EMPREGO DECENTE
DOS
Revista Bancários
FIM DO ASSÉDIO MORAL
Ano I - Nº 10 - Agosto de 2011
Publicada pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco
Leia as matérias completas em www.bancariospe.org.br FIM DAS DEMISSÕES
AUMENTO REAL
PLR MAIOR
IGUALDADE DE OPORTUNIDADES
MAIS SEGURANÇA
FIM DAS METAS ABUSIVAS
Os bancários já deram início à Campanha Nacional 2011. Mas ainda há um longo caminho para conquistar as reivindicações
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Opinião Editorial
Os bancários estão começando mais uma Campanha Nacional, que tem rendido bons frutos nos últimos anos. Desde 2003, nossa categoria tem ampliado seus direitos e conquistas e, sobretudo, tem garantido aumento real de salários em todos os anos. Mas grande parte desse incremento na renda corre o risco de se perder graças à uma estratégia adotada pelos bancos e que é, no mínimo, perversa. Segundo pesquisa divulgada no último dia 25 pela Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), os bancos estão usando a rotatividade para achatar os salários. No primeiro trimestre deste ano, as instituições financeiras contrataram 15.798 pessoas e demitiram 8.947. Em que pese o saldo positivo das contratações, Os bancos a massa salarial caiu 42,97%, já estão usando que os admitidos recebem R$ a rotatividade 2.330,25 enquanto os desligados para achatar os ganhavam R$ 4.086,32. salários, numa Além de usar a rotatividade prática perversa para reduzir os salários, os banque pulveriza os cos estão indo na contramão de aumentos reais uma das lutas mais importantes conquistados dos bancários: a igualdade de pelos bancários oportunidades. Segundo a pesnas últimas quisa, o salário pagos tanto para Campanhas as trabalhadoras admitidas quanto para as desligadas é inferior ao dos homens. As mulheres desligadas saíram do banco com rendimento médio de R$ 3.410,41, valor 27,41% inferior ao dos bancários. A mão de obra feminina começa a trabalhar ganhando, em média, R$ 2.004,21, enquanto a masculina recebe o equivalente a R$ 2.639,32, uma diferença de 24,06%. Nesta Campanha Nacional que está começando os bancários também vão lutar pela proteção ao emprego, que colocaria um ponto final na rotatividade. Queremos que os bancos cumpram a Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que proíbe as dispensas imotivadas em empresas lucrativas. Afinal de contas, os bancos lucraram nada menos que R$ 12 bilhões só no primeiro trimestre deste ano. Nada mais justo que coloquem em prática a tão falada responsabilidade social, que hoje só existe nas propagandas.
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Índice Jornada de Luta da CUT
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Campanha Nacional
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Entrevista: Carlos Cordeiro
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Especial: Dia dos pais
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Dia do bancário em família
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Bancário artista
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Dicas Culturais
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Dia do Folclore
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Conheça Pernambuco
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Revista Bancários DOS
Prática perversa
Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco Redação: Av. Manoel Borba, 564 - Boa Vista, Recife/PE - CEP 50070-00 Fone: 3316.4233 / 3316.4221 Correio eletrônico: imprensa@bancariospe.org.br Sítio na rede: www.bancariospe.org.br Presidenta: Jaqueline Mello Secretária de Comunicação: Anabele Silva Jornalista responsável: Fábio Jammal Makhoul Conselho editorial: Josenildo dos Santos (Fio), Geraldo Times, Tereza Souza e Jaqueline Mello Redação: Fabiana Coelho e Fábio Jammal Makhoul Projeto visual e diagramação: Libório Melo e Bruno Lombardi Foto da capa: Arte sobre foto de Ivaldo Bezerra Impressão: NGE Gráfica Tiragem: 10.000 exemplares
Nacional JCMazella
Mobilização
Em Pernambuco, 2 mil trabalhadores foram às ruas para cobrar governo e empresários
A hora do trabalhador CUT apresenta pauta de reivindicações para o segundo semestre e exige mais valorização para os trabalhadores
A
umentos reais de salário, menos impostos, proteção contra a terceirização, fim do fator previdenciário, aposentadorias maiores e trabalho decente. Essas são as principais reivindicações da CUT (Central Única dos Trabalhadores) para o segundo semestre deste ano. Para colocar a pauta em destaque, milhares de trabalhadores tomaram as ruas de várias capitais do Brasil, em 6 de julho, e realizaram uma série de protestos e manifestações. Em Pernambuco, mais de 2 mil pessoas saíram em caminhada da Praça Osvaldo Cruz, na Boa Vista, até a
Praça do Carmo, no centro do Recife. O Sindicato e os bancários engrossaram a marcha. “Essa luta da CUT vai ajudar – e muito – a mobilização dos bancários, que estão começando a sua Campanha Nacional”, comenta a secretária de Finanças do Sindicato, Suzineide Rodrigues. Ela explica que a jornada da CUT também reivindica ganhos reais para as categorias que fazem sua campanha salarial no segundo semestre, como os bancários. “Essa é a hora de os trabalhadores ampliarem as suas conquistas, já que o Brasil vive um ótimo momento econômico. Não é só os patrões que devem ganhar, os empregados também precisam ser valorizados. Além disso, temos problemas que precisam de soluções urgentes, como o famigerado fator previdenciário, que tem de acabar”, diz Suzi. Para o secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix, uma das Mobilização da frentes de batalha da CUT para garantir que as reivindicações se CUT vai ajudar tornem realidade será no Congresso Nacional. “Vamos fazer pro- os bancários, testos, manifestações e reuniões com deputados e senadores para que estão em garantir que a pauta dos trabalhadores seja cumprida. Mas todo Campanha mundo pode ajudar. Envie e-mails para o seu parlamentar cobrando Nacional que ele vote os temas que nos interessam”, ressalta Fabiano. Também integram a pauta de reivindicações da CUT a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário; o fim da violência na área rural e nas florestas; o fim do imposto sindical; que os aeroportos não sejam privatizados; trabalho decente para todos; que as empresas e os bancos sejam proibidos de dar dinheiro para candidatos a cargos políticos; que 10% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil seja investido em educação pública; e comida mais barata.
