REVISTA
ANO 1 - NÚMERO 2
UMA PUBLICAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS DISTRIBUIDORES DE LABORATÓRIOS NACIONAIS
ABRADILAN ELEGE NOVO
CONSELHO DIRETIVO
7ª ABRADILAN FARMA & HPC SE CONSAGRA COMO A
MAIS IMPORTANTE FEIRA DE NEGÓCIOS DO SETOR CRESCIMENTO CANAL FARMA SUPERA AUTOSSERVIÇO EM HPC
NOTAINTEGRA FISCAL 2.0 APLICATIVO PARA RASTREABILIDADE
DESCARTE ABRADILAN FAZ
PARTE DO GTT DA ANVISA QUE DISCUTE O ASSUNTO
13 ACONTECE ABRADILAN
EDITORIAL
Caro parceiro, Continuando com nosso compromisso de fazer da Revista Abradilan uma importante ferramenta de informação, nesta segunda edição trazemos matérias e dados sobre o atual momento do segmento farma. Falaremos sobre as implicações da nota fiscal 2.0, sobre a farmácia popular, programa do governo que está em franca expansão, e sobre o descarte de resíduos, tema que envolve todo o setor. Discutiremos ainda o crescimento dos produtos de higiene e beleza no faturamento do canal farmacêutico e a nova resolução da Anvisa sobre a comercialização dos antibióticos. A entrevista da edição é com Paulo Paiva, diretor de Consultoria & Serviços da IMS Health, que comenta os principais movimentos do setor em 2010 e as expectativas para este ano. Nossa matéria central contempla a 7ª edição da Abradilan Farma & HPC, que não poderia ter tido mais êxito! Com números recordes de público, expositores e negócios gerados, o evento consolidou a Abradilan e deu ainda mais visibilidade aos nossos associados e sócios colaboradores. Na feira, vivemos outro momento de alegria com o lançamento da revista e a excepcional recepção obtida por ela. Sua importância foi confirmada por uma enquete posterior, realizada em nosso site. Por fim, quero expressar meu profundo agradecimento a todos que participaram da minha gestão como presidente do conselho diretivo da Abradilan, que se encerra agora. Sem o apoio dos associados, sócios colaboradores, parceiros e funcionários, o trabalho realizado nos últimos 2 anos não teria sido possível. Todas as nossas conquistas – e não foram poucas – são resultado do comprometimento de inúmeras pessoas que, com suas habilidades, conhecimento e profissionalismo, têm feito da Abradilan uma entidade cada vez mais sólida e respeitada. Um abraço e muito obrigado, Aclair Machado Presidente do Conselho Diretivo da Abradilan NOSSOS PARCEIROS
EXPEDIENTE
NOVO CONSELHO DIRETIVO
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ENTREVISTA
PAULO PAIVA GILSON COELHO
A HORA DO CONSULTOR DE NEGÓCIOS ABRADILAN FARMA & HPC
EXPECTATIVAS SUPERADAS PROGRAMA
AMPLIAÇÃO DA FARMÁCIA POPULAR
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MERCADO
NOTAS DO SEGMENTO LEGISLAÇÃO SANITÁRIA
LOGÍSTICA REVERSA
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TECNOLOGIA
NOTA FISCAL 2.0 LEGISLAÇÃO
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ANTIBIÓTICOS NA BERLINDA PRODUTOS
DICAS, LANÇAMENTOS E NOVIDADES TENDÊNCIA
HPC - CANAL FARMA SUPERA AUTOSSERVIÇO
5 8 10 13 18 21 22 24 26 29 32
ENQUETE MOSTRA GRANDE APROVAÇÃO DA REVISTA ABRADILAN Qual a sua avaliação sobre a Revista Abradilan como novo veículo de comunicação com os associados?
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.5% Ótimo
Bom 18.75% Regular 6.25% Nenhuma delas 12.5%
SÓCIOS COLABORADORES
ABRADILAN (GESTÃO 2009 / 2011): Presidente do Conselho Diretivo Aclair José Ferreira Machado (Baiana Medicamentos - BA) ; Vice Presidente Juliano Cunha Vinhal (Meditem - MG); Diretor Financeiro João Orológico Marchiori (Elite - SP); Diretor Secretário Sérgio Cláudio Tavares Sousa (Emefarma - RJ); Diretor Secretário Adjunto Francisco Ernane Rios Filho (Riosfarma - CE); Diretor de Relações Institucionais Vicente Zanol (Dist. de Produtos Naturais - MT); Diretor Executivo Geraldo Monteiro CONTEÚDO, EDIÇÃO E ARTE: CM&N Comunicação e Marketing contato@centralcmn.com.br f.(17) 3229-1940 Jornalista Responsável: Kátia Carminatto - MTB 23.255/SP Redação: Kátia Carminatto, Renata Marcondes de Paula. IMPRESSÃO Quatrocor Gráfica e Editora TIRAGEM 2.000 exemplares. Publicação produzida para a Associação Brasileira dos Distribuidores de Laboratórios Nacionais direcionada para associados, fornecedores, clientes e interessados no mercado farmacêutico. A Abradilan não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados ou opinião de terceiros. A reprodução total ou parcial do conteúdo desta obra é expressamente proibida sem prévia autorização.
Acontece
ABRADILAN TEM
NOVO CONSELHO DIRETIVO
JULIANO VINHAL É O NOVO PRESIDENTE DO CONSELHO. ELEIÇÃO OCORREU DURANTE A 7ª EDIÇÃO DA ABRADILAN FARMA & HPC
A
lém de um número recorde de visitantes e expositores, e de importantes negócios e parcerias fechados, a Abradilan Farma & HPC foi também o palco da eleição do novo Conselho Diretivo da entidade, que ocorreu em um prestigiado almoço no dia 24 de março. O Conselho, que toma posse em julho para uma gestão que vai até 2013, terá Juliano Vinhal, 41 anos, como presidente. Natural de Patos de Minas, Minas Gerais, Juliano acumula 25 anos de atuação como empresário no setor farma, sendo 17 deles como atacadista de produtos farmacêuticos, e já exercia o cargo de vice-presidente da Abradilan. Eleito em um chapa de consenso, Juliano destaca a importância da continuidade do trabalho desenvolvido na gestão de Aclair Machado: “Além de novos projetos, daremos especial atenção – cumprindo os cronogramas – ao prosseguimento de ações que já foram iniciadas, algumas há bastante tempo. Também estaremos atentos a todas as novidades que podem surgir em função de um mercado que está muito dinâmico”, explica. Se os últimos anos da Abradilan foram de sucesso e conquistas, o futuro apresenta novos desafios. A parceria com a IMS Health – que audita o desempenho
do mercado farmacêutico no Brasil e no mundo – deverá ser fortalecida, aumentando ainda mais a visibilidade dos associados. Capacitação profissional e debate de questões que afetam diretamente os distribuidores, como a política tributária, também estão na agenda. “Nós temos imensos desafios pela frente como a rastreabilidade, o desenvolvimento das logísticas, as questões tributárias como a nota fiscal 2.0. Nós também estamos muito voltados para os treinamentos, para a capacitação e aumento do conhecimento dos nossos associados” diz Juliano. Vale lembrar que serviços como assessoria jurídica e de marketing têm feito parte das ações da Abradilan e visam aumentar a solidez e competitividade das distribuidoras. O relacionamento com entidades do setor, órgãos reguladores e poder legislativo é outro compromisso de Juliano Vinhal, “Nós queremos aumentar ainda mais a representatividade dos nossos associados”, completa. O entusiasmo e o otimismo, resultado do aquecimento do setor farma e da expansão da própria Abradilan, devem marcar a nova gestão: “Há muita união e apoio dentro da Abradilan e entre nossos associados, o que fortalece muito a entidade” comemora Juliano. Bons ventos virão!
NOVO CONSELHO DIRETIVO DA ABRADILAN Presidente:
Juliano Vinhal / Meditem – MG
Vice-presidente:
Jony Sousa / Emefarma – RJ
Diretor-financeiro:
João Marchiori / Elite – SP
Diretor-secretário:
Francisco Chagas / Total Com. – CE
Diretor-secretário adjunto:
Adenilson Cruz / MSR Farma – BA
Diretor de relações institucionais: Aclair Machado / MedSul – SC
ABRADILAN EM REVISTA|EDIÇÃO 02
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Acontece Abradilan ABRADILAN DISCUTE DESCARTE
POSSE
O novo conselho diretivo da Abradilan tomará posse no dia 21 de julho de 2011, em São Paulo. Os associados e convidados irão acompanhar a solenidade de posse e também o lançamento da Abradilan Farma & HPC 2012, evento que irá ocorrer nos dias 21, 22 e 23 de março, em São Paulo, no Expo Transamérica.
IMS WORLD REVIEW CONFERENCE
No dia 13 de maio a diretoria da Abradilan participou do IMS World Review Conference 2011, quando foi apresentado um panorama do mercado farmacêutico brasileiro, da América Latina e global. Após o evento, os diretores da Abradilan também participaram de um almoço oferecido pelo IMS aos seus provedores de dados.
