ANO XXIII • Nº 508 • 16 A 30 DE JUNHO DE 2015 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO
UNIR PARA CONQUISTAR
Os preparativos para a Campanha Nacional já começaram. O Encontro Estadual será no dia 04 de julho; o Regional, nos dias 17, 18 e 19; e a Conferência Nacional dos Bancários, no dia 31 de julho, 1 e 2 de agosto. No final de maio, representantes de funcionários de bancos privados discutiram suas estratégias e reivindicações específicas. Neste mês, nos dias 12, 13 e 14, foi a vez da Caixa e do Banco do Brasil. Em todos os encontros, uma coisa é consenso: em tempos de crise e de ameaças, é preciso reforçar a unidade: entre os bancários, entre o ramo financeiro, entre os trabalhadores. Páginas 4 e 5
Contra a terceirização A briga contra a terceirização continua. No próximo dia 03, uma audiência pública acontece na Assembleia Legislativa. Página 7
Em defesa dos empregos
Após o anúncio do HSBC, de encerramento das atividades no país, funcionários do HSBC se mobilizam para evitar demissão em massa. O banco garante que isso não vai acontecer. Página 3
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2 EDITORIAL
Tema livre
Convite à unidade Mais uma Campanha Nacional começa a ser ficuldade de organização – uma realidade que só construída pelos bancários. A categoria tem um mudou após a conquista da mesa única. Hoje, o cenário se reverteu. E são os funciohistórico de organização que a torna referência nacional e internacional. E a unidade sempre de- nários de bancos públicos que ajudam os colegas de bancos privados a construir a greve sempenhou papel fundamental nessa história. Desde 1992, todos os bancários do Brasil têm nacional. Desta forma, ganham todos. Afinal, os mesmos direitos, seja em um posto de atendi- a negociação ocorre em mesa única e a Conmento do interior de Pernambuco ou no corredor venção Coletiva vale para todos. E quanto mais bancário da capital paulista. A Conquista da Con- forte a mobilização, maiores as chances de conquistas. Para todos. venção Coletiva Nacional Isso não impede que se fortaleceu a importância O cenário atual busque avanços específide uma atuação conjunta reforça a necessidade cos, em debates com cada entre os empregados dos de ampliar a unidade: uma das instituições finanvários estados do país. ceiras. Até porque cada Todos os anos, a Camque ela vá além da banco tem especificidades panha Nacional tem inícategoria, ultrapasse que podem, e devem, ser cio com a discussão dos o ramo financeiro e debatidas separadamentrabalhadores de cada possa atingir todos os te. A convenção é a base estado, que definem suas trabalhadores. a partir da qual muito se demandas e planos de luta, pode avançar. a serem levadas ao debaO desafio, agora, é incluir todos aqueles que te regional. As decisões desta etapa são, por sua vez, encaminhadas à Conferência Nacional, que atuam no ramo financeiro: securitários, financireúne representantes eleitos nas várias bases do ários, correspondentes bancários, terceirizados... E mais: a Campanha Nacional de 2015 aconpaís para definirem a pauta unificada de reivinditece em um panorama de ameaças para os trabacações e as estratégias de atuação. Este sentimento coletivo, de solidariedade e lhadores. A crise econômica não afeta os bancos, unidade dos trabalhadores, ganhou reforço a par- que apenas ganham com a política de juros altos tir dos anos 2000, com a conquista da negociação do Banco Central. Como sempre, ela pesa sobre os ombros do trabalhador. As medidas de ajuste em mesa única e mobilização unificada. Até então, os acordos e as negociações da Cai- fiscal, a ameaça da terceirização desenfreada e xa, Banco do Brasil e BNB eram feitos separada- a agenda conservadora do Congresso reforçam mente o que, durante um longo tempo, sobretudo a necessidade de ampliar a unidade: que ela vá nos anos 90, deixou em desvantagem os funcio- além da união da categoria, que ela ultrapasse nários de bancos públicos. Por vários anos, eles o ramo financeiro e que possa atingir todos os amargaram reajuste zero, perda de direitos e di- trabalhadores.