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Campanha Nacional
Capa
Recomeça a luta
Os bancários acabam de dar início a mais uma Campanha Nacional. Nos próximos dias, começam as negociações e, agora, é retomar a luta para ampliar as conquistas
Assim como no ano passado, mobilização será fundamental para pressionar os bancos
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epois de dois meses de metas abusivas estão entre as prioridades. preparação, a Campanha Para transformar as reivindicações em realidade e ampliar as conquistas dos Nacional dos Bancários co- bancários, o Sindicato está preparando uma série de atividades de mobilização meçou pra para pressionar os bancos. De acordo com a presidenta do Sindivaler, agora em agos- Entre as prioridades cato, Jaqueline Mello, esta deve ser mais uma Campanha difícil to. Nos próximos para os trabalhadores. deste ano estão o dias, os trabalhadores “Historicamente nunca foi fácil negociar com os bancos. aumento real de vão entregar a pauta As instituições financeiras sempre tentam fechar um acordo de reivindicações aos salários, PLR maior, rebaixado. Além de ignorar as reivindicações dos bancários, as bancos para dar iní- mais segurança e fim empresas ainda tentam retirar alguns direitos já conquistados. cio às negociações. do assédio moral e Nos últimos anos, temos quebrado a intransigência dos bancos Aumento real de sa- das metas abusivas na mesa de negociações e garantimos grandes acordos graças à lários, Participação nossa mobilização. E este ano não será diferente. Se quisermos nos Lucros e Resultados (PLR) maior, ampliar as nossas conquistas, teremos de mostrar força e todo o nosso poder de melhores condições de trabalho, mais pressão”, explica. segurança e fim do assédio moral e das Para Jaqueline, agora é hora de os bancários discutirem a Campanha Nacional
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Lumen Fotos
Campanha Nacional com seus colegas de agência ou departamento e participar das atividades que serão propostas pelo Sindicato. “Os trabalhadores devem ficar atentos e se manter informados sobre as negociações e as atividades que o Sindicato vai realizar. E a melhor maneira de obter a informação verdadeira é pelo site e pelos veículos de comunicação do Sindicato. É comum, neste período, que os bancos espalhem boatos para confundir os bancários. Por isso, é importante que o trabalhador procure acompanhar o andamento da Campanha pelo Sindicato”, afirma. Para manter o desempenho No ano passado, os bancários conquistaram o melhor acordo com os bancos dos últimos vinte anos. Para tanto, os trabalhadores tiveram de construir a maior greve deste período. As greves, por sinal, têm sido comuns para a categoria. Desde 2003, não há um ano sequer em que os bancários não cruzem os braços para pressionar os bancos e garantir, assim, as reivindicações que as instituições financeiras se negam a atender pela via negocial. “Infelizmente, a greve tem sido a única linguagem que os banqueiros
entendem. O Sindicato, como sempre, aposta nas negociações para solucionar os impasses. Mas os bancos têm dificultado as negociações e todos os anos temos de ir à greve. Esperamos que para este ano as empresas tenham amadurecido e que os debates sejam produtivos. Mas, caso contrário, vamos parar novamente. Por isso, é importante que os bancários mantenham-se mobilizados desde já”, explica Jaqueline. Graças à mobilização e à pressão, os bancários conquistaram, de 2003 para cá, 83,43% de reajuste salarial, contra uma inflação de 65,71%. Significa que a categoria teve, neste período, 17,72% de aumento real. Para os bancários que ganham menos, a valorização foi ainda maior. Desde 2004, o piso da categoria cresceu 77,9%, aumento real de 26,3%. Neste período, os bancários também conquistaram grandes avanços na PLR, incluindo a incorporação de uma PLR adicional, garantiram a 13ª cesta-alimentação, ampliação da licença-maternidade para 180 dias e a extensão do direito aos casais homoafetivos de incluir parceiros como dependentes no Plano de Saúde, além de um acordo inédito no país para combater o assédio moral dentro dos bancos.
