Jornal dos Bancários - Ed. Especial - Dia da Mulher

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M A R Ç O D E 2 015 • S I N D I C AT O D O S E M P R E GA D O S E M E S TA B E L E C I ME N T O S D E C R É D I T O N O E S TA D O D E P E R N A MBUCO

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

UMA DATA PARA COMEMORAR E REFLETIR

E

m 1931, quando o Sindicato dos Bancários de Pernambuco foi fundado, quase não existiam mulheres trabalhando nos bancos. A discriminação era tão grande que nem direito a voto elas tinham. Desde o início da humanidade, as mulheres foram criadas para servir seus maridos, ser mãe e cuidar do lar. A revolução feminista, iniJaqueline Mello

ciada no fim do século 19, começou a quebrar o padrão patriarcal da sociedade e se consolidou, nos anos de 1960, com uma verdadeira ruptura ao sistema, garantindo, para as mulheres, uma igualdade de direitos que, ainda, não está plenamente consolidada. Por todos os avanços conquistados nas últimas décadas, o Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, guarda motivos de sobra para comemorações. “Mas não podemos, também, deixar de fazer uma profunda reflexão sobre o longo caminho que ainda temos para garantir a igualdade plena entre homens e mulheres”, avalia a presidenta do Sindica-

to, Jaqueline Mello, a primeira mulher a ocupar o cargo nos 83 anos da entidade. Para a secretária de Assuntos da Mulher do Sindicato, Sandra Trajano, mais do que uma data para se ganhar flores e presentes, o Dia Internacional da Mulher é um momento de reflexão. “É uma data para se discutir as desigualdades entre homens e mulheres, fazer um balanço do passado e planejar um futuro melhor, com uma sociedade mais justa e igualitária”, comenta Sandra. A secretária de Finanças do Sindicato, Suzineide Rodrigues, destaca que, desde a fundação do Sindicato, muita coisa mudou

para as mulheres. “Hoje, metade da categoria bancária é composta por mulheres que, em geral, são mais estudadas e preparadas que os homens. Vale lembrar que nossa categoria foi a primeira a conquistar uma cláusula de igualdade de oportunidades na Convenção Coletiva e a pioneira em garantir a ampliação da licença-maternidade para seis meses”, diz Suzi.

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Suzineide Rodrigues


Mulheres em movimento 2

Mulheres continuam sendo discriminadas pelos bancos

mudam o mundo!

A

pesar de todos os avanços conquistados pelas mulheres nas últimas décadas, a igualdade plena de direitos e oportunidades com os homens ainda está longe de ser uma realidade. Em casa, a violência doméstica ainda ocorre em níveis alarmantes e o machismo contribui para que os avanços não aconteçam na rapidez necessária. No mercado de trabalho, as mulheres continuam ocupando os cargos mais baixos e o salário delas, em geral, é bem menor que o dos homens, mesmo quando ocupam a mesma função. Nos bancos, a situação não é diferente. O Censo da Diversidade, conquistado na Campanha Nacional de 2012 e aplicado pelos bancos no ano passado, mostrou que as mulheres apresentam melhor qualificação educacional em comparação aos homens nos bancos. No entanto,

A

s mulheres no mundo todo elas continuam ganhando emese oirganizam lutamprego por dos bancários, divulgada nos: 77,9%, em média, do saem melhores condições denovembro pela Confederalário pago vida aos homens. “Além ção Nacional dos Trabalhadores e até por sobrevivêndisso, é raríssimo do Ramo Financeiro (Contrafcia. Nesteencontrar ano teremos mulheres nos cargose Encontros de di- -CUT), importantes Marchas Na- confirma essa discrimireção de dosmulheres bancos”,decomenta cionais diferentesnação. se- Os dados mostram que, tores. As rurais são protagonistas da Sandra Trajano, secretária da de já janeiro a outubro do ano pastradicional das Margaridassado, em os bancos admitiram hoMulher doMarcha Sindicato. agosto de 2015, as sobre mulheres A última pesquisa o em- negras mens com média salarial de R$ vão realizar a Marcha das Mulheres Sandra 3.801,97. Já as mulheres contraTrajano Negras, em novembro/2015, para dentadas neste período tinham salácunciar a discriminação de gênero rio emédio de 2.896,65, valor que janeiro a outubro anodiscupasrepresenta da remuneraraça76,2% que sofrem. E as trabalhadoras da CUT,dovão sado, a média de salários dos ção masculina. tir as demandas femininas de todos os setores durante homens no desligamento foi da de A opesquisa mostra tam- das 8º Encontro Nacional Mulheres Trabalhadoras R$ 6.037,88, enquanto Ea aremubémCentral que as Única mulheres dos perTrabalhadores, março/2015. Marneração mulheres foi de R$ manecem sendo dediscricha Mundial Mulheres terãodas ações permanentes em vários Mundial MMM. 73,9% 4.464,69, o queda significa minadas pelosEstados bancos na ao4º Ação longo da carreira, pois a da remuneração deles. Para a presidenta do Sindicaremuneração é bem inTODAS SÃO ferior à dos homens no to, Jaqueline Mello, é preciso AasPARTICIPAR! mulheres ocupem todos momentoCONVIDADAS em que são des- que PROCURE MAIS INFORMAÇÕES ligadas dos seus postos os espaços na vida política e soNO SEU cial para garantir avanços nesta de trabalho. De SINDICATO. batalha. “E o Sindicato é uma das bases desta luta, que não é só pelo salário: é pela liberdade de viver sem os padrões de opressão baseados no gênero. Por isso, bancária, venha para o Sindicato e ajude a construir um mundo mais justo e igualitário”, finaliza Jaqueline.

8º Encontro Nacional de Mulheres Trabalhadoras da CUT


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