C ongresso
da
CUT
De 10 a 13 de junho, sindicalistas das diversas regiões e categorias do estado participaram do 14º Congresso Estadual da CUT (Cecut). A diretoria do Sindicato estava lá, ajudando a pensar estratégias para enfrentar os desafios que se impõem aos trabalhadores. “Fomos eleitos em um momento político desafiador, em que muitos direitos conquistados pelos trabalhadores estão sendo ameaçados”, afirma o diretor do Sindicato, Fabiano Moura, reeleito para a direção da central.
N ova
direção
Os mais de 500 delegados sindicais que participaram do Cecut elegeram, em chapa única, a nova direção executiva da Central. O agricultor rural, natural de Tabira, Carlos Veras, foi reconduzido ao cargo de presidente, para gestão 2015/2019.
P aridade
de
G ênero
Esse foi o primeiro congresso cutista a eleger uma direção paritária, com o mesmo número de mulheres e homens eleitos. Além de Fabiano Moura, integram a nova direção da CUT-PE os diretores do Sindicato Expedito Solaney e Eleonora Costa, além da bancária Kátia Cadena.
P reparação
Acompanhe o Sindicato
O Congresso Estadual serve de
também pelas redes sociais
preparação para o 12º Concut, previsto para acontecer entre os dias 13 e 16 de outubro, em São Paulo. Nele são aprovadas as resoluções políticas, organizativas e sindicais que orientam
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DIRETORIA EXECUTIVA Presidenta: Jaqueline Mello Secretária-Geral: Azenate Albuquerque Comunicação: Anabele Silva Finanças: Suzineide Rodrigues Administração: Epaminondas França Assuntos Jurídicos: Justiniano Junior Bancos Privados: Geraldo Times Bancos Públicos: Daniella Almeida
Cultura, Esportes e Lazer: Adeílton Filho Saúde do Trabalhador: Wellington Trindade Secretária da Mulher: Sandra Trajano Formação: João Rufino Ramo Financeiro: Flávio Coelho Intersindical: Renato Tenório Aposentados: Luiz Freitas
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as ações da Central e suas entidades filiadas.
Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco Circulação quinzenal Redação: Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife Telefone: 3316.4233 / 3316.4221. Correio Eletrônico: comunicacao@bancariospe.org.br Sítio na rede: www.bancariospe.org.br Jornalista responsável: Fábio Jammal Makhoul. Conselho Editorial: Jaqueline Mello, Anabele Silva, Geraldo Times e João Rufino. Redação: Camila Lima, Fabiana Coelho, Fábio Jammal Makhoul e Wellington Correia. Diagramação: Studio Fundação Design & Editorial. Fotos: Beto Oliveira e Ivaldo Bezerra. Impressão: NGE Tiragem: 11.000 exemplares
3 ENCERRAMENTO
REINTEGRAÇÃO
Após protestos, HSBC garante que não haverá demissão
Justiça e Sindicato revertem demissão ilegal no HSBC
A
confirmação do HSBC sobre encerramento de suas atividades no Brasil, no dia 8, acirrou os ânimos dos trabalhadores. No dia seguinte, paralisações e protestos foram realizados em diversos estados do país. Em Pernambuco, os funcionários paralisaram as agências da Agamenon e da Caxangá. A pressão forçou o banco a marcar reunião com os trabalhadores no dia seguinte, quando garantiu: não vai haver demissão em massa. O diretor de relações trabalhistas, Marino Rodília, e Juliano Marcílio, diretor de RH do banco, afirmaram que a decisão de deixar de operar no Brasil e na Turquia faz parte da estratégia global da empresa. Segundo eles, “há um processo normal de venda e a intenção é manter os empregados e entregar o banco operando normalmente, até que os novos controladores assumam”. Os bancários permanecerão e passarão a ter um novo comando. O HSBC se comprometeu a fazer reuniões a cada quinze dias com os representantes dos bancários, para informar como anda o processo de venda do banco. “Nós vamos acompanhar passo a passo a situação dos bancários. É importante que estejamos atentos e mobilizados para garantir que
não vá haver demissões nem perda de direitos”, ressalta o diretor do Sindicato e da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Alan Patrício, que é funcionário do banco. NOVO CONTROLADOR
Em diversas notícias publicadas pela mídia, o Bradesco tem aparecido como um dos possíveis novos controladores do HSBC. Segundo as reportagens, o Bradesco teria
oferecido US$ 3,4 bilhões pelo banco britânico, proposta superior a do Santander e do Itaú. Matéria publicada no portal Brasil 247 do dia 10 afirma que “para o Bradesco, além de ter uma oportunidade de se aproximar mais do Itaú em termos de ativos, a compra teria especial importância em termos das sinergias que pode trazer ao banco. O Bradesco teria especial interesse na carteira de clientes de alta renda e na financeira Losango”.