Nos dias 5 e 6 de maio, a Abradilan esteve presente em Brasília na instalação do Grupo de Trabalho Temático de Medicamentos (GTT), em cumprimento ao que está previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Coordenado pelo Ministério da Saúde, o grupo se dedica a discutir a implantação de um modelo de descarte adequado para os resíduos de medicamentos. “A nossa participação, assim como de todas as demais entidades presentes, teve como objetivo discutir a legislação que trata do assunto. Esta discussão é importante para que todos possam entender melhor o funcionamento do setor e, com isso, fazer com que as medidas gerem o menor impacto possível para as empresas”, explica Geraldo Monteiro, diretor executivo da Abradilan. Nas próximas reuniões, haverá apresentações de modelos de experiências de logística reversa e discussão do Termo de Referência/Modelagem no varejo. A Abradilan fará, ainda, uma caracterização da cadeia produtiva – destacando a análise do sistema de logística direta e reversa pós-venda, especificamente no elo em que atua da cadeia produtiva de medicamento – e coordenará, juntamente com a Abafarma, o subgrupo de gestão, trânsito e operacionalização da logística.
JORNADA FARMACÊUTICA
Geraldo Monteiro, diretor executivo da Abradilan, irá ministrar, dia 20 de agosto, a palestra “Rastreabilidade e Falsificação de Medicamentos” na 58ª edição da Jornada Farmacêutica da Unesp. O objetivo do evento – que acontecerá de 20 a 26 de agosto, no campus de Araraquara – é difundir o conhecimento que vem sendo produzido atualmente nas diversas áreas do setor farmacêutico.
FÓRUM ECONOFARMA
A convite da 9ª Econofarma e da Febrafar, Aclair Machado, presidente do conselho diretivo da Abradilan, irá compor a mesa do Fórum Econofarma – Desafios e Oportunidades no Futuro do Mercado Farmacêutico. O fórum faz parte da programação do evento, que acontecerá dias 16 e 17 de junho, em São Paulo.
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ABRADILAN EM REVISTA|EDIÇÃO 02
anotea
A próxim ia da Assemble n Abradila ias d rá e acontec lho ju e 1 e 22 d
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Edição 2010 da Pharmanager
PHARMANAGER 2011
O evento Pharmanager 2011 - Distribuidores e Farmácias Independentes, que acontece dias 14 e 15 de junho em São Paulo, vai debater temas centrais dos setores farmacêutico e de perfumaria e cosméticos. O evento terá três fóruns e um seminário que vão reunir profissionais do varejo farmacêutico, indústrias, perfumaria, cosméticos e distribuidores com o objetivo de integrar e fortalecer o setor para buscar em conjunto soluções estratégicas, competitivas e de interesses mútuos. Estarão presentes os principais executivos do varejo independente, especialistas da indústria, Anvisa, empresas de auditoria de mercado como Nielsen, IMS Health e Ponto de Referência - Gestão de Atendimento no Varejo, além das entidades de classe como Abradilan, Abafarma, Abcfarma, Abihpec, Abimip, Abrafarma, Alanac, Assifarma, Febrafar, Pró Genéricos e Sindusfarma. O Pharmanager 2011 acontecerá no Centro de Convenções Expo Center Norte. Para mais informações, acesse www.pharmanager.com.br.
ABRADILAN NA MÍDIA Confira alguns dos veículos de comunicação onde a entidade foi notícia: UOL, YAHOO FINANÇAS, INFOMONEY, BOL NOTÍCIAS (MAIO): “Melhora da renda e aumento do consumo impulsionam setor farmacêutico” MAXPRESS (maio): “Distribuição de genéricos muda comportamento do mercado e aumenta o acesso dos remédios à população” GUIA DA FARMÁCIA (maio): “Pesquisa mostra que o Brasil representa 42% do setor na América Latina”
Entrevista
F
ornecedora mundial de informações de mercado para as indústrias farmacêuticas e entidades representativas do segmento da saúde, a IMS Health é hoje uma referência nos processos decisórios do setor. Além dos estudos dirigidos e das pesquisas de mercado, a multinacional norte-americana também realiza consultoria em gestão da informação e análise de desempenho, oferecendo subsídios para os planos de negócios dos principais laboratórios farmacêuticos do mundo. Nesta edição da Revista Abradilan, Paulo Paiva, diretor de Consultoria & Serviços da IMS Health, comenta os principais movimentos do setor em 2010 e as expectativas para este ano. Responsável pela gestão comercial e vendas da IMS Health e por uma das verticais da IMS de Consultoria no Brasil, Paiva também fala do futuro da distribuição regional.
PAULO PAIVA
O ANO DE 2010 REGISTROU CRES•CIMENTO SIGNIFICATIVO EM TODO O
SEGMENTO FARMACÊUTICO. QUAIS SÃO AS PROJEÇÕES PARA 2011? A projeção é bastante positiva, sendo esperado um crescimento do mercado brasileiro acima de 15% em relação à 2010.
EM QUAIS SEGMENTOS O CRESCI•MENTO TERÁ MAIOR REPRESENTATIVIDADE?
DIRETOR DE CONSULTORIA & SERVIÇOS DA IMS HEALTH COMENTA OS PRINCIPAIS MOVIMENTOS DO SETOR EM 2010 E AS EXPECTATIVAS PARA ESTE ANO
O segmento de genéricos é o de maior expansão atualmente, com crescimento no período 2009/2010 de 38%, seguido pelo de branded generics com 25% e originadores/referência com 9%.
ESTÁ DISTRIBUÍDO O CONSU•MO DECOMO MEDICAMENTOS NO BRASIL EM TERMOS DAS REGIÕES SUL, SUDESTE, CENTRO OESTE, NORTE E NORDESTE? No ano fechado de 2010 a participação
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O SEGMENTO DE GENÉRICOS É O DE MAIOR EXPANSÃO ATUALMENTE, COM CRESCIMENTO NO PERÍODO 2009/2010 DE 38%, SEGUIDO PELO DE BRANDED GENERICS COM 25% E ORIGINADORES/REFERÊNCIA COM 9% na região sudeste foi de 55%, a região sul ficou com 17%, o nordeste com 16%, centro-oeste com 8%, e nordeste 4%. O estudo considerou os valores em reais da lista de fabricantes, sem os descontos.
ACORDO COM OS ÚLTIMOS DA•DOS DEDIVULGADOS SOBRE O PERFIL DE
CONSUMO NO PAÍS, AS REGIÕES NORTE E NORDESTE DO PAÍS, SÃO AS QUE MAIS CRESCERÃO ATÉ 2014. EM TERMOS DE CONSUMO DE MEDICAMENTOS ISSO TAMBÉM PODE OCORRER? Sim, em termos percentuais as expectativas são idênticas.
AS AQUISIÇÕES E FUSÕES NA •INDÚSTRIA MARCARAM O ANO DE 2010.
ESSE MOVIMENTO TERÁ CONTINUIDADE NESTE ANO? Essa possibilidade sempre existe, pois o segmento farmacêutico, se comparado a outros segmentos de negócios globais, ainda é bastante pulverizado e isso associado aos desafios de crescimento orgânico e investimentos em pesquisa, que são mandatórios para a indústria farmacêutica, certamente estimulará uma maior agressividade no processo de fusões e aquisições do setor.
JÁ É POSSÍVEL MENSURAR O •IMPACTO EM TERMOS NUMÉRICOS DA NORMA DA ANVISA QUE MUDOU OS CRITÉRIOS DA EXPOSIÇÃO DOS MIPS NAS FARMÁCIAS DO BRASIL?
O impacto existiu e em termos percen-
tuais comprometeu não mais que 10% das taxas esperadas para o crescimento desse segmento de produtos.
E QUANTO À MEDIDA QUE CONDI•CIONOU A VENDA DE ANTIBIÓTICOS À
APRESENTAÇÃO E RETENÇÃO DESSA RECEITA MÉDICA? JÁ EXISTEM INFORMAÇÕES SOBRE O COMPORTAMENTO DO CONSUMO? Esse item ainda está em estudo e os valores atuais não nos permitem definir tendências.
DE QUE FORMA O PROGRAMA GO•VERNAMENTAL DE SUBSÍDIO AOS MEDICAMENTOS, O FARMÁCIA POPULAR, IMPACTA O MERCADO? OS NÚMEROS SÃO REPRESENTATIVOS?
Devido às recentes medidas de ampliação do programa, os efeitos ainda não puderam ser avaliados, necessitando de um período de observação mais longo do que o atualmente disponível.
QUAL CATEGORIA DE MEDICAMEN•TOS COM MAIOR REPRESENTATIVIDADE NAS VENDAS NO BRASIL? QUAL A ANÁLISE DA IMS HEALTH SOBRE ESSES DADOS?
Em termos de valores são os analgésicos não narcóticos. Em nossa análise, distribuição, preços, conhecimento das marcas pelo consumidor e indicação de uso, associados a serem produtos que têm uma grande participação de MIPs, são os fatores mais relevantes para o volume de vendas mais expressivo.
EM COMPARAÇÃO COM OUTROS •PAÍSES, EM QUAIS SEGMENTOS O SETOR DE MEDICAMENTOS PODE AVANÇAR NO BRASIL? Oncologia, doenças autoimunes e tratamento da dor, além de fármacos para doenças degenerativas e debilitantes.
COMO A IMS HEALTH AVALIA A •DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS NO PAÍS? TODAS AS REGIÕES SÃO SUFICIENTEMENTE ATENDIDAS?