Capa
Para Jaqueline, todas essas conquistas não vieram por acaso. Elas são fruto da mudança de estratégia adotada pelos bancários em 2003. “Até então, nossas campanhas eram divididas, com funcionários dos bancos públicos e privados negociando separadamente. Em 2003, adotamos a estratégia da unidade; todos negociam as mesmas reivindicações com a Fenaban, enquanto as questões específicas de cada banco são debatidas em paralelo. As greves têm Assim, unificamos sido comuns os 470 mil ban- para a categoria. cários do Brasil Desde 2003, em torno de uma não há um ano única pauta. Isso sequer em que aumentou o nosso os bancários não poder de pressão e cruzem os braços o resultado é que, para pressionar a cada ano, temos e garantir as ampliado as nossas reivindicações conquistas”, diz. que as Com mais uma instituições Campanha nas ruas, os bancários financeiras se estão na expectati- negam a atender va de que 2011 seja pela via negocial tão bom quanto os anos anteriores. Mas, como nenhuma conquista cai do céu, a luta e o nível de mobilização novamente serão fundamentais para determinar se a Campanha será ou não vitoriosa. “Nossa Campanha depende de cada bancário. Sabemos que fazer uma paralisação ou um protesto contra os bancos não é tarefa fácil. Mas se tivermos unidos em torno de um objetivo será mais fácil resistir à pressão das instituições financeiras para construirmos uma grande mobilização”, finaliza Jaqueline. Acompanhe as negociações e os próximos passos da Campanha Nacional pelo site do Sindicato: www.bancariospe.org.br
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Entrevista
Carlos Cordeiro
Na luta pelo emprego decente
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arlos Alberto Cordeiro da Silva é bancário do Itaú há 27 anos. Mas, nos últimos quinze anos, Carlão, como é conhecido, abriu mão da sua carreira profissional para lutar em prol dos interesses dos seus colegas bancários. Virou militante do movimento sindical, protagonizou uma bela história de lutas e conquistas na antiga Confederação Nacional dos Bancários (CNB) e ajudou na construção da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), fundada em 2006. O objetivo da nova entidade é representar todas as pessoas que prestam serviços para os bancos, mas que ficaram à margem da Convenção Coletiva dos Bancários, já que as instituições financeiras decidiram segmentar a categoria, criando novas profissões, como financiários, promotores de crédito. Em 2009, Carlão assumiu a presidência da Contraf-CUT. De lá para cá, organizou a luta dos bancários e ajudou os sindicatos a garantir muitas conquistas para a categoria, como os sucessivos aumentos reais de salários, os avanços na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e, mais recentemente, a igualdade de direitos entre os bancários que têm relações homoafetivas e o acordo que combate o assédio moral nos bancos. Mas Carlão destaca que os bancários ainda têm um longo caminho a percorrer em busca de melhores condições de trabalho. Embora a categoria tenha mais direitos e sirva de exemplo para os demais trabalhadores brasileiros, os bancários sofrem com a falta de um emprego decente. Este, aliás, será o grande mote da Campanha Nacional que está começando, conforme explica Carlão, em entrevista exclusiva à Revista dos Bancários.
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Contraf-CUT
Para o presidente da Contraf, os bancários são exemplos para outras categorias, mas a falta de condições de trabalho nos bancos ainda é um entrave que precisa ser resolvido
Entrevista Qual a expectativa para a Cam- ça e unidade, e nos manter mobilizados. panha Nacional 2011? O Brasil está vivendo um momento Os bancários chamam sua campaespecial de crescimento econômico. nha salarial de Campanha Nacional E os bancos têm batido recordes de porque as reivindicações não são lucratividade. Isso não quer dizer que meramente salariais. Segundo pesnossa Campanha será quisa aplicada pelo fácil, muito pelo conSindicato no mês de trário. Embora o sistejunho, os bancários ma financeiro seja, de “Não é possível ter querem, sobretudo, o longe, o setor que mais desenvolvimento fim do assédio moral ganha dinheiro no país, com esse sistema e das metas abusivas. os bancários vivem uma financeiro que O que nossa categoria situação complicada. temos hoje. É precisa para resolver A falta de condições esses dois problemas? preciso baixar a de trabalho é gritanNós temos lutado taxa Selic e regular te, e nossa categoria é contra as metas abusiuma das que sofre com os bancos. Não vas e o assédio moral podemos permitir doenças ocupacionais. há anos. No ano passaPara a Campanha deste que o Conselho do, conquistamos um Monetário ano, elegemos como importante e inédito grande mote a busca Nacional continue acordo no Brasil que pelo emprego decente. com esse que é o combate o assédio moQueremos estabilidade maior programa de ral nos bancos. Para este no emprego, fim da transferência de ano, vamos ampliar a rotatividade, mais segu- renda do Brasil: o nossa luta, exigindo rança nos bancos e fim bolsa-banqueiro” dos bancos um emprego do assédio moral e das decente. É uma briga metas abusivas, além de uma remune- árdua, mas com persistência e mobiração decente. Hoje, os executivos dos lização vamos conseguir resolver o bancos chegam a ganhar até 400 vezes mais que um bancário.