O Sindicato contribuiu para a reintegração de mais um bancário demitido ilegalmente. Enquanto estava de licença médica decorrente de doença ocupacional, o funcionário do HSBC, Marcílio Bezerra Lira, recebeu um telegrama do banco informando-o da demissão por justa causa. Depois de 4 anos, a Justiça do Trabalho determinou a reintegração do bancário, por considerar a sua demissão ilegal. Marcílio conta que o motivo alegado pelo banco para demiti-lo foi desídia – negligência com o trabalho, que pode ser caracterizada por atrasos reiterados, não cumprimento de ordens, entre outras atitudes. No entanto, para caracterizar desídia, a prática de desleixo precisa ser reiterada e o empregador deve advertir o empregado e, se for o caso até suspendê-lo, antes de aplicar a punição máxima: a demissão. Além disso, Marcílio foi demitido enquanto estava licenciado por doença ocupacional. Ele receberá, com juros e correção monetária, os salários retroativos do período em que esteve afastado do trabalho por causa da demissão. “O suporte do Sindicato foi essencial para que desse tudo certo”, afirma Marcílio. O diretor do Sindicato, Alan Patrício, que é também funcionário do HSBC, afirma que a demissão ilegal por justa causa tem sido utilizada pelos bancos como forma de discriminar e perseguir bancários lesionados por doenças ocupacionais .“A justa causa, sem que os funcionários tenham cometido faltas que a justifiquem, também tem sido utilizada pelos bancos como instrumento de barateamento das demissões”, completa Alan. 16 a 30 de junho de 2015
4 ENCONTROS NACIONAIS
Bancários se preparam para a Campanha Nacional
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s preparativos para a Campanha Nacional dos Bancários já começaram. No próximo dia 04 de julho, trabalhadores de Pernambuco participam do Encontro Estadual dos Bancários, que define reivindicações e estratégias a serem levadas às etapas regional e nacional. A assembleia para escolha dos delegados será no dia 02. A etapa regional acontece em Fortaleza, nos dias 17, 18 e 19. É lá que serão tiradas as definições dos bancários do Nordeste para serem encaminhadas à Conferência Nacional dos Bancários, nos dias 31 de julho, 1 e 2 de agosto. Nesta fase, as discussões e decisões tomadas pelos trabalhadores dos vários estados do país são unificadas em uma pauta de reivindicações e estratégias de mobilização
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nacional. “Trata-se de um processo extremamente democrático de organização, que é referência nacional e internacional, pois permite a participação de todos ao mesmo tempo em que fortalece o movimento, com a unidade da categoria”, afirma a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello. Paralelamente à Campanha Nacional, os funcionários também preparam suas pautas específicas de negociação, seja para serem tratadas nas mesas de discussão com a Caixa, Banco do Brasil e BNB, ou para serem debatidas em negociações permanentes com cada instituição financeira. Para isso, os bancários da Caixa e do Banco do Brasil participaram, nos últimos dias 12, 13 e 14, dos Congressos Nacionais dos Emprega-
dos. Para os trabalhadores de bancos privados, um Encontro Nacional, no final de maio, juntou dirigentes sindicais de todo o país para unificar
as demandas e estratégias de cada banco. Os empregados do BNB realizam seu encontro nacional nos dias 24, 25 e 26 de julho.