Em todas as regiões, as capitais e maiores cidades do interior apresentam níveis de serviços mais altos do que a média Brasil, mas em linhas gerais todo o Brasil tem uma cobertura de disponibilidade de produtos, em farmácias, adequada à situação de demanda atual.
É O FUTURO DA DISTRIBUI•ÇÃO QUAL REGIONAL NA VISÃO DA IMS? A distribuição regional atua tanto nas áreas de maior concentração de demanda quanto em áreas de interior. Em linhas gerais está presente de maneira quase exclusiva em aproximadamente 15% do varejo farmacêutico do Brasil e em competição com grupos nacionais no restante de 85% do mercado nacional. É um segmento em expansão e que adquiriu uma especialização relevante na distribuição de produtos de baixo custo e isso certamente será uma alavanca para os próximos anos, onde o grande crescimento de mercado se dará em produtos genéricos e branded generics.
A DISTRIBUIÇÃO REGIONAL ATUA TANTO NAS ÁREAS DE MAIOR CONCENTRAÇÃO DE DEMANDA QUANTO EM ÁREAS DE INTERIOR. EM LINHAS GERAIS ESTÁ PRESENTE DE MANEIRA QUASE EXCLUSIVA EM APROXIMADAMENTE 15% DO VAREJO FARMACÊUTICO DO BRASIL ABRADILAN EM REVISTA|EDIÇÃO 02
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Gilson Coelho
CHEGOU A HORA
DO CONSULTOR DE NEGÓCIOS GILSON COELHO é consultor corporativo especializado no canal farma. Atua também como palestrante, ou ministrando cursos especializados para varejo e distribuição por todo o Brasil - www.gilsoncoelho.com.br
N
a edição anterior, abordamos a importância das pessoas como o grande diferencial estratégico da distribuição, capaz de agregar valor, com forte impacto na qualidade e produtividade. Nesta edição, nós vamos continuar falando de gente, mais especificamente do pessoal da linha de frente – os nossos vendedores, representantes comerciais, seja qual for a denominação que venhamos a utilizar. Como todos sabem, eu ministro muitos cursos por este Brasil afora e tenho percebido que ninguém mais quer falar sobre o perfil do vendedor das antigas. Parece que ele se desgastou ao longo do tempo. O que existe sim é uma preferência total pelo conceito do consultor de negócios, mesmo que ainda não se conheça direito qual é o seu significado. Por alguns anos tentei identificar quais as causas de tamanho desgaste quando se refere ao modelo de vendedor das antigas. Fui pesquisar na literatura e me deparei com um destaque, campeão de vendas que supostamente teria inspirado muitos vendedores por este Brasil de Deus: o livro Vendedor Pit Bull. Se você fizer uma reflexão sobre as características deste animal, encontrará alguns traços marcantes como agressividade, capacidade de lutar e morder, mesmo que o autor do livro mencione também amizade, respeito e outros aspectos mais suaves. A realidade é que o animal vem sendo amplamente questionado pela sociedade, tem a sua liberdade condicionada com alguns extremistas chegando ao ponto de defender a sua extinção. Será que a postura tem alguma semelhança com vendedor das antigas? A postura do predador é absolutamente inadequada para o novo mercado farma brasileiro! Estamos na era do conhecimento, quem não conhece, não permanece. São novos tempos, o mercado mudou muito e um traço comum que se observa ao longo da cadeia produtiva é a necessidade de rentabilidade. O que faz provocar venda com rentabilidade no canal farma? Conhecimento. Precisamos respeitar e defender o conhecimento como pedra de toque para pavimentar as relações comerciais deste novo século. O conhecimento é a matéria prima básica do consultor de negócios. Vamos esclarecer que são três os tipos de conhecimento necessários para o consultor de negócios: conhecimentos sobre os produtos que vende,
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conhecimento sobre o mercado, incluindo aí potencial, postura e desempenho dos concorrentes e por último e não menos importante: conhecimento sobre o negócio do cliente. Sim, o consultor de negócios precisa conhecer muito mais sobre o negócio do seu cliente – a farmácia. Nós já sabemos que o cliente tende a respeitar mais quem entende do seu negócio, o que significa dizer, das suas necessidades. Mais do que nunca o proprietário da farmácia necessita de informação, orientação para poder operar e prosperar diante deste mercado cada vez mais competitivo. O que ele menos precisa é de um vendedor agressivo que, fruto da sua astúcia e esperteza, salva a sua pele, conquista a sua comissão entulhando volumes desmedidos que acabarão encalhados, sem saída, provocando prejuízos irreparáveis para a continuidade do negócio. O vendedor das antigas se deu muito bem? Salvou a sua pele? Agora a farmácia precisa é de giro. Se a mercadoria não girar será talvez a última venda. Será a última grande tacada. Mas o que faz provocar giro com rentabilidade no canal farma? Conhecimento do negócio. Estamos mesmo vivendo novos tempos. Durante as minhas pesquisas sobre as características de um pit bull, eu li que de acordo com as estatísticas, um pit bull não morde a mesma pessoa pela segunda vez. Perguntei-me: por que razão? Seria uma preferência dele por novas vítimas, será que ele marca os seus agredidos para não mais repeti-los, estando sempre em busca de carne nova? Eu estou convencido que esta não é uma escolha do animal. As pessoas é que guardarão enormes distâncias dele, tentarão permanecer o máximo possível protegidas, livres das agressões, das surpresas. Estimule para que a sua força de vendas se informe sobre as características do consultor de negócios. É o estágio mais avançado sobre a atuação da linha de frente no canal farma brasileiro. Continue acompanhando esta coluna, pois estaremos trazendo novas contribuições para a formação desta profissão que é tão importante no cenário da distribuição de medicamentos no Brasil. Na próxima edição mostraremos algumas diferenças significativas entre o vendedor das antigas e o consultor de negócios.
ANUNCIO CATARINENSE
ABRADILAN FARMA & HPC
SUPEROU TODAS AS EXPECTATIVAS
RECORDE DE PÚBLICO E DE NEGÓCIOS, EVENTO CONSOLIDOU O PRESTÍGIO DA ENTIDADE E DOS DISTRIBUIDORES
C
om novidades, palestras, eleição do novo conselho diretivo, lançamento da revista da entidade, inúmeras parcerias fechadas e um clima de contagiante otimismo, a 7ª edição da Abradilan Farma & HPC, que aconteceu no pavilhão da Expominas, em Belo Horizonte, de 23 a 25 de março de 2011, se consagrou como a mais importante feira do setor farma. O crescimento do evento já se confirmava com o número de inscritos prévios: se em 2010 foram cerca de 300, nesta edição 3 mil pessoas já haviam garantido sua participação antes do início da feira. “Estamos na 7ª edição do evento com um crescimento médio anual de cerca de 40%, o que mostra a credibilidade e o prestígio deste grande encontro”, diz Sérgio Resende, da Dinâmica Eventos, empresa responsável pela organização da feira. Durante o evento, que contou com mais de 150 expositores em uma área de 11 mil metros quadrados, 16 mil pessoas visitaram o local e o volume de negócios realiza-
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JÁ NO INÍCIO DA FEIRA NÓS PERCEBEMOS QUE O VOLUME DE NEGÓCIOS FECHADOS SERIA SUPERIOR ÀS NOSSAS EXPECTATIVAS INICIAIS Revista da Abradilan recebeu elogios e aprovação dos associados e visitantes
Abertura da feira
Recorde de presença: 16 mil visitantes
Expominas: 11 mil metros de área
dos está estimado em R$ 210 milhões. “No início da feira, conversando com representantes e executivos das empresas e laboratórios presentes, nós percebemos que o volume de negócios fechados seria superior às nossas expectativas iniciais”, explica Geraldo Monteiro, diretor executivo da Abradilan. Segundo Resende, 70% dos profissionais que estavam presentes na feira possuem poder de decisão, reforçando o perfil de empreendedorismo do evento. Com grandes expositores
como 3M, Boehringer Ingelheim, Grupo Cimed, Hipolabor/Sanval, Laboratório Globo, Medley, Neo Química, Teuto, entre outros, a 7ª Abradilan Farma & HPC também contou com vários lançamentos de produtos e cosméticos, além de estandes temáticos, sorteios e ações de comunicação e marketing que chamaram a atenção do público.