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Carlos Cordeiro
problema. Até porque, nossa categoria não pode continuar entre os líderes em doenças ocupacionais. Você tem defendido, em artigos publicados pela grande imprensa, a necessidade de o Brasil realizar uma conferência sobre o sistema financeiro, que até agora não possui uma regulamentação. Em quê os bancos precisam mudar para que, de fato, contribuam com o desenvolvimento do Brasil, como manda a nossa Constituição? Não é possível ter desenvolvimento com esse sistema financeiro que temos hoje. É preciso baixar a taxa Selic e regular o sistema. Não podemos permitir que o Conselho Monetário Nacional (CMN) continue com esse que é o maior programa de transferência de renda do Brasil: o bolsa-banqueiro. Temos de incluir no CMN a representação dos trabalhadores e de outros setores da sociedade. Vamos aproveitar a nossa Campanha para intervir no debate nacional. Já aprovamos na CUT e vamos levar ao governo Dilma a proposta de realização de uma Conferência Nacional do Sistema Financeiro, nos moldes das demais conferências setoriais que vêm sendo realizadas nacionalmente.
Principais reivindicações
No ano passado, os bancários fizeram a maior greve dos últimos vinte anos e conquistaram o melhor acordo fechado com os bancos em duas décadas. Dá para repetir este ano o sucesso da Campanha Nacional do ano passado? Dá para repetir, mas isso vai depender da nossa mobilização. Os bancos nunca nos deram nada de graça, tudo o que conquistamos foi com muita luta. No ano passado, para garantir o melhor acordo dos últimos vinte anos tivemos de realizar uma das maiores greves que os bancários já fizeram no Brasil. Portanto, precisamos desde já mostrar a nossa for-
REAJUSTE SALARIAL 12,8% (composto por aumento real de 5% mais reposição da inflação projetada em 7,8%) PLR Três salários mais R$ 4.500 PISO Equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.297,51 em junho) VALES REFEIÇÃO E ALIMENTAÇÃO E AUXÍLIO CRECHE/BABÁ R$ 545 cada CONTRATAÇÃO DA REMUNERAÇÃO TOTAL Incorporar ao salário todas as verbas que os bancários recebem PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR Fundo de pensão para os bancários em todos os bancos EMPREGO DECENTE Plano de cargos e salários para todos, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, segurança contra assaltos, garantia contra dispensas imotivadas, mais contratações, fim da rotatividade, reversão das terceirizações, inclusão bancária, igualdade de oportunidades e aposentadoria digna
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Especial
Dia dos Pais
Mais que exemplos No mês dos pais, a Revista ouviu bancários que se dividem entre a profissão e os filhos
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ividir o trabalho no banco com a tarefa de criar os filhos não é nada fácil. Ainda mais para os bancários, que estão numa das profissões mais estressantes do mundo. O grande desafio é não levar os problemas para casa e ainda se fazer presente e atento na criação das crianças. O empregado O grande da Caixa, Miguel desafio dos pais Correia, sabe muié não levar os to bem das dificulproblemas do dades de ser pai e bancário. Miguel banco para também é militancasa e ainda se te, foi presidente fazer presente e atento na criação do Sindicato, e é conselheiro da dos filhos Funcef (Fundo de
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Pensão dos Empregados da Caixa). Trabalho não lhe falta. No entanto, no tempo que passa com a família, ele sempre foi um pai presente. “A quantidade de tempo não é o que mais importa. Há pais que passam o dia em casa mas, centrados em suas próprias preocupações, não dialogam nem participam da educação dos filhos”, diz. Não é o seu caso. Pedro Ivo, seu menino mais novo, é hoje quase adolescente. E tem no pai um exemplo: de conduta e equilíbrio, diálogo e orientação. Do primeiro casamento, ele tem outras três meninas, todas com mais de 20 anos. “Quando eu me separei, a mais velha tinha apenas quatro anos. E viajavam comigo. Eu trocava fralda, dava banho... Com Pedro Ivo não foi muito diferente”, conta Miguel. A separação, no primeiro casamento, não foi fácil. Miguel teve de se esforçar bastante para garantir a convivência com as filhas. Mas, hoje, com as meninas já criadas, ele vê que valeu a pena. Juliana terminou agronomia. Mariana cursa fonoaudiologia e, de vez em quando, procura o pai para buscar orientação para a tese. E a mais nova, Ana Luíza, cursa enfermagem e é, segundo o pai, a mais desprendida. “A gente tem que criar os filhos para o mundo e, ao mesmo tempo, defendê-los do mundo”, diz. Os filhos do bancário Robson Oliveira, do HSBC, também estão prontos para enfrentar o mundo. O mais velho, Rafael, é engenheiro eletrônico e já trabalha. O mais novo, Robson, vai começar o curso de engenharia da computação. To-