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E
m três dias de discussão, 651 bancários, representantes dos empregados da Caixa e do Banco do Brasil em todo o país, chegaram a um consenso: é preciso fortalecer a unidade e reforçar os laços de solidariedade nacionais e internacionais. “É assim que temos conseguido avançar. E é assim que vamos conseguir barrar a agenda conservadora e as ameaças aos direitos trabalhistas que vem sendo impostas pelas elites econômicas nos últimos tempos”, afirma Jaqueline Mello, bancária da Caixa. Em três dias de debates, nos dois encontros, os participantes avaliaram a conjuntura nacional e internacional; realizaram trabalho em grupos de discussão sobre saúde, condições de trabalho, assistência médica e previdenciária, segurança e infraestrutura, organização dos trabalhadores, entre outros pontos. No último dia do Congresso, as definições dos grupos foram levadas à plenário para definição da pauta de reivindicações específica da categoria. No quesito organização, o forta-
lecimento da unidade foi ressaltado por todos. Significa manter a estratégia de mesa única de negociações, concomitante com as discussões em mesas específicas, e reforço na mobilização unificada. Significa mais: buscar uma solidariedade global, seja com a categoria em outros países, seja com outras categorias, com foco no combate aos projetos que penalizam os trabalhadores e à agenda conservadora imposta pelas elites. Nesse sentido, destaque-se a luta contra o PL da Terceirização; o pacote de ajuste fiscal do governo; e projetos como o da redução da maioridade penal. O papel desempenhado pela organização dos trabalhadores e a necessidade da solidariedade internacional ficou clara em painéis como o que debateu “A Organização dos Bancários nos Estados Unidos da América”. Nas unidades do Banco do Brasil dos Estados Unidos, a situação dos trabalhadores é muito pior que no Brasil: os empregados não são concursados; não há vale alimentação,
Caetano Ribas
Unidade para avançar nas conquistas e barrar o retrocesso
Caetano Ribas
CONGRESSOS DO BB E DA CAIXA
nem refeição, nem vale transporte; não existe 13º e os reajustes são individualizados. “No Brasil, conquistamos um nível de organização que é referência mundial. Precisamos reforçar isso e também avançar, garantindo uma aliança global entre os trabalhadores”, afirma a secretária de Assuntos da Mulher do Sindicato, Sandra Trajano, do Banco do Brasil. No último dia de encontro, bancários dos dois bancos definiram suas pautas de reivindicações, que serão
entregues nas mesas de negociação específicas com a Caixa e BB. Entre as pautas comuns estão o fim da terceirização, a necessidade de mais contratações, combate ao assédio moral, melhorias nos Planos de Carreira e regulamentação do artigo 192 da Constituição Federal, que trata do Sistema Financeiro Nacional. Para saber mais sobre as pautas de reivindicação específicas e sobre os congressos da Caixa e do BB, acesse: www.bancariospe.org.br 16 a 30 de junho de 2015
6 INSEGURANÇA
Pernambuco alcança média de um assalto por semana
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ubiu para 25 o número de assaltos registrados nestes primeiros meses do ano. As estatísticas são quatro vezes superiores às do mesmo período do ano passado, quando foram registrados seis assaltos. “A média é de um assalto por semana. Bancários e clientes estão reféns da insegurança nos bancos. E muitos dos equipamentos previstos na legislação continuam sem ser cumpridos pelas instituições financeiras, como é o caso dos vidros blindados”, denuncia João Rufino, diretor do Sindicato e representante do Nordeste do Coletivo Nacional de Segurança Bancária. Por conta disso, o Sindicato está levando a denúncia ao Ministério Público. Somente nos doze primeiros dias de junho, já foram quatro ocorrências: Itaú Dom Vital, Banco do Brasil de Peixinhos, Santander de Casa Amarela e BB de Glória do Goitá.
OS ASSALTOS
No primeiro, o roubo não chegou a ser consumado, mas o assalto gerou momentos de tensão no Itaú Dom Vital, próximo ao Mercado de São José. Os vigilantes perceberam que os assaltantes portavam armas de brinquedo e reagiram. Houve luta
corporal e as armas dos seguranças foram tomadas. Mas um terceiro vigilante, que ficava no andar superior, desceu, o que impediu a consumação do roubo. O segundo assalto do mês aconteceu menos de uma semana depois. No dia 8, cerca de oito homens as-
VIAGENS
saltaram o Banco do Brasil de Peixinhos. Com este, já são três assaltos vividos pelos bancários da unidade, segundo o diretor do Sindicato Walzélio dos Santos, que é empregado da agência. Três dias depois, mais uma ocorrência, desta vez no Santander de Casa Amarela. Os assaltantes entraram com arma de brinquedo, renderam o único vigilante que estava no térreo e realizaram o roubo. Na saída, foram surpreendidos pela Polícia e fizeram reféns os clientes e funcionários. “A lei exige dois vigilantes por pavimento. O banco descumpre a legislação e submete os empregados a trabalhar sob tensão”, critica João Rufino. No dia 15, mais um assalto: desta vez no BB de Glória do Goitá, Zona da Mata pernambucana. Um dos assaltantes, depois de ser barrado na porta de segurança, sacou uma metralhadora e rendeu os vigilantes.