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UM EVENTO DE CAPACITAÇÃO
Reforçando o comprometimento da entidade com a capacitação dos seus
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associados, as palestras foram um dos pontos altos do evento. Com grande participação dos distribuidores, expositores e visitantes, elas abordaram temas relevantes para um setor que convive com novidades e mudanças. Eduardo Shinyashiki, especializado em desenvolvimento humano, falou sobre Competências para a Liderança e Estratégias para Líderes Vencedores. Gilson Coelho, especialista em gestão do conhecimento, mostrou aos participantes os caminhos competitivos para fazer frente às grandes redes e Rogério Caldas ministrou a palestra motivacional Alimento Mental para o Sucesso. A apresentação do coordenador do programa Aqui Tem farmácia Popular, Marco Aurélio Pereira, trouxe números relevantes do Ministério da Saúde, como a meta deste ano de chegar a mais de 19 mil estabelecimentos credenciados, sanou dúvidas, e reforçou a importância do programa: “Quando completamos um mês de atuação, tivemos um balanço extremamente positivo. Este sucesso ficou claro nas palavras do Ministro da Saúde, mas é ainda mais claro nas palavras da sociedade. A presidente Dilma Rousseff lançou o Aqui Tem Farmácia Popular em 03 de fevereiro de 2011 com o desafio de conseguir que os nossos parceiros – as indústrias farmacêuticas e o comércio varejista – nos ajudassem a garantir a gratuidade dos medicamentos indicados para hipertensão e diabetes e eles conseguiram: 98% dos estabelecimentos já operam na gratuidade e tivemos aumento médio de 50% de atendimento em relação ao mês anterior. Estes dados mostram um sucesso que tem a mão do governo – nas ações e na proposta –, e a participação dos setores de distribuição,
Abradilan Farma & HPC cresce 40% ao ano, teve mais de 150 expositores, 70% dos participantes têm poder de decisão
R$ 210 MILHÕES EM NOVOS NEGÓCIOS Poucas feiras de negócios no Brasil têm uma identidade tão empreendedora como a Abradilan Farma & HPC. Além de um volume inédito de negócios fechados, as promissoras parcerias, que devem gerar ainda mais transações comerciais a curto prazo, animaram os distribuidores, laboratórios e varejistas. “O nosso evento é o único com este volume de negócios no segmento farmacêutico porque contempla o varejo – que vem até a feira conhecer novos produtos e estreitar o relacionamento com os fabricantes – e os distribuidores que trazem os visitantes. Nós não temos nenhuma outra feira no país com este mesmo foco: relacionamento, negócios e novidades em produtos” explica Juliano Vinhal, presidente eleito do conselho diretivo da entidade. Nos estandes lotados, os lançamentos conquistaram os visitantes. “Expositores que trouxeram produtos para serem comercializados, viram seus estoques acabar no primeiro dia do evento”, observa Aclair Machado, ex-presidente do conselho diretivo da entidade e atual diretor de relações institucionais. Novidades em medicamentos e itens de HPC, com ênfase em produtos desenvolvidos com alta tecnologia, como os nutricosméticos, também marcaram a feira. Vale lembrar que estes itens têm apresentado grande aumento de consumo no país.
varejo e produção. Para garantir ainda mais êxito, estamos acompanhando este momento com bastante cuidado, zelando pela segurança do programa e pela boa conduta com o erário, o dinheiro público. Além disso, estamos esclarecendo dúvidas, como a confirmação de que receitas de médicos do setor privado entram no programa, e mostrando que o governo é um bom pagador. Nós estamos ampliando o acesso dos brasileiros aos medicamentos de forma racional, respeitando as nossas limitações, porém colocando a saúde da população em primeiro lugar”. Outra concorrida palestra foi a de Paulo Paiva, Diretor de Consultoria e Serviços da IMS Health, que apresentou números significativos sobre o setor e confirmou o que o mercado já sentia: o aumento do poder de compra dos brasileiros tem um impacto tão positivo sobre o segmento farma, que o país já
representa 42% da demanda da América Latina. Outro dado positivo diz respeito ao acesso a medicamentos que as populações de zonas periféricas passaram a ter, aumentando a importância dos distribuidores regionais. De acordo com o estudo da IMS Health, de um total de 59.951 farmácias no Brasil que faturam R$ 34 bilhões, 12.342 lojas (quase 21%) são atendidas prioritariamente pelos distribuidores regionais e movimentam R$ 4,4 bilhões por ano. “É nesta hora que ressaltamos a importância dos distribuidores regionais. São eles os responsáveis por chegar às zonas mais distantes”, salienta Monteiro. Completando o ciclo de capacitação da 7ª da Abradilan Farma & HPC, o fórum que tratou dos temas “Acesso aos medicamentos no Brasil” e “A forte regulação e seus reflexos no setor farmacêutico” levou os participantes a uma importante discussão e troca de experiências.
MAIS DE 20% DAS FARMÁCIAS SÃO ATENDIDAS PRIORITARIAMENTE PELOS DISTRIBUIDORES REGIONAIS MOVIMENTANDO R$ 4,4 BILHÕES POR ANO
ABRADILAN EM REVISTA|EDIÇÃO 02
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“A feira foi um evento de altíssimo nível. Tivemos excelentes apresentações, estandes bem montados e principalmente bons negócios. Todos com quem conversei estavam muito satisfeitos com as parcerias fechadas. Além disso, a presença das multinacionais mostra como a Abradilan está fortalecida.” Rômulo dos Santos Silva Proprietário da Comercial VC
Palestra de Eduardo Shinyashiki lotou o auditório
Paulo Paiva, da IMS Health, em uma das mais concorridas palestras do evento
“O evento foi um sucesso total, todos os participantes elogiaram. A organização e as palestras foram primorosas e as negociações, excelentes. A cada ano a feira se destaca como uma grande oportunidade de bons negócios.” Sérgio Tavares de Souza Diretor comercial da Emafarmario “Para nós da Rondomed e Drogarias Econômica de Rondônia, a Abradilan Farma e HPC 2011 foi, mais uma vez, um grande show de parcerias, onde muitas empresas do país puderam se congregar, fazendo negócios. Várias distribuidoras do país não conseguiriam tamanha repercussão isoladamente, por isto parabenizo a existência da Abradilan. Negociamos com quase todas as indústrias, nos atualizamos com relação ao mercado e através das palestras, que foram sensacionais. Parabéns ao presidente e a toda diretoria, foi um dos maiores eventos de que já participamos.” Valdeci Machado Diretor presidente do Grupo Machado (Rondomed e Drogarias Econômicas)
Rogério Caldas ministrou a palestra “Alimento Mental para o Sucesso”
Marco Aurélio Pereira, coordenador do programa Aqui Tem Farmácia Popular
LANÇAMENTO DA REVISTA ABRADILAN
e Marketing, a revista, que é bimestral, traz ainda importantes entrevistas. “A publicação tem um significado especial para mim, pois seu lançamento marca o fechamento de um ciclo de 2 anos de trabalho. Eu quero agradecer a todos os diretores que contribuíram para este projeto”, declarou Machado. O sucesso de público, a importância estratégica e a relevância do conteúdo parecem selar o futuro da publicação: “A revista é mais um passo que a Abradilan dá rumo à visibilidade. Além de um canal de comunicação para os nossos associados, a publicação será uma referência para o mercado. Eu acredito muito neste projeto e desejo que ele se consolide cada vez mais”, afirmou Juliano Vinhal.
Um dos momentos mais aguardados do evento foi o lançamento da primeira edição da Revista da Abradilan. “A recepção da revista foi um sucesso. Eu destaco o excelente conteúdo, feito especialmente para os nossos associados, e a proatividade da Abradilan, que lançou a publicação em um momento tão oportuno como a feira. Nós só recebemos elogios, estamos muito felizes”, comemora Monteiro. Com matérias voltadas para os associados e profissionais do segmento farma, a publicação trata de negócios, economia, administração, eventos, lançamentos e legislação. Produzida pelo braço editorial da CM&N Comunicação
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ABRADILAN EM REVISTA|EDIÇÃO 02
“Mais uma vez a equipe da Rio Drog´s esteve presente na feira da Abradilan e pôde perceber claramente como ela tem se fortalecido a cada edição, demonstrando a competência e profissionalismo que são aplicados no planejamento e execução desse tipo de evento. Vivemos momentos muito proveitosos não só no estreitamento de laços pessoais e comerciais, mas também na possibilidade de nos atualizarmos nos assuntos referentes à distribuição de medicamentos. Ficamos muito satisfeitos e seguramente estaremos presentes nas próximas edições. Parabéns à Abradilan pelo sucesso desse encontro.” Ricardo Scaroni Diretor executivo da Rio Drog´s
Programa
AMPLIA PARCERIA COM REDE PRIVADA
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té o final de 2011, o Ministério da Saúde espera ampliar a rede privada de farmácias no Programa Farmácia Popular do Brasil para 20 mil unidades credenciadas. Hoje o sistema funciona com aproximadamente 550 estabelecimentos da rede própria – resultado dos convênios com governos estaduais e municipais – e 15.326 farmácias da rede privada. “Estamos em mais de 2.700 municípios e boa parte dessa capilarização se deve à parceria entre o Ministério da Saúde e as farmácias da rede privada”, afirma José Miguel do Nascimento Junior, diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde. A previsão é de que o Sistema Farmácia Popular seja aberto para o credenciamento de novas farmácias no começo do segundo semestre. Atualmente a prioridade é a implantação de mecanismos de segurança para identificação de funcionários e computadores dos estabelecimentos que vendem medicamentos do programa. A exigência do aumento do controle para inibir fraudes partiu do Tribunal de Contas da União (TCU) que identificou fragilidades no modelo atual como o uso irregular do CPF do beneficiário e venda com registro fictício.