Especial dos moram juntos, com os pais. “Eles têm liberdade, mas não deixam de ter respeito e disciplina. Acho que amor é isso: não é passar a mão na cabeça, mas dar a noção de limites e valores”, afirma o pai. Quando pequenos, era ele quem tomava conta dos meninos durante os finais de tarde e as noites quando a mãe, aeroviária, tinha de sair para trabalhar. “Ela desmamava, deixava o leite na geladeira e eu acordava de noite, alimentava, colocava para arrotar”, lembra. Glauco Mascarenhas Júnior, bancário da Caixa, também já trocou muita fralda, de crianças de várias gerações. A mais velha tem 24 anos. A mais nova, doze. São duas filhas do primeiro casamento e um casal do segundo. “Eu venho de uma família de sete irmãos, em que os mais velhos ajudavam a
Dia dos Pais
ADILSON E CAROL: GRUDADOS PARA SEMPRE
criar os mais novos. Cresci tomando conta de criança. E, como pai, não foi diferente. O primeiro banho da minha filha mais velha, por exemplo, fui eu
ROBSON E SEUS RAPAZES: “AMAR É DAR LIMITES E VALORES”
Em busca das relações compartilhadas O movimento sindical bancário está na vanguarda da discussão sobre Relações Compartilhadas. Em 2001, a Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) lançou uma cartilha para discutir o assunto, com o objetivo de tentar superar a separação de papéis entre homens e mulheres. Atualmente, entre as reivindicações que vêm sendo discutidas com os bancos na mesa temática sobre igualdade de oportunidades, os bancários querem ampliar a licença-paternidade para 180 dias. Afinal, a responsabilidade de manter a casa e criar os filhos deve ser dividida igualmente entre homens e mulheres.
quem dei”, lembra Glauco. Dois anos depois de separar-se da primeira esposa, a família sofreu um baque: a mãe das meninas sofreu um derrame e faleceu. Sua filha mais nova tinha, então, seis anos de idade. “Foi difícil. As crianças ficaram atônitas. Mas fizemos questão de levá-las para acompanhamento psicológico e manter o contato com a antiga babá, a avó materna, o colégio”, conta o bancário. Desde então, as meninas passaram a ser criadas por ele, junto com a atual companheira, que também é bancária da Caixa, com quem ele tem outros dois filhos. E, às vezes, no final de semana, a família inteira se junta. Superpai é também Adilson Rocha. E os colegas do Bradesco já sabem disso, de tanto que o escutam falar de sua menina, a pequena Ana Carolina, de 6 anos. O bancário trabalha durante a noite. Pai e filha são tão grudados que ele chega no meio da madrugada e a menina percebe sua presença, acorda e invade a cama do pai. E não é para menos: Adilson sempre foi um paizão. “Quando ela era bebê, eu chegava de madrugada e mandava a mãe dormir. Às vezes, ela estava chorando e bastava eu colocá-la nos braços que ela se acalmava”, lembra. REVISTA DOS BANCÁRIOS 9
Dia do Bancário
História Beto oliveira e arquivo da cut
Mesmo sem os avanços tecnológicos, o trabalho dos bancários de antigamente era bem menos estressante
De geração em geração Faz 60 anos que os bancários ganharam uma data especial para comemorar o seu dia, em 28 de agosto. Nessas seis décadas, muita coisa mudou na profissão
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á 60 anos, os bancários iniciavam uma greve de 69 dias que entrou para a história. Foi assim, da luta da categoria, que nasceu o Dia do Bancário, comemorado em 28 de agosto. De lá para cá, muita coisa mudou – na organização do trabalho e do movimento sindical. Pedro Valdevino passou 32 anos no Banco do Brasil e viveu muitas dessas mudanças. Quando começou sua carreira, na década de 1970, a rotina era bem diferente que o ambiente em que ele viveu antes de aposentar-se, em 2003. Pedro viu o banco mudar o rumo de suas atividades; viu a tecnologia criar facilidades que não se converteram em benefícios para o trabalhador; viu muita gente ser transferida ou pressionada a sair em Programas de