CAIXA ECONÔMICA
Sindicato retoma caravanas para o interior Sindicato cobra O Sindicato retomou, e deve concluir até julho, o ciclo de visitas às agências do interior do estado. Quem abriu o ciclo foi a região do Sertão do Moxotó, formada por doze municípios, entre os quais Arcoverde, Belo Jardim e Sanharó. As 32 agências e quatro postos da região receberam visitas dos diretores Flávio Coelho, Chico de Assis e Suzineide Rodrigues. “Aproveitamos para agradecer pela confiança depositada na gente na eleição da nova gestão do Sindicato”, afirma Suzi. 16 a 30 de junho de 2015
incorporação do adicional de quebra de caixa
Suzi encabeça a chapa que, formada em sua maioria pelos atuais integrantes da direção, recebeu mais de 83% dos votos para continuar à frente do Sindicato. TUPANATINGA
Em Tupanatinga, o Sindicato encontrou a população e os bancários preocupados. Vereadores
do município, bem como representantes do Clube de Diretores Lojistas, denunciaram uma possível intenção do BB de fechar a unidade local. O Sindicato entrou em contato com a Superintendência e representantes do banco, que garantiram: nenhuma agência será fechada em Pernambuco.
O Sindicato entrará com uma ação coletiva contra a Caixa Econômica Federal (CEF), na Justiça do Trabalho, para garantir o recebimento e a incorporação do adicional de quebra de caixa. A ação vale para bancários que exercem, ou exerceram nos últimos 10 anos (desde julho de 2005), as funções de caixa ou de avaliador. Apenas os bancários sindicalizados podem participar da ação. É possível sindicalizar-se e enviar os documentos para participar da ação até o dia 20 de julho: consultas dos dados cadastrais e do histórico de função. Esses documentos devem ser entregues na Secretaria de Assuntos Jurídicos do Sindicato ou enviados para o e-mail juridico@bancariospe.org.br. Saiba mais em: www.bancariospe.org.br.
7 PLC 30
Terceirização tem audiência na Assembleia Legislativa
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Encontro de Direito Sindical, nos dias 4 e 5
Agência Senado
o próximo dia 3 de julho, audiência pública na Assembleia Legislativa discute os impactos da terceirização desenfreada proposta pelo PLC 30 (Projeto de Lei da Câmara), que tramita no Senado. A atividade está sendo realizada em vários estados do país, como iniciativa do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, senador Paulo Paim (PT-RS). As primeiras audiências aconteceram em Belo Horizonte, 29 de maio, e Florianópolis (foto), 8 de junho. Até julho, estão previstas discussões em Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Fortaleza, João Pessoa, Manaus, Belém e Macapá. O debate sobre terceirização também vem sendo travado em várias outras frentes. Nos dias 4 e 5, esse foi o foco do I Encontro Nacional de Direito Sindical, realizado no Recife. O evento foi organizado pelas Associações Brasileira e Pernambu-
Audiência em Florianópolis aconteceu no dia 8
cana de Advogados Trabalhistas e contou com a participação do Sindicato e o apoio da CUT e outras centrais sindicais. “Essa é a hora de todas as categorias unirem forças e fortalecerem a mobilização. Ter trabalho digno é um direito de todo trabalhador, e isso precisa ser garantido ”, afirma o secretário de Bancos Privados do Sindicato, Geraldo Times, que participou da atividade ,junto com Eleo-
nora Costa e Cléber da Rocha. No dia 10, a CUT realizou ato de protesto contra o projeto de terceirização durante a 104ª Conferência Internacional da OIT (Organização Internacional do Trabalho), em Genebra, Suíça. A manifestação foi acompanhada e apoiada por 30 centrais sindicais de diferentes países, além de advogados trabalhistas e representantes da OIT. A 11ª Reunião das Redes Sindi-
cais de Bancos Internacionais, que aconteceu no Rio de Janeiro de 9 a 11 de junho, também teve o tema como um dos destaques. “Este é um assunto presente em todos os países da América Latina. A classe trabalhadora está sob ataque de governos e grandes corporações”, avaliou o presidente da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Roberto von der Osten.