DIFICULDADES OPERACIONAIS
Malthus Bacha, gerente da Farmácia Americana, em Santa Rita do Sapucaí, sul de Minas Gerais, acredita que o novo mecanismo de controle trouxe mais segurança para a
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empresa, já que possibilita uma apuração mais detalhada do processo de venda. Sua opinião, no entanto, não é compartilhada por todos os representantes do varejo, já que os módulos recentemente implantados trouxeram lentidão ao sistema. Para Mariana Frazão, que trabalha no atendimento e planejamento na mesma farmácia, um dos entraves do programa é a divulgação. “Muitas pessoas não usam esse benefício por desconhecimento. As campanhas do governo precisam ser mais esclarecedoras e didáticas. Aliás, há muito tempo não se vê campanhas em mídias nacionais de forte alcance com foco no público alvo do Farmácia Popular”. Ela sugere que para obter melhores resultados, seria necessária a adoção de ações mais agressivas e esclarecedoras que permitissem às farmácias autorizadas participar com maior efetividade das campanhas. A falta de uma comunicação esclarecedora tem impacto direto no atendimento. “Temos dificuldade de explicar para os clientes a não autorização da venda, devido a falta de
O BALANÇO DO PRIMEIRO MÊS DA INCLUSÃO DOS NOVOS PRINCÍPIOS ATIVOS CONTABILIZOU UM AUMENTO DE 52,55% EM UNIDADES COMERCIALIZADAS E DE 46,63% NO VALOR DOS SUBSÍDIOS, CONFORME DADOS DO PRÓPRIO MINISTÉRIO DA SAÚDE regularização do CPF ou por tentar adquirir o medicamento antes do vencimento de 30 dias”, diz Bacha. Além disso, a margem negativa de alguns fármacos prejudica a manutenção da relação dos princípios ativos divulgada pelo programa. É o caso da insulina e de alguns produtos para asma e diabetes.
IMPACTO DA GRATUIDADE
De acordo com Nascimento, para 2011 não está prevista a inclusão de novos itens no mix do Farmácia Popular. “Estamos avaliando a receptividade da população e o impacto econômico da recente medida de gratuidade dos medicamentos para hipertensão e diabetes. É possível que tenhamos um incremento nesse sentido no próximo ano”. O balanço do primeiro mês da inclusão dos novos princípios ativos contabilizou um aumento de 52,55% em unidades comercializadas e de 46,63% no valor dos subsídios, conforme dados do próprio Ministério da Saúde. O crescimento do número de beneficiários depois que os antidiabéticos e anti-hipertensivos foram incluídos foi de 67%. Em março, o programa atendeu 2,1 milhões de pessoas, quase o dobro do 1,2 milhão de beneficiários assistidos em janeiro. Além dos medicamentos gratuitos, são oferecidos fármacos subsidiados para rinite, asma, mal de Parkinson, glaucoma, incontinência, osteoporose, dislipidemia, anticoncepção, além de fraldas geriátricas. “Creio que a ampliação do sistema de copagamento pode ser uma saída para a falta de recursos e controle dos gastos do governo”, sugere Nelson Mussolini, vice-presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma). Ele observa que desde o início das conversações sobre a gratuidade dos medicamentos, o Sindicato tem
ouvido seus associados e procurado alertar o Ministério da Saúde sobre as dificuldades e possibilidades de ampliação do Programa.
GESTÃO PARTILHADA
Regulamentado desde 2004 para ampliar o acesso da população aos medicamentos básicos e essenciais, o Aqui Tem Farmácia Popular só foi efetivamente implantado em 2007, quando o Ministério da Saúde definiu o modelo de gestão mais adequado aos padrões nacionais. Nesses últimos quatro anos, o projeto ficou centrado essencialmente na ampliação do sistema e inclusão de novos princípios ativos. Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde criou o Comitê Técnico de Acompanhamento formado pelo Ministério, Departamento de Informática do SUS (DATASUS), Anvisa, Caixa Econômica Federal, Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (Abrafarma), Associação Brasileiras do Comércio Farmacêutico (ABCFarma), Federação Brasileira das Redes Associativistas (Febrafar), Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac) e Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma). Edson Tamascia, presidente da Febrafar lamenta que o Ministério não tenha incluído representantes do canal de distribuição. “Creio que houve uma falha, já que essa também é uma área que participa da cadeia de medicamentos”. Ele explica que na fase atual os trabalhos têm se voltado para a discussão dos rumos do projeto, alinhando expectativas e construindo acordos para viabilizar o programa. A Abradilan entende que nesse mo-
mento o atacado não precisa compor o comitê. “Por não entrarmos nas negociações sobre preços entendemos que nossa participação não é imprescindível. Mas apoiamos o programa pelo grande mérito de promover o acesso ao tratamento medicamentoso de baixo custo para a população”, destaca Geraldo Monteiro, diretor executivo da entidade.
RETORNO POSITIVO
Pela própria configuração, o Farmácia Popular não prevê grandes margens de lucratividade para os participantes da cadeia de medicamentos, já que o ganho se dá em escala. No varejo, o diferencial é que a adesão ao programa cria a oportunidade de alavancar vendas de outros produtos. “Os estabelecimentos credenciados são mais competitivos em relação aos que não participam do projeto governamental”, afirma Nascimento. Já para a indústria, a avaliação é mais complexa. “O Sindusfarma não pode falar da lucratividade de seus associados, pois isso depende de política comercial e concorrencial de cada empresa. Mas sabemos que o ganho é em volume, o que torna a adesão ao programa muito interessante”, comenta Mussolini. Entusiasta do Farmácia Popular tanto pelo caráter social quanto pelo incremento que o projeto proporciona aos estabelecimentos que já aderiram, Tamascia diz: “São pouquíssimos itens em que o custo da mercadoria vendida está abaixo da média”. Ele estima que a margem de lucro sobre os medicamentos comercializados esteja entre 60% e 65%. “Esse é um momento muito especial no projeto se considerarmos que de janeiro a março o volume dos produtos praticamente dobrou. Continuamos entendendo que esta é uma excelente oportunidade para toda a cadeia de medicamentos”.
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Mercado DISTRIBUIÇÃO DE GENÉRICOS MUDA COMPORTAMENTO DO MERCADO
Além do expressivo crescimento do setor farma, resultado do bom desempenho econômico do país, a distribuição de genéricos também tem apresentado expansão. Desta forma, as populações de zonas periféricas passaram a ter mais acesso aos medicamentos, fazendo com que as pequenas e médias redes de farmácia e drogarias cresçam. Segundo Geraldo Monteiro, diretor executivo da Abradilan “2011 será bastante promissor para os distribuidores, pois está na mão deles a garantia de maior alcance dos medicamentos das empresas produtoras e a sobrevivência do pequeno estabelecimento farmacêutico”. Uma enquete realizada pela entidade entre os associados para avaliar as perspectivas de crescimento dos negócios para 2011 confirma o otimismo: 27,87% dos entrevistados esperam crescer até 10%; 26,23% estimam que o crescimento será de 11% a 20%; 22,95% acreditam que o negócio terá incremento entre 21 e 30% e 22,95% projetam crescer mais do que 30%. Outra enquete, realizada para identificar projetos de investimentos dos associados, mostrou que 7,79% vão investir na ampliação do centro de distribuição; 42,31% na qualificação da equipe de colaboradores; 44,23% têm intenção de investir na qualificação da equipe de colaboradores e também na ampliação do centro de distribuição e apenas 5,67% dos distribuidores não farão investimentos neste ano.
SINCOFARMA/SP CONSEGUE VITÓRIA NA JUSTIÇA CONTRA ANVISA
Uma liminar obtida pelo Sincofarma/SP contra a RDC 44/2009 da Anvisa determina que associados da entidade, em dia com as suas contribuições, não estão obrigados a cumprir as RDC 44/2009 da Anvisa, especialmente contra a Instrução Normativa nº 9/2009, que dispõe sobre a relação de produtos permitidos para dispensação e comercialização em farmácias e drogarias, e contra a Instrução Normativa nº 10/2009, que aprova a relação dos medicamentos isentos de prescrição que poderão permanecer ao alcance dos usuários para obtenção por meio de autosserviço em farmácias e drogarias. A sentença foi confirmada no dia 16 de maio e pode ser conferida na íntegra no site www.sincofarma.org.br.
statística e a lg u iv d a Anvis trados is g e r s o ic r é sobre gen enériistro dos g
e o reg , o a análise s de marca Priorizand edicamento estre do m s o a o çã la im cos em re primeiro tr provou, no aração com a Anvisa a s em comp co ri é n : as e g ais ve impacto ano, 73% m edida já te m se A . im o tr d a o primeir o ano pass o m 32% no sm ra e e m sc o e cr m s venda aração co p m co m e no o. tre deste a ano passad período do
LUCRO HYPERMARCAS O lucro da Hypermarcas entre janeiro e março alcançou R$ 32,9 milhões. O lucro líquido caixa, que inclui itens como resultados da variação cambial e despesas não recorrentes, ficou em R$ 123,1 milhões. A companhia declarou que o recuo no lucro líquido caixa “está relacionado ao aumento das despesas operacionais por conta das diversas aquisições realizadas com sobreposição de estruturas e ao aumento das despesas com juros líquidos, em virtude do aumento do endividamento médio do ano devido às aquisições realizadas no período”. A empresa registrou ainda lucro antes de impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) e antes de despesas de R$ 214,7 milhões no primeiro trimestre de 2011, comparado aos R$ 169,1 milhões verificados nos três primeiros meses do calendário passado. A margem Ebitda subiu de 26,1% para 25,4%. A receita líquida aumentou 30,5%, subindo de R$ 647,7 milhões até março de 2010 para R$ 845,2 milhões no mesmo período deste ano. Do total mais recente, o setor de beleza e higiene pessoal respondeu com R$ 312,2 milhões, o de farma com R$ 475,9 milhões e o de limpeza e alimentos com R$ 57,1 milhões.