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Demissão Voluntária. Hoje, quem dá continuidade a esta trajetória é seu filho, Mateus Gonçalves, que trabalha no BB desde 2007. Mas a história já é outra... Mateus trabalha no caixa e faz, em média, duas horas extras por dia. Pedro, mesmo no início de sua carreira, também extrapolava a jornada, às vezes até mais que duas horas. Na época, tudo era feito manualmente: cada cliente tinha sua ficha, onde se datilografava cada movimentação bancária. A comunicação entre agências era feita por rádio ou telex. Fichários enormes guardavam o histórico de cada usuário. “Era muito trabalho, mas bem menos estresse”, conta o bancário, que acompanhou as várias fases da organização do trabalho. Ele lembra que os primeiros computadores começaram a ser implantados na sede do banco. Depois, aos poucos, foram chegando às agências. Às vezes, o sistema caia, mas a tecnologia facilitou, e muito, o trabalho na empresa. “A gente pôde se dedicar mais a atender o cliente”, diz Pedro. Essa facilidade inicial não duraria muito. Hoje, seu filho Mateus trabalha em um ambiente todo automatizado, onde nada é feito manualmente e até as assinaturas são conferidas por computador. A agilidade e rapidez proporcionadas pela tecnologia não diminuíram sua carga horária. Também não lhe permitiram se dedicar a atender o cliente. Quando Pedro Valdevino começou a trabalhar, na agência Cabrobó, a finalidade do Banco do Brasil era captar e emprestar. Não era preciso ligar para o cliente, ele mesmo procurava a agência. Também não havia produtos a serem vendidos, nem metas a serem cumpridas. Tudo isso ele viu se transformar ao longo de seus mais de trinta anos de carreira.
Dia do Bancário
Na época, ser empregado do Banco do depois saíamos todos juntos”, lembra Pedro. Ele viveu ainda uma outra experiência Brasil era o sonho de todo brasileiro e objeto de desejo de quem trabalhava nos bancos bastante traumática: os PDVs (Planos de privados. Além do status, a remuneração Demissão Voluntária): “No primeiro PDV, era boa, assim como o Plano de Saúde e em 1995, eles não alcançaram a projeção a Previdência. Vieram então os tempos de e começaram a pressionar. Recebíamos congelamento de salário e inflação enorme. documentos todos os dias. Diziam que os Pouco a pouco, os sasolteiros seriam translários foram ficando feridos, que a agência defasados, a tal ponto diminuiria o quadro e que, no concurso de A agilidade e rapidez os excedentes podiam 1987, muito concur- proporcionadas ser mandados para sado não quis tomar pela tecnologia não qualquer lugar... Miposse. E, atualmente, se traduziram em nha esposa, por exemMateus confessa: não benefícios ou melhores plo, não aguentou e quer fazer carreira no condições de trabalho pediu aposentadoria. banco. “A profissão para os bancários Muitas outras pessoas não é valorizada. Só saíram sem querer”. quem ganha bem é o Hoje, a situação se gerente, mas o estresse não compensa”, diz. inverteu: boa parte dos funcionários do BB Não foi só a remuneração que mudou. vão ficando na empresa apenas enquanto A cada ano, o BB foi ficando mais pare- não arranjam um trabalho melhor. cido com os bancos privados. As metas, a competição, a pressão... tudo isso mudou o Tempos de militância ambiente de trabalho. “Antes, quase não haHá outra coisa que distingue pai e via conflitos. Passávamos o dia trabalhando, filho em suas trajetórias de bancários: a
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História
militância sindical. Pedro Valdevino entrou no banco em 1971, tempos de ditadura mas também de desejos de revolução. Três anos depois, foi trabalhar no Rio de Janeiro, onde dividia a casa com um grupo de jovens, todos envolvidos com movimento estudantil. Na agência em que trabalhava, entrou em contato com o grupo que se tornaria a oposição bancária do Rio de Janeiro. “Fazíamos reuniões clandestinas. Para distribuir panfletos, um de nós encostava discretamente no balcão, deixava um punhado deles e saía. Em 1977, eu estava de férias, no Recife, quando aconteceram as últimas prisões da ditadura. Muitos de meus amigos foram presos e torturados. Vários deles nunca mais foram os mesmos”, conta Pedro. De volta ao Recife, ele veio cheio de ideias revolucionárias. E foi um dos que iniciaram a gestação da oposição bancária em Pernambuco, que dez anos mais tarde retomaria o Sindicato para as mãos dos bancários. Em 1987, foi a oposição quem tomou a frente da organização da greve. “E a defasagem salarial estava imensa. Quem trabalhava no interior não tinha como se sustentar. Viajamos por todas as