VIOLÊNCIA E EXCLUSÃO
Fábio Pozzebom / ABr
Projeto que reduz maioridade penal pode ser votado ainda este mês A comissão da Câmara que discute a redução da maioridade penal deve votar, no dia 17 deste mês, o parecer do deputado Laerte Bessa (PR-DF) à PEC 171/93, que trata da redução da maioridade penal. O assunto seria votado na semana anterior mas foi adiado depois que estudantes foram recebidos com spray de pimenta. O cronograma da Comissão prevê um prazo de 40 sessões para discutir a matéria. Só foram realizadas vinte e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, já fala em levar o assunto ao plenário no dia 30. No último dia 10, cerca de 100
estudantes que acompanhavam a reunião da Comissão e se manifestaram contra o parecer do relator, foram expulsos do plenário com spray de pimenta e violência. “A Câmara se transformou em um ambiente fundamentalista. O cerceamento e a intolerância às opiniões contrárias têm sido a marca da casa”, afirmou a deputada Érika Kokay (PT-DF), uma das que sofreu os efeitos do gás. Os ânimos dos deputados já estavam exaltados desde o início da reunião, quando o grupo contrário à matéria (que inclui PT, PCdoB,
PSOL, PDT e até alguns deputados do PSDB) pediu o adiamento da votação do parecer final para aprofundamento das discussões. Como a orientação dada por Eduardo Cunha era que a votação fosse feita à toque de caixa, os favoráveis se recusaram. “A Comissão tem prazo de até 40 sessões para discutir a matéria e o relator já queria encerrar o debate na vigésima, mesmo sem ter feito nenhuma diligência, recebido as informações solicitadas aos órgãos públicos ou realizado as audiências públicas requeridas. Isso é interdição do debate”, argumentou Kokay. 16 a 30 de junho de 2015
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Tem arrasta-pé no dia 27
Arraial dos Bancários, no Clube de Campo, promete muita animação
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reparem-se! No dia 27, não vai faltar animação no Arraial dos Bancários. O arrasta-pé junino, que já é tradição da categoria, será no Clube de Campo, em Aldeia, a partir das 15 horas. Barracas de comidas típicas, fogueiras, quadrilha improvisada e muito forró estão na programação.
Quem dá o tom do Arraial é o pé de serra de Rominho do Acordeon e a diversidade de estilos do forró de Marquinhos e Banda. Entre um e outro, o DJ Rony Santiago mantém o ritmo pra ninguém ficar parado. Três ônibus sairão da sede do Sindicato, na Boa Vista, às 13h30, 14h e 14h30, para levar os bancá-
Café da Manhã Especial para os Aposentados
Os aposentados terão um Café da Manhã especial no dia 19. É que, no mesmo dia, será inaugurado o espaço de convivência, um dos compromissos assumidos pela direção na eleição 16 a 30 de junho de 2015
passada. “Estamos cumprindo essa nossa proposta, que visa ampliar a participação dos aposentados no dia a dia do Sindicato”, explica o secretário de Aposentados, Luiz Freitas.
rios ao Clube. Os ônibus retornarão quando a festa acabar. Os interessados no transporte devem ligar para os números (81) 3316.4226 e 3316.4238 (falar com Lúcia ou Vera). CHALÉS
Quem quiser concorrer a uma
das seis vagas disponíveis nos chalés do Clube de Campo durante o fim de semana em que acontece o Arraial dos Bancários, tem até dia 19 para se inscrever. As inscrições devem ser feitas por telefone com Vera ou Lúcia, na Secretaria de Administração (3316.4226). O sorteio será realizado no dia 22.
Bancário lança livro de poemas inspirado em best seller O bancário Hélder Coelho, da Caixa Econômica, lança no dia 10 de julho seu novo livro: “O Segredo em Versos”. O livro é baseado no best-seller “The Secret”, da escritora australiana Rhonda Byrne. “Achei o livro interessante e passei a escrever versos
a partir dele e de sua ideia de que fazer o bem faz bem”, diz o poeta. O lançamento será no bar e restaurante Antiquário, na Rua do Cupim, a partir das 19 horas. Confiram um trecho: “A vida é uma teia perfeita e onde você passa, tece um fio. Nesse tecer, em cada desafio, e no amarrar, sua história é feita (...)”