VENDA DE MEDICAMENTOS FRACIONADOS NÃO PEGOU
Apesar do decreto federal que autoriza a venda de medicamentos fracionados há cinco anos, esta prática de consumo ainda é incomum. Em Curitiba, por exemplo, menos de 10% das farmácias têm algum medicamento fracionável disponível nas prateleiras. Segundo a Anvisa, 20 laboratórios no país têm registro para produzir quase 200 tipos de medicamentos fracionados, em mais de 750 apresentações. Representantes do varejo farmacêutico justificam a ausência dos fracionados por não haver a obrigatoriedade na venda desse tipo de apresentação – o Decreto n.º 5.775/2006 apenas regulamenta o fracionamento, sem torná-lo compulsório. Outro fator impeditivo seriam os custos para oferecer o medicamento nessas condições – já que a venda fracionada exige investimentos em infraestrutura, sistemas de controle e armazenamento. Já do ponto de vista sanitário, alguns sindicatos do setor argumentam que, sem o controle adequado, o fracionamento pode representar um risco à saúde da população, podendo estimular a automedicação e facilitar a introdução no mercado de produtos falsificados.
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Legislação Sanitária
RESÍDUOS
SETOR DISCUTE IMPLANTAÇÃO DA LOGÍSTICA REVERSA
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s entidades que participam da cadeia de medicamentos estão mobilizadas em torno do grande desafio deste século: o gerenciamento de resíduos sólidos. Cerca de 20 entidades do setor, entre elas a Abradilan, estão participando do Grupo de Trabalho Temático de Medicamentos (GTT) criado pela Anvisa para apresentar, em um prazo de seis meses, um estudo de viabilidade técnica e econômica da implantação do sistema de logística reversa. O assunto passou a ser prioridade na agenda regulatória da Anvisa por ser uma exigência da Lei 12.305/2010 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Representantes da indústria, distribuição, varejo e governo vêm se reunindo em subgrupos para identificar os principais aspectos que envolvem a cadeia produtiva de medicamentos. Como resultado desse trabalho, a Anvisa espera uma proposta de acordo setorial entre as entidades farmacêuticas para a criação de uma política de gerenciamento dos resíduos dos medicamentos. “Esse acordo vai estabelecer a responsabilidade de cada um dos atores, conforme sua participação no processo”, explica Geraldo Monteiro, diretor executivo da Abradilan. Para Monteiro não existem soluções únicas ou medidas isoladas. “Temos que trabalhar juntos para transformar o círculo vicioso que é a falta de uma cultura de tratamento de resíduos em um círculo virtuoso com conscientização, sustentabilidade econômica e informação”.
E RESTITUIÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS PARA REAPROVEITAMENTO PELA INDÚSTRIA OU PARA QUE ELA DÊ UMA DESTINAÇÃO FINAL ADEQUADA, NÃO É PRÁTICA USUAL NO PAÍS
registro no sistema de rastreamento e transporte. A indústria receptora também deve estar preparada para alocar os produtos até que sejam descartados ou reaproveitados.
Iniciativas no varejo
O gerenciamento de resíduos no varejo também está na pauta da Anvisa. A Agência realizou, em maio, o Painel de Descarte de Medicamentos. No encontro, foram realizadas apresentações do setor público e das áreas de educação em saúde, farmácia hospitalar, indústria e varejo. Embora as legislações ambientais e sanitárias versem sobre o controle e tratamento de resíduos industriais e de saúde, não existe um item especifico sobre o que deve ser feito com o medicamento depois que ele vai para as mãos do consumidor. A RDC 44/09 da Anvisa,
Logística reversa
A logística reversa não é pratica usual no país. A complexidade do processo é um dos entraves. Por envolver operações distintas dos procedimentos normais de logística, a adoção da operação reversa exige atenção por parte de todos que participam da cadeia de medicamentos. O processo envolve armazenamento,
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A LOGÍSTICA REVERSA, QUE É A COLETA
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foi a primeira a mencionar claramente a permissão para coleta de medicamentos em desuso. Com isso, grandes varejistas começaram a criar projetos ligados ao descarte consciente. Pioneira na iniciativa, a Panvel, maior rede de farmácias da região sul, criou o programa Destino Certo para atender uma demanda de seus clientes. “Percebemos a necessidade de um projeto específico de descarte por conta dos clientes que procuravam nossas lojas para entregar medicamentos vencidos”, conta Leonor Pinto Moura, farmacêutica da rede que integra o grupo de apoio técnico. Nos 28 postos de coleta, os pacientes podem entregar comprimidos, cápsulas, drágeas, xaropes, soluções líquidas, pomadas, cremes, géis e supositórios. “O cliente recebe um panfleto explicativo sobre como entregar cada um deles”, diz a farmacêutica. Apesar do sucesso da iniciativa, a rede gaúcha não pretende ampliar o projeto neste momento. “Por causa da ausência de parceiros, estamos assumindo todo o custo com transporte especial e do aterro industrial para resíduos perigosos ou incineração, quando é o caso”, comenta Leonor. A receptividade da população está nos números: três toneladas de medicamentos vencidos de janeiro de 2010 a março de 2011. Com menos tempo de projeto, o programa Descarte Consciente, da Droga Raia em parceria com o laboratório Medley, também tem dado sinais de que a população aprova a idéia de dar uma destinação adequada para medicamentos vencidos. Nos quatro primeiros meses do projeto iniciado em janeiro deste ano foram recolhidos mais de 630 quilos de medicamentos nos 25 pontos de coleta. O objetivo é estender o serviço para mais 175 lojas até o final do ano.
Tecnologia
NOTA FISCAL 2.0
INTEGRA APLICATIVO PARA RASTREABILIDADE NO SEGMENTO FARMACÊUTICO, A INCLUSÃO DO CAMPO ESPECÍFICO PARA DIGITAÇÃO DO IUM (IDENTIFICADOR ÚNICO DE MEDICAMENTO), É A GRANDE MUDANÇA DA SEGUNDA GERAÇÃO
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m abril, a segunda geração da nota fiscal eletrônica passou a valer para as empresas que realizam operações que envolvem circulação de mercadorias. “A versão 2.0 trouxe mudanças no teor e no rigor”, explica Bruno Faria Honório, sócio da Delage Consultoria & Sistemas, empresa de soluções tecnológicas especializada no canal farma. O executivo se refere ao detalhamento das informações agora exigido no preenchimento dos campos e à inclusão de novos mecanismos de controle que apontam as inconsistências na hora da emissão da nota. A partir da versão 2.0 as empresas têm que incluir a classificação tributária de cada um dos itens comercializados no
A PARTIR DA VERSÃO 2.0 A INCLUSÃO DA CLASSIFICAÇÃO TRIBUTÁRIA DE CADA UM DOS ITENS SERÁ OBRIGATÓRIA 24
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A NOTA FISCAL PODE SER EMITIDA NORMALMENTE MESMO SEM OS PROTOCOLOS DO RASTREAMENTO. COMO A DISCUSSÃO SOBRE O ASSUNTO GIRA EM TORNO DA ADOÇÃO OU NÃO DO SELO, OS CÓDIGOS SERÃO MANTIDOS INDEPENDENTE DO MODELO ESCOLHIDO momento da emissão da nota. Além disso, o próprio sistema faz a análise dos dados e verifica se as informações transmitidas estão corretas. ”A validação dos dados vai exigir atenção por parte dos empresários para evitar problemas com o fisco”, sinaliza Honório.
Honório. A inclusão do IUC atende toda a cadeia de medicamentos, em especial os atacadistas e redes com centros de distribuição próprios, mas só será habilitada quando o rastreamento de medicamentos for efetivamente implantado.
NFE NO CANAL FARMA
A suspensão do prazo para a validação da tecnologia do rastreamento não vai interferir no aplicativo da versão 2.0. “A nota fiscal pode ser emitida normalmente mesmo sem os protocolos do rastreamento”, garante o executivo da Delage. “Como a discussão sobre o assunto gira em torno da adoção ou não do selo e, independente do modelo escolhido, os códigos serão mantidos”. Com previsão de implantação em janeiro de 2012, o sistema de rastreamento de medicamentos teve as datas revistas por causa do impasse em relação ao modelo de controle proposto pela Anvisa, que indicava a aplicação de selos autoadesivos nas embalagens. Para redefinir as alternativas tecnológicas e avaliar sua eficácia, a Agência constituiu um grupo de trabalho formado por representantes do governo. O prazo final para a conclusão das atividades é maio.
Para o segmento farmacêutico, a grande mudança da segunda geração ficou por conta da inclusão de um campo específico para a digitação do Identificador Único de Medicamento (IUM) – código estabelecido pela Anvisa que permite o reconhecimento do produto no Sistema Nacional de Controle de Medicamento – e do Identificador Único da Caixa (IUC) – identificação específica para o atacado e centros de distribuição que manuseiam caixas fechadas de fármacos. O modelo de implantação do IUC foi desenvolvido pela Delage. “Entidades que representam o atacado e as redes de farmácias procuravam uma solução para viabilizar o rastreamento nos casos de grandes volumes e nossa sugestão foi a criação de um identificador impresso na caixa fechada”, conta Honório. A proposta foi apresentada pela Delage para o grupo de trabalho que atualmente discute a rastreabilidade na Anvisa e para os representantes do Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais (ENCAT), responsável pela nota fiscal eletrônica. “Tivemos a aprovação dos dois principais envolvidos nesse processo”, destaca
IMPASSE DA RASTREABILIDADE
FUTURO MAIS RIGOROSO
Ainda é cedo para se falar em prazo para que o Sistema de Controle de Medicamentos esteja efetivamente implantado e integrado à segunda geração da nota fiscal eletrônica, mas é certo que quando os dispositivos estiverem incorporados, uma nova tecnologia vai incrementar o setor fiscal.
