile (PSB/RS).
HSBC
Bancários conversam com parlamentares sobre defesa do emprego laborar para que mudanças no banco não signifiquem corte de empregos. Outras ações continuam acontecendo: além das atividades no parlamento, os bancários tem buscado reuniões no Banco Central, Ministério do Trabalho e Cade – Conselho Administrativo de Defesa Econômica. “Não vamos aceitar que qualquer decisão sobre o futuro da atuação do banco no Brasil signifique demissão em massa”, afirma o diretor do Sindicato, Alan Patrício, que é funcionário do HSBC
Seeb-DF
Representantes dos trabalhadores estão realizando intensa campanha em defesa dos empregos dos bancários do HSBC. Em visita ao Congresso Nacional, na primeira semana de maio, os trabalhadores entregaram um documento aos parlamentares, no qual relatam o impacto que o fim das operações no banco pode trazer para seus 21 mil empregados e para a economia das regiões onde atua. Os parlamentares se mostraram sensibilizados e se dispuseram a co-
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8 INSEGURANÇA
Em dois dias, duas explosões em agências do interior
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ma explosão em Gravatá, na madrugada do dia 5, e outra em Amaragi, na madrugada seguinte, deixou assustada a população do Agreste e Zona da Mata de Pernambuco. O Sindicato visitou as agências e está em contato com o banco para garantir que as unidades só sejam reabertas quando houver condições de segurança. Na Caixa Econômica de Gravatá, a explosão foi no auto-atendimento e atingiu a parte interna da agência. Os vidros foram quebrados, o forro desabou, a situação estava caótica. A agência foi fechada, alguns funcionários ficaram trabalhando inter-
namente no primeiro andar e outros foram para outras unidades vizinhas. Em Amaragi, o grupo de assaltantes cercou o Grupamento da Polícia Militar e a delegacia do município para coibir qualquer reação da polícia. Depois, partiu para a agência do Banco do Brasil. Eles invadiram a unidade e explodiram o cofre, destruindo quase toda a área interna da agência. “Estamos acompanhando junto ao setores responsáveis, para garantir que as agências só reabram com todas as condições de segurana”, afirma a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.
TERCEIRIZAÇÃO
SOLIDARIEDADE
Participe da pesquisa sobre o PL4330
Um presente para Maria Clara
O Senado colocou em sua página na internet um mecanismo no qual a sociedade pode manifestar sua opinião sobre o PL 4330, em tramitação no Senado com o nome PLC 30. O projeto escancara a terceirização para todos os setores
da economia, ao permitir que as atividades-fim também sejam terceirizadas. Os votos contrários já passam dos 40 mil. Acesse: http://www12.senado.gov.br/ecidadania/ visualizacaotexto?id=164641
CONVENÇÃO
Sindicato apoia evento em solidariedade a Cuba Acontece nos dias 4, 5 e 6 de junho, a XXII Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba. O evento será no auditório da FCAP (Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco) e conta com o apoio do Sindicato. Entre os deba16 a 31 de maio de 2015
tes, estão a luta contra o bloqueio econômico e comercial ao país e a libertação dos cubanos René González, Antonio Guerrero, Gerardo Hernández, Ramón Labañino e Fernando González, presos há 16 anos nos Estados Unidos.
No próximo dia 24, Maria Clara completa três aninhos. Ela não senta, não segura o pescoço, não anda, não fala, mas seu sorriso revela sua alegria de viver. Recentemente, ela foi aceita pelo Instituto Beike Biotechinology para um tratamento com células tronco, na Tailândia. O tratamento fica em torno de 100 mil reais. Para isso, a família iniciou uma campanha, cujos detalhes podem ser conferidos na fanpage: Meu Anjo Maria. Quem puder contribuir, pode fazê-lo pelas contas abaixo: BANCO SANTANDER Código 033 (transferência online) AGÊNCIA: 4153 C/C: 01047530-7 CPF: 88222624415 Anna Catharina Correia de Santa Clara BANCO SANTANDER Cód 033 Agência 3757 Conta Poupança 60024511-3 Maria Clara Correia de Santa Clara CPF: 12135693464 Banco do Brasil Cód 001 Agência 5986-2 Conta Poupança 3090-2 Variação 51 Maria C C Santa Clara