regiões do estado e conseguimos um reajuste de 89%”. No ano seguinte, a oposição, finalmente, ganhou as eleições. Começava, então, a trajetória de Pedro dentro do Sindicato dos Bancários de Pernambuco. Seu filho, Mateus, respeita e sente orgulho por esta história do pai. Participa das greves, mas a militância e o movimento sindical nunca lhe passaram pela cabeça. A presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, lembra que a nova geração de bancários cresceu em um ambiente marcado pelo estímulo ao individualismo e à competição desenfreada, mascarados com o nome de produtividade. “De 2003 para cá, temos conseguido avançar lentamente. Nosso desafio é este: que os mais novos conheçam e reconheçam a riqueza de nossa história e deem continuidade a ela”, diz Jaqueline. REVISTA DOS BANCÁRIOS 11
Bancário artista
Bancário do Itaú, João Villa faz sucesso como sambista e, em breve, vai lançar seu primeiro CD
Divulgação
Cultura
Nas asas do samba
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ara os colegas de agência e clientes do Itaú Parque Amorim, ele é João Carlos Pimentel – bancário há dez anos. Para quem gosta de música e, principalmente de samba, ele é João Villa e está prestes a lançar seu primeiro CD. A intenção é que, ainda este ano, o disco “Nosso jeito de amar” esteja circulando, com composições próprias e do músico Salgadinho, ex-Catinguelê. Salgadinho é, aliás, um dos braços direitos de João Villa em sua carreira no samba. Uma trajetória que começou há pouco tempo, mais especificamente
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no ano passado. “Minha relação com a música é antiga: eu sempre gostei de cantar, principalmente samba. Eu fazia parte de uma banda da Igreja e, mesmo lá, tocávamos pagode evangélico. Depois, com a rotina de trabalho, acabei deixando tudo de lado. Mas, no final do ano passado, resolvi retomar esta paixão”, conta o bancário. A ideia inicial era montar uma banda, que se chamaria João e a Villa do Samba. Mas, pela facilidade de produção, ele acabou optando pelo trabalho solo. E os resultados já chegam: além do CD que está prestes a sair, ele tem várias músicas tocando nas rádios, sobretudo em outros estados, onde ele conta com apoio de nomes como Zeca Pagodinho e Péricles, do Exaltasamba. Em agosto, João Villa começa também um trabalho de samba fixo no bar Haras de Boa Viagem, todo domingo. Mas conciliar tudo isso não é fácil. João Carlos costuma dizer que tem três empregos: é bancário, artista e produtor. Para a família, que às vezes se ressente de sua ausência, ele costuma parafrasear um amigo que lhe disse uma vez: “Eu estou criando um avião para, em breve, voar dentro dele”. Seu voo, entretanto, já começou.
Cultura Dicas EVENTOS
Bancários em festa
ivaldo bezerra
Festa dos bancários no ano passado foi animadíssima
Que tal festejar o Dia do Bancário com muito samba? O Sindicato vai botar todo mundo pra balançar o esqueleto no dia 6 de setembro, véspera de feriado. E quem abre a programação é o bancário que é o artista de destaque nesta edição da Revista: João Villa (leia mais na página ao lado). Depois, a sambada segue com Patuscos e encerra com um DJ. A festa começa às nove horas e não tem hora pra acabar. Será no Círculo Militar, na Avenida Agamenon Magalhães, que dispõe de segurança e amplo estacionamento.
Estão abertas as inscrições para o 13º Campeonato de Futebol de Campo dos Bancários de Pernambuco. O torneio também é parte do calendário de comemorações do aniversário do Sindicato e, por isso, será chamado Copa 80 anos. A inscrição deve ser feita pelo sítio eletrônico: www.bancariospe.org.br. É só clicar no banner situado no canto superior direito. Cada equipe deve inscrever no mínimo 16 e no máximo 22 atletas, que precisam ser bancários sindicalizados. Apenas dois atletas de cada equipe não precisam ser bancários, mas eles devem jogar na posição de goleiro.
em 2010, o Bradesco foi bicampeão
Peças
RECOMENDADAS Ser, o Não Ser
Com formas animadas e recursos cênicos inovadores, a peça Ser, o Não Ser trata com bom humor a inquietude do homem na procura de sua identidade. Está em cartaz no Teatro Joaquim Cardozo Centro Cultural Benfica. Sextas, às 20 horas.
O amor de Clotilde
A peça “O amor de Clotilde por um certo Leandro Dantas” faz duas únicas apresentações no Recife, dias 6 e 7 de agosto, no Teatro Santa Isabel. Trata-se de uma versão bem humorada do livro “A emparedada da Rua Nova”, de Carneiro Vilela.