Honório revela que desde 2009 o Ministério da Ciência e Tecnologia, Receita Federal e o ENCAT iniciaram estudos para a implantação do Sistema Nacional de Identificação, Rastreamento e Autenticação de Mercadorias (Brasil – ID), baseado na tecnologia de identificação por radiofrequência e comunicação sem fio. O método empregado vai permitir a identificação eletrônica da carga dos caminhões – o que inclui informações sobre os dados da nota fiscal e da rastreabilidade – , a partir de antenas de radiofrequência instaladas em todas as rodovias do território nacional. A técnica possibilita uma associação entre os dados do veículo, dos documentos fiscais e dos itens transportados. “O sistemas de fiscalização vêm se aperfeiçoando cada vez mais e as próximas etapas serão mais críticas em relação às anteriores”, prevê Honório. O objetivo do novo modelo é possibilitar ao governo o controle sobre industrialização, comercialização, circulação de mercadorias e prestação de serviços. Com isso, a fiscalização sobre sonegação, contrabando, descaminho, falsificação e furtos será maior. Lançado no último dia 30 de março, o projeto-piloto do Brasil – ID está em teste na Souza Cruz, Distribuidora Farmacêutica Panarello e Laboratório Teuto. Os radares de controle foram instalados no posto fiscal Juscelino Kubitscheck, que fica na cidade de Itumbiara, interior de Goiás. Nessa fase, também está prevista a inclusão de empresas dos segmentos de alimentos, embalagens e eletroeletrônicos.
A SUSPENSÃO DO PRAZO PARA A VALIDAÇÃO DA TECNOLOGIA DO RASTREAMENTO NÃO VAI INTERFERIR NO APLICATIVO DA VERSÃO 2.0 ABRADILAN EM REVISTA|EDIÇÃO 02
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Legislação
ANTIBIÓTICOS NA BERLINDA N
o início de maio, a Anvisa publicou nova resolução sobre a comercialização dos antimicrobianos. A norma, que mantém a obrigatoriedade da retenção da receita, traz orientações mais claras sobre prescrição, dispensação, controle, escrituração, embalagem e rotulagem de medicamentos. Pelo documento, a Agência tem 180 dias para definir o cronograma de credenciamento e registro dos antimicrobianos no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). Nas regiões sem acesso à internet a escrituração poderá ser feita em livro ou sistema informatizado específico, desde que aprovados pela vigilância sanitária local. De acordo com Maria Eugênia Cury, chefe do Núcleo de Investigação em Vigilância Sanitária da Anvisa, esse é o prazo necessário à adequação do SNGPC. “Sabemos que o volume de
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receitas de antibióticos é muito superior ao dos medicamentos de controle especial, que já vêm sendo cadastrados, e por isso tivemos que fazer alguns ajustes para não sobrecarregar o sistema”. Para o consumidor final não haverá mudanças, mas o varejo vai precisar promover algumas adequações no atendimento quando o sistema entrar em vigor. Também é de seis meses o prazo para que a indústria faça a adequação nas embalagens, que passarão a circular com a seguinte inscrição: “Venda sob prescrição médica – Só pode ser vendido com retenção da receita”.
BALANÇO PRELIMINAR
Com a chegada do inverno – quando o consumo dos antimicrobianos costuma ser maior –, será possível mensurar o movimento desse mercado com precisão. Embora ainda não existam estudos sobre o assunto, é provável
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que haja um aumento na procura pelos MIPs. “Como esses medicamentos possuem um grau de segurança maior, eles oferecem mais confiança ao serem ministrados”, diz Maria Eugênia. Uma análise preliminar de Jony Sousa, diretor da Emefarma Rio, identificou uma redução de 50% na demanda por antibióticos similares nos quatro primeiros meses da medida, maior indicativo de que os estabelecimentos estão cumprindo a norma. “No Rio de Janeiro a adesão é total, mas acredito que quando a escrituração no sistema for obrigatória, as farmácias independentes de menor porte terão dificuldade em cumprir as exigências por causa da estrutura enxuta”. Não é exagero afirmar que nos demais estados do país a maior parte das farmácias está fazendo a retenção das receitas dos antibióticos. O sucesso da medida conta com um “empurrãozinho” da vigilância sanitária: a fiscalização.
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Produtos CLORIDRATO DE LOPERAMIDA DO GLOBO DESTACA-SE COMO ÚNICO GENÉRICO NO MERCADO O Cloridrato de Loperamida, do Laboratório Globo, destaca-se nas farmácias e redes por ser o único medicamento genérico do Imosec® da JANSSEN-CILAG. O produto, tradicional e consagrado, é indicado no tratamento de diarréias e possui grande aceitação e procura pelo mercado consumidor. Apresentações: 2mg x 12 comp.; 2mg com x 200 comp. - MS: 105350159 CLORIDRATO DE LOPERAMIDA. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. INDICAÇÕES: NO TRATAMENTO DE DIARRÉIA AGUDA; DIARRÉIAS CRÔNICAS; RETOCOLITE ULCERATIVA; ILEOSTOMIAS E COLOSTOMIAS. CONTRA-INDICAÇÕES: NÃO INDICADO NA DIARRÉIA AGUDA OU PERSISTENTE DA CRIANÇA. EM PACIENTES NOS QUAIS É IMPERIOSO EVITAR-SE A INTERRUPÇÃO DO FLUXO FECAL. EM PACIENTES COM CONHECIDA HIPERSENSIBILIDADE AO CLORIDRATO DE LOPERAMIDA. UMA VEZ QUE O TRATAMENTO DA DIARRÉIA COM CLORIDRATO DE LOPERAMIDA É SOMENTE DE CARÁTER SINTOMÁTICO, UM TRATAMENTO ETIOLÓGICO DEVE SER PREVIAMENTE INSTITUÍDO, SEMPRE QUE FOR POSSÍVEL. NÃO DEVE SER UTILIZADO COMO TRATAMENTO DE PRIMEIRA ESCOLHA NA DIARRÉIA AGUDA ACOMPANHADA DE SANGUE NAS FEZES E DE FEBRE. CASO DURANTE A TERAPÊUTICA COM CLORIDRATO DE LOPERAMIDA SURJA, CONSTIPAÇÃO, DISTENSÃO ABDOMINAL OU SINAIS DE ÍLEO O TRATAMENTO DEVE SER IMEDIATAMENTE INTERROMPIDO. NAS DISENTERIAS, CARACTERIZADAS POR SANGUE NAS FEZES E FEBRE ALTA, CAUSADAS POR AGENTES INVASORES COMO SHIGELLA SP E SALMONELLA SP E NA COLITE PSEUDOMEMBRANOSA ASSOCIADA À TERAPÊUTICA COM ANTIBIÓTICOS DE LARGO ESPECTRO. EM PACIENTES COM DOENÇAS INFLAMATÓRIAS CRÔNICAS EM QUE PREDOMINAM A DISTENSÃO E SINAIS DENUNCIADORES DE MEGACOLO TÓXICO. PRECAUÇÕES: COMO NOS PACIENTES COM DIARRÉIA, A DEPLEÇÃO DE FLUÍDOS E ELETRÓLITOS É, EM GRAUS VARIÁVEIS, UMA OCORRÊNCIA HABITUAL, O USO DE CLORIDRATO DE LOPERAMIDA NÃO DEVE, EM MOMENTO ALGUM, EXCLUIR A HIDRATAÇÃO ORAL OU PARENTERAL. NA DIARRÉIA AGUDA, CASO NÃO SE OBTENHA MELHORA DENTRO DE 48 HORAS, DEVE-SE SUSPENDER A ADMINISTRAÇÃO E PROCURAR ATENDIMENTO E ORIENTAÇÃO MÉDICA. QUANDO A FUNÇÃO HEPÁTICA ESTIVER ALTERADA, SITUAÇÃO EM QUE PODE HAVER SINAIS DE TOXICIDADE PARA O SNC, A ADMINISTRAÇÃO DE CLORIDRATO DE LOPERAMIDA DEVE SER MUITO BEM ACOMPANHADA. GRAVIDEZ E LACTAÇÃO - DEVE SER EVITADO DURANTE A GRAVIDEZ, PRINCIPALMENTE NO PRIMEIRO TRIMESTRE. OS BENEFÍCIOS DO SEU USO DEVEM SER PESADOS CONTRA OS RISCOS POTENCIAIS. RECOMENDA-SE TAMBÉM QUE CLORIDRATO DE LOPERAMIDA NÃO SEJA UTILIZADO DURANTE A AMAMENTAÇÃO. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: EXCETO COM MEDICAMENTOS QUE APRESENTEM PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS SEMELHANTES, NÃO FORAM OBSERVADAS OUTRAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS. REAÇÕES ADVERSAS: RESPEITANDO-SE AS DOSES PRECONIZADAS E AS CONTRA-INDICAÇÕES JÁ MENCIONADAS, AS REAÇÕES ADVERSAS TÊM SIDO GERALMENTE LEVES E TRANSITÓRIAS, MESMO EM TRATAMENTOS PROLONGADOS. POSOLOGIA: DIARRÉIA AGUDA: A DOSE INICIAL SUGERIDA É DE 2 COMPRIMIDOS, SEGUIDOS DE 1 COMPRIMIDO APÓS CADA SUBSEQÜENTE EVACUAÇÃO LÍQUIDA, ATÉ UMA DOSE DIÁRIA MÁXIMA DE 8 COMPRIMIDOS (16 MG), OU A CRITÉRIO MÉDICO. DIARRÉIA CRÔNICA: A DOSE DIÁRIA INICIAL É DE 2 COMPRIMIDOS. A DOSE DIÁRIA MÁXIMA NÃO DEVE ULTRAPASSAR 8 COMPRIMIDOS (16 MG).