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Dia do Folclore
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Desenhando a cultura popular
A
tenção, pais e mães bancários: seu filho gosta de desenhar? Então, que tal falar com ele para fazer um desenho sobre seu personagem preferido da Cultura Popular? Os primeiros três que forem enviados serão publicados na próxima edição da Revista dos Bancários. O restante será veiculado no site do Sindicato. Quem prefere escrever a desenhar, também pode mandar uma estrofe de cordel. É uma forma de lembrarmos o Dia Nacional do Folclore, comemorado em 22 de agosto. Sacis, mulas-sem-cabeça, Iara, Boto, Bumba-meu-boi, manifestações populares ou mesmo lendas urbanas podem ser objeto da inspiração dos artistas. Nas palavras do folclorista Roberto Benjamin, “tradição é uma ideia que se renova constantemente. Não existe tradição morta”. E por falar em personagem folclórico,
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está rolando uma campanha para a escolha do Saci como mascote da Copa do Mundo de 2014. As adesões são muitas. Ricardo Kotscho colocou a proposta no portal IG e o jornalista e escritor José Roberto Torero fez uma bela crônica na Folha de S. Paulo, aderindo à causa. A campanha já está em muitos blogues e foi lançada pela Associação Sociedade dos Observadores de Saci (Sosaci), criada em 2003 na cidade de São Luiz do Paraitinga (SP). Pelo Brasil adentro, o que não faltam são histórias para o Saci, cujo nome é indígena. Alguns dos mitos ligam sua origem a de uma ave tupinambá: a Matintaperera. Ou seja, em tempos de desmatamento, trata-se de figura simbólica da relação com o meio-ambiente. Há, também, as lendas que o mostram como um ex-escravo que preferiu cortar a perna presa e fugir para a floresta. Outros folcloristas falam que ele herdou dos brancos o
Revista convoca filhos dos bancários para desenhar seu personagem preferido da cultura popular, em homenagem ao Dia do Folclore gorrinho vermelho: era o chamado pileo, dado aos escravos libertos na Roma Antiga. Mas, há também os críticos. Entre eles, estão os torcedores do Grêmio, de Porto Alegre, que não se conformam em ver o símbolo de seu adversário – o Internacional – como mascote da Copa. Há também os que são adeptos da campanha anti-tabagista e, consequentemente, reclamam do cachimbo do Saci. E há os que fazem troça: já pensou se associarem o perneta à seleção brasileira? O fato é que nosso saci, negro, com uma perna só, pelado e alegre, brincalhão e gozador, é mesmo a cara do povo brasileiro. Os desenhos podem ser enviados para o e-mail imprensa@bancariospe.org.br ou entregues no Sindicato, na avenida Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife.
Turismo
Conheça Pernambuco
São Benedito do Sul
Cachoeira do Peri-peri tem diversas quedas dágua e é uma das mais procuradas
Cidade das águas
P
ara esquecer o estresse do dia-a-dia, poucas coisas são tão relaxantes quanto um bom banho de cachoeira. E em São Benedito do Sul isso é o que não falta. O município é classificado pela Empetur (Empresa Pernambucana de Turismo) como o maior recurso hídrico do estado. São cerca de 15 a 20 áreas de banho, incluindo mais de dez cachoeiras com quedas d’água que variam de 3 a 20 metros de altura. É verdade que algumas delas têm difícil acesso. Mas podem ser curtidas pelos amantes de caminhadas e turismo de aventuras. A cidade também se destaca pelo turismo rural, conservando algumas casas de farinhas, sítios, fazendas,
engenhos e vacarias. Quem está à procura de descanso encontra ótimos recantos nas pousadas do local. A arquitetura é traçada por ladeiras e conserva sobrados e casarões com características coloniais. Mas, o principal ponto de atração são mesmo as cachoeiras. O Poço do Caboclo, por exemplo, é ideal para quem quer diversão. O lugar possui duchas, escorregadores, piscinas naturais e ainda tem três quedas d’água com mais de 15 metros de altura. A cachoeira da Laje, principal delas, tem mais de 20 metros e forma uma piscina natural. A cachoeira Poço do Soldado é a mais popular: possui 5 metros de altura e 1,5 de profundidade. E uma das mais procuradas é a de Peri-peri, com diversas quedas dágua – a maior delas com 15 metros de altura. Cada paisagem é recortada por trilhas naturais – uma excelente pedida para os aventureiros e entusiastas do turismo ecológico. COMO CHEGAR
São Benedito do Sul fica na Região da Mata Sul, na divisa com Alagoas e próximo a Maraial, Quipapá e Panelas. Para chegar, o acesso é pelas PE-126 e BR-101, via Palmares.
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CAMPANHA DE SINDICALIZAÇÃO 2011
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O Sindicato e os bancários têm escrito uma bela história nos últimos 80 anos. Juntos, garantimos muitas conquistas e enfrentamos as surpresas negativas dos banqueiros. Afinal, como diria Forrest Gump, a vida é como uma caixa de bombons, você nunca sabe o que virá.
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