BONTOSS Pacientes com DPOC, doença pulmonar obstrutiva crônica, costumam ter os sintomas agravados no tempo frio e seco do inverno brasileiro, fazendo de Bontoss um medicamento ainda mais expressivo no mix das farmácias e drogarias nesta época do ano. Bontoss, disponível nas versões xarope infantil e adulto, fluidifica e dissolve as secreções, facilitando a eliminação do catarro e aliviando a respiração. Ele é indicado para facilitar a expectoração, atua eliminando o excesso de catarro nas doenças broncopulmonares agudas e crônicas, através da tosse.
DAKTAZOL CREME Daktazol, do Neo Química, agora tem apresentação em creme, além da conhecida apresentação em loção, aumentando as opções para o consumidor e para os farmacistas. O produto possui como principio ativo o miconazol que tem atividade antifúngica, inibe rapidamente a coceira e age no odor desagradável provocado pelas micoses superficiais. Apresentações: creme 20mg/g com 28g e loção com 30ml. DAKTAZOL: NITRATO DE MICONAZOL. INDICAÇÕES: TRATAMENTO DE MICOSES SUPERFICIAIS, CANDIDÍASE CUTÂNEA GENERALIZADA E CANDIDÍASE INTERTRIGINOSA (FRIEIRA). LEIA A BULA. M.S. Nº 1.7287.0355.001-2. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. DAKTAZOL É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA.
BONTOSS: CLORIDRATO DE BROXEMINA. INDICAÇÕES: ATUA NA ELIMINAÇÃO DO CATARRO NAS DOENÇAS BRONCOPULMONARES AGUDAS E CRÔNICAS. LEIA A BULA. M.S. Nº 1.7287.0077. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.
INALADOR NEBULIZADOR MEDICATE Indicado para nebulização residencial – bastante utilizada pelas famílias brasileiras nesta época fria e seca – o Inalador Nebulizador Medicate é leve, portátil e de fácil manuseio. Pode ser usado por adultos e crianças e possui exclusivo suporte para o copinho, sem a necessidade de desconectar a mangueira. Além disso, acompanha máscara para adultos, máscara para crianças e um copo dosador que não derrama líquido. Bivolt (110/220V) através de chave seletora. Fabricação nacional.
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ZANPHY PERSONALIZA PRODUTO PARA REDES E FARMÁCIAS As manteigas de cacau Zanphy possuem vários diferenciais: são ricas em própolis e cupuaçu, dermatologicamente testadas, aprovadas pela Vigilância Sanitária e as únicas com FPS 15. Além disso, se destacam no mercado porque podem ter embalagens personalizadas para redes e farmácias, fortalecendo as marcas e se destacando no mix. Disponível em displays com 100 unidades. A Zanphy entrega em todo o território nacional.
Tendência
E
studo divulgado recentemente pela Nielsen, empresa global de informação e mídia, identificou que o crescimento dos produtos de higiene e beleza no faturamento do canal farma foi superior ao do autosserviço. “As farmácias se destacaram como o canal que ganhou mais participação em higiene e beleza”, analisa Samanta Puglia, coordenadora de atendimento ao varejo da Nielsen. A pesquisa, que teve como referência o período de 2006 a 2010, aponta um aumento de 4% na variação de vendas de HPC em farmácias e drogarias e uma redução de 3% nos supermercados. Na conversão para reais, em 2010 as categorias auditadas pela Nielsen no setor de higiene e beleza movimentaram 7,59 bilhões no canal farma.
MIX DIFERENCIADO
O setor farmacêutico foi favorecido por quatro fatores que estão impulsionando o consumo no Brasil: conveniência, procura pela saudabilidade e funcionalidade dos produtos, indulgência e sofisticação. “As farmácias e drogarias se beneficiaram desse movimento da economia por possuírem os vetores de crescimento na maior parte dos itens comercializados em higiene e beleza”,
7,59 bilhões
foram movimentados em 2010 nos setores de higiene e beleza no canal farma
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HPC
CANAL FARMA SUPERA AUTOSSERVIÇO considera Samanta. Mesmo atributos mais recentes como indulgência – que é a satisfação de um desejo – e sofisticação – busca por novidades e lançamentos – estão presentes no canal em itens como maquiagem ou dermocosméticos especiais. Embora a curva ascendente beneficie supermercados e farmácias, Samanta observa que o canal farma ganha no sortimento diferenciado de produtos, apesar do grande poder de negociação do autosserviço com a indústria. “O mix mais elaborado com itens de maior valor agregado alavancou o crescimento das farmácias, mesmo com a concorrência dos supermercados”. Farmácia e supermercados competem em 48% dos produtos cuja representatividade no faturamento é de 85% em ambos os canais. Além disso, o canal farma oferece serviços diferenciados que o tornam mais conveniente para o consumidor, como entrega em domicílio, lojas 24 horas, autosserviço, vendas pela internet, cartões de fidelização, ampliação do crédito, produtos especializados para diabéticos, hipertensos e manipulação de medicamentos. Mídias próprias, como revistas ligadas ao bem estar, também são reconhecidas como
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iniciativas de fortalecimento do novo conceito de farmácia.
DISTRIBUIÇÃO É ESTRATÉGICA
De acordo com o estudo, as farmácias de cadeia foram as que apresentaram melhores resultados em HPC. A participação das redes teve um aumento de 8%, mesmo percentual de redução dos estabelecimentos independentes. O sistema de autosserviço das grandes redes, a nota fiscal eletrônica que inibiu a sonegação e o sortimento oferecido foram os responsáveis por esse resultado. Samanta vê nesse cenário uma oportunidade para os atacadistas trabalharem o setor de higiene e beleza oferecendo apoio às farmácias independentes na composição de um mix variado, dirigido e com valor agregado. A sugestão da especialista é a escolha por categorias de produtos com maior crescimento e importância no canal farma, além de dermocosméticos e nutricosméticos que são tendência no segmento. De olho nesse movimento, João Marchiori, diretor da Elite Distribuidora revela que desde que os produtos HPC começaram a ganhar notoriedade, a empresa procurou alguns fornecedores
para aumentar a participação no segmento. “Esse mercado tem se tornado promissor e hoje já responde por uma parcela razoável dos nossos negócios”. Atualmente, a empresa estuda a ampliação dos investimentos no setor. Há algum tempo o crescimento da participação dos itens de higiene e beleza no varejo farmacêutico vem despertando nos atacadistas a necessidade de conhecer mais e melhor esse mercado para atender a demanda crescente dos estabelecimentos. “Temos por prática a realização de cursos, palestras e treinamentos para a equipe de representantes e departamento de televendas sempre que iniciamos parceria com novos fornecedores”, indica Marchiori. A prática adotada pela Elite é um bom exemplo de como as empresas podem se preparar para se tornarem parceiras do varejo.
o que diz a pesquisa da Nielsen
O ILUSTRE CONSUMIDOR
Em 2010, as categorias de maior representatividade foram desodorante, bronzeador, cremes para a pele, tintura e sabonete. Exposição, cultura de compra e atendimento especializado foram os grandes influenciadores desse cenário. ”A realocação dos espaços antes ocupados pelos MIPs para exposição dos HPC contribuiu muito para o crescimento do consumo no segmento”, avalia Samanta. Ela destaca que, ainda que determinadas categorias de produtos estejam mais ligadas ao autosserviço, itens que exigem mais atenção no atendimento, como tinturas para cabelos por exemplo, são obtidos preferencialmente no varejo farmacêutico por causa do atendimento diferenciado. Território da classe AB, que já tinha o hábito de compra em farmácias, ano passado o canal farma foi impactado pela classe C, responsável por 49% de contribuição para o crescimento do setor de higiene e beleza. Ao contrário do que se imagina, o grupo valoriza grandes marcas e produtos de qualidade. Desvendar os mistérios desse ilustre consumidor é tarefa dos pesquisadores. Mas já se sabe que preço não é o principal influenciador da decisão de compra. “Esse grupo se interessa por produtos de maior valor agregado”, comenta Samanta. Atraída pelo crescimento econômico, que ampliou as facilidades de pagamento, a classe C aderiu definitivamente à conveniência do canal farma.
% Importância das lojas independentes e cadeias para total de lojas e faturamento de